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Manual Solotrat 2018

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Manual de

Serviços
Geotécnicos
Solotrat
6ª Edição
O Manual de Serviços Geotécnicos Solotrat, ÍNDICES
foi desenvolvido com um viés prático e segue Prefácio.................................................................................................. 02
Solo grampeado..................................................................................... 05
as recomendações do Manual de Execução Tirantes................................................................................................. 23
de Fundações da Associação Brasileira de Túnel NATM........................................................................................... 41
Empresas de Engenharia de Fundações e Estacas-Raiz, Microestacas, Estacas Soft Soil Anchor(Alluvial Anker).... 51
Dreno fibroquímico............................................................................. 69
Geotecnia - ABEF Rebaixamento do lençol freático...................................................... 73
Injeção de consolidação..................................................................... 79
Jet Grouting.......................................................................................... 91
Tabelas úteis........................................................................................ 97

ÍNDICE DE TABELAS

Dimensionamento de tirantes: Graus de coerência ISRM 105


Provisórios 38
Permanentes 39 Resistência à compressão uniaxial 106

Diâmetro nominal da estaca-raiz Relação entre índice Q e valores


e seu tubo de perfuração 54 de Vp para maciços rochosos
fraturados escavados em níveis rasos 107
Dimensionamento de estacas-raiz 64
Standard Penetration Test 107
Consumo de materias de
estaca-raiz 64 Classificação do maciço rochoso 108

Dimensionamento de microestaca 65 Dimensionamento empírico de


tirantes, concreto projetado e
Propriedades típicas das colunas 96 cambotas 109
Telas soldadas nervuradas 97 Diagrama empírico para uso no
dimensionamento do suporte
Barras de aço CA50A 98 permanente de túneis e cavernas 110
Traço de concreto projetado 98 Estimativa de GSI para maciços
Ensaios comparativos de concreto rochosos fraturados 111
A Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. é uma projetado via seca com fibras 98 Estimativa de GSI para maciços
empresa atestada pela ABEF nos seguintes Fórmula Decourt-Quaresma 99 heterogêneos 112

Estimativa de permeabilidade 101 Sondagem rotativa - relação de


serviços: diâmetros 113
Escala dos tempos geológicos 101
Relação de unidades 113
Intemperismo para regiões tropicais 102
Tipos de equipamentos de
Classificação de solos finos SUCS 103 furação para desmonte 114
Classificação de solos finos MCT 104 Fibras Sheikan 115

Direitos reservados - Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. - www.solotrat.com.br. Esta publicação pode ser
reproduzida parcial ou totalmente, desde que não haja alterações em seu conteúdo e seja citada a fonte. Esta
é uma publicação gratuita e sua distribuição é dirigida. Produção e edição do departamento de marketing da
Solotrat. Projeto gráfico e ilustrações: Renato Barbosa.
Abril de 2018
PREFÁCIO
sta sexta edição do Manual Este Manual Técnico de Serviços, O Azzi costumava dizer: como profissionais da Geotecnia.
E de Serviços Geotécnicos da continua sendo referência ”QUEM TEM ORGULHO DO QUE FAZ, Transmitir um pouco do
Solotrat está sendo publicada em um para consultores, construtoras, SÓ FAZ BEM FEITO”. conhecimento adquirido nestes
momento muito importante para nós. estudantes, professores e também anos é uma missão que cumprimos
Em 2018, a Solotrat atinge a marca
Vários eventos aconteceram desde a para muitos de nossos concorrentes. com alegria e esperamos que
de 27 anos de atuação no mercado,
última publicação. Isto continua sendo motivo de alegria nossos leitores levem adiante esta
com mais de 1.800 obras executadas,
e orgulho, pois estamos colaborando tarefa, dando continuidade ao
O Brasil está cada vez mais deteriorado todas com o mesmo objetivo: dar o
para o aprimoramento da execução aprimoramento e desenvolvimento
e o otimismo que temos está sendo que temos de melhor em cada uma
dos serviços Geotécnicos no Brasil. das técnicas executivas de serviços
bombardeado a cada dia. delas, e este se tornou o principal
geotécnicos, levando às gerações
O falecimento do nosso sócio A Solotrat continua sendo destaque fator de multiplicação dos nossos
futuras este conhecimento.
fundador e coautor do manual, entre as empresas de Geotecnia do serviços.
Brasil. Boa parte de nossas conquistas Um grande abraço e até a próxima
Geólogo Cairbar Azzi Pitta, o A credibilidade e o respeito que
está diretamente ligada ao cuidado edição.
afastamento de nosso outro sócio, alcançamos no mercado são
Eng.º Alberto Casati Zirlis, nos deixa técnico que temos na execução das resultado das nossas ações no dia-a-
tristes; porém, com mais vontade de obras. dia das obras. Geol. Cairbar Azzi Pitta (In memoriam)
continuar com o importante legado O Manual de Serviços Geotécnicos Engº Alberto Casati Zirlis
que construímos juntos. Solotrat reflete nosso aprendizado Engº George J. Teles de Souza

2003 2006 2009 2012 2015 2018

www.solotrat.com.br
SOLO GRAMPEADO

Solo Grampeado
ÍNDICE
1. Definição
2. Norma
3. Método construtivo
4. Chumbador
5. Revestimento em Concreto
Projetado
6. Drenagem
7. A importância do Chumbador Figura 1 - Estabilidade geral do maciço.
Vertical
8. Controle Esta técnica se aplica a:
9. Equipe de Trabalho
• Cortes para implantação de subsolos ou
10. Manutenção do Solo Grampeado cortes com geometria instável (Figura 2).
11. Modelo de Boletim de Execução

1. DEFINIÇÃO
Solo grampeado é uma técnica
de melhoria de solos, que permite
a contenção de taludes por meio da
execução de chumbadores, concreto
projetado e drenagem. Os chumbadores
ou grampos, promovem a estabilização
geral do maciço, o concreto projetado dá
estabilidade local junto ao paramento e a
Figura 2 - Implantação de shopping.
drenagem age em ambos os casos (Figura1).

www.solotrat.com.br 5
SOLO GRAMPEADO SOLO GRAMPEADO
• Taludes existentes sem estabilidade 2. NORMA
satisfatória (Figura 3)
A norma específica da ABNT, está sendo
preparada.

3. MÉTODO CONSTRUTIVO
O solo grampeado tem início com a
execução de chumbadores verticais,
como medida de melhoria do solo
e pré contenção. Segue com o corte
descendente do solo na geometria do
Figura 3 - Taludes Instáveis projeto (Figura 5), excetuando-se os Figura 6 - Partes constitutivas do Chumbador
casos de taludes pré-existentes. Continua
com a execução da primeira linha de 4.2 Perfuração se nestes casos maior freqüência dos
• Taludes rompidos (Figura 4). chumbadores e aplicação do revestimento ensaios de arrancamento.
de concreto projetado. Os grampos, na grande maioria dos
casos, são moldados “in loco”, por meio
Caso o talude já esteja cortado pode- 4.3 Armação
das operações de perfuração e fixação
se trabalhar de forma descendente ou de armação com injeção de calda de Concluída a perfuração, segue-se a
ascendente, conforme a conveniência. cimento. As perfurações são normalmente instalação e fixação das barras. Estas
Simultaneamente ao avanço dos executadas por equipamentos, pesando podem ser metálicas, de fibras de vidro
trabalhos, são executados os drenos entre 50 e 1000 kgf, portanto leves, de resinadas, ou similares. O elemento
profundos e os de paramento, assim como fácil manuseio, instalação e trabalho fixado no furo não deverá perder suas
canaletas ou descidas d’água, conforme sobre qualquer talude. Como fluido de características de resistência ao longo
especificado no projeto. perfuração e limpeza do furo, poderá ser do tempo. No caso de peças metálicas,
Figura 4 - Taludes rompidos utilizada água, ar, lama, ou nenhum deles elas deverão receber tratamento
em se optando por trados helicoidais anticorrosivo adequado, usualmente
contínuos. O sistema mais comum é aquele resinas epóxicas, ou proteção eletrolítica
4. CHUMBADOR
por lavagem com água. A depender da e a calda de cimento. No caso das barras
4.1 Definição profundidade do furo, diâmetro, área de de fibra dispensa-se tal cuidado. Ao
trabalho, pode-se optar por perfuratrizes longo destes elementos deverão ser
Chumbadores ou grampos
tipo sonda, “crawlair”, “wagon drill”, instalados dispositivos centralizadores,
conforme mostra a Figura
ou até perfuratrizes manuais. Os que garantam seu contínuo e constante
6, são peças moldadas
chumbadores têm usualmente inclinação recobrimento com a calda de cimento.
no local por meio de
abaixo da horizontal variando de 5º a 30º Usualmente são utilizadas barras de aço
operações de perfuração
com diâmetro de perfuração de 75 mm. de construção civil. As mangueiras de
feitas com equipamento
injeção são fixadas ao longo das barras.
sobre carreta ou de porte A escolha do método de perfuração
Estas devem dividir os trechos de injeção
manual, e instalação deve ser tal que a cavidade perfurada
conforme especificado em projeto. Caso
e fixação de armação permaneça estável até que a injeção
não esteja definido sugere-se em pelo
metálica, com injeção esteja concluída. Caso se utilize lamas
menos três trechos. Esta mangueira
de calda de cimento sob estabilizantes, deve-se assegurar o não
comumente de polietileno, tem de 8 a 10
pressão. prejuízo do atrito lateral. Normalmente
mm de diâmetro ao longo da qual estão
Figura 5 - Fases construtivas em corte.Exemplo de a lavagem da cavidade com calda de
A figura 7, mostra os passos dispostas válvulas de injeção instaladas
escavação mecanizada. cimento atinge este objetivo. Recomenda-
para sua construção. entre 30 e 50 cm, até 1,5m da boca do

6 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 7


SOLO GRAMPEADO SOLO GRAMPEADO
furo. A figura 7 ilustra a construção do se as fases de injeção. sendo na mesma região convém aguardar
grampo. entre 4 e 8 horas para realizar a 2ª fase.
• Adota-se o traço da calda a/c entre 0,5
e 0,7 em peso. • Observa-se que as pressões poderão
4.4 Injeção
ser muito baixas ou até nulas. Neste caso
• Prepara-se um volume de calda
A injeção do grampo em fases ou poderão ser necessárias mais fases de
equivalente ao traço produzido por 1 a
setores, poderá ser realizada por fluido injeção, portanto uma nova montagem
2 sacos, ou seja, entre 40 e 100 litros em
cimentante qualquer. Usualmente são do chumbador deverá ser preparada na
misturador de alta turbulência, maior ou
empregadas calda de cimento ou resinas. bancada. E ainda, os volumes de injeção
igual a 1750 rpm.
Normalmente se utiliza uma calda com acima citados poderão ser ajustados à
elevado teor de cimento para solos, • Inicia-se a injeção na região do setor condição específica do solo.
reservando as resinas para materiais mais inferior, 1ªfase, considerando como
• Repete-se o passo anterior para 2ª, 3ª,
rochosos. expectativa de consumo o valor prático
tantas fases quanto previstas no projeto.
entre 5 e 15 litros por metro linear de
A primeira fase de injeção denominada
chumbador. • Executor e projetista analisam os dados
bainha, compreende o preenchimento
e definem a continuidade ou ajuste deste
do furo e a introdução da barra. • Mede-se a pressão necessária para
procedimento.
Alternativamente pode-se realizar o injeção daquele volume. Mesmo não
preenchimento do furo Sabe-se que as tensões mobilizadas ao
com calda de cimento longo do grampo variam ao longo de
após a instalação da barra. sua extensão, podendo a carga junto
Por meio de tubulação a cabeça se apresentar nula ou muito
acessória cuja extremidade pequena. As armações normalmente têm
é posicionada na parte sua extremidade superior acabada por
meio de uma dobra a 90 graus, podendo Figura 8 - Possibilidades de acabamento
inferior da perfuração
também receber placa metálica, rosca e junto a cabeça do chumbador
é injetada a calda de
cimento de baixo para cima porca, ou ferragem de ligação. Nestes
tubo de aço utilizando-se martelos
preenchendo totalmente a casos são embutidas no revestimento de
pneumáticos ou manualmente. Não é
cavidade. concreto projetado, sendo neste ponto
entretanto a prática brasileira.
criada uma escavação pontual adicional
A injeção por fases ou
para uma melhor acomodação, figura 8 .
setores, se dá por meio 5. REVESTIMENTO EM CONCRETO
das mangueiras perdidas Os grampos poderão também resultar PROJETADO
que foram instaladas da cravação de barras, cantoneiras ou
5.1 Definição
juntamente com a barra
de aço. É executada em O concreto projetado é o material com
fase única, medindo-se que se reveste o paramento do talude.
para cada trecho a pressão Existem duas maneiras de se produzir o
de injeção e o volume concreto projetado: por via seca e por
injetado. via úmida. A diferença básica está no
Seguem as ações básicas preparo e condução dos componentes do
utilizadas no processo da concreto:
injeção: • Via seca: preparo a seco. A adição de
Figura 7 - Fases construtivas do Chumbador:
• Entre 6 e 24 horas após Perfuração, execução da bainha, introdução da barra água é feita junto ao bico de projeção,
de aço e tubos de injeção e injeção setorizada. alguns instantes antes da aplicação;
o término da bainha inicia-

8 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 9


SOLO GRAMPEADO SOLO GRAMPEADO
• Via úmida: preparado com água e assim lançada pelo ar-comprimido, com grande O controle da resistência do concreto é compressor seja de 0,7 MPa. Este valor
conduzido até o local da aplicação. energia, na superfície a ser moldada. feito pela extração de corpos de prova de lido no compressor, quando da projeção
Ainda podem ser adicionados ao traço placas moldadas na obra. do concreto, não pode ser inferior a 0,3
Ambas as vias utilizam traços e
microssílica e fibras de polietileno ou MPa. Desta forma, para distâncias de até
equipamentos com características
metálicas. Normalmente, a resistência 5.3 Equipe de aplicação de Concreto 50 m teremos, como condição mínima, os
especiais.
solicitada nos projetos é da ordem de 15 Projetado valores expressos na Figura 10.
O concreto usual para solo grampeado MPa.
Os aplicadores de concreto têm extrema • Bomba de água: fornece água em vazão
é o de via seca. O concreto seco deve
Componentes do concreto projetado: importância na qualidade do serviço. e pressão junto ao bico de projeção.
preferencialmente ser preparado no
Neste trabalho é usual termos dois Pode ser substituída pela rede pública
canteiro de obras, pois sempre haverá • Agregados: pedrisco ou pedra zero, e
especialistas: o mangoteiro e o bombeiro. de fornecimento de água. Deve fornecer
concreto à disposição, na quantidade e areia média. Ambos devem ter a umidade
O bombeiro está sempre junto à bomba água junto ao bico de projeção com
na hora em que for necessário, figura 9. controlada.
de projeção, ajustando-a conforme os pressão pelo menos 0,1 MPa superior
• A areia, com umidade desgastes ocorrem e verificando o correto àquela dos materiais em fluxo.
em torno de 5%, e fornecimento do volume e pressão do ar Diâmetro do Pressão
nunca inferior a 3%, pois Vazão do mangote da de ar
comprimido. compressor
assim não causa poeira. (pcm) máquina de necessária
O mangoteiro é quem aplica o concreto, projetado (MPa) máx
Tampouco superior a
em movimentos contínuos, circulares, 350 1½” 0,7
7%, pois assim evita
dirigidos ortogonalmente à superfície,
entupimentos do mangote 600 2” 0,7
dela distante de 1 m. Além disso,
e o início de hidratação
o mangoteiro regula a água e tem 700 2½” 0,7
do cimento. A areia média
sensibilidade para perceber oscilações nas
não pode ter umidade Figura 10 - Condição de operação do
características de vazão e pressão do ar. compressor
acima de 5% de grãos
finos, e deve ser composta
5.4 Equipamentos • Mangote: duto de borracha por onde o
por 60% de grãos médio e
concreto é conduzido desde a bomba até
de até 35% grãos grossos. Para via seca são necessários, pelo menos,
o ponto de aplicação.
Figura 9 - Arranjo de equipe e equipamento para Para o pedrisco, a umidade os equipamentos e acessórios, conforme
Concreto Projetado. de 2% é suficiente. a montagem convencional mostrada na • Bico de projeção: peça instalada na
Figura 9. extremidade de saída do mangote junto
• Cimento: pode ser Comum,
à aplicação.
5.2 Concreto para Concreto Projetado Pozolânico, Alto Forno, ARI ou ARI-RS, • Bomba de projeção: recebe concreto
etc dependendo das especificações seco adequadamente misturado e • Anel de água: componente do bico de
O “concreto por via seca” é o resultado
do projeto. Conforme a necessidade o disponibiliza para aplicação. Os projeção pelo qual se adiciona água ao
da aplicação da mistura do cimento e
da obra, podem ser utilizados aditivos equipamentos devem estar em perfeitas concreto.
agregados secos até o ponto de aplicação,
aceleradores de pega em pó ou líquidos. condições de trabalho. Peças de consumo
onde a água é adicionada. Cimento, areia, • Bico pré-umidificador: instalado a cerca
devem estar com desgaste aceitável e a
pedrisco e aditivos em pó são misturados • Água: deve estar de acordo com o que de 3 m do bico de projeção, visa fornecer
máquina sempre bem ajustada.
em betoneira. Aditivos líquidos podem recomenda a tecnologia do concreto. água ao concreto seco antes do ponto de
ser misturados na água. Esta mistura é Sua dosagem, entretanto, é feita pelo • Compressor de ar: acoplado à bomba aplicação. Sua utilização é ocasional.
colocada na bomba de projeção, com mangoteiro, por meio de registro, de projeção, fornece ar comprimido em
Acessórios como mangotes, bicos, anéis
os aditivos. A massa é então conduzida instalado junto ao bico de projeção. O vazão e pressão corretas para conduzir
d’água, pré-umidificadores e discos
por ar comprimido em mangote até o volume é o resultado da sensibilidade e o concreto até o local da aplicação. A
devem estar em plenas condições de uso,
local de aplicação. Na extremidade do experiência adquiridas pelo operador prática brasileira é de que para qualquer
conforme especificação de fabricantes e
mangote há um bico de projeção, onde noutras obras. diâmetro de mangueira ou vazão de
fornecedores.
é acrescentada água. Esta mistura é trabalho, a pressão característica do

10 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 11


SOLO GRAMPEADO SOLO GRAMPEADO
5.5 Armação do Concreto Projetado irregulares, figura 11. natureza a faz. Desta forma a aparência coluna de chumbadores sempre no eixo
fica muito feia, com sensação de problema do dreno vertical de paramento. Assim
A tendência da armação do concreto A presença das fibras produz concreto
de instabilidade. Por isso sugerimos que sendo eventuais fluxos de água terão um
projetado é a aplicação de fibras de extremamente tenaz com baixa
sempre sejam feitas juntas. caminho preferencial muito fácil, figura 15.
polietileno ou metálicas, ao invés da tela permeabilidade. A figura 12 apresenta
eletrosoldada. Este procedimento se iníciou valores de tenacidade do concreto
5.6.1 Juntas horizontais
da década de 90, quando as fibras de aço projetado com fibras, tela e sem armação.
passaram a ser adicionadas diretamente A prática da execução das juntas
As fibras agem homogeneamente, no
na betoneira. A partir de 2001, as fibras horizontais é que sejam frias. A camada
combate às tensões de tração desde
metálicas foram substituídas por fibras de concreto deve ser aplicada de cima
o início da cura. Mesmo para a fibra
sintéticas de polietileno. Em nenhum dos para baixo em forma de cunha a cada fase
metálica, não há cuidado especial com a
casos houve necessidade de mudança de aplicação sucessivamente, figura 14.
corrosão, pois se limita àquela fibra que
nos equipamentos. Ocorreu redução na
está em contato com a atmosfera, não
equipe de trabalho, pois não mais houve
afetando as outras imersas no concreto.
necessidade de mão-de-obra para preparo
e instalação das telas. As telas eletrossoldadas têm sua instalação
feita em uma ou duas camadas, conforme
O concreto aplicado com as fibras se
especificado em projeto. Aplica-se o
ajusta perfeitamente ao corte realizado Figura 15 - Junta Vertical.
concreto em fases conforme a instalação
no talude, acompanhando as superfícies
das telas. A primeira camada com a
primeira tela, a segunda camada entre
6. DRENAGEM
a primeira e a segunda tela, e a camada 6.1 Definição
final. Telas podem ser instaladas antes do
O sistema de drenagem do Solo
concreto. Entretanto, é preciso cuidado
Grampeado objetiva oferecer um fluxo
especial para evitar que elas funcionem
ordenado para as águas internas ou
como anteparo e promovam vazios atrás
externas que a ele convergem. Durante
das mesmas, figura 13.
a execução devem ser conferidas e
Figura 11 - Aplicação do Concreto ajustadas as posições dos drenos previstos
Projetado com fibras adaptando às
irregularidades do terreno.
na fase do projeto. Desta forma haverá
um correto sistema de drenagem. Para a
Figura 14 - Juntas Horizontais frias. drenagem profunda usa-se o Dreno Sub-
Horizontal Profundo, DHP.

5.6.2 Juntas Verticais frias Para a drenagem de superfície aplicam-se


os drenos de paramento e as canaletas.
A prática é que sejam sempre executadas
juntas verticais. Sugere-se a construção
Figura 13 - Vazios atrás da tela. 6.2 Dreno Profundo
de juntas com espessura entre 1 a 2
centímetros de largura. Sua profundidade É um elemento que capta as águas
não precisa ter a espessura total do profundas e distantes da face do talude
5.6 Juntas do Concreto Projetado
concreto projetado, pode variar entre 3 e antes que nele aflorem. Ao captá-las, são
Não existe uma regra para a execução 6 cm, completada com o risco feito com conduzidas ao paramento e despejadas
de juntas para o concreto projetado. a colher de pedreiro ou fria com molde nas canaletas. Tem comprimentos
Figura 12 - Comparação entre a
Raros projetos sugerem sua aplicação, de madeira. O espaçamento entre juntas variáveis normalmente, entre 6 e 24
tenacidade do Concreto Projetado,
com fibras e sem armação. mas quase sempre quando não é feita, a varia entre 2 e 10 espaçamentos de uma metros, conforme figura 16.

