Indicadores Estatisticos
Indicadores Estatisticos
Indicadores Estatisticos
Apresentação 4
Introdução 5
Noções Básicas de Estatística 6
1. Tabelas 7
2. Dados Absolutos e dados relativos 9
2.1 Dados expressos em porcentagens 9
2.2 Arredondamento de dados 10
2.3 Dados representados por índices 11
2.4 Cálculo de coeficientes 12
2.5 Cálculo de taxas 12
3. Gráficos estatísticos 13
3.1 Gráficos em linha ou em curva 13
3.2 Gráficos em colunas ou em barras 14
3.3 Gráfico em colunas múltiplas 16
3.4 Gráfico em setores 17
4. Medidas de Tendência Central 19
5. Medidas de Dispersão 25
Indicadores Educacionais 28
1. Introdução 29
2. Conceitos Básicos 29
3. Taxas de Movimento e Rendimento Escolar 30
3.1 Taxa de aprovação (TAP) 32
3.2 Taxa de reprovação (TREPROV) 32
3.3 Taxa de abandono (TAB) 32
4. Taxas de Fluxo Escolar ou de Transição 33
5. Taxa de escolarização bruta (TEB) 34
6. Taxa de escolarização líquida (TEL) 35
7. Taxa de Atendimento de População 36
8. Taxa de analfabetismo (TANALF) 36
9. Taxa Média de Crescimento Anual da Matrícula (TMCM) 36
10. Taxa de distorção idade/série (TDIS) 37
11. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 38
12. Índice de Qualidade da Educação (IQE) 40
12.1 Metodologia do Calculo do IQE 40
13. Índice de Desempenho Escolar (IDE) 46
13.1 Os Elementos que compõem o IDE 46
13.1.1 A Proficiência da Escola na Escala de 0 a 10. 46
13.1.2 A Taxa de Participação da Avaliação 49
13.1.3 O Fator de Ajuste de Universalização do Aprendizado 49
13.2 O Cálculo do IDE – ALFA e do IDE – 5 50
13.2.1 O Cálculo do IDE – ALFA 51
13.2.2 O Cálculo do IDE – 5 51
• Exemplo de Cálculo do IDE 52
Referências Bibliográficas 55
Ficha Técnica 56
APRESENTAÇÃO
4
INTRODUÇÃO
5
Noções
Básicas
de Estatística
6
1. TABELAS
Um dos objetivos da Estatística é sintetizar os valores que uma ou mais variáveis podem
assumir, para que se tenha uma visão global dessa variação. Para que isso se torne
possível, a Estatística se utiliza de tabelas e gráficos, uma vez que esses permitem
visualizar, de forma clara e direta, o comportamento de uma variável. Esse recurso ajuda
a fornecer informações rápidas e seguras a respeito da variável em estudo, permitindo
que se adote decisões administrativas e pedagógicas com base em dados expressos de
forma simples.
Podemos assim afirmar que uma tabela é composta dos seguintes elementos básicos:
• Título: conjunto de informações que define a natureza do fato, e deverá responder
às seguintes perguntas: O quê? (referente ao fato); Quando? (referente ao tempo)
e Onde? (referente ao local). O título está situado na parte superior da tabela.
• Corpo: conjunto de linhas e colunas que contêm informações sobre a variável ou
as variáveis em estudo.
• Cabeçalho: é a parte superior da tabela que especifica o conteúdo das linhas.
• Linhas: são retas imaginárias que facilitam a leitura, no sentido horizontal, de
dados que se inscrevem nos seus cruzamentos com as colunas.
• Casas ou células: espaço formado pelo cruzamento da linha com a coluna
destinada a um único número.
• Coluna: é o espaço compreendido entre os traços verticais, destinados à
apresentação dos dados ou a sua especificação. É necessário ainda considerar os
elementos complementares da tabela que são: a fonte, as notas e as chamadas,
que se colocam, de preferência, no seu rodapé.
• Fonte: é a indicação da entidade responsável pelo fornecimento dos dados ou pela
elaboração da tabela.
• Nota: são informações de natureza geral, destinadas a conceituar ou esclarecer o
conteúdo das tabelas ou a indicar a metodologia adotada no levantamento ou na
elaboração dos dados. Via de regra, é posicionada logo abaixo da tabela, indicada
por um número ou asterisco e em letra menor.
