Estrutura de Madeira - Exercícios Resolvidos
Estrutura de Madeira - Exercícios Resolvidos
Estrutura de Madeira - Exercícios Resolvidos
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE
ESTRUTURAS DE MADEIRA
1 COMPRESSÃO....................................................................................................... 3
2 INSTABILIDADE ................................................................................................. 14
3 TRAÇÃO................................................................................................................ 19
4 CISALHAMENTO ............................................................................................... 21
8 FLEXO-COMPRESSÃO ..................................................................................... 40
INTRODUÇÃO
Esta apostila com primeira edição em 2014 e revisada em 2020 contém exercícios
resolvidos com base na NBR 7190 - Norma Brasileira sobre Projetos em Estruturas de Madeira,
sob a ótica da versão de 1997, e estes exercícios são de discussão no curso de CV 613 -
Estruturas de Madeira do curso de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia Civil,
Arquitetura e Urbanismo (FEC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A confecção deste material tem por objetivo apresentar problemas comumente
encontrados de dimensionamento e análise estrutural de elementos reticulados de madeira
estruturalmente utilizados. De forma didática, o conteúdo propõe exercícios que são
solucionados conforme propõe a norma em questão.
1 COMPRESSÃO
Exercício 1
água pesando constantemente Fg,k = 40 kN (considerar como carga permanente)
será suportada por 4 apoios feitos de peças de madeira com as fibras no sentido vertical.
Dimensione os apoios.
Dados
Madeira de Folhosa C40;
Umidade classe (2).
Solução
Etapa 1: Cálculo da tensão resistente
A resistência característica de uma Folhosa classe C40 é dada por:
f c 0 ,k 40 MPa (1)
w 1,40 (2)
f c 0 ,k (4)
f c 0 ,d K mod
w
40MPa
f c 0 ,d 0,48
1,40
f c 0 ,d 13,71MPa
40kN (5)
Pk
4
Pk 10kN
Pd f Pd (6)
Pd 1,40 10kN
Pd 14kN
A tensão atuante de cálculo pode ser escrita em função de uma seção transversal quadrada
que será dimensionada:
Pd (7)
d
A
14kN
d
a2
Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela
Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia
Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 5
d f c 0,d (8)
3
14 10 N
13,41MPa
a2
14 103 N
a
3,41MPa
a 1044mm 2
a 32,31mm
Adotou-se a = 40 mm.
lef 12 (10)
a
Para peças curtas:
lef 12 (11)
40
a
40 a
lef
12
40 40mm
lef
12
lef 462mm
O comprimento adotado foi ladot = 250 mm.
Exercício 2
Verificar qual o máximo esforço P que se pode aplicar na barra da figura, considerando-se que
é uma carga de longa duração.
Medidas em centímetros.
Dados:
Madeira: Conífera C30;
Umidade classe (3).
Solução:
Etapa 1: Cálculo da Tensão Resistente
Carregamento de longa duração em peça serrada: Kmod,1 = 0,70;
Classe de umidade 3: Kmod,2 = 0,80;
Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80.
Assim, o Kmod é definido como:
f c 0 ,k (13)
f c 0 ,d K mod
w
30MPa
f c 0 ,d 0,448
1,40
f c 0 ,d 9,60MPa
d f c 90,d (15)
Pd
f c 90,d
A
f Pk
f c 90,d
A
f c 90,d A
Pk
f
2
2,64 MPa 100mm
Pk
1,40
Pk 18,86kN
Portanto, o máximo carregamento permitido deve ser igual ou menor que 18,86kN.
Exercício 3
Verificar se a peça-base suporta o carregamento com o esquema mostrado na figura abaixo.
Dados:
Madeira: Dicotiledônea C20;
Umidade classe (4).
Pk = 20 kN.
Medidas em centímetros.
Solução
Etapa 1: Cálculo da Tensão Resistente
Carregamento de longa duração em peça serrada: Kmod 1 = 0,70;
Classe de umidade 4: Kmod 2 = 0,80;
Madeira de 2ª categoria: Kmod 3 = 0,80.
