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Mpag10 Testes Avaliacao Unidade 1

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Unidade 1 | Matriz do teste de avaliação | Modelo IAVE

Teste n.° 1 – Poesia trovadoresca


Domínios – Educação Literária; Leitura e Gramática; Escrita.

Objetivos Conteúdos Estrutura Itens/cotação

Educação Literária (EL 10) Grupo I

Ler e interpretar textos literários. Texto literário: texto 3 itens de resposta 1. 20 pontos
poético de D. Dinis – curta
2. 20 pontos
cantiga de amor.
3. 20 pontos

1 item de seleção 4. 18 pontos

Total – 78 pontos

Leitura (L 10) Grupo II

Ler e interpretar textos de diferentes Texto de leitura não 7 itens de escolha 1. 10 pontos
géneros e graus de complexidade. literária presente no múltipla
2. 10 pontos
programa de 10.° ano
(relato de viagem). 3. 10 pontos

4. 10 pontos
Gramática (G 10)
5. 10 pontos
a) Reconhecer processos – Fonologia: processos
fonológicos que ocorrem no fonológicos. 6. 10 pontos
português (na evolução e no
– Sintaxe: funções 7. 10 pontos
uso).
sintáticas e a frase
b) Analisar frases simples e 1 item de resposta 8. 10 pontos
complexa.
complexas (identificação de restrita
constituintes e das respetivas
funções sintáticas, classificação
de orações). Total – 80 pontos

Escrita (E 10) Grupo III


a) Planificar a escrita de textos. a) Planificação. 1 item de resposta Item único – 42 pontos
b) Escrever textos de diferentes b) Texto expositivo. extensa
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géneros e finalidades.
c) Textualização.
c) Redigir textos com coerência e
d) Revisão.
correção linguística.
d) Rever os textos escritos.

Total – 200 pontos


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Unidade 1 | Teste de avaliação

GRUPO I
MP
AG
10
DP
Apresente as suas respostas de forma bem estruturada. ©
Por
to
Edi
tor
a

Leia o texto. Se necessário, consulte as notas.

Que soidade de mia senhor hei1


quando me nembra dela qual a vi
e que me nembra que ben’a oí2
falar; e por quanto bem dela sei,
5 rog’eu a Deus, que end’3há o poder,
que mi a leixe, se lhi prouguer4, veer

cedo; ca, pero mi nunca fez bem,


se a nom vir, nom me posso guardar
d’ensandecer ou morrer com pesar;
10 e porque ela tod’em poder tem,
rog’eu a Deus que end’há o poder
que mi a leixe, se lhi prouguer, veer

cedo; ca tal a fez Nostro Senhor,


de quantas outras no mundo som
15 nom lhi fez par, a la minha fé5, nom;
e poila fez das melhores melhor,
rog’eu a Deus que end’há o poder,

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que mi a leixe, se lhi prouguer, veer

cedo; ca tal a quiso Deus fazer,


20 que, se a nom vir, nom posso viver.
D. Dinis, in Graça Videira Lopes (coord.), Cantigas Medievais
Galego-Portuguesas – Corpus integral profano, Vol. 1, Lisboa, BNP, 2016, p. 187

NOTAS
1
hei – tenho.
2
oí – ouvi.
3
end’ – disso.
4
prouguer – quiser.
5
a la minha fé – por minha fé.

1. Explicite duas características de género das cantigas de amor. Apresente, para cada uma delas, uma
transcrição pertinente.
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2. Transcreva a hipérbole presente na terceira estrofe e interprete o seu sentido.

3. Refira a importância do dístico final para a compreensão global da cantiga.

4. Complete as afirmações abaixo apresentadas, selecionando a opção adequada a cada espaço.


Na folha de respostas, registe apenas as letras – a), b) e c) – e, para cada uma delas, o número que
corresponde à opção selecionada em cada um dos casos.

Do ponto de vista formal, a cantiga apresenta um refrão. Uma evidência é       a)      . Quanto
ao desenvolvimento temático, é possível associar o sentimento amoroso ao amor cortês. De facto, a
expressão “rog’eu a Deus” (v. 5) mostra não só a       b)       como também       c)      .

a) b) c)

1. o facto de este ser constituído 1. súplica 1. a submissão do trovador face à


por um dístico “senhor”

2. a repetição dos dois últimos 2. exigência 2. a proximidade entre a “senhor” e


versos nas três primeiras o trovador
estrofes

3. a existência de quatro estrofes, 3. ordem 3. a vassalagem da “senhor”


todas elas constituídas por perante o trovador
dísticos

GRUPO II

Leia o texto.

