História Do Cristianismo
História Do Cristianismo
História Do Cristianismo
Disciplina
SUMÁRIO
Bibliografia
1. Introdução
São mais de 20 séculos em que a Igreja Cristã tem estado em atividade. Do primeiro século
da Igreja Cristã até o século XXI, imaginemos uma longa estrada com aproximadamente
2.000 Km e onde cada Km ,existe um marco ligado a vida da Igreja Cristã. Esta estrada
imaginária com 2.000 Km , ou seja 2.000 anos tem alguns pontos decisivos, algumas
divisas ou marcos que vão indicar períodos importantes da história da igreja.
Veja abaixo :
Se unirmos a sucessão de fatos bíblicos e a história natural até cristo, vemos claramente que
todos esses elementos foram minunciosamente preparados por Deus para o que
conhecemos como a plenitude dos tempos (gálatas 4:4), ou o tempo ideal e perfeito de Deus
preparado para a vinda do Messias, o Cristo Jesus que com sua morte e ressurreição deu o
início da Igreja.
Para entender a história da igreja cristã, temos de voltar nossos olhos para o passado.
Imagine então retornar estes dois mil anos atrás, chegando ao marco zero da era cristã e vir
contando os fatos um a um. Certamente os fatos são tantos que milhares de livros não
poderiam conter esta história que aconteceu e que ainda acontece. O que fazer? Podemos
observar nesta linha de tempo períodos que se destacam por fatos importantes ocorridos na
vida da igreja e dividir estes 2000 anos de história nestes períodos e ai estudar os períodos
de maneira geral e cada período de maneira específica. Dividiremos a história da igreja
assim
A partir deste ponto, vamos fazer um resumo sintético destes períodos. O aluno deverá
fazer a leitura do livro “História da Igreja Cristã, por Jesse Lyman Hurlbut, Editora Vida.
Principais fatos:
- A igreja que nasce do pentecostes,
- A expansão da igreja,
- A igreja entre os gentios,
- O fim de uma era – a morte do apóstolo João
Síntese histórica:
A igreja Cristã em todas as épocas, quer no passado, presente ou futuro, é formada por
todos aqueles que creem em Jesus Cristo o filho de Deus. A igreja nasceu em Jesus e sua
história teve início com um movimento de caráter mundial no dia de pentecostes. Todos os
membros da igreja primitiva eram judeus, imaginavam que no muito os gentios se
tornariam judeus. Havia dois grupos de Judeus: - judeus habitantes da palestina e judeus
gregos ou helenistas (fora da palestina). Na primeira fase, o apóstolo Pedro era o dirigente
da igreja e ao lado de Pedro encontramos o apóstolo João, com o crescimento da igreja
surgiu queixa contra o critério adotado na distribuição de auxílio aos pobres então os
apóstolos escolheram uma comissão de sete homens (diáconos), para cuidarem dos
assuntos de ordem material (Atos 6). Homens como Estevão, que foi martirizado e dentre
seus algozes estava um jovem de Tarso chamado Saulo (Atos 6:8 e 6:9 a 13). A morte de
Estevão da início a uma nova fase, a de perseguição da igreja de Cristo em Jerusalém.
Saulo tornou-se um dos principais e chefe entre os perseguidores (Atos 8: 1-3 ). A igreja
então que se reunia basicamente em Jerusalém , é dispersa por toda parte (Atos 8:4). Uma
das cidades fora de Jerusalém a receber o evangelho foi Samaria que recebeu o evangelho
pela pregação de Filipe (Atos 8:5), depois Filipe saiu a pregar evangelizar nas
cidades costeiras de Gaza, Azoto, e Cesaréia. Seguindo caminho para Damasco, Saulo
perseguidor da Igreja tem um dramático encontro com Jesus, conversão esta que se
tornaria o maior ganho de todos os tempos na história da igreja (Atos 9: 1 a 19), Saulo
prega em Damasco e de perseguidor passa a perseguido, fugindo de Damasco. Saulo foi
para Jerusalém, Barnabé com outros discípulos o leva para Cesaréia e dali o enviam para
Tarso onde ficou talvez 6 ou 7 anos (Atos 9:30). O evangelho se propaga em Antioquia e os
discípulos são chamados de cristãos, Barnabé é enviado a Antioquia de lá partiu para Tarso
a procura de Saulo para o ajudar no trabalho com a nova igreja. O apostolo Tiago é morto
por Herodes Agripa I, neto de Herodes o grande (atos 12:2), sua morte se deu em 44. aD
(este é Tiago filho de Zebedeu, irmão do apostólo João. Tiago bebeu o cálice predito pelo
Senhor Jesus , Mc 10:38 e 39, pois foi martirizado em 44 aD, transpassado ao fio da
espada). A primeira viagem missionária de Pedro foi de Jerusalém a Samaria (os
samaritanos recebem o Espírito Santo). A Segunda viagem missionária de Jerusalém
através de Lida e Jope até Cesaréia e volta em Lida (Pedro cura Enéias), em Jope
(ressuscita Tabita-Dorcas), em Cesaréia Pedro prega para Cornélio, em Jerusalém Pedro é
liberado da prisão por um anjo. A Terceira viagem missionária ocorreu de Jerusalém a
Antioquia e volta (Atos 15:1-14, Gálatas 2:11).
A primeira viagem missionária foi de Antioquia da Síria, passando pela ilha de Chipre,
chegando a Antioquia da Psidia até Derbe e retornando a Antioquia da Síria.
A primeira viagem missionária de Paulo (46-48 dC) foi a mais curta, no tempo e distância,
mas foi, no entanto, um avanço muito significativo na história da nova igreja cristã.
Estabeleceu Paulo como líder na divulgação da Palavra de Deus. Ele passou a escrever uma
grande parte do Novo Testamento que temos hoje. A jornada começou de Seleucia, o porto
de Antioquia (Atos 13:1-4). (Note-se que havia 2 cidades com o nome de Antioquia -
Antioquia da Síria, o seu ponto de partida, e uma na Turquia). Paulo (então ainda chamado
de Saulo), Barnabé e Marcos navegaram para Chipre, cerca de 80 milhas (130 quilómetros)
ao sul-oeste. Neste momento, Barnabé era ainda o membro sénior sobre Paul, que era um
amigo íntimo depois da sua conversão a caminho de Damasco. Isto mudaria em breve.
Após o desembarque em Salamina, e proclamar a Palavra de Deus nas sinagogas (Atos
13:5), eles viajaram ao longo de toda a costa sul da ilha de Chipre, até que chegaram a
Pafos (Atos 13:6). Lá, Sérgio Paulo, o procônsul romano, foi convertido depois que Paulo
repreendeu o malvado feiticeiro Elimas (At 13:6-12). Foi por esta altura que Paul se tornou
efectivamente o líder. Foi a partir de então chamado Paul, em vez do seu antigo nome,
Saulo.
A segunda viagem missionária inicia em Jerusalem, indo para Antioquia da Siria, chegando
a Troade, passando pela Macedônia e retornando caminho de Atenas, Corinto, Éfeso.
Desde o martírio de Paulo em 68 aC em Roma, até a morte de João –100dC a igreja passa
por um período chamado de “era sombria” em razão das trevas da perseguição estarem sob
a igreja. Não existem registros desta época, finalmente cerca do ano 120dC, nos registros
feitos pelos pais da igreja deparamos com uma igreja muito diferente da apostólica. Em 70
dC, ocorre a queda de Jerusalém e em 66dC, os Judeus se rebelaram contra o império
romano e Vespaziano o principal general romano conduziu um grande exército até a
palestina. Foi chamado a Roma para assumir o trono e Tito seu filho ficou no lugar. Após
prolongado cerco, fome, guerra civil dentro dos muros a cidade foi tomada e destruída e
milhares de Judeus foram mortos e outros levados como escravos. Na queda de Jerusalém
morreram poucos cristãos (talvez nenhum).
Com a destruição da cidade, se pôs um fim para sempre nas relações entre judaísmo e
cristianismo. Em 90 dC, Domiciniano iniciou a segunda perseguição imperial aos cristãos,
entretanto esta perseguição como a de Nero foi esporádica. Nesta época, João o ultimo dos
apóstolos vivia em Éfeso, foi preso e exilado na ilha de patmos, é provável que João tenha
morrido em Éfeso por volta do ano 100 dC e foi durante este período que foram escritos as
três epístolas e o evangelho de João, epístolas de Judas e o Apocalipse. 70 anos após o
início da igreja a comunidade cristã era de milhões, o batismo feito por imersão e em 120
dC apareceu por aspersão, a ceia do Senhor era celebrada no lar.