Desta maneira, determina-se o Kmod como sendo:
f c 0 ,k (17)
f c 0 ,d K mod
w
20MPa
f c 0 ,d 0,448
1,40
f c 0 ,d 6,40MPa
Como os esforços estão aplicados em uma direção inclinada e relação às fibras e que esta
inclinação é maior que 6° (arctg = 0,10), então, a tensão resistente fc ,d deve ser calculada com
a fórmula de Hankinson (item 7.2.9 da NBR 7190:1997):
f c 0, d 0,25 f c 0, d n
(19)
fc ,d
f c 0, d sen 2 0,25 f c 0, d n cos2
2
0,25 f c 0, d n
fc ,d
f c 0, d sen 2 0,25 n cos2
0,25
fc ,d 2
n
f c 0, d
sen 0,25 n cos2
0,25 1,1566
fc ,d 2
6,40MPa
sen 38 0,25 1,1566 cos2 38
fc ,d 3,31MPa
d fc ,d
(20)
Pd
fc ,d
A
f Pk
fc ,d
A
1,40 20 103 N
3,31MPa
120mm 60mm
3,89 MPa 3,31MPa
Como d > fc ,d, portanto, conclui-se que a peça-base não suporta o carregamento aplicado.
Exercício 4
Para o nó de apoio de uma treliça, conforme figura, verificar todas as situações críticas de
compressão, segundo a NBR 7190:1997.
Dados:
Madeira: Dicotiledônea C30;
Umidade classe (1);
Carregamento de longa duração.
Pd = 39,5 kN;
= 25°.
Medidas em centímetros.
Solução
Etapa 1: Determinação dos esforços
Por equilíbrio de um corpo livre, determina-se as componentes de força horizontal e
vertical:
Fx 0 (21)
Pd cos Hd 0
Hd Pd cos
Hd 39,50kN cos 25
Hd 35,80kN
Fy 0 (22)
Pd sen Vd 0
Vd Pd sen
Vd 39,50kN sen25
Vd 16,69kN
f c 0 ,k (24)
f c 0 ,d K mod
w
30 MPa
f c 0 ,d 0,56
1,40
f c 0 ,d 12 MPa
Vd (25)
d
A
6,86 103 N
d
10mm 6mm
16,69 103 N
d
100mm 60mm
d 2,78MPa
Como:
d f c 0,d (26)
2,78MPa 12MPa
Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela
Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia
Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 12
Vd (28)
d
A
16,69 103 N
d
100mm 60mm
d 2,78MPa
Como:
d f c90,d (29)
2,78MPa 3,30MPa
d f c 0 ,d (30)
Pd
f c 0 ,d
A
39,5 103 N
f c 0 ,d
30 35 mm
60mm
cos 25
9,06MPa 12MPa
Pd (32)
d
A
39,5 10 3 N
d
30 35 mm
60mm
cos10
d 9,97 MPa
Como:
d fc ,d
(33)
9,97MPa 11,12MPa
2 INSTABILIDADE
Exercício 5
Uma barra vertical quadrada (10×10) cm2 serve de apoio em um sistema de sustentação da carga
vertical de uma parede. Verifique se suportará o carregamento.
Dados
A força P é composta por:
o Carga permanente: Pg,k = 12 kN;
o Carga acidental principal de longa duração: Pq,k = 5,6 kN; e
o Ação do vento: Pv,k = 4,4 kN.
Umidade classe (1);
Madeira Conífera C30.
Solução
Etapa 1: Cálculo do índice de esbeltez ( )
O índice de esbeltez é definido pela razão entre o comprimento efetivo ( ef) e o raio de
giração (i), que para uma seção quadrada tem a seguinte expressão:
Como o esquema estático adotado foi de uma barra com apoio fixo e móvel, temos que o
comprimento efetivo ef = , com isto, o índice de esbeltez é igual a:
2900mm 12 (35)
100,46
100mm
f c 0 ,k (37)
f c 0 ,d K mod
w
20MPa
f c 0 ,d 0,56
1,40
f c 0 ,d 8,00MPa
m n (38)
Nd P
Gi Gi ,k Q PQj ,k P
0 j Qj ,k
i 1 j 2
Nd G PG ,k Q PQ1,k P
0 , 2 Q 2,k
2
Ec 0, ef I (40)
Fe 2
lef
Onde Ec0,ef = Kmod Ec0,m = 0,56 14500 MPa = 8120 MPa, assim:
2
8120MPa 100mm
4 (41)
Fe 2
79411N
12 2900mm
Fe 79,41kN
h 30 3,33mm (43)
ea
Lef 300 9,67mm
ea 9,67mm
Excentricidade de cálculo:
Fe 79,41kN (47)
ed e1,ef 9,77 mm
Fe N d 79,41kN 27,72kN
e1,ef 15,01mm
Tensão Atuante:
Md N d ed 27,72kN 15,01mm (48)
Md 41,60kNcm
Md 41,60kNcm (49)
Md y 4
12 5cm
I 10cm
Md 0,2496 kN cm 2
Md 2,50 MPa
Nd Md
(50)
1
f c 0,d f c 0,d
2,77 MPa 2,50 MPa
0,659 1
8,00 MPa 8,00 MPa
Portanto, o pilar suportará o carregamento solicitado.
