Caderno Do Aluno 2021 1 Série Ensino Médio Final Impressao
Caderno Do Aluno 2021 1 Série Ensino Médio Final Impressao
Caderno Do Aluno 2021 1 Série Ensino Médio Final Impressao
Currículo
em Ação
1
PRIMEIRA SÉRIE
ENSINO MÉDIO
CADERNO DO ALUNO
VOLUME
3
Caderno do Aluno - 2021 - 1ªSérie - Ensino Médio.indb 1 20/07/2021 10:19:55
Governo do Estado de São Paulo
Governador
João Doria
Vice-Governador
Rodrigo Garcia
Secretário da Educação
Rossieli Soares da Silva
Secretária Executiva
Renilda Peres de Lima
Bons Estudos!
Coordenadoria Pedagógica
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Linguagens.......................................................................................5
Arte..................................................................................................................5
Língua Portuguesa.........................................................................................29
Língua Inglesa................................................................................................77
Educação Física...........................................................................................100
Matemática..................................................................................122
Inova.............................................................................................331
Tecnologia e Inovação..................................................................................331
Projeto de Vida.............................................................................................348
ARTE
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 01
TV UFBA especial (2014) - Ivani Santana e a Dança Telemática. disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=yNEE4nnliFU. Acesso em: 27 out. 2020.
InTOQue - Dança telemática. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=f2T4zinfQi4.
Acesso em: 27 out. 2020.
Versus. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=B_Zb6-pBom0. Acesso em:
27 out. 2020.
Questionamentos:
1. Existem diversas maneiras de detectar a relação da tecnologia com a dança, como são os casos
do vídeo dança, dança telemática, dança-computador. Você já havia observado esta relação an-
tes de assistir aos vídeos? Onde foi? Assistindo a uma apresentação, pessoalmente, na internet,
na TV? Comente sua experiência.
2. As linguagens da arte - dança, artes visuais, música e teatro estão cada vez menos estáticas. Nas
criações artísticas, músicos, coreógrafos, cineastas e designers dispõem de um amplo leque de
recursos, ferramentas e novas possibilidades, fruto do trabalho de profissionais, como cientistas,
desenvolvedores de softwares, pesquisadores, entre outros. De quais recursos e ferramentas
tecnológicas analógicas e/ou digitais, os bailarinos e coreógrafos poderiam se apropriar para
montar um espetáculo de dança?
3. Existem recursos tecnológicos que mapeiam, corrigem e sugerem novas propostas coreográficas
em dança. Você observou, nos vídeos a que assistiu, a utilização desses recursos? Tente lembrar
e descreva uma cena em que os profissionais da dança e da tecnologia fazem uso desses recur-
sos. Se for necessário, assista aos vídeos novamente.
4. Pensando que a relação entre dança e tecnologia ainda é muito recente em termos históricos e
está em processo de construção, no que diz respeito à integração entre a dança em sua contem-
poraneidade com a intervenção da tecnologia nas produções artísticas, como você definiria o
conceito de dança e tecnologia?
Estudante, inicie a atividade lendo atentamente o texto indicado e observando as imagens. Parti-
cipe de um momento de reflexão e debate sobre os principais tópicos apontados nas questões que se
referem à arte e à tecnologia, desde os tempos das cavernas - Arte Rupestre, até a contemporaneida-
de - Arte Digital. Em seguida, faça a produção de um vídeo-minuto, seguindo o roteiro de criação indi-
cado, apresentando uma linha do tempo com a temática - Arte e Tecnologia: da Arte Rupestre a
Arte Digital. Na finalização deste momento, organize junto com seus colegas e professor uma mostra
(física e/ou virtual) e socialização dos vídeos produzidos.
Na história, desde os tempos remotos, a arte e a tecnologia estão atreladas. Uma se beneficia
da outra nas suas conquistas e avanços. Não podemos pensar em tecnologia somente na utilização
de computadores, tablets, celulares, sites, redes sociais, software, outras ferramentas e
equipamentos digitais. As tintas utilizadas nas pinturas rupestres eram retiradas da natureza: argila,
carvão, minerais, ossos carbonizados que, misturados em um mix de vegetais utilizados como
aglutinantes, formavam uma gosma para ajudar na fixação do pigmento. As primeiras técnicas de
pintura criadas eram simples, consistiam em assoprar pó de materiais sobre as mãos, a fim de
deixar marcada a palma da mão na parede. Podemos considerar estas ações como as primeiras
manifestações de uso de tecnologia para produção de tinta e técnica de pintura.
A arte, de forma geral em quase todas as culturas, está integrada com a tecnologia no que diz
respeito à sua materialidade, utilização de diferentes suportes, equipamentos, ferramentas,
mobilidades, técnicas, forma de expressão, comunicação humana, multifuncionalidade e influências.
O desenvolvimento da tecnologia permite, hoje, diferentes criações jamais pensadas antes, como
exemplo, instalações artísticas com a união da imagem e do som, dispensando suportes tradicionais
como os quadros e as esculturas. É possível consumir arte nas ruas, nos museus e no mundo
digital. Cada vez mais, podemos ver exposições em lugares abertos, uma fachada de prédio, por
exemplo, torna-se uma tela multimídia para exposição/reprodução de criações artísticas.
Na contemporaneidade, percebemos estas intervenções quando apreciamos obras de artistas
que se apropriam cada vez mais das tecnologias para suas produções e de profissionais de
tecnologia que criam seus produtos inspirados no mundo das artes, das mais variadas formas de
manifestação artística como a pintura, a escultura e o design. Podemos hoje, sem sair de casa,
interagir com artistas, museus, exposições, com as obras etc., com os recursos da tecnologia.
Estudante, a proposta deste momento está dividida em duas etapas. Na primeira, individualmen-
te, você vai ampliar seu repertório cultural, apropriando-se de informações e conhecimentos sobre a
história da iluminação no teatro e a utilização das tecnologias nas produções teatrais. Leia atentamente
os textos indicados a seguir, participe ativamente da leitura compartilhada, reflita e registre em seu ca-
derno suas considerações sobre como a utilização de tecnologias diversas modificou a forma de produ-
zir e apreciar um espetáculo teatral. Na segunda etapa, em grupo, registrem em seu portfólio as etapas
do planejamento de um espetáculo com foco nas tecnologias utilizadas no Teatro Contemporâneo -
Vídeo Cenários, Atores Virtuais, Aplicativos, Dublagem, Efeitos especiais de iluminação.
Esta é uma breve retrospectiva da evolução das apresentações teatrais através do tempo, com
o uso de diversas tecnologias de iluminação cênica. Desde a Idade Antiga, as encenações de
teatro, de mímica e/ou de sombras, dependiam exclusivamente do trabalho dos atores que se
utilizavam da voz, do corpo, do gesto para o seu exercício. Os espaços cênicos eram amplos e
iluminados com a luz do sol ou, artificialmente, com luz de velas ou lamparinas. Posteriormente,
passando para as salas de espetáculo fechadas, viu-se a necessidade de uma iluminação mais
adequada tanto para o trabalho dos atores quanto para a cenografia, a visão do espectador etc.
No século XX, com o avanço da tecnologia, muitas novidades foram transformando a forma até
então usual de fazer teatro. Hoje, falamos em vídeo cenários, atores virtuais, aplicativos para o
espetáculo no celular e espetáculos dublados. Estas formas de utilizar as tecnologias e iluminação
estão, cada vez mais, sendo inseridas no fazer teatral.
Teatro Grego e Romano: a iluminação era exclusivamente
natural. Os espetáculos teatrais iniciavam-se com o nascer do sol
e, às vezes, avançavam na noite. Marcos Vitrúvio Polião, arquiteto
romano (séc. I a.C. ou d.C), alertava para que a construção dos
teatros se desse em lugares salubres, longe de pântanos, com boa
ventilação, orientação dos ventos e com luz solar abundante.
Teatro na Idade Média: os dramas litúrgicos desenvolviam-se nas
igrejas e a iluminação era favorecida pelos vitrais coloridos.
Posteriormente, quando os dramas passaram também para os adros,
praças públicas, ruínas de teatros romanos, tavolagens, a luz solar
novamente foi a principal iluminação. Outras representações, como
comédias satíricas, apresentações circenses, que eram executadas
em tavernas e castelos, eram iluminadas com tochas e archotes.
Teatro na Renascença: a partir do séc. XVI, o teatro passou a
ser representado também dentro de espaços fechados. Os teatros possuíam amplas janelas para
entrada de iluminação solar, que eram abertas nas apresentações vespertinas. Nas apresentações
noturnas, muitas velas garantiam precariamente a visibilidade.
Teatro Elisabetano: tinha dois tipos básicos de arquitetura:
circular ou poligonal. A parte anterior do tablado ficava descoberta
e a parte posterior tinha um teto apoiado em colunas. Toda
iluminação era solar, porém para as encenações noturnas, os atores
entravam munidos de tochas e velas acesas.
Teatro e a utilização de candelabros: os candelabros foram
utilizados durante os séculos XVII e XVIII. Eram enormes e iluminavam
tanto o palco como a plateia. Os encenadores ainda não conheciam
a iluminação como linguagem e as pessoas que frequentavam os
teatros, muitas vezes, iam para serem observadas e não para
observar a encenação.
Curiosidades históricas I: no início do séc. XVIII, foram feitos os primeiros experimentos
utilizando-se sebo na fabricação de velas, porém tal experiência acabou não dando certo tendo em
vista o mal cheiro exalado e o problema de irritação nos olhos. Em 1719, a Comédia Francesa utilizava
268 velas de sebo para iluminar a sala, palco e demais dependências. Havia equipes encarregadas
de acompanhamento para manutenção dos candelabros nos entreatos. Havia o perigo constante
dos incêndios e a iluminação, além de fraca e bruxuleante, não podia ser controlada.
Teatro na era dos lampiões: em 1783, Ami Argand cria um tipo de lampião a óleo. Em seguida,
veio o lampião Astral francês e o tipo criado por Bernard Carcel, produzindo uma luz mais constante.
Em todos os casos, os lampiões eram bastante inconvenientes, sujavam o teto, as cortinas e os estofados
e ainda podiam pingar gotas de azeite na cabeça dos artistas e do público. Nos EUA, usava-se o óleo
de baleia; na Europa experimentou-se a colza (extraído de um tipo de nabo) e o canfeno, terebintina
destilada. Em seguida, veio o querosene que, além de produzir muita fuligem e calor, queimava muito
combustível. No final do séc. XVIII, paralelamente à pesquisa de fontes combustíveis, iniciou-se também
a preocupação com a posição das fontes de luz e as primeiras tentativas de ocultá-las, assim como
elementares noções de ribalta, arandelas, contraluzes e luzes laterais. Ainda nessa época, as únicas
fontes eram: velas de cera e sebo, lampiões de azeite ou querosene, que produziam iluminação instável,
de difícil controle, sem direção, foco, extinção gradativa e outros recursos encontrados atualmente.
Curiosidades históricas II: no séc. XVI, Sebastiano Serlio e Leone di Somi estudaram a
iluminação cênica. Ainda que partindo de recursos precários, no livro Dialoghi in Materia di
Rappresentazioni Sceniche, descrevem o uso de tochas atrás de vidros com água colorida para
obtenção de efeitos, além de garrafas e vidros coloridos de vitrais para fins de coloração, usavam-
se, também, objetos metálicos (bacias e bandejas) como superfícies refletoras. Leone di Somi
também se preocupou em reduzir a quantidade de iluminação na plateia. Angelo Ingegneri, no séc.
XVI, contemporâneo de Palladio, tentou o escurecimento completo da plateia, porém sem êxito.
O público queria ser visto e ver outras pessoas. David Garrick, em 1765, sugeriu que se retirassem
as fontes visíveis do palco. Preferindo as luzes de ribalta, laterais e iluminação vinda de cima.
Teatro na era do gás: nos teatros, o gás é empregado de forma generalizada a partir de 1850.
A primeira adaptação bem-sucedida, em 1803, no Lyceum Theatre de Londres, foi realizada por
um alemão chamado Frederick Winsor. As primeiras mesas de controle apareceram em Londres e
no Boston Theatre nos EUA.
Vídeo Cenários – O próprio nome já diz que se trata de cenários feitos com vídeos. Esse recurso bastante
utilizado hoje, se faz por meio de projeções de imagens no fundo do palco e/ou nos corpos dos atores,
contextualizando a obra que está sendo apreciada. Esse recurso também pode acontecer fora do teatro, na
rua, nos estacionamentos, nas fachadas de prédios, etc.
Atores Virtuais – Essa técnica permite ao ator ou a um grupo de atores fazerem uma cena no espaço real
juntamente a outra no virtual, por meio de uma projeção e vídeo. Dessa forma, um espetáculo pode estar
acontecendo aqui e agora e ter um vínculo com outro que esteja acontecendo em outro local, cidade, país, etc.
Aplicativos – São recursos tecnológicos usados para criar, por exemplo, interações entre a plateia e os
atores. Como exemplo, um microfone que circula pela plateia ou a invasão dos atores e da plateia no espaço
um do outro.
Dublagem – São várias as possibilidades quando se fala em Dublagem:
• Um áudio famoso, trecho de um discurso ou entrevista;
• A voz de outro personagem da história;
• A sua própria voz num outro formato ou momento;
• A voz de um ator presente no espaço virtual.
Efeitos especiais de iluminação – Podem ser produzidos com os globos rotativos (Um globo é um estêncil
ou modelo colocado dentro ou na frente de uma fonte de luz para controlar a forma como a luz é emitida).
Em combinação com LEDs, lentes rotativas e outras novas tecnologias, os globos revigoraram a mais antiga
das técnicas de iluminação, possibilitando efeitos especiais e a movimentação de padrões de luz em várias
velocidades e direções.
Texto dramático: Escolher um texto a ser encenado, que pode ser de algum escritor consagrado ou
escrito pelo próprio grupo, a partir de ideias e improvisações. O enredo (trama, intriga, mexerico, confusão,
maquinação), precisa levar em conta o público a quem o espetáculo prioritariamente se destina e os valores
estéticos que o grupo quer debater.
Equipe artística, técnica e de produção: Dividir entre os componentes do grupo, quais serão responsáveis
pela encenação, produção e parte técnica, registrando o nome e a função que cada um vai exercer.
Local: pensar, discutir e registrar qual o melhor local no espaço escolar para a encenação acontecer (quadra,
anfiteatro, corredor, etc.).
Tecnologias: escolher, dentre as apresentadas anteriormente, quais seriam utilizadas na produção do
espetáculo: Vídeo Cenários, Atores Virtuais, Aplicativos, Dublagem e/ou Efeitos especiais de iluminação e
elencando quais materiais e equipamentos seriam necessários.
Cenários: criar um esboço-desenho de como vai ser o cenário, listar quais materiais e equipamentos seriam
necessários para produzir, lembrando que projeções de slides com imagens, podem fazer parte deste cenário.
Figurinos: fazer desenhos/esboços de como seriam os figurinos e adereços, listando quais materiais seriam
necessários para sua confecção (exemplo: tecidos, jornal, barbante, etc.).
Mapa de luz: desenhar em quais posições seriam colocados os focos de iluminação e quais equipamentos
seriam utilizados.
Trilha sonora: selecionar sons e músicas que poderiam fazer parte desse espetáculo.
Divulgação: descrever como vai acontecer a divulgação do espetáculo (confecção de cartazes, redes sociais etc.).
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 02
MOMENTO 1: ARTES VISUAIS: VOCÊ SABE O QUE ESTÁ ESCRITO NA SUA
CAMISETA? - DO YOU KNOW WHAT IS WRITTEN ON YOUR SHIRT?
Imagem. Acervo Pessoal de Pamella de Paula da Silva Santos. São Paulo. 2020.
(tradução) - Lute como uma menina / Arte, Amor, Beleza e Paz / Ser ou não ser? / Poder feminino / Mais comida,
por favor.
Estudante, a língua inglesa tornou-se uma língua global como resultado de dois fatores principais:
a extensão do poder colonial britânico e a hegemonia econômica dos Estados Unidos. Esta globaliza-
ção associada à tecnologia, bens de consumo e culturalização da comunicação. Para conhecer um
pouco mais e fazer uma reflexão sobre este assunto, participe ativamente da aula, assistindo ao vídeo
e respondendo aos questionamentos indicados, traga para a conversa suas experiências, vivências e
argumentos sobre a temática. Após a conversa inicial, o professor vai comentar sobre os conceitos de
Estampagem, Silk Screen e Silk Digital e propor uma atividade prática de desenho, escrita de palavras
e/ou frases em inglês e pintura em uma camiseta, utilizando técnicas e materiais diversos (papel, pa-
pelão, TNT, tecido ou mesmo uma camiseta). Para a socialização dessa produção, existem várias
possibilidades, como: uma exposição das camisetas em um varal, um desfile mostrando as produ-
ções, um registro fotográfico das camisetas e o compartilhamento deste trabalho nas redes sociais,
Questionamentos:
1. Você já comprou ou ganhou uma camiseta com palavras e/ou frases escritas em inglês?
2. Usou esta camiseta sem saber o que estava escrito nela? Ou teve curiosidade de buscar em um
dicionário o significado das palavras em inglês?
3. Você já procurou o significado de alguma palavra em inglês escrita na sua camiseta, e encontrou
algo errado na grafia ou no seu significado? Justifique sua resposta.
4. Você já passou por alguma situação engraçada ou delicada, por algo que estava escrito na sua
camiseta? Sabe de alguém que já passou por esta situação? Comente sobre esta experiência.
O que você vai desenhar e escrever na sua camiseta? Faça um esboço. What are you
going to draw and write on your shirt? Make a sketch.
Estudante, a proposta para este momento é que você escreva um texto teatral inspirado nas
imagens e na temática - halloween, utilizando o roteiro indicado, seus conhecimentos de língua inglesa,
ferramentas e recursos tecnológicos. Após a criação do texto, em grupo, leia os textos produzidos por
seus colegas, discuta e participe da escolha de um para ser encenado.
1. Mantenha o hábito de ler diariamente (livros, revistas, jornais, gibi), isso ajuda a ampliar seu reper-
tório de palavras e conhecimento de mundo.
2. Tenha um caderno de anotações e uma caneta sempre à mão, pois as ideias podem surgir a todo
momento.
3. Estude a língua portuguesa, cuidado com os erros de português, tenha sempre um dicionário à
mão, e se estiver escrevendo no computador ou celular use um corretor ortográfico.
4. Pratique a escrita diariamente, coloque suas ideias no papel, faça resumos, reescreva trechos do texto.
5. Crie um ambiente propício, prepare uma playlist inspiradora para ouvir enquanto escreve.
6. Pense no objetivo e características do texto dramático para o teatro, utilize as imagens como
inspiração para criar o enredo, as personagens, pesquise boas referências sobre o assunto, não
deixe de fazer brainstorm (tempestade de ideias), pense no público que vai ler o seu texto e/ou
assistir a encenação dramática.
7. Monte a estrutura do seu texto, mantenha a coesão e coerência, evite palavras muito complexas
e frases longas, use figuras de linguagem, analogias, sinônimos e diálogos entre as personagens.
8. Conte uma história interessante e escolha argumentos sólidos que vão prender a atenção do público.
9. Durante a escrita leia em voz alta seu texto, peça para outra pessoa ler, saiba aceitar feedbacks
e críticas, filtre o que for desnecessário.
10. Utilize diferentes ferramentas: lápis, borracha, caderno, computador, celular, gravador, software,
para não perder suas ideias e concluir o seu texto dramático.
11. Transcreva o seu texto dramático para a língua inglesa com a ajuda de um dicionário e/ou aces-
sando um tradutor na internet.
música e pesquisem outras gírias, utilizando a tecnologia de forma ética e consciente. Lembre-se que a
ideia do registro reflete a nossa memória, a nossa prática, a nossa aprendizagem, bem como material
de estudo, possibilitando a nossa autoavaliação. O registro permite a revisitação das atividades sempre
que necessário e agrega elementos novos para aprimorar nossos conhecimentos.
Estudante, a dança de rua, ou Street Dance possui um conjunto de estilos de danças que pos-
suem movimentos detalhados com diferentes características: Movimentos coreografados, fortes, sin-
cronizados e harmoniosos, rápidos, simétricos e assimétricos de pernas, braços, cabeça e ombros,
entre outros. A proposta para este momento é que você, em grupo, pesquise e registre as informações
no seu portfólio individual sobre os estilos de danças indicados para o seu grupo e juntos criem uma
apresentação coreográfica tendo como fio condutor a frase: Se você tropeçar, faça disto parte da
dança - If you stamble, make it part of the dance, utilizando os movimentos destes estilos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 03
MOMENTO 1 - ARTES VISUAIS: APRECIAR, FRUIR E PRODUZIR - PINTURA
Estudante, participe ativamente desse momento de Apreciação e Fruição Estética, observando e
analisando pinturas de artistas nacionais e mundiais.
Utilize o Roteiro de observação e Leitura de imagens e registre em seu portfólio os questionamen-
tos, suas reflexões e considerações sobre o material apreciado. Em seguida, em casa, faça uma pin-
tura, escolha uma técnica (óleo, aquarela, guache, giz de cera, entre outras) e selecione materiais,
ferramentas e suportes. Essa produção poderá ser também digital, utilizando diversas ferramentas
como: computador, tablet e smartphone.
Finalizado o processo criativo, organize junto ao seu professor e colegas uma exposição física e/
ou virtual dos trabalhos.
Análise Formal: Para fazer a leitura de uma obra de arte no contexto das artes visuais, do teatro,
da dança e da música, é preciso, primeiramente, observar cada detalhe de sua gramática articuladora,
ou seja, os elementos, símbolos e códigos que fazem parte de sua estrutura e composição.
Artes visuais – Observar ponto, a linha, a forma, o plano, a superfície, a textura, o volume, a luz, teoria
das cores aplicadas, relação entre figura e fundo.
Análise interpretativa: Para fazer a leitura de uma obra de Arte, no contexto das artes visuais,
do teatro, da dança e da música, é preciso ir além das imagens observadas e analisar, estabelecendo
relações contextuais sobre o tema abordado pelo artista; conhecer a biografia do autor da obra,
o contexto social, político, econômico e histórico em que a obra foi produzida; reconhecer as técnicas,
materiais, ferramentas e procedimentos utilizados para criação, produção e composição; a ideia ou
conceito utilizado; reconhecer a poética pessoal do artista presente na criação da obra.
Apreciação de imagens:
O Teatro do Absurdo foi o nome dado a um conjunto de obras teatrais produzidas no final dos
anos 40, pelo crítico húngaro radicado na Inglaterra, Martin Esslin (1918 – 2002), em 1961. Essas pe-
ças tinham como características a contraposição ao realismo, em que as produções eram elaboradas
na época. Apresentavam cenas irreais, surrealistas, sem a pretensão de contar uma história da forma
tradicional, convencional, linear e lógica dos fatos e contextos do cotidiano. As personagens são mui-
tas vezes grotescas e bizarras.
Esta estética teve seu apogeu na década de 50 e seus principais autores foram Samuel Beckett,
Eugène Ionesco, Arthur Adamov e Jean Genet, entre outros. Um dos marcos desta estética foi “Espe-
rando Godot”, de Samuel Beckett, em 1953.
Esperando Godot - (Domínio público), foi a obra que colocou o irlandês Samuel Beckett como
um dos mais importantes dramaturgos do século XX. Os temas centrais de Beckett estão na incomu-
nicabilidade, no vazio, na ignorância, na impotência e na morte, utilizando, para compor esse quadro,
a chamada estética do fracasso, com indivíduos semiacabados, normalmente aprisionados a algo.
Personagens: Vladimir, Estragon, Pozzo, Lucky, Um garoto e Godot.
Síntese da peça: Os personagens Vladimir e Estragon esperam Godot… esperam… esperam…
embora ninguém saiba direito quem é Godot – uma pessoa? uma ideia? um sonho? – nem porque o
esperam… daí Pozzo e Lucky aparecem também pra esperar Godot… Lucky vem com uma pesada
mala que nunca larga… seria grana, propina, pra quem? Pra quê?… ninguém sabe… batem um bom
papo e esperam Godot… mais um dia e nada… aparece um boy e avisa que Godot só amanhã…
semanas, meses, anos, passam e Godot só amanhã avisa o boy… os personagens já estão velhos,
menos o boy… e Godot nunca virá… esperam, conversam…
Didascália ou rubrica inicial define: Cenário - Os elementos que situam o espaço e tempo da
narrativa são descritos apenas como “Estrada, árvore, à noite”. O uso do cenário mínimo, característi-
co da obra becketiana, nos deixa ainda mais desnorteados na trama. A (des)construção do espaço
aprofunda a sensação de isolamento e solidão das personagens, apesar da ironia e desentendimentos
frequentes entre Vladimir e Estragon.
Primeiro Ato: As personagens Estragon e Vladimir aparentemente esperam um sujeito de nome
Godot. Nada é esclarecido a respeito de quem é Godot ou o que eles desejam dele. Basicamente, os
dois estão à espera de alguém que não sabemos nada a respeito, muito menos se aparecerá em al-
gum momento. Enquanto esperam por Godot, essa entidade desconhecida, Vladimir e Estragon têm
conversas sobre uma variedade de temas. O mais estranho nestas conversas é o distanciamento su-
gerido pelos diálogos, quase sempre secos e resumidos ao máximo de três linhas, remetendo a uma
espécie de burocracia da comunicação que os força a falar somente o essencial. O paradoxo maior é
que Vladimir e Estragon aparentam uma relação de dependência muito forte, beirando uma relação
amorosa. O diálogo dos dois só é interrompido quando da entrada de Pozzo e Lucky. Lucky carrega
uma pesada mala que não larga um só instante. Pozzo é um sujeito aristocrata que explora Lucky
como um escravo, trazendo este amarrado pelo pescoço como um cachorro. Da dupla, Pozzo é o
único que fala, o outro apenas fica calado carregando uma mala pesada. Vladimir e Estragon conver-
sam naturalmente com Pozzo sobre seus dramas pessoais, embora se mostrem incomodados com
essa relação patrão e criado levada ao extremo. Em um dado momento, entra um garoto anunciando
que Godot não virá, talvez só amanhã. Encerra-se o primeiro ato com a notícia.
Didascália ou rubrica define: O cenário é o mesmo para o segundo ato, apenas a árvore está um
pouco diferente, agora com algumas folhas.
Segundo Ato: Desenvolve a mesma dinâmica. Estragon e Vladimir iniciam sua jornada na espe-
ra de Godot. Surgem novamente Pozzo e Lucky. Pozzo está cego e Lucky mudo. Após a partida des-
tes, aparece novamente um garoto anunciando novamente que Godot não virá, talvez amanhã. É a
cópia do primeiro, com exceção de que agora cresceram algumas folhas na árvore. As falas mudam,
claro, mas a impressão que temos é a de que tudo irá se repetir. A espera continua, os devaneios, o
humor, a vinda de Pozzo e Lucky, a vinda de um mensageiro com a notícia que Godot só virá amanhã.
A vinda de Godot é apenas o fio narrativo, e todo mistério gera uma série de teorias. O principal enten-
dimento é de que Godot é uma metáfora da espera por Deus, reforçado pela semelhança do nome
com God. Outros afirmam que Godot é apenas uma invenção da dupla principal, tanto é que Pozzo e
Lucky pouco se importam com a chegada dele. Uma interpretação não tão metafórica é que Godot é
alguém que irá ajudar os dois personagens a sair da triste situação em que se encontram.
Ato final: O que encerra o ato da peça é o seguinte:
• Vladimir: - Então, devemos partir?
• Estragon: - Sim, vamos.
Eles não se movem (Didascália ou rubrica). A obra-prima de Beckett nos faz refletir sobre temas
que afetam a todos nós, como a quebra de expectativa, tédio, solidão, dependência, dificuldade de
comunicação, esperança. Quantas vezes esperamos por algo e no final descobrimos que a espera foi
em vão? Quem nunca teve que iniciar uma conversa sobre um tema delicado e se deparou impotente
diante da situação? Os questionamentos nunca se encerram, tanto durante a leitura quanto depois de
terminada a obra.
VIDEOAULA FATORES DOS MOVIMENTOS E NÍVEIS - LABAN - MARIA DA GLORIA ESTEVAM OFICIAL.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=n8z-od4rd8M>. Acesso em: 02 out.2020.
Dança e os fatores de movimento: fluência. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=8VZuGVm30RU. Acesso em: 02 out.2020.
Dança e os fatores de movimento: Peso. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=15WdQpuM5_Q. Acesso em: 02 out.2020.
Dança: Fator de movimento – Tempo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=GJ7ZPfKiWyk.
Acesso em: 02 out.2020.
Dança - fator de movimento: espaço. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SUdRsIq1avU.
Acesso em: 02 out.2020.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 04
MOMENTO 1 - ARTES VISUAIS: COMUNICAÇÃO POR EMOTICON
Estudante, participe desse momento lendo os textos, observando as imagens e escutando aten-
tamente a explicação do professor. Contribua com suas ideias e argumentos, traga outros questiona-
mentos que achar pertinentes para a ampliação da discussão dos temas expostos. Em seguida regis-
tre, no seu portfólio, as respostas das questões abaixo após discuti-las, apresentando e
compartilhando suas ideias, pensamentos e argumentos. Para auxiliar o desenvolvimento dessa ativi-
dade, revisite a SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 - 2º BIMESTRE - Momento 3 - Novos formatos de
produção e distribuição do conhecimento na cultura de rede e retome alguns conceitos. Em seguida,
em duplas e/ou trios, realizem uma atividade de experimentação selecionando entre os diversos pro-
cessos de remidiação de produções multissemióticas, multimídia e transmídia, para desenvolver uma
produção artística com foco em diferentes modos de participação e intervenção social na escola e no
seu entorno. Como exemplos, vocês poderão elaborar campanhas publicitárias, histórias em quadri-
nhos, vídeos, entre outros, utilizando como inspiração os Emoticons.
Leitura de imagens:
Emoticon: é uma forma de comunicação paralinguística. Palavra derivada da junção dos termos em
inglês emotion (emoção) + icon (ícone) (em alguns casos chamado smiley) é uma sequência de caracteres
tipográficos, tais como: :), :(, ^-^, :3, e.e’,’-’ e :-); ou também, uma imagem (usualmente, pequena) que traduz
ou quer transmitir o estado psicológico, emotivo, de quem os emprega, por meio de ícones ilustrativos de
uma expressão facial. Exemplos: Alegre (isto é, sorrindo, estou alegre); Tristeza (estou triste, chorando), etc.
Normalmente é usado nas comunicações escritas de programas mensageiros, como o MSN Messenger ou
pelo Skype, WhatsApp e outros meios de mensagens rápidas.
Texto multimodal: é o texto produzido utilizando mais de um código semiótico (texto escrito, imagem estática,
vídeo, áudio etc.), exemplos: quadrinhos, cartum, publicidade, videoclipe, entre outros.
Mídia: é o veículo por onde se transmite a informação/ WhatsApp/Messenger: é um aplicativo que proporciona
notícia. São diversas as possibilidades: rádio, TV, a troca de mensagens instantâneas entre celulares e
internet, cinema, jornais, revistas de moda, mídias smartphones, sendo possível trocar informações através
sociais: blogs, microblogs (Twitter), redes sociais de imagens, vídeos, áudios, contatos, localização
(Facebook), fóruns, e-groups, instant messengers, e chamadas de voz. É a crescente expansão dos
wikis, sites de Compartilhamento de conteúdo gêneros multimodais.
multimídia (YouTube, Flickr,SlideShare, Vimeo).
Multimídia: São outras formas de comunicação em que se integram 2 ou mais mídias. Em multimídia são
utilizados imagens, sons, animações, textos, vídeos, etc., que planejados e organizados serão produzidos
e distribuídos para encontrarmos hoje a multimídia nos CDs, videogames, DVDs, aparelhos celulares, etc.,
sendo a web a mais conhecida. Ela permite a criação, o armazenamento e a pesquisa. São considerados
como multimídia: gravadores de vídeo como câmeras, as quais além de gravar ainda reproduzem som e vídeo;
a televisão é também um meio de multimídia; a internet, pois apresenta informações através de imagens,
áudio, vídeo e textos, entre outros.
Questionamentos:
1. Partindo do conceito de que multissemióticos são os textos com muitos elementos, com ima-
gens, ícones e desenhos, você se lembra de alguma produção artística que você tenha produzido
utilizando esse tipo de texto? Cite exemplos.
2. Conhece artistas brasileiros e/ou estrangeiros que realizam suas obras com esses textos multis-
semióticos? Cite alguns.
3. Ainda dentro desse conceito, o que mais chama sua atenção nesse tipo de produção artística? A
ilustração? O texto? A coerência entre a imagem e o texto?
4. Você costuma utilizar o Whatsapp na sua comunicação? Com que frequência? Se apropriou de
todas as ferramentas de comunicação que este aplicativo oferece? Quais?
5. Já trabalhou com o texto multimodal em alguma de suas produções artísticas? Comente.
Disponível em: Opname van een hoorspel Recording a Disponível em: Podcast Popular Mostra - Imagens grátis no
radio play - Teatro radiofónico - Wikipedia, a enciclopedia Pixabay. Acesso em: 18 nov. 2020.
libre. Acesso em: 18 nov. 2020.
1. Buscar como inspiração uma experiência pessoal, a vida cotidiana, uma imagem, uma música
conhecida, uma história, um conto, um romance, uma manchete de jornal etc.
2. Ao escrever e produzir textos Teatrais ou textos Dramáticos, pense que eles precisam ser dividi-
dos de maneira linear em:
3. Assim que tiver a ideia central da história - o conflito das vidas dos personagens (é o conflito que
faz a história se desenrolar), faça um resumo incluindo os pontos de enredo principais, que ex-
pressam os temas-chave que serão abordados.
4. Faça uma lista com todas as cenas e, depois, comece a desenhar uma por uma. Tente captar
todos os elementos visuais essenciais de cada cena utilizando um storyboard para visualizar me-
lhor a peça.
5. Escreva os textos, as falas dos personagens, as cenas, pensando que é preciso ajustar harmo-
niosamente as transições de diálogo de cena para cena.
6. Junte músicas e sonoplastia ao roteiro e organize tudo no mesmo documento: cenas, músicas e
letras. O objetivo é seguir uma ordem que torne o roteiro coeso e bem ritmado.
8. Acrescente notas de direção e não escreva nada que fique muito longo ou complicado, por exem-
plo, para dizer o ponto em que determinada música entra durante uma cena, escreva no roteiro:
“Música (número da música) começa a tocar”.
8. Use didascálias para especificar reações emocionais. Por exemplo: “Ana (apaixonada) – Como
você foi capaz de ir embora?” e “Paulo (chorando) – Eu não posso mais cantar.”
A Live é uma transmissão de vídeo ao vivo nas redes sociais. Com uma
estrutura mais simples de utilização, é um recurso que pode ser assistido pelo
Instagram, YouTube e Facebook, onde se pode reproduzir uma reportagem,
um vídeo, ou um evento musical ao vivo, interagindo com a produção enquanto
acontece. E o contrário, a produção pode interagir com o espectador em
Montagem fotográfica. Acervo tempo real.
pessoal de Evania Escudeiro.
Caraguatatuba. 2021.
Estudante, participe de uma roda de conversa e fale sobre seu conhecimento e suas experiências
sobre uma Live musical. Após a conversa, registre em seu portfólio suas respostas para os questiona-
mentos indicados. Depois, em grupos, realizem uma pesquisa em revistas especializadas, internet e
outras, sobre como acontece o processo de criação e produção de uma Live. Após a pesquisa, elabo-
rem um roteiro passo a passo, indicando os objetivos, as etapas, os materiais, equipamentos e ferra-
mentas tecnológicas necessários para uma produção. Para finalizar, apresentem o roteiro elaborado
para os outros grupos conforme cronograma.
Questionamentos:
LÍNGUA PORTUGUESA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 01
MOMENTO 1 – DIÁLOGOS POSSÍVEIS
A Tecnologia e a era da Informação (ou da desinformação?)
Prezado estudante:
Hoje, muitas pessoas recebem informações via aplicativo de mensagens e as compartilham ime-
diatamente, sem a preocupação de verificar a origem e a intencionalidade do que foi enviado.
Mas, e você? Já compartilhou notícias, fotos ou imagens sem antes checar se o conteúdo comparti-
lhado era de fato verdade? E aquele furo de reportagem que você adorou saber em primeira mão e compar-
tilhou na rede social e pelo celular, mas que, logo após, descobriu que não passava de uma notícia furada?
As atividades propostas, a seguir, têm como ênfase discussões que permeiam as questões tec-
nológicas, com foco nas relações que são construídas através das redes sociais.
Texto I
a) Discuta as questões a seguir com os seus colegas, anotando as respostas em seu caderno:
b) Pesquise em sites de busca (ou retome as anotações realizadas durante o estudo nos demais
componentes da área de Linguagens) o conceito do termo tecnologia e reproduza-o em
seu caderno.
c) Retorne às imagens e indique qual (is) desse (s) objeto(s) você utiliza para se comunicar de
forma prática e rápida, diariamente?
d) Você prefere ligar para as pessoas ou se comunica por aplicativo de mensagens e redes s
ciais? Por quê?
e) Sendo a rede social, atualmente, um dos meios de comunicação mais utilizados no mundo,
quais são as redes sociais que você mais utiliza? Informe, aproximadamente, quanto tempo
você permanece on-line em cada uma delas, diariamente.
Texto II
Suicídio Digital
Marcos Rohfe
1 BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. In: Mundo da Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/modernidade-liquida.
htm. Acesso em: 13 nov. 2020.
100% em articulações presentes no mundo digital, é preciso verificar as consequências que um sumi-
ço das redes pode proporcionar.
Ter milhares de amigos nas redes sociais e ninguém para conversar pessoalmente, em um barzi-
nho, ou mesmo em casa. Coisa de gente velha? Coisa obsoleta já que é possível trocar impressões via
redes digitais? Pode ser ... Ou não.
Retomando a ideia de identidade fragmentada, somos seres múltiplos, mas a identidade de cada
um é particular e única. Criar no meio digital uma ilusão a respeito do que somos, em algum momento,
nos colocará em situações difíceis de resolver. Além disso, ao associar-se a uma rede qualquer, nossa
privacidade deixa de existir e podemos ser expostos, a qualquer momento, a toda sorte de situações.
Nesse caso, cometer o chamado suicídio digital pode ser uma boa saída para tentar ter uma vida
real, mais saudável e verdadeiramente próxima de nossa família e amigos.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. In: Mundo da Educação. Disponível em: https://
mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/modernidade-liquida.htm. Acesso em: 13 nov. 2020.
1) Os Textos I e II possuem uma conexão, uma relação temática em comum. Qual é essa ligação e
por que ela existe?
2) Além do tema “tecnologia”, quais outros você consegue identificar no Texto II?
3) No Texto II, considerando a citação feita ao sociólogo Zygmunt Bauman, é apresentada uma vi-
são otimista ou pessimista sobre as redes sociais? Comente e retire elementos do texto para
justificar a sua resposta.
4) No Texto II, o autor diz: “Hoje em dia, dificilmente encontramos pessoas que não se comunicam
pelo celular e redes sociais [...]”. Você concorda com essa afirmação? As suas relações pessoais
são mais estabelecidas no mundo real ou virtual? Justifique a sua resposta.
5) De acordo com a leitura do Texto II, “Suicídio Digital”, e do seu conhecimento em navegar cons-
tantemente pelas redes sociais, você acredita que existam mais vantagens ou desvantagens
nesse tipo de comunicação virtual? Discuta com seus colegas e descreva-as em um quadro em
seu caderno, defendendo o seu ponto de vista com a inserção de argumentos.
6) Ao intitular o Texto II de “Suicídio Digital”, que efeito de sentido o autor parece imprimir ao texto,
considerando sua temática? Transcreva passagens do texto que justifiquem a sua resposta.
7) Releia o trecho a seguir “[...] Imersas em um mundo quase utópico, caminham as pessoas, com-
prometidas com uma realidade que aparenta não dialogar de forma explícita com as relações de
convívio humanas. [...]” e responda:
c) Atitudes consideradas comuns nas redes sociais como “compartilhar” estão se distorcendo
do objetivo real. Você concorda com essa afirmação? Por que compartilhar está virando sinô-
nimo de “estar presente”?
d) Quais outras atitudes (algumas consideradas até criminosas) alguns internautas têm realizado
nas redes?
Texto III
A Guerra dos Mundos
Marcos Rohfe
Em 1898, o escritor inglês H. G. Wells publicou o livro de ficção científica A Guerra dos Mundos.
O livro narra uma invasão marciana na Terra e já teve várias adaptações. Uma das mais famosas é o
filme estadunidense de 2005, com o ator
Tom Cruise.
Em 1938, quarenta anos depois da
publicação do livro, o americano Orson Wel-
les dirigiu e narrou uma adaptação da obra
em uma rádio americana. A narração que
ele fez é considerada impressionante até
hoje. Mas, o que seria apenas mais um pro-
grama de rádio, tornou-se um pesadelo
para muitos ouvintes. Várias pessoas que
sintonizaram a rádio no meio da transmissão
e perderam o início, que explicava do que
se tratava, acreditaram que, realmente,
Orson Welles explica para jornalistas a transmissão de “A guerra dos a Terra estava sendo invadida. Isso provocou
Mundos”, 1938. Imagem disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/A_ pânico em algumas regiões, com pessoas
Guerra_dos_Mundos_(r%C3%A1dio)#/media/Ficheiro:Orson_
saindo às ruas amedrontadas, sem saber
Welles_War_of_the_Worlds_1938.jpg. Acesso em: 09 nov. 2020.
o que fazer.
O programa foi elaborado como um típico programa de rádio musical com boletins noticiosos. No
entanto, durante os boletins é que as informações referentes à invasão dos extraterrestres eram narra-
das, criando uma impressão de tratar-se de notícia real.
O formato de boletim de notícias foi duramente criticado pela mídia da época, porque criava a
ilusão de que o fato realmente estava ocorrendo. Na época, ainda não existia televisão e, muito menos,
internet. Isso fez com que Orson Welles tivesse que ir a público explicar o que havia ocorrido.
A obra de H. G. Wells está em domínio público desde 2017, o que significa que seus livros podem
ser reproduzidos, reeditados, copiados, relançados e mesmo sofrerem alterações sem necessidade de
autorização prévia. Vale a pena conhecer obras como A Máquina do Tempo (1895), A Ilha do Dr.
Moreau (1896), O Homem Invisível (1897), além, é claro, da Guerra dos Mundos (1898).
Texto IV
Cidadão Kane
Cidadão Kane é o título de um filme norte-americano lançado em 1941, considerado por muitos
críticos como um dos melhores, senão o melhor filme já produzido (está no topo da lista de muitos
críticos de cinema).
Após sua polêmica transmissão de rádio de A Guerra dos Mun-
dos, em 1938, que provocou uma ampla discussão nos Estados Uni-
dos devido ao pânico e as controvérsias que gerou, Orson Wells ficou
muito conhecido e, devido a fama e prestígio alcançados, conseguiu
assinar contrato com um grande estúdio hollywoodiano, podendo as-
sim desenvolver o filme Cidadão Kane com sua própria equipe.
A história examina a vida e legado de Charles Foster Kane,
uma personagem interpretada por Orson Welles, que também es-
creveu e dirigiu o filme. Esta personagem foi criada por Welles com
base na vida do magnata da imprensa Willian Randolph Hearst,
famoso por usar o poder de seus jornais para tentar manipular a
opinião pública, trazendo apoio às suas iniciativas políticas. Indig-
nado com a obra, durante seu lançamento, Hearst proibiu que
seus jornais fizessem qualquer alusão ao filme.
Embora não tenha sido um grande sucesso na época, o filme
foi se consolidando como um grande Cult no cinema.
1) O Texto III traz informações sobre um fato ocorrido em 1938. Como ele se relaciona com o Texto IV?
2) A transmissão de A Guerra dos Mundos, por Orson Welles, acabou gerando confusão porque
muitas pessoas acreditaram tratar-se de um fato verdadeiro. Essa era a intenção dele?
3) Hoje, muitas notícias falsas são compartilhadas intencionalmente. Discuta com seus colegas,
por que isso ocorre?
4) Descreva a última informação falsa que você recebeu (via mensagem de texto no celular ou nas
redes sociais). Qual atitude você teve em relação ao recebimento da fake news?
5) As fake news que você recebe o afetam de alguma forma? Explique.
Decidam se usarão efeitos sonoros baixados da internet ou criarão seus próprios efeitos usando
os materiais disponíveis.
Lembrem-se que vocês ficarão responsáveis por buscar notícias falsas para poder desmenti-las,
trazendo argumentos e fatos que sustentem o que vocês irão defender.
Criem o programa e o divulguem. Vocês podem compartilhá-lo no Blog da turma, em redes so-
ciais ou apresentá-lo para estudantes de outras séries.
Utilize um roteiro para elaborar o seu podcast. Para obter informações que
podem subsidiar, acesse o QR Code ao lado.
LÍNGUA PORTUGUESA, Equipe de. Roteiro de Podcast. Repositório Práticas
de Leitura e Escrita. COPED/CEFAF/CEM. Secretaria da Educação do Estado de São
Paulo. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/13C_kJ_pIKYkc6K437
XnqW2BS99ybW83Z/view?usp=sharing. Acesso em: 12 nov. 2020.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 02
Prezado estudante:
As atividades propostas, a seguir, têm como ênfase discutir questões voltadas à dinâmica da
língua inglesa em nosso cotidiano e o fenômeno da variação linguística, em seus diferentes níveis e
dimensões. Trabalharemos com leitura e análise de imagens, letra de música e um dos grandes clássi-
cos da literatura universal. Vamos conhecer mais sobre a história do nascimento de uma obra que,
provavelmente, você já ouviu falar: Frankenstein, de Mary Shelley (1797-1851). Considerado o primei-
ro livro do gênero de ficção científica, com temas direcionados à ética, ao mundo das ciências e
tecnologia, que vem para dialogar com o Tema: O uso da tecnologia no mundo contemporâneo e a
Questão norteadora: Como utilizar a tecnologia de forma ética e consciente? É o que se busca levar
à discussão nessa Situação de Aprendizagem.
1) Analise atentamente as imagens, a seguir, e discuta as questões com os seus colegas, anotando
as respostas em seu caderno:
Imagem 1 Imagem 2
Imagem 3 Imagem 4
Imagem 5
a) Essas cinco imagens possuem algumas semelhanças ou conexão entre elas? Qual (ais)?
b) O que se vê em cada imagem?
c) Transcreva as palavras estrangeiras que denominam o que se vê nas imagens.
2) Pense no significado das palavras em língua estrangeira não somente nestas ilustrações, mas
também em outros usos comuns na atualidade, em especial, a língua inglesa, a qual circula em
aplicações diversas na cultura de forma geral.
3) A mistura da língua inglesa com a língua portuguesa acontece em diversas situações. Vamos re-
tomar alguns termos que já fazem parte de nosso vocabulário há um bom tempo.
4) Novos acontecimentos, em nosso dia a dia, trazem também termos novos e variados. Por exem-
plo, você notou que o nosso vocabulário aumentou em meio à pandemia, decretada em março
de 2020? Vimos em noticiários e ouvimos vocábulos e expressões diferentes em nossa língua,
como “isolamento social”, “quarentena”, mas também, tivemos outros, de origem inglesa que se
instalaram naturalmente, como lockdown.
Texto II
Site de Música. Música Não tem Tradução. Composição Noel Rosa. Disponível em: https://www.letras.mus.br/noel-rosa-
musicas/184718/. Acesso em: 02 dez. 2020.
Versão (voz) Jorge Vercillo música Não Tem Tradução (Noel Rosa) – Composição Noel Rosa.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0CxCFtrtktg. Acesso em: 02 dez. 2020.
Discuta com o seu grupo as questões, a seguir, anotando as informações consideradas impor-
tantes em seu caderno.
2) Há alguma conexão entre os Textos I e II? Qual(is)? Explique utilizando elementos do texto.
3) Do que trata o Texto II?
4) Qual é a sua opinião sobre o posicionamento do eu lírico, quanto aos estrangeirismos em “Não
tem tradução”?
5) Esta canção é atual? Justifique as suas respostas, retirando elementos do texto.
6) Quem é o compositor da canção “Não tem Tradução” e quando foi escrita? Se necessário, bus-
que informações em sites de busca na internet.
7) Transcreva as palavras de origem estrangeira encontradas no Texto II, descrevendo os significa-
dos em seu caderno.
8) Há uma defesa do eu lírico em relação ao samba, no Texto II. Qual é? Justifique, retirando elemen-
tos que comprovem a resposta.
9) Leia a estrofe da música “Não tem tradução”, de Noel Rosa, discuta com os seus colegas sobre
a intenção do eu lírico, em relação aos seguintes versos:
a) Noel Rosa faz uso de algumas palavras em inglês. Quais são elas?
b) Quais os significados destes termos?
c) Há também menção de gírias. Quais são elas?
d) Qual é a melhor palavra que substitui o termo chuchu? Reescreva fazendo a substituição adequada.
e) Escreva uma frase em que “chuchu” seja utilizada com o sentido de “quantidade”:
f) Se a letra da música fosse escrita atualmente. Como você acha que ela poderia ser? Reescre-
va a estrofe da canção, adaptando-a para os dias de hoje. (Não se esqueça também das gírias
e das palavras em inglês).
g) Você consegue identificar qual foi a intenção do compositor, ao utilizar gírias em meio aos ver-
sos do samba? Comente.
4) Noel Rosa possuía fortes tendências em relação às críticas sociais e políticas ao compor suas
canções. Os versos de “Não Tem Tradução” não fugiram à regra. Releia a composição, discuta
com seus colegas e responda:
a) Qual era a preocupação existente na época, que Noel Rosa deixa transparecer em meio aos
versos?
b) Transcreva os elementos do texto que justifiquem a sua resposta.
5) Você conhece outras músicas brasileiras que também trazem palavras em línguas estrangeiras,
como o inglês? Pesquise em sites de busca, escolha uma e transcreva em seu caderno um tre-
cho dela.
#DESAFIOMÃONAMASSA!
#DESAFIO_LANÇADO:
1) Produção de texto:
a) Em pares, retome as frases que foram criadas nas atividades anteriores, escolha um estilo
musical e produza a letra de uma música.
Esta composição deve ser feita em versos e conter a mistura das línguas inglesas com a
língua portuguesa, como Noel Rosa criou em sua canção “Não Tem Tradução”.
Texto III
Capítulo 10
Era quase meio-dia quando cheguei ao topo da subida. Por algum tempo, sentei-me sobre a
rocha com vista para o mar de gelo. Uma névoa o cobriu tanto quanto às montanhas ao redor. Logo,
uma brisa dissipou a nuvem, e eu desci sobre a geleira. [...] Meu coração, que antes era doloroso,
agora pulsava com algo parecido com alegria; exclamei: ‘Espíritos errantes, se vocês vagueiam e não
descansam em suas camas estreitas, permitam-me esta leve felicidade, ou levem-me embora das
alegrias da vida, como seu companheiro.’
Ao dizer isso, de repente vi a figura de um homem, em alguma distância, avançando com uma rapi-
dez sobre-humana em minha direção. Ele saltou sobre as fendas no gelo, em que eu tinha andado com
cautela; sua estatura, também, conforme ele se aproximava, parecia exceder a de homem. Fiquei preocu-
pado; uma névoa cobriu meus olhos e eu senti uma fraqueza tomar conta de mim, mas fui rapidamente
restaurado pela ventania fria das montanhas. Percebi, conforme se aproximava (visão tremenda e abomi-
nável!) que era o desgraçado que eu tinha criado. Tremi de raiva e horror, decidi esperar sua aproximação
e depois iniciar com ele um combate mortal. Aproximou-se; seu semblante parecia de uma amarga angús-
tia, combinada com desdém e maldade, enquanto sua feiúra sobrenatural tornava-o quase horrível demais
para olhos humanos. Mas eu mal observei isso; no início, raiva e ódio me privaram de expressão, e só me
recuperei para dominá-lo com palavras expressivas de imenso aborrecimento e desprezo.
- ‘Diabo’, exclamei, ‘você ousa se aproximar de mim e não teme a vingança feroz do meu braço
sendo saciado na sua cabeça miserável? Vá embora, inseto vil! Ou melhor, fique, para que eu possa
pisoteá-lo até virar pó! Assim eu poderia, com a extinção de sua existência miserável, restaurar aquelas
vítimas que você tem tão diabolicamente assassinado!’
- ‘Eu esperava essa recepção’, disse o demônio. ‘Todos os homens odeiam os miseráveis; como
tal, então, devo ser odiado, que sou miserável além de todas as coisas vivas! No entanto, você, meu
criador, me detesta e despreza, sua criatura, a quem você é vinculado por laços apenas dissolúveis
pela aniquilação de um dos nós. Você pretende me matar. Como você se atreve a se divertir assim com
a vida? Cumpra seu dever para comigo, e eu cumprirei o meu para com você e para com o resto da
humanidade. Se você cumprir com minhas condições, deixarei todos em paz; mas se você recusar,
vou fartar a boca da morte, até que seja saciada com o sangue de seus amigos restantes.’
- Monstro abominável! Demônio que é! As torturas do inferno são uma vingança muito branda
para os seus crimes. Miserável diabo! Você me reprova com sua criação, vamos,então, para que eu
possa apagar a faísca que eu concedi tão negligentemente.’
Minha raiva era sem limites. Eu saltei sobre ele, impelido por todos os sentimentos que podem
armar um ser contra a existência de outro.
Ele facilmente me escapou e disse:
- ‘Fique calmo! Eu imploro que você me ouça antes de dar vazão ao seu ódio à minha devotada
cabeça. Eu não sofri o suficiente, para que você procure aumentar minha miséria? A vida, embora
possa ser apenas um acúmulo de angústia, é querida para mim, e vou defendê-la. Lembre-se, você
me fez mais poderoso do que você mesmo; minha altura é superior à sua, minhas articulações mais
flexíveis. Mas eu não serei tentado a me colocar em oposição a você. Eu sou sua criatura, e eu serei
ainda suave e dócil ao meu natural senhor e rei, se você também desempenhar a sua parte, a qual você
me deve. Oh, Frankenstein, não seja justo com todos os outros e a mim atropele, a quem sua justiça,
e até mesmo sua clemência e afeição, são mais devidas. Lembre-se de que sou sua criatura. Eu deve-
ria ser seu Adão, mas eu sou antes o anjo caído, a quem você priva de alegria por nenhuma má ação.
Em todos os lugares eu vejo felicidade, da qual, sozinho, estou irrevogavelmente excluído. Eu fui bene-
volente e bom; a miséria fez de mim um demônio. Me faz feliz e eu serei novamente virtuoso.’
- Vá embora! Eu não vou ouvi-lo. Não pode haver comunidade entre você e eu; nós somos ini-
migos. Vá embora, ou vamos testar nossa força em uma luta, na qual um deve cair.’
- Como posso comovê-lo? Nenhuma súplica fará com que você olhe favoravelmente para a sua
criatura, que implora a sua bondade e compaixão? Acredite em mim, Frankenstein, eu estava benevo-
lente; minha alma brilhava com amor e humanidade; mas não estou sozinho, miseravelmente sozinho?
Você, meu criador, me abomina; que esperança posso obter de seus semelhantes, que não me devem
nada? Eles me rejeitam e me odeiam.
[...] Estes céus desolados eu saúdo, pois eles são mais gentis comigo do que seus companhei-
ros. Se a multidão da humanidade sabia da minha existência, eles fariam como você, e se armariam
para minha destruição. Não devo então odiar aqueles que me abominam? Não vou manter nenhum
acordo com os meus inimigos. Eu sou miserável e eles compartilharão minha miséria. No entanto, está
em seu poder me recompensar e livrá-los de um mal que só resta tão bem para você, que não só você
e sua família, mas milhares de outros, serão engolidos nos redemoinhos de sua raiva.
