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Constituintes Da Silaba

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Introdução

O trabalho tem como tema: A sílaba em palavras do português. É notável na oralidade


as divisões silábicas compostas numa palavra. Nas palavras biblioteca e juventude, se
estas forem pronunciadas muito devagar, teremos as sílabas bi-bli-o-te-ca e ju-ven-tu-
de.

A divisão dos constituintes da sílaba é destacada da seguinte forma: OAtaque,o ataque


pode ser de três tipos:Ataque vazio, o ataque complexo o ataque simples; ARima, a
rima pode ser de dois tipos:rima não ramificada e a rima ramificada;Onúcleo, o núcleo
pode ser de dois tipos:núcleo simples ou não ramificado o núcleo complexo ou
ramificado e por fim a Coda, a coda pode ser de dois tipos: coda ramificada e a coda
não ramificada.

Nas conversar que temos tido no nosso dia-a-dia engloba as palavras que são compostas
pelas sílabas. Este trabalho obedece a seguinte estrutura: A apresenta a parte
introdutória, o desenvolvimento, onde é abordado o tema com mais detalhes, a
conclusão e a respectiva referência bibliográfica.
1. A sílaba em palavras do Português

Segundo MATEUS et all, sílaba é uma construção perceptual, isto é, criada no espírito
do ouvinte, com propriedades específicas que não decorrem da simples segmentação
fonética das sequências de segmentos.

Todas as palavras são compostas por sílabas. Uma sílaba é um som ou grupo de sons
pronunciados na mesma emissão de voz. Por exemplo, nas palavras biblioteca e
juventude, se estas forem pronunciadas muito devagar, teremos as sílabas bi-bli-o-te-ca
e ju-ven-tu-de.

2. O estudo da sílaba em fonologia generativa

Um falante de português divide intuitivamente a palavra [ˈmalɐ] <mala> em duas


sílabas ([ˈma.lɐ]) e a palavra [buˈRaʃɐ] <borracha> em três sílabas ([bu.ˈRa.ʃɐ]). Cada
uma das sílabas identificadas nas duas palavras corresponde à estrutura silábica mais
frequente nas línguas do mundo: uma consoante seguida de uma vogal (estrutura CV).
Por este motivo se diz que CV é o formato da sílaba universal.

A sílaba (representada por σ) pode ser entendida como sendo composta por constituintes
silábicos hierarquicamente organizados:

 Núcleo: o único constituinte obrigatoriamente preenchido em qualquer sílaba de


qualquer língua, este refere-se a uma vogal;
 Ataque: o Núcleo pode estar precedido por consoantes; esta posição que
precede o Núcleo é o Ataque (A);
 Coda: O núcleo pode ainda estar seguido por consoantes; esta posição que se
segue o núcleo é a coda (Cd).
 Rima: os segmentos que seguem a vogal (os que estão na coda) têm mostrado
relações de maior afinidade com esta do que os segmentos que a precedem (os
que estão no ataque), diz-se que Núcleo e a Coda fazem parte de um mesmo
constituinte hierarquicamente superior, a Rima (R).

A reorientação que corresponde à organização interna da sílaba acima apresentada é a


que a seguir se apresenta, sob a forma de um diagrama em árvore.
σ

A R

Nu Cd

m a ɾ

Com recurso às ferramentas acima apresentadas, faça-se agora a descrição dos tipos de
Ataques, de Rimas, de Núcleos e de Codas que o português apresenta. Em português, as
posições Ataque e Coda são preenchidas por consoantes e a posição núcleo é preenchida
por uma vogal ou por sequência que contenha uma vogal e uma semivogal (um
ditongo).

Constituintes da sílaba em Português

As sílabas são constituídas por: Ataques, Rimas, Núcleos e coda.

O Ataque- refere-se às consoantes representadas de forma isolada ou sequenciada no


inicio ou no meio da palavra. Por exemplo: pa-pa [p-p], branco [bɾ], ablução [bl].