3 TRAÇÃO
Exercício 6
Qual a máxima carga F que o tirante, de área (16×8) cm2, suporta?
Dados
Umidade classe (1);
Carregamento de longa duração;
Madeira de 2ª categoria;
Madeira Dicotiledônea C30.
Solução
Etapa 1: Cálculo da tensão resistente de projeto (ft0,d):
Carregamento de longa duração em peça serrada: Kmod,1 = 0,70;
Classe de umidade 1: Kmod,2 = 1,00;
Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80.
Desta maneira, determina-se o Kmod como sendo:
f c 0 ,k (52)
f t 0 ,d K mod
0,77 w
30MPa
f t 0 ,d 0,56
0,77 1,80
f t 0 ,d 12,12MPa
Fd (53)
d f t 0 ,d
A
1,40 F
d 1,212 kN cm 2
8cm 16cm 4cm
F 83,11kN
4 CISALHAMENTO
Exercício 7
Para o nó de apoio de uma treliça, determinar o valor de f necessário para suportar a força de
28,2 kN, de longa duração, que está atuando na empena.
Dados
Umidade classe (1);
Carregamento de longa duração;
Madeira de 2ª categoria;
Madeira Dicotiledônea C30.
Solução
Etapa 1: Cálculo da tensão resistente de projeto (fv,d):
Carregamento de longa duração em peça serrada: Kmod,1 = 0,70;
Classe de umidade 1: Kmod,2 = 1,00;
Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80.
Desta maneira, determina-se o Kmod como sendo:
f v,k (55)
f v,d K mod
w
5MPa
f v,d 0,56
1,80
f v,d 1,56 MPa
f v,d 0,156 kN cm 2
Pd cos 10 (57)
d f v ,d
A
39,48kN cos 10
d 0,15 6kN cm 2
6cm f
39,48kN cos 10
f
6cm 15 ,56kN cm 2
f 41,54cm
Assim sendo, o comprimento adotado foi de fd = 42 cm.
Exercício 8
c
a) c = /2;
b) c = 20 cm
Dados
Umidade classe (1);
Madeira de 2ª categoria;
Madeira Dicotiledônea C40;
Comprimento da viga: = 3,20 m.
Solução
Etapa 1: Cálculo da tensão resistente de projeto (fv,d)
Carregamento permanente em peça serrada: Kmod,1 = 0,60;
Classe de umidade 1: Kmod,2 = 1,00;
Madeira de 2ª categoria: Kmod,3 = 0,80.
6 MPa
f v,d 0,48
1,80
f v,d 1,60 MPa
f v,d 0,16 kN cm 2
2h c (60)
2 16cm 160cm
32cm 160cm
Como a distância c é maior que o dobro da altura da viga, o esforço cortante reduzido é
expresso por:
Vd M s (62)
d
b I
3 Vd (63)
d
2 A
d f v,d (64)
3 1,4 0,5 Pk
0,16 kN cm 2
2 6cm 16cm
0,16 kN cm 2 6cm 16cm
Pk
1,4 0,5 1,5
Pk 14,63kN
2h c (65)
2 16cm 20cm
32cm 20cm
c (66)
V red , k V máx
2h
20cm
V red , k 0,9375 P
32cm
V red , k 0,5859 P
d f v,d (67)
3 1,4 0,5859 Pk
0,16 kN cm 2
2 6cm 16cm
0,16 kN cm 2 6cm 16cm
Pk
1,4 0,5859 1,5
Pk 12,48kN
Exercício 9
Determinar a quantidade de parafusos para a ligação perpendicular abaixo.
Dados
Umidade classe (1);
Carregamento de longa duração;
Madeira Conífera C30;
Parafusos: fy,k = 600 MPa.
