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Matéria-Prima - Mandioca

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS

DANIELA DE ARAUJO
DANIELE RAQUEL
ELIETE FREITAS
JOICY OLIVEIRA
THATIANA MENDONÇA

AGROINDÚSTRIA DE FARINHA DE MANDIOCA D’ÁGUA E


TUCUPI

BELÉM – PA
2021
SUMÁRIO
RESUMO..........................................................................................................................0
INTRODUÇÃO GERAL................................................................................................0
OBJETIVO GERAL.......................................................................................................0
JUSTIFICATIVA............................................................................................................0
CAPÍTULO 1 - ASPECTOS ECÔNOMICOS..............................................................0
1.1 ESTUDO DE MERCADO...................................................................................00
1.2 ESTUDO DO TAMANHO OU ESCALA DO PROJETO..................................00
1.2.1. Referencial Teórico..............................................................................................00
1.2.2 Aplicação..............................................................................................................00
1.3 LOCALIÇÃO DA INDÚSTRIA..........................................................................00
1.3.1 Referencial Teórico..............................................................................................00
1.3.2 Aplicação.............................................................................................................00
CAPÍTULO 2 - ASPECTOS TÉCNICOS...................................................................00
2.1 MATÉRIA – PRIMA...........................................................................................00
2.2 ESTUDO DA ENGENHARIA............................................................................00
2.2.1. Referencial Teórico..............................................................................................00
2.2.2 Descrição do Processo de Produção.....................................................................00
2.2.2.1 Farinha d’água..................................................................................................00
2.2.2.1.1 Descascamento.................................................................................................00
2.2.2.1.2 Maceração........................................................................................................00
2.2.2.1.3 Trituração.........................................................................................................00
2.2.2.1.4 Prensagem.......................................................................................................00
2.2.2.1.5 Esfarelamento..................................................................................................00
2.2.2.1.6 Torração...........................................................................................................00
2.2.2.1.7 Peneiramento/ Classificação............................................................................00
2.2.2.1.8 Envasamento...................................................................................................00
2.2.2.1.9 Armazenamento..............................................................................................00
2.2.2.2 Tucupí...............................................................................................................00
2.2.2.2.1 Decantação......................................................................................................00
2.2.2.2.2 Fermentação....................................................................................................00
2.2.2.2.3 Cocção.............................................................................................................00
2.2.2.2.4 Envasamento...................................................................................................00
2.2.2.2.5 Armazenamento.............................................................................................00
2.2.3. Descrição dos Equipamentos...............................................................................00
2.3 BALANÇO DE MASSA.....................................................................................00
2.3.1. Referencial Teórico..............................................................................................00
2.3.2. Aplicação............................................................................................................ 00
2.4. LAYOUT DA AGROINDÚSTRIA.......................................................................00
GESTÃO AMBIENTAL...............................................................................................00
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................00
ANEXOS.........................................................................................................................00
Resumo

Palavras-chave:

INTRODUÇÃO
Pela diversidade de utilização em pratos típicos, como farofas, bolos, tapiocas,
pães e beijus, a mandioca é um alimento de grande interesse gastronômico na culinária
brasileira, o que estimula o aumento da produção e do beneficiamento a partir da melhoria
contínua da qualidade dos seus produtos e derivados.
A mandioca (Manihot esculenta L. Crantz) é originária da América do Sul, na
região sul da Amazônia (Leotard et al., 2009). Constitui um dos principais alimentos
energéticos e é largamente conhecida e utilizada no Brasil, sendo ele o maior produtor
mundial da mesma.
A sua larga utilização pelos indígenas, a absorção desta cultura gastronômica
pelos portugueses aliado ao baixo custo em investimentos e a facilidade de
comercialização, tornou a mandioca um produto de suma importância para garantir uma
boa rentabilidade para a agricultura familiar, em especial nas regiões Norte e Nordeste
devido a fácil adaptação às condições climáticas dessas regiões. Fatores estes que foram
determinantes para tornar a mandioca um alimento de cunho histórico-cultural na
gastronomia brasileira. Segundo dados do IBGE, no Brasil em 2013 foram produzidas
7.467.943 toneladas de mandioca, sendo o Estado do Acre responsável por 940.975
toneladas no ano em questão (IBGE, 2013).
No Estado do Pará, a mandioca apresenta lugar de destaque na dieta alimentar de
sua população, sendo consumida, principalmente, na forma de farinha, mas também é
utilizada como matéria-prima de diversos produtos alimentícios, dentre eles destaca-se o
tucupi, que possui grande importância na cultura da Região Norte e precisamente no
Estado do Acre.
Consumida em todo o país, a farinha é um dos principais produtos da mandioca.
É um alimento rico em carboidratos, fibras, proteínas, cálcio, fósforo, sódio e potássio. Já
o tucupi consiste em um caldo extraído da mandioca, processado e condimentado.
Diversos pratos como pato no tucupi, tacacá, rabada no tucupi, molhos de pimenta dentre
outras iguarias que possuem esse caldo como matéria prima (CHISTÉ et al, 2007).