• Chamadas: são informações de natureza especifica sobre determinada parte da
tabela, destinada a conceituar ou esclarecer dados. As chamadas são indicadas no
corpo da tabela em algarismo arábico, entre parênteses, à direita das casas.
7
Matrícula no Ensino Fundamental
Estado do Ceará 2007 - 2011 Título
Ano Matrícula inicial Cabeçalho
2007 1.624.943
Corpo
2008 1.590.729
2009 1.550.930
Linhas
2010 1.481.737
2011 1.423.177
Obs: Uma tabela estatística não pode ser fechada nas laterais.
Exemplo:
ERRADO CERTO
8
2. DADOS ABSOLUTOS E DADOS RELATIVOS
Os dados estatísticos resultantes da coleta direta da fonte, sem outra manipulação
senão a contagem ou medida é chamada dados absolutos.
9
12.341
Educação Infantil : 100 % ― 21.233 → x = X 100 =58,1 % → 58%
X ― 12.341 21.233
3.381
Educação Infantil : 100 % ― 21.233 → x = X 100 =15,9 % → 16%
X ― 3.381 21.233
Com esses dados podemos inserir uma nova coluna na tabela em estudo.
Matrícula inicial
Níveis de Ensino
Abs. %
Educação Infantil 2.973 14
Ensino Fundamental 12.341 58
Ensino Médio 3.381 16
Total 21.233 100
Fonte: INEP/SEDUC_SISTEMA EDUCACENSO
Os valores dessa nova coluna informam que de cada 100 alunos do município de
Crateús, 14 estão matriculados na Educação Infantil, 58 no Ensino Fundamental, e 16 no
Ensino Médio.
O emprego da porcentagem é de grande valia quando é nosso intuito destacar a
participação da parte no todo.
10
c) Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é 5, há duas soluções:
Estado do Ceará
Secretaria da Educação Básica
Nº de Escolas, Matrículas e Professores da Rede Municipal
Ceará 2011.
Município Nº de Matrícula Nº de Índice Índice
Escolas Professores de Alunos de Aluno
por Escola por Professor
Salitre 19 5.063 314 266 16,12
11
Aiuaba 41 3.760 231 92 16,28
Granja 51 14.435 751 283 19,22
Tarrafas 6 2.467 99 411 24,92
Quiterianópolis 41 4.872 257 119 18,96
Cariús 27 3.450 171 128 20,18
Parambu 86 8.008 304 93 26,34
Moraújo 13 2.065 115 159 18,94
Catarina 16 2.482 109 155 22,77
Irauçuba 43 5.810 280 135 20,75
Graça 23 4.115 187 179 22,01
Total 6.569 1.474.392 2.818 154,4 523,21
Fonte: INEP/SEDUC_SISTEMA EDUCACENSO
12
3. GRÁFICOS ESTATÍSTICOS
Esse tipo de gráfico utiliza a linha poligonal para representar a série estatística. O
gráfico em linha constitui uma ampliação do processo de representação das funções num
sistema de coordenadas cartesianas.
Para tornar bem clara a explanação, tomemos a seguinte série:
Nesta tabela, vamos tomar os anos como abscissas (x) e as matrículas iniciais
como ordenadas (y). Assim, o ano dado (x) e a respectiva quantidade de matrícula inicial
(y) formam um par ordenado (x,y), que pode ser representado num sistema cartesiano.
Determinados graficamente todos os pontos da série, no plano cartesiano, ligamos todos
13
esses pontos, dois a dois, por segmentos de reta; o que irá nos dar uma poligonal, que é
reta, formando o gráfico em linha ou em curva correspondente à série em estudo (gráfico
1).
400.000
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
2007 2008 2009 2010 2011
14
respectivos dados. Assim estamos assegurando a proporcionalidade entre as áreas dos
retângulos e os dados estatísticos.
A tabela a seguir mostra colunas indicadoras com ano e número de docentes no
Ensino Médio no Estado do ceará no período 2007 – 2011. Esses dados podem ser
expressos num gráfico de colunas, representada no modelo tridimensional.
18000
16000
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
2008 2009 2010 2011
Fonte:MEC/INEP/SEEC
A tabela a seguir mostra um conjunto de dados que podem ser representados por
barras horizontais.
