Motor Cummins Série C - Miolo
Motor Cummins Série C - Miolo
Motor Cummins Série C - Miolo
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 03
MOTOR ............................................................................................................... 04
- Denominação ..................................................................................................... 04
- Identificação ...................................................................................................... 05
- Dados Técnicos ................................................................................................. 06
- Gráficos de performance .................................................................................... 07
BLOCO DO MOTOR .............................................................................................. 08
- Bloco de cilindros ............................................................................................... 08
- Camisas .............................................................................................................09
- Árvore de manivelas .......................................................................................... 09
- Bielas ................................................................................................................ 10
- Pistões e anéis ................................................................................................... 10
CABEÇOTE .......................................................................................................... 11
- Cabeçote ........................................................................................................... 11
- Coletor de escapamento ..................................................................................... 11
- Mecanismo de válvulas ...................................................................................... 12
- Válvulas e sedes ................................................................................................ 13
ENGRENAGENS DE DISTRIBUIÇÃO ....................................................................... 14
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO ................................................................................ 15
SISTEMA DE ARREFECIMENTO .............................................................................16
TURBOALIMENTADOR ......................................................................................... 18
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO ............................................................................... 19
- Bomba injetora ................................................................................................... 22
- Sincronismo do motor com bomba injetora em linha ............................................ 22
- Relocação do pino de sincronismo do motor ........................................................ 24
DIAGNÓSTICO DE FALHAS .................................................................................. 30
Os caminhões Volkswagen são reconhecidos pelo alto desempenho que oferecem, resultado
de um conjunto motriz com dimensionamento adequado à sua vocação e às diversas
aplicações a que é submetido.
Bom trabalho!
Denominação do motor
Cummins 6 C T AA 8,3
6 = número de cilindros
C = série do motor
T = turboalimentado
AA = pós-arrefecido ar-ar
8.3 = capacidade volumétrica em litros
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Plaqueta de identificação do motor
A plaqueta de identificação traz informações específicas sobre o motor, como
características técnicas (potência máxima, ordem de injeção, etc.) e dados de ajustes (ponto
estático, folga das válvulas, rotação da marcha lenta, etc.).
Nessa plaqueta, o Número de Série do Motor (1) e o Número de Controle da Lista de Peças -
CPL - (2) fornecem informações necessárias para solicitação de peças de reposição e
procedimentos de serviço.
A plaqueta de identificação do motor não deve ser substituída, a não ser por
outra fornecida pela própria Cummins, após análise e aprovação da solicitação.
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Diagrama de performance
Potência (cv)
Potência (cv)
220
300
210 290
200 280
190 270
180 260
130
90 160 240
110
85 150 230
100
80 140 220
90
75 130 210
80
70 120 200
110 190
100 180
90 170
80 160
70
Cons. Espec. (g/cv.h)
Cons. Espec. (g/cv.h)
180
170 170
160 160
150 150
10 12 14 16 18 20 22 (x100rpm) 10 12 14 16 18 20 22 (x100rpm)
Bloco de cilindros
Fundido em liga de ferro, com camisas úmidas removíveis, com assento e vedação
localizados na seção média da camisa. Conta ainda com nervuras nas paredes que garantem
maior reforço na resistência às vibrações e esforços pulsantes do bloco decorrentes do
processo de combustão.
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Camisas de cilindro
Confeccionada por processo de
centrifugação em liga de ferro fundido com
alto teor de carbono, a camisa de cilindro é
do tipo úmida, removível, com batente
intermediário que serve para posicionar a
camisa no bloco reduzindo vibrações durante
o funcionamento do motor. A vedação na
superfície superior do bloco é feita por
interferência na montagem (protrusão da
camisa com esmagamento da junta),
enquanto a vedação na parte intermediária é
feita por meio de anel elástico, instalado em
ranhura usinada na superfície externa da
camisa.
