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Ameloblastoma

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mostra prevalência aproximadamente igual na terceira e

sétima décadas de vida (predileção acima dos 20 anos).


- Não há predileção significativa por gênero.
- Região de acometimento mais comum = região posterior
- 2° Tumor odontogênico mais comum da cavidade oral;
da mandíbula (mais frequentemente na região de ramo e
- Tumor originado do epitélio odontogênico mais comum corpo de mandíbula).
- Prevalência relativa: soma de todos os outros tumores, exceto OBS: Quando ocorre na maxila, cerca de 15% a 20%,
o odontoma. acomete a porção posterior.
- Assintomático
Teorias de surgimento
OBS: Lesões menores são detectadas somente durante o
1. Restos da lâmina dentária; exame radiográfico.
- A apresentação clínica usual é de uma tumefação indolor
2. Órgão de esmalte em desenvolvimento;
ou expansão dos ossos gnáticos (provoca um abaulamento
3. Revestimento epitelial de um cisto odontogênico. das corticais, que ocasiona na assimetria facial do paciente,
4. Células basais da mucosa oral levando a casos de parestesia, devido a compressão dos
nervos, ou sintomatologia dolorosa).
Obs: sendo os três primeiros os mais comuns.
- Aspecto radiográfico mais comum: “favos de mel” ou
- Tumor de crescimento benigno, indolor, agressivo (não tem “bolhas de sabão”.
metástase, mas é localmente agressivo). - Apresenta-se como defeitos radiolúcidos uniloculares, o
Variantes clínicas que pode se assemelhar a praticamente qualquer tipo de
lesão cística.
- Ocorre em três diferentes situações clínicorradiográficas, que
possuem diferentes considerações terapêuticas e diferentes
prognósticos, sendo elas:
Sólido/convencional/multicístico:
- Mais comum;
- Atualmente denominado apenas de ameloblastoma;
- Prevalência em cerca de 86% de todos os casos. • Característica histopatológica:
• Características clínicas e radiográficas -Tendência para desenvolver alterações císticas;
- É raro em crianças com menos de 10 anos e
-Combinações variadas de características císticas e sólidas;
relativamente incomum no grupo de 10 a 19 anos. O tumor
- Os padrões folicular e plexiforme são os mais comuns. Padrão Plexiforme
- Padrões histopatológicos menos comuns incluem os tipos - Consiste em cordões longos e anastomosantes ou lençóis
acantomatoso, de células granulares, desmoplásico e de maiores de epitélio odontogênico.
células basais. - Os cordões ou lençóis de epitélio são delimitados por
células colunares ou cúbicas, semelhantes a ameloblastos,
Padrão folicular circundando as células epiteliais arranjadas mais
- Ilhas de epitélio lembram o epitélio do órgão do esmalte frouxamente.
em meio a um estroma maduro de tecido conjuntivo - O estroma de suporte tende a ser vascular e arranjado
fibroso. frouxamente.
- Os ninhos epiteliais consistem em uma região central de - A formação de cistos é relativamente incomum nessa
células angulares arranjadas frouxamente, lembrando o variante. Quando ela ocorre, está mais frequentemente
retículo estrelado de um órgão do esmalte. associada à degeneração do estroma, em vez de alterações
císticas dentro do epitélio
- Uma única camada de células colunares altas,
semelhantes a ameloblastos, cerca essa região central.
O núcleo dessas células está localizado no pólo oposto
à membrana basal (polaridade reversa).
- A formação de cistos é comum e pode variar desde
microcistos, que se formam dentro das ilhas de epitélio,
até grandes cistos macroscópicos, que podem ter
muitos centímetros de diâmetro
Padrão acantomatoso
- Associada à formação de ceratina (pérolas córneas)
- Nas regiões centrais das ilhas epiteliais de um
ameloblastoma folicular, o termo ameloblastoma
acantomatoso às vezes é aplicado.
- Essas alterações não indicam um curso mais agressivo um produto mineralizado.
para a lesão;
OBS: histopatologicamente, tal lesão pode ser confundida
com um carcinoma de células escamosas ou com um tumor
odontogênico escamoso (diagnóstico diferencial);

Padrão desmoplásico
- Contém pequenas ilhas e cordões de epitélio odontogênico
em um estroma densamente colagenizado (denso)
- Aumento da produção da citocina conhecida como fator Padrão de células granulares
de crescimento transformador-B (TGF-B) associado a essa
lesão, sugerindo que tal citocina pode ser responsável pela - Transformação de grupos de células epiteliais lesionais
desmoplasia. em células granulares.
- Células periféricas colunares semelhantes a ameloblastos - Essas células apresentam citoplasma abundante
são quase impossíveis de serem vistas ou percebidas nas preenchido por grânulos eosinofílicos, cujas características
ilhas epiteliais. ultraestruturais e histoquímicas lembram lisossomos.
- Predileção marcante pelo acometimento nas regiões - Apesar de ser considerado originalmente como uma
anteriores dos ossos gnáticos, consequência do envelhecimento ou da alteração
principalmente na maxila. degenerativa em lesões de longa duração, essa variante já
- Radiograficamente, esse tipo raramente sugere o foi observada em pacientes jovens e em tumores
diagnóstico de ameloblastoma, e geralmente lembra uma clinicamente agressivos.
lesão fibro-óssea devido ao seu aspecto misto radiolúcido
e radiopaco. - Quando há extensa alteração de células granulares nos
- Esse aspecto radiográfico misto se deve à metaplasia ameloblastomas, a designação apropriada é ameloblastoma
óssea nos densos septos fibrosos que caracterizam a lesão, de células granulares.
e não em decorrência da produção, pelo próprio tumor, de
Padrão de células basais reconstrutiva extensa. Alguns tumores podem não ser
- Tipo menos comum de ameloblastoma. responsivos a esse tratamento devido ao seu tamanho ou
ao seu padrão de crescimento.
- Essas lesões são compostas por ninhos de células
basaloides uniformes e, histopatologicamente, são muito - A radioterapia raramente tem sido usada como
similares ao carcinoma basocelular da pele. modalidade terapêutica devido à localização intraóssea do
tumor e ao potencial para desenvolver doença maligna
- Não há retículo estrelado na porção central dos ninhos. secundária, induzida pela radiação, em uma população de
- As células periféricas ao redor dos ninhos tendem a ser pacientes relativamente jovens.
cúbicas em vez de colunares. OBS: O ameloblastoma convencional é uma neoplasia
persistente, infiltrativa, que pode matar o paciente devido
à sua progressiva disseminação de modo a envolver
estruturas vitais. A maioria desses tumores, contudo, não
são lesões que ameaçam a vida. Raramente, um
ameloblastoma exibe comportamento francamente maligno.