Taxa de Escolarização Bruta no Ensino Médio
Crede 3 – Acaraú 2011.
Município Taxa de escolarização bruta %
Acaraú 69,2
Bela Cruz 72,5
Cruz 95,0
15
Itarema 91,7
Jijoca de Jericoacoara 86,7
Marco 80,6
Morrinhos 77,8
Fonte: IBGE
Acaraú 69,2
Cruz 95
Itarema 91,7
Marco 80,6
Morrinhos 77,8
Fonte: IBGE
16
Matricula na Idade Certa e matrícula em Distorção do Ensino Médio (%)
ESTADO DO CEARÁ 2008 - 2011
100
90 86,68
80,2 80,5
80
70 67,2
60
50
40 32,8
30
19,8 19,5
20 13,32
10
0
2008 2009 2010 2011
70
60
50
40
30
0
2007 2008 2009 2010 2011
17
círculo, que fica dividido em tantos setores quanto são as parcelas. Os setores são tais
que suas áreas são respectivamente, proporcionais aos dados da série.
Obtemos cada setor por meio de uma regra de três simples e direta, lembrando
que o total da série corresponde a 360º. O exemplo a seguir mostra como utilizar um
gráfico de setores, também conhecido como pizza.
O cálculo de cada um dos setores segue uma regra de três simples, montada da
seguinte forma:
100 % ―135.074 → x = 129.994 X 100 =96,24 % → arredondamento= 96,2 %
X ― 129.994 135.074
100 % ―135.074 → x = 995 X 100 =0,74 % → arredondamento= 0,7 %
X ― 995 135.074
100 % ―135.074 → x = 160 X 100 =0,12 % → arredondamento= 0,1%
X ― 160 135.074
100 % ―135.074 → x = 3.925 X 100 =2,91 % → arredondamento= 2,9 %
X ― 3.925 135.074
Estadual
Federal
Municipal
Privada
96,2
18
Neste outro exemplo os percentuais já estão calculados e sua representação no
todo aparece no gráfico a seguir. Nesse caso, a coluna de % já é resultado de dados
absolutos que não aparecem nesta tabela.
Matrícula na Idade Certa e Taxa de Distorção na 1ª Série do Ensino Médio
Ceará 2011
Matrícula Valores %
Idade Certa 64,8
Distorção 35,2
Fonte: INEP/SEDUC_CENSO DE EDUCAÇÃO BÁSICA.
Com esses dados (valores em graus), marcamos num círculo de raio arbitrário,
com um transferidor, os arcos correspondentes, obtendo o gráfico.
35,2
Idade Certa
Distorção
64,8
Nota: O gráfico em setores só deve ser empregado quando houver, no máximo, sete
ocorrências, para não atrapalhar a interpretação.
19
centro da série.
As medidas que tendem a se localizar no centro de uma série ordenada são
chamadas de medidas de tendência central. Essas medidas representam ou resumem
todos os valores (notas) obtidos pelo grupo. Além disso, permitem o confronto de dois ou
mais grupos em termos de seu rendimento típico.
Média =
onde:
x = Representa os valores (notas)
Σx = soma dos valores
n= nº de notas que o aluno obteve.
Portanto, a média aritmética é uma medida de tendência central que resulta da razão
entre o somatório dos valores e o número de valores.
A média é uma das medidas de tendência de maior emprego pela sua exatidão de
20
resultados e pela utilização no cálculo de outras medidas estatísticas. No entanto ela é
fortemente influenciada pelos valores extremos.
Para conseguir a média geral deste aluno dividi-se Σx pelo número de valores (n)
que no exercício foi 6 e obtém-se uma média igual a 75. O estudante em abril não fez a
prova e a indusão do zero, que foi sua nota naquele mês, fez com que o resultado, isto é,
a sua média não representasse o seu real aproveitamento.
No cálculo da média aritmética entram todos os valores e por isso o zero teve que
ser incluído. Se o zero não fosse incluído, o aproveitamento desse aluno seria mais
convenientemente representado ?
Sem a inclusão da nota de abril a média do aluno teria sido 90. Então, podemos
dizer que, os valores extremos influenciam indevidamente a média aritmética.
21
extremos ou discrepantes, então temos outro modo de representar a tendência central
que não utiliza todos os valores, é a mediana.