Solução
Etapa 1: Diâmetro do Pino
Espessura convencional da madeira (t):
3cm (68)
t
8cm 2 4cm
t 3cm
30MPa
f e,d 0,25 0,56 1,68
1,40
f e,d 5,04 MPa
f e,d 0,504 kN cm 2
t 3cm (73)
2,40
d 1,25cm
f y ,d 54,55 kN cm 2
lim 1,25 1,25
f e ,d 0,504 kN cm2
lim 13,004
Como < lim, trata-se do caso de embutimento na madeira. Portanto, a força resistente
em cada face de corte denota-se por:
t2 3cm
2 (74)
Rvd ,1 0,40 f e ,d 0,40 0,504 kN cm2
2,40
Rvd ,1 0,756kN
Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela
Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia
Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 28
Pd 1 14,04kN 1 (75)
n
2 Rvd ,1 2 0,756kN
n 9,29
Exercício 10
Calcular a quantidade de pregos para efetuar a ligação entre as peças com seções, respectivas,
de (6×12) cm2 e (4×12) cm2, conforme a figura.
Dados
Kmod = 0,56;
Madeira Conífera C40;
Parafusos: fy,k = 600 MPa.
Solução
Etapa 1: Diâmetro dos pregos
Determina-se o valor da espessura convencional da madeira (t) conforme abaixo:
6cm (76)
t
4cm
t 4cm
t 4cm (77)
d
5 5
d 0,8cm
Com isto, os pregos que podem ser utilizados são: (44×100) e (44×94), por terem
comprimentos maiores que o comprimento limite. Para este problema, adotou-se o parafuso
(44×94).
t 4cm (81)
9,09
d 0,44cm
f y ,d 54,55 kN cm 2
lim 1,25 1,25
f c 0 ,d 1,60 kN cm 2
lim 7,30
Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela
Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia
Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 30
Como > lim, trata-se do caso de flexão no pino, estimando-se, portanto, a resistência da
ligação de cada um dos pregos como:
d2 (82)
Rvd ,1 0,625 f y ,d
lim
2
0,44cm
Rvd ,1 0,625 54,55 kN cm2
7,30
Rvd ,1 0,904kN
Pd 18kN (83)
n
Rvd ,1 0,904kN
n 19,91
2 (84)
n0 8 nef 8
3
3
nef 8 n0 8
2
3
nef 8 10 8
2
nef 11
Com isto, estima-se o uso de 22 pregos de (44 × 94) para a solução deste problema.
6 FLEXÃO SIMPLES
Exercício 11
Calcular a altura necessária para uma viga, cuja largura é de 6 cm, e está submetida a um
carregamento permanente, uniformemente distribuída, de qg,k = 0,82 kN/m, e a uma carga
concentrada permanente de Fg,k = 1,6 kN, no ponto médio do vão de = 5,80 m, conforme a
figura.
Dados
Madeira: Folhosa C40;
Umidade classe (3).
Solução
f c 0 ,k 40MPa (86)
f c 0 ,d K mod 0,384
w 1,40
f c 0 ,d 10,97 MPa
f c 0 ,d 1,10 kN cm 2
f t 0 ,k f c 0 ,k (87)
f t 0 ,d K mod K mod
w 0,77 w
40 MPa
f t 0 ,d 0,384
0,77 1,80
f t 0 ,d 11,08MPa
f t 0 ,d 1,11kN cm 2
cd f c 0,d (92)
1598,89kN
2
1,10 kN cm 2
h f c 0,d , cd
1598,89 kN
h f c 0 ,d , cd
1,10 kN cm2
h f c 0 ,d , cd 38,18cm
td f t 0,d (93)
1598,89kN
2
1,11 kN cm 2
h f t 0,d , td
1598,89kN
h f t 0,d , td
1,11 kN cm 2
h f t 0,d , td 37,983cm
Altura adotada:
7 FLEXÃO OBLÍQUA
Exercício 12
Quanto ao Estado Limite Último, dimensione uma terça que está submetida a um carregamento
permanente, uniformemente distribuído, de qg,k = 0,75 kN/m, e a uma carga concentrada
acidental de Fg,k = 0,90 kN, no ponto médio do vão de = 4 m, conforme figura. Considerar
uma inclinação do telhado correspondente a 25°.
Dados
Madeira: Folhosa C60;
Kmod = 0,56.