12 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 13


SOLO GRAMPEADO SOLO GRAMPEADO
19 mm, sem envolvimento por qualquer plástica drenante revestida por manta
tipo de tela. Resulta em 50cm numa área geotêxtil comercialmente chamada
perfurada de 3,36 cm². Observa-se que “PVD” ou “dreno fibroquímico”, figura
no “dreno ranhurado” as ranhuras são 19a. Estende-se continuamente ao longo
somente executadas na parte superior do da direção vertical, da crista até o pé do
tubo, conforme figura 17. talude, aflorando na canaleta de pé. É
considerada uma drenagem linear.
Testes comparativos de medida de vazão
dos dois tipos de dreno estão ilustrados O dreno tipo barbacã é resultado da

Figura 16 - Drenagem Profunda - DHP.

Os “drenos sub-horizontais profundos”,


DHP, resultam da instalação de tubos
plásticos drenantes, de 32 a 50 mm,
em perfurações no solo de 64 a 100 Figura 19 - (a) Dreno Linear e (b) Dreno
mm. Estes tubos podem ter somente pontual, Barbacã.
microrranhuras em torno de 0,4 mm, Figura 17 - Dreno Geotécnica ou Dreno no despejo deve ser cuidadosamente
sem recobrimento por manta ou tela, Ranhurado analisado.
ou perfurações recobertas por manta
geotêxtil ou por tela de nylon. Visando na figura 18. Foi adaptado num tambor Figura 18 - Teste de vazão.
comparar o tipo de tubo drenante que o dreno a ser ensaiado. Com camada de
6.5 Dicas para a Drenagem
pode ser usado no DHP, foi realizado areia de 20cm acima da geratriz superior escavação de cavidade com cerca de 30
um estudo comparativo entre o “dreno do tubo e gradiente hidraúlico de 30cm, x 30 x 30 cm, revestida com geotextil A prática usual recomenda que sempre
Geotécnica” e o “dreno ranhurado”. O as vazões obtidas foram muito próximas e preenchida com material granular, se execute drenagem profunda, de
dreno Geotécnica era o dreno executado entre 0,4 e 1,0 litro por minuto. Desta brita ou areia. Do seu interior parte um paramento e de superfície, mesmo
pela empresa Geotécnica S.A, precursora forma consideramos indiferente o uso de tubo conforme o dreno geotécnico com que não tenha havido indicação de
na execução de serviços geotécnicos um tipo ou outro. diâmetro entre 32 e 50mm, e inclinação
água quando do preparo do projeto.
no Brasil. O “dreno Geotécnica” resulta horizontal descendente. É considerada
Especialmente nas áreas urbanas onde
de se executar perfurações de 12,5mm 6.3 Dreno de Paramento uma drenagem pontual, conforme figura
são reais as possibilidades de vazamentos
diametralmente opostas a cada 60 19b.
São peças que pretendem promover o de redes publicas de águas, esgoto e
milímetros, duas a duas ortogonais, em
adequado fluxo às águas do talude que drenagem. Sugere-se que sempre sejam
tubo PVC de 50mm. São cobertas por duas 6.4 Dreno de Superfície
chegam ao paramento. Temos o dreno executados DHP junto à superfície. É fato
camadas de tela de nylon, malha 30. Para
linear contínuo e o barbacã, conforme São considerados drenos de superfície as
um comprimento de 50cm resulta numa que as camadas superficiais são muito
figura 19. canaletas de crista e pé, bem como as de
área perfurada de 20,44 cm². O “dreno drenantes, mesmo cobertas com calçadas,
descida d’água. Como nestas peças ocorre
ranhurado” resulta da execução de rasgos O dreno linear contínuo é resultado da justificando sua aplicação, conforme Figura
acúmulo de águas, seu efeito erosivo
de 0,4 mm com 35 mm de extensão a cada instalação, numa escavação, de calha 20.

14 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 15


SOLO GRAMPEADO SOLO GRAMPEADO
Visando uma ótima A calda de injeção deverá atender os diferentes materiais envolvidos na
produtividade passou-se ao projeto, não contendo cimentos contenção. A Figura 22 indica detalhes de
a executar chumbadores agressivos à armação do grampo. O fator uma montagem.
verticais, previamente água/cimento é ajustado em campo, em
a escavação junto função das condições da estabilidade da
ao alinhamento da cavidade perfurada e sua permeabilidade.
contenção. Estes têm o
A proteção anticorrosiva com tinta
mesmo espaçamento
epóxica, pintura eletrolítica ou qualquer
horizontal do chumbador,
processo de inibição da corrosão, deverá
e o comprimento mínimo
ser eficiente, mesmo com o manejo das
igual a altura da escavação
Figura 20 - DHP junto a superfície. barras. Cada projeto deve avaliar e sugerir
acrescido de cerca de 1,0
como combater a corrosão da barra de Figura 22 - Montagem de um Ensaio de
metro, conforme figura 21.
aço. Tração

O concreto projetado deverá ter sua


8. CONTROLE Pelo menos devem ser controladas as
espessura controlada por meio de
movimentações através de leituras
7. A IMPORTÂNCIA DO CHUMBADOR 8.1 De execução marcos aplicados a cada 4 m². Deverão
topográficas em três prumadas do muro.
VERTICAL ser seguidas as Normas Brasileiras de
Não existe até o presente momento O procedimento ideal inclui também
concreto projetado, naquilo que couber.
O solo Grampeado tem a característica normalização brasileira que regulamente a monitoração por inclinômetros,
de ter uma elevada produtividade. Isto o controle de execução. Para construção que permitem o acompanhamento
demanda uma grande velocidade de do grampo considera-se de fundamental 8.2 Ensaios de Tração das diferentes etapas construtivas,
escavação. Para tanto cuidados devem importância que a armação esteja favorecendo a um entendimento mais
Considera-se que somente será possível
ser tomados. Escavar alternadamente centrada e com o recobrimento completo do comportamento. Sugere-
compreender o mecanismo de trabalho
entre chumbador de um nível qualquer totalmente seguro. Garantir-se que não se que tais recomendações sejam
do solo grampeado, e portanto
de escavação deixando bermas é tenha havido perda de calda ou resina, adotadas quando não houver orientações
perfeitamente equacioná-lo para as reais
recomendável. Porém assim teremos na observando-se minutos após a injeção específicas no projeto.
condições brasileiras, a partir de análise
obra o maior inimigo da produtividade. junto à boca do chumbador se não houve
de resultados de ensaios de campo com Durante a execução devem ser avaliadas
decantação.
medição de tensão e deformação em e determinadas as posições e fluxos do
Aceita-se um erro de todos os elementos que compõem o Solo lençol freático, que dificilmente o são na
deslocamento local de Grampeado. fase do projeto. Desta forma haverá um
até 15% da distância correto ajuste no sistema de drenagem.
Ensaios de tração dos grampos devem
horizontal ou vertical,
ser realizados, para a determinação da Também durante a execução devem
no posicionamento do
resistência ao arrancamento, que varia ser observadas as posições estruturais
grampo. Porém deverá
significativamente com o tipo de solo das camadas de solo em função do
ser mantida a quantidade
e sua compacidade. Este tipo de ensaio corte, ajustando, se necessário, o
de grampos prevista no
ainda não está normatizado no Brasil. posicionamento dos grampos.
projeto para a área contida.
Idealmente, sugere-se que devam ser
Não há necessidade de
executados ensaios de arrancamento em 8.3 Medidas de Deformações do Solo
qualquer controle rigoroso
grampos curtos com 3 m de comprimento Grampeado
quanto à variação de
de aderência no solo e 2 m ou mais de
inclinação podendo-se O parâmetro internacional que caracteriza
trecho livre, especialmente executados
Figura 21 - Exemplos de aplicação do chumbador aceitar valores em torno a estabilidade do Solo Grampeado
para tal. Os ensaios devem ser em número
Vertical. de 5 graus. é a deformação horizontal da crista.
suficiente que possibilite considerar

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SOLO GRAMPEADO SOLO GRAMPEADO
Usualmente este valor é representado alongamentos são medidos com relação a 9. EQUIPE DE TRABALHO
pela relação em porcentagem entre a parede de concreto, conforme figura 24.
A equipe mínima para execução do solo
deformação medida e a altura escavada
O comprimento de ancoragem das grampeado deve ser composta por:
naquele momento, conforme figura 23.
barras é de no mínimo 50cm. Os trechos
9.1 Encarregado geral de serviços
livres das três barras do
extensômetro devem ter os a) Verifica: condições de entrada e
seguintes comprimentos: movimentação de equipamentos no
canteiro da obra; descarregamento de
• O maior, 3m além do
equipamentos, utensílios e ferramentas;
comprimento do segundo
instalação da central de trabalho e
maior chumbador.
implantação geral da obra.
• O intermediário, com
b) Verifica programação de execução
comprimento médio entre
(sequência executiva) de acordo com
o maior e o menor.
características da obra e necessidades do
• O menor com, pelo cliente.
Figura 23 - Índice de Deformação menos, 3m de trecho livre.
c) Coordena o DDS (diálogo diário de
Figura 25 - Leitura de Deformação segurança) antes do início das atividades
Horizontal.
Embora seja um parâmetro simples diárias e instrui em relação à segurança
A instalação de pelo menos dois
de ser obtido no campo, depende de durante a execução dos serviços.
conjuntos de extensômetros numa
medição por parte de topógrafo ou mesma prumada, a 2 metros da crista d) Orienta a locação dos chumbadores,
empresa especializada, freqüentemente e outro a 1,5m da base do paramento, bem como inclinação, direção e instalação
na obra. Por isso foi desenvolvido um pode nos indicar o comportamento da do equipamento.
sistema de medição simples, que pode cortina como um todo. As leituras dos
e tem oferecido dados valiosos. São os e) Orienta em relação aos procedimentos
extensômetros devem ser diárias durante
extensômetros múltiplos. Construídos e acompanhamento de perfuração e
o avanço da contenção e semanais nos
como se fossem um tirante composto por injeção.
três primeiros meses após o término dos
3 fios de 8mm, com cada fio ancorado em trabalhos. Convém posicioná-los de tal f) Verifica condições de drenagem
pontos diferentes e livres na cabeça. Seus forma que possam ser feitas leituras ao superficial e retirada do material escavado
longo da construção da Figura 26 - Apresentação dos dados. da obra, para permitir o livre trânsito dos
obra, conforme figura 25. equipamentos e do pessoal na obra.
Sua apresentação num A execução de inclinômetro sempre que
único quadro indica a possível oferecerá a melhor informação g) Obtém do responsável pela obra
posição de escavação, a sobre os movimentos. Durante a obra liberação formal dos serviços a executar,
deformação ou o índice de são fundamentais as visitas constantes no tocante à sua locação e cotas, à medida
deformação de cada haste, do projetista ou do consultor para que que os trabalhos são desenvolvidos.
conforme figura 26. se observe a qualidade executiva. Estas h) Mantém contato com o representante
A despeito de haver na visitas visam avaliar premissas de projeto do cliente no campo com relação às
obra o extensômetro bem como analisar pressões e consumos solicitações e providências para a
múltiplo, sempre devem ser das injeções dos chumbadores, e ensaios continuidade normal da obra.
medidas as deformações realizados.As propostas acima visam a
absolutas da crista em compilação de informações quando não i) Aprova o boletim, que é elaborado pelo
Figura 24 - Extensômetro multiplo, sua ancoragem e ao menos 3 prumadas há recomendações específicas no projeto perfurador e pelo injetador.
detalhe junto à cabeça.
representativas da obra. em execução.

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SOLO GRAMPEADO SOLO GRAMPEADO
9.2 Operador de perfuratriz sempre movimentos circulares. de execução do solo grampeado. Porém,
é recomendada a medição diária de
a) Movimenta o equipamento de acordo c) Regula visualmente a água de
deformação da contenção.
com a sequência executiva. hidratação do concreto.

b) Instala o equipamento no furo, d) Controla a espessura final da camada, 10.MANUTENÇÃO DO SOLO GRAMPEADO
observando locação e inclinação. conforme o projeto. 10.1 Paramento de concreto
c) Verifica quantidade e tamanho das A parede de concreto não exige
hastes ou dos tubos de revestimento 9.5 Operador de bomba de projeção manutenção especial.
colocados para acompanhar a
a) Verifica a instalação adequada do Manchas de umidade no concreto podem
profundidade perfurada. indicar uma possível ineficiência da
equipamento, conforme recomendação
d) Verifica mudanças de camadas do solo do fabricante. drenagem de paramento ou da drenagem
à medida que a perfuração avança. profunda. Inicialmente, deve ser feita a
b) Regula a pressão de contato dos discos manutenção preventiva.
e) Verifica eventuais perdas d’água e o abastecimento da bomba.
Caso ocorram manchas de umidade na
durante a perfuração.
c) Regula a vazão de ar ideal para a superfície do concreto, este deve ser
f) Elabora registro dos dados de projeção do concreto. perfurado para se verificar o motivo desta
perfuração para inclusão no boletim. ocorrência.
d) Realiza procedimentos recomendados
g) Orienta auxiliares de perfuração na tanto no início quanto no término da Muito provavelmente deverá ser instalado
projeção. um dreno profundo adicional para Figura 27 - Limpeza do DHP.
utilização do ferramental necessário.
eliminação da umidade local.
e) Executa desentupimentos eventuais do condutos fechados devem ser evitadas e
Os drenos profundos devem sofrer mantidas sem obstrução como todos os
9.3 Injetador mangote.
manutenção ao menos anual. Não requer sistemas de drenagem.
a) Prepara calda de cimento, atendendo f) Quando o concreto é produzido na nenhum profissional especializado na área
determinação do projeto. obra, fiscaliza a dosagem da mistura. geotécnica, um jardineiro pode executar. 11. MODELO DE BOLETIM DE EXECUÇÃO
Construa um êmbolo que penetre no DHP
b) Coordena a conexão da mangueira Conforme boletim ilustrativo (Figura 28),
9.6 Auxiliar geral de tal forma que a folga entre o êmbolo
com o tubo de injeção. são anotados todos os dados de execução
e o PVC do dreno seja da ordem de 1 mm.
c) Injeta calda em volumes e pressões Auxilia os especialistas nas atividades dos chumbadores.
Injete água pelo êmbolo,
definidos no projeto. principais. com pressão controlada
d) Lança no Boletim os valores de pressão e ao longo de todo
e volumes injetados. 9.7 Armador (Auxiliar geral) seu comprimento. Esta
operação deve ser repetida
e) Monta e instala barbacãs, drenos de Distribui, amarra e mantém os diversas vezes, até a água,
paramento e DHPs. espaçamentos entre os ferros e a face que sai após a retirada do
do terreno, conforme especificado no êmbolo, esteja igual a que
9.4 Mangoteiro projeto. foi injetada, conforme
a) Verifica instalação de mangotes, bico Obs. Devido à não simultaneidade das figura 27.
projetor e mangueira d’água. tarefas, um mesmo funcionário pode Os drenos de paramento
exercer várias funções, desde que esteja devem ter suas saídas
b) Posiciona o bico projetor para que este
qualificado. sempre desobstruídas,
fique perpendicular entre a superfície e evitando o nascimento
o jato de concreto, mantendo distância Não existe, até o momento, normalização de plantas, que é muito Figura 28 - Modelo de boletim de execução dos
da parede entre 1 e 1,5 metro, e fazendo brasileira que regulamente os controles comum. As canaletas em chumbadores.

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Tirantes
ÍNDICE no terreno em perfuração previamente
1. Definição executada. Logo após é feita injeção de
calda de cimento ou de outro aglutinante
2. Norma
na parte inferior destes elementos,
3. Objetivo formando o bulbo de ancoragem, que é
4. Documentos de obra ligado à parede estrutural, pelo trecho
5. Definições não injetado do elemento resistente à
tração e pela cabeça do tirante (Figura 1).
6. Equipamentos, acessórios
e ferramentas
7. Equipe de trabalho
8. Sequência executiva
9. Avaliação de desempenho do
tirante
10. Verificação e manutenção de
cortinas atirantadas
11. Modelo de boletim de execução
12. Guia resumido para 1 Cabeça do tirante / 2 Estrutura de reação /
dimensionamento e ensaio 3 Perfuração do terreno / 4 Bainha coletiva /
de tirantes 5 Aço, fibra etc. / 6 Bulbo de ancoragem

1. DEFINIÇÃO Figura 1 - Partes constitutivas do Tirante

Tirante é uma peça composta por um 2. NORMA


ou mais elementos resistentes à tração, NBR 5629 (Abril/2006) – Execução de
montada segundo especificações do Tirantes Ancorados no Terreno.
projeto. Estes elementos são introduzidos

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TIRANTES TIRANTES
3. OBJETIVO 5. DEFINIÇÕES
Este documento: São aplicáveis as definições constantes na
NBR 5629 e as definições seguintes, que
• Estabelece diretrizes e condicionantes
estão mostradas nas Figuras 2 e 3.
para executar, verificar e avaliar tirantes
ancorados em solos ou em rochas, 5.1 Bainha coletiva
que suportem cargas de tração tanto
Tubo não degradável de isolamento
provisórias quanto permanentes.
coletivo, de contato com o terreno,
• Descreve e fixa equipamentos, utilizado na proteção conjunta de todos
ferramentas e acessórios mínimos os elementos de tração.
necessários para executar os serviços.
• Especifica equipe mínima para executar
5.2 Bainha individual (espaguete)
os trabalhos, definindo tarefas e
responsabilidades. Tubo não degradável de isolamento
individual, que serve de proteção para
• Especifica materiais suficientes para
cada elemento de tração.
realizar a obra.

5.3 Boletim de execução do tirante


4. DOCUMENTOS DE OBRA
Documento a ser preenchido para
Os documentos mencionados abaixo
todos os tirantes, onde constam dados
devem estar disponíveis na obra.
de montagem, perfuração, injeção e
• Projeto dos tirantes, com cargas de protensão dos tirantes, conforme mostra
trabalho, de cravação e de ensaio. a Figura 5. Deve registrar no mínimo os
seguintes dados de execução dos tirantes:
• ocação dos tirantes.
• identificação da obra e da data.
• ngulos.
• identificação do tirante.
• Comprimento livre acrescido do trecho Figura 2 - Características básicas de alguns tipos de Tirantes.
disponível para protensão, e comprimento • capacidade de carga.
ancorado. 5.4 Bomba de perfuração 5.6 Cabeça de perfuração – cabeça d’água
• característica da armação.
• Desenho e relatório de sondagens do Equipamento capacitado a fornecer Acessório instalado na extremidade
• comprimento da armação.
solo. energia ao fluído de perfuração. superior da haste ou do tubo de
• consumo de calda de cimento, incluindo perfuração, ligado à bomba de fluído
• Boletim de controle diário de execução
pressão de injeção e todas as fases de de perfuração, que permite o fluxo do
dos tirantes. 5.5 Bomba injetora
injeção. fluído de perfuração simultaneamente à
• Boletim de controle de protensão. Equipamento receptor da calda de rotação, percussão ou rotopercussão da
• observações adicionais referentes
injeção do misturador, que forneça haste.
• Certificado de aferição do conjunto: às ocorrências relevantes durante a
energia suficiente para a condução
macaco, bomba e manômetro. execução do serviço.
da calda pressurizada até o trecho de
• nome e assinatura do executor. 5.7 Cabeça do tirante
ancoragem, passando pelo comando de
injeção, conforme mostrado na Figura 3. Dispositivo que transfere a carga do
tirante para a estrutura a ser ancorada.

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TIRANTES TIRANTES
sempre à tração, usualmente é composto extremidade das colunas de injeção (no
por um ou mais fios, por cordoalhas ou caso de injeção nas válvulas-manchete),
por barras de aço. que permite o fluxo da calda de injeção
somente ortogonalmente ao seu eixo,
e no espaço compreendido pelos dois
5.12 Fase de injeção
sistemas de vedação.
Injeção da calda de cimento sob pressão,
executada em todo grupo de válvulas.
5.19 Perfuração
Execução de escavação cilíndrica no
5.13 Ferramenta de corte
terreno para introdução dos elementos
Elemento metálico dotado de metais de tração.
cortantes, específicos para cada tipo de
terreno, tais como vídeas, diamantes etc.
5.20 Proteção contra corrosão
Execução de sistemas de proteção
5.14 Fluído estabilizante
especificados no projeto.
Lama de argila, ou de outros materiais, que
estabilize provisoriamente a perfuração,
5.21 Tubo de injeção
até a introdução dos elementos de tração.
Tubo que permite a injeção no tirante
e ao longo do qual estão dispostas as
5.15 Fluído de perfuração válvulas do tipo manchete ou comum.
Este tubo é introduzido na perfuração,
Elemento utilizado para lubrificar e
junto aos elementos de tração, fixando-
conduzir o material escavado para fora
Figura 3 - Detalhes do sistema de injeção. os no terreno.
do furo. Pode ser água limpa, lama, fluído
estabilizante, ar comprimido etc.
Ele é constituído por placas de apoio um pulmão estabilizador de pressão,
5.22 Válvula-manchete para
planas, cunhas de inclinação, dispositivos localizado entre a bomba e a coluna
5.16 Injeção injeção individual
de fixação dos elementos tracionados etc. de injeção, que permite a operação e o
controle de injeção. Operação para fixar a armação de tração Ponto de injeção no tubo ancorado (com
no terreno, resultante da introdução sob elasticidade suficiente para expansão e
5.8 Calda de injeção
pressão de um aglutinante, usualmente contração), que veste o tubo de injeção.
5.10 Bainha
Aglutinante, resultado da mistura de calda de cimento. Este tubo apresenta furos para passagem
água e cimento comum em misturador Calda de cimento, aplicada sob pressão da calda. Por este ponto podem ser
5.17 Misturador e agitador
de alta turbulência, mantido na forma (não gravitacional), recompõe o espaço realizadas uma ou mais fases da injeção
coloidal para ser injetado. Normalmente do solo escavado na perfuração, ou Prepara a calda de cimento em misturador com o obturador duplo, que permite o
esta mistura se dá por valores entre 0,5 originado da diferença entre o volume de alta turbulência e agitador, para controle local dos volumes e pressões em
e 0,7 da relação entre o peso da água e o ocupado pelo tirante e pelo volume do manter o estado coloidal da mistura, cada manchete.
do cimento. furo. medindo geometricamente seu volume.

