Interação Da Radiação Com A Matéria
Interação Da Radiação Com A Matéria
Interação Da Radiação Com A Matéria
Porto Alegre
2008
Kamila Kojoroschi de Menezes
Porto Alegre
2008
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Agradeço aos professores do
Curso de Física pelo incentivo
constante no decorrer de todo
esse tempo de estudo.
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Sumário
Resumo.........................................................................................................5
Abstract........................................................................................................5
Capítulo1- Introdução.................................................................................6
Capítulo 3 – Aceleradores.........................................................................16
Capítulo 6 – Conclusões............................................................................27
Bibliografia.................................................................................................29
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Resumo
Abstract
5
Capítulo 1
Introdução
6
Capítulo 2
Grupo I
Grupo II
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haja produção abundante de partículas pesadas carregadas, para que elas
interajam com o detector como resultado da interação com os nêutrons.
Fig. 1 Curva de Bragg. Poder de freamento para uma partícula alfa de 5,49 MeV em função do
caminho percorrido por esta partícula no ar.
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Observamos que, durante a maior parte do trajeto, a partícula é freada,
ou seja, o poder linear de freamento S está aumentando com
aproximadamente 1/E como prediz a fórmula de Bethe. Próximo ao final
do percurso, a carga do íon é reduzida devido à captura eletrônica e a curva
cai. Notamos, a partir da curva na fig. 1, que o poder de freamento linear é
máximo quando a partícula atinge o seu maior alcance de penetração.
- (dE/dx)c
f(N,Z, lnE). (4)
10
radioativas:
dE/dx= (dE/dx)c + (dE/dx)r. (6)
11
comportamento do fóton, em que ele ou desaparece inteiramente ou é
espalhado em ângulos significantes. Este comportamento está em contraste
com as partículas carregadas, que desaceleram gradualmente através de
contínuas e simultâneas interações com muitos átomos absorvedores.
O elétron que foi ejetado deixou uma vacância que rapidamente será
ocupada por um elétron de algum orbital de energia maior. Neste processo,
um ou mais raios X característicos serão gerados, mas a grande maioria
será absorvido próximo a sua origem.
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Toda a energia transportada pelo fóton que exceder 1,022 MeV será
convertida em energia cinética e repartida pelo par elétron-pósitron.
Quando o pósitron se aniquilar, ao final de seu trajeto, produzirá dois
fótons de aniquilação.
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dos efeitos de interação. Este coeficiente depende da energia do feixe
incidente e do material atenuador, dado pela relação:
I=I0exp(-µt) (9)
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com o núcleo que recua e passa a um estado excitado durante a colisão. O
núcleo desexcita-se, em geral, emitindo uma radiação gama secundária. O
nêutron perde uma fração maior de sua energia do que perderia em uma
colisão elástica. Com as perdas de energia em sucessivos choques
inelásticos, o nêutron torna-se lento ou térmico. Espalhamentos inelásticos
e subseqüentes raios gama secundários desempenham um importante papel
na blindagem de nêutrons de alta energia, mas sãomcomplicadores
indesejáveis na maioria de detectores de nêutrons rápidos baseados em
espalhamento elástico.
Capítulo 3
Aceleradores
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reações ou espalhamentos para explicar a estrutura de um estado final
específico, talvez até de estados excitados individuais. Aceleradores de
média energia operam num intervalo de aproximadamente 100 a 1000
MeV. Nestas energias, por exemplo, colisões de núcleons com núcleos
podem liberar π-mésons e, então, estes aceleradores são freqüentemente
usados para estudar o papel de um méson trocado na força nuclear.
Somente em alguns poucos casos estes aceleradores também são usados
para resolver estados excitados finais individuais. Os aceleradores de alta
energia produzem feixes de 1 GeV (1000 MeV) ou mais. Sua finalidade já
não é mais estudar a estrutura nuclear, mas sim produzir novas variedades
de partículas e estudar suas propriedades.
Em aceleradores eletrostáticos a fonte de íons, da qual se origina o
feixe de íons, contém um gás, que é ionizado, geralmente por uma súbita
descarga elétrica. Os íons positivamente carregados são extraídos por um
eletrodo a um potencial negativo da ordem de 10 kV. Para algumas
aplicações, é desejável ter um feixe de íons negativos. Neste caso, um feixe
de íons positivos é passado através de um gás neutro, pois existe uma
grande probabilidade de os íons positivos capturarem elétrons e tornarem-
se íons negativos. Os íons que permaneceram positivos, após atravessarem
o gás, são desviados por um campo elétrico ou magnético, deixando um
feixe só de íons negativos.
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parar completamente um feixe de prótons de alta energia, para criar
partículas secundárias, então alvos grossos, da ordem de dezenas de cm,
devem ser usados. Ambos os alvos, finos ou grossos, devem ser resfriados
freqüentemente para extrair o calor depositado pelo feixe incidente.