OBJETIVO

O objetivo deste projeto foi verificar os aspectos econômicos e técnicos na análise


de viabilidade da implantação de uma agroindústria de farinha de mandioca d’água e
tucupi, envolvendo as etapas iniciais do projeto, como estudo de mercado, estudo de
engenharia e gestão ambiental.

JUSTIFICATIVA

As pequenas agroindústrias que beneficiam mandioca desempenham um papel


fundamental para o desenvolvimento do país. O beneficiamento da mandioca é uma
atividade que começou a ser praticada no Brasil pelos seus primeiros habitantes, os índios.
Esses desenvolveram técnicas para transformar certa espécie de mandioca imprópria para
o consumo humano em alimentos que hoje são consumidos em vários países, em forma
de farinha e derivados (EFIGÊNCIA et al., 2009).
A cultura da mandioca (Manihot esculenta Crantz) é encontrada em todo o
território nacional, exercendo grande influência no cenário agrícola (CARDOSO;
SOUZA, 2000). A ampla diversidade de produtos derivados da raiz exerce importante
papel nas dieta alimentar humana e animal, além disso, a cultura tem grande potencial de
transformação em diversos itens de uso siderúrgico e industrial (CARDOSO; SOUZA,
2000).
De grande versatilidade, a cultura da mandioca é totalmente aproveitada, desde a
parte aérea (folhas), passando pelas hastes, até as raízes. As folhas têm seu
aproveitamento na alimentação humana (suplemento) e animal (triturada). As hastes são
utilizadas na alimentação animal, sob a forma de silagens e fenos, mas podem ser também
utilizadas na forma in natura. A raiz é usada na alimentação humana e animal, e ainda
pelas indústrias de transformação, na produção de farinha de mesa, de féculas, e na
geração de energia (CONAB, 2015).
A parte mais importante da mandioca é a raiz, que pode ser utilizada in natura, e
tem como subprodutos a farinha seca, d'água e mista, a goma ou fécula, o tucupi e a
farinha de tapioca (BEZERRA, 2006).
A região Norte é caracterizada como uma importante produtora e consumidora
dos produtos da mandioca. O Nordeste e o Norte são duas regiões que guardam uma forte
semelhança pela quantidade de pequenas fábricas ou “casas de farinha” e pelo elevado
consumo per capita deste produto. O estado do Pará continua líder na produção brasileira
de mandioca, com 35% de participação na produção nacional, em 2015. A cadeia
produtiva da mandioca tem forte presença no estado do Pará, com inúmeras fábricas
espalhadas na maioria dos municípios, devido, principalmente, a comercialização da
farinha de mesa nas feiras livres dos grandes centros consumidores (CONAB, 2015).
A farinha de mandioca possui um teor de fibras celulósicas que as tornam
interessante como alimento funcional. Corrêa (2000) verificou que as fibras alimentares
influenciam o volume e o peso da excreção fecal, o tempo de trânsito intestinal, a taxa de
esvaziamento do estômago e a frequência de defecção. Ao lado destes efeitos
considerados desejáveis, as fibras reduzem a digestibilidade das proteínas e afetam a
absorção de minerais.