Deixe sua compaixão ser movida, e não me desdenhe. Ouça minha história; quando você escutá-
-la, abandone-me ou tenha pena de mim, como você julgará que eu mereço. [...] Os culpados são
permitidos, por leis humanas, sangrentas como são, para falar em sua própria defesa antes de serem
condenados. Me escute, Frankenstein. Você me acusa de assassinato, e satifatoriamente iria destruir
a sua própria criatura. Oh, louvada seja a justiça eterna do homem! Ainda eu lhe pergunto para não me
poupar; me escute, e então, se puder, e se quiser, destrua o trabalho de suas mãos.
- ‘Por que você chama a minha lembrança,’ eu repliquei, ‘circunstâncias das quais estremeço ao
refletir, que fui o autor de sua miserável origem? Maldito seja o dia, monstro abominável, no qual você
viu a luz pela primeira vez! Malditas (embora eu me amaldiçoe) sejam as mãos que o formaram! Você
me fez um miserável além da expressão. Não me deixou nenhum poder para considerar se apenas lhe
devo ou não. Vá embora! Liberte-me da visão de sua forma detestada.’
- ‘Assim eu te libero, meu criador,’ disse ele, e colocou suas odiosas mãos diante dos meus
olhos, que afastei com violência; ‘assim, tiro de você uma visão que você abomina. Ainda assim você
pode me ouvir e me conceder sua compaixão. Pelas virtudes que uma vez possuí, exijo isso de você.
Ouça meu conto; é longo e estranho, e a temperatura deste lugar não condiz com as suas sensações;
venha para a cabana na montanha.
[...]
Ao dizer isso, ele liderou o caminho através do gelo; eu o segui.
Meu coração estava cheio, e eu não respondi a ele, mas como eu procedi, pesei os vários argu-
mentos que ele tinha usado e estava determinado a pelo menos ouvir sua história. Fui em parte insti-
gado pela curiosidade e a compaixão confirmou minha resolução. [...] Pela primeira vez, também, eu
senti quais eram os deveres de um criador para com sua criatura, e que eu deveria torná-lo feliz, antes
de reclamar de sua maldade. Esses motivos me incentivaram a cumprir sua demanda. Cruzamos o
gelo, portanto, e subimos na rocha oposta.
O ar estava frio, e a chuva começou a cair novamente; entramos na cabana, a criatura com ar
de exultação, eu com o coração pesado e espíritos deprimidos. Mas consenti em ouvir, me sentei
perto do fogo que meu odioso companheiro tinha acendido, ele então, começou a sua história...
Tradução livre para a Língua Portuguesa e adaptação de Frankenstein or The Modern Prometheus de Mary Shelley,
elaborada por Leandro Henrique Mendes e Mary Jacomine da Silva. A versão em inglês está disponível em: http://www.
dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=5257. Acesso em:11 dez. 2020.
Texto IV
“Há uma diferença entre usar uma máquina para restaurar vida, e criar algo
que nunca deveria ter existido.” Frankenstein – Mary Shelley
O mito de Frankenstein
2 Hubris: arrogância.
3 Miríade: quantidade indeterminada, porém considerada imensa.
4 Inolvidadas: inesquecíveis.
1) Qual (is) é (são) o(s) tema(s) em comum apresentado(s) nos Textos III e IV? Especificamente do
que se trata em cada um dos dois textos?
2) Sobre o título do Texto III, transcreva-o em seu caderno e busque o significado do termo “O Pro-
meteu Moderno”, anotando o resultado de sua pesquisa.
3) O Texto III, além do assunto referir-se ao monstro e ao seu criador, qual(is) outro(s) tema(s) pode(m)
ser abordado(s)? Retire os elementos do texto, justificando a sua resposta:
4) No Texto III, pesquise as palavras consideradas desconhecidas ou cujos sentidos lhe pareçam estra-
nhos. Transcreva-as em seu caderno e busque os significados em dicionários impressos ou on-line.
5) Identifique no Texto III:
a) Qual é o foco narrativo? Identifique e transcreva em seu caderno, elementos do texto que jus-
tifiquem a sua resposta.
b) Em que tempo cronológico se passa a história?
c) Em qual(is) espaço(s) a narrativa acontece, nesse capítulo X?
d) Em qual linguagem se apresenta a obra?
e) Quais são as personagens presentes no capítulo X?
6) Sintetize o caminho percorrido pelo narrador da história antes do encontro dele com a criatura?
7) Explique o motivo dele estar caminhando sozinho pelo vale.
8) Leia o trecho, do Texto III:
“[...] de repente vi a figura de um homem, em alguma distância, avançando com uma rapidez sobre-humana em minha
direção. Ele saltou sobre as fendas no gelo, que eu tinha andado com cautela; sua estatura, também, conforme ele se
aproximava, parecia exceder a de homem. [...] Aproximou-se; seu semblante parecia de uma amarga angústia, combina-
da com desdém e maldade, enquanto sua feiúra sobrenatural tornava-o quase horrível demais para olhos humanos.”
(Frankenstein, capítulo X)
a) Ao observar sua criação, Frankenstein a descreve. Qual das duas descrições, a seguir, o nar-
rador-personagem utiliza? Assinale com um X:
( ) descrição objetiva.
( ) descrição subjetiva.
09) Como você interpreta as emoções de Frankenstein, no capítulo X, durante o encontro com a
criatura?
10) Ao longo do diálogo entre a criatura e Victor Frankenstein, notam-se quais sentimentos presen-
tes? O que você conseguiu identificar na conversa entre criador & criatura? Discuta com seus
colegas e apresente à turma.
11) Quem escreveu Frankenstein? De acordo com o Texto IV, em que local e data deu-se a criação
da obra?
12) Sintetize com as suas palavras, como isso aconteceu?
13) Quais figuras estavam presentes naquele momento e qual era o entretenimento que estavam
compartilhando?
14) Lord Byron, figura amiga de Mary Shelley, foi um dos principais escritores de uma escola literária. Pes-
quise em sites de busca maiores informações sobre o escritor e a escola em que ele se destacou.
15) O que representa em sua opinião, a citação inicial, no Texto IV, “Há uma diferença entre usar uma
máquina para restaurar vida, e criar algo que nunca deveria ter existido.” de Mary Shelley ao falar
sobre Frankenstein?
16) Mesmo sendo escrita há 200 anos, a obra ainda desafia as fronteiras que separam a ficção da
realidade, estimulando indagações sobre as contradições da natureza humana e os avanços
científicos e tecnológicos. Discuta entre os colegas e responda à questão: Como utilizar a tecno-
logia de forma ética e consciente no mundo contemporâneo?
“[...] Percebi, conforme se aproximava (visão tremenda e abominável!) que era o desgraçado que
eu tinha criado. Tremi de raiva e horror, decidi esperar sua aproximação e depois iniciar com ele
um combate mortal. Aproximou-se; seu semblante parecia de uma amarga angústia, combinada
com desdém e maldade, enquanto sua feiúra sobrenatural tornava-o quase horrível demais para
olhos humanos. Mas eu mal observei isso; no início, raiva e ódio me privaram de expressão e só
me recuperei para dominá-lo com palavras expressivas de imenso aborrecimento e desprezo.”
MOMENTO 9 –
#MÃONAMASSA
#TRABALHOEMGRUPO
#DIGANÃOÀSFAKENEWS
#PRODUÇÃOTEXTUAL
#FANFICTIONS
Fanfic é um gênero (ou narrativa ficcional) que surgiu e circula no âmbito da tecnologia digital, a
Fanfic (ou fanfiction), cujo termo pode ser traduzido como “ficção de fã”. São histórias que os fãs
criam das suas personagens favoritas ou de um mundo de ficção preferido já existentes em livros,
histórias em quadrinho, ânime, filme, seriado de TV, entre outros. Os meios de circulação geralmente
são blogs, plataformas virtuais e demais sites que divulgam o gênero. Os criadores das fanfictions,
denominados Fics (ou Fictores), ou informalmente “fanfiqueiros, adoram ler narrativas no mundo
virtual e escrevem com o propósito de divulgar as suas histórias para fãs como eles, a fim de que
apreciem e conheçam as novas ficções.
Para essa produção, vocês precisarão de computadores ou outros aparelhos que possam aces-
sar a internet, a fim de finalizar com a postagem da história no Blog da Turma.
Era noite de Halloween, Dia das Bruxas, e como era de se esperar, uma chuva fina caía lá fora.
A criatura abriu os olhos e viu que havia dormido em sua maca, no laboratório de seu pai Victor
Frankenstein. Um grito desesperador de uma mulher, vindo da rua, o acordara.
Saiu sonolento até à porta e viu que, no chão, havia um caderno. Na capa estava escrito Death
Note (era um caderno paranormal, que matava as pessoas que tinham o seu nome escrito em suas
páginas malignas).
De repente, o livro cai das mãos do monstro como que num passe de mágica e se abre sozinho.
Ele lê o seguinte nome: ___________________________.
Arregalou os olhos e saiu em passos rápidos pela noite escura. Quando de repente, vira a
esquina e vê a seguinte cena: ...
Dica: Ao inserir personagens de narrativas já existentes, elas devem manter as características que
possuem em suas histórias originais.
4) Terminado e corrigido o texto, escolha uma música que tenha o estilo da sua narrativa para servir
de tema musical à personagem principal do enredo.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 03
MOMENTO 1 – DIÁLOGOS POSSÍVEIS
Prezado estudante:
Os textos, a seguir, trazem perspectivas sobre o tema em estudo “O uso da tecnologia no mundo
contemporâneo” e em relação à questão norteadora “Como utilizar a tecnologia de forma ética e cons-
ciente?”, abrindo desta forma, momentos para possíveis diálogos nas Situações de Aprendizagem do
3º bimestre.
Você se lembra qual era o título da obra da escritora Mary Shelley estudada, anteriormente, na
Situação de Aprendizagem 2?... (Se respondeu “Frankenstein ou Prometeu Moderno”, você acertou!)
Para essa atividade, você precisará da Situação de Aprendizagem 2, estudada anteriormente.
Em seu caderno, em grupos (ou em pares):
a) Vocês já ouviram falar de Prometeu? Qual a conexão que pode haver entre os nomes Prome-
teu e Frankenstein?
b) Pesquisem em sites de busca a palavra-chave “Prometeu” e descrevam as principais informa-
ções em seu caderno.
Agora que sabemos um pouco mais sobre a obra de Mary Shelley “Frankenstein ou o Prometeu
Moderno”, vamos conhecer no Texto I, uma das inúmeras histórias sobre o mito de Prometeu, para que
possamos compreender essa relação dialógica que se encontra presente entre:
O professor irá realizar uma leitura compartilhada do texto a seguir. Fique atento às observações
que ele fizer. Tome nota dos assuntos que não estejam em seu repertório pessoal, ou seja, que você
desconheça ou que gerem dúvidas. Após essa leitura e discussão sobre o tema, responda às questões
propostas. Boa leitura!
Texto I
O MITO DE PROMETEU
Olga Pombo
O Céu e Terra já estavam criados. A parte ígnea, mais leve, tinha-se espalhado e formado o firma-
mento. O ar colocou-se de seguida. A terra, como era mais pesada, ficou por baixo e a água ocupou
o ponto inferior, fazendo flutuar a terra. Neste mundo assim criado, habitavam as plantas e os animais.
Mas faltava a criatura na qual pudesse habitar o espírito divino.
Foi então que chegou à terra o Titã Prometeu, descendente de uma antiga raça de deuses des-
tronada por Zeus. O gigante sabia que na terra estava adormecida a semente dos céus. Por isso,
apanhou um bocado de argila e molhou-a com um pouco de água de um rio. Com essa matéria fez o
homem, à semelhança dos deuses, para que fosse o senhor da terra. Tirou das almas dos animais
características boas e más, animando assim a sua criatura. E Atena, deusa da sabedoria, admirou a
sua criação e insuflou naquela imagem de argila o espírito com o sopro divino.
Foi assim que surgiram os primeiros seres humanos, que logo povoaram a terra. Mas faltavam-
-lhes conhecimentos sobre os assuntos da terra e do céu. Vagueavam sem saber a arte da construção,
da agricultura, da filosofia. Não sabiam caçar ou pescar — e nada sabiam sobre a sua origem divina.
Prometeu aproximou-se e ensinou às suas criaturas todos esses segredos. Inventou o arado para
o homem poder plantar, a cunhagem das moedas para que houvesse o comércio, a escrita e a extra-
ção do minério. Ensinou-lhes a arte da profecia e da astronomia, enfim, todas as artes necessárias ao
desenvolvimento da humanidade.
No entanto, faltava-lhes ainda um último dom para se puderem manter vivos — o fogo. Este dom,
entretanto, havia sido negado à humanidade pelo grande Zeus. Porém, Prometeu apanhou um caule,
[...] aproximou-se da carruagem de Febo (o Sol), incendiando-a [...]. Com esta tocha, entregou o fogo
à humanidade, dando-lhe assim, a possibilidade de dominar o mundo e os seus habitantes.
Zeus, porém, irritou-se ao ver que o homem possuíra o fogo e que a sua vontade tinha sido con-
trariada. Por isso, preparou no Olimpo a sua vingança. Mandou que Hefesto fizesse uma estátua de
uma linda donzela, a que chamou Pandora — «a que possui todos os dons». Afrodite deu-lhe a bele-
za, Hermes o dom da fala, Apolo, a música.
Zeus pediu ainda que cada imortal reservasse um malefício para a humanidade. Esses presentes
maléficos foram guardados numa caixa, que Pandora levava nas mãos. Pandora, então, desceu à ter-
ra, conduzida por Hermes, e aproximou-se de Epimeteu — «aquele que pensa depois», o irmão de
Prometeu — «aquele que pensa antes», e diante dele abriu a tampa do presente de Zeus. Foi então
que a humanidade, que até aquele momento havia habitado num mundo sem doenças ou sofrimentos,
se viu assaltada por inúmeros malefícios. Pandora tornou a fechar a caixa rapidamente, antes que o
único benefício que havia na caixa escapasse — a esperança.
Zeus dirigiu a sua fúria contra o próprio Prometeu, mandando que Hefesto e seus serviçais Crato
e Bia (o poder e a violência) o acorrentassem a um penhasco do monte Cáucaso. Mandou ainda uma
águia devorar diariamente o fígado de Prometeu que, contudo, se regenerava cada dia. O seu sofri-
mento durou por inúmeras eras, até que Héracles passou por ele e viu o seu sofrimento. Abateu a gi-
gantesca águia com uma flecha certeira e libertou o cativo das suas correntes. Entretanto, para que a
vontade de Zeus fosse cumprida, o gigante passou a usar um anel com uma pedra retirada do monte.
Assim, Zeus sempre poderia afirmar que Prometeu se mantinha preso ao Cáucaso.
Texto II
FRANKILINSTEIN...
Marcos Rohfe
— Mãe....
— Sim?
— O que é um Frankenstein?
— Como assim filho?
— O que é um Frankenstein? O que isso quer dizer?
A mãe suspirou fundo... Explicar certas coisas é complicado.... Na verdade, ela ficou surpresa até
com a pergunta. A maioria dos jovens da idade dele curtem filmes de terror. Ela amava desde a ado-
lescência. Até participava de um grupo em um aplicativo de mensagens que compartilhava listas sobre
filmes de terror, artistas, datas e curiosidades. Embora acabasse assistindo sempre sozinha, porque o
marido morria de medo, a maioria dos filmes. Lembrava do quanto havia aprendido sobre mitologia nas
comparações entre Frankenstein e Prometeu.
— Frankenstein é uma personagem de filme de terror...Achei que você soubesse...tem várias
versões...até séries... É baseado em um livro. Mas porque a pergunta? Alguém te chamou assim?
— Minha professora de Língua Portuguesa disse que minha redação parecia um Frankenstein.
Tirei 5...
A mãe respirou mais aliviada. Ao menos não fora bullying.
— Como assim? Ela explicou?
— Ela disse que eu escrevi muito, mas na verdade era um amontoado de partes sem muito sen-
tido.... Por isso prefiro Matemática...Odeio escrever....
— Qual era o tema?
— Estamos escrevendo alguns textos dissertativos-argumentativos... Daí eu precisava escrever
sobre os avanços da Ciência no século XXI. Daí li alguns arquivos, pesquisei na internet e juntei as in-
formações. Daí não deu muito certo....
— Daí talvez se você prestasse mais atenção ao invés de ficar jogando, enquanto assiste as aulas
on-line... Aposto que tem um monte de “Daí” no seu texto.... Pior que o tema tem tudo a ver com a
história de Frankenstein.
— Não tenho paciência... A tela do aplicativo é muito pequena... Ela disse para eu pesquisar co-
nectivos inter e intraparágrafos.... Acho que já vimos isso em alguma aula... Mas não lembro....
— Sei.... a tela para assistir aulas é pequena.... Para jogar on-line, não... Então tá....
— Agora preciso reescrever, organizar as partes... dar coesão ao texto, segundo ela.
— Faça isso....
— Tô com preguiça....
— Ela falou só que o texto parecia um Frankenstein? Porque você, às vezes, também parece...
— Credo, mãe!...
— Sim, você é devagar quase parando.... Vai lá, vou pegar uma gramática e te ajudo.
E lá se foi Frankilin....Alto, magro, lento...
Foco narrativo
Narrador
Personagens
Tempo
Espaço
Enredo
6) O que o Titã Prometeu notou na humanidade que o fez tomar diversas atitudes em favor dela?
Explique, transcrevendo elementos do texto.
7) Descreva, em seu caderno, qual(is) atitude(s) tomou o Titã, após a detecção da ausência de saber
do homem em relação às inúmeras técnicas e áreas de conhecimento? Justifique a sua resposta,
retirando elementos do texto.
8) Localize no texto:
a) A ação de Prometeu ao roubar o fogo de Zeus e qual foi o castigo que Zeus decretou para
punir o Titã.
b) Zeus ordenou, entre todos os deuses, que Hefesto executasse o castigo a Prometeu. Pesqui-
se a representação deste deus na mitologia e responda, de acordo com as informações en-
contradas, o porquê de ele ter sido o escolhido.
9) Nessa narrativa de Prometeu, encontra-se também a origem de uma outra história mitológica,
porém a personagem principal não é mais Prometeu. Identifique qual narrativa é e a sua persona-
gem principal, transcrevendo uma síntese em seu caderno.
10) Sobre o Texto II, Frankilinstein...
Responda:
12) Qual era o assunto solicitado pela professora para ser desenvolvido por meio de uma redação e
por que Franklin teve dificuldade em fazer a atividade?
a) Destaque o termo em que há repetição e explique qual a função que ele exerce em meio às frases.
b) Nas falas presentes entre as personagens, no trecho da questão 2, a linguagem é informal por
se tratar de um diálogo entre mãe e filho. Reescreva a frase, adaptando o diálogo para uma
linguagem formal, fazendo as alterações necessárias.
3) Com o auxílio da internet e sites de busca, ajude a personagem Franklin na pesquisa dele e en-
contre as informações sobre os conectivos inter e intraparágrafos:
4) Por que, segundo o diálogo entre mãe e filho, a professora alegou que o texto parecia um “Frankenstein”?
5) Analise o final do diálogo entre as personagens do Texto II e dê a sua opinião sobre a intenção do
narrador com a seguinte frase.
[...] — Sim, você é devagar quase parando.... Vai lá, vou pegar uma gramática e te ajudo.
E lá se foi Franklin...Alto, magro, lento...
Texto III
A propaganda dizia que aquela marca de fita cassete mimava os ouvidos. E era verdade! A qua-
lidade da gravação tinha ficado ótima. Por sorte meu amigo Johnny era especialista em providenciar
coletâneas. E tinha dado trabalho juntar as 10 músicas preferidas da Luíza, até porque colocar Rober-
to Carlos, Bee Gees, Queen e As Frenéticas... todo mundo junto...era meio doido... Mas ela ia ficar
feliz, afinal era um presente exclusivo e os LP estavam muito caros.
— Quais músicas? – Carlos perguntava afoito, fazendo questão de sacudir os cabelos cortados
à moda Bee Gees.
— Só coloquei as dez preferidas dela.
— Desperdício, vai sobrar espaço no K-7.
Pela ordem são essas:
1ª) NightFever - Bee Gees
2ª) Outra Vez - Roberto Carlos
3ª) Força Estranha - Roberto Carlos
4ª) Sampa - Caetano Veloso
5ª) How Deep Is Your Love - Bee Gees
6ª) Don’t Let Me Be Misunderstood - Santa Esmeralda
7ª) Dancin’ Days - As Frenéticas
8ª) MacArthurPark – Donna Summer
9ª) We are the champions – Queen
10ª) Stayin´ Alive (Saturday Night Fever) – Bee Gees
— Sério que você colocou Santa Esmeralda e Roberto Carlos na mesma playlist? Nada contra,
também gosto dos dois, só é meio estranho. E o rei em dose dupla...
— E daí? Bee Gees está em dose tripla... Além do que, você não é quem adora Star Wars e é
obcecado pelos filmes de Frankenstein? Uma combinação igualmente inusitada... Mas pode crer que
essas músicas vão estar nas mais tocadas do ano, você vai ver.
— Não sei se as pessoas vão se preocupar muito com isso. A notícia que está na boca do povo
é o nascimento lá do tal bebê de proveta. Você viu?
— Lógico! Louise é o nome, você acha que a Luíza não ia comentar sobre isso? Ela fica se ga-
bando dizendo que a bebê tem o mesmo nome dela. Pode?
— Então...Isso me lembra um pouco aquela peça que fomos assistir há um tempo. “Esperando
Godot”. Lembra?
— O que uma coisa tem a ver com a outra?
— Esse casal que não podia ter filhos e resolveu se arriscar com essa técnica do bebê de prove-
ta! Bicho! Rasgaram a barriga dela para tirar os óvulos...Loucura... Minha avó está em um grupo de
oração pedindo para que o bebê e o casal sejam abençoados e a menina não seja o anticristo...já que
não nasceu por meios convencionais...
— Ainda não entendi o que isso tem a ver com a peça...
— Na peça as personagens ficam esperando por algo que nunca vem... Os pais dessa menina foram
pioneiros, correram atrás daquilo que queriam... Ajudaram a ciência a avançar.... Isso é incrível... Não acei-
taram ficar submissos diante de uma adversidade... Esse protagonismo é que faz as coisas avançarem.
— A ciência e a tecnologia avançam, ué! É como essa gravação em fita cassete. Olha que coisa
mágica! Isso seria algo impensável tempos atrás, imagine o que poderá acontecer daqui a um século!
— Você vai dar só a fita para a Luíza? Meio xoxo esse presente...
— Eu fiz uma lista das dez coisas que quero compartilhar com ela. E vou levar flores.
— Bom, dessa lista nem quero saber o conteúdo...hehehe...
— Quando ela aceitou assistir Os Embalos de Sábado à Noite comigo eu quase a pedi em namoro.
— E você acha que ela aceita?
— Vou tentar. Quem sabe.
— Ainda estou impressionado com essa história da Louise Brown. Sou superfã de ficção científi-
ca, você sabe! É incrível mesmo você ver algo que só seria possível em um filme ou livro virar realidade.
— Sim, mas vamos terminar esse guaraná logo que quero ir encontrar a Luíza.
Era agosto de 1978. Éramos jovens, a ditadura no Brasil começava a dar sinais de afrouxamento.
A ciência avançava. Eu e Carlos saímos rindo da lanchonete naquela fria avenida São João. Éramos
jovens e deslumbrados. De repente, começamos a cantarolar NightFever, dos Bee Gees, rindo e cor-
rendo pela calçada.
— É para você, Louise Brown! Que a ciência que te trouxe ao mundo nos ajude a tornar esse
planeta melhor!
E subimos a São João até a esquina da Ipiranga, lugar em que realmente alguma coisa acontece
em nossos corações.
Texto IV
a) Façam a tradução e elaborem uma lista de possibilidades que justifiquem a escolha. Por que
esse texto recebeu esse título? Elenquem (no mínimo) duas hipóteses para compartilhar com
os demais colegas.
3) Os Textos III e IV se diferem por serem gêneros distintos. Enquanto o Texto III “1978 – Louise.
Don’t Let Me Be Misunderstood!” é uma crônica, o Texto IV “Nasce o Primeiro Bebê de Proveta
do Mundo” refere-se a uma notícia jornalística. Pesquisem e identifiquem os elementos estruturais
dos dois gêneros, preenchendo os quadros, a seguir, de acordo com o que se pede:
Crônica
Título
Foco narrativo
Narrador
Personagens
Tempo
Espaço
Enredo
3. Quando? (tempo)
4. Onde? (lugar)
5. Como?
6. Por quê?
4) Em grupos (ou em pares), releiam o Texto III, e analisem a playlist dos(as) cantores(as) descri-
tos(as), em destaque e respondam:
a) Dessa seleção, vocês conhecem algum(ns) cantor(es)? Se sim ou não, aponte-os no quadro
a seguir:
Cantores conhecidos Cantores desconhecidos
b) E quanto às músicas? Descrevam de qual (is) mais gostam ou não gostam, justificando as
respostas.
5) Johnny, o amigo da personagem fez o favor de juntar 10 canções que Luíza gostava de ouvir em
uma fita cassete.
a) Vocês sabem o que é uma fita cassete? Busquem informações em sites e expliquem (anotan-
do no caderno) que objeto tecnológico é esse?
b) Se hoje fosse para fazer uma coletânea de músicas para alguém especial, qual o método que
utilizariam no lugar de gravar em uma fita K7? Qual(is) meio(s) e/ou lugar(es) pesquisariam?
Onde armazenariam? Expliquem.
6) No Texto III, no trecho: “[...] —Então...Isso me lembra um pouco aquela peça que fomos assistir
há um tempo. “Esperando Godot”. Lembra?
—O que uma coisa tem a ver com a outra? [...] ”
a) Busquem informações sobre a referida peça, mas não somente no texto, pesquisem também
as informações que estão disponibilizadas no componente Arte, a Situação de Aprendizagem
3 e em sites e/ou plataformas sobre esse clássico, descrevendo quem é o autor da peça e o
que ela aborda?
b) Ainda no trecho, a frase “—O que uma coisa tem a ver com a outra? presente no diálogo,
os amigos conversam sobre a peça apresentar um tema totalmente contrário às atitudes to-
madas pelo casal Brown. Discutam sobre esse diálogo e expliquem, justificando a resposta
por meio de elementos retirados no texto.
7) O que estava acontecendo em agosto de 1978, segundo o Texto III? Façam um levantamento
dos contextos histórico e sociocultural no final dos anos 70 e início dos anos 80:
8) No final do Texto III, o narrador cita que a avó dele, muito assustada, recorreu às orações, porque
o bebê noticiado era de proveta, ou seja, não tinha sido gerado por meios convencionais e sim
por métodos científicos e tecnológicos. Questões como essa, ainda hoje, causam muitas polêmi-
cas e protestos. Vocês sabiam que ao longo da história, sempre existiram pessoas que temeram
ou negaram as inovações tecnológicas? Hoje em dia, há uma denominação para as pessoas que
se opõem e uma outra denominação para os que negam à tecnologia.
a) Busquem qual é o termo e o significado de quem tem aversão, medo da tecnologia e transcrevam
as informações no caderno.
b) Pesquisem qual é o nome e o significado de quem nega a ciência, transcrevendo os dados
no caderno.
c) Discutam entre os colegas e pesquisem as descobertas atuais tecnológicas e científicas dos últi-
mos anos, que geraram polêmicas e/ou protestos no mundo, tal qual a notícia ocorrida em 1978.
Relembre:
Uma notícia tem como função principal, divulgar um acontecimento real no meio jornalístico.
O conteúdo dela, em geral, retrata fatos políticos, sociais, econômicos, culturais, entre outros
assuntos significativos para a sociedade. Além disso, a organização de uma notícia requer não só
informações sobre o fato, como também onde e quando ocorreu (lugar e tempo) e quem participou
dele. O fato é, geralmente, relatado com tempos verbais do pretérito (processo verbal do passado),
mas o presente também pode ser usado.
Todo acontecimento que, de alguma forma, tem relevância e repercussão é potencialmente
objeto de investigação jornalística. A notícia raramente vem assinada.
MOMENTO 6
#MÃONAMASSA
#NOTÍCIACHALLENGE
#PLAYLISTSCOMENTADAS
#TALKLISTS
1) Divididos em grupos, escrevam uma notícia sobre o avanço da ciência e da tecnologia na área
(a escolher):
• Aviação.
• Mobilidade urbana.
• Reaproveitamento de material.
• Moradia sustentável.
• Avanços dos estudos sobre Genética.
Para esse desafio, retome a tabela com os elementos constitutivos do gênero notícia (questão 3b),
MOMENTO 5 – VISÕES DE MUNDO NOS TEXTOS. Isso auxiliará na produção escrita.
• Usarão outros recursos como fotografia, para criação da imagem da notícia ou uso da câmera
do celular? Ou será realizado à mão livre? Quais cores usarão, tipos de letras etc.
• O layout, as imagens, cores, tipos e tamanhos de letras também devem ser discutidos.
Pesquisem mais sobre a diagramação de um jornal, busque as informações em sites e
plataformas do respectivo tema.
Agora que os grupos já estão por dentro do gênero, acesse o link, a seguir, para conhecer um
template que, se desejar, poderá utilizar para inserir a notícia. Disponível em: https://templates.offi-
ce.com/pt-br/jornal-tradicional-tm11279482. Acesso em: 10 jan. 2021.
DESAFIO2
PRODUÇÃO DE PLAYLIST COMENTADA:
1) No Texto III, “1978 – Louise. Don’t Let Me Be Misunderstood!”, Johnny, uma das persona-
gens ajudou o amigo dele criando, mediante uma combinação inusitada, uma coletânea com as
10 músicas preferidas de Luíza.
a) Em grupos (ou em pares), criem uma Playlist Comentada que contenha 4 (quatro) músicas
cujo tema será especificado pelo seu professor. Os comentários sobre as músicas da playlist,
deverão ser textos elaborados em caráter explicativo ou opinativo e podem ser escritos ou orais.
Playlists Comentadas
Playlist Comentada. Sabrina Lopes — Acústicos para Relaxar. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=5v2VXRFjWEY.
Playlist Comentada (em podcast). TalkList #1. Gramofone de Bolso. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=HfgWRKZ4m2A. Acesso em: 10 jan. 2021.
Playlist comentada. Filho de Mil Homens - 2EM Escola São Paulo. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=cVK4y5Vt_wQ. Acesso em: 10 jan. 2021.
Bom trabalho!
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 04
O USO DA TECNOLOGIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
MOMENTO 1 – DIÁLOGOS POSSÍVEIS
Prezado estudante:
Você já ouviu falar das TDICs? É a sigla que usamos para as Tecnologias Digitais da Informação
e Comunicação (TDICs). Como as tecnologias digitais passaram a fazer parte de nossa rotina, trans-
formando nossa maneira de nos comunicar, de trabalhar e de aprender, nos conectando à globalização
e às redes sociais por meio de smartphones e internet, tem-se observado, cada vez mais na história,
a necessidade de saber usar (e aplicar) a tecnologia em prol da humanidade. Portanto, sendo ela um
instrumento fundamental em inúmeras áreas, iremos sempre abrir possíveis diálogos para temas volta-
dos a pesquisas e produções científicas e tecnológicas. E nesse material, em especial, para a revolu-
ção na área da medicina.
Para tanto, vamos conhecer um pouco da obra “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”,
de Lima Barreto ao relatar sobre a guerra no Rio de Janeiro (no início do século XX), denominada a
“Revolta dos Sapatos” e tentar descobrir o que fez André (em “André e o Capsídeo”) mudar os hábi-
tos de sua rotina após a “resenha” que ele teve com um “ser” que jamais imaginara que fosse conhecer.
Então, vamos lá? Bom estudo para todos!
Texto I
“O Napoleão de seringa e lanceta”
Autor: chargista e jornalista Leonidas Freire
Oswaldo Cruz, “O Napoleão de seringa e lanceta” (O Malho, 24/10/1904; charge de Leonidas Freire). Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Guerra_Vaccino-Obrigateza!.jpg. Acesso em: 26 jan. 2021.
Texto II
Capítulos X, XI e XII
“[...] Nascera a questão dos sapatos obrigatórios de um projeto do Conselho Municipal, que foi
aprovado e sancionado, determinando que todos os transeuntes da cidade, todos que saíssem à rua
seriam obrigados a vir calçados. Nós passávamos então por uma dessas crises de elegância, que, de
quando em quando, nos visita. Estávamos fatigados da nossa mediania, do nosso relaxamento; a vi-
são de Buenos Aires, muito limpa, catita, elegante, provocava-nos e enchia-nos de loucos desejos de
igualá-la. (...). Nós invejávamos Buenos Aires imbecilmente. Era como se um literato tivesse inveja dos
carros e dos cavalos de um banqueiro. [...]
Levantara-me muito cedo naquela manhã para ir ao jornal. [...] e por ser assim eu tive que [...]
pedir na véspera um par de punhos a Dona Felismina. Ela entregou-mos, indagando:
— Diga-me uma coisa “Seu” Caminha: há aí uma lei que obriga todos a andarem calçados?
— Há uma postura municipal.
— Mas é verdade isso mesmo? Pois então todos, todos?
— Na rua, é. Por que se assusta?
— Dizem que as folhas falam nisso e que até, contam aí, que quem tiver pé grande tem que sofrer
uma operação para diminuir os pés, como os chinas ... É verdade?
— Qual! É balela! Quem lhe contou?
Ao sair, ainda ouvi que, pelos corredores, se discutia o assunto com calor, girando sempre a con-
versa em torno daquela operação chinesa que o governo queria impor à população. [...]
Quase todos previam um motim; julgavam-no certo pelas observações que tinham feito. [...] Re-
colhi-me cedo nessa noite e dormi profundamente durante toda ela. Não vi a destruição dos combus-
tores de iluminação, que os populares tinham levado a efeito. Só a notei de manhã, já pelas oito horas,
descendo a ladeira. Na rua, o trânsito era ralo e o tráfego dos bondes parecia ter cessado completa-
mente. Nas esquinas, havia patrulhas de infantaria e cavalaria e de distância em distância, à porta de
estalagens, afastados da polícia, havia grupos compactos de populares. Um bonde aproximou-se, e,
embora cheio, dependurei-me com dificuldade num dos balaústres. A fisionomia das ruas era de ex-
pectativa. As patrulhas subiam e desciam; nas janelas havia muita gente espiando e esperando qual-
quer coisa. Tínhamos deixado a estação do Mangue, quando de todos os lados, das esquinas, das
portas e do próprio bonde partiam gritos: Vira! Vira! Salta! Salta!
Queima! Queima!
O cocheiro parou. Os passageiros saltaram. Num momento o bonde estava cercado por um
grande magote de populares à frente do qual se movia um bando multicor de moleques, espécie de
poeira humana que os motins levantam alto e dão heroicidade. Num ápice, o veículo foi retirado das
linhas, untado de querosene e ardeu. Continuei a pé. Pelo caminho a mesma atmosfera de terror e
expectativa. Uma força de cavalaria de polícia, de sabre desembainhado, corria em direção ao bonde
incendiado. Logo que ela se afastou um pouco, de um grupo partiu uma tremenda assuada. Os asso-
bios eram estridentes e longos; havia muito da força e da fraqueza do populacho naquela ingênua
arma. E por todo o caminho, este cenário se repetia.
Uma força passava, era vaiada; se carregava sobre o povo, este dispersava-se, fragmentava-se,
pulverizava-se, ficando um ou outro a receber lambadas num canto ou num portal fechado. [...]
O Largo de São Francisco era mesmo uma praça de guerra. Por detrás da Escola Politécnica,
havia uma força e os toques da ordenança sucediam-se conforme as regras e preceitos militares. Parei.
Um oficial a cavalo percorria a praça, intimando o povo a retirar-se. Obedeci e, antes de entrar na Rua
do Ouvidor, a cavalaria, com os grandes sabres reluzindo ao sol, varria o largo com estrépito. Os curio-
sos encostavam-se às portas das casas fechadas, mas aí mesmo os soldados iam surrá-los com
vontade e sem pena. Era o motim. As vociferações da minha gazeta tinham produzido o necessário
resultado. Aquele repetir diário em longos artigos solenes de que o Governo era desonesto e desejava
oprimir o povo, que aquele projeto visava enriquecer um sindicato de fabricantes de calçado, que aten-
tava contra a liberdade individual, que se devia correr a chicote tais administradores, tudo isso tinha-se
encrostado nos espíritos e a irritação alastrava com a violência de uma epidemia.
Durante três dias a agitação manteve-se. Iluminação quase não havia. Na Rua do Ouvidor arma-
vam-se barricadas, cobria-se o pavimento de rolhas para impedir as cargas de cavalaria. As forças
eram recebidas a bala e respondiam. Plínio de Andrade, com quem há muito não me encontrava, veio
a morrer num desses combates. Da sacada do jornal, eu pude ver os amotinados. Havia a poeira de
garotos e moleques; havia o vagabundo, o desordeiro profissional, o pequeno burguês, empregado,
caixeiro e estudante; havia emissários de políticos descontentes. Todos se misturavam, afrontavam as
balas, unidos pela mesma irritação e pelo mesmo ódio... [...]
O motim não tem fisionomia, não tem forma, é improvisado. Propaga-se, espalha-se, mas não se
liga. O grupo que opera aqui não tem ligação alguma com o que tiroteia acolá. São independentes; não
há um chefe geral nem um plano estabelecido. Numa esquina, numa travessa, forma-se um grupo,
seis, dez, vinte pessoas diferentes, de profissão, inteligência e moralidade. Começa-se a discutir, ata-
ca-se o Governo; passa o bonde e alguém lembra: vamos queimá-lo. Os outros não refletem, nada
objetam e correm a incendiar o bonde.
O apagamento momentâneo da honestidade e a revolta contra pessoas inacessíveis levam os
melhores a esses atentados brutais contra a propriedade particular e pública. Concorre também muito
a nossa perversidade natural, o nosso desejo de destruir, que, adormecido no fundo de nós mesmos,
surge nesses momentos, quando a lei foi esquecida e a opinião não nos vigia. No jornal exultava-se.
As vitórias do povo tinham hinos de vitórias da pátria. Exagerava-se, mentia-se, para se exaltar a po-
pulação. Em tal lugar, a polícia foi repelida; em tal outro, recusou-se a atirar sobre o povo. Eu não fui
para casa, dormi pelos cantos da redação e assisti à tiragem do jornal: tinha aumentado cinco mil
exemplares. Parecia que a multidão o procurava como estimulante para a sua atitude belicosa. O ser-
viço normal da folha fazia-se com atividade. [...]
Houvera muitas mortes assim, mas os jornais não as noticiavam. Todos eles procuravam lisonjear a
multidão, mantê-la naquelas refregas sangrentas, que lhes aumentava a venda. Não queriam abater a
coragem do povo com a imagem aterradora da morte. A polícia atirava e não matava; os populares ati-
ravam e não matavam. Parecia um torneio...Entretanto eu vi morrer quase em frente ao jornal um popular.
Era de tarde. O pequeno italiano, na esquina, apregoava os jornais da tarde: Notícia! Tribuna! Despacho!
De há muito que a rua parecia retomar a sua vida normal. Durante todo o dia os passeios se fize-
ram como nos dias comuns; repetidamente, porém, uns grupos que paravam no canto do Largo de
São Francisco, vaiaram a polícia. O esquadrão, com o alferes na frente, partiu como uma flecha e foi
descendo a Rua do Ouvidor, distribuindo cutiladas para todos os lados. O pequeno vendedor de jor-
nais não teve tempo de fugir e foi derrubado pelos primeiros cavalos e envolvido nas patas dos seguin-
tes, que o atiraram de um lado para outro como se fosse um bocado de lama. Quando suspenderam
a carga, alguns populares trouxeram-no morto para o escritório do jornal. O cadáver estava num esta-
do ignóbil: tinha quase todos os ossos partidos, o crânio esmagado e o ventre roto.
Recordei-me então daquelas palavras de Loberant: — Esses f... hão de ver se valho ou não valho
alguma coisa! Súcia!”
BARRETO, Lima. Recordações do Escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Ática, 1995. p. 77-112 (Bom Livro). Disponível
em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000157.pdf. Acesso em: 02 fev. 2021. (adaptado)
2) Vocês conseguem identificar qual é o gênero textual jornalístico que a ilustração representa e a
função social dele?
Sobre o Texto I
a) O que vocês compreendem que o autor desejou nos passar por meio da imagem?
b) Na opinião de vocês, quem são as personagens da ilustração?
c) O que aparentemente estão fazendo essas figuras presentes na charge?
4) Na ilustração, nota-se que, em meio ao motim, há um estandarte levantado e com alguns destaques.
Sobre o Texto II
10) Retomem os fragmentos da obra do Texto II, discutam em pares (ou em grupo) e respondam:
a) Por que o título da obra recebe o nome de “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”?
b) Nos capítulos em estudo, quais são as personagens citadas?
c) Qual é o tipo de narrador e o foco narrativo do romance?
d) Em que tempo cronológico se passa a ação?
11) Por que os capítulos narrados podem ser intitulados de “A Revolta dos Sapatos”?
12) Durante o percurso pelos bairros cariocas, Isaías relata “[...] A fisionomia das ruas era de expec-
tativa [...] Pelo caminho a mesma atmosfera de terror e expectativa. [...]”. Em sua opinião:
13) Citem os nomes dos locais percorridos pelo escrivão, segundo a narrativa:
14) No trecho “O motim não tem fisionomia, não tem forma, é improvisado. Propaga-se, espalha-se,
mas não se liga.”, o que o narrador quis dizer?
15) Leiam o fragmento do Texto I:
“[...] O apagamento momentâneo da honestidade e a revolta contra pessoas inacessíveis levam
os melhores a esses atentados brutais contra a propriedade particular e pública. Concorre tam-
bém muito a nossa perversidade natural, o nosso desejo de destruir, que, adormecido no fundo
de nós mesmos, surge nesses momentos, quando a lei foi esquecida e a opinião não nos vigia.
[...]”
a) Nesta passagem, de acordo com o escrivão Isaías Caminha, o que leva o ser humano a se
rebelar, criando motins e atentados brutais?
b) Vocês concordam ou discordam do trecho? Expliquem.
16) Apesar de Lima Barreto ter publicado o romance “Recordações do Escrivão Isaías Caminha” em
1909, início do século XX, vocês conseguem notar semelhanças com as notícias atuais publica-
das em jornais, redes sociais ou outra forma de mídia? Comentem.
Texto III
André e o Capsídeo
Leandro Mendes
- Pronto! Essa aqui já era. – Disse André, em voz alta, externando sua felicidade por ter visto o
último episódio da mais recente série de ficção científica disponível na sua plataforma preferida de
streaming. A série não havia nem completado uma semana de lançamento e já ocupava a primeira
posição no Top 10.
Texto IV
“VACINAR É PROTEGER!”
Secretaria Municipal da Saúde de Ecoporanga. Campanha de Vacinação contra o Sarampo. Disponível em: https://
sitebarra.com.br/v6/2020/02/secretaria-de-saude-de-ecoporanga-iniciou-a-vacinacao-contra-o-sarampo.html.
Acesso em: 08 fev. 2021.
2) As linguagens utilizadas pelos autores nos Textos III e IV estão adequadas aos contextos? Explique.
3) A quais gêneros “André e o Capsídeo” e “Vacinar é Proteger!” pertencem?
4) Elementos da narrativa:
5) O que fez André assim que acabou de assistir ao último episódio de sua série favorita?
6) Busque o significado do termo Capsídeo em dicionários impressos ou on-line, transcrevendo-o
em seu caderno.
7) Agora que você já pesquisou o significado do termo viral, responda: houve alguma intenção do
autor ao escolher o nome Capsídeo para uma das personagens? Explique.
8) Por ser um vírus, Capsídeo pode ser considerado o vilão da história? Justifique, retirando trecho(s)
da narrativa que comprove(m) a sua resposta.
9) Leia o trecho:
“- Eu sou um vírus.
- Um vírus? Sai fora! Eu acabei
de conferir o antivírus e tá tudo
bem. [...]”.
(André e o Capsídeo)
10) Por meio das características descritas por Capsídeo e pelo primeiro sintoma apresentado (olhos
vermelhos), você consegue identificar qual a doença que estava acometendo André?
11) Após o diálogo conflitante entre o vírus e seu interlocutor e pela seguinte ação: “[...] André acor-
dou suado, assustado, com o celular sobre o peito e pensou: vou tomar um banho [...] qual a
impressão que você consegue inferir de André?
Sobre o Texto IV
13) Há na ilustração da campanha uma imagem na qual uma figura segura um objeto que contém
uma frase.
14) O que é o objeto que a personagem está segurando nas mãos e qual a mensagem que o símbo-
lo na campanha representa?
15) Imagine que você trabalha em uma agência de publicidade responsável pela campanha da vacina
e lhe solicitaram a função de elaborar mais duas frases para possível substituição do slogan atu-
al “Vacinar é Proteger”. Como elas seriam? Escreva-as em seu caderno.
Como Criar um Slogan Inesquecível. Forasteiro Site, Youtube. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=MtB8TGZtOFY. Acesso em: 09 fev. 2021.
a) Você já viu alguma propaganda ou ilustração nos meios de comunicação semelhante a ela?
Comente.
b) Quem é o público-alvo da campanha? Qual é a intenção de uma campanha social e educativa?
2) Agora, retire todas as gírias que se encontram no Texto III, contidas no diálogo entre as persona-
gens. Busque-as, inserindo os significados e/ou pesquisando-as em dicionários impressos ou
on-line. Relacione-as em seu caderno.
3) Leia os trechos a seguir:
Texto II
“[...] O cocheiro parou. Os passageiros saltaram. Num momento o bonde estava cercado por um
grande magote de populares à frente do qual se movia um bando multicor de moleques, espécie de
poeira humana que os motins levantam alto e dão heroicidade. Num ápice, o veículo foi retirado das
linhas, untado de querosene e ardeu. Continuei a pé. Pelo caminho a mesma atmosfera de terror e
expectativa. Uma força de cavalaria de polícia, de sabre desembainhado, corria em direção ao bonde
incendiado. Logo que ela se afastou um pouco, de um grupo partiu uma tremenda assuada. [...]” .
Recordações do Escrivão Isaías Caminha, Lima Barreto. (fragmento)
Texto III
“[...] - Que fita é essa? Eu não fiz nada pra acontecer isso.
- Lembra do rolê de domingo? Aquele no qual você estava num ambiente pouco ventilado, com várias
pessoas conversando e curtindo? Foi lá que eu te conheci.
- Poxa, mano. Você quer me deixar doente? Que ideia errada! [...]”.
André e o Capsídeo. (fragmento)
a) Retire os termos do fragmento do Texto II, que atualmente são considerados arcaicos:
b) Por que essas palavras são consideradas em desuso, nos dias de hoje?
c) Com qual dos dois Textos (II ou III) você mais se identifica, pensando no uso da língua? Explique.
Campanha Publicitária
A campanha publicitária, gênero que se encontra dentro da linguagem da propaganda, envolve
processos elaborados e eficazes. É constituída por meio de diversos anúncios em diferentes meios
de comunicação, preservando uma única identidade tanto na linguagem verbal quanto na não verbal.
Campanha publicitária social: São campanhas criadas por meio de ações voltadas às causas
sociais. Essas ações podem ser voltadas para cultura, educação, saúde ou trabalho. Essas campanhas
objetivam possibilidades de transformação do mundo para um lugar melhor.
Características
• Título, escolha do produto ou ideia a ser apresentada.
• Subtítulo.
• Logotipo.
• Slogan (frase de impacto, curta e criativa).
1) Em grupos ou em pares, leiam os Textos I (gênero jornalístico) e o II (podcast) e discutam sobre o tema:
Texto I
Texto II
LABIUFSCAR - Laboratório Aberto de interatividade
Podcast _ Mídia e Ciência – Ep. 5 – “A ignorância pode matar seu filho”
2) Criem uma campanha social com o tema: Conscientização sobre a importância da Vacinação.
2ª etapa: Elaboração da Campanha Social em formato digital: podcast, meme, vídeo-minuto etc.
Vamos imaginar que a campanha social mudou a estratégia de divulgação e agora será realizada
também nos principais veículos de comunicação digital, com o objetivo de atingir a todos os usuários
do mundo virtual sobre o tema vacina, reforçando sobre ela ser uma decisão de proteção para todos.
1) Em grupos (ou pares), escolham um gênero digital a seguir para transpor a campanha em prol da
vacinação:
Sugestão:
• Acessar os tutoriais na internet para pesquisas sobre a sua estrutura e o processo necessário
para a criação os ajudará no momento da elaboração.
• Retomem as Situações de Aprendizagem anteriores do componente, que abordam os gêneros
podcast, vídeo-minuto e meme.
• Com o auxílio do professor e do grupo, organizem o cronograma de planejamento e apresentação
final.
• Lembrem-se: para todo o processo, será necessário o acesso aos computadores e à internet.
Podcast com celular! Melhores aplicativos para gravar podcast pelo celular. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=jKDmo1xMJls. Acesso em: 08 fev. 2021.
Vídeo-minuto. Missão Possível - melhor curta Festival do Minuto 2010. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=DTTA-EpRWt0. Acesso em: 08 fev. 2021.
LÍNGUA INGLESA
LEARNING SITUATION 1
By the end of the lesson(s), you will be better able to:
Culture/ Content/ Cognition
(Learning outcomes)
• Define words related to Information and Communication Technology.
• Articulate frames and structures to talk about ICT, digital influencers and social networks.
• Exemplify different media, social networks and digital influencer’s contents.
• Reflect about ICT, ICT jobs, digital influencers and social networks.
• Collaborate to create projects.
Instruments of assessment
(How will you measure if outcomes met)
• If you successfully use the frames to talk about digital influencers and social networks.
• If you successfully create and complete the Challenges in Moment 6.
MOMENT 1
a) Fill up the first and the second columns of the KWL chart about Information and Communica-
tion Technology (ICT).
MOMENT 2
a) Name each picture using the words from the box.
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10
b) Use the words from the last activity to complete the sentences. Follow the example:
c) The activities in the box represent some of the most common things people do using techno-
logy (smartphones, computers, tablets, internet, etc.), use them to write sentences on your
notebook talking about what you use technology for. Follow the example.
WORK – PLAY GAMES – LISTEN TO MUSIC – STUDY – PAY BILLS – BUY THINGS – CHAT – PRODUCE
VIDEOS – TAKE PICTURES – POST THOUGHTS – SHARE MEDIA – READ THE NEWS – SEARCH
INFORMATION – READ BOOKS – SELL THINGS – WRITE – WATCH VIDEOS - CHECK SOCIAL
NETWORKS – MAKE RESERVATIONS
MOMENT 3
a) Do you know what ICT is? Read the text, don’t forget to circle the words you don’t know and
look up their meaning in a dictionary.
ICT is the acronym for Information and Communication Technology, a term that represents all networking
components, software, devices (such as smartphones, computers, notebooks, tablets and smart televisions),
apps and everything else needed to have access and interact in the digital world. The term is widely used to
represent all modern and wireless devices, but by ICT it is possible to understand all common technologies
too, such as television broadcast, landline telephones, security cameras, etc. Briefly speaking, it is all the past,
present and even future technologies used for communication and information.
Text produced specially for this material.
c) Now that you know more about ICT, it is time to think of the functions and the usage of these
technologies. In pairs, interview your partner using the questions in the bubbles. You can also
create new questions if you like.
d) Technology enables people to do many things, including work. Search on the internet the most
recent jobs that merged from technology, and make a chart with information about it. Follow
the example:
Job: Cyber Security Specialist.
Activities: Protect the security of computer systems and networks.
Hours of work a week: 40 hours per week.
Salary: May vary around 8.000,00 and 9.000,00 R$ per month.
e) Present your chart to your classmates. You can use the following frame to help you do that:
MOMENT 4
a) Digital influencers are very popular among people of all ages. It is one of the modern jobs prevenient
from the advent of technology and communication technologies. These professionals may influence
people by their knowledge and expertise in positive ways, but also very negative ways. Let’s explo-
re this job a little. First, complete the chart with names of digital influencers you like, or know,
and the type of content they produce. You can use the words from the box to help you do that.
b) Share your chart with your classmates, you can bring some short videos of the people you
chose to illustrate the presentation. Also use the following frame to help you present your digi-
tal influencers.
c) Now, let’s focus on the controversial digital influencers, do you know anyone who posts things
that you consider inappropriate, or prejudiced in any way? Write on the chart the name of that
digital influencer and argument why you consider his/her content inappropriate, or harmful. You
can bring short videos of that person to reinforce your argument.
I consider him/her
Digital influencer’s name Content produced
inappropriate because…
d) As you have studied so far, there are many types of digital influencers out there, people that
work producing different contents and using different types of media. If you were a digital in-
fluencer, what type of content would you produce? Why?
________________________________________________________________________________
e) In order to produce your content, what types of technology would you need? Where would you
post this content?
________________________________________________________________________________
MOMENT 5
a) During the last Moment, you had the opportunity to explore the world of digital influencers and
the media they produce. Now it is time to analyze the “digital vehicles” through where they re-
ach their audience: The social networks. First, write on the lines below, the social networks you
know and use.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
b) About the social networks you have selected, complete the chart with the types of media (vi-
deos, pictures, music, etc.) that is possible to create and/or share through them.
c) Take back what you have answered in Moment 4d. Which social network(s) would you choose
to share/produce your content? Why?
________________________________________________________________________________
d) Now, it is time to put into practice what you have learned. Thinking about what you answered
in the last activity, produce some content to be shared as if you were a digital influencer, it can
be a picture, a short video, story, written post, or review about the subjects you like the most,
or what you have studied during this learning situation. Don’t forget to be respectful and do not
produce any content that is prejudiced in any way.
e) Present your content to your classmates and explain your objective. You can use the following
frame to help you do that.
MOMENT 6
a) The Challenges have become very popular on the internet, and specially on social networks.
They are a series of activities people must accomplish involving dance, visual art, comedy, fi
ters, etc. In groups, find the most popular Challenges on the internet, and write on your not
books:
b) Still in groups, you will create a new Challenge with the objective of promoting good practices,
respect and collaboration in your school. You can take subjects you are studying, or have stu-
died, in other classes too. Elaborate the Challenge, define what it is about, what is the objecti-
ve, and what people must do. Use the following box to summarize your Challenge.
c) Now share your challenge with the other groups, and try to accomplish one another’s. You can
use your smartphones to do that. Share the challenges on the social network page of your class.
d) Go back to the KWL Chart in Moment 1 and complete the third column.
LEARNING SITUATION 2
By the end of the lesson(s), you will be better able to:
MOMENT 1
a) Fill out the first and the second columns of the KWL chart about English language.
MOMENT 2
a) What do you use English language for? Complete the chart ticking the activities and situations
where you use, or identify, English language in your daily routine.
Others: ___________________________________________________________________.
b) In pairs, talk to your friend about English language using the questions in the bubbles to guide
your conversation.
MOMENT 3
a) Read the text and circle the words you don’t know.
The English language has its origin in England and is the language spoken in many countries, like the United
Kingdom, Canada, the United States, Australia, Ireland and New Zealand. It is the language chosen for business
and as a second language in a variety of countries. For that reason, English has earned the status of lingua franca.
English has developed over the course of more than 1,400 years. Each nation and group created their own
dialect according to their culture. Even in groups where English is used as a second language there are different
characteristics and peculiarities. Nowadays, English language is so vast and diverse as the people that speak it.
Text produced specially for this material.
b) Using a dictionary, look up the meaning of the words you have circled in the text and write them
on your notebook.
c) Answer the questions according to the text.
_________________________________________________________________________.
2. Is English the same in all the countries and groups where it is spoken? Why?
_________________________________________________________________________.
d) Do you know what lingua franca is? Search on the internet and define it.
e) Complete the visual organizer with words you can relate to English language.
MOMENT 4
a) As you could see during the last Moment, English language is developed differently according
to the place and culture of the group using it. Search on the internet and find how different from
the English in England (British) is the dialect in the following countries:
_____________________________________________ _____________________________________________
_____________________________________________ _____________________________________________
_____________________________________________ _____________________________________________
Accents: Accents:
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
b) Present your findings to your classmates. You can use the following frame to help you do that.
Also, bring videos, or audios, that illustrate the different dialects you found.