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interior do gerador de Van de Graaff, a correia móvel está acoplada a uma
roldana de plástico. Quando o motor aciona a roldana, a correia fricciona a
roldana de plástico, transferindo cargas negativas para ela. Enquanto o
motor continua a acionar a roldana, as cargas negativas na roldana
acumulam-se e induzem cargas positivas na escova de metal. O campo
elétrico, entre a roldana e a escova, aumenta, e o ar à volta da escova
ioniza-se. As cargas positivas das moléculas de ar são repelidas da escova e
transferidas para a superfície da correia. Estas cargas positivas são a seguir
transportadas para dentro da cavidade da esfera de metal, que se chama
abóbada, e transferidas, a partir da escova de metal, para a abóbada
esférica, através da ionização do ar. Este processo permite acumular uma
grande quantidade de cargas positivas na superfície da abóbada esférica, e
o seu potencial aumenta. O gerador de Van de Graaff está esquematizado
na Figura 6(a) e a Figura 6 (b) é uma das primeiras versões do Gerador Van
de Graaff:
(a) (b)
Fig. 6 (a) Esquema do Gerador de Van de Graaff. (b) Imagem de uma das primeiras versões.
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Cockcroft-Walton. Uma desvantagem do acelerador de Van de Graaff é a
baixa corrente de saída (µA) comparada com o Cockcroft-Walton (mA).
Todavia, correntes num intervalo de µA são suficientes para experimentos
de reações nucleares (de fato, altas correntes não seriam toleradas por
muitos alvos) e, como resultado, o Van de Graaff tornou-se o “carro-chefe”
da física nuclear de estrutura de baixa energia em 1960. Como a fonte de
íons é o ponto mais fraco num acelerador, ela requer uma grande atenção
de seu usuário. Podem ocorrer descargas nos filamentos que deverão ser
reparados, mas, como a fonte de íons se localiza no interior do terminal de
alta voltagem, a sua substituição ou manutenção requer que o aparelho seja
desligado por muitas horas, podendo causar transtornos. Um design
alternativo que elimina este problema (e o feixe ganha energia no processo)
é o acelerador Tandem Van de Graaff. Um feixe de íons negativos é
acelerado do terminal aterrado em direção ao terminal de alta voltagem no
centro de um tanque pressurizado, onde os íons entram em contato com um
gás que remove elétrons, resultando num íon de carga liquida positiva.
Estes íons são repelidos e acelerados para fora deste terminal de alta
voltagem positiva. A tensão é da ordem de milhões de volts (MV). Estes
aceleradores também produzem correntes de poucos micro-ampéres (µA).
3.2.1 Cíclotron
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dentro dos “D’s” elas não sentem o campo elétrico, mas o feixe é curvado
em um caminho circular pelo campo magnético. No espaçamento (gap)
entre os “D’s”, entretanto, as partículas sentem a voltagem que as acelera
fazendo que elas ganhem energia a cada ciclo. O design deste acelerador
cíclico foi concebido por Ernest Lawrence em 1929. Uma característica
interessante deste acelerador é que o tempo que uma partícula leva para
percorrer um caminho semicircular independe do raio deste caminho,
conforme a seguinte relação: t = mπ/qB, obtida a partir da expressão de
força de Lorentz para orbitas circulares (F=qvB=mv2/r - onde q é a carga da
partícula acelerada, v é a velocidade de deslocamento da partícula, B é a
componente do campo magnético uniforme e r é o raio do semi-circulo).
Como partículas circulam em raios muito grandes, elas ganham energia e
velocidades muito grandes e, o acréscimo no tamanho do caminho é
compensado pelo aumento da velocidade. Ou seja, se a partícula percorrer
um ciclo de raio curto num tempo t qualquer, ela levará o mesmo tempo t
para percorrer um ciclo de raio maior. Se meio período da voltagem ac
sobre os “D’s” é igual ao tempo de órbita semicircular, então o campo
alternado está em sincronismo com a passagem das partículas pelo gap, e a
partícula sente uma aceleração cada vez que cruza o gap.
Quando a velocidade das partículas atinge aproximadamente 10% da
velocidade da luz começa a ocorrer uma sensível variação da massa das
partículas acarretando numa variação do tempo, e conseqüentemente de
freqüência, para a partícula completar a trajetória semicircular. Ocorrendo
isto, não haverá mais sincronismo entre o alternador e o movimento da
partícula, pois é sabido que, ao variar a energia da particula, acaba havendo
o surgimento de uma diferença entre a freqüência de oscilação do potencial
acelerador e a freqüência de circulação da partícula num segmento da sua
trajetória. Este efeito gera um erro inflacionário, que aumenta a cada volta,
limitando assim a energia máxima da partícula.
A corrente nestes cíclotrons é da ordem de dezenas de micro-
ampéres, suficientes para o estudo detalhado de estrutura nuclear com
reações nucleares.