Principais fatos:
- As perseguições imperiais,
- A formação do cânon sagrado do novo testamento,
- Desenvolvimento da organização eclesiástica,
- Desenvolvimento da doutrina,
- Aparecimento das seitas e heresias,
Síntese histórica:
O fato de maior destaque na história da igreja no segundo e terceiro século foi sem dúvida a
perseguição sofrida pelos imperadores romanos à igreja cristã. Não eram contínuas mas
quando as mesmas ocorriam traziam sofrimentos aos cristãos, estas perseguições só tiveram
fim em 313 dC, com o edito de Constantino. Mas o que levou o império romano a
perseguir uma organização tão pacífica, cumpridora dos deveres e transformadora da
sociedade como era a igreja? O paganismo era aberto, o politeísmo era motivo de unidade
inclusive comercial entre os povos e nações. Exemplo este eram as ruínas de Pompéia
(cidade Romana) onde se encontra inclusive um templo dedicado a Isis uma deusa egípcia.
De outro lado o cristianismo admitia a adoração de um Único Deus, e por isso eram
considerados “antissociais e até ateus”. A adoração ao imperador era considerada como
prova de lealdade, mas os cristãos recusaram-se a prestar tal adoração, e diziam adorar
somente a Jesus. As reuniões secretas dos cristãos despertavam suspeitas, então se reuniam
antes do nascer dos sol ou a noite em cavernas ou catacumbas. Os cristãos mostravam
profunda misericórdia e amor aos de fora e suas atitudes de resgate da vida iam contra a
estruturas sociais nefastas, promiscuas, destrutivas como o infanticídio, a prostituição
cultual, a luta dos gladiadores, etc...
O historiador Gaio Suetônio Tranquilo (70-140 c.), funcionário imperial de alto nível sob Trajano e Adriano,
intelectual e conselheiro do imperador, justificará a decisão e as sucessivas intervenções do Estado contra os
Cristãos definindo-os como «superstição nova e maléfica»; palavras muito pesadas. Como superstição, o
cristianismo é relacionado com as mágicas. Para os romanos ela é aquele conjunto de práticas irracionais
que magos e feiticeiros de personalidade sinistra usam para enganar a gente ignorante, sem educação
filosófica.
Magia é o irracional contra o racional, o conhecimento vulgar contra o conhecimento filosófico. A acusação
de magia (como também de loucura) é uma arma com que o Estado Romano timbra e submete ao controle os
novos e duvidosos componentes da sociedade como o cristianismo.
Com a palavra maléfica (= portadora de males) é encorajada a obtusa suspeita do povinho que imagina essa
novidade (como qualquer novidade) impregnada dos delitos mais inomináveis e, portanto, causa dos males
que de vez em quando se desencadeiam inexplicavelmente, da peste aos aluviões, da carestia à invasão dos
bárbaros.
Destaca-se a ordem de executar Flavio Clemente e sua esposa Flavia Domicila (seus
parentes), acusados de ateísmo e costumes judaicos. Os vários escritores afirmam de
muitos cristãos perseguidos e mortos. Neste período é que o apóstolo João é trazido
diante do imperador e condenado é lançado (segundo relatos históricos) a ser
lançado no “caldarium”, porém não sendo milagrosamente atingido pelo calor das
aguas quentes foi retirado e banido para ilha de Patmos.
5. Ultimas Perseguições
No início do quarto século em 310 o imperador Geta mandou perseguir os cristãos,
tortura-los e puni-los com morte. A perseguição continuou até que Constantino I
chegasse ao poder e, em 313, legalizasse a religião cristã por meio do Édito de
Milão, iniciando-se a Paz na Igreja. Entretanto, foi somente com Teodósio I, no
final do século quarto, que o cristianismo se tornaria a religião oficial do Império.
Edward Gibbon, em seu Declínio e Queda do Império Romano, estima que o
número de mortos nesta última perseguição tenha chegado a mil e quinhentos, "num
sacrifício anual de 150 mártires".
http://necrometrics.com/romestat.htm
Ao olharmos a história contada, devemos também olhar a história que acontece nos
bastidores. A maneira centrada como o cristianismo se desenvolve neste período apesar da
grande perseguição, sua fraternidade, mensagem de amor e acolhimento dos mais
necessitados, além da profunda moralização através do evangelho das estruturas sociais
onde penetrava, fez sem dúvida o cristianismo crescer de uma maneira exponencial. Os
cristãos apesar de perseguidos, mortos a espada, queimados vivos, lançados nas arenas para
serem degolados por leões ou motos por gladiadores, não negavam sua fé em Jesus Cristo.
Em um império onde mais da metade eram escravos, o cristianismo trouxe uma mensagem
libertadora, de esperança e vitória, tornando todos como irmãos e irmãs em Cristo Jesus.
Nas grandes cidades romanas e outras cidades pagãs, crianças eram abandonadas em praças
para serem adotadas com fins de práticas de prostituição, escravagistas e outras ou mesmo
maltratadas e mortas sem oportunidade alguma de defesa. O cristianismo se opôs a esta
prática, resgatando, criando e educando muitas destas crianças. A promiscuidade pagã dos
templos onde mulheres e homens se vituperavam como prostitutos do culto pagão foi
atacado pela mensagem do evangelho de maneira que a valorização da família, da decência
trouxe nova ordem. Paulo em carta aberta, no livro de Romanos fala contra a prática do
pecado do homossexualismo e Lesbianismo, vivenciado na época nas cortes romanas,
apresentando certamente o poder do evangelho de Cristo como único meio da restauração
do pecador. O cristianismo foi destruindo aos poucos toda estrutura nefasta e hedionda que
permeava toda a sociedade e transformando-a debaixo “do nariz” do imperialismo romano
em uma sociedade melhor. O cristianismo no terceiro século já era a religião da maior
parte das pessoas que viviam sob a égide do império romano e isto não por edito, decreto
ou politicagem, mas nascido no fogo do sofrimento, das perseguições e forjado pela
mensagem viva de Cristo. Devemos reconhecer o edito de Constantino como marco
histórico da nova igreja, porém sem deixar de entender que esta igreja, o império querendo
ou não querendo seria “engolido” pela força do evangelho vivo de Cristo.
As Heresias
Este período foi marcado também por um crescimento de pensamentos hereges que
rapidamente foram se espalhando por toda a igreja e precisavam de ser combatidos. A
igreja convocou reuniões chamadas de Concílios. Um famoso concílio aconteceu em 325
em Nicéia, onde foram combatidas as heresia de Ario, presbítero de Alexandria, acerca da
doutrina da trindade. Destaca-se como opositor e apologista neste concílio Atanásio.
Atanásio de Alexandria que era apenas diácono teve o direito de falar e conseguiu que a
maioria do concílio condenasse as doutrinas de Ärio.
Segue-se um resumo das principais heresias enfrentadas pela igreja cristã até o 4º Século:
1. Os ebionitas,
Eram farisaicos em sua natureza. Não reconheciam o apostolado de Paulo e exigiam que os
cristãos gentios se submetessem ao rito da circuncisão. No desejo de manterem o
monoteísmo do Antigo Testamento, os ebionitas negavam a divindade de Cristo e seu
nascimento virginal, afirmando que Ele só se distinguia dos outros homens por sua estrita
observância da lei, tendo sido escolhido como Messias por causa de sua piedade legal.
2. Os elquesaitas,
Os elquesaítas, por sua vez, apresentavam um tipo de cristianismo judaico assinalado por
especulações teosóficas e ascetismo estrito. Rejeitavam o nascimento virginal de Cristo,
mas julgavam-no um espírito ou anjo superior. A circuncisão e o sábado eram grandemente
honrados; havia repetidas lavagens, sendo-lhes atribuídos poderes mágicos de purificação e
reconciliação; a mágica e a astrologia eram praticadas entre eles. Com toda probabilidade
se referem a essas heresias a Epístola aos Colossenses e I Timóteo.
3. O Gnosticismo,
O ambiente gentílico também forneceu sua cota de heresias que atingiram a Igreja. O
Gnosticismo, muito embora não possuísse uma liderança unificada e se apresentasse como
um corpo doutrinário amorfo, foi terrível para a Igreja. Já vemos um gnosticismo incipiente
no próprio período apostólico (Cl 2.18 ss; I Tm 1.3-7; 6.3ss; II Tm 2.14-18; Tt 1.10-16; II
Pe 2.1-4; Jd 4,16; Ap 2.6,15,20ss). Nesse período, Celinto ensinava uma distinção entre o
Jesus humano e o Cristo, que seria um espírito superior que descera sobre Jesus no
momento do batismo e tê-lo-ia deixado antes da crucificação. Vemos João combatendo
indiretamente essa heresia em João 1.14; 20.31; I João 2.22; 4.2,15; 5.1,5-6 e II João 7. No
segundo século, esses erros assumem uma forma mais desenvolvida, muito embora
continuassem como um corpo amorfo. A bem da verdade poderíamos dizer que houve
“gnosticismos”, mas há pensamentos comuns às várias correntes gnósticas. Gnosticismo
vem do grego, “gnosis”, que significa “conhecimento”. Para os gnósticos, a salvação era
alcançada através do conhecimento esotérico de mistérios, os quais só eram revelados aos
iniciados. Dividiam a humanidade em “pneumáticos”, “psíquicos” e “hílicos”. Os primeiros
eram a elite da igreja, os que alcançavam o conhecimento que leva à salvação; os seguintes,
eram os cristãos comuns, que poderiam alcançar a salvação através da fé e das boas obras;
os últimos eram os gentios, irremediavelmente perdidos.