Compared to the English in England, in the United States they have words with different meanings such as
_______ that means _______, the same word means _______ in England.
In the United States there are many accents, such as the _______.
c) It isn’t only in physical spaces that English developed in different ways. The digital culture also
created their own dialect and people use it when playing games, texting or posting on social
networks. Do you know the meaning of the following acronyms and abbreviations? Search on
the internet and write their meanings on the lines given.
LOL
IKR
ASAP
TBT
AFK
NOYB
OMG
THX
TYT
2MORO
BRB
GR8
XOXO
L8R
d) Use the acronyms and abbreviation from the last activity and write sentences on your notebook
using them. Follow the example:
e) Think about the use of acronyms and abbreviations and answer the questions.
________________________________________________________________________________
2. Why do use you acronyms and abbreviations?
________________________________________________________________________________
MOMENT 5
a) During the last Moments you had the opportunity to study how English is present in your daily
life and how it has developed in different cultures and groups. Now, it is time to observe how
this language is present around you. First, hold your camera and take pictures of:
b) Present your pictures to your classmates. You can gather all the pictures in a PPT presentation
or print them. Use the frames to explain why you took each picture:
The first (second, third) establishment I found with English words in its name was _______, this place is a/an
_______, and the name means _______.
The first (second, third) product I found is a/an _______, the name means _______.
The first (second, third) T-shirt I found with an English sentence was ________. The sentence means _______.
The first (second, third) object I found that I call it using English words was _________.
c) Now, answer the question according to the activities and discussions you have done:
Why is English language so present in our daily life?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
____________________________________________________
d) Go back to the KWL Chart in Moment 1 and complete the third column.
LEARNING SITUATION 3
By the end of the lesson(s), you will be better able to:
MOMENT 1
Images available at: 1.https://is.gd/hxfk7w, 2.https://is.gd/X6Qd9r, 3.https://is.gd/04oGNd. Access on October 16, 2020.
a) Fill out the first and the second columns of the KWL chart about Artistic manifestations.
MOMENT 2
a) Do you like comic books? Link the words to the elements that best represent it. Follow the
example.
b) Fantasy comics are very popular among people of all ages. There you find fictional characters
and fantastic stories full of action, drama and romance. Use the chart below to answer the
questions about the comic characters and stories you like the most.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
4. What is the genre and art style of the comic book that your character came from?
___________________________________________________________________________
c) Use the linking words from the box to write sentences about your favorite comic characters.
Follow the example.
d)
WITHOUT A DOUBT – NOT ONLY… BUT ALSO… – UNLIKE – INDEED – ALSO –
ON THE OTHER HAND.
My favorite character is Dr. Strange, a wizard, he is not only brave but also very funny.
Unlike Batman, the Joker is mean.
1. ___________________________________________________________________________
2. ___________________________________________________________________________
3. ___________________________________________________________________________
4. ___________________________________________________________________________
5. ___________________________________________________________________________
MOMENT 3
a) Comics are very popular types of artistic manifestation. But what exactly are artistic manifesta-
tions? Read the following text. Don’t forget to circle the words you don’t know and look up their
meaning in a dictionary.
When people use their creativity to express their ideas, feelings and the way they see the world around them,
they are producing artistic manifestations. Music, paintings, sculptures, drawings, dance, literature, and cooking
are all examples of artistic manifestations.
It is through Art that people can exteriorize what sometimes they can’t by other conventional means. It’s a way
for them to escape reality, communicate and share their feelings and ideas. That’s why artistic manifestations are
so important not only to artists’ health and self-esteem, but also to people who connect with them and enjoy art.
Text produced specially for this material.
b) According to what you have read, select the word cloud that best represents what artistic ma-
nifestations are.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
d) Use the words from the word cloud in Moment 3b to complete the sentences about artistic mani-
festations. Follow the example.
1. Documentaries and movies are examples of cinema, which is a type of artistic manifestation.
2. __________________ is inside what we understand as literature.
3. Artistic manifestations are the expression of someone’s creativity and _________________.
4. __________________ is a type of dance.
5. __________________ and __________________ are examples of cord instruments.
6. __________________ are modeling art, which is an artistic manifestation.
e) Use the subject pronouns, the verbs and the nouns given to write sentences on your notebook.
Adjust the verbs when necessary. Follow the example.
MOMENT 4
a) Analyze the images below and answer the questions.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
b) Technology has provided new ways for people to express themselves artistically, and offered new
tools to produce classical art expressions. Find out information about the following devices:
Drawing tablet
Smart DJ controller
3D Printer
c) Present your findings. You can use the following frame to help you do that.
A drawing tablet is _______. It has changed how artists produce art because _______.
MOMENT 5
a) During this learning situation, you had the opportunity to explore some artistic manifestations
and reflect about how technology is reshaping art and providing new tools for people to produ-
ce art. Now, during this final Moment, you will explore a variety of artistic manifestations with
the objective of enjoying them and finding the one(s) which you better relate to. Look for exam-
ples of the following art forms and appreciate them, read, watch them. Then choose the ones
you liked the most and save them to present to your classmates.
• Comic books.
• Japanese comic books (manga).
• Illustrations.
• Paintings.
• Music.
• Sculptures.
• Literature (books, novels, poems, fanfictions, tales, etc.).
• Dance styles (street dance, tango, waltz, ballet, hip hop, jazz, etc.).
b) Prepare a PPT presentation of the art you liked the most, you can select pictures, read a poem,
present a book, or comic book, show a video of the dance style you liked the most, etc. Use
the following frame and the words from the box to present your examples and explain why you
liked them.
Useful words
Interesting Sad Delicate
Beautiful Happy Unique
Cool Excited Inspiring
Weird Calm Charming
Scary Relaxed Aggressive
Impressive Reflexive Abstract
Brilliant Emotional Authentic
Creative Colorful Complex
c) Go back to the KWL Chart in Moment 1 and complete the third column.
LEARNING SITUATION 4
By the end of the lesson(s), you will be better able to:
MOMENT 1
a) Fill out the first and the second columns of the KWL chart about Advertisements.
MOMENT 2
a) Read the text and answer the questions. Don’t forget to circle the words you don’t know and
look up their meaning in a dictionary.
When people want to promote a brand, product, idea, campaign, or even other people, they create a multisemiotic
text called advertisement. This type of text is a combination of visual, verbal, or written, messages that usually
has the objective of persuading its target audience. There are four main types of ads: Print advertisements
(brochures, coupons, fliers, billboards, etc.), television advertisements (commercials, infomercials, etc.), internet
advertisements (banners, pop-ups, etc.) and radio advertisements.
Text produced especially for this material.
__________________________________________________________________________
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4. What types of advertisements do you see the most in your daily routine? Where?
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b) An effectively advertisement has important elements that together will persuade people. Analyze
the following advertisement and identify each element. Follow the example.
a) Look at the images and use the words from the box to name each of the following advertise-
ment channels.
TELEVISION – INTERNET – BILLBOARD – BROCHURE – FLIER – NEWSPAPER – MAGAZINE
d) In order to persuade the target audience, most advertisements use verbs in the imperative form.
Use the following verbs and nouns to write sentences in the imperative, follow the example.
1. Save/ money
Save time and money with our new free accounts.
2. Visit/ expo
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3. Travel/ agency
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4. Fly/ airline
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5. Eat/ restaurant
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6. Buy/ groceries
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7. Watch/ news
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MOMENT 3
a) Have you ever noticed? When you are surfing on the internet, it is very common to find a cons-
tant stream of digital advertisements related to your likes and interests. Do you know why that
happens? Search on the internet for the following topics and write notes on your notebook,
reflect about how those topics are related to digital advertisements.
b) Share your notes with your classmates. You can use the following frame to help you do that.
c) The internet and social media have given ad agencies and publishers new possibilities of ma-
ximizing the amount of time internet users are exposed to ads and consequently the number of
items they buy. Besides that, digital influencers also have an important role in this business.
Search on the internet the information needed to answer the following questions:
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2. Are digital influencers paid for the advertisements they make? How?
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d) Now, talk to a classmate about advertisements. You can use the following bubbles to guide
your conversation and make your own questions.
e) As you could see, advertisements are very used by agencies to promote their products and
make people buy. But, despite commerce, advertisements can be used to promote campaigns
related to diseases prevention, fight against prejudices, drugs, violence, found raise, etc. Sear-
ch on the internet for examples of these types of advertisement and present to your classma-
tes. You can use the following frame to help you do that.
The advertisement I found is a/an ___. It is being used to promote a campaign about ___.
The objective of the advertisement is ___. For that, they use a headline/ picture/ illustration which says ___.
For me, the most interesting element of this advertisement is ___.
MOMENT 4
a) During this learning situation, you had the opportunity to see different advertisements’ types,
functions and channels. Now, it is time to put everything you have learned into practice and
create an advertisement for a social campaign with the objective of critically intervene in any
social issue you consider important to be discussed or reflected. Use the following questions
and the box to sketch your production.
b) Share your advertisement with your classmates. If you have made a flier, or brochure, you can
distribute copies, or if you have made a video ad, you can share it on your class’ social network.
c) Analyze each other’s ads and discuss about them. You can use the following frame to help you
do that.
d) Go back to the KWL Chart in Moment 1 and complete the third column.
EDUCAÇÃO FÍSICA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 01
Tema: O USO DA TECNOLOGIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Questão norteadora: Como utilizar a tecnologia de forma ética e consciente?
Caro estudante, você está preparado para dar continuidade às nossas atividades? Neste bimes-
tre, é proposto o estudo da Unidade Temática: Brincadeiras e Jogos, por meio do objeto de co-
nhecimento Jogos eletrônicos, no qual vocês poderão experimentar diferentes jogos eletrônicos que
envolvem práticas corporais ou não, analisar a influência dos jogos eletrônicos no desenvolvimento do
comportamento ético e moral, e refletir sobre o papel dos jogos eletrônicos em sua vida.
Bom estudo!
Estudante, nos anos finais do Ensino Fundamental, você e sua turma puderam ter contato com o
objeto de conhecimento: Jogos eletrônicos. Entretanto, para o segmento do Ensino Médio, será im-
portante ampliar as capacidades sobre as múltiplas possibilidades da linguagem digital e possa produzir
novas formas e sentidos nos campos da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.
Nesta situação de aprendizagem iremos analisar primeiramente o quanto a tecnologia está presente em
sua vida e de seus colegas por meio de uma tempestade de ideias organizada pelo professor.
Na sequência seu professor irá organizá-los em grupos para fazer a rotação nas estações reali-
zando as atividades: na Estação 1 farão a leitura do texto e responder as questões; na Estação 2 irão
realizar a leitura do texto e pesquisa sobre o tema; na Estação 3 assistirão ao vídeo e responderão um
roteiro de questões sobre o tema; na Estação 4 os estudantes irão fazer leitura do texto “A influência
da tecnologia nas práticas corporais” destacando os pontos importantes.
As tecnologias possuem grande influência no meio escolar e fora dele e isto faz com que os
jovens de hoje passem a ter desejos e interesses diferentes de antigas gerações. O jovem atual
nasceu na era da velocidade de informação, com as diversas mídias e recursos: internet, TV digital,
redes sociais, jogos eletrônicos e on-line, celular, relógios com aplicativos, entre outros. Tais
tecnologias interferem na forma como as relações humanas se dão, na maneira como os jovens se
conscientizam sobre a importância da prática de atividades físicas, seus hábitos e consumo, o que,
consequentemente, modifica seu estilo de vida com adoção de hábitos saudáveis como:
alimentação, materiais esportivos adequados tecnologicamente para minimizar lesões, consulta de
aplicativos para prática de atividades físicas, entre outros.
Todos estes progressos advindos da inovação tecnológica acarretam mudanças e impactam
diretamente nos costumes de uma sociedade contemporânea, devendo ser utilizados de forma
crítica, reflexiva e ética.
Ao final, você e seus colegas irão sistematizar as informações obtidas pelos grupos, a ideia é que
os grupos tragam suas dúvidas em torno dos assuntos que foram discutidos:
A gamificação se refere à aplicação de recursos de jogos digitais em atividades, como por exemplo: avatares,
desafios, rankings, prêmios etc. Esta prática geralmente conta com competição, feedback, evoluções e
recompensas.
A Gamificação será um campeonato de games na escola. Inicialmente vocês irão identificar quais
jogos eletrônicos fazem parte do seu contexto e escolher alguns jogos que possam ser experimenta-
dos/vivenciados na escola, os jogos selecionados poderão ser por meio de votação.
A competição no primeiro momento será realizada com a sua classe, mas poderá ser ampliada
para as outras turmas da escola. Para que vocês possam organizar a Gamificação com a mediação do
professor, organize cartazes explicativos e chamativos contendo algumas regras:
Até agora você e sua turma vivenciaram alguns jogos eletrônicos, será que apareceu alguns que
envolvem alguma prática corporal? Por que alguns jovens optam por jogos eletrônicos que envolvem
movimentos? Será que o jogo eletrônico que envolve uma prática corporal pode substituir a prática de
um exercício físico? Reflita com seus colegas!
A proposta é que vocês criem um jogo eletrônico com o uso de ferramentas tecnológicas.
Nessa etapa vocês farão uma retomada de tudo que vivenciaram no momento 1.
O início da proposta é imaginar que vocês receberam uma informação no WhatsApp ou em
uma rede social com as seguintes manchetes:
Após a leitura das informações citadas acima, façam uma análise e reflitam sobre as frases, e
verifiquem se são verdadeiras.
VOCÊ SABIA?
Isabela Muniz dos Santos Cáceres
Sabemos que a tecnologia trouxe muitos avanços para a humanidade, entretanto, a tecnologia
e as mídias sociais podem trazer alguns malefícios, como a circulação de notícias falsas, as
chamadas “Fake News”. Essas manchetes incluem, com apenas um clique, a veiculação de
diversas informações que estão nas palmas de nossas mãos e que podem ser inverdades. Ao
postar, circular e compartilhar, essas falsas notícias ganham corpo e proporção, ameaçando com
seu conteúdo, que seja conhecida a veracidade dos fatos.
1. Você já viu uma notícia falsa circular com grande repercussão? Qual? Em qual mídia social?
2. Qual ou quais mídias sociais você comumente utiliza? O que é mais atrativo nestas mídias?
3. Com que frequência você utiliza as mídias sociais e/ou compartilha publicações?
4. Suas publicações incluem imagens ou notícias que não possuem comprovação de autenticidade?
Leiam o quadro a fim de observar como fazer para identificar uma fake news.
Avalie a fonte, o site, Avalie a estrutura Preste atenção na data Leia mais que só o título
o autor do conteúdo. do texto da publicação e o subtítulo
Pesquise em outros sites Veja se não se trata Só compartilhe após É um áudio ou um
de conteúdo de site de piadas checar se a informação vídeo? Resuma o
é correta acontecimento e faça
uma pesquisa no
buscador
Na etapa anterior você e sua turma tiveram a oportunidade de refletir sobre como lidam com in-
formações recebidas e como identificar se uma informação é falsa ou verdadeira.
E com relação a ética, vocês estão preparados para lidar com a informação e comunicação?
Ou publicam e acreditam em tudo que vêem, ouvem e recebem?
Essa situação de Aprendizagem está chegando ao final, por isso, seu professor fará uma siste-
matização do percurso de aprendizado vivenciado até aqui, e ao final, em uma roda de conversa, fa-
çam uma reflexão sobre como os jogos eletrônicos estão presentes em sua vida discutindo os prós e
contra desses jogos.
• Você sente necessidade de usar a internet e os jogos digitais por períodos de tempo cada vez
maiores?
• Você já tentou diminuir o tempo na frente do computador e videogame, mas não conseguiu?
• Você já mentiu para familiares para esconder quanto tempo você estava jogando?
• Você já deixou de fazer tarefas ou atividades que gosta por não conseguir se desconectar ou
parar de jogar?
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 02
Tema: O USO DA TECNOLOGIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Questão norteadora: Como utilizar a tecnologia de forma ética e consciente?
Caro estudante, neste bimestre, você irá passar pelos Objetos de Conhecimento: esportes de
invasão; esportes de rede e parede; esportes de campo e taco. E rever as Unidades Temáticas: Espor-
te, Dança, Ginástica, Lutas e Práticas Corporais de Aventura. A partir delas, analisaremos reflexões
fundamentadas na abordagem cultural, especificamente na “Cultura Corporal de Movimento”, para
que os estudantes compreendam as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, cultural, social,
variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, mais precisamente analisando e compreenden-
do por que é tão comum o uso da língua inglesa em algumas práticas corporais.
Bom trabalho!
Nesta situação de Aprendizagem, você irá navegar por caminhos ainda não explorados e poderá
ampliar seus conhecimentos, estabelecendo uma relação com a Língua estrangeira e as Unidades
Temáticas já vivenciadas.
Estudante leia o texto a seguir:
Após a leitura do texto, quais os conhecimentos prévios que você traz em relação aos Objetos
de Conhecimento com a Língua Estrangeira. Inicialmente identifiquem, circulem e/ou grifem as palavras
do quadro que possuem linguagem estrangeira. Em seguida, em uma roda de conversa, troque in-
formações sobre as palavras e as Unidades Temáticas e Objetos de Conhecimento que possuem pa-
lavras na língua inglesa.
Trecho 1:
Isabela Muniz dos Santos Cáceres
“Os esportes, as danças, as ginásticas, as lutas e as práticas corporais de aventura tiveram sua
origem em diversos países e localidades distintas. Ao longo dos anos, passaram por infinitas
transformações e ressignificações. Foram adaptados, modificados e seguem evoluindo conforme
a tecnologia se desenvolve. Sua linguagem, termos, símbolos, expressões e identidades foram
criados, incorporados, convertidos e remodelados a partir de metamorfoses necessárias para o
seu desenvolvimento”.
Quadro explicativo
Unidades Temáticas Objetos de Conhecimento
Brincadeiras e Jogos Jogos tradicionais, jogos eletrônicos, brincadeiras tradicionais.
Esportes: Futebol, voleibol, basquetebol, handebol, tênis de mesa, tênis de campo,
de marca, de precisão, beisebol, rugby, futebol americano, atletismo, ginástica artística, ginástica
técnico combinatório, rede/ rítmica, nado sincronizado.
quadra dividida ou parede de
rebote, campo e taco, invasão
ou territorial, combate.
Ginástica: Musculação, zumba, step, crossfit, aeróbica, acrobática, funcional, corporal,
geral, laboral, localizada, ginástica laboral corretiva, pilates, yoga.
condicionamento físico,
consciência corporal.
Lutas: Capoeira, huka-huka, luta marajoara, judô, aikido, jiu-jítsu, muaythai, boxe,
do Mundo chineseboxing, esgrima, kendo, karate, kung Fu.
do Brasil
Dança: Samba, tango, merengue, salsa, hip hop, street dance, funk, bolero, ballet, dança
do Mundo do ventre, dança contemporânea, fit dance, sapateado, flamenco, jazz, styletto.
do Brasil
Práticas corporais de Parkour, skate, patins, bike, corrida orientada, corrida de aventura, corridas de
aventura: mountain bike, rapel, tirolesa, arvorismo.
Urbana, na natureza
Fonte: BNCC, 2018.
1. Quais esportes, lutas, danças, ginásticas, jogos e brincadeiras e práticas corporais você conhece
ou já praticou? Com qual você mais se identifica e por quê?
2. Observe o quadro, quais as palavras de língua estrangeira você destacou e reflita a respeito do
uso comum na língua portuguesa.
3. Escolha um objeto de conhecimento do quadro e sintetize o que você se lembra sobre sua ori-
gem, regras, características, transformações, evoluções etc.
4. Quais palavras estrangeiras o objeto de conhecimento você escolheu possuem? Estas palavras
estão relacionadas à sua origem e ou à sua transformação? Explique com base no trecho anterior.
5. Você conhece alguma palavra estrangeira que está relacionada a algum esporte, luta, dança,
jogo, ou prática corporal que não consta no quadro? Qual ou quais?
Agora será o momento de ampliar os estudos acerca da língua como forma de comunicação global.
Iremos iniciar esta discussão a partir dos esportes de invasão e/ou territorial e de rede/taco: futebol,
voleibol, beisebol e tênis. Para isso, realize a análise do texto a seguir utilizando-se da leitura com-
partilhada em um local tranquilo e ou aberto como o pátio ou quadra. A leitura pausada com anotações
e grifos das palavras chaves, uso de um dicionário e ou recurso tecnológico para identificação do signifi-
cado e tradução do vocabulário estrangeiro, bem como a mediação do professor, irão contribuir para as
reflexões futuras, para entendimento do tema, reconhecimento das informações explícitas e implícitas,
como para a compreensão da língua estrangeira no futebol e demais objetos de conhecimento.
Sabemos que o futebol em nosso país é sinônimo de identidade nacional e é paixão dos
brasileiros. Mundialmente conhecido, assumiu uma heterogeneidade, sendo manipulado de forma
lúdica e consciente por diversos grupos e locais. Como um instrumento de diversidade, ao longo
dos anos ele se transformou em uma ferramenta midiática e tecnológica. Entretanto, sua origem
foi construída a partir de uma realidade social e histórica, de forma dinâmica e multifacetada. O
futebol, assim como os mais variados esportes, possui relação direta com as mudanças ocorridas
na conjuntura econômica, social, e política da Inglaterra. Quando surgiu, era praticado pelas elites,
primeiramente como forma de recreação, até mesmo usado com o caráter civilizador da metade do
século XIX ao início do século XX. Posteriormente, surgiram as Public Schools inglesas e a elite
jovem era enviada às escolas a fim de aprender valores sociais, tais como: coragem, altruísmo,
trabalho em equipe, lealdade, entre outros. No Brasil, foi introduzido pelo inglês Charles Miller em
meados de 1895 e se popularizou desde então. Os termos deste esporte de invasão vieram do
inglês football (pé+bola). Outra curiosidade é o termo goal (gol) do inglês objetivo, meta. A palavra
time, comumente utilizada no Brasil para distinguir equipes, é original do inglês team, se referindo a
um grupo de pessoas. Por fim, vale saber que a palavra penalty, do inglês, indica penalidade.
A partir disso, podemos dizer que o futebol possui uma linguagem dos pés, que nunca falha.
estrangeirismo: palavra de outra língua, usada em Língua Portuguesa, que se adaptou perfeitamente.
public schools: escolas públicas inglesas.
Estudante, após a leitura dos textos da etapa anterior, identificação do vocabulário estrangeiro e
grifo dos termos, prosseguiremos os estudos, com questões direcionadas acerca da temática desta
Situação de Aprendizagem. Registre as respostas e depois construa um mapa mental.
Neste momento seu professor irá questionar se vocês conhecem outras palavras de origem es-
trangeira e que estão presentes nos esportes, nas lutas, nas danças, nos jogos e brincadeiras e nas
práticas corporais de aventura. Como eles a utilizam? Com que frequência? Em que momentos?
E na sequência seu professor irá possibilitar a prática do esporte futebol e ou outro esporte que
possua origem estrangeira como: voleibol, handebol, basquetebol, beisebol, rugby, futebol ame-
ricano etc. Durante a prática seu professor irá solicitar que utilizem palavras estrangeiras e irá associar
a linguagem corporal e a linguagem estrangeira relacionando com a origem do jogo.
Após a realização da prática, através de jogos ou minijogos esportivos, reflita algumas questões:
1. Durante a realização dos minijogos esportivos, quais termos foram utilizados pelo professor e por
seus colegas que são de origem estrangeira e utilizados em nosso país?
2. Os termos utilizados na prática esportiva foram de fácil compreensão? É possível entender seu
significado facilmente?
3. Quais termos vivenciados na prática precisaram ser traduzidos?
No momento anterior vocês puderam compreender o uso da Língua Estrangeira nos variados
esportes. Agora chegou a hora fazer o uso da Língua Estrangeira de forma global, em outros contextos
da Educação Física Escolar. Para isso, iremos fazer uso do inglês como língua de comunicação glo-
bal, levando em conta a multiplicidade e variedade de usos, usuários e funções dessa língua no mun-
do contemporâneo. Realize a leitura do trecho a seguir:
Antes mesmo de se tornar propaganda, a forma divertida com que um técnico de futebol realizou
a pronúncia das palavras em inglês viralizou nas mais diversas mídias. O grande show aconteceu
quando este mesmo técnico deu uma entrevista aos jornalistas, durante um jogo com o time da
África do Sul. Sua forma de realizar a pronúncia das palavras alcançou muitas curtidas e virou
meme devido ao tom humorístico e crítico ao mesmo tempo. Sua imagem e vídeo se concretizaram
e foram difundidos maciçamente na internet. Ademais, os técnicos estrangeiros estão dominando
o mercado do futebol brasileiro e virando moda. Uma moda que reflete em resultado. Não bastasse
isso, os técnicos também enfrentam dificuldades e se superam no uso da língua estrangeira durante
a comunicação com jornalistas, equipes, jogadores e comissão técnica.
Outra situação que envolve a comunicação, são as entrevistas que os atletas concedem ao final
de partidas e campeonatos, afinal muitos atuam no exterior mesmo não possuindo a proficiência
do idioma na língua desejada.
Após a leitura dos textos, assista aos vídeos para abordagem da língua estrangeira e sua articu-
lação com o mundo da Tecnologia.
A última entrevista pós-luta da lenda Anderson Silva | UFC Vegas 12. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=hM5eLxcx5SE. Acesso em: 24 nov. 2020.
ROTEIRO DA PESQUISA
Unidade Temática;
Objeto de Conhecimento;
Pesquise sua origem, as características, as mudanças, a evolução, o uso da língua, termos e palavras mais
usadas, curiosidades.
recursos: internet, sites, blogs, livros, ferramentas diversas, produção de memes.
Após a pesquisa, seu grupo irá apresentar a produção da pesquisa em formato de vídeo jornalís-
tico. Seu professor irá instruí-los que vocês poderão realizar o registro com ferramentas digitais, produ-
ção de memes, fazendo uso de texto e informação jornalística, como se fosse uma entrevista ou apre-
sentação de uma matéria esportiva. Imagens e sínteses são bem vindas. Sugerimos um vídeo de no
máximo 5 minutos contendo as DICAS a seguir:
Tema da Unidade Temática, Título criativo, público-alvo, pauta, assunto, redação, slides, frases curtas,
legendas, imagens, desenhos, roteiro, opinião, palavras estrangeiras da modalidade escolhida, nome
dos entrevistados, edição de áudio, de vídeo, afirmações, produção de memes, créditos finais.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 03
Tema: O USO DA TECNOLOGIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Questão norteadora: Como utilizar a tecnologia de forma ética e consciente?
Caro estudante, você dará continuidade aos estudos bailando pelo mundo. Neste bimestre, é
proposto o estudo da Unidade Temática: Dança, por meio do objeto de conhecimento Danças do
Mundo, a partir dela, analisaremos reflexões fundamentadas na abordagem cultural, para que os es-
tudantes apreciem esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais, considerando suas
características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as linguagens artísti-
cas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas, exercendo protago-
nismo de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.
Bom estudo!
Nessa primeira etapa você irá realizar uma sondagem referente às Danças e apreciando e iden-
tificando as imagens a seguir.
A partir da análise das imagens de alguns tipos de Danças responda as questões a seguir:
Na etapa anterior foi possível iniciar a discussão sobre algumas manifestações artísticas e cultu-
rais. Nesta etapa iremos aprender um pouco mais sobre elas.
Nesta etapa será proposto um ambiente de leitura e pesquisa para você e sua turma, como a
sala de leitura e ou de informática da escola. Seu professor irá dividir a turma em grupos mistos para
realizar a leitura dos textos.
A dança não se limita ao ballet, ao jazz, ao street dance ou ao samba. Ela é para todos. Também
não é só para meninas ou para grupos de biótipos específicos. Não podemos querer que todas as
pessoas sejam iguais! Mas sejamos iguais no direito de que todos, sem exceção, possam dançar,
criar, improvisar e se expressar. Desta forma, a disposição dos lugares e espaços quando se dança
significam e determinam uma importância, como o balé, que possui o uso do espaço com níveis
hierárquicos vindos da cultura das cortes ocidentais.
Toda dança tem algo a dizer, ou sobre sua forma ou sobre seu mundo. Já a pessoa que dança
é formada por um conjunto de múltiplas experiências com identidades diversas, culturas pessoais
e coletivas que não são fixas e se transformam.
Após a leitura dos textos, assistam aos vídeos e em seguida respondam às questões. Em segui-
da socializem e reflitam sobre as respostas.
1. Quais os tipos de dança que você e seu grupo identificaram nos vídeos?
2. As danças apresentadas possuem o mesmo local de origem? Justifique.
3. Quais semelhanças e diferenças você e seus colegas observaram nos tipos de danças apresen-
tadas?
4. Os movimentos, espaço, vestimentas, estilos das danças são iguais? Explique.
5. A dança pode ser vista como um elemento de inclusão e de diversidade? De que forma? Explique
com base nos textos e ou vídeos.
Nas etapas anteriores foi possível vislumbrar a manifestação artística e cultural das danças. Ago-
ra vocês irão experimentar uma atividade prática desses movimentos, conduzidos por seu professor.
Mexa-se um pouco. Espreguice! Perceba como mexer ajuda a pensar. Ou melhor, pensar
é mover. É exatamente isto! Não está tudo se mexendo? Sangue, neurônios, coração? Na dan-
ça também acontece isso. Nós pensamos enquanto dançamos! Quanto tempo vocês perma-
necem sentados durante um dia? Todos ficamos limitados quanto a movimento e a espaço?
Ao permanecermos parados limitamos nosso intelecto, expressão e criatividade. É nos momentos destinados
à dança que o estudante poderá ter oportunidade de se conhecer - seus limites e possibilidades, valorizando-
se e confiando em si mesmo e nos outros.
Durante a vivência façam as seguintes reflexões: O que de meu tem no movimento do outro? O
que tem do outro no meu movimento? O movimento é algo que se tem ou algo que se compartilha?
O que você sentiu ao ouvir as músicas? Vontade de dançar? Se expressar? Como a cultura pode ser
percebida nos movimentos e nos ritmos? Como foi dançar livremente? E em duplas?
Nessa etapa, você irá utilizar os conhecimentos sobre as diferentes manifestações artísticas ad-
vindas do Momento 1 e articulá-lo ao uso da tecnologia com ética. Para isto, reflita sobre o texto “Dan-
ça e tecnologia digital “.
Assista aos vídeos abaixo e anote os principais pontos relacionados a tecnologia utilizada na
dança dentro da composição coreográfica.
Agora que observaram como a tecnologia se faz presente nas composições coreográficas. De
que forma ela torna-se parte integrante da cena e da composição coreográfica. Elabore a produção de
MAPAS MENTAIS a partir das principais anotações feitas sobre os vídeos.
Após a fruição dos vídeos envolvendo dança e tecnologia e, a criação do mapa mental sobre o
tema, reflita sobre seu uso e responda as questões:
Os vídeos apresentam tecnologia durante a exibição das danças? Como ela é apropriada? Há uso
ético da tecnologia? Quais emoções é possível sentir e experimentar nos vídeos? Há uso da criatividade?
Agora você poderá se utilizar dos conhecimentos sobre as diferentes manifestações artísticas e
sobre a tecnologia em seu uso para construir sua própria composição coreográfica. Pesquisem e
utilizem uma ferramenta tecnológica para construir o movimento.
O professor irá dividi-los em turmas mistas para escolha do estilo da dança. Na pesquisa que o
grupo irá realizar deverão ter os seguintes pontos:
Histórico, origem, características, vestimentas, rituais, objetivos desta dança e depois recriar, a partir de seus
próprios movimentos, uma nova composição coreográfica.
Ao se utilizar da tecnologia deverão fazer uso da ética e da consciência, através de informações pertinentes e
que venham ao encontro da dança escolhida.
Após a pesquisa e criação dos movimentos cada grupo irá apresentar a criação final e discutir
sobre a experiência desse processo de produção.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 04
Tema: O USO DA TECNOLOGIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Questão norteadora: Como utilizar a tecnologia de forma ética e consciente?
Caro estudante, você está preparado para dar continuidade às nossas atividades? Neste bimestre,
é proposto o estudo da Unidade Temática: Práticas Corporais de Aventura, por meio do objeto de
conhecimento Práticas Corporais de Aventura Urbana e da Natureza, no qual vocês poderão relem-
brar as modalidades trabalhadas nos anos anteriores e analisar quais dessas práticas podem ser viven-
ciadas tanto na natureza como no ambiente urbano. Ao final conhecerão e experimentarão o Paintball
adaptado e irão remidiar essa modalidade utilizando-se dos meios digitais de produções multissemióti-
cas, multimídia e transmídia, desenvolvendo diferentes modos de participação e intervenção social.
Bom estudo!
Estudantes façam a leitura do texto, tentando desvendar o tipo de prática corporal que o texto
está se referindo. Ao final da leitura socializem suas considerações.
Na Educação Física existe um leque muito grande de possibilidades, com diversas práticas corporais,
algumas mais leves e outras mais dinâmicas e intensas. O Brasil possui uma grande variedade de
práticas corporais, para todos os gostos, idades e biotipos. O perigo e a sensação de medo provocados
por atividades como a velocidade, altura e saltos elevam o nível de adrenalina corporal, esses fatores
externos e a emoção desse tipo de atividade faz com que surjam mais adeptos a cada dia.
Essas práticas corporais que aumentam a produção de neurotransmissores como: adrenalina,
noradrenalina e endorfina trazem uma sensação de liberdade, motivação e bem-estar, diminuindo
os riscos de doenças, além de aumentar a flexibilidade e o tônus muscular. Porém mesmo com
todos esses benefícios, sua prática requer um preparo antecipado, um nível de concentração
elevado e em alguns casos equipamentos de segurança.
No mundo, essas práticas corporais são amplamente praticadas e existem vários circuitos de
competição. Já no Brasil, com a divulgação pelos meios de comunicação como a televisão e
principalmente internet vêm aumentando o interesse pela prática.
E então já sabem de que tipo de práticas estamos falando?
Etapa 3 - Urbanas ou da Natureza? Será que existem práticas corporais de aventura que se
incorporam nos dois ambientes?
Agora que seu professor trouxe a definição de práticas corporais de aventura da natureza e urba-
na, vamos ver se conseguem estabelecer a relação? Neste exercício espera-se que a classe relacione
quais as práticas da Natureza e quais são urbanas. Proponha também que estudantes identifiquem
quais podem ser praticadas nos dois ambientes, direcionando a seta para intersecção dos círculos.
Estudantes, seu professor irá apresentar um texto, alguns vídeos e imagens relacionados a tec-
nologia nas práticas corporais de Aventura.
Após a leitura do texto; a fruição dos vídeos e das imagens respondam às seguintes questões:
1. O que vocês entendem por tecnologia? E acreditam que possam melhorar a vida das pessoas?
2. Qual é a preocupação dos laboratórios de testes das empresas de materiais esportivos no âmbi-
to tecnológico com relação aos praticantes?
3. No vídeo “O pulo radical de wingsuit de UeliGegenschatz” o palestrante diz que para praticar
esportes radicais de alto nível precisa de algumas recomendações, quais são?
4. Qual ponto comum entre os materiais analisados?
5. Qual a importância dos equipamentos de segurança na prática corporal de aventura?
6. Na imagem Airbag de Ciclista você acredita ser eficiente? Justifique.
Estudante realize pesquisa de campo, dentro e fora da escola, analisando possibilidades de prá-
ticas corporais de aventura. Dependendo da região pode ser que a prática escolhida seja relacionada
à natureza, ou talvez urbana, o ideal é que seja uma prática que possa ser adaptada aos dois ambien-
tes, como os estudantes relacionaram no momento 1 – etapa 3.
Pesquisa de campo:
Prática Corporal Natureza Urbana Mista Possibilidade de Desenvolvimento
de Aventura. local para prática da atividade.
O ideal é que seu professor oportunize a vivência de algumas das práticas que vocês trouxeram
na pesquisa de campo, para o ambiente escolar.
Estudante leia o texto a seguir para conhecer um pouco mais sobre o Paintball.
A História do Paintball
Luiz Fernando Vagliengo
O paintball começou meio que por acaso. Madeireiros dos EUA e Canadá utilizavam um tipo de
marcador, que espirrava um spray para marcar com tinta as árvores que deveriam ser cortadas.
Porém, o alcance desse jato de tinta era limitado, dificultando a marcação de árvores que ficavam
em locais distantes ou de difícil acesso. Em busca de resolver o problema, a madeireira em que
trabalhavam solicitou a outra empresa a invenção de um dispositivo, que tivesse um alcance mais
longo e foi aí que surgiu a marcadora de pressão que arremessa cápsulas de tinta.
O jogo de paintball aconteceu como se fosse uma brincadeira em que os madeireiros espirravam
os jatos de tinta uns nos outros, mas os primeiros a pensar em transformar a atividade em jogo
foram os amigos Bob Gurnsey, Charles Gaines e Hayes Noel. O primeiro jogo foi em 1981, quando
os três e mais nove amigos competiram cada um por si, considerando a regra: o último a ficar sem
marca na roupa seria o vencedor.
Com o tempo, o jogo e as regras foram criadas. Convencionou-se a formação de duas equipes com
o objetivo de pegar a bandeira da equipe adversária e levá-la até sua base sem ser marcado de tinta.
Outras formas de jogo foram surgindo com o avançar dessa prática, como a versão onde uma bandeira
no meio do campo precisa ser pega; na sequência deve-se fincá-la na base adversária sem ser marcado
de tinta. Um detalhe é que no campo há vários obstáculos para que o jogador possa se esconder.
O paintball é um jogo que trabalha estratégia em equipe e exige inteligência, velocidade e agilidade.
Assim como toda prática corporal de aventura, o Paintball tem equipamentos de segurança,
como óculos próprios para prática, máscara e peitoral, mas também podem ser utilizadas joelheiras,
cotoveleiras, calças e blusas acolchoadas e mais resistentes para ralar.
As bolinhas de tinta são cápsulas de um tipo de gelatina com tinta não tóxica e biodegradável,
que não polui o meio ambiente.
Na partida, que tem a duração de aproximadamente 10 minutos com 5 jogadores em cada
equipe, tem um ranger, ou juiz, que identifica quem foi atingido e assim eliminado do jogo. Durante
o jogo, pode ser solicitado para o juiz o Paintcheck, que é um pedido para verificar se um jogador
foi marcado com tinta ou não. Em partidas de brincadeira, só é eliminado se acertar no colete; mas,
em partidas oficiais, qualquer marcação de tinta faz com que o jogador seja eliminado. Quando o
jogador é marcado, ele tem que se entregar e sair do jogo; caso o ranger perceba que um jogador
não está querendo se entregar, ele deve eliminar o jogador e, como penalização pelo anti-
desportivismo, poderá eliminar mais um jogador da equipe. Geralmente nas partidas tem 2 jogadores
no fundo, 2 nas laterais e o Front Player, jogador de frente, que é como um kamikaze que tenta
pegar a bandeira adversária. Os obstáculos no campo de jogo são chamados de Bunkere quando
um jogador marca outro, que está escondido atrás do bunker se denomina Bunkear.
Chegou o momento em que o professor irá propor a prática do Paintball para vocês experimen-
tarem, será uma prática adaptada, substituindo as marcadoras de tintas por bolas de borracha ou
outra que não machuque. A prática deverá ser filmada para a utilização na próxima etapa.
Atividade para aula de Educação Física. Queimada Paintball. Disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=5tBDVa-fHt4&feature=emb_logo. Acesso em:
22 Jan. 2021.
Mantendo os grupos da Etapa anterior e utilizando da filmagem que vocês fizeram do Paintball
adaptado vocês irão explorar os meios digitais para atender o comando a seguir:
MATEMÁTICA
1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO – VOLUME 3
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1:
INVESTIGANDO A LEI DE FORMAÇÃO DE UMA FUNÇÃO
MOMENTO 1 – RETOMANDO
ATIVIDADE 1 - A EXPRESSÃO ALGÉBRICA DA ÁREA DE UM QUADRADO
1.1 Em duplas, faça uma pesquisa relacionada ao assunto: Áreas de figuras planas, confeccione um
cartaz com os conceitos matemáticos relacionados a esse assunto. Após a confecção, as duplas
apresentarão os cartazes para a turma.
1.2 Preencha o quadro a seguir, com as respectivas medidas das áreas de quadrados, dados as suas
medidas do lado
1.3 Dobre a medida dos lados dos quadrados, informados anteriormente e calcule as medidas das
áreas dos quadrados.
1.4 Complete o quadro a seguir e determine a expressão algébrica que resume o cálculo da área no
item 1.1?
Razão
Lado Área A()
( l² ) (A( l )) 2
1.5 Complete o quadro a seguir e determine a expressão algébrica que resume o cálculo da área no
item 1.2?
Razão
Lado Área A
(2 l )2 (A) (2)2
1.6 De acordo com o que você aprendeu até este momento, faça a análise da afirmação a seguir e
justifique sua resposta:
“A medida do lado de um quadrado e sua respectiva área, são grandezas diretamente proporcionais,
sendo que a medida do lado é diretamente proporcional à medida da área elevada ao quadrado”
Considere a função salário S(t) na tabela a seguir, sabendo-se que t é o tempo de contrato em
anos e S é o salário, em números de salários-mínimos.
2.1 Calcule a taxa média de variação em cada intervalo de tempo. Veja o exemplo.
2a4
4a6
6a8
8 a 10
Fonte: Elaborada pelos autores
3.1 A tabela a seguir, informa as velocidades de um automóvel e suas respectivas distâncias de fre-
nagens, quando o condutor aciona o freio.
a) Analise os dados da tabela e procure estabelecer uma relação entre a velocidade do automó-
vel e a distância de frenagem.
b) De acordo com os resultados obtidos, qual seria a sua conclusão?
c) Com os dados da tabela apresentada, indique a expressão algébrica que relaciona a velocida-
de em função da distância de frenagem.
Observação: caso julgue necessário, utilize uma calculadora para efetuar os cálculos.
D(m)
200
128
72
32
8 V(km/h)
32 64 96 128 160
Fonte: Elaborada pelos autores
e) Calcule a taxa média de variação em cada intervalo de velocidade, apontada na tabela a se-
guir. Veja o exemplo
f) Utilizando o esboço gráfico do item “d”, represente as taxas de variações médias calculadas
anteriormente.
3.2 Observe a figura a seguir na qual está representada uma sequência de cubos. Considere como
unidade o comprimento da aresta (x) do cubo 1. A aresta de cada cubo tem uma unidade a mais
que a do cubo anterior.
b) Utilizando os dados calculados no item “a”, represente, graficamente, a função f, que associa,
à medida da aresta x, o perímetro de uma face.
14
12
10
2
Medida da aresta do cubo(x)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Fonte: Elaborada pelos autores
c) Utilizando os dados calculados no item ”a”, represente, graficamente, a função g, que associa,
à medida da aresta x, a área de uma face.
14
12
10
2
Medida da aresta do cubo (x)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Fonte: Elaborada pelos autores
d) Utilizando os dados calculados no item “a”, represente, graficamente, a função h, que associa,
à medida da aresta x, a área total do cubo.
14
12
10
2
Medida da aresta do cubo (x)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Fonte: Elaborada pelos autores
f(x) = 4 · x
Medida da aresta do cubo
Taxa média de variação
(x)
0a1
1a2
2a3
3a4
Fonte: Elaborada pelos autores
g(x) = x²
Medida da aresta do cubo
Taxa média de variação
(x)
0a1
1a2
2a3
3a4
Fonte: Elaborada pelos autores
h(x) = 6 ∙ x²
Medida da aresta do cubo
Taxa média de variação
(x)
0a1
1a2
2a3
3a4
Fonte: Elaborada pelos autores
3.3 A relação entre x e y é uma função polinomial do segundo grau. Represente em um mesmo plano
cartesiano as situações 1 e 2 e em outro plano cartesiano as situações 3 e 4, conforme os dados
a seguir e esboce a curva.
Situação 1 Situação 2
x y x y
–2 4 –2 8
–1 1 –1 2
0 0 0 0
1 1 1 2
2 4 2 8
Fonte: Elaborada pelos autores
Situação 3 Situação 4
x y x y
–2 –4 –2 –8
–1 –1 –1 –2
0 0 0 0
1 –1 1 –2
2 –4 2 –8
Fonte: Elaborada pelos autores
3.4 Analise os dados das situações 1, 2, 3 e 4 e escreva a expressão algébrica entre a relação x e y.
3.5 Esboce em um mesmo plano cartesiano, os gráficos das seguintes funções a, b e c e, em outro
plano, os gráficos das funções d, e e f, cujo domínio é o conjunto dos números . Procure esboçar
os gráficos comparando-os sem recorrer a tabelas de x e de y, leve em consideração os valores
relativos dos coeficientes de .
1 2 11 22
c) h(x) = x f) kk( (xx) )== – xx
10 10
10
3.6 Identifique nos gráficos esboçados no item 3.3 os intervalos em que cada função é crescente e
os intervalos em que cada função é decrescente. Escreva as coordenadas do ponto de mudança.
4.1 Analise os gráficos a seguir e escreva a expressão algébrica das funções representadas.
a) b)
y
y x
−2 −1,5 −1 −0,5 −1,5 0,5 1 1,5 2
16
−6
9
−13,5
1
x
24
−2 −1,5 −1 −0,5 0 0,5 1 1,5 2
c) d)
y y
x
−3 −2 −1 1 2 3 2,25
−0,5
1
−2
0,25
x
−3 −2 −1 1 2 3
4.2 No estudo proposto da função polinomial de segundo grau nas atividades anteriores, chama-se
de domínio da função o conjunto de valores atribuídos a variável “x”, e conjunto imagem é o con-
junto de valores atribuídos a variável “y”. Escreva o conjunto domínio e conjunto Imagem das
funções encontradas no item 4.1.
4.3 Nas atividades anteriores, você estudou alguns aspectos matemáticos da Função Polinomial do
2º grau, por exemplo, a representação gráfica e algébrica, a importância da determinação da
constante “a”, entre outros. Nesse sentido, complete o quadro resumo a seguir:
Concavidade da Vértice
Função Gráfico Domínio Imagem
Parábola (x, y)
Voltada para
f(x) = ax2 V (0, 0)
cima
y
x
Df = ℝ
5.1 Numa folha de papel vegetal ou sulfite desenhe uma reta d e marque um ponto F não pertencen-
te à reta d. Marque um ponto P na reta e dobre o papel-vegetal de forma a fazer coincidir os
pontos P e F. Repita essa operação para diferentes pontos sobre a reta d.
5.2 O que você observou como resultado dessas dobras? Contorne com lápis o que você observou.
5.3 Qual a relação entre o segmento FP e a dobra obtida a partir dele? Pode desenhar, se quiser.
5.4 Tome um ponto P qualquer da reta d e trace, por ele, uma reta perpendicular à reta d. Dobre a
folha de forma que o ponto P coincida com o ponto F. Chame de R o ponto de intersecção da
dobra feita com a curva que você esboçou. Verifique se a medida de PR é igual à medida RF.
5.5 O que você pode concluir a respeito da relação entre um ponto da curva e o ponto F e a reta d?
5.6 Na matemática é definido como lugar geométrico o conjunto de pontos que possuem a mesma
propriedade. Com base nessa afirmação, escreva a propriedade matemática que descreve o
conjunto de pontos que formam a parábola.
Considere a função definida no conjunto dos números reais definida por f(x) = 4x2.
Utilizando o smartphone, realize a leitura dos QR CODES ou acesse os links a seguir e anote em seu
caderno os valores dos coeficientes, e também, o que houve no desenho da parábola em cada simulador.
Simulador:
Aprender a função quadrática de forma dinâmica.
ALVES, Aline; SCHNEIDER, Azuaite. Aprender função quadrática de forma dinâmica, 2019
Disponível em: https://www.geogebra.org/m/denn4gfh. Acesso em: 22 fev. 2021.
Aplicativo:
Coeficientes de uma função quadrática
Uma empresa do ramo de viagens trabalha com fretamento de ônibus. Cada ônibus tem 40 luga-
res disponíveis para serem ocupados, sendo assim, o valor cobrado para uma viagem ao balneário
mais próximo é de R$30,00. Caso haja assentos vazios, cada passageiro deverá pagar R$ 2,00 a mais
por assento vazio.
Prezado estudante, preste atenção nas orientações do Professor(a) para realizar esta
atividade.
4.1 Construa os gráficos das funções a, b, c e d em um mesmo plano cartesiano, e os gráficos das
funções e, f e g em outro plano cartesiano, indicando, em cada caso, as coordenadas do vértice.
4.2 O que podemos concluir dos gráficos esboçados anteriormente das funções do tipo y = ax2 + b,
quando variamos os valores de a e b?
Outra proporcionalidade direta entre uma grandeza e o quadrado de outra ocorre quando temos
y diretamente proporcional não a x2 mas a (x – h)² Neste caso, temos y = k (x – h)², e o gráfico corres-
pondente é análogo ao de y = kx², deslocado horizontalmente de h unidades, para a direita, se h > 0,
ou para a esquerda, se h < 0.
y
9
1
x
–7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6 7
4.3 Construa, em um mesmo plano cartesiano, os gráficos das funções a, b, c e d e, em outro plano
cartesiano, os gráficos das funções e, f e g, indicando as coordenadas do vértice de cada uma
delas. Utilize o software Geogebra, caso tenha acesso ao recurso.
No caso mais geral possível, podemos ter a variação nos valores de uma grandeza , a partir de
certo valor v, diretamente proporcional ao quadrado da variação nos valores de x, a partir de certo
valor em outras palavras, y – v = k(x – h)² Uma função deste tipo é tal que f(x) = k(x – h)² + v, e tem como
gráfico também uma parábola, deslocada horizontalmente de um valor em relação à parábola y = kx²
e deslocada verticalmente de um valor v em relação à parábola y = k(x – h)² O vértice da parábola é o
ponto de coordenadas (h,v). O gráfico a seguir traduz o que se afirmou anteriormente.
y
v
V(h, v)
x
0 h
4.4 Construa os gráficos das seguintes funções e indique as coordenadas do vértice de cada uma delas:
4.5 Determine as coordenadas do vértice dos gráficos das seguintes funções e verifique se a função
assume um valor máximo ou um valor mínimo em cada uma delas.
1 d) q(x) = (x – 4)2
a) f ( x ) = ( x + 3 )2 –
2
2
1 3
p( x ) x– – e) h(x) = (x – 1)2 + 2
b) 2 4
5 f) r(x) = – x2 + 2
c) g ( x ) = – ( x – 2 )2 –
2
4.6 Em duplas, façam uma pesquisa utilizando a fonte que desejarem, sobre a definição de domínio
e imagem de uma função quadrática, escolhendo dois exemplos para socializar com sua turma.
4.7 Utilizando os conceitos apresentados por seus colegas de classe e as explicações do seu profes-
sor, determine o conjunto imagem de cada uma das funções a seguir:
a) y = x2 – 2 b) y = 5 – x2
c) y = (x +1) (2 – x) d) y = x (x –3)
Nas próximas atividades, vamos abordar diversos problemas que envolvem equações, funções e
inequações de 2º grau. Praticamente todos os objetos de conhecimento sobre tais temas foram estu-
dados anteriormente e serão aqui retomados.
São vários os contextos de nossa vida em que o conhecimento sobre as funções polinomiais de
2º grau nos permite organizar, avaliar e prever o comportamento de certos fenômenos, sejam eles so-
ciais, sejam naturais. O foco das próximas atividades é abordar alguns desses problemas, aplicando o
que foi aprendido até o momento.
A área A do retângulo é uma função do comprimento de seus lados. Entre todas as possibilidades
para os lados, procura-se, naturalmente, aquela que corresponde à maior área possível para o retângulo.
Para o cálculo das medidas dos lados, do retângulo, temos: Perímetro: 2x + 2y = 80 ⇒ y = 40 – x
x a) Quais devem ser as medidas dos lados do retângulo para que sua área
seja a maior possível?
b) Qual é o valor da área máxima?
Fonte: Elaborada
pelos autores.
5.3 Deseja-se murar (cercar com muros) um terreno retangular utilizando-se de uma parede já exis-
tente no terreno. Sabe-se que o comprimento do muro que será construído para cercar os outros
três lados do terreno deverá ter 36 metros.
5.4 (ENEM 2017 – Adaptada) A igreja de São Francisco de Assis, obra arquitetônica modernista de
Oscar Niemeyer, localizada na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, possui abóbadas para-
bólicas. A seta na Figura 1 ilustra uma das abóbadas na entrada principal da capela. A figura 2
fornece uma vista frontal desta abóbada, com medidas hipotéticas para simplificar os cálculos.
Figura 1 Figura 2
6.1 A partir do instante que foi identificado um vazamento em um tanque de água (t = 0), os técnicos
afirmaram que a quantidade total, em litros, de água no tanque, indicada por Q(t), após t horas de
vazamento, seria dada pela função Q(t) = t² – 24t + 144 até o instante em que Q(t) = 0. Dividindo-
-se o total de água no tanque no instante em que o vazamento foi identificado pelo de horas que
transcorreram para ele esvaziar totalmente, conclui-se que o escoamento médio nesse intervalo,
em litros por hora, foi igual a:
(A) 12
(B) 12,5
(C) 13
(D) 13,5
(E) 14
6.2 (ENEM 2013) A parte interior de uma taça foi gerada pela rotação de
uma parábola em torno de um eixo z, conforme mostra a figura.
3 2
A função real que expressa a parábola, no plano cartesiano da figura, é dada pela lei f ( x ) x – 6 x + C,
2
onde C é a medida da altura do líquido contido na taça, em centímetros. Sabe-se que o ponto V, na figura,
representa o vértice da parábola, localizado sobre o eixo x. Nessas condições, a altura do líquido contido
na taça, em centímetros, é
(A) 1
(B) 2
(C) 4
(D) 5
(E) 6
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 -
ESTUDO QUALITATIVO DE ALGUMAS FUNÇÕES
MOMENTO 1 – FUNÇÕES DEFINIDAS POR UMA OU MAIS SENTENÇAS
Uma função é definida por mais de uma sentença quando cada uma delas está associada a um
subdomínio D1, D2, D3, ... Dn e a união destes n subconjuntos forma o domínio D da função original,
ou seja, cada domínio Di é um subconjunto de D. Vamos ver alguns exemplos de funções definidas por
mais de uma sentença e seus respectivos gráficos.
Exemplo 1:
1 se x < 0
f(x) = x +1 se 0 x < 3
4 se x 3
3
f(x) = x + 1
2
f(x) = 1
1
x
–12 –11 –10 –9 –8 –7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6
Exemplo 2
x se x < 2
g(x) = 2
x 4 se x 2
Seja a função
x
–6 –5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4
–2
–4
–6
Represente-a graficamente.
O uso de funções de várias sentenças é aplicado em diferentes formas no nosso dia a dia. Tome-
mos como exemplo as tarifações do imposto de renda que calculam o valor a ser pago em diferentes
faixas salariais, pois, a alíquota descontada varia conforme a remuneração do trabalhador. Outro exem-
plo pode ser dado pelas contas de energia elétrica e de água, nas quais os valores a serem pagos
dependem da faixa de consumo do usuário.
1.3 Com base na tabela, determine o valor a ser pago de imposto de renda, de uma pessoa que re-
cebe R$3 800,00 mensais.
1.4 Uma operadora de telefonia celular oferece a seus clientes dois planos:
• Minutos: o consumidor tem uma tarifa de R$ 100,00 fixa por mês para os primeiros 200 minutos
utilizados.
• Caso o consumo seja maior que 200, o consumidor pagará R$ 0,60 por minuto excedente.
• Premium: o consumidor tem uma tarifa de R$ 60,00 de assinatura mensal mais R$ 0,40 por
minuto utilizado.
Todos os meses, o sistema da operadora ajusta a conta de cada um de seus clientes para o pla-
no mais barato, de acordo com as quantidades de minutos utilizadas. Para ser acionado o plano
Premium o consumidor deverá utilizar quantos minutos por mês?
tempo em que utilizamos o aparelho, o material que foi utilizado para sua fabricação, o preço e muitos
outros dados e fatores. Dentre estas informações, há que merece atenção especial: a potência elétrica
do aparelho. Você pode se perguntar: por que este dado é precioso? Ele revela o consumo energético
de um aparelho em um espaço de tempo. Quando falamos em consumo de energia, não há como não
falar do valor do boleto a ser pago para a distribuidora de energia elétrica.