Árvore de manivelas
Forjada em liga de aço de alta resistência, com moentes, munhões e raios de concordância
temperados por processo de indução e dinamicamente balanceada a árvore de manivelas
encontra-se montada no bloco apoiada, em sete mancais, e seu movimento axial é
controlado pelo casquilho do mancal central.
Bielas e capas confeccionadas em aço forjado de alta resistência, com corpo em perfil “I” e
acabamento da superfície de assentamento biela/capa, usinado em forma estriada. Possui
formato trapezoidal da cabeça, garantindo maior eficiência na distribuição dos esforços
entre o conjunto pistão/pino/biela e, ao mesmo tempo, redução de peso do componente. A
bucha do pino recebe lubrificação por meio de “spray”, proveniente do ejetor de óleo para
arrefecimento dos pistões.
Pistões e anéis
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CABEÇOTE
Cabeçote
Em ferro fundido perlítico moldado em peça única, o cabeçote do motor é do tipo de fluxo
cruzado e forma um conjunto integrado com o coletor de admissão, oferecendo maior
resistência estrutural ao conjunto bloco/cabeçote.
Guias e sedes de válvulas são instaladas com interferência, por processo de resfriamento, e
são do tipo substituíveis.
Coletor de escapamento
O coletor de escapamento é do tipo pulsante e conta com saída dupla para os gases. Esta
saída encontra-se alinhada com a entrada, também dupla, da carcaça do turboalimentador,
dando rápida vazão à liberação desses gases em direção ao duto de escape.
12
Válvulas e sedes
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SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
O sistema de lubrificação do motor tem como finalidade levar o óleo lubrificante a todos os
pontos do motor, onde o processo de desgaste por atrito entre peças móveis possa
provocar danos a essas mesmas peças ou ao próprio motor, quer seja em avaria mecânica
ou perda de rendimento.
O fluxo do óleo lubrificante tem início com o movimento da bomba que succiona o óleo do
carter, através de um tubo rígido, e o comprime para o circuito.
O óleo, já sob pressão, é então enviado até a válvula reguladora de pressão através de uma
passagem interna usinada no bloco. A válvula reguladora, que encontra-se localizada na
tampa do arrefecedor de óleo, tem como função controlar a pressão de lubrificação durante
todo o tempo de funcionamento do motor.
Após sua passagem pela válvula reguladora, o óleo circula pelo arrefecedor e, em seguida,
pelo elemento do filtro. Depois de filtrado, o óleo passa pelo cabeçote do filtro, onde seu
fluxo é dividido. Uma parte do óleo segue para o turboalimentador, e o restante por uma
passagem usinada no bloco do motor, até a galeria principal, de onde segue por galerias
secundárias e individuais para os pontos que necessitam de lubrificação, como o cabeçote,
balancins, árvore de manivelas, árvore de comando das válvulas, bomba injetora, etc.
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Enquanto a temperatura do líquido de arrefecimento estiver abaixo do seu valor normal de
funcionamento (80ºC), as válvulas termostáticas permanecem fechadas, bloqueando a
passagem para o radiador e direcionando-o para a entrada da bomba d’água.
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SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL
Circuito
13
2
12
11
3
10
20
1 - Ao entrar na carcaça (corpo) da válvula 3 - O combustível excedente, enviado para a
injetora, o combustível circula por câmara de baixa pressão da bomba injetora,
passagens internas até atingir a parte ou sob alta pressão para a válvula injetora,
inferior da mesma, onde se encontra alojado circula por esses componentes realizando a
o conjunto da válvula de agulha. lubrificação das peças móveis e, em
seguida, retorna para o tanque.
Bomba Injetora Bosch, em linha, com regulador de velocidade RQV incorporado. Contando
com 6 elementos de injeção do tipo pistão/cilindro, a bomba possui ainda dispositivo de
sincronização que permite que a condição de início de injeção de combustível no 1º cilindro
seja mantida durante a operação de instalação da bomba no motor. Para realizar esse
travamento, um pino de sincronismo é instalado na carcaça de forma que atue sobre um
ressalto do eixo principal da bomba, bloqueando seu movimento rotativo.