Na cosmovisão gnóstica, tudo que era material era essencialmente mau, e o que era
espiritual era essencialmente bom. Logo, o Deus do Novo Testamento não poderia ser o
deus do Antigo Testamento. O deus do AT era tido como Demiurgo, o criador do mundo
visível. Ainda na visão gnóstica, entre o Deus bondoso que se revelou em Cristo e o mundo
material havia vários intermediários, através dos quais o homem poderia achegar-se a Deus.
Sendo o corpo mau e o espírito bom, os gnósticos tendiam para dois extremos: alguns
seguiam um ascetismo rigoroso, mortificando a carne, enquanto outros se lançavam na mais
desregrada libertinagem.
4. A Heresia de Marcion
Outra heresia que mereceu o combate da Igreja foi a heresia de Márcion, filho do bispo de
Sinope, que parece ter tido duas grandes antipatias: Pelo Judaísmo e pelo mundo material.
Ensinava Márcion, à semelhança dos gnósticos, que Iavé, o Deus do AT não era o Deus do
NT, este, o Deus supremo. Iavé era um deus mau, ou pelo menos ignorante, vingativo,
ciumento e arbitrário. O mundo material e suas criaturas eram criação de Iavé e não do
Deus supremo. Este, entretanto, apiedou-se das criaturas de Iavé e enviou Jesus, que não
nasceu de uma mulher, posto que isso faria com que passasse a ser criatura do deus inferior.
Jesus surgiu como homem maduro no reinado de Tibério, na Galiléia.
Márcion rejeitou o Antigo Testamento, que até então eram as Escrituras aceitas na Igreja
Cristã (o cânon do NT ainda não havia sido elaborado) por serem a palavra de Iavé, o deus
inferior, e formulou um cânon para si e seus seguidores, que constava do evangelho de
Lucas, expurgado do que ele considerava “judaísmo”, e das cartas de Paulo.
Também ensinava Márcion que não haverá juízo final, posto que o Deus amoroso a todos
perdoará. Negava a criação, a encarnação e a ressurreição final.
Márcion chegou a formar uma igreja independente e seu ensino foi de um perigo terrível
para a igreja, que na época não possuía um corpo doutrinário estabelecido e reconhecido
por toda a cristandade.
5. O Montanismo
Os montanismo surgiu na Frígia, por volta do ano 150. Montano afirmava que o último
e mais elevado estágio da revelação já fora atingido. Chegara a era do Paracleto, que
falava através de Montano, e que se caracterizava pelos dons espirituais, especialmente
a profecia. Montano e seus colaboradores eram tidos como os últimos profetas, trazendo
novas revelações. Eram ortodoxos no que diz respeito à regra de fé, mas afirmavam
possuir revelações mais profundas que as contidas nas Escrituras. Faziam estritas
exigências morais, tais como o celibato (quando muito, um único matrimônio), o jejum
e uma rígida disciplina moral.
6. O Monarquismo
O monarquianismo estava interessado na manutenção do monoteísmo do AT. Seguiu
duas vertentes:
o monarquianismo dinâmico: estava interessado em manter a unidade de Deus, e estava
alinhado com a heresia ebionita. Para eles, Jesus teria sido tomado de maneira especial
pelo Logos de Deus, passando a merecer honras divinas, mas sendo inferior a Deus.
O monarquianismo modalista: também chamado de sabelianismo, concebia as três
Pessoas da Trindade como os três modos pelos quais Deus se manifestava aos homens.
7. Arianismo (319dC)
uma visão cristológica sustentada pelos seguidores de Ário, presbítero cristão de
Alexandria nos primeiros tempos da Igreja primitiva, que negava a existência da
consubstancialidade entre Jesus e Deus Pai, que os igualasse, concebendo Cristo como
um ser pré-existente e criado, embora a primeira e mais excelsa de todas as criaturas,
que encarnara em Jesus de Nazaré. Jesus então, seria subordinado a Deus Pai, sendo Ele
(Jesus) não o próprio Deus em si e por si mesmo. Segundo Ário, só existe um Deus e
Jesus é seu filho e não o próprio Deus.
Reação da Igreja
Face a essas ameaças, internas e externas, a igreja respondeu de várias formas. Vá vimos
que os apologistas responderam às acusações assacadas pelos filósofos e pessoas cultas ao
cristianismo.
No plano interno, a igreja primeiro tratou de definir um Cânon, ou seja, uma lista dos
livros considerados inspirados. Nesse período, havia inúmeros evangelhos, cartas,
apocalipses circulando nas mais diversas igrejas. Alguns eram lidos em certas igrejas e não
eram lidos em outras. Com o desafio de Márcion e também da perseguição sob
Diocleciano, onde uma pessoa encontrada com livros cristãos era passível de morte, era
importante saber se o livro pelo qual o cristão estava passível de morte era realmente
inspirado. Não houve um concílio para definir quais os livros nem quantos formariam o
NT. Tal escolha se deu por consenso, tendo alguns livros sido reconhecidos com mais
facilidade que outros. Definiu também a igreja regras de fé, sendo a mais antiga o chamado
Credo Apostólico, o qual resumia aqueles pontos de fé que o cristão genuíno deveria
subscrever, e era claramente trinitariano.
Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso
Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob o poder de
Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; no terceiro dia ressurgiu dos mortos, subiu ao céu, e está
sentado à mão direita de Deus Pai, todo poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no
Espírito Santo, na santa igreja católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados, na ressurreição
do corpo e na vida eterna.
Os Pais da Igreja
O título “Pai”, aplicado historicamente a alguns líderes cristãos, surgiu devido à reverência
que muitos nutriam pelos bispos dos primeiros séculos. A estes chamavam carinhosamente
de “Pais” devido ao amor e zelo que tinham pela Igreja, mais tarde, porém, este termo foi
sacralizado pelos escritores eclesiásticos, por volta de 1073 Gregório VII reivindica com
exclusividade o termo “PAPA”, ou seja, “Pai dos pais”.
Ele tem sua originalidade na Igreja do Ocidente, do século II. Os “Pais Apostólicos” foram
homens que tiveram contato direto com os apóstolos, ou que foi citado por alguns deles.
Para três indivíduos – Clemente de Roma, Inácio e Policarpo – esta titulação é
regularmente aplicada. Principalmente Policarpo, para o qual existem evidências de contato
direto com os apóstolos.
No final do século I morre em Éfeso o último dos apóstolos, João, após ter servido ao seu
mestre fielmente durante toda sua vida é agora recolhido ao seu lado no lar celestial.
Terminava assim a era apostólica. Mas Deus já havia preparado homens capazes para
cuidar do seu rebanho. Começa um período novo para a igreja, a obra que os apóstolos
receberam de seu Salvador e a desenvolveram tão arduamente acha-se agora nas mãos de
novos líderes que tinham a incumbência de desenvolver a vida litúrgica da igreja como
fizeram aqueles. O período que comumente é chamado de pós-apostólico é de intenso
desenvolvimento do pensamento cristão. Por isso é de suma importância analisar a doutrina
dos chamados “Pais da igreja”, pois eles foram os responsáveis pelo povo de Deus daquela
época e pela teologia que construíram, sendo que até hoje serve de base para a Igreja. Do
século II até o século IV, nomes como o de Clemente de Roma, Clemente de Alexandria,
Inácio de Antioquia, Policarpo, Justino o mártir, Irineu de Lião, Origines, Tertuliano
e outros, que foram os responsáveis por transmitir os ensinamentos bíblicos, merecem não
pouco reconhecimento por sua fé, virtude e zelo que nutriam pelo corpo de Cristo na terra –
a Igreja. Entretanto, devemos lembrar que mesmo homens como esses não ficaram isentos
de erros e até mesmo foram considerados como heréticos por seus resvalos teológicos. Esse
foi o caso de Orígenes, por exemplo, que teve muitos de seus ensinos condenados pelo II
concílio de Constantinopla em 553.
A maior parte dessas obras foram escritas em grego e latim, embora haja também muitos
escritos doutrinários em aramaico e outras línguas orientais.
Patrística é o corpo doutrinário que se constituiu com a colaboração dos primeiros pais da
igreja, veiculado em toda a literatura cristã produzida entre os séculos II e VIII, exceto o
Novo Testamento.
Histórico
O cristianismo romano atribuía importância maior à fé; mas entre os pais da igreja oriental,
cujo centro era a Grécia, o papel desempenhado pela razão filosófica era muito mais amplo
e profundo. Os primeiros escritos patrísticos falavam de martírios.