CAPÍTULO 1 – ASPECTOS ECONÔMICOS


1.1 ESTUDO DE MERCADO
1.1.1 Referencial Teórico
Estudo de mercado corresponde ao estudo da viabilidade mercadológica para o
bom desempenho da empresa em questão. No linguajar empresarial, mercado significa
um conjunto de pessoas e empresas que compõem o universo de um determinado
segmento da economia. O mercado pode ser definido em: mercado consumidor, mercado
fornecedor e mercado concorrente (EMBRAPA, 2003).
A pesquisa de mercado é a forma adequada de conhecer, com segurança e detalhes,
o universo onde o empresário irá atuar. Por meio dela, possível definir o consumidor
potencial e o que ele espera do produto. Há quatro métodos utilizados na pesquisa de
mercado: entrevista, inquérito, observação e questionário (EMBRAPA, 2003).
Neste projeto de estudo da viabilidade de implantação de uma fábrica de farinha de
mandioca, foi utilizado o método de observação documental, que consiste no
levantamento de todos os dados possíveis sobre o assunto a ser pesquisado,
independentemente das técnicas utilizadas. É o estágio da pesquisa que objetiva recolher
informações preliminares sobre o campo pelo qual se manifesta interesse.
1.2.1 Pesquisa de Mercado
As pequenas agroindústrias que beneficiam mandioca desempenham um papel
fundamental para o desenvolvimento do país. O beneficiamento da mandioca é uma
atividade que começou a ser praticada no Brasil pelos seus primeiros habitantes, os índios.
Esses desenvolveram técnicas para transformar certa espécie de mandioca imprópria para
o consumo humano em alimentos que hoje são consumidos em vários países, em forma
de farinha e derivados (SANTOS et al., 2009).

1.2 ESTUDO DO TAMANHO OU ESCALA DO PROJETO


1.2.1 Referencial Teórico
O tamanho de uma indústria é determinado a partir da capacidade de produção que
se deseja alcançar, que já foi determinada através do estudo de mercado, determinando a
capacidade que a economia tem para absorver o produto (MATHIAS, 1977).
1.2.2 Aplicação
1.3 LOCALIÇÃO DA INDÚSTRIA
1.3.1 Referencial Teórico
As dificuldades de encontrar a localização ótima correspondem em termos de
empresa, a achar a localização que dê a maior diferença entre receitas e custos. Em outras
palavras, procura-se a localização que dê o maior lucro possível para a empresa, num
prazo de tempo compatível com a vida útil do empreendimento no local (WOILER,
2010). Assim, a localização é um dos aspectos mais importantes para o sucesso do novo
empreendimento.
A escolha da localização dependerá de diversos fatores, tais como o mercado, a
escala pretendida, considerações técnicas etc. Além disso, será muito importante analisar
a disponibilidade local dos diversos bens de produção intermediários tais como mão de
obra, energia, matéria prima e as condições, ambientais como: necessidade de controle de
poluição, restrições ao uso da terra, clima, resistência do solo etc ( WOILER &
MATHIAS).
Sendo assim, ao se decidir pela localização de uma fábrica de farinha de mandioca
o empreendedor deve considerar fatores tais como: proximidade dos fornecedores e
acesso a matérias- prima, mesmo porque a mandioca deve chegar rápida a indústria, pois
logo após a colheita inicia-se o processo de fermentação das raízes.
Além da proximidade da oferta de empregados, proximidade do mercado a ser
atingido, caso contrário os gastos com transporte dos produtos acabados também
aumentarão, infra-estrutura de serviços públicos: energia elétrica, telecomunicações,
transportes, educação, assistência médica e outros aspectos de base socioeconômica,
dentre outros. Também deve verificar a disponibilidade de água de qualidade em
abundância no local, pois o gasto de água na produção é indispensável e muito alto.
1.3.2 Aplicação
CAPÍTULO 2 – ASPECTOS TÉCNICOS
2.1 MATÉRIA – PRIMA
2.2 ESTUDO DA ENGENHARIA
2.2.1 Referencial Teórico
Engenharia do projeto entende-se como a descrição e a quantificação do processo
físico de produção. Essa capacidade é definida pelo próprio industrial, baseando-se no
fluxo de produção e venda.
A disposição recomendada para as máquinas e equipamentos, bem como uma
noção básica das dimensões dos mesmos deve ser apresentado do layout da indústria. O
tamanho do projeto é importante para a escolha do local onde será implantada a indústria.
A gestão de projetos vem sendo aplicada nas mais diversas áreas do
conhecimento. Na engenharia, onde a complexidade dos empreendimentos é grande, um
eficiente gerenciamento de projeto pode garantir o sucesso e reduzir os impactos de
atrasos e mudanças que ocorrem durante a execução do empreendimento. Desde o projeto
de criação de um novo automóvel, uma expansão de planta industrial, o lançamento de
uma nova máquina, a abertura de uma nova unidade mineradora, a construção de um
edifício residencial, existem diversos exemplos de empreendimentos de engenharia onde
a gestão de projetos traz vantagens competitivas.
Desta forma, o planejamento do arranjo físico é importante para determinar e
facilitar a disposição dos centros de atividade econômica na unidade de produção; facilitar
o fluxo de materiais, pessoas, informações e equipamentos; aumentar a eficiência da mão
de obra e equipamentos; reduzir os riscos de acidentes de trabalho entre outros (DE
ARAUJO, 2001).
2.2.2 Descrição do Processo de Produção
Recepção de Raiz
de Mandioca