Unicístico/Unilocular

• Tratamento e prognóstico (Sólido) - Responsáveis por 10% a 46% de todos os ameloblastomas


- Simples enucleação seguida por curetagem até a intraósseos em vários estudos.
ressecção em bloco; necessita de margem de segurança; - Menor prevalência
Recidiva 15%.
- Acomete, principalmente, a 2° década de vida;
OBS: A margem verdadeira do tumor frequentemente se
estende além de sua aparente margem radiográfica ou - Crescimento lento e assintomático;
clínica (com margem de ressecção de pelo menos 1 a 1,5cm - Pode ser confundido com cisto dentígero (diferenciado
além dos limites radiográficos do tumor). clinicamente através de punção aspirativa);
-A ressecção marginal é o tratamento mais amplamente - Pode ter origem através de uma origem sob forma de
utilizado, mas taxas de recidivas de até 15% foram descritas neoplasia ou como resultado da transformações neoplásica
após a ressecção marginal ou em bloco. do epitélio de cistos não neoplásicos.
- A remoção do tumor, seguida por osteotomia periférica,
reduz com frequência a necessidade de cirurgia
• Clínico e radiográfico:
- Frequentemente observados em pacientes mais jovens,
com cerca de 50% de todos esses tumores
diagnosticados durante a segunda década de vida.
- Região de prevalência: região posterior da mandíbula.
- Assintomática, apesar de grandes lesões poderem causar
um aumento de volume indolor nos ossos gnáticos.
- Intraluminal (cresce para dentro da luz):
- Radiograficamente: imagem radiolúcida, unilocular, bem
delimitada, podendo apresentar expansão ou Na segunda variante microscópica, um ou mais nódulos de
perfuração da cortical óssea e deslocação/reabsorção ameloblastomas se projetam do revestimento cístico
dos dentes. Em alguns casos pode apresentar imagem em direção ao lúmen do cisto.
radiolúcida festonada - Esse tipo é denominado ameloblastoma unicístico
• Histopatológico intraluminal. Esses nódulos podem ser relativamente
pequenos ou preencher, em grande parte, o lúmen
- Luminal (reveste a luz):
cístico.
O tumor está confinado à superfície luminal do cisto.
- Em alguns casos, o nódulo tumoral que se projeta no
A lesão consiste em uma parede cística fibrosa com um lúmen demonstra um padrão edemaciado, plexiforme,
revestimento composto total ou parcialmente por que lembra o padrão plexiforme visto nos
epitélio ameloblástico. ameloblastomas convencionais
Tal epitélio exibe uma camada basal de células colunares
ou cúbicas com núcleo hipercromático, que apresenta
polaridade reversa e vacuolização citoplasmática basilar.
As células epiteliais sobrejacentes estão frouxamente coesas
e lembram o retículo estrelado.
Esse achado não parece estar relacionado ao edema
inflamatório.
- Mural (cresce em direção a cápsula) - Localização: gengiva;
Mais agressivo; - Séssil ou pedunculada
A parede fibrosa do cisto está infiltrada por ameloblastoma
típico folicular ou plexiforme.
- A extensão e a profundidade da infiltração por
ameloblastoma podem variar consideravelmente.
OBS: Em qualquer suposto ameloblastoma unicístico,
múltiplos cortes em diferentes níveis do espécime são - Crescimento lento e assintomático;
necessários para descartar a possibilidade de invasão - Erosão do osso subjacente;
mural pelas células tumorais
- Lesão rara;
- Comportamento inócuo (nenhuma característica clínica
significativa, apenas um pequeno amento de volume);
• Histopatológico:
- Semelhante ao ameloblastoma sólido folicular ou o
plexiforme;
- Ilhas de epitélio
ameloblástico
• Tratamento e prognóstico (unicístico)
que ocupam a
Excisão cirúrgica, enucleação + osteotomia, marsupialização lâmina própria
+ osteotomia. sob o epitélio
Periférico superficial.
- Diagnóstico diferencial: granuloma piogênico, fibroma - O epitélio em proliferação pode exibir qualquer uma das
odontogênico periférico, lesão periférico de células características descritas para o ameloblastoma
gigantes; intraósseo; os padrões plexiforme ou folicular são os
mais comuns.
- Provável surgimento dos restos da lâmina dentária sob
a mucosa oral ou das células basais do epitélio de • Tratamento:
superfície. - Excisão cirúrgica simples, recidiva 15-20%
- Prevalente em pessoa de meia idade

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