Em meados do século II, os cristãos passaram a escrever para justificar sua obediência ao
Império Romano e combater as idéias gnósticas, que consideravam heréticas. Os principais
autores desse período foram Justino – o mártir, professor cristão condenado à morte em
Roma por volta do ano 165; Taciano, inimigo da filosofia; Atenágoras; e Teófilo de
Antioquia. Entre os gnósticos, destacaram-se Marcião, que rejeitava o judaísmo e
considerava antitéticos o Antigo e o Novo Testamento.
No século III floresceram Orígenes, que elaborou o primeiro tratado coerente sobre as
principais doutrinas da teologia cristã e escreveu Contra Celsum e Sobre os princípios;
Clemente de Alexandria, que em sua Stromata expôs a tese segundo a qual a filosofia
era boa porque consentida por Deus; e Tertuliano de Cartago. A partir do Concílio de
Nicéia, realizado no ano 325, o cristianismo deixou de ser a crença de uma minoria
perseguida para se transformar em religião oficial do Império Romano. Nesse período, o
principal autor foi Eusébio de Cesaréia. Dentre os últimos gregos destacaram-se, no século
IV, Gregório Nazianzeno, Gregório de Nissa e João Damasceno.
Os maiores nomes da patrística latina foram Ambrósio, Jerônimo (tradutor da Bíblia para
o latim) e Agostinho, este considerado o mais importante filósofo em toda a patrística.
Além de sistematizar as doutrinas fundamentais do cristianismo, desenvolveu as teses que
constituíram a base da filosofia cristã durante muitos séculos. Os principais temas que
abordou foram: as relações entre a fé e a razão, a natureza do conhecimento, o conceito de
Deus e da criação do mundo, a questão do mal e a filosofia da história. Podemos dividir os
Pais da Igreja em três grandes grupos, a saber: Pais apostólicos, Apologistas e
Polemistas.
Todavia devemos levar em conta que muitos deles pode se enquadrar em mais de um
desses grupos devido à vasta literatura que produziram para a edificação e defesa do
Cristianismo, e também de acordo com o que as circunstancias exigiam, como é o caso de
Tertuliano, considerado o pai da teologia latina. Sendo assim então temos:
Pais apostólicos: Foram aqueles que tiveram relação mais ou menos direta com os
apóstolos e escreveram para a edificação da Igreja, geralmente entre o primeiro e segundo
séculos. Os mais importantes destes foram: Clemente de Roma, Inácio de Antioquia,
Papias e Policarpo.
Apologistas: Foram aqueles que empregaram todas suas habilidades literárias em defesa do
Cristianismo perante a perseguição do Estado. Geralmente este grupo se situa no segundo
século e os mais proeminentes entre eles foram: Tertuliano, Justino – o mártir, Teófilo e
Aristides.
Polemistas: Os pais desse grupo não mediram esforços para defender a fé cristã das falsas
doutrinas surgidas fora e dentro da Igreja. Geralmente estão situados no terceiro século. Os
mais destacados entre eles foram: Irineu, Tertuliano, Cipriano e Orígenes.
Clemente de Roma (30 – 100dC): Várias hipóteses sobre ele já foram levantadas para
identificá-lo. Para alguns ele pertencia à família real, para outros ele era colaborador do
apóstolo Paulo, outros ainda sugeriram que ele escreveu a carta aos hebreus. Assim sendo,
as informações que temos sobre Clemente de Roma vão desde lendárias até testemunhas
fidedignas. Alguns pais aceitaram esta identificação de colaborador do apóstolo Paulo,
como Orígenes, Eusébio de Cesaréia, Jerônimo, Irineu de Lião entre outros.
A principal obra de Clemente é uma carta redigida em grego, endereçada aos crentes da
cidade de Corinto, mais ou menos no final do reinado de Domiciano (81-96) ou o começo
do reino de Nerva (96-98). Trata principalmente da ordem e da paz da Igreja, usando como
lembrança que formamos um corpo em Cristo e como neste corpo deve reinar a unidade e
não a desordem, pois Deus deseja a ordem em suas alianças. Utiliza-se ainda da analogia da
adoração ordeira do Antigo Israel, e do princípio apostólico de apontar uma continuação de
homens de reputação.
Inácio de Antioquia (xxx – 117dC): Mesmo sendo de Antioquia, seu nome Ignacius,
deriva-se do latim: igne: fogo, e natus: nascido. Era um homem nascido do fogo, ardente,
apaixonado por Cristo. Segundo Eusébio, após a morte de Evódio, que teria sido o primeiro
bispo de Antioquia, Inácio fora nomeado o segundo bispo desta influente cidade.
Escreveu algumas epístolas às Igrejas asiáticas: uma à igreja de Éfeso, outra à igrejas de
Magnésia, situada no Meander, outra a igreja de Trales, e ainda para Filadélfia e Esmirna, e
por fim à igreja de Roma. O objetivo da carta a Roma, era solicitar que os irmãos não
impedissem seu martírio, pois estava a caminho de Roma, durante o reinado de Trajano (98
– 117).
Policarpo (69 – 159): Sobre sua infância, família e formação, não temos informações
precisas, contudo há documentos históricos sobre ele. Graças a alguns testemunhos
fidedignos, podemos reconstruir sua personalidade. Foi discípulo do apóstolo João, amigo e
mestre de Ireneu, tendo ainda conhecido Inácio, sendo consagrado bispo da igreja de
Esmirna. Quanto aos seus escritos, a única epístola que restou desse antigo pai da igreja é
sua Carta aos Filipenses, exortando-a a uma vida virtuosa de boas obras e à firmeza na fé
em nosso Senhor Jesus Cristo. Seu estilo é informal, com muitas citações do Velho e Novo
Testamento, faz 34 citações do apóstolo Paulo, evidenciando que conhecia a carta de Paulo
aos Filipenses, bem como outras epístolas. Todavia temos também o testemunho de
Eusébio e Ireneu, relatando a intimidade de Policarpo com testemunhas oculares do
evangelho. Segundo Tertuliano, Policarpo teria sido ordenado bispo pelas mãos do próprio
apóstolo João. O martírio de Policarpo é descrito um ano depois de sua morte, em uma
carta enviada pela Igreja de Esmirna à Igreja de Filomélio. Este registro é o mais antigo
martirológio cristão existente. Diz a história que o procônsul romano, Antonino Pius, e as
autoridades civis tentaram persuadi-lo a abandonar sua fé em sua avançada idade, a fim de
alcançar sua liberdade. Ele, entretanto, respondeu com autoridade: “Eu tenho servido Cristo
por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Rei que me
salvou? Eu sou um crente!”
Ireneu (130-200): Nascido em Esmirna, na Ásia Menor (Turquia), no ano 130, em uma
família cristã, Ireneu era grego e foi influenciado pela pregação de Policarpo, bispo de
Esmirna. Anos depois, mudou-se para Gália (atual sul da França), para a cidade de Lyon,
onde foi um presbítero em substituição do bispo que havia sido martirizado em 177. Irineu
também recebeu influência de Justino. Ele foi uma ponte entre a teologia grega e a latina, a
qual iniciou com um de seus contemporâneos, Tertuliano. Enquanto Justino era
primariamente um apologista, Irineu contribuiu na refutação contra heresias e exposição do
Cristianismo Apostólico. Sua obra maior se desenvolveu no campo da literatura polêmica
contra o gnosticismo.
Tertuliano de Cartago (150-230): Nasceu por volta de 150 d.C. em Cartago (cidade ao
nordeste da África), onde provavelmente passou toda sua vida, embora alguns estudiosos
afirmem que ele morasse em Roma. Por profissão sabe-se que era advogado. Fazia visitas
com freqüência a Roma, sendo que aos 40 anos se converteu ao cristianismo, dedicando
seus conhecimentos e habilidades jurídicas ao esclarecimento da fé cristã ortodoxa contra
os pagãos e hereges. Tertuliano foi o pai das doutrinas ortodoxas da Trindade e pessoa de
Orígenes (185-254): Nasceu de pais cristãos em 185 ou 186 da nossa era, provavelmente
em Alexandria. Escritor cristão de vasta erudição, de expressão grega. Estudou letras e
aprendeu de cor textos bíblicos, com seu pai, que foi morto por ocasião da repressão do
imperador Setímio Severo às novas religiões. O bispo de Alexandria passou a Orígenes a
direção da Escola Catequética, sendo então sucessor de Clemente. Estudou na escola
neoplatônica de “Ammonios”. Viajou a Roma, em 212, onde ouviu ao sábio cristão
Hipólito. Em 215 organizou em Alexandria uma escola superior de Exegese Bíblica.
Devido ao seu vasto conhecimento viajava muito e ministrava ao público nas igrejas.
O fato de se haver castrado por devoção, lhe criou dificuldades com alguns bispos, que
contrariavam o sacerdócio dos eunucos. Em 232 se transferiu para Cesaréia, na Palestina,
onde se dedicou exaustivamente aos seus estudos. Sobreviveu aos tormentos de que foi
vítima sob o Imperador Décio (250-252). Posteriormente a esta data morreu em Tiro, não se
sabendo exatamente quando. Foi considerado o membro mais eminente da escola de
Alexandria e estudioso dos filósofos gregos.
