Apostila Geografia - 6º Ano - Maio 2021
Apostila Geografia - 6º Ano - Maio 2021
Apostila Geografia - 6º Ano - Maio 2021
SETE DE SETEMBRO
LUZILÂNDIA(PI), ____ DE JUNHO DE 2021
APOSTILA DE GEOGRAFIA
6º ANO
Profª. Ermelinda Cardoso
ORIENTAÇÃO E LOCALIZAÇÃO NO ESPAÇO GEOGRÁFICO
Localizar-se, estabelecer caminhos e orientar-se para seguir a direção certa: isso sempre acompanhou a história do homem na
Terra. O que mudou, ao longo do tempo, foram os recursos (equipamentos, instrumentos), as características do espaço
geográfico e, por consequência, os referenciais para localização e para orientação.
Dependendo das características do espaço geográfico, dos aspectos culturais dos povos, da disponibilidade de equipamentos,
recursos, como plantas e mapas, e dos referenciais, a maneira de orientar-se e localizar-se variam. Pode-se localizar tomando
por base referenciais como ruas, construções, estradas, rios, etc. (situação comum à maioria das pessoas), ou por meio de
conhecimentos geográficos, tais como: interpretação de plantas e mapas; domínio de noções sobre coordenadas geográficas -
latitude e longitude -, manuseio e leitura de equipamentos, como GPS, bússola.
A rosa-dos-ventos
É uma figura nos quais estão presentes:
Os pontos cardeais: Norte (N), sul (S), Oeste (O, ou West, em inglês) e Leste ou Este (L ou E);
Os pontos colaterais: Noroeste (NO), nordeste (NE), sudoeste (SO) e sudeste (SE);
Os pontos subcolaterais, és-nordeste (ENE), nor-nordeste (NNE), su-sudeste (SSE), és-sudeste (ESE), oés-sudoeste (OSO), su-
sudoeste (SSO), nor-noroeste (NNO), oés-noroeste (ONO);
Os intermediários.
Esses são os pontos que facilitam a orientação na superfície terrestre. A noção a respeito desses pontos de orientação é
fundamental para estabelecer os deslocamentos aéreos e marítimos, por exemplo, ou em locais onde não há estradas, como
regiões desérticas e áreas florestais.
É fundamental também para manusear e utilizar plantas e mapas, determinando-se, por exemplo, a localização de cidades,
estados, regiões, países, continentes, oceanos, tomando-se por referência um certo local ou elemento: ao afirmamos que o estado
de Tocantins está ao norte de Goiás, tomamos como referência este último estado.
As estrelas do céu
Sem equipamentos é possível orientar-se por alguns astros. Os astros sempre tiveram um papel importante na orientação de
homens e mulheres ao longo da história, em particular nos deslocamentos de longa distância. Somente mais recentemente, no
decorrer do século 20, com o avanço tecnológico mais acelerado, é que equipamentos, como o GPS, passaram a dispensar,
praticamente, os astros na orientação.
No entanto, precisamos pensar que observar o céu numa noite sem nuvens - sobretudo, longe de uma grande cidade, atentar para
a sequência das fases da Lua com o passar das semanas, apreciar um nascer ou um pôr-do-Sol são momentos de contemplação
da natureza benéficos para o corpo e para o espírito, além de serem uma oportunidade para conhecermos/entendermos mais
sobre o mundo que nos cerca e despertar nosso o interesse pelo estudo de uma série de aspectos que cercam a existência do
nosso planeta e demais astros do Universo, além da nossa própria existência.
MAS ATENÇÃO! Nunca olhe diretamente para o Sol, pois isso pode causar danos aos olhos, inclusive, cegueira.