2.1 Procure em sua casa a quantidade de potência dos eletrodomésticos e aparelhos eletroeletrôni-
cos. Se não tiver alguns destes aparelhos, não há problema. Você pode fazer uma breve pesqui-
sa na internet, pesquisar em manuais de uso, perguntar para um amigo etc. A unidade da potên-
cia elétrica é o Watts (W). Veremos mais sobre ela em outra atividade.
2.2 Agora vamos calcular o consumo mensal de alguns aparelhos eletrônicos em quilowatts- hora
(kWh) sabendo o preço da tarifa, estipulado para essa atividade, é de R$ 0,683670 pela energia
consumida. Para isso, temos que lembrar que o valor da potência (w) precisa ser transformada
em quilowatts-hora (kWh).
2.4 Dona Maria também ficou surpresa com a fatura da energia elétrica que teria que pagar. Ela ob-
servou em sua fatura que o seu consumo havia sido de 420 kWh e que por esse valor teria que
pagar uma alíquota maior do que se tivesse um consumo de até 200 kWh. Observe a tabela com
o consumo e o valor a pagar:
No cálculo da energia, como no de qualquer produto, o valor do ICMS faz parte do valor da ope-
ração, que é a base de cálculo. Os percentuais de cobrança por faixa de consumo em kWh são defi-
nidos pelo governo estadual, conforme a classe da unidade consumidora. Os estados de São Paulo,
Paraná e Minas Gerais utilizam a tabela acima para a cobrança do consumo de energia residencial.
Considerando as informações sobre consumo e alíquotas na tabela e pensando em ajudar a
Dona Maria a economizar energia elétrica, calcule a porcentagem que representa o consumo de ener-
gia dos aparelhos em relação ao total de kWh gastos no mês na conta da Dona Maria.
a) Chuveiro elétrico;
b) Geladeira;
c) Ferro elétrico.
2.5 A tabela a seguir representa o consumo de energia elétrica de uma residência. Sabe-se que as alíquo-
tas são diferenciadas. Quanto mais você consome, mais caro ficará a sua conta de energia elétrica.
Informações sobre o consumo
Alíquota Tarifa com tributos
Consumo (kWh)
(%) (R$)
0 a 90 0 0,68367
91 a 200 12 0,7657
>200 25 0.85459
Fonte: Elaborada pelos autores.
Observe que essa atividade é diferente da do cálculo do ℝ, pois a aplicação dos valores não se
dá por partes ou faixas, mas pelo total do consumo. Sabendo disso, resolva as seguintes atividades:
–30
a) Em que meses a temperatura foi de 0º C?
b) Em quantos graus variou a temperatura
–40
dos meses, de maio a setembro?
c) Em que mês a cidade teve a menor tem-
Fonte: Elaborada pelos autores.
peratura? Que temperatura foi essa?
3.2 Um trabalhador ganha R$ 20,00 para cada hora trabalhada num dia de jornada máxima de
12 horas. A partir de 8 horas de trabalho, começa-se a contar o adicional de 25% por hora tra-
balhada, ou seja, ele ganhará R$ 25,00 por cada hora extra trabalhada. Determine o ganho em
função das horas trabalhadas e o represente graficamente.
O imposto de renda é uma das principais formas de arrecadação de impostos do Brasil, O valor
do imposto a ser pago é calculado em função da renda do trabalhador e configura-se em parcelas
mensais descontadas do salário, denominadas Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF).
A Receita Federal do Brasil utilizou a seguinte Tabela do Imposto de Renda Retido na Fonte no
ano 2020:
Tomando por base a Tabela do Imposto de Renda Retido na Fonte referente a 2020, o valor do
imposto a ser pago é calculado mediante aplicação da alíquota correspondente ao valor do salário,
em seguida, subtrai-se o valor da parcela a ser deduzida do IRPF. Por exemplo: o salário mensal de
Carlos é de R$3.100,00, então, qual é o valor do imposto a ser descontado do seu salário? Qual é o
valor do salário real de Carlos?
(ENEM 2011) A tabela compara o consumo mensal, em kWh, dos consumidores residenciais e dos de
baixa renda, antes e depois da redução da tarifa de energia no estado de Pernambuco.
Considere dois consumidores: um que é de baixa renda e gastou 100 kWh e outro do tipo resi-
dencial que gastou 185 kWh. A diferença entre o gasto desses consumidores com 1 kWh, depois da
redução da tarifa de energia, mais aproximada, é de:
(A) R$0,27
(B) R$0,29
(C) R$0,32
(D) R$0,34
(E) R$0,61
esse casal fez um gráfico relacionando as alturas do filho nas idades consideradas. Que gráfico melhor
representa a altura do filho nas idades consideradas.
Que gráfico melhor representa a altura do filho desse casal em função da idade?
51 51 51
Idade (anos)
Idade (anos) Idade (anos)
10 17
10 17 10 17
(D) (E)
Altura(cm) Altura(cm)
180 180
171 171
148 148
51 51
alizações e cliques nos anúncios veiculados nos vídeos mais relevantes) criadores de vídeos que pos-
suem um certo número de inscritos em seu canal.
Em outros bimestres, neste ano, você teve a oportunidade de apurar seu olhar “funcional” para
situações corriqueiras. Agora, vamos “brincar” com esses conceitos.
Números de participantes:
Objetivo do jogo:
O participante que for sorteado com o “x” deverá descobrir a função que cada um dos demais
participantes está representando em, no máximo três tentativas e, para isso, terá que elaborar estratégias
para diferenciar, por exemplo, quem está representando a função f(x) = x² de quem está representando a
função f(x) = 2x.
Preparação:
Em uma folha de papel em branco, que possa ser recortada posteriormente, deverão ser escritos
o "x" e as funções:
x f(x) = x
f(x) = 2x f(x) = 3x
f(x) = x²
Recorte as funções e o da folha de papel e dobre para poder sortear a função de cada um no
jogo. Os “papeizinhos” (papéis que foram recortados e dobrados com o e com as funções) deverão
ser embaralhados de modo que nenhum participante saiba o que será sorteado para ele.
O primeiro participante deverá retirar um papelzinho para si e aguardar que os demais façam o
mesmo, para somente então abrir discretamente o papel e verificar se foi sorteado com o "x" ou com
uma das funções.
Durante o jogo:
O participante que tirou o papel com o “deverá se identificar dizendo: eu sou o “x”! Todos os de-
mais participantes estarão em função do “x”, ou seja, deverão repetir seus movimentos conforme a
função que sortearam [por exemplo: o participante que está com o “x” levanta o braço direito duas
vezes; o participante que está com a função f(x) = x deverá imitá-lo; já o participante que está com a
função f(x) = 3x deverá levantar o braço direito seis vezes (2 · 3); os participantes que estão com as
funções f(x) = x² e f(x) = 2x deverão levantar o braço direito quatro vezes (2² = 2 · 2) e assim por diante].
Aquele que está com o “x” comanda os movimentos, porém deverá fazer movimentos curtos
(como levantar uma das mãos, ou braços, pular, girar meia volta para a direita ou para a esquerda etc.)
e com poucas repetições, de modo que seja fácil imitá-lo, tanto para quem está com a função f(x) = x
quanto para quem está com a função f(x) = x².
O participante que está com o “x” deverá identificar, por meio do número de repetições de cada
movimento feito por ele, em no máximo, três tentativas (três rodadas nas quais ele, o “x”, determina o
movimento a ser repetido), qual é a função de cada um dos demais participantes. Para cada função
acertada o participante com o “x” ganha um ponto e, para cada função identificada de forma errada,
perde um ponto. Os demais participantes que são funções de “x” deverão repetir seus movimentos
adequadamente conforme cada função. O participante que repetir erroneamente os movimentos ditos
pelo “x” perderá um ponto (é possível ficar com pontos negativos). O ganhador será aquele que, ao
final de 5 jogadas tiver o maior número de pontos.
O Brasil ocupa o 2º lugar no ranking mundial de média diária de tempo online em redes sociais,
segundo relatório do site “We Are Social”, de janeiro de 2019. As redes sociais sempre auxiliaram bas-
tante os influenciadores digitais na divulgação de seus canais. Durante a pandemia, as redes sociais
tiveram um crescimento de uso de 40%.
Calcule a diferença entre o número de usuários ativos no 1º trimestre de 2020 e no último trimes-
tre de 2019. Quantos milhões de usuários ativos aumentaram nesse intervalo? Esse valor de cresci-
mento se manteve entre o 1º e o 2º trimestre de 2020?
b) Para estudar esse crescimento por meio de uma função U = f(P), onde U representa a quanti-
dade (em bilhões) de usuários ativos do Facebook e P, o período de tempo, considere o
4º trimestre de 2019 como período 1, o 1º trimestre de 2020 como período 2 e o 2º trimestre
Muitas situações em nosso cotidiano obedecem a um certo padrão e podem ser descritas por
uma função afim. Os pães franceses comprados na padaria, por exemplo, passaram a ter seus valores
cobrados por quilograma e, para saber quantos pães é possível comprar com determinado valor em
real, basta saber quantos pães são necessários para se obter um quilograma, ou quantas gramas
possui cada pão.
a) Giovane foi na padaria, pediu 4 pães e pagou R$ 3,00 por eles. Sabendo que o quilograma do
pão, nessa padaria, custa R$ 15,00, quantos gramas possui, em média, cada pão?
b) Se Giovane tem R$ 9,00 para gastar em pães, quantos pães ele poderá comprar nessa padaria?
c) Qual dos gráficos a seguir representa adequadamente a relação entre o número de pães e o
valor a ser pago por eles, nessa padaria?
Valor a pagar(R$) Valor a pagar(R$)
8 8
7 7
6 6
5 5
( ) 4 ( ) 4
3 3
2 2
1 1
Quantidade pães Quantidade pães
0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6
7 7
6 6
5 5
( ) 4 ( ) 4
3 3
2 2
1 1
Quantidade pães Quantidade pães
0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 7
d) Qual a taxa de crescimento da função, descrita no item “a” desta atividade, com relação ao
valor pago por quilograma de pão francês?
e) Com a pandemia do Covid 19, muitos alimentos tiveram seu valor reajustado, e um deles foi o
pão francês, devido à alta do valor do trigo. Em algumas capitais do país, o preço do quilogra-
ma do pão francês chegou à R$ 17,00. Construa o gráfico da função V = f(x), onde V repre-
senta o valor, em reais, a ser pago por um determinado “x” de quilogramas de pão.
f) Observe se a taxa de crescimento da função descrita no item “e” é maior ou menor que a taxa
de crescimento descrita no item “d” desta atividade e calcule o percentual de aumento ou de
queda nas taxas observadas.
De fato, influenciador digital é uma profissão que está em alta , pois tanto a possível remuneração
quanto a fama atraem pessoas de todas as idades. Mas o que muita gente não sabe é que cada ca-
tegoria de canal do Youtube é remunerada de forma diferente2.
Talvez essa atividade auxilie na escolha do assunto a ser abordado e na categoria mais rentável
de um canal de vídeos. A remuneração paga pelo Google, que hospeda a plataforma de vídeos mais
conhecida: o Youtube, como já visto no início desta Situação de Aprendizagem, é feita em dólares.
Existem alguns critérios e passos que deverão ser seguidos para que alguém, interessado em ser re-
munerado por produzir conteúdo digital, possa efetivar, porém, não abordaremos esses critérios e
passos aqui, apenas faremos uma análise matemática de algumas possibilidades:
a) Daniel pretende se tornar um grande youtuber de games e já começou a realizar lives. A remu-
neração paga nessa categoria de jogos, na América Latina, está em torno de US$ 2,67 para
cada 1.000 visualizações. Para garantir uma renda mínima de pelo menos dois salários-míni-
mos mensais, quantas visualizações, em seu canal, Daniel terá que ter por mês?
b) Determine a função que descreve corretamente a relação entre o número de visualizações e a
remuneração paga (em dólares) num canal de jogos no Youtube.
c) Construa o gráfico da função descrita no item “b” desta atividade.
d) Movido pelo entusiasmo de seu irmão Daniel, Reginaldo também resolveu se tornar um you-
tuber e sustentar sua família com esse trabalho. Como começou algum tempo depois, decidiu
estudar acerca dos possíveis canais e suas monetizações. Dentre os 25 canais disponíveis
para América Latina, Reginaldo optou pela categoria: “Emprego e Educação”. Além de ser a
segunda mais bem remunerada, ele ainda possuía certa aptidão para falar desse assunto.
Sabendo que a remuneração por essa categoria está em torno de US$ 10,46 para cada 1.000
visualizações, quantas visualizações mensais são necessárias para garantir uma renda de dois
salários-mínimos?
e) Determine a função que descreve corretamente a relação entre o número de visualizações e a
remuneração paga (em dólares) num canal de emprego e educação no Youtube.
f) Construa, no mesmo plano cartesiano do item “c” desta atividade, o gráfico da função descri-
ta no item “e”.
g) Compare as taxas de crescimento das duas funções.
h) Como Daniel iniciou um canal antes de seu irmão, quando Reginaldo resolveu criar um canal,
Daniel já tinha um público cativo de 40.000 visualizações mensais e uma projeção de cresci-
mento de 2.000 visualizações por mês. Supondo que Reginaldo teve, em seu primeiro mês,
apenas 1.000 visualizações em seu canal e sua projeção de crescimento seja de 1.000 visua-
lizações por mês, em quantos meses, no mínimo, o faturamento mensal (em dólares) de Regi-
naldo vai se equipara ao de Daniel? Realize essa análise gráfica e algebricamente.
Agora que você já conhece e as funções polinomiais do 1º grau passaremos a estudar as funções
polinomiais do 2º grau, também chamadas de função do 2º grau. Você deve se lembrar das aulas do
ano passado quando estudamos equações do 2º.
5.1 Afinal qual a diferença entre uma função polinomial do 2º grau e uma equação do segundo
2º grau?
Até o ano passado nos preocupamos basicamente em encontrar as raízes de uma equação do
2º grau usando métodos com soma e produto e/ou a fórmula de Bháskara. Raízes são os valores de
“x” em que o resultado da equação é zero. Na prática são os valores que quando usados no lugar de
“x” faz com que o resultado seja zero.
y
160
140
120
100
80
60
40
20
C D x
–24 –22 –20 –18 –16 –14 –12 –10 –8 –6 –4 –2 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
–20
–40
Nesse gráfico temos uma função quadrática do tipo ax2 + bx + c (com a ≠ 0) com duas raízes
representadas pelos pontos “C” e “D”, o fato de haver duas raízes reais nos permite afirmar que ∆ > 0.
Nessa função específica podemos afirmar que quando “x” for substituído por 6 o resultado será
0. (a·62 + b·6 + c = 0, f(6) = 0) o mesmo acontecerá quando “x” for substituído por 18.
(a·18 + b·18 + c = 0, f(18) = 0).
2
y
18
16
14
12
10
2
C x
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Fonte: Elaborada pelos autores.
Esse é mais um exemplo de função do 2º grau do tipo ax2 + bx + c (com a ≠ 0). A diferença é que,
nesse caso, temos uma única raiz representada pelo ponto “C”, ou seja, só existe um valor para “x” que
faz com que a função tenha imagem igual a zero. O Fato de apresentar uma única raiz real nos permi-
te afirmar que ∆ = 0. Como podemos observar pelo gráfico C = 4, portanto, a raiz é igual a 4. Isso
significa que, se “x” for substituído por 4 na função o resultado será zero (a · 42 + b · 4 + c = 0, f(4) = 0)
y
120
100
80
60
40
20
x
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Fonte: Elaborado pelos autores.
Esse é mais um caso de uma função do 2º do tipo ax2 + bx + c (com a ≠ 0). Porém a parábola
não toca o eixo das abscissas, então, não existem raiz reais. Isso significa que não existe nenhum nú-
mero no conjunto dos números reais que, quando substituído “x” faça a função zerar. Isso nos faz
concluir que ∆ < 0.
Nesse caso temos uma função do 2º grau, com suas duas raízes representadas pelos pontos “C”
e “D” (portanto ∆ > 0) e do tipo -ax2 + b + c. Observe que “a” é negativo, sabemos disso por conta da
concavidade da parábola. Nas parábolas com concavidade voltada para baixo temos a < 0.
y
C x
–9 –8 –7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 1 2
–1
–2
–3
–4
–5
–6
–7
–8
O gráfico apresentado, é uma função do 2º grau. Como sua concavidade é voltada para baixo,
temos a < 0, portanto, podemos escrevê-la, de forma genérica com – ax2 + bx + c. A raiz única, repre-
sentada pelo ponto “C”, o que nos permite concluir que ∆ = 0.
y
x
–2 –1 0 1 2 3 4 5 6
–10
–20
–30
–40
–50
–60
Nessa função do 2º do tipo -ax2 + bx + c, a parábola não toca o eixo das abscissas e tem sua
concavidade voltada para baixo. Esse é um caso em que não existem raiz reais. Isso nos faz concluir
que ∆ < 0.
y
10 5.2 A seguir temos o gráfico da função do segundo grau da
D f(x) = 2x2 + 10x + 8.
8
4
Responda às questões a seguir:
2
a) O que representam os pontos A e B no gráfico?
A B x b) Em que pontos o gráfico toca o eixo x?
–10 –9 –8 –7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 1 2
E c) Determine f(-4)
–2
d) Determine f(-1)
C
–4 e) O que podemos afirmar sobre o valor de ∆?
–6
f) O que representam os pontos C, D e E no gráfico?
g) Determine f(-3)
–8
h) Determine f(-5)
Fonte: Elaborado pelos autores.
Você já sabe que as funções do 2º grau de maneira geral são todas representadas algebricamen-
te da mesma forma f(x) = ax2 + bx + c. E deve ter percebido que ainda que tenham a mesma “confi-
guração” algébrica, elas podem descrever parábolas muito diferentes umas das outras. Umas tem
concavidade para cima, outras para baixo, podem ter duas, uma ou nenhuma raiz real, umas são mais
“abertas” ou mais “fechadas” do que outras. Para compreendermos como cada elemento afeta esses
parâmetros de uma parábola, faremos uma atividade prática muito divertida. Mão na massa, então!
A atividade a seguir será realizada usando o software Geogebra, você pode baixá-lo de
graça no site oficial, tanto para PC quanto para o seu smartphone. Acesse o link a seguir
ou escaneie o QR CODE.
https://www.geogebra.org/download
5.3 A seguir, temos dois grupos de instruções. O primeiro delas é para versão do Geogebra usada nos
computadores; o segundo grupo de instruções é identificado como “Para dispositivos móveis”.
Anteriormente, você realizou uma atividade bastante interessante, dobrando uma folha de papel
você na qual pode observar a construção de uma parábola. Reproduziremos agora a mesma dobra-
dura usando o Geogebra a fim de explorar a parábola como um lugar geométrico. Chamamos de pa-
rábola todos os pontos que mantêm a mesma distância de um determinado ponto chamado “foco” e
a sua reta diretriz. A seguir você encontra as orientações para a construção tanto nos computadores
quanto para dispositivos móveis como celulares e tablets.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5 -
FUNÇÕES EXPONENCIAIS E SUAS APLICAÇÕES
ATIVIDADE 1 – A POTENCIAÇÃO É POTENTE MESMO?
Caros estudantes, vocês já devem ter conversado com seu professor sobre o que será desenvol-
vido nesta Situação de Aprendizagem. Certamente, ouviram a expressão “funções exponenciais”,
e muitos se perguntaram: será que isso tem relação com potenciação? Sim, existe uma relação, con-
tudo as funções exponenciais demandam um estudo mais aprofundado e estão diretamente relaciona-
das à resolução e à elaboração de problemas. Por isso, essa primeira atividade tem como objetivo que
vocês recordem os conceitos de potenciação e como devem ser realizadas suas operações. Nas
próximas atividades verão um pouco mais sobre “funções exponenciais”. Vamos lá?
1.1 Quando uma pessoa diz que outra enriqueceu em um curto espaço de tempo, geralmente utili-
zam frases do tipo: “Você viu como a fortuna da Mara cresceu exponencialmente?”
A pergunta a seguir serve para que você e os colegas iniciem uma discussão: o que significa
crescer exponencialmente?
Imagine que um comerciante fature mensalmente o dobro do valor investido no início do mês.
Por exemplo, um jovem comerciante vende R$ 2,00 de mercadorias no primeiro mês. Então, gasta
todo esse dinheiro comprando novas mercadorias no início do segundo mês e ao final terá faturado
(vendido) o equivalente a R$ 4,00 (22 = 2 · 2 = 4). Em seguida, ele usa esse dinheiro e compra merca-
dorias novamente, ao final do terceiro mês, ele terá faturado 23, ou seja, R$ 8,00. Faturar com ajuda da
potenciação é o sonho da maioria dos comerciantes.
Complete o quadro a seguir e, depois, responda aos questionamentos que o seguem.
a) Você considera uma boa estratégia procurar ter um crescimento exponencial de faturamento?
Justifique.
b) Se o investimento inicial no início do segundo mês for de R$ 5,00, e esse valor for quintuplica-
do, qual a previsão de faturamento no final do quarto mês?
1.2 Converse com os colegas de classe sobre a diferença dos resultados nestas três situações: ex-
poente positivo, expoente negativo e expoente fracionário. Anotem o que concluíram sobre cada
situação:
Expoente positivo:
Expoente negativo:
Expoente fracionário:
1.3 Agora complete o quadro a seguir, relacione e compare com as respostas anteriores se as per-
cepções sobre os expoentes positivos, negativos e fracionários estavam corretas.
2.1 Agora vamos explorar alguns problemas interessantes envolvendo porcentagem em situações de
aumentos sucessivos e descontos sucessivos.
a) O valor V de um produto vai sofrer um aumento de 30%, o novo valor desse produto será ex-
presso por 1,30 · V. Converse com seu colega e escreva como vocês entendem essa afirmação.
b) É muito comum, nas compras à vista ou nas promoções, o preço das mercadorias sofrer des-
conto em relação ao preço inicial. O que acontece com o valor V de uma mercadoria com um
desconto de 30%? Como podemos expressar o novo valor desse produto?
c) Com base nas reflexões e discussões dos itens anteriores, vamos completar o quadro a seguir
com a expressão do novo valor, nas situações em que o valor de um produto P sofreu acrés-
cimo de x% ou desconto de x%.
2.2 Em cada item a seguir, analise cada situação e assinale V para as afirmações verdadeiras e F para
as afirmações falsas, justificando sua resposta.
2.3 Você observou que algumas situações envolvendo porcentagem são bem interessantes, pois vi-
venciamos no nosso cotidiano. Reúna-se com seu colega e resolva os problemas a seguir:
2.3.2 O valor de uma moto desvaloriza cerca de 15% a cada ano em relação ao preço original. Que
expressão me permite calcular qual será o valor da moto daqui a 2 anos?
2.3.3 VUNESP) Se a taxa de inflação de janeiro é de 6% e a de fevereiro é de 5%, então a taxa de
inflação no bimestre janeiro/fevereiro é de:
(A) 11%
(B) 11,1%
(C) 11,2%
(D) 11,3%
(E) 11,4%
3.1 Na atividade 1.1, o valor investido e a taxa de crescimento eram iguais. No primeiro exemplo, apa-
receu o número 2 tanto no investimento quanto na taxa de crescimento. Depois, foi a vez do núme-
ro 5. Em ambos os casos, o valor foi maior que 1. Agora você vai completar o quadro e descobrir o
que acontece com o passar dos meses quando o valor investido está entre 0 e 1 e crescer com uma
taxa numericamente igual.
Faturamento ao final de cada mês, reduzindo pela metade um investimento inicial de R$ 0,50
0,50 0,25
Valor expresso como uma potência de base 2
0,51 0,52 0,53
Fonte: Elaborado pelos autores.
3.2 Agora, outra situação: o valor investido está entre 0 e 1, contudo triplicando. Complete o quadro
e analise o que está acontecendo:
Após preencher todos os quadros e fazer suas observações, para se ter constantemente um
aumento de faturamento, você considera mais importante o valor investido, a taxa de crescimento
desse valor ou o tempo de investimento? Justifique sua resposta.
3.3 Você viu, nas atividades anteriores, que um valor pode crescer acentuadamente quando realizamos
multiplicações sucessivas. Viu, também, que o valor final vai depender de três fatores: valor inicial,
taxa de crescimento e tempo. Se o sonho de um comerciante é ter um faturamento que cresce
exponencialmente, o pesadelo de qualquer pessoa é ter uma dívida que cresça da mesma forma.
3.4 Construa o gráfico da função da atividade anterior (3.3), utilizando um software – ou esboce em
uma folha de papel milimetrado – e responda:
Por todo o mundo, existem cidades que, ao longo do tempo, os moradores foram às deixando, até
chegar ao ponto de ficarem inabitadas. Um dos casos é a cidade italiana Balestrino. No século XIX, mo-
ravam, em Balestrino cerca de 800 pessoas, e esse número foi diminuindo ao longo do tempo, porque a
população foi migrando para outros lugares devido ao medo de terremotos. Imagine, hipoteticamente,
que a cada ano, essa cidade perdeu um décimo de seus habitantes e responda as perguntas:
Considere: t ∈ ℝ+
(A) h(t) = 800 ∙ 10t
(B) h(t) = 800 ∙ 0,1t
(C) h(t) = 800 ∙ 0,9t
(D) h(t) = 800 ∙ 1t
4.2 Construa o gráfico da função de 4.1 utilizando software ou em uma folha milimetrada. Compare
este gráfico com os gráficos anteriores e aponte semelhanças e diferenças entre eles:
Você já teve que decidir qual a melhor opção: pagar à vista com desconto, ou comprar a prazo?.
A matemática é uma ótima ferramenta para nos ajudar a compreender como analisar as possibilidades,
além das vantagens e desvantagens de cada uma das opções.
5.1 (ENEM 2000) João deseja comprar um carro cujo preço à vista, com todos os descontos possíveis,
é de R$ 21000,00, e esse valor não será reajustado nos próximos meses. Ele tem R$ 20000,00,
que podem ser aplicados a uma taxa de juros compostos de 2% ao mês, e escolhe deixar todo seu
dinheiro aplicado até que o montante atinja o valor do carro. Para ter o carro, João deverá esperar:
5.2 Pensando em comprar um carro mais novo, João resolveu investir seu dinheiro por dois anos no
mesmo sistema de juros compostos.
a) É viável fazer mês a mês para calcular o valor do montante final que João vai receber após os
2 anos de investimento? Por quê?
b) Vamos ajudar João a descobrir uma fórmula que torne mais rápido o cálculo do valor final
(montante) que vai receber após os dois anos. Com base nos cálculos realizados no quadro
da atividade 5.1, complete os espaços em branco.
1º Mês:
M = 20.000 + (0,02 · 20.000) = 20.000 · (1 + 0,02 ) = 20.000 · 1,02
2º Mês:
3º Mês
24º Mês
6.1 (ENEM 2011) Considere que uma pessoa decida investir uma determinada quantia e que lhe
sejam apresentadas três possibilidades de investimento, com rentabilidades líquidas garantidas
pelo período de um ano, conforme descritas:
Investimento A: 3% ao mês
Investimento B: 36% ao ano
Investimento C: 18% ao semestre
As rentabilidades, para esses investimentos, incidem sobre o valor do período anterior. O quadro
fornece algumas aproximações para a análise das rentabilidades
n 1,03n
3 1,093
6 1,194
9 1,305
12 1,426
Para escolher o investimento com a maior rentabilidade anual, essa pessoa deverá
(A) escolher qualquer um dos investimentos A, B ou C, pois as suas rentabilidades anuais são
iguais a 36%.
(B) escolher os investimentos A ou C, pois suas rentabilidades anuais são iguais a 39%.
(C) escolher o investimento A, pois a sua rentabilidade anual é maior que as rentabilidades anuais
dos investimentos B e C.
(D) escolher o investimento B, pois sua rentabilidade de 36% é maior que as rentabilidades de 3%
do investimento A e de 18% do investimento C.
(E) escolher o investimento C, pois sua rentabilidade de 39% ao ano é maior que a rentabilidade
de 36% ao ano dos investimentos A e B.
6.2 (Unicamp – adaptado) Um capital de R$ 12 000,00 é aplicado a uma taxa anual de 8%, com juros
capitalizados anualmente. Considerando que não foram feitas novas aplicações ou retiradas,
encontre o capital acumulado após 2 anos.
BIOLOGIA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – FENÔMENOS NATURAIS,
AÇÕES HUMANAS E A BUSCA PELO EQUILÍBRIO
MOMENTO 1: FLUXO DA MATÉRIA
1.1 Quando um organismo se alimenta do outro nas relações da cadeia alimentar, há transferência
tanto de energia quanto de matéria.
a) Consulte seu glossário e/ou outro material disponível e defina, em seu caderno de anotações,
matéria e energia;
b) Como se dá o fluxo de energia na natureza? E o fluxo de matéria?
a) D
estaque os elementos bióticos e abióticos presentes nes-
te ambiente.
b) Q
ue relações os seres vivos estabelecem com o ambiente?
Aponte-as na imagem por meio de setas descrevendo-as.
I
II
III
IV
A
B
C
D
E Imagem 3 – Esquema ciclos. Fonte: Elaborado para o material
1.4 Sistematizando:
Com base no que estudou, identifique a frase que melhor explica o papel dos decompositores
nos ciclos biogeoquímicos, também chamados de ciclos da matéria. Justifique.
• Após a montagem do terrário realize observações periódicas (uma vez por semana) sobre a
sobrevivência e desenvolvimentos dos seres vivos e a umidade no interior do terrário. Faça os
registros em seu caderno de anotações, conforme a tabela abaixo:
Seres vivos
Data da observação Umidade
Animais / Plantas
O gás nitrogênio (N2) é o mais abundante na atmosfera terrestre, representando 79% do volume
da atmosfera. Nos organismos, átomos de nitrogênio fazem parte de diversas substâncias orgânicas,
como proteínas e ácidos nucleicos. Porém, a maioria dos seres vivos não consegue utilizar o gás ni-
trogênio na forma molecular N2.
2.3 Com base em suas anotações e orientados pelo(a) professor(a), responda em seu caderno:
O(a) professor(a) realizará uma atividade demonstrativa dirigida para melhor compreensão do
processo de absorção e utilização do Nitrogênio pelos seres vivos. Logo após a atividade, responda:
O(a) professor(a) demonstrou o processo denominado ciclo do Nitrogênio, o qual pode ser re-
presentado em etapas:
2.6. Cada grupo ficará responsável para explicar uma etapa do ciclo do Nitrogênio, conforme os cri-
térios e orientações definidos pela(o) professor(a).
Grupo A - Fixação
Grupo B - Amonificação
Grupo C - Nitrificação
Grupo D - Desnitrificação
O aquarismo é uma prática que estimula a criação de peixes, plantas e outros organismos aquá-
ticos, combinando estética e conhecimentos técnicos diversos, como biologia básica (ciclo do nitrogê-
nio), química básica (pH) e outros.
Provavelmente você já teve ou conhece alguém que tem um aquário. Realize uma pesquisa, faça
uma visita a um pet shop ou entreviste pessoas que se dedicam ao aquarismo. Organize um produto
educomunicativo com informações básicas para incentivar amigos e familiares a ter esse hobby. Ele
deve conter as seguintes informações:
• Tipos de aquário;
• Tipos de organismos vivos que sobrevivem em aquário;
• Montagem e manutenção do aquário;
• Dicas importantes, tais como: vantagens do aquarismo; a escolha o aquário adequado; as
espécies disponíveis no mercado; como montar um aquário; decoração; manutenção de
aquário (alimentação, limpeza e testes da água), estresse e doenças, e custos.
a) Os peixes de aquário são ótimos animais de estimação, vivem bem no seu ambiente e são
perfeitos para se observar e relaxar. No entanto, esses animais dificilmente sobrevivem por
muito tempo. Por que isso acontece? Explique.
2.9 Assim como analisou os ambientes representados nas imagens 1 (garça no lago), imagem 2 (a
biente de Mata Atlântica) aponte no ambiente do aquário (imagem 10):
a) os fenômenos naturais,
b) as ações e interferências humanas e,
c) a busca pelo equilíbrio desse sistema.
Caiu no ENEM:
Nessa atividade você, estudante, terá a oportunidade de aplicar e ampliar seus conhecimentos.
As questões do ENEM são objetivas e focadas nas quatro áreas de conhecimento. São contextualiza-
das e interdisciplinares provocando o raciocínio e a solução de problemas cotidianos utilizando-se do
conhecimento científico.
ENEM 2015 - Questão 61. Disponível em: https://cutt.ly/LcL7a5J. Acesso em 18 nov. 2020.
O nitrogênio é essencial para a vida e, o maior reservatório global desse elemento, na forma de N2, é a
atmosfera. Os principais responsáveis por sua incorporação na matéria orgânica são microrganismos
fixadores de N2, que ocorrem de forma livre ou simbiontes com plantas.
ADUAN, R. E. et al. Os grandes ciclos biogeoquímicos do planeta. Planaltina: Embrapa, 2004 (adaptado).
Um experimento realizado por uma empresa argentina fez com que uma plantação de milho ge-
rasse, na safra 2011/12, espigas com o dobro de tamanho das “normais” – plantadas em uma terra
que está há cerca de dez anos sem receber fertilização. Na área com o adubo, é possível colher nove
toneladas de milho por hectare. Na que não foi fertilizada, colhe-se apenas três toneladas por hectare.
Testes como esse são constantemente feitos pelas empresas para saber qual melhor fertilizante deve
ser usado na lavoura.
3.4 Na tabela abaixo, estão descritas as características e vantagens do uso de alguns tipos de fertili-
zantes convencionais. Elabore um breve texto, trazendo as informações da tabela e acrescentan-
do os impactos negativos do uso dos fertilizantes orgânicos e inorgânicos no solo.
Fonte: Pixabay.
Orgânicos São feitos a partir de produtos naturais, Aumenta a biodiversidade do solo, com o
como húmus, farinha de osso, torta de surgimento de microrganismos e fungos
mamona, algas e esterco. que contribuem para o crescimento das
plantas e, a longo prazo, há um aumento
da produtividade do solo.
Fonte: Pixnio.
Esse assunto foi abordado na questão do ENEM (2015). Questão 04. Disponível em https://cutt.ly/
IcZw5IV. Acesso em 09 dez. 2020.
1.2 Com a finalidade de reduzir impactos ambientais com o uso de fertilizantes, os agricultores pro-
movem a rotação de culturas com leguminosas, conforme demonstra o esquema:
a) Com base nos conhecimentos adquiridos sobre o ciclo do Nitrogênio e adubação verde, ela-
bore uma hipótese para o uso dessa técnica agrícola.
b) Para comprovar sua hipótese, consulte fontes confiáveis e elabore um texto sucinto sobre a
rotação de cultura. O mesmo deve conter: a definição, importância, benefícios e desvantagens
comparada a monocultura.
1.3 Além das técnicas de adubação verde e rotação de cultura, muito utilizadas na agricultura, a pe-
cuária também se utiliza de algumas técnicas de manejo na criação de bovinos como a pastagem
rotacional. Quais são as justificativas na utilização da pastagem rotacional quanto a ciclagem de
nutrientes no solo? Disserte sobre o questionamento em seu caderno pessoal.
Estudo de caso:
Contextualizando uma situação do cotidiano vivenciada por uma personagem fictícia, analise o
estudo de caso a seguir:
Ludmila tem uma área de 3 hectares para produção dos grãos soja e milho. Ela sabe que pelo menos a cada três
a quatro anos é necessário refazer a correção do solo, porém, Ludmila questionou: “Se não fizer nada no solo,
o que pode acontecer e como devo proceder?” Ela consultou um agrônomo que lhe deu algumas informações:
Segundo uma análise de solo, realizada na área de produção do sítio de Ludmila, foram constatados os
seguintes valores:
Quilo/hectare Nitrogênio Fósforo Potássio Cálcio Magnésio(Mg)
(kg/ha)* (N) (P) (K) (Ca)
3,65 72 9 83 8 7
a. Copie a tabela abaixo em seu caderno pessoal e preencha de acordo com as quantidades ideais de
nutrientes que Ludmila deverá utilizar para corrigir o solo de seu sítio:
Quilo/hectare Nitrogênio Fósforo Potássio Cálcio Magnésio(Mg)
(kg/ha)* (N) (P) (K) (Ca)
3,65
*Quilograma = Unidade base de massas no Sistema Internacional de Unidades, equivalente a 1.000 gramas;
quilo. Símbolo: kg. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/. Acesso em 09 dez 2020
*Hectare = Medida agrária, equivalente a 100 ares ou 10 mil metros quadrados. Símbolo: ha. Disponível em:
https://michaelis.uol.com.br/. Acesso em 09 dez 2020
b. Caso Ludmila utilize quantidades maiores das indicadas, quais os possíveis destinos do excesso de nutrientes?
CAIU NO ENEM
ENEM 2010 - Questão 87. Disponível em: https://cutt.ly/ocZf75I. Acesso em 09 dez. 2020.
De 15% a 20% da área de um canavial precisa ser renovada anualmente. Entre o período de corte e o
de plantação de novas canas, os produtores estão optando por plantar leguminosas, pois elas fixam
nitrogênio no solo, um adubo natural para a cana. Essa opção de rotação é agronomicamente favorável,
de forma que municípios canavieiros são hoje grandes produtores de soja, amendoim e feijão.
As encruzilhadas da fome. Planeta. São Paulo, ano 36, no 430, jul. 2008 (adaptado).
a) Em 1750, a população humana no planeta era de 760 milhões de indivíduos. Hoje somos apro-
ximadamente 7,8 bilhões de pessoas. Após assistir ao vídeo, você acredita que a produção de
alimentos continua seguindo o mesmo padrão de 1750? Explique de forma simplificada.
b) Qual (is) seria(m) os possíveis encaminhamentos para o sistema de produção de alimentos no
mundo?
c) A utilização de técnicas ecológicas para a produção de alimentos – Adubação verde, Rotação
de cultura e Pastejo rotacional, são suficientes para atenderem as demandas de produção
mundial de alimentos? Justifique.
A partir do estudo realizado até o momento, em seu caderno de anotações, elabore um artigo
de opinião a respeito do questionamento feito abaixo:
Fazendo uma projeção para daqui a 50 anos e seguindo os padrões de crescimento humana,
como você imagina que será a produtividade agrícola mundial neste período futuro?
MOMENTO 3 – EUTROFIZAÇÃO
3.1 “Os bem nutridos”
Responda:
a) O
rio Poti apresenta um aspecto saudável? Aparenta estar limpo e preservado? Comente.
b) Q
ual(is) detalhes mais chamaram sua atenção? Descreva.
c) N
este rio é possível notar a presença de mata ciliar? Explique.
d) A
expressão “bem nutrido” remete à ideia de algo positivo ou negativo? Por quê?
a) Que tal saber mais sobre esse fenômeno consultando livros, documentários, artigos científi-
cos, entre outras fontes confiáveis?
b) Após realizar a pesquisa, é possível dizer que esse fenômeno é também uma eutrofização dos
mares? Justifique.
c) A eutrofização é um processo que gera efeitos graves ao ambiente e pode prejudicar também
a atividade humana. Destaque alguns dos principais prejuízos desse fenômeno.
d) Como produto final, elabore um produto educomunicativo sobre o assunto tendo como base
a reflexão, considerando as causas, consequências e formas de controle. Compartilhe com
sua turma.
CAIU NO ENEM
ENEM 2010 - PPL - Questão 55. Disponível em: https://cutt.ly/lcZl4Sq. Acesso em 09 dez. 2020.
Um agricultor, buscando o aumento da produtividade de sua lavoura, utilizou o adubo NPK (nitrogênio,
fósforo e potássio) com alto teor de sais minerais. A irrigação dessa lavoura é feita por canais que são
desviados de um rio próximo dela. Após algum tempo, notou-se uma grande mortalidade de peixes no
rio que abastece os canais, devido à contaminação das águas pelo excesso de adubo usado pelo
agricultor. Que processo biológico pode ter sido provocado na água do rio pelo uso do adubo NPK?
a) Lixiviação, processo em que ocorre a lavagem do solo, que acaba disponibilizando os nutrien-
tes para a água do rio.
b) Acidificação, processo em que os sais, ao se dissolverem na água do rio, formam ácidos.
c) Eutrofização, ocasionada pelo aumento de fósforo e nitrogênio dissolvidos na água, que resul-
ta na proliferação do fitoplâncton.
d) Aquecimento, decorrente do aumento de sais dissolvidos na água do rio, que eleva sua tem-
peratura.
e) Denitrificação, processo em que o excesso de nitrogênio que chega ao rio é disponibilizado
para a atmosfera, prejudicando o desenvolvimento dos peixes.
ENEM 2011 - Questão 62. Disponível em: https://cutt.ly/HcZzjJw. Acesso em 09 dez. 2020.
A eutrofização é um processo em que rios, lagos e mares adquirem níveis altos de nutrientes,
especialmente fosfatos e nitratos, provocando posterior acúmulo de matéria orgânica em decomposição.
Os nutrientes são assimilados pelos produtores primários e o crescimento desses é controlado pelo
nutriente limítrofe, que é o elemento menos disponível em relação à abundância necessária à
sobrevivência dos organismos vivos. O ciclo representado na figura seguinte reflete a dinâmica dos
nutrientes em um lago.
SPIRO, T. G.; STIGLIANI, W. M. Química Ambiental. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008 (adaptado) (Foto:
Reprodução/Enem)
A análise da água de um lago que recebe a descarga de águas residuais provenientes de lavouras
adubadas revelou as concentrações dos elementos carbono (21,2 mol/L), nitrogênio (1,2 mol/L) e fós-
foro (0,2 mol/L). Nessas condições, o nutriente limítrofe é
a) C.
b) N.
c) P.
d) CO2.
e) PO43−.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 –
VIDA, TERRA E COSMOS: A CONSTRUÇÃO
DO CONHECIMENTO
MOMENTO 1 - O QUE SABEMOS SOBRE A ORIGEM DA VIDA
Questões disparadoras: Já parou para olhar ao seu redor? Já observou a imensa variedade de
cores, formas e até algumas surpresas entre os seres vivos? Já parou para pensar sobre a vida presente
nos oceanos, e até em águas quentes sulfurosas e águas geladas da Antártida? E sobre a vida presente
no alto das montanhas e tantos outros lugares existentes na superfície terrestre? A humanidade,
há muito tempo vem refletindo: Como se originou a vida em nosso planeta? De onde viemos?
1.1 Diferentes civilizações e culturas vêm tentando dar respostas para essas perguntas e buscado
formas de respondê-las. E você, já se questionou sobre? Agora é mais um momento para
se questionar! Elabore uma hipótese para cada situação a seguir e anote em seu caderno.
a) Sobre a origem do Universo, que hipótese(s) pode(m) ser levantadas? Discuta(m) e anote(m).
b) Você(s) conhece(m) alguma crença acerca do surgimento da vida no planeta Terra? Descreva(m)
resumidamente.
c) Você(s) conhece(m) alguma teoria científica sobre a origem da vida? Quais? Justifique(m).
d) Você(s) saberia(m) diferenciar crenças e mitos de teorias ou fatos científicos acerca do
surgimento da vida? Comente(m) e acrescente(m)
1.2 Em grupos, pesquise(m) três crenças que visam explicar a origem da vida, sendo:
1.3 Roda de Conversa - de acordo com as orientações do(a) professor(a), vocês irão socializar os
resultados da pesquisa com a turma e dialogar de modo a compreender que existem diferentes
concepções sobre como se deu o processo de origem dos seres vivos e do ser humano.
📌 Atenção! É importante conhecer a diversidade de crenças e pensamentos que norteiam este tema,
mas, acima de tudo, respeitar as opiniões e/ou crenças religiosas presentes nas diversas culturas do
Brasil e do mundo.
1.4 Na tabela abaixo, você encontra duas colunas contendo vários termos e conceitos que estão fora
da ordem. Após ler atentamente as informações, reflita sobre o significado de cada item e relacio-
ne as colunas para que fiquem em ordem.
TERMOS CONCEITOS
1. Conhecimento a. Narrativa de caráter simbólico-imagético, ou seja, o mito não é uma realidade
científico independente, mas evolui com as condições históricas e étnicas relacionadas
a uma dada cultura, que procura explicar e demonstrar, por meio da ação
e do modo de ser das personagens, a origem das coisas, suas funções e
finalidade, os poderes do divino sobre a natureza e os homens.
2. Crença b. Ação de crer na verdade ou na possibilidade de uma coisa. Fé no âmbito
religioso: crença em Deus; Convicção íntima; certeza. Aquilo sobre o que se
considera verdadeiro: crenças ideológicas.
3. Fato c. Forma de conhecimento mais presente no dia a dia das pessoas que não
se preocupam prioritariamente com questões científicas. É uma forma
de pensamento superficial, ou seja, não está preocupado com causas e
fundamentos primeiro de algo, apenas faz afirmações, irrefletidas, imediatas.
4. Hipótese d. O que se diz sem comprovação, fundamento ou confirmação: sua opinião não
comprova os fatos. Demonstração de um pensamento pessoal em relação a
avaliação.
5. Mito e. Suposição de algo que seja possível de ser verificado, chegando a uma
conclusão. Nas pesquisas científicas, por exemplo, corresponde a uma
possibilidade de explicação de determinada causa em estudo.
6. Opinião f. É uma verdade absoluta, uma verdade que é certa, independentemente de
qualquer coisa.
7. Senso Comum g. Explicação abrangente de algum aspecto da natureza que é apoiado por um
vasto conjunto de evidências.
8. Teoria científica h.
Informação e o saber que parte do princípio das análises dos fatos e
cientificamente comprovados. Para ser reconhecido como um conhecimento
científico, este deve ser baseado em observações e experimentações, que
servem para atestar a veracidade ou falsidade de determinada teoria.
“Se enxerguei mais longe, foi porque me apoiei em ombros de gigantes”. Essa frase foi dita pelo con-
siderado gênio da Ciência, Isaac Newton. Ela traduz a ideia de como o conhecimento científico é construído.
a) Baseando-se na emblemática frase de Newton, como você explicaria a criação e/ou evolução
do conhecimento científico?
b) O conhecimento tido como “popular” pode participar como um dos elementos necessários
para o conhecimento científico? Justifique.
Com base em seus estudos, analise as alternativas, reproduza as frases em seu caderno, corri-
gindo-as se necessário:
Considerando os itens abaixo, qual a sequência lógica das etapas do Método Científico?
I. experiência controlada,
II. proposição de uma hipótese,
III. observação de um fato,
IV. empirismo,
V. formulação de um problema,
VI. aplicação da teoria.
CAIU NO ENEM
ENEM 2019 - Questão 59. Disponível em: https://cutt.ly/BcZxY2t. Acesso em: 05 de abr. 2021.
A lenda diz que, em um belo dia ensolarado, Newton estava relaxando sob uma macieira. Pássaros
gorjeavam em suas orelhas. Havia uma brisa gentil. Ele cochilou por alguns minutos. De repente, uma
maçã caiu sobre a sua cabeça e ele acordou com um susto. Olhou para cima. “Com certeza um
pássaro ou um esquilo derrubou a maçã da árvore”, supôs. Mas não havia pássaros ou esquilos na
árvore por perto. Ele, então, pensou: “Apenas alguns minutos antes, a maçã estava pendurada na
árvore. Nenhuma força externa fez ela cair. Deve haver alguma força subjacente que causa a queda das
coisas para a terra”.
The English Enlightenment, p. 1-3, apud MARTINS, R. A. A maçã de Newton: história, lendas e tolices. In: SILVA, C. C. (org.). Estudos
de história e filosofia das ciências: subsídios para aplicação no ensino. São Paulo: Livraria da Física, 2006. p. 169 (adaptado)
Em contraponto a uma interpretação idealizada, o texto aponta para a seguinte dimensão funda-
mental da ciência moderna:
a) Falsificação de teses.
b) Negação da observação.
c) Proposição de hipóteses.
d) Contemplação da natureza.
e) Universalização de conclusões.
Sistematizando a discussão
DAMINELI, Augusto; DAMINELI, Daniel Santa Cruz. Origens da vida. Estud. av., São
Paulo, v. 21, n. 59, p. 263-284, Apr. 2007. Disponível em: https://cutt.ly/UcZnkIJ.
Acesso em: 15 dez. 2020.
3.2 No artigo científico Origens da vida, é possível verificar que a humanidade sempre se questionou
sobre o tema e, com o surgimento das ciências, muitos estudiosos propuseram teorias com o
objetivo de explicar como teria se dado a origem dos seres vivos.
a) A partir da leitura do artigo científico e/ou demais pesquisas, reúna-se em grupo e, de acordo
com as orientações do(a) professor(a), discorra sobre as principais teorias científicas e organi-
ze as informações no quadro a seguir, conforme exemplo:
1 Sala de aula invertida é uma modalidade na qual os objetos de conhecimento e as instruções são estudadas antes do estudante frequentar a sala de aula,
que agora passa a ser o local para trabalhar o que já foi estudado previamente e realizar também atividades práticas como resolução de problemas e projetos,
discussões em grupos, laboratórios, entre outros.
Abiogênese
Biogênese
b) Após dialogarem sobre as características das teorias científicas que buscam explicar a origem
dos seres vivos, utilizando o artigo e os demais materiais explorados, respondam às questões:
• Cientistas responsáveis
• Fonte de matéria e energia dos primeiros organismos
• Grupo biológico a que pertenciam os primeiros organismos
• Mecanismos utilizados no surgimento evolução de novas espécies
A partir dessas informações, elaborem esquemas explicativos envolvendo imagens e textos cur-
tos, de modo que compreendam como pode ter ocorrido o surgimento dos seres vivos e os principais
cientistas envolvidos.
As orientações para realização da atividade serão passadas pelo(a) professor(a). Após a realiza-
ção, participe da roda de diálogo e responda em seu caderno:
• Com esse experimento, Redi conseguiu comprovar a biogênese e refutar, de vez, a teoria da
abiogênese? Explique, considerando também os resultados obtidos e as conclusões de seu grupo.
Como pôde averiguar por meio do artigo científico Origens da Vida e outras fontes de pesquisa,
além de Francesco Redi, outros cientistas realizaram experimentos para refutar a abiogênese e/ou com-
provar a teoria da biogênese. Entre eles, podemos destacar: Spallanzani, Louis Pasteur e Stanley Miller.
Spallanzani
Louis Pasteur
Stanley Miller
Compare o experimento de Spallanzani com o realizado pelo Redi e indique os pontos conver-
gentes e as diferenças observadas. Compartilhe com a turma.
c) De acordo com o artigo científico Origens da Vida e outras fontes de pesquisa, quais as
perspectivas de vida fora da Terra? Elabore um texto suscinto sobre o assunto.
d) Vida em Marte. É possível? O ENEM abordou esse tema em 2004:
CAIU NO ENEM:
ENEM 2004 Questão 58 Disponível em: https://cutt.ly/ccZQCA. Acesso em: 05 de abr. 2021
Nas recentes expedições espaciais que chegaram ao solo de Marte, e através dos sinais fornecidos
por diferentes sondas e formas de análise, vem sendo investigada a possibilidade da existência de
água naquele planeta. A motivação principal dessas investigações, que ocupam frequentemente o
noticiário sobre Marte, deve-se ao fato de que a presença de água indicaria, naquele planeta,
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 –
VIDA, TERRA E COSMOS: A CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO
MOMENTO 1 – TEORIA DA EVOLUÇÃO QUÍMICA E A FALTA DE VESTÍGIOS
Questão disparadora: Como os ingredientes precursores puderam originar complexos moleculares
dotados de metabolismo e de reprodução, ou seja, seres vivos?
Nos primeiros milhões de anos de sua existência, a crosta terrestre passou por drásticas trans-
formações resultando na destruição da maior parte dos vestígios dos primeiros seres vivos. A falta
desses vestígios é a principal dificuldade encontrada pelos cientistas que estudam a origem da vida em
nosso planeta.
a) Essa é uma questão que ainda desafia os cientistas. Qual das teorias estudadas até o momen-
to é a mais aceita para responder a essa pergunta? Quais argumentos para a sua decisão?
b) Os primeiros seres vivos eram autótrofos ou heterótrofos? Elabore uma hipótese para opção
escolhida, anote em seu caderno e organize uma lista com fatos que poderá utilizar para de-
fendê-la perante a sala.
c) Pesquise qual das hipóteses é mais consolidada atualmente: heterotrófica ou autotrófica? Justi-
fique indicando quais descobertas apoiam essa hipótese e indique a(s) fonte(s) de sua pesquisa.
A idade da Terra é estimada em cerca de 4,5 bilhões, porém, a primeira forma de vida teria surgi-
do há 3,5 bilhões de anos, quando uma crosta terrestre começou a se formar com o esfriamento do
nosso planeta. Na atmosfera da Terra primitiva não havia gás oxigênio (O2) e nem gás nitrogênio (N2),
sendo o ar composto de gases como metano (CH4), amônia (NH3), hidrogênio (H2) e vapores de água
(H2O). Não havendo oxigênio, não havia uma camada protetora de ozônio (O3) e isso significava que,
além da luz visível, a superfície terrestre era bombardeada por raios ultravioleta (podem produzir lesões
em moléculas de DNA) e a temperatura, bastante elevada. Nos oceanos (temperatura mais amena e
menor incidência de radiação ultravioleta), sob o efeito adicional de tempestades elétricas constantes,
as moléculas mais simples se reorganizam em moléculas mais complexas como açucares simples,
aminoácidos, ácidos graxos e nucleotídeos, conhecido como “sopa nutritiva” ou “sopa primordial”
proposta por Oparin e Haldane.
Estudos recentes refutam algumas das ideias de Oparin e Haldane, em particular a composição
da atmosfera primitiva. Há evidências que a intensa atividade vulcânica da Terra da época, produziu
grandes quantidades de gás carbônico (CO2) e de vapor d´água (H2O). Além disso, na atmosfera deve-
riam haver monóxido de carbono (CO), gás hidrogênio (H2) e nitrogênio (N2). Não estariam presentes
gás metano (CH4), nem a amônia (NH3).
Esses novos dados não invalidam as ideias de Oparin e Haldane. Experimentos semelhantes aos
de Miller-Urey e Fox já foram realizados com vários tipos de misturas gasosas. Em todos os casos, com
a condição de haver uma fonte de carbono e de nitrogênio, além de energia, o produto final foi um
composto orgânico, resultante da reorganização de compostos inorgânicos.
Estudante, após a primeira leitura do texto, grife os termos que desconhece, e em seu caderno,
após uma pesquisa e/ou discussão em sala de aula, coloque o significado.
a) Leia as informações a seguir e indique a qual das teorias estudadas, inclusive na SA3, elas se
referem:
• Os primeiros seres vivos utilizaram compostos inorgânicos da crosta terrestre para obter
energia._________________________________________________________
• A vida na Terra surgiu a partir de matéria proveniente do Universo, que chegou ao nosso
planeta por cometas e asteroides. ___________________________________
• A vida sempre provém da vida, ou seja, um ser vivo só se origina de outro ser vivo. _________
___________________________________________________________
terística dos seres vivos, então, seriam essas organelas seres vivos vivendo dentro de outros
seres vivos?
b) Inclua no seu glossário, ou em seu caderno, o significado dos seguintes termos científicos:
É consenso entre os biólogos que as espécies vivas se modificam ao longo do tempo. Isso
porque pesquisas em diferentes áreas da Biologia continuam a fornecer evidências a favor da evolu-
ção biológica.
a) Observe as imagens a seguir e discuta com seus colegas as semelhanças e diferenças entre
os animais nela presentes.
b) Como auxílio de smartphone, tablet, computador e/ou livro didático, pesquise imagens dos
esqueletos desses animais. Observe as semelhanças entre os ossos da nadadeira de uma
baleia e da asa de um morcego. Em seu caderno desenhe os ossos da nadadeira da baleia e
da asa do morcego e, usando cores, pinte os ossos correspondentes (com o mesmo nome).
c) Por que esses órgãos com anatomia externa e funções diferentes, se desenvolvem de modo
tão semelhante em espécies distintas de seres vivos?