cascas
Descascamento

Maceração água

Trituração

Manipueira
Prensagem Decantação

Esfarelamento crueira
Fermentação

Torração
Cocção
Peneiramento/
Classificação

Envasamento
Envasamento

Armazenamento Armazenamento

FARINHA D’ÁGUA TUCUPI

Figura 00. Fluxograma do processamento das raízes de mandioca para produção de farinha d’água e tucupi.
2.2.2.1 Farinha d’água
2.2.2.1.1 Descascamento
Em unidades mecanizadas de pequeno porte, utilizam-se lavadores cilíndricos
descontínuos. Neste equipamento, o cilindro é rotativo e trabalha intermitentemente por
cargas. O lavador funciona inicialmente a seco, até que as cascas se soltem e saiam pelas
frestas, neste ponto a água é aberta e passa internamente por um eixo oco com furos, por
onde sai em jatos que lavam as raízes à medida que elas são friccionadas umas nas outras,
em movimento de revolução. Após a lavagem e o descascamento a unidade é
descarregada para nova operação. No chamado processo contínuo, os descascadores são
do tipo semicilíndricos, permitem a movimentação contínua das raízes, enquanto hastes
metálicas (ou de madeira) em disposição helicoidal efetuam a retirada das cascas
auxiliadas pela aspersão de água cujo objetivo é facilitar a eliminação da casca.
2.2.2.1.2 Maceração
De acordo com Bezerra (2006), na fabricação da farinha de mandioca mista são
necessários que 20 a 25% das raízes passem por um processo de maceração em tanques
com água potável por um período de 3 à 5 dias, tempo necessário para que as raízes
amoleçam, ficando disforme, facilitando o desmembramento da polpa.
2.2.2.1.3 Trituração
Nessa operação unitária, as raízes de mandioca limpas são enviadas aos raladores
manualmente ou por transportadores mecânicos, onde são reduzidas a uma massa fina.
Os raladores mais comuns são constituídos de um cilindro de madeira provido de lâminas
de aço serrilhadas, fixadas paralelamente entre si no sentido longitudinal do eixo. O
tambor gira a 1200-1500 rpm, protegido por um cofre de madeira ou metal. As raízes
podem ser empurradas contra o ralador por braços de madeira, de movimento alternativo
ou de vai-e-vem.
2.2.2.1.4 Prensagem
A prensagem deve escoar o resto da água, facilitando o processo de secagem e
evitando a formação de goma na mandioca (gelificação). A oxidação também é reduzida
porque a massa fica aglomerada em blocos, oferecendo menor exposição ao ar. Nas
empresas de maior porte, a prensagem é realizada em prensas hidráulicas, que oferecem
maior rapidez e rendimento com menos mão-de-obra. Geralmente, utilizam-se prensa
hidráulicas que possuem duas gaiolas abertas sobre plataforma móvel para uso alternado,
ficando uma sendo carregada enquanto a outra opera. Ao final da prensagem, gira-se a
plataforma e a coloca em outra operação, enquanto procede-se a descarga da massa
prensada e a nova carga.
2.2.2.1.5 Esfarelamento
Ao sair da prensa a massa apresenta-se na forma de blocos, por isso, antes do
processo de torração, deve-se executar o esfarelamento por meio de um ralador comum.
Após a saída da prensa, a massa esfarelada passa por uma peneira vibratória de malha
fina que retém fibras, pedaços de casca e raízes que possam estar presentes na massa.
2.2.2.1.6 Torração
A secagem é uma operação delicada, pois dela dependem o sabor, a cor, além dos
cuidados inerentes ao acondicionamento e armazenamento. Existem quatro tipos de
fornos mecanizados para se realizar a secagem. O primeiro e mais comum é o forno tipo
baiano, que são tachos semiesféricos dotados de um agitador central de pás; o segundo
do tipo paulista dotado de chapa plana circular com espalhamento da massa esfarelada
por meio de uma peneira vibratória e uma escova para retirar a farinha seca; o terceiro é
um forno plano que funciona a vapor, com pequena profundidade, dotado de pás
mexedoras e com movimento planetário, havendo também uma versão manual. Um forno
mais frio proporciona uma farinha mais fina, um mais quente, uma farinha mais granulada
de cor mais amarelada e aparência cristalina. Quanto maior o volume de farinha no forno
e maior a temperatura, mais grossa a farinha, assim, dependendo das condições do forno
e da escolha do processo, dá-se a qualidade da farinha.
2.2.2.1.7 Peneiramento/ Classificação
A farinha torrada é armazenada em um depósito onde esfria e completa a secagem.
Devido a umidade da farinha, podem ocorrer a formação de grumos durante a secagem,
reduz-se o tamanho desses aglomerados via trituração, que pode ser feita em moinhos de
cilindros, de discos ou de martelos. Essa operação deve ser feita de forma a desintegrar a
farinha sem pulverizá-la. Após a trituração, a farinha é passada por peneiras, para separar
as partes não trituradas e promover uma classificação, esta que pode ser obtida pela
passagem em uma peneira cheia de crivos, diferentes e padronizados, obtendo numa só
operação farinhas de diferentes tipos e qualidades.
2.2.2.1.8 Envasamento
A farinha é acondicionada em sacos de polipropileno trançado de 50Kg e em sacos
de polietileno de ½ ou 1Kg, que garantirá um bom acondicionamento ao produto
garantindo suas características. A operação de ensacamento é automatizada, onde as sacas
de 50Kg são costuradas e as embalagens menores são seladas.
2.2.2.1.9 Armazenamento
As embalagens são armazenas até serem distribuídas aos revendedores, em um
período de, no máximo, dez dias. Os fardos devem ser armazenados sobre estrados de
madeira, em local seco e arejado, respeitando a distância de 60cm do teto e 35cm das
paredes, dispostos de 66 modo a facilitar o manuseio. Recomenda-se o sistema PEPS
(Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) dificultando que produtos permanecem estocados
por muito tempo (BEZERRA, 2006; ARAUJO e LOPES, 2009).
2.2.2.2 Tucupí
2.2.2.2.1 Decantação
Nesta etapa a manipueira permanece em repouso durante 1 ou 2 dias para que haja
a decantação do amido, nesta etapa ocorre a separação do tucupi e da tapioca.
2.2.2.2.2 Fermentação
Após a separação a manipueira fica em repouso por 12 horas, para que ocorra o
processo de fermentação.
2.2.2.2.3 Cocção
Após a fermentação, a mesma é submetida a um tratamento térmico por cerca de
40 minutos, para obtenção do tucupi, seguido do resfriamento.
2.2.2.2.4 Envasamento
O tucupí é comumente embalado em garrafa PET de 2 litros, e rotulado.
2.2.2.2.5 Armazenamento
Recomenda-se que o tucupí já embalado seja armazenado em local arejado.