0 70 80 90 90 95 100
3 valores ↑ 3 valores
Mediana
Uma série qualquer de valores terá sempre 50% dos valores acima da mediana e
50% dos valores abaixo da mediana. Sempre que a série tiver um número ímpar de
valores a mediana estará localizada exatamente em um dos valores.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
↑
Mediana
22
Vamos ver agora uma série com número par de valores:
2 3 4 5 6 7 8 9
4 valores 4 valores
Você já percebeu que a mediana não estará sobre nenhum valor da série.
A mediana estará entre o 4º e o 5º valor, isto é, entre os valores 5 e 6. Para achar a
mediana basta fazer a média entre os valores centrais.
Na série do nosso exemplo a mediana: 5+6 = 5,5.
2
Resumindo:
n= nº de casos de amostra
Neste caso a mediana será sempre o valor que ocupar a posição central da série:
Quando o nº de casos de amostra for par
Nesta circunstância dois elementos ocupam o centro de distribuição, cujas ordens
podem ser determinadas por:
Primeiro elemento: n
2
Segundo elemento: n + 1
2
23
Agora estudaremos mais uma medida de tendência central a moda (MO).
A moda expressa valores que têm maior frequência no grupo de estudo. Podemos
ter distribuição de dados sem moda, com uma moda (unimodal), com duas (bimodal), ou
mais de duas modas (multimodal).
Exemplificando:
Suponhamos que você aplicou em seus alunos uma prova de 5 questões. Depois
de corrigir as provas, contou a frequência de erros e obteve a seguinte tabela.
Questões Erros
1ª 2
2ª 3
3ª 5
4ª 4
5ª 1
Média: 53
Mediana (Md): 52,5
Para calcular a moda (Mo) basta verificar qual a nota mais frequente.
Mo = 60
Para lembrar:
• Quando interessa saber qual foi o valor que mais se repetiu, a medida de
tendência central mais adequada é a moda.
24
• A medida de tendência central mais usada é a média.
5. MEDIDAS DE DISPERSÃO
Formas de avaliar a dispersão: amplitude, desvio, variância, desvio padrão, erro
padrão e coeficiente de variação.
5.1 Amplitude:
25
5.2 Variância:
( ∑ x )2
2 ∑ ( x i − x )2 ∑ x2 −
Variância s = √ onde x é a média amostral ou n
N −1 s2 =
n−1
Desvantagem da Variância:
Ɣ = √s²
S
EP =
√ n− 1
26
5.5 Coeficiente de variação:
S
CV = .100
x
27
Indicadores Educacionais
28
1. INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, informações sobre o funcionamento dos sistemas educacionais
têm sido coletadas e, eventualmente, utilizadas no planejamento e tomada de decisão. No
entanto, na última década, houve um crescimento sem precedentes da demanda e
utilização dessas informações. Observa-se, hoje, uma necessidade por medidas mais
elaboradas e uma preocupação maior com a qualidade e com o acesso do que com a
expansão dos serviços educacionais.
Nesse contexto, o desenvolvimento de indicadores que contribuam para o
conhecimento da realidade educativa do Estado, fornecendo informações úteis e
politicamente relevantes para o processo decisório do setor público tornam-se
imprescindíveis.
Configura-se indicador de educação a estatística educacional que tenha um ponto de
referência com o qual possa ser comparada aos diversos sistemas nacionais ou
internacionais.
Obviamente, indicadores não dizem tudo sobre os sistemas educacionais, mas
devem possibilitar um perfil sucinto da realidade. Desta forma, indicadores educacionais
podem ser definidos como medidas estatísticas que refletem aspectos da realidade do
sistema educacional.
Sendo os indicadores estatísticos relativamente simples, dificilmente um indicador
isolado poderá abranger todos os aspectos dos fenômenos que ocorrem dentro do
sistema educacional. Portanto, um conjunto de indicadores geraria uma informação mais
abrangente e completa da realidade, permitindo avaliar o desempenho do sistema e
contribuindo para orientar as tomadas de decisão em educação. Além de auxiliar no
entendimento do passado e do presente, os indicadores também são essenciais como
instrumentos para o desenvolvimento do planejamento.
Os indicadores educacionais podem disponibilizar os seguintes tipos de informação
a respeito do sistema educacional: descrição de suas características fundamentais;
esclarecimento de problemas correntes ou potenciais do sistema e avaliação dos
resultados e do alcance das metas planejadas.