A evolução é um fato aceito cientificamente. No entanto, uma explicação científica nunca é con-
siderada um conhecimento inquestionável; ela é aceita como verdadeira ao mesmo tempo em que é
constantemente testada, pois sempre há a possibilidade para novas explicações, baseadas em novas
descobertas, decorrente dos avanços tecnológicos. Há constantes discussões a respeito dos meca-
nismos que fazem com que ela aconteça. Para compreender a importância e necessidade dessa refle-
xão constante vamos conhecer a linha do tempo do pensamento evolucionista.
As primeiras evidências a serem analisadas por Lamarck e outros naturalistas foram as anatômi-
cas, aquelas que você também analisou na atividade 2.2. Com o avanço da tecnologia - como as
análises moleculares e avanços da ótica dos microscópios, entre outras - novas evidências foram des-
cobertas e consideradas no estudo da evolução. Há um número muito grande de evidências que mos-
tra que a evolução realmente ocorreu e continua ocorrendo. As principais são estudo dos fósseis,
anatomia e embriologia comparadas; bioquímica comparada, ou seja, a comparação entre as molécu-
las que compõem os organismos. Observe as imagens a seguir:
Em uma roda de conversa exponha suas ideias sobre as questões a seguir. Lembre-se de regis-
trá-las em seu caderno.
Ao refletir sobre a origem e a diversidade dos seres vivos, Darwin comparou a história evolutiva
da vida a uma árvore: o “tronco” seria representado pelos primeiros seres vivos, que logo teriam se
diversificado e originado ramos, correspondentes às novas linhagens de organismos. As bifurcações
indicam relações de parentesco entre dois ou mais grupos.
b) Indique na árvore acima o nó que representa o ancestral em comum entre camelos e girafas.
c) Quem é parente mais próximo dos hipopótamos, camelos ou girafas?
c) Como é chamado o processo evolutivo que explica as semelhanças entre tubarões e golfinhos?
d) Em duplas ou grupos pesquise em sites, vídeos ou revistas o caso dos tentilhões de Darwin. Crie
uma narrativa ou HQ (história em quadrinhos) contando como ocorreu esse processo de irradia-
ção adaptativa.
Para responder a esse questionamento precisamos primeiro entender o que é uma espécie. Se-
guido disso, entender quais as variáveis são relevantes para o surgimento de uma nova espécie, e por
último, quais os exemplos. Para que você, estudante, consiga compreender todos esses pontos, siga
as orientações do(a) professor(a).
Caiu no ENEM
ENEM 2015 QUESTÃO 56 Disponível em: https://cutt.ly/2cZM1Kv. Acesso em: 15 fev. 2021.
Algumas raças de cães domésticos não conseguem copular entre si devido à grande diferença em
seus tamanhos corporais. Ainda assim tal dificuldade reprodutiva não ocasiona a formação de novas
espécies (especiação). Essa especiação não ocorre devido ao(à)
FÍSICA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – FENÔMENOS NATURAIS,
AÇÕES HUMANAS E A BUSCA DO EQUILÍBRIO
MOMENTO 1 - RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS E INTERAÇÕES COM
A NATUREZA
Na Situação de Aprendizagem 1 do volume 2 de seu caderno do Ciências da Natureza e suas
Tecnologias, você aprendeu um pouco como a radiação solar, em especial a radiação Infravermelha,
interage com a atmosfera. Nessa Situação de Aprendizagem, você e seus(suas) colegas irão conhecer
algumas características das radiações eletromagnéticas e como elas estão presentes em diversos fe-
nômenos naturais, em ciclos biogeoquímicos e em tecnologias como GPS, celular entre outros.
Para iniciar essa conversa, vamos elaborar um painel de informações com o que vocês sabem so-
bre as radiações eletromagnéticas, usos, aplicações e interações com os ciclos ou fenômenos naturais.
Não se esqueça de acionar seus conhecimentos prévios sobre o tema e realizar uma breve pesquisa em
diferentes materiais confiáveis que tragam informações sobre essas radiações. Ao terminar a elaboração
e confecção do painel, compartilhe com os seus(suas) colegas de classe seu trabalho.
Na imagem abaixo, você pode observar um espectro eletromagnético que apresenta como as
radiações eletromagnéticas podem ser organizadas em relação à frequência e comprimento de
onda. Observando a imagem a seguir, faça uma tabela indicando a distribuição das ondas eletro-
magnéticas, visíveis e não visíveis, de acordo com a frequência e o comprimento de onda caracte-
rístico de cada radiação.
As oscilações formadas pelos campos magnéticos e elétricos podem se propagar no vácuo (au-
sência de ar) ou em meios materiais como velocidade da luz, transportando energia. À estas oscilações
damos o nome de ondas eletromagnéticas. Em relação como essas ondas se propagam, pode-se
dizer que as ondas transversais acontecem em uma direção perpendicular à sua direção de propaga-
ção já que os campos elétrico e magnético são perpendiculares entre si. Uma vez que as ondas eletro-
magnéticas são produzidas, essas se propagam igualmente em todas as direções, por isso são tridi-
mensionais. A imagem seguinte ilustra exemplos de aparelhos ou situações do nosso cotidiano em que
as ondas eletromagnéticas estão presentes.
a) Ao realizar a leitura da imagem o que você pode destacar com relação à frequência e no compri-
mento de onda das radiações apresentadas?
b) O que você observa nas amplitudes de todas as ondas descritas na imagem do item 2.2?
c) Sob a orientação de seu professor(a), reúna-se em grupos e busquem elaborar um mapa concei-
tual que apresente as características das radiações presentes no espectro. Para auxiliar nesse
processo, realize uma pesquisa e utilize as informações da atividade 2.1 e identifique as caracte-
rísticas de cada uma das radiações como comprimento de onda, frequência, usos e aplicações.
Para facilitar sua pesquisa, você pode organizar os dados em uma tabela:
Agora, sob a orientação de seu professor, vocês deverão se organizar em grupo e passar pelas
estações de trabalho. Em cada uma delas você irá encontrar diferentes ferramentas para responder as
seguintes questões: Como as radiações eletromagnéticas integraram com os gases estufa? Por que
alguns gases contribuem mais para o aumento da temperatura da atmosfera do que outros?
Sabe-se que os gases que estão na atmosfera, tais como gás carbônico (CO2),
a água (H2O),
ozônio (O3), metano (CH4), amônia (NH3) e dióxido de nitrogênio (NO2), podem
interagir com a radiação infravermelha (IV) e ultravioleta (UV) emitida pelo Sol.
A radiação IV é uma radiação que tem energia suficiente para aumentar a energia cinética
interna das moléculas presentes em alguns gases da atmosfera. Quando a radiação IV
incide sobre as moléculas dos gases estufas, pode provocar o aumento de vibração, translação e
rotação dessa molécula. Já a energia UV, ao interagir com as moléculas dos gases, pode provocar
Estação 2: Vídeo
Para assistir ao vídeo, você pode pesquisar pelo nome, acessar o link ou utilizar o QR-Code
Estação 3: simulador
Moléculas e Luz – Nesse simulador, você e seus(suas) colegas poderão incidir diferentes
radiações em diferentes moléculas de gases do efeito estufa e observar o que ocorre
nesse processo. <https://cutt.ly/9cZwFyk>. Acesso em 08 de abr. de 2021
Modelos climáticos preveem mudanças significativas em variáveis que são importantes para os
ecossistemas terrestres, como temperatura, precipitação, radiação atingindo a superfície da Terra
e o aumento da concentração de CO2.
A elevada emissão de raios UV-B tem efeitos significativos na biosfera terrestre com importantes
implicações para o ciclo de carbono, nitrogênio e outros elementos.
Sabemos que a camada de ozônio é um escudo protetor importante para a vida na Terra,
filtrando mais de 99% dos raios ultravioletas do sol antes de chegarem até nós. A exposição aos
raios ultravioleta pode induzir mudanças significativa nos sistemas biológicos, mudanças climáticas
e seus papéis no ciclo de elementos. Além disso, mudanças no clima, como a neve derretendo
mais cedo na primavera, pode aumentar a exposição de espécies e processos biogeoquímicos e
provocar danos potenciais com a radiação ultravioleta.
Após a leitura do texto acima, faça uma pesquisa sobre os impactos que as radiações podem
causar nos sistemas aquáticos. Após a pesquisa, em uma roda de conversa compartilhe com seus(suas)
colegas as informações encontradas na pesquisa. Para facilitar esse processo, vocês podem seguir
sobre os seguintes passos:
Para saber mais: Our Word – Nosso planeta, 2019 - Episódio 2: Mundos congelados
Imagem 5 – Planeta
Terra. Fonte: Pixabay
Caiu no Enem
Caro(a) estudante, abaixo apresentamos algumas questões do ENEM sobre as quais você poderá aplicar
e ampliar seus conhecimentos acerca das radiações eletromagnéticas. As questões são objetivas,
contextualizadas e permitem desenvolver as habilidades e objetos de conhecimento trabalhados nesta
situação de aprendizagem.
ENEM 2011 - Questão 63. Disponível em <https://cutt.ly/HcNOxgJ>. Acesso em: 07 Abr. 2021.
Para que uma substância seja colorida ela deve absorver luz na região do visível. Quando uma amostra
absorve luz visível, a cor que percebemos é a soma das cores restantes que são refletidas ou transmitidas
pelo objeto. A Figura 1 mostra o espectro de absorção para uma substância e é possível observar que
há um comprimento de onda em que a intensidade de absorção é máxima. Um observador pode prever
a cor dessa substância pelo uso da roda de cores (Figura 2): o comprimento de onda correspondente à
cor do objeto é encontrado no lado oposto ao comprimento de onda da absorção máxima.
A) Azul.
B) Verde.
C) Violeta.
D) Laranja.
E) Vermelho.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 –
EXPLORANDO A TERRA E O UNIVERSO
MOMENTO 1- ASTROS CELESTES
1.1 O que há lá em cima?
Quando olhamos para o céu à noite, vemos a lua e as estrelas, mas sabia que é possível observar
outros corpos celestes? Em uma roda de conversa dialogue com seus(suas) colegas o que vocês já
observaram no céu noturno e compartilhe as experiências e dúvidas de vocês.
Você sabia que a melhor forma de observar o universo é olhando para o céu à noite? Sem a inci-
dência dos raios solares na atmosfera, é possível observar o universo sem a ajuda de lunetas ou teles-
cópios. Nessa atividade, sob a orientação de seus(suas) professor(a) você e seus(suas) colegas farão
uma pesquisa para investigar sobre os corpos celestes presentes no universo e como podemos loca-
lizá-los ao observamos o céu. Os resultados dessa atividade podem ser compartilhados em uma apre-
sentação. Para auxiliar nesse momento, vocês podem seguir os seguintes passos:
• Organizem-se em grupos e conversem sobre quais os corpos celestes que cada grupo ficará
responsável.
• Pesquisem as características desses corpos celestes como origem do nome, composição
física e química, localização no universo etc.
• Pesquisem como podemos identificar e observar esses corpos celestes olhando para o céu
(em quais períodos ou época do ano podem ser observados a olho nu).
• Elaborem uma apresentação e compartilhe seus conhecimentos com seus colegas de classe.
Após compartilhar os conhecimentos entre vocês, que tal utilizá-los para realizar uma observação
do céu noturno?
Existem diversos aplicativos e sites que podem contribuir e auxiliar na observação dos corpos
celestes. Que tal utilizar alguns deles para facilitar a identificação e observação dos astros celestes
no céu a olho nu?
1.3 Caiu no ENEM ENEM 2010 - Questão 54. Disponível em https://cutt.ly/dcLX1qg. Acesso em:
07 Abr. 2021.
O desaparecimento da faixa sul pode ter sido determinado por uma alteração
Desde a antiguidade os cientistas e astrônomos observam o céu para identificar algumas caracte-
rísticas dos corpos celestes. É possível observar os movimentos que esses corpos celestes apresentam
e descrevem no céu. Agora, também chegou o momento de você e seus(suas) colegas observarem e
investigarem o movimento dos corpos celestes. Reúnam-se e busquem discutir sobre as seguintes ques-
tões: Quais são os movimentos que os corpos celestes apresentam? Quais formas eles descrevem?
Por que esses movimentos acontecem? Existe alguma relação entre os movimentos e as interações en-
tre os corpos celestes? Após esse momento de diálogo, socialize com os demais colegas de classe as
respostas encontradas por vocês.
Você já tentou dar um salto e ficar parado no ar? Por que você não consegue? Essa façanha não
pode ser feita devido à gravidade! Um dos objetivos mais antigos da Física é compreender a força
gravitacional, esta força que nos mantém na superfície da Terra, que mantém a Lua em órbita em torno
da Terra e que mantém a Terra orbitando o Sol. Vamos analisar como se comporta a gravidade nos
planetas? Faça uma pesquisa e preencha a tabela abaixo conforme o que é solicitado. Após, analise
os valores presentes nas colunas de Massa e Gravidade e procure descrever qual a relação que existe
entre massa, densidade e aceleração gravitacional dos planetas do sistema solar.
Já que estamos falando de estrelas, que tal conhecê-las um pouco melhor? Para isso vamos refle-
tir um pouco no que já sabemos.
a) Quem já viu uma “estrela caindo do céu”? Sabe dizer por que isso acontece?
b) Será que apontar uma estrela com o dedo, nascem verrugas no dedo como se é falado na
crença popular?
c) Vamos completar a tabela seguinte para conhecer um pouco mais sobre as estrelas
Beteugeuse
Rigel
Próxima Centauri
Dneb
As estrelas vivem por muito tempo em comparação com a vida humana, que é medida em anos,
já a vida das estrelas, é medida em milhões de anos. Mesmo que as escalas de tempo das estrelas
sejam enormes, é possível saber como as estrelas nascem, vivem e morrem. Vamos descobrir como
isso acontece?
Nesta atividade vocês irão se dividir em grupos para assistir ao vídeo do Canal Ciência
Todo dia: “De Poeira Estelar a Supernovas: O Ciclo de Vida das Estrelas”, disponível
em: <https://youtu.be/1wPSGIV84aI>. Acesso em 16 mar. 2021, debater e responder
aos itens abaixo:
• Observe a imagem abaixo, nela, o Sol gera energia convertendo o gás hidrogênio em hélio.
3.5 Espectroscópio
Na astronomia, ciência que trata do universo e corpos celestes, existem instrumentos que anali-
sam os elementos químicos das emissões luminosas das estrelas, os chamados espectros emitidos
por estrelas como o Sol. Um desses instrumentos é chamado de espectroscópio, que é destinado a
estudar os diferentes espectros das emissões luminosas.
Materiais:
• fita isolante;
• CD;
• papel color set;
• cola e régua;
• estilete e tesoura;
• tubo de papelão (pode ser um tubo de papel higiênico).
5. C
ole as tampas no cilindro, deixando a fenda alinhada com a abertura. Fixe o pedaço recortado
do CD na tampa com a abertura quadrada (com a orientação das linhas paralelas), usando a fita
isolante apenas nas bordas.
Para evitar que a luz penetre no interior do tubo, por eventuais frestas, utilize fita isolante para vedar os pontos
de união entre o cilindro e as tampas.
Utilizando o seu espectroscópio, observe diferentes fontes de luz, como a luz solar, luz de uma
lâmpada de filamento, luz de uma lâmpada fluorescente, luz da chama de uma vela etc. Preencha a
tabela com as informações sobre o espectro observado em cada fonte luminosa, comparando as co-
res e verificando se as mesmas aparecem de forma igual, uma ao lado da outra sem interrupções,
característica do espectro contínuo, ou se aparecem em destaque ficando com uma faixa escura entre
elas, característica do espectro discreto.
Você deve ter notado que ao observar, com um espectroscópio, a luz branca de uma fonte incandescente,
vemos um espectro contínuo, formando um arco-íris, não é mesmo? Mas, se for colocado um gás entre
a fonte luminosa e o espectroscópio, analisando cuidadosamente, poderá perceber que o espectro não é
contínuo. Trata-se de um espectro de absorção, onde existem linhas escuras, vista com um fundo colorido,
essas linhas são de absorção.
Agora, em vez de usar o seu espectroscópio em uma lâmpada, e se fosse usá-lo para ver um tubo de gás –
como por exemplo o hidrogênio? Bom, primeiramente seria necessário aquecer o hidrogênio a temperaturas
muito altas, ou dar aos átomos de energia de hidrogênio fazendo passar uma corrente elétrica pelo tubo. Isso
faria com que o gás brilhasse - emitisse radiação. Como na imagem a seguir:
Se olharmos para o espectro de luz emitido pelo gás hidrogênio com nosso espectroscópio, em vez de ver
um continuum de cores, veríamos apenas algumas linhas brilhantes. Essas linhas brilhantes, são chamadas
de linhas de emissão.
Após utilizar seu espectroscópio e ler o texto acima, faça uma roda de conversa com seus(suas)
colegas para discutirem e responderem as seguintes questões:
I)
II)
III)
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 –
TERRA, VIDA E COSMOS: A CONSTRUÇÃO
DO CONHECIMENTO
MOMENTO1 – ORIGENS
Você já parou para pensar que tudo teve um começo? Todas as
coisas e seres que conhecemos tiveram uma origem. Algumas delas
não podem ser comprovadas, então a elas damos o nome de teorias,
como a teoria da origem da vida, teoria dos modelos atômicos e teoria
da origem do universo.
a) De onde viemos?
Descobrir de onde viemos sempre foi uma questão que provocou curiosidade entre muitas pes-
soas. Não é à toa que existem diversas teorias que buscam explicar nossa origem. Nessa atividade
você e seus colegas são convidados a apresentar quais as teorias que vocês conhecem sobre a ori-
gem do universo. Ela pode ser uma teoria científica, filosófica ou cultural. O importante é você apresen-
tar suas concepções sobre a origem do universo.
Depois de ter apresentado suas concepções sobre nossa origem, agora chegou a hora de pesqui-
sar sobre possíveis teorias sobre a origem do universo. Como foi dito anteriormente, existem muitas teo-
rias que buscam explicar como tudo começou. Nessa atividade, você e seus(suas) colegas, por meio de
uma rotação por estação, deverão pesquisar sobre as diferentes áreas que buscam explicar nossa
origem, elaborar um painel de informações com o que foi encontrado e socializar com seus colegas.
Sabemos que, para que uma teoria seja aceita é preciso que haja evidências concretas que a
fundamentem e a sustentem. Com a teoria do Big Bang não seria diferente. Nessa atividade, você e
seus(suas) colegas deverão realizar a leitura de um artigo científico e um vídeo sobre o tema. Para sis-
tematizar as informações sobre as evidências da teoria do Big Bang, vocês podem elaborar um mapa
mental ou um painel de informações e compartilhar o que foi encontrado com seus colegas.
Artigo científico: “Como cientistas concluíram que houve um Big Bang?” disponível
em: <https://cutt.ly/ZcZxM0h> acesso em 17 dez 2020 ou pelo QR Code:
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 –
TERRA, VIDA E COSMOS: A CONSTRUÇÃO
DO CONHECIMENTO
MOMENTO 1 – EXPERIMENTO E HISTÓRIA DA CIÊNCIA
Na Situação de Aprendizagem 3 do volume 3 do seu caderno de Ciências da Natureza e suas
Tecnologias, você estudou sobre a Teoria do Big-Bang e os modelos cosmológicos. Nessa situação de
aprendizagem, você e os demais estudantes são convidados a iniciar o estudo da Teoria da Relativida-
de e o do Modelo Padrão das Partículas Elementares.
Para começar, você vai assistir a um vídeo sobre algumas ideias principais, relacionada
a Teoria do Éter e a construção do conhecimento. Em seguida, discuta com seus com
seus(suas) colegas a questão a seguir. <https://youtu.be/0Ayx7CYyxTY>. Acesso
em 11 fev. de 2021. ou pelo QR-code
Sabemos que as atividades experimentais, as observações, a coleta de dados e os
resultados obtidos por meio de medidas, são aspectos fundamentais para a produção
do conhecimento científico. Por outro lado, a história nos mostra que existem múltiplas teorias que não
necessariamente foram elaboradas através de experimentos, e que nem por isso deixam de ser impor-
tantes para a compreensão da realidade que nos cerca. Faça uma roda de conversa com seus(suas)
colegas, para discutir como diferentes teorias corroboram para a construção do conhecimento.
Mas, voltando um pouco no tempo, vamos recordar sobre uma discussão importante que ocor-
reu no final do século XIX. Nesse período, havia um debate muito grande sobre qual seria o meio de
propagação das ondas eletromagnéticas, pois, naquela época, não se imaginava uma onda se propa-
gando no vácuo. Foi necessário, então, supor a existência de uma substância que preencheria todo o
espaço. Essa substância foi chamada de Éter luminífero ou simplesmente Éter.
Foram feitos vários experimentos na tentativa de comprovar a existência do Éter. O mais famoso
deles foi o experimento de Michelson-Morley, que muito embora não tinha o objetivo de evidenciar o Éter,
seu objetivo era buscar possíveis alterações no valor da velocidade da luz, o fato de que não foi observa-
da nenhuma mudança nesse valor, sinalizou para a possibilidade de que o Éter pudesse não existir.
O experimento de Michelson-Morley foi feito pela primeira vez em 1881 pelo Físico Albert Michel-
son. Uma nova tentativa ocorreu em 1887, mas dessa vez, Michelson teve a colaboração do Físico
Edward Morley. Por isso, o experimento foi chamado de Milchelson-Morley.
Caro(a) estudante, agora, você vai ter a oportunidade de explorar duas incríveis simulações sobre o
notável experimento de Milchelson-Morley. Por meio da investigação desses simuladores, mediada
pela orientação de seu professor(a), de seus conhecimentos sobre a natureza da luz e do estudo dos
movimentos, você e seus(suas) colegas poderão dar um passo importante para conhecer mais a
fundo, as discussões sobre velocidade da luz e a Teoria do Éter.
a) Com suas palavras descreva o experimento 1 e 2 (simulador); posição dos espelhos, semi-
-espelho e do detector.
b) Descreva com suas palavras, o que acontece com o feixe de luz após ele passar pelo espelho semi-
-transparente. Em seguida, explique o que ocorre com cada feixe após eles refletirem nos espelhos.
c) Como você explica a imagem dos feixes de luz tendo como referência o comportamento on-
dulatório da luz?
d) Após girar o experimento, você observou alguma mudança na imagem do feixe de luz? Justi-
fique a sua resposta.
a) Imagine que uma fonte luminosa, lance um primeiro feixe de luz, no sentido contrário ao movi-
mento da terra, e em seguida, essa mesma fonte, lance um segundo feixe em qualquer outra
direção. Segundo a Teoria do Éter qual dos dois feixes de luz teriam maior velocidade? Justifi-
que a sua resposta.
b) Qual o papel do Éter na experiência de Michelson-Morley?
1º Princípio da Relatividade
“As leis da Física são as mesmas para todos os observadores em quaisquer sistemas de referen-
ciais inerciais”.
“A velocidade da luz no vácuo tem o mesmo valor para todos os observadores, qualquer que seja
o seu movimento ou movimento da fonte”.
A partir dos trabalhos publicados por Einstein, a teoria do Éter, não é mais necessária para expli-
car que a velocidade da luz é uma constante e que independe de um referencial. Isso faz com que a
Teoria Eletromagnética de Maxwell seja fortalecida, embora não tenha mais como premissa o Éter
como um referencial absoluto.
Em 1907, Einstein amplia sua Teoria Relatividade Restrita, para a Teoria da Relatividade Geral,
concebendo assim mudanças profundas nos conceitos de tempo e espaço.
Sendo assim, existem três fenômenos que podem ser explicados pela Relatividade Geral:
Estudante, não esqueça que ao jogar SPRACE GAME 2.0, você está realizando missões e apren-
dendo sobre o incrível universo das partículas elementares. É de fundamental importância que você
responda às questões a seguir para concluir a missão de povoar o planeta Marte com sucesso.
a) Anote aqui o nome das partículas que você encontrou durante as missões.
b) Agora com o auxílio do Professor(a) pesquise as características dessas partículas.
c) Classifique essas partículas em famílias de Léptons, Mésons e Bárions.
d) Descreva com suas palavras qual foi o objetivo da última missão. Quais foram as etapas do
jogo, que você passou para conseguir compor a molécula de água?
Estudante, após realizar suas missões no SPRACE GAME 2.0, colabore sua experiência e infor-
mações com seus colegas, ressaltando os pontos mais importantes da missão, e suas dificuldades.
Aproveite e responda as funções das partículas no Modelo Padrão.
O filme “Anjos e Demônios”, é baseado em uma obra literária do autor Dan Brown. Ele apresenta
um enredo de suspense com investigação científica. Nesse filme, podemos identificar algumas discus-
sões sobre o Modelo Padrão das Partículas elementares.
Convidamos você a assistir ao filme e conhecer um pouco mais sobre como podemos investigar
o universo das partículas elementares.
QUÍMICA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 –
FENÔMENOS NATURAIS, AÇÕES HUMANAS
E A BUSCA PELO EQUILÍBRIO
MOMENTO 1: CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E AS PERTURBAÇÕES
NO EQUILÍBRIO
1.1 Em uma roda de conversa, debater com os colegas as ideias sobre as questões abaixo e anotar
suas considerações no caderno:
a) Quais elementos químicos vocês acham que são essenciais para a vida?
b) Como esses elementos se tornam disponíveis no planeta?
c) Pensando na água, como acontece o ciclo que garante a água para a nossa sobrevivência?
1.2 Em grupo, escolha uma Equipe (1,2,3,4 ou 5), pesquise, elabore um diagrama que represente e
explique o ciclo biogeoquímico e responda ao questionamento proposto. Apresente o diagrama
e socialize as ideias com os(as) colegas.
Equipe 1 - O ciclo da água na Amazônia, poderia influenciar nos ecossistemas do planeta terra?
Equipe 2 - Qual o impacto do excesso de CO2 no ciclo do carbono?
Equipe 3 - A queima de combustíveis fósseis e o uso de fertilizante sintético alteram o ciclo do
nitrogênio?
Equipe 4 - Por que o fósforo é essencial aos organismos vivos? Comente sobre atividades ou práticas
que causam perturbações no ciclo do fósforo.
Equipe 5 - Como o enxofre é renovado na natureza e qual prática humana influencia neste ciclo?
Caiu no ENEM:
ENEM 2009 - Questão 6. Disponível em: https://cutt.ly/xcJtgVx. Acesso em: 11 nov. 2020.
O ciclo biogeoquímico do carbono compreende diversos compartimentos, entre os quais a Terra,
a atmosfera e os oceanos, e diversos processos que permitem a transferência de compostos entre
esses reservatórios. Os estoques de carbono armazenados na forma de recursos não renováveis, por
exemplo, o petróleo, são limitados, sendo de grande relevância que se perceba a importância da
substituição de combustíveis fósseis por combustíveis de fontes renováveis.
A utilização de combustíveis fósseis interfere no ciclo do carbono, pois provoca
2.1 Observe as imagens a seguir, responda às questões e socialize com seus colegas:
Imagem 1 – Usinas e Indústrias. Fonte: Pixabay Imagem 2 – Vulcão, Nova Zelândia. Fonte: Pixabay
Sugestão
Vídeo aula do canal Mais ciências, Aula sobre chuva ácida, disponível em:
https://youtu.be/TXhElLMyQSE. Acesso em: 17 nov. 2020. Esta vídeo aula
apresenta a definição, formação e consequências da chuva ácida.
Materiais Procedimentos
Caiu no Enem
Enem 2011 - Questão 15. Disponível em: https://cutt.ly/wcJwq8p. Acesso em 15 nov. 2020.
Em 1872, Robert Angus Smith criou o termo “chuva ácida”, descrevendo precipitações ácidas em
Manchester após a Revolução Industrial. Trata-se do acúmulo demasiado de dióxido de carbono e
enxofre na atmosfera que, ao reagirem com compostos dessa camada, formam gotículas de chuva
ácida e partículas de aerossóis. A chuva ácida não necessariamente ocorre no local poluidor, pois tais
poluentes, ao serem lançados na atmosfera, são levados pelos ventos, podendo provocar a reação em
regiões distantes. A água de forma pura apresenta pH 7 e, ao contatar agentes poluidores, reage
modificando seu pH para 5,6 e até menos que isso, o que provoca reações, deixando consequências.
Disponível em: http://www.brasilescola.com. Acesso em: 18 maio 2010 (adaptado).
O texto aponta para um fenômeno atmosférico causador de graves problemas ao meio ambiente:
a chuva ácida (pluviosidade com pH baixo). Esse fenômeno tem como consequência:
Materiais Procedimentos
• Dados: 1 colher de café equivale a aproximadamente 2 g, 1 gota tem aproximadamente 0,05 mL.
a) Podemos afirmar que a água contida no béquer 2 está poluída? E contaminada? Por quê?
Caso a substância dissolvida no béquer 1 fosse algum composto desconhecido, quais as
possíveis consequências?
b) Soluto e solvente são as partes que compõe uma solução, a substância que se dissolve é o
soluto, enquanto o solvente é a substância na qual o soluto se dissolve. Na solução contida no
béquer 1, qual substância será o soluto e qual substância será o solvente. Cite exemplos de
soluções que fazem parte do nosso cotidiano, identificando soluto e solvente.
c) Muitas substâncias, quando dissolvidas em água, não são visíveis a olho nu, isso acontece com
os sais minerais presentes na água potável e com substâncias patogênicas (fertilizantes, metais
pesados, esgoto etc.) presentes na água contaminada. Esse fato ocorre devido a concentração
dessas substâncias na água ser pequena, sendo insuficiente para ser vista, mas suficiente para
colocar em risco a saúde dos seres vivos. O que você entende por concentração?
d) Qual a massa de suco em pó possível dissolver no béquer 1? A temperatura do solvente tem
influência sobre esse valor?
e) Qual a concentração da solução formada no béquer 1? Calcule a concentração da solução
contida no béquer 2? Qual a diferença observada nas soluções contidas nos béqueres 1 e 2?
2.4 A água própria para consumo humano não pode conter microrganismos patogênicos nem subs-
tâncias que representem risco à saúde em níveis superiores aos máximos permitidos, além de
não poder apresentar características que causem rejeição por parte da população (como gosto,
odor ou cor que deixem a água com um aspecto desagradável). A concentração máxima permi-
tida de sódio e alumínio, na água potável, pelo Ministério da Saúde1, são respectivamente
200 mg/L e 0,2 mg/L. Seguindo as orientações do seu professor:
a) Pesquise informações que justifique as diferenças nos valores das concentrações máximas de
sódio e alumínio.
b) Calcule a concentração molar (mol/L) máxima permitida de sódio e alumínio na água potável.
2.5 As atividades humanas estão provocando alterações substanciais no ciclo do nitrogênio (N) e
fósforo (P), que resultam em aumento das concentrações e alteração na distribuição das formas
desses elementos nos sistemas aquáticos, causando problemas como a eutrofização da água.
As atividades agropecuárias contribuem de forma significativa para esse fenômeno.
a) O que é eutrofização da água? Por que ocorre? E qual sua relação com a agricultura?
b) Em águas naturais não poluídas, as concentrações de fósforo situam-se na faixa de 0,01 mg/L
a 0,05 mg/L. Em certa amostra coletada em rio, verificou-se que em 100 mL de água havia
0,004 mg de fósforo. Usando como único critério a concentração de fósforo, podemos con-
cluir que esse rio está poluído? Por quê?
3.1 Responda às seguintes questões, registre em seu caderno e socialize as ideias com os colegas.
Caiu no ENEM
ENEM 1998 - Questão 35. Disponível em: https://cutt.ly/HcH6vPj. Acesso em: 18 nov. 2020.
Um dos índices de qualidade do ar diz respeito à concentração de monóxido de carbono (CO), pois
esse gás pode causar vários danos à saúde. A tabela abaixo mostra a relação entre a qualidade do ar
e a concentração de CO.
Suponha que você tenha lido em um jornal que na cidade de São Paulo foi atingido um péssimo nível
de qualidade do ar. Uma pessoa que estivesse nessa área poderia:
a) não apresentar nenhum sintoma.
b) ter sua capacidade visual alterada.
c) apresentar fraqueza muscular e tontura.
d) ficar inconsciente.
e) morrer.
3.3 Conforme estudos anteriores, sobre os ciclos biogeoquímicos, os agentes poluidores do ar, água
e solo, índices de qualidade da água e do ar, cada poluente apresenta diferentes efeitos sobre o
meio ambiente e a saúde da população de acordo com as faixas de concentração. Tais efeitos
necessitam de medidas de prevenção a serem adotadas pela população visando à minimização
das consequências nocivas à vida, para isso:
a) Realize uma pesquisa sobre o tratamento dos gases, da água e do solo. Socialize com
seus colegas.
b) Proponha ações individuais e/ou coletivas para diminuir esses impactos. Socialize com
seus colegas.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 –
EXPLORANDO A TERRA E O UNIVERSO
MOMENTO 1: ELEMENTOS E SUBSTÂNCIAS QUE CONSTITUEM O
SISTEMA SOLAR
1.1 Leia o trecho da música “Tubi Tupy” - do cantor Lenine, responda as perguntas e socialize com
seus colegas:
a) Aponte alguns elementos químicos encontrados no seu corpo e/ou em materiais que fazem
parte do seu cotidiano.
b) De acordo com o trecho “As sementes nasceram das cinzas; De uma delas depois da
explosão...”. Qual a origem e como foram formados os elementos químicos?
c) Proponha uma explicação para “Eu sou feito de restos de estrelas; Como o corvo, o car-
valho e o carvão...”.
1.2 Em grupos, realize uma pesquisa sobre a “Composição Química do Universo e sua influên-
cia na formação de estrelas e planetas”. Depois, faça uma síntese com as principais informa-
ções e socialize com seus colegas.
Como apoio, sugere-se a leitura dos seguintes textos:
• Texto 1: Estrela.
• Texto 2: Composição química de estrelas ajuda a conhecer formação do universo.
• Texto 3: IMPA-"Você já se perguntou do que é constituído o Universo?"
• Texto 4: Planetas do Sistema Solar.
• Texto 5: O Espectro das Estrelas.
• Texto 6: Relação entre os elementos químicos e as estrelas.
Sugestão:
a) Analisando a imagem, quais relações podemos fazer com os dias atuais? Qual a importância
dos Alquimistas? Podem ser considerados cientistas?
b) Você já ouviu falar em elixir da longa vida ou pedra filosofal? Qual o significado para os Alquimistas?
c) Quais teorias e procedimentos levaram à descoberta do Fósforo?
d) Qual a importância da descoberta do Fósforo para o avanço da Ciência?
e) Quais eram os metais mais conhecidos na antiguidade? Existia algum pré-requisito para orga-
nizar os elementos químicos?
2.2 Assista ao vídeo recomendado abaixo, realize uma pesquisa e responda ao questionamento do
quadro a seguir. Na sequência, socialize suas descobertas com os colegas:
Sugestão:
Modelos de organização periódica Quais foram as principais ideias para organizar os elementos?
Lei das Tríades
Parafuso Telúrico
Lei das Oitavas
Tabela Periódica de Mendeleev
2.3 Em duplas, conforme orientações abaixo, elabore previamente um dominó químico. Seguindo as
indicações do(a) professor(a), jogue e socialize os resultados com os(as) colegas.
DOMINÓ QUÍMICO
Materiais: Modo de fazer:
2 Cópias de Tabela Periódica (colorida) Cole uma tabela em um papel cartão e depois recorte a
Papel cartão ou outro papel firme tabela fazendo os cartões, "átomo por átomo". Para evitar
Cola para papel umidade, e danificações no papel, pode-se envolver o
Plástico adesivo transparente cartão com plástico adesivo transparente.
Zona habitável
Definimos como a zona habitável de um sistema planetário aquela região que apresenta
condições favoráveis ao surgimento, desenvolvimento e evolução de vida, para isso o planeta deve
orbitar uma estrela em que sua energia luminosa permite temperaturas suficientes para que a água
se mantenha no estado líquido, ou seja, entre 0 e 100 °C, para condições normais de pressão.
A temperatura que possibilita a existência de água líquida, depende, da energia recebida da estrela,
mas também de uma propriedade fundamental de sua atmosfera, que é a capacidade de receber
a energia luminosa estelar, transformá-la em calor e reter esse calor na superfície. Essa capacidade
recebe o nome de efeito estufa. Esse planeta deve ainda possuir um campo magnético expressivo,
capaz de proteger sua superfície e sua biosfera do ataque de partículas energéticas provenientes
dos ventos estelares e dos raios cósmicos. Deve também ser capaz de manter atividade geológica
durante bilhões de anos, para permitir a ciclagem de elementos e substâncias químicas.
Texto adaptado do livro Astrobiologia: Uma Ciência Emergente, Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia, USP, 2016.
Disponível em: https://cutt.ly/tcNonCr. Acesso em: 24 nov. 2020.
Sugestão:
Vídeo - “Descobrimos vida em Vênus”, do canal Ciência Todo Dia, disponível em:
https://youtu.be/c5OIGW51vE0. Acesso em: 30 nov. 2020. O vídeo fala sobre a
descoberta da fosfina na atmosfera de Vênus e sua relação com a possibilidade de
existir vida no plante.
Podcast - “Vida em Vênus, fosfina e as descobertas do universo”,
do canal Super fato, disponível em: https://cutt.ly/kcHIlAt. Acesso em: 30 nov.
2020. O podcast fala da descoberta da fosfina na atmosfera de Vênus e da
possibilidade de vida no planeta.
Descoberta de Fosfina em Vênus explicada por especialista em
Astrobiologia do INPE MCTI. Disponível em: https://cutt.ly/VcHMGph. Acesso
em: 09 dez. 2020. A notícia disponível na página do INPE fala sobre a descoberta
de fosfina em Vênus.
A- R
egistre no caderno os pontos que mais lhe chamaram atenção na leitura do texto e no vídeo
e/ou podcast e socialize com a turma.
B- De acordo com o que foi estudado anteriormente, responda:
• Quais características um planeta deve ter para possibilitar a existência de vida como
conhecemos?
• O que é fosfina? Represente a molécula de fosfina, diferenciando os átomos que a constitui.
• Como foi possível a detectar a molécula de fosfina em Vênus?
• Qual a relação da presença de fosfina e a existência de vida em Vênus?
C- P
ara finalizar a atividade, elaborem um vídeo, podcast ou um cartaz apresentando dados
científicos que possibilite responder à questão “Estaríamos sós no Universo?”.
a) Elabore uma tabela em seu caderno seguindo as orientações de seu(sua) professor(a). Regis-
tre as características, propriedades do objeto e sua representação:
b) Ainda em grupo, responda aos questionamentos, fazendo o registro no caderno. Depois, so-
cialize com os demais grupos:
2.1- Nessa atividade, vamos conhecer um pouco mais John Dalton. Seguindo as orientações de
seu(sua) professor(a), realize a leitura do artigo: “Duzentos Anos da Teoria Atômica de Dalton” e
responda às questões a seguir:
Sugestão:
a) Por que a Lei da conservação das massas ou Lei de Lavoisier embasa a teoria atômica de Dalton?
b) Por que a Lei das proporções constantes ou Lei de Proust embasa a teoria atômica de Dalton?
c) Qual a importância da Teoria atômica de Dalton?
d) Em grupo, elabore de forma criativa a biografia de John Dalton e apresente para a turma.
2.2 Dalton define o átomo como uma partícula indivisível e que não possuía cargas elétricas. Dessa
maneira, o modelo atômico de Dalton não era capaz de explicar a natureza elétrica da matéria,
surgindo alguns questionamentos sobre este assunto: Se o átomo é considerado neutro, como
podemos explicar o fato de alguns materiais conduzirem eletricidade? Muitas substâncias ao
serem atritadas conduzem eletricidade.
Esse fenômeno pode ser observado por meio de alguns experimentos. Seguindo as orientações
de seu(sua) professor(a), realize os experimentos e anote suas observações.
Materiais Procedimento
Parte I Parte I
Pente de plástico ou régua de plástico; 1- Aproxime o pente ou a régua dos papéis picados, anote suas
Pedaços pequenos de papel. observações;
Parte II 2- Atrite o pente ou a régua em um cabelo limpo e seco;
2 bexigas. 3- Aproxime o pente dos papéis picados, anote suas observações.
Parte II
1- Encha as 2 bexigas;
2- Atrite 1 das bexigas em um cabelo limpo e seco;
3- Aproxime as 2 bexigas (parte que sofreu o atrito) e anote o que
foi observado.
Após a realização dos experimentos, socialize com seus colegas suas observações e responda:
son, após inúmeros experimentos realizados por ele e por outros cientistas, descobriu a existência de
partículas bem menores que o átomo, que estavam presentes em todos os átomos e que tinham carga
elétrica negativa. Essas partículas foram chamadas de elétrons. A eletricidade estaria então relacionada
ao movimento das cargas elétricas. As cargas elétricas, que podem ser positivas ou negativas, justifica-
riam também a atração e repulsão entre corpos eletrizados como visto no experimento anterior.
Após descobrir o elétron, Thomson propôs um novo modelo atômico, no qual o átomo seria uma
esfera carregada positivamente e com partículas negativas (os elétrons) incrustadas.
a) Elabore um modelo para representar o átomo de Thomson. Socialize com a sala e realize as
modificações que julgar necessárias.
b) O modelo elaborado está de acordo com o modelo oficial de Thomson? Caso não esteja de
acordo, quais alterações são necessárias?
1.1 Na época em que Thomson propôs seu modelo atômico muitos físicos identificaram incoerên-
cias nesse modelo, considerando as teorias da Física Clássica. Thomson afirmava que os elé-
trons se distribuem uniformemente no átomo e que possuem a capacidade de se deslocar de
forma acelerada, o que implica na necessidade de emitirem radiação eletromagnética em de-
terminadas frequências específicas. No entanto, este fato não era observado experimentalmen-
te. Outra ideia de Thomson era a de que o átomo apresentava uma estabilidade quanto à dis-
tribuição uniforme dos elétrons, baseada na repulsão entre partículas com a mesma carga
elétrica, mas de acordo com as teorias do eletromagnetismo isso não seria possível. Por fim,
algumas propriedades do átomo, como sua composição e sua organização, não podiam ser
explicadas pelo modelo de Thomson.
Ernest Rutherford nasceu perto de Nelson, na Nova Zelândia em 30 de agosto de 1871. Estudou
na Nova Zelândia até o seu doutorado sobre a magnetização do ferro. Depois foi professor e dirigiu
um laboratório de Física na Universidade de McGill, em Montreal, Canadá no período de 1898 a
1907. Na Universidade McGill trabalhou com Frederick Soddy (1877 – 1956) desenvolvendo
pesquisas sobre a transmutação dos elementos em emissões radioativas. Após esse período, foi
sucessor da cadeira de Física de Arthur Schuster na Universidade de Manchester, na Inglaterra.
Com a aposentadoria de J.J. Thomson (1856 – 1940) do Laboratório Cavendish, Rutherford tornou-
se o novo diretor dessa instituição e foi professor de Física e
professor de Filosofia Natural da Royal Institution. Devido aos seus
trabalhos sobre a radioatividade que contribuíram para o
desenvolvimento dessa Ciência, foi laureado em 1908 com o
Prêmio Nobel de Física. Rutherford começou estudando emissões
radioativas do urânio em Cambridge. Destingiu dois tipos de
emissão a alfa e a beta. Com seus colaboradores, elucidou as
propriedades e características da radiação alfa. Ele fez teste das
curvas de decaimento e recuperação de radioelementos,
começando pelo tório. Desenvolveu também a teoria de
transmutação dos radioelementos e elaborou um modelo para a
estrutura do átomo. Sobre a estrutura atômica Rutherford passou
por um longo processo de investigação até chegar ao
desenvolvimento do modelo. Rutherford procurava interpretações
Imagem 2 - Ernest Rutherford. Fonte: e explicações sobre a natureza das emissões alfa, pois eram muito
Wikimedia
energéticas e possuíam uma velocidade comparável a da luz.
Após experiências realizadas com Hans Geiger, em 1908, Rutherford conclui que as emissões alfas
eram na verdade átomos de hélio totalmente ionizados. Sabendo disso, ele procurou utilizá-las para
estudar os átomos, uma vez que as emissões alfa só poderiam ser de natureza atômica. Em novas
experiências, Rutherford procurou bombardear com partículas alfa a matéria e constatou que
inúmeras partículas apresentaram um desvio da sua trajetória ao atravessarem a matéria. Intrigado
com esse resultado, ele iniciou um estudo sobre a possível origem desses desvios.
ENSINO DE QUÍMICA E HISTÓRIA DA CIÊNCIA: O MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD Deividi Marcio Marques,
João José Caluzi. Disponível em: https://cutt.ly/1cNpOnl. Acesso em: 12 fev. 2021.
1. amostra de polônio
2. bloco de chumbo para blindagem
3. feixe de partículas α
4. tela fluorescente ou fotográfica
5. folha de ouro
6. ponto em que as partículas α atingem a folha de
ouro
7. partículas desviadas
A partir do texto, em uma roda de conversa, discuta com seus(suas) colegas os pontos mais re-
levantes. Em seguida, elabore um mapa mental com as principais ideias.
Para saber mais: Vídeos que mostram experimento realizado por Ernest Rutherford em 1899
sobre as partículas emitidas na radiação.
Imagem 4 - Modelo de
Rutherford. Fonte: PNGwing
Imagem 5 - Experimento de Rutherfod. Fonte: Wikimedia (Adaptado)
a) A imagem 4 ilustra de forma simplificada a interação prevista das partículas α com o modelo
atômico de Rutherford. Descreva o comportamento dessas partículas.
b) Identifique os fatores que alteram a trajetória das partículas α.
c) Por que esses fatores alteram a trajetória das partículas α?
d) O que foi observado por Rutherford em seu experimento?
e) Como o resultado do experimento de Rutherford foi usado para elaborar um novo modelo atômico?
f) Use sua criatividade e elabore um modelo 3D a partir dos estudos sobre o experimento de
Rutherford.
a) Considerando que as cargas positivas se repelem, como seria possível o núcleo do átomo ser
composto apenas por prótons?
b) Cargas negativas e positivas se atraem. Dessa forma, por que os elétrons na eletrosfera não
são atraídos pelos prótons no núcleo?
c) Os elétrons estão em constante movimento, porém não perdem energia e caem no núcleo.
Por que isso acontece?
Você já estudou a respeito da Tabela periódica anteriormente. Realize uma pesquisa sobre como
os elementos químicos se encontram organizados na tabela, responda às seguintes perguntas e so-
cialize com os colegas:
2.3 Consulte a tabela periódica dos elementos químicos e preencha a tabela abaixo:
Elemento Prótons Nêutrons Elétrons Número atômico Massa atômica
Hidrogênio
Carbono
Oxigênio
Nitrogênio
Resquícios de césio-137 deixados por bombas nucleares podem ser utilizados como marcador
geológico do Hemisfério Sul
Os Estados Unidos e a antiga União Soviética conduziram, entre 1945 e 1963, centenas de
testes nucleares em terra, ar e mar, para testar e ampliar o seu arsenal nuclear. Os elementos
radioativos forjados nas explosões, ao serem ejetados à estratosfera, depositaram-se em toda a
superfície. Em 1963, as duas superpotências assinaram um tratado banindo os testes nucleares de
superfície, mantendo apenas aqueles subterrâneos, que confinariam a radiação no subsolo.
Mas se o banimento dos testes feitos durante a Guerra Fria eliminou a
possibilidade de futuras contaminações, não havia como eliminar os
efeitos dos testes nucleares realizados até o momento da assinatura do
tratado. Seus elementos radioativos permanecem. Ao longo de mais de
uma década, pesquisadores do Instituto de Oceanografia (IO) da USP,
em conjunto com colegas do Pará, Pernambuco, Paraná e Uruguai,
coletaram em diferentes sistemas estuarinos amostras de sedimentos.
Foram feitas coletas na bacia do rio Caeté (Pará), na foz do rio Capibaribe
(Pernambuco), no estuário de Caravelas (Bahia), nos sistemas Santos-
São Vicente e Cananeia-Iguape (São Paulo), na bacia do Paranaguá
(Paraná) e no estuário do rio da Prata (Uruguai).
Ao estudar a composição das amostras, os cientistas detectaram um
dado comum: radionuclídeos (traços) do elemento químico césio, na
forma do isótopo radioativo césio-137. Radionuclídeos são elementos
Sistemas costeiros na costa sul-que emitem vários tipos de partículas e que eventualmente se tornam
americana do Atlântico Sul. (a)estáveis.
Baía do Caeté (PA), (b) Foz do Usado em radioterapias, o césio-137 é o mesmo do maior acidente
rio Capibaribe (PE), (c) Estuário
do Caravelas (BA), (d) Sistemaradioativo ocorrido no Brasil, em 1987, em Goiânia. Mas a única fonte
estuarino Santos-São Vicentedesse radionuclídeo artificial no Atlântico Sul até a década de 1960 resulta
(SP), (e) Complexo estuarinodos testes norte-americanos e soviéticos, destacam os autores em artigo
Cananeia-Iguape (SP), (f) Baíapublicado na revista Anthropocene.
do Paranaguá (PR) e (g) Estuário
do De la Plata (Uruguai) – Mapa:
“No caso do césio-137 dos estuários, foram coletadas mais de 30
Rubens Figueira e colaboradores. amostras de coluna de lama na forma de cilindros com 1 a 2 metros de
comprimento, que chamamos de testemunhos”, disse Figueira.
Os testemunhos foram divididos em fatias com cerca
de 2 centímetros, de acordo com o momento em que cada
camada de sedimento foi depositada, as mais novas no
topo. Com isso, foi possível estabelecer uma escala de
tempo e saber em quais proporções o césio-137 – forjado
nas explosões termonucleares americanas e soviéticas,
alçado à estratosfera e transportado pelas correntes de ar
– foi depositado no litoral sul-americano.
Os pesquisadores também conseguiram identificar com
precisão nas amostras de lama coletadas o momento em
que o césio-137 foi depositado no Hemisfério Sul. Suas
Amostras de colunas de lama, conhecidas comoquantidades começam a ser perceptíveis a partir de
testemunhos, foram divididas em fatias, de acordo
com o momento de depósito de cada camada de
1954, com o início dos testes das bombas termonucleares
sedimento – Foto: Rubens Figueira
de hidrogênio, milhares de vezes mais potentes que as bombas atômicas que destruíram Hiroshima
e Nagasaki.
“As proporções de césio-137 se acentuaram ano a ano de 1954 até 1963, quando atingiram o
pico. Em seguida, devido ao banimento dos testes, declinaram subitamente”, disse Figueira.
Fonte: MOON, Peter. Pesquisadores identificam marcador do Antropoceno no Atlântico Sul. Jornal da USP,
27 out. 2016. Disponível em: https://jornal.usp.br/?p=50377. Acesso em 15 fev. 2021.
Podemos utilizar o modelo atômico de Rutherford para explicar a emissão de luz apresentada no
vídeo? Por quê?
Materiais
Procedimentos
(Utilizar a caixa de papelão para facilitar a visualização dos experimentos)
1. Emissão de fluorescência da água tônica: adicione cerca de 100 mL de água tônica em um béquer. Com
a lâmpada UV-A ilumine a amostra. Observe.
2. Emissão de fluorescência da casca de ovo marrom: ilumine diretamente o ovo com a luz UV-A. Depois,
coloque somente as cascas lavadas em um béquer contendo aproximadamente 50 mL de acetato de
etila. Ilumine com a luz UV-A. Adicione aproximadamente 15 mL de solução de ácido clorídrico 10%.
Observe. Após a dissolução da casca do ovo, ilumine o béquer novamente e observe.
3. Emissão de fluorescência da clorofila: triture as folhas verdes no almofariz. Adicione acetato de etila. Filtre
a solução em um béquer. Ilumine o filtrado com a luz negra e observe.
4. Emissão da fluorescência da vitamina B2: Triture um comprimido de complexo B. Dissolva-o em água e
ilumine a mistura com a lâmpada UV-A.
Após realizar os experimentos, registre em seu caderno o comportamento das amostras na pre-
sença e na ausência da radiação.
Para complementar seus estudos, leia o texto abaixo:
O modelo atômico de Rutherford foi aperfeiçoado pelo cientista Niels Bohr em 1913, utilizando
a teoria de Max Planck. Em 1900, Planck dizia que a energia não seria emitida de modo contínuo,
mas em pacotes. Esse pacote de energia recebeu o nome de quantum, dando origem aos
Postulados de Bohr:
A energia de um fóton depende apenas de sua frequência. Quanto maior a frequência, menor o
comprimento de onda e maior a energia.
3.3 Agora que você já realizou experimentos e fez a leitura do texto, converse com seu(sua) professor(a)
e colegas. Em seguida, responda às questões:
a) Quando você vai à balada, a luz negra faz sua roupa branca parecer brilhar com uma tonalida-
de azul. Por que isso acontece?
b) O fenômeno da luminescência pode ser explicado pelos modelos atômicos de Dalton e Thom-
son? Explique.
c) Como o modelo atômico de Bohr pode explicar o fenômeno da luminescência?
Em 1926, Erwin Schrödinger apresentou um estudo sobre o átomo que ainda é válido atualmen-
te. Este estudo apresenta um modelo quântico para o átomo e estuda o comportamento dos elétrons
como partículas-onda, confrontando a ideia de partículas que se movimentam rapidamente girando ao
redor do núcleo atômico.
Os estudos da Mecânica Quântica trouxeram outras possibilidades de compreender o Universo
e continua a se desenvolver até hoje. Para aprender mais sobre o que conhecemos atualmente sobre
a estrutura do átomo estude o Modelo Padrão, apresentado na Situação de Aprendizagem 4 do
Caderno de Física.
4.2 Construa uma linha do tempo sobre a evolução dos modelos atômicos incluindo, além dos mo-
delos estudados, fatos históricos e outros cientistas que colaboraram com o desenvolvimento do
estudo do átomo.
GEOGRAFIA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
TEMA: Territorialidades e juventudes.
SITUAÇÃO-PROBLEMA: Quais fazeres sociais, políticos, econômicos e tecnológicos, do mais
simples ao mais complexo, tornam nossa sociedade melhor?
OBJETOS DE CONHECIMENTO: Desigualdade no território – diferentes formas de ocupação
em diferentes espaços. Transição demográfica, população economicamente ativa e ocupação das
áreas urbanas.
1º MOMENTO – DEMOGRAFIA
1) Neste momento, trabalharemos com três teorias utilizadas para explicar a dinâmica do cresci-
mento da população. Com a orientação de seu professor a sala será dividida em grupos que re-
alizarão uma pesquisa sobre as três teorias em destaque.
A sala será organizada para a realização de um debate, em que cada grupo defenderá os argu-
mentos de uma teoria. Ao término dele, elabore um infográfico contendo os principais pontos das teo-
rias a seguir relacionadas.
• Teoria Malthusiana
• Teoria Neomalthusiana
• Teoria Reformista
O processo de transição demográfica é uma das principais transformações pelas quais vem
passando a sociedade moderna. Ele caracteriza-se pela passagem de um regime com altas taxas
de mortalidade e fecundidade/natalidade para outro regime em que ambas as taxas se situam em
níveis relativamente mais baixos. Além de alterar as taxas de crescimento da população, a transição
demográfica acarreta uma alteração da estrutura etária, quando diminui a proporção de crianças ao
mesmo tempo que há uma elevação no percentual de idosos da população.
IBGE lança estudo metodológico sobre mudança demográfica e projeções de população. Agência IBGE Notícias,
[s.l.], 15 abr. 2015. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-
agencia-de-noticias/releases/9831-ibge-lanca-estudo-metodologico-sobre-mudanca-demografica-e-
projecoes-de-populacao. Acesso em: 16 nov. 2020.
Para explicar esse fenômeno, temos que considerar, dentre outras questões, a expectativa de
vida e a taxa de fecundidade. Para compreender melhor, sugerimos que assista aos vídeos a seguir.
