Didatica Qui II
Didatica Qui II
Didatica Qui II
Trabalho de Campo 1
Sessão I
Tema: Teoria Construtivista e o aproveitamento das preconcepções dos alunos na disciplina de
química
Introdução
A química é considerada por grande parte dos alunos como sendo uma matéria de difícil
aprendizagem. Na tentativa de superar essa imagem distorcida dessa área do conhecimento se faz
necessário promover estratégias didáticas que possibilitem o papel ativo do aluno favorecendo a
compreensão dos conteúdos envolvidos na disciplina.
Herron (1996) citado por Souza (s/d), sugere que uma das formas de identificar as dificuldades de
compreensão dos alunos de Química consiste em estar atento ao que eles expressam. para
identificar as dificuldades de aprendizagem dos alunos usando perguntas Herron (ibdem) afirma
que o acto de formular perguntas estimula o processo de pensamento de quem questiona e revela
as ideias e concepções por detrás das perguntas, numa visão construtivista da aprendizagem,
compreendendo que é essencial o conhecimento das ideias prévias dos alunos e que estas podem
constituir uma fonte de dificuldades na aprendizagem.
Este trabalho de caracter avaliativo, tem como objetivo fazer entender o papel da Teoria
Construtivista no aproveitamento das preconcepções dos alunos para compreensão dos
conteúdos da disciplina de química. Ainda, este trabalho apresenta uma estrutura que parte da
introdução, desenvolvimento do conteúdo Teoria Construtivista e o aproveitamento das
preconcepções dos alunos na disciplina de química (descrição da teoria construtivista,
preconcepções dos alunos na disciplina de química e apresentação de um estudo de Maciel e
Menezes sobre as contribuições de uma abordagem construtivista nas aulas experimentais de
química), conclusão e referencias bibliográficas.
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A química é considerada por grande parte dos alunos como sendo uma matéria de difícil
aprendizagem, o construtivismo como sendo os princípios norteadores para uma aprendizagem
mais significativa, pois trazem consigo a ação dinâmica do processo de ensino e aprendizagem.
Concordamos com Mackinnon (1999), quando afirma que este é um dos principais problemas
numa disciplina de introdução à Química:
Uma definição que tenha pouco significado para o aluno corre o risco de ser memorizada, tendo
um valor limitado na avaliação do entendimento conceitual. seja qual for o método de perscrutação
do entendimento conceitual do aluno, terá sempre limitações. Todos os esforços para examinar o
entendimento conceitual – incluindo o desempenho em testes, portfolios e outros procedimentos
normalmente defendidos como alternativa aos formatos dos tradicionais testes têm limitações.
Alguns pesquisadores desenvolveram um método para identificar as dificuldades de aprendizagem
dos alunos usando perguntas que estes formulam: O acto de formular perguntas estimula o
processo de pensamento de quem questiona e revela as ideias e concepções por detrás das
perguntas, numa visão construtivista da aprendizagem, compreendendo que é essencial o
conhecimento das ideias prévias dos alunos e que estas podem constituir uma fonte de dificuldades
na aprendizagem. também se acredita que as perguntas dos alunos podem constituir uma maneira
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mais adequada de obter informações sobre as ideias que causam problemas na aprendizagem do
que outros métodos tradicionalmente usados.
Nesta abordagem pretende-se analisar o estudo realizado por Maciel e Menezes nos alunos do 9º
ano do Ensino Fundamental do turno da manhã, da Escola Particular Instituto Ana Maria, que se
localiza na cidade de Paulista em Pernambuco.
Neste estudo de Maciel e Menezes, participaram do trabalho 15 alunos, de faixa etária entre 13 e
15 anos, a intervenção didática foi constituída por quatro etapas descritas a seguir:
A primeira delas objetivou discutir através de uma aula dialogada com os aspetos relativos
à ciência química e o seu objeto de estudo, bem como os conceitos de substâncias simples
e compostas, materiais homogêneos e heterogêneos e a importância de separar esses
materiais, durante a conversa os alunos prepararam diferentes materiais homogêneos e
heterogêneos;
A segunda etapa teve como objetivo compreender alguns métodos de separação, para tanto
os alunos foram organizados em cinco grupos, onde cada grupo recebeu uma questão-
problema que envolvia um método de separação para debater e em seguida apresentar as
alternativas para todos os alunos;
Na terceira etapa os alunos separaram o material feito inicialmente e também aprofundaram
as respostas as questões-problemas. Após o término das separações, houve uma discussão
sobre alguns aspetos inerentes a tais processos; e
A última etapa consistiu na aplicação de um exercício, que foi respondido individualmente
pelos alunos. O mesmo envolveu sete questões, das quais três eram abertas e quatro
fechadas, que exploravam os conteúdos estudados.
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Conclusão
Ainda focados no estudo, após o desenvolvimento das atividades em quatro (4) etapas, Maciel e
Menezes obtiveram as seguintes observações:
Através da análise das respostas dos alunos ao exercício percebeu-se que a maioria deles
(73%) compreendeu corretamente o conceito de fases, bem como a diferença entre material
e substância. No entanto, 27% dos alunos ainda apresentaram nas suas justificativas
confusões entre estes conceitos;
No que se refere aos processos de separação de materiais a maioria dos alunos (80%)
também apresentaram respostas corretas. O processo de ventilação teve uma boa
compreensão e foi observado que após a intervenção didática algumas das respostas foram
baseadas no conceito de densidade, o que era uma dificuldade bastante visível nas respostas
iniciais a questão-problema;
Entretanto, observou-se que alguns alunos tiveram dificuldades em explicar o processo de
destilação simples. Este fato pode ser atribuído por ser a destilação um método mais
complexo que envolve diferentes etapas.
Com essas observações pode se concluir que: i - a experimentação fundamentada nos pressupostos
da concepção construtivista da educação, foi utilizada como uma estratégia para construção de
conceitos químicos; ii - O uso de situações-problema e a discussão das mesmas contribuíram para
o professor perceber as concepções prévias dos alunos para a partir das concepções já existentes
trabalhar novos conceitos, bem como para motivar e desafiar os alunos ao processo de descoberta;
iii - Os resultados apresentados indicam que os conceitos discutidos na intervenção didática foram
bem compreendidos pelos alunos. Isto leva a entender que a vivência em sala de aula dos
pressupostos teórico-metodológicos da experimentação na abordagem construtivista,
proporcionou além da motivação, atitudes questionadoras e o estabelecimento de uma relação
dialógica que permitiu a discussão da teoria relacionada com as experiências do cotidiano dos
alunos.
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Referencias bibliográficas
1. Maciel, Gyrrezy Gomes & Menezes, Marilia Gabriela de (s/d). As contribuições de uma
abordagem construtivista nas aulas experimentais de química. http//www.goole.com
2. Rosa, Antonio Luis (s/d). Introdução a Filosofia 2º Ano. Modulo Único. Beira – Moçambique.
3. Silva, Kleyfton Soares da & Fonseca, Laerte Silva da (2019). Teorias da aprendizagem: perfis
de práticas no ensino de ciências e matemática. 1ª Edição. Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia de Sergipe (IFS).