5.23 Válvula comum - injeção coletiva


5.9 Comando de injeção 5.11 Elemento de tração 5.18 Obturador duplo
Pontos de injeção no tubo ancorado (com
Conjunto com dois registros rápidos e Parte estrutural do tirante que trabalha Acessório metálico, rosqueado na elasticidade suficiente para expansão e

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TIRANTES TIRANTES
contração), que veste o tubo de injeção. elemento de tração e o tubo de injeção, • Mangueiras de alta pressão: implantação geral da obra.
Este tubo tem furos para passagem da deixando-os na dimensão do projeto. componentes rígidos ou flexíveis, com
b) Verifica a sequência executiva de
calda de cimento. As válvulas sofrem resistência à ruptura 50% superior à
• Bancada coberta: com extensão, pelo acordo com características da obra e
injeção a partir da boca do tirante, todas pressão de abertura máxima prevista.
menos, 1 m superior à do comprimento do necessidades do cliente.
ao mesmo tempo. Não se sabe qual
maior tirante, no caso de fios e cordoalhas, • Misturador: com capacidade para bater
recebe a injeção, nem o volume e pressão c) Coordena o DDS (diálogo diário de
ou da maior peça, no caso de barras. Usada calda em alta turbulência, 1.750 rpm.
que incidem em cada uma, controla-se só segurança) antes do início das atividades
quando se aplica proteção anticorrosiva. É
o volume total e pressão aplicada. • Agitador: equipamento composto por diárias e instrui em relação à segurança
necessária quando o tirante é produzido
caçamba com capacidade para manter durante a execução dos serviços.
na obra.
a calda em suspensão, com rotação
5.24 Ensaios de tirantes d) Instala a perfuratriz ou a sonda junto
• Furadeira elétrica de porte manual: mínima de 50 rpm. É dispensável, caso o
do ponto a ser perfurado, com inclinação,
Procedimentos executivos para verificação para brocas com diâmetros de até 10 mm, misturador produza calda suficiente para
direção e fixação que atendam ao projeto
do desempenho de um tirante. São utilizada para executar as perfurações no atender a demanda da obra.
e à execução da perfuração.
classificados em ensaios de qualificação, tubo de injeção.
• Hastes de injeção: componentes
de recebimento e de fluência. e) Determina o sistema de perfuração.
metálicos retilíneos com roscas
a) ensaio de qualificação: verifica, em um 6.2 Perfuração emendadas por luvas estanques. f) Loca o conjunto de injeção.
dado terreno, o desempenho de um tipo
• Perfuratriz: para perfurar o terreno, • Obturador duplo para tirantes.
de tirante depois da injeção.
pode ser sobre carreta ou de porte 7.2 Montador
• Comando de injeção.
b) ensaio de recebimento: controla manual, compatível com diâmetro e
a) Desenrola os elementos de tração
capacidade de carga e comportamento comprimento da perfuração, e com tipo • Válvula tipo manchete ou comum.
recebidos em rolos, esticando-os, ou
de todos os tirantes de uma obra. de solo ou de rocha.
• Tubo para lavagem do tubo de injeção. recebe as barras retilíneas e as armazena
c) ensaio de fluência: avalia a estabilização • Bomba d’água ou de lama: utilizada nos em local isolado do solo e coberto (veja o
do tirante sob a ação de cargas de longa casos em que o fluído de perfuração é item 6.1).
6.4 Protensão
duração. líquido (água ou lama).
b) Corta os elementos de tração conforme
• Macaco, bomba e manômetro
• Compressor: utilizado nos casos em que o projeto (veja o item 6.1).
(hidráulico, elétrico ou manual) com
5.25 Executante o fluído de perfuração é ar.
capacidade de trabalho de, no mínimo, c) Executa proteção anticorrosiva de
Empresa que realiza o serviço ou o • Hastes e revestimentos, cabeças de 1,25 vez a carga máxima de ensaio, e bancada (veja o item 6.1). Deve ter
produto descrito neste documento. perfuração e ferramentas de corte: precisão mínima de 10 kN, devidamente especial atenção no isolamento da bainha
compatíveis com o material a ser aferidos. individual com o trecho de ancoragem.
perfurado.
6. EQUIPAMENTOS, ACESSÓRIOS E • Régua ou extensômetros: instrumentos d) Monta válvulas-manchete ou comuns,
FERRAMENTAS • Transferidor de pêndulo e esquadros de para medir deformações, com resolução trecho ancorado e trecho livre.
madeira. milimétrica.
Para executar tirantes injetados e colocá- e) Armazena materiais em local coberto,
los em operação são necessários os isolado do solo, protegido contra danos.
seguintes equipamentos e acessórios, 6.3 Injeção 7. EQUIPE DE TRABALHO
agrupados por atividade. 7.3 Operador de perfuratriz
• Bomba injetora: com capacidade de 7.1 Encarregado geral
vazão e pressão de trabalho compatíveis a) Perfura, observando as camadas
a) Verifica: condições para entrada e
6.1 Montagem (quando no canteiro com a necessidade da obra. No caso de atravessadas.
movimentação de equipamentos no
de obra) tirantes que utilizam válvulas-manchete,
canteiro da obra; descarregamento de b) Preenche o boletim de perfuração
a capacidade da bomba de injeção deve
• Ferramentas de corte: discos elétricos equipamentos, utensílios e ferramentas; (Item 11).
ser maior ou igual a 5 MPa (50 g/cm²).
de corte ou serras manuais para cortar o instalação da central de trabalho e

28 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 29


TIRANTES TIRANTES
7.4 Injetador se garanta a estabilidade da escavação, • Injeção - Primeira fase, limitada a um saco de
até que ocorra a injeção. É permitido o cimento por válvula, ou pressão de
a) Instala o tirante no furo e executa a - Bainha: feita de forma ascendente, com
uso de revestimento metálico provisório injeção lida menor que 2 MPa.
injeção da bainha. fator água/cimento = 0,5 (em peso) até
ou de fluído estabilizante.
que a calda extravase pela boca do furo. - Demais fases limitadas a meio saco
b) Prepara calda de cimento e organiza o • Especificações para ancoragem: o Caso haja perda substancial de calda, de cimento por válvula, até atingir a
controle de volume e pressão de injeção. comprimento da ancoragem, bem como pode ser injetado solo-cimento, de forma pressão de injeção desejada.
c) Lava conjunto de injeção a cada fase. os volumes e pressões finais utilizados a promover o preenchimento da parte
• Ensaios: passados sete dias da última
para abertura e injeção nas válvulas são anelar do furo/tirante. Pode-se optar
d) Lava o tubo de injeção a cada fase. fase de injeção, de acordo com a NBR
aqueles fornecidos pelo projetista. pelo preenchimento do furo com calda de
5629, ou a critério da consultoria.
e) Preenche boletim de cimento e a posterior introdução da parte
metálica. • Cabeça de ancoragem: depois de
injeção (Item 11).
concluída a protensão, são instalados
- Fases de injeção: injeção de calda de
f) Faz a injeção na cabeça. dois tubos para injeção na cabeça do
cimento com fator água/cimento igual a
tirante. Após a concretagem da cabeça
g) Executa e protege 0,5 (em peso), com espectativa de valores
do tirante, é feita a injeção da calda
a cabeça (este serviço de pressão de abertura variável de até
de cimento por um dos tubos, o outro
pode ficar a cargo do 5MPa e de injeção de até 2 MPa.
tubo serve como respiro.
contratante).
9 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO TIRANTE
7.5 Protendedor Para verificar o desempenho do tirante deve ser realizado o ensaio de tração, conforme
a) Monta conjunto de recomendação do projeto ou então da NBR 5629.
ancoragem em cada
II TIPOS DE ENSAIO
tirante, com elementos de
tração alinhados ao eixo TIPO CASO ESTÁGIOS DE CARGA FREQUÊNCIA
do tubo de injeção.
o e es a carga e trabal o .
b) Executa o ensaio de Permanente crit rio a e eri ncia
ualificaç o li iar se re a ca a no o estágio at o e recarregar at u
ou Pro is rio local rojeto
estágio su erior.
tração e incorporação.
ti o o to os a ca a un
c) Preenche boletim do Permanente ti oB o os ensaios to os
Recebi ento
ensaio (Item 11). ou Pro is rio ti o o escarregar a ca a un
ti o o at o. to os

un or obra ou
Permanente os tirantes. crit rio o
7.6 Auxiliar geral lu ncia er anente
ou Pro is rio rojeto reali ar ou n o
e obras ro is rias.
Auxilia os especialistas nas
atividades principais. Figura 5 - Tipos de ensáios de Tirante.

8. SEQUÊNCIA EXECUTIVA
Na Figura 4 indica-se
esquematicamente esta
sequência:
• Perfuração: é aceitável
o uso de qualquer sistema Figura 4 - Sequência executiva esquemática.
de perfuração desde que

30 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 31


TIRANTES TIRANTES
III CRITÉRIOS DE ESTABILIZAÇÕES DE DEFORMAÇÕES DA CABEÇA a) Linha “a” ou linha limite superior, b) linha “b” ou limite inferior,
P S ESTÁGIOS DE CARGA P S S B S
corresponde ao deslocamento elástico da corresponde ao deslocamento da cabeça
cabeça para um tirante com comprimento para um tirante com comprimento livre
carga t inutos esloca ento enor ue ual uer
livre (LL) mais a metade do bulbo (Lb), (LL) diminuído em 20%, cuja equação é a
inutos esloca ento enor ue arenoso
ualificaç o t carga t cuja equação é dada por: seguinte:
inutos esloca ento enor ue n o arenoso

carga t inutos esloca ento enor ue ual uer


(F - Fo)(LL + Lb/2) 0,8(F - Fo)LL
arga á i a n o ne inutos esloca ento enor ue arenoso dea= deb=
cessária no estágio or
Recebi ento ES ES
sugere se u ni o e
inuto entre ca a estágio . inutos esloca ento enor ue n o arenoso

o os os estágios e e ser
e i os a e inu Si les ente e ir ual uer
10. VERIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DE CORTINAS ATIRANTADAS
tos a a licaç o a carga.
lu ncia
As principais patologias de uma cortina atirantada são facilmente observáveis em
guar ar estabili aç o na e or aç o os
o os os estágios e e simples inspeções visuais.
lti os inutos. e e ser in erior a o
ser e i os a inutos a ual uer
total o ensaio se n o ocorrer aguar ar outros
a licaç o a carga.
inutos • Corrosão na cabeça: quando ocorre, se o capacete for de concreto, este estará
Figura 6 - Critérios de estabilização de deformações da cabeça do tirante.
trincado ou fissurado. No capacete metálico é possível ver claramente os pontos de
corrosão.
Para oferecer parâmetros de avaliação do tirante, apresentam-se os limites para
o ensaio mais usual “Recebimento tipo B”, aplicável obrigatoriamente em todos os
tirantes de uma obra.

Figura 9 - Patologia - cabeças metálicas Figura 10 - Patologia - cabeças metálicas


em processo de corrosão. em processo de corrosão.

Figura 7 - Repartição em deformação


Figura 8 - Cargas x Deformação
elástica e permanente(ensaio de
total(ensaio de recebimento tipo B)
recebimento tipo B).

F = carga aplicada
F0 = 0,10.fyk.S
Ft = carga de trabalho
fyk = tensão de escoamento do aço
S = seção transversal do aço
E = módulo de elasticidade do aço Figura 11 - Fluxo de solo em juntas e Figura 12 - Fluxo de água na cabeça do
deslocamento de estrutura. tirante.

32 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 33


TIRANTES TIRANTES
• Percolação de água pela estrutura ou pelas juntas: as águas devem, obrigatoriamente, 11 MODELO DE BOLETIM DE EXECUÇÃO
fluir pelos drenos. Quando se observar percolação de águas pela cabeça, pela estrutura
de concreto ou pelas juntas há um grave problema ocorrendo.
• Cabos rompidos: nos casos em que a armação é composta por feixes de fios de aço,
verifica-se facilmente se um deles se rompeu. Obviamente, neste caso, o capacete de
concreto já terá caído.
Algumas verificações básicas para identificar possíveis patologias podem ser
conduzidas pelo proprietário ou pelo preposto da cortina atirantada, que não precisa
ser um especialista.
• Verifique se há obstrução nas canaletas. Em caso positivo, limpe-as.
• Verifique se há trincas nas canaletas, caso existam consulte o engenheiro geotécnico.
• Verifique o funcionamento das drenagens de paramento e profundas, em caso de
obstrução consulte o engenheiro geotécnico.
• Verifique se há percolação de água pelo tirante, caso exista consulte o engenheiro
geotécnico.
• Verifique se há fissuras ou trincas na estrutura ou na cabeça do tirante, se houver
consulte o engenheiro geotécnico.
• Verifique o alinhamento da estrutura, se estiver desalinhada consulte o engenheiro
geotécnico.
• Verifique a existência de afundamentos ou trincas nas áreas adjacentes à contenção,
se houver consulte o engenheiro geotécnico.

TODAS AS PATOLOGIAS SÃO CRÍTICAS E SUAS CORREÇÕES SÃO SEMPRE URGENTES.


SUGERIMOS UM EXAME ANUAL DA OBRA E CONSULTA A UM ENGENHEIRO
GEOTÉCNICO CASO SEJAM CONSTATADAS PATOLOGIAS NOS TIRANTES.

12. GUIA RESUMIDO PARA DIMENSIONAMENTO E ENSAIO DE TIRANTE


Tabelas para dimensionamento estrutural, preparadas conforme recomendações da
NBR 562 “Execução de Tirantes Ancorados no Terreno” (agosto de 1 6). (Pag. 36 - 3 )

34 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 35


TIRANTES TIRANTES

TABELA PARA DIMENSIONAMENTO DA PARTE METÁLICA DE TIRANTE PROVISÓRIO


CARACTERÍSTICAS DO AÇO CARACTERÍSTICAS DO AÇO

Carga de Escoamento Rutura Carga de Escoamento Rutura


trabalho Seção Peso trabalho Seção Peso
TIPO Fornecedor Bitola Carga Tensão TIPO Fornecedor Bitola Carga Tensão
( kN ) (mm²) (Kg/m) Carga Tensão ( kN ) (mm²) (Kg/m) Carga Tensão
(kN) (kg/ (kN) (kg/
(kN) (kg/mm²) (kN) (kg/mm²)
mm²) mm²)

34 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 12mm 113,0 0,89 56 51 62 56 440 Barra ROCSOLO 1 1/2” 1 ø 1 1/2” 977,6 7,67 733 75 811 83
46 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 14mm 154,0 1,21 77 51 85 56 458 Barra DYWIDAG ST 95/105 1 ø 32mm 804,0 6,31 764 97 844 107
60 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 16mm 201,0 1,58 100 51 110 56 490 Fios CP-150-RB 12 ø 8mm 603,6 4,74 815 135 905 150
62 Barra THREADBOLT - THB 16 1 ø 16mm 196,0 1,60 104 52,7 138 70,3 520 Barra TOR - 45BM 1 ø 43mm 1.338,0 10,51 870 65 1.070 80
70 Barra ROCSOLO 5/8” 1 ø 5/8” 160,5 1,27 119 74 132 82 524 Barra ROCSOLO 1 5/8” 1 ø 1 5/8” 1.124,0 8,91 875 78 978 87
94 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 20mm 314,0 2,47 157 51 173 56 530 Barra INCO 45D 1 ø 47mm 1.555,0 12,30 933 60 1.120 72
96 Barra DYWIDAG ST 90/110 1 ø 15mm 177,0 1,41 159 92 195 112 580 Barra DYWIDAG ST 95/105 1 ø 36mm 1.018,0 8,27 967 97 1.069 108
102 Barra GEWI® ST 67/80 1 ø 18mm 254,0 2,00 170 68 203 82 584 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 43mm 1.452,0 11,40 973 68 1.162 82
105 Barra ROCSOLO 3/4” 1 ø 3/4” 234,9 1,85 175 74 195 83 589 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 50mm 1.963,0 15,40 981 51 1.080 56
119 Barra THREADBOLT - THB 19 1 ø 19mm 283,0 2,14 199 70,3 228 80,5 600 Barra ROCSOLO 1 3/4” 1 ø 1 3/4” 1.325,0 10,40 999 75 1.113 84
120 Barra CA50 1 ø 7/8” 388,0 2,98 194 50 213 55
600 Barra INCO 50D 1 ø 50mm 1.781,0 14,10 1.069 60 1.282 72
145 Barra DYWIDAG ST 95/105 1 ø 18mm 254,0 1,96 241 97 267 107
610 Barra TOR - 52BM 1 ø 47mm 1.552,0 12,19 1.009 65 1.241 80
146 Barra ROCSOLO 7/8” 1 ø 7/8” 323,6 2,55 243 75 269 83
610 Cordoalha CP-190-RB 6 ø 1/2” 592,2 4,65 1.013 171 1.125 190
147 Barra GEWI® ST 50/75 1 ø 25mm 491,0 3,90 246 51 368 76
700 Barra INCO 60D 1 ø 53mm 2.027,0 16,00 1.216 60 1.459 72
150 Barra CA50 1 ø 1” 506,7 3,85 253 50 279 55
716 Barra DYWIDAG ST 95/105 1 ø 40mm 1.257,0 10,21 1.194 97 1.320 107
153 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 22mm 380,0 2,98 255 68 304 82
750 Barra TOR - 64BM 1 ø 51mm 1.782,0 14,00 1.247 70 1.425 80
160 Barra TOR - 14BM 1 ø 25 mm 376,0 2,96 263 70 301 80
780 Barra ROCSOLO 2" 1 ø 2" 1.735,0 13,70 1.299 75 1.440 83
160 Fios CP-150-RB 4 ø 8mm 201,2 1,58 272 135 302 150
789 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 50mm 1.963,0 15,40 1.315 68 1.570 82
163 Barra THREADBOLT - THB 22 1 ø 22mm 387,0 2,85 272 70,3 312 80,5
810 Cordoalha CP-190-RB 8 ø 1/2” 789,6 6,20 1.350 171 1.500 190
.

185 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 28mm 616,0 4,83 308 51 339 56


820 Barra INCO 70D 1 ø 57mm 2.288,0 18,10 1.373 60 1.647 72
191 Barra ROCSOLO 1” 1 ø 1” 425,7 3,34 319 75 353 83
g

850 Barra TOR - 73BM 1 ø 53mm 2.027,0 15,92 1.419 70 1.621 80


197 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 25mm 491,0 3,90 329 68 393 82
.

865 Barra GEWI® ST 55/70 1 ø 57,5mm 2.597,0 20,38 1.441 57 1.818 71


200 Barra TOR - 17BM 1 ø 27mm 474,0 3,72 332 70 379 80
e

960 Barra TOR - 82BM 1 ø 56mm 2.289,0 17,98 1.602 70 1.831 80


215 Barra THREADBOLT - THB 25 1 ø 25mm 509,0 3,85 358 70,3 410 80,5
989 Barra DYWIDAG ST 95/105 1 ø 47mm 1.735,0 14,10 1.648 97 1.822 107
230 Barra INCO 22D 1 ø 30mm 642,0 5,00 385 60 462 72
ROCSOLO 2 1/4"

i ag.co .br
993 Barra 1 ø 2 1/4" 2.206,2 18,09 1.655 75 1.831 83
240 Barra CA50 1 ø 1 1/4” 804,7 6,31 402 50 443 55
1.010 Cordoalha CP-190-RB 10 ø 1/2” 987,0 7,75 1.688 171 1.875 190

.torcisao.in .br
.arcelor.co .br
.
.incote .co .br
240 Barra ROCSOLO 1 1/8” 1 ø 1 1/8” 533,0 4,22 401 75 448 84

.concreto rojeta o.co .br


1.044 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 57,5mm 2.597,0 20,38 1.740 68 2.078 82
240 Fios CP-150-RB 6 ø 8mm 301,8 2,37 407 135 453 150
241 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 32mm 804,0 6,31 402 51 442 56 1.050 Barra INCO 90D 1 ø 63mm 2.858,0 22,60 1.715 60 2.058 72

P
S
ulo e elastici a e o aço

248 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 28mm 616,0 4,83 413 68 493 82 1.055 Barra GEWI® ST 55/70 1 ø 63,5mm 3.167,0 24,86 1.758 57 2.217 71

PB
280 Barra TOR - 24BM 1 ø 35mm 774,0 6,08 465 60 540 70 1.080 Barra TOR - 92BM 1 ø 60mm 2.565,0 20,15 1.796 70 2.052 80

B
CARGA DE INCORPORAÇÃO:
CARGA DE INCORPORAÇÃO = 0,8 x CT (carga de trabalho)
. s in or ações os aços escritas nesta tabela s o e res onsabili a e
os abricantes e e er o ser atesta as antes o uso.
.