Jerônimo (325-378): Erudito das Escrituras e Tradutor da Bíblia para o Latim. Sua
tradução, conhecida como a Vulgata, ou Bíblia do Povo, foi amplamente utilizada nos
séculos posteriores como compêndio para o estudo da língua latina, assim como para o
estudo das Escrituras. Nascido por volta do ano 345 em Aquiléia (Veneza), extremo norte
do Mar Adriático, na Itália, Jerônimo passou a maior parte da sua juventude em Roma
estudando línguas e filosofia. Apesar da história não relatar pormenores de sua conversão,
sabe que se batizou quando tinha entre dezenove para vinte anos. Logo após, Jerônimo
embarcou em uma peregrinação pelo Império que levou vinte anos.
Ambrósio que o converteu ao cristianismo. Agostinho voltou ao norte da África, onde foi
ordenado sacerdote e, mais tarde, consagrado bispo de Hipona. Combateu a heresia
maniqueísta que antes defendia e participou de dois grandes conflitos religiosos: o
Donatismo e o Pelagianismo. Sua obra mais conhecida é a autobiografia Confissões,
escrito, possivelmente, em 400. Em A Cidade de Deus (413-426) formulou uma filosofia
teológica da história.
Nome Larrousse Cultural Introdução ao Estudo do Novo Internet
Testamento; Broadus David Hale, Ed.
Juerp
Policarpo Bispo de Esmirna (69-155). Por volta de 115dC, abunda em palavras Herodes, o chefe da polícia, e seu pai
Segundo a tradição foi discipulo de e pensamentos do Novo Testamento. Nicetas foram até ele. Fizeram-no
João e mestre de Santo IIrineu. A Pelo uso de uma fórmula introdutória, subir ao seu carro e, sentando-se ao
narrativa de seu martirio escrita ele parece colocar os escritos com os seu lado, procuravam persuadí-lo,
pouco tempo depois de sua morte, é quais está familiarizado em igual dizendo: “Que mal há em dizer que
o mais antigo testemunho da morte autoridade com o Velho Testamento. César é o Senhor, oferecer sacrifícios e
de um martir conservado até nossos fazer tudo o mais para salvar-se?” De
dias. início, ele nada respondeu. Como
insistissem, ele falou: “Não farei o que
vós estais me aconselhando.” Não
conseguindo persuadí-lo, lançaram-lhe
todo tipo de injúrias, e o fizeram
descer do carro tão apressadamente
que ele se feriu na parta da frente da
perna. Sem se voltar, como se nada
houvesse acontecido, ele caminhou
alegremente em direção ao estádio. Aí
o tumulto era tão grande que ninguém
conseguia escutar ninguém. Quando
Policarpo entrou no estádio, veio do
céu uma voz, dizendo: “Sê forte,
Policarpo! Sê homem!” Ninguém viu
quem tinha falado, mas alguns dos
nossos que estavam presentes ouviram
a voz. Finalmente o fizeram entrar e,
quando souberam que Policarpo fora
preso, levantou-se grande tumulto.
Levado até o procônsul, este lhe
perguntou se ele era Policarpo.
Respondeu que sim. E o procônsul
procurava fazê-lo renegar, dizendo:
“Pensa na tua idade”, e tudo o mais
que se costumava dizer, como: “Jura
pela fortuna de César! Muda teu modo
de pensar e dize: ‘Abaixo os ateus!’”
Policarpo, contudo, olhava
severamente toda a multidão de
pagãos cruéis no estádio, fez um gesto
para ela com a mão suspirou, elevou
os olhos e disse: “Abaixo os ateus!”.
O chefe da polícia insistia: “Jura, e eu
te liberto. Amaldiçoa o Cristo!”
Policarpo respondeu: “Eu o sirvo há
oitenta e seis anos, e ele não me fez
nenhum mal. Como poderia blasfemar
o meu rei que me salvou?” Quando
ele ergueu o seu Amém e terminou sua
oração, os homens da pira acenderam
o fogo. Grande chama brilhou e nós
vimos o prodígio, nós a quem foi dado
ver e que fomos preservados para
anunciar estes acontecimentos a
outros.
Irineu Morreu em 190dC, era da Asia Menor, Recomendado por cristãos mártires ao
Principais fatos:
Síntese histórica:
Imagine que antes do cristianismo ser imposto como religião do império, em todos os
lugares os templos pagãos eram mantidos com o tesouro público, agora esse dinheiro
passou as igrejas cristãs, enriquecendo a igreja. Os bispos, ministros eclesiásticos e todos os
funcionários do culto cristão eram pagos com o dinheiro público. O primeiro dia da
semana (domingo) foi oficialmente proclamado como dia de descanso e de adoração para
os cristãos. Sem dúvida alguma, a igreja transformou a sociedade para melhor, porém a
mistura com a política e o estado, resultaram em uma igreja secular onde não se vê mais os
altos ideais do cristianismo transformando o mundo, mas o mundo dominando a igreja. O
fim deste período histórico ocorre quando da queda do império romano em virtude das
invasões bárbaras.
A Fundação de Constantinopla
No ano de 330, Constantinopla foi construída pelo imperador Constantino. A cidade (atual
cidade turca de Istambul) se encontra localizada no estreito de Bósforo, entre o Oriente e o
Ocidente, na confluência de importantes rotas comerciais.
Inicialmente, a construção de Constantinopla (pelo imperador Constantino, no ano de 330)
e, posteriormente, a divisão do Império em duas partes (executada pelo imperador
Teodósio, em 395) tinham como principal objetivo evitar, controlar e manter a
preponderância do Império Romano.
A construção de Constantinopla foi realizada no local onde existira a cidade grega de
Bizâncio. Constantino, na época, comprometeu-se com o desenvolvimento cultural,
artístico e social da cidade. O imperador deslocou pinturas e esculturas de diferentes
regiões do mundo para a cidade. Arquivos e documentos da Antiguidade Clássica (Grécia)
foram preservados e incorporados às bibliotecas, passando a fazer parte dos seus acervos.
Constantinopla, por se localizar em estratégica rota comercial, ficou conhecida como uma
cidade cosmopolita, com influências culturais tanto do Ocidente quanto do Oriente. No
século VI d. C., a cidade viveu seu apogeu e sua população chegou a aproximadamente 1
milhão de pessoas. No ano de 395, tentando controlar a crise, o imperador romano
Teodósio dividiu o império em duas partes: o Império Romano do Ocidente, com a capital
em Milão; e o Império Romano do Oriente, cuja capital era Constantinopla. Além disso,
Teodósio entregou o Império dividido para seus dois filhos: Honório e Arcádio. Assim, o
Império Romano do Ocidente foi governado inicialmente por seu filho Honório; enquanto
Arcádio governou o Império Romano do Oriente, cuja capital, Constantinopla, foi erguida
para contemplar a nova capital do Império Romano, isto é, para ser a Nova Roma.
Principais fatos:
- Progresso do poder papal,
Síntese histórica:
Até o ano de 476, veremos que o foco principal da igreja iniciou na região oriental
destacando-se cidades como: - Jerusalém , Samaria, Damasco, Antioquia, etc... e depois se
espalhou pelo império romano até a Europa. Nesta época destaca-se o fato do império
romano ter conseguido com muitos esforços manter suas fronteiras contra a invasões
bárbaras. Bárbaros eram no conceito romano, todos os povos fora de suas fronteiras. A
penetração dos bárbaros no império romano deu-se através de duas etapas:
- Etapa pacífica – nos séculos II e III, quando os guerreiros bárbaros eram aceitos no
exercito romano ou defendiam o território a troco de terras.
- Etapa violenta – nos séculos IV e V quando os povos bárbaros invadiram a Europa
violentamente, formando seus próprios reinos, dentre estes os germanos, celtas, e
eslavos.
Os Germanos
Entre os povos bárbaros, os germanos foram os mais significativos para a formação da
Europa Feudal. A organização política dos germanos era bastante simples. Em época de paz
eram governados por uma assembléia de guerreiros, formada pelos homens da tribo em
idade adulta. Essa assembléia não tinha poderes legislativos e suas funções se restringiam à
interpretação dos costumes. Também decidia as questões de guerra e de paz ou se a tribo
deveria migrar para outro local. Em época de guerra, a tribo era governada por uma
instituição denominada comitatus. Era a reunião de guerreiros em torno de um líder militar,
ao qual todos deviam total obediência. Esse líder era eleito e tomava o título de Herzog. Os
germanos viviam de uma agricultura rudimentar, da caça e da pesca. Não tendo
conhecimento das técnicas agrícolas, eram seminômades, pois não sabiam reaproveitar o
solo esgotado pelas plantações. A propriedade da terra era coletiva e quase todo trabalho
era executado pelas mulheres. Os homens, quando não estavam caçando ou lutando,
gastavam a maior parte de seu tempo bebendo ou dormindo. A sociedade era patriarcal, o
casamento monogâmico e o adultério severamente punido. Em algumas tribos proibia-se
até o casamento das viúvas. O direito era consuetudinário, ou seja, baseava-se nos
costumes. A religião era politeísta e adoravam as forças da natureza. Os principais deuses
eram: Odim, o protetor dos guerreiros; Tor, o deus do trovão; e Fréia, a deusa do amor.