Nas minhas notas tinha assinalado o possível episódio emocional da travessia da


ponte medieval do Alcôrce1 – esta ponte é antiga, mas antes dela deve ter havido
outra mais antiga ainda. Romana. Quem sabe o que aconteceu a essa primeira ponte?
E talvez tenha existido ainda outra sucessiva, árabe, antes de se ter edificado esta que
5 eu agora quero atravessar.
Mandada construir por D. Dinis para transpor o rio do Alvisquer 2, para todos os
efeitos, a ponte do Alcôrce é um dos testemunhos mais genuínos da Idade Média que
fazem parte do meu caminho – aliás, um dos poucos que são o próprio caminho.
Certamente as fachadas de algumas igrejas, as muralhas e as alcáçovas, os bairros
10 históricos na sua dimensão e tortuosa complexidade também me poderão ilustrar as
linhas e os volumes urbanos que um viajante medieval teria encontrado na sua
viagem. Mas não são elementos do percurso, pertencem à paragem no final de cada
etapa.
À falta de vias romanas e caminhos árabes identificados e recuperados, de
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15 marcos miliares a assinalar as milhas para Aeminium 3, de barcaças de madeira a ligar


as margens e também de estações de muda onde os cavalos e os caminhantes
repousassem, à falta de mais património material que resista desde os tempos em que
o pequeno António passou por aqui, ergue-se este solitário vestígio da sua viagem
país acima.
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MP
20 Daí a carga emocional que as minhas expectativas foram construindo sobre a sua AG
10

travessia. “Não atravesse a Vala por aí, essa é a ponte velha”, avisa-me uma senhora DP
©
Por
apressada que se cruza no meu caminho. “Por ali tem a estrada com a ponte nova, to
Edi

isso aí é só um desvio que lhe fica mais longe.” Hesito. Será que vale a pena explicar- tor
a

lhe que é isso mesmo que quero? Ou agradeço apenas, mas continuo a caminhar na
25 direção da ponte? Ao ver a minha hesitação, ela, para me convencer definitivamente
de que estou enganado, conclui com cumplicidade: “Vai para Fátima, não é?”
Gonçalo Cadilhe, Por este rio acima,
Lisboa, Clube do Autor, 2020, pp. 78-79

NOTAS
1
ponte medieval do Alcôrce – exemplar da arquitetura medieval, situada em Santarém.
2
rio do Alvisquer – troço de rio situado em Santarém.
3
Aeminium – antiga cidade romana de Coimbra.

1. O texto apresenta marcas características do género


(A) relato de viagem.
(B) apreciação crítica.
(C) exposição sobre um tema.
(D) artigo de opinião.

2. De acordo com o conteúdo do primeiro parágrafo, a travessia da ponte medieval mostra


(A) o desconhecimento do passado português.
(B) a existência de pontes romanas.
(C) o objetivo da sua viagem.
(D) a presença árabe em Portugal.

3. A perspetiva expressa pelo autor no segundo parágrafo do texto


(A) enfatiza o valor que este dá à caminhada.
(B) realça a importância dos vestígios medievais.

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(C) comprova a escassez de elementos medievais.
(D) estabelece um contraste entre várias épocas.

4. Na expressão “solitário vestígio” (linha 17), a palavra “solitário” está associada à ideia de
(A) incomum.
(B) atual.
(C) exuberante.
(D) original.
Ma
rc
5. No último parágrafo do texto, a hesitação do autor realça aa

(A) a necessidade de repousar ao chegar à ponte velha.
gi
(B) a importância da travessia da ponte no seu caminho. na
10
(C) o medo da travessia de uma ponte tão velha.
Te
(D) o receio de não seguir o conselho da senhora.
ste
s
de
6. A oração destacada no segmento “Quem sabe o que aconteceu a essa primeira ponte?” (linha 3) é av
ali
(A) subordinada adjetiva relativa restritiva. aç
ão
(B) subordinada adjetiva relativa explicativa.
(C) subordinada substantiva completiva.
(D) subordinada substantiva relativa.

7. A expressão “para Fátima” (linha 25) desempenha a função sintática de


(A) complemento oblíquo.
(B) complemento direto.
(C) predicativo do sujeito.
(D) modificador.

8. Identifique os processos fonológicos ocorridos em:

a) EGO > eo > “eu” (linha 4);

b) IBI > ii > i > “aí” (linha 20).

GRUPO III

Escreva uma exposição, de 120 a 150 palavras, sobre os diferentes papéis que a Natureza pode
desempenhar nas cantigas de amigo.
A sua exposição deve respeitar as orientações seguintes:
- uma introdução ao tema;
- um desenvolvimento no qual indique dois dos diferentes papéis que a Natureza pode desempenhar nas
cantigas de amigo, fundamentando cada um deles com referência a poemas lidos;
- uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

FIM

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