284 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 30mm 707,0 5,55 474 68 566 82 1.170 Barra INCO 100D 1 ø 69mm 3.491,0 30,30 1.955 56 2.514 72

S
303 Barra ROCSOLO 1 1/4” 1 ø 1 1/4” 674,0 5,30 506 75 559 83 1.200 Barra TOR - 103BM 1 ø 63mm 2.856,0 22,43 1.999 70 2.285 80
314 Barra DYWIDAG ST 95/105 1 ø 26,5mm 551,0 4,48 523 97 579 107 1.220 Cordoalha CP-190-RB 12 ø 1/2” 1.184,0 9,30 2.025 171 2.250 190
ROCSOLO 2 1/2"

R
323 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 32mm 804,0 6,31 539 68 643 82 1.230 Barra 1 ø 2 1/2" 2.734,0 21,59 2.050 75 2.269 83
330 Fios CP-150-RB 8 ø 8mm 402,4 3,16 543 135 604 150 1.273 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 63,5mm 3.167,0 24,86 2.122 68 2.534 82

S
330 Barra TOR - 28BM 1 ø 35mm 774,0 6,08 542 70 619 80 1.279 Barra DYWIDAG ST 83/103 1 ø 57mm 2.552,0 20,95 2.131 85 2.641 106
347 Barra THREADBOLT - THB 32 1 ø 32mm 822,0 6,03 578 70,3 662 80,5 1.325 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 75mm 4.418,0 34,68 2.209 51 2.430 56

R
377 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 40mm 1.257,0 9,87 628 51 691 56 1.388 Barra ROCSOLO 2 3/4" 1 ø 2 3/4" 3.316,0 30,05 2.314 70 2.620 79

B
387 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 35mm 962,0 7,55 645 68 770 82 1.662 Barra DYWIDAG ST 83/103 1 ø 65mm 3.318,0 27,10 2.771 85 3.434 106

R
410 Fios CP-150-RB 10 ø 8mm 503,0 3,95 679 135 755 150 1.692 Barra ROCSOLO 3" 1 ø 3" 4.071,5 32,14 2.819 70 3.216 79
410 Barra INCO 35D 1 ø 40mm 1.140,0 9,00 684 60 821 72 1.776 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 75mm 4.418,0 34,68 2.960 68 3.534 82

S B RR S
410 Barra TOR - 35BM 1 ø 40mm 982,0 7,71 687 70 786 80
CARGA DE ENSAIO PARA :
RECEBIMENTO = 1,4 x CT (carga de trabalho)
QUALIFICAÇÃO = 1,75 x CT (carga de trabalho)

2.213 Barra DYWIDAG ST 83/103 1 ø 75mm 4.418,0 35,90 3.689 85 4.573 106

LEGENDA:
R S
TOR
36 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 37
TIRANTES TIRANTES

TABELA PARA DIMENSIONAMENTO DA PARTE METÁLICA DE TIRANTE PERMANENTE


CARACTERÍSTICAS DO AÇO CARACTERÍSTICAS DO AÇO

Carga de Escoamento Rutura Carga de Escoamento Rutura


trabalho Seção Peso trabalho Seção Peso
TIPO Fornecedor Bitola Carga Tensão TIPO Fornecedor Bitola Carga Tensão
( kN ) (mm²) (Kg/m) Carga Tensão ( kN ) (mm²) (Kg/m) Carga Tensão
(kN) (kg/ (kN) (kg/
(kN) (kg/mm²) (kN) (kg/mm²)
mm²) mm²)

29 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 12mm 113,0 0,89 56 51 62 56 377 Barra ROCSOLO 1 1/2” 1 ø 1 1/2” 977,6 7,67 733 75 811 83
40 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 14mm 154,0 1,21 77 51 85 56 393 Barra DYWIDAG ST 95/105 1 ø 32mm 804,0 6,31 764 97 844 107
52 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 16mm 201,0 1,58 100 51 110 56 410 Fios CP-150-RB 12 ø 8mm 603,6 4,74 815 135 905 150
53 Barra THREADBOLT - THB 16 1 ø 16mm 196,0 1,60 104 52,7 138 70,3 450 Barra ROCSOLO 1 5/8” 1 ø 1 5/8” 1.124,0 8,91 843 75 933 83
61 Barra ROCSOLO 5/8” 1 ø 5/8” 160,5 1,27 120 75 133 83 450 Barra TOR - 45BM 1 ø 43mm 1.338,0 10,51 870 65 1.070 80
81 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 20mm 314,0 2,47 157 51 173 56 450 Barra INCO 45D 1 ø 47mm 1.555,0 12,30 933 60 1.120 72
82 Barra DYWIDAG ST 90/110 1 ø 15mm 177,0 1,41 159 92 195 112 497 Barra DYWIDAG ST 95/105 1 ø 36mm 1.018,0 8,27 967 97 1.069 108
88 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 18mm 254,0 2,00 170 68 203 82 500 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 43mm 1.452,0 11,40 973 68 1.162 82
90 Barra ROCSOLO 3/4” 1 ø 3/4” 234,9 1,85 176 75 195 83 505 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 50mm 1.963,0 15,40 981 51 1.080 56
100 Barra CA50 1 ø 7/8” 388,0 2,98 194 50 213 55 510 Barra INCO 50D 1 ø 50mm 1.781,0 14,10 1.069 60 1.282 72
102 Barra THREADBOLT - THB 19 1 ø 19mm 283,0 2,14 199 70,3 228 80,5
514 Barra ROCSOLO 1 3/4” 1 ø 1 3/4” 1.325,0 10,40 994 75 1.100 83
124 Barra DYWIDAG ST 95/105 1 ø 18mm 254,0 1,96 241 97 267 107
520 Barra TOR - 52BM 1 ø 47mm 1.552,0 12,19 1.009 65 1.241 80
125 Barra ROCSOLO 7/8” 1 ø 7/8” 323,6 2,55 243 75 269 83
530 Cordoalha CP-190-RB 6 ø 1/2” 592,2 4,65 1.013 171 1.125 190
126 Barra GEWI® ST 50/75 1 ø 25mm 491,0 3,90 246 51 368 76
600 Barra INCO 60D 1 ø 53mm 2.027,0 16,00 1.216 60 1.459 72
130 Barra CA50 1 ø 1” 506,7 3,85 253 50 279 55
614 Barra DYWIDAG ST 95/105 1 ø 40mm 1.257,0 10,21 1.194 97 1.320 107
131 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 22mm 380,0 2,98 255 68 304 82
640 Barra TOR - 64BM 1 ø 51mm 1.782,0 14,00 1.247 70 1.425 80
140 Barra TOR - 14BM 1 ø 25mm 376,0 2,96 263 70 301 80
668 Barra ROCSOLO 2" 1 ø 2" 1.735,0 13,70 1.301 75 1.440 83
140 Fios CP-150-RB 4 ø 8mm 201,2 1,58 272 135 302 150
676 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 50mm 1.963,0 15,40 1.315 68 1.570 82
140 Barra THREADBOLT - THB 22 1 ø 22mm 387,0 2,85 272 70,3 312 80,5
690 Cordoalha CP-190-RB 8 ø 1/2” 789,6 6,20 1.350 171 1.500 190
.

158 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 28mm 616,0 4,83 308 51 339 56


700 Barra INCO 70D 1 ø 57mm 2.288,0 18,10 1.373 60 1.647 72
g

164 Barra ROCSOLO 1” 1 ø 1” 425,7 3,34 319 75 353 83


730 Barra TOR - 73BM 1 ø 53mm 2.027,0 15,92 1.419 70 1.621 80
169 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 25mm 491,0 3,90 329 68 393 82
.

741 Barra GEWI® ST 55/70 1 ø 57,5mm 2.597,0 20,38 1.441 57 1.818 71


170 Barra TOR - 17BM 1 ø 27mm 474,0 3,72 332 70 379 80
e

820 Barra TOR - 82BM 1 ø 56mm 2.289,0 17,98 1.602 70 1.831 80


184 Barra THREADBOLT - THB 25 1 ø 25mm 509,0 3,85 358 70,3 410 80,5
848 Barra DYWIDAG ST 95/105 1 ø 47mm 1.735,0 14,10 1.648 97 1.822 107
200 Barra INCO 22D 1 ø 30mm 642,0 5,00 385 60 462 72

i ag.co .br
851 Barra ROCSOLO 2 1/4" 1 ø 2 1/4" 2.206,2 18,09 1.655 75 1.831 83
206 Barra ROCSOLO 1 1/8” 1 ø 1 1/8” 533,0 4,22 400 75 442 83

.torcisao.in .br
870 Cordoalha CP-190-RB 10 ø 1/2” 987,0 7,75 1.688 171 1.875 190

.arcelor.co .br
.
.incote .co .br
207 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 32mm 804,0 6,31 402 51 442 56

.concreto rojeta o.co .br


CA50 895 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 57,5mm 2.597,0 20,38 1.740 68 2.078 82
210 Barra 1 ø 1 1/4” 804,7 6,31 402 50 443 55
210 Fios CP-150-RB 6 ø 8mm 301,8 2,37 407 135 453 150 900 Barra INCO 90D 1 ø 63mm 2.858,0 22,60 1.715 60 2.058 72

P
ulo e elastici a e o aço

S
212 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 28mm 616,0 4,83 413 68 493 82 904 Barra GEWI® ST 55/70 1 ø 63,5mm 3.167,0 24,86 1.758 57 2.217 71

PB
240 Barra TOR - 24BM 1 ø 35mm 774,0 6,08 465 60 540 70 920 Barra TOR - 92BM 1 ø 60mm 2.565,0 20,15 1.796 70 2.052 80
CARGA DE INCORPORAÇÃO:
CARGA DE INCORPORAÇÃO = 0,8 x CT (carga de trabalho)
. s in or ações os aços escritas nesta tabela s o e res onsabili a e
os abricantes e e er o ser atesta as antes o uso.
.

B
244 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 30mm 707,0 5,55 474 68 566 82 1.000 Barra INCO 100D 1 ø 69mm 3.491,0 30,30 1.955 56 2.514 72

S
260 Barra ROCSOLO 1 1/4” 1 ø 1 1/4” 674,0 5,30 506 75 559 83 1.030 Barra TOR - 103BM 1 ø 63mm 2.856,0 22,43 1.999 70 2.285 80
269 Barra DYWIDAG ST 95/105 1 ø 26,5mm 551,0 4,48 523 97 579 107 1.040 Cordoalha CP-190-RB 12 ø 1/2” 1.184,0 9,30 2.025 171 2.250 190

R
277 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 32mm 804,0 6,31 539 68 643 82 1.055 Barra ROCSOLO 2 1/2" 1 ø 2 1/2" 2.734,0 21,59 2.051 75 2.269 83
280 Barra TOR - 28BM 1 ø 35mm 774,0 6,08 542 70 619 80 1.091 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 63,5mm 3.167,0 24,86 2.122 68 2.534 82

S
280 Fios CP-150-RB 8 ø 8mm 402,4 3,16 543 135 604 150 1.096 Barra DYWIDAG ST 83/103 1 ø 57mm 2.552,0 20,95 2.131 85 2.641 106
297 Barra THREADBOLT - THB 32 1 ø 32mm 822,0 6,03 578 70,3 662 80,5 1.136 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 75mm 4.418,0 34,68 2.209 51 2.430 56

R
323 Barra GEWI® ST 50/55 1 ø 40mm 1.257,0 9,87 628 51 691 56 1.190 Barra ROCSOLO 2 3/4" 1 ø 2 3/4" 3.316,0 30,05 2.321 70 2.620 79

B
331 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 35mm 962,0 7,55 645 68 770 82 1.425 Barra DYWIDAG ST 83/103 1 ø 65mm 3.318,0 27,10 2.771 85 3.434 106

R
350 Fios CP-150-RB 10 ø 8mm 503,0 3,95 679 135 755 150 1.450 Barra ROCSOLO 3" 1 ø 3" 4.071,5 32,14 2.850 70 3.216 79
350 Barra INCO 35D 1 ø 40mm 1.140,0 9,00 684 60 821 72 1.522 Barra GEWI® Plus ST 67/80 1 ø 75mm 4.418,0 34,68 2.960 68 3.534 82

S B RR S
350 Barra TOR - 35BM 1 ø 40mm 982,0 7,71 687 70 786 80
CARGA DE ENSAIO PARA :
RECEBIMENTO = 1,4 x CT (carga de trabalho)
QUALIFICAÇÃO = 1,75 x CT (carga de trabalho)

1.897 Barra DYWIDAG ST 83/103 1 ø 75mm 4.418,0 35,90 3.689 85 4.573 106

LEGENDA:
R S
TOR
38 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 39
Túnel NATM

ÍNDICE O NATM, desenvolvido por Ladislau


1. Definição Rabcewicz, teve evolução significativa na
Europa entre o final da década de 1950 e a
2. Norma
primeira metade da década seguinte. Este
3. Conceitos do NATM desenvolvimento é fruto da experiência
4. Adaptação as condições com trabalhos de execução de túneis em
Brasileiras minas de carvão.
5. Procedimento executivo À época, observou-se que os
básico para túneis em solo
escoramentos de madeira colocados nas
6. Equipe de trabalho
7. Manutenção de túneis NATM

1. DEFINIÇÃO
O Novo Método Austríaco para
Abertura de Túneis (NATM, New Austrian
Tunnelling Method) é uma maneira
segura e muito eficiente de construir
túneis. Basicamente, logo após a
escavação parcial do maciço é instalada
a estrutura de suporte. Esta estrutura
é feita com concreto projetado e
complementada, quando necessário, por
tirantes e cambotas. Nesta metodologia,
que à primeira vista parece simples, estão
Figura 1 - Método NATM
embutidos conceitos fundamentais.

www.solotrat.com.br 41
TÚNEL NATM TÚNEL NATM
galerias das minas, após as rupturas dos que o suporte aja em toda a superfície que não está escorada, e menores os Quando necessário, e para melhorar
primeiros suportes provisórios, causadas escavada, melhorando sua interação com recalques. as condições de sustentação, são
pelos esforços do maciço, podiam ser o maciço. adicionados elementos estruturais ao
Também influem na forma de parcia-
mais leves que os instalados inicialmente, concreto projetado. Pode-se ter cambotas
Métodos antigos, como o madeiramento, lização: equipamentos disponíveis, prazo
em consequência do alívio de tensões feitas com perfil metálico ou treliçadas,
têm atuação pontual. Por mais cuidadoso para execução da obra e custos. Em geral,
ocorridas. ancoragem no maciço do tipo tirante ou
que seja o encunhamento de fixação, é procurada uma solução que resulte na
chumbador e enfilagem.
O sucesso na utilização do NATM estes processos causam vazios na junção, maior velocidade de execução.
para escavação de túneis depende da oferecendo condições para o início da A colocação sistemática da ancoragem
O suporte do túnel trabalha como um
compreensão e aplicação destes conceitos, desagregação do material e contribuindo permite a mobilização da capacidade
anel contínuo, que deve ser concluído o
bem como da experiência dos profissionais para a perda da capacidade de auto- portante do maciço, impondo que as
mais brevemente possível. Por questões
envolvidos na sua construção. Neste texto suporte do maciço. tensões confinantes ao redor da abertura
de organização construtiva, quando
estão os principais conceitos que definem se mantenham em níveis compatíveis,
é previsto o avanço pronunciado da
a tecnologia para a aplicação do NATM. limitando as deformações. Para
abóbada do túnel, muitas vezes é
estabilizar previamente trechos a serem
colocado um fechamento provisório
2. NORMA escavados, ou os emboques, são utilizadas
do anel, para estabilizar aquela área
enfilagens, cravadas ou injetadas.
Não existe norma específica da ABNT. do maciço enquanto as demais áreas
são escavadas. Quando a escavação é
3 CONCEITOS DO NATM finalizada, este piso é retirado para a
construção do piso definitivo.
3.1 Mobilização das tensões de
resistência do maciço Duas questões são importantes na
colocação do suporte: sua própria
O maciço que circunda o túnel, deformidade e o momento da aplicação.
inicialmente atua como elemento de Quando o suporte é aplicado muito
carga, mas passa a se constituir em cedo, ou quando há pouca deformação,
elemento de escoramento com o tempo. sua capacidade de resistência deve ser
Isto se deve à mobilização de suas Figura 3 - Exemplos de parcialização de
superior àquela realmente necessária para seção.
tensões de resistência. É o princípio da o caso ótimo, pois ele precisará trabalhar
estabilização pelo alívio das tensões e com níveis de tensões mais elevados, uma
deformações controladas. (Figura 2) Figura 2 - Carga sobre revestimento.
vez que o maciço ainda pode sofrer um
alívio e, portanto, a aplicação de menor
3.3 Avanço e parcialização da seção
3.2 Manutenção da qualidade do carga.
de escavação, fechamento provisório
maciço pela limitação do avanço e e utilização do suporte adequado no O comportamento da interação maciço-
aplicação imediata do revestimento estrutura recebe fortes influências dos
momento certo
A acomodação excessiva do solo faz seguintes fatores: deformações do maciço
O avanço e a parcialização adequada da e do suporte; tamanho da abertura da
com que o maciço perca sua capacidade
frente de escavação se dão em função escavação; defasagem entre escavação
de auto-suporte e passe a exercer um
do comportamento do maciço, que se e aplicação do suporte; espessura do
esforço sobre a estrutura.
traduz no tempo de auto-sustentação e suporte; método de avanço da escavação.
A aplicação imediata do revestimento deformidade do material.
de concreto projetado impede esta
Quanto maior o número de etapas, menor
acomodação, bem como a formação
a área unitária de escavação, maior o 3.4 A utilização de enfilagem, tirante
de vazios na junção estrutura-maciço, Figura 4 - Análise de variação de
tempo de auto-suporte da abertura, e cambota pressões atuantes no revestimento.
mantendo sua qualidade. Isto possibilita

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TÚNEL NATM TÚNEL NATM
da obra e facilitando a escavação. suporte e maciço circundante, e além 5.1 Considerações Iniciais
3.5 Geometria mínima da seção Também com este objetivo, a aplicação de disso:
O gabarito externo da seção transversal
escavada, preferencialmente rebaixamento induzido do lençol freático
• Alertam para situações imprevistas, do túnel é fixado antes do início dos
arredondada é muito eficiente.
possibilitando tomar decisões rápidas. trabalhos, servindo como diretriz para a
No NATM, o volume de solo escavado é escavação do túnel.
3.7 Caracterização geológico- • Fornecem subsídios para aferir as
somente o necessário para aplicação do geotécnica do maciço, hipóteses iniciais do projeto, permitindo Previamente, é definido se o túnel será
revestimento de concreto projetado, instrumentação e interpretação adaptações e correções do método executado em uma ou duas frentes,
sem necessidade de qualquer sobre- das leituras de campo construtivo, ajustando o espaçamento dependendo da urgência na conclusão
escavação. entre as cambotas e os tratamentos da obra. No caso de duas frentes de
A realização de ensaios de campo e de
Na construção do túnel, deve-se evitar previstos. ataque, é recomendável o uso de serviços
laboratório, somados às investigações
geometrias com cantos vivos, eliminando topográficos de precisão, para que ocorra
de prospecção geológica e à análise • Promovem condições para melhorar
locais com concentração de tensões, que a perfeita concordância no momento do
de deformações do túnel, permite o desempenho da obra quanto à
encontro das duas frentes de escavação.
caracterizar e determinar parâmetros produtividade, segurança, economia e
de resistência, deformidade e qualidade, através da interpretação das
leituras dos instrumentos associada aos
5.2 Escavação e execução do
permeabilidade do maciço.
eventos observados na obra. revestimento
Segundo o projeto, são aplicados os
seguintes tipos de instrumentação: A abertura do túnel deve ser efetuada
4. ADAPTAÇÃO AS CONDIÇÕES nas etapas indicadas a seguir:
• Marcos de superfície para controle de BRASILEIRAS
recalques. a) De acordo com a área da seção
No inicio de sua aplicação no Brasil transversal do túnel e das características
• Tassômetro para controle de recalques o método NATM considerava os geotécnicas do maciço a escavação da
logo acima da calota do túnel. condicionantes e necessidades européias. frente pode ser parcializada ou plena,
• Pinos para controle de recalques nas Em sua adaptação aos solos locais, conforme indicações contidas no projeto.
edificações vizinhas. os túneis passaram a ser executados No caso de escavação parcializada, é
com alguns detalhes práticos aqui deixada na frente da escavação e no seu
• Nivelamento interno do túnel. desenvolvidos, por exemplo: miolo, um núcleo de terra para auxiliar na
• Seções de convergência para controle de estabilidade. O comprimento do avanço,
• Execução previamente à escavação de:
deslocamentos internos no revestimento ou passo da escavação, é definido no
do túnel. a) Enfilagens constituídas por tubos com projeto. Todavia, o que determina os
válvulas manchete; passos do avanço é o comportamento do
• Piezômetro para controle da pressão maciço, revelado no dia-a-dia da obra.
Figura 5 - Enfilagem e cambota. hidráulica no maciço. b) Jet grouting horizontal.
c) Grampeamento da frente de trabalho. b) Uma vez efetuado o passo da
• Indicadores de nível d’água para escavação, é aplicado o concreto
podem levar à ruptura. controle do nível freático. Este trabalho considera o tratamento do
solo a escavar diretamente pela frente de projetado. No caso de túnel com armação
• Inclinômetros. escavação. Pode ser constituído por barras de fibras, o concreto projetado é aplicado
3.6 Drenagem do maciço
de fibra de vidro inseridas em perfurações na espessura determinada no projeto.
No NATM, dados oriundos das
Sempre que houver a ocorrência de água, e fixadas com calda de cimento, ou por No caso de armação com tela, aplica-se
instrumentações de campo têm
a colocação de drenos entre a estrutura injeção de consolidação através tubos de uma camada de concreto projetado com
papel muito importante, pois eles
e o solo permite o alívio destas pressões PVC dotado válvulas manchete. 3 cm de espessura, que evita possíveis
permitem medir o desenvolvimento das
sobre a superfície de suporte do túnel, desplacamentos do solo.
deformações, o alívio das tensões e,
melhorando as condições de segurança
consequentemente, a interação entre 5. PROCEDIMENTO EXECUTIVO BÁSICO A seguir, é fixada por meio de grampos