Acreditavam que somente os guerreiros mortos em combate iriam para o Valhala, uma
- Reinos dos Visigodos: situado na península ibérica, era o mais antigo e extenso. Os
visigodos ocupavam estrategicamente a ligação entre o Mar Mediterrâneo e o
oceano Atlântico, que lhes permitia a supremacia comercial entre a Europa
continental e insular.
- Reino dos Suevos: surgiu a oeste da península Ibérica e os suevos viviam da pesca e
da agricultura. No final do século VI, o reino foi absorvido pelos visigodos, que
passaram a dominar toda península.
Com a ruptura da antiga unidade romana, a Igreja tornou-se a única instituição universal
européia. Essa situação lhe deu uma posição invejável durante todo o medievalismo
europeu. Dentre estes povos bárbaros destacam-se o reino Franco com a dinastia de duas
famílias: - a Merovindia e a Carolíngia. Das duas dinastias vamos destacar Carlos Magno,
que governou de 768 a 814. Ele expandiu seu reino com numerosas conquistas e no ano
800 em Roma o Papa Leão III o corou como imperador romano do ocidente.
A Idade Média
A Idade Média é o período que se inicia no século V com a queda do império romano
ocidental e se estende até o século XV. A Idade Média é o período intermédio da divisão
clássica da História ocidental em três períodos: a Antiguidade, Idade Média e Idade
Moderna, sendo frequentemente dividida em Alta e Baixa Idade Média.
Durante a Baixa Idade Média, que teve início depois do ano 1000, verifica-se na Europa um
crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio, à medida que
inovações técnicas e agrícolas permitem uma maior produtividade de solos e colheitas. É
durante este período que se iniciam e consolidam as duas estruturas sociais que dominam a
Europa até ao Renascimento: o senhorialismo – a organização de camponeses em aldeias
que pagam renda e prestam vassalagem a um nobre – e o feudalismo — uma estrutura
política em que cavaleiros e outros nobres de estatuto inferior prestam serviço militar aos
seus senhores, recebendo como compensação uma propriedade senhorial e o direito a
cobrar impostos em determinado território. As Cruzadas, anunciadas pela primeira vez em
1095, representam a tentativa da cristandade em recuperar dos muçulmanos o domínio
sobre a Terra Santa, tendo chegado a estabelecer alguns estados cristãos no Médio Oriente.
A vida cultural foi dominada pela escolástica, uma filosofia que procurou unir a fé à razão,
e pela fundação das primeiras universidades. A obra de Tomás de Aquino, a pintura de
Giotto, a poesia de Dante e Chaucer, as viagens de Marco Polo e a edificação das
imponentes catedrais góticas estão entre as mais destacadas façanhas deste período.
Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média ficaram marcados por várias guerras,
adversidades e catástrofes. A população foi dizimada por sucessivas carestias e pestes; só a
peste negra foi responsável pela morte de um terço da população europeia entre 1347 e
1350. O Grande Cisma do Ocidente no seio da Igreja teve consequências profundas na
sociedade e foi um dos fatores que esteve na origem de inúmeras guerras entre estados.
Assistiu-se também a diversas guerras civis e revoltas populares dentro dos próprios reinos.
O progresso cultural e tecnológico transformou por completo a sociedade europeia,
concluindo a Idade Média e dando início à Idade Moderna.
O Maometanismo ou Islamismo
Em 622 da-se o inicio de um movimento que também teria fortes influências no quadro de
transformações deste período, o islamismo. O Islamismo foi fundado por Maomé, que era
membro de uma família respeitada da cidade de Meca, na Arábia. Seus pais morreram e
ele foi criado pelo tio. Pertencia a tribo dos coraixitas, passou a juventude viajando com
caravanas e conheceu o Cristianismo e o Judaísmo, onde ficou impressionado com o
monoteísmo destas religiões. Aos 40 anos, dizia ter tido visões do anjo Gabriel que lhe
revelou a existência do único Deus, Alá. Maomé começou a pregar a nova religião,
converteu seus parentes, porem os comerciantes de Meca o expulsaram. Em 622,
perseguido, fugiu, o que ficou conhecido como Hégira e este ano marca o início do
calendário mulcumano. Em Medina, Maomé organiza um exercito e em seguida toma a
cidade de Meca. Com uso da guerra religiosa, em pouco tempo o Islamismo havia se
espalhado por todo o oriente inclusive nas terras cristãs penetrando na Europa, região de
Portugal e Espanha. Eles pregavam uma guerra santa e uma fervorosa devoção ao
alcorão e certamente estes e outros fatores favoreceram o rápido crescimento do Islamismo.
As cruzadas
Os Arabes influenciados pelo Islamismo ganham espaço territorial tanto no oriente, quanto
no mediterrâneo e como reação a este fato a Europa Cristã se levanta num movimento de
guerra Santa chamado de Cruzadas com o fim de retomar estes lugares sagrados. Estas
Cruzadas foram em numero de oito no periodo de 1096 a 1270.
1ª Cruzada (1095-1099)
Convocada, na França, como uma guerra santa, pelo papa Urbano II. Teve inicio efetivamente com a partida rumo à
Jerusalém em 1096. Obtiveram sucesso, conquistaram a Terra Santa, o principado de Antioquia, e os condados de Trípoli
e Edessa, ficando estes praticamente independentes do rei de Jerusalém. Os expedicionários fundaram vários "Estados" no
Oriente Próximo, conhecidos, então, pela denominação de Outremer, ou seja, "Além mar". Esses "Estados" estavam
organizados segundo os padrões feudais.
2ª Cruzada (1147-1149)
Foi estimulada por São Bernardo, em vista da retomada, pelos islâmicos, da cidade de Edessa. O fracasso só não pode ser
considerado pleno, porque Lisboa acabou sendo conquistada dos muçulmanos pelos soldados cruzados que saíram de
Flandres e da Inglaterra em direção à Palestina. O resultado ali obtido foi de fundamental importância para a formação do
Reino de Portugal. Fora isso, também, conseguiram os cruzados normandos conquistar aos infiéis, possessões
anteriormente pertencentes ao Império Bizantino, Corfu, Corinto e Tebas. Na Segunda Cruzada não houve aquele calor
ardente nem o empenho da primeira, como conseqüência suas forças pereceram na Ásia Menor e as que alcançaram a
Palestina sofreram grave derrota em 1148, quando intentavam tomar Damasco. Foi um desastre total deixando profundo
ressentimento no Ocidente contra o Império do Oriente em face do insucesso.
3ª Cruzada (1189-1192)
Decidida pelo papa Gregório VIII, essa Cruzada foi organizada depois que o sultão Saladino retomou Jerusalém, a Cidade
Santa. Teve a participação de Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra; do imperador Frederico Barbarossa, ou Barba-
Ruiva, do Sacro Império Romano Germânico; e Filipe Augusto, de França. Essa Cruzada ficou conhecida como a Cruzada
dos Reis. Nela Frederico Barba-Ruiva, então com 67 anos, morreu afogado e Ricardo Coração de Leão assinou com
Saladino um acordo que permitia aos cristãos peregrinar com segurança até Jerusalém.
4ª Cruzada (1202-1204)
A Quarta Cruzada teve grandes conseqüências políticas e religiosas. Em vez de se dirigirem para a Terra Santa que era o
ponto crucial do conflito entre cristãos e mulçumanos, resolveu se deslocar na direção de Constantinopla. O papa
Inocêncio III não gostou desta idéia e proibiu este desvio do propósito inicial, que tinha como meta derrubar o Imperador
Aleixo III. Tudo isto por causa da promessa de Aleixo, filho do deposto Isaque II, que prometeu aos cruzados bom
pagamento pelo auxílio para que assumisse o Império. O imperador foi derrubado, mas Aleixo não conseguiu cumprir
suas promessas, motivo pelo qual os cruzados tomaram Constantinopla em 1204 e saquearam seus tesouros. As relíquias
das igrejas foram as mais visadas. O Império Oriental foi dividido. Balduíno de Flandres foi feito imperador e um
patriarca latino foi nomeado papa. Esta conquista latina tornou-se um desastre porque enfraqueceu o Império Oriental e
agravou o ódio entre a cristandade grega e latina.
5ª Cruzada (1217-1221)
Essa Cruzada ficou conhecida pelo completo fracasso que conseguiu. Chefiada primeiro por André II, rei da Hungria e
depois por João Brienne, não conseguiu suportar as enchentes do rio Nilo, no Egito, e viu-se obrigada a desistir de seus
objetivos. Era constituída por austríacos, cipriotas, francos da Síria, frísios, húngaros e noruegueses. Foi motivada pela
decisão de Inocêncio III em tomar uma fortaleza muçulmana existente sobre o monte Tambor, no Egito.
