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Confepar Agro-

Industrial
COOPERATIVA
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

Conteúdo
Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras
individuais e consolidadas 3

Balanços patrimoniais 6

Demonstrações de sobras ou perdas 7

Demonstrações do resultado abrangente 8

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido 9

Demonstrações dos fluxos de caixa - Método indireto 10

Notas explicativas às demonstrações financeiras 11


KPMG Auditores Independentes
Palhano Square Garden
Av. Ayrton Senna da Silva, 1055 - 2º andar - Salas 201 e 202
Caixa Postal 2081 - CEP: 86050-460 - Londrina/PR - Brasil
Telefone +55 (43) 3301-4250
kpmg.com.br

Relatório dos auditores independentes sobre as


demonstrações financeiras individuais e
consolidadas
Aos Conselheiros e Diretores da
Confepar Agro-Industrial Cooperativa
Londrina - Paraná

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Confepar Agro-Industrial Cooperativa


(“Cooperativa” ou “Grupo”), identificadas como controladora e consolidado, respectivamente, que compreendem o
balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2019 e as respectivas demonstrações individuais e consolidadas de
sobras e perdas, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício
findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis
significativas e outras informações elucidativas.
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas acima referidas apresentam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, individual e consolidada, da
Confepar Agro-Industrial Cooperativa em 31 de dezembro de 2019, o desempenho individual e consolidado de
suas operações e os seus fluxos de caixa individuais e consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas
responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada
“Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas”. Somos
independentes em relação à Cooperativa e sua controlada, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos
no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de
Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que
a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma- KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the
membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG
International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.
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Outros assuntos

Auditoria das demonstrações financeiras do exercício anterior


O balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as demonstrações de sobras e perdas, do resultado
abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa e respectivas notas explicativas para o
exercício findo nessa data, apresentados como valores correspondentes nas demonstrações financeiras do exercício
corrente, foram anteriormente auditados por outros auditores independentes, que emitiram relatório em 20 de
março de 2019, sem modificação.

Responsabilidades da administração pelas demonstrações financeiras individuais e consolidadas

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais
e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e pelos controles internos que ela
determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras individuais e consolidadas
livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a administração é responsável pela
avaliação da capacidade de o Grupo continuar operando e divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados
com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras
individuais e consolidadas, a não ser que a administração pretenda liquidar a Cooperativa e sua controlada ou
cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais e consolidadas,
tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e
emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não
uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre
detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são
consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva
razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras
individuais e consolidadas.
Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos
julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

– Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras individuais e


consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de
auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para
fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o
proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação,
omissão ou representações falsas intencionais.
– Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de
auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos
controles internos da Cooperativa e sua controlada.
– Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e
respectivas divulgações feitas pela administração.
– Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com
base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que
possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Cooperativa e sua
controlada. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de
auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas ou incluir
modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas
nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem
levar a Cooperativa e sua controlada a não mais se manter em continuidade operacional.
– Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras individuais e

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membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG
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consolidadas, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras individuais e consolidadas representam
as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.
– Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das entidades ou
atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e
consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo e,
consequentemente, pela opinião de auditoria.
Comunicamo-nos com a administração a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da
auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos
controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Londrina, 06 de julho de 2020.

KPMG Auditores Independentes


CRC SP-014428/O-6 F-PR

Cristiano Aurélio Kruk


Contador CRC PR-054366/O-0

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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020

Worksheet in
DF-CONFEPAR 28042020.xlsx
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020

Notas explicativas às demonstrações financeiras


(Em milhares de Reais)

1 Contexto operacional
A Confepar Agro-Industrial Cooperativa (“Confepar” ou “Cooperativa”) é uma sociedade
Cooperativa que tem como objetivo atuar no ramo industrial e comercial de alimentos,
estimulando o desenvolvimento, e a defesa econômica e tecnológica de seus associados, sempre
em consonância com as atividades dos mesmos e a viabilidade da Cooperativa, sem o objetivo
de lucro. A entidade é regida pela Lei nº. 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que regulamenta o
sistema cooperativista no país.

A Cooperativa atua na prestação de serviços aos seus associados, através do recebimento,


industrialização e comercialização da produção. Possui uma estrutura operacional composta por
três plantas industriais de Leite e Derivados, com capacidade de 3,02 milhões de litros/dia.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2019 a Cooperativa apresentou perdas líquidas


no montante de R$ 55.996. Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2019 a Cooperativa
apresenta capital circulante líquido consolidado negativo em R$ 45.674, bem como fluxo de
caixa operacional individual e consolidado negativo de R$ 39.770 e R$ 40.230.

Os resultados e indicadores adversos mencionados acima decorrem principalmente de:

• Redução na margem bruta que passou de 12% em 2018 para 3,6% em 2019, causado
principalmente pelo aumento dos custos para aquisição da principal matéria-prima , o leite, sem
repasse nas mesmas proporções ao mercado final.

• Elevação nos dispêndios e despesas financeiras causado pelo aumento no nível de captações de
empréstimos e financiamentos com instituições financeiras com o objetivo de manutenção do
fluxo de caixa para fazer frente ao crescimento do faturamento em 2019 (aumento de 43% no
faturamento de 2019 em relação a 2018), considerando que os prazos de recebimentos foram
alongados devidos a prática estabelecida pelos grandes clientes.

• Inauguração do concentrador de leite localizado no município de Pato Branco – PR, que


possibilitará aumentar as vendas de leite concentrado, além de reduzir o custo logístico por litro
de leite na transferência de matéria-prima para a planta de Londrina para produção de leite em
pó.

• Ainda, três fatores em específico ocorridos unicamente em 2019 contribuíram para a elevação
do passivo da Cooperativa, sendo eles a adoção do CPC 06 (R2), conforme nota explicativa 16,
assim como a aquisição de uma nova planta industrial localizada em Cerqueira César – SP,
conforme nota explicativa 17, os quais, em conjunto, resultou em um impacto de R$ 69.129 no
passivo da Cooperativa em 31 de dezembro de 2019 e a instalação de mais uma unidade de
concentração localizada em Pato Branco – PR com investimentos realizados na ordem de R$
13.638.

Ainda, conforme divulgado na nota 29 Eventos Subsequentes, em 31 de janeiro de 2020, a


Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o coronavírus (COVID-19) é uma
emergência de saúde global. O surto desencadeou decisões significativas de governos e
entidades do setor privado, que somado ao impacto potencial do surto, aumentaram o grau de
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

incerteza para os agentes econômicos e podem gerar impactos relevantes nos valores
reconhecidas nas demonstrações financeiras.

A Cooperativa vem adotando estratégias para reversão dos resultados adversos, como:

• Identificação de oportunidades de ganho de eficiência tanto na redução de despesas como no


ganho de margem bruta, através da diversificação do mix de produtos a serem comercializados
com melhor margem, reduzindo a escala de produção e comercialização do leite longa vida,
que reduziu as margens da Cooperativa.

• Contratação de consultoria especializada em reestruturação de empresas, com foco em auxiliar a


obtenção de estabilidade operacional e financeira e colaborar no aumento de eficiência
produtiva.

• Revisão do planejamento estratégico, decidiu interromper seu ciclo de crescimento atingidos


nos últimos dois anos e planeja para o ano de 2020 uma redução de 9% no seu faturamento em
relação ano de 2019, medida que busca estancar o prejuízo operacional, com ganho de margens,
melhorar a liquidez e geração de caixa, decisões que estão suportadas nas premissas no
planejamento estratégico.

• Ajuste dos fluxos de caixa através da negociação com seus principais fornecedores e instituições
financeiras com objetivo de reestruturação de dívidas e alongamentos de prazos, de forma que a
Cooperativa consiga honrar com seus compromissos e manter geração de caixa para
continuidade de suas operações. Destaca-se ainda que, conforme nota explicativa 10, os saldos
de aplicações finaceiras estão atrelados como garantias a empréstimos tomados pela
Cooperativa, dessa forma, estes valores serão considerados nas renegociações com as
respectivas instituições.

Com base nessa avaliação, e considerando a imprevisibilidade da evolução do surto relacionado


ao COVID19 e dos seus impactos, a Administração concluiu que existem incertezas relevantes
relacionadas à capacidade da Cooperativa continuar operando, porém tem uma expectativa
razoável de que a Cooperativa terá recursos suficientes para continuar operando no futuro
previsível e, portanto, o pressuposto de continuidade ainda é valido, considerando todas as
informações relevantes disponíveis até a data de autorização para emissão dessas demonstrações
financeiras. Com base no seu julgamento, concluiu que a incerteza remanescente não é material.
Portanto, as demonstrações financeiras foram preparadas baseadas no pressuposto de
continuidade operacional.