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TÚNEL NATM TÚNEL NATM
a camada externa de tela soldada, A necessidade de um gerador na obra, neste caso, têm função de suporte implantação geral da obra.
obedecendo-se o transpasse estipulado para manter a operação em eventuais temporário, sem efeito estrutural
b) Verifica a programação de execução
no projeto, e executada a posterior faltas de energia na rede pública, deve permanente. Todos os esforços são
(sequência executiva) de acordo com
cobertura da mesma com concreto ser analisada. absorvidos pelo revestimento de concreto
características da obra e necessidades do
projetado, até a posição de instalação da projetado armado.
cliente.
camada interna da tela. Após a colocação 5.4 Cambotas e enfilagens
da tela, efetua-se sua cobertura com 3 c) Coordena o DDS (diálogo diário de
cm de concreto projetado, finalizando- Quando há suspeita de instabilidades na 5.5 Enfilagens especiais segurança) antes do início das atividades
se assim o revestimento deste passo de frente de escavação, em qualquer trecho diárias e instrui os demais trabalhadores
do túnel, ou ocorrência de recalques na Quando o túnel passa sob estruturas,
avanço. em relação à segurança durante a
superfície superiores aos esperados, deve galerias, canais ou ferrovias, os recalques
execução dos serviços.
Caso o projeto especifique acabamento se sistematizar o uso de cambotas. na superfície devem ser minimizados,
liso da superfície do revestimento, esta e deve obter-se maior estabilidade na d) Coordena o direcionamento do túnel
última camada será feita de argamassa, As cambotas podem ser de perfis metálicos frente de escavação, com a execução através da topografia expedita.
com superfície desempenada a sarrafo. calandrados ou de treliças de barra de prévia de enfilagens especiais instaladas
aço. Suas geometrias têm a função de e) Orienta em relação aos procedimentos
em perfurações, cujos comprimentos
c) O processo de abertura e execução guia para execução das enfilagens. As de escavação, da aplicação do
situam-se em torno de 12 m.
do revestimento, conforme os itens enfilagens podem ser também de chapas revestimento provisório, da drenagem
anteriores, é repetido até a finalização da de aço onduladas ou de vergalhões, As enfilagens podem ser formadas na frente de escavação, da montagem da
obra. A grande vantagem na aplicação da cravados com martelete pneumático. por tubos de aço com ou sem válvulas- rede elétrica e dos dutos de ventilação.
fibra em substituição a tela é a redução manchete, ou barras acopladas a tubos
A espessura da chapa de aço é definida f) Decide pela execução de serviços
do tempo de trabalho decorrente da com ou sem válvulas-manchete. Suas
no projeto. Os vergalhões têm entre 20 complementares de segurança:
ausência do transpasse da tela a cada características e espaçamentos são
e 25 mm de diâmetro, e comprimentos enfilagens, drenos etc.
avanço. definidos no projeto. No caso do uso
determinados no projeto. O processo de de válvulas-manchete há a injeção de g) Obtém do responsável pela obra
5.3 Rebaixamento temporário do execução é descrito a seguir. nata de cimento em diversas etapas com a liberação formal no tocante à
lençol freático a) Instalação da cambota metálica nas quantidades e pressões definidas no geometria e locação do túnel (cotas e
dimensões já definidas. O espaçamento projeto. direção), à medida que os trabalhos são
O projeto determina a necessidade, ou entre cambotas é definido diariamente no desenvolvidos.
não, de se promover o rebaixamento campo, dependendo do comportamento 5.6 Precaução
temporário do lençol freático durante do maciço. 6.2 Feitor
a execução do túnel. Conforme a Em todas as interrupções de turnos de
b) Execução das enfilagens.
profundidade do túnel o rebaixamento trabalho, deve ser avaliada a estabilidade a) Distribui e fiscaliza atividades da frente
se dá por ponteiras a vácuo ou por c) Escavação da seção, até a posição provisória da frente. Se necessário, deve de escavação, dos serviços de apoio para
poços com bombas submersas (para de instalação de outra cambota, ser aplicada uma camada provisória de a retirada de material, do preparo e da
saber mais detalhes consulte o capítulo respeitando-se o passo de avanço do concreto projetado. projeção do concreto, da instalação de
Rebaixamento do Lençol Freático). projeto ou aquele definido na obra. ferragens, enfilagens, drenos etc.
d) Aplicação do revestimento de concreto 6. EQUIPE DE TRABALHO
Diâmetros e profundidades dos b) Acompanha passo-a-passo a escavação
projetado e de telas soldadas.
componentes do rebaixamento são 6.1 Encarregado geral de serviços (geometria e avanço) com especial
definidos no projeto. Em qualquer sistema e) Escavação da seção e repetição de todo atenção às condições de estabilidade do
o processo, até que se ultrapasse a região a) Verifica: condições para entrada e maciço.
devem estar disponíveis na obra bombas
de instabilidade. movimentação de equipamentos no
sobressalentes para imediata substituição c) Discute com o encarregado geral da
canteiro da obra; descarregamento de
daquelas com avarias. A operação dos f) Retorna-se, ou não, às condições obra as velocidades de avanço e o ciclo de
equipamentos, utensílios e ferramentas;
sistemas deve ter assistência permanente, normais de escavação, conforme as operação (escavação e revestimento do
instalação da central de trabalho e
24 horas por dia. condições locais do maciço. As cambotas, túnel), operacionaliza o direcionamento

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TÚNEL NATM TÚNEL NATM
do túnel (topografia expedita) e a da drenagem profunda. Inicialmente, ALGUNS EXEMPLOS DE TÚNEIS NATM EXECUTADOS PELA SOLOTRAT
execução de serviços complementares de deve ser feita a manutenção preventiva.
segurança: enfilagens, drenos etc. Caso ocorram manchas de umidade na
superfície do concreto, este deve ser
6.3 Frentista perfurado para se verificar o motivo desta
ocorrência. Pode ser instalado um dreno
a) Executa a escavação conforme o profundo adicional para eliminação da
gabarito do projeto (geometria). umidade local.
b) Aplica ferragens, cambotas, enfilagens,
drenos ou outros elementos que sejam 7.2 Drenagem de face Figura 6 - Túnel residencial para acesso a elevador,
necessários. Figura 7 - Túnel Industrial.
com 3,5m de diâmetro.
As saídas destes drenos devem sofrer
c) Opera o mangote de projeção (como limpezas constantes, de forma a não
mangoteiro) ou controla a bomba de interromper o caminho aberto para o
projetado (operador de bomba). fluxo de água.
d) Ajuda o feitor na execução da
topografia expedita. 7.3 Drenagem profunda
Os drenos profundos devem ser
6.4 Auxiliar geral verificados anualmente, da seguinte
forma:
a) Retira a terra escavada e leva materiais
até a frente de escavação: ferragens, Figura 8 - Túnel metroviário, com Figura 9 - Túnel sob via pública para interligação entre
• Construa um êmbolo que penetre no
seção de 66,0m2. prédios hospitalares, com 3,64m de diâmentro.
cambotas, ferramentas etc. DHP (a folga entre o êmbolo e o PVC do
dreno deve ser de aproximadamente 1
b) Quando o concreto é produzido
mm);
na obra, operacionaliza a mistura dos
materiais, de acordo com o projeto. • Injete água pelo êmbolo e, ao mesmo
tempo, introduza-o até o final do dreno;
* Devido à não simultaneidade das
tarefas, um mesmo funcionário pode • Retire o êmbolo.
exercer várias funções, desde que esteja
Esta operação deve ser repetida diversas
qualificado.
vezes, até a água, que sai logo após a Figura 10 - Túnel urbano de pedestres sob
retirada do êmbolo, estar translúcida. ferrovia, com seção de 10,0m2.
7. MANUTENÇÃO DE TÚNEIS NATM Figura 11 - Túnel industrial para serviços
Veja as ilustrações na página 21, capítulo industriais, com 5,16m de diâmetro.
7.1 Paramento de concreto Solo Grampeado.
A parede de concreto não exige
manutenção especial, só as usuais para o
concreto comum.
As juntas devem ser limpas com aplicação
de mastique sempre que for necessário.
Manchas eventuais de umidade no
concreto podem evidenciar uma possível
Figura 11 - Túnel para canalização de água com Figura 12 - Túnel de interligação entre
ineficiência da drenagem de face ou 3,00m de diâmetro. edifícios.

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Estacas

ÍNDICE 1.1 Estaca-Raiz


1. Definição Imediatamente depois de se executar a
2. Norma perfuração e a instalação da ferragem,
3. Objetivo é feita a injeção ascendente, enquanto
o tubo de revestimento é retirado e é
4. Documentos de obra
aplicada baixa pressão no topo. Este
5. Conceitos procedimento pode ser substituído pela
6. Equipamentos, acessórios e injeção do tubo com válvulas, descrito a
seguir.
ferramentas
7. Equipe de trabalho A estaca-raiz é armada com barras de aço
e estribos ao longo do seu comprimento.
8. Procedimentos executivos
Junto à ferragem se instala um tubo com
9. Tabelas de dimensionamento válvulas, para injeção complementar.
estrutural
10. Modelo de boletim de
execução de estaca-raiz,
microestaca e estaca SS
Anchor

1. DEFINIÇÃO
Estacas-Raiz, microestacas e estacas
Soft Soil Anchor (SS Anchor) são
fundações moldadas no local, nas quais
se utiliza a injeção sob pressão para se
construir o fuste. Figura 1- Sequência de Estaca-Raiz.

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ESTACAS ESTACAS
Depois de pelo menos 12 horas, se manchete. A microestaca é armada com
executa a injeção complementar. tubo de aço ao longo de todo o seu
comprimento.
1.2 Microestaca
1.3 Estaca Soft Soil Anchor (Alluvial
Depois de se fazer a perfuração, a
Anker)
instalação do tubo no furo e a injeção
da bainha, é iniciada a injeção ponto- A perfuração é feita com o próprio
a-ponto e em estágios múltiplos, com tubo que dispõe de ponta perfurante,
obturador duplo através das válvulas- sendo a injeção feita numa única
fase, através da própria
haste de perfuração.
Esta injeção também
pode ser feita durante a
perfuração, utilizando-se
o fluido cimentante como
elemento de refrigeração Figura 4- Sequência de Alluvial Anker.
da ferramenta de corte
e retirada do material 3. OBJETIVO diâmetro, comprimento previsto, cota de
cortado (lama de apoio da ponta e cota de arrasamento.
Este documento:
perfuração). • Relação dos encargos sob
• Estabelece diretrizes e condicionantes
Ao final da perfuração, a responsabilidade do cliente (exemplo:
para execução, verificação e avaliação
estaca ss anchor (alluvial locação, licença, seguro etc).
de estacas escavadas de pequeno
anker) já com o tubo de diâmetro moldadas no local: estaca-raiz, • Relação dos materiais a serem
aço instalado ao longo do microestaca e estaca alluvial anker (SS fornecidos pelo cliente (exemplo:
seu comprimento, pode Achor). cimento, areia, armação montada etc).
Figura 2- Sequência de Microestaca.
receber um capitel de • Boletim executivo de cada tipo de
• Descreve e fixa os equipamentos,
concreto armado, de placa estaca, conforme mostram as Figuras 15,
ferramentas e acessórios mínimos
de aço, ou bloco de concreto armado 16 e 17.
necessários para a execução dos serviços.
assentado sobre sua cabeça, garantindo a
• Especifica equipe mínima, definindo No decorrer da obra, devem ser fornecidos
transferência das cargas para a estaca. No
tarefas e responsabilidades de cada um. os boletins de controle das estacas ao
caso dos capiteis, é lançada uma camada
cliente ou ao consultor de fundações.
de brita e geogrelha entre as estacas. • Especifica os materiais a serem
utilizados.
Estas estacas são ideais para fundações 5. CONCEITOS
em solos argilosos moles.
4. DOCUMENTOS DE OBRA Neste documento são aplicados os
seguintes conceitos.
2. NORMA Os seguintes documentos devem estar
disponíveis na obra: 5.1 Estaca em solo
Para microestaca e estaca-raiz existe
norma específica da ABNT, “NBR 6122 • Relatório de sondagens do local.
Executada por perfuração rotativa ou
(Out/2010) – Projeto e Execução de • Planta de locação com cotas de rotopercussiva, usando-se tecnologia
Fundações”. arrasamento, detalhes da armação e que mantenha um fuste íntegro, visando
carga prevista para a estaca. atender necessidades estruturais e
Figura 3 - Detalhe do obturador de
injeção para Microestaca. • Tabela de estacas com numeração, bloco, geotécnicas de uso.

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ESTACAS ESTACAS
5.2 Estaca em solo e rocha 5.4 Composição de injeção
PERFURAÇÃO
Em rochas, seja na passagem de Conjunto de tubos de PVC, ou
matacões ou no embutimento no topo galvanizados, unidos por conexões,
rochoso, a perfuração deve ser feita por utilizados para lavagem interna da
dentro do tubo de revestimento, com a composição dos tubos de revestimento
consequente redução do diâmetro neste e para preenchê-los com argamassa. Solo Solo e Rocha
trecho. A Figura 6 mostra um fluxograma Para microestaca, usam-se hastes com
com as possibilidades de perfuração para obturadores duplos para injeção da
execução de estaca-raiz, microestaca e calda de cimento. Na alluvial anker, a
estaca alluvial anker. injeção é feita através da própria haste Perfuração com Perfuração com Perfuração com
de perfuração. revestimento revestimento integral revestimento no
integral até terreno duro trecho em solo
5.3 Diâmetros nominais
5.5 Broca de três asas ou tricone
Servem como designação para o projeto
da fundação, correspondem aos diâmetros Ferramenta de corte acoplada à
Perfuração rotoper-
externos, em milímetros, dos tubos de composição de hastes de perfuração, Perfuração Pré-furo ou limpezas
Perfuração rotativa cussiva interna ao
com tubo de com tricone
revestimento utilizados na perfuração, normalmente formada por três ou mais revestimento
armação
para estaca-raiz. A Figura 5 indica a faces, com passagem central para água.
correspondência entre os diâmetros Pode ter pastilhas de aço ou pedaços de
nominais e os externos dos tubos de vídea soldadas. Sua função é destruir
Redução do
revestimento. No caso da microestaca o trechos do solo, realizando um pré-furo diâmetro no
diâmetro usual de perfuração varia de para posterior instalação do tubo de trecho em
rocha
75 a 150 mm. Nas estacas alluvial anker o revestimento, e também para limpar Colocação da
diâmetro é de 63,5 mm. internamente este tubo. armação

Assentamento
Injeção
dos capitéis
Revestimento SOLO
Diâmetro nominal Martelo Bits ROCHA
(mm)
(polegadas)
(mm) (polegadas) interno externo (mm) (polegadas )
100 3” 75 89 - - - Retirada do tubo
Aterro de brita
de revestimento
150 4” 95 127 3” 82 1
3 /4”
160 5” 120 141 4” 108 41/4”
LEGENDA Injeção dos Aterro de
200 6” 146 168 5” 133 51/4”
tubos-manchete transição
250 8” 195 220 6” 158 61/4” Estacas-Raiz e
Microestacas
310 10” 240 273 8” 210 81/4”
Estacas
410 14” 330 355 300 12” SS Anchor Instalação da
9 1/8” Estaca pronta
geogrelha
500 18” 410 460 12” 380 15"

Figura 5 - Correspondência entre diâmetro nominal da estaca-raiz e seu tubo de Figura 6 - Fluxograma executivo para Estacas-Raiz, Microestacas e Estacas Alluvial
perfuração. Anker

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ESTACAS ESTACAS
5.5.1 Ponteira perfurante FERRAMENTAS e central de acionamento hidráulico com e) Mangote de injeção: acessório provido
capacidade para extrair integralmente o de conexão, que liga o misturador à
Na SS Anchor há uma ponteira de 13 cm,
6.1 Generalidades tubo de revestimento do furo (opcional). bomba de injeção.
com passagem para água, na extremidade
inferior do tubo (que funciona também Para se definir equipamentos e acessórios g) Reservatórios para armazenagem de f) Mangueira de água: acessório provido
como ferramenta de perfuração). necessários à execução das estacas, há água, com capacidade para perfuração de conexão com comprimento suficiente
duas situações dadas em função do tipo contínua de, pelo menos, uma estaca. para ligar a bomba d’água à cabeça
5.6 Martelo de fundo tipo DTH de solo: d’água, na perfuratriz.
h) Conjunto de gerador, para eventual
“Down the hole”: equipamento de a) Estacas em solos indisponibilidade de energia elétrica no g) Mangueira de injeção: acessório
perfuração acionado por ar comprimido. local onde são executados os serviços. provido de conexão com comprimento
b) Estacas em solos e rochas
É introduzido no interior do tubo de suficiente para interligar a bomba de
• Acessórios
revestimento, acoplado às hastes de injeção à estaca em execução. Para estaca-
6.2 Equipamentos e acessórios para a) Tubo de revestimento: conjunto de
perfuração, até fazer contato com a rocha raiz, a mangueira é conectada ao tubo
estacas em solos tubos de aço constituído por tubos
(sã ou matacão), executando a perfuração de injeção de forma ascendente, depois
por movimentos rotopercussivos. • Equipamentos segmentados, com roscas. Devem ser de finalizada a perfuração e instalada a
O martelo de fundo tem um bit de resistentes aos esforços provenientes ferragem.
a) Perfuratriz rotativa, hidráulica,
perfuração em sua extremidade inferior. da sua introdução no terreno pela
mecânica ou a ar comprimido, montada h) Obturador duplo, hastes metálicas,
perfuratriz. Seus comprimentos podem
sobre estrutura metálica, dotada ou não manômetro e estabilizador de pressão
5.7 Martelo de superfície variar. Para a SS Anchor são utilizados
de esteiras para deslocamento, acionada para microestaca.
tubos tipo SCH 40, e seu comprimento
Equipamento de perfuração acionado por por motor diesel, elétrico ou ainda por
deve ser 50 cm maior que a profundidade i) Mangueira de ar-comprimido.
ar comprimido. É acoplado à perfuratriz, compressor pneumático. Deve estar
do furo designada no projeto.
imprimindo movimento rotopercussivo capacitada para revestir integralmente j) Composição de lavagem: conjunto
às hastes de perfuração (internamente todo o trecho em solo, utilizando- b) Sapata de perfuração: acessório formado por tubos de PVC ou
ao tubo de revestimento). Um bit de se do tubo de revestimento. Outro dotado de pastilhas de vídea colocadas galvanizados, para limpeza e injeção da
perfuração é acoplado à extremidade equipamento que execute estas funções espaçadamente na sua extremidade. Seu estaca.
inferior da composição de perfuração. pode ser utilizado. diâmetro é ligeiramente maior que o do
k) Composição de perfuração: no caso de
tubo de revestimento. O espaço entre
b) Conjunto misturador de argamassa ou haver necessidade de pré-perfuração do
5.8 Bit de perfuração as pastilhas é utilizado como passagem
de calda de cimento acionado por motor. solo para facilitar a introdução do tubo
para água, cuja função é a de resfriar a
Utensílio de corte com tipos específicos de revestimento (execução de estacas
c) Bomba de injeção de argamassa ou de ferramenta de corte e promover a limpeza
e diferenciados, para ser utilizado em em solos muito duros ou excessivamente
calda de cimento acionada por motor. do furo. A sapata de revestimento situa-
martelos de fundo ou em martelos de plásticos), é preciso também se prever:
se na extremidade inferior do mesmo.
superfície. Pode ter botões ou pastilhas d) Compressor de ar com capacidade
• Broca de três asas, tipo tricone, com
de vídea, que destroem a rocha pela mínima de pressão de 5Kg/cm2 (0,5 MPa). c) Cabeça de revestimento: dotada
diâmetro ligeiramente inferior ao do
aplicação simultânea de movimentos Caso sejam usadas bombas de injeção de entrada de água e ou de ar na sua
tubo de revestimento utilizado para
percussivos e rotatórios. que trabalhem com pressões de injeção parte superior. Tem o mesmo diâmetro
confeccionar a estaca (diferença máxima
mínima de 0,3 MPa, não há necessidade do tubo de revestimento utilizado
de 1/2”).
5.9 Boletim executivo do compressor de ar. para confeccionar a estaca. A cabeça
de revestimento está situada na parte • Haste para perfuração provida de
Documento no qual são registrados dados e) Bomba d’água acionada por motor
superior do mesmo. conexões, no comprimento integral da
de execução da estaca-raiz (Figura 15), capaz de promover a limpeza dos detritos
estaca e no diâmetro compatível com a
da microestaca (Figura 16) ou da estaca da perfuração do interior do tubo de d) Mangote de água: acessório provido
broca tricone utilizada.
alluvial anker (Figura 17). revestimento. de conexão, que liga o tanque de água à
bomba d’água. l) Ponteira: peça de aço com passagem
f) Conjunto extrator dotado de macaco
6. EQUIPAMENTOS, ACESSÓRIOS E para água, com 13 cm de extensão,

