Vacuômetro Eletrônico
Vacuômetro Eletrônico
Vacuômetro Eletrônico
É necessária uma fonte com uma saída de +5 V e -5V perfeitamente estabilizada, de baixa
corrente, pois o consumo é muito baixo. Melhor resultado pode ser obtido usando
potenciômetros trimpot multivoltas. Para calibrar, basta ajustar o trimpot de 200 Ohms para
obter uma leitura de 12,2 mV entre o negativo do instrumento e o 0 Volts. Interrompa o ponto
S, conectando ao positivo de 5 Volts, ajuste o trimpot de 20k para uma saída de 97,7 mV entre
o positivo do instrumento e o 0 Volts.
Terminado a calibração, refaça a conexão S com o terminal de saída do MAP, conecte as saídas
dos trimpot no multímetro, selecione a escala para milivolts. A leitura é de 1 mV/kpa, ou seja
ao ler por exemplo 50 mV a pressão é de 50 kpa absoluto.
Eu usei uma derivação T, com uma saída conectada ao MAP do aparelho, outra ao MAP sob
teste ou qualquer componente que se deseje testar e a última a bomba de vácuo (como não
tenho uma, usei uma seringa grande... experimente vai se surpreender!)
A quantidade de energia (W) que uma bobina de ignição pode armazenar é um fator muito
importante para proporcionar a queima da mistura ar/combustível, e pode ser calculada pela
fórmula abaixo:
(W = ½ L I²)
É uma relação diretamente proporcional à indutância (L) e o quadrado da corrente primária (I)
da bobina de ignição. Consecutivamente a corrente primária deve ser controlada com
precisão, afim de, garantir o desempenho ideal e preservar a bobina de ignição contra
sobrecargas térmicas.
Em linhas gerais, bobinas de alta potência requerem pulsos com 2 a 6 milissegundos de ciclo
ativo para regular a corrente primária.
Para desempenhar esta tarefa o sistema de controle do motor IAW-5NF possui dois drivers
bastante interessantes para comandar a bobina de ignição dupla, o circuito integrado VB025SP
fabricado pela ST Microelectronics.
O sinal lógico de controle, acima de 4 Volts, gerado pelo processador da central de injeção IAW
é aplicado ao pino (9) do CI estabelecendo o inicio de circulação da corrente primária com o
chaveamento do transistor darlington para ligado, que cresce segundo a indutância da bobina.
Ao interromper o sinal lógico de controle, nível de tensão abaixo de 1,9 V, a corrente primária
é desligada. A tensão induzida no enrolamento primário ao desligar a bobina de ignição é
limitada em cerca de 380 V pelo driver.
Diagnóstico de corrente da bobina: Um sinal de tensão, cerca de 5 Volts, é emitido pela saída
de Diagnóstico, pino (10) do CI, enquanto a corrente primária se mantiver acima de 4,5
Amperes, e pode ser usado pelo processador para detectar a comutação real da bobina.
A base do transistor darlington, responsável pela etapa final, está accessível por meio do pino
(8) do CI.
Conclusão:
O uso de uma bobina inadequada vai alterar a corrente primária seja pela condição imposta
pelo seu próprio enrolamento ou pelo comportamento interno do CI. Também qualquer falha
que resulte em baixo fluxo de corrente primária pode ser diagnosticado.
Nem sempre encontramos estas informações nos manuais de serviço, e podemos até
questionar a sua relevância, mas estou convencido da ajuda que isto representa no diagnóstico
de falha do veículo. Espero que o exposto aqui seja suficiente para atender as necessidades
básicas do reparador de veículo ou de módulos, caso deseje maiores detalhes consulte o
datasheet do fabricante do componente.
Por vezes, frente a uma falha incomum, chegamos a suspeitar que o módulo de controle do
sistema seja a causa do problema. Com seus circuitos discretos e sem informação técnica
adequada é imaginado como uma caixa preta. Com o alto custo destes componentes e a alta
incidência de danos o reparo de módulos eletrônicos conquistou seu espaço no mercado,
contrariando a vontade dos fabricantes. Conhecer um pouco mais sobre os drivers das
unidades eletrônicas é de grande ajuda para visualizar uma possível falha ou mesmo executar
um teste superficial sem necessidade de abrir o módulo.
Transistor ou multidriver (chips com várias saídas integradas) é a interface com os atuadores,
portanto os elementos mais danificados por freqüentes curto circuitos no componente ou
chicote elétrico, razão que alavanca substancialmente o negócio de reparo de módulos.
Com a intenção de proporcionar a compreensão mais profunda do reparador, por hora vamos
analisar o driver do relê principal do módulo de injeção motronic M1.5.1, esquematizado
abaixo.
Funcionamento:
O borne 85 – bobina do relê principal - está conectado a uma linha direta com o positivo da
bateria (linha 30). O borne 86 – saída da bobina do relê - se conecta ao borne 36 da UCE. Para
acionar o relê é necessário que haja uma ponte entre os bornes 36 e 2,14 ou 24 - conectados
ao negativo da bateria (linha 31). Esta ponte se faz pela junção eletrônica do c-e do transistor
T220 ao reduzir a resistência próxima de zero e a série formada pelos resistores R227-R220.
Fato que ocorre após ligar a chave de ignição e alimentar com +12 Volts o borne 27 da UCE, e
circular corrente através do circuito série formado pelo diodo D221, resistor R221, b-e de T220
e resistores R227-R220.
Proteção de sobretensão:
Ao desligar a chave de ignição (linha 15), a força contra eletromotriz induzida na bobina do
relê ao desconectar o driver, rompe a tensão zener imposta pelo diodo D220, levando o
transistor T220 a conduzir novamente, fig. 2B, limitando o pico de tensão em
aproximadamente 50 Volts. Esta função permite que a sobretensão se mantenha a níveis
suportados pelo driver.
Proteção de drivers
Limitação de corrente:
Para aumentar a segurança da operação o driver está protegido contra sobrecarga ou curto
circuito com o positivo.
O paralelo formado pelos resistores R220-R227 detecta a corrente máxima para T220, aprox. 1
Ampere. Com uma queda de tensão de aproximadamente 0,6 Volts entre a b-e do transistor
T221, veja fig. 2 A, se inicia o grampeamento da corrente de excitação de T220 via c-e de T221,
impedindo o aumento da corrente através do driver.
Para exemplificar compartilho aqui esta experiência em que o scanner não acessava a UCM de
um ônibus Agrale série MA 11, cuja comunicação se dá através da linha CAN.
A princípio, com a chave de contato ligada, foi medido a tensão da linha CAN-H e CAN-L e
ambas estavam com tensões em torno de 2,5 V, normal para este caso.
Ao constatar que a rede havia sofrido reparo próximo ao conector de diagnóstico, foi exposta a
fiação onde se nota a inserção de um resistor de valor inadequado, vide imagem abaixo. Para
teste, conectou-se em paralelo com o resistor uma década resistiva ajustada para 120 Ohms,
tornando possível a comunicação com o scanner.
Substituído o resistor em questão por outro de 120 Ohms a falha foi corrigida.
Para enriquecimento segue a imagem obtida com o osciloscópio onde pode ser observada a
distorção causada no sinal e que impossibilitava a comunicação com o scanner.
Este tópico demonstra que a medição de tensão não foi conclusiva, embora seja uma prática
recomendada. Se o osciloscópio fosse usado inicialmente não haveria dúvida quanto ao
motivo que impossibilitava a comunicação, entretanto restaria ainda fazer testes adicionais
para identificar o que realmente causa tal distorção.
Esta experiência nos leva ainda a outro patamar: a próxima vez que confrontar com este tipo
de problema teremos mais convicção do que se sucede e que recursos cabem para esclarecer-
lo. Mas lembre-se, embora pareça óbvio, nem sempre a solução será esta, portanto não vá
colocando resistência antes de realizar os testes necessários.
Consultas em busca de “uma luz” para sanar a falha do carro chegam com freqüência. Nem é
preciso dizer como é desesperante quando o problema parece não ter fim.
Entender o que está mal e esclarecer a causa pode ser um processo extremamente longo,
digamos que começa quando o motorista percebe o primeiro sintoma de mau funcionamento.
Elogiável o proprietário de veículo que toma a frente deste penoso trabalho, graças a isto
acabei nesta área ao comprar meu primeiro carro – um Gordini 62. De lá pra cá a tecnologia
avançou muito, e hoje em dia, confiar o serviço a uma oficina especializada é a decisão mais
acertada.
É utopia pensar que alguém saiba qual é a solução para todos os problemas possíveis somente
ao relatar o inconveniente, certo mesmo é que o técnico sabe o que fazer.
Falhas recorrentes - que ocorrem sistematicamente – têm solução definida, fora isso quase
sempre é necessário realizar uma bateria de testes que aparecem em uma lista de solução de
problemas – “troubleshooting”. Além disso, a experiência do dia a dia também contribui para
identificar falhas causadas por práticas impróprias, geralmente por falta de conhecimento ou
erro simplesmente.
Em geral se espera soluções prontas e execução rápida dos serviços. Seria ótimo se tudo se
resumisse apenas em substituir peças. Numa visão modesta estima-se que somente no Brasil
existam centenas de modelos de veículos, que somam milhares de sistemas, uma imensidão
de tecnologia que muda com muita rapidez, incontáveis variantes de motores e componentes
eletroeletrônicos. Imaginem a complexidade disto para uma oficina. Muitos casos exigem
trabalho intensivo só para determinar o que está falhando ou deve ser consertado.
Trocar peças é relativamente simples e de fácil domínio, muitos lançam mão deste recurso
para resolver uma “bronca”, apesar da dificuldade de encontrar peças e do alto preço. Um
risco que muitas vezes eleva o custo da reparação e pode resultar em prejuízo tanto para a
oficina como para o dono do veículo.
Decidir pela troca da peça pelo método do “achômetro” não é uma prática aceitável, diante de
uma lista com várias possibilidades. Realize sempre os ensaios pertinentes que permitam
diagnosticar a falência do componente, circuito ou sistema suspeito.
Para amenizar os problemas o dono do carro deve fazer manutenção preventiva e a troca
periódica de velas, cabo de ignição, óleo do motor, filtros, controle nível de água do
arrefecimento, líquido de freio, etc.
Para o técnico da área resta manter-se atualizado, a estrada do conhecimento não tem fim,
sempre há coisas novas para aprender e conceitos antigos que ainda não se concretizaram.
A proteção pode ser feita com diodo comum (fig. a, b) ou resistor (fig. d,e) ligado em paralelo
com a bobina ou por diodo zener (fig. c) montado internamente na unidade de controle.
O diodo também é utilizado em alguns relês para polarização, com a finalidade de evitar que a
bobina seja energizada com a polaridade invertida, fig. e.
Por exemplo: O relê da fig. c não pode ser utilizado nos demais circuitos ilustrado aqui, pois
não possui proteção, e ao desligar sua bobina poderia gerar picos de tensão de 200Volts ou
mais. O gráfico a seguir ilustra que a tensão é limitada a 50 Volts pelo diodo zener da fig. c.
Pico de tensão na bobina do relê fig. c limitado pelo diodo zener
Fique “ligado”! Relê impróprio para o sistema pode causar dano ao driver ou erro de
funcionamento difícil de identificar.
Como já comentei este regulador possui inúmeras funções, muitas difíceis de serem
percebidas, outras podem ser facilmente observadas, como por exemplo: o monitoramento do
campo (DFM) e a pré-excitação pulsada (característica comum neste regulador de tensão).
A figura a seguir ilustra a conexão do regulador para teste. Para a sinalização, uma caneta LED
foi ligada ao borne L, no DFM foi montado um resistor de 10 KOhm, e a lâmpada
incandescente 12V-2W simula o campo.
O borne DFM, conectado ao B+ através de um resistor, registra uma imagem exata do controle
aplicado executado no campo.
sinal do campo e do borne DFM o regulador de tensão multifunção
O LED sinalizador conectado no borne L não se apagou, indicando falha no regulador, apesar
do funcionamento normal do campo.
No segundo teste, usando o gerador de sinal, foi aplicado um sinal de corrente alternada de
tensão e freqüência variável no terminal W do regulador e a tensão do borne B+ foi mantida
em 12,5V.
A pulsação falhada pode ser notada pela luminosidade oscilante da lâmpada (campo),
possivelmente se deve ao mau funcionamento do regulador.
Com freqüência acima de 75 Hz a excitação é pulsada com tensão em torno de 3,2 VAC e se
torna contínua e máxima acima deste valor. Ao atingir 12,2 Vpp a excitação é cortada, como
mostra a figura abaixo.
Conclusão:
Por outro lado isso evidencia que a tensão e freqüência no terminal W, imposto pelo
magnetismo residual ao girar o alternador, pode levar-lo a geração plena na falta da lâmpada
piloto.
Conhecendo as funções detalhadas é possível elaborar formas mais adequada de testes. Testar
este tipo de regulador com o próprio alternador ainda é a melhor opção, entretanto vemos
aqui que é possível obter algum resultado ao usar esta técnica.
Sabe-se que ao substituir a correia dentada é necessário colocar o eixo motor e do comando
de válvulas na marca de sincronismo ou usar ferramentas para travar o motor, conforme o
caso. Um trabalho relativamente simples que pode se complicar devido ao erro de paralaxe ao
tomar como referência as marcas nas polias, principalmente se o sincronismo está perdido por
danos na correia, por exemplo.
As imagens a seguir ilustram o sincronismo das marcas de referência para montar a correia
dentada do motor Volkswagen sigla BBX 2.0l usado no Pólo.
Dica: Para evitar o erro de paralaxe use um pino guia para alinhar
Vista geral
Como precaução o técnico deve ter sempre uma medida alternativa caso surja algum
inconveniente. Quem possui um osciloscópio de dois canais a imagem dos sensores de fase e
rotação obtidas como referência facilita a conferência e pode poupar muito trabalho se ocorre
algum transtorno.
Muitos pensam que os erros de sonda lambda que ficam registrados frequentemente na
memória de defeito do sistema de injeção é a causa do mau funcionamento de um motor, e
inclusive substituem inutilmente a sonda lambda. A falta de êxito nestes casos é algo que
merece reflexão.
Inicialmente os sistemas de injeção eletrônica não possuíam sonda lambda, ela foi implantada
posteriormente para atender leis mais severas de controle de emissões de gases poluentes e
reduzir o consumo de combustível.
A figura que segue ilustra de forma simplificada o controle da sonda lambda no funcionamento
da injeção eletrônica tradicional (mono combustível), entenda o processo.
Com base na informação do sensor de carga (massa de ar admitido versos rotação do motor) e
temperatura do motor a unidade de comando do sistema de injeção (UCM) calcula a
quantidade de combustível necessária para o correto funcionamento do motor, expresso por
meio de um pulso de curta duração que regula a abertura do injetor de combustível. O volume
de combustível injetado é produto do tempo de duração do pulso (ti – tempo de injeção) e
pressão do combustível ©.
Ar e combustível são aspirados para o interior dos cilindros do motor e após comprimidos se
inflamam pela centelha da vela de ignição. A queima da mistura ar/combustível gera gases
residuais que são expelidos através do escapamento do motor. O oxigênio presente nestes
gases, o único a ser detectado pela sonda lambda, é determinante para estabelecer a
eficiência da combustão e para calcular o fator de correção (tc). O tempo de injeção corrigido
torna a mistura ar/combustível ótima de maneira que os gases residuais da combustão sejam
processados adequadamente pelo catalisador.
O teor de oxigênio elevado, detectado pela sonda lambda no escapamento, pode indicar que
volume de combustível injetado é pequeno, e para corrigir, o tempo de injeção (ti) é
aumentado somando-se o tempo de correção calculado (tc). Da mesma forma a escassez de
oxigênio pode representar um volume alto de combustível injetado, portanto agora a correção
se faz deduzindo do tempo de injeção (ti) o tempo de correção apurado.
O fator de correção máximo é cerca de +/-20 % do tempo de injeção principal (ti) e geralmente
é incapaz de causar falha acentuada no funcionamento do motor.
Conclusão:
A regulagem da mistura através da sonda é uma ação secundária, que tenta consertar
irregularidades ocorridas na combustão.
Evidentemente qualquer problema que afeta a combustão do motor recai sobre a regulagem
proporcionada pela sonda lambda. Ao alcançar o limite de compensação estipulado no
sistema, a conseqüência será a suspensão da regulagem da mistura e registro de um erro que
aborda a sonda lambda.
Pense nisso na próxima vez que encontrar um erro que aborda a sonda lambda memorizado
no sistema de injeção. Além disso, somente substitua a sonda após testar-la minuciosamente,
assim como qualquer outro componente.
Alardeado por entusiastas a rede CAN (controller área network) chega a preocupar os
profissionais que querem estar à frente, e acabam bombardeados com informações sobre
protocolo de comunicação, arbitragem de dados, etc. Embora estas informações sejam
interessantes, devemos questionar a sua relevância para quem precisa apenas reparar uma
falha de comunicação. Redes multiplexadas já existem nos automóveis faz muito tempo e a
CAN não é a única, há outras que sequer são notadas. Portanto, desconhecer certos detalhes
não representa um obstáculo para a manutenção.
Para o técnico reparador interessa a camada do transporte de dados, o meio físico que dará
suporte a rede. Estrutura da rede (layout), aspectos e magnitude do sinal, orientação sobre
substituição e configuração de componentes e logicamente a IHM – interface homem
máquina, scanner como nos referimos comumente, aptos a acessar a rede, estes sim são
pontos chave.
Rede CAN de baixa e alta velocidade apoiada nas normas ISO 11519-2 e ISO 11898
Rede LIN - Local Interconnect Network é um conceito de rede de baixo custo, de um fio, usado
como sub-rede ou rede complementar. Se aplicam em dispositivos inteligentes como
atuadores, sensores, unidades de bombas de combustível, unidades de velas aquecedoras, etc.
Linha K – rede de um fio usada para diagnóstico das unidades de comando – apoiada na norma
ISO 9141-2
Para exemplificar comento um caso comum que ocorre ao instalar equipamentos de rádio ou
similar, se colapsa a rede, bloqueando o arranque do motor e impede até mesmo a
comunicação com o scanner. Infelizmente desconhecidos por muitos profissionais desta área.
Portanto, conhecer a estrutura da rede traz grandes vantagens para o diagnóstico, permite
compreender como uma falha pode afetar a rede e estabelecer o local de ação a ser rastreado.
Ao fazer medições entra em cena a ferramenta e parâmetros que devemos visualizar. Nota-se
aí a pobreza dos manuais de serviços e também a falta de equipamento (osciloscópio) por
parte das oficinas especializadas.
Sinal bus de dados CAN apoiado pela norma SAE J1939 – linha pesada Diesel.
Os sinais de bus de dados serão distintos, segundo a norma aqui citadas e outras que
abrangem a área automotiva. Observem os sinais das imagens ilustradas apoiado pela norma
ISO e SAE, diferentes, apesar de alguma semelhança.
Como vemos, embasamentos puramente teóricos sobre redes são desejáveis, porém o que
fará a grande diferença para o técnico reparador é um conteúdo que lhe permitirá sanar as
falhas que se apresentam no dia a dia.
Espero que esta iniciativa sirva de reflexão para que o reparador automotivo reúna as
condições essenciais para o correto diagnóstico de falhas em redes automotivas.
Com tantas variantes como as que já mencionei anteriormente dá a impressão que não há
mais nada para dizer, mas não para por aí, vejamos o modelo adotado pela Peugeot.
A novidade aqui é a identificação dos componentes, representado por números (letra A). Os
dois primeiros dígitos se refere ao grupo de sistema e os dois finais ao número do
componente.
J – Número do fio
C – conector
E - junção
IC – conector intermediário
M – Massa
A Bosch usa a representação dos diagramas esquemáticos na norma DIN em suas literaturas.
Os diagramas são separados por páginas com 24 colunas de circuitos. Os símbolos podem ser
interpretados genericamente, por exemplo: os componentes B1 e B2 são resistências variáveis
em função da temperatura. Para saber função pertinente aos componentes é necessário
consultar a legenda.
T1 – Bobina de Ignição
Como no modelo usado pela Volkswagen, algumas linhas estão seccionadas. O circuito da
coluna 5 mostra que o fio ligado no borne 1 da válvula Y1 tem sequência no circuito 25,
conectados às válvulas Y2...Y5 (como indicado no retângulo na coluna 3). O mesmo acontece
com o fio na saída do fusível F1 que vai ligado ao componente B7 no circuito 35. Ou seja, este
diagrama possui outra página (não ilustrado aqui) e algumas linhas terão sequência e poderão
aparecer em várias páginas.
Outra diferença que se nota é a alimentação do sistema, representada por duas linhas
horizontais na parte superior e uma na inferior com a denominação de bornes, previsto na
norma DIN.
Conclusão:
Vimos que são vastas as maneiras de representar o circuito elétrico de um veículo ou sistema,
e nem foi mencionada outras tantas que existem por aí como a da "Ciclo Engenharia", "Dr. IE",
etc. Embora haja muita semelhança entre as formas apresentada, sempre que necessário
consulte a legenda adotada para compreender-las plenamente.
Algumas dicas:
Não poupe esforço para compreender qualquer modelo, em algum momento vai necessitar e
terá que usar o que está disponível.
Dependendo da finalidade dê preferência aos esquemas elétricos simplificados para evitar
uma longa sessão de interpretação.
Se precisar refazer um chicote é conveniente ter o esquema detalhado da montadora. Afinal
não existe nada pior que procurar um fio interrompido sem conhecer seu trajeto ou consertar
um chicote que foi alterando em sua originalidade.