O ataque pode ser de três tipos:

 Ataque vazio - não é segmentadamente preenchido: ['a.bɐ] <_aba>;


 Ataque simples – é preenchido por uma consoante: ['ba.lɐ] <bala>;
 Ataque complexo – é preenchido por mais do que uma consoante: ['kɾa.vu]
<cravo>.
A rima integra obrigatoriamente um núcleo e, opcionalmente, uma coda. Apresenta-se
e discute-se em seguida a estrutura interna destes dois constituintes.
A rima pode ser de dois tipos:
 Rima não ramificada – é constituída apenas pelo núcleo: ['pa.tɐ]<pata>;
 Rima ramificada – éconstituída por um núcleo seguida de uma consoante em
coda: ['paɾ.tu]<parto> e ['paʃ.tɐ]<pasta>.

O núcleo- todas as vogais orais e nasais podem ser núcleo de sílaba em português,
como se comprova nos seguintes exemplos: vi, lê, pé, má, da, de, mó, avô, tu, fim,
pente, irmã, ponte, fundo. Nestes casos, trata-se de núcleos simples.

O núcleo pode ser de dois tipos:

 Núcleo simples ounão ramificado – é preenchido por uma vogal: ['pa.tɐ]<pata>;


 Núcleocomplexo ou ramificado – é preenchido por uma vogal e uma semi-
vogal: ['paw.tɐ]<pauta>.

Coda- é a consoante ou consoantes em posição pós-nuclear dentro de uma sílaba ou


seja, após a vogal nuclear. Em português, as consoantes em coda são apenas três, as
fonológicas /l/, /ɾ/ e /s/ com diferentes realizações fonéticas.

Exemplo:

Par/paɾ/ - [páɾ] parte /paɾte/ [páɾ-ti]

Mal /mal/ - [mál] falta /falta/ [fál-tɐ]

Mas /mas/ - [máʃ] peste /pɛste/ [pέʃ-mu]

A coda pode ser de dois tipos:

 Coda não ramificada – é preenchida por uma consoante: ['paɾ.tu]<parto>;


 Coda ramificada – é preenchida por mais de duas consoantes:
[pɨɾʃ.pƐ'tivɐ]<perspetiva>.
Sequências de vogal e semi-vogal e de semi-vogal e vogal

Ditongo

Ocorre quando juntamos dois sons vocálicos numa única sílaba: ca-iu; viu; tou-ro; den-
tais. Os ditongos são classificados de acordo com a sua formação e a sua pronúncia.

De acordo com a formação, o ditongo pode ser:

Crescente - começa com semivogal e termina com vogal. Ex: cárie, história, ténue.

Decrescente - começa com vogal e termina com semivogal. Ex: touro, dentais, peixe.

De acordo com a pronúncia, o ditongo pode ser:

Oral - quando o som sai completamente pela boca. Ex: ténue, dentais.

Nasal - quando o som sai pelo nariz. Ex: pão, mãe, também, cantaram.
Conclusão

Chegado a este ponto importa salientar que a sílaba é uma construção é criada no
espírito do ouvinte, com propriedades específicas que não decorrem da simples
segmentação fonética das sequências de segmentos.

As sílabas são constituídas por: Ataques, Rimas, Núcleos e coda. A rima integra
obrigatoriamente um núcleo e, opcionalmente uma coda, isto é, na rima podemos
encontrar um núcleo e existir excepção de uma coda.

Contudo, todas as palavras são compostas por sílabas. Para notarmos esta divisão
silábica na emissão da voz, só temos de, dizer as palavras lentamente.
Referência bibliográfica

MATEUS, Maria Helena Mira etall, Gramática da língua portuguesa, 7a edição,


editorial caminho, Lisboa, 2003.

MATEUS, Maria Helena Mira etall, Fonética e Fonologia do português, Lisboa, 2005.

DUARTE, Inês, Língua portuguesa-instrumentos de análise, Lisboa, 2000.

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