Após assistir aos vídeos, leia esta matéria e, com a orientação do seu professor, responda às questões:
[...] A chamada transição demográfica é um processo que ocorre há muito tempo e pelo qual
todos os países deverão passar, mais cedo ou mais tarde. O fato é que uma das primeiras vantagens
da prosperidade é a redução da taxa de mortalidade. Quando isso acontece, normalmente o que
se vê é o crescimento do número de jovens na população.
Num segundo momento, cai a taxa de fertilidade, como resultado do acesso das mulheres ao
sistema educacional. Como consequência, vai haver uma redução proporcional dos jovens e o
aumento progressivo das pessoas com idade mais elevada. Com isso, cresce o número de idosos
em relação ao conjunto da população. Há países que já completaram esse processo, enquanto
outros ainda estão no início da chamada transição demográfica.
VEIGA, José Eli da. A Agenda 2030 e o envelhecimento populacional. Jornal da USP, [s.l.], 11 maio 2017.
Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/a-agenda-2030-e-o-envelhecimento-populacional/
Acesso em: 16 nov. de 2020.
Para saber mais sobre transição demográfica e demografia, acesse os links a seguir:
Vídeo “Quantos somos no Brasil?” – IBGE Vídeo “População da cidade de SP deve parar de
crescer daqui a 20 anos” – TV Brasil
O Dia Mundial da População é uma referência ao dia 11
de julho de 1987, quando o planeta atingiu 5 bilhões de A maior metrópole do país vai encolher daqui a 20 anos.
habitantes. Em 2019, a população mundial chegou a 7,7 A projeção foi feita por um dos mais respeitados centros
bilhões, e o Brasil deixou de ser o 5º país mais populoso de estatísticas socioeconômicas e demográficas: a
do mundo, sendo ultrapassado pelo Paquistão. Fundação Seade.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=e69I-AdL3ws. Acesso em: 16 nov. 2020. v=e_5FC7UhhZQ. Acesso em: 16 nov. 2020.
Sobre as causas e os possíveis efeitos da previsão de mudança da estrutura etária brasileira entre
2000 e 2035, pode-se afirmar que
O IBGE estuda esse tipo de concentração populacional desde a década de 1960, quando a
urbanização se intensificou no Brasil. Analisando nossa realidade geográfica, cada vez mais
complexa, chegamos à definição dos arranjos populacionais: agrupamentos de dois ou mais
municípios com forte integração populacional. Veja no vídeo alguns exemplos visuais que explicam
esse importante conceito de geografia urbana
2 Fonte: Atlas Socioeconômico – Rio Grande do Sul. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/. Acesso em 11 dez. 2020
a) Podemos afirmar que o Brasil é um país majoritariamente urbano? Justifique sua resposta.
b) Indique o ano em que a população urbana supera a população rural no Brasil. Cite os princi-
pais fatores que ocasionaram o acentuado crescimento da população urbana brasileira. Quais
foram as consequências desse crescimento?
c) Qual é a situação da região Sudeste, se comparada à das demais regiões brasileiras, com rela-
ção ao percentual da população urbana?
A MORADA DO CALOR
Fonte: Jornal UNESP. Disponível em: https://www.unesp.br/aci/jornal/203/ilhas.php. Acesso em: 9 dez. 2020.
Retomando conhecimentos
No material do componente de Física – volume 2 – Situação de Aprendizagem 4, “A ciência dos
materiais”, você estudou algumas características dos materiais e como eles se comportam ao sofrer
uma variação de temperatura.
FeCEESP-2019
Fenômeno ocorre nas regiões impermeabilizadas onde antes predominava vegetação. Resultados
são fortes chuvas e alagamentos
[...]
“As ilhas de calor fazem chover no lugar errado. Onde precisa, não chove. Em vez de a água
chegar aos reservatórios, vai formar alagamentos e enchentes na cidade. Isso acontece porque
elas sequestram a umidade vinda do mar e afastam as chuvas das represas. Por isso, a chuva fica
aprisionada nas ruas e avenidas das áreas urbanas pouco arborizadas”, explica o geógrafo Luiz
Mauro Barbosa, diretor-geral do Instituto de Botânica, vinculado à Secretaria do Meio Ambiente.
Pouca chuva no norte e sul – Há uma justificativa para a contradição de se ter enchentes e
alagamentos de ruas e ao mesmo tempo esvaziamento dos reservatórios. “As ilhas de calor estão
localizadas bem na rota da brisa marítima, que traz a umidade fundamental para fazer chover. O ar
úmido que entra na região metropolitana pelo Sudeste não vai longe. Logo encontra, na fronteira
entre as regiões central e leste da capital, temperaturas que, no verão, chegam a ser 5ºC superiores
às registradas nos mananciais”, observa.
Barbosa explica que as partículas de ar quente têm mais energia cinética (de movimento) e por
isso tendem a se deslocar mais vezes e mais rapidamente para as camadas altas da atmosfera,
carregando a umidade e a brisa. Ao entrar em contato com temperaturas mais frias, a umidade se
condensa e forma as chuvas fortes. Por isso, o calor e as chuvas são mais intensos na região
central e zona leste do que nas áreas de mananciais.
“Quanto mais quente o ar, mais ele sobe. Quanto mais ele sobe, maior a instabilidade atmosférica
e a tendência a temporais, raios e granizo. Quanto mais umidade é consumida nas tempestades
que caem nas próprias ilhas de calor ou nas áreas próximas, menos sobra para se deslocar e
provocar chuvas nos extremos norte e sul”, ressalta.
[...]
MARTINS, Claudeci. Tempo: Ilhas de calor sequestram chuvas de mananciais e represas. Portal do Governo de
São Paulo, [s.l.], 20 mar. 2004. Disponível em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/eventos/tempo-ilhas-de-calor-
sequestram-chuvas-de-mananciais-e-represas/. Acesso em: 8 de dez 2020.
Com base na leitura dos textos, nas discussões das aulas ante-
riores e na ideia de progresso apresentada pelo filósofo Auguste
Comte no componente de Sociologia, além das discussões sobre ci-
dades ideais ou utópicas, trabalhadas no componente de Filosofia,
dialogue com o professor e seus colegas sobre quais são os desafios
para se atingir o ODS 11. Elabore um texto dissertativo-argumentativo
sobre o tema. Nesse texto, você deverá defender uma opinião a res-
peito do que foi proposto, apoiado em argumentos consistentes, estruturados, com coerência e
coesão, formando uma unidade textual. Apresente, também, no desenvolvimento do texto, uma
proposta de intervenção social para o problema que respeite os direitos humanos e as diferentes
dimensões da sustentabilidade.
• Plantio de árvores.
• Jardins verticais.
Fonte: Pixabay
O texto exemplifica uma importante alteração socioambiental, comum aos centros urbanos.
A maximização desse fenômeno ocorre
“Sentimos que talvez fosse a nossa vez de morrer. Então decidimos partir”
Sahar, 25 anos, refugiado sírio no Líbano
Muitos sírios estão vivendo em circunstâncias terríveis e precisam da sua ajuda agora. Na Síria, as necessidades
humanitárias são enormes e as dificuldades são muitas.
A infraestrutura do país está seriamente comprometida e cidades estão completamente destruídas. Cerca
de 35% das crianças refugiadas sírias estão fora da escola. O número de casamentos precoces e o índice
de trabalho infantil forçado aumentam pela falta de meios de subsistência.
REFUGIADOS SÍRIOS
REFUGIADOS sírios - documentário SBT. [S.l.]: Sérgio Utsch, [s.d.]. 1 vídeo (33 minutos). Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=iWmTb8cnATk&t=674s. Acesso em: 30 dez. 2020.
Conselheiro Especial do ACNUR para Ação Climática destaca que o aquecimento global está
levando ao deslocamento forçado e reforça necessidade de uma ação decisiva neste momento
Em 2019, perigos relacionados ao clima provocaram cerca de 24,9 milhões de deslocamentos
em 140 países. Pesquisas indicam que, sem uma ação climática ambiciosa e uma redução dos
riscos de tragédias ambientais, desastres relacionados ao clima podem dobrar o número de
pessoas necessitando de ajuda humanitária para mais de 200 milhões a cada ano até 2050. Andrew
Harper, o Conselheiro Especial do ACNUR para Ação Climática, conversou com o editor do site
global do ACNUR, Tim Gaynor, em Genebra, para avaliar a situação atual e discutir como o ACNUR
e seus parceiros precisam agir agora para evitar complicações.
[...]
“A MUDANÇA climática é a crise de nosso tempo e impacta também os refugiados”. UNHCR ACNUR, [s.l.], 10 dez.
2020. Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/2020/12/10/a-mudanca-climatica-e-a-crise-de-nosso-
tempo-e-impacta-tambem-os-refugiados/. Acesso em: 30 dez. 2020.
Vídeo “1960-2010: Desigualdade territorial na oferta de luz, água, esgoto...”, do Canal USP.
Em cinco minutos, essa animação mostra como a oferta de água, luz, esgoto e coleta
de lixo mudou entre 1960 e 2010 no Brasil. O vídeo retrata o aspecto territorial da
desigualdade: em geral, a oferta de serviços cresce primeiramente nas regiões mais
ricas para, depois, chegar às áreas mais pobres do país.
1960-2010: DESIGUALDADE territorial na oferta de luz, água, esgoto. [S.l.]: Canal USP, 30
jun. 2017. 1 vídeo (6 min.). Disponível em: https://youtu.be.com/watch?v=R2zCnxUj8HE.
Acesso em: 15 dez. 2020.
DESIGUALDADE SOCIOESPACIAL
Dentro dos aspectos da análise das grandes desigualdades que marcam diversos países da
América Latina e, em especial, o Brasil, podemos elencar as fortes influências da desigualdade
sobre a organização do território, que impacta as diversas relações sociais e sua interação com o
ambiente. A segregação socioespacial e a desigualdade de acesso a serviços classificados como
básico, implicam inúmeros problemas urbanos, de ordem e escalas distintas, como o acesso a
saneamento básico, transporte e acessibilidade, dentre outros.
Após assistir ao vídeo e ler o texto, observe as imagens da cidade de Jacarta, na Indonésia.
Registre, em seu caderno, os principais pontos e as percepções observados:
Fonte: Wikimedia3.
Sob orientação de seu professor, reúna-se, em um pequeno grupo, para responder às questões
propostas:
A. É possível afirmar que ambas as imagens retratam o mesmo lugar? Por quê?
B. As imagens trazem elementos ligados aos problemas e conflitos socioespaciais? Comente sua
resposta.
Ainda em grupos, elabore um texto com o seguinte questionamento: como os conflitos socio-
espaciais interferem na organização territorial?
O mundo é mais desigual hoje do que em qualquer momento da história desde 1940.
A desigualdade de renda e a distribuição da riqueza dentro dos países têm disparado, incapacitando
os esforços de alcance dos resultados do desenvolvimento e de expansão das oportunidades e
habilidades das pessoas, especialmente dos mais vulneráveis.
[...]
REDUÇÃO das desigualdades. Plataforma Agenda 2030, [s.l.], [s.d.]. Disponível em: http://www.agenda2030.com.br/
ods/10/. Acesso em: 16 dez. 2020.
Garton Ash, Timothy. Europa e a volta dos muros. O Estado de S. Paulo, 29/11/2015. Adaptado.
Sobre a questão dos refugiados, no final de 2015, considere as três afirmações seguintes:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
1º MOMENTO – GEOPOLÍTICA
Neste momento, vamos dialogar sobre conceitos importantes para as Ciências Humanas e So-
ciais Aplicadas e estudá-los. Discuta com os seus colegas e professores sobre os seguintes questio-
namentos: O que é geopolítica? Geopolítica e geografia política se referem à mesma coisa? Qual é o
objetivo de estudar geopolítica? Dê exemplos de momentos geopolíticos já estudados por você.
Leia o texto, disponível na página do Politize!, cujo título é Geopolítica: você conhece
esse campo de estudo? Aproveite esse momento para ampliar seus conhecimentos
com outras fontes de pesquisa, como livros didáticos, artigos acadêmicos etc.
GEOPOLÍTICA: você conhece esse campo de estudo? Politize!, [s.l.], 13 set. 2017. Disponível em:
https://www.politize.com.br/geopolitica-voce-conhece-esse-campo-de-estudo/ Acesso em: 20 jan. 2020.
Após a leitura, complete o quadro, identificando o significado de cada palavra a seguir, relacio-
nando-a com o contexto geopolítico. Se for necessário, consulte um dicionário:
Estado
Nação
Povo
Território
Governo
Espaço Geográfico
Você sabia que a geopolítica está presente no nosso dia a dia, que estamos vivendo e presen-
ciando marcos importantes para os estudos geopolíticos e que o cinema pode ser uma importante
ferramenta para as discussões geopolíticas? Leia a matéria a seguir, publicada no jornal da Universida-
de de São Paulo (USP), sobre o projeto CineGRI. Anote os principais pontos em seu caderno.
FERRARI, David. Projeto usa o cinema para falar de geopolítica e relações internacionais. Jornal da USP, [s.l.], 15 out.
2020. Disponível em: https://jornal.usp.br/universidade/projeto-usa-o-cinema-para-falar-de-geopolitica-e-
relacoes-internacionais/. Acesso em: 20 jan. 2021.
Agora que você já conhece esse projeto, é hora de conhecer um dos vídeos produzidos pela
CineGRI. Na sequência, indica-se um vídeo que apresenta a análise geopolítica do filme Parasita.
Para a finalização do projeto, elabore um podcast cujo assunto central seja a geopolítica no cinema,
uma análise geográfica. Publique em suas redes sociais utilizando a hashtag #curriculoemacaoCHS.
Geopolítica da água
A água doce juntamente com o petróleo são os recursos naturais mais estratégicos em nossa socie-
dade. Faça uma pesquisa sobre os principais conflitos envolvendo a disputa pelo controle da água.
Relacione esses conflitos com o conceito de geopolítica estudado.
1) Em grupos e sob orientação do professor, vamos realizar a atividade de sala de aula invertida.
A sala será dividida em sete grupos, responsáveis por realizar uma pesquisa prévia em sites, livros
didáticos e demais materiais disponíveis, sobre principais conferências, tratados e convenções
realizados pelas Nações Unidas e que tratam de questões ambientais. Cada grupo ficará respon-
sável pela pesquisa e apresentação de um dos seguintes temas:
2) Após a realização das apresentações, elabore um mapa mental com os principais pontos de cada
tema.
Para complementar as discussões realizadas pela sala, sugerimos o vídeo a seguir. Após assistir
ao vídeo, faça a atividade proposta:
“Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável”
A partir da década de 70, a questão ambiental foi colocada em discussão pelas nações. Ocorreram
inúmeras conferências, muitos encontros e vários congressos para discutir a manutenção da vida no
planeta Terra. Esses movimentos sempre se deparam com interesses das nações desenvolvidas, que
não admitem diminuir o seu crescimento econômico e nível de consumo, não assinando acordos de
compromisso de redução dos impactos ambientais provocados pelo modelo atual de desenvolvimento.
3) Após ler o texto, assistir ao vídeo e com base nas discussões realizadas nas atividades anteriores,
vamos realizar um debate. A sala será dividida em dois grupos. O primeiro grupo vai defender o
ponto de vista das nações desenvolvidas, e o segundo, o ponto de vista das nações em desen-
volvimento. A pergunta que deverá nortear as discussões são: Como garantir o desenvolvimento
sustentável para todos os países? Qual é a contribuição dos países desenvolvidos e em desen-
volvimento? Quais ações são realizadas por esses dois grupos de países para mitigar os proble-
mas atuais?
1) Quais recursos naturais você utiliza nas suas atividades cotidianas? De onde eles são retirados?
2) O que faz com que consumamos ainda mais produtos mesmo sem precisarmos deles?
3) Por que os produtos estão cada dia mais descartáveis?
4) Você se considera um consumidor responsável ou consumista? Por quê?
5) Qual é a relação entre consumo e meio ambiente?
Disneylândia
Multinacionais japonesas instalam empresas em Hong-Kong Para ouvir a música
Disneylândia, acesse
E produzem com matéria-prima brasileira o QR Code.
Para competir no mercado americano
[...]
Pilhas americanas alimentam eletrodomésticos ingleses na Nova Guiné
Gasolina árabe alimenta automóveis americanos na África do Sul
[...]
Crianças iraquianas fugidas da guerra
Não obtêm visto no consulado americano do Egito
Para entrarem na Disneylândia.
HISTÓRIA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
TEMA: Territorialidades e juventudes.
SITUAÇÃO PROBLEMA: Quais fazeres sociais, políticos, econômicos e tecnológicos, dos mais
simples aos mais complexos, tornam nossa sociedade melhor?
1º MOMENTO
1.1. Leia o texto para realizar a atividade proposta.
A cada ciclo de gerações, as juventudes deparam-se com limites já estabelecidos, com condições
históricas e sociais dadas pelo mundo adulto. O jovem é constituído, a sua revelia, à semelhança
da sociedade e da temporalidade em que vive, “dos encontros e desencontros da passagem das
gerações”1. Segundo o sociólogo Pierre Bourdieu2, em alguns períodos de maiores tensões e
disputas geracionais, as rupturas e os deslocamentos transformam as relações e os laços sociais,
alterando a posição dos jovens no mundo. A década de 1960, por exemplo, expressou, para além
da transgressão e rebeldia, uma crise de autoridade e de instituições que trouxe “brechas” nas
relações entre gerações.
a) O que você compreende por “juventudes”? Como são os jovens da atualidade, como você,
por exemplo? Qual a posição desses jovens no mundo?
b) Você acredita que o modo como vive e pensa é diferente do modo como seus pais ou respon-
sáveis pensavam quando tinham sua idade? Por quê? Dê exemplos.
1 BIROLLI, Maria Izabel de Azevedo Marques. Gerações em conflito: a juventude contemporânea entre o passado e o presente. Doutorado em Ciências Sociais,
PUC-SP. São Paulo, 2016.
2 Pierre Bourdieu (1930 - 2002), foi um importante sociólogo francês. Escreveu obras como A distinção; O poder simbólico; Razões práticas sobre a teoria da
ação; A profissão de sociólogo, dentre inúmeras outras. Tratamos do tema no texto a partir de: A ‘Juventude’ é apenas uma palavra, Questões de sociologia,
Rio de Janeiro: Marco Zero.
c) Quais limites e fronteiras existem entre o que você acredita e o que já lhe é imposto pelo mun-
do adulto?
d) O que o texto quer dizer com a frase: o jovem é constituído, a sua revelia, à semelhança da
sociedade e da temporalidade em que vive, “dos encontros e desencontros da passagem das
gerações”. Explique.
e) Por que a década de 1960, segundo o texto, representou uma ruptura e uma brecha gera-
cional? Justifique.
DESAFIO INTERDISCIPLINAR
2º MOMENTO
2.1. Observe as imagens e realize a leitura do texto para realizar a reflexão proposta.
sim o não
digo a
E eu igo não
e u d !
E :É
digo ir
E eu do proib ir
i ib
Proib bido pro ir...
o i ib
É pr bido pro .
o i loso
É pr n o Ve 68.
t a
Cae roibir, 19
P
ibido
É Pro
Pra não dizer que não falei
das flores. Disponível em:
https://www.youtube.com/
watch?v=KdvsXn8oVPY.
Acesso em: 21 out. 2020.
Geraldo Vandré em 1968. Arquivo Nacional.
Fonte: Wikipedia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Geraldo_Vandr%C3%A9#/media/
Ficheiro:Geraldo_Vandr%C3%A9,_Fundo_Correio_da_Manh%C3%A3.tif. Acesso em: 20 out. 2020.
Tom Jobim e Chico Buarque no Festival Internacional da A banda Os Mutantes formada por Arnaldo Baptista, Rita
Canção (FIC), 1968. Arquivo Nacional. Lee e Sérgio Dias. Fotografia de 1969. Arquivo Nacional.
Fonte: Wikipedia. Disponível em: https://pt.wikipedia. Fonte: Wikipedia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/
org/wiki/Chico_Buarque#/media/Ficheiro:Tom_ wiki/Tropic%C3%A1lia#/media/Ficheiro:Os_Mutantes.
Jobim_e_Chico_Buarque_no_Festival_Internacional_ tif. Acesso em: 20 out. 2020.
da_Can%C3%A7%C3%A3o_(FIC).tif. Acesso em: 20
out. 2020.
“A vida não se resume em festivais”, disse Geraldo Vandré no palco do Maracanãzinho, diante
de 20 mil pessoas que vaiavam a decisão do júri. A multidão estava inconformada com a derrota
de sua canção Caminhando (Para não dizer que não falei das flores) para a bela Sabiá, de Chico
Buarque e Tom Jobim, interpretada por Cynara e Cybele, do Quarteto em Cy. [...]
Em maio, enquanto Paris estava em chamas, o samba triunfara nos palcos da TV Record.
Também espremido entre tanta sede de novidade e juventude, desde o surgimento da Bossa Nova
em fins dos anos 1950, o velho samba renovava o seu repertório, com uma série de canções [...].
Mas o ano de 1968 tinha urgências, inclusive urgências musicais. Tinha urgência da Revolução,
urgência da liberdade, urgência da juventude, urgência de realidade e de ação. As canções daquele
ano também tinham que ser urgentes [...]. Não podiam ficar limitadas a cantar o futuro, cantar para
esperar o futuro, cantar enquanto o futuro não chega. [...] Precisava de uma canção urgente que
anunciasse que “o dia de glória (revolucionária) chegou”.
Efetivamente, o ano de 1968 esticou ao máximo o fio ilusório de continuidade histórica, numa
tensão máxima entre sonhos utópicos e realidades massacrantes. Os tanques soviéticos de Praga,
o eleitorado conservador francês, a fuzilaria da Praça Tlatelolco no México, o AI-5 no Brasil acabaram
com a Primavera da Juventude e suas utopias revolucionárias no auge das mobilizações. Quando
esse fio ilusório se rompeu, ficou a sensação de choque, de paralisia temporal, de sensação de um
tempo inconcluso, um ano que não acabou. [...] Em setembro, em uma das eliminatórias do mesmo
III Festival Internacional da Canção, que consagraria Caminhando, Caetano Veloso protagonizara
um dos maiores happenings musicais de todos os tempos, discutindo ao vivo com a plateia que
vaiava a canção É Proibido Proibir no Tuca, em São Paulo. Enquanto os Mutantes tocavam de
costas para a plateia e um hippie norte-americano fazia uma coreografia esquisitona [...].
Fonte: NAPOLITANO, Marcos3. A cena musical brasileira de 1968. Jornal da USP, 25 out. 2018. Disponível em:
https://jornal.usp.br/artigos/a-cena-musical-brasileira-de-1968/. Acesso em: 20 out. 2020.
Acesse o QR CODE:
Cynara e Cybele. “Sabiá”.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lL5yU2DMcjc&t=162s. Acesso em:
22 out. 2020.
3º MOMENTO
3.1. Para desenvolver essa atividade, sob orientação de seu professor, você e seus
colegas devem formar grupos e elaborar uma notícia ou um artigo de jornal sobre os movimentos
de juventude da década de 1960, seguindo o roteiro sugerido. Esse jornal pode ser impresso, em
formato digital ou manuscrito. Após sua produção apresentem suas notícias e as socializem por
meio de um painel ou pelo hashtag #curriculoemacaoCHS, em redes sociais da comunidade
escolar ou de sua turma.
ETAPA 1 – Observem as imagens a seguir e pesquisem o tema/assunto abordado. Seu professor irá
organizar os agrupamentos e dividir as temáticas.
GRUPO 1 – Movimento negro nos EUA: Martin Luther King, Malcom X, Panteras Negras e Black Power
Martin Luther King Jr. discursando em um comício Angela Davis, filósofa e ativista pelos direitos das
antiguerra do Vietnã na Universidade do Minnesota, mulheres e contra a discriminação social e racial
em 27 de abril de 1967. nos Estados Unidos. Na fotografia, Davis (ao centro,
sem óculos) entra no Royce Hall na UCLA em outubro
Fonte: Wikimedia. Disponível em: https://upload.wikimedia. de 1969 para dar sua primeira palestra.
org/wikipedia/commons/2/2d/Martin_Luther_King_Jr_
St_Paul_Campus_U_MN.jpg Acesso em: 26 out. 2020. Fonte: Wikipedia. Disponível em: https://upload.wikimedia.
org/wikipedia/commons/7/7d/Angela_Davis_enters_
Royce_Hall_for_first_lecture_October_7_1969.jpg
Acesso em: 26 out. 2020.
Comitê de Mobilização Nacional para Acabar com a Uma manifestante oferece uma flor para a polícia militar
Guerra na marcha do Vietnã no Pentágono, 21 de de guarda no Pentágono durante uma manifestação
outubro de 1967. anti-Vietnã. Arlington, Virgínia, EUA.
Fonte: Wikimedia. Disponível em: https://upload. Fonte: Wikimedia. Disponível em: https://upload.wikimedia.
wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3e/Vietnam_ org/wikipedia/commons/0/03/Vietnamdem.jpg Acesso
War_protestors_at_the_March_on_the_Pentagon.jpg em: 26 out. 2020.
Acesso em: 26 out. 2020.
Fotografia da cerimônia de abertura em Woodstock, com o líder religioso indiano Swami Satchidananda
fazendo o discurso. Pôster oficial do festival que ocorreu na cidade de Bethel, no estado de Nova York em
1969: “Uma Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz & Música”.
Acesse e leia:
Maio de 1968: você sabe o que foi esse
movimento social? Por Julia Ignacio.
Fonte: Politize. Disponível em: https://www.
politize.com.br/maio-de-1968/. Acesso em:
04 nov. 2020.
Gilberto Gil se apresentando em 1967. Arquivo Nacional. Caetano Veloso cantando “Alegria, Alegria” no III Festival
da Música Popular Brasileira, 1967. Arquivo Nacional.
Fonte: Wikipedia. Disponível em: https://pt.wikipedia.
org/wiki/Tropic%C3%A1lia#/media/Ficheiro:Gilberto_ Fonte: Wikipedia. Disponível em: https://pt.wikipedia.
Gil_nos_anos_1960.tif. Acesso em: 26 out. 2020. org/wiki/Tropic%C3%A1lia#/media/Ficheiro:Caetano_
Veloso_no_III_Festival_da_M%C3%BAsica_Popular.tif.
Acesso em: 26 out. 2020.
4 Tlatelolco foi uma tribo asteca, que vivia em parte da área onde hoje está a Cidade do México. Foi dizimada pelas tropas do conquistador espanhol Hernán
Cortés em 1521.
ETAPA 2 – Feita a pesquisa, produza uma breve notícia (artigo de jornal) a partir de alguns questionamentos:
1º O que aconteceu?
2º Quem são os envolvidos? Qual é a relação entre as juventudes do contexto e o evento noticiado?
3º Quando ocorreu?
4º Onde ocorreu?
5º Como se desenrolaram os fatos?
6º Por que ocorreu?
4º MOMENTO
4.1. Vamos criar um “meme”5.
Para finalizar a Situação de Aprendizagem,
vamos criar um meme que retrate as dife-
renças e conflitos entre gerações! Utilize
sua criatividade e as reflexões abordadas.
1º MOMENTO
1.1. O que é necessário para a existência de uma cidade? Leia o texto a seguir e
observe as imagens de cidades “inventadas” em diferentes temporalidades.
No centro de Fedora, metrópole de pedra cinzenta, há um palácio de metal com uma esfera de
vidro em cada cômodo. Dentro de cada esfera, vê-se uma cidade azul que é o modelo para uma
outra Fedora. São as formas que a cidade teria podido tomar se por uma razão ou por outra, não
tivesse se tornado o que é atualmente. Em todas as épocas, alguém, vendo Fedora tal como era,
havia imaginado um modo de transformá-la na cidade ideal, mas, enquanto construía o seu modelo
em miniatura, Fedora já não era a mesma de antes e o que até ontem havia sido um possível futuro
hoje não passava de um brinquedo numa esfera de vidro.
Agora Fedora transformou o palácio das esferas em museu: os habitantes o visitam, escolhem
a cidade que corresponde aos seus desejos, contemplam-na imaginando-se refletidos no aquário
de medusas que deveria conter as águas do canal (se não tivesse sido dessecado), percorrendo no
alto baldaquino a avenida reservada aos elefantes (agora banidos da cidade), deslizando pela espiral
do minarete em forma de caracol (que perdeu a base sobre a qual se erguia).
No atlas do seu império, ó grande Khan, devem constar tanto a grande Fedora de pedra quanto
as pequenas Fedoras das esferas de vidro. Não porque sejam igualmente reais, mas porque são
todas supostas. Uma reúne o que é considerado necessário, mas não o é; as outras o que se
imagina possível e um minuto mais tarde deixa de sê-lo.
Fonte: CALVINO, Italo6. As cidades invisíveis. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1990, pg. 16.
6 Italo Calvino foi um dos mais importantes escritores italianos do século XX. Dentre suas obras estão: A trilha dos ninhos de aranha, O Barão nas Árvores, Os Amores
Difíceis, O Caminho de San Giovanni, O Castelo dos Destinos Cruzados, Fábulas Italianas etc. A obra Cidades Invisíveis teve sua primeira edição em 1972.
Imagem 1 - Cidade ficcional de Metrópolis. Filme mudo, Imagem 2 - Cidade ficcional de Zion (Sião) da trilogia
homônimo, dirigido pelo cineasta austríaco Fritz Lang, de filmes Matrix, Matrix Reloaded e Matrix Revolutions.
com roteiro de Thea von Harbou. UFA - Alemanha, 1927. Direção de Lilly e Lana Wachowski. EUA, 1999 e 2003
respectivamente.
Fonte: Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/
wiki/Metropolis_(1927_film)#/media/File:Metropolis-new- Fonte: Scifibloggers. Disponível em: https://www.scifibloggers.
tower-of-babel.png. Acesso em: 30 nov. 2020. com/wp-content/uploads/2010/06/zion-Matrix.jpg. Acesso
em: 30 nov. 2020.
Imagem 3 - Cidade Ideal. Autor: Piero della Francesca, aproximadamente 1470. Galleria Nazionale dele
marche. Palácio Ducal de Urbino, Itália.
Fonte: Wikimedia. Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d2/Formerly_Piero_della_
Francesca_-_Ideal_City_-_Galleria_Nazionale_delle_Marche_Urbino_2.jpg. Acesso em: 26 nov. 2020.
om o auxílio de seu professor, pesquise: O que é necessário para que uma cidade
1.2. C
exista? O número de habitantes e as atividades desenvolvidas nela podem definir o
espaço urbano? Como esse espaço é caracterizado? Quando a cidade passa a ter
maior relevância em relação ao ambiente rural? As transformações das Revoluções In-
dustriais trouxeram alterações na vida da cidade?
DESAFIO INTERDISCIPLINAR
Você sabia que o termo “utopia” foi utilizado pela primeira vez na obra de
Thomas Morus, em 1516? O termo significa não-lugar, lugar que não
existe. Morus retoma o modelo de república de Platão e descreve uma
ilha imaginária, fazendo uma comparação com a Inglaterra do século
XVI. Vocês estudaram, em Filosofia, a ideia de cidade utópica dentro da tradição filosófica. Elabore
um Mapa Mental apontando suas diferenças no pensamento de Platão, Santo Agostinho e
Thomas Morus, tendo em vista os tempos históricos dos quais fazem parte.
2º MOMENTO
2.1. A partir do infográfico, pesquise sobre as mais antigas aldeias/cidades da humanidade,
seus processos de civilização e usos do espaço. Com a orientação do professor, após
seus estudos, em grupos, elaborem cinco questões que deverão ser inseridas em um
formulário de uma plataforma digital. Seus colegas deverão receber um link e respon-
dê-las. As questões serão debatidas posteriormente em sala. Não se esqueçam de
colocar a opção de respostas dissertativas (curtas ou longas).
INFOGRÁFICO:
Leia os textos:
Blog Ensinar História. Joelza Ester Domingues. A misteriosa Civilização de Harappa, Vale
do Indo. Disponível em: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/a-misteriosa-civilizacao-
de-harappa/. Acesso em: 01 dez. 2020.
Superinteressante. Uruk: a primeira cidade. Por Eduardo Szklarz. Disponível em: https://
super.abril.com.br/historia/uruk-a-primeira-cidade/. Acesso em: 01 dez. 2020.
3º MOMENTO
3.1. Vamos agora estudar, por meio de grupos de verbalização e observação o
uso dos espaços na História do Brasil, em três importantes cidades brasileiras: São Paulo,
Rio de Janeiro e Ouro Preto. Com a orientação de seu professor, em grupos, observem as
imagens a seguir e realizem a leitura dos textos.
Conhecida como um eixo que reúne um dos maiores centros comerciais da América
Latina, movimentando bilhões de reais por ano, a Rua 25 de Março tem seus usos
atrelados aos processos de colonização e urbanização da capital paulista. Em meio
a todos os seus edifícios comerciais, talvez seja difícil hoje reconhecer que a rua
nasceu na várzea do rio Tamanduateí. Em meados do século XIX, o rio foi retificado
e começou o processo de urbanização da chamada “cidade baixa”. Foi quando
passou a se chamar Rua Baixa de São Bento, pois ficava localizada abaixo do
Mosteiro de São Bento. Teve diferentes
denominações: Rua Várzea do Glicério,
Rua das Sete Voltas, Rua de Baixo, Rua
Baixa de São Bento e, a partir de 1865, passou a ser chamada de Rua
25 de Março. O nome foi proposto enquanto uma homenagem à primeira
Constituição brasileira, que fora assinada no dia 25 de março de 1824,
por Dom Pedro I.
A região era alagadiça, fato que implicou a redução dos preços dos
loteamentos e atraiu imigrantes que construíram neles lojas e residências.
Inicialmente, as mercadorias chegavam por meio fluvial, pelo Porto Geral
(que hoje dá nome à Ladeira do Porto Geral); posteriormente, passariam a chegar de trem, pela estrada de ferro
Santos – Jundiaí e dali distribuídas e vendidas no interior do estado. Com o passar do tempo, a rua tornou-se
o maior shopping a céu aberto da América Latina. Ao longo de sua história, a Rua 25 de Março passou por
mudanças e adaptações que evidenciam processos importantes da cidade de São Paulo.
Rua 25 de Março, Antônio Ferrigno, 1894. Fonte: Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Rua_25_
de_Mar%C3%A7o#/media/Ficheiro:Antonio_Ferrigno_-_Rua_25_de_mar%C3%A7o_-_Google_Art_Project.
jpg>. Acesso em: 30 nov. 2020.
A Praça Quinze de Novembro teve muitos usos ao longo de sua existência. No entanto, sua atual configuração
não nos remete ao fato de ter sido a principal região portuária da cidade do Rio de Janeiro por quase 300 anos.
Situada entre os morros do Castelo (demolido em razão de uma obra de aterramento no início do século XX) e de
São Bento, a região funcionou como uma espécie de cartão-postal da cidade. Entre um morro e outro, havia uma
área aterrada, chamada, no século XVII, de Terreiro da Polé. Séculos depois, surgiria a chamada Praça Quinze.
Por ali passava a maior parte das mercadorias exportadas e importadas e era o local em que chegavam as
embarcações que vinham de Portugal e da África, além de um espaço em que traficantes comercializavam
os escravizados na época da União Ibérica. De frente para o mar, também ficava a Praia do Peixe, onde se
estabeleceu uma grande e permanente feira livre, que foi o maior mercado de abastecimento da cidade até
meados do século XX. Havia também um cais de pedra e um chafariz, encomendado a Mestre Valentim no
século XVIII, que, ao longo do tempo, foi ficando mais longe do mar, uns 100 metros da baía de Guanabara.
Inicialmente a região era chamada de Rocio (ou Largo) do Carmo, por ficar em frente ao Convento de Nossa
Senhora do Carmo, localizado na principal via da cidade até o fim do século XIX, a Rua Direita (atual Primeiro
de Março). No século XVIII, o Largo começou a abrigar a Casa dos Governadores, passando a ser chamado de
Paço dos Vice-Reis quando o Rio de Janeiro se tornou capital da colônia. No século XIX, foi no Paço dos Vice-
Reis que a Família Real se acomodou inicialmente quando chegou ao Rio de Janeiro, assim sendo, foi elevado
a Paço Real. O local só teve seu nome alterado após a Proclamação da República, data à qual a Praça Quinze
de Novembro hoje presta homenagem.
Fonte: Adaptado de PIMENTEL, Márcia. A quadricentenária Praça Quinze. Série Ruas do Rio. MultiRio, [s.l.], 19 out.
2017. Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/reportagens/13032-a-
quadricentenária-praça-quinze. Acesso em: 01 dez. 2020.
Praça XV em 1840 e 2002. Parte da sequência da evolução histórica da Praça XV. IN: O Rio de Janeiro e Sua Orla:
História, Projetos e Identidade Carioca, Instituto Pereira Passos, 2009.
Fonte: Creative Commons. Disponível em: http://portalgeo.rio.rj.gov.br/estudoscariocas/download/2418_O%20Rio%
20de%20Janeiro%20e%20sua%20orla.pdf. Acesso em: 01 dez. 2020.
Ouro Preto, 1870. Fonte: Wikipedia. Centro histórico de Ouro Preto em 2011.
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro_Preto#/ Fonte: Wikimedia. Disponível em: <https://upload.
media/Ficheiro:An%C3%B4nimo_-_Ouro_Preto_em_ wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4d/-i---i-_%
1870.jpg>. Acesso em: 30 nov. 2020. 286288971321%29.jpg>. Acesso em: 30 nov. 2020.
[...] Sua origem está ligada à descoberta do ouro aluvião pelos exploradores Antônio
Dias de Oliveira e padre João de Faria Fialho, que ocuparam as margens dos ribeirões e
os morros que circundam a cidade, onde o minério era abundante. Fundada em 1698,
por bandeirantes paulistas, tornou-se sede da Capitania das Minas Gerais em 1711,
quando foi elevada à categoria de vila, com o nome de Vila Rica de Albuquerque.
A cidade, implantada nas encostas de um estreito e sinuoso vale delimitado por
duas cadeias de montanhas na região das chamadas Minas Gerais, originou-
se do processo de agregação entre os diversos arraiais de garimpo de ouro, ali
estabelecidos no início do século XVIII. A riqueza das jazidas explica sua primeira
denominação (Vila Rica) e o nome que recebeu, em 1720 (Ouro Preto). [...]
Um dos fatos mais importantes da história brasileira, no século XVIII, teve a cidade como cenário: em 1789,
ocorreu a Inconfidência Mineira - o movimento pela independência em relação a Portugal - cujo mártir,
Joaquim José da Silva Xavier (o Tiradentes), tornou-se o patrono cívico da Nação. Nos últimos anos do
século XVIII, a cidade começou a tomar o aspecto atual e chegou ao seu apogeu até regredir, no século XIX,
quando sua economia direcionou-se ao cultivo do café e à criação de gado.
Em 1823, após a Independência do Brasil, Vila Rica recebeu de D. Pedro I o título de Imperial Cidade de
Ouro Preto e tornou-se a capital da Província de Minas Gerais. A drástica redução da mineração do ouro com
a decorrente mudança das atividades econômicas determinou uma significativa regressão das atividades
econômicas de Ouro Preto. Em 1897, a cidade perdeu a condição de capital para Belo Horizonte.
Apesar do declínio do garimpo, a cidade continuou fazendo parte do circuito do ouro e o extrativismo mineral
ainda é uma das suas principais atividades econômicas. [...].
Fonte: IPHAN. Disponível em: http://pechinchando-lhas/pagina/detalhes/1493/. Acesso em: 02 dez. 2020; e “Lavagem
do minério de ouro, proximidades da montanha de Itacolomi”, Johann Moritz Rugendas, 1835. Fonte: Wikipedia. Disponível
em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/73/Rugendas_-_Lavage_du_Mineral_d%27Or_-_pres_
de_la_Montagne_Itacolumi.jpg. Acesso em: 30 nov. 2020.
Roteiro de Análise:
a) Quais mudanças e permanências as imagens evidenciam no uso desses espaços?
b) Quais processos históricos brasileiros têm relação com a história desses lugares?
c) Como os processos de urbanização transformaram esses espaços?
d) Qual é a influência das relações comerciais no uso desses espaços?
e) Quais processos civilizatórios transformaram essas cidades por meio do seu uso?
4º MOMENTO
4.1. Para sistematizar os estudos da Situação de Aprendizagem, sob as orientações
de seu professor e em agrupamentos, crie um painel sobre a cidade em que vive.
Faça um levantamento estatístico sobre a população, a área, a densidade demográfi-
ca, o percentual de população urbana e rural, a mortalidade infantil, a renda familiar,
dentre outros indicadores. O formato do painel deve ser definido pelo grupo, podendo se consti-
tuir de gráficos e de tabelas, de mapas, de textos etc.
1º MOMENTO
1.1. A partir das fontes a seguir, com a orientação de seu professor, realize a propos-
ta de atividade.
FONTE 1
FONTE 2
Para ouvir a música acesse o QR Code/link. Diáspora - Tribalistas (lyric video). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=neR2vTRrs4M. Acesso em: 09 dez. 2020.
[...] O que a experiência da diáspora causa a nossos modelos de identidade cultural? Como
podemos conceber e imaginar a identidade, a diferença e o pertencimento, após a diáspora? [...].
Por todo o globo, os processos das chamadas migrações livres e forçadas estão mudando de
composição, diversificando as culturas e pluralizando as identidades culturais dos antigos Estados-
nação dominantes, das antigas potências imperiais, e, de fato do próprio globo. Os fluxos não
regulados de povos e culturas são tão amplos e tão irrefreáveis quanto os fluxos patrocinados do
capital e da tecnologia.
Fonte: HALL, Stuart9. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. p. 28 e p. 45.
a) A partir da definição de diáspora (fonte 1) do dicionário, cite alguns exemplos dos quais já
ouviu falar.
b) A quais diásporas a música dos Tribalistas faz alusão? Elenque algumas delas e justifique as
razões desses fluxos migratórios.
c) Qual é a relação entre os excertos dos poemas “Vozes D’África”, de Castro Alves, “O Guesa”,
de Sousândrade, e a questão diaspórica na música? Justifique.
d) Qual é a reflexão que o teórico Stuart Hall traz com a pergunta: como podemos conceber e imagi-
nar a identidade, a diferença e o pertencimento, após a diáspora? Explique com suas palavras.
e) Após as reflexões realizadas, pesquise outras representações sobre movimentos diaspóricos
em músicas, fotografias, poemas etc.
2º MOMENTO
2.1. Analise as legislações a seguir e sob orientação de seu professor, realize a atividade
proposta.
9 Stuart Hall (1932 - 2014) foi um teórico cultural e sociólogo britânico-jamaicano que viveu e atuou no Reino Unido a partir de 1951. Hall, juntamente com Ri-
chard Hoggart e Raymond Williams, foi uma das figuras fundadoras da escola de pensamento que hoje é conhecida como Estudos Culturais Britânicos ou a
escola Birmingham dos Estudos Culturais. Ele foi presidente da Associação Britânica de Sociologia entre 1995 e 1997.
XVII - proteção integral e atenção ao superior interesse da criança e do adolescente migrante; [...]
XXI - promoção do reconhecimento acadêmico e do exercício profissional no Brasil, nos termos
da lei; e
XXII - repúdio a práticas de expulsão ou de deportação coletivas.
Art. 4º Ao migrante é garantida no território nacional, em condição de igualdade com os nacionais,
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, bem como
são assegurados:[...]
X - direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da condição
migratória; [...].
Art. 1º Em tempo de paz, qualquer estrangeiro poderá, satisfeitas as condições desta Lei, entrar
e permanecer no Brasil e dele sair, resguardados os interesses nacionais.
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO
a) Identifique a data dos marcos legais e em quais contextos foram elaborados. Por que a primei-
ra lei utiliza o termo “migrante”, e a segunda, “estrangeiro”? Há relação com a temporalidade
em que foram produzidas? Justifique.
b) Que relação pode ser estabelecida entre a Lei da Migração e os Direitos Humanos? Explique
com suas palavras. (Releia os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos em seu
Caderno de Filosofia).
c) Por que o Estatuto do estrangeiro traz uma visão de que os imigrantes não possuem direitos,
apenas obrigações e limitações em sua vida, enquanto residentes no país? A lei está em con-
sonância com os Direitos Humanos? Explique citando exemplos.
d) Em grupos, sob orientação do professor, você e seus colegas deverão produzir um infográfico
coletivo sobre as políticas migratórias brasileiras. Cada agrupamento deverá pesquisar um período:
• Fim do século XIX e início do XX (abolição do tráfico de escravizados, Lei Eusébio de Queiroz
e expansão do café).
• Primeiro governo Vargas (1930-1945).
• Pós-Segunda Guerra Mundial (após 1945).
• Regime Militar (1964-1985).
• Período de redemocratização do país, com a Constituição de 1988.
DESAFIO INTERDISCIPLINAR
Retome as reflexões realizadas pela área de Ciências Humanas, para
relacionar historicamente os processos migratórios às violações dos
Direitos Humanos, à xenofobia, ao racismo e à segregação socioespacial
no Brasil e/ou no mundo. Retome o 2º Momento de Filosofia as análises
sobre a migração como Direito Humano, as discussões sobre
gentrificação que geram desigualdades e segregação socioespacial realizadas em Sociologia,
assim como os estudos em Geografia sobre os casos de imigração forçada, de que são exemplos
os casos de refugiados sírios ou venezuelanos. Pesquise, em revistas, jornais impressos ou digitais,
alguma notícia recente sobre as temáticas estudadas e, sob orientação de seu professor, produza
um texto dissertativo ou um debate com seus colegas.
Palavras-chave: Direitos Humanos, xenofobia, racismo, gentrificação, segregação socioespacial.
SAIBA MAIS:
3º MOMENTO
3.1. Com as orientações de seu professor, vamos criar uma Gazeta de Notícias
sobre questões relacionadas às temáticas sugeridas nas fontes/roteiro.
Marc Ferrez/ Coleção Gilberto Ferrez. Fonte: Acervo Instituto Moreira Salles. Escravos em terreiro de uma fazenda de
café. Vale do Paraíba, c. 1882. Disponível em: https://acervos.ims.com.br/portals/#/detailpage/7069. Acesso em:
11 jan. 2021.
Dispõe sobre as terras devolutas no Império, e acerca das que são possuídas por titulo de sesmaria
sem preenchimento das condições legais; bem como por simples titulo de posse mansa e pacifica; e
determina que, medidas e demarcadas as primeiras, sejam elas cedidas a titulo oneroso, assim para
empresas particulares, como para o estabelecimento de colonias de nacionaes e de extrangeiros,
autorizado o Governo a promover a colonisação extrangeira na forma que se declara.
[...] Art. 1º – Ficam proibidas as aquisições de terras devolutas (terras do Estado) por outro título
que não seja o de compra. Excetuam-se as terras situadas nos limites do Império com países
estrangeiros em uma zona de 10 léguas, as quais poderão ser concedidas gratuitamente.
[...] 4º - A casa Vergueiro debita aos colonos que receberam de suas municipalidades
adeantamentos sem onus para a viagem, juros de 6%, desde o principio. Em conclusão: embolsa
quantias que não lhe pertencem e lesam com isso os pobres colonos.
5º - A casa Vergueiro declara na Europa, por intermédio de seus agentes ou nos ajustes para a
viagem, que chegando á America o colono não terá nenhuma taxa a pagar, e nada diz a respeito
de qualquer commissão a ser paga. Sem embargo disso, porém, onera aqui cada pessoa de mais
de 8 a 10 annos e cada duas crianças de menos do que essa idade, até um anno, com dez mil reis.
Essa taxa é chamada dinheiro de commissão.
6º - A casa Vergueiro debita aos colonos, pela viagem de Santos á colónia, sommas exageradas,
que devem ser qualificadas de illegaes visto como, segundo nos consta, os colonos deveriam ser
transportados gratuitamente desde aquelle porto até ás fazendas. Nada figura em nossos contractos
a respeito da necessidade de tal pagamento.
Fonte: DAVATZ, Thomas. Memórias de um Colono no Brasil (1850). Tradução, prefácio e notas de Sérgio Buarque de
Holanda. São Paulo: Livraria Martins, 1941. Pág. 250. [grafia original]. Disponível em: https://ia800205.us.archive.
org/6/items/memriasdeumcol00dava/.pdf. Acesso em: 06 jan. 2021. [Grafia original].
FONTE 5
FONTE 6
FONTE 7
Ao Sr. Dr. Secretario dos negócios de Agricultura. Declaro que o Sr. Gusta-
vo Kochner é colono da Brazil Railway, Colonia Faxina, ocupando o lote
nº 19 (contrato nº 9). No mais, sou com estima e consideração de V.ª S.ª
Fonte: Museu da Imigração do Estado de São Paulo. Transcrição a partir de requerimentos SACOP. [Grafia original]. Disponível
em: http://www.inci.org.br/acervodigital/upload/requerimentos/BR_SP_APESP_SACOP_REQ_C07431_00641.pdf.
Acesso em: 30 dez. 2020.
FONTE 8
Estação de Pinheirinhos, da Estrada de Ferro Sorocabana
entre 1885/1889, retratada por Julio Wieczerski Durski.
A partir de 1916 recebeu o nome de Mailasky. Acervo
do Arquivo Nacional. Fonte: Wikipedia. Disponível em: https://
pt.wikipedia.org/wiki/Estrada_de_Ferro_Sorocabana#/
media/Ficheiro:Esta%C3%A7%C3%A3o_
ferrovi%C3%A1ria_da_Estrada_de_Ferro_Sorocabana.
tif. Acesso em: 06 jan. 2021.
FONTE 9
Postal n. 45, de Guilherme Gaensly, fotografia de trecho da
estrada de ferro Santos -Jundiaí, na Serra do mar. São Paulo
Railway. (c. 1890/1900).
4º MOMENTO
4.1. Após os estudos da Situação de Aprendizagem, responda à questão a seguir:
1º MOMENTO
1.1. Com as orientações de seu professor, leia o texto para realizar a atividade proposta:
[...] O que todas as características dos fluidos mostram, em linguagem simples, é que os líquidos,
diferentemente dos sólidos, não mantêm sua forma com facilidade. Os fluidos, por assim dizer, não
fixam o espaço nem prendem o tempo. Enquanto os sólidos têm dimensões espaciais claras,
mas neutralizam o impacto e, portanto, diminuem a significação do tempo (resistem
efetivamente a seu fluxo ou o tornam irrelevante), os fluidos não se atêm muito a qualquer
forma e estão constantemente prontos (e propensos) a mudá-la; assim, para eles, o que
conta é o tempo, mais do que o espaço que lhes toca ocupar; espaço que, afinal, preenchem
apenas “por um momento”. Em certo sentido, os sólidos suprimem o tempo; para os líquidos, ao
contrário, o tempo é o que importa. Ao descrever os sólidos, podemos ignorar inteiramente o
tempo; ao descrever os fluidos, deixar o tempo de fora seria um grave erro. Descrições de líquidos
são fotos instantâneas, que precisam ser datadas.
Os fluidos se movem facilmente. Eles “fluem”, “escorrem”, “esvaem-se”, “respingam”, “transbordam”,
“vazam”, “inundam”, “borrifam”, “pingam” são “filtrados”, “destilados” diferentemente dos sólidos, não
são facilmente contidos — contornam certos obstáculos, dissolvem outros e invadem ou inundam seu
caminho. Do encontro com sólidos emergem intactos, enquanto os sólidos que encontraram, se
permanecem sólidos, são alterados — ficam molhados ou encharcados. A extraordinária mobilidade
dos fluidos é o que os associa à ideia de “leveza”. Há líquidos que, centímetro cúbico por centímetro
cúbico, são mais pesados que muitos sólidos, mas ainda assim tendemos a vê-los como mais leves,
menos “pesados” que qualquer sólido. Associamos “leveza” ou “ausência de peso” à mobilidade e à
inconstância: sabemos pela prática que quanto mais leves viajamos, com maior facilidade e rapidez
nos movemos.
Essas são razões para considerar “fluidez” ou “liquidez” como metáforas adequadas quando
queremos captar a natureza da presente fase, nova de muitas maneiras, na história da modernidade.
Fonte: BAUMAN, Zygmunt11. Modernidade Líquida. Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
a) O que é modernidade para você? Explique com suas palavras ou busque o significado no di-
cionário e reflita sobre o termo.
b) Que relação podemos estabelecer, a partir da analogia entre sólidos e líquidos, com a realida-
de contemporânea? Por que o autor relaciona os “sólidos” com o “espaço”, e os “líquidos”,
com o “tempo”? Explique com suas palavras.
c) Qual relação o sociólogo estabelece entre a ideia de fluidez e de modernidade? Por quê?
O fluído é mais imediato? Cite exemplos de ações que julga imediatistas na atualidade.
d) Os processos de globalização seriam “sólidos” ou “líquidos”, segundo a metáfora do autor?
Dê exemplos.
11 Zygmunt Bauman (1925-2017) foi um sociólogo polonês, professor emérito de Sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia. Foi o autor do conceito “mo-
dernidade líquida”, segundo o qual estamos vivendo tempos de instabilidade e volatilidade. Entrevista com Zygmunt Bauman. Núcleo de Pesquisa em Estudos
Culturais - Npec. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1miAVUQhdwM. Acesso em: 22 jan. 2021.
Vídeo: Globalização.
2º MOMENTO
2.1. Com as orientações de seu professor, realize a atividade proposta.
Fonte: CABRAL, Bruno Fontenele; CANGUSSU, Débora Dadiani Dantas. “Primavera árabe”: reflexões sobre a existência
do direito à democracia (“right to democracy”). Jus Navigandi, Teresina, ano 16, n. 2795, 25 fev. 2011. Disponível em:
http://jus.com.br/revista/texto/18576. Acesso em: 19 jan. 2021.
O que abordar?
• Primavera Árabe e o uso das redes sociais e internet na organização e na mobilização popular
contra regimes não democráticos do norte da África e do Oriente Médio.
Desglobalização?
Fonte: Jornal da USP. Movimento de desglobalização causa retração na economia mundial: fenômeno vem ocorrendo
em diversos países e regiões como China, EUA e Europa, afirma especialista. Publicado em 15 out. 2018. Disponível em:
https://jornal.usp.br/atualidades/movimento-de-desglobalizacao-causa-retracao-na-economia-mundial/.
Acesso em: 26 jan. 2021.
O que abordar?
A circulação de dinheiro, no mundo globalizado, ocorre com o chamado capital produtivo, usado
para financiamento da indústria e comércio, e o capital especulativo, cujo investimento é realizado
por meio de ações, que é predominante na sociedade contemporânea.
A mundialização da economia
O capitalismo passa por crises periódicas. A mais recente ocorreu em 2008, quando a economia norte-
americana sofreu com a declaração de falência do quarto maior banco dos Estados Unidos, o Lehman
Brothers. A origem da crise econômica global de 2008 remete ao segmento de hipotecas de alto risco do
mercado imobiliário em 2006. Seus primeiros desdobramentos nos Estados Unidos começaram a ser
percebidos em 2007, com pedidos de falência e aquisições de bancos em dificuldades. Sem dinheiro,
empresas de financiamento, seguradoras, agências de hipotecas e bancos de inúmeros lugares do mundo
abriram falência. As perdas de valores chegaram ao patamar dos 50 trilhões de dólares.
A crise provocou retração na economia, e diversos países entraram em recessão. Como
consequência, os índices de desemprego subiram no mundo inteiro. A Organização Mundial do
Trabalho (OIT) afirmou que, no início de 2008, existiam cerca de 190 milhões de desempregados no
mundo. No final de 2012, esse número passou de 202 milhões. O Fundo Monetário Internacional
(FMI) classificou a crise como sendo a mais grave desde a Grande Depressão, ocorrida em 1929.
Diante desse quadro econômico, houve uma intervenção do Estado na economia, contrariando
os princípios liberais de Estado mínimo. Na ocasião da crise de 2008, George W. Bush, então
presidente dos Estados Unidos, socorreu os bancos à beira da falência com US$ 700 bilhões em
uma semana, ou seja, os impactos foram minimizados por meio de intervenções consideráveis no
mercado. Alguns bancos se tornaram propriedade do Estado e outros receberam empréstimos
governamentais para liquidar suas dívidas e garantir dinheiro na conta de seus correntistas.
O que abordar?