Os sistemas de ignição mais comuns são do tipo indutivo ou Hall, termo referenciado ao tipo
de sensor de rotação e posição usado. O sensor indutivo, composto de bobina, impulsor -
"aranha" e imã é um gerador de corrente alternada que induz o desligamento da bobina de
ignição ao tornar o pulso negativo.
Sensor indutivo montado dentro do distribuidor de ignição
O módulo possui cinco pontos de conexão com o circuito, sendo dois para os pinos do sensor
indutivo e outros três via conector do módulo para alimentação e bobina de ignição.
Clique no link para ver detalhes de ligação Diagrama eletrico tszi 019_022_026
O mecânico deve prestar atenção no rotor do distribuidor cuja ponta larga favorece o salto da
centelha entre o rotor e pino da tampa do distribuidor, detalhe comum nos sistemas de
ignição eletrônica.
A bobina recomendada para este módulo é a Bosch KW 9 220 081 091, cuja indutância do
enrolamento primário permite ajustar a corrente de operação ideal com o ângulo de
permanência reduzido deste módulo.
Até aqui o leitor pode apreciar algumas variantes de diagramas elétricos, más não para aí,
vamos ver outros modelos
Diagramas esquemáticos
Os diagramas esquemáticos são desenhos técnicos mais detalhados, seguem normas mais
rígidas e representam muitas vezes a forma de atuação interna de seus componentes. O nível
de detalhes varia segundo a finalidade do esquema. Os símbolos são normalizados e devem
ser invariáveis para um mesmo componente, entretanto existem várias normas que
regulamentam estes esquemas, por exemplo: norma DIN, IEC, ABNT, etc. Devido à similaridade
entre elas isso não representa um grande obstáculo.
Uma letra junto ao símbolo do componente denomina o grupo a que ele pertence, conforme
lista que segue.
A – Dispositivos eletrônicos.
H – Luzes
F – Fusíveis
M – Motor elétrico
S - interruptores
X - Conectores
Y - Eletroválvulas
A seguir temos uma análise mais detalhada da aplicação destas normas e suas variantes.
Na bomba de combustível, circuito 8, vemos que o negativo (massa) chega na bomba através
fio marrom conectado pino 4 do conector c4a e da sua derivação no clipe formando duas vias
de ligação a pontos massas distintos, um no tanque de combustível e o outro na coluna das
dobradiças do lado esquerdo. O positivo da bomba chega pelo fio vermelho ligado ao pino 1
do conector C4a (na parte traseira) e fio preto/vermelho a partir da junção c1 do chicote de
injeção.
A linha continua em outra página do esquema no circuito 24, como indicado no retângulo,
onde uma ponte através de clipe indica seu retorno para esta página no circuito 4 para ligar ao
pino de saída 87 do relê da bomba.
O pino 30, entrada de corrente do relê, se conecta ao positivo da bateria, protegido pelo
fusível 14 da central elétrica, através do fio vermelho/azul e conector intermediário c6 pino
4. Detalhes a respeito do acionamento da bobina do relê (pinos 85 e 86) nos remete aos
circuitos 47 e 69, como indicado nos retângulos localizados nos circuitos 2 e 3.
Neste tipo de esquema a dificuldade se resume ao trajeto percorrido pela linha que pode
aparecer em uma ou mais páginas, como visto neste trecho do circuito.
Agrupamentos de circuitos:
Neste diagrama os componentes podem ser localizados pelas coordenadas formadas por letra
e número. A identificação dos condutores começa com a denominação dos bornes (norma
DIN) e na seqüência a cor do fio. Todos os conectores e junções do chicote estão claramente
demarcados.
Suponhamos que falta alimentação para o módulo de ignição, seguindo o caminho da corrente
de alimentação do módulo de ignição, circuito ressaltado em vermelho no esquema, pode ser
visto todos os pontos de conexões e junções no meio do circuito. A medição de tensão
(voltagem) em cado ponto do circuito com certeza indicará o trecho em que ocorre a
interrupção da corrente.
A visualização rápida de todos os elementos envolvidos, inclusive identificação das linhas com
denominação do borne e ligações internas dos componentes, dá maior conforto e abrangência
de uso do esquema.
Com circuitos cada vez mais complexos nos veículos, você deve ter percebido como é
importante trabalhar com os esquemas elétricos, além disso é mais produtivo e evita danos na
instalação. No próximo artigo encerrarei este tema com os sistema usado pela Peugeot e
Bosch.
A Ford Ranger equipada com motor Diesel NGD 3.0 – MWM possui sistema de injeção
common rail de alta pressão. Os sensores de fase e rotação do motor são do tipo Hall.
O sensor de rotação do tipo Hall montado junto a uma roda dentada de 60-2 dentes no eixo de
manivelas (virabrequim) permite à unidade de comando de injeção calcular a rotação do
motor e a velocidade instantânea (aceleração) de cada cilindro.
Sensor de fase:
No eixo de comando de válvulas do motor se encontra uma roda impulsora de quatro dentes
que irá excitar o sensor de fase do tipo Hall. Sincronizado com o sensor de rotação ambos os
impulsos permitem a unidade de comando de injeção identificar cada cilindro e calcular a
posição angular em que se encontram durante a fase de compressão do motor, condição
indispensável para comandar os bicos injetores de combustível. Esta estratégia possibilita
ainda a partida rápida do motor, independente da posição que tenha parado no
funcionamento anterior, proporcionando vantagens adicionais ao sistema de carga e partida.
Ao deparar com o veículo com partida longa ou o motor não pega, memória de erros
registrando os códigos P0340, PO341 ou P0342, a providência a tomar é conferir com o
osciloscópio a existência do sinal de rotação e fase, bem como seu sincronismo. O aspecto dos
sinais e o sincronismo correto podem ser visto na imagem a seguir.
Na falta do osciloscópio, embora menos eficaz, o funcionamento dos sensores pode ser
comprovado com o multímetro. Entretanto o sincronismo só pode ser verificado com
ferramentas especiais que travam o eixo motor e de comando de válvulas no ponto
O exemplo abaixo ilustra o sistema ignição EZ-k aplicado nos veículos com sistema de injeção
eletrônica tipo LE-Jetronic:
Diagrama de fiação multifilar – Sistema de ignição EZ-k veículo Gol GTi, fonte apostila VW.
Legenda:
e - Alimentação de +12 V
Com este diagrama, apesar de existir muitos cruzamentos de linhas, não é difícil seguir ou
montar o circuito.
Entretanto, o leitor deve observar que a disposição dos terminais no símbolo do distribuidor
não corresponde à ordem física real na peça. A pinagem da EZ-k corresponde à vista frontal do
conector do lado do chicote. E no módulo TSZ a ordem mostrada é da pinagem do módulo.
Não se trata de erro, já que não há obrigatoriedade em manter a ordem exata dos pinos no
diagrama.
Caso seja importante o autor pode advertir quanto à ordem adotada ou inserir desenho
complementar dos conectores, como no exemplo da figura abaixo.
Diagrama de pinos dos conectores do chicote, vista frontal.
O cruzamento das linhas sem o ponto circular (em preto) indica que estas não estão
conectadas entre si.
A linha tracejada ao redor do fio indica uma blindagem contra EMI (interferência
eletromagnética). Normalmente a blindagem é conectada a massa (negativo), porém no caso
do distribuidor esta blindagem também serve como condutor negativo de alimentação do
sensor Hall no distribuidor.
A leitura é simples, alimentação de 12 V para o módulo EZ-k, por exemplo, chega pelo pino 5
do “conector A” e a ponte de fio entre ele e pino 6 do módulo EZ-k (vide legenda “e”).
Um fio conecta o pino 20 da unidade de comando EZ-k a um ponto de massa – chassi, indicado
pelo retângulo “1”. E assim sucessivamente para qualquer outra linha.
Para interpretar diagramas deve ser aprendido o significado de termos e símbolos usados
frequentemente, hora ressaltados em vermelho no diagrama e explicados, que normalmente
não são legendados.
Usando a referência cruzada, a conexão do borne no componente “A” possui o endereço com
denominação do borne e componente de destino “B”. Se necessário ainda pode ser incluído a
bitola e cor do fio.
Não é necessário seguir o fio, basta ver a indicação do fio no pino do componente e já
sabemos onde ele deverá chegar. A quebra da linha indica para que lado do circuito ela segue.
O diagrama unifilar acima é ideal para a montagem do circuito e também pode ser usado pelo
técnico reparador para checar a continuidade e a conexão exata dos condutores.
Embora Indispensável, ler diagramas elétricos e eletrônicos não é uma tarefa facilmente
assimilada pelo profissional de reparação automotiva. Não é para menos, pois a grande
variedade de tipos existentes choca, especialmente àquele profissional oriundo da área de
mecânica.
Mesmo sendo um desenho sem escala, construir-lo da forma mais natural possível requer
muito tempo. Imagine como seria complexo, para não dizer impossível, fazer um desenho
tridimensional de todos os circuitos de um automóvel atual!
Por mais complexo que seja uma instalação elétrica sempre estaremos restringidos a um
circuito elementar como este modelo, ou seja: fonte de energia, receptor e elementos de
condução (fios, chaves, conectores, etc.). E lembrem-se, nem sempre compreendemos todo o
circuito de um veículo, mas assim mesmo podemos solucionar falhas localizadas.
O diagrama bidimensional
Considerando que cada elemento do circuito é um elo de condução de corrente, com este
diagrama é perfeitamente possível analisar o caminho da corrente e até mesmo montar o
circuito.
É difícil classificar qual informação é relevante no dia a dia da oficina mecânica, entretanto
dados precisos dos componentes do sistema podem fazer muita diferença no diagnóstico.
Além disso, há pessoas que desejam simplesmente saciar o prazer do saber.
Comprometido com leis emissões mais severas, fabricantes de veículos adotam medidas para
reduzir as emissões evaporativas do tanque de combustível.
Eliminar a mangueira de retorno do combustível a partir do motor pode ser vista, a princípio,
como um fator de redução de custo. Entretanto o maior benefício é a diminuição da
temperatura do combustível no tanque, o qual reduz consideravelmente os gases exalados
para a atmosfera, já que muitas vezes o canister - filtro de carvão ativado - se encontra
saturado. Veja circuito abaixo.
Esta configuração facilita o cumprimento da norma de emissões evaporativas, más traz um
novo problema a tona. O fluxo de combustível no tubo distribuidor ou galeria é somente
aquele que deve ser injetado, deixando-o suscetível a ebulição e formação de bolhas de vapor.
Para evitar a formação de bolhas de vapor e consequentemente a falha no funcionamento do
motor a pressão de alimentação é elevada a níveis adequados para cada caso.
Uma análise mais profunda certamente nos indicará vantagens adicionais relacionadas ao
aumento da pressão, más estes detalhes ficam para uma nova abordagem.
Ninguém é melhor do que ninguém e todo mundo é bom em alguma coisa (desconheço o
autor desta sabia frase), contudo o mercado sofre uma grande escassez de eletricistas
competentes. Penso que a banalização desta profissão levou a isto, qualquer um "sabe"
emendar um fio ou prensar um terminal.
Prensagem de terminal inadequada, sem o uso de ferramenta: causa mau contato e defeitos
intermitentes.
Se demora é porque o profissional não conhece o trabalho, se é rápido não vale nada!
Será isto a contramedida para combater donos de carros sem consciência do custo da mão de
obra ou pura falta de profissionalismo?
Fios desprotegidos roçando nas partes metálicas: causa a queima de componentes ou parada
do carro.
Culpa dos profissionais cujo objetivo é ouvir o ronco do motor sem se importar como?
Chicote elétrico e conectores originais são responsáveis pela maioria dos defeitos no carro,
junte-se a estes aqueles provocados pelo mau profissional e teremos situações inusitadas.
Me surpreendo com oficinas usando ferro de solda machadinha de 400 W, estanho e pasta
(indicado para calheiros) para soldar fios e terminais, e pior ainda, as emendas mau feitas e
sem solda ou terminais de junção.
Não podemos esquecer as instalações de alarmes ou dispositivos contra roubo mau instalados
e de baixa qualidade.
Na minha opinião a mão de obra deve ter o preço justo e a qualidade do serviço precisa
melhorar muito.
Qual sua opinião? Você já vivenciou isto? Deixe seu comentário como profissional ou dono de
veículo.
O uso do osciloscópio vai além da simples aquisição da imagem do sinal. Existem situações em
que não basta comprovar a existência do sinal, precisamos ir mais fundo e realçar pequenos
detalhes da curva visualizada para elucidar a medição que desejamos.
Sendo mais que mero expectador e interagindo com o equipamento, melhores resultados
serão obtidos.
Enganam-se aqueles que pensam que o ajuste padrão do equipamento e uma coleção de
imagens de sinais são suficientes para obter um diagnóstico eficaz com o osciloscópio.
Solucionar problemas com osciloscópio requer mais do que isso, antes de tudo é necessário
levantar hipóteses prováveis que se relacione com sintoma apresentado no veículo. Portanto,
conhecer profundamente detalhes sobre o funcionamento do componente e sua ação dentro
do sistema é indispensável. De outra maneira não saberíamos o que está correto e tão pouco
seria possível associar diferenças causadas pela falha ou por variantes que ocorrem devido ao
ajuste do equipamento e interferências inerentes da rede elétrica do veículo.
O osciloscópio é empregado quando não há outro recurso que permita visualizar a hipótese de
defeito sugerido ou que recursos contidos tornem o diagnóstico mais fácil e eficiente.
Testar um potenciômetro com o osciloscópio, por exemplo, é mais eficiente que medir a
resistência ou a tensão do sinal, pois podem ser percebidas pequenas falhas difíceis de serem
detectadas com o multímetro.
Muitos podem argumentar que se tivesse a imagem gravada e rotulada – “Rede CAN em curto
circuito” - seria fácil identificar a falha.
Meu maior argumento é que conhecer a teoria torna possível o reconhecimento da falha.
Além disso, peculiaridades em uma falha poderiam conter diferenças que causariam dúvidas e
se sabe lá quantas imagens distintas seria possível desenhar.
Fundamentos do osciloscópio I
Com a chegada da era digital, novas funções puderam ser incorporadas, e o TRC - tubo de
raios catódicos, semelhante ao tubo de imagem de um televisor antigo, deu lugar a
equipamentos mais compactos com telas de tecnologia LCD ou LED.
Abaixo podemos visualizar as principais etapas de um osciloscópio, no qual o sinal sob teste é
tratado pelo circuito de controle antes de ser exibido na tela do monitor.
O canal vertical ou eixo Y é por onde entra o sinal a ser analisado. O ponto luminoso produzido
na tela pode mover-se para cima e para baixo (movimento vertical) segundo a intensidade do
sinal de entrada analisado.
Detalhes do sinal:
Medindo um sinal de tensão constante, por exemplo: a tensão da bateria, com o canal
horizontal desligado o osciloscópio apresentaria somente um ponto luminoso na tela . E se
esta tensão variar periodicamente poderíamos ver somente um traço vertical na tela.
Oscilação ou ciclo:
“Trigger”:
O trigger (disparo) permite escolher o momento exato para iniciar a aquisição da imagem do
sinal que se formará da esquerda para a direita da tela como uma imagem estável do sinal
analisado. É como o radar de transito, ao atender os valores ajustados fotografa a placa do
carro como uma imagem “congelada”.
No osciloscópio se formará repetidas imagens a cada nova varredura na tela, a partir do
momento em que o sinal medido cruze pelo ponto predefinido.
No eixo vertical o trigger pode ser estabelecido para a um determinado nível de tensão na
borda de subida ou descida do sinal medido, e horizontalmente em um ponto qualquer da
tela.
Fontes de trigger
Conforme o modelo de osciloscópio o trigger pode ocorrer por diferentes fontes, tais como:
fonte externa, a partir secundário/primário de um cilindro qualquer, pelo ciclo motor, outro
canal de medição do osciloscópio ou um ponto qualquer do próprio sinal.
No próximo post vamos ver os principais ajustes para visualizar a imagem do sinal no
osciloscópio.
Os leitores que acompanham os comentários do blog podem perceber que a idéia central é a
incessante busca por melhorar a desempenho da ignição seja para um carro antigo ou um
“fora de série”. Entretanto, entender certos detalhes e limitações de cada sistema é primordial
para obter os resultados esperados.
A ignição eletrônica transistorizada TSZi, fabricado pela Bosch, certamente é um dos sistemas
mais populares, ainda hoje. Com este tópico vou abordar elementos importantíssimos, tendo
como base o módulo TSZi com final 004 e bobina de ignição final KW067 da Bosch, cuja
informação é vital para o domínio de qualquer sistema de ignição.
Afirmar que a bobina de ignição alcança 28.000 V só é verdadeiro sob certas condições, pois os
valores reais em um veículo são afetados pela instalação elétrica, qualidade e o estado da
isolação dos cabos, velas, rotor e tampa do distribuidor, tensão do alternador/bateria, rotação
do motor, como verá a seguir.
No esquema elétrico acima, recomendado para este sistema, temos o transistor do módulo na
função de chave para ligar e desligar a bobina sob comando do sensor do distribuidor, e
funcionalidades do módulo. A corrente máxima que circula no enrolamento primário da
bobina é limitada pelo pré-resistor, pela queda de tensão no transistor e no chicote elétrico.
Assim a corrente circulante é suportável para a bobina, ao manter a ignição ligada com o
motor parado, já que neste sistema não está previsto o desligamento automático do transistor
sob esta condição.
Durante a partida a tensão da bateria cai cerca de até 3,5 Volts. Para que não haja prejuízo na
geração de alta tensão, com a baixa circulação de corrente no primário da bobina, um contato
auxiliar inserido na chave magnética do motor de partida (borne 15 a) faz uma ponte entre o
positivo da bateria e borne de alimentação 15 da bobina, anulando o pré-resistor. Sem este
componente o motor não “pegaria” em condições mais desfavoráveis, como por exemplo, com
baixa temperatura.
Caso não exista contato auxiliar no motor de partida, é necessário usar um relê auxiliar
comandado pela linha 50, de modo a alimentar o borne 15 da bobina com a tensão direta da
bateria.
Além disso, temos que considerar as características construtivas do módulo, cujo tempo de
conexão da bobina (duty cycle - ciclo ativo ou de trabalho) varia de acordo com a rotação do
motor, veja tabela abaixo.
Rotação motor 4 cil. (rpm) 900 1800 2700 3600 4800 6000
Em alta rotação o ciclo ativo é mais curto. Como visto em outras matérias do blog, ciclos ativos
curtos significam correntes primárias mais baixas, que por sua vez reduz o nível de alta tensão
no secundário da bobina.
Os oscilogramas abaixo ilustram o nível de alta tensão médio gerados pelo sistema TSZi com
módulo 004 x bobina 067, com carga resistiva de 1,18 MOhms no secundário e tensão de
alimentação de 11,8 V.
A tensão máxima decresce com o aumento da rotação. A duração do impulso de alta tensão é
cerca de 175 s (microssegundo).
Pulso de alta tensão com carga de resistiva. 18kV, 4940 rpm, alimentação 11,8 V
Nas medições efetuadas aqui se estima que cada Volt no primário diminua ou aumenta em
torno de 3 kV a tensão do secundário. Por exemplo, no primeiro oscilograma temos 22,3 kV a
900 rpm com tensão de alimentação de 11,8 Volts. Com uma tensão de alimentação de 13,8 V
teríamos um rendimento maior, em torno de 28,3 kV. Já durante a partida uma queda de 3,5 V
na alimentação resultaria uma perda 10,5 kV, ou seja, a bobina alcançaria cerca de 18 kV. Já
sem o auxiliar de partida isto poderia cair para 12 kV e seria insuficiente para saltar faísca na
vela, conforme o caso.
Espero que esta matéria apóie alguns comentários enviados pelos leitores, e também,
contribua para construir a base de entendimento dos sistemas de ignição.
Com alguns componentes baratos podemos construir um circuito que permite comandar
módulo de ignição indutivo com o platinado.
O circuito esquematizado abaixo tem como objetivo gerar um sinal de tensão com polaridade
negativa, no momento da abertura do platinado, para comandar o módulo indutivo.
O circuito foi testado com módulos de ignição indutivos da Bosch final 0.003/4, em jipes com
motor de 4 cilindros. O ajuste do ângulo de permanência do platinado deve ser de 45 graus/4
cil. e não há necessidade de desconectar o capacitor original do distribuidor.
O que fazer?
A dependência recíproca entre duas grandezas nada mais é do que uma função matemática, e
com alguma informação é possível obter a expressão matemática que reina sobre os
parâmetros do sensor.
Por hora vou mencionar somente a função linear, uma linha reta, a curva característica
apresentada pelos sensores de pressão absoluta usados para medir e ou regular a pressão de
combustível, pressão do óleo do motor, pressão do coletor de admissão motores ciclo Diesel e
Otto, etc.
y =a.x +b
Tomando como exemplo o sensor de alta pressão de combustível (pressão rail) em um veículo
Diesel onde se deseja aferir a tensão que entrega o sensor a 1300 bar. Sabe-se que a tensão do
sinal é de 0,5 V com pressão zero (P1) e de 1,41 V a 350 Bar (P2). Veja o gráfico abaixo:
Para U = f (P) onde P é a variável independente e U é a variável dependente.
Sendo o eixo y o da tensão e o eixo x para pressão, podemos reescrever a relação da expressão
como segue e encontrar os coeficientes a e b que reina sobre os valores para este sensor.
U=a.P + b
U = P . 0,00266 + 0,5
Esta função se aplica ainda a qualquer sensor cuja curva do sinal é linear.
Entretanto se a intimidade com esta matéria não lhe cai bem, aguarde por mais dicas a este
respeito.