(a) Relação das entidades controladas

Empresa Controle 2020 2019

Transcativa Transportes Direto 100%

A Transcativa Transportes, possui sede e domicílio da Rodovia Mello Peixoto nº 809, Lote 80
A-1, sala A, Jardim União, Cambé (Paraná) e iniciou suas operações em 2019 e tem por
objetivo social a prestação de serviço de transporte rodoviário de carga, depósitos de

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Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

mercadorias para tereiros, carga e descarga, locação de veículos automotores, bem como
organização logística do transporte de carga e operador de transporte multimodal.
2 Base de preparação
Declaração de conformidade
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Confepar Agro-Industrial
Cooperativa foram elaboradas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e
disposições específicas aplicáveis às sociedades Cooperativas contidas no ITG 2004 e na Lei n.º
5.764/71.

A emissão das demonstrações financeiras foi autorizada pelo Conselho de Administração em 06


de julho de 2020.

Detalhes sobre as políticas contábeis da Cooperativa estão apresentados na nota explicativa 7.

Este é o primeiro conjunto de demonstrações financeiras anuais da Cooperativa no qual o CPC 06


(R2) – Operações de arrendamento mercantil foram aplicados. Mudanças nas principais políticas
contábeis estão descritas na nota explicativa 5.

Todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, estão
sendo evidenciadas e correspondem àquelas utilizadas pela Administração na sua gestão.

As demonstrações financeiras foram preparadas com base na continuidade operacional, que


pressupõe que a Cooperativa conseguirá cumprir suas obrigações de pagamentos decorrentes de
empréstimos bancários conforme os prazos divulgados na Nota explicativa 18.

3 Moeda funcional e moeda de apresentação


Estas demonstrações financeiras estão apresentadas em Reais, que é a moeda funcional da
Cooperativa. Todos os saldos foram arredondados para o milhar mais próximo, exceto quando
indicado de outra forma.

4 Uso de estimativas e julgamentos


Na preparação destas demonstrações financeiras, a Administração utilizou julgamentos,
estimativas e premissas que afetam a aplicação das políticas contábeis da Cooperativa e os
valores reportados dos ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir
dessas estimativas.

As estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. As revisões das estimativas são
reconhecidas prospectivamente.

a. Julgamentos
As informações sobre julgamentos realizados na aplicação das políticas contábeis que têm
efeitos significativos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras estão
incluídas nota explicativa 27 - mensuração e classificação dos instrumentos financeiros.

a. Incertezas sobre premissas e estimativas


As informações sobre as incertezas relacionadas a premissas e estimativas em 31 de dezembro
de 2019 que possuem um risco significativo de resultar em um ajuste material nos saldos
contábeis de ativos e passivos no próximo ano fiscal estão incluídas nas seguintes notas
explicativas:

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Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

Nota explicativa 11 – mensuração de perda de crédito esperada para contas a receber;

Nota explicativa 15 – determinação da vida útil, valor residual e análise de impairment dos
ativos imobilizados;

Nota explicativa 16 – determinação das principais premissas utilizadas no cálculo e


contabilização do direito de uso e passivo provenientes de contratos de arrendamento;

Nota explicativa 19 – reconhecimento e mensuração de contingências: principais premissas


sobre a probabilidade e magnitude das saídas de recursos; e

Nota explicativa 27 – mensuração e classificação dos instrumentos financeiros.

(i) Mensuração a valor justo


Uma série de políticas e divulgações contábeis da Cooperativa requer a mensuração de valor
justo para ativos e passivos financeiros e não financeiros.

A Cooperativa estabeleceu uma estrutura de controle relacionada à mensuração de valor justo.


Isso inclui uma equipe de avaliação que possui a responsabilidade geral de revisar todas as
mensurações significativas de valor justo.

Ao mensurar o valor justo de um ativo ou um passivo, a Cooperativa usa dados observáveis de


mercado, tanto quanto possível. Os valores justos são classificados em diferentes níveis em uma
hierarquia baseada em técnicas de avaliação.

Informações adicionais sobre as premissas utilizadas na mensuração dos valores justos estão
incluídas na nota explicativa 27 – Instrumentos financeiros.

5 Mudança nas principais políticas contábeis


A Cooperativa aplicou inicialmente o CPC 06(R2) a partir de 1º de janeiro de 2019. Uma série
de outras novas normas também entraram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2019, mas não
afetaram materialmente as demonstrações financeiras da Cooperativa.

A Cooperativa adotou o CPC 06(R2) utilizando a abordagem retrospectiva modificada.


Consequentemente, as informações comparativas apresentadas para 2018 não estão
reapresentadas - ou seja, são apresentadas, conforme reportado anteriormente, de acordo com o
CPC 06(R1) e interpretações relacionadas. Os detalhes das mudanças nas políticas contábeis
estão divulgados abaixo. Além disso, os requerimentos de divulgação no CPC 06(R2) em geral
não foram aplicados a informações comparativas.

a. Definição de arrendamento
Anteriormente, a Cooperativa determinava, no início do contrato, se ele era ou continha um
arrendamento conforme o ICPC 03 - Aspectos Complementares das Operações de
Arrendamento Mercantil. A Cooperativa agora avalia se um contrato é ou contém um
arrendamento com base na definição de arrendamento, descrita na nota explicativa 7(k).

Na transição para o CPC 06(R2), a Cooperativa escolheu aplicar o expediente prático com
relação à definição de arrendamento, que avalia quais transações são arrendamentos. A
Cooperativa aplicou o CPC 06(R2) apenas a contratos previamente identificados como

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Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

arrendamentos. Os contratos que não foram identificados como arrendamentos de acordo com o
CPC 06(R1) e ICPC 03 não foram reavaliados quanto à existência de um arrendamento de
acordo com o CPC 06(R2). Portanto, a definição de um arrendamento conforme o CPC 06(R2)
foi aplicada apenas a contratos firmados ou alterados em ou após 1º de janeiro 2019.

b. Como arrendatário
Como arrendatário, a Cooperativa arrenda diversos ativos, incluindo imóveis. A Cooperativa
classificava anteriormente os arrendamentos como operacionais ou financeiros, com base em
sua avaliação sobre se o arrendamento transferia significativamente todos os riscos e benefícios
inerentes à propriedade do ativo subjacente à Cooperativa. De acordo com o CPC 06(R2), a
Cooperativa reconhece ativos de direito de uso e passivos de arrendamento para a maioria
desses arrendamentos - ou seja, esses arrendamentos estão no balanço patrimonial.

No início ou na modificação de um contrato que contém um componente de arrendamento, a


Cooperativa aloca a contraprestação no contrato a cada componente de arrendamento com base
em seu preço individual.

(i) Arrendamento classificado como arrendamento operacional conforme CPC 06(R1)


Anteriormente, a Cooperativa classificava os arrendamentos como arrendamentos
operacionais de acordo com o CPC 06(R1). Na transição, para esses arrendamentos, os
passivos de arrendamento foram mensurados pelo valor presente dos pagamentos
remanescentes do arrendamento, descontados à taxa de empréstimo incremental da Cooperativa
em 1º de janeiro de 2019. Os ativos de direito de uso são mensurados por um valor igual ao
passivo de arrendamento, ajustado pelo valor de quaisquer recebimentos de arrendamento
antecipados ou acumulados: A Cooperativa aplicou essa abordagem a todos os arrendamentos
mercantis.

A Cooperativa testou seus ativos de direito de uso quanto à perda por redução ao valor
recuperável na data de transição e concluiu que não há indicação de que os ativos de direito de
uso apresentem problemas de redução ao valor recuperável.

A Cooperativa utilizou vários expedientes práticos ao aplicar o CPC 06(R2) a arrendamentos


anteriormente classificados como arrendamentos operacionais de acordo com o CPC 06(R1).
Em particular:

 não reconheceu ativos e passivos de direito de uso para arrendamentos cujo prazo de
arrendamento se encerra dentro de 12 meses da data da aplicação inicial; e

 não reconheceu ativos e passivos de direito de uso para arrendamentos de ativos de baixo
valor.

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Demonstrações financeiras em
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c. Impacto nas demonstrações financeiras


Na transição para o CPC 06(R2), a Cooperativa reconheceu ativos de direito de uso adicionais e
passivos de arrendamento adicionais. O impacto na transição está resumido abaixo.