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ESTACAS ESTACAS
soldada na extremidade inferior do tubo jacaré, marreta, ponteiro, metro, nível de i) Aprova boletim elaborado pelo e) Orienta a colocação da cabeça de
da estaca alluvial anker. bolha e fio de prumo. operador de perfuratriz e pelo injetador. revestimento para aplicação de pressão
de ar ou calda, para estaca-raiz; o
7. EQUIPE DE TRABALHO 7.2 Operador de perfuratriz deslocamento do obturador duplo, na
6.3 Equipamentos e acessórios
microestaca; e o deslocamento da haste
para estacas em solos e rochas a) Movimenta o equipamento de acordo
7.1 Encarregado geral de serviços de perfuração, para alluvial anker.
com a sequência executiva.
6.3.1 Equipamentos a) Verifica: condições para entrada e f) Orienta o posicionamento do
b) Instala o equipamento no furo,
movimentação de equipamentos no obturador em cada válvula, para o caso
Devem ser acrescentados àqueles para observando locação e inclinação.
canteiro da obra; descarregamento de de microestaca.
solos:
equipamentos, utensílios e ferramentas; c) Verifica quantidade e tamanho dos
g) Elabora o boletim de injeção.
a) martelo de superfície e ou martelos de instalação da central de injeção e tubos de revestimento colocados, para
fundo tipo DTH. implantação geral da obra. acompanhar a profundidade perfurada.
7.4 Auxiliar geral
b) compressor de ar compatível com a b) Verifica programação de execução d) Detecta mudanças de camadas do solo
Auxilia os especialistas nas atividades
necessidade de operação dos martelos. (sequência executiva) de acordo com à medida que a perfuração avança.
principais.
características da obra e necessidades do
e) Detecta eventuais perdas d’água
cliente.
6.3.2 Acessórios durante a perfuração. 8. PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS E
c) Coordena o DDS (diálogo diário de VERIFICAÇÕES
São os mesmos usados para solo, f) Elabora registro dos dados de
segurança) antes do início das atividades
incluindo-se, no caso de perfuração por perfuração para inclusão no boletim.
de cada dia e instrui em relação à 8.1 Fluxo de operações
processo rotativo:
segurança durante a execução dos g) Orienta os auxiliares de perfuração
O fluxograma (Figura 6) descreve, a
a) Sapata ou coroas diamantadas. serviços. quanto à utilização do ferramental
partir do início da escavação, os estágios
necessário.
b) Barrilete amostrador. d) Orienta em relação à verificação do a serem seguidos conforme as situações
c) Hastes para excutar perfuração com número da estaca, sua verticalidade e de solo ou de solo e rocha, bem como
7.3 Injetador
barriletes. instalação do equipamento. as alternativas dos vários procedimentos
a) Prepara argamassa ou calda de acordo para execução dos serviços, desde os
No caso de perfuração por processo e) Orienta em relação aos procedimentos
com o traço, a fim de atender a resistência iniciais até a estaca pronta.
rotopercussivo, deve-se prever: e acompanhamento da perfuração e
especificada.
injeção.
a) Bits para perfuração rotopercussiva b) Orienta e verifica a armação em relação 8.2 Perfuração
com martelo de superfície ou martelo f) Verifica condições de drenagem
à colocação e também ao atendimento
de fundo DTH, no diâmetro especificado superficial e retirada do material escavado 8.2.1 Em solo
às especificações de projeto. No caso de
para a estaca a ser executada. da obra, de maneira que permita livre
armação em tubos de aço pode haver a) Realize a perfuração do solo usando
trânsito aos equipamentos e pessoal.
necessidade de soldagem, se as emendas perfuratriz rotativa ou rotopercussiva,
b) Lubrificador de linha para martelo de
g) Obtém, do responsável pela obra, não tiverem roscas. com a descida do tubo de revestimento.
fundo.
liberação formal da(s) estaca(s) a ser(em) Caso haja dificuldade para o avanço
c) Bombeia argamassa ou calda para
c) Hastes para perfuração com martelo de executada(s), no tocante à sua locação do tubo de revestimento, devido à
construção do fuste, e calda de cimento
superfície ou de fundo. e cotas, à medida que os trabalhos são ocorrência de solos muito duros ou de
para injeção de verificação e adensamento
desenvolvidos. solos plásticos, devem ser empregadas
do solo.
6.4 Ferramentas brocas de três asas, do tipo tricone, para
h) Mantém contato em campo com
d) Orienta os auxiliares em relação a execução de pré-furo ou ainda para
As utilizadas tanto para solos quanto representante do cliente, em relação
à instalação do conjunto extrator e limpeza do interior do furo.
para solos e rochas são as seguintes: às solicitações e providências para
acompanha a retirada dos tubos.
Chaves de grifo, chaves de corrente tipo continuidade normal da obra. b) Desça o tubo com auxílio de

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ESTACAS ESTACAS
circulação de água, de lama ou de ar Estes martelos perfuram por sistema introduzida até a cota inferior da estaca. A se prevê volumes, pressões e fases limites
comprimido injetado no seu interior, rotopercussivo e trabalham no interior do limpeza é considerada concluída quando de injeção. É obrigatória a utilização do
até a profundidade prevista em projeto. tubo de revestimento. a água de retorno não apresentar mais obturador duplo para injeção localizada
Nos casos de solos e rochas estáveis, traços de material transportável. em cada válvula-manchete. Na alluvial
pode-se abdicar da cravação do tubo de 8.3 Montagem e colocação da anker a injeção deve ser interrompida
d) Desça a armação até a profundidade
revestimento. armação depois do preenchimento do tubo.
alcançada durante a perfuração, até ela
c) Meça a profundidade da perfuração, a) Monte a armação da estaca em forma estar apoiada no fundo do furo.
8.5 Retirada do revestimento
utilizando a composição de tubos de de gaiola, conforme a Figura 7, com os
e) O tubo de perfuração funciona como
injeção. Introduza-a no interior do tubo estribos helicoidais. Garanta a cobertura a) Inicie a extração do revestimento,
armação da alluvial anker.
de revestimento até atingir a cota de mínima de 20 mm. No caso de microestaca completando o volume da argamassa por
fundo da perfuração. com armação de tubos metálicos, gravidade sempre que houver abatimento
8.4 Injeção
verifique suas roscas ou condição para a da mesma no interior do tubo:
d) Confronte esta medida com aquela
solda, obedecendo ao projeto; verifique a) Lance argamassa, ou calda de cimento,
resultante da soma dos comprimentos • Coloque a cabeça do revestimento a
a posição das válvulas-manchete e sua por meio da composição de injeção,
dos segmentos dos tubos de revestimento cada 4 m ou, no mínimo, três vezes por
correta fixação ao tubo. usando bomba injetora e posicionando
empregados. Esta medida deve ser, no estaca (na ponta inferior, no meio, e a 2 m
a extremidade inferior do tubo de
mínimo, igual à que foi projetada. Quando b) Quando necessário, emende as barras de profundidade desde a superfície), para
injeção no fundo do furo. No caso de
houver diferença entre as somas dos (em conformidade com a NBR 6118) ou os permitir a aplicação de ar comprimido
microestaca, a calda de injeção também
segmentos de revestimento introduzidos tubos de aço, garantindo sua axialidade sob pressão moderada (de 0,3 MPa a 0,5
será introduzida com auxílio de bomba
no solo e a profundidade medida, deve por meio de gabaritos auxiliares. MPa);
injetora, por meio do obturador duplo
constar, no boletim executivo da estaca
c) Execute a limpeza interna do tubo na extremidade inferior da composição • No caso de se utilizar bomba de injeção
correspondente, a justificativa do
de revestimento, utilizando para isto a da injeção. Após a cura, injete a calda de argamassa com pressão mínima de
processo decisório adotado para estes
composição de lavagem, que deve ser de cimento pelos tubos com válvulas- trabalho de 0,3 MPa, não há necessidade
casos.
manchete, com pressões e volumes da aplicação do ar, pois a eventual
e) No caso da alluvial anker, como a definidos em projeto. Na alluvial anker, complementação da argamassa na
perfuração é feita com o próprio tubo, a injeção é feita através da haste de boca do revestimento será feita com a
observe que parte do tubo (50 cm) deve perfuração. colocação da cabeça de revestimento e a
ficar acima do solo, onde será assentado injeção da argamassa sob pressão;
b) Faça a injeção de baixo para cima, no
o capitel.
caso de estaca-raiz. Para microestaca, a • Como alternativa a este processo, no
injeção inicial deve preencher o espaço caso de estaca-raiz, pode-se instalar um
8.2.2 Em solo e rocha
anelar entre o furo e o tubo. Isto pode ou mais tubos de injeção de fase única
Devem ser repetidos os procedimentos ser obtido com o preenchimento do furo ao longo da ferragem, para posterior
anteriores, da perfuração em solo, até se e a posterior introdução do tubo, ou pela injeção da calda de cimento com pressão
atingir o matacão ou o topo rochoso. injeção através da válvula inferior, após a e volume controlados.
instalação do tubo no furo. É a chamada
a) Use sapata ou coroa diamantada b) Na retirada do revestimento, a armação
injeção da bainha. Na alluvial anker a
acoplada ao barrilete amostrador, não pode se deslocar verticalmente para
injeção da bainha é feita em uma só fase.
internamente à composição de tubos de cima.
revestimento, para retirar o testemunho c) Interrompa a injeção, no caso da
c) Independentemente da cota de
da rocha (procedimento igual ao da estaca-raiz, apenas quando a argamassa
arrasamento da estaca, o tubo deve ser
sondagem rotativa). emergente sair limpa, sem sinais de
preenchido com argamassa até que se
contaminação de lama ou detritos na
b) Alternativamente, podem ser usados atinja a superfície do terreno.
Figura 7- Detalhe da armação para boca do furo. No caso da microestaca,
martelos pneumáticos ou hidráulicos.
estaca-raiz. siga o procedimento de projeto, em que d) No caso de microestaca, o revestimento

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ESTACAS ESTACAS
deve ser retirado após a colocação do é colocada uma malha de geo-grelha
tubo de armação. bidirecional com resistência à tração
de 75 KN/m e deformação máxima na
e) O revestimento da SS Anchor
resistência nominal de 12%, que também
permanece no furo.
influi na distribuição da carga (Figura 11).
8.6 Preparo da cabeça da estaca
Os procedimentos descritos a seguir
devem ser entregues ao construtor/
contratante quando do término dos
serviços de estaqueamento.
a) Como a injeção na estaca-raiz obriga
seu preenchimento até a superfície do
terreno, haverá excesso de argamassa,
que deve ser demolido, no mínimo, um
dia após a execução da estaca. Quando
for preciso demolir a cabeça da estaca até
a cota inferior à do arrasamento previsto,
no caso da argamassa estar enfraquecida,
deve ser feito um complemento de
concreto estrutural, ou de argamassa, até
Figura 11- Lançamento da camada de brita
a cota de arrasamento.
Figura 9- Preparo da cabeça da Micro-estaca. entre as estacas, já com os capitéis.
b) Quebre a cabeça da estaca com o
emprego de marretas e ponteiras. Porém,
isto deve ser executado com pequena
inclinação para cima, em relação à
horizontal (Figura 8).
c) Mantenha a seção resultante
do desmonte do concreto plana e
perpendicular ao eixo da estaca. Execute Figura 8- Preparo da cabeça da estaca-raiz.
a operação de demolição de modo a não
causar danos à estaca. a cobertura do feixe de barras de aço em
seu interior (Figura 9).
d) Embuta o topo da estaca após o
arrasamento de, no mínimo, 5 cm f) Sobre a cabeça da alluvial anker,
dentro do bloco e acima do nível do assente criteriosamente o capitel (com
lastro de concreto, tomando cuidado as dimensões especificadas no projeto),
para que a armação, parte fundamental evitando a geração de excentricidade
da resistência, fique ancorada (Figura 10).
adequadamente ao bloco de coroamento.
g) Entre os capitéis é executado um aterro Figura 10- Execução de capitel para SS Anchor, no local da
e) Para microestaca, siga o detalhe compactado com brita, que deve alcançar obra.
do projeto, que usualmente prevê a a altura dos mesmos. Depois, é lançado
soldagem de chapa no topo do tubo ou um aterro de transição e, sobre este,

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ESTACAS ESTACAS

9. TABELAS DE DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL 9.2 Microestaca


9.1 Estaca-Raiz DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA MICROESTACA TUBULAR
Ferragem
Tubo (ASTM A106) Cimento estimado
Diâmetro da estaca (cm) 10 12 15 16 20 25 31 41 50 Perfuração Complementar (CA50A)
Carga
do solo Peso Volume
Armação de aço CA50A (mm) (kN)
(mm) Tipo Peso (Kg/m) Tipo Peso (Kg/m) (Kg/m) A/C = 0,5
(l/m)
1 16 ou 4 8 100 100 150 150 250 400 600
100 100 Ø 2 ½“ SCH40 8,63 25 20
1 25 ou 4 12,5 150 150 200 250 300 450 650
200 100 Ø 2 ½“ SCH40 8,63 1Ø 20 mm 2,50 37 30
3 16 ou 5 12,5 200 250 250 350 500 700 1.100 1.600 300 150 Ø 3“ SCH40 11,29 3Ø 16 mm 4,80 50 40
4 16 250 300 300 400 500 750 1.150 1.650 400 150 Ø 3“ SCH40 11,29 2Ø 25 mm 8,00 60 48
500 150 Ø 3“ SCH80 15,27 1Ø 25 mm 4,00 70 56
5 16 350 350 450 550 750 1.200 1.700
Tabela extraída do artigo Contribuição aos Estudos das Microestacas Tubulares Injetadas, de Guimarães Filho,
6 16 ou 4 20 400 500 600 800 1.250 1.750
J.D.; Gomes, N.S.; e Zirlis, A.C., publicado nos anais do VIII Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e
7 16 ou 5 20 450 550 650 850 1.300 1.800 Engenharia de Fundações, páginas 57 a 69.

6 20 ou 5 22 600 750 950 1.400 1.900 Figura 14 - Dimensionamento estrutural da microestaca.


7 20 ou 6 22 800 1.050 1.500 1.950
10 MODELOS DE BOLETIM DE EXECUÇÃO
8 20 2.000
Aço (mm) 5,0 5,0 6,3 6,3 6,3 6,3 6,3 10.1 Estaca-Raiz
Espaçamento (cm) 20 20 20 20 20 20 20

Estribo
Diâmetro (cm) 6,7 6,7 8,3 8,3 9,9 14,0 19,0 25,0 34
Tabela extraí da do artigo Reavaliação do Dimensionamento Estrutural da Estaca-Raiz Face às Exigências do Ensaio MB-
3462 da ABNT, de Urbano Alonso, publicado na revista Solos & Rochas, vol.16-D páginas 41 a 44-D, abril de 1993.

Figura 12 - Dimensionamento estrutural da estaca-raiz.

CONSUMO DE AREIA E CIMENTO


Diâmetro Volume Consumo
Litros/metro cimento areia
mm
incluso 20% Kg/metro Litro/metro
100 9 8 10
120 14 12 14
150 21 18 22
200 38 32 39
250 59 50 61
310 91 78 93
410 158 136 163
500 236 202 242

Figura 13 - Consumo provável de materiais.

Figura 15 - Boletim de Estaca-Raiz.

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ESTACAS ESTACAS
10.2 Microestaca 10.3 Estaca SS Anchor

Figura 16 - Boletim de Microestaca. Figura 17 - Boletim de estaca SS Anchor.

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Dreno Fibroquímico

ÍNDICE destes solos, comprimidos por aterros


temporários. Isto gera um “rebaixamento”
1. Definição dos mesmos, tornando-os mais densos e
minimizando os recalques ao longo do
2. Norma
tempo.
3. Adensamento dos solos moles
O desenvolvimento dos drenos verticais
4. Método executivo
5. Equipamentos e acessórios
6. Equipe de trabalho

1 DEFINIÇÃO
Drenos fibroquímicos, ou geodrenos, são
aplicados para remover água do subsolo, por
meio do adensamento da camada de argila
mole, obtendo-se assim a estabilização do
solo.
O método é o da cravação de membranas
plásticas, com cerca de 10 cm de largura
por 5 mm de espessura, envolvidas por
geomantas (Figura 1). A cravação é feita por
meio de lanças verticais, que podem atingir
cerca de 30 metros de profundidade (Figura
2). Segue-se com a aplicação de aterro
provisório, de sobrecarga.
Os drenos absorvem e drenam as águas
Figura 1 - Exemplo de geodreno.

www.solotrat.com.br 69
DRENO FIBROQUÍMICO DRENO FIBROQUÍMICO
Wager, substituiu a cartolina pelos drenos serão cravados.
sintéticos.
Terminado este procedimento, inicia-se
a cravação dos drenos, que é feita por
2. NORMA
equipamento de cravação com torre
Não existe norma específica da ABNT. adequada à profundidade que o dreno
deve alcançar.
3. ADENSAMENTO DOS SOLOS MOLES
No centro da torre, está instalada a lança
A aplicação de sobrecargas sobre camadas que levará o dreno à profundidade exigida
de solos saturados moles, sem que se no projeto.
permita a dissipação da pressão neutra,
cria condições favoráveis à sua ruptura. O processo é simples e rápido. O geodreno
A redução desta pressão por meio de é introduzido no interior da lança de
drenos eleva a resistência ao cisalhamento, cravação até a sua extremidade inferior,
eliminando a instabilidade destes solos. onde é preso a uma ponteira metálica
especial. Em seguida, a lança é acionada
Normalmente, estes solos são sedimentos
para baixo, levando o geodreno à
recentes compostos por camadas argilosas
profundidade projetada. Como o solo tem
moles intercaladas por lentes arenosas.
baixa resistência, não há necessidade de
Nesta condição, é marcante a diferença Figura 4 - Equipamento em serviço de
fluido perfurante auxiliar. cravação de geodrenos.
entre o coeficiente de permeabilidade
Figura 2 - Execução de geodrenos. vertical e o horizontal. Ou seja a Feita a cravação, o geodreno é cortado
permeabilidade horizontal é muitas vezes manualmente, sempre alguns centímetros 5.3 Lança metálica de cravação (faca)
para adensamento de solos moles teve superior à permeabilidade vertical. acima do solo.
como precursor o engenheiro sueco Walter Deve ter comprimento exigido no projeto.
Com o objetivo de permitir esta drenagem Após a cravação dos drenos, é colocada
Kjellman, em 1940. Nos seus primeiros Fica acoplada à torre.
é aplicado o geodreno à massa de solo. uma manta drenante (areia ou tecido
trabalhos, Kjellman usou a cartolina como Crava-se a membrana plástica envolta na geossintético) sobre a área a ser adensada 5.4 Ponteiras metálicas
elemento drenante. Posteriormente, geomembrana, deposita-se uma camada e sobre esta manta é executado um aterro
outro engenheiro de sua equipe, Oleg de areia junto à superfície para captação Apropriadas para prender a fita à lança,
provisório.
e escoamento das águas e, sobre esta, se protegê-la durante a cravação e fixá-la no
executa o aterro temporário de sobrecarga. 5. EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS final do furo (Figura 5).
Este sistema promove o fluxo das águas
no sentido horizontal, conduzindo-as aos 5.1 Perfuratriz para pré-furo
geodrenos que as conduzem verticalmente Executa, quando necessário, o furo inicial
ao colchão drenante (Figura 3). Isso gera aonde será cravado o geodreno. O pré-furo
o adensamento do solo pela redução da é necessário para permitir a passagem da
pressão neutra e diminuição dos vazios, faca em camadas com resistência maior ou
aumentando a resistência ao cisalhamento igual a SPT=3.
e, portanto, criando uma condição de
estabilidade para receber as cargas 5.2 Equipamento de cravação
definitivas da superfície.
O equipamento de cravação é provido de
4. MÉTODO EXECUTIVO torre com altura adequada à profundidade
a ser atingida pelo geodreno (Figura 4). Figura 5 - Detalhe de ponteira metálica
Figura 3 - Fluxo das águas pela ação dos Inicialmente, conforme indicado no projeto,
drenos fibroquímicos. presa ao geodreno.
são demarcados os locais aonde os drenos

70 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 71


DRENO FIBROQUÍMICO
5.5 Ferramenta de corte 6.2 Operador de máquina
Adequada para cortar a fita. Pode ser um a) Movimenta o equipamento de acordo
Rebaixamento
facão bem afiado. com a sequência executiva.