Popularizada como sendo a melhor para queimar a mistura ar/combustível e gerar mais de
45.000 Volts a adaptação da bobina do gol e outras similares são comumente usada por
adeptos que desejam melhorar o desempenho do sistema de ignição de motores preparados,
antigos e jipes. Mito ou realidade?
Relatando as medições feitas com o módulo de ignição Bosch final 7 003 com a bobina 1 067,
recomendada pela Bosch, e com a bobina do gol 1 504 usualmente empregada nas
adaptações, além de embasamentos teóricos, espero esclarecer alguns questionamentos que
aflige o técnico.
Em que diferencia a bobina de ignição?
Como já comentei, alternadores modernos possuem diodos retificadores Zener que além de
cumprir a função de retificar a corrente alternada gerada, também protege os componentes
elétricos do veículo contra picos de tensão causados pelo desligamento de uma carga (load
dump).
Funcionamento do retificador:
Por falar em novidades, foi apresentado na FENATRAN – Feira Nacional de Transporte 2011 as
tendências tecnológicas da nova geração de veículos Diesel. Entre elas se destaca a nova
geração de turbo alimentadores onde a tradicional válvula de acionamento pneumático -
“wastegate” é substituída por um motor de passo.
Mais simples! Com certeza, o motor de passo atua diretamente por meio de um redutor de
engrenagens que sem dúvida aumenta o torque de acionamento, e possibilita funções de
diagnose e estratégia de funcionamento mais efetivas.
Turbocompressor de duplo estágio
Ainda nesta linha, o turbocompressor de duplo estágio é a tecnologia que promete mais
desempenho e amplas aplicações
Quem atua no setor automotivo já deve estar acostumado com as constantes mudanças
tecnológicas presentes neste setor. Visando atender a nova resolução do CONAMA, conhecida
como proconve fase 7 ou simplesmente P7, que entra em vigor a partir de janeiro de 2012,
fabricantes de veículos Diesel trazem muitas novidades para a nova geração já disponível no
mercado.
Quem visitou a FENATRAN que aconteceu no mês de outubro pp. pôde observar os novos
desafios que isto representa no âmbito das oficinas especializadas, para frotistas, motoristas e
principalmente no setor de produção e distribuição de combustível.
Para atender esta nova etapa e reduzir o NOx (óxidos nítricos) e particulados, todos os veículos
Diesel serão equipados com EGR (recirculação de gases do escapamento), SCR (Redutor
catalítico seletivo) e filtro de partículas, conforme a necessidade específica de cada
motorização.
Caminhão pesado com injeção de ARLA e sistema SCR
O tratamento com o sistema SCR funciona em conjunto com a injeção de ARLA32 (agente
redutor líquido automotivo) a base de uréia diluída em água desmineralizada.
O sistema EGR utiliza uma válvula controlada pela UCM que regula a taxa de recirculação dos
gases de escape de acordo com o regime de funcionamento do motor.
A resposta virá com o tempo, lá das oficinas, mas o fator preponderante certamente está no
uso de combustível apropriado: o Diesel com menos de 50 ppm de enxofre, como o S50 ou S10
e a manutenção adequada do veículo. No momento, o lema é obter o máximo de
conhecimento destas novas tecnologias.
Como sabemos, a adaptação lambda pode compensar desvios da mistura ar-combustível (A/F)
provocados pelos inconvenientes citados, basta consultar a adaptação aditiva e multiplicativa
para constatar falha que ainda não foi registrada na memória de erro da UCM.
Ao ler o A/F em um veículo “flex-fuel”, bem como seus parâmetros adaptativos, o técnico pode
acreditar que a leitura corresponde fielmente à proporção de mistura gasolina/álcool, porém o
que muitos ignoram é que a indicação pode ser errônea. Isto mesmo, as falhas citadas podem
levar a adaptação A/F de combustível a um valor inconsistente. Casos mais sutis sequer são
percebidos por técnicos menos atentos.
Vejam este exemplo: Ao escanear um veículo VW Gol 1000 flex com sistema ME 7.5.20 se
observa os parâmetros visto na tela abaixo:
Estado da mistura e A/F com veículo defeituoso
A primeira vista tudo está perfeito, não há reclamação do cliente, e o carro funciona
"perfeitamente". O caso é que o carro estava abastecido com gasolina, sendo assim, o
parâmetro de A/F para combustível está incorreto. Retirado uma amostra do combustível
para teste, quem é do tempo do carburador sabe como é, se adiciona 100 ml de água a 100ml
de combustível em uma proveta, agita e teremos a separação dos líquidos. Com o teor
de 70% de gasolina, concluiu-se que se tratava de uma adaptação errônea de A/F para
combustível. Fazendo a readaptação com o scanner para o A/F de gasolina, figura a seguir, o
mesmo voltava à condição anterior após o uso do carro.
Após a limpeza dos injetores e uso do veículo os parâmetros se mantiveram próximo dos
valores ideais para gasolina como mostra a tela do scanner abaixo.
Notem, com A/F de gasolina (13,2) a adaptação multiplicativa deve indicar -20%, neste caso.
Com os injetores sujos este valor caia para -9%, indicando aumento do tempo de injeção.
O que ocorre neste veículo é muito comum, independente de marca ou modelo, portanto
fique atento para não errar no diagnóstico. Outro alerta é quanto à necessidade de testar o
teor de álcool do combustível ou outra forma de trabalho que evite equívocos.
Conhecer detalhes do sistema hidráulico do CRS (sistema common rail) é muito importante
para o diagnóstico de falha relacionado à alimentação de combustível.
Uma peça chave na bomba CP3 é a válvula limitadora de baixa pressão, conhecida como
válvula cascata ou KÜV.
Na imagem temos a vista interna da válvula onde se observa alguns detalhes construtivos.
Válvula cascata (KÜV) – vista interna.
Como dizem: Uma imagem vale mais que mil palavras. Mola, êmbolo, orifícios... É fácil
perceber como a contaminação do combustível com sujeiras e água pode afetar o bom
funcionamento da válvula.
Conhecer e checar seu funcionamento é primordial. Pense nisso no seu próximo diagnóstico!
O sistema common rail usa a bomba CRS de alta pressão Bosch CP1K e a alimentação de
combustível de baixa pressão são feito pela bomba pré-alimentadora de engrenagens.
Dando ênfase ao comentário feito pela motordomundo, acrescento que o A/F mencionado é o
encontrado diretamente nas leituras do veículo Gol Flex sistema ME7.5.20, executadas com o
scanner VAG.
A/F (campo 31.3) 132.0 leia-se 13.2:1, teor de álcool E22 (campo 31.4)
A/F (campo 31.3) 90.0 leia-se 9:1, teor de álcool E100 (campo 31.4)
A/F (campo 31.3) 98 leia-se 9,8:1, teor de álcool E84 (campo 31.4)
Tomando estes parâmetros e colocando-os em um gráfico (abaixo) podemos ter uma linha de
tendência, e inclusive levantar novos pontos possíveis.
A linha do gráfico nos mostra uma variação, aparentemente, linear. Infelizmente carecemos de
literaturas neste assunto, porém podemos aprender muito com as deduções feitas nas
medições "in loco" através do equipamento de diagnóstico. Ainda que tais deduções estejam
sujeitas a equívocos, deve ser explorada com o objetivo de encontrar a resposta ideal. Seria
interessante fazer ensaios com combustível conhecido para aferir as leituras.
Ética e profissionalismo
Em primeiro lugar, peço desculpas aos leitores assíduos do blog pela ausência, a explicação é
simples: tem gente que faz jús a má fama do nosso povo.
Quando iniciei o blog, fiquei lisonjeado com os elogios feitos por muitos leitores, ao qual devo
respeito e carinho, o que me fez continuar a postar conteúdo de qualidade, sem custo e de
acesso totalmente liberal. Pena que devido à avalanche de desonestidade que prolifera na
rede, temo não poder continuar com esta jornada.
Dói muito tomar conhecimento de que horas e dias gastos para elaborar um conteúdo decente
é plagiado com dois cliques. Tudo porque gente sem capacidade, sem escrúpulos e desejosa de
obter vantagem pessoal e financeira usa este recurso vil para enganar seus leitores.
Entendo que um fórum, ante tudo, deve promover a ética e o profissionalismo, um preceito
para qualquer empresa que deseje obter êxito neste mercado competitivo.
Cabe a mim, tomar as devidas providências e isso está sendo feito, só gostaria de contar com a
compreensão dos meus leitores por este desabafo.
Se alguém puder acrescentar algo ao que já está feito ou publicar exemplos similares, eu me
calo, seria um gesto de amadurecimento profissional. Agora, simplesmente plagiar! Que
mérito há nisto? É vergonhoso, é atestar a própria falta de qualificação profissional.
Soa estranho dizer que existem diodos positivos e negativos, afinal o diodo possui apenas dois
eletrodos.
Diodo positivo e diodo negativo são denominações dadas para diferenciar as duas montagens
possíveis em seu invólucro. Assim, qualifica-se como diodo positivo àquele cuja face
semicondutora N está soldada a carcaça e diodo negativo àquele cuja face P está soldada na
carcaça, detalhe 2 e 3 da figura.
Construção do diodo
Desta maneira teremos ligações comuns no retificador do alternador, sendo a placa
positiva formada por um conjunto de diodos positivos e a placa negativa formada por outro
conjunto de diodos negativos, simplificando a construção das mesmas.
Caso haja dificuldade para identificar-los, use o teste de diodo do multímetro. Se o diodo
conduz ao conectar o positivo do multímetro no rabicho e o negativo na carcaça, se trata de
um diodo positivo.
Responder a consultas sobre o sistema de baterias auxiliares para som automotivo me fez
refletir a respeito deste tema. Como se sabe, a bateria automóvel está projetada para dar
partida no motor do veículo. Após este evento a carga é reposta pelo alternador, e a bateria
permanece inativa (em stand by) até uma nova partida.
Os sistemas de som automotivo necessitam fontes de alta capacidade de corrente para suprir
os módulos de potência, por ora incompatível com a especificação da bateria ou até mesmo do
alternador, portanto seu uso é vetado por fabricantes de veículos e baterias.
Uma breve análise do circuito comumente empregado, o relê auxiliar para isolar os sistemas -
ilustrado no esquema, nos revela a inviabilidade do seu uso.
Com o motor funcionando e o som ligado poderá haver: sobrecarga do alternador, prejuízo
para a carga das baterias e falhas nos sistemas elétricos. Imagino aqui a atuação do freio ABS
com o sistema elétrico sobrecarregado, poderia ser desastroso.
A reposição da carga da bateria que alimenta o som vai desequilibrar o sistema elétrico, pois
criará um forte desvio de corrente do sistema elétrico do carro para a carga da bateria de som.
O sistema elétrico do veículo receberá menor tensão e a carga da bateria do carro será
anormal, pois prevalece a tensão da bateria que está mais descarregada, normalmente a do
sistema de som. Isto já seria péssimo e piora nos veículos que monitoram a carga da bateria.
Como ocorre nos caminhões frigoríficos, adaptar um segundo alternador de alta potência
exclusivamente para o sistema de som, e manter o motor funcionando com um regime
adequado pode ser a solução.
O relato a seguir com a injeção Diesel common rail em um veículo Citroën Jumper 2.3l tem
como finalidade expor detalhes que possam ajudar técnicos que se dedicam a este seguimento
da manutenção veicular.
Com o duty cycle dos pulsos PWM que comanda a válvula Mprop normal, suspeitou-se de
possíveis irregularidades no fluxo de combustível através desta. Com a sua substituição o
veículo voltou a funcionar normalmente.
Neste veículo, tanto o regulador de pressão como a válvula Mprop não são encontradas
separadamente, tornando-se obrigatório a substituição do rail e da bomba de alta pressão,
cujos componentes estão integrados. Não é preciso dizer que isto encarece a manutenção, não
é! Por este motivo, frequentemente se opta pelo uso de componentes similares, o que causa,
muitas vezes, as irregularidades de funcionamento do motor.
3 – Muitas vezes é desejável medir a freqüência, integrada com a medição de duty cycle no
multímetro, porém fique atento, frequentemente as medições são errôneas devido às
interferências presentes no sinal, principalmente nos casos dos atuadores.
Consideração final:
Nem todos os componentes que trabalham com sinais pulsantes podem ser verificados com o
scanner, assim, o multímetro é usado para complementar os testes ou quando a leitura de
parâmetros é insuficiente.
Multímetro, osciloscópio e scanner, bem como a operação consciente do equipamento são
indispensáveis para um diagnóstico eficaz.
Apesar da popularidade e preço accessível, os multímetros digitais ainda causam certo temor a
muitos profissionais do setor automotivo. Sua necessidade é reconhecida, más não é comum
ver-los em uso, às vezes são guardados como último recurso. E muitas das suas funções são
frequentemente ignoradas por seus usuários.
Encontrar o modelo ideal não é tão simples, talvez seja conveniente adquirir mais de um
modelo para satisfazer todas as necessidades.
Vamos conhecer aqui como a função registro de max/min (máximo e mínimo), presente em
muitos modelos de multímetros, pode aumentar o poder de diagnóstico na tradicional
medição de tensão, corrente e resistência.
O objetivo é registrar variações de leitura esperada em uma dada ação ou constatar a sua
estabilidade, quando esta deve ser conservada.
Operar este modo de registro no multímetro é muito simples, o “segredo” mesmo é: Onde
aplicar esta modalidade de medição no veículo!
Pronto, pressione o botão max/min e comprove, a queda de tensão ficou registrada como
max.
Desta maneira a queda de tensão é retida no valor de pico, reduzindo os erros causados pela
inércia (velocidade de amostragem) no uso normal.
4 – Queda de tensão em geral como exemplificado, basta mudar as conexões para o ponto
desejado.
A ordem exata pode ser diferente, segundo o multímetro usado, em geral basta mudar para a
opção de registro após conectar e iniciar a medição. Siga as recomendações no manual do seu
equipamento.
Espero que esta dica seja de grande proveito. Oportunamente retomarei outros temas
relacionados.
A detecção de sinal para as válvulas de injeção se visualiza melhor com o cabo conectado no
positivo da bateria.
Ao tocar com a ponta de teste no potencial positivo >10 V, o LED 1 se apaga e o LED 2
permanece aceso. Com potencial negativo <1,7 V inverte o funcionamento. Com potencial sob
teste entre 1,8 e 10 Volts ambos os LED’s ficam acesos.
O LED 1 acende com a ponta de teste sob potencial positivo >7,5 V e o LED 2 com potencial
negativo <4,2 V.
Não haverá indicação com potencial de teste entre 4,3 e 7,4 V, permanecendo os LED’s
apagados.
Conclusão:
Foram usados resistores de 1 kOhm para estes testes. Os parâmetros observados dependem
dos componentes utilizados.
Notem, os circuitos possuem uma janela em que os LED’s não alteram seu estado, dando falsa
indicação de ausência de potencial no ponto de teste.
Como regra geral o técnico deve ficar atento às características destes dispositivos e a sua
aplicabilidade no sistema elétrico do veículo.
Não se esqueça que as canetas de testes injetam correntes nos componentes testados e isto
pode causar efeitos indesejados como ligar bobinas de ignição ou disparar a bolsa do air bag.
Corrente de teste de até 10 mA pode ser suportada pela maioria dos componentes testados.
Os circuitos 2 a 5 podem ser utilizados como descrito na versão 1, basta conectar os cabos de
alimentação à massa ou ao positivo, conforme o caso.
Sabe-se que a quantidade de energia transmitida à faísca da vela de ignição deve ser
suficientemente alta para queimar o combustível no interior dos cilindros do motor. Uma
bobina de ignição que forneça 45.000 Volts parece ser ideal! Más, quanta energia e quanto de
alta tensão são necessários.
A quantidade de energia armazenada na bobina deve ser suficiente para a faísca durar
(3) entre 0,6 a 1,5 milissegundos em marcha lenta. Em alta rotação este tempo é mais
reduzido. Neste momento a energia da faísca se destina à queima do combustível, por
isso é comumente chamado de tempo de queima ou simplesmente de duração da
faísca.
Sem energia a tensão permanece próxima de zero até iniciar uma nova carga na
bobina (5). O período (2) corresponde ao tempo de carga ou ângulo de permanência.
Abertura do eletrodo da vela acima de 0,8 mm ou desgastado, com perfis arredondados
aumentará a necessidade de alta tensão (1) para saltar a faísca, elevará tensão de combustão
(4) e consequentemente consumirá mais energia da bobina, reduzindo o tempo de queima (3).
Em condições extremas, aceleração brusca, partida a frio e alta rotação, darão lugar a: falta de
potência no motor, falhas ao acelerar, dificuldade para pegar, que refletirão no consumo de
combustível, emissões poluentes e danos na isolação de cabos de ignição, tampa, rotor, e
bobina.
O excesso de resistência dos cabos de ignição, vela e rotor do distribuidor aumenta a tensão
de combustão (4) e diminui o tempo de duração da faísca (3).
Agora podemos refletir sobre energia e alta tensão. Por que usar uma bobina de 45.000 Volts?
A primeira coisa em que pensar é: 45.000 Volts com carga ou em vazio? Veja na figura acima
que a bobina pode gerar 36.000 V supostamente com pouca fuga de corrente (entenda-se
carga) no sistema. Como mencionado este valor pode cair para 26.000 V se houvesse fuga
através do cabo de ignição que estivesse sujo, molhado, com baixa isolação, vela carbonizada,
com fuga no isolador, etc.
Esta mesma bobina na bancada pode perfeitamente saltar 16 mm em um centelhador dor ao
ar livre, como na foto, supostamente gerando em torno de 40.000 Volts.
Isto quer dizer que podemos obter infinitas tensões na bobina de ignição, simplesmente
variando o parâmetro de carga, tensão de alimentação, temperatura de trabalho, freqüência
(número de faíscas por minuto). Somente uma especificação inequívoca nos dará a certeza que
uma determinada bobina pode ser mais potente que outra. Além disso, a física é o limite, é
impossível ir além dos seus preceitos.
Não se justifica um aumento de alta tensão com a finalidade de compensar uma deficiência na
conservação do motor e seus sistemas.
Nos motores de alta rotação com seis cilindros ou mais, com distribuidor, a disponibilidade de
tempo para armazenar energia na bobina é escassa, exigindo um sistema de ignição bastante
eficiente, sem, entretanto extrapolar o limite de 30 kV.
No sistema flex fuel, por exemplo, aperfeiçoamentos permitiram manter os níveis atuais de
demanda de alta tensão no motor.
Há ainda quem queira abrir mais os eletrodos da vela com o intuito de “melhorar” a queima, o
que certamente requererá um aumento de alta tensão e mais energia da bobina de ignição.
Más, será que é realmente necessário?
Com a finalidade de melhorar a eficiência energética no carro muitos veículos contam com um
sistema de gerenciamento da carga do alternador. Isto possibilita a aplicação de um alternador
menor e mais leve, perfeitamente ajustado aos consumidores elétricos e voltado para evitar a
descarga da bateria.
O sistema consiste em aumentar a rotação de marcha lenta e/ou desligar consumidores menos
importantes, como aquecedores do vidro, espelhos, ar condicionado, etc. para restabelecer a
capacidade geradora do alternador.
A unidade de comando do motor aumenta a rotação de marcha lenta se a tensão cair abaixo
de 12,7 Volts, aumentando assim a capacidade geradora do alternador. Se cair abaixo de 12,2
V, a unidade de comando central de bordo realiza um desligamento seqüencial de
consumidores, até restabelecer a capacidade de geração. Conforme referência VW aplicação
veículo Pólo.
Nesta segunda opção, é possível ler via scanner conectado na UCM, a carga do alternador em
Amperes e inclusive obter diagnóstico de falhas do rotor, conforme constatado no VW Golf
motor AZH/AZJ.
Para testar o sinal DFM do alternador na bancada, insira um resistor de 10 kOhm entre o
terminal DFM e o positivo da bateria. O teste pode ser feito com o osciloscópio ou multímetro
automotivo selecionado para duty cycle.
Conclusão:
O sistema do primeiro caso é mais flexível à substituição do alternador sem levar em conta sua
potência.
Já o outro requer uma adaptação no sistema eletrônico para mudar a potência do alternador,
caso contrario teremos controles inadequados e indicação errônea da sua capacidade.
Nada é mais incômodo que uma bateria descarregada durante um diagnóstico, não é?
Pensem naqueles casos em que a bateria defeituosa ou com carga baixa bloqueia o
imobilizador ao dar partida e o motor não pega. E, quando necessitamos manter a ignição
ligada por longo tempo ao testar o circuito e dar partidas várias vezes.
Frequentemente ouço comentários sobre explosão ao manusear bateria, ligar uma bateria
auxiliar de partida (chupeta), queima de componentes eletrônicos ao dar partida com
carregadores rápidos conectado, bateria danificada durante o trabalho.
Uma sugestão para evitar tais problemas e ainda causar uma boa impressão ao cliente é o uso
do auxiliar de partida. Apesar de conter uma bateria, está protegido contra golpes e
curtocircuitos acidentais, possui carregador interno e podem poupar a bateria do veículo
testado durante todo o processo de diagnóstico, teste e instalação de som ou ainda serem
usados como auxiliar de partida, para iluminação, e outras finalidades.
Geralmente a UCM não pode detectar se a incoerência do sinal reside nas partes interna ou
externa do sensor ou atuador. Sabemos ainda, que muitos defeitos elétricos sequer são
detectados pela UCM.
Casos a parte, o corpo de borboleta dos sistemas de acelerador eletrônico ( Drive by Wire),
conhecido também como E-GAS, por razões de segurança possui um autodiagnóstico bem
mais preciso. Naturalmente, exceto a necessidade de testar os conectores e o chicote elétrico,
podemos considerar o mesmo devidamente testado pela UCM.