Orientação por outros astros
A orientação pelos astros depende de uma série de condições que estão relacionadas, por exemplo, à situação do tempo
atmosférico (é preciso que o céu esteja limpo), à localização do observador no planeta Terra - distância em relação à linha do
Equador -, à época do ano, e sem a utilização complementar de equipamentos astronômicos, essa orientação não será totalmente
precisa. Trata-se de uma orientação aproximada. A orientação pelo Sol está baseada no seu movimento aparente - é a Terra que
gira em torno do seu próprio eixo (movimento de rotação da Terra), e é por isso que afirmamos ser um movimento aparente.
Esse astro aparece, não exatamente na mesma posição, que varia no decorrer do ano, mas de um mesmo lado, que é o Leste
(oriente), e põe-se no lado oposto, o Oeste (ocidente).
Determinando-se um lado, no nascer ou pôr-do-sol, pode-se, de modo aproximado, utilizar os pontos de orientação e, a partir
daí, orientar-se.
É comum afirmar-se que a orientação pela Lua somente pode ser à noite. O geógrafo e astrônomo Paulo Henrique Sobreira
destaca que "independente da fase da Lua e do horário, ela sempre surge no lado Leste e desaparece no lado Oeste. Os horários
de nascer e ocaso da Lua variam principalmente de acordo com suas fases. Na Lua Cheia, por exemplo, em uma dada
localidade, ela nasce por volta das 18h (...) e se põe próximo às 6h. No dia seguinte, o nascer e o ocaso ocorrerão cerca de 50
minutos mais tarde para aquela mesma localidade. Dessa forma, a Lua pode ser vista também durante o dia, principalmente nas
fases de Crescente e Minguante."
Cruzeiro do Sul
A orientação por outras estrelas (o Sol é uma estrela) também é possível, mas é necessário, como afirma Sobreira, que se tenha
uma noção básica de entendimento de carta celeste, inclusive para auxiliá-lo na observação. No caso do Brasil, inclusive para a
porção do nosso território que se encontra no hemisfério Norte, é possível orientar-se pelo Cruzeiro do Sul, uma constelação que
é vista em quase todas as noites do ano. A partir de algumas relações baseadas nessa constelação, é possível determinar,
aproximadamente, o ponto Sul. A Estrela Polar, visível no hemisfério Norte, pode ser utilizada para a determinação aproximada
do ponto Norte.
Bússola
A bússola é um dos mais antigos instrumentos ainda utilizados pelo homem. Não se sabe ao certo onde ela foi inventada, mas
acredita-se que os chineses tenham sido os responsáveis. Ela funciona a partir da atração de seu ímã para com o sul magnético
do planeta, que corresponde ao norte geográfico. Dessa forma, ela estará sempre apontando em direção à região norte do globo,
auxiliando navegantes e outros tipos de aventureiros a não se perderem. O uso da bússola, apesar de muito importante, vem
caindo em desuso. Isso porque ela mostra-se bastante imprecisa quando está perto de objetos magnéticos ou elétricos e,
dependendo da região onde estiver, ela para de funcionar. Outro problema é que, de acordo com alguns geólogos, o polo
magnético da Terra vem lentamente se alterando, deixando as bússolas cada vez menos precisas.
GPS
O GPS – abreviação para a expressão Global Positioning System, que significa “Sistema de Posicionamento Global” – é um
aparelho pequeno que, graças ao apoio de mais de 20 satélites e das coordenadas geográficas, é capaz de indicar e localizar
qualquer ponto da superfície terrestre. Trata-se, portanto, do mais moderno dos aparelhos de localização inventados pelo
homem. Esse importante instrumento foi inventado na década de 1960, durante a Guerra do Vietnã, e, desde então, vem se
aperfeiçoando cada vez mais. Além de fornecer a localização, o GPS também funciona como memorizador de rotas, indicador
de hora e velocidade do deslocamento, informa a altitude em que nos encontramos, entre outras funções.
Com o intuito de localizar com mais precisão diferentes pontos da superfície terrestre, foi criado o sistema de coordenadas
geográficas, baseado na existência de paralelos e latitudes, bem como de meridianos e longitudes. Lembre-se de que são linhas
imaginárias, que não existem na realidade, embora, em alguns locais, o ser humano as tenha representado de forma visível.