Solução
f c 0 ,k 60MPa (95)
f c 0,d K mod 0,56
w 1,40
f c 0,d 24MPa
f c 0,d 2,4 kN cm 2
f t 0,k f c 0 ,k (96)
f t 0,d K mod K mod
w 0,77 w
60MPa
f t 0,d 0,56
0,77 1,80
f t 0,d 24,24MPa
f t 0,d 2,42 kN cm 2
Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela
Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia
Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 35
qk l 2 0,75 kN m 4,0m
2 (98)
M máx, g
8 8
M máx, g 1,50kNm
M máx, g 150kNcm
Combinação na direção x:
Combinação na direção y:
b h3 8cm 12cm
3 (102)
Ix 1152cm 4
12 12
3
h b3 12cm 8cm
Iy 512cm 4
12 12
Tensão atuante em x:
Tensão atuante em y:
My,d 1,109 kN cm 2
Mx,d My,d
(105)
Km 1
f c 0,d f c 0 ,d
Mx,d My,d
Km 1
f c 0,d f c 0 ,d
Como ambas as inequações foram atendidas, conclui-se que uma seção retangular de (8
× 12) cm² satisfaz as condições de segurança estrutural para o problema proposto.
Exercício 13
Verifique quanto ao Estado Limite de Serviço a terça que está submetida a um carregamento
permanente, uniformemente distribuído, de qg,k = 0,75 kN/m, e a uma carga concentrada
acidental de Pq,k = 0,90 kN, no ponto médio do vão de = 4 m, em local em que não há
predominância de pesos de equipamentos fixos, conforme figura. Considerar uma inclinação
do telhado correspondente a 25°.
Dados:
Madeira: Folhosa C60;
Umidade classe (1);
Solução
h b3 12cm 8cm
3 (109)
Iy 512cm4
12 12
5 qg , x l 4 Pq , x l 3 (110)
2
wx
384 Ec 0, m I y 48 Ec 0, m I y
4 3
5 0,003 kN cm 400cm 0,38kN 400cm
wx 2
384 1372 kN cm2 512cm4 48 1372 kN cm2 512cm4
wx 1,648cm
l 400cm (111)
wlim
200 200
wlim 2cm
wx wlim (112)
1,648cm 2cm
b h3 8cm 12cm
3 (113)
Ix 1152cm4
12 12
5 qg , y l 4 Pq , y l 3 (114)
2
wy
384 Ec 0,m I x 48 Ec 0,m I x
4 3
5 0,007 kN cm 400cm 0,816kN 400cm
wy 2
384 1372 kN cm2 1152cm4 48 1372 kN cm2 1152cm4
wy 1,571cm
wy wlim (115)
1,571cm 2cm
8 FLEXO-COMPRESSÃO
Exercício 14
Um pilar de madeira, com seção quadrada de lado 12 cm, conforme figura, está submetido a
uma força concentrada axial composta de uma parcela permanente e outra devida ao vento,
apresentando excentricidade de 3 cm na direção y. Sobre o pilar também está atuando uma carga
distribuída acidental devida ao vento, horizontal, de 0,35 kN/m. Verificar se a seção é
suficiente.
Dados
Carga vertical permanente: Ng,k = 9,0 kN;
Carga vertical proveniente do vento: Nq,k = 5,14 kN;
Comprimento do pilar = 3,6 m;
Madeira: Folhosa C60;
Kmod = 0,56.
Solução
f c 0 ,k 60MPa (116)
f c 0,d K mod 0,56
w 1,40
f c 0,d 24MPa
f c 0,d 2,4 kN cm 2
N c ,d g N g ,k 0,75 q N q ,k (117)
N c ,d 1,40 9,0kN 0,75 1,40 5,14kN
N c ,d 18kN
N ,d 18kN (118)
N ,d
A 12cm 12cm
N ,d 0,125 kN cm2
qd 0,75 q qq , k (120)
qd 0,75 1,40 0,35 kN m
qd 0,3675 kN m
qd l 2 0,3675 kN m 3,60m
2 (121)
M q ,d
8 8
M q ,d 5,954kNm
M q ,d 59,54kNcm
M x ,d M N ,d M q ,d (122)
M x ,d 54kNcm 59,54kNcm
M x ,d 113,54kNcm
Tensão de flexão:
M x ,d M x ,d a 6 M x ,d (123)
Mx,d y
Iy a4 2 a3
12
6 113,54kNcm
Mx,d 3
12cm
Mx,d 0,39 kN cm 2
2 (124)
N ,d Mx,d My ,d
Km 1
f c 0,d f c 0,d f c 0,d
2
N ,d Mx,d My ,d
Km 1
f c 0,d f c 0 ,d f c 0,d
2
0,125 kN cm 2 0,39 kN cm 2 0 kN cm 2
0,5 0,08 1 Ok!