A logística usada pela UCM se resume em uma operação matemática, deve-se obter como
resultado o valor da tensão de alimentação ao somar a tensão dos sinais fornecidos pelos
potenciômetros, veja foto.
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A escassez dos recursos naturais tornou iminente a busca por novas tecnologias.
A busca pela eficiência energética, pauta atualmente obrigatória em todos os segmentos da
sociedade, deverá agregar novos conceitos à manutenção de máquinas e motores, não basta
fazer-los funcionar. Deve ser levado em conta o impacto causado ao meio ambiente, a
qualidade no uso dos recursos energéticos e os custos incidentes em produtos e serviços.
Eficiência energética ou uso racional da energia consiste em fornecer menos energia para
realizar o mesmo trabalho.
Há anos fala-se dos novos alternadores de 24 Volts, mais potentes, para suprir a crescente
demanda de energia no carro, o alternador e motor de partida conjugado; projetos não faltam.
Más quando chegará esta tecnologia? Uma coisa é certa, em algum momento será necessário
um alternador mais potente, por hora basta buscar a eficiência energética, até porque é mais
viável no momento.
Faltaria aqui espaço e tempo para citar quão grande são os avanços nesta área, e ainda mais as
possibilidades a serem exploradas.
No regulador F 00M 145 256 a freqüência do sinal equivale a RPM (motor)/10 e a tensão de
pico é de aproximadamente 2 Volts abaixo da tensão gerada pelo alternador. Consulte o
manual de testes do veículo para maiores detalhes.
São muitas as consultas e comentários sobre bobinas de ignição esquentando. Tanto que
resolvi abordar novamente este assunto sob uma nova face, agregando mais detalhes, más
sem aprofundar em conceitos técnicos carregados.
Quando penso no funcionamento da bobina de ignição, imagino um dragster numa prova de
arrancada, muito potente, más se o piloto não tirar o pé “frita” o motor.
O módulo é projetado para colocar a corrente necessária com a qual a bobina é capaz de gerar
a alta tensão e produzir uma faísca potente na vela de ignição, más o tempo que ela fica ligada
é vital para prevenir o superaquecimento.
A resistência ôhmica dos enrolamentos de uma bobina é um dos fatores que geram perdas de
potência na bobina, parte da energia que não é aproveitada na faísca. Pior ainda, esta energia
será convertida em calor, ou seja aquecimento para a bobina.
Sob o ponto de vista da manutenção, talvez o mais crítico em uma bobina de ignição é lado do
primário, pois é onde podemos influenciar o seu funcionamento através de regulagens na
ignição ou pela aplicação de módulos e bobinas. De certa forma somos responsáveis pelo bom
funcionamento da bobina.
A análise a seguir pode ajudar a entender como se desenvolve o aquecimento em uma bobina
e dar subsídios para uma manutenção consciente, vejamos:
Segundo a lei de Ohm, podemos calculara a corrente e a potência que ela deverá dissipar:
I = U/R = 12/0,6 = 20 A
U = Tensão em Volt
R = Resistência em Ohm
I = Corrente em Amperes
Sabemos em média a corrente das bobinas são limitadas a 6 Amperes. Façamos então a
analise com este valor, digamos que 6 A sejam suficiente para gerar a alta tensão e a energia
na faísca, e colocamos um módulo de ignição que limite exatamente este valor de corrente.
Até ai parece perfeito, entretanto se não houvesse o corte de corrente quando a chave de
ignição permanecesse ligada com o motor parado, a potência dissipada em forma de calor no
primário seria:
Embora isso represente 9 % do valor inicial, a potência é suficiente, caso não se dissipe o calor
gerado, para elevar a temperatura a níveis que causaria a queima da bobina, é somente uma
questão de tempo.
Em funcionamento normal a bobina trabalha com pulsos que medimos com a grandeza que
chamamos de ângulo de permanência ou duty cycle. Em outras palavras, se o ângulo de
permanência é de 5 ms, então podemos afirmar que somente neste intervalo de tempo haverá
conversão de energia em calor.
Para determinar esta quantidade de energia, tomamos como exemplo um motor de 4 cil com
distribuidor de ignição.
A 1000 rpm cada ciclo da bobina dura 30 ms. Com a permanência ou tempo que a bobina fica
ligada de 5 ms, teremos:
Permanência % = t / T x 100
Permanência = 5 / 30 x 100 = 17 %
t = permanência em milissegundos
T = período
Se a corrente fosse de 6 A durante todo este intervalo de tempo, a potência aquecedora seria
algo como 17 % do valor total.
P = R x I² x 17/100
50 % de 3,7 W = 1,9 W.
A 4000 rpm, por exemplo, a duração de cada ciclo da bobina será de 7,5 ms, portanto a bobina
ficará ligada 67 % do tempo, vejam o cálculo abaixo:
Permanência % = t / T x 100
P = R x I² x 67/100
Como foi visto, a perda de potência, aquela que irá gerar calor na bobina, tem uma relação
estreita com a resistência, com a corrente e o ângulo de permanência, elementos que podem
ser facilmente influenciado pelo técnico, através da regulagem do ângulo de permanência,
pelo uso de bobinas ou módulos de ignição incompatíveis, tensão de alimentação da bobina ou
pela alteração do pré-resitor.
Entretanto, não se esqueça de considerar outros elementos que também contribui para o
aumento da temperatura na bobina, como perdas devido à resistência do enrolamento
secundário, curto circuitos no enrolamento da bobina, calor ambiente no local de montagem,
da capacidade de dissipação de calor pela bobina.
Veículo Mercedes Benz Sprinter 311 CDi , sistema de injeção common rail
Defeito: Motor não pega. Grava erros de sensor de rotação e fase (sensor no eixo de comando
de válvulas do motor).
Revisado os sensores de fase e rotação, faltava tensão de alimentação para o sensor de fase.
Feito continuidade da fiação constatou-se interrupção no chicote, porém após correção a falha
passou a ser intermitente com paradas repentinas do motor e dificuldade para pegar. Os erros
persistiram e a alimentação do sensor de fase, às vezes, era ausente. Ao mover o chicote
próximo ao conector da UCM tanto normalizava quanto causava a parada do motor, se em
funcionamento.
Solução: Corrigir mau contato dos terminais referentes aos sensores de fase e rotação no
conector da UCM que estavam frouxos, provavelmente por uso de ponta de teste inadequada.
Comentário: O técnico cuidadoso pode adquirir ou mesmo construir pontas de testes com
terminais iguais aos dos conectores originais, pois além de facilitar o trabalho, evita prejuízos
para o chicote do veículo.
Defeito: Quando funciona, o motor trabalha uns 5 minutos, morre e não pega mais. Lâmpada
da injeção fica apagada com a chave de ignição ligada.
O controlador (UCM) do sistema de injeção common rail tem como objetivo controlar o tempo
de injeção e a pressão do combustível injetado no motor.
Resíduos provenientes do tanque, filtro ou tubulações, oxidações pela presença de água, entre
outros frequentemente causam o travamento ou dificultam o movimento do êmbolo da
válvula reguladora de pressão Mprop, obstruem os orifícios da válvula DRV. A conseqüência é
uma pressão muita baixa ou muito elevada no rail, resultando na parada do motor ou
funcionamento com a potência reduzida.
O excesso de pressão pode ainda danificar o sensor de pressão do rail tornando-o impreciso
sob certos regimes, o que ocasionalmente leva a sua substituição juntamente com a válvula
reguladora.
O diagnóstico da UCM geralmente registra erros referenciados à baixa ou alta pressão do rail
ou sensor de pressão defeituoso, entretanto o técnico deve fazer uma avaliação cuidadosa,
pois outras falhas tais como: falta de combustível no tanque, filtro de combustível entupido,
defeitos da bomba de alta ou de baixa pressão, retorno nos injetores, pode gravar o mesmo
erro.
Contagiros I
Para medir a rotação do motor de ciclo Otto carburado ou injetado com distribuidor,
geralmente se retira o sinal de referência do borne 1 (-) da bobina de ignição, nos carros
injetados com bobinas dupla faísca ou individual é mais comum usar o sinal digitalizado
fornecido pela UCM e nos carros com motor ciclo Diesel com bombas injetoras se conecta ao
W do alternador.
4 cilindros 2
6 cilindros 3
8 cilindros 4
Se a pressão medida for maior que a pressão atmosférica, a diferença é conhecida como
pressão manométrica ou relativa e se inferior à atmosférica é comumente denominada de
vácuo.
A pressão atmosférica depende da altitude do local
A pressão relativa, medida pelos manômetros de ponteiro, pode ser definida como sendo a
pressão que se acrescenta à pressão atmosférica existente, enquanto que o vácuo será
o valor decrementado.
Em termos práticos:
Resultado: A pressão absoluta no coletor é 240 mmHg ou ~32 kPa ou 320 mbar.
Um dispositivo simples e barato é a caneta de teste de polaridade, bastante utilizada por sua
praticidade nas verificações de presença de tensão e pulsos em componentes do sistema
elétrico e de injeção.
Com ela o técnico pode detectar fusíveis queimados, interrupções no chicote, polaridade da
tensão, e presença de tensão em relês, componentes eletrônicos, lâmpadas de iluminação,
etc.
Porém, como em qualquer equipamento o técnico deve conhecer muito bem as características
deste dispositivo e também as do sistema elétrico do veículo, assim se consegue maior
produtividade sem causar danos aos componentes do veículo.
Testei dois dispositivos, um com dois LED’s não alimentado e outro de três LED’s com
alimentação polarizada.
O dispositivo de dois LED’s pode detectar tensões positivas e negativas e o LED acende com
tensões superiores a +/- 2 Volts. No teste de pulsos esta caneta não se mostrou eficiente para
detectar pulsos na válvula de injeção, em marcha lenta o LED não pisca.
A vantagem fica por conta da simplicidade por não necessitar alimentação, o único cabo
ligação é conectado em um ponto massa (negativo da bateria) qualquer do chassi.
A caneta de três LED’s, um para indicar tensão de alimentação para a caneta e outros dois para
indicar polaridade, necessita alimentação da bateria e, portanto, os cabos devem ter um
comprimento razoável para maior mobilidade.
Os LED’s indicadores de polaridades ficam apagados com a ponta de teste isolada. O LED
indicador de polaridade positiva acende com potenciais acima de 7 Volts e o indicador de
polaridade negativa acende com potenciais abaixo de 5 Volts. Notem, ai existe uma janela em
que os LED’s não acendem com tensões entre 5 e 7 volts, levando à falsa indicação de que não
existe potencial no ponto de teste.
Como regra geral o técnico deve ficar atento às características destes dispositivos e a sua
aplicabilidade no sistema elétrico do veículo.
Não se esqueça que as canetas de testes injetam correntes nos componentes testados e isto
pode causar efeitos indesejados como ligar bobinas de ignição ou disparar a bolsa do air bag.
Não se deve usar, também, na detecção de pulsos nos injetores de alta pressão do common
rail, PLD, da injeção direta de gasolina, pois nestes componentes se desenvolvem tensões
superiores a 60 Volts.
Se você possui, vai adquirir ou construir uma caneta de teste, fique atento aos diferentes
circuitos existentes para este dispositivo e principalmente, use somente nos pontos em que
tenha pleno conhecimento dos resultados a serem obtidos.
Se o tamanho padronizado dos reguladores de tensão multifunção traz vantagens, por outro
lado, também facilita aplicações indevidas.
É que na hora de substituir-lo, frente às dificuldades de encontrar o regulador recomendado
para o alternador ou mesmo por questão de custo, o aplicador, contrariando as restrições
técnicas do fabricante, acaba usando uma peça parecida com funções diferentes da original.
Para maior compreensão vou citar um caso recente que tive conhecimento, o técnico montou
um regulador parecido (como o da foto), porém com a referência F 00M 145 257, em um
veículo MBB – Sprinter 311 CDI, cuja peça original é o F 00M 145 248.
Numero de pedido: original F 00M 145 248 – peça de reposição F 00M 145 358
Tabela comparativa:
na carcaça
- LRF
- LRF
LRS - (Load Response Start) Resposta de carga na partida. Atrasa o fornecimento de corrente
ao iniciar a geração.
Conseqüência: O uso do regulador citado fixa uma temperatura mais alta expondo o
alternador a uma sobrecarga térmica.
2 - Embora ambos tenham as funções LRS e LRF não se sabe qual é o parâmetro de tempo
inserido nestes controles, porém pela distinção do modelo é possível que sejam diferentes,
assim como outros detalhes técnicos.
A seguir temos uma lista dos elementos que devem ser investigados.
Afetados pela carbonização, óleo proveniente do blow by, poeira ou danos no componente,
afeta a medição da carga do motor e consequentemente a mistura ar/combustível.
Lembre-se, o sinal da sonda é influenciado por outras falhas como: entrada falsa de ar no
coletor de escape ou admissão, mau contato nos conectores, aquecimento da sonda, condição
geral do sistema e motor. Portanto, faça uma avaliação geral antes de substituir a sonda.
O tempo de injeção pode aumentar drasticamente por uma falha de contato ou tolerância
inadequada na resistência do componente, porém leve em conta também as deficiências do
sistema de arrefecimento.
Retire a mangueira da câmara de vácuo do regulador, não pode haver vestígio de combustível
aí.
9 – Falha de ignição.
Vela, bobina, cabo de ignição defeituosos também provocam adaptação irregular da mistura.
10 – Defeito do motor.
Um exame das velas e do vácuo no coletor dará uma impressão geral sobre as condições de
funcionamento do motor, porém não deixe de verificar a compressão e vazamento de cilindro,
correia dentada, sistema de arrefecimento do motor.
12 - Qualidade de combustível.
E o mais importante de tudo! Todas as vezes que ocorrerem defeitos como estes o
combustível não queimado acumula no óleo do cárter, e se vaporiza ao aquecer o motor.
Aspirados através da mangueira de respiro, conhecida como blow by, em excesso enriquece a
mistura e faz o motor falhar. Neste caso é conveniente desconectar a mangueira do blow by
no coletor (não se esqueça de colocar um tampão no orifício deixado no coletor) durante o
diagnóstico e após eliminar a falha troque o óleo do motor.
A injeção Diesel common rail já é uma modalidade de serviço que está cada vez mais presente
nos centros automotivos, antes exclusivos para serviço na linha de motor Otto. Sob o ponto de
vista da eletrônica estes profissionais têm know-how de sobra para fazer os diagnósticos da
parte eletrônica, entretanto em relação as nuances do sistema de combustível, os bombistas
(profissionais que reparam bombas injetoras) levam vantagens.
Vejamos alguns casos:
Suzuki Grand Vitara Cri, acende a lâmpada da injeção, códigos: sensor de pressão do rail,
válvula reguladora de pressão, não acelera a mais de 3 000 rpm, normaliza após apagar os
códigos.
Outra questão é a estratégia diferenciada nestes veículos, atípica para os sistemas de injeção
de gasolina.
Falhas como estas são causadas por defeitos em um ou mais dos seguintes
componentes: interruptor do freio de serviço ou estacionamento, interruptor da
embreagem, lâmpada de freio queimada, baixo nível de água, alta temperatura no motor,
nível/qualidade do óleo lubrificante. A estratégia adotada no sistema Diesel eletrônico, como
medidada de segurança, impedem a aceleração normal do motor. Além disso algumas falhas
podem bloquear, inclusive, o motor de partida.
Espero que estas dicas contribuam para que os técnicos interessados em atuar nesta área
possam avaliar o potencial da sua oficina para agregar esta modalidade de serviço.
Em uma ligação estrela a extremidade final de cada um dos enrolamentos são unidas, e na
ligação triângulo são fechadas aos pares, final de um enrolamento com o início do seguinte.
As conexões eram soldadas no próprio estator como ilustrado na foto acima. Com o advento
dos alternadores compactos a Bosch passou a realizar estas conexões no conjunto retificador
através de pontes de fio entre os terminais que ancoram as pontas do estator. Outra novidade
foi a padronização de tamanho do conjunto retificador, segundo o tipo de alternador.
Estas medidas trouxeram algumas complicações, pois as pontes que formam a ligação estrela
(X, Y, Z) ou triângulo (UZ, XV, YW) são fundidas na base que suporta os componentes,
tornando-se impossível o seu reconhecimento visual, veja a figura anterior.
Portanto para evitar enganos danosos ao alternador, use somente componentes indicados nos
catálogos dos fabricantes e em caso de dúvida faça a continuidade entre os terminais do
retificador comparando-o com a peça original.
Quem teve a oportunidade de visitar o salão do automóvel de S. Paulo certamente já tem mais
um item para sua lista de sonhos. Tão atraente quanto a variedades de opções é o futuro dos
carros, aí o show de tecnologia fica por conta dos carros híbridos e elétricos.
Como sabemos a injeção direta, o sistema start/stop da Bosch, entre outras tem como
finalidade principal reduzir as emissões de CO2.
O carro elétrico por sua vez é a promessa do carro limpo, zero emissão, a total independência
do petróleo. Parece perfeito, até refletirmos sobre a origem das fontes geradoras de
eletricidade, também poluentes, pois grande parte delas ainda depende do petróleo, gás,
carvão, etc.
Além disso, vivemos sob ameaça constante de um apagão em nosso país devido ao crescente
aumento da demanda por eletricidade. Teria o carro elétrico um espaço nesta disputa? As
plantas geradoras serão, um dia, totalmente limpas? E os impactos ambientais criados pelas
hidroelétricas e usinas nucleares. Será este um mal menor? E a energia solar ou eólica, será o
elo que falta nesta cadeia?
Autonomia das baterias, torque, velocidade, e o tempo de recarga são dificuldades a serem
assimiladas.
Talvez o carro híbrido, com seus motores de combustão e elétrico seja mais promissor no
momento, apesar de não zerar as emissões de gases poluentes. O motor elétrico é a propulsão
até uns 60 km/h e acima desta velocidade predomina o motor de combustão. Possível
vantagem, esgotado a bateria ou se há necessidade de mais torque, ainda temos o motor de
combustão, menor risco de parada por falta de energia e maior flexibilidade na hora de
recarregar a bateria.
Reciclar a energia com o uso de freios regenerativo que armazena a energia gerada em
frenagens eletrodinâmicas aumenta a autonomia em qualquer caso.
O uso de células solares que aproveitam a energia solar para carregar as baterias também é
um aliado importante neste seguimento.
Enfim, carros elétricos e híbridos já são realidades nas ruas, uma jogada de marketing ou
apenas os primeiros passos na corrida por uma tecnologia ideal?
Pertencente ao grupo dos termistores, o NTC é um semicondutor que tem sua resistência
alterada pela temperatura. No NTC (negative temperatur coeficient) a resistência diminui com
o aumento da temperatura.
Devido a sua alta sensibilidade, resposta rápida e a baixa influencia dos fios de conexão são
amplamente usados nos automóveis para a medição de temperatura, tais como a do ar
admitido, ambiente, do motor, cambio, combustível e do gás de escape.
A curva característica pode ser determinada pela fórmula matemática abaixo, desde que se
conheça o fator constante (B) determinado na fabricação e o valor de resistência Ro a
temperatura To especificada.
RT = Ro . e (B/T- B/To)
RT - resistência para uma outra temperatura T.
Outra maneira é usar dois valores de resistências e temperaturas conhecidos para gerar uma
curva de tendência e a sua equação através do Excel e assim determinar outros pontos da
curva.
O circuito típico usado é um divisor de tensão formado pela resistência interna a UCE (Ri) e o
NTC.
O sinal de tensão (Vs) sobre o NTC é convertido em um sinal digital em (A/D) e processado com
base na tabela do sensor, gravado na UCE, para estabelecer a temperatura em questão.
Teste do sensor:
Ao testar o circuito, eu particularmente prefiro medir a queda de tensão, pois assim pode ser
testado o sensor e suas conexões de uma só vez. Caso haja divergência, aí sim fazer medições
isoladas no sensor, circuito ou UCE, a fim de encontrar a origem da falha.
Defeitos:
Interrupção, falhas intermitentes provocadas por mau contato nas ligações internas do sensor
ou externas (conectores) é comum. O mau contato geralmente grava erro como passado ou
intermitente, portanto execute os procedimentos adequados para identificar-los.
Menos comum, porém acontece, são os erros ao substituir o componente por sensor simples
em lugar de duplo ou vice versa, uso de sensores de tolerância ou resistência diferentes. As
conseqüências são afogamentos, misturas ricas ou pobres, adaptação lambda excessiva.
Conforme a falha, os erros gravados nem sempre acusa o sensor de temperatura.
Afetado pela força da mola de retorno ou atrito no eixo da paleta sensora, a precisão do
medidor somente pode ser comprovada com o conhecimento do volume de ar que o atravessa
e a sua respectiva curva característica.
Pelos argumentos citados é fácil perceber que o teste completo do medidor é inviável nas
oficinas reparadoras, tanto que a troca da peça suspeita acaba sendo o último recurso
disponível.
Contudo são recomendáveis os testes básicos a fim de minimizar trocas empíricas, reduzir
custos e aumentar a eficiência.
A seguir alguns testes com multímetro e osciloscópio feitos no medidor ...2 130:
2 - Tensão do sinal, borne 2 e 4: 0,25 a 4,6 V com tensão de alimentação de 5 V entre borne 3
(+) e 4 (-). Mover a paleta sensora até o batente.
4 - Sinal livre de interrupções e ruídos elétricos, como no teste 2, porém verificado com o
osciloscópio.
Os testes são similares para todos os medidores de fluxo dos sistemas Motronic da Bosch,
observando-se apenas as conexões referentes ao NTC que se conecta ao pino 5 em alguns
modelos e a existência do potenciômetro de CO, geralmente conectado ao pino 1.