1º de janeiro de 2020
Ativos de direito de uso
Passivos de arrendamento

1º de janeiro de 2019
Ativos de direito de uso 5.261
Passivos de arrendamento 5.261

6 Base de mensuração
As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico.

7 Principais políticas contábeis


As políticas contábeis descritas em detalhes abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente a
todos os períodos apresentados nestas demonstrações financeiras, exceto pelo descrito na nota 5.

a. Base de consolidação
A Cooperativa controla uma entidade quando está exposto a, ou tem direito sobre, os retornos
variáveis advindos de seu envolvimento com a entidade e tem a habilidade de afetar esses
retornos exercendo seu poder sobre a entidade. As demonstrações financeiras de controladas são
incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas a partir da data em que a Cooperativa
obtiver o controle até a data em que o controle deixa de existir.

Nas demonstrações financeiras individuais, as informações financeiras de


controladas são reconhecidas por meio do método de equivalência patrimonial.

b. Investimentos em entidades contabilizados pelo método da equivalência


patrimonial
Os investimentos da Cooperativa em entidades contabilizadas pelo método da equivalência
patrimonial compreendem suas participações em coligadas.

As coligadas são aquelas entidades não Cooperativas nas quais a Cooperativa, direta ou
indiretamente, tenha influência significativa, mas não controle ou controle conjunto, sobre as
políticas financeiras e operacionais.

Tais investimentos são reconhecidos inicialmente pelo custo, o qual inclui os gastos com a
transação. Após o reconhecimento inicial, as demonstrações financeiras incluem a participação
da Cooperativa no lucro ou prejuízo líquido do exercício e outros resultados abrangentes da
investida até a data em que a influência significativa ou controle conjunto deixa de existir.

Outros investimentos, assim como aqueles mantidos em outras em entidades cooperativas, são
mantidos ao custo de aquisição e seus resultados contabilizados, de acordo com o regime de
competência, em conta de ingresso ou dispêndio.

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d. Receita de contrato com cliente

(ii) Venda de bens


A Cooperativa comercializa produtos derivados do leite, tais como leite uht, leite em pó e
bebidas lácteas. A receita proveniente da venda de produtos é reconhecida quando a entidade
satisfizer à obrigação de performance ao transferir o bem prometido ao cliente. O ativo é
considerado transferido quando o cliente obtiver o controle desse ativo. Os indicadores da
transferência de controle, os quais incluem:

(a) A entidade possui um direito presente a pagamento pelo ativo;

(b) O cliente possui a titularidade legal do ativo;

(c) A entidade transferiu a posse física do ativo;

(d) O cliente possui os riscos e os benefícios significativos da propriedade do ativo; e

(e) O cliente aceitou o ativo.

Os clientes obtêm o controle da mercadoria quando as mercadorias são entregues no local


especificado pelo cliente.

e. Benefícios a empregados
Obrigações de benefícios de curto prazo a empregados são reconhecidas como despesas de
pessoal conforme o serviço correspondente seja prestado. O passivo é reconhecido pelo
montante do pagamento esperado caso a Cooperativa tenha uma obrigação presente legal ou
construtiva de pagar esse montante em função de serviço passado prestado pelo empregado e a
obrigação possa ser estimada de maneira confiável.

f. Receitas financeiras e despesas financeiras


As receitas e despesas financeiras da Cooperativa compreendem as receitas e despesas com
juros. A receita e a despesa de juros são reconhecidas no resultado pelo método dos juros
efetivos.

g. Imposto de renda e contribuição social


O imposto de renda e a contribuição social foram calculados unicamente sobre os resultados
com não cooperados em face da não incidência sobre o resultado das operações com os
cooperados.

Não há incidência de imposto nas sobras apuradas pelas sociedades cooperativas, uma vez que a
tributação ocorre na declaração dos cooperados, no caso de distribuição das sobras, conforme
parágrafo 1º da Lei nº 10.676/03.

Quanto ao resultado com não cooperados, o imposto de renda e a contribuição social dos
exercícios corrente e diferido são calculados com base na alíquota de 15%, acrescida do
adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240 para imposto de renda e 9%
sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líquido, e consideram a
compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30% do
lucro real do exercício, excluindo da base cálculo o resultado do ato cooperativo que não se

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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

sujeitam a tributação do imposto de renda e da contribuição social.

A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos de renda e


contribuição social correntes e diferidos. O imposto corrente e o imposto diferido são
reconhecidos no resultado a menos que estajam relacionados à combinação de negócios ou a
itens diretamente reconhecidos no patrimônio líquido ou em outros resultados abrangentes.

(i) Despesas de imposto de renda e contribuição social corrente


A despesa de imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber estimado sobre o lucro ou
prejuízo tributável do exercício e qualquer ajuste aos impostos a pagar com relação aos
exercícios anteriores. O montante dos impostos correntes a pagar ou a receber é reconhecido no
balanço patrimonial como ativo ou passivo fiscal pela melhor estimativa do valor esperado dos
impostos a ser pagos ou recebidos que reflete as incertezas relacionadas à sua apuração, se
houver. Ele é mensurado com base nas taxas de impostos decretadas na data do balanço.

Os ativos e passivos fiscais correntes são compensados somente se certos critérios forem
atendidos.

(iii) Despesas de imposto de renda e contribuição social diferido


Ativos e passivos fiscais diferidos são reconhecidos com relação às diferenças temporárias entre
os valores contábeis de ativos e passivos para fins de demonstrações financeiras e os usados
para fins de tributação referente as operações com não cooperados. As mudanças dos ativos e
passivos fiscais diferidos no exercício são reconhecidas como despesa de imposto de renda e
contribuição social diferida.

Um ativo fiscal diferido é reconhecido em relação aos prejuízos fiscais e diferenças temporárias
dedutíveis não utilizados, na extensão em que seja provável que lucros tributáveis futuros
estarão disponíveis, contra os quais serão utilizados. Os lucros tributáveis futuros são
determinados com base na reversão de diferenças temporárias tributáveis relevantes. Se o
montante das diferenças temporárias tributáveis for insuficiente para reconhecer integralmente
um ativo fiscal diferido, serão considerados os lucros tributáveis futuros, ajustados para as
reversões das diferenças temporárias existentes, com base nos planos de negócios da
controladora e de sua subsidiária individualmente.

Ativos fiscais diferidos são revisados a cada data de balanço e são reduzidos na extensão em que
sua realização não seja mais provável.

Ativos e passivos fiscais diferidos são mensurados com base nas alíquotas que se espera aplicar
às diferenças temporárias quando elas forem revertidas, baseando-se nas alíquotas que foram
decretadas até a data do balanço.

A mensuração dos ativos e passivos fiscais diferidos reflete as consequências tributárias


decorrentes da maneira sob a qual o Grupo espera recuperar ou liquidar seus ativos e passivos.

Ativos e passivos fiscais diferidos são compensados somente se certos critérios forem atendidos.

h. Estoques
Os estoques são mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido. O custo

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31 de dezembro de 2020 e 2019

dos estoques é baseado no princípio do custo médio. No caso dos estoques manufaturados e
produtos em elaboração, o custo inclui uma parcela dos custos gerais de fabricação baseado na
capacidade normal de operação.

i. Imobilizado

(i) Reconhecimento e mensuração


Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição ou construção, deduzido
de depreciação acumulada e quaisquer perdas acumuladas de redução ao valor recuperável
(impairment).

Quando partes significativas de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são
registradas como itens separados (componentes principais) de imobilizado.
Quaisquer ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado são reconhecidos no
resultado.

(iv) Custos subsequentes


Gastos subsequentes são capitalizados apenas quando é provável que benefícios econômicos
futuros associados com os gastos serão auferidos pela Cooperativa.

(v) Depreciação
A depreciação é calculada para amortizar o custo de itens do ativo imobilizado, menos seus
valores residuais estimados, utilizando o método linear baseado na vida útil estimada dos itens.
A depreciação é geralmente reconhecida no resultado.

As vidas úteis estimadas do ativo imobilizado são as seguintes:

Edificações 25 anos
Benfeitorias em imóveis 25 anos
Máquinas e equipamentos 10 anos
Instalações 10 anos
Computadores e periféricos 10 anos
Veículos 5 anos
Móveis e utensílios 10 anos

Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais serão revistos a cada


encerramento de exercício financeiro e ajustados caso seja apropriado.

j. Instrumentos financeiros

Reconhecimento e mensuração inicial


O contas a receber de clientes e os títulos de dívida emitidos são reconhecidos inicialmente na
data em que foram originados. Todos os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos
inicialmente quando a Cooperativa se tornar parte das disposições contratuais do instrumento.

Um ativo financeiro (a menos que seja um contas a receber de clientes sem um componente de
financiamento significativo) ou passivo financeiro é inicialmente mensurado ao valor justo,
acrescido, para um item não mensurado ao VJR, os custos de transação que são diretamente
atribuíveis à sua aquisição ou emissão. Um contas a receber de clientes sem um componente
significativo de financiamento é mensurado inicialmente ao preço da operação.