2. CONCEITOS BÁSICOS
29
Alunos: É o indivíduo, que poderá ter uma matrícula registrada em mais de uma turma,
em distintas etapas ou modalidades de ensino na mesma escola ou em escolas
diferentes.
Matrícula: É cada um dos vínculos estabelecidos entre o aluno e uma turma.
Aprovados: é o número de alunos em cada série/ano do ensino fundamental e ou Médio
que, ao final do ano letivo, preencheram os requisitos mínimos de aproveitamento e
frequência, previstos em legislação.
Reprovados: é o número de alunos em cada série/ano do Ensino Fundamental e ou
Médio que, ao final do ano letivo, não preencheram os requisitos mínimos de
aproveitamento e frequência, previstos em legislação.
Afastados por abandono: é o número de alunos em cada série/ano do Ensino
Fundamental e ou Médio que deixaram de frequentar a escola para ingressar em outra,
observadas as exigências legais.
Promovidos: é o número de alunos em cada série/ano do Ensino Fundamental e Médio
que ao final do ano foram aprovados e estão matriculados na série imediatamente
posterior a que cursou.
Repetentes: é o número de alunos em cada série/ano do Ensino Fundamental e ou
Médio que estão matriculados na mesma série que cursou no ano anterior.
A repetência se dá por três motivos:
1º – Repetente por ter sido reprovados
2º – Repetente por ter abandonado
3º – Repetente apesar de ter sido aprovado.
Evadidos: são aqueles alunos que desapareceram do sistema.
Por movimento escolar entende-se a mudança de vínculo escolar de cada uma das
matrículas relativas à escolarização ocorrida no período entre a data de referência do
Censo Escolar e encerramento do ano letivo do ano i. Existem três situações possíveis no
movimento escolar da matrícula, quais sejam:
• Transferido – quando a matrícula do aluno foi normalmente desvinculada de uma
escola;
• Deixou de frequentar – quando houve abandono da escola, ou seja, o aluno deixou
de frequentar a escola antes da conclusão do ano letivo, não tendo sido
formalmente desvinculado por transferência, portanto a sua matrícula não possui
30
registro de rendimento;
• Falecido – quando o aluno faleceu antes do término do ano letivo.
O rendimento escolar, por sua vez, é a situação de êxito ou insucesso do aluno, por
matrícula,ao final do período letivo. Assim, são duas as situações possíveis para o
rendimento escolar de cada matrícula:
• Aprovado – quando conclui o ano escolar com sucesso;
• Reprovado – quando não obtém êxito na conclusão do ano letivo.
Com relação a Situação do Aluno, existem outras duas condições possíveis, e são
aplicáveis apenas em algumas etapas e modalidades da Educação Básica(Educação
Infantil, Ensino Especial,Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional), são
elas:
1. Sem movimentação – condição atribuída ás matrículas da educação infantil de
todas as modalidades, já que a informação sobre o rendimento escolar (aprovado
ou reprovado) não se aplica a esta etapa de ensino;
2. Sem informação – condição atribuída ás matrículas das modalidades de educação
especial e de educação de jovens e adultos(EJA) e para matrículas da Educação
Profissional, uma vez que nessas , modalidades existem formas distintas de
organização e desenvolvimento(semestral, modular, por disciplina,sem seriação).É
relevante ressaltar que, até o momento, não existe calculo de IDEB para essas
modalidades de ensino, por essa razão, o Sistema Educacenso permite o registro
“sem informação”.
31
3.1 Taxa de Aprovação (TAP)
Aprov
Taprov = X 100
Matrícula Final
Onde:
Mat.Final = Aprovados + Reprovados + Abandono.
Reprovs
Treprov = X 100
Matrícula Final
Onde:
Onde:
Mat.Final = Aprov + Reprov + Aband
32
Desta forma, observa-se que:
Para que se obtenha o calculo de tais taxas, é necessária à construção do fluxo escolar,
ou seja, acompanhar a evolução escolar de uma geração de alunos, ao longo de um
nível ou modalidade de ensino.
TE vsm = 100 – ( TP sm + TR sm )
Notação Significado
TPsm Taxa de promoção na série s no ano m.
TRsm Taxa de repetência na série s no ano m.
TEvsm Taxa de evasão na série s no ano m.