Paralelos e latitudes
Os paralelos são circunferências imaginárias, desenhadas em mapas de maneira paralela em torno da Terra, circundando-a no
sentido leste-oeste. O Equador é o paralelo que circunda a Terra em sua região mais larga, estabelecendo assim a divisão do
planeta em dois hemisférios: norte e sul. Além do Equador, existem quatro outros importantes paralelos de destaque: os
Trópicos de Câncer e Capricórnio e os Círculos Polares Ártico e Antártico.
Cabe lembrar que todos os pontos localizados no mesmo paralelo apresentam a mesma graduação de latitude.
Podemos definir latitude como a distância em graus medida a partir de qualquer ponto da superfície terrestre em relação à linha
equatorial, cuja latitude é zero. As medidas latitudinais variam do zero na linha do Equador até 90 graus para o norte ou para o
sul nas regiões polares.
Meridianos e longitudes
Contrapostos aos paralelos, os meridianos são linhas imaginárias que dividem o planeta como se fossem os gomos de uma
laranja, já que se estendem de um polo a outro.
Entre os meridianos, o único que recebe uma denominação especial é o de Greenwich, em referência ao bairro da cidade de
Londres; o referido meridiano também é denominado inicial ou de referência, já que serve de base para dividir nosso planeta nos
hemisférios leste e oeste. Cada um dos meridianos apresenta seu antimeridiano, localizado no lado oposto do planeta.
O meridiano de Greenwich, embora seja uma linha imaginária, aparece representado no bairro londrino de mesmo nome. Todos
os pontos localizados no mesmo meridiano apresentam a mesma graduação de longitude. Longitude é definida como a distância
em graus medida a partir de qualquer ponto da superfície terrestre em relação ao meridiano de Greenwich, cuja longitude é zero.
As medidas longitudinais variam do zero no meridiano de Greenwich a 180 graus para o leste ou para o oeste.
Por definição, ao se determinarem a latitude e a longitude de um ponto do espaço mundial, é possível revelar suas coordenadas
geográficas, ou seja, sua localização exata na superfície terrestre.
Assim, coordenadas geográficas são as medidas em graus de um ponto na superfície terrestre, conhecidas sua latitude e sua
longitude. Os aparelhos de GPS, por exemplo, determinam a posição de qualquer ponto na superfície do planeta com base no
sistema de coordenadas geográficas.
Os fusos horários
O ser humano sempre se viu diante de questões importantes que o desafiavam a encontrar soluções inovadoras e eficientes.
Marcar o tempo, como forma de regular as ações do cotidiano, é uma delas. Antes do estabelecimento de um padrão horário, o
ser humano utilizava o Sol para estabelecer sua jornada de trabalho, observando sua trajetória para calcular o tempo que restava
de luz natural para realizar suas tarefas.
Não havia, porém, uma referência exata que permitisse ao ser humano uma medição coerente e padronizada de tempo, que
pudesse ser usada em nível mundial. Além disso, a diferença de iluminação nos diferentes lugares era evidente, por conta do
movimento de rotação da Terra.
Assim, surgia a necessidade da adoção de um horário mundial, que fosse aceito em todo o espaço geográfico mundial. Em 1884,
uma reunião realizada em Washington, capital dos EUA, estabeleceu um acordo internacional que passou a determinar o horário
mundial uniforme, escolhendo como referência o distrito londrino de Greenwich, onde se localiza o Observatório Astronômico
Real. Foi quando se criou, oficialmente, o meridiano de Greenwich.
Desse modo, tornou-se viável o planejamento de uma série de atividades humanas que inclui o horário de trabalho, das aulas
escolares, as atividades econômicas (fretes e outras formas de entregas), a chegada e saída de meios de transporte, entre outras.