6 EQUIPE DE TRABALHO
b) Instala o equipamento no furo,
do Lençol
observando sua locação.
A equipe para cravação de geodrenos deve c) Acompanha a profundidade a ser Freático
ser composta por: perfurada.
6.1 Encarregado geral de serviços f) Elabora registro dos dados de cravação
para inclusão no boletim.
a) Verifica as condições para a entrada e
para a movimentação de equipamentos no g) Orienta auxiliares de cravação quanto à
canteiro da obra; o descarregamento de utilização do ferramental necessário.
equipamentos, utensílios e ferramentas; e
a implantação geral da obra. h) Efetua a cravação.
b) Verifica a programação de execução 6.3 Auxiliar de cravação
(sequência executiva) de acordo com
características da obra e necessidades do a) Acopla o rolo de dreno fibroquímico à
cliente. máquina.
ÍNDICE 2. BOMBAS SUBMERSAS
c) Coordena o DDS (diálogo diário de b) Mantém a alimentação do geodreno
segurança) antes do início das atividades para cravação. 1. Rebaixamento por Poços
Este sistema prevê a instalação de bombas
de cada dia, instrui os demais membros da - Definição
c) Controla a troca do rolo de geodreno de múltiplos estágios internamente a
equipe em relação à segurança durante
conforme a necessidade. 2. Bombas Submersas cada poço, em sua extremidade inferior,
a execução dos serviços, verifica o uso
correto dos EPIs. d) Prepara as ponteiras que prendem a fita retirando individualmente a água do
3. Rebaixamento à Vácuo
de geodreno à lança. subsolo.
d) Orienta em relação à verificação dos - Definição
locais aonde os drenos serão cravados, e) Prende as ponteiras à lança.
4. Norma 2.1 Método Construtivo
à sua verticalidade, e instalação do
f) Corta a fita após o retorno da lança à
equipamento. 5. Método construtivo
superfície. Os poços para instalação de bombas
e) Orienta em relação aos procedimentos 6. Equipe de trabalho
g) Orienta o posicionamento da lança em submersas são perfurados com diâmetros
e acompanhamento da perfuração.
relação à locação do furo. entre 200 e 400 mm. O espaço entre os
f) Verifica condições das cravações 1. REBAIXAMENTO POR POÇOS furos é de 3 a 10 m. Em geral, os poços
h) Elabora o boletim de cravação.
executadas. - DEFINIÇÃO são executados por perfuratrizes que
g) Obtém, do responsável pela obra, 6.4 Demarcadores do solo empregam circulação direta. Dependendo
aprovação do serviço executado no Rebaixamento por poços é um sistema da estabilidade da parede, o furo pode
a) O solo é demarcado topograficamente
tocante à sua locação e cotas, à medida pelo contratante da obra de acordo com para se retirar água do subsolo de forma ser revestido ou não.
que os trabalhos são desenvolvidos. as especificações do projeto. induzida, portanto não gravitacional,
através de poços com diâmetros bem A circulação direta se dá pela injeção
h) Mantém contato em campo com da água no tubo de revestimento
representante do cliente, em relação 6.6 Auxiliar geral pequenos. Esta técnica é utilizada para
às solicitações e providências para profundidades usuais entre 5 e 30 metros. provisório, em cuja extremidade existe
Auxilia os especialistas nas atividades prin-
continuidade normal da obra. uma sapata de perfuração, que tem
cipais. Três sistemas serão abordados: bombas por finalidade desagregar o solo. Após
i) Aprova o boletim elaborado pelo submersas, vácuo e injetores (ou ejetores).
Obs: Devido à não simultaneidade de algumas tarefas, circular pela sapata de perfuração, a
operador da máquina e pelo cravador.
um mesmo funcionário pode exercer várias funções, água sobe pelo espaço compreendido
desde que esteja qualificado. entre a face externa do revestimento e a

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REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO
parede do furo, transportando o material acopladas ao reservatório. As duas bombas
desagregado. e o reservatório d’água, instalados num
único chassis, formam o conjunto de
Após perfurar os poços, coloca-se no
rebaixamento a vácuo.
interior de cada furo um tubo para
drenagem com diâmetro entre 100 e 150 O diâmetro dos furos varia entre 100 e
mm. Estes tubos são lisos no seu trecho 150 mm, usualmente é de 100 mm, e o
superior e drenantes no trecho inferior, espaçamento entre eles varia entre 0,5 e 2
abrangendo a região por onde a água flui metros, dependendo da natureza do solo
com ranhuras que compõem o sistema de e do volume de água a ser bombeado.
filtros. Em geral, os furos são executados por
perfuratrizes com circulação direta.
O trecho ranhurado, também chamado de
tubo filtro, pode ser de PVC geomecânico, De acordo com a estabilidade da parede,
dotado de ranhuras verticais e horizontais, o furo pode ser revestido ou não. A
ou então metálicos com ranhuras verticais circulação direta se dá pela injeção de
envoltas por tela. água no tubo de revestimento provisório,
em cuja extremidade existe uma sapata
O espaço anelar compreendido entre o
de perfuração, que tem por finalidade
tubo e o revestimento é preenchido com
Figura 1 - Montagem geral do rebaixamento desagregar o solo. Figura 3 - Montagem geral do
o pré-filtro, que é composto de areia ou por poços com bomba submersa rebaixamento.
pedrisco com granulometria apropriada. Depois de circular pela sapata de
Estes materiais são colocados à medida perfuração, a água sobe pelo espaço compreendido entre a face externa
3. REBAIXAMENTO À VÁCUO do revestimento e a parede do furo,
que o revestimento é retirado do furo. A
- DEFINIÇÃO transportando o material desagregado.
extremidade superior do poço é selada
com solo-cimento ou bentonita. Depois, a ponteira é instalada no interior
O rebaixamento por ponteiras a vácuo,
A abertura das ranhuras e da tela não ou well point, é um sistema para se retirar do furo. Imediatamente após a instalação,
deve permitir a passagem do pré-filtro. água do subsolo de forma induzida, lança-se o pré-filtro, entre a ponteira e a
A parte lisa do tubo é denominada de portanto não gravitacional, através de parede do poço. O pré-filtro é constituído
revestimento do poço. poços com diâmetros bem pequenos. Esta de areia ou pedriscos com granulometria
técnica é utilizada para profundidades de apropriada. Na extremidade superior do
Depois de concluídas estas operações,
até 5 metros. poço, o pré-filtro é substituído por um
uma bomba de múltiplos estágios é
selo de solo-cimento ou de bentonita.
instalada no interior do tubo. Por meio
3.1 Método construtivo Normalmente, o conjunto de ponteiras
de tubulação a água é removida para
superfície, trabalhando cada poço As ponteiras são cravadas com jato circunscreve a área cujo lençol deve ser
individualmente. d’água, no caso de areias ou colocadas em rebaixado.
perfurações. Estas são conectadas a um Pode-se optar ainda por ponteiras
A instalação é complementada por
coletor, que por sua vez é ligado a uma injetadas, assim denominadas pois são
painel de controle que liga e desliga o
bomba de vácuo. Esta bomba produz vácuo, instaladas por meio de escavação a
sistema em função do volume de água
que cria condições para o fluxo d’água do jato d’água, que é feita com bombas
removido (fig.2). Para evitar interrupções
subsolo subir à superfície e chegar a um de alta capacidade de vazão e pressão.
no processo de bombeamento, considere
reservatório fechado (fig.1). O emprego deste processo é indicado
a manutenção de uma bomba reserva na
obra, ou então avalie previamente o risco A água armazenada é retirada da obra somente para o rebaixamento em solos
para eventuais paralisações do sistema. por bombas de recalque especialmente Figura 2 - Tipos de ponteira. constituídos basicamente por areias e

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REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO
argilas muito moles. Este tipo de ponteira As vantagens na opção por este método injetor é instalado na extremidade superior e drenantes no trecho inferior,
é de metal e tem uma válvula especial em de rebaixamento são: simplicidade inferior do poço individual. Atualmente abrangendo a região por onde a água flui
sua extremidade inferior. do sistema; baixo custo e rapidez na sua aplicação tem sido muito reduzida com ranhuras que compõem o sistema de
instalação. com bombas submersas. Isto deve a dois filtros.
As ponteiras são ligadas à superfície fatores principais: o grande barateamento
por tubos denominados de subida ou Já sua desvantagem está no limite do O trecho ranhurado, também chamado de
das bombas submersas e a grande
tubo filtro, pode ser de PVC geomecânico,
de sucção. Estes tubos, confeccionados rebaixamento. Em condições excepcionais, complexidade de sua montagem e
dotado de ranhuras verticais e horizontais,
de material e em diâmetro idênticos ao como as encontradas em solos permeáveis operação.
ou então metálicos com ranhuras verticais
das ponteiras, destinam-se a promover e ao nível do mar, é possível se obter um O sistema funciona como um circuito envoltas por tela.
o acoplamento aos coletores, que serão rebaixamento próximo a 6 metros. Já semifechado, no qual a água é
conectados ao conjunto de bombas a em solos menos permeáveis, como os O espaço anelar compreendido entre o
impulsionada por bomba centrífuga tubo e o revestimento é preenchido com
vácuo e centrífuga. de areias siltosas ou de areias argilosas, através de uma tubulação horizontal geral o pré-filtro, que é composto de areia ou
chega-se a um rebaixamento entre 4 e 5 de injeção. pedrisco com granulometria apropriada.
O segmento drenante das ponteiras fica
metros. Estes materiais são colocados à medida
na extremidade inferior e tem diâmetro Esta tubulação dispõe de saídas para os
que o revestimento é retirado do furo. A
entre 38 e 50 mm, com comprimentos que Quando há espaço suficiente em planta, poços individuais que, por meio de tubos extremidade superior do poço é selada
variam de 0,3 a 1 metro. Na maioria dos é possível o emprego de dois ou mais de PVC para injeção, com diâmetros de com solo-cimento ou bentonita.
casos são de 0,5 m. São produzidos com estágios de ponteiras. Isto permite 25 ou 32 mm, levam a água até o injetor
posicionado no fundo do poço. A abertura das ranhuras e da tela não
tubos de PVC perfurados e entelados ou ultrapassar os limites de altura em tantos
deve permitir a passagem do pré-filtro.
com aço galvanizado. metros quantos forem necessários. A água inicialmente injetada, depois A parte lisa do tubo é denominada de
Cada estágio inferior opera a partir do de passar pelo injetor, é acrescida da revestimento do poço.
O comprimento dos tubos de subida ou de água aspirada, que sobe por um tubo de
sucção deve ser o suficiente para que as lençol freático rebaixado pelo estágio Depois de concluídas estas operações,
retorno de 32 ou 40 mm até a superfície
ponteiras fiquem submersas pelo menos superior. Cada bomba a vácuo tem os tubos injetores com o bico venturi
e daí segue, pela tubulação geral coletora
capacidade para operar cerca de 40 instalado em sua extremidade inferior
0,5 metro no lençol freático rebaixado, e horizontal, para o tubo de descarga
ponteiras. (fig.5) e coletores verticais são colocados
permita que estes tubos sejam acoplados acoplado à caixa d’água.
no interior dos poços. A seguir, eles
aos coletores posicionados na superfície
Os poços injetores são perfurados com
do terreno. Os coletores são feitos com diâmetros entre 200 e 400 mm. O espaço
tubos de aço galvanizado ou de PVC, com entre os furos é de 3 a 10 m. Em geral, os
diâmetros entre 100 e 150 mm. poços são executados por perfuratrizes que
empregam circulação direta. Dependendo
A conexão entre as ponteiras e os
da estabilidade da parede, o furo pode ser
adaptadores do coletor é feita por meio
revestido ou não (fig.1).
ou de mangueiras plásticas flexíveis
especiais ou por segmentos de tubos e A circulação direta se dá pela injeção da
cotovelos. Com o objetivo de minimizar água no tubo de revestimento provisório,
a perda de carga hidráulica, deve ser em cuja extremidade existe uma sapata
de perfuração, que tem por finalidade
instalado, de preferência em um ponto
desagregar o solo. Após circular pela
central da rede coletora, um conjunto
sapata de perfuração, a água sobe pelo
de rebaixamento, cuja potência total dos Figura 4 - Detalhe do bico injetor
Venturi. espaço compreendido entre a face externa
motores deve variar entre 15 e 20 HP. do revestimento e a parede do furo,
Para evitar interrupções no processo 4. INJETORES OU EJETORES transportando o material desagregado.
de bombeamento da água, considere Por este sistema, se força a circulação da Após perfurar os poços, coloca-se no
manter bomba reserva, ou então água através de um bocal previamente interior de cada furo um tubo para
avalie previamente o risco de eventuais conformado para reproduzir um tubo drenagem com diâmetro entre 100 e 150 Figura 5 - Montagem geral do
paralisações do sistema. do tipo Venturi, chamado injetor. Este mm. Estes tubos são lisos no seu trecho rebaixamento por poços injetores.

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REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO
são conectados aos tubos horizontais, f) Verifica condições da rede coletora de Injeção de
coletores e de injeção, que podem ter maneira a permitir o livre trânsito dos
dimensão de 100 ou 150 mm. equipamentos e do pessoal na obra.
A instalação é complementada pelo g) Mantém contato com o representante Consolidação
acoplamento de bomba centrífuga de 15 do cliente no campo, com relação
HP ao tubo de injeção, que promoverá a às solicitações e providências para a
circulação forçada da água pelo circuito continuidade normal da obra.
(fig.4). Para evitar interrupções no
processo de bombeamento, considere a 6.2 Operador de perfuratriz
manutenção de uma bomba reserva na
a) Movimenta o equipamento de acordo
obra, ou então avalie previamente o risco
com a sequência executiva.
para eventuais paralisações do sistema.
b) Instala o equipamento no furo,
Cada uma das bombas opera usualmente
observando locação e verticalidade.
cerca de seis destes poços.
c) Verifica quantidade e tamanho dos
5. NORMA tubos ou organiza e quantifica a instalação
das hastes de perfuração com jato
Não existe norma da ABNT, recomendamos
d’água, para acompanhar a profundidade
o livro Rebaixamento Temporário de ÍNDICE
perfurada.
Aquíferos (2007) pela Oficina de Textos,
de Urbano Rodriguez Alonso. d) Detecta mudanças de camadas do solo 1. Definição
à medida que a perfuração avança. 2. Descrição básica do trabalho
6. EQUIPE DE TRABALHO
e) Detecta eventuais perdas d’água 3. Materiais para Injeção
6.1 Encarregado geral de serviços durante a perfuração.
4. Equipamentos
a) Verifica: condições para entrada e f) Orienta os auxiliares de perfuração
5. Traço e preparo de caldas
movimentação de equipamentos no quanto à utilização do ferramental
canteiro da obra; descarregamento de necessário. 6. Equipe de trabalho
equipamentos, utensílios e ferramentas; e 7. Tratamento do solo
g) Promove a eventual instalação do pré-
implantação geral da obra.
filtro e da ponteira. 8. Avaliação
b) Verifica a programação de execução
9. Modelo de boletim de execução
(sequência executiva) de acordo com
6.3 Operador de conjunto de
características da obra e necessidades do Figura 1 -Exemplo de Injeção em barragem.
rebaixamento 1. DEFINIÇÃO
cliente.
c) Coordena o DDS (diálogo diário de a) Instala rede coletora e bombas. O tratamento de solos e rochas por
segurança) antes do início das atividades
b) Mantém o sistema ativo, corrigindo injeção, objetiva promover melhorias
do dia e instrui em relação à segurança
falhas na operação das ponteiras. para situações especiais da engenharia
durante a execução dos serviços.
civil, tais como:
d) Coordena locação, verticalidade e 6.4 Auxiliar geral
A) aumentar a impermeabilidade (fig. 1)
instalação do equipamento de perfuração
Auxilia os especialistas nas atividades
e das ponteiras. B) melhorar as condições de estabilidade (fig.2)
principais.
e) Orienta em relação aos procedimentos C) melhorar capacidade de carga (fig. 3)
de perfuração, de lavagem e de instalação
do pré-filtro, quando necessário. Figura 2 - Exemplo de estabilização.

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INJEÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO INJEÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO
B) Colocação de Os furos sofrem injeções em etapas, de
um tubo de PVC acordo com a seguinte sistemática:
rígido com diâmetro
interno entre 1” e • O “Obturador Duplo” deve ser
1½”, devidamente posicionado no nível desejado, para
preparado com isolar as manchetes localizadas nos níveis
válvulas-manchete,
com espaçamentos superiores e inferiores.
entre 30 e 100 cm. Na figura 9 é mostrada a situação de um
Injeta-se o material
tubo com válvulas-manchete. No caso
até o preenchimento
total do espaço de rochas, pode-se utilizar obturador
anelar entre o tubo expansível, isolando cada trecho a ser
de PVC e o furo tratado.
(bainha). Pode-se
Figura 3 - Melhora na capacidade de carga. alternativamente preencher a perfuração • O material deve ser injetado com
com calda de cimento, de baixo para cima, Figura 7 - Tratamento de fundação de
O tratamento é feito pela injeção no e então introduzir o tubo. (Figura 5) barragem.
maciço de um determinado volume de
Para minimizar custos, devem ser
material a uma determinada pressão. C) Com auxílio de
utilizados os menores diâmetros das
Este material pode se impregnar em seus um obturador duplo,
perfurações e do tubo de PVC, o que
vazios, ou adensá-lo por rutura. a partir da válvula-
garante uma espessura mínima de bainha.
manchete inferior,
Usualmente, a tubulação de injeção tem
O material injetado pode ser: calda de executa-se a injeção,
diâmetro de 1/2“ ou de 3/4”.
cimento; argamassa; solo-cimento ou que irá promover
compostos químicos. Usualmente, são o rompimento da A injeção em um determinado furo é
injetadas caldas de cimento. Neste texto, bainha e a introdução feita depois que o material injetado
para contemplar todas as possibilidades, de um volume pré- na bainha alcança resistência mínima,
usamos a expressão material injetado. determinado de que impeça seu retorno à superfície e,
material no solo, em consequentemente, o tratamento do solo
O procedimento básico para se executar
tantas fases quantas adjacente. O tempo de espera para pega
os trabalhos envolve os seguintes passos:
forem necessárias. e endurecimento da bainha é de até 24 Figura 9 - Obturador duplo.
(figura 6) horas.

2. DESCRIÇÃO BÁSICA DO TRABALHO pressão suficiente para romper a bainha.


A) Execução de um
• Durante a injeção do material, a pressão
furo com diâmetro Os furos são dispostos em planta,
deve ser a necessária para permitir o fluxo
mínimo de 3”, até segundo distribuição geométrica que
do material com o volume especificado.
a profundidade de procura minimizar as interferências
projeto. (figura4) com obstáculos existentes, bem como • Após a injeção de um certo volume
abranger as áreas a serem tratadas. de material (usualmente entre 20 e 100
Para cada local são definidas algumas litros), o processo deve ser interrompido,
etapas de injeção nos furos. Em geral, a anotando-se para esta válvula os valores
abrangência inicial da área a ser tratada da pressão de abertura e da injeção.
é grande, e vai sendo reduzida em função
• O obturador, então, é posicionado no
dos resultados de pressão e volume Figura 8 - Tratamento de fundação de
edifício. nível superior seguinte, e o ciclo para a
obtidos nos furos iniciais.

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INJEÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO INJEÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO
injeção é repetido neste nível. 3.3 Argila rotopercussivo, que destrói o material cimento, em quantidade suficiente para
escavado, ou rotativo, que o recupera. suprir a bomba injetora e fornecer a
Os detalhes do projeto em relação a
Devem ser utilizados solos argilosos com homogeneidade adequada à mistura.
materiais, equipamentos, composição do
teor de areia inferior a 20% e sem presença 4.2 Injeção D) Agitador de calda com capacidade
material, pressões e vazões de injeção, e
de matéria orgânica, que tenham Limite igual à do misturador, capaz de manter
controle de qualidade dos serviços, estão
de Liquidez (LL) mínimo de 50 e Limite de Os equipamentos de injeção devem a calda em agitação. Entre o misturador
definidos a seguir.
Plasticidade (LP) mínimo de 20. Materiais compor um circuito, conforme segue: e o agitador é instalada peneira, com 2
naturais com estas características são A) Demolidor de argila. mm de abertura, que deve ser facilmente
3. MATERIAIS PARA INJEÇÃO
facilmente encontráveis. removível para as constantes limpezas.
B) Tanque de hidratação e
Os materiais comumente usados, tanto Podem ser usados também materiais homogeneização de argila provido E) Bomba de pistão triplex ou duplex, com
para injeção no solo quanto na bainha, argilosos próprios para fabricação de de pás, que movimentam a lama capacidade de injetar vazões de 50 litros/
são constituídos de cimento, solo e água. telhas ou tijolos cerâmicos. Porém, estes constantemente. Pode-se optar pelo minuto com pressões de 50 Kg/cm² em
materiais, além de serem mais caros, uso de tanques interligados, com menor furos que estejam distantes pelo menos
Eventualmente, para melhorar suas
exigem maior tempo de hidratação, pois capacidade, que sejam providos de 50 metros da central de injeção.
características de estabilidade e injeção,
estas argilas são muito ativas. Antes de sua bomba para fazer a lama circular entre
adiciona-se bentonita ao material. Em F) Estabilizador de pressão capaz
utilização, eles devem ser previamente eles.
geral, os materiais que compõem as de reduzir oscilações manométricas.
misturados com água e hidratados por C) Misturador de alta turbulência provido
caldas seguem requisitos e exigências Devem ser instalados nos circuitos
um período aproximado de 4 horas. de turbina, com rotação mínima de
técnicas, conforme segue. tantos equipamentos quantos forem
1.700 rpm, na sua parte inferior. Capaz necessários, até se alcançar a estabilidade.
3.1 Água 4. EQUIPAMENTOS de preparar calda de cimento, solo- Manômetro de 4”, provido de dispositivo
ESTOQUE DE
Deve apresentar-se visualmente limpa
4.1 Perfuração ARGILA
e isenta de quantidades prejudiciais de
O método escolhido determina os
impurezas como óleo, ácido, álcalis, sais C - MISTURADOR
equipamentos de perfuração a serem DE ALTA
e matéria orgânica ou qualquer outra
mobilizados. Os furos podem ser TURBULÊNCIA
substância que interfira com as reações A - DEMOLIDOR
executados a trado, ou por equipamento PARA CALDA
DE ARGILA
de hidratação dos sólidos da calda. (ÁGUA, ARGILA,
rotopercussivo ou rotativo. Na execução CIMENTO)
do furo pode ser necessário o uso de
3.2 Cimento G - FURO
revestimento. QUE SOFRERÁ
B - TANQUE DE RETORNO INJEÇÃO
O cimento deve ser do tipo Portland, Os equipamentos devem estar em perfeito
HIDRATAÇÃO E
apresentar espessura “Blaine” não estado de funcionamento, propiciando a HOMOGENIZAÇÃO
inferior a 3.200 cm²/g. Os locais de execução do furo dentro das especificações DA LAMA
armazenamento devem estar secos e e condições impostas pelas limitações das D - AGITADOR
ventilados, para retardar a hidratação. É edificações existentes.
desaconselhável o empilhamento de mais RESERVATÓRIO
Em alguns locais, para se executar o furo DE ÁGUA
de 10 sacos, e estas pilhas devem estar
é necessário atravessar lajes de pisos de
apoiadas sobre tablado de madeira, para
edificações. Quando isso ocorre, é preciso
o cimento não ficar em contato direto
usar ou ferramentas diamantadas ou
com o piso. DEPÓSITOS E - BOMBA DE F - ESTABILIZADOR
vídeas.
DE CIMENTO INJEÇÃO (CALDA) COM MANÔMETRO
Cimento já em início de processo de
Na presença de rochas ou material
hidratação não pode ser empregado em
rochoso, pode-se usar ou equipamento
injeções. Figura 10 - Fluxograma de injeções.