Prom s+1,m+1 Número de promovidos, para a série s+1 no ano m+1.
Rept s, m+1 Repetentes na série s no ano m+1.
Msm Matrícula inicial na série s no ano m.
33
m Ano
k Ensino Fundamental e Ensino Médio
s Ensino Fundamental ( anos 1º ao 5º, 6º ao 9º), Ensino Médio (série, 1ª
a 3ª.)
NOTA: Em um sistema educacional é possível avaliar a progressão dos alunos a partir
das taxas de transição entre séries, isto é, para cada série existe um fluxo de entrada e
um fluxo de saída.
Fluxo de entrada: alunos promovidos (alunos na série s no ano m que estavam
matriculados no ano m-1, na série s-1) e alunos repetentes(alunos de série s no ano
m, que estavam matriculados no ano m-1, na série s)i.
Fluxo de saída: alunos promovidos à série seguinte (alunos na série s+1no ano m+1,
que estavam matriculados no ano m na série s), alunos repetentes (alunos na série s
no ano m+1, que estavam matriculados no ano m na série s) e alunos evadidos.
A partir dessa configuração, é possível o cálculo das taxas de transição entre séries
(promoção, repetência e evasão).
Onde:
MEI = Nº de alunos matriculados na Educação Infantil
P 0-5 = População de 0 – 5 anos.
Mt no Ensino Fundamental
TEBEF = X 100%
População 6 – 14 anos
No Ensino Médio, a mesma taxa é calculada pela relação entre a matrícula total no
Ensino Médio e a população de 15 a 17 anos, multiplicada por cem (100). Sua fórmula
matemática é:
Mt no Ensino Médio
TEBEM = X 100%
População 15 a 17 anos
34
6. TAXA DE ESCOLARIZAÇÃO LÍQUIDA (TEL)
Estado do Ceará
Educação Infantil
População e Taxa de Escolarização Líquida e Bruta 2007 - 2011
Tx de
População Matrícula
Ano Escolarização Tx de escolarização
de 0 a 5 Anos 0 a 5 anos
Líquida Bruta
2007 970.343 289.584 29,8 37,2
2008 958.139 294.423 30,7 37,9
2009 944.213 304.453 32,2 39,3
35
2010 779.528 306.119 39,2 47,6
M it
TMCM = [ X 100 ] −100
M ib
36
Ex.: A Matrícula em 2004 = 3.585
A Matrícula em 2003 = 2.850
3.585
TMCM = [ X 100 % ] − 100 % = 25,79 %
2.850
Onde:
Mksi sup = número de matrículas na idade i_sup a recomendada para o nível de ensino k
e na série ou grupo de séries s;
Mks= número total de matrículas no nível de ensino k na série ou grupo de séries s.
i_sup= idade superior à recomendada para a série frequentada s no nível k.
K= Ensino Fundamental e Ensino Médio;
s= Ensino Fundamental (anos, 1º ao 5º, 6º ao 9º, total) e Ensino Médio (série, total).
Nota: A partir de 2011 a SEDUC adotou as mesmas regras utilizadas pelo MEC/Inep no
cálculo deste indicador, a fim de que este indicador possa ser compatível com as outras
Unidades da Federação ou outros recortes geográficos.
37
Distorção Idade/Série do Ensino Fundamental na Rede Municipal
2007 - 2011
1.200.000
1.000.000
800.000
600.000
400.000
301.087
200.000
178.250 156.881 164.003
0
89.163
2007 2008 2009 2010 2011
Nota: Em um sistema educacional seriado, existe uma adequação teórica entre a série
e a idade do aluno. No caso brasileiro, considera-se a idade de 6 anos como a idade
adequada para ingresso no Ensino Fundamental, cuja duração, atualmente, é de 9
anos. Seguindo este raciocínio, é possível identificar a idade adequada para cada série.
Esse indicador permite avaliar o percentual de alunos, em cada série, com idade
superior a recomendada. A tabela abaixo mostra a série e a idade correspondente do
aluno em distorção.
38
• O desempenho obtido pelos alunos nos testes padronizados (Prova Brasil ou
SAEB);
• A taxa média de aprovação
Quanto melhor o desempenho dos alunos nos teste, maior a taxa de aprovação, mais
elevado será o IDEB. O IDEB varia de 0 a 1.