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31 de dezembro de 2020 e 2019

Classificação e mensuração subsequente

Ativos financeiros
No reconhecimento inicial, um ativo financeiro é classificado como mensurado: ao custo
amortizado; ao VJORA - instrumento de dívida; ao VJORA - instrumento patrimonial; ou ao
VJR.

Os ativos financeiros não são reclassificados subsequentemente ao reconhecimento inicial, a não


ser que a Cooperativa mude o modelo de negócios para a gestão de ativos financeiros, e neste
caso todos os ativos financeiros afetados são reclassificados no primeiro dia do período de
apresentação posterior à mudança no modelo de negócios.

Um ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado se atender ambas as condições a seguir e


não for designado como mensurado ao VJR:

 é mantido dentro de um modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos financeiros para
receber fluxos de caixa contratuais; e
 seus termos contratuais geram, em datas específicas, fluxos de caixa que são relativos somente
ao pagamento de principal e juros sobre o valor principal em aberto.
A Cooperativa realiza uma avaliação do objetivo do modelo de negócios em que um ativo
financeiro é mantido em carteira porque isso reflete melhor a maneira pela qual o negócio é
gerido e as informações são fornecidas à Administração.

Para fins dessa avaliação, o ‘principal’ é definido como o valor justo do ativo financeiro no
reconhecimento inicial. Os ‘juros’ são definidos como uma contraprestação pelo valor do
dinheiro no tempo e pelo risco de crédito associado ao valor principal em aberto durante um
determinado período de tempo e pelos outros riscos e custos básicos de empréstimos (por
exemplo, risco de liquidez e custos administrativos), assim como uma margem de lucro.

A Cooperativa considera os termos contratuais do instrumento para avaliar se os fluxos de caixa


contratuais são somente pagamentos do principal e de juros. Isso inclui a avaliação sobre se o
ativo financeiro contém um termo contratual que poderia mudar o momento ou o valor dos
fluxos de caixa contratuais de forma que ele não atenderia essa condição. Ao fazer essa
avaliação, a Cooperativa considera:

 eventos contingentes que modifiquem o valor ou o a época dos fluxos de caixa;


 termos que possam ajustar a taxa contratual, incluindo taxas variáveis;
 o pré-pagamento e a prorrogação do prazo; e
 os termos que limitam o acesso da Cooperativa a fluxos de caixa de ativos específicos (por
exemplo, baseados na performance de um ativo).

Atualmente, a Cooperativa possui ativos financeiros classificados a custo amortizado. Esses


ativos são subsequentemente mensurados ao custo amortizado utilizando o método de juros
efetivos. O custo amortizado é reduzido por perdas por impairment. A receita de juros e o
impairment são reconhecidos no resultado. Qualquer ganho ou perda no desreconhecimento é
reconhecido no resultado.

Passivos financeiros

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Os passivos financeiros foram classificados como mensurados ao custo amortizado ou ao VJR.

Um passivo financeiro é classificado como mensurado ao valor justo por meio do resultado caso
for classificado como mantido para negociação, for um derivativo ou for designado como tal no
reconhecimento inicial. Passivos financeiros mensurados ao VJR são mensurados ao valor justo
e o resultado líquido, incluindo juros, é reconhecido no resultado. Outros passivos financeiros
são subsequentemente mensurados pelo custo amortizado utilizando o método de juros efetivos.

A despesa de juros é reconhecida no resultado. Qualquer ganho ou perda no desreconhecimento


também é reconhecido no resultado.

Desreconhecimento

Ativos financeiros
A Cooperativa desreconhece um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de
caixa do ativo expiram, ou quando a Cooperativa transfere os direitos contratuais de
recebimento aos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação na qual
substancialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos
ou na qual a Cooperativa nem transfere nem mantém substancialmente todos os riscos e
benefícios da titularidade do ativo financeiro e também não retém o controle sobre o ativo
financeiro.

Passivos financeiros
A Cooperativa desreconhece um passivo financeiro quando sua obrigação contratual é retirada,
cancelada ou expira. A Cooperativa também desreconhece um passivo financeiro quando os
termos são modificados e os fluxos de caixa do passivo modificado são substancialmente
diferentes, caso em que um novo passivo financeiro baseado nos termos modificados é
reconhecido a valor justo.

No desreconhecimento de um passivo financeiro, a diferença entre o valor contábil extinto e a


contraprestação paga (incluindo ativos transferidos que não transitam pelo caixa ou passivos
assumidos) é reconhecida no resultado.

Compensação
Os ativos ou passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no balanço
patrimonial quando, e somente quando, a Cooperativa tenha atualmente um direito legalmente
executável de compensar os valores e tenha a intenção de liquidá-los em uma base líquida ou de
realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

k. Redução ao valor recuperável (impairment)

Ativos financeiros não-derivativos


A Cooperativa reconhece provisões para perdas esperadas de crédito sobre ativos financeiros
mensurados a custo amortizado.

As provisões para perdas com contas a receber de clientes são mensuradas a um valor igual à
perda de crédito esperada para a vida inteira do instrumento.

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Ao determinar se o risco de crédito de um ativo financeiro aumentou significativamente desde o


reconhecimento inicial e ao estimar as perdas de crédito esperadas, a Cooperativa considera
informações razoáveis e passíveis de suporte que são relevantes e disponíveis sem custo ou
esforço excessivo. Isso inclui informações e análises quantitativas e qualitativas, com base na
experiência histórica da Cooperativa, na avaliação de crédito e considerando informações
prospectivas (forward-looking).

Ativos financeiros com problemas de recuperação


Em cada data de balanço, a Cooperativa avalia se os ativos financeiros contabilizados pelo custo
amortizado estão com problemas de recuperação. Um ativo financeiro possui ”problemas de
recuperação” quando ocorrem um ou mais eventos com impacto prejudicial nos fluxos de caixa
futuros estimados do ativo financeiro.

Apresentação da provisão para perdas de crédito esperadas no balanço patrimonial.


A provisão para perdas para ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado é deduzida do
valor contábil bruto dos ativos.

Baixa
O valor contábil bruto de um ativo financeiro é baixado quando a Cooperativa não tem
expectativa razoável de recuperar o ativo financeiro em sua totalidade ou em parte. A
Cooperativa não espera nenhuma recuperação significativa do valor baixado. No entanto, os
ativos financeiros baixados podem ainda estar sujeitos à execução de crédito para o
cumprimento dos procedimentos da Cooperativa para a recuperação dos valores devidos.

Ativos não financeiros


Os valores contábeis dos ativos não financeiros da Cooperativa, que não os estoques e ativos
fiscais diferidos, são revistos a cada data de balanço para apurar se há indicação de perda no
valor recuperável. Caso ocorra tal indicação, então o valor recuperável do ativo é estimado.

l. Provisões
As provisões são reconhecidas quando: 1) a Cooperativa tem uma obrigação presente legal ou
não formalizada como resultado de eventos passados; 2) é provável que uma saída de recursos
seja necessária para liquidar a obrigação; e 3) o valor possa ser estimado com segurança.

As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para
liquidar a obrigação que reflitam os riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação
em decorrência da atualização monetária é reconhecido como despesa financeira.

Provisões para contingências são reconhecidas apenas quando é provável que desembolsos de
caixa ocorrerão e seu valor é determinado com base na estimativa das ações em curso.

m. Arrendamentos
A Cooperativa aplicou o CPC 06(R2) utilizando a abordagem retrospectiva modificada e,
portanto, as informações comparativas não foram reapresentadas e continuam a ser apresentadas
conforme o CPC 06(R1) e ICPC 03. Os detalhes das políticas contábeis conforme
CPC 06(R1) e ICPC 03 são divulgados separadamente.

Políticas contábeis aplicáveis a partir de 1º de janeiro de 2019


No início de um contrato, a Cooperativa avalia se um contrato é ou contém um arrendamento.

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31 de dezembro de 2020 e 2019

Um contrato é, ou contém um arrendamento, se o contrato transferir o direito de controlar o uso


de um ativo identificado por um período de tempo em troca de contraprestação. Para avaliar se
um contrato transfere o direito de controlar o uso de um ativo identificado, a Cooperativa utiliza
a definição de arrendamento no CPC 06(R2).

Esta política é aplicada aos contratos celebrados a partir de 1º de janeiro de 2019.

(i) Como arrendatário


No início ou na modificação de um contrato que contém um componente de arrendamento, a
Cooperativa aloca a contraprestação no contrato a cada componente de arrendamento com base
em seus preços individuais.

A Cooperativa reconhece um ativo de direito de uso e um passivo de arrendamento na data de


início do arrendamento. O ativo de direito de uso é mensurado inicialmente ao custo, que
compreende o valor da mensuração inicial do passivo de arrendamento, ajustado para quaisquer
pagamentos de arrendamento efetuados até a da data de início.