2,4 kN cm 2 2,4 kN cm 2 2,4 kN cm 2
2
0,125 kN cm 2 0,39 kN cm 2 0 kN cm 2
0,5 0,17 1 Ok!
2,4 kN cm 2 2,4 kN cm 2 2,4 kN cm 2
l0 l0 l0 l0 12 (125)
i I a4 a
A 12 a 2
360cm 12
12cm
103,92
M q ,d M q ,d a 6 M x ,d (126)
M 1,d y
I a4 2 a3
12
6 59,54kNcm
M 1,d 3
12cm
M 1,d 0,207 kN cm 2
Para o cálculo da tensão atuante devido ao carregamento axial será necessário o módulo
de elasticidade efetivo, calculado como:
Momento de inércia:
a 4 12cm
4 (128)
I
12 12
4
I 1728cm
2
Ec 0,ef I 2
1372 kN cm2 1728cm4 (129)
Fe 2 2
l0 360cm
Fe 180,55kN
l0 360cm (131)
1,2cm
300 300
ea
h 12cm
0,4cm
30 30
ea 1,2cm
N gk N qk (133)
1 2
ec eig ea exp 1
Fe N gk 1 2 N gk
e1,ef e1 ec ei ea ec (134)
e1,ef 6,31cm 1,2cm 7,29cm
e1,ef 14,8cm
Fe (135)
M 1,d N d e1,ef
Fe N d
180,55kN
M 1,d 18kN 14,8cm
180,55kN 18kN
M 1,d 295,9kNcm
N 1,d M 1,d
(137)
1
f c 0 ,d f c 0 ,d
1,03 kN cm2 0,21 kN cm2
1
2,4 kN cm2 2,4 kN cm2
0,52 1 Ok!
9 PEÇAS COMPOSTAS
Exercício 15
Uma barra de treliça, de seção transversal integrada por duas peças de (5 × 15) cm², separados
por espaçadores interpostos com 5 cm de largura, está submetida a uma força de compressão
paralela as fibras Nd = 35 kN. A barra é biarticulada e a madeira utilizada é das coníferas, classe
C25, de 2ª categoria e classe de umidade 1. Especificar qual distância entre espaçadores para
que sejam atendidos os critérios da NBR 7190 para a um comprimento de 200 cm. As ações da
estrutura são decorrentes de local com predominância de peso de equipamentos fixos.
Solução
f c 0 ,k 25MPa (139)
f c 0 ,d K mod 0,56
w 1,40
f c 0 ,d 10MPa
f c 0 ,d 1 kN cm 2
a1 3 b (141)
5cm 3 5cm
5cm 15cm Ok!
A distância entre espaçadores interpostos (L1) deve ser estabelecida atentando-se aos
seguintes requisitos:
(142)
Momento de Inércia:
b1 h1
3
5cm 15cm
3 (145)
I1
12 12
4
I1 1406,25cm
3
h1 b1 15cm 5cm
3 (146)
I2
12 12
4
I2 156,25cm
Ix n I1 2 1406,25cm4 (147)
Ix 2812,5cm4
n
2 2
(148)
Iy n I2 Ai ai 2 156,25cm4 2 75cm2 5cm
i 1
Iy 4062,5cm4
Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
Universidade Estadual de Campinas Eng. Esp. Ramon Vilela
Prof. Dr. Nilson Tadeu Mascia
Apostila de Exercícios de Estruturas de Madeira 48
(149)
I y ,ef 536,25cm4
l0 200cm (152)
I y ,ef 536,25cm 4
A 150cm2
105,78
2
Ec 0,ef I y ,ef 2
476 kN cm2 536,25cm4 (153)
Fe 2 2
l0 200cm
Fe 62,98kN
M 1d 0kNcm (154)
ei
Nd 35kN
ei 0cm
l0 200cm (155)
0,67cm
300 300
ea
h 15cm
0,5cm
30 30
ea 0,67cm
N d 35kN (157)
N gk 1 2 N qk
1,40 1,40
N gk 1 2 N qk 25kN
N gk N qk (158)
1 2
ec eig ea exp 1
Fe N gk 1 2 N gk
N d 1,40
ec eig ea exp 1
Fe N d 1,40
0,8 25kN
ec 0cm 0,67cm exp 1
62,98kN 25kN
ec 0,464cm
e1,ef e1 ec ei ea ec (159)
e1,ef 0cm 0,67cm 0,464cm
e1,ef 1,14cm
Excentricidade de projeto:
Fe 62,98kN (160)
ed e1,ef 1,14cm
Fe N d 62,98kN 35kN
ed 2,25cm
Nd M d I2 Md I2 (162)
1 n f c 0,d
A I y ,ef W2 n a1 A1 I y ,ef
35kN 78,78kNcm 156,25cm 4 78,78kNcm 156,25cm 4
1 2 1 kN cm 2
150cm 2 536,25cm4 62,5cm3 2 5cm 75cm 2 536,25cm 4
0,61 kN cm 2 1 kN cm 2 Ok!