Ideb ij =N ij . P ij ; onde:
unidade j (onde j pode ser escola, rede de ensino, Região Geográfica, Unidade da
Federação, Brasil etc.)
N ij Proficiência média padronizada (Prova Brasil ou Saeb) obtida pelos alunos da
etapa/nível i na unidade j.
Desempenho − Min
N ij = .10
Max − Min
Entendendo o Ideb
Exemplo de Cálculo – Brasil 2005 Saeb 1997
Língua
Matemática Portuguesa
M éd ia Pad ro n iz ação N = m éd ia
D ep en d ên cia A n o M éd ia Pad ro n iz ação
1ª série 2ª série 3ª série 4ª sérieso m a 1/P T L ín g u a L ín g u a P = 1/T N o ta ID EB = N . P
A d m in istrativaIn icial M atem ática M atem ática
Po rtu g u esa Po rtu g u esa Pad ro n iz ad a
M unic ipal 88,9 71,7 76,1 81 82,4 6,28 1,256 172,2 179,7 4,57 4,48 0,80 4,52 3,6
Públic o 89,4 74,1 78,1 83 83,4 6,15 1,230 174,1 181,1 4,62 4,55 0,81 4,59 3,7
Es tadual 91,7 82,4 84,1 88,6 85,7 5,79 1,158 177,6 183,6 4,72 4,68 0,86 4,70 4,1
F eder al 90,5 94,4 94,4 96 95,6 5,31 1,062 220,8 228,3 6,43 6,25 0,94 6,34 6,0
172,2 – 49,0
324,0 – 49,0
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12. ÍNDICE DE QUALIDADE DA EDUCAÇÃO (I.Q.E)
Aprov i
IQE i =0,5 . [ IQAi ] + 0,45. [ IQF i ] + 0,05. [ ]
∑ Aprov i
i
Onde:
IQE i - É o Índice Municipal de Qualidade Educacional do município “i”, IQAi é o
Índice de Qualidade da Alfabetização do município “i”, IQF i . É o Índice de Qualidade
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do Fundamental do município “i” e Ai é a média da taxa de aprovação nos cinco
primeiras anos do ensino fundamental de nove anos do município “i”.
Onde:
AAi - AAMIN
EAi = ( )
AAMAX - AAMIN
N Ai
AAi = médiai. . ( AJAi )
NMi
Onde:
• média i, é a média dos resultados de proficiência dos alunos do 2º ano do ensino
fundamental de nove anos da Rede Municipal do Município “i”, a partir da avaliação
do SPAECE-Alfa;
• NA i é o número de alunos do 2º ano do ensino fundamental de nove anos da
Rede Municipal do município “i” avaliados no SPAECE-Alfa;
• NM i é o número total de alunos matriculados no 2º ano do ensino fundamental
de nove anos da Rede Municipal do município “i”.
• AJA i representa um índice para universalização do aprendizado, calculado a
partir dos resultados do SPAECE – Alfa dos alunos da 2º ano do ensino
fundamental de nove anos da Rede Municipal do município “i”.O índice é obtido da
41
seguinte maneira:
Onde:
alfa1i, alfa2i e alfa3i, representam, respectivamente, os percentuais de alunos
classificados como “não alfabetizados”, com “alfabetização incompleta” e com
alfabetização “desejável” do município “i”.
N
∆ EAi é a variação padronizada do resultado da avaliação da alfabetização do
município “i” em relação ao ano anterior, que é calculada da seguinte forma :
∆ EAi - ∆ EA MIN
∆ EAiN =
∆ EA MAX - ∆ EAMIN
Em que:
• ∆ EAi é a variação do resultado padronizado da avaliação da alfabetização do
município “i” em relação ao ano anterior, que é calculada da seguinte forma:
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APLP i ∆ APLP iN
IQLP i = 0,5 [ ] +0,5 [ ]
∑ APLP i ∑ APLP Ni
i i
N Ai
ALP i = ALPF i. . ( AJFLP i )
N Mi
Onde:
• ALPF i é o resultado da avaliação do SPAECE do 5º ano do ensino fundamental
de nove anos da Rede Municipal do município “i” em Língua Portuguesa;
• NA i é o número total de alunos da 5º ano do ensino fundamental de nove anos
da Rede Municipal do município “i” avaliados no exame de Língua Portuguesa do
SPAECE;
• NM i é o número total de alunos matriculados no 5º ano de ensino fundamental
de nove anos da Rede Municipal do município “i” ;
• AJF i representa um índice de ajuste calculado a partir do resultado no padrão de
desempenho dos alunos do 5º ano do ensino fundamental de nove anos da Rede
Municipal do município “i” para o exame de Língua Portuguesa do SPAECE. O
índice é obtido da seguinte maneira:
2 2
AJFLP i = ( 1 - prof 1LPi ) . ( 1 + prof 2LPi )
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avaliação de Língua Portuguesa do SPAECE para o 5º ano.