Você já deve ter observado que existem horários diferentes em todo o planeta, até porque, se existem áreas da Terra que estão
iluminadas e outras não, não há sentido existir um único horário mundial. Assim, faltava ainda determinar a localização correta
dos fusos horários.
Essa questão foi solucionada com uma regra simples, de fácil percepção:
A Terra se movimenta em relação ao seu próprio eixo, em um período de aproximadamente 24 horas (movimento de rotação).
Dividindo a medida da circunferência da Terra, 360°, pela duração de um dia, 24 horas, obtém-se 15°, ou um fuso horário, que
corresponde a uma hora. 360°/24 horas = 15°.
Devemos lembrar que o movimento terrestre de rotação ocorre de oeste para leste, porém o movimento aparente do Sol é no
sentido leste-oeste, sendo esse fator determinante para nossa observação do nascer e pôr do sol e da constatação que as horas no
leste são adiantadas em relação ao oeste.
A partir disso, estabelecem-se 24 fusos horários no planeta.
Como a Terra gira de oeste para leste, as horas aumentam na porção oriental e diminuem na porção ocidental.
A Linha Internacional da Mudança de Data é oposta ao meridiano de Greenwich, localizado no meridiano de 180°, sendo usada
como referência para o início da contagem do dia.
AVALIAÇÃO
ALUNO/A:_________________________________________________
OBS: Entregar à escola apenas esta atividade, sem a
necessidade de imprimir os resumos acima.
1. Escreva o nome das respectivas linhas imaginárias terrestres e dos hemisférios.
2. Assinale a alternativa que não representa uma função das coordenadas geográficas:
a) localizar os hemisférios de uma determinada área
b) estabelecer noções relativas de distância
c) empreender a proporção entre uma área territorial e sua representação cartográfica
d) localizar qualquer ponto na superfície da terra.
3. Criada em 1884, essa linha imaginária foi fruto de uma convenção para designar a “hora inicial”, o ponto a partir do qual se
medem os fusos horários e as coordenadas geográficas. Dessa forma, tudo o que se encontra a leste de sua localização tem horas
e longitudes positivas e, consequentemente, tudo o que se encontra a oeste tem horas e longitudes negativas.
O texto acima faz referência:
a) à Linha do Equador
b) à Linha Internacional de Data
c) ao Trópico de Câncer
d) ao Meridiano de Greenwich
4. As coordenadas geográficas são extremamente importantes no sentido de apontar a localização precisa de qualquer ponto
existente sobre a superfície terrestre. Elas constituem-se a partir da combinação de uma série de elementos que envolvem linhas
imaginárias e sistemas de medidas. Assinale, a seguir, a alternativa que NÃO apresenta um desses elementos.
a) Latitude
b) Amplitudes
c) Paralelos
d) Longitudes
6. As coordenadas geográficas são um conjunto de linhas imaginárias que servem para localizar um ponto ou acidente
geográfico sobre a superfície do nosso planeta. Observe a malha de referência e depois assinale V (verdadeiro) ou F (falso):
8. (UNESP – Adaptada) O mapa representa as diferenças de horário na América do Sul em função dos diferentes fusos.
A seção de abertura da Rio+20 ocorreu no Rio de Janeiro, no dia 20 de junho de 2012. A presidente da República do Brasil,
Dilma Rousseff, fez um pronunciamento à nação às 21 horas, horário de Brasília. (O horário do Rio de Janeiro é o mesmo de
Brasília).
Os moradores de La Paz, na Bolívia, de Caracas, na Venezuela, de Buenos Aires, na Argentina, e do Arquipélago de
Fernando de Noronha, no Brasil, se quisessem assistir ao vivo à fala da presidente, deveriam ter ligado seus televisores,
respectivamente, nos seguintes horários:
a) 22h; 20h30; 21h; 19h.
b) 20h; 19h30; 21h; 22h.
c) 21h; 22h30; 20h; 22h.
d) 18h; 22h30; 20h; 19h.