Novas e velhas tecnologias são dois extremos que fascinam muitos entusiastas por carros.
Visitar uma feira de carros antigos é viajar ao passado, admirar aquilo que um dia também foi
moderno, é sentir que tão veloz quanto os automóveis foram suas transformações.
Uma esticada até Águas de S. Pedro - SP, onde se realizou o XII encontro nacional de carros
antigos, entre tantas curiosidades, destaco o distribuidor deste Ford por seu incrível tamanho.
E pensar que nos dias de hoje este componente e também os cabos de ignição foram extintos,
graças à eletrônica digital.
Também não falta quem quer dar uma cara nova para aquele antigo motor, e ai vamos
encontrar Opala, Maverick, Dodge Polara convertidos para injeção eletrônica, com
alternadores da ultima geração.
Alguns fazem questão de manter a originalidade, outros nem tanto, preferem vê-los reluzentes
com os requintes que sequer houve na sua época.
Uma mistura que desafia qualquer um a separar o novo do antigo, o adaptado do original, más
uma coisa é certa: é um registro de quanto rápido se deve correr para estar em dia com a
tecnologia, agora na velocidade dos bits e bytes.
A troca do componente é a prática mais comum para tirar a dúvida quanto ao estado de
funcionamento do regulador de tensão.
Em certos casos, como aqueles em que o acesso ao componente é restrito ou não se dispõe de
um alternador para realizar o teste, sua comprovação isolada é aconselhável.
Com uma fonte de tensão regulável e uma lâmpada com potencia máxima de 10 W pode ser
testado vários modelos de reguladores eletrônicos Bosch, Delco, Nippon, Denso e outros
similares.
Temos como principio a propriedade do regulador em desligar o campo (rotor) ao atingir sua
tensão de regulagem, isto é, um regulador do sistema de 12 V vai interromper a corrente do
campo com tensão entre 13,5 e 15 V. Abaixo desta tensão o regulador manterá em estado de
condução, alimentado o rotor.
A avaliação do resultado é bem simples, se a lâmpada não acende com tensão abaixo do limiar
de regulagem significa que o regulador está interrompido.
Se a lâmpada não apaga com tensão acima de 15 V significa que o regulador está em curto
circuito. Também estará defeituoso o regulador cuja lâmpada apaga com tensão abaixo ou
acima da tolerância referenciada para o mesmo.
Para testar o regulador de 24 V basta usar uma lâmpada de 24 V e obviamente uma fonte que
possa alcançar pelo menos 30 V.
Com mais esta matéria o leitor pode avaliar a importância que tem uma fonte de tensão e
corrente regulável na oficina, pois além de alimentar é possível testar muitos componentes
com esta.
Muitas vezes não basta reparar um alternador queimado, para evitar que se repita o problema
é necessário encontrar o porquê da sua queima.
Estator queimado por problemas mecânicos
Para encontrar e corrigir o que causa a queima do alternador leve em consideração os detalhes
que seguem.
Baterias defeituosas são incapazes de absorver carga. A alta corrente solicitada por
elas torna indisponível o seu uso para outros consumidores. Como conseqüência o
alternador está sempre com carga máxima que associado à baixa rotação acaba
queimando.
Uso inadequado da bateria com o motor parado. A descarga acentuada da bateria com
o uso contínuo de aparelhos de som, faróis, etc. com o carro desligado e o excesso de
corrente de fuga submete o alternador a cargas altas e prolongadas ao funcionar o
motor, podendo até causar a sua queima.
Um desafio ou uma tremenda dor de cabeça? Uma coisa é certa, causa muita
insatisfação aos técnicos que precisam ser producentes e aos clientes que acabam
abalados na sua confiança com a reincidência do problema.
O que se deve fazer diante desta situação? Não existe uma fórmula mágica, o jeito
mesmo é criar um roteiro e seguir-lo passo a passo.
Converse com cliente, faça perguntas sobre como e quando se manifesta, quando
começou, com que freqüência acontece.
Com base nas informações tente reproduzir a falha ou proceda com uma prova
pertinente.
Antes de ocorrer falência total, a corrosão elétrica dos contatos de chaves e relês
costumam falhar de forma intermitente. O mesmo ocorre com peças rotativas que
possuem escovas de carvão e coletores, como: motores, geradores, potenciômetros e
alguns atuadores. Neste caso, o diagnostico pode ser realizado com voltímetro,
amperímetro ou osciloscópio.
Fugas de alta tensão. Como sempre, a isolação do circuito de alta tensão deve ser
perfeita, porém os sistemas com bobinas de dupla faísca são mais acometidos por
fugas internas nas bobinas. As falhas ocorrem com o motor frio ou sob carga, e se
nota mais quando a vela está desgastada ou a separação dos eletrodos é muito
grande. Ocorre também por falhas na isolação da bobina.
Embora estas falhas sejam tão comuns para muitos, assim como a sua solução,
sempre nos deparamos com aqueles casos raros que nos obrigam a seguir todos os
preceitos teóricos como forma de abreviar o diagnóstico ou mesmo ser eficaz na sua
resolução.
Para melhorar o rendimento, sobretudo em altas rotações, são usados bobinas de baixa
indutância primária que fornecem altas correntes com menores tempos de conexão. A sua
combinação com módulos eletrônicos adequados permitem estabelecer a corrente exata de
desligamento.
A tabela abaixo mostra o tempo entre duas faíscas consecutivas com base na rotação, número
de cilindros do motor e o sistema de ignição em uso.
Tempo entre duas faíscas consecutivas por bobina, motor 4 cil./6000 rpm
5 ms 10 ms 20 ms
Somente parte deste tempo, imposto pelo ângulo de permanência, é designado para fazer
circular a corrente pelo primário.
Veja a seguir algumas características dos módulos de ignição adaptados com suas respectivas
bobinas.
Com resistência primária entre 0,7 a 1,0 Ohms, as bobinas têm indutâncias médias e trabalham
com correntes de 5 a 6 A.
A disponibilidade de alta tensão é plena durante a partida e até cerca de 4000 rpm, assegurada
pela corrente primária que se mantém constante.
Acima desta rotação, em sistema com distribuidor de ignição, à queda da corrente primária
imposta pela limitação do ângulo de permanência e consequentemente a diminuição do
tempo de carga, reduz a disponibilidade de alta tensão.
Nos sistemas com bobinas de dupla faísca ou individual por cilindro podem disponibilizar uma
tensão secundária com capacidade máxima em todos os regimes de rotação do motor.
Conclusão:
Com o analisador de gases se confirma o mau funcionamento do motor ou dos seus sistemas
anexos, más encontrar a raiz do problema requer experiência e bons conhecimentos.
Vamos discorrer aqui alguns pontos relacionados ao motor e seus sistemas que contribui para
a emissão anormal dos gases de escape.
CO – Monóxido de carbono
Produzido pela combustão incompleta. Tem seu volume aumentado com a mistura rica, baixa
potencia da faísca, baixa compressão do motor, abertura das velas inadequada, baixa
compressão do motor, temperatura do motor insuficiente, deficiência do catalisador,
regulação da mistura.
HC – Hidrocarbonetos
É a fração de combustível não queimado que aparece no gás de escape após a combustão. O
seu excesso está relacionado à má combustão, e os principais elementos responsáveis pela sua
formação são: mistura muito rica ou muito pobre, falha de ignição, avanço de ignição
inadequado, baixa compressão do motor, deficiência do catalisador.
Alguns dos tópicos mencionados abrangem outras variantes que por sua vez serão diferentes
segundo o sistema ou modos de funcionamentos, por exemplo:
A falha de uma vela em um dado sistema pode aumentar o nível de HC e O2. Porém
naqueles sistemas onde se cancela o injetor ao reconhecer tal falha se notaria
somente excesso de O2.
Vejam, com o analisador se detecta a anormalidade, porém seria cômodo possuir outros
equipamentos para se comprovar as suspeitas levantadas.
Nos sistemas de injeção de alta pressão, Diesel (common rail – CRI) e gasolina direta (GDI), o
acionamento das válvulas injetoras se desenvolve da seguinte maneira: na etapa final de
controle o capacitor é carregado com uma tensão de 80 a 100 V e descarregado, no momento
da injeção pelo fechamento de uma chave eletrônica, através da bobina dos injetores.
Estranho, não! Nem tanto, se baseia no mesmo principio usado no flash das máquinas
fotográficas ou da ignição de descarga capacitiva.
Uma unidade geradora localizada na UCM transforma a tensão da bateria em tensão contínua
mais alta e carrega o capacitor. No momento da injeção a descarga do capacitor gera um
impulso elevado de corrente na bobina do injetor, conferindo-lhe uma comutação rápida e
efetiva de abertura. Seguido a este impulso breve se aplica corrente regulada para manter o
injetor aberto enquanto durar o tempo de injeção.
O capacitor e a bobina do injetor formam um circuito oscilante, portanto ao usar o
osciloscópio para verificar a tensão se nota picos positivos e negativos em torno de 100 V nos
terminais dos injetores, comprovando-se o correto funcionamento da unidade geradora de
carga.
Respondendo a inúmeras consultas sobre este tema, espero que esta informação possa dar o
suporte necessário.
Nos carros brasileiros comumente encontramos sonda lambda antes do catalisador, diferente
de outros países onde as normas que regem as leis de emissões são mais severas.
A sonda antes do catalisador tem por finalidade manter a mistura regulada, atribuindo alta
eficiência à conversão catalítica.
São sensores térmicos que medem a massa do ar aspirado pelo motor. Funciona pelo princípio
do calor cedido ao ar aspirado por um filamento ou filme aquecido a uma temperatura
constante.
Principais defeitos:
Contaminação por partículas de óleo e água proveniente do respiro do motor e a aderência de
poeiras deterioram o elemento sensor e de aquecimento dificultando a condução de calor.
Sintomas do defeito:
Manutenção:
O reparo não é recomendado; fazer a limpeza da grade de entrada do medidor com um pincel
seco. O bom estado do filtro de ar, manutenção do respiro do motor (blow by) e a qualidade e
nível adequado de óleo do motor conservam o bom desempenho do medidor.
Dica:
Medir a corrente de fuga em alguns veículos requer certos cuidados, pois ao desligar o motor e
fechar o veículo os sistemas elétricos continuam ligados temporariamente, para que se realize
a supervisão de funções importantes de controle do motor e a desativação de todas as funções
da rede CAN bus de dados.
Para ilustrar e mesmo constar como referência técnica segue os procedimentos realizados em
um veículo VW – Pólo 2007, com um multímetro comum ligado em série com o cabo negativo
da bateria.
Procedimentos e cuidados:
Deixe a tampa do motor aberta, feche todos os vidros, desligue todos os consumidores
do veículo e retire a chave da ignição.
Aguarde 30 minutos.
A corrente de fuga medida deve ser inferior a 30 mA. Pode ocorrer que ao interromper o
circuito o ciclo de desligamento se reinicie, neste caso aguarde sua finalização. Veja o gráfico
de medição do ciclo completo.
Conforme o gráfico a corrente se mantém em 200 mA por 30 segundos, cai para 125 mA
permanecendo assim por 25 minutos e finalmente se reduz a 25 mA (depende dos
componentes instalados).
Conclusão:
Após restabelecer a conexão da bateria no veículo testado foi necessário somente apagar
erros em algumas UCE’s. Os parâmetros armazenados no indicador multifunções foram
apagados.
A corrente consumida pelo sistema elétrico ativo em um veículo em seu estado de repouso
(veículo desligado e fechado) é conhecido popularmente como corrente de fuga.
Esta corrente deve ser a mais baixa possível para evitar que a bateria se descarregue
rapidamente e preserve sua expectativa de vida útil. Porém, qual deve ser o limite desta
corrente de fuga?
Segundo o manual de baterias Bosch, a corrente de fuga deve ser inferior a 0,05% vezes a
capacidade da bateria, ou seja:
Calculando este limite para uma bateria de (60 Ah) x 0,05/100, teremos 0,03 A ou 30 mA
Isso mesmo, alarmes, unidades eletrônicas, relógio, rádios, etc. somados seus consumos
individuais, não deverá ultrapassar este limite quando todos os consumidores estão desligados
e o carro fechado, caso contrário ocorrerá descargas eventuais da bateria que impedem a
partida do veículo e a sua constância reduzirá a vida útil da mesma.
Alguns equipamentos possuem a escala casada com a pinça possibilitando uma leitura
direta em Amperes. Com outros equipamentos selecione uma escala de mV
compatível e converta a leitura para amperes segundo os nível de saída mV/A
indicado ou selecionado na pinça.
Então! em caminhões, ônibus ou carros use mais e melhor para: medir a corrente de
faróis, lanternas, bomba de combustível, aquecedor da sonda lambda, alternador,
motor de partida, ventiladores, corrente de fuga da bateria, velas aquecedoras, etc.
Use com o osciloscópio para medir corrente de bobinas de ignição, sinal dos injetores
de common rail, injetores da injeção direta, etc.
Muitos acreditam que sim, pois uma má emissão de gases evidencia o mau funcionamento do
motor ou em um dos seus agregados. Já, associar o mau funcionamento do motor a um
componente específico não é tão simples assim, talvez seja necessário utilizar-lo em conjunto
com outros equipamentos ou recursos técnicos.
Entender como cada um destes sistemas, e também a sua atuação conjunta, influencia nas
emissões é o ponto de partida para usar o analisador de gases como uma ferramenta para
encontrar a causa do defeito.
Tomamos como exemplo uma entrada falsa de ar no coletor de admissão, as reações serão
diferentes em sistemas carburados e injetados com: MAP, massa/fluxo de ar ou
potenciômetro. Com o MAP a estequiometria da mistura tende a manter-se, enquanto que a
rotação de marcha lenta se desequilibra. Por outro lado, pequenos desajustes de misturas
percebidos em sistemas carburados ou nos demais sistemas injetados sem sonda lambda são,
muitas vezes, mascarados naqueles cuja regulação lambda existe.
Este breve texto demonstra o quanto pode ser complexo este assunto, porém ao adotar uma
rotina prévia para verificar a mecânica do motor, o sistema elétrico e de carga, inspecionar o
coletor de admissão e escape, os componentes antipoluição (canister, respiro do motor, EGR,
etc.), pode simplificar o diagnóstico. Somente após sanar toda e qualquer irregularidade
encontrada passe a usar o scanner e o analisador de gases.
A inspeção veicular obrigatória na cidade de São Paulo aponta as tendências dos próximos
anos, a sua exigência em todo o território nacional. Se por um lado é uma medida dura para os
donos de veículos que se descuidam da manutenção, por outro uma ótima oportunidade para
prestar serviços em sintonia com a regulamentação vigente.
Para os centros automotivos que ainda não estão alinhados com esta regulamentação, é o
momento para investir em equipamento e treinamento de pessoal, e agregar aos serviços
oferecidos uma pré-inspeção. Acredito que ninguém desejaria ser reprovado na inspeção
oficial, não é! Pior ainda, não encontrar oficinas qualificadas para solucionar as falhas.
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/inspecao_veicular/legisla
cao/index.php?p=11467
http://www.iusnatura.com.br/News33/news03_arquivos/CONAMA_418_09.pdf
http://www.controlar.com.br/inspecao_comoeainspcao.php?tipo=4
Qual é o prazo para manutenção dos alternadores e motores de partidas? Existe uma tabela
que expressem os períodos de manutenção, troca de componentes? São perguntas que
frequentemente me fazem.
É verdade que cada produto segue normas construtivas que lhes atribuem expectativas de
durabilidade e prazos de manutenção, comumente mencionados pelos fabricantes.
Entretanto, as condições de uso e ambientais, qualidade da manutenção e dos componentes
de reposição, estado dos elementos periféricos, são alguns elementos que podem alterar
significativamente esta expectativa.
A foto mostra a deterioração dos componentes causada por agentes externos.
Para fixar o prazo de manutenção mais realista é necessário ter em mãos os históricos e
relatórios de manutenções corretivas, preditiva ou preventivas. Somente a avaliação sensata
do estado dos componentes e do veículo/máquina, a cada manutenção, pode contribuir para
acertar o período ideal de manutenção.
Além disso, esta prática permite: avaliar a qualidade dos componentes usados, corrigirem
possíveis falhas de manutenção, criar regras para a manutenção e instalação de periféricos
(baterias, chicote elétrico, iluminação, motor, reles de segurança, etc.) que podem afetar o
componente alvo, e até aumentar o prazo de manutenção, tornando-a mais eficiente e
econômica.
Os sistemas de injeção, dos motores de ciclo Otto, dotados de sonda lambda são construídos
para autoadaptar a mistura ar/combustível, mantendo-a estequiométrica (lambda=1) sob
certos regimes de cargas.
O integrador Lambda
É o circuito interno da UCM que processa o sinal recebido da sonda lambda e gera o fator de
correção de curto prazo para a mistura.
O valor central atribuído ao integrador para indicar a ausência de correção da mistura pode ser
0, 1, 100% ou 128 , conforme critérios do fabricante do veículo. O desvio em relação ao valor
numérico central representa a porcentagem de aumento ou redução do tempo de injeção
necessário para reajustar a estequiometria da mistura ar/combustível. Os limites mínimo e
máximo de correção permitido são determinados conforme o projeto.
Alguns sistemas adotam a correção em regimes de cargas baixa e parcial baixa, indicados pelos
rótulos de adaptação de mistura aditiva 1 e/ou aditiva 2.
Ainda que não haja indicação de erros, a consulta destes parâmetros é de grande ajuda para
sanar pequenas falhas que ainda não foram detectadas pela diagnose da UCM.
Exemplo de adaptação
O integrador da figura 2 deverá oscilar em torno do valor central (1) e a correção aditiva e
multiplicativa deve permanecer em 128. A faixa de ajuste indica que o integrador pode
reajustar a mistura em +/- 20% .
Uma oscilação em torno de um valor médio acima ou abaixo de 1 indica uma correção na
mistura. Sendo a correção persistente será adaptada como uma correção aditiva e/ou
multiplicativa, segundo o regime de carga. O integrador deverá voltar a oscilar em torno do
valor central (1).
A figura 3 mostra uma adaptação similar encontrada no Fiat – Tipo 1.6 ie, porém a leitura do
integrador é direta e a faixa de ajuste é maior (+/-25%). A correção multiplicativa possui a
mesma faixa de ajuste, porém o valor central é indicado com 100%.
Dica!
Considerando as inúmeras consultas que tenho recebido sobre o sistema de carga resolvi fazer
um resumo para esclarecer o assunto.
Errado. O regulador do alternador não influi na corrente, somente regula a tensão. Aplicam-se
diferentes tipos de reguladores em função do consumo de corrente do rotor, dos picos de
tensão que devem suportar, do tipo de proteção contra sujeiras, do tipo de escova, conexão,
etc.
2 – O alternador carrega a bateria e esta alimenta os componentes elétricos do veículo.
Errado. Veja também o item 3. As causas freqüentes de descarga da bateria são: fuga de
corrente excessiva, uso prolongado de acessórios elétricos com o motor do carro parado,
excesso de consumo ou falta de potência do alternador, defeitos elétricos em geral.
É importante ressaltar que este recurso não deve ser empregado, pois o excesso de rotação
danifica os rolamentos, mancais, correias e aumenta os ruídos do alternador.
O sensor ativo do ABS testado é um circuito integrado que comuta a corrente entre 7 e 14 mA,
quando os campos magnéticos de imãs permanentes de uma roda impulsora multipolar atuam
sobre um elemento sensor tipo magneto–resistivo ou de efeito Hall incorporado ao sensor.
Um resistor em série com o sensor, montado na unidade ABS, ao ser percorrido pela corrente
comutada produzem quedas de tensão que definem o sinal usado no cálculo de velocidade da
roda do veículo.
Na figura abaixo pode ser visto o sinal tomado em relação ao negativo da bateria, com a chave
de ignição ligada e girando-se a roda do carro manualmente.
Com o multímetro digital se obtém uma tensão que comuta de 0,55 V a 1,07 V.
A foto abaixo ilustra a variação de tensão entre os terminais do sensor ao girar a roda do carro.
Atenção! Com o sensor desconectado ou interrompido a tensão é praticamente zero (cerca de
44 mV).
Caso o sensor esteja alimentado e não há geração de sinal, retire-o do lugar e movimente um
imã próximo à extremidade sensora, foto seguinte, para localizar a causa da falha: sensor ou
roda polar.
Coloque um resistor de 120 a 270 Ohm em série com o sensor, conectando-o entre o pino de
sinal do sensor e o negativo da fonte, veja foto abaixo. Alimente o sensor com uma fonte de
12V. Com um multímetro ou osciloscópio meça a queda de tensão no resistor, passando um
imã próximo à ponta sensora.
Sensor da roda dianteira do VW Pólo
Com um resistor de 270 Ohms obtive dois níveis de tensão: 1,98 V e 3,83V.
Nota:
1 - A tensão depende do valor do resistor usado. Por ex: Com 120 Ohms podem ser obtidos
aproximadamente 0,84V e 1,68V.
O ABS (sistema antibloqueio dos freios) é uma tecnologia que aumenta consideravelmente a
segurança nas frenagens de emergência e em terrenos adversos.
O seu ótimo desempenho reduz ainda os desgastes irregulares dos pneus ao frear.
Supervisionando a velocidade nas rodas através de sensores a unidade eletrônica e hidráulica
controla a pressão nos freios evitando que as rodas se bloqueiem.
A sangria se processa como no sistema convencional na maioria dos sistemas e não requer
equipamentos especiais, a não ser em alguns modelos e quando se necessita a substituição
total do líquido de freio ou da unidade hidráulica do ABS.
O líquido de freio ainda, combinado com ótima eficiência do ABS, deve ser de alto
desempenho.