2.2.3 Descrição dos Equipamentos

2.3 BALANÇO DE MASSA


2.3.1 Referencial Teórico
A pesquisa de balanço de massa de empresas produtoras de farinha, é utilizada
como sendo um instrumento de avaliação dos processos tecnológicos, objetivando, a
partir da quantificação e caracterização dos materiais transformados, a realização de
estudos mais aprofundados sobre as diversas propostas de melhoria do processo e/ou de
aproveitamento dos resíduos.
Visando avaliar os pontos positivos e negativos das etapas de transformação da
matéria-prima em farinha, de forma que os dados obtidos possam ser utilizados como
ferramenta para a implementação de melhorias, em cada etapa do processo e para cada
um dos materiais introduzidos ou gerados.
2.3.2 Aplicação
2.3.2.1 Farinha d’água
2.3.2.2 Tucupí
2.4 LAYOUT DA AGROINDÚSTRIA
2.5 INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
2.5.1 Instalações Elétricas
As instalações elétricas, obedecendo ao disposto na Norma Regulamentadora NR-
10, devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios
seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes. Podem ficar
expostas (visíveis) desde que colocadas em eletrodutos, para facilitar a manutenção. Os
fios elétricos não devem estar expostos à umidade nem ao contato das pessoas.
2.5.2 Instalações Hidráulicas e Sanitárias
As instalações hidráulicas e sanitárias devem observar o que dispõem as Normas
Regulamentadoras (NR-18 e NR-24). Deve ser disponibilizado um local apropriado para
os trabalhadores efetuarem suas refeições. Em hipótese alguma é permitido fazer as
refeições no próprio local de trabalho e os sanitários não podem desconsiderar as questões
mínimas de higiene. Todos os equipamentos devem ser de fácil limpeza, isto evita o
acúmulo de resíduos que favorecem o desenvolvimento de microrganismos.
As máquinas na área de produção devem ter um suporte que permita espaço
aproximado de 20 cm entre o piso e a máquina, sem barreiras, para facilitar a limpeza
que, como as demais superfícies, será feita por meio de aspiração (aspirador de pó).
CONTROLE DE QUALIDADE