O ativo de direito de uso é subsequentemente depreciado pelo método linear desde a data de
início até o final do prazo do arrendamento, a menos que o arrendamento transfira a propriedade
do ativo subjacente ao arrendatário ao fim do prazo do arrendamento, ou se o custo do ativo de
direito de uso refletir que o arrendatário exercerá a opção de compra. Nesse caso, o ativo de
direito de uso será depreciado durante a vida útil do ativo subjacente, que é determinada na
mesma base que a do ativo imobilizado. Além disso, o ativo de direito de uso é periodicamente
reduzido por perdas por redução ao valor recuperável, se houver, e ajustado para determinadas
remensurações do passivo de arrendamento.

O passivo de arrendamento é mensurado inicialmente ao valor presente dos pagamentos do


arrendamento que não são efetuados na data de início, descontados pela taxa de juros implícita
no arrendamento ou, se essa taxa não puder ser determinada imediatamente, pela taxa de
empréstimo incremental da Cooperativa. Geralmente, a Cooperativa usa sua taxa incremental
sobre empréstimo como taxa de desconto.

A Cooperativa optou por não reconhecer ativos de direito de uso e passivos de arrendamento
para arrendamentos de ativos de baixo valor e arrendamentos de curto prazo. A Cooperativa
reconhece os pagamentos de arrendamento associados a esses arrendamentos como uma despesa
de forma linear pelo prazo do arrendamento.

Políticas contábeis aplicáveis antes de 1° de janeiro de 2019


Para contratos celebrados antes de 1° de janeiro de 2019, a Cooperativa determinou se o acordo
era ou continha um arrendamento com base na avaliação de se:

 o cumprimento do acordo dependia do uso de um ativo ou ativos específicos; e


 o acordo havia concedido o direito de usar o ativo. Um acordo transmitia o direito de usar o
ativo se um dos seguintes itens fosse cumprido:
o comprador tinha a capacidade ou o direito de operar o ativo ao mesmo tempo em que obtinha
ou controlava um valor que não era insignificante da produção ou de outra utilidade do
ativo; ou

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Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

 o comprador tinha a capacidade ou o direito de controlar o acesso físico ao ativo ao mesmo


tempo em que obtinha ou controlava um valor que não seja insignificante da produção ou outra
utilidade do ativo.

(i) Como arrendatário


No período comparativo, como arrendatário, a totalidade dos arrendamentos mantidos pela
Cooperativa eram classificados como arrendamentos operacionais e, portanto, não foram
reconhecidos no balanço patrimonial da Cooperativa. Os pagamentos efetuados sob
arrendamentos operacionais foram reconhecidos no resultado de forma linear pelo prazo do
arrendamento.

n. Segregação dos resultados de cooperados e não cooperados


As sobras e os resultados são segregados de acordo com os atos praticados com cooperados e
não cooperados e apropriados diretamente em contas contábeis individualizadas. Havendo
impossibilidade de apropriação direta de tais valores por serem comuns aos atos com
cooperados e não cooperados, estes são rateados proporcionalmente de acordo com critérios
estabelecidos pela Cooperativa.
Para efeito de cálculo das sobras relativas aos cooperados e do resultado das operações com não
cooperados foram adotados os seguintes critérios:

(i) Para aquisição de leite, a proporcionalidade de aquisições dos produtos de cooperados e não
cooperados; e

(ii) Para as vendas, a proporcionalidade das vendas efetuadas a cooperados e não cooperados.

8 Novas normas e interpretações ainda não efetivas


Uma série de novas normas ou alterações de normas e interpretações serão efetivas para
exercícios iniciados após 1º de janeiro de 2019. A Cooperativa não adotou essas alterações na
preparação destas demonstrações financeiras.

As seguintes normas alteradas e interpretações não deverão ter um impacto significativo nas
demonstrações financeiras da Cooperativa.

 Alterações nas referências à estrutura conceitual nas normas IFRS.


 Definição de um negócio (alterações ao CPC 15).
 Definição de materialidade (emendas ao CPC 26 e CPC 23).

9 Caixa e equivalentes de caixa

Controladora Consolidado

2020 2019 2020 2019

Caixa 107 107


Conta corrente 7.873 8.014
   
7.980 8.121

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31 de dezembro de 2020 e 2019

10 Aplicações financeiras restritas (controladora e consolidado)


Referem-se à aplicações financeiras remuneradas por taxas que variam entre 0,43% a 0,52% ao
mês, que não possuem característica de liquidez imediata pois estão atreladas como garantia a
empréstimos tomados pela Cooperativa. Por esse motivo, não se enquadram como “equivalente
de caixa”.

O cronograma financeiro em 31 de dezembro de 2019 listado na tabela a seguir:

Mapa de liquidação 2020 2019 

Vencimento até 1 ano 40.738


Vencimento entre 1 e 2 anos 1.222
Vencimento acima de 2 anos 9.884

51.844

Circulante 40.738
Não circulante 11.106

51.844

11 Contas a receber de clientes e outros créditos


Controladora Consolidado

2020 2019 2020 2019

Contas a receber de clientes 99.051 99.740


(-) Perda de crédito esperada para contas a receber (5.102) (5.102)
(-) Juros a apropriar (123) (123)
Adiantamento a fornecedores 1.363 1.363
Adiantamento a fornecedores – Partes relacionadas (Nota 21) 2.049 -
Outros Créditos 1.251 1.251

98.489 97.129

Circulante 98.316 96.956


Não circulante 173 173

98.489 97.129

25
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Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

A composição por vencimento do contas a receber de clientes no final do período de relatório


era a seguinte:
2020 2019

A vencer 83.739

Vencidos de 0 a 30 dias 5.640


Vencidos de 31 a 60 dias 2.097
Vencidos de 61 a 180 dias 1.612
Vencidos de 181 a 360 dias 1.169
Vencidos Além de 361 dias 4.794

Total contas a receber de clientes 99.051

Adicionalmente, é importante destacar que o prazo médio de recebimento das vendas da


Cooperativa é de 41 dias (53 em 2018).
Transferência de contas a receber de clientes
A Cooperativa cedeu contas a receber de clientes para bancos para antecipar seu fluxo de caixa.
Este contas a receber de clientes não foi desreconhecido do balanço, pois a Cooperativa reteve
substancialmente todos os riscos e benefícios dos recebíveis, principalmente o risco de crédito.

O valor recebido na transferência foi reconhecido como um empréstimo bancário garantido.


(veja nota explicativa 18).

Em 31 de dezembro de 2019 o valor contábil do contas a receber cedido, mas não


desreconhecido representa o montante de R$ 2.525. Em 2018 a Cooperativa não realizou
operação de desconto.

A exposição da Cooperativa a riscos de crédito e de mercado e perdas por redução ao valor


recuperável relacionadas ao ‘Contas a receber de clientes e outros recebíveis’ está divulgada na
nota explicativa 27.

12 Estoques (Controladora e consolidado)

2020 2019

Produto acabado 50.518


Matérias-primas e materiais de consumo 8.823
Embalagens 6.360

65.701

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31 de dezembro de 2020 e 2019

13 Impostos a recuperar (controladora e consolidado)

Notas 2020 2019

ICMS (i) 22.383


IRPJ e CSLL 1.265
PIS e COFINS (ii) 102.865

126.513

Circulante 59.666
Não circulante 66.847

126.513

(i) Referem-se aos créditos de ICMS originado nas aquisições de insumos e matérias-primas
adquiridas dentro e fora do estado, que será compensado com as operações próprias da
Cooperativa (venda e transferência de produtos). Com a aquisição da planta localizada na
cidadede de Cerqueira Cesar, tem-se a oportunidade de fazer a transferência de matéria-prima
da planta de Londrina que poderá gerar débito de ICMS e os débitos serem compensados na
conta gráfica. Demonstramos abaixo a movimentação do período.

2020 2019

Saldo em 31 de dezembro de 2018 24.989


Créditos gerados no ano 166.786
Compensações com a operação (169.392)

Saldo em 31 de dezembro de 2019 22.383

(vi) Créditos de PIS e COFINS originado na aquisição de insumos e do crédito presumido do


Programa Leite Saudável relacionado com projeto aprovado junto ao MAPA e RFB, além dos
créditos oriundos sobre a aquisição de bens para o ativo imobilizado pela Cooperativa, e sua
realização será através de compensação de obrigações tributárias de mesma natureza, bem
como pedidos de restituição em espécie.
2020 2019

Saldo em 31 de dezembro de 2018 67.099


Créditos gerados no ano 58.777
Compensações com a operação (23.011)

Saldo em 31 de dezembro de 2019 102.865

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Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

14 Investimentos (Controladora)
2020 2019

Cotas em cooperativas de crédito 1.772


Outros investimentos 10

Saldo de investimentos 1.782

Transcativa Transportes (530)

Provisão para perda em investimento (530)

a. Informações da controlada – Transcativa Transportes


2020 2019

Ativo circulante e não circulante 2.737


Passivo circulante e não circulante 3.360
Patrimônio líquido (530)

Receitas do exercício 11.522


Custos e despesas do exercício (12.152)
Resultado do exercício (630)

% Participação 100%
Participação no patrimônio líquido (530)
Resultado de equivalência patrimonial (630)

A movimentação do investimento está apresentada a seguir:

Saldo do investimento em 31 de dezembro de 2019 (530)


Integralização de capital
Equivalência patrimonial

Saldo do investimento em 31 de dezembro de 2020

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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
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31 de dezembro de 2020

15 Imobilizado (controladora)
a. Composição
Custo Depreciação Total líquido
de aquisição acumulada 2020 2019

Terrenos 7.735
Edificios 32.430
Máquinas e equipamentos 57.799
Instalações 16.280
Computadores e periféricos 2.250
Veículos 6.099
Móveis e utensílios 3.637
Adiantamento a fornecedores 618
Bens consorciados 1.463
Imobilizações em curso 1.132
Benfeitorias em imóveis 5.111
Outros ativos 43

134.597
b. Movimentação do exercício

2019 Adição Depreciação Transferências Baixas 2020

Terrenos 7.735
Edificios 32.430
Máquinas e equipamentos 57.799
Instalações 16.280
Computadores e periféricos 2.250
Veículos 6.099
Móveis e utensílios 3.637
Adiantamento a
618
fornecedores
Bens consorciados 1.463
Imobilizações em curso 1.132
Benfeitorias em imóveis 5.111
Outros ativos 43

 
134.597

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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020

Do total de adição de imobilizado ocorrido no ano, R$ 55.065 será pago entre o período de 2020
a 2027, o qual refere-se a aquisição da planta industrial de Cerqueira Cesar – SP, conforme nota
explicativa 17, e, dessa forma, não impactou no caixa ou equivalente de caixa da Cooperativa
em 2019.

Garantias
Em 31 de dezembro de 2019, imobilizados com valor contábil de R$ 51.889 (R$ 34.963 em
2018) estão atrelados a garantias de empréstimos e financiamentos, conforme detalhado na nota
explicativa 18.

Valor recuperável (impairment) e revisão das vidas úteis do ativo imobilizado


O ativo imobilizado tem o seu valor recuperável analisado, no mínimo, anualmente, e para os
exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a Administração não identificou
indicadores de que o ativo imobilizado poderia apresentar problemas de impairment.
Adicionalmente, as taxas de depreciação do ativo imobilizado foram revisadas durante o
exercício, e a Administração não identificou a necessidade de alterar as taxas de
depreciação/vidas úteis.

16 Direito de uso e passivo de arrendamento (controladora e consolidado)


Com a adoção do CPC 06 (R2) a Cooperativa reconheceu Ativo de direito de uso e Passivo de
arrendamento conforme segue:

a. Ativos de direito de uso

Adoção inicial em Saldo em


Natureza Adições Amortização
01.01.2020 31.12.2020

Equipamentos
Imóveis

Adoção inicial em Saldo em


Natureza Adições Amortização
01.01.2019 31.12.2019

Equipamentos 4.388 7.048 (1.927) 9.509


Imóveis 873 2.843 (596) 3.120
5.261 9.891 (2.523) 12.629

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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

o. Passivo de arrendamento

Adoção inicial em 1° de janeiro de 2020

Adições
Encargos financeiros
Contraprestações pagas

Saldo em 31 de dezembro de 2020

Adoção inicial em 1° de janeiro de 2019 5.261

Adições 9.891
Encargos financeiros 897
Contraprestações pagas (1.985)
Saldo em 31 de dezembro de 2019 14.064

O passivo de arrendamento foi mensurado inicialmente ao valor presente dos pagamentos do


arrendamento descontado pela taxa incremental, a qual foi de 10,5% ao ano para os contratos de
equipamentos e 6,5% para os contratos de imóveis.

As parcelas classificadas no passivo não circulante em 31 de dezembro de 2019 têm o seguinte


cronograma de pagamentos:

Valor a
Ano 
pagar

2020 3.584
2021 3.230
2022 1.687
2023 611
2024 em diante 4.952

14.064

17 Fornecedores e outras contas a pagar


Controladora Consolidado

2020 2019 2020 2019

Fornecedores 87.648 87.648


Fornecedores partes relacionadas – NE 21 48.298 46.504
Outras contas a pagar (i) 73.732 73.732
   
209.678 207.884

Circulante 159.231 157.437


Não circulante 50.447 50.447
     

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Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

209.678 207.884

(i) Do saldo de outras contas a pagar, R$ 55.065 em 31 de dezembro de 2019 refere-se a aquisição
da planta industrial de Cerqueira Cesar – SP, a ser pago em prestações mensais com vencimento
final em julho de 2027, sendo R$ 5.505 classificado no circulante e R$ 49.560 no passivo não
circulante.

18 Empréstimos e financiamentos
Controladora Consolidado

Taxa 2020 2019 2020 2019

Capital de giro 6,70% a 21,38% a.a. 223.434 224.250


Duplicatas descontadas 16,08% a.a. 2.525 2.525
FINAME 4,42% a 12,50% a.a. 3.047 4.640

229.006 231.414

Circulante 168.702 171.110


Não circulante 60.305 60.305

229.006 231.414

A movimentação dos empréstimos e financiamentos no exercício encerrado em 31 de dezembro


de 2019 foi a seguinte:
    Controladora Consolidado
2020 2019 2020 2019
     
Saldo no início do exercício 147.531 147.531

Captações 319.194 321.602


Liquidações (240.920) (240.920)
Juros pagos (16.479) (16.625)
Juros sobre empréstimos e financiamentos 19.680 19.826

Saldo em 31 de dezembro de 2019 229.006 231.414

O cronograma financeiro (consolidado) de liquidação das parcelas em 31 de dezembro de 2019


listado na tabela a seguir:

2020 2019
Mapa de liquidação

Vencimento até 1 ano 168.701


Vencimento entre 1 e 2 anos 59.302
Vencimento acima de 2 anos 1.003

229.006

31
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

Garantias
No caso de financiamento de bens, a alienação dos próprios bens é dada em garantia. Além
disso, há R$ 51.889 (R$ 34.963 em 2018) de aplicações financeiras dado em garantia, conforme
nota explicativa 10.

Compromissos (“covenants”)
Os empréstimos e financiamentos da Cooperativa, não possuem nesta data contrato contendo
cláusulas restritivas financeiras (covenants).

19 Provisão para contingências (controladora e consolidado)


A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise de demandas
judiciais pendentes, constituiu provisões para contingências trabalhistas e cíveis no montante de
R$ 9.593 (R$ 9.859 em 2018), consideradas suficientes para cobrir as perdas prováveis das
ações em curso, conforme demonstrado abaixo.
2020 2019

Provisões Trabalhistas 1.613


Provisões Civeis 7.980
9.593

A Cooperativa é parte em processos judiciais e administrativos de naturezas cível, fiscal e


trabalhista. Com base em parecer dos assessores jurídicos da Cooperativa, as ações com
probabilidade possível de perda somam o montante de R$ 2.561 (R$ 738 em 2018) e
compreendem processos de cunhos cível e tributário.

Adicionalmente, a Cooperativa possui discussão judicial no qual pleiteou o recolhimento do


INSS Funrural em juízo, sendo que o pedido foi negado, portanto, o processo está em fase de
levantamento dos valores depositados em favor da União. A Cooperativa realizou o
recolhimento do referido imposto através de depósito judicial, e mantém o saldo no passivo até
a conclusão da discussão judicial.
2020 2019

Depósito judicial 8.080


Provisão - INSS Funrural (8.080)

20 Patrimônio líquido
a. Capital social
O capital social está representado da seguinte forma
2020 2019

Total do capital social integralizado (em reais) 31.827.147


Números de quotas-partes 31.827.147
Valor unitário das quotas-partes 1,00
Número de cooperados na data do balanço 205

32
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

p. Reservas

Reservas de Capital
As Reservas de Capital tratam-se de reservas constítuidas em períodos anteriores com a
finalidade de futura capitalização da Cooperativa, sendo sua constituição deliberada na
assembleia de Cooperados.

Reserva de Assistência Técnica, Educacional e Social – RATES


Destinado à prestação de assistência aos associados, seus familiares e aos funcionários da
Cooperativa, formado:
(i) pelo valor correspondente a 5% (cinco por cento) das sobras líquidas de cada exercício;
(ii) pelos resultados de operações realizadas com não associados;’
(iii) pelo valor correspondente a 5% (cinco por cento) das sobras rateadas por Cooperativas em que a
CONFEPAR esteja associada, cuja decisão tenha sido destinado ao rateio para as filiadas,
proporcionalmente ao volume de produção entregue;
(iv) pelos resultados positivos decorrentes da participação em sociedades não Cooperativas;
(v) pelas doações por conta do FATES oriundas de Cooperativas, de segundo e terceiro grau ou
entidades que atuem no setor cooperativista.

Reservas para Desenvolvimento:


Destinado à ampliação, modernização e adequação das unidades industriais e para investimentos
destinados ao melhoramento da coleta, transporte e armazenamento da produção, o qual será
formado:

(i) pelo valor correspondente a 40% (quarenta por cento) das sobras apuradas no balanço do
exercício;
(ii) pelo valor das sobras rateadas por Cooperativas onde a CONFEPAR esteja associada, cujo
resultado seja oriundo de produtos entregues pelos associados.

Reservas PROCAP
Reserva destinada à capitalização da Cooperativa através do Programa de Capitalização das
Cooperativas de Produção Agropecuária (PROCAP) no qual a integralização do capital social
foi realizado na data da liberação dos recursos financeiros, sendo tais reservas utilizadas
conforme Plano de Capitalização.
No ano de 2019, as reservas foram utilizadas para absorção das perdas incorridas no período.

Reservas RECOOP
Reserva destinada à revitalização da Cooperativa por meio do Programa de Revitalização de
Cooperativas de Produção Agropecuária (RECOOP) no qual a integralização do capital social
foi realizado na data da liberação dos recursos financeiros, sendo tais reservas utilizadas
conforme Plano de Capitalização.
No ano de 2019, conforme deliberado pelos cooperados as reservas foram utilizadas para
absorção das perdas incorridas no período.

b. Absorção das perdas (destinações das sobras)


Conforme artigo 89 da lei 5764/71, os prejuízos verificados no decorrer do exercício deversão
ser cobertos com recursos provenientes do fundo de reserva. Dessa forma, as perdas incorridas
no exercício de 2019 foram absorvidas pelas reservas existentes.

33
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

As absorções das perdas do exercício findos em 31 de dezembro de 2019, bem como as


abdestinações legais e estatutárias das sobras dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018
estão demonstradas a seguir:

Controlador
a

2.020 2.019
Não
Cooperad Cooperad
Total
os os

(Perdas) sobras e lucro do exercício (43.981) (8.442) (52.423)

(-) Absorção de perdas (destinações legais e


(43.981) (8.442) (52.423)
estatutárias)

Destinação para RATES - resultado não cooperado - - -


Reserva de desenvolvimento 218 42 260
Reserva estatutária 8.522 1.636 10.158
Reserva legal - - -
Reservas de procap 9.664 1.855 11.519
Reservas de recoop 18.089 3.473 21.562
Reservas de sobras a realizar 7.488 1.436 8.924

Sobras à disposição da a.g.o. - - -

21 Partes relacionadas
(i) Adiantamento a fornecedores
Adiantamentos em 2019 no montante de R$ 2.049 (R$ 0 em 2018) realizados para a controlada
Transcativa destinado a prestação de serviços de transporte de produto acabado a ser prestado
pela transportadora.

(ii) Empréstimos a partes relacionadas


Tendo em vista que a gestão da Confepar Agro-Industrial Cooperativa e da Cooperativa Cativa ocorre
de forma centralizada, a Cooperativa mantém empréstimos não garantidos destinados a
Cooperativa Cativa destinado a gestão de caixa entre as duas Cooperativas. Em 31 de dezembro
de 2019 o saldo era de R$ 13.971 (em 31 de dezembro de 2018, totalizavam R$ 6.743). Não há
incidência de juros e vencimento pré-definidos. Demonstramos abaixo a movimentação do saldo
ao longo do exercício.

Saldo no início do exercício

Empréstimos concedidos
Empréstimos recebidos

Saldo em 31 de dezembro de 2020

34
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

35
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

Saldo no início do exercício 6.743


Empréstimos concedidos 69.089
Empréstimos recebidos (61.861)
 
Saldo em 31 de dezembro de 2019 13.971

(iii) Fornecedores partes relacionadas


Contas a pagar a Cativa, Transcativa e produtores são decorretes da obtenção de repasse de
matéria-prima captada juntos aos produtores e serviços de transporte de produto acabado
prestado pela transportadora.

Cativa 44.686
Produtores 1.336
Transcativa 2.276

48.298

(iv) Transações com partes relacionadas


2020 2019
Venda Compra Venda Compra

Coop. Agroindustrial de Londrina – CATIVA


(a) 116 483.187
Transcativa Transportes (b) 2 11.522
Total 118 494.709

(a) Transações realizadas com a Cooperativa Agroindustrial de Londrina – CATIVA refere-


se a compra de leite cru destinado à industrialização e venda de produtos lácteos.

(b) Transações realizadas com a Transcativa Transporte refere-se a aquisição de serviço de


transporte para entrega das vendas realizadas pela Confepar.

As transações comerciais, são realizadas sob condições específicas acordadas entre as partes
relacionadas. Essas transações, devido às suas características específicas, não são comparáveis
com transações efetuadas com partes não relacionadas.

(v) Remuneração do pessoal-chave da Administração


A Administração da Cooperativa é realizada por seus diretores de forma centralizada. Em 2019,
a parcela paga pela Cooperativa foi de R$ 433 (R$ 0 em 2018).

22 Ingressos e receita operacional líquida (controladora e consolidado)


A Cooperativa gera receita principalmente pela venda de produtos derivados do leite, tais como
leite uht, leite em pó e bebidas lácteas. A receita proveniente da venda de produtos é
reconhecida quando a entidade satisfizer à obrigação de performance ao transferir o bem
prometido ao cliente. O ativo é considerado transferido quando o cliente obtiver o controle
desse ativo (veja a nota explicativa 7(c)).

36
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

Abaixo apresentamos a conciliação entre as receitas bruta para fins fiscais e as receitas
apresentadas na demonstração de resultado do exercício. A tabela seguinte, apresenta-se a
também a composição analítica da receita de contratos com clientes pelas principais linhas de
produtos.

2020
Ato não
Ato
cooperativ Total 2019
cooperativo
o

Vendas para indústria


Vendas para varejo
Prestação de serviços

Menos:
Devoluções
Impostos sobre vendas

2019
Ato não
Ato
cooperativ Total 2018
cooperativo
o

Vendas para indústria 691.596 246.303 937.899 635.239


Vendas para varejo 18.832 2.464 21.296 22.250
Prestação de serviços - 4.244 4.244 2.462

Menos:
(26.357
Devoluções (19.435) (6.922) (8.675)
)
(79.423
Impostos sobre vendas (58.566) (20.857) (52.586)
)
 
632.427 225.232 857.659 598.690

Natureza e a época do cumprimento


das obrigações de desempenho,
Tipo de incluindo condições de pagamento Política de reconhecimento da
produto significativas receita

Representam venda de produtos A receita é reconhecida quando são


Venda de produtos industrializados
derivados do leite, com faturamento entregues e aceitas nas dependências
diverso e particular com cada cliente. do cliente.

37
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

23 Dispêndios e custo das vendas


Controladora Consolidado

2020 2019 2020 2019

Matérias-primas, embalagens e materiais


de consumo 764.568 764.568
2
Custo com pessoal
27.062 7.062
1
Gasto com aluguéis e manutenção
11.043 1.043
Custo com depreciação
8.102 8.102
1
Outros gastos gerais de fábricação
15.752 6.097
   
826.527 826.872

24 Dispêndios e despesas administrativas e de vendas

Controladora Consolidado

2020 2019 2020 2019

Despesa com pessoal 9.731 9.731


Fretes 32.974 32.974
Despesas com viagens, manutenção de
708 708
veículos e combustível
Comissões e premiação de vendas 4.034 4.034
Despesa com depreciação 1.109 1.109
Despesas com marketing 8.673 8.673
Perda com clients 19 19
Taxas e impostos 221 221
Água, luz e telefone 149 149
Material de uso e consumo 278 278
Verbas contratuais 1.033 1.033
Serviços de terceiros 1.340 1.340
Outras despesas 3.945 4.075

64.212 64.342

Despesas de vendas 47.421 47.421


Despesas gerais e administrativas 16.791 16.921

64.212 64.342

38
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

25 Receitas e despesas financeiras


Controladora Consolidado

2020 2019 2020 2019

Receitas de aplicações financeiras 1.846 1.846


Juros sobre recuperação de PIS/COFINS (i) 5.500 5.500
Outras receitas financeiras 960 960

Receitas financeiras 8.306 8.306

Juros sobre empréstimos e financiamentos (20.938) (21.084)


Juros passivos (1.657) (1.657)
Juros sobre antecipação de recebíveis (4.103) (4.103)
Ajuste a valor presente (1.487) (1.487)
Descontos concedidos (31) (31)
Outras despesas financeiras (4.392) (4.437)

Despesas financeiras (32.607) (32.798)

Despesas financeiras líquidas reconhecidas no resultado (24.301) (24.492)

(i) Os valores referem-se a juros recebidos baseados na SELIC por meio da restituição de PIS e
COFINS ocorrida no ano de 2019 no valor de R$ 24.656 junto à Secretaria da Receita Federal
do Brasil.