Principais falhas:
Interrupção nos cabos dos sensores de velocidade das rodas nos pontos sujeitos a
movimentação da suspensão.
Importante!
Ao trocar os cabos/sensores atente para os pontos de fixação e folga dos cabos sujeitos à
movimentação da suspensão.
Bateria descarregando
Muitos pensam que o alternador carrega a bateria e esta alimenta o sistema elétrico, um
grande engano.
Veja este caso, um trator trabalhava toda noite e ao fim do turno a bateria estava
descarregada. Conferido o alternador cuja capacidade era de 45 A e a carga instalada não
passava de 20 A, o eletricista decidiu fazer a manutenção do alternador e também substituir a
bateria. Como a situação continuou igual, resolveu aumentar a capacidade da bateria para
140Ah. Dois dias depois se repetiu o problema e ao ser indagado pelo engenheiro civil,
responsável pela obra, este recomendou aumentar a capacidade do alternador para 105A.
Ao ser consultado pelo incrédulo engenheiro, diante dos fatos acima, ficou esclarecido que a
capacidade do alternador era suficiente e a troca da bateria foi um erro.
Seria este o causador da falha? Conferido a rotação do alternador e do trator em marcha lenta,
a do alternador se encontrava abaixo do normal (1200rpm).
Solução: Substituir a polia do alternador que estava errada para esta aplicação.
Como regra geral, a rotação para o alternador usado deve ser de aproximadamente três vezes
a rotação do motor Diesel, onde a capacidade de geração (30 A) cobre a demanda da carga
mesmo na marcha lenta, veja a figura acima.
O sinal também é afetado por danos na roda dentada ou fônica. Assim rodas trincadas, com
dentes lascados ou quebrados devem ser substituídas, não se recomenda recuperá-las com
soldas. Montagem com rodas mal fixadas, desalinhadas ou soltas devem ser reparadas.
O entreferro, folga entre a face do sensor e dentes da roda fônica, deve ser de 0,6 mm em
média, conferido com um calibre de lâminas ou por outro meio.
Nos sistemas onde não é possível o acesso as desmontagens necessárias para verificação são
custosas e demoradas, neste caso se recomenda a verificação minuciosa do sinal com o
osciloscópio a fim de detectar qualquer anormalidade.
Além disso, não deixe de checar e se necessário corrigir o sincronismo da correia dentada.
Dificuldade de partida quando quente
A dificuldade de partida dos motores de combustão quando quente pode ser causada por
vários fatores, entre eles, vamos destacar aquele afetado pelo “vapor lock” (bloqueios devido
à vaporização do combustível) no tubo distribuidor e válvulas de injeção nos carros injetados.
Aquecidos pelo motor, o combustível pode vaporizar-se formando bolsões de vapores que
produzem disturbios na injeção ou mistura.
Este efeito é comum em muitos veículos, por um curto período de tempo após o desligamento
do motor o combustível parado no distribuidor e válvulas de injeção é superaquecido pelo
calor propagado do motor, veja o grafico acima.
Uma solução usada para evitá-lo é o acionamento dos eletroventiladores do radiador para
esfriar o motor após a parada, como os encontrados em algumas versões do VW - Santana
com sistema LE Jetronic.
Na linha VW ainda existe uma solução que não o evita, más cria um artifício para eliminar os
vapores e contrabalançar a mistura. Ao dar partida com o motor quente a uma dada
temperatura, o termoswitch montado no coletor de admissão aciona um relê que coloca um
resistor em série com o NTC do motor, o qual aumenta convenientemente o tempo de injeção.
Outra solução é a insuflação de ar fresco no corpo das válvulas injetoras para impedir o
superaquecimento do combustível. O termoswitch posicionado no coletor de admissão
comanda um soprador de ar que é tubulado até a região do coletor de admissão. Este modelo
pode ser encontrado na linha Fiat com sistema LE Jetronic.
Atualmente, os sistemas sem retorno são duplamente afetados e se aquecem muito mais, já
que a circulação do combustível no tubo distribuidor e válvulas se restringem ao consumido
pelo motor. Para evitar o efeito de vapor lock em funcionamento o sistema pode ter a pressão
de combustível aumentada para elevar a temperatura de ebulição. Tubos distribuidores de
combustível e coletores de admissão constituídos de plástico e injetores com carcaça plástica
reduzem este efeito devido a sua maior capacidade de isolação térmica.
O avanço na eletrônica da UCM permite ainda introduzir novos métodos para suplantar este
efeito, como o aumento do tempo de injeção apoiado aos recursos do power latch,
acionamento da bomba e injetores ao abrir o carro ou ligar a chave de ignição, aumento da
pressão de combustível durante a partida.
Principais causas de falhas de partida com o motor quente relacionadas ao efeito de vapor
lock:
Comentário:
Afetados pelo blow by (respiro) do motor, as falhas dos medidores de massa de ar são
tão freqüentes quanto a sua reprovação precipitada.
Espero que este caso possa contribuir para a formação de uma base lógica de
raciocínio, e quem sabe proporcionar diagnósticos mais fáceis e precisos. Afinal, é
melhor aprender com os erros alheios, não é!?
Verificar a duração ou a existência do sinal é o motivo mais comum para checar o tempo de
injeção, porém quem possui um osciloscópio, com alguns recursos, poderá ver muito mais que
isto.
1 – Nesta linha, nos sistemas seqüenciais e por grupos, pode ser medida a queda de tensão no
lado positivo do circuito de alimentação dos injetores. Ajuste o tempo de varredura para cobrir
uma rotação completa do motor, observe quanto a interferências ou queda na tensão no
momento que os demais injetores são acionados.
Queda de tensão superior a 0,3V em sistemas sem pré-resistores: Possível falha de contato em
fusíveis, ou relê principal (comum em algumas marcas de veículos), ou conectores
intermediários, ou fiação.
2 – Pico de tensão ao desligar o injetor. Afetado por curto circuito na bobina do bico injetor.
3 – Tempo de injeção. Apesar do termo usado se trata do tempo de comando dos injetores. O
acionamento e a abertura efetiva dependem das condições eletromecânicas dos mesmos e do
circuito elétrico. Através deste podem ser verificadas as funções do sistema de injeção como:
regulagem lambda, partida a frio ou quente, etc.
Ampliando o ponto 3 pode ser visto detalhes importantes na etapa de potência do módulo,
veja a seguir.
5 – Queda de tensão entre negativos, módulo e bateria, medido sobre a linha do ponto 4 (0,15
V na figura). Tensões acima de 0,3 V ou interferências no sinal indicam defeitos na fiação, ou
em conectores intermediários, ou na conexão massa.
Certamente você já deve ter ouvido falar sobre “power latch” (trava fonte de alimentação) nos
sistemas automotivos! Não, isso quer dizer que ao desligar a chave de ignição os sistemas de
injeção mais recentes se mantêm, temporariamente, autoalimentados.
Durante este tempo, que varia conforme o sistema de alguns segundos a 50 minutos, se ativa
processamentos adicionais para atualizar a memória EEPROM ou flash EPROM com os
parâmetros autoadaptativos referentes aos subsistemas, como: a adaptação Lambda, rotação
da marcha lenta, avanço da ignição, posição da borboleta aceleradora, pedal acelerador,
sistema evaporativo, EGR, etc.
Na prática este processo automático não deve ser interrompido, assim sempre que for
necessário cortar a alimentação, como por exemplo: desligar a bateria, retirar o relé ou fusível
do sistema de injeção, ou remover o conector da unidade de comando, se deve aguardar sua
finalização. Caso contrário poderá ocorrer erros que vão causar oscilações da rotação de
marcha lenta, ou gravar erros, ou até impedir o funcionamento do motor, entre outras, sendo
necessário o uso do scanner para reabilitar as funções afetadas.
Autoelétricas e outras oficinas que não são especializadas em injeção evitarão tais
inconvenientes ao obedecer este princípio.
Para saber se o sistema possui ou está terminado o processo de power latch, meça a tensão na
saída do circuito de +5 V da unidade de comando de injeção ou em um dos componentes
alimentados com esta fonte. A sua existência é indicada pelo retardo no corte da fonte de +5 V
após o desligamento da ignição.
Numa manhã fria o motor não girava, ao testar a bateria pude ver que a tensão durante a
partida caia para 4 Volts e a corrente era de 50 Amperes. Algo esperado para uma a bateria
com mais de 5 anos de uso (fabricada em 2004).
Removida do veículo para avaliação, cortei a proteção que cobre as tampas, verifiquei e
completei o nível de água de todos os vasos, um consumo de aproximadamente 200 ml. Após
uma carga de 10 A por 1 hora a recoloquei no lugar e realizei os testes novamente.
Surpreendentemente a bateria funcionou bem. Apesar disso, por estar nos limites mínimos
exigidos podemos afirmar que o uso mais severo como por exemplo: um engarrafamento
durante a noite ou em dias chuvosos, necessidades de partidas constantes em curto espaço de
tempo, poderá causar o seu esgotamento. Melhor substituir-la antes, não é.
Abaixo podemos apreciar a medição da corrente do motor de partida e tensão entre o positivo
e negativo da bateria Moura 14FPS no respectivo veículo após a manutenção.
No gráfico a tensão de curto circuito (motor partida ainda parado) cai para aproximadamente
7 Volts e a corrente de pico do motor de partida atinge uns 300 A. Em seguida, com o giro do
motor de partida a corrente baixa para um valor médio de 90 A e a tensão da bateria se
mantém em torno de 9,5 V durante o teste (15 segundos).
Como comparativo, a próxima imagem mostra o mesmo teste realizado em outro veículo cuja
bateria de 12V60Ah está em ótimas condições.
Veja que a corrente de curto circuito ultrapassa a 600 A e a tensão da bateria cai para uns 9
Volts neste momento.
Com o giro do motor de partida a corrente oscila em torno de 130 A e a tensão da bateria,
agora mais estável, se mantém próximo a 11 V.
Conclusão:
Notem que na bateria desgastada as oscilações da tensão é mais acentuada, declinando com o
aumento da corrente.
É difícil dar um valor de referencia exato, pois depende do tipo de bateria e motor de partida
usado. Em termos gerais, tensões superiores a 9,5 V e correntes de partida entre 2,5 e 3,5
vezes a capacidade (Ah) da bateria são aceitáveis. A rotação do motor do veículo deve
ficar entre 250 a 400 rpm na partida.
Dificuldades de partidas com corrente muito alta pode significar defeito mecânico ou elétrico
no motor de partida, ou sobrecarga causada pelo motor do veículo.
Corrente muito baixa, sem queda significativa de tensão pode indicar mau contato nas
conexões ou queda de tensão na fiação.
Queda de tensão inferior a 9,5 V indica bateria com defeito, descarregada, desgastada, ou de
baixa capacidade.
Enfim, esta prática de checagem da bateria pode evitar grandes incômodos para o proprietário
do veículo e impulsionar ainda mais as vendas de produtos e serviços.
Vamos usar um fato concreto para reforçar a importância desta introdução e também
acrescentar uma dica para os menos avisados.
Com certa freqüência ocorre um defeito intermitente neste sistema que resulta em perda de
potência, falha de aceleração e o motor morre em marcha lenta. Ao desligar o medidor de
fluxo de ar o funcionamento do motor melhora, levando muitos técnicos a concluir
equivocadamente que este é o componente defeituoso.
Na verdade a raiz do problema são trincas na solda dos componentes da unidade de comando,
as chamadas soldas frias, que afetam o cálculo do tempo de injeção, deixando-o muito baixo e
empobrecendo a mistura.
Com a desconexão do medidor de fluxo o tempo de injeção aumenta, o que é uma reação
normal do sistema já que a tensão do sinal cai ao mínimo. Se estivesse funcionando
regularmente o motor afogaria com o excesso de combustível, porém diante desta falha isto
compensa a mistura que está muito pobre.
Oportunamente farei outros comentários que possam contribuir para melhorar ainda mais os
critérios de diagnóstico.
Com as frentes frias ou a chegada do inverno se tornam mais freqüentes as falhas de partida a
frio nos carros flex. Esquecidos durante um longo período de calor, a falta da sua manutenção
deixam muitos motoristas na mão.
Princpais falhas:
Bem, embora parecidos nem todos os sistemas funcionam da mesma maneira, neste
caso a medição é interfaceada por uma unidade eletrônica.
Tanque Cheio: Amplitude do sinal 1,2 V, resistência do sensor de nível 65,3 Ohms.
Meio tanque: Amplitude do sinal 2,3 V, resistência do sensor 172 Ohms (não
ilustrado).
A foto acima mostra a conexão do osciloscópio para a tomada do sinal. Para varrer a
escala do indicador, sem alterar a conexão do osciloscópio remova o conector e insira
um potenciômetro de 470 Ohms entre os terminais correspondentes ao sensor de
nível.
Conclusão:
Perfurar a isolação dos fios e cabos é uma conduta imprópria que deve ser evitada
durante os testes elétricos. A sua prática favorece a ocorrência de curtos circuitos nos
chicotes e a oxidação dos fios e terminais devido à entrada de água. Pontas de testes
usadas inadequadamente também podem danificar os terminais dos conectores,
dando lugar a um iminente mau contato.
O ideal seria que tivéssemos adaptadores para realizar todas as medições, más
infelizmente com a diversidade de tipos e tamanhos existentes isto se torna inviável
para muitas oficinas, desestimulando os fabricantes destes componentes.
Frequentemente se observa carros parados nas estradas por falta de combustível, aferir o
indicador de nível previne leituras enganosas e pode até reduzir este incômodo.
Os testes foram feitos no VW – Gol injetado e pode ser adaptado para outras marcas e
modelos de veículos.
Verificando o circuito:
Retire o conector da bomba de combustível, Ligue chave de ignição e meça a tensão entre os
terminais referentes ao sensor (borne 2 e 3, neste caso).
Encontrei uma tensão de 11,42 V, como mostra a foto.
Mantenha a conexão anterior e insira uma década resistiva em paralelo com os terminais do
conector, ajustando-se a resistência conforme o caso.
Pode ser usado um potenciômetro multivoltas cuja resistência abranja a faixa do sensor de
nível, foto abaixo, caso não possua uma década de resistências.
Procedimentos:
Varie a resistência para fixar queda de tensão conforme tabela abaixo (veja o exemplo
na tabela abaixo),
Nota! Os valores se referem à média de leituras feitas com vários multímetros de uso
comum. Não há garantia da sua veracidade.
Importante!
A finalidade aqui é demonstrar de forma simples como pode ser feita uma verificação prévia
do sistema de forma a detectar anormalidades e fazer sua correção.
A aferição propriamente dita exige maior acuidade com a precisão e atenção às normas
técnicas apropriadas. Assim mesmo, para obter maior precisão nos procedimentos descritos se
recomenda seguir os parâmetros originais dos fabricantes, bem como o uso de equipamentos
de ótima precisão e devidamente aferidos, evitando-se desta maneira conclusões errôneas.
A queda de tensão na bomba é uma das causas que reduz a vazão e possivelmente a pressão
de combustível. Para medir-la, funcione o motor e coloque o multímetro em contato com os
terminais no conector da mesma, como mostra a foto abaixo.
A diferença na tensão medida aí deve ser menor que um volt em relação à encontrada na
bateria.
Possíveis falhas: mau contacto na conexão massa, reles, fusíveis, conectores de passagens, etc.
Examine também o estado das conexões, pois mesmo que a tensão esteja normal, a falha
ainda pode ser provocada por mau contato nos terminais do conector ou internamente no
conjunto da bomba.
A foto acima mostra um conector danificado (primeiro borne à esquerda), cuja bomba
apresentava baixa vazão de combustível.
Considerações: As condições acima são válidas para a maioria dos sistemas, exceto para
aqueles mais modernos que usam o controle PWM ou possuem pré-resistência no circuito
para regular a vazão da bomba.
Bem curioso este caso, com consumo elevado e CO en torno de 10% a UCM diagnosticava
falha de ignição no cilindro 1.
Mesmo permutando a bobina e a vela de ignição com outro cilindro, a falha persistia no cil. 1.
Suspeitando das condições do motor, foram realizados testes de compressão e vazamento de
cilindros que apresentaram resultados satisfatórios.
A verificação geral dos sensores e atuadores através do multímetro e scanner revelou que a
tensão de sinal do medidor de massa de ar se mantinha entre 0,2 a 0,4 V acima do valor
teórico para marcha lenta. Com a ajuda de um simulador (potenciômetro) foi enquadrada a
tensão teórica do medidor de massa, notando-se assim a caída dos níveis de CO para valores
próximos ao nominal e o cancelamento do erro.
Comentário: As diferenças próprias existente entre os cilindros, seja ela de natureza mecânica
ou relacionada à admissão da mistura, tornavam este cilindro mais suscetível à falhas de
ignição causadas pelo enriquecimento da mistura. O erro do medidor de massa inexiste para a
UCM enquanto a tensão se encontra na faixa de 0,3 e 4,7V, portanto não é detectado.
O uso persistente e números de partidas excessivas sem pausa, baterias descarregadas, mau
contato nas conexões ou queda de tensão no circuito de alimentação, sobrecargas mecânicas
provocadas pelo motor de combustão ou pelo próprio motor de partida, desajustes no
acoplamento entre os motores, reduzem a vida útil do motor de partida e até provoca a sua
queima. Igualmente prejudicada, a bateria também terá sua durabilidade diminuída.
Para prevenir estes danos é primordial o bom funcionamento do motor de combustão e seu
perfeito acoplamento com o motor de partida.
A manutenção preventiva do motor de partida, a verificação de queda de tensão do circuito,
assim como, o uso de uma bateria de alta qualidade são de vital importância.
Aos motoristas e aos mecânicos, cabe dar-lhes as devidas orientações para usar corretamente
o motor de partida, já que este tipo de dano freqüentemente é causado ao usar-lo para
tracionar o veículo, sangrar a bomba injetora, entre outros.
Vai até o dia 21/04 o XV encontro paulista de carros antigos em Águas de Lindóia no interior
de São Paulo.
Quem deseja recordar aqueles modelos que fizeram parte da sua vida, conhecer um pouco da
história automobilística brasileira, adquirir uma destas relíquias, comprarem uma peça para
seu carro antigo, ou obter uma antiguidade que marcou esta época, não pode perder este
grande evento.
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Carros antigos
Como "enganar"a sonda lambda
Uma pergunta que me fazem freqüentemente é como simular a sonda lambda, habitualmente
chamado de “enganar” a sonda.
É que ao converter um motor injetado para gás (GNV ou GLP) o diagnóstico da UCM passa a
registrar erros de mistura, falhas da sonda e entra em funcionamento de emergência devido à
dificuldade em se manter a estequiometria da mistura. Para evitar tais erros existem os
chamados emuladores de sonda que simulam o sensor de oxigênio evitando anomalias no
sistema de injeção original.
A atuação da regulagem lambda é bastante complexa, pois existe uma interdependência com a
freqüência do sinal, rotação e carga do motor, duração dos impulsos, etc.
Os interessados devem ficar atentos às leis locais que regulamentam o uso de veículos
automotores. Consultem as empresas especializadas em conversão para obter maiores
detalhes.
Além de complementar o circuito do instrumento indicador no painel, nos carros flex, o sensor
de nível do tanque é fundamental para se reconhecer o abastecimento de combustível.
Para realizar um teste eficaz, nos carros injetados é necessário remover o conjunto
(sensor/bomba) do tanque empregando as verificações usuais de varredura do potenciômetro.
No local pode ser medida apenas a resistência, geralmente entre os terminais 2 e 3, como
mostra a foto abaixo. O teste assim realizado só é apropriado caso haja uma falha permanente
em que não funciona o indicador.
Medir a queda de tensão no sensor, sem desconectar o circuito e com a chave de ignição
ligada, dará uma visão geral do circuito.
Não deixe de avaliar também, se os terminais do conector e sensor estão isentos de zinabre ou
mau contato, corrija-os se necessário.
Solução: Substituído a ECU, já que esta função é desempenhada por ela e a mesma registrava
um erro no processador.
Como em qualquer sistema, com base no sinal da sonda de oxigênio a mistura é corrigida
imediatamente ao variar o fator lambda. Entretanto somente por meio de uma lógica no
software da UCM é que se define se a trajetória leva ao ajuste (aprendizagem) do teor de
combustível ou a uma adaptação habitual da mistura.
A seguir pode ser visto os blocos de medições exibidos no VAG para o veículo VW Gol - sistema
ME 7.5.20, comuns para a maioria dos veículos flex.
A/F = 90 – bloco de medição 31-3 indica a relação de mistura ar-combustível, valor 9:1
Bloco 32-2, Indica que o volume de injeção/tempo de injeção foi acrescido em 23,4 %
para ajustar-se ao combustível.
Conclusão:
Nas medições realizadas o volume/tempo de injeção variou 43,7 % para menos ao readaptar o
combustível, antes 100% álcool hidratado, para o uso de gasolina com 22% de álcool.
Observa-se neste modelo que a adaptação gira em torno de um valor central igual a zero no
bloco 32-2, equivalente ao combustível com teor de 64% de álcool.
Ao realizar o “reset” ou ajuste básico com o scanner ou outro meio disponível o teor de álcool
assume um valor previamente programado.
O controle de aquecimento por pulsos PWM é uma das opções existentes que proporciona um
aquecimento eficiente e seguro para as sondas planares.
Isto quer dizer que para uma dada forma de onda se modula (modifica) a largura dos pulsos,
sem que haja alteração na sua freqüência.
No automóvel são usados como sinais de forma de onda quadrada ou retangular para exprimir
grandezas ou aplicados nos estágios de saídas para controlar a potência dos atuadores.