6ª Cruzada (1228-1229)
A Sexta Cruzada teve como líder o Imperador Frederico II que partiu em 1227, adoeceu e retornou. Ao chegar o Papa
Gregório IX o considerou desertor e, tendo outros motivos para hostilizá-lo, o excomungou. Em 1228 partiu novamente e
no ano seguinte, assinou um tratado feito com o sultão do Egito, obteve a posse de Jerusalém, Belém, Nazaré e um ponto
da costa. Jerusalém ficou em poder dos cristãos novamente. Mas, em 1244 foi definitivamente perdida mais uma vez.
Quando o espírito das Cruzadas estava morrendo o Rei Francês Luís IX, levou uma expedição desastrosa contra o Egito.
Foi preso e num ataque em Túnis em 1270 foi morto.
7ª Cruzada (1248-1250)
Foi organizada a partir de pregação de Inocêncio IV feita no Concílio de Lyon (1245). Teve por comandante Luís IX, de
França. Também enfrentou problemas com as cheias do Nilo, onde debateu-se e foi eliminada pelo tifo. Luís IX acabou
capturado na derrota que sofreu em Mansurá e seus correligionários, para reavê-lo, submeteram-se a pagar um pesado
resgate de 500 mil moedas de ouro.
8ª Cruzada (1270)
Também foi comandada por Luís IX. A situação no Oriente Próximo apresentava-se bem mais complicada que em
qualquer outro período anterior às demais Cruzadas. As ordens religiosas cristãs existentes na região para defendê-la e
auxiliar os peregrinos encontravam-se em discórdia umas com as outras. Os turcos encontravam, além de desunidos,
enfrentando a ameaça de outro poderosos inimigo: os mongóis, chefiados por Gêngis Khan. Por outro lado, os cristãos
estavam sendo atacados e conduzidos em direção ao mar Mediterrâneo pelos muçulmanos seldjúcidas, ou mamelucos, do
Egito. Nem bem desembarcou em Túnis, Luís IX veio a falecer devido à peste. Devido, entre outras coisas, a sua
abnegação, Luís IX, mais tarde, passou a ser conhecido como São Luís.
Fonte: http://www.coladaweb.com/historia/guerras/as-cruzadas
Este período levou a Europa agrícola, sem recursos a entrar num período de estagnação, se
unindo num tipo de organização política que ficou conhecida como sistema feudal. Neste
sistema destaca-se o clero, a nobreza e os servos. É um período sombrio para religião, a
cultura, de grande miséria, fome, proliferação de doenças, epidemias, etc... A Peste Negra
em 1347 é um exemplo. A Igreja fica corrompida, se desagrega, porem mantem seu papel
positivo no âmbito organizacional e cultural, pois não havia outra estrutura política forte o
suficiente em toda a europa.
O final da Idade Média foi marcado por muitas convulsões políticas, sociais e religiosas.
Entre as políticas destacou-se a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), entre a Inglaterra e a
França, na qual se tornou famosa a heroína Joana D’Arc. Houve também muitas revoltas
camponesas, o declínio do feudalismo, a expansão das cidades e o surgimento do
capitalismo. No aspecto social, havia fomes periódicas e o terrível flagelo da peste
bubônica ou peste negra (1348). As guerras, epidemias e outros males produziam morte,
Principais fatos:
- A reforma protestante na Alemanha,
- A reforma em outros países,
- Princípios da reforma,
- A igreja reformada,
- A contra reforma,
Síntese histórica:
Nos séculos 14 e 15, surgiram alguns movimentos esporádicos de protesto contra certos
ensinos e práticas da Igreja Medieval. Devemos lembrar que a Igreja Católica apostólica
Romana, estava atolada em um arcabouço de problemas que iam desde as irregularidades
com o clero, as superstições, a venda de indugências e um distanciamento cada vez maior
do povo e de suas necessidades espirituais. Estes e outros problemas, levarão homens de fé
a se levantarem diante das densas trevas espirituais.
A REFORMA
Logo, uma cópia das teses chegou às mãos do arcebispo, que as enviou a Roma. No ano seguinte, Lutero foi
convocado para ir a Roma a fim de responder à acusação de heresia. Recusando-se a ir, foi entrevistado pelo
cardeal Cajetano e manteve as suas posições. Em 1519, Lutero participou de um debate em Leipzig com o
dominicano João Eck, no qual defendeu o pré-reformador João Hus e afirmou que os concílios e os papas
podiam errar. Em 1520, a bula papal Exsurge Domine (= “Levanta-te, Senhor”) deu-lhe sessenta dias para
retratar-se ou ser excomungado. Os estudantes e professores da universidade queimaram a bula e um
exemplar da lei canônica em praça pública. Nesse mesmo ano, Lutero escreveu várias obras importantes,
especialmente três: À Nobreza Cristã da Nação Alemã, O Cativeiro Babilônico da Igreja e A Liberdade do
Cristão. Isso lhe deu notoriedade imediata em toda a Europa e aumentou a sua popularidade na Alemanha. No
início de 1521, foi publicada a bula de excomunhão, Decet Pontificem Romanum. Nesse ano, Lutero
compareceu a uma reunião do parlamento, a Dieta de Worms, onde reafirmou as suas idéias. Foi promulgado
contra ele o Edito de Worms, que o levou a refugiar-se no castelo de Wartburgo, sob a proteção do príncipe-
eleitor da Saxônia, Frederico, o Sábio. Ali, Lutero começou a produzir uma obra-prima da literatura alemã, a
sua tradução das Escrituras. A partir de então, a reforma luterana difundiu-se rapidamente no Sacro Império,
sendo abraçada por vários principados alemães, Inicia-se então um processo sem retorno onde a Igreja Alemã
se desliga da Igreja Romana. Lutero e os demais reformadores defenderam alguns princípios básicos que
viriam a caracterizar as convicções e práticas protestantes: sola Scriptura, solo Christo, sola gratia, sola fides,
soli Deo gloria. Outro princípio aceito por todos foi o do sacerdócio universal dos fiéis.
Principais fatos:
- O movimento Puritano,
- O movimento missionário moderno,
- As igrejas cristãs nos EUA,
- As igrejas no Canadá,
-
Síntese histórica:
Guilherme Carey: O fundador das missões modernas da Inglaterra foi Guilherme Carey.
Inicialmente foi sapateiro, mas educou-se por sí mesmo, e em 1789 tornou-se ministro da igreja
Batista. Tendo contra si próprio forte oposição, insistiu em enviar missionários ao mundo pagão.
Um sermão que pregou em 1792, e que tinha dois títulos, "Empreendei grandes coisas para Deus" e
"Esperai grandes coisas de Deus", foi a causa da organização da Sociedade Missionária Batista, e
também contribuiu para o envio de Carey à índia.
Os primeiros cristãos a se fixarem no atual território dos Estados Unidos foram católicos
romanos originários da Espanha e da França. A colonização espanhola da América do
Norte teve início com a conquista do México por Hernando Cortés, em 1519-21. A
administração colonial espanhola com freqüência oprimiu a população nativa, mas os
missionários muitas vezes realizaram um trabalho notável entre os indígenas. Os principais
missionários foram os franciscanos, que atuaram na Flórida, Texas, Novo México e
Califórnia. A França teve o controle do Canadá e do meio-oeste dos futuros Estados Unidos
desde a fundação de Québec por Samuel de Champlain em 1608 até a derrota diante dos
ingleses em 1759. Além de trabalhar entre os colonos franceses, os sacerdotes também
evangelizaram os índios. A Inglaterra foi a principal responsável pela colonização do
território norte-americano e dela vieram os primeiros grupos protestantes a se fixarem nos
Estados Unidos. A primeira colônia inglesa do Novo Mundo foi a Virgínia, que teve início
com a fundação de Jamestown em 1607. Como parte da incorporação da colônia, a Igreja
da Inglaterra tornou-se a sua igreja oficial.
Embora em um grau menor que na Nova
Inglaterra, a religião teve bastante destaque
na Virgínia. Os primeiros puritanos a
migrarem para a América estabeleceram-se
em Plymouth, Massachusetts, em 1620.
Doze anos depois, resolveram transferir-se
para o
o
patrocínio de comerciantes ingleses.
Embarcados no Mayflower em setembro de
1620, pretendiam ir para a Virgínia, mas os
ventos tempestuosos os desviaram para
Cape Cod, onde chegaram em novembro.
Antes de desembarcarem, os homens
assinaram um acordo pelo qual se
comprometeram a manter a solidariedade do
grupo e a renunciar à busca individual do
Tentar resumir a história da igreja contemporânea é sem dúvida uma tarefa quase que
impossível. Não podemos localizar este processo apenas a uma localidade, região ou
continente, pois a igreja de Cristo esta plenamente se desenvolvendo em várias partes,
porém sem dúvida alguma, existe um centro gerador deste processo e sem dúvida alguma,
devemos e podemos iniciar destacando no século XX o processo histórico cristão nos EUA,
pois o mesmo teve grande influência a historicidade da igreja deste presente século.