3º MOMENTO
om a orientação de seu professor, em uma Roda de Conversa, construam ar-
3.1. C
gumentações sobre o mundo globalizado e suas contradições a partir das refle-
xões realizadas na Aula Invertida.
DESAFIO INTERDISCIPLINAR
TEXTO I TEXTO II
Dois inimigos brandem os seus varapaus, em luta sobre Minha mensagem para os líderes internacionais é
as areias movediças. Atento às táticas mútuas, cada qual de que nós estaremos de olho em vocês. Isto está
responde golpe a golpe e replica com uma esquiva. Fora completamente errado. Eu não deveria estar aqui. Eu
do cenário do quadro, observamos como espectadores deveria estar na minha escola, do outro lado do oceano.
a simetria dos gestos ao longo do tempo: que espetáculo E vocês vêm até nós, jovens, para pedir esperança.
Como vocês ousam?
magnífico e banal! Ora, o pintor – Goya – fez mergulhar
Vocês roubaram meus sonhos e minha infância com suas
os dois contendores na lama até aos joelhos. A cada
palavras vazias. E ainda assim, eu tenho que dizer que
movimento, um buraco viscoso engole-os e ambos se sou uma das pessoas com mais sorte (nesta situação).
enterram na lama gradualmente. As pessoas estão sofrendo e estão morrendo.
A que ritmo? Isso depende da sua agressividade: na Os nossos ecossistemas estão morrendo.
luta mais encarnada, os movimentos mais vivos e secos Como vocês se atrevem?
aceleram o atolamento. Os beligerantes não adivinham o Por mais de 30 anos, a ciência tem sido muito clara.
abismo em que se precipitam, mas do exterior, nós, pelo Como vocês se atrevem a continuar ignorando isto?
contrário, vemo-lo bem. Quem vai morrer? – perguntamo- E como se atrevem a vir aqui e dizer que estão fazendo
nos? Quem vai ganhar? – pensam eles e dizemos nós o suficiente? Quando sabemos que as políticas e as
muitas vezes. Apostemos. Apostem no da direita, nós soluções necessárias não são sequer vistas?
apostamos no da esquerda. Que o desfecho seja duvidoso Vocês dizem que estão nos escutando e que
decorre da dupla natureza dos dois inimigos: há apenas compreendem a urgência (deste tema).
dois contendores, que a vitória sem dúvida dividirá.
Mas, numa terceira posição, exterior a essa luta, Mas não importa tão triste e furiosa eu esteja, eu não
reparamos num terceiro lugar, o pântano, onde a luta quero acreditar no que dizem. Se vocês realmente
se afunda. entendem o que está acontecendo e continuam
[...] Entretanto, não esquecemos o mundo das próprias falhando em agir, vocês seriam um mal. E eu me
coisas, a areia movediça, a água, a lama, os caniços do recuso a acreditar nisso.
Ativista Greta Thunberg discursou esta segunda-feira na
pântano? Em que areias movediças nos atolamos em
abertura do Encontro de Cúpula sobre Ação Climática;
conjunto, adversários ativos e espectadores perigosos? jovem sueca, de 16 anos, diz que “o mundo está
despertando” para o problema da mudança climática.
Fonte: SERRES, Michel. O Contrato Natural. Lisboa:
Instituto Piaget, 1990, p. 11-12.
Fonte: ONU News, 23 de setembro de 2019. Disponível em:
https://news.un.org/pt/story/2019/09/1688042. Acesso em:
29 jan. 2021.
4º MOMENTO
4.1. Após os estudos da Situação de Aprendizagem, responda à questão a seguir:
(FUVEST – 2013)
a) Apesar da grave crise econômica que atingiu alguns países da Zona do Euro, entre os quais a
Grécia, outras nações ainda pleiteiam sua entrada nesse Bloco.
b) A ajuda financeira dirigida aos países da Zona do Euro e, em especial à Grécia, visou evitar o
espalhamento, pelo mundo, dos efeitos da bolha imobiliária grega.
c) Por causa de exigências dos credores responsáveis pela ajuda financeira à Zona do Euro, a
Grécia foi temporariamente suspensa desse Bloco.
d) Com a crise econômica na Zona do Euro, houve uma sensível diminuição dos fluxos turísticos
internacionais para a Europa, causando desemprego em massa, sobretudo na Grécia.
e) Graças à rápida intervenção dos países membros, a grave crise econômica que atingiu a Zona
do Euro restringiu-se à Grécia, França e Reino Unido.
13 Charge original em: NANI HUMOR. Quem manda na Grécia. Disponível em: http://www.nanihumor.com/2012/02/quem-manda-na-grecia.html. Acesso em:
11 mar. 2021. Crise Grega. Disponível em: http://www.nanihumor.com/2015/07/crise-grega.htm. Acesso em: 11 mar. 2021.
FILOSOFIA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
TEMA: Territorialidades e juventudes.
1º MOMENTO
O que é ser jovem? E o que é ser jovem hoje? Já se perguntou também como será que era
ser jovem na época dos seus pais? E dos seus avós? Será que a concepção de juventude muda
no decorrer dos tempos? Será que ela é diferente em outros lugares? A cultura de um país pode
influenciar a concepção de vida e de juventude? Qual é o papel da música para a juventude?
14 Édipo Rei é um personagem da mitologia grega e também uma tragédia escrita por volta de 427 a.C. pelo dramaturgo Sófocles (496-406 a.C.). trata-se de
uma das tragédias gregas mais emblemáticas da história do teatro na grécia. É baseada no mito de Édipo e citada pelo filósofo grego Aristóteles em sua obra
Poética. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/edipo-rei/. Acesso em: 10 nov. 2020.
2º MOMENTO
Você certamente já deve ter navegado pelo YouTube. Seus pais
também o utilizam? Você já viu um idoso acessando o YouTube?
Vamos usar a nossa imaginação e transpor o passado da Grécia
antiga para os dias de hoje. Sócrates, que, na sua época, fazia a Filo-
sofia acontecer na Ágora, hoje em dia, podemos supor, seria um youtu-
https://pixabay.com/images/id-3758364/
ber muito popular.
Através dos tempos, as formas de comunicação se ressignificaram. Se na Antiguidade a praça públi-
ca era o melhor espaço para a comunicação, podemos dizer que, com o passar dos tempos, o jornal, o
rádio, a televisão e a internet foram ocupando esses novos espaços para a comunicação e o lazer.
Depois de realizar essa pesquisa, você deve ter percebido que os estilos musicais sofreram mu-
danças. De geração a geração, isso costuma ocorrer. Muitas músicas do passado podem parecer
estranhas e serem consideradas antigas e desatualizadas. Mas você já pensou que a música que você
escuta hoje também poderá ser considerada “velha”, “antiga” e “desatualizada” pelos seus filhos e
netos? Pense sobre isso!
15 Criado em 1966 pelo jornalista Augusto Marzagão e pelo então governador do estado da Guanabara, Negrão de Lima, com o objetivo de projetar a MPB, in-
centivar compositores e arranjadores e promover maior intercâmbio entre os grandes centros musicais do mundo inteiro, o Festival Internacional da Canção
(FIC) se tornou parte integrante do calendário oficial da Secretaria Estadual de Turismo. A primeira edição, de 1966, foi patrocinada pela TV Rio. Em 1967,
a Globo passou a investir nos festivais e a transmiti-los. Disponível em: https://memoriaglobo.globo.com/entretenimento/musicais-e-shows/festival-
-internacional-da-cancao/1968/. Acesso em: 10 nov. 2020.
3º MOMENTO
Nos momentos anteriores, foram realizadas reflexões sobre as diferenças entre as gerações. Nesse
momento, dois pensadores podem nos ajudar a pensar um pouco mais sobre esse assunto. O primeiro
é o filósofo Sócrates, que foi julgado e condenado à morte. Uma das principais acusações foi o de cor-
romper a juventude. Youtubers e influenciadores digitais também não poderiam ser julgados por isso?
Vamos ler um trecho da obra Apologia de Sócrates, de Platão, para pensarmos um pouco sobre
sua acusação.
Ora, julgais que eu teria vivido tantos anos, se me tivesse aplicado aos negócios públicos, e
procedendo como homem de bem, tivesse defendido as coisas justas, e, como deve ser, tivesse
dado a isso maior importância? Muito longe disso, cidadãos atenienses; na verdade, também
nenhum outro se teria salvo! Eu, porém, durante toda a minha vida, se fiz alguma coisa, em
público ou em particular, vos apareço sempre o mesmo, não tendo jamais concedido coisa
alguma contra a justiça nem aos outros nem a algum daqueles que meus caluniadores chamam
de meus discípulos.
Mas nunca fui mestre de ninguém: embora nunca me opusesse àquele que se mostrou desejoso
da minha presença quando eu falava, e acudiam à minha procura jovens e velhos, nunca me
recusei a ninguém. Nunca, ao menos, falei de dinheiro; mas igualmente me presto a me interrogar
os ricos e os pobres, quando alguém, respondendo, quer ouvir o que digo. E se algum deles se
torna melhor, ou não se torna, não posso ser responsável, pois que não prometi, nem dei, nesse
sentido, nenhum ensinamento. E, se alguém afirmar que aprendeu ou ouviu de mim, em particular,
qualquer coisa de diverso do que disse a todos os outros, sabei bem que não diz a verdade.
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Tradução: Maria Lacerda de Souza. Disponível em: http://www.dominiopublico.
gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2296 Acesso em: 10 nov. 2020.
Por que é necessário pensar sobre a velhice? Juventude e velhice convivem o tempo todo.
O envelhecimento é um fato! Com base nessas reflexões, responda em seu caderno:
1) Quais são as características de uma pessoa idosa? Todas as pessoas acima de 60 anos podem
ser consideradas idosas? Por quê?
2) No Brasil, como uma pessoa idosa é tratada?
3) Como lidamos com a condição da velhice?
4) Como as políticas públicas lidam com a velhice?
5) Como você deseja chegar à sua velhice?
4º MOMENTO
Pensando nas concepções de infância, juventude e velhice e nas suas problemáticas no Brasil
contemporâneo, você conhece as políticas públicas que lidam com o tema? Já ouviu falar do Estatu-
to da Criança e do Adolescente e do Estatuto do Idoso? Por que é necessária a existência desses
estatutos? Vamos pesquisar!
5º MOMENTO
Para finalizar essa reflexão, vamos praticar respondendo à questão abaixo:
(ENEM 2017) - Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates
paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum:
os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são
capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem.
É sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação.
E para concluir...
As reflexões que permeiam a juventude e a velhice devem ser realizadas com atenção. Hoje
estranhamos certas atitudes dos mais velhos. Será que, quando atingirmos a velhice, os jovens
vão estranhar as mesmas coisas em nós? Os nossos fazeres sociais, culturais, políticos, econômi-
cos e tecnológicos são reflexo das nossas escolhas e das nossas atitudes, seja na juventude, seja
na velhice. Sendo assim, comece a pensar: Quais fazeres sociais, políticos, econômicos e
tecnológicos, dos mais simples aos mais complexos, tornam nossa sociedade melhor?
Essa é a situação-problema que o acompanhará no decorrer desse semestre. Pensando nisso,
quais devem ser as escolhas para assegurar a melhora da nossa sociedade em relação à juventu-
de e à velhice?
1º MOMENTO
Caro estudante, nesta Situação de Apren-
dizagem, o tema A (re)produção do espaço
será o foco. Cada componente da área desen-
volverá uma abordagem diferente e possibilitará
reflexões sobre ele. Na Filosofia, a abordagem
será a partir do olhar da Filosofia Política,
apontando pensamentos sobre as relações de
poder entre o Estado e os indivíduos.
Para darmos início a esta Situação de
Aprendizagem, vamos refletir a partir das per-
guntas ao lado, que devem ser respondidas em
seu caderno. Ao responder, lembre-se: o olhar
deve estar focado na reflexão política e nas re-
lações de poder entre o Estado e os indivíduos. Erica Frau /2021.
Você já jogou algum tipo de jogo sobre construção de cidades? Já pensou que o planejamento
é essencial para que haja uma boa gestão? Considerou que, nesse tipo de jogo, de certa forma,
você representa o Estado?
CURIOSIDADES: Para saber um pouco mais sobre esses jogos, sugerimos a leitura
do artigo: Os 20 melhores jogos de construir cidades em 2020!
2º MOMENTO
Dando continuidade às reflexões sobre as relações de
poder, leia atentamente o excerto a seguir e converse sobre
ele com seus colegas de turma:
A imagem ao lado traz o trecho da abertura da segunda
parte do Discurso sobre a origem da desigualdade entre
os homens17, escrito em 1754 por Jean-Jacques Rousse-
au (1712-1778), indicando que a sociedade civil nasce sob o
signo da desigualdade.
Rousseau foi um filósofo Contratualista. Você sabe o
que isso significa? Saiba mais, acesse o vídeo a seguir e confira.
Depois de realizar a pesquisa e o registro no seu caderno, você é convidado a pensar sobre as relações
políticas nos dias de hoje. Como se dá a (re)produção do espaço, sobretudo o espaço político, na atualida-
de? O que é a política? A política de hoje é diferente da política tratada pelos filósofos contratualistas? Bem
comum, solidariedade e generosidade são conceitos que possuem alguma relação com a política? Justifi-
que a sua resposta. Você é a favor da justiça e da liberdade? Explique como o Estado pode garantir isso?
3º MOMENTO
Não podemos deixar de pensar sobre como o pensamento científico
tem influenciado a (re)produção dos espaços. Você deve estar se
perguntando: por que (re)produção? Vamos refletir sobre esse
conceito! O mundo não para de se transformar; de tempos em tem-
pos, a sociedade sofre mudanças em suas relações sociais, políticas,
econômicas e tecnológicas.
Trata-se de um movimento necessário, portanto, é preciso agir e (re)
Fonte da imagem: https:pixabay.com/ima-
agir, resistir, inventar e (re)inventar, transformar e (re)configurar as rela-
ges/id.4651799/ ções. Sendo assim, (re)produzir aponta para a ideia de produzir de
novas formas, produzir de novas maneiras.
Vivemos verdadeiras transformações na organização dos espaços contemporâneos, e isso dialo-
ga com a relação de poder dos Estados com os indivíduos e com o planeta.
A ONU – Organização das Nações Unidas, em setembro de 2015, reuniu representantes dos 193
Estados-membros em Nova York, e esses reconheceram que a erradicação da pobreza em todas as
suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global e um requisito indis-
pensável para o desenvolvimento sustentável. A partir desse encontro, nasce o documento “Transfor-
mando o nosso mundo: A Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável”18. O plano indica
17 objetivos de desenvolvimento sustentável, os ODS, e 169 metas para erradicar a pobreza e promo-
ver vida digna para todos, dentro dos limites do planeta.
O Objetivo 11 apresenta conexões diretas com as discussões desta Situação de Aprendizagem;
vamos conhecê-lo:
Em 2014, 54% da população mundial vivia em áreas urbanas, com projeção de crescimento para 66% em 2050.
Em 2030, são estimadas 41 megalópoles com mais de 10 milhões de habitantes. Considerando que a pobreza
extrema muitas vezes se concentra nesses espaços urbanos, as desigualdades sociais acabam sendo mais
acentuadas e a violência se torna uma consequência das discrepâncias no acesso pleno à cidade. Transformar
significativamente a construção e a gestão dos espaços urbanos é essencial para que o desenvolvimento
sustentável seja alcançado. Temas intrinsecamente relacionados à urbanização, como mobilidade, gestão de
resíduos sólidos e saneamento, estão incluídos nas metas do ODS 11, bem como o planejamento e aumento
de resiliência dos assentamentos humanos, levando em conta as necessidades diferenciadas das áreas rurais,
periurbanas e urbanas. O objetivo 11 está alinhado à Nova Agenda Urbana, acordada em outubro de 2016,
durante a III Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável.
Disponível em: http://www.agenda2030.com.br/ods/11/. Acesso em: 29 nov. 2020.
Pensar sobre essas cidades e comunidades sustentáveis é ação necessária para garantir a qua-
lidade de vida. A tecnologia faz parte desse novo ciclo da humanidade, e o pensamento científico ga-
rante todo esse desenvolvimento. Sabemos que, na prática, o desenvolvimento da ciência e da tecno-
logia tem sido essencial para a transformação das nossas vidas.
As cidades ideais ou utópicas são constantemente imaginadas e desejadas pela humanidade. Na
tradição filosófica, não podemos deixar de citar alguns exemplos:
A República (Politeia) idealizada pelo filósofo Platão por volta de 380 a.C. se refere a uma
cidade ideal, chamada de Kallipolis (em grego, “cidade bela”). Nela, deveria ser adotado um
novo tipo de aristocracia. Diferentemente da aristocracia tradicional, baseada em bens e na
tradição, a proposta do filósofo é que a nova possua como critério o conhecimento.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o#/media/Ficheiro:P._Oxy._
LII_3679.jpg. Acesso em: 30 nov. 2020.
A Cidade de Deus (De Civitate Dei), obra escrita por Santo Agostinho em 410,
descreve o mundo dividido entre o dos homens (o mundo terreno) e o dos céus (o
mundo espiritual). Teria sido a obra preferida do Imperador Carlos Magno. Uma das
criações mais representativas do gênero humano.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/De_Civitate_Dei#/media/Ficheiro:Augustinus_-_
De_civitate_Dei,_circa_1483_-_434232_a1r.jpg. Acesso em: 30 nov. 2020.
Utopia descreve uma república imaginária governada pela razão e tem como objetivo
contrastar com a realidade cheia de conflitos da política europeia da época. Thomas
Morus, em 1516, criou a ideia de utopia ao descrever uma ilha imaginária com uma
sociedade perfeita em todos os sentidos.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Utopia_(livro)#/media/Ficheiro:Utopia.jpg. Acesso
em: 30 nov. 2020.
E no cinema? Como são as produções sobre essas cidades ideais ou utópicas? Nesta
Situação de Aprendizagem, no material de História, você viu dois exemplos, Matrix e
Metrópolis, e, na Situação de Aprendizagem 7 do volume 2 no material de Sociologia,
você teve o exemplo de Elysium. Além desses filmes, você se lembra de outros que
tratam de cidades utópicas? Pesquise as distopias do cinema, escolha um filme19
e elabore um cartaz sobre ele para socializar com a turma.
Disponível em: https://pixabay.com/images/id-4153289/. Acesso em: 30 nov. 2020.
19 Caro estudante, ao escolher o filme, verifique se a classificação indicativa é apropriada para a sua idade. Classificação Indicativa – Disponível em: http://
portal.mj.gov.br/ClassificacaoIndicativa/EscolhaTipo.jsp. Acesso em: 10 dez. 2020.
4º MOMENTO
Para finalizar essa reflexão, vamos praticar respondendo à questão abaixo:
(ENEM 2018) - TEXTO I - Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo
homem é inimigo de todo homem, é válido também para o tempo durante o qual os homens
vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida por sua própria força e invenção.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
TEXTO II - Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem
seja naturalmente mau. Esse autor deveria dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o
cuidado de nossa conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por conseguinte, o
mais próprio à paz e o mais conveniente ao gênero humano.
ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens.
São Paulo: Martins Fontes, 1993 (adaptado).
E para concluir...
Nesta Situação de Aprendizagem, você foi convidado a pensar sobre as condições da cidade em
que você vive e sobre o que poderia ser alterado para que ela fosse melhor. Também foi questionado
se a organização da sociedade civil é a melhor forma de se viver e se deparou com as justificativas de
Hobbes, Locke e Rousseau sobre as relações de poder entre o Estado e os indivíduos que compõem
a sociedade. Deparou-se com o olhar atento da ONU –Organização das Nações Unidas sobre as ci-
dades e comunidades sustentáveis por meio da Agenda 2030. Essas reflexões devem ajudar você a
responder à situação-problema do semestre: Quais fazeres sociais, políticos, econômicos e tec-
nológicos, do mais simples ao mais complexo, tornam nossa sociedade melhor? Como você
responde a essa pergunta com base nesta Situação de Aprendizagem?
1º MOMENTO
Caro estudante, nesta terceira Situação de Aprendizagem, você será convidado a refletir sobre a
Ética e a Política. O tema - As formas de ser e estar no mundo: fixação e deslocamentos em
diferentes processos e tempos provocará essas reflexões. Vamos começar com algumas perguntas.
Você já observou que, em nossa sociedade, existem algumas exigências morais que
muitas vezes causam estranhamento em outras culturas e sociedades? Já notou que
alguns hábitos, que hoje são considerados naturais, foram considerados estranhos no
passado? Da mesma forma, deu-se conta de que os hábitos que hoje estranhamos foram
naturais no passado? Você acredita que os regimes políticos influenciam as formas de
ser e estar dos seres humanos no mundo?
Para começar este momento, é essencial compreender os conceitos - Ética e Moral. Para isso,
vamos realizar um exercício. Leia atentamente o significado destas duas palavras, pesquise sobre elas
e elabore um mapa conceitual com a sua compreensão.
ética moral
Segmento da filosofia que se dedica
à análise das razões que ocasionam,
alteram ou orientam a maneira de agir Preceitos e regras que, estabelecidos e
do ser humano, geralmente tendo em admitidos por uma sociedade, regulam
(...) Reunião das normas de valor moral o comportamento de quem dela faz
presentes numa pessoa, sociedade parte. Leis da honestidade e do pudor;
ou grupo social: ética parlamentar; moralidade.
ética médica
Dicio com.br
Dicio com.br
2º MOMENTO
Agora que você já sabe distinguir ética de moral,
vamos adiante nas reflexões?
REFÚGIO X MIGRAÇÃO
As migrações são fenômenos milenares. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas
para Refugiados (ACNUR), a separação entre refugiados e migrantes se faz necessária para dar
clareza sobre “as causas e características dos movimentos de refúgio”.
São considerados refugiados aqueles que não estão em seus países de origem devido a
instabilidades sérias na ordem pública ou temores ocasionados por perseguição, violência, conflitos
ou outras situações que necessitem de proteção internacional. Os refugiados são protegidos pelo
direito internacional e são reconhecidos por diversos protocolos e convenções internacionais, como
a Convenção de 1951, relativa ao Estatuto dos Refugiados.
Já os migrantes são quaisquer indivíduos que tenham mudado de seu país, cidade, estado de
origem, sendo não necessariamente influenciados por qualquer perturbação de ordem ou situação
que ameaça sua proteção.
O uso generalista do termo “migração” deve ser evitado, pois, de acordo com o órgão da
Organização das Nações Unidas (ONU), pode colocar em risco “a vida e a segurança dos refugiados”,
já que as razões que os fizeram migrar não foram voluntárias.
Dicio com.br
A Xenofobia é um preconceito tão marcante, que a Declaração Universal dos Direitos Hu-
manos possui alguns artigos que tratam diretamente dessas implicações. Vamos conferir!
Artigo 1º - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados
de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Artigo 2º - 1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos
nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra
condição. 2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou
internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território
independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
Artigo 4º - Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de
escravos serão proibidos em todas as suas formas.
[...]
Artigo 13º - 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das
fronteiras de cada Estado. 2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o
próprio e a esse regressar.
Artigo 14º - 1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar
asilo em outros países. 2. Esse direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente
motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações
Unidas.
[...]
Artigo 24º - Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das
horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.
[...]
Artigo 28º - Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos
e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
[...]
Se somos todos iguais e temos os mesmos direitos, porque ainda existem manifestações deste
tipo: Não gosto de estrangeiros! Eles vêm para cá para “roubarem” o trabalho da gente. Por
ser imigrante, não deve usufruir dos mesmos direitos que eu, pelo menos não antes de mim!
Você considera essas manifestações éticas? Justifique sua resposta.
Para saber mais sobre a xenofobia na nossa sociedade, assista ao minidocumentário “Migra-
ção como direito humano: Rompendo o vínculo com o trabalho escravo”, disponível no
QR Code a seguir:
3º MOMENTO
Os regimes políticos possuem conexão direta com as formas de ser e
estar no mundo. Eles refletem na economia, na circulação de pessoas e
mercadorias, nas relações sociais e nos movimentos políticos. Na Grécia
Antiga, Aristóteles, em sua obra Política, escreveu sobre os regimes
políticos. Ele afirmava que a cidade é importante na vida de cada indivíduo
e que é por meio dela que as relações sociais acontecem. Por isso, ele
disse: “o todo deve necessariamente ter precedência sobre as partes”21.
Para Aristóteles, a Política é uma continuidade da Ética, sendo a Ética aquela que se dirige ao bem
individual e a Política aquela que se dirige ao bem comum.
“Há cidades que valorizam a honra (isto é, a hierarquia social baseada no sangue, na terra e nas tradições)
e julgam que o poder é a honra mais alta e que cabe a um só: tem-se a monarquia, na qual é justo que um
só participe do poder. Há cidades que valorizam a virtude como excelência de caráter (coragem, lealdade,
fidelidade ao grupo e aos antepassados) e julgam que o poder cabe aos melhores: tem-se a aristocracia, na
qual é justo que somente alguns participem do poder. Há cidades que valorizam a igualdade (são iguais os que
são livres), consideram a diferença econômica e não política entre ricos e pobres e julgam que todos possuem
o direito de participar do poder: tem-se a democracia, na qual é justo que todos governem.”
Segundo Aristóteles, eram legítimas e puras as cidades cujos regimes políticos visavam ao interesse comum.
E eram consideradas ilegítimas e impuras aquelas cidades cujos regimes visavam ao interesse próprio,
deturpando a concepção de governo do filósofo. A seguir, temos uma tabela com esses regimes políticos:
20 A árvore genealógica é a forma mais utilizada e de fácil compreensão para organizar os dados coletados dos membros da família. A genealogia é uma ciência que
tem como objetivo estudar a origem de uma pessoa e sua família. esse nome é utilizado porque a construção gráfica se assemelha às ramificações das árvores.
21 ARIStóteLeS. Política, p.15.
1) Pesquise as formas de governo citadas no quadro. Para quais delas você encontra exemplos
hoje? Descreva-os de forma sucinta.
2) Considerando os seus estudos sobre os regimes políticos e as reflexões sobre a ética e a moral,
na sua opinião, qual é o melhor regime para garantir os direitos dos migrantes? Justifique sua
resposta.
4º MOMENTO
Para finalizar essa reflexão, vamos praticar respondendo à questão abaixo:
(ENEM 2019) A hospitalidade pura consiste em acolher aquele que chega antes de lhe impor
condições, antes de saber e indagar o que quer que seja, ainda que seja um nome ou um
“documento” de identidade. Mas ela também supõe que se dirija a ele, de maneira singular,
chamando-o portanto e reconhecendo-lhe um nome próprio: “Como você se chama?” A
hospitalidade consiste em fazer tudo para se dirigir ao outro, em lhe conceder, até mesmo perguntar
seu nome, evitando que essa pergunta se torne uma “condição”, um inquérito policial, um
fichamento ou um simples controle das fronteiras. Uma arte e uma poética, mas também toda uma
política dependem disso, toda uma ética se decide aí.
E para concluir...
Os estudos sobre as formas de ser e estar no mundo e suas implicações morais devem ter pro-
vocado em você alguns pensamentos sobre suas atitudes. A pergunta do semestre – Quais fazeres
sociais, políticos, econômicos e tecnológicos, dos mais simples aos mais complexos, tor-
nam nossa sociedade melhor? – vem ao encontro dos estudos realizados nesta Situação de Apren-
dizagem. Descreva em tópicos quais seriam os seus afazeres para garantir a melhoria na convivência
entre as diferenças em nossa sociedade.
1º MOMENTO
Caro estudante, nesta quarta Situação de Aprendizagem, você será convidado a pensar sobre as
novas fronteiras da globalização e seus impactos. Esse é um tema que envolve os campos de
investigação filosófica relacionados à ética, à política e à filosofia da ciência.
Quais impactos do desenvolvimento científico e tecnológico e da globalização tem nos incomodado
a ponto de buscarmos uma reflexão ética capaz de nos orientar a continuar usufruindo dos benefícios do
desenvolvimento científico e tecnológico e da sobrevivência do planeta e das futuras gerações?
Nesta Situação de Aprendizagem, a Bioética – responsável por pensar o conjunto de interroga-
ções e procedimentos éticos relacionados ao fenômeno da vida – será explorada, estabelecendo-se
relações com os demais componentes curriculares da Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Mas você sabe o que é bioética? Sabe quais são os seus princípios e seus temas? Seja curio-
so, pesquise:
CURIOSIDADES
Agora que você já sabe o que é bioética, assista aos vídeos Man22 e Man 202023, de Steve Cutts,
e responda às questões a seguir:
2º MOMENTO
Na Situação de Aprendizagem 2 desse volume, você estudou os fi-
lósofos contratualistas e o Contrato Social. Nesta Situação de
Aprendizagem, você estudará o Contrato Natural, pensamento desen-
volvido pelo filósofo francês Michel Serres (1930–2019). Serres afirma
que o ambiente físico possui um sistema independente do ser humano,
enquanto o ser humano parasita nesse sistema. O planeta não precisa do
ser humano para existir, mas o ser humano precisa do planeta. Enquanto Michel Serres
Imagem disponível em: https://pt.wikipedia.
os filósofos contratualistas se preocupavam com as relações sociais e a o r g / w i k i / M i c h e l _ S e r re s # / m e d i a /
ruptura com o estado de natureza, Michel Serres se preocupava com os Ficheiro:Michel_Serres_-_Espace_des_
sciences_-_15-02-2011.jpg. Acesso em:
desdobramentos da bioética na contemporaneidade. Vamos conferir: 15 jan de 2021.
“Serres explica que, na filosofia moderna, tanto a noção de um contrato social como a de um
direito natural deixaram de lado a proteção para o conjunto da natureza, porque previam proteção
apenas para os seres humanos. O contrato social é firmado entre os seres humanos para garantir sua
convivência, mas, estando os indivíduos pactuados entre si, a natureza é esquecida, fica fora do
contrato e não interessa à política. A mesma filosofia fala em um direito natural, que possibilitou a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789. Com a noção de direito natural,
especialmente como era compreendido na Idade Moderna, é enfatizada a ideia da liberdade que cada
indivíduo tem para reivindicar seus direitos, assegurando seus interesses subjetivos. Nessa concepção,
o conceito de natureza fica reduzido ao de natureza humana. Ou seja: a constituição da sociedade
como a conhecemos nunca levou em consideração a necessidade de conviver com a natureza.
Para mudar essa situação, é necessário um novo contrato, que Serres denomina contrato
natural. Seria não mais um contrato firmado exclusivamente entre os seres humanos, mas um
contrato dos humanos com a natureza inumana. O contrato natural transformaria os seres humanos
de parasitas em simbiontes. Em uma relação simbiótica há um compartilhamento: os dois lados
retiram aquilo de que necessitam, mas também fornecem ao outro aquilo de que ele necessita.
A relação de simbiose é uma relação de reciprocidade, não de exploração unilateral.”
Após a leitura desse texto e considerando as informações do momento anterior, realize duas ati-
vidades:
1) Construa um infográfico apontando cinco exemplos da atitude humana que evidenciam a neces-
sidade do contrato natural proposto por Michel Serres.
2) Explique a relação entre O contrato natural, de Michel Serres, e a ética da responsabilidade
frente aos desafios ambientais contemporâneos.
3º MOMENTO
Neste momento, vamos pensar sobre a ética da responsabilidade frente aos desafios ambientais
contemporâneos. Observe as imagens abaixo associando-as ao slogan ao lado e pense no quanto
somos responsáveis pelo que acontece no planeta e precisamos transformar a realidade que temos.
Como podemos fazer isso?
O uso demasiado de materiais descartáveis e o descarte inadequado têm comprometido a natureza.
Pesquise:
Erica Frau
Fazer o descarte adequado é ter responsabilidade ética frente aos desafios ambientais. Pense e
responda: por que o descarte correto de diferentes materiais é uma questão ética? Você sabe o que
fazer com seu lixo eletrônico?
CURIOSIDADES
Você sabia que os lixões estão com os dias contados? Sabia que a
Lei 12.305/10 determinava o prazo de agosto de 2014 para que os
municípios tomassem as devidas providências? Leia o artigo “Fim
dos lixões ganha mais prazo” e saiba mais sobre o novo prazo.
4º MOMENTO
A globalização e o desenvolvimento tecnológico fazem parte
da vida do homem contemporâneo. O desafio está na busca do
equilíbrio para que eles ocorram no planeta mantendo um com-
promisso ético com a natureza. Como vimos no momento ante-
rior, o ser humano depende da natureza para sobreviver; então,
precisamos cuidar bem dela.
As novas fronteiras da globalização têm seus impactos, e
sabemos que, “ao gerar avanços tecnológicos, o desenvolvimen-
to científico tem contribuído para o bem-estar da humanidade ao
Erica Frau
longo da história. Mas, ao mesmo tempo, possibilitou desastres
humanitários e ambientais de proporções incalculáveis.”26 As perguntas da ilustração provocam
pensamentos sobre o papel dos cientistas e da ciência frente ao desenvolvimento. Pense
sobre os impactos positivos e negativos do desenvolvimento tecnológico e da globalização frente aos
desafios ambientais contemporâneos. Lembre-se: você já realizou algumas reflexões sobre essas
questões na Situação de Aprendizagem 3 do volume 1 no material de Sociologia.
A música “Pelo Telefone” – Primeiro samba gravado na história, foi composto por
Ernesto Maria dos Santos (Donga) em 1916.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7S1VCN9DxeQ. Acesso em 15 jan. 2021.
Passados mais de 100 anos, em 2018, uma nova composição surge: “Pela
Internet 2” – Gilberto Gil | OK OK OK (2018)
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=X6BA_9cYhpA. Acesso em: 15 jan. 2021.
---
5º MOMENTO
Para finalizar essa reflexão, vamos praticar respondendo à questão abaixo:
(ENEM 2019)
TEXTO I - Os segredos da natureza se revelam mais sob a tortura dos experimentos do que no
seu curso natural.
BACON, F. Novum Organum, 1620. In: HADOT, P. O véu de Ísis: ensaio sobre a história da ideia de natureza. São
Paulo: Loyola, 2006.
TEXTO II - O ser humano, totalmente desintegrado do todo, não percebe mais as relações de
equilíbrio da natureza. Age de forma totalmente desarmônica sobre o ambiente, causando grandes
desequilíbrios ambientais.
GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. Campinas: Papirus, 1995.
E para concluir...
Os estudos sobre as novas fronteiras da globalização e seus impactos devem provocar pensa-
mentos sobre o quanto a ética é necessária para que o homem conviva em harmonia com a natureza
e sobreviva nela. A pergunta do semestre – Quais fazeres sociais, políticos, econômicos e tecno-
lógicos, dos mais simples aos mais complexos, tornam nossa sociedade melhor? – apresenta
conexão com as discussões realizadas nesta Situação de Aprendizagem.
Vamos refletir sobre os impactos da globalização. Como apontou Serres, “estamos embarcados
numa aventura da economia, ciência e técnica que é irreversível”. A vida contemporânea que temos
deve considerar os desafios da bioética frente ao desenvolvimento tecnológico e a globalização na
dinâmica produtiva. Esses são progressos que causam impactos na natureza e precisam ser geridos
de maneira responsável, consciente e sustentável. Considerando a pergunta do semestre, responda:
qual é o papel da reflexão ética para a produção e o consumo no mundo em que vivemos?
SOCIOLOGIA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
TEMA: Territorialidades e juventudes
SITUAÇÃO PROBLEMA: Quais fazeres sociais, políticos, econômicos e tecnológicos, dos mais
simples aos mais complexos, tornam nossa sociedade melhor?
Caro estudante:
Começamos aqui uma nova etapa no estudo da Sociologia. O volume que tem em mãos mantém
conexão com as situações de aprendizagem do Volume 1 e aponta diretrizes para o que você estuda-
rá na 2ª série. O formato adotado nas situações anteriores se mantém, de modo que esta e demais
atividades são subdivididas em tarefas ao longo de momentos. Aqui trataremos do papel do jovem em
contextos territoriais. O estudo será ampliado por meio da situação problema, que permeia os quatro
componentes curriculares da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, conectando-os, de forma
a contextualizar as especificidades de cada um na realidade social.
Bom trabalho.
1º MOMENTO
Neste momento inicial, vamos pensar a respeito de ser jovem. Devemos tratar de “juventude” ou
de “juventudes”? Por quê? Para iniciarmos essa reflexão, analise as imagens e o texto a seguir:
(...) a juventude é uma categoria socialmente construída. Ganha contornos próprios em contextos históricos,
sociais e culturais distintos, e é marcada pela diversidade nas condições sociais (origem de classe, por exemplo),
culturais (etnias, identidades religiosas, valores etc.), de gênero e, até mesmo, geográficas, dentre outros aspectos.
Além de ser marcada pela diversidade, a juventude é uma categoria dinâmica, transformando-se de acordo
com as mutações sociais que vêm ocorrendo ao longo da história. Na realidade, não há tanto uma juventude
e sim jovens, enquanto sujeitos que a experimentam e sentem segundo determinado contexto sociocultural
onde se inserem. [...] Desse modo, mais do que conceituar a juventude, optamos em trabalhar com a ideia de
condição juvenil [...] [que se refere] à maneira de ser, à situação de alguém perante a vida, perante a sociedade.
Mas também se refere às circunstâncias necessárias para que se verifique essa maneira ou tal situação.
Assim, existe uma dupla dimensão presente quando falamos em condição juvenil. Refere-se ao modo como
uma sociedade constitui e atribui significado a esse momento do ciclo da vida, no contexto de uma dimensão
histórico-geracional, mas também à sua situação, ou seja, o modo como tal condição é vivida a partir dos
diversos recortes referidos às diferenças sociais – classe, gênero, etnia etc. Na sua análise, permite-se levar
em conta tanto a dimensão simbólica como os aspectos fáticos, materiais, históricos e políticos nos quais a
produção social da juventude se desenvolve.
DAYRELL, Juarez Tarcísio. A juventude no contexto do ensino da Sociologia: questões e desafios. In. MORAES,
Amaury César (coord.). Sociologia: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, 2010. p. 65-67
Tikka/B. Gregório
• Alguma vez você parou para pensar o que é juventude? Como você se define enquanto jovem?
O que, para você, é ser jovem?
• Como será a experiência de ser jovem no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, e de ser jovem no
trecho carioca do Vale do Paraíba? E de ser jovem do Vale do Xingu, no Estado do Pará, ou do
Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais?
• Que condições aproximam e distanciam as experiências de ser jovem e mulher e de ser jovem
e homem? E de ser jovem negro e não negro? Trabalhador ou não?
• O que implica ser jovem em grandes centros urbanos ou no meio rural?
• Por que, para pensarmos sobre a condição de existência dos jovens, a Sociologia propõe uma
abordagem sobre “as” juventudes e não apenas “a” juventude?
a) Quais “juventudes” você percebe em sua escola, em seu bairro, em sua cidade?
b) As “juventudes” identificadas em sua escola, seu bairro e sua cidade se organizam ou se en-
contram em algum lugar específico? Quais?
c) Organizado em grupo, elabore um breve relatório para ser compartilhado na próxima aula.
2º MOMENTO
A diversidade sociocultural que envolve as condições e formas de existência dos jovens, de ser e
estar no mundo, é um dos aspectos mais importantes ao tratarmos das juventudes. Leia o texto a
seguir e responda às questões:
• Qual é a relação dos jovens com a produção de cultura e a construção de suas identidades?
• De que maneiras os jovens se relacionam com a sociedade de consumo e a produção de cultura?
• Pensando nas culturas juvenis do tempo dos seus pais e comparando-as com as de hoje, aponte
continuidades e descontinuidades na forma de expressão e manifestação dessas culturas?
• Com qual cultura juvenil você se identifica? Em grupo, escolha uma cultura juvenil e realize um
levantamento para aprender um pouco mais sobre ela, conforme as orientações do professor.
• Pontos a serem observados: práticas e formas de manifestação cultural, elementos simbólicos,
preferências musicais, padrões de consumo, moda, estilos etc.
• Faça um relatório com os dados levantados para ser utilizado na próxima aula.
3º MOMENTO
Qual é a relação entre as juventudes, as suas práticas culturais e a noção de territorialidades, desen-
volvida nas Situações de Aprendizagem anteriores? Para ajudar a pensar sobre isso, leia o texto a seguir:
[As] diferentes dimensões da condição juvenil são condicionadas pelo espaço onde são construídas,
que passa a ter sentidos próprios, transformando-se em lugar, o espaço do fluir da vida, do vivido.
São o suporte e a mediação das relações sociais, investidos de sentidos próprios, além de serem a
ancoragem da memória, tanto individual quanto coletiva. Os jovens tendem a transformar os espaços
físicos em espaços sociais, pela produção de estruturas particulares de significados. Podemos dizer
que a condição juvenil, além de ser socialmente construída, tem também uma configuração espacial
(DAYRELL, 2010, p. 72-73).
A seguir, assista ao documentário “Skate no Brasil”, sobretudo aos quinze primeiros minutos e, a
partir das orientações do professor, realize a atividade proposta:
• A partir das falas dos sujeitos do documentário, para além de uma modalidade esportiva e de
lazer, como eles concebem a prática do skate?
• Qual é a relação dos skatistas com o território?
• Qual é o significado e o sentido atribuído pelos skatistas aos espaços ocupados por eles?
• Como os diversos espaços do skate se conectam a partir da lógica simbólica de apropriação
dos skatistas?
• Que outras práticas culturais juvenis você percebe em sua cidade que apresenta uma forma
específica de ocupação de determinados espaços para se realizar?
4º MOMENTO
Como vimos até aqui, as culturas criadas pelas juventudes engendram territorialidades nas quais
os jovens realizam suas práticas socioculturais, estabelecem relações de sociabilidade e constroem
suas identidades. E qual é a relação entre política e culturas juvenis? Vamos pensar a respeito disso a
partir de três movimentos culturais: punk, hip hop e funk. Organizado em grupo, escute as músicas e
analise suas letras:
As músicas analisadas apresentam elementos que caracterizam as territorialidades das três cul-
turas juvenis, bem como a dimensão política e ideológica que orientam os discursos dos jovens, rela-
cionados aos problemas do contexto socioeconômico e cultural em que se inserem. Pontue alguns
desses elementos, reflita com seu grupo a partir das questões a seguir e, ao final, compartilhe suas
percepções com os demais grupos da sala:
• A dimensão simbólica e expressiva tem sido cada vez mais utilizada como forma de comunicação
das demandas pelos jovens, tanto na esfera material quanto na virtual. Para isso, a música e a
MOMENTO FINAL
Menos do que uma etapa cronológica da vida, menos do que uma potencialidade rebelde e in-
conformada, a juventude sintetiza uma forma possível de pronunciar-se diante do processo histórico e
de constituí-lo.1
Marialice Mencarini Foracchi
ESTATUTO DA JUVENTUDE
LEI Nº 12.852, DE 5 DE AGOSTO DE 2013
Art. 21. O jovem tem direito à cultura, incluindo a Art. 31. O jovem tem direito ao território e à mobilidade,
livre criação, o acesso aos bens e serviços culturais incluindo a promoção de políticas públicas de moradia,
e a participação nas decisões de política cultural, à circulação e equipamentos públicos, no campo e na
identidade e diversidade cultural e à memória social. cidade.
Cidadania, Participação Social e Política e
Comunicação e Liberdade de Expressão
Representação Juvenil
Art. 26. O jovem tem direito à comunicação e à livre
Art. 4º O jovem tem direito à participação social e
expressão, à produção de conteúdo, individual e
política e na formulação, execução e avaliação das
colaborativo, e ao acesso às tecnologias de informação
políticas públicas de juventude.
e comunicação
As culturas juvenis constituem, também, formas pelas quais os jovens reivindicam o lugar que
ocupam na sociedade, pensam e posicionam-se a respeito das suas condições e de suas experiências
de vida, bem como manifestam desejos e propostas de melhorias de vida.
A partir de tudo o que você aprendeu ao longo desta Situação de Aprendizagem, das Situações de
História, Geografia e Filosofia e da pesquisa realizada com o seu grupo, reflita sobre os desafios de ser
jovem e a necessidade da existência de um estatuto que dê voz aos jovens, em sua ampla diversidade.
1 FORACCHI, M. M. O estudante e a transformação da sociedade brasileira. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1965.
(UEM 2012) “Cada juventude pode reinterpretar à sua maneira o que é ser jovem,
contrastando-se não apenas em relação às crianças e adultos, mas também em
relação a outras juventudes.”
DICA: Nesse tipo de questão a resposta correta é a soma dos números associados às alternativas corretas.
Um exemplo: se em uma questão qualquer, a alternativa 8 e a alternativa 16 estão corretas, a resposta certa
é 24, que é o resultado da soma das duas questões corretas.
Caro Estudante:
Nessa situação de aprendizagem estudaremos as relações socioespaciais, de forma a entender
os fenômenos sociais deles decorrentes ou neles atuantes e a importância que os atores sociais exer-
cem para o sucesso ou fracasso das múltiplas propostas para a construção de uma sociedade capaz
de prover o bem-estar de todos que nela se encontram.
Augusto Comte e a teoria positivista são o fio condutor da situação de aprendizagem, que tam-
bém se relaciona como a situação-problema: quais fazeres sociais, políticos, econômicos e tec-
nológicos, do mais simples ao mais complexo, tornam nossa sociedade melhor?
Bom trabalho.
1º MOMENTO
Observe as imagens a seguir para responder às perguntas na sequência:
FIGURA 1 FIGURA 2
GDJ/Pixabay 5367334
1. Qual ideia se deseja exprimir quando se coloca o polegar em riste, como na Figura 1?
2. Qual ideia os autores do verso querem comunicar na Figura 2?
3. As ideias expressas pelas duas imagens são análogas, semelhantes ou distintas?
Auguste Comte foi um filósofo francês que teceu reflexões em sintonia com seu tempo.
Nascido em 1798 e morto 1857, foi testemunha dos efeitos, benéficos e maléficos, das
Revoluções Francesa e Industrial. Fatos que influenciaram seu trabalho, culminando
na teoria positivista, que aponta a divisão da sociedade em três estados: teológico,
metafísico e científico. Também chamados de fictício, abstrato e positivista. Para Comte,
a humanidade já se encontrava no estado científico ou positivista, sendo que a Matemática,
a Astronomia, a Física, a Química e a Biologia também se encontram nesse estado.
A Sociologia, inicialmente chamada de “física social”, criada por Comte, tem o mesmo
status porque parte de observação, experimentação, classificação, comparação,
entre outros, para descrever a sociedade, possibilitando a interpretação, a explicação
e a previsão de eventos e sua abordagem para que o progresso se consolide.
Posteriormente a essas ciências, Comte acrescentou mais uma: a Moral, para analisar
Domínio Público/Wikimedia os indivíduos e suas ações na sociedade. Inclusive, como forma de explicar mazelas
Commons advindas das citadas revoluções e propor soluções para dirimi-las ou eliminá-las.
Pesquise sobre o trabalho de Auguste Comte e responda à questão: qual foi a importância de
suas proposições para definir a Sociologia como uma ciência, com objeto definido e um método que
não é mera adaptação de outras ciências, para explicar os fenômenos sociais?
2º MOMENTO
Forme um grupo com seus colegas, de acordo com a orien-
tação do professor, para rotacionarem as estações que apresen-
tam as seguintes informações:
Ao longo do trajeto pelas estações, você e seu grupo devem ficar atentos às
informações contidas nos cartazes referentes ao tema da estação. Após a última
estação, travem um diálogo consistente para ranquear os temas, de acordo com o
interesse do grupo.
Anote em uma folha os critérios que vocês utilizaram para posicionar as
estações, que devem servir de base para argumentos consistentes e preste
atenção à contextualização e à explicação proferidas pelo professor para pros-
seguir com a tarefa.
Leia e discuta, com seus colegas, o texto referente ao tema que ficou a
Fonte: MoteOo/Pixabay
cargo do grupo, anotando todas as informações, porque você deverá explicar
1459635 seu teor para os demais.
3º MOMENTO
De volta a seu grupo de origem, atente-se às comandas:
1. Retome o Terceiro Momento da Situação de Aprendizagem 2 do
material de Filosofia, (re)lendo-o com atenção.
2. Analise todas as imagens presentes na Situação de Aprendizagem
2 do material de História.
3. Releia as informações acerca das “ilhas de calor” no material de
Geografia.
Estabeleça uma conexão entre o Terceiro Momento do material de Filosofia, todas as imagens
da Situação de Aprendizagem 2 do material de História, a problemática das “ilhas de calor” ao
longo da Situação de Aprendizagem 2 de Geografia e o positivismo, que compreende o progresso
de forma evolutiva, ou seja, sendo sempre incrementado e tornando a sociedade cada vez mais
evoluída. De que forma o tema que está a cargo de seu grupo se relaciona com a questão?
DICA 1:
Utilize a ideia de “progresso”, suas promessas, suas concretizações e os problemas dele advindos, para
articular os componentes curriculares. Na tarefa do próximo momento, isso ajudará bastante os estudantes.
DICA 2:
Na Situação de Aprendizagem 3 do volume 1 no material de Sociologia, o “progresso” já foi pauta. O que foi
abordado lá será muito útil aqui.
4º MOMENTO
Se estamos no estado científico ou positivo, marcado pelo progresso e
avanços embasados pela ciência, porque ainda há tantas mazelas no mundo,
como a luta por territórios?
O questionamento anterior deve ser respondido de
acordo com o positivismo proposto por Auguste Comte.
Emerson Costa/2020
Para ajudá-lo a construir sua resposta, assista ao vídeo
“Filosofia, moral e política em Comte [Razão,
coração e ação]”. Disponível em: https://youtu.be/
FHpUnynEsuU. Acesso em: 2 dez. 2020.
Procure observar, em detalhes, o que se diz na produção
e como isso se relaciona com o questionamento do ínicio
deste Momento.
Yuyeung Lau/Unsplash lr5RI5c
Para tanto, é de suma importância que você correlacione todas as informações, todos os dados,
todas as percepções e todas as conclusões a que chegou aqui, individual e coletivamente.
Em uma roda de conversa, com o professor e os colegas, você deve expor os desfechos da ca-
minhada intelectual que realizou até aqui, de forma a articular o positivismo à situação-problema do
semestre: quais fazeres sociais, políticos, econômicos e tecnológicos, do mais simples ao
mais complexo, tornam nossa sociedade melhor?
MOMENTO FINAL
A tarefa do Momento Final da Situação de Aprendizagem 3 no vo-
lume 1 do material de Sociologia foi a produção de um documentário em
que se abordasse como o progresso melhorou a sociedade, sem des-
considerar os problemas dela decorrentes, ainda que em um pano de
fundo, com destaque minimizado.
Agora, você e seus colegas, que formaram o primeiro grupo, de-
vem reunir todo o material que constituíram ao longo desta Situação de
Aprendizagem para criarem outro documentário. Porém, esse deve ana-
DrMauro/Pixabay 75599
lisar as problemáticas coadjuvantes no documentário anterior, de forma
a identificar sua possível solução ao abordá-las por meio de conceitos positivistas.
Afinal, Comte compreende que o conhecimento da sociedade ocorre em bases empíricas, tais
como a observação, a comparação e a experimentação.
O documentário deve ser compartilhado nas redes sociais da turma com a hashtag #curriculoe-
macaoCHS. É importante que todos assistam à produção de todos.
TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio. 2 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2010. p. 239
a) Karl Marx
b) Emile Durkheim
c) Max Weber
d) Augusto Comte
e) Saint-Simon
Caro estudante:
Nessa terceira situação de aprendizagem vamos pensar a respeito de questões urbanas relacio-
nadas a transformação socioespacial das cidades via processos de gentrificação e seus impactos nas
formas de ser e estar no mundo dos diversos grupos sociais, sobretudo os mais vulneráveis.
Tendo como objeto de estudo a cidade de São Paulo e outros centros urbanos (Buenos Aires,
Berlim, Barcelona e Rio de Janeiro), vamos mobilizar conhecimentos do campo da sociologia urbana a
fim de desenvolver a percepção crítica e desnaturalizada acerca da formação de territórios e fronteiras
em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão das relações de poder que determinam
as territorialidades.
Isso propiciará a você compreender, também, processos similares em sua cidade. Desse modo,
refletir sobre quais fazeres sociais, políticos, econômicos e tecnológicos, dos mais simples aos mais
complexos, tornam a nossa sociedade melhor?
Bom estudo.
1º MOMENTO
As imagens a seguir retratam dois momentos distintos da região da Bela Vista, área central da
cidade de São Paulo. Analise-as e reflita:
1935 2020 • Quais foram as principais transformações
ocorridas na paisagem no período?
• Que processos estão relacionados a essas
transformações?
• Faça um exercício de imaginação sobre
como era viver ali em 1935 e os impactos
que esse processo pode ter produzido:
1. na vida dos moradores locais (em suas
relações de vizinhança, de amizade, em
suas histórias, memórias, vínculos etc.);
2. na relação das pessoas com o espaço
(mobilidade, lazer, práticas culturais, religiosas,
Fonte: Arquiamigos Fonte: Google Maps
políticas, associativas etc.);
3. na dinâmica econômica local (atividades de
Na imagem de 1935, é possível observar, no canto superior direito, o Vale do Sara-
cura, atualmente canalizado e por onde passa a Avenida 9 de julho, em destaque na comércio, trabalho, custo de vida – aluguéis,
imagem de 2020. consumo das famílias etc.).
Desde o início do século XX, a região da Bela Vista, juntamente com outras áreas centrais da ci-
dade de São Paulo, passou por profundas mudanças, não só em seus aspectos ambientais, arquite-
tônicos e viários, bastante evidentes nas imagens, mas também, e sobretudo, nas relações sociais e
na vida de seus habitantes. A dinamização econômica de São Paulo no período, marcada pelo intenso
desenvolvimento dos setores industrial e de serviços, atraiu fluxos migratórios, provocou o espraiamen-
to da cidade e demandou projetos de reestruturação urbana, como o Plano de Avenidas de 1930, para
(re)ordenar, (re)qualificar e (re)adequar o espaço urbano aos “novos tempos”.
As transformações ocorridas na região da Bela Vista, que abrange o bairro do Bixiga e toda a sua
diversidade sociocultural, foram abordadas em canções por músicos populares que ali viveram e ex-
pressaram suas percepções, seus sentimentos e seus dilemas a respeito dos impactos dessas mu-
danças. Analise as músicas:
Por que, no entendimento do autor, o progresso da cidade não beneficiou a todos igual-
mente? Para ele, quem são os mais prejudicados pelas mudanças?
Sua rua, seu bairro ou sua cidade, já passaram por transformações assim?
Converse com seus professores, familiares e vizinhos sobre como era antigamente, o que
mudou. Organize com seus colegas um estudo do meio, uma visita aos arquivos da prefeitura e ao
museu da cidade. Desenvolva a curiosidade, investigue a história urbana e os problemas relacionados
às transformações do lugar em que você vive.
2º MOMENTO
Para pensarmos sobre os impactos de transformações urbanas nas formas de ser e estar dos
diversos grupos sociais que vivem nas cidades, analise as imagens a seguir, em que se verificam mu-
danças nos tipos, nos usos e nas funções de propriedades e espaços urbanos.
Rua 7 de Abril, República, Centro, São Paulo
1940 2020
• O que mudou na dinâmica desse
espaço?
• O que mudanças assim podem
acarretar para movimentos de
fixação e deslocamento populacional
intraurbana?
• Mudanças como essa tendem a
alterar o perfil demográfico local?
Fonte: Arquiamigos Fonte: Google Maps
Por que isso acontece?
As regiões da Bela Vista e da República são exemplos de áreas centrais antigas que receberam,
ao longo do tempo, intervenções urbanísticas, cuja valorização tornou-as atrativa a investimentos eco-
nômicos e imobiliários voltados, geralmente, a empresas e pessoas com maior renda, provocando
mudanças na estrutura social e espacial local. Uma das formas de compreender essas mudanças e
seus impactos é por meio do estudo de processos de gentrificação.
Com base no texto de Kowarick e na reflexão anterior, estabeleça as relações entre aqueles
processos e a produção de desigualdades e de segregação socioespacial?