Exemplos:
Controle de potência: Ao variar a largura do pulso aumenta ou diminui a potência aplicada nos
componentes, tais como aquecedores das sondas, eletroventiladores, atuadores de marcha
lenta, corpo de borboleta aceleradora, etc.
Assim, estranhava a razão pelas quais muitos técnicos repassavam os cursos de eletrônica
automotiva e até solicitavam cursos para um determinado sistema ou marca de veículo.
Com o tempo compreendi que a unidade de comando eletrônica é uma verdadeira “caixa
preta”. Nem todas as estratégias programadas nesta constam em manuais de serviços ou são
mencionadas em cursos técnicos, apesar de serem importantes para um diagnóstico mais
rápido e preciso.
Entretanto, prever que funções seriam importantes para incluir no diagnóstico ou manual é
algo relativo que podem variar segundo a ótica dos profissionais do ramo. Infelizmente nem
tudo que julgamos ser útil ao trabalho diário é de conhecimento dos projetistas de sistemas,
desenvolvedores de ferramentas de diagnóstico e até mesmo comungado por profissionais de
treinamentos.
Em minha opinião, acredito que o jeito mesmo é “fuçar” para destrinchar aquelas funções
existentes e accessíveis que possam fazer a diferença na hora da reparação.
Envie sua opinião! Mostre a sua necessidade, fale sobre sua experiência na área.
Diagrama de ligação para as unidades de comando de ignição TZ-H: 0 227 100 142
Borne 6 - Para o distribuidor de ignição borne, borne sinal (0) do sensor Hall
Diagrama de ligação para as unidades de comando de ignição: 9 220 087 011/ 013
Defeito: Aceleração normal sem carga, porém falha ao acelerar com carga.
Não havia erros memorizados, e os valores lidos nos componentes eram coerentes. O
adaptador de mistura multiplicativa registrava -6%, indicando tendência de mistura rica sob
carga.
Como já se havia substituído várias peças, inclusive do sistema de ignição, passamos a verificar
a estanqueidade do coletor de admissão e outros componentes que pudessem enriquecer a
mistura.
Comentário:
Esta falha é bastante comum em veículos turbinados, pois as mangueiras envelhecidas tendem
a rachar e sob a pressão do turbo se abrem provocando distúrbios na composição da mistura.
O equilíbrio de carga ocorre quando o consumo máximo está ajustado com a capacidade
mínima de geração do alternador, determinado pela rotação de marcha lenta do motor.A foto
abaixo mostra o amperímetro conectado na saída do alternador e o voltímetro na bateria.
Nesta condição se coleta informações importantes do sistema de carga.
O teste deve ser feito preferencialmente com o motor a temperatura de trabalho.
Com o motor funcionando em marcha lenta medí um consumo de 8,5 A, geralmente causado
pelo sistema de ignição, injeção e carga residual da bateria.Na maioria dos casos o consumo
não deve exceder a 15 A e a tensão na bateria a 14,5 V.
Corrente abaixo de 15 A e tensão abaixo de 13V, verifique quanto à queda de tensão nos
cabos, regulador de tensão ou alternador defeituoso. Continue com o teste.
No meu caso o consumo chegou a 49,5 A e a tensão na bateria caiu para 13,55 V. Isto indica
que a capacidade do alternador é superior a 50 A e mesmo com todos os consumidores ligados
há reserva suficiente para carregar a bateria, se necessário.
A curva de geração do alternador é uma preocupação constante do técnico que vai testar-lo,
porém com as considerações abaixo a informação constante na placa deste é suficiente para
este fim.
De acordo com a tecnologia do alternador, na rotação de marcha lenta do motor, e com uma
relação de polias adequada ele pode fornecer de 60 a 80% da corrente máxima indicada na sua
placa.
O alternador é alto limitador de corrente, ou seja, a queda de tensão imposta pela sobrecarga
faz com que a corrente excedente seja fornecida pela bateria enquanto carregada.
Portanto as condições anteriores ditam que a corrente útil máxima do alternador é alcançada
quando a tensão cai para aproximadamente 12,8 V, pois abaixo deste valor se inicia a descarga
da bateria.
A foto acima ilustra o teste do alternador compacto com o motor em marcha lenta, a corrente
máxima é de 62 A sob uma tensão de aproximadamente 12,8 V. A condição é normal para esta
tecnologia, já que a corrente nominal é de 75 A.
Comentário:
Embora o conector seja idêntico estes sensores têm faixas diferentes de pressão, levando a um
cálculo errôneo da carga e consequentemente a distúrbios na mistura ar/combustível.
Importante: É comum retirar uma peça e colocar outra de mesma referência. Nunca substitua
um componente sem antes consultar o catálogo de aplicação.
Com o motor quente, o carro não pegava entre 4 e 8 minutos depois da parada. Até 4 minutos
e após 10 minutos, partia normalmente.
Solução: Após checar o sistema de combustível, foi substituída a UCM (unidade de comando
do motor) por outra de versão diferente.
Comentário:
Há diferentes versões de UCM vinculada ao sistema de combustível, uma delas usa a estratégia
de aumentar o ti (tempo de injeção) para eliminar bolhas de vapor que se formam no interior
do tubo distribuidor e injetores, na outra versão cujo ti é normal, a estratégia é a pressão mais
alta que impede a ebulição do combustível.
O sincronismo entre os sinais de rotação e fase é decisivo para todos os cálculos que faz a
unidade de comando em relação ao motor. Igualmente importante é o sincronismo entre
virabrequim e comando de válvulas.
O que estes elementos têm em comum? O sincronismo da eletrônica depende da mecânica,
portanto se a correia dentada esta fora de ponto, os sinais de rotação e fase também estarão.
As conseqüências são conhecidas: diversos erros registrados na unidade de comando do
motor, consumo alto de combustível, falta de potencia, partida difícil do motor, etc.
Uma sugestão para evitar tanto trabalho ou simplesmente ter certeza do diagnóstico, é fazer a
verificação do sincronismo dos sinais de fase e rotação, com a ajuda de um osciloscópio de
dois canais.
O resultado pode ser visto no oscilograma abaixo.
O sincronismo correto é dado pelo alinhamento da decida do sinal de fase com o pico negativo
do sinal de rotação.
Havendo diferença entre os sinais, significa que existe um erro na posição de montagem de um
dos sensores ou sua roda de impulsos (dentada), algum dano na mecânica do motor ou a
correia dentada está fora do ponto. Certamente isto vai justificar a necessidade ou não de
desmontagens.
Infelizmente não existe uma biblioteca a respeito destes oscilogramas e nem todos os manuais
do sistema possuem esta informação. Felizmente o teste é rápido e fácil de executar.
Os interessados que tenham um osciloscópio de dois canais, podem armazenar os dados dos
veículos que passam por sua oficina, construindo assim sua própria base de dados.
Visualizando o sinal da sonda lambda de banda larga com o scanner pode-se notar que os
valores de tensão são ligeiramente diferentes daqueles medidos no seu conector. Isto ocorre
devido à existência do circuito de controle na unidade de comando que converte a corrente
aplicada à célula de bombeamento na tensão de referencia para a relação lambda da mistura.
Estes valores se apresentam em duas faixas distintas, segundo o modelo da unidade de
comando usado.
Cada vez mais presentes nos veículos atuais a sonda lambda de banda larga (LSU- designação
Bosch) requer um diagnóstico cuidadoso em cada uma de suas etapas de controle.
Borne 1 – Preto
Borne 3 – Cinza
Borne 4 – Branco
Borne 5 – Amarelo
Borne 6 – Vermelho
Características técnicas:
O inicio de geração é atrasado para evitar a carga do alternador logo após a partida do
motor. Ajuda a estabilizar a marcha lenta do motor.
Borne L – Sinalizar defeitos, ativar o regulador caso este não possua o borne 15 e
acionar um relê auxiliar para comandar consumidores que somente poderão ser
usados se o alternador está gerando e não há sinalização de defeitos.
Borne DFM (drive field monitor) – Fornece um sinal de onda quadrada modulado
(PWM). A largura do pulso expressa a capacidade de geração do alternador e
possibilita acelerar o motor em marcha lenta ou desligar consumidores para
contrabalançar a potência do alternador.
Regulador em curto,
Desde a sua invenção a sonda lambda passou por constantes evoluções, difícil mesmo é prever
quantas mais poderão vir. Visitando os sites dos maiores fabricantes mundiais deste produto,
pude constatar que desponta mais uma novidade: a sonda lambda planar sem referencia de ar
ambiente, ou seja, a câmara de referencia não se comunica com o ar exterior.
Para realizar este feito se aplica uma corrente elétrica da ordem de poucos microamperes ao
eletrodo positivo da célula de geração, que passa a ter dupla função: bombear íons de oxigênio
residual do gás de escape para a câmara de referência e ao mesmo tempo gerar o sinal
correspondente à relação lambda da mistura.
Até o momento não pude constatar que veículos poderiam estar usando este produto.
A corrente primária da bobina de ignição é crucial para se obter a energia e a alta tensão
necessária em um sistema de ignição.
Se for insuficiente diminui a potencia da faísca e a alta tensão gerada, em excesso superaquece
e queima a bobina.
A corrente primaria ideal, resulta do perfeito casamento do módulo de ignição com a bobina,
garantindo-lhe ótimo desempenho e vida longa.
Dicas:
Bobinas de baixa potência costumam usar módulos com ângulo de permanência pré-
determinado, e as de alta potência possuem comandos de tempo fixo ou de corrente primaria
auto limitada.
Para garantir que a bobina tem a corrente primária certa, faça a medição com a pinça
amperimétrica ligada a um osciloscópio.
A figura abaixo mostra a corrente da bobina dupla faísca Bosch F 000 ZS0 209, que alcança ~6
A no momento de desligamento. Esta bobina é controlada por um tempo de conexão fixo, ~3
ms em qualquer velocidade de rotação. Bobinas similares (tipo transformador) tem valores
entre 5,5 a 7 A.
Testar a sonda lambda de banda larga com o osciloscópio é uma alternativa que enriquece
bastante o diagnóstico, pois além de medir a tensão é possível visualizar a qualidade do sinal, a
sua duração, freqüência, entre outros.
As medições que seguem foram feitas em um veículo VW-Passat FSI versão Brasil, e servem de
referências para outras aplicações que usam este tipo de sonda.
Nota: Em algumas versões de unidades de comandos este valor é de 1,5 V. Exemplo: VW- Bora
ME 7.5, os demais valores não se alteram.
Negativo do osciloscópio (isolado da massa) entre borne 5 (fio amarelo) e positivo no borne 6
(fio vermelho). Valor teórico 600 mV negativo a 600 mV positivo.
Com a sonda fria, figura 5, a largura dos impulsos decrescem gradativamente com o
aquecimento da sonda. Freqüência fixa de 100 Hz.
Uma verificação detalhada nestes itens certamente indicara a causa certa do defeito.
Fixado a tensão de referencia U1em 450 mV, o diferencial de tensão deste com a célula
geradora CG na entrada do comparador C origina a corrente elétrica aplicada na célula de
bombeamento, que transportará íons de oxigênio do gás escape para a câmara interna da
sonda e vice versa.
A tensão U2 eleva o potencial do borne negativo (5) da sonda para +1,5V ou +2,5 V em relação
à massa, criando um referencial para a inversão de corrente na célula de bombeamento, além
de fixar este valor de tensão para lambda=1.
Vamos ver aqui um exemplo de uso do simulador. O primeiro passo é interligar os bornes do
simulador (potenciômetro) com o conector do sensor de temperatura, como mostrado na
foto.
Ajuste a temperatura, use o scanner para visualizar o valor ajustado, e simule o funcionamento
desejado.
Aquí vai a sugestão de procedimentos a realizar para simular uma partida a frio e checar os
componentes do sistema flex:
Verificar o A/F para saber se o carro está adaptado para alcool - deve estar acima de 80.
Dica!
Para os sistemas em que a UCM controla o ventilador do radiador, ex:ME7.5.2, seja breve para
evitar o superaquecimento do motor ao simular o NTC do motor com o carro em
funcionamento.
A haste com o obturador é rosqueada no rotor que ao girar a move axialmente, e a inversão
constante da rotação realiza um movimento de vai e vem.
Uma sequência de impulsos elétricos enviados pela UCM as bobinas do motor de passo faz o
rotor girar nos dois sentidos de rotação.
Invertendo a polaridade de uma das bobinas o rotor gira mais um passo a direita ou regressa
um passo a esquerda.
A quantidade de passos para o rotor dar um giro completo depende do número de polos do
estator e rotor.
Se você deseja informação deste produto faça a pesquisa por: conversores automotivos ou
fontes chaveadas. Ofereça esta solução aos seus clientes.
A figura 3 exibe o teste dos diodos com a polarização direta. O multímetro deve indicar uma
queda de tensão de 400 a 800 mV, independente do tipo de diodo citado acima. Neste teste
obtive um valor médio de 625 mV.
A figura 4 mostra que no diodo comum a tensão da fonte se mantém inalterada ou apresenta
uma queda insignificante, em relação às pontas abertas.
A figura 5 ilustra a tensão zener medida no diodo de um alternador de 12V. Pode ser
encontradas tensões entre 19 e 26 V.
Na figura 6 vemos a tensão zener medida no diodo de um alternador de 24 V. As tensões
encontradas podem variar de 36 a 50 V.
Tensões diferentes das faixas indicadas significam que o diodo pode ter defeito. Em caso de
divergência, consulte o fabricante para obter o valor exato da tensão zener.
Os diodos podem ser testados na sua respectiva placa retificadora, porém esta deve estar
desconectada do estator para se obter um parâmetro individual.
Os resistores de 100 Ohm são opcionais, devem ser usados como proteção de curto circuito
acidental ao ligar a uma fonte de tensão.
O número dos bornes dependem do potenciômetro adquirido. No esquema acima a
resistência aumenta no sentido horário de giro do potenciômetro.
Material:
Outros: Caixa, bornes 4 mm (pode ser usado outra medida de sua preferencia) – vermelho,
verde, preto, espaguete isolador, Knob, fio #22 flexível.
Veja figura 1. Isolar os terminais dos resistores de 100 Ohm com espaquete ou a capa de um
fio, deixando descoberto 3 mm em cada ponta. Soldar uma das extremidades de um dos
resistores no pino (1) (capa preta) e o outro ao pino (3) do potenciômetro (capa
vermelha). Solde no terminal do cursor um pedaço de fio de ligação fino (fio azul).
1
Na foto 2 pode ser visto os detalhes de montagem na caixa (usei uma caixa reciclada de uma
velha fonte). Faça a furação de acordo com os componentes que disponha. Monte o
potenciômetro e os bornes de conexão. Solde as outras extremidades dos resistores nos
bornes preto e vermelho respectivamente. Solde o fio azul do cursor no borne verde (central)
Preparar cabos com pino banana 4 mm em uma ponta e na outra use o terminal de acordo
com os conectores no veículo.
Prova e uso:
Ligue o borne vermelho ao positivo de uma fonte de tensão/bateria de 5 ou 12 V, e o borne
preto ao negativo. Com um multímetro ligado entre o borne preto e verde, gire o
potenciômetro para obter uma tensão variável próxima de zero e o máximo de alimentação.
Para testar diodos basta um multímetro que tenha uma escala apropriada!
Parece simples, porém não se devem esquecer algumas características importantes que vão
garantir a eficiência do teste.
A maioria dos multímetros pode avaliar se o diodo está interrompido ou em curto, porém
poucos conseguem detectar a fuga de corrente. Para avaliar a fuga de corrente escolha um
multímetro que selecionado para o teste de diodos indica a tensão da escala. Faça testes
comparativos com componentes em bom estado e defeituosos para verificar a sensibilidade
do aparelho. As imagens a seguir ilustram o teste de um diodo positivo com um multímetro,
cuja tensão da escala é de aproximadamente 1500 mV.
Com a polarização direta (1), ponta de teste positiva (vermelha) no rabicho e a negativa na
carcaça, o diodo conduz e o multímetro indica a queda de tensão sobre o mesmo (400 a 800
mV).
Em um diodo com fuga de corrente (3) a tensão indicada no multímetro sofre uma queda.
Tensão com as pontas de prova aberta: 1440 mV; após o contato com o diodo caiu para 1413
mV.
Importante:
Um diodo com curto circuito apresenta condução nos dois sentidos, indicado no multímetro
por uma queda de tensão próxima de zero.
Os diodos poderão ser testados, um por um, na placa retificadora (4) sem nenhum prejuizo.
Não use testadores cuja tensão seja superior a 16 Volts, pois se aproxima do limite de
condução reversa dos diodos Zener.
Consulte os fabricantes dos diodos para obter informações sobre tolerâncias quanto à fuga de
corrente.
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Dica, como se define no dicionário, nada mais é que uma indicação, informação ou sugestão
essencial a uma matéria. Nas oficinas se aplicam em diferentes situações, como: indicar a
causa provável para um determinado sintoma ou defeito do veículo ou peça, sugerir um meio
ou forma de teste, entre outros. Para usar-las e sobre tudo obter resultados satisfatórios, se
faz necessário estabelecer alguns critérios. Uma informação forte é como um boletim
informativo, descreve uma falha que ocorre freqüentemente num certo componente ou
veículo e propõe uma solução. Podem ser problemas decorrentes de uso, montagem,
manutenção que fatalmente leva a um estagio culminante, por exemplo: Falha no aterramento
da Kombi/Gol com sistema de injeção MP9 – queima da bobina de ignição – possível falha de
conexão a massa (aterramento).
As dicas sugestivas enumeram os elementos relacionados com certo defeito, são verdadeiros
atalhos que direcionam o trabalho, por exemplo: marcha lenta oscilando – pode estar
relacionado com falhas do potenciômetro, sensor de temperatura, atuador marcha lenta, etc.
Lançar mãos deste artifício como método único, seguindo-os fielmente sem um raciocínio
lógico ou suficiente conhecimento do assunto não trará o resultado esperado.
Prá mim, o que melhor define os critérios a serem considerados é a “Visão sistêmica do carro”,
alusão ao termo adotado nas grandes empresas.
Neste contexto, a dica é somente uma parte do todo, um fragmento do conhecimento que se
deve obter, portanto não exime a obrigatoriedade do técnico de exceder as barreiras
tecnológicas por meio do estudo adequado e das atualizações permanentes.
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Principais cuidados:
2 – Não é recomendável a troca de diodos do retificador, pois os diodos são selecionados para
se obter uma similaridade na tensão Zener, caso contrário sobrecarregaria um ou mais ramais
de proteção.
4 – A aparência física do diodo Zener pode ser similar a um diodo comum, o que causa
enganos.
5 – Não montem retificadores ou diodos comuns em alternadores que tenham diodos Zener,
pois isto inutiliza a proteção dos componentes eletrônicos do veículo podendo causar a sua
queima.
6 – Pelo mesmo motivo do item cinco, não substitua um alternador que tenha diodo Zener por
outro comum.
Para os que desejem conhecer mais sobre os retificadores Zener, aguardem, em breve farei
uma postagem detalhando seu funcionamento.
Um engano, uma hipótese inconsistente, cabeça quente, e “vualá”, algo simples se torna num
pesadelo.
Certa vez me pediram um curso somente com aulas práticas, embora fosse atípico, concordei
em fazê-lo.
Após as apresentações iniciais e um pouco de lorota para quebrar o gelo, o chefe da oficina me
disse que o carro tinha um problema difícil de solucionar e que seria perfeito para a aula. Que
providencial, pensei, esboçando apenas um leve sorriso. Deu partida, o motor pegou "de
primeira", e então me disse:
- Viu! Com o motor frio é uma maravilha pra pegar, más não funciona com o motor quente. Faz
um mês que está assim, já substituí o sistema KE por carburador, e aí sim acaba o problema.
Pena que não posso deixar com carburador!
Como era um curso prático, pedi para ligassem o equipamento de testes e fizessem todas as
medições possíveis, começando pelo sistema de ignição. Dirigi todas as provas ressaltando o
uso correto do equipamento e esclarecendo dúvidas. Demorou tempo suficiente para que o
motor esfriasse e voltasse a funcionar. Com o motor ligado, sugeri que continuassem com os
testes do sistema de ignição. A essa altura eu já havia percebido uma anormalidade potencial
para o defeito, más devido ao trabalho passivo, não foi notada pelos participantes. Então, os
alertei que deveriam rever as medições e confrontar os resultados com o manual do sistema.
Por fim se deram em conta de que o ângulo de permanência, 65 graus fixo, não enquadrava.
Com um sorriso aberto, e numa respirada bem fundo e pausada, retrucou um dos técnicos:
– Ha há... Eu já desconfiava deste módulo de ignição!
A situação oposta à regulagem II, simulada aquí com a tensão do MAP em 1,75 V na marcha
lenta, pode ser apreciada na tela do scanner.
A alta tensão do MAP é entendida como aumento da pressão absoluta (grupo 2 – bl 4),
falseando o cálculo da carga do motor para um valor maior. Como resultado final tem-se: o
aumento do tempo de injeção, o enriquecimento da mistura e naturalmente a alta tensão da
sonda Lambda. O regulador de mistura reage perante a tensão Lambda reduzindo o volume de
injeção, agora em – 20% (grupo 33 – bl 1), para que se faça a devida compensação.
Após restabelecer as condições normais, a regulagem da mistura (Grupo 1 – bl 3) passa a
trabalhar em torno de zero. Observe que a pressão do coletor (Grupo 2 – bl 4) e a carga
calculada (Grupo 2 – bl 2) estão inferiores a condição anterior.
No grupo 32 - bloco 2 mostra que a regulagem se faz sobre uma mistura ainda adaptada. Os
parâmetros finais serão estabelecidos após a realização de ciclos de partida e condução do
veículo, conforme estratégia programada no módulo.