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Uma vez travada (sincronizada) a bomba, a mesma pode ser instalada no motor, devendo ser
observada a condição em que as marcas das engrenagens da árvore de manivelas e da
árvore de comando das válvulas estejam sincronizadas, indicando que o pistão do 1º cilindro
do motor está em posição de Ponto Morto Superior (PMS) e no tempo de compressão.
Caso o motor seja acionado sem a remoção dos pinos localizadores, os mesmos
serão danificados.
Use um desengraxante para efetuar a limpeza na extremidade cônica da árvore de
comando da bomba injetora e no cone de assentamento da engrenagem, para
assegurar a perfeita fixação entre esses componentes.
Para mais detalhes sobre esta operação, consulte a Literatura Técnica editada
pela Volkswagen Caminhões e Ônibus ou pelo fabricante do motor.
1º Passo
• Remover a tampa frontal da caixa de engrenagens e sincronizar as marcas das
engrenagens das árvores de manivelas e do comando das válvulas. Para ter certeza de
que o sincronismo está correto, verifique se o alojamento do pino, que fica localizado
atrás da engrenagem do comando, está visível no orifício de montagem da caixa de
engrenagens.
24
2º Passo
• Instalar o suporte e o conjunto dos
balanceiros do 1º cilindro e apertar com
um torque de 43 Nm.
3º Passo
• Ajustar o balanceiro da válvula de
escapamento com “folga zero” do 1º
cilindro.
4º Passo
• Instalar, temporariamente, o amortecedor
de vibrações.
6º Passo
7º Passo
Manter o parafuso de ajuste nesta posição até que o PMS tenha sido
restabelecido.
8º Passo
Usar de extrema precaução para que o pistão não exerça pressão excessiva contra
a válvula de escapamento, a fim de evitar um empenamento da vareta impulsora
dessa válvula.
Para maior precisão, utilize um relógio comparador para realizar esta operação.
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9º Passo
10º Passo
• Girar a árvore de manivelas no sentido oposto à rotação normal do motor, até que o
pistão toque novamente na válvula de escapamento.
Cuidado para que o pistão toque na válvula com a mesma força exercida no
passo anterior.
13º Passo
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• Manter o Pino de Sincronismo pressionado contra a engrenagem durante o aperto do
suporte do conjunto, assegurando assim um perfeito alinhamento do mesmo.
15º Passo
• Completar a instalação de todos os componentes anteriormente removidos.
16º Passo
Batidas de compressão
Causa Correção
OK
OK
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
30
Motor gira na partida, mas não pega (Não há emissão de fumaça pelo
escapamento)
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
OK
OK
OK
Bomba injetora com desgastes ou não Remover a bomba injetora. Verificar a sua
operando corretamente. calibração.
OK
Motor gira na partida, mas não pega (Há emissão de fumaça pelo
escapamento)
Causa Correção
OK
OK
32
Causa Correção
OK
Injetores desgastados ou
Verificar/substituir os injetores.
operando/ajustados inadequadamente.
OK
OK
OK
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
OK
OK
OK
34
Motor opera falhando
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
OK
OK
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
36
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
Causa Correção
38
Oscilação na marcha lenta
Causa Correção
OK
OK
OK
Causa Correção
OK
OK
40
Motor não pára quando é desligado
Causa Correção
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
42
Emissão excessiva de fumaça branca
Causa Correção
OK
OK
OK
Causa Correção
OK
OK
OK
OK
OK
44
Causa Correção
OK
OK
OK
Verificar/substituir as bronzinas. E os
Desgaste das bronzinas dos mancais de
pulverizadores de óleo de arrefecimento
biela e de centro.
dos pistões.
Causa Correção
OK
OK
46
ANOTAÇÕES
48