Exercício 16
Dada uma viga biarticulada de madeira, de seção (5 × 20) cm², submetida a uma ação permanente
distribuída de qg,k = 0,60 kN/m (totalidade das ações permanentes) e a uma carga acidental distribuída
(qq,k). Determinar o máximo valor de qq,k, considerando:
Dados
Madeira classe C40;
Umidade da madeira = 15%;
2ª categoria;
Local com predominância de pessoas;
Materiais frágeis ligados à estrutura.
Solução
f c 0 ,k 40MPa (164)
f c 0 ,d K mod 0,56
wc 1,40
f c 0 ,d 16MPa
f c 0 ,d 1,6 kN cm 2
f c 0 ,k 40MPa (165)
f t 0 ,d K mod 0,56
0,77 wt 0,77 1,80
f t 0 ,d 16,16 MPa
f t 0 ,d 1,62 kN cm 2
Resistência ao cisalhamento:
Considera-se wv = 1,80, e fv,k = 6 MPa para uma conífera C40.
Momento de Inércia:
b h 3 5cm 20cm
3 (168)
I
12 12
4
I 3333,33cm
Condição de segurança.
d f v ,d (169)
2 (170)
Vd f v ,d b h
3
Carregamento acidental
2 2 (171)
qq , k f v ,d b h q g ,k
3 f l
2 2
qq , k 0,19 kN cm2 5cm 20cm 0,60 kN cm
3 1,40 500cm
qq , k 2,96 kN m
f c 0 ,d I (173)
Md 2
h
Carregamento acidental:
f c 0, d I 8 (174)
q q ,k 2 q g ,k
h f l2
1,60 kN cm2 3333,33cm4 8
q q ,k 2 2
0,60 kN cm
15cm 1,4 500cm
q q ,k 0,62 kN m
f t 0 ,d I (176)
Md 2
h
Carregamento acidental:
f t 0, d I 8 (177)
q q ,k 2 q g ,k
h f l2
1,62 kN cm2 3333,33cm4 8
q q ,k 2 2
0,60 kN cm
15cm 1,4 500cm
q q ,k 0,63 kN m
w wlim (178)
l
w
350
Carregamento acidental
384 EM I 1 (179)
qq ,k q g ,k 1
350 5 l 3
384 1755 kN cm2 3333,33cm4 1
qq ,k 3
0,60 kN cm 0,6
350 5 500cm
qq ,k 0,712 kN m
3 3 (180)
h 2 20cm 2
1 E b 1 4 5cm
M 1 1
0,26 0,26 1,4
f h 2 20cm 2
0,63 0,63
b 5cm
M 15,243
L1 Ec 0,ef (181)
b M f c 0 ,d
500cm 1092 kN cm 2
5cm 15,243 1,6 kN cm 2
100 44,77
Como o primeiro termo foi maior que o segundo, a seguinte condição deve ser satisfeita.
Ec 0,ef (182)
c1,d
L1
M
b
M s ,d f q g ,k q q ,k l 2 h (183)
c1,d y
I 8 I 2
Carregamento acidental:
Aplicando-se a Eq. (183) na Eq. (182) e isolando-se qq,k, tem-se:
Ec 0,ef 16 I (184)
qq ,k q g ,k
L1 f l 2 h
M
b
1092 kN cm 2 16 3333,33cm 4
qq ,k 0,60 kN cm
500cm f 500cm 2 5cm
15,243
5cm
qq ,k 0,054 kN cm