3º MOMENTO
A gentrificação é um fenômeno que ocorre em diversas cidades do mundo, apresentando carac-
terísticas que variam conforme o contexto e as especificidades de cada lugar, mas, também, guardan-
do semelhanças entre elas. Por meio do estudo comparativo entre oito lugares, vamos compreender
melhor esse processo. Atente-se às orientações de seu professor.
ZUKIN, Sharon. Paisagens do século XXI: notas sobre a mudança social e o espaço urbano. In: Arantes,
Antônio A. (org.) O espaço da diferença. Campinas: Papirus, 2000. p. 105. Adaptado.
MOMENTO FINAL
Os desafios das cidades são muitos e complexos. Assim, diversos atores envolvidos com a ques-
tão urbana (lideranças comunitárias, organizações da sociedade civil, Ministério Público, pesquisado-
res, redes, movimentos sociais, dentre outros) buscam influir na formulação e na implementação de
políticas públicas, visando dirimir os impactos da gentrificação. Assista ao vídeo a seguir:
VÍDEO BASE LEGAL
Plano Diretor Estratégico da
“Por que é difícil morar nas Estatuto da Cidade –
Cidade de São Paulo –
áreas centrais” - Canal Futura ver Artigo 2º
ver “ZEIS”
Operação Urbana Consorciada Águas Espraiadas Operação Urbana Consorciada Faria Lima
Região da Av. Eng. Luís Carlos Berrini, Itaim Bibi, São Paulo Região da Rua Funchal, Itaim Bibi, São Paulo
O Complexo Habitacional do Jardim Edith, destinado Área da favela Coliseu, onde será construído o
aos moradores da favela que existia no local. “Empreendimento Habitacional - COLISEU”
Fonte: Google Maps. Fonte: Google Maps.
Com base nas experiências relatadas no vídeo e na recente legislação urbanística, reflita:
• Com relação ao direito à cidade, tal como definido no artigo 2º do Estatuto da Cidade, qual é a relevância de
envolver as pessoas diretamente impactadas, como moradores e pequenos comerciantes, no planejamento
de projetos como o Plano de Avenidas ou as Operações Urbanas?
• Qual é a importância de instrumentos como o Plano Diretor para a garantia do direito à cidade e de outros
direitos e para a mediação de conflitos territoriais e socioespaciais?
• Procure identificar, em sua cidade, quais instrumentos regulam as políticas urbanas e reflita: qual é a importância
de participar das decisões sobre políticas relacionadas ao desenvolvimento urbano em sua cidade?
• Na sua opinião, como é possível construirmos uma cidade que seja justa, inclusiva, equitativa e sustentável,
uma cidade em que todos possam vivê-la plenamente?
Caro Estudante:
Os fluxos migratórios contemporâneos são o assunto em evidência nessa situação de aprendizagem,
e se amplia em questões da história: como a diáspora africana; da globalização: cujo tema “as novas fron-
teiras da globalização e seus impactos”, permeia os demais componentes da área, facilitando conexões e
interdisciplinaridade; outros fluxos no mundo globalizado: exemplificado por meio de um videoclipe; prote-
ção de fronteiras e fluxos migratórios forçados e não forçados: por meio de um recorte do espaço virtual.
Os componentes curriculares Filosofia, Geografia e História abordaram a temática na situação de
aprendizagem anterior. O que você aprendeu lá servirá de aporte para essa situação de aprendizagem
em Sociologia, que utiliza uma animação e dois videoclipes como suporte à realização das tarefas.
Contudo, esteja atento às sugestões do professor, ou faça a sua própria, para utilizar objetos
outros como meio para aprendizagem, que se desdobra nos outros componentes curriculares junto ao
tema as novas fronteiras da globalização e seus impactos.
Bom estudo.
1º MOMENTO
Leia o excerto do texto “Diáspora africana, você sabe o que é?”, disponível no portal da Fun-
dação Cultural Palmares:
O termo diáspora tem a ver com dispersão e refere-se ao deslocamento, forçado ou não, de um povo pelo mundo.
Foi largamente utilizado para nomear os processos de ‘dispersão’ dos judeus entre os séculos VI a.C (cativeiro
na Babilônia) e o século XX (perseguições na Europa). Além da diáspora judaica, outros processos diaspóricos
são importantes para a compreensão das relações históricas e sociais entre os povos ao longo do tempo.
Nesse sentido, é importante para nós, enquanto brasileiros e latino-americanos, destacar a diáspora africana.
A diáspora africana é o nome dado a um fenômeno caracterizado pela imigração forçada de africanos, durante
o tráfico transatlântico de escravizados. Junto com seres humanos, nestes fluxos forçados, embarcavam nos
tumbeiros (navios negreiros) modos de vida, culturas, práticas religiosas, línguas e formas de organização política
que acabaram por influenciar na construção das sociedades às quais os africanos escravizados tiveram como
destino. Estima-se que, durante todo período do tráfico negreiro, aproximadamente 11 milhões de africanos
foram transportados para as Américas, dos quais em torno de 5 milhões tiveram como destino o Brasil.
Compreende-se que a diáspora africana foi um processo que envolveu migração forçada, mas também
redefinição identitária, uma vez que estes povos (balantas, manjacos, bijagós, mandingas, jejes, haussás,
iorubas), provenientes do que hoje são Angola, Benin, Senegal, Nigéria, Moçambique, entre outros, apesar do
contexto de escravidão, reinventaram práticas e construíram novas formas de viver, possibilitando a existência
de sociedades afro-diaspóricas como Brasil, Estados Unidos, Cuba, Colômbia, Equador, Jamaica, Haiti,
Honduras, Porto Rico, República Dominicana, Bahamas, entre outras.
Agora, assista ao trecho da animação “Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar
5ystem”, dos 5 minutos e 20 segundos até os 9 minutos e 30 segundos. Disponível em:
https://youtu.be/3Qxe-QOp_-s?t=320 Acesso em: 20 jan. 2021.
Responda às proposições:
2º MOMENTO
1. Assista, com atenção, ao videoclipe de “Hands Clean”, da cantora canadense
Alanis Morissette. Disponível em: https://youtu.be/2dH289KxkGw. Acesso em: 20
jan. 2021. A produção audiovisual mostra o fluxo de uma canção do começo ao fim
em seu processo de criação, a produção artística, fabril e comercial, a distribuição, a
divulgação e o consumo numa escala global, evidenciando um dos meios pelos quais
opera a indústria cultural.
2. No quadro Para saber mais, disponível no Quarto Momento da Situação de
Aprendizagem 4 do material Filosofia, está indicado o acesso para três letras de
músicas que tratam de mudanças em fluxos. Analise-as cuidadosamente.
Warner Music: divulgação 3. Avalie a correlação das letras com o videoclipe da música de Alanis Morisset-
te em um relatório.
4. Diz-se haver um fluxo organizado na internet que favorece a adoção de crian-
ças de forma ilegal, o tráfico de pessoas, o trabalho análogo à escravidão, o tráfico
de drogas, dentre outros crimes. Estabeleça uma relação entre esses exemplos e
o videoclipe.
DICA 1: A partir dos 22 minutos e 43 segundos de Interstella 5555, retrata-se a jornada exaustiva de pessoas
traficadas para realizarem trabalho análogo à escravidão. Use-o como inspiração para executar o item 4.
DICA 2: o relatório deve compor as seguintes partes:
• Introdução, em que você deve fazer uma referência breve sobre o que discorrerá no documento.
• Descrição sumarizada do videoclipe e das letras, de forma que quem leia entenda a dinâmica da
produção e o que ela pretende mostrar.
• Descrição sumarizada do texto, de forma que quem leia seja capaz de compreender qual era a ideia
que o autor tinha intenção de passar.
• Considerações acerca dos dois trabalhos, se eles são capazes de atingir o objetivo a que se propõem.
• Apontamento de elos que conectam as intenções convergentes, se houver.
• Avaliação da eficiência ou não da correlação entre o videoclipe e o texto.
3º MOMENTO
Preste atenção às considerações do professor acerca da ideia de internet como “terra de nin-
guém”, em que tudo é permitido, e retome sua resposta ao item 4 do Momento anterior, pois ela o
ajudará na realização da tarefa.
1. Você conhece documentos legais e/ou movimentos não oficiais que buscam traçar caminhos que
garantam a investigação, a responsabilização e a criminalização de práticas violentas, preconceitu-
osas, difamatórias e, especialmente, sobre o tráfico de pessoas, por quem as comete na internet?
• Se sim, explique como atuam e o que propõe(m) o(s) documento(s) e/ou o(s) movimento(s) em
sua resposta.
• Se não, discorra sobre a importância e a necessidade de tais documentos e iniciativas a fim de
que crimes no ciberespaço não passem impunes.
2. Analise o “Marco Civil da Internet”, nome pelo qual é mais conhecida a Lei nº 12.965, de 23 de
abril de 2014, e o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados da União Europeia (RGPD):
Sob orientação do professor, forme um grupo com seus colegas para avaliar como esses docu-
mentos (ou outros que quiserem utilizar, desde que se enquadrem na proposta) podem ser utilizados
para discussão dos fluxos migratórios dentro do ambiente virtual.
A tarefa deve ser realizada em DICA: Google Meet e Microsoft Teams, para reuniões remotas, e
horário diferente do período de aula, ferramentas de hospedagem e sincronização on-line, como Drive,
via ferramentas de reunião on-line. do Google, e OneDrive, da Microsoft, que disponibilizam uma
Todos os grupos devem dar acesso ao suíte de aplicativos de produtividade, incluindo editor de textos,
compartilhamento para o professor, para planilhas, apresentações etc. – Docs, no Drive, e Office 365, no
que ele acompanhe o desenvolvimento OneDrive –, são aplicativos que viabilizam a execução da tarefa.
Mas você pode usar outros que conhecer e achar mais eficientes.
do trabalho do grupo.
4º MOMENTO
Resgate a resposta que você deu para a questão 2 do Pri-
meiro Momento. Que exemplo de imigração forçada você trouxe?
A tarefa desse Momento, em grupo, é colher informações
sobre a atuação de Estados, organizações oficiais e organizações
da sociedade civil, em relação aos fluxos migratórios. O grupo
deve escolher uma única instituição e pesquisar sua atuação.
O parâmetro para definir qual é o posicionamento e a atu-
ação da instuituição que pesquisam é o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16: Paz,
Justiça e Instituições Eficazes e suas metas.
Preste atenção à orientação do professor para realizar a ta-
Dica: Na Situação de Aprendizagem
refa. Os dados obtidos na pesquisa devem ser transformados em
5 do volume 2, você já elaborou um um infográfico em formato digital a ser construído por toda a sala,
infográfico. Aproveite o know-how de maneira que informe como as instituições atuam nas questões
adquirido por lá. dos fluxos migratórios. O infográfico deve ser publicado nas redes
sociais da turma com a hashtag #curriculoemacaoCHS.
5º MOMENTO
Nem sempre os fluxos migratórios são forçados. Muitas vezes,
as pessoas saem de seus lugares de origem em busca de melhores
condições, novas oportunidades, culturas mais tolerantes, dentre
outros motivos.
A ideia de que países prósperos e liberais resolverão dilemas
de uma vida sem perspectiva torna-se muito sedutora para quem
vive em condições precárias, materiais ou imateriais.
Preste atenção à orientação do professor para discutir o for-
mato e a realização da tarefa, que focalizará os fluxos migratórios estela_parra/Pixabay 3806969
não forçados.
MOMENTO FINAL
Assista analiticamente ao videoclipe da música “Let’s love”, de
David Gueta e Sia (Disponível em: https://youtu.be/efCUMvwo-
6Tk. Acesso em: 22 22 jan. 2021), para refletir sobre as afirmati-
vas a seguir (anote suas considerações).
3. Em uma sociedade real justa e tolerante, não há necessida- Dica: O videoclipe do 2º Momento
de de realidade virtual. traz vários elementos que podem
4. O "merchandising" que aparece na produção cultural, como contribuir com sua análise crítica e
no videoclipe, não é capaz de criar hábitos de consumo. reflexão da quarta afirmativa.
De acordo com orientações do professor, em uma roda de conversa, você e seus colegas devem
expor sua análise do videoclipe. Utilize suas considerações sobre as afirmativas anteriores para emba-
sar suas colocações.
Ainda na roda de conversa, com a mediação do professor, faça uma conexão entre o caminho
percorrido ao longo dos momentos com o tema da situação de aprendizagem: as novas fronteiras da
globalização e seus impactos.
Por fim, tomando como hipótese a ideia de que segurança e equilíbrio social, muitas vezes,
são os argumentos utilizados por Estados, organizações formais e informais, grupos sociais
e até indivíduos para questionar a presença de imigrantes, como você problematizaria a questão
depois de tudo o que aprendeu aqui? Qual é sua relação com a situação-problema do semestre?
O processo de migração internacional pode ser desencadeado por diversos fatores, ganhando
cada vez mais destaque nos noticiários atuais. Sobre as migrações internacionais, assinale a
alternativa incorreta.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Prezado(a) estudante, as Situações de Aprendizagem aqui apresen-
tadas foram elaboradas de forma que, ao longo deste bimestre, você
possa ampliar seus conhecimentos resolvendo os desafios propostos em
cada uma delas.
A cada Situação de Aprendizagem, apresentamos um quadro com
uma pergunta e um desafio. Isso significa que as atividades são subsídios
para que você, ao final, possa resolver o desafio proposto.
Bons estudos!
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
CURADORIA DAS INFORMAÇÕES
A partir da identificação de fontes confiáveis, vamos realizar uma curadoria de
informações, isto é, perceber a relevância dos materiais encontrados e quais deles
podem dar conta de abordar temas diversos com maior profundidade e fidedignidade.
Serão abordados o planejamento e sua importância para publicação de conteú-
dos em mídias digitais.
Sugestão 1: Para ajudar a organizar e compartilhar suas descobertas sobre o tema, crie um arquivo
compartilhado, como o Google Docs, em que todos do grupo possam compartilhar os links consultados
e escrever uma breve síntese, de até cinco linhas, sobre o resultado da pesquisa.
Sugestão 2: Caso não seja possível utilizar um documento colaborativo on-line, utilize o esquema a
seguir para organizar as informações. Como é um trabalho em equipe, todos devem ter registradas as
informações da pesquisa.
Nome da fonte (site, Resumo dos conteúdos Comparação entre os conteúdos e as fontes.
revista, jornal) encontrados O que deve compor de fato a tabela de curadoria
para outras pessoas terem acesso?
1.2 Você e sua equipe tiveram a oportunidade de realizar a curadoria de alguns conteúdos sobre o
tema profissões do futuro. Selecione agora as informações confiáveis e que chamaram mais a
sua atenção e discuta as questões a seguir:
a) Como a equipe determinou se uma informação pesquisada tinha credibilidade ou não? Foi
possível identificar quem era o autor? O autor tem referências?
c) Organize os resumos dos conteúdos acessados em tópicos. Depois, pense como os dados e
as informações mais relevantes que vocês identificaram poderiam ser comunicados por meio
de uma mídia digital.
Você já observou esse tipo de informação em uma página da internet? Sabe o que significa?
2.2 Essa informação em geral está no final da página ou em uma indicação como: Licença ou Termos
de uso. Mas afinal o que significa tudo isso? Leia o texto a seguir:
Licenças Creative Commons são várias licenças públicas que permitem a distribuição gratuita
de uma obra protegida por direitos autorais.
Uma licença Creative Commons é usada quando um autor quer dar às pessoas o direito de
compartilhar, usar e construir sobre um trabalho que ele criou. A licença Creative Commons
proporciona uma flexibilidade autoral (por exemplo, eles podem optar por permitir apenas usos não
comerciais de seu próprio trabalho) e protege as pessoas que usam ou redistribuem o trabalho de
um autor de preocupações de violação de direitos autorais, desde que respeitem as condições que
são especificados na licença pelo qual o autor distribui o trabalho.
2.3 Vamos aprender a reconhecer uma licença Creative Commons? Em grupos pesquisem em https://
creativecommons.org/licenses/?lang=pt_BR e registre o significado de cada informação:
“Há um antigo provérbio africano de que gosto muito: ‘Se quer ir rápido, vá sozinho.
Se quer ir longe, vá junto.’” (CASE, 2017, p. 73). Esse provérbio pode parecer simples,
mas na verdade ressalta uma das habilidades mais consideradas atualmente quando se analisam
as profissões do futuro, que é o trabalho em equipe, isto é, a colaboração. Não é de se estranhar
que diversas empresas tenham desconstruído a ideia de escritório e oferecido espaços abertos,
com áreas de entretenimento e horário flexível. Essa é uma evidência clara da mudança de conceitos
do que é o trabalho e onde ele é produzido.
Não somente no trabalho, é claro, a forma como as pessoas acessam a informação mudou
muito. O acesso hoje pode ser realizado por meio de um smartphone atrelado a alguma rede móvel
de acesso à internet e está se disseminando cada vez mais e mais rápido. Nesse ínterim, algoritmos
utilizam todos esses dados de acesso para articular conteúdo de interesse; em outras palavras,
uma internet mais personalizada.
Tal aspecto de personalização também atingiu outras fontes de comunicação, o que oportunizou
o surgimento de outras maneiras de comunicação, não só personalizadas, mas também uma forma
de outros meios se reinventarem. Estamos falando do surgimento do podcast.
Mas o que vem a ser podcast?
Podcast é uma forma de transmissão de arquivos multimídia na internet criados pelos
próprios usuários. Nestes arquivos, as pessoas disponibilizam listas e seleções de
músicas ou simplesmente falam e expõem suas opiniões sobre os mais diversos assuntos,
como política ou o capítulo da novela. Pense no podcast como um blog, só que ao invés
de escrever, as pessoas falam.
Podendo ser ouvidos a qualquer hora, os podcasts criam uma espécie de rádio virtual
direcionada para assuntos específicos, ou seja, de acordo com as características de cada
ouvinte. Além do mais, esses arquivos podem ser escutados perfeitamente em um player
portátil. (SCHMIDT, 2008, p. 1)
Como se trata de uma “estação de rádio” mais personalizada, é importante ter clareza na
mensagem que você quer transmitir. Redigir um roteiro vai ajudar você a identificar o começo, o
meio e o fim, a alinhar detalhes, como músicas de introdução e de finalização, além do assunto que
será abordado.
3.1 Mas, antes de seguirmos para a criação do roteiro do podcast, é fundamental salientar questões
importantes para se fazer quando o objetivo é criar um conteúdo. Preencha a palavra cruzada a
seguir, para conhecer as perguntas que direcionam a criação de uma mensagem de mídia.
3
2
10 5
4 7
9
8
Imagem: Palavra Cruzada: criar – Elaborado pelos autores
9. C
omo e por que pessoas diferentes poderão interpretar essa mensagem de forma
diferente? O que eu aprendi sobre mim mesmo a partir das escolhas que fiz ao criar
essa mensagem?
10. Como as pessoas poderão se sentir depois de ouvir, ler ou ver essa mensagem? Que
tipo de atitudes as pessoas poderão tomar em resposta a isso?
Fonte: adaptado de EducaMidia. Disponível em: educamidia.org.br/recursos. Acesso em: 4 abril 2021.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
INTRODUÇÃO À ELÉTRICA E À ELETRÔNICA I
Você será apresentado ao mundo da eletricidade e da eletrônica. Vamos realizar
diversas atividades para você se familiarizar com alguns componentes elétricos e ele-
trônicos básicos que lhe permitirão, no decorrer das aulas, construir, controlar e projetar
artefatos com sensores, atuadores, motores e microcontroladores.
1.2 Em circuitos eletrônicos, é possível controlar a intensidade da corrente elétrica. Contudo, esses
circuitos eletrônicos dependem também da polaridade correta para que funcionem. Em grupo,
construam um circuito para descobrirmos como funciona, na prática, a polaridade em um circui-
to eletrônico.
Componentes e materiais
1 LED
2 pilhas AA 1.5 volts, com suporte
30 cm de cabo flexível/fita crepe ou adesivo transparente/tesoura
1.3 Você viu que alguns componentes eletrônicos têm polaridade e não funcionam corretamente
caso ela não seja respeitada. É o caso do LED.
Outra informação em relação ao LED é que, quanto maior for a intensidade da corrente elétrica
aplicada nele, mais brilhante será sua luz. E como estamos tratando de um circuito eletrônico,
nós podemos controlar a intensidade da corrente elétrica. Para isso, introduziremos um novo
componente: o potenciômetro.
O potenciômetro é um componente eletrônico que cria uma limitação para o fluxo de corrente
elétrica que passa por ele, e essa limitação pode ser ajustada manualmente, podendo ser aumentada
ou diminuída. Uma boa comparação é imaginar o potenciômetro como uma torneira: do mesmo modo
que a torneira limita a quantidade de água que sairá pelo cano, o potenciômetro limita a quantidade de
corrente que entrará no circuito.
Componentes Função
Material reciclável: potes plásticos de diversos tipos Fará o papel da estrutura de nosso miniabajur.
e tamanhos, papelão, canudinhos, embalagens etc.
1 Led Fará o papel de lâmpada do miniabajur.
1 Potenciômetro 10 K Responsável por ligar, desligar e controlar a
luminosidade do miniabajur. Lembre-se dos pinos
(ABC) e da forma correta de ligá-los.
2 Pilhas AA 1.5 volts com suporte Fornece alimentação em volts para o circuito.
Caso tenha dúvidas, assista ao vídeo a seguir com o passo a passo para construção do miniabajur.
YouTube, 18 jun. 2020. Mini Abajur eletrônico. Disponível em https://youtu.be/T4yaC3srNiY2.
Acesso em: 14 mar de 2021.
O grande problema do circuito em série é que, caso algum componente do circuito “queime”,
toda a corrente elétrica do circuito é interrompida (Fig. 2). Imagine um enfeite de árvore de Natal cons-
truído com 30 lâmpadas em série; caso a primeira lâmpada queime, o que acontecerá? Isso mesmo,
todas as outras 29 lâmpadas se apagarão!
Outro tipo é o circuito em paralelo (Fig. 3). Diferentemente do circuito em série, nele, caso algum
componente “queime” (Fig. 4), os outros continuam recebendo energia normalmente. A iluminação
pública e também a de sua casa são feitas em circuito paralelo. Prova disso é que, quando uma lâm-
pada de algum cômodo ou de um poste queima, as demais continuam acesas. Já imaginou se fosse
feita com circuito em série?
Agora vamos, na próxima atividade, construir um circuito em paralelo na prática.
Em grupo, vamos fazer uma maquete da rede de iluminação pública, tendo como base um circui-
to em paralelo.
Componentes Função
Materiais recicláveis: potes plásticos de diversos tipos Fará o papel da estrutura e da base dos postes de
e tamanhos, papelão, canudinhos, embalagens etc. nossa rede de iluminação pública.
LED Lâmpadas dos postes
1 Mini-interruptor chave gangorra KCD 11 Responsável por ligar e desligar a fonte de alimentação
do circuito.
2 Pilhas AA 1.5 volts com suporte Fornece alimentação em volts para a rede (circuito).
Outros 30 cm de cabo flexível
Fita crepe, fita isolante ou adesivo transparente (Durex)
Tesoura/pistola de cola quente
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
ARTE LUMINOSA
Você iniciará um mergulho no mundo da eletrônica e da robótica, explorando materiais
simples! Vamos fazer uma reflexão a respeito do uso do LED e da bateria para
expressão de ideias e criação de projetos de arte pessoalmente significativos e da
importância de criar em pares para explorar melhor essas tecnologias de forma
colaborativa!
Estamos prestes a iniciar uma expedição rumo ao mundo da eletrônica e da robótica! Assim
como outros desbravadores, é superimportante que você tenha um diário de bordo para:
OS MATERIAIS
O LED é a sigla em inglês para Diodo Emissor de
Luz. Diodo é um componente eletrônico que permite
que os elétrons fluam apenas em uma direção. Por
isso, fique atento à polaridade da bateria. No LED, o
terminal positivo é o maior. Já o terminal menor deve
ser ligado à polaridade negativa da Bateria.
IMAGINE!
1.1 Você está prestes a criar sua primeira arte com eletrônica! O que você gostaria de criar? Um qua-
dro, uma escultura? Se pudesse trazer um tema importante para você, qual seria?
Pensou no tema ou no tipo de arte que gostaria de iluminar? O seu projeto poderia...
Usar os LED como
Ser uma escultura feita Ser um cartão feito
Ter partes móveis. parte de uma imagem
com material reciclável. com dobraduras
ou desenho.
CRIE!
1.2 Agora que você pensou em como quer se expressar e em algumas ideias de como elaborar sua
arte, vamos criar um projeto com LED e baterias e explorar diversas possibilidades do uso dos
materiais? Algumas dicas para começar:
Escolha um tipo de arte Escolha o tema que Pense em como usar os Explore os materiais
que deseja criar. deseja retratar. efeitos luminosos. antes de começar.
Está sem ideias? Gostaria de uma inspiração? Dê uma olhada nas imagens a seguir.
Acesse o QRCode para ver os cartões que são uma forma divertida e inspiradora
para você começar a fazer seus projetos. Eles trazem inspirações artísticas diferentes.
Se possível imprima-os e recorte-os. Depois, escolha um deles e tente se inspirar! Ah,
que tal encontrar um jeito divertido de armazená-los e deixá-los mais resistentes, caso
recorte. Você colecionará vários deles ao longo dessas aulas!
Cartões para inspirar
Experimente outras coisas!
COMPARTILHE!
1.3 É hora de compartilhar o seu projeto com a turma e conhecer o que seus colegas criaram! Apro-
veite para refletir sobre o que estas questões propõem:
Do que você mais gosta Qual foi o maior desafio Se você tivesse mais tempo, o
no seu projeto? durante a criação dele? que acrescentaria ou mudaria?
VÁ ALÉM!
Agora, é hora de criar um vídeo com suas obras de arte, comentando sua motivação. O que
essa(s) obra(s) significa(m) para você e para o tema que escolheu para se inspirar?
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
VAMOS DANÇAR
Você gosta de música? Qual estilo e ritmo de música você gosta? Você prefere músicas
mais lentas ou mais agitadas? E dançar, você sabe? Que tal colocar um personagem
para dançar? Nesta aula, vamos criar um projeto usando o Scratch e explorar formas
de animar personagens para que eles possam fazer uma grande festa!
Para saber mais sobre esta e outras atividades de aprendizagem criativa, visite
aprendizagemcriativa.org e scratch.mit.edu/educators
1. O PROJETO
ANTES DE COMEÇAR...
1.1 Quando for começar o seu projeto, explore com seu professor algumas formas de iniciá-lo! Ex-
plore também o tutorial Vamos dançar, para conhecer novos blocos, ter novas ideias e se inspi-
rar! Não vamos ainda explorar tudo que tem nesse tutorial, mas você pode fazer isso se quiser! E
não esqueça de separar o seu diário de bordo para anotar suas ideias, dúvidas e tudo que achar
interessante ao longo desta aula!
IMAGINE!
1.2 Pense na sua música favorita! Para dançar essa música, quais movimentos seriam necessários?
Aproveite para descrevê-los ou desenhá-los aqui e troque ideias com os colegas!
Preparado para dar forma a essa ideia? O seu ator poderia ...
Alternar entre passos Escolher um lugar legal Repetir uma sequência Dançar com um amigo
diferentes para dançar de passos
CRIE!
1.3 E agora que você pensou na sua música favorita e em como seu ator poderia dançá-la, vamos
criar um projeto com o Scratch e explorar diversos blocos para dar vida às suas ideias? Algumas
dicas para começar:
Escolher um ator no Escolha uma música. Alterne os passos Escolha um cenário.
menu de Dança. do ator.
Está sem ideias? Gostaria de uma inspiração? Dê uma olhada nas imagens a seguir:
ATOR OU PERSONAGEM?
Imagem: Scratch
COMPARTILHE!
1. 4 É hora de compartilhar sobre o seu projeto com a turma e conhecer o que seus colegas criaram!
Aproveite para refletir sobre:
O que você mais gosta no seu Qual foi a parte mais difícil durante Se você tivesse mais tempo, o
projeto? a criação dele? que acrescentaria ou mudaria?
Curtiu o que você e seus colegas criaram? Compartilhe nas redes sociais usando a hashtag
#TecInovasp e #ScratchnaSeducSP
VÁ ALÉM!
Convide seus colegas para pensarem no que é possível criar a partir das ideias e conceitos de-
senvolvidos nesta atividade! E se vocês...reunissem as criações para uma grande festa?
Compartilhe nas redes sociais usando a hashtag #TecInovasp e #ScratchnaSeducS
Parabéns! Você finalizou essa etapa dos estudos, acesse o link a seguir para avaliar
esse material e sua trajetória de aprendizagem. Sua opinião será muito importante
para aprimorarmos esse material.
https://forms.gle/vHp51M7XcHzhrcxh6
PROJETO DE VIDA
Espera-se que chegado até aqui, tudo o que você aprendeu esteja fazendo
sentido para a sua vida.
Nesta aula as suas reflexões e anotações sobre quem é você serão importantes para a construção
do Plano de Ação do seu Projeto de Vida.
Além de realizar o seu sonho, você sabe qual as outras vantagens de ter um Plano de Ação? É não
se deixar ser levado pelo acaso ou sorte, e tomar as próprias decisões, da maneira mais acertada
possível, sempre em busca dos melhores resultados. É ter clareza das suas conquistas, por meio do
planejamento e monitoramento das suas ações.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
A VIDA É UM PROJETO
Competências socioemocionais em foco: Responsabilidade
Fonte: Freepik
Texto 1
GANDHI, Mahatma. A única revolução possível é dentro de nós. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/
adobeebook/gandhi.pdf>. Acesso em janeiro de 2020.
Texto 2
[...] O sentido da vida é tudo aquilo que nos encaminha na direção da realização do nosso proje-
to. Cada vez que você dá um passo [...] na direção da consecução do seu projeto, você se realiza
como pessoa. [...] Uma vida sem rumo deve ser como um barco sem bússola, um filme sem roteiro.
Costa, Antônio Gomes da. Educação e Vida. Belo Horizonte: Modus Faciendi, 2001. P. 34 – 35.
2. A partir da leitura dos textos anteriores e pensando nos caminhos que você pode escolher para
a realização do seu sonho, o que você pode dizer sobre:
1 Primeiro, você precisa assumir o protagonismo da sua vida, pois não existe Projeto de Vida sem que você tome as rédeas da sua vida e decida
pelo o que quer. Isso é ser protagonista! Para isso, é necessário que você enxergue o valor da sua história, mesmo quando ela não é bonita ou perfeita.
Está tudo pronto para nossa jornada?
Ao responder as questões anteriores tenha em mente que, para a realização de um sonho, você
precisa se sentir dono dele e caminhar na direção para alcançá-lo. É preciso assumir o poder, o con-
trole da sua vida e sentir-se merecedor de tudo o que acontece com você. Então, nada de negar
a sua essência, aquilo que você é e o seu melhor lado. Acredite sempre no seu sonho e na sua capaci-
dade de realizá-lo. Você já deve ter percebido que, para isso, é preciso “virar a chave”, sair da mesmice
para se tornar um realizador, protagonista da sua própria vida. Então, seja sempre você mesmo!
3. Após discutir com os seus colegas e professor (a) sobre protagonismo, é o momento de refletir
sobre as atividades dos bimestres anteriores e pensar sobre quem é você, para iniciar a constru-
ção do Plano de Ação do seu Projeto de Vida. Separamos um espaço para suas anotações:
CHEGANÇA
Um pequeno relato sobre quem
é você:
Fonte: Freepik
4. Nessa questão, escreva o seu sonho, mesmo que para você isso seja óbvio. Ao reescrevê-lo,
você se certifica que algo não mudou de um bimestre para outro. E se mudou, lembre-se que não
tem problema algum. É preciso apenas, atualizar os registros que você tem sobre isso.
5. Considerando aonde você quer chegar como mais um pequeno passo adiante, passando do
sonho à projeção de um lugar ao qual o seu desejo impulsiona você a chegar. É um pequeno
aceno para passagem do seu sonho, que ainda permanece no campo das ideias, para um plano
concreto. Também é uma forma de refletir como a realidade põe à prova as suas aspirações,
detalhe sobre esse lugar que você deseja tanto chegar, que está no futuro muito distante:
A VISÃO
Aonde você quer chegar?
2
Para refletir
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
DO SONHO À REALIDADE: A ARTE DO PLANEJAMENTO
Competênciassocioemocionais em foco: Organização
Nesta situação de aprendizagem, você vai conhecer o tão falado Plano de Ação. Este
instrumento vai apoiar você na elaboração do seu Projeto de Vida! Além de co-
Fonte: Freepik nhecer o Plano de Ação, é importante que você já inicie a sua construção, pois não
basta pensar, o agir também constitui etapa relevante para atingir resultados.
Agora, por onde você deve começar? Você já ouviu falar sobre Visão, Missão e Valores? Bem,
é comum ouvir algumas pessoas dizerem em alto e bom som: “Essa é a Missão da vida do João” ou
“Ana é uma pessoa de Visão”. Mas o que essas pessoas estavam expressando? Elas estavam dizendo
que ter uma Missão é como ter uma declaração daquilo que é o propósito de vida de uma pessoa,
ou seja, aquilo no qual acredita e que faz sentido para a sua presença nesse mundo.
Mas, como se realiza uma Missão? Pois bem, é preciso construir uma Visão que corresponda à
imagem que se faz de si no futuro. E de onde parte essa Visão? Aha! É dos sonhos e valores pes-
soais! É isso mesmo! Percebe como isso tudo se relaciona? Em síntese: Se a Visão se realiza, a Mis-
são será cumprida.
Calma aí: Você deve estar se perguntando o que os Valores têm a ver com isso? Bem, um Va-
lor é aquilo que importa para uma pessoa. Os valores caminham junto à Missão e Visão porque são
eles que ajudam na tomada de decisões para a realização da Missão. Complicado? Respira, inspira
e veja o exemplo:
Sua Visão é:
[Ser um Biólogo respeitado no mundo inteiro]
Fonte: Freepik
Sendo esse profissional, já deu para identificar um dos valores do João que é o respeito pelas
pessoas e pelo meio-ambiente. Mas, como o João pode se planejar para ser esse profissional com
essa visão?
[Em resumo, estudar muito, ser bem sucedido nos estudos e cultivar bons valores é o ponto
de partida para que ele consiga se tornar um excelente Biólogo]
A partir do exemplo do João, você deve estar percebendo que o sonho começa a sair da ide-
alização para um planejamento quando definimos a Missão, Visão e Valores. Pois bem, é por meio
de um planejamento que você desenha os seus passos na direção dos seus sonhos. Se não houver
planejamento, não haverá nada, e o sonho continuará no plano das ideias. Para isso, que tal come-
çar a se familiarizar com o Plano de Ação?
a) Missão;
b) Visão;
c) Valores.
Dica para a atividade: É importante que você seja sincero(a) e trabalhe com a sua realidade para começar
o planejamento. Para isso, tente responder uma única pergunta: “Por que eu ainda não realizei esse
sonho?”. A resposta a essa questão norteará o seu planejamento. É nele que você começa a perceber se
um sonho é realmente um sonho ou se é somente um desejo. Nessa fase, o sonho começa a tomar forma.
Se essa forma não o convence, é sinal de que você precisa dedicar mais tempo para se conhecer.
É por isso que planejar significa mudar hábitos e refletir sobre suas ações. Isso permite que você se
conheça cada vez mais. Portanto, agora é a hora de colocar para fora o que você pensa, o que você quer,
seus projetos mais instigantes, sua identidade, seu propósito, sua verdadeira Missão. Para isso, não tem outro
jeito, é preciso pensar em você. Saiba que sem uma Visão, será muito difícil realizar seus sonhos. Da mesma
forma, é muito difícil criar sua Missão sem uma Visão construída. Então, para a construção da sua Visão,
pense: partindo do seu sonho, qual a realização futura que ele representa?
Perceba que o Plano de Ação vai exigir de você sempre uma reflexão sobre os seus po-
sicionamentos diante da vida e os caminhos que quer seguir. É sabendo qual é a sua Missão e
Visão, que ficará mais fácil fazer escolhas e tomar decisões na vida.
Por fim, note que o caminho para realizar os seus sonhos começa a ser traçado quando você
percebe que sonhar são ações absolutamente aceitáveis e planejáveis. A competência socioemocional
organização é importante para você ter atenção a detalhes importantes ao planejar e executar o Plano
de Ação que está montando.
Lembre-se: cada vez que você mudar de opinião ou de interesses é preciso rever o seu Plano de Ação.
Procure verificar se as informações contidas nele contemplam sempre quem você é e aonde você quer chegar.
Inclusive, saiba que não tem problema se você perceber que o seu sonho mudou. É natural que ao longo do
percurso você tenha se modificado e estabelecido novas percepções sobre si mesmo.
A imagem do Plano de Ação que segue deve ser usada por você para a construção do seu Plano.
• Cada pessoa tem o seu tempo de despertar. Partimos de um esboço que vai ganhando forma
e pode modificar-se completamente mais adiante.
• Contar com estímulos é essencial para perceber que na construção do Projeto de Vida, não se
está sozinho. O lema é: jornada individual, mas nunca solitária. Conte, por exemplo, com o seu
professor(a) de Projeto de Vida;
• A disciplina para a construção do Projeto de Vida é tão importante quanto saber aonde se
quer chegar.
• Predispor-se aos desafios, à perseverança, à dedicação com afinco àquilo que se quer conquistar
é fundamental, uma vez que a pessoa é responsável por seu desenvolvimento pessoal e sua
caminhada. Os resultados não são imediatos e erros e acertos aparecerão pelo caminho.
• Somente a pessoa pode decidir o caminho que quer percorrer. Contudo, o apoio da família,
dos amigos e dos professores são fundamentais.
3
Para refletir
O planejamento deve estar presente na vida de qualquer pessoa. Veja como ele se torna
imprescindível para atingir alguns propósitos:
Na sua vida, algo deu errado por falta de planejamento? Reflita como planejar é essencial para
a realização de atividades a curto, médio e longo prazo. Aproveite o momento de construção do
Plano de Ação para refletir ainda mais sobre quem você é e o seu Projeto de Vida.
Chegado ao final dessa situação de aprendizagem, esperamos que você esteja visualizando
o Plano de Ação como uma ferramenta útil e de fato, de planejamento e organização das
suas Ações. Além disso, mais adiante, você também vai ver que ele funciona como um sinalizador que
traz ensinamentos sobre os seus erros e acertos. Assim, por ora, renove a confiança no seu Projeto de
Vida, pois por meio do Plano de Ação você fará as coisas acontecerem. Até a próxima!
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
AVALIAÇÃO FORMATIVA DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS
Competência socioemocional em foco: autoconfiança, organização,
responsabilidade, curiosidade para aprender, iniciativa social e empatia.
Fonte: Freepik
Você acha que desenvolver competências socioemocionais é um bom caminho para realizar projetos?
Hoje, vamos refletir um pouco sobre nosso desenvolvimento individual! A cada autoavaliação podemos
ser surpreendidos por uma nova descoberta sobre nós mesmos, por isso, dedique-se ao seu processo
de autoconhecimento.
com cordialidade e cuidado as ideias e os sentimentos dos(as) colegas. Na sua vez de fala, lembre-
se de que você pode exercitar a iniciativa social, comunicando-se e fortalecendo laços de amizade
e confiança. Se bater aquela dúvida, chame o(a) professor(a)!
Você terminou o bate-papo com o grupo? Então, antes de continuar, responda às seguintes
questões em seu Diário de Práticas e Vivências:
• Como foi esse exercício de analisar uma situação em que você fez alguma escolha que não
permitiu que alcançasse o resultado que esperava?
• Você está motivado(a) a pensar junto com seus(uas) colegas em formas de rever essa escolha
e transformá-la em um bom aprendizado?
Competência 1: ________________________________________________________________________
Competência 2: ________________________________________________________________________
Passo 1: Com o apoio de seus(uas) colegas, relacione a situação que você escolheu analisar no
Raio-x de uma jogada com o grau de desenvolvimento da competência, como você registrou na rubri-
ca, e com a ação escrita no PDP nos bimestres anteriores. Caso necessário, leia novamente o diálogo
apresentado na Missão 1. Ele traz algumas ideias para você.
1º bimestre:
O que deu errado? 2º bimestre:
3º bimestre:
Passo 2: Em diálogo com o grupo, levante ideias que poderiam ter gerado sucesso na mesma
situação que “deu ruim”. Qual outro caminho você poderia ter escolhido para que sua ação fosse bem
legal a ponto de merecer likes de você mesmo e dos(as) colegas?
Sugestões do grupo:
Após essa discussão, você precisa pensar, individualmente, sobre as sugestões feitas pelos(as)
colegas e escolher uma delas para ser inserida em seu Plano de Desenvolvimento Pessoal, registrado
no Diário de Práticas e Vivências.
Para escolher a sugestão que será adotada como sua estratégia, reflita:
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
UM CAMINHO A SER SEGUIDO
Competências socioemocionais em foco: Autoconfiança
Fonte: Freepik Hoje, você vai definir as Premissas e os Objetivos do seu Projeto de Vida. Para
isso, vai precisar retomar mais uma vez os registros das aulas anteriores, quando
Fonte: Freepik discutiu com os seus colegas os seus Valores. Essa retomada é necessária porque
é dos Valores, Visão e Missão que as suas Premissas se originam.
Você deve se lembrar que Valores são convicções e crenças dominantes definidas por você, que
nortearão as suas decisões na consecução do seu Projeto de Vida. É por este motivo que, os Valores
são considerados elementos motivadores para direcionar as suas Ações.
Já as Premissas funcionam como bússolas que o guiará na sua tomada de decisão para realiza-
ção do seu sonho. Premissas são verdades assumidas por você e não devem ser alteradas. São con-
dições das quais você não abre mão. Ou seja, quando algo der errado no seu Plano de Ação, fique
certo de que não são as Premissas que você deve mudar! Vamos fazer uma atividade para ver
como isso pode ser aplicado na prática?
Vida. Sendo assim, que tal começar a pensar sobre a sua realidade? Pois, pensar sobre os Objetivos é
diferente de pensar nos sonhos, uma vez que as suas circunstâncias de vida atual importam.
Vamos entender melhor isso agora? Para começo de conversa, tenha em mente que clareza é
fundamental na construção do Plano de Ação e na definição dos Objetivos, não poderia ser diferente.
Imagine que muitos Objetivos são frustrados na primeira tentativa de atingi-los, não por falta de esfor-
ço, mas exatamente devido à falta de clareza na sua definição.
Quer um exemplo que explica essa diferença entre sonho e Objetivo e entre Objetivo e Meta?
É comum as pessoas falarem no dia a dia: “No momento, meu Objetivo é passar no Vestibular”.
E o que tem de errado em pensar assim? Não há nada de errado, já que esse pensamento expressa
muito bem uma situação real da vida de quem está falando. Mas, ao entender sobre o Plano de Ação,
você começa a ter uma noção melhor sobre tudo isso.
Neste caso, passar no vestibular não é o sonho, pois sonhar é ir muito além disso, numa projeção
de futuro de longo prazo e que pode exigir um pouco mais de ambição. Então, o sonho poderia ser
tornar-se um cientista. Assim como, não é um Objetivo, mas uma Meta. Antes que você tenha um tilt,
entenda que o Objetivo mesmo, é a graduação específica e o vestibular, portanto, é uma Meta a ser
atingida para que o Objetivo seja realizado. Percebeu a diferença? Então siga para a prática.
2. Considerando a importância da clareza na definição dos Objetivos, dedique tempo a pensar nos
Objetivos do seu Plano de Ação para não cair em “armadilhas”. Então, comece buscando o
que merece maior atenção e esforços para a realização do seu sonho. Escreva sobre isso no seu
Diário de Práticas e Vivências e, a partir disso, liste os seus Objetivos no seu Plano de Ação,
conforme modelo do Plano disponibilizado em aulas anteriores. Para ajudá-lo nesta atividade,
veja o exemplo de Objetivo de um estudante que tem como sonho: ser piloto de avião:
Mário tem como sonho ser piloto de avião. Sabendo disso, ele tem certeza de que precisará con-
cluir o Ensino Médio com afinco. Isso quer dizer que não basta estudar, tem que ser um estudante
exemplar. Ele sabe que terá que se submeter a testes teóricos e práticos específicos para a área de
aviação. Assim, além dos conhecimentos técnicos, precisará de um amplo conhecimento em relação
à aviação, que tem como base disciplinas curriculares.
Sendo assim, partindo da sua Visão de ser piloto de avião, tendo como um de seus Valores prin-
cipais a cooperação e conduzir voos regulares, prestando segurança aos seus passageiros como
Missão. Ele precisa ser uma pessoa preparada para possíveis emergências em voo. Para que sua
Missão se cumpra, um dos seus Objetivos é passar de ano na escola, sem ir para recuperação, pois a
preparação para piloto começa antes mesmo de estudar disciplinas específicas de aviação. Imagine
que Mário vai precisar de uma boa base de conhecimento em Matemática, Física e Geografia para
entender de aviação. Para isso, ele terá que estabelecer algumas Metas como ter média superior à 7
em todas as matérias, fazer todos os deveres de casa, entregar todos os trabalhos das disciplinas
escolares e estudar o conteúdo das disciplinas escolares diariamente.
É importante perceber que a clareza que Mário tem dos Objetivos permite que ele não
apenas defina as Metas do seu Plano de Ação, mas que possa, através delas, mensurar os
resultados dos seus Objetivos. Para saber se seus Objetivos estão descritos de forma clara, pense:
• O que você quer atingir; Porque os Objetivos definidos são importantes; Se estão alinhados
com o próprio sonho; Como se pretende alcançá-los; Quais são os prazos para alcançá-los.
Gostou do exemplo? Agora é sua vez! Esperamos que você tenha conseguido definir os Objeti-
vos do seu Plano de Ação. A partir de agora você está preparado para começar a pensar estrategica-
mente como alcançá-los, de forma mais rápida e ainda mais prática!
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
TENHO UM SONHO E UM PLANO, MAS AONDE QUERO CHEGAR?
Competências socioemocionais em foco: Organização
A partir das questões anteriores, considere: uma Meta tem que ser mensurável, ou seja, determi-
nada por seu tamanho, valor ou qualquer outra unidade de medida. Assim, para saber se você está
mais próximo dos seus Objetivos, é necessário definir Indicadores.
E o que são indicadores? São elementos que representam um fenômeno e são usados para
mensurar um processo ou seus resultados. Difícil entender? É não! Considere que o principal propósi-
to de um indicador é justamente indicar quão bem Ações ou processos estão permitindo o atingimen-
to das suas Metas pactuadas.
É por meio dos Indicadores e das Metas que um Objetivo deixa de ser enorme e inalcan-
çável. Ou seja, para isso acontecer, as Metas precisam ser divididas em pequenas atividades ou
Ações, que deverão ser executadas em determinados períodos. É dessa forma que você vai conseguir
verificar seus resultados. Separei dois exemplos para você:
Exemplo 2: Imagine que você tem como Objetivo arrumar o quarto para receber melhor uma
visita na sua casa.
Fonte: Freepik.5
Suponha que você determinou que uma das suas Metas é começar pelo guarda-roupas, fazen-
do uma verdadeira arrumação que possibilite separar as roupas por tipos, cores e inclusive, para poder
se desfazer do que não usa já faz um bom tempo. Você escolheu começar pelo guarda-roupas porque
é o espaço mais desorganizado do seu quarto.
Ao optar por isso, sem perceber, você está estabelecendo Metas! É isso mesmo! Fácil, não é?
Ao organizar o quarto por partes, isso lhe dá condições de alcançar o seu Objetivo, uma vez que, é
impossível arrumar tudo sozinho, ao mesmo tempo. Perceba também que, não é interessante você
arrumar de qualquer jeito o guarda-roupa. Você precisa agir separando as roupas por cores, tipos e as
que não usa mais para doação. Essas são as suas Ações.
Falando em tempo, você percebe que também definiu Prioridades? Sim, a escolha do guarda-roupa
surgiu por ser o local mais bagunçado. A Prioridade, portanto, advém da necessidade maior, para atingir
os seus Objetivos. Ela coloca em ordem as suas necessidades, por grau de urgência e ajuda você no
desenvolvimento da organização. Entretanto, você já pensou que não é interessante levar semanas para
arrumar o quarto, se a visita que espera na sua casa, chega no outro dia. Surge daí a importância de definir
um prazo. Nesse caso, você teria menos de um dia, portanto, algumas horas. Veja que ao estabelecer
Metas, é importante situá-las no tempo, para poder partir para a tomada de decisões.
Outro ponto importante, são os Indicadores. Como mencionado nesta aula, ele mede o resulta-
do das suas Ações na direção dos Objetivos. Assim, o que você espera é ter 100% do seu quarto
arrumado e 100% das roupas separadas por cores, tipos e as que não usa mais para doação.
A partir desses exemplos, você conseguiu se inspirar para definir as Metas do seu Plano de
Ação? Vamos para a atividade!
1. Retome as anotações sobre os Objetivos do seu Plano de Ação. Para cada um deles, defina
quais seriam as Metas e pense como podem ser colocadas em prática. Para isso, reflita sobre o
que fazer e quando você vai realizar a Ação:
Indicadores:
Ação: Prazo –
Objetivo Metas porcentagem para
O que fazer? Quando fazer?
medir resultados
1:
2:
3:
2. Você já deve ter entendido que para o planejamento é muito importante saber para onde ir, fazer
escolhas e tomar decisões. Também entendeu que nada adianta ter uma Visão sobre o que você
deseja no futuro, se não souber o que fazer para chegar lá. A partir disso, reflita:
Para refletir
Ao traçar uma Meta, tenha clareza do que se quer, organização para fazer o que
é preciso realizar e disciplina na direção do seu sonho! Acredite em você e no seu
poder de realização. Isso é fundamental para fazer as coisas acontecerem. Não espere
ter todos os recursos do mundo para começar algo. O Projeto de Vida o faz pensar sobre o que
você quer e buscar as condições necessárias para a realização. Neste sentido, a criatividade pode
ser uma grande aliada nos momentos mais difíceis.
Uma dica que pode ajudá-lo no alcance das Metas é escolher uma pessoa de confiança para
conversar com ela, sobre os seus compromissos e avanços do seu Plano de Ação. Ao conversar
com essa pessoa, você vai percebendo coisas que antes passaram despercebidas, como Ações
que deveriam ser mais imediatas e estão sendo esquecidas ou negligenciadas, por exemplo. Isso
ajuda muito na disciplina e comprometimento com o seu Projeto de Vida.
Muito bom pensar em cada etapa do Plano de Ação e definir Metas, não é verdade? Acredito
que você nem imaginava que seu sonho se transformaria num Plano de Ação, não é? Isso é apenas o
começo na direção dos resultados que você tanto almeja alcançar. Até a próxima!
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
ACERTAR NO ALVO: A IMPORTÂNCIA DAS ESTRATÉGIAS
Competências socioemocionais em foco: Autoconfiança
Para Refletir
Você já ouviu falar da competência autoconfiança? Ela é muito importante nessa etapa do
seu Plano de Ação, pois a pessoa que possui essa competência se sente motivada, capaz
e trabalha para alcançar seus Objetivos. Assim, você se avalia como uma pessoa autoconfiante?
Tem tido uma visão positiva de si mesmo? Tem se sentido capaz de atingir seus Objetivos?
Para ajudar você nessa etapa do Plano, considere que as Estratégias são sobre “O que fazer”
para atingir as Metas. Para ajudá-lo nessa etapa do Plano, considere que as Estratégias são sobre
“O que fazer” para atingir as Metas. Contudo, refere-se a um conjunto de Ações vantajosas e não apenas
uma, que serão executadas a curto prazo. Ou seja: as Estratégias são Ações iniciadas hoje que poderão
levá-lo a uma situação mais cômoda no futuro. Portanto, pensar estrategicamente, consiste em gerar
vantagens para você no futuro, para obter seus Objetivos – fins. Geralmente, são Ações iniciadas hoje
que poderão levá-lo a uma situação mais cômoda no futuro, a longo prazo. Portanto, pensar estrategica-
mente consiste em gerar vantagens para você no futuro e para obter seus Objetivos – fins.
Sabendo disso e aonde você quer chegar, que tal você pensar sobre os seus pontos fortes?
Pensar sobre isso, é buscar recursos disponíveis, que podem ser utilizados estrategicamen-
te para alcançar os seus Objetivos. Um dos seus pontos fortes pode ser, portanto, uma estratégia
a ser utilizada. Já pensou como os seus talentos podem ajudá-lo, por exemplo?
1. Fala-se muito em Estratégias na formulação do Plano de Ação como meio para alcançar a Visão,
construir alternativas e traçar caminhos. Contudo, isso só é possível para quem sonha e tem
Objetivos claros. Pensar estrategicamente exige uma visão geral sobre onde se quer chegar.
A partir disso, convido você a definir as Estratégias do seu Plano. Lembre-se de utilizar o mode-
lo do Plano de Ação disponível no início deste Caderno. Além disso, considere que toda formulação de Estra-
tégias é uma atividade de planejamento, pois todo o seu Plano de Ação precisa ser revisto. Assim, visualize o
seu Plano prevendo e prospectando o futuro. Para isso, traga para o presente, elementos que levarão você a
atingir o seu futuro imaginado. Veja como você pode definir as Estratégias do seu Plano:
PONTOS FORTES
2. Ao definir as Estratégias do seu Plano, veja se elas têm finalidades práticas, como:
a) Das variáveis que impactam positivamente nos seus Objetivos – forças. Quais são?
b) Das variáveis que impactam negativamente nos seus Objetivos – fraquezas. Quais são?
Para refletir
Em tese, os pontos fracos são as características ou limitações que advêm das suas
dificuldades pessoais ou do ambiente no qual está inserido. Nesse sentido, as Estratégias
devem eliminar ou transformar as dificuldades em uma competência ou ponto forte.
As forças são elementos e/ ou competências que trazem benefícios para alcançar os seus Objetivos.
Geralmente é algo que você controla/domina totalmente. É por isso que faz toda a diferença utilizar
o ponto forte como Estratégia.
VISÃO GLOBAL
PLANO ESTRATÉGICO
“O que atingir” - “Os alvos” – Curto prazo “O seu dia a dia” – a operacionalização das estratégias
Estratégias: Ações:
1__________________________________ 1__________________________________
2__________________________________ 2__________________________________
3__________________________________ 3__________________________________
4__________________________________ 4__________________________________
5__________________________________ 5__________________________________
6__________________________________ 6__________________________________
• Para cada Estratégia, defina Ações prioritárias. Elas devem passar por um processo de escolhas –
O que eu tenho que fazer?
• Deixe a flexibilidade tomar conta de você para decidir qual a melhor ação a ser executada.
As Ações devem ser adequadas ao momento certo, dependem da sua situação atual, mas
devem ser comprometidas com o seu futuro.
• Cuidado para não confundir “a arte de aplicar os meios disponíveis” – Estratégias - com os
próprios meios – Ação.
• As Ações devem gerar um “senso” de responsabilidade diário, que promova integração,
comprometimento e motivação com os seus Objetivos.
• Para executar uma ação estratégica, você deve utilizar um conjunto de habilidades que domina.
Assim como, ser disciplinado na execução de suas Ações. Pois, além de saber fazer, a execução
é essencial para o sucesso do seu Plano de Ação.
Para refletir
Os resultados do seu Plano de Ação e as Estratégias utilizadas dependem das suas
limitações pessoais – habilidades que ainda não domina – FATORES INTERNOS –
e às limitações ocasionadas pelas mudanças/transformações naturais da vida – FATORES
EXTERNOS, que impactam de diferentes formas o Plano de Ação e na consecução do
Projeto de Vida. Tomar conhecimento sobre esses fatores ajuda você a fazer uso de melhores
Estratégias, além de executá-las sem resistências. Pense nisso!
Você percebeu que definir os próprios caminhos é muito importante, não é mesmo? Além de
saber disso, é certo que você considere a autoconfiança como fundamental para estabelecer Objetivos
desafiadores e para superar os próprios limites. Espera-se que as Estratégias que você definiu, facili-
tem sua jornada rumo à realização do seu sonho. Até a próxima!
ANOTAÇÕES