Síntese histórica:
MOVIMENTO PENTECOSTAL
Movimento de Santidade: cuja ênfase estava voltada à vida santificada e era de ampla
aceitação do protestantismo. Em 1895, quando o pregador Wesleyano radical da Santidade,
Benjamin Hardin Irwin começou, a ensinar sobre três obras de graça, a dissidência
teológica começou a surgir. Segundo Irwin, a segunda obra de graça iniciava a santificação
e a terceira trazia o “batismo do amor ardente”, que é o batismo no Espírito Santo. A maior
parte do Movimento de Santidade condenou essa terceira obra da graça como sendo
heresia. Mesmo assim, porém, a noção que Irwin possuía de uma terceira obra de graça, o
revestimento de poder para o serviço cristão, firmou-se como alicerce do Movimento
Pentecostal.
A idéia da segunda obra da graça: A crença na segunda obra de graça não ficou
confinada ao metodismo. O advogado e pregador cristão Charles G. Finney (Warren, 24 de
agosto de 1792 - Oberlin, 16 de agosto de 1875), por exemplo, acreditava que o batismo no
Espírito Santo provesse revestimento de poder para se obter a perfeição cristã. Outros
pregadores de renome, tais como Dwight L. Moody (5 de fevereiro de 1837 - 22 de
dezembro de 1899) e R.A. Torrey, também acreditavam que uma segunda obra de graça
revestiria o cristão com o poder do Espírito.
Cristo no meio do seu povo e a crença nos aspectos da Bíblia como a cura Divina. A
Igreja aqui e acolá estava recebendo estes sopros de movimentos do Espírito que com
certeza buscava trazer vida a igreja. Nesta época, da busca de uma vida cristã centrada
em Jesus Cristo , muitos pregadores entendem que o homem totalmente entregue a Jesus
Cristo , passa a receber também a porção do Espírito Santo, a Plenitude absoluta do Espírito
Santo em sua vida o capacitando para a vida Cristã. Podemos destacar servos de Deus
como por exemplo Albert Benjamin Simpson, (1843-1919)
O avivamento da rua Azuza: O segundo e mais marcante foi quando Parham mudou-se
para Houston, e um de seus alunos, um homem negro chamado William Seymour.
William Joseph Seymour, se hospedou na casa de Richard e
Ruth Asberry, na rua Bonnie Brae Norte 214 na cidade de
Los Angeles – EUA. O grupo se reunia periodicamente e
orava pelo batismo no Espírito Santo. Em 9 de abril de
1906, depois de cinco semanas de pregação e de oração de
Seymour, ao terceiro dia de um jejum de 10 dias, as pessoas
ali presentes passaram a evidenciar o batismo com Espírito
Santo de uma maneira diferente e real, movidas pelo poder,
recebendo dons e falando em outras línguas. Aquele fato
trouxe tantas pessoas aquele local que era impossível ali
permanecer. Em 14 de Abril de 1906, na rua Azuza 312,
em um local onde havia sido uma Igreja Metodista e que era
usado como estábulo e depósito, o grupo se mudou e ali
surgiu um grande movimento de avivamento, com a
pregação do Batismo com Espírito Santo que durou três
anos. Este avivamento ficou conhecido como “Avivamento da rua Azuza” e por meio dele
nasceu o atual movimento pentecostal, de onde saíram igrejas revigoradas que pregaram o
evangelho de Jesus em muitas partes inclusive no Brasil.
da década de 50. Por volta de 1930 cerca de 15.000 pessoas faziam parte da Assembléia de
Deus, e hoje ela teria 13 milhões de fiéis, conforme a Associação Evangélica Brasileira
(AEVB).
Congregação Cristã no Brasil: O operário italiano Luigi Francescon teve uma experiência
semelhante aos suecos Daniel e Gunnar. O valdense Luigi migrou para Chicago e lá se
tomou membro da Igreja Presbiteriana Italiana. Mas assistiu a reuniões na igreja de Durham
e lá recebeu o dom de falar em línguas em 25 de agosto de 1907, como afirma. Motivado
por uma visão semelhante à de Daniel e Gunnar, Luigi foi a Buenos Aires, Santo Antônio
da Platina (PR) e finalmente ao Brás, bairro de migrantes italianos na cidade de São Paulo,
numa época profundamente marcada por movimentos operários e greves em busca de
melhores condições de trabalho. Luigi pregou em 1909 numa igreja presbiteriana, e a sua
pregação carismática, a exemplo de Daniel e Gunnar, causou profundas divergências, que
desembocaram na formação da Congregação Cristã em 1910.
doutrinária tem os aspectos centrais do pentecostalismo, mas está centrada na cura divina.
Atualmente tomou também como linha prática a doutrina da prosperidade.
Neo-Pentecostalismo:
A partir dai teremos o início de um Neo-pentecostalismo cada vez mais visceral e focado
no sincretismo religioso, falácia em detrimento ao puro evangelho de Cristo.
Igreja Universal do Reino de Deus: É conhecida como uma Igreja centrada no seu
fundador, Edir Bezerra Macedo. Ex-funcionário da Loteria Esportiva do Rio de Janeiro, era
católico e umbandista. fundou a Igreja Universal do Reino de Deus num salão onde
funcionava uma funerária no Rio de Janeiro no ano de 1977.
Igreja Internacional da Graça de Deus: Fundada em 1980 como uma dissidência direta
da Igreja Universal, no Rio de janeiro por Romildo Ribeiro Soares, cunhado do bispo Edir
Macedo. Suas pregações e rituais, repletos de curas e exorcismos.
Outras igrejas nasceram neste viés: Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Comunidade
Evangélica Sara Nossa Terra, Igreja Mundial e outras.
não poderíamos dizer que todas as igrejas Batistas ou todas as igrejas Assembléias de Deus
estão vivendo este renascimento da fé evangélica. Veja-se por exemplo a politização da
Assembleia de Deus e a crescente mundanização de alguns aspectos da fé pentecostal
inicialmente abraçada pela denominação.
A Igreja Aliança Evangélica Missionária fundada no ano de 2000, tem como ênfase uma
linha de santidade, cristocêntrica, com visão doutrinária centrada na Bíblia e evangélica. A
mensagem da igreja é fruto da linha histórica do mover de Deus, trazendo santidade, vigor
e avivamento para igreja (Movimentos de Santidade, Holliness, Cura Divina, Salvação, Rua
Azuza, etc.). Entendemos que esta linha histórica, não é uma linha histórica pertencente a
esta ou aquela denominação em particular, mas de toda e qualquer denominação que respire
o desejo de viver esta nova onda de um evangelho cristocentrico. Os frutos de avivamento
espiritual desta história correm “em nossas veias”. É o Sangue mais puro e purificador de
nosso Senhor Jesus Cristo, trazendo sua graça vivificadora a nós como Igreja. A
mensagem da Igreja Aliança deve ser Jesus Cristo, o centro de nossa vida. Jesus Cristo é o
nosso: Salvador, Santificador, Médico Divino e Rei Vindouro. Jesus é a Mensagem que
nos impulsiona a sermos missionários. Como igreja de linha de Santidade, não santidade
legalista ou formalista, mas santidade que vem da fé viva em Jesus Cristo, entendemos que
Cristo, por meio de Sua graça e expiação na cruz do calvário, nos capacita para vivermos
Sua Vida em nós. Cremos que o crente ao aceitar verdadeiramente a obra expiatória e
regeneradora de Jesus Cristo em sua vida, fazendo d’Ele seu Único e Suficiente Senhor e
Salvador, recebe a Pessoa do Espírito Santo, que vem habitar em seu coração, sendo selo de
sua salvação e promovendo por toda a vida do crente a obra regeneradora e santificadora de
Cristo. A mensagem de Cristo deve ser levada a todos em cumprimento ao Seu ide e assim
devemos aspirar ardentemente sermos missionários.
Bibliografia
Livros:
- A Bíblia Sagrada;
Oliveira, Raimundo de. Seitas e Heresias. Casa Publicadora das Assembléias de
Deus.
- c
- NICHOLS, Robeit Hastings - N62 História da Igreja Cristã, 11 edição - São Paulo,
Casa Editora Presbiteriana.
Sites Consultados:
http://www.mackenzie.br/6982.html
https://teologiacontemporanea.wordpress.com/2009/10/07/pentecostalismo-parham-
seymour-e-o-avivamento-mistico-pietista-do-seculo-vinte/
http://galeriabiblica.blogspot.com.br/2012/06/as-tres-viagens-missionarias-de-paulo.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Persegui%C3%A7%C3%A3o_aos_crist%C3%A3os
http://www.cacp.org.br/quem-foram-os-pais-da-igreja/
Copyright © 2015
Todos os direitos reservados (¹) ao autor e a Igreja Aliança Evangélica Missionária. Nenhuma parte desta
publicação deverá ser reproduzida de nenhuma forma sem a permissão por escrito.