GESTÃO AMBIENTAL
A obtenção de farinha, fécula, polvilho azedo e outros derivados industrializados
da mandioca geram resíduos sólidos de descarte, tais como: partes lenhosas e deterioradas
das raízes; porções fibrosas retidas em peneiras; bagaços e resíduos líquidos da água de
lavagem das raízes e manipueira (prensagem da massa ralada).
Os resíduos das diversas etapas de processamento, além de serem fontes de
contaminação do meio ambiente, também podem ser considerados desperdícios de
processo. A maioria das empresas que processam a mandioca desconhece o balanço de
massa de seus processos produtivos, portanto, não possuem dados exatos qualitativos e
quantitativos referentes as suas perdas sólidas e líquidas.
Segundo Lima (2001), os resíduos sólidos podem ser considerados menos
problemático que os líquidos e, atualmente, já estão sendo aproveitados nas mais
diferentes formas, como por exemplo: na alimentação animal de bovinos, suínos e aves;
na produção de proteína microbiana, fibras dietéticas e bioprodutos fermentados, como
substrato microbiano; na produção de vitaminas, verme compostagem, fertilizantes,
biofertilizantes, inseticidas, herbicidas e fertirrigação.
Portanto, pode-se que existem inúmeras oportunidades que podem ser
implementadas para o aproveitamento desses resíduos, de modo a proporcionar maiores
rentabilidades financeiras para as próprias empresas ou para suas possíveis futuras
subsidiárias. Uma das causas dessas ações ainda não terem sido efetivadas é a falta de
informações sobre a quantificação e caracterização do material gerado durante o
processamento, que são fatores restritivos a projeções econômicas, técnicas ou mesmo
científicas.
Sendo assim, visto que o processamento de mandioca gera vários resíduos, a
agroindústria achou viável trabalhar com a utilização desses resíduos para outros fins. As
casquinhas serão destinadas para a alimentação de suínos e bovinos de pequenos
produtores da região, e quando não forem retiradas no mesmo dia, estas cascas serão
utilizadas como cobertura em plantações. A manipueira será processada na agroindústria,
resultando no tucupí. E a crueira, o material mais grosseiro retirado no processo de
esfarelamento, será seco, ensacado e comercializado como matéria-prima para
alimentação animal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEZERRA, V. S.; Farinhas de mandioca seca e mista Brasília, DF: Embrapa


Informação Tecnológica, 2006.

CAGNON, J. R.; CEREDA, M. P.; PANTAROTTO, S. In: Cd-rom. Série: Cultura


de tuberosas amiláceas latino-americanas. v. 2 – Cultura de tuberosas
amiláceas latino-americanas. Fundação Cargill, São Paulo, Brasil, Ago/2002.
CARDOSO, C. E. L.; SOUZA, J. S. Aspectos econômicos. Cruz das Almas:
Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2000. (Embrapa Mandioca e Fruticultura.
Circular Técnica, 37)
Cereda, M.P. (2002). Caracterização dos subprodutos da Industrialização da
Mandioca. In: Cereda.M.P. (coord) Manejo, Uso e tratamento de
subprodutos da Industrialização da mandioca. 4, 13-37. Fundação Cargill,
São Paulo.
CHISTÉ, Renan Campos; COHEN, Kelly de Oliveira; OLIVEIRA, Suzy Sarsi.
Estudo das Propriedades Físico-Químicas do Tucupi. Ciênc. Tecnol.
Alimentos. Campinas. Pág. 437. 2007.
CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento. Perspectivas para
Agropecuária - Safra, 2015/2016. Brasília, v.2, p. 1-155, 2015.
IBGE – Produção Agrícola Municipal. Culturas Temporadas e Permanentes.
Disponível em: <ftp://ibge.gov.br/Producao_Agricola_Municipal/2013/.pdf>.
Acesso em: 26/08/2015. 2013.
Leotard, G.; Duputié, A.; Kjellberg, F.; Douzery, E. J. P.; Debain, C.; Granville, J.
J. de.; McKey, D. Phylogeography and the origin of cassava: New insights
from the northern rim of the Amazonian basin. Molecular Phylogenetics and
Evolution, v.53, p.329-334, 2009.
SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Agroindústria: produção
de derivados da mandioca / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
Coleção SENAR – 214. Brasília, 2018.

ANEXOS

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