21
Fig. 7 Esquema de um Cíclotron
3.2.2 Síncrocíclotron
3.2.3 Síncrotrons
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maior velocidade, até chegar ao fim do tubo. O que assegura a
sincronização é a velocidade de fase da onda progressiva, que acaba por se
igualar à velocidade dos elétrons.
O acelerador linear de prótons utiliza o método de ondas
eletromagnéticas estacionárias para acelerar prótons. Os prótons possuem
massa em torno de duas mil vezes a dos elétrons, gerando uma barreira
para sua excitação através de uma guia por ondas progressivas que tenham
velocidade de fase igual à sua velocidade de avanço. Os prótons, cuja
energia é de quatro megavolts, têm cerca de dez por cento da velocidade da
luz, o que causa efeitos relativísticos. Estes fatores impossibilitam o uso da
técnica de guia de ondas da mesma forma que se usa para elétrons. Logo,
os aceleradores de ondas estacionárias são usados somente como injetores
de prótons para aceleradores cíclicos de grande energia que possuem
dispositivos para detectar e corrigir as distorções ocasionadas pelos efeitos
relativísticos.
Um acelerador linear é constituído de um tubo muito longo em
porções de comprimento variável, conforme figura 9. O feixe viaja através
de uma série de eletrodos ocos tubulares conectados alternadamente por
pólos opostos por uma fonte de voltagem ac. Partículas são aceleradas e
cruzam o gap (espaçamento) entre os eletrodos. No interior do eletrodo, a
partícula esta imersa numa região livre de campo elétrico por um tempo
igual à metade do período de voltagem ac. Desta maneira, a polaridade da
voltagem é revertida durante o tempo que a partícula está dentro do
eletrodo, e ela é, então, acelerada para fora, de forma a cruzar o próximo
gap. Por exemplo, se t/2 é o meio período da voltagem ac, então o
comprimento do n-ésimo eletrodo para partículas de velocidade vn deve ser
Ln=vnt/2. Para partículas não relativísticas de carga e, depois de atravessar
n gaps de diferença de voltagem V0, a energia cinética da partícula é
Tn=neV0=1/2mvn2 e então Ln=(neV0/2m)1/2t. Ou seja, o comprimento do
eletrodo deve, portanto, crescer com n1/2. Para partículas relativísticas, onde
v c, os comprimentos dos eletrodos são praticamente constantes.
24
Capítulo 4
25
Induced by X-ray Emission).
A espectrometria de retroespalhamento Rutherford (RBS) usa íons de
energia na região do MeV e é aplicada extensivamente na determinação
precisa da composição de materiais, na distribuição de impurezas e na
determinação da espessura de filmes. A medida do número e da energia dos
íons retro-espalhados pelos átomos na região próxima da superfície dos
materiais permite a identificação de suas massas atômicas e a determinação
da distribuição dos elementos do alvo, em função da profundidade da
amostra.
A técnica de análise MEIS é semelhante à RBS, e é utilizada na
análise de superfícies e alvos finos. A diferença se encontra no sistema de
detecção. No MEIS o sistema de detecção tem um poder de resolução de
0,3 keV, enquanto que na RBS a resolução é de 10 keV.
A presença de hidrogênio nos materiais (metais, ligas,
semicondutores, polímeros, etc.) não pode ser medida com RBS porque o
hidrogênio é o átomo mais leve. No entanto, a técnica de analise de átomos
por recuo elástico (ERDA – Elastic Recoil Detection Analysis) é utilizada
com vantagem para este fim. Usa-se um feixe incidente rasante de hélio ou
outro íon mais pesado, o qual colide com o átomo de H, que por ser mais
leve é arrancado da amostra e é medido no detector.
A técnica PIXE permite medir quantitativamente concentrações de
elementos numa amostra. A amostra em analise é irradiada por partículas
carregadas (prótons) de energias entre 1 e 3MeV que ejetam elétrons das
camadas mais internas dos átomos da amostra. Os raios X característicos
emitidos pela desexcitação dos átomos na amostra são analisados e sua
composição do alvo é determinada.
Capítulo 5
26
As medidas de taxa de exposição no acelerador Tandetron foram
realizadas durante experimentos utilizando a técnica PIXE, onde a tensão
no terminal do acelerador era de 1MV, a corrente inicial e final eram de 20
e 5 µA respectivamente, e a energia final do feixe de prótons era de 2 MeV
produzindo um feixe de 2,5 x 2,5 mm2.
No acelerador CW, as medidas foram feitas sob as seguintes
condições: durante a técnica RBS os íons foram acelerados por uma tensão
de 300 kV onde um feixe de partículas alfa (He+) foi produzido com uma
corrente de 50 µA.
Na planta, estão esboçados os pontos onde foram realizadas as
medidas de taxa de exposição e os valores são apresentados na tabela 1.
Tabela 1.
Capítulo 6
Conclusões
Capítulo 7
28
Bibliografia
29