Onde:
AM i - AM MIN
APM i =
AM MAX - AM MIN
N AMI
AM i = AMF i . .( AJFM i )
N MI
onde:
44
• N Mi é o número total de alunos matriculados no 5ª ano do ensino fundamental de
nove anos da Rede Municipal do município “i”;
• AJFM i representa um índice de ajuste calculado a partir do resultado no padrão
de desempenho dos alunos do 5º ano do ensino fundamental de nove anos da
Rede Municipal do município “i” para o exame de Matemática do SPAECE. O
índice é obtido da seguinte maneira:
2 2
AJFM i = ( 1 - prof 1mi ) .( 1+ prof 2mi )
∆ AM i - ∆ AM MIN
∆ APM in =
∆ AM MAX - ∆ AM MIN
Onde:
∆ AM i = AM it - AM it - 1
Onde:
45
Qualidade Educacional antigo do município “i”, calculado conforme a metodologia
expressa no anexo único do Decreto Estadual nº29.881, de 31 de agosto de 2009.
O IDE é formado por três elementos, a Proficiência da Escola convertida para uma
Escala de 0 a 10, a Taxa de Participação na Avaliação e o Fator de Ajuste para
Universalização do Aprendizado.
1 O Spaece – Alfa é a denominação da avaliação do SPAECE nas turmas do 2º ano do fundamental, onde se avalia a
alfabetização.
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a) A Proficiência da Alfabetização na Escala de 0 a 10
2 É possível que uma escola obtenha resultados de proficiência superiores a 200, entretanto, 10 é a nota máxima.
47
b) A Proficiência em Língua Portuguesa do 5º Ano na Escala de 0 a 10.
Tabela 04: Classificação dos resultados pela proficiência em L.P. do 5º ano na escala de 0
a 10 a partir dos resultados do SPAECE.
Limite inferior Limite Superior Classificação
0 Menos que 2,5 Muito Crítico
2,5 Menos que 5 Crítico
5 Menos que 7,5 Intermediário
7,5 10 Adequado
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Tabela 05: Classificação dos resultados de proficiência em Matemática do 5º ano do
SPAECE
Dessa forma, se a escola obtiver 300 pontos de proficiência em sua avaliação, sua
Proficiência em Matemática será 10 (dez)4 . A nova escala mostra a seguinte classificação
(Tabela 6):
A utilização deste fator de ajuste tem por finalidade estimular as escolas a incluírem
um maior percentual de alunos nos níveis adequados. Isto se faz necessário pelo fato da
4 No caso de uma escola obter um resultado superior a 300, a nota é nivelada para 10, que é a nota máxima.
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média de proficiência da escola não expressar devidamente o grau de universalização do
aprendizado.
A partir dos conceitos enunciados até aqui, os cálculos do IDE-Alfa e do IDE-5 serão os
50
seguintes:
51
Assim, o IDE-5 é obtido pela média aritmética simples do IDE-5 de Matemática e o
IDE-5 de Língua Portuguesa:
a) IDE-Alfa
190 60 58 2,5%
Percentual de Alunos no
nível Alfabetização Percentual de Alunos no Percentual de Alunos no Percentual de Alunos no
Incompleta nível Intermediário nível Suficiente nível Desejável
190 x 10 = 9,5
200
58 = 0,9667 = 96,67%
60
b) IDE-5
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Proficiência Média Número de Alunos Número de Alunos Avaliados
Matriculados
250 60 58
250-75 x 10 = 8,75
200
58 = 0,9667 = 96,67%
60
280 60 58
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280 – 100 x 10 = 9,00
200
• IDE-5 de Matemática
9,00 x 96,67% x 88,75% = 7,72
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