Possíveis causas: Tensão do sensor carga elevada, sensor temperatura, alta pressão de
combustível, estanqueidade do regulador de pressão ou válvulas, sonda Lambda, etc.
Conclusão: A regulagem da mistura é feita com base a tensão Lambda, se está alta (mistura
rica) implica em redução de injeção, regulador com correção negativa e tensão baixa (mistura
pobre) implica em aumento de injeção, regulador com correção positiva.
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Reconhecer os sintomas que se apresentam em um sistema com defeito é sem dúvida uma
grande vantagem para agilizar o diagnóstico. Seguindo esta linha de pensamento enumero
alguns sintomas de mal funcionamento que se confirma na ignição transistorizada indutiva da
Bosch, conhecida por sistema TSZi, e suas principais causas.
Lembre-se que fugas de corrente na tampa, cabo de vela ou rotor do distribuidor produzem os
mesmos sintomas descritos neste item.
Vocês já devem ter percebido que, com o desuso do distribuidor, referenciar a carga da bobina
com o ângulo de permanência é um tanto quanto irreal.
Como se vê, a carga da bobina depende do tempo, sendo este o parâmetro a ser vislumbrado
em qualquer caso.
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Como alerta, posso dizer que já constatei danos em bobinas de ignição, as que possuem
transistores incorporados, causados pelo seu uso. A corrente elétrica da lâmpada de teste ou
LED excita o transistor e liga a bobina de ignição ao se tentar detectar os pulsos de comando
da etapa de potencia. Durante o teste, o cilindro correspondente à bobina de ignição falha e a
corrente primaria sobrecarrega a bobina.
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Condição normal: Regulagem Lambda oscila, a pressão do coletor está normal, a adaptação
mistura está normal.
Para ver na prática a atuação do integrador ou regulador de mistura foi reproduzido uma
falha que ocorre principalmente em veículos GM - sensor MAP incorreto – Foi substituído o
MAP original de 10 a 115 kpa por outro de 20 a 105 kpa.
Com o MAP errado a pressão atmosférica medida está acima do normal (deveria ser 920
mbar).
Em marcha lenta a pressão do coletor é mais baixa, o que leva a um calculo errôneo da massa
de combustível e deixa a mistura pobre. Consequentemente a tensão Lambda é fixada a níveis
próximos de zero devido ao excesso de oxigênio no escape. O integrador (regulador de
mistura) é forçado a aumentar em 25% o volume de injeção para corrigir a mistura. A tensão
da sonda Lambda volta a oscilar após a correção.
Conclusão:
Embora possa haver erros de correção Lambda memorizados a falha nem sempre é causada
pela sonda.
Sob esta condição, procure identificar e verificar todos os possíveis defeitos que causariam um
aumento de oxigênio no escape em marcha lenta.
Algumas falhas que levam a uma correção anormal positiva: mistura pobre, falha de ignição,
baixa vazão da válvula de injeção, fuga de ar no coletor de escape/admissão, tensão baixa do
sensor de carga, falha mecânica no motor, tensão do sensor de temperatura baixa, pressão de
combustível baixa, tensão Lambda baixa, fuga da válvula EGR/canister, etc.
Regulagem (adaptação) Lambda III
Um processo de diagnóstico é algo que deve ser elaborado com muito cuidado por
profissionais e chefes de oficinas. Devido à falta de conhecimento muitos equipamentos são
raramente aproveitados, ficando jogado em um canto qualquer da oficina ou posicionado
estrategicamente para impressionar o cliente. Equipamentos de teste são ferramentas, e como
tal devem ser utilizados conforme o caso, porém frequentemente é pouco utilizado mesmo
quando necessário.
Elevar o padrão de qualidade e reduzir a perda de tempo é um dos requisitos para tornar uma
empresa mais competitiva. Portanto, criar procedimentos de diagnósticos e treinar pessoal é
extremamente importante para ser bem sucedido. Não é algo simples, pois reúnem uma série
de fatores, como: experiência profissional, conhecimentos teóricos, habilidades em manusear
equipamentos de testes, conhecimentos de certos detalhes a respeito de um sistema ou
modelo de veículo, etc.
Pois é, nem tudo se resolve com uma oficina bem instalada e equipada, falta ainda o
ingrediente principal: gente de olho vivo, com a paixão de um “Sherlock Holmes” e sentidos
aguçados. Nem todos têm dom para a investigação, embora se revelem excelentes
profissionais, e com habilidades diversas em montar, desmontar, ajustar entre outras.
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A verificação da alimentação elétrica é uma regra básica para qualquer diagnóstico elétrico ou
eletrônico. O alternador é a fonte de alimentação principal do carro, responsável por manter a
carga da bateria e fornecer energia para todos os consumidores. A bateria armazena energia
para alimentar o motor de partida e os consumidores, temporariamente, na falta do
alternador.
Roteiro:
Uma técnica simples e bastante útil permite adaptar uma pinça de alta capacidade para medir
correntes mais baixas. Basta envolver a pinça com algumas voltas do cabo do circuito onde se
deseja fazer a medição, para torná-la sensível às medições de corrente de pouca intensidade.
A pinça de 100 A (foto) estará adaptada para medir correntes de até 20 A, ao ser envolvido
com cinco voltas do fio do circuito onde será medido a corrente.
Lembre-se a intensidade de corrente medida será o valor da leitura dividido por cinco,
proporcional a quantidade de espiras enrolada na pinça.
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Com a aprovação da lei de inspeção veicular em vigor na cidade de São Paulo o uso do
analisador de gases, imprescindível para homologação da oficina e até mesmo para fazer uma
revisão preparatória ou corretiva, será cada vez maior.
Tão importante quanto um bom equipamento, é estar devidamente treinado para fazer um
diagnóstico acertado e solucionar os problemas relevantes. Os profissionais que quiserem
consagrar-se neste campo devem estudar mais detalhadamente a combustão dando ênfases à
formação dos gases contaminantes, ao desempenho do catalisador, regulagem Lambda, blow
by do motor, EGR, canister entre outros.
Não é nenhuma surpresa o descuido que há nestes quesitos, tanto por parte dos proprietários
de veículos quanto pelos profissionais do ramo, pois até agora não existia nada que
convencesse alguém a substituir um catalisador ou fazer uma manutenção mais apurada. Não
podemos colocar toda a culpa na situação econômica em que vivemos, tão pouco podemos
usar o argumento da inspeção obrigatória para impor preços e serviços de forma abusiva. De
qualquer maneira, como citado na reportagem imprensa GMA, o mercado determina as
regras.
Como tenho visto em outros países, outras medidas deverão e certamente serão tomadas para
compor com melhor eficácia o combate ã poluição em zonas mais críticas, sem o detrimento
nos direitos das pessoas. Além do rodízio existem outras medidas bem interessantes, como:
criação de vias rápidas, inversão de mãos em grandes avenidas em horário de pico,
transmissão de radio com informativos da situação do transito em determinadas zonas, zona
restrita a veículos mais poluidores (carburados). Por outro lado a redução ou isenção de
impostos no seguimento de fabricação e vendas de equipamentos necessários para a inspeção
veicular e financiamentos mais adequados para a sua compra seriam bemvindos.
Fonte de alimentação DC
Habitualmente os componentes são testados nos veículos, entretanto nos casos suspeitos ou
até por comodidade e segurança, o técnico prefira comprová-los na bancada.
Nestes casos é necessário ter uma boa fonte de alimentação DC com proteção,
preferencialmente ajustável.
Para quem não quer gastar muito, aproveitar a fonte de um velho PC é uma sugestão
econômica e bastante razoável. Tenho usado uma fonte do meu antigo 486, na qual juntei os
cabos de saídas comuns, conectando-os a bornes rápidos para facilitar o trabalho.
Para unificar cada uma das saídas una os fios de cores iguais e conecte-os ao borne
escolhido, foto ao lado.
Esta fonte tem saída para +12 V, -12V, +5V, -5V, com proteção de sobrecarga e corrente de
acordo com a fonte usada.
Caso use uma fonte mais modernas, tipo TX, adicione o botão
liga/desliga entre os terminais PS ON (fio verde) e o negativo (GND), como mostra ao lado
(sem interligar estes pontos a fonte não liga).
Veículo: Fiat - Marea 2.0l. Serve como referência para quase todos os veículos que
possuem sensor de rotação indutivo e sensor de fase Hall simples no eixo de comando.
Utilidade: Checar a correta montagem da correia dentada e a integridade dos sensores de fase
e rotação
Vale à pena comentar sobre a ignição eletrônica indutiva, pois ela ainda está presente em um
número considerável de veículos. Como muitos profissionais sabem, o sensor indutivo gera um
sinal de corrente alternada, comandando o desligamento da bobina de ignição no momento
em que a tensão se torna negativa.
Uma idéia simples para testar a funcionalidade do módulo é usar um transformador com uma
saída de 6 ou 12 VCA para simular o sensor indutivo e em lugar da bobina de ignição, uma
lâmpada como carga. Efetue as medições de tempo de ligação ou ângulo de permanência com
um multímetro automotivo.
Use sua criatividade!!! Esta montagem pode ser usada como: pulsador de bicos injetores, para
testar bobinas de ignição, testar atuadores de marcha lenta de uma bobina, etc.
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Falhas de ignição
Com a disseminação dos veículos injetados muitos técnicos colocaram o sistema de ignição em
segundo plano, sempre que há uma falha no carro vão logo dizendo que é a “injeção
eletrônica”.
Vacuômetro
Com o scanner pode ser lido o valor real do ângulo de borboleta, já processado pela UCE, e
com um multímetro pode ser medido os valores de tensão no componente, como indicado a
seguir.
Com o objetivo de detectar ruídos elétricos nas pistas dos potenciômetros e checar o
sincronismo do sinal, o uso do osciloscópio completa os testes necessários.
Sinal obtido no corpo de borboleta do Fiat Tipo 1.6L sistema MA1.7
Pela imagem do osciloscópio, figura acima, pode ser constatado que os sinais das pistas estão
isentos de ruídos elétricos. O sincronismo fica demonstrado pela evolução do sinal de tensão
da pista 2, incrementado a partir do momento que a tensão da pista 1 atinge
aproximadamente 3,0 V.
Este conceito se aplica a todos os sistemas monomotronic Bosch aplicados na PSA, VW, GM,
etc. bastando observar os parâmetros específicos em cada caso.
Sintomas de defeitos:
Sendo o sensor principal para o cálculo do volume de combustível injetado, a falha neste
componente pode provocar fortes alterações na mistura ar/combustível, no consumo, na
emissão de gases, marcha lenta irregular e solavancos durante a condução do carro. Erros de
sonda e adaptação lambda também podem ser encontrados.
As informações contida na maioria dos manuais de reparação são genéricas e muitas vezes
insuficientes para realizar um diagnóstico eficaz, desta maneira as imagens dos sinais obtidas
com o osciloscópio, em veículos que passam diariamente na oficina pode incrementar a base
de dados existente.
Retire o relê da bomba e conecte o multímetro nos bornes de contato geralmente b30 e b87.
Crie este hábito, é fácil e rápido, além de comprovar o perfeito funcionamento do sistema e
prevenir-se contra falhas ocultas, ajuda a familiarizar-se com o sistema
Códigos de defeitos
Os códigos de defeitos na linha VW podem ser apresentados na tela do scaner por um número
decimal entre 00000 a 65535, por um número hexadecimal ou pelo código alfanumérico de
cinco dígitos previsto na norma OBD II.
Às vezes acontece que o código mostrado no scaner, um hexadecimal, não conste na lista ou
manual de serviço.
Uma sugestão simples é converter o número hexa em decimal, confrontando-o com uma lista
apropriada.
Selecione o botão Hex, digite o código hexadecimal listado por ex: 44CC, clicando em seguida
no botão Dec. O código decimal correspondente é 17612.
Ambas são sensíveis ao teor de oxigênio no gás de escape, porém quanto ao funcionamento
são totalmente diferentes, a de zircônia é geradora de eletricidade, funciona como uma pilha,
e a de titânio é uma resistência variável. Uma resistência substituiria a bateria do seu celular?
Claro que não, então, podemos dizer que as sondas não são intercambiáveis.
• As sondas de 4 fios são diferentes também quanto à ligação do negativo do sensor, que pode
ser isolado ou aterrado na carcaça. A aplicação equivocada pode resultar em: instabilidade da
marcha lenta, falhas de aceleração, consumo alto de combustível, emissões irregulares, falhas
de regulagem Lambda. Faça um teste de continuidade e compare com a sonda original.
• As potências dos PTCs de aquecimento das sondas variam. Uma potência alta pode danificar
a sonda por superaquecimento e a baixa potencia não irá aquecer-la suficientemente,
ocasionando erros de mistura. Algumas unidades de comando monitoram o aquecedor e pode
detectar o erro na potencia do PTC.
Frequentemente ocorrem casos em que mesmo após trocar a sonda Lambda, o defeito ou
sintoma de falha no veículo permanece.
Qual é a razão? A primeira coisa que se deve considerar é: A sonda é um sensor usado para
detectar o teor de oxigênio no gás de escape, assim a unidade de comando do motor pode
deduzir a relação de mistura ar-combustível queimada no motor. Desta maneira o comando
eletrônico pode corrigir a mistura, a limites pré-estabelecidos, reajustando o volume de
combustível injetado. Um erro de correção será gerado, caso não seja possível a compensação
da mistura.
O que significa isso? Por exemplo, ao falhar a vela de ignição de um cilindro, haverá um
aumento do volume de oxigênio no gás de escape, a sonda Lambda informará o excesso de ar
que será deduzido pelo comando eletrônico como mistura pobre. A reação esperada será o
aumento no volume de combustível injetado, como medida de correção.
De maneira idêntica qualquer falha que altere fortemente a mistura, pode gravar um erro de
mau funcionamento na unidade de comando, atribuindo-o à sonda Lambda, sob o rótulo de
mistura rica, pobre ou sonda defeituosa.
Possíveis falhas: sensores ou atuadores com defeito, mecânica do motor, sistema de ignição,
entrada de ar no coletor de admissão ou escape, sistema de arrefecimento do motor, etc.
O que fazer? É prudente investigar todos os elementos que tenham relação com a falha
memorizada, e sanar a causa do defeito (troca da vela no exemplo dado). Não se deve trocar a
sonda Lambda, exceto si é ela a causadora do problema ou sofreu algum dano devido ao mau
funcionamento.
Oscilograma de sincronismo entre o sensor de fase e de rotação do motor. Útil para verificar a
montagem da correia dentada e a integridade dos sensores.
A flexibilidade de aplicação permite o uso deste componente em veículos leves e pesados com
qualquer tipo de combustível ou sistema de injeção.
Apesar de ser um produto que ganha espaço nos novos sistemas, já encontrei este sensor num
Volvo 98.
Testar eficientemente uma conexão à massa (terra), sempre foi uma dor de cabeça para
muitos profissionais. Uma simples medição de resistência nem sempre é definitivo, seja pela
sensibilidade do medidor ou devido as influencias do meio. As falhas de contato geralmente
são intermitentes e frequentemente se apresentam durante o funcionamento, sob vibrações e
com carga elétrica. Portanto, é recomendável medir a queda de tensão, fazendo circular
através da conexão uma corrente elevada. Para os componentes de ciclo pulsado,
uma forma eficaz de constatar a falha da conexão, é medir a queda de tensão com um
osciloscópio, durante o funcionamento do motor. Para este procedimento, toque a pinça de
sinal do osciloscópio no terminal a ser testado e a pinça do negativo ao borne negativo da
bateria. Lembre-se que esta prova só é válida quando a falha está presente durante o teste.
Diagnóstico de falha
Já recebí incontáveis pedidos de ajuda, cuja troca de componentes suspeitos não deram
resultados satisfatórios. Houve uma ocasião, em que o técnico alegou haver trocado a sonda
Lambda por três vezes, e ainda assim persistia o erro neste sensor. Ora, se você tem dor de
cabeça, toma comprimido varias vezes, e dor não passa, você certamente se pergunta: por
quê?
Fazer um diagnóstico é mais que ver a falha, é encontrar a causa do problema, portanto
faça como as crianças, questione. Por quê existe erro neste sensor? Quais poderiam ser as
prováveis causas para o erro ou inconveniente? Se este sensor está defeituoso, seria este o
sintoma que apresentaria no veículo?
As pistas destes componentes são suscetíveis à contaminação por sujeiras e desgaste pela
fricção do cursor.
Imaginem aquele radio, onde o nível sonoro sobe, abaixa ou aquele indicador de nível de
combustível cuja agulha oscila. Pois é, este é o ruído elétrico, que afeta qualquer equipamento
que use potenciômetro.
No equipamento de som, por exemplo, se reconhece que o potenciômetro está ruim pelo
ruído sonoro no altofalante, no momento que se ajusta o volume. Nos sistemas eletrônicos do
automóvel, necessitamos saber sua função e sobre tudo, reconhecer os sintomas causados por
sua falha.
Lembre-se que um sintoma de falha, pode envolver vários componentes que possuem o
mesmo principio básico. Além disso, às vezes não estão disponíveis e comprá-los pode sair
caro. Enfim, ruído elétrico, pequenas interrupções, mau contato etc. podem ser imperceptíveis
ao verificar o potenciômetro com um multímetro comum, “scaner” e mesmo o
autodiagnóstico, nem sempre, detecta seu mau funcionamento.
Existem outras maneiras para testar um potenciômetro? Sim, entre elas podemos citar os
multímetros gráficos ou analógicos e o osciloscópio com gravação de tela.
Qual é melhor? Não existe uma resposta exata, todos podem ser usados com os devidos
critérios.
Para refletir sobre este tema, ilustro a seguir gráficos de um medidor de fluxo de ar defeituoso,
obtidos com um multímetro gráfico e um osciloscópio.
Neste diagrama, obtido com um multímetro gráfico, a evolução do sinal e seus valores são
claros, porém não é possível visualizar nenhum defeito.
Repetindo o teste, agora com o osciloscópio, sob as mesmas condições, fica evidente
no oscilograma acima, que há uma falha na pista do potenciômetro.
Dúvida!
Isto demonstra que, além de saber como funciona e como se prova um componente, é
necessário conhecer profundamente as possíveis falhas e as limitações dos equipamentos de
testes empregados no diagnóstico.
Vacuômetro eletrônico
É necessária uma fonte com uma saída de +5 V e -5V perfeitamente estabilizada, de baixa
corrente, pois o consumo é muito baixo. Melhor resultado pode ser obtido usando
potenciômetros trimpot multivoltas. Para calibrar, basta ajustar o trimpot de 200 Ohms para
obter uma leitura de 12,2 mV entre o negativo do instrumento e o 0 Volts. Interrompa o
ponto S, conectando ao positivo de 5 Volts, ajuste o trimpot de 20k para uma saída de 97,7 mV
entre o positivo do instrumento e o 0 Volts.
Eu usei uma derivação T, com uma saída conectada ao MAP do aparelho, outra ao MAP sob
teste ou qualquer componente que se deseje testar e a última a bomba de vácuo (como não
tenho uma, usei uma seringa grande... experimente vai se surpreender!)
Existem muitos casos em que pode ser interessante medir a rotação de um motor, quer seja
ele de uma máquina ou de um automóvel. O circuito que apresentamos fornece a indicação
analógica da rotação de um motor, podendo ser usado um multímetro para sua visualização. O
circuito pode ser adaptado tanto em carros de modelos antigos que usem platinado como em
qualquer outro tipo de veículo ou motor utilizando-se um sensor tipo reed.
A alimentação é feita com uma tensão de 12 V que, no caso de um veículo antigo, pode ser
retirada de qualquer ponto de seu circuito.
O princípio de funcionamento deste circuito pode ser usado para a medida de outros
fenômenos repetitivos como oscilações, vibrações de peças mecânicas, etc.
Como Funciona
Assim, se a freqüência dos pulsos de disparo aumentar, o que diminui é a distância entre os
pulsos de saída, conforme mostra a figura 1.
Integrando a tensão dos pulsos de saída com um circuito apropriado, vemos que a tensão
média que obtemos estará entre um valor mínimo para entrada de freqüência nula, a um valor
máximo que corresponde à freqüência cuja constante de tempo é dada pelo RC do
monoestável.
Os leitores que desejarem trabalhar com outras faixas de rotação podem alterar esses
componentes.
No nosso caso, como o circuito se destina a aplicação automotiva onde é ligado a um platinado
de carro que está em série com a bobina de ignição incluímos o diodo zener Z2 para proteção
contra picos de alta tensão. Em outras aplicações em que a carga não é indutiva, esse
componente pode ser eliminado.
Montagem
Na figura 5 mostramos uma alteração do circuito de entrada para usar um sensor tipo reed e
um imã preso ao rotor do motor cuja rotação deve ser monitorada.
Para o caso de um multímetro, deve ser usada a escala mais baixa de corrente com a
observação da polaridade.
O conjunto pode ser instalado numa pequena caixa de plástico. O instrumento indicador pode
ficar nessa caixa ou longe dela, num painel de controle, por exemplo.
Prova e Ajuste
O ajuste pode ser feito com o circuito da figura 6 que gera um sinal correspondente a 3 600
rpm.
Coloque o trimpot P1 na posição que corresponda a esse valor de rotação numa escala de 0 a
6000 rpm, por exemplo.
No carro, use fio protegido para ligar ao sensor (platinado) se seu carro for do tipo antigo. Se
for outro tipo de motor, fixe o pequeno imã numa parte móvel e o sensor (reed) nas
proximidades.
Semicondutores:
P1 - 470 k ? - trimpot
Capacitores:
C2 -47 µF x 12 V - eletrolítico
Diversos: