Bonceco DF Confepar
Bonceco DF Confepar
Bonceco DF Confepar
Industrial
COOPERATIVA
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
Conteúdo
Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras
individuais e consolidadas 3
Balanços patrimoniais 6
Opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas
responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada
“Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas”. Somos
independentes em relação à Cooperativa e sua controlada, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos
no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de
Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que
a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma- KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the
membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG
International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.
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Outros assuntos
A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais
e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e pelos controles internos que ela
determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras individuais e consolidadas
livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a administração é responsável pela
avaliação da capacidade de o Grupo continuar operando e divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados
com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras
individuais e consolidadas, a não ser que a administração pretenda liquidar a Cooperativa e sua controlada ou
cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.
Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais e consolidadas,
tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e
emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não
uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre
detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são
consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva
razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras
individuais e consolidadas.
Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos
julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:
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membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG
International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.
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consolidadas, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras individuais e consolidadas representam
as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.
– Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das entidades ou
atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e
consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo e,
consequentemente, pela opinião de auditoria.
Comunicamo-nos com a administração a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da
auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos
controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020
Worksheet in
DF-CONFEPAR 28042020.xlsx
Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020
1 Contexto operacional
A Confepar Agro-Industrial Cooperativa (“Confepar” ou “Cooperativa”) é uma sociedade
Cooperativa que tem como objetivo atuar no ramo industrial e comercial de alimentos,
estimulando o desenvolvimento, e a defesa econômica e tecnológica de seus associados, sempre
em consonância com as atividades dos mesmos e a viabilidade da Cooperativa, sem o objetivo
de lucro. A entidade é regida pela Lei nº. 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que regulamenta o
sistema cooperativista no país.
• Redução na margem bruta que passou de 12% em 2018 para 3,6% em 2019, causado
principalmente pelo aumento dos custos para aquisição da principal matéria-prima , o leite, sem
repasse nas mesmas proporções ao mercado final.
• Elevação nos dispêndios e despesas financeiras causado pelo aumento no nível de captações de
empréstimos e financiamentos com instituições financeiras com o objetivo de manutenção do
fluxo de caixa para fazer frente ao crescimento do faturamento em 2019 (aumento de 43% no
faturamento de 2019 em relação a 2018), considerando que os prazos de recebimentos foram
alongados devidos a prática estabelecida pelos grandes clientes.
• Ainda, três fatores em específico ocorridos unicamente em 2019 contribuíram para a elevação
do passivo da Cooperativa, sendo eles a adoção do CPC 06 (R2), conforme nota explicativa 16,
assim como a aquisição de uma nova planta industrial localizada em Cerqueira César – SP,
conforme nota explicativa 17, os quais, em conjunto, resultou em um impacto de R$ 69.129 no
passivo da Cooperativa em 31 de dezembro de 2019 e a instalação de mais uma unidade de
concentração localizada em Pato Branco – PR com investimentos realizados na ordem de R$
13.638.
incerteza para os agentes econômicos e podem gerar impactos relevantes nos valores
reconhecidas nas demonstrações financeiras.
A Cooperativa vem adotando estratégias para reversão dos resultados adversos, como:
• Ajuste dos fluxos de caixa através da negociação com seus principais fornecedores e instituições
financeiras com objetivo de reestruturação de dívidas e alongamentos de prazos, de forma que a
Cooperativa consiga honrar com seus compromissos e manter geração de caixa para
continuidade de suas operações. Destaca-se ainda que, conforme nota explicativa 10, os saldos
de aplicações finaceiras estão atrelados como garantias a empréstimos tomados pela
Cooperativa, dessa forma, estes valores serão considerados nas renegociações com as
respectivas instituições.
A Transcativa Transportes, possui sede e domicílio da Rodovia Mello Peixoto nº 809, Lote 80
A-1, sala A, Jardim União, Cambé (Paraná) e iniciou suas operações em 2019 e tem por
objetivo social a prestação de serviço de transporte rodoviário de carga, depósitos de
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
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mercadorias para tereiros, carga e descarga, locação de veículos automotores, bem como
organização logística do transporte de carga e operador de transporte multimodal.
2 Base de preparação
Declaração de conformidade
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Confepar Agro-Industrial
Cooperativa foram elaboradas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e
disposições específicas aplicáveis às sociedades Cooperativas contidas no ITG 2004 e na Lei n.º
5.764/71.
Todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, estão
sendo evidenciadas e correspondem àquelas utilizadas pela Administração na sua gestão.
As estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. As revisões das estimativas são
reconhecidas prospectivamente.
a. Julgamentos
As informações sobre julgamentos realizados na aplicação das políticas contábeis que têm
efeitos significativos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras estão
incluídas nota explicativa 27 - mensuração e classificação dos instrumentos financeiros.
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Nota explicativa 15 – determinação da vida útil, valor residual e análise de impairment dos
ativos imobilizados;
Informações adicionais sobre as premissas utilizadas na mensuração dos valores justos estão
incluídas na nota explicativa 27 – Instrumentos financeiros.
a. Definição de arrendamento
Anteriormente, a Cooperativa determinava, no início do contrato, se ele era ou continha um
arrendamento conforme o ICPC 03 - Aspectos Complementares das Operações de
Arrendamento Mercantil. A Cooperativa agora avalia se um contrato é ou contém um
arrendamento com base na definição de arrendamento, descrita na nota explicativa 7(k).
Na transição para o CPC 06(R2), a Cooperativa escolheu aplicar o expediente prático com
relação à definição de arrendamento, que avalia quais transações são arrendamentos. A
Cooperativa aplicou o CPC 06(R2) apenas a contratos previamente identificados como
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Demonstrações financeiras em
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arrendamentos. Os contratos que não foram identificados como arrendamentos de acordo com o
CPC 06(R1) e ICPC 03 não foram reavaliados quanto à existência de um arrendamento de
acordo com o CPC 06(R2). Portanto, a definição de um arrendamento conforme o CPC 06(R2)
foi aplicada apenas a contratos firmados ou alterados em ou após 1º de janeiro 2019.
b. Como arrendatário
Como arrendatário, a Cooperativa arrenda diversos ativos, incluindo imóveis. A Cooperativa
classificava anteriormente os arrendamentos como operacionais ou financeiros, com base em
sua avaliação sobre se o arrendamento transferia significativamente todos os riscos e benefícios
inerentes à propriedade do ativo subjacente à Cooperativa. De acordo com o CPC 06(R2), a
Cooperativa reconhece ativos de direito de uso e passivos de arrendamento para a maioria
desses arrendamentos - ou seja, esses arrendamentos estão no balanço patrimonial.
A Cooperativa testou seus ativos de direito de uso quanto à perda por redução ao valor
recuperável na data de transição e concluiu que não há indicação de que os ativos de direito de
uso apresentem problemas de redução ao valor recuperável.
não reconheceu ativos e passivos de direito de uso para arrendamentos cujo prazo de
arrendamento se encerra dentro de 12 meses da data da aplicação inicial; e
não reconheceu ativos e passivos de direito de uso para arrendamentos de ativos de baixo
valor.
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Demonstrações financeiras em
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1º de janeiro de 2020
Ativos de direito de uso
Passivos de arrendamento
1º de janeiro de 2019
Ativos de direito de uso 5.261
Passivos de arrendamento 5.261
6 Base de mensuração
As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico.
a. Base de consolidação
A Cooperativa controla uma entidade quando está exposto a, ou tem direito sobre, os retornos
variáveis advindos de seu envolvimento com a entidade e tem a habilidade de afetar esses
retornos exercendo seu poder sobre a entidade. As demonstrações financeiras de controladas são
incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas a partir da data em que a Cooperativa
obtiver o controle até a data em que o controle deixa de existir.
As coligadas são aquelas entidades não Cooperativas nas quais a Cooperativa, direta ou
indiretamente, tenha influência significativa, mas não controle ou controle conjunto, sobre as
políticas financeiras e operacionais.
Tais investimentos são reconhecidos inicialmente pelo custo, o qual inclui os gastos com a
transação. Após o reconhecimento inicial, as demonstrações financeiras incluem a participação
da Cooperativa no lucro ou prejuízo líquido do exercício e outros resultados abrangentes da
investida até a data em que a influência significativa ou controle conjunto deixa de existir.
Outros investimentos, assim como aqueles mantidos em outras em entidades cooperativas, são
mantidos ao custo de aquisição e seus resultados contabilizados, de acordo com o regime de
competência, em conta de ingresso ou dispêndio.
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e. Benefícios a empregados
Obrigações de benefícios de curto prazo a empregados são reconhecidas como despesas de
pessoal conforme o serviço correspondente seja prestado. O passivo é reconhecido pelo
montante do pagamento esperado caso a Cooperativa tenha uma obrigação presente legal ou
construtiva de pagar esse montante em função de serviço passado prestado pelo empregado e a
obrigação possa ser estimada de maneira confiável.
Não há incidência de imposto nas sobras apuradas pelas sociedades cooperativas, uma vez que a
tributação ocorre na declaração dos cooperados, no caso de distribuição das sobras, conforme
parágrafo 1º da Lei nº 10.676/03.
Quanto ao resultado com não cooperados, o imposto de renda e a contribuição social dos
exercícios corrente e diferido são calculados com base na alíquota de 15%, acrescida do
adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240 para imposto de renda e 9%
sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líquido, e consideram a
compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30% do
lucro real do exercício, excluindo da base cálculo o resultado do ato cooperativo que não se
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Os ativos e passivos fiscais correntes são compensados somente se certos critérios forem
atendidos.
Um ativo fiscal diferido é reconhecido em relação aos prejuízos fiscais e diferenças temporárias
dedutíveis não utilizados, na extensão em que seja provável que lucros tributáveis futuros
estarão disponíveis, contra os quais serão utilizados. Os lucros tributáveis futuros são
determinados com base na reversão de diferenças temporárias tributáveis relevantes. Se o
montante das diferenças temporárias tributáveis for insuficiente para reconhecer integralmente
um ativo fiscal diferido, serão considerados os lucros tributáveis futuros, ajustados para as
reversões das diferenças temporárias existentes, com base nos planos de negócios da
controladora e de sua subsidiária individualmente.
Ativos fiscais diferidos são revisados a cada data de balanço e são reduzidos na extensão em que
sua realização não seja mais provável.
Ativos e passivos fiscais diferidos são mensurados com base nas alíquotas que se espera aplicar
às diferenças temporárias quando elas forem revertidas, baseando-se nas alíquotas que foram
decretadas até a data do balanço.
Ativos e passivos fiscais diferidos são compensados somente se certos critérios forem atendidos.
h. Estoques
Os estoques são mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido. O custo
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dos estoques é baseado no princípio do custo médio. No caso dos estoques manufaturados e
produtos em elaboração, o custo inclui uma parcela dos custos gerais de fabricação baseado na
capacidade normal de operação.
i. Imobilizado
Quando partes significativas de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são
registradas como itens separados (componentes principais) de imobilizado.
Quaisquer ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado são reconhecidos no
resultado.
(v) Depreciação
A depreciação é calculada para amortizar o custo de itens do ativo imobilizado, menos seus
valores residuais estimados, utilizando o método linear baseado na vida útil estimada dos itens.
A depreciação é geralmente reconhecida no resultado.
Edificações 25 anos
Benfeitorias em imóveis 25 anos
Máquinas e equipamentos 10 anos
Instalações 10 anos
Computadores e periféricos 10 anos
Veículos 5 anos
Móveis e utensílios 10 anos
j. Instrumentos financeiros
Um ativo financeiro (a menos que seja um contas a receber de clientes sem um componente de
financiamento significativo) ou passivo financeiro é inicialmente mensurado ao valor justo,
acrescido, para um item não mensurado ao VJR, os custos de transação que são diretamente
atribuíveis à sua aquisição ou emissão. Um contas a receber de clientes sem um componente
significativo de financiamento é mensurado inicialmente ao preço da operação.
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Ativos financeiros
No reconhecimento inicial, um ativo financeiro é classificado como mensurado: ao custo
amortizado; ao VJORA - instrumento de dívida; ao VJORA - instrumento patrimonial; ou ao
VJR.
é mantido dentro de um modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos financeiros para
receber fluxos de caixa contratuais; e
seus termos contratuais geram, em datas específicas, fluxos de caixa que são relativos somente
ao pagamento de principal e juros sobre o valor principal em aberto.
A Cooperativa realiza uma avaliação do objetivo do modelo de negócios em que um ativo
financeiro é mantido em carteira porque isso reflete melhor a maneira pela qual o negócio é
gerido e as informações são fornecidas à Administração.
Para fins dessa avaliação, o ‘principal’ é definido como o valor justo do ativo financeiro no
reconhecimento inicial. Os ‘juros’ são definidos como uma contraprestação pelo valor do
dinheiro no tempo e pelo risco de crédito associado ao valor principal em aberto durante um
determinado período de tempo e pelos outros riscos e custos básicos de empréstimos (por
exemplo, risco de liquidez e custos administrativos), assim como uma margem de lucro.
Passivos financeiros
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Um passivo financeiro é classificado como mensurado ao valor justo por meio do resultado caso
for classificado como mantido para negociação, for um derivativo ou for designado como tal no
reconhecimento inicial. Passivos financeiros mensurados ao VJR são mensurados ao valor justo
e o resultado líquido, incluindo juros, é reconhecido no resultado. Outros passivos financeiros
são subsequentemente mensurados pelo custo amortizado utilizando o método de juros efetivos.
Desreconhecimento
Ativos financeiros
A Cooperativa desreconhece um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de
caixa do ativo expiram, ou quando a Cooperativa transfere os direitos contratuais de
recebimento aos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação na qual
substancialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos
ou na qual a Cooperativa nem transfere nem mantém substancialmente todos os riscos e
benefícios da titularidade do ativo financeiro e também não retém o controle sobre o ativo
financeiro.
Passivos financeiros
A Cooperativa desreconhece um passivo financeiro quando sua obrigação contratual é retirada,
cancelada ou expira. A Cooperativa também desreconhece um passivo financeiro quando os
termos são modificados e os fluxos de caixa do passivo modificado são substancialmente
diferentes, caso em que um novo passivo financeiro baseado nos termos modificados é
reconhecido a valor justo.
Compensação
Os ativos ou passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no balanço
patrimonial quando, e somente quando, a Cooperativa tenha atualmente um direito legalmente
executável de compensar os valores e tenha a intenção de liquidá-los em uma base líquida ou de
realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.
As provisões para perdas com contas a receber de clientes são mensuradas a um valor igual à
perda de crédito esperada para a vida inteira do instrumento.
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Baixa
O valor contábil bruto de um ativo financeiro é baixado quando a Cooperativa não tem
expectativa razoável de recuperar o ativo financeiro em sua totalidade ou em parte. A
Cooperativa não espera nenhuma recuperação significativa do valor baixado. No entanto, os
ativos financeiros baixados podem ainda estar sujeitos à execução de crédito para o
cumprimento dos procedimentos da Cooperativa para a recuperação dos valores devidos.
l. Provisões
As provisões são reconhecidas quando: 1) a Cooperativa tem uma obrigação presente legal ou
não formalizada como resultado de eventos passados; 2) é provável que uma saída de recursos
seja necessária para liquidar a obrigação; e 3) o valor possa ser estimado com segurança.
As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para
liquidar a obrigação que reflitam os riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação
em decorrência da atualização monetária é reconhecido como despesa financeira.
Provisões para contingências são reconhecidas apenas quando é provável que desembolsos de
caixa ocorrerão e seu valor é determinado com base na estimativa das ações em curso.
m. Arrendamentos
A Cooperativa aplicou o CPC 06(R2) utilizando a abordagem retrospectiva modificada e,
portanto, as informações comparativas não foram reapresentadas e continuam a ser apresentadas
conforme o CPC 06(R1) e ICPC 03. Os detalhes das políticas contábeis conforme
CPC 06(R1) e ICPC 03 são divulgados separadamente.
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O ativo de direito de uso é subsequentemente depreciado pelo método linear desde a data de
início até o final do prazo do arrendamento, a menos que o arrendamento transfira a propriedade
do ativo subjacente ao arrendatário ao fim do prazo do arrendamento, ou se o custo do ativo de
direito de uso refletir que o arrendatário exercerá a opção de compra. Nesse caso, o ativo de
direito de uso será depreciado durante a vida útil do ativo subjacente, que é determinada na
mesma base que a do ativo imobilizado. Além disso, o ativo de direito de uso é periodicamente
reduzido por perdas por redução ao valor recuperável, se houver, e ajustado para determinadas
remensurações do passivo de arrendamento.
A Cooperativa optou por não reconhecer ativos de direito de uso e passivos de arrendamento
para arrendamentos de ativos de baixo valor e arrendamentos de curto prazo. A Cooperativa
reconhece os pagamentos de arrendamento associados a esses arrendamentos como uma despesa
de forma linear pelo prazo do arrendamento.
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(i) Para aquisição de leite, a proporcionalidade de aquisições dos produtos de cooperados e não
cooperados; e
(ii) Para as vendas, a proporcionalidade das vendas efetuadas a cooperados e não cooperados.
As seguintes normas alteradas e interpretações não deverão ter um impacto significativo nas
demonstrações financeiras da Cooperativa.
Controladora Consolidado
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51.844
Circulante 40.738
Não circulante 11.106
51.844
98.489 97.129
98.489 97.129
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
A vencer 83.739
2020 2019
65.701
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
126.513
Circulante 59.666
Não circulante 66.847
126.513
(i) Referem-se aos créditos de ICMS originado nas aquisições de insumos e matérias-primas
adquiridas dentro e fora do estado, que será compensado com as operações próprias da
Cooperativa (venda e transferência de produtos). Com a aquisição da planta localizada na
cidadede de Cerqueira Cesar, tem-se a oportunidade de fazer a transferência de matéria-prima
da planta de Londrina que poderá gerar débito de ICMS e os débitos serem compensados na
conta gráfica. Demonstramos abaixo a movimentação do período.
2020 2019
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31 de dezembro de 2020 e 2019
14 Investimentos (Controladora)
2020 2019
% Participação 100%
Participação no patrimônio líquido (530)
Resultado de equivalência patrimonial (630)
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31 de dezembro de 2020
15 Imobilizado (controladora)
a. Composição
Custo Depreciação Total líquido
de aquisição acumulada 2020 2019
Terrenos 7.735
Edificios 32.430
Máquinas e equipamentos 57.799
Instalações 16.280
Computadores e periféricos 2.250
Veículos 6.099
Móveis e utensílios 3.637
Adiantamento a fornecedores 618
Bens consorciados 1.463
Imobilizações em curso 1.132
Benfeitorias em imóveis 5.111
Outros ativos 43
134.597
b. Movimentação do exercício
Terrenos 7.735
Edificios 32.430
Máquinas e equipamentos 57.799
Instalações 16.280
Computadores e periféricos 2.250
Veículos 6.099
Móveis e utensílios 3.637
Adiantamento a
618
fornecedores
Bens consorciados 1.463
Imobilizações em curso 1.132
Benfeitorias em imóveis 5.111
Outros ativos 43
134.597
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Do total de adição de imobilizado ocorrido no ano, R$ 55.065 será pago entre o período de 2020
a 2027, o qual refere-se a aquisição da planta industrial de Cerqueira Cesar – SP, conforme nota
explicativa 17, e, dessa forma, não impactou no caixa ou equivalente de caixa da Cooperativa
em 2019.
Garantias
Em 31 de dezembro de 2019, imobilizados com valor contábil de R$ 51.889 (R$ 34.963 em
2018) estão atrelados a garantias de empréstimos e financiamentos, conforme detalhado na nota
explicativa 18.
Equipamentos
Imóveis
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o. Passivo de arrendamento
Adições
Encargos financeiros
Contraprestações pagas
Adições 9.891
Encargos financeiros 897
Contraprestações pagas (1.985)
Saldo em 31 de dezembro de 2019 14.064
Valor a
Ano
pagar
2020 3.584
2021 3.230
2022 1.687
2023 611
2024 em diante 4.952
14.064
30
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31 de dezembro de 2020 e 2019
209.678 207.884
(i) Do saldo de outras contas a pagar, R$ 55.065 em 31 de dezembro de 2019 refere-se a aquisição
da planta industrial de Cerqueira Cesar – SP, a ser pago em prestações mensais com vencimento
final em julho de 2027, sendo R$ 5.505 classificado no circulante e R$ 49.560 no passivo não
circulante.
18 Empréstimos e financiamentos
Controladora Consolidado
229.006 231.414
229.006 231.414
2020 2019
Mapa de liquidação
229.006
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Garantias
No caso de financiamento de bens, a alienação dos próprios bens é dada em garantia. Além
disso, há R$ 51.889 (R$ 34.963 em 2018) de aplicações financeiras dado em garantia, conforme
nota explicativa 10.
Compromissos (“covenants”)
Os empréstimos e financiamentos da Cooperativa, não possuem nesta data contrato contendo
cláusulas restritivas financeiras (covenants).
20 Patrimônio líquido
a. Capital social
O capital social está representado da seguinte forma
2020 2019
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Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
p. Reservas
Reservas de Capital
As Reservas de Capital tratam-se de reservas constítuidas em períodos anteriores com a
finalidade de futura capitalização da Cooperativa, sendo sua constituição deliberada na
assembleia de Cooperados.
(i) pelo valor correspondente a 40% (quarenta por cento) das sobras apuradas no balanço do
exercício;
(ii) pelo valor das sobras rateadas por Cooperativas onde a CONFEPAR esteja associada, cujo
resultado seja oriundo de produtos entregues pelos associados.
Reservas PROCAP
Reserva destinada à capitalização da Cooperativa através do Programa de Capitalização das
Cooperativas de Produção Agropecuária (PROCAP) no qual a integralização do capital social
foi realizado na data da liberação dos recursos financeiros, sendo tais reservas utilizadas
conforme Plano de Capitalização.
No ano de 2019, as reservas foram utilizadas para absorção das perdas incorridas no período.
Reservas RECOOP
Reserva destinada à revitalização da Cooperativa por meio do Programa de Revitalização de
Cooperativas de Produção Agropecuária (RECOOP) no qual a integralização do capital social
foi realizado na data da liberação dos recursos financeiros, sendo tais reservas utilizadas
conforme Plano de Capitalização.
No ano de 2019, conforme deliberado pelos cooperados as reservas foram utilizadas para
absorção das perdas incorridas no período.
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
Controlador
a
2.020 2.019
Não
Cooperad Cooperad
Total
os os
21 Partes relacionadas
(i) Adiantamento a fornecedores
Adiantamentos em 2019 no montante de R$ 2.049 (R$ 0 em 2018) realizados para a controlada
Transcativa destinado a prestação de serviços de transporte de produto acabado a ser prestado
pela transportadora.
Empréstimos concedidos
Empréstimos recebidos
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
Cativa 44.686
Produtores 1.336
Transcativa 2.276
48.298
As transações comerciais, são realizadas sob condições específicas acordadas entre as partes
relacionadas. Essas transações, devido às suas características específicas, não são comparáveis
com transações efetuadas com partes não relacionadas.
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
Abaixo apresentamos a conciliação entre as receitas bruta para fins fiscais e as receitas
apresentadas na demonstração de resultado do exercício. A tabela seguinte, apresenta-se a
também a composição analítica da receita de contratos com clientes pelas principais linhas de
produtos.
2020
Ato não
Ato
cooperativ Total 2019
cooperativo
o
Menos:
Devoluções
Impostos sobre vendas
2019
Ato não
Ato
cooperativ Total 2018
cooperativo
o
Menos:
(26.357
Devoluções (19.435) (6.922) (8.675)
)
(79.423
Impostos sobre vendas (58.566) (20.857) (52.586)
)
632.427 225.232 857.659 598.690
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
Controladora Consolidado
64.212 64.342
64.212 64.342
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
(i) Os valores referem-se a juros recebidos baseados na SELIC por meio da restituição de PIS e
COFINS ocorrida no ano de 2019 no valor de R$ 24.656 junto à Secretaria da Receita Federal
do Brasil.
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
(55.996 (55.996
Resultado antes dos tributos
) )
Adições e exclusões:
Provisão para perda com recebíveis 1.344 1.344
Resultado não tributável - ato
cooperado 43.981 43.981
Outras adições 3.923 3.882
Reversão de provisões (3.178) (3.178)
(139
Outras exclusões ) (139)
(10.066 (10.107
Base tributável
) )
Alíquotas 15% 9%
10% -
(2.541 (910
IRPJ e CSLL correntes
) )
Prejuízo fiscal e base negativa 2.541 910
Total de despesa com IR/CS - -
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Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
Valor contábil
Ativos Outros
financeiros a passivos
Not
custo amortizado financeiros 2020 2019
a
Visão geral
A Cooperativa possui exposição para os seguintes riscos: Risco de crédito; Risco de liquidez; e
Risco de mercado.
Risco de crédito
Risco de crédito é o risco de a Cooperativa incorrer em perdas financeiras caso um cliente ou
uma contraparte em um instrumento financeiro falhe em cumprir com suas obrigações
contratuais. Esse risco é principalmente proveniente das contas a receber de clientes e de
instrumentos financeiros da Cooperativa.
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
Risco de liquidez
Risco de liquidez é o risco de que a Cooperativa irá encontrar dificuldades em cumprir as
obrigações associadas com seus passivos financeiros que são liquidados com pagamentos em
caixa ou com outro ativo financeiro. A abordagem na Administração da liquidez é de garantir,
na medida do possível, que sempre terá liquidez suficiente para cumprir com suas obrigações no
vencimento, tanto em condições normais como de estresse, sem causar perdas inaceitáveis ou
risco de prejudicar a reputação da Cooperativa.
331.51 452.74
7 68.494 52.737 8
Risco de mercado
Risco de mercado é o risco que alterações nos preços de mercado — tais como taxas de juros —
irão afetar os ganhos da Cooperativa ou o valor de suas participações em instrumentos
financeiros. O objetivo do gerenciamento de risco de mercado é gerenciar e controlar as
exposições a riscos de mercados, dentro de parâmetros aceitáveis, e ao mesmo tempo otimizar o
retorno.
28 Eventos subsequentes
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Confepar Agro-Industrial Cooperativa.
Demonstrações financeiras em
31 de dezembro de 2020 e 2019
A Cooperativa vem adotando diversas medidas de prevenção para preservar a saúde de seus
colaboradores, fornecedores, clientes e parceiros, bem como a saúde do negócio.
A Cooperativa tem buscado apoio junto as entidades que representam o setor de atuação
sugerindo a implementação de medidas na esfera do governo federal e estadual para preservar o
segmento de lácteos como um todo, para que não haja desequilíbrio na cadeia do setor, e evitar
o risco de desabastecimento do mercado ou excesso de produção que afetaria os preços de
vendas e consequentemente a capacidade de pagamento das industrias ao produtores.
A Cooperativa demonstra preocupação também em relação a obtenção de crédito, uma vez que
as instituições financeiras em momento de crise ficam mais restritivas e sensíveis à riscos,
embora a administração tenha colocado em prática um plano de reestruturação financeira (nota
explicativa 1), o mesmo pode encontrar dificuldades em sua implementação, pois a conjuntura
econômica mudou significativamente e não é possível prever quais medidas macroeconômica o
governo irá implementar para fazer a economia girar durante e posterior a pandemia.
Cladio Brito
Contador – CRC PR 042.825/O-2.
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