39
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

26 Imposto de renda e contribuição social corrente (controladora)


A reconciliação das despesas de imposto de renda e contribuição social pela aplicação das
alíquotas fiscais é demonstrada como segue:
2020 2019

Imposto de Contribuição Imposto de Contribuição


renda social renda social

(55.996 (55.996
Resultado antes dos tributos
) )
Adições e exclusões:
Provisão para perda com recebíveis 1.344 1.344
Resultado não tributável - ato
cooperado 43.981 43.981
Outras adições 3.923 3.882
Reversão de provisões (3.178) (3.178)
(139
Outras exclusões ) (139)

(10.066 (10.107
Base tributável
) )

Alíquotas 15% 9%
10% -

(2.541 (910
IRPJ e CSLL correntes
) )
Prejuízo fiscal e base negativa 2.541 910
Total de despesa com IR/CS - -

40
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

27 Instrumentos financeiros (controladora)


a. Classificação contábil e valores justos
A tabela a seguir apresenta os valores contábeis e os valores justos dos ativos e passivos
financeiros. Não inclui informações sobre o valor justo dos ativos e passivos financeiros não
mensurados ao valor justo, se o valor contábil é uma aproximação razoável do valor justo.

      Valor contábil
                     
Ativos Outros
                 
financeiros a passivos
Not
      custo amortizado   financeiros   2020   2019
a

Caixa e equivalentes de caixa   9   7.980


Aplicações financeiras – restritas   10   51.844
Contas a receber clientes e outros
  11   98.489
créditos
Empréstimos a partes relacionadas   21   13.971
(209.67
Fornecedores e outras contas a pagar   17  
8)
(229.00
Empréstimos e financiamentos   18  
6)
Passivo de arrendamento 16 (14.064)
             
(280.46
       
4)
b. Gerenciamento dos riscos financeiros

Visão geral
A Cooperativa possui exposição para os seguintes riscos: Risco de crédito; Risco de liquidez; e
Risco de mercado.

Os diretores da Cooperativa tem a responsabilidade global sobre o estabelecimento e supervisão


da estrutura de gerenciamento de risco.

Risco de crédito
Risco de crédito é o risco de a Cooperativa incorrer em perdas financeiras caso um cliente ou
uma contraparte em um instrumento financeiro falhe em cumprir com suas obrigações
contratuais. Esse risco é principalmente proveniente das contas a receber de clientes e de
instrumentos financeiros da Cooperativa.

Os valores contábeis dos ativos financeiros e ativos de contrato representam a exposição


máxima do crédito.

Caixa e equivalente de caixa e outros investimentos


No que tange às instituições financeiras, a Cooperativa somente realiza operações com
instituições financeiras consideradas de baixo risco.

Contas a receber e outros recebíveis

41
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

A exposição da Cooperativa a risco de crédito é influenciada principalmente pelas


características individuais de cada cliente. A Cooperativa registrou uma provisão para perda que
representa sua estimativa de perdas esperadas referentes à ‘Contas a receber e outros recebíveis

42
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

Risco de liquidez
Risco de liquidez é o risco de que a Cooperativa irá encontrar dificuldades em cumprir as
obrigações associadas com seus passivos financeiros que são liquidados com pagamentos em
caixa ou com outro ativo financeiro. A abordagem na Administração da liquidez é de garantir,
na medida do possível, que sempre terá liquidez suficiente para cumprir com suas obrigações no
vencimento, tanto em condições normais como de estresse, sem causar perdas inaceitáveis ou
risco de prejudicar a reputação da Cooperativa.

A Cooperativa busca manter o nível de seu ‘Caixa e equivalentes de caixa’ e ‘outros


investimentos’ com mercado ativo em um montante superior às saídas de caixa para liquidação
de passivos financeiros. A Cooperativa monitora também o nível esperado de entradas de caixa
proveniente do ‘Contas a receber de clientes e outros recebíveis’ em conjunto com as saídas
esperadas de caixa relacionadas à ‘fornecedores e outras contas a pagar’.

A seguir, estão os vencimentos contratuais de passivos financeiros em 31 de dezembro de 2019.

Passivos financeiros não 1 - 12 Acima de 2 Valor


1 - 2 anos
derivativos meses     anos   contábil

Fornecedores e outras contas a


pagar
Empréstimos e financiamentos
Passivo de arrendamento

Passivos financeiros não 1 - 12 Acima de 2 Valor


1 - 2 anos
derivativos meses     anos   contábil

Fornecedores e outras contas a 159.23 209.67


pagar 1 5.962 44.485 8
168.70 229.00
Empréstimos e financiamentos 2 59.302 1.002 6
Passivo de arrendamento 3.584 3.230 7.250 14.064

331.51 452.74
7 68.494 52.737 8

Risco de mercado
Risco de mercado é o risco que alterações nos preços de mercado — tais como taxas de juros —
irão afetar os ganhos da Cooperativa ou o valor de suas participações em instrumentos
financeiros. O objetivo do gerenciamento de risco de mercado é gerenciar e controlar as
exposições a riscos de mercados, dentro de parâmetros aceitáveis, e ao mesmo tempo otimizar o
retorno.

28 Eventos subsequentes

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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019

Em 31 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o coronavírus


(COVID-19) é uma emergência de saúde global. O surto desencadeou decisões significativas de
governos e entidades do setor privado, que somadas ao impacto potencial do surto, aumentaram
o grau de incerteza para os agentes econômicos e podem gerar os seguintes impactos relevantes
nos valores reconhecidas nas demonstrações financeiras.

A Cooperativa vem adotando diversas medidas de prevenção para preservar a saúde de seus
colaboradores, fornecedores, clientes e parceiros, bem como a saúde do negócio.

Considerando a situação atual da disseminação do surto, entendemos que a nossa projeção de


receitas e dos fluxos de caixa operacionais para o ano de 2020 poderá ser revisada. Entretanto,
considerando a imprevisibilidade da evolução do surto e dos seus impactos, não é atualmente
praticável fazer uma estimativa do efeito financeiro do surto nas receitas e fluxos de caixa
operacionais estimados.

Até o presente momento a Cooperativa não sofreu impactos significativos em função do


COVID-19 tendo em vista sua atuação no segmento alimentício, o qual deverá ser menos
afetado durante esta crise. Os volumes de estoques encontram-se adequados para suprir as
demandas esperadas e por outro lado, não apresenta volume em níveis que pudessem indicar
risco de perdas, tais como por vencimento de produtos. Nossos Fornecedores, não sinalizaram
nenhum risco de abastecimento, assim como nenhum impacto de custo.

A Cooperativa tem buscado apoio junto as entidades que representam o setor de atuação
sugerindo a implementação de medidas na esfera do governo federal e estadual para preservar o
segmento de lácteos como um todo, para que não haja desequilíbrio na cadeia do setor, e evitar
o risco de desabastecimento do mercado ou excesso de produção que afetaria os preços de
vendas e consequentemente a capacidade de pagamento das industrias ao produtores.

A Cooperativa demonstra preocupação também em relação a obtenção de crédito, uma vez que
as instituições financeiras em momento de crise ficam mais restritivas e sensíveis à riscos,
embora a administração tenha colocado em prática um plano de reestruturação financeira (nota
explicativa 1), o mesmo pode encontrar dificuldades em sua implementação, pois a conjuntura
econômica mudou significativamente e não é possível prever quais medidas macroeconômica o
governo irá implementar para fazer a economia girar durante e posterior a pandemia.

Adicionalmente a Cooperativa não encontra-se exposta a variação cambial do dólar americano


ou Euro, pois não possui posições tomadas em moeda estrangeira. Tais condições não imunizam
a Cooperativa, porém possibilitam a avaliação de quadro satisfatório para suportar o período do
surto e da retomada da economia.

Paulo César Pelisser Maciel


Presidente

Liana Martins Tavares Ueki de Moraes


Vice-Presidente

Cladio Brito
Contador – CRC PR 042.825/O-2.
***

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