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INJEÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO INJEÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO
salva-manômetro, com capacidade entre durante a fase dos ensaios iniciais, Antes do início dos trabalhos de injeção 6.2 Operador de perfuratriz
10 e 100 Kg/cm². tendo-se em conta, principalmente, as e após a definição do tipo de argila a ser
características da argila a ser usada e usada no tratamento, devem ser feitos a) Movimenta o equipamento de acordo
G) Obturador duplo com diâmetros de
visando a padronização com as seguintes uma série de ensaios com várias misturas, com a sequência executiva.
1” a 1½”, com espaçamento da vedação
características: até se alcançar a definição do traço a ser
em torno de 0,5 metro, do tipo expansivo b) Instala o equipamento no furo,
usado. Quando há necessidade de injeção
ou fixo, em quantidade suficiente para a • Fator de sedimentação até 5 observando locação e inclinação.
rápida das fases, a bainha composta por
injeção em vários furos simultaneamente.
• Tempo de escoamento traço rico em cimento, usualmente, calda c) Verifica quantidade e tamanho dos
No esquema proposto, e alternativamente, com fator a/c = 0,5 (em peso). tubos de revestimento colocados, para
Durante os trabalhos, os materiais
é possível substituir o demolidor de argila que acompanhem a profundidade dos
devem ser controlados a partir das
(A) e o tanque de hidratação (B) por 6. EQUIPE DE TRABALHO furos.
um único equipamento, que promova TIPO DO FUNIL TEMPO (segundos)
d) Detecta mudanças de camadas do solo
a mistura e a hidratação da argila com Marsh ø 5,0 mm 36 a 40 6.1 Encarregado geral de serviços
à medida que a perfuração avança.
água. Trata-se de um misturador de alta Mecdsol ø 10 mm 9 a 14
turbulência, similar ao usado na mistura a) Verifica: condições para entrada e e) Detecta eventuais perdas d’água
MATERIAL TRAÇO 1 TRAÇO 2
final da calda. movimentação de equipamentos no durante a perfuração.
Cimento (Kg) 100 160
canteiro da obra; descarregamento de
Solo (Kg) 340 340 f) Elabora registro dos dados de
5. TRAÇO E PREPARO DAS CALDAS equipamentos, utensílios e ferramentas;
perfuração para inclusão no boletim.
Água (l) 840 820 instalação da central de injeção e
5.1 Traço Densidade da implantação geral da obra. g) Orienta auxiliares de perfuração
1,28 1,32
calda (Kg/litro) quanto à utilização do ferramental
Usualmente, se prevê a utilização de dois b) Verifica programação de execução
Figura 11 - Traços usuais de solo-cimento
necessário.
traços básicos de calda de solo, água e (sequência executiva) de acordo com
cimento: um para injeção no solo a ser características da obra e necessidades do h) Instala o tubo de injeção no furo.
tratado e outro para preencher a bainha. seguintes medidas previamente obtidas cliente.
em laboratório: densidade, fator de 6.3 Injetador
A resistência do material é regida, c) Coordena o DDS (diálogo diário de
sedimentação e tempo de escoamento.
principalmente, pelo fator água/cimento segurança) antes do início das atividades
a) Prepara o material a ser injetado.
(peso da água/peso do cimento). Para A densidade define o traço. O fator de de cada dia e instrui em relação à
compor as caldas são adotados os sedimentação define a estabilidade. O segurança durante a execução dos b) Coordena a injeção, tanto no
seguintes valores para peso específico tempo de escoamento define a fluidez serviços. posicionamento do obturador quanto na
dos grãos sólidos: cimento c = 3,1 Kg/ (capacidade de injeção). O controle do injeção, de forma a atender as condições
d) Coordena locação, verticalidade
litro, solo s = 2,7 Kg/litro. traço se faz pela medida da densidade da do projeto e a lavagem (pós-injeção) do
e instalação do equipamento de
mistura: solo + água, e da mistura final: tubo com válvulas-manchete.
Para o preparo de 1 m³ de calda são perfuração, misturador e bomba de
cimento + água + solo.
necessárias as seguintes quantidades de injeção de solo-cimento. c) Lança nos boletins os valores de pressão
componentes, segundo a fórmula: e volume injetados.
5.2 Preparo das caldas e) Orienta em relação aos procedimentos
litros de calda = Pc/ c + Ps/ s + Pa/ a = de perfuração, instalação do tubo de
6.4 Auxiliar geral
Pc/3,1 + Ps/2,7 + Pa/1,0 As caldas são preparadas pela agitação injeção e inspeção.
da argila hidratada com cimento e
onde: Pc = Peso de cimento (Kg); Ps = Peso Auxilia os especialistas nas atividades
água, até que seja alcançada a perfeita
de solo seco (Kg); Pa = peso de água (Kg). principais.
homogeneização desta mistura.
Na tabela a seguir estão exemplos de Na dosagem dos traços devem ser
dois traços usuais de solo-cimento. consideradas as quantidades de água
Os traços pré-definidos são ajustados empregadas para a hidratação da argila.

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INJEÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO INJEÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO
7. O TRATAMENTO DO SOLO traço da calda e o tempo de rompimento manchete com o material injetado, sua e progressivo da pressão.
da bainha são ajustados no campo. abertura pode ser provocada pela injeção
• Se, em determinado momento, a pressão
7.1 Injeção na bainha de água.
de injeção estabiliza ou até diminui,
7.2 Injeção no solo
A pressão máxima utilizada para pode ser que o plano de ruptura tenha
Após a instalação do tubo de PVC, é
proporcionar a abertura da válvula- interceptado um vazio, que está sendo
feita a injeção na bainha, ou seja, o As injeções são executadas numa única
manchete deve ser registrada em boletim preenchido com calda. Após esta cavidade
preenchimento do espaço anelar entre fase ou em várias fases.
próprio. ser preenchida, a pressão provavelmente
o tubo de PVC e o furo. Esta atividade
Para se evitar a injeção de material voltará a subir, caracterizando o seu
é executada com a injeção na válvula-
a grandes distâncias, ou ainda se 7.4 Pressão de Injeção preenchimento.
manchete inferior.
minimizar riscos de fraturas nos pisos
Este trabalho é feito de forma lenta e será das edificações, o volume a ser injetado As pressões de injeção são determinadas
considerado concluído quando a calda por manchete deve ser, inicialmente, pelo estado de confinamento do solo.
aparecer na boca do furo. Após a injeção limitado.
Num processo de injeção com vazão
da bainha, o tubo de PVC é lavado pela
A sistemática adotada na injeção consiste constante ocorre, na maioria das vezes, um
circulação de água.
em se impor um volume constante comportamento de pressões semelhantes
Nos casos em que existe piso, se for de injeção de material, verificando o ao mostrado no gráfico abaixo, figuras 12
constatado que a calda está penetrando comportamento das pressões de resposta e 13, de onde pode ser ressaltado:
entre o piso e o aterro, a injeção da bainha do solo.
• Após abertura da manchete e
deve prosseguir até que o vazio sob o
Em função das pressões observadas, são rompimento da bainha (Pa), observa-
piso seja preenchido. Alternativamente,
tomadas decisões de se prosseguir ou se se uma queda brusca da pressão (Pi),
é possível preencher o furo e, a seguir,
interromper as injeções. caracterizando o início da injeção no solo.
introduzir o tubo de PVC.
Nos critérios de interrupção das injeções, • medida que a injeção prossegue,
Se houver consumo excessivo de calda
são levadas em conta as observações novos trechos do solo podem ser
durante a injeção na bainha, é sinal
relativas ao surgimento de material rompidos e preenchidos com material
que o tubo atravessou uma cavidade,
injetado na superfície ou eventuais riscos injetado, acarretando em aumento lento
tubulações, caixas etc. Neste caso, os
de comprometimento das estruturas
trabalhos devem ser interrompidos, para Pa Pressão máxima de abertura da manchete
vizinhas.
se verificar o que houve. Pi Pressão inicial de injeção
Volumes e pressões de injeção Pf Pressão final de injeção
Para que ocorra a injeção no solo, a
inicialmente especificados são ajustados
bainha precisa ter uma resistência
durante a execução dos serviços.
mínima, assim a calda injetada promove o
rompimento localizado, o que possibilita
7.3 Abertura da válvula-manchete
sua penetração no interior do maciço,
sem que ele escoe ao contato da bainha
Após a injeção na bainha, são iniciadas
com o solo circundante ou pelo contato
as injeções individuais em cada válvula-
da bainha com o tubo.
manchete, usualmente de baixo para
Por outro lado, uma bainha excessivamente cima. O primeiro passo é a aplicação
resistente exige altas pressões para o seu de pressões crescentes até a abertura
rompimento e para abertura da válvula. da válvula-manchete, percebida pela
A bainha mais adequada depende da sua queda brusca da pressão registrada no
espessura, do traço da calda e do tempo manômetro e pela imediata absorção Figura 12 - Comportamento típico das Figura 13 - Comportamento típico das
do material. Caso não se consiga abrir a pressões durante a injeção de solo. pressões durante a injeção das fases.
de pega e endurecimento da calda. O

86 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 87


INJEÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO INJEÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO
7.5 Controle de registros 7.7 Equipamentos de ensaios do 8. AVALIAÇÃO
material
O tratamento de solos por injeção de consolidação é um método muito eficiente,
Na fase inicial de definição dos traços
porém intuitivo e interativo.
dos materiais e durante o processo de Para executar ensaios dos materiais deve-
A eficiência depende da intensa interação entre as equipes de projeto e de execução.
execução dos trabalhos de injeção, se instalar um pequeno laboratório de
Ensaios de perda d’água, anteriores e posteriores ao trabalho, bem como medidores
é realizada uma série de controles, campo, equipado com:
de nível d’água, podem aferir o resultado obtido e devem ser obrigatoriamente
cujo objetivo é o de determinar as
• Densímetros com graduação que utilizados.
características das caldas.
permitam leitura de variação de
Basicamente, estes controles são: visual densidade de 0,01 g/cm³.
(contínuo); densidade (diário) e para cada
• Funil Marsh com saída de 5 cm de
traço preparado; e tempo de escoamento
comprimento e diâmetro de 5 mm.
(diário).
Durante a execução dos furos, todas as 7.8 Apresentação do resultado das
informações julgadas de interesse devem injeções
ser registradas, tais como: presença de
vazios níveis d’água perda d’água etc. Os dados compilados durante o processo
do tratamento, podem ser lançados
Na instalação do tubo, devem
em mapa e interpolados apresentando
ser registrados posicionamento e
curvas de isopressão ou isovolume.
espaçamento das manchetes, tomando-
se como referência o nível da boca do furo, Estes mesmos dados podem ser plotados
o que permite o correto posicionamento de forma tridimensional, possibilitando o
do obturador duplo durante as injeções. entendimento da evolução do trabalho
de injeção.
Durante a injeção na bainha devem ser
registrados, principalmente, o traço
utilizado, volumes e perdas de calda, se
houver.
Nas injeções no solo, além dos volumes
injetados por manchete, devem ser
registradas a pressão de abertura da
manchete (Pa) e a pressão final de injeção Figura 14 - Isovolume ou Isopressão.
(Pf).
Para cada furo deve ser elaborado um
boletim, contendo todos os dados, desde
a furação até a injeção.

7.6 Critérios para interrupção

Os critérios para interromper a injeção


são definidos com base nas análises dos
dados observados durante os trabalhos,
Figura 15 - Disposição tridimensional em
especificamente para cada caso de obra.
volume. Figura 16 - Modelo de Boletim de Injeção.

88 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 89


JET GROUTING
ÍNDICE utilizada para impermeabilizar cutoff
de barragens, tratamento de maciços de
1. Definição túneis, fundações e contenções. Na Figura
1 tem-se algumas aplicações desta técnica.
2. Norma
3. Sequência Executiva
4. Equipamentos
5. Equipe de trabalho
6. Adequabilidade dos maciços ao
Jet Grouting
7. Resultados finais esperados
8. Boletim de execução dos
serviços

1 DEFINIÇÃO
A técnica Jet Grouting é um tratamento para
melhoria de solo que utiliza jatos de alta
pressão e velocidade para hidraulicamente Figura 1 - Algumas aplicações típicas de
jet-grouting. a) suporte de escavação e plug
erodir, misturar e parcialmente substituir o de vedação, b) fundação de aterros, c) pré-
maciço natural. Com um fluido cimentício suporte de túneis (Croce et al, 2014)
visa criar um material em solo-cimento
com resistências muito superiores e Para que o produto final dessas aplicações
permeabilidades inferiores às do maciço seja alcançado, a Solotrat executa dois
natural. Essa técnica versátil, que se aplica tipos de sistemas de Jet Grouting, o
a quaisquer granulometrias, é bastante sistema monofluido e o sistema bifluido,

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JET GROUTING JET GROUTING
esquematicamente representados na energia do processo, podendo tratar um meio da subida da haste (Figura 4), a uma Antes do tricone e do hidromonitor ficam
Figura 2. maior volume do maciço. Neste sistema velocidade da ordem de 15 a 60 cm/min, que as hastes metálicas, que são rosqueadas
alcançam-se diâmetros de até 2 m, em solos é função do número de rotações por minuto mecanicamente até chegar à cota de
moles. da haste, da distância entre níveis sucessivos projeto necessária.
de tratamento e do tempo de permanência
2 NORMA O conjunto de hastes, hidromonitor e
do jato em cada um desses níveis. Esses
tricone são acopladas ao cabeçote da
Não há norma da ABNT. parâmetros são adotados em função das
Perfuratriz.
características e propriedades geotécnicas
3 SEQUÊNCIA EXECUTIVA

Na execução dos sistemas Jet Grouting


Figura 2 - Sistemas de jet-grouting. a)
há a perfuração do terreno por processo
monofluido e b) bifluido (modificado - rotativo, usualmente com um tricone
Croce et al, 2014)
como ferramenta de corte e o emprego
de injeção d’água sob baixa pressão como
O sistema monofluido (Figura 2a), elemento de lavagem. Na extremidade
comumente chamado de CCP (Cement inferior da haste de perfuração, mas antes
Churning Pile), consiste, fundamentalmente, do tricone, está instalado um hidromonitor,
no bombeamento de calda de cimento a peça do tubo no qual estão alojados bicos
pressões altíssimas (de até 40 MPa), em de injeção. A calda de injeção, apesar
que se obtém um jato de alta velocidade de usualmente ser de cimento, pode ter
e turbulência (200 a 320 m/s), cuja força adições de acordo com a necessidade da
de impacto desagrega a estrutura do solo, obra. A calda é preparada num conjunto
promovendo a mistura e a homogeneização misturador-agitador. Após a conclusão da Figura 4- Sequência executiva de uma coluna (Hayward Baker, 2016)
intensa deste material com a calda injetada, perfuração até a profundidade requerida
formando colunas cilíndricas de solo- pelo projeto e posteriormente à vedação da do maciço a ser melhorado, bem como da 4.2 Injeção
cimento, entre 0,4 e 0,8 m de diâmetro. Tais saída de água da ferramenta cortante por razão de tratamento requerida pelo projeto
A injeção é feita a altíssimas pressões,
cilindros são injetados usualmente secantes meio de uma esfera de aço, inicia-se a fase (peso de cimento sobre peso de solo ou
necessitando de equipamentos coerentes
uns aos outros, de modo a formar uma de injeção. Recomenda-se para esta etapa maciço e relação água/cimento, usualmente
com as altas solicitações. Utiliza-se os
estrutura única. Apesar de normalmente bicos de 2,0 a 8,0 mm de diâmetro. com a/c entre 0,5 e 1,3). Um fato que se
seguintes componentes:
se obter colunas cilíndricas, com o avanço procura melhorar na execução é a relação
A coluna de solo-cimento é formada por
das técnicas de injeção e perfuração várias entre densidade e viscosidade da calda a A) Silo de cimento;
geometrias podem ser formadas, como, por injetar, buscando-se maximizar a densidade B) Conjunto misturador e agitador de calda
exemplo, painéis. e minimizar a viscosidade, a fim de obter de cimento de alta turbulência;
jatos de maior eficiência hidrodinâmica.
O sistema bifluido (Figura 2b), comumente
C) Bomba de injeção de calda de cimento
chamado de processo de Jet Grouting (JG 4 EQUIPAMENTOS capaz de pressões de até 450 kg/cm2,
ou JSG), por ser o mais utilizado, inovou
4.1 Perfuração D) Compressor de ar com capacidade
ao utilizar ar comprimido (5 a 10 kPa)
para o envolvimento do jato de calda. A perfuração é realizada por meio mínima de vazão de 750 pcm e pressão
Este envelopamento da calda pelo ar de ferramenta cortante abaixo do mínima de 6 kg/cm2;
possibilita um alcance maior do jato, pelo hidromonitor. Esta ferramenta de corte, E) Bomba d’água acionada por motor capaz
fato do ar comprimido propiciar um maior chamada de tricone, usualmente é reforçada de promover a limpeza dos detritos da
desenvolvimento hidráulico da calda de Figura 3 - Colunas escavadas - Aferição de com widia (carboneto de tungstênio), a perfuração;
cimento injetada, diminuindo as perdas de diâmetro. fim de facilitar o processo de perfuração.

92 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 93


JET GROUTING JET GROUTING
F) Reservatórios para armazenagem de 5.2 Operador de perfuratriz rochosos poucos fraturados. propriedades. Comumente em obras de
água, com capacidade para perfuração condicionamento de maciços, envolvendo
A) Movimenta o equipamento de acordo O projeto de colunas JG deve especificar
contínua de, pelo menos, uma coluna de Jet o uso de colunas Jet Grouting, é feita a
com a sequência executiva; os parâmetros a serem adotados. Por
Grouting; análise probabilística das resistências e de
B) Instala o equipamento no furo, meio da execução de colunas de teste,
permeabilidades do produto final.
G) Conjunto de gerador, para eventual observando locação e inclinação; estes parâmetros serão aferidos, através
indisponibilidade de energia elétrica no C) Verifica quantidade e tamanho das da escavação e verificação in loco das
local onde são executados os serviços. hastes colocadas, para acompanhar a colunas. Desta forma se testa se o diâmetro
profundidade perfurada; da coluna formada resultará adequado ao
5 EQUIPE DE TRABALHO projeto e se o efeito sobre as características
D) Detecta mudanças de camadas do solo à
5.1 Encarregado geral de serviços medida que a perfuração avança; a serem melhoradas é o esperado. O
tamanho dos bicos de injeção, a densidade
E) Detecta eventuais perdas d’água durante
A) Verifica: condições para entrada e e viscosidade da calda, a pressão de
a perfuração;
movimentação de equipamentos no injeção, a velocidade de ascensão da haste
canteiro da obra; descarregamento de F) Elabora registro dos dados de perfuração
e a velocidade de rotação da haste são
equipamentos, utensílios e ferramentas; para inclusão no boletim;
componentes controlados nas colunas
instalação da central de injeção e G) Orienta os auxiliares de perfuração
teste e na obra, fato de fundamental
implantação geral da obra; quanto à utilização do ferramental
importância no sucesso de aplicação desta
B) Verifica programação de execução necessário.
técnica. Pelo fato do processo executivo se
(sequência executiva) de acordo com
5.3 Injetador basear na erosão por fluidos em regime
características da obra e necessidades do
cliente; turbulento, a previsão teórica do processo
A) Prepara a calda de acordo com o traço, a de Jet Grouting é complexa. Já a previsão
C) Coordena o DDS (diálogo diário de fim de atender as especificações de projeto;
segurança) antes do início das atividades de das características hidráulico-mecânicas
cada dia e instrui em relação à segurança B) Bombeia calda de cimento; do maciço condicionado é feita pela Figura 6 – Resistências à compressão ao
durante a execução dos serviços; experiência de obras passadas e verificadas longo do tempo de colunas Jet Grouting
C) Elabora o boletim de injeção. (modificado – Hayward Baker, 2016)
D) Orienta em relação à verificação do in situ, com destaque para os ensaios de
número da coluna, sua verticalidade e 5.4 Auxiliar geral perda d’água e de resistência à compressão
instalação do equipamento; uniaxial.
Auxilia os especialistas nas atividades Tipo de Solo Resistência à Diâmetro das
E) Orienta em relação aos procedimentos e compressão (MPa) colunas (m)
principais. 7 RESULTADOS FINAIS ESPERADOS
acompanhamento da perfuração e injeção;
Nas Figuras 5 e 6 e na Tabela 1 parâmetros Areias e 3,5 - 14 0,9 – 1,8
F) Verifica condições de drenagem 6 ADEQUABILIDADE DOS MACIÇOS AO JET pedregulhos
superficial e retirada do material escavado necessários de performance das colunas Jet
GROUTING
da obra, de maneira que permita livre Grouting são observados. Como se pode Argilas (SPT<30) 1–7 0,7 – 1,5
trânsito aos equipamentos e pessoal; Como esta é uma técnica baseada na observar por esses dados, o intervalo de
G) Obtém, do responsável pela obra, erosão, a erodibilidade do solo tem papel variação das colunas Jet Grouting é grande, Tabela 1– Propriedades típicas das colunas
liberação formal da(s) coluna(s) a ser(em) fundamental na previsão da geometria, justificando a verificação in situ dessas
executada(s), no tocante à sua locação qualidade e produção das colunas. Solos Argila
e cotas, à medida que os trabalhos são não-coesivos são tipicamente mais erodíveis Silte Argiloso
desenvolvidos; pelo Jet Grouting que solos coesivos. Silte

H) Mantém contato em campo com Já maciços rochosos geram colunas de Areia siltosa

representante do cliente, em relação diâmetro inferior às de solos. Apesar da Areia média

às solicitações e providências para ampla aplicação da tecnologia, não se Pedregulho

continuidade normal da obra; recomenda a utilização da técnica de Jet psi 500 1000 1500 2000 2500 3000
0
MPa (3,4) (6,9) (10,3) (13,8) (17,2) (20,7)
I) Aprova boletim elaborado pelo operador Grouting em argilas rijas, argilas muito
Figura 5 – Intervalo de resistências de colunas convencionais de Jet Grouting de
de perfuratriz e pelo injetador. consolidadas, solos cimentados ou maciços acordo com o tipo de solo (modificado – Warner, 2004)

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JET GROUTING TABELAS ÚTEIS
8 BOLETIM DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS
Tabelas úteis
Telas soldadas nervuradas
2

2
2
(m)

(cm)
(cm)

Série
(mm)
(mm)
Seção
Seção
Kg / m

(cm / m)
(cm / m)
Kg / peça

Diâmetro
Diâmetro

transversal
transversal
transversal

Designação
Largura (m)

longitudinal
longitudinal
longitudinal

Espaçamento
Espaçamento
Apresentação
Comprimento

61 Q 61 15 15 3,4 3,4 0,61 0,61 ROLO 2,45 120 0,97 285,2


75 Q 75 15 15 3,8 3,8 0,75 0,75 ROLO 2,45 120 1,21 355,7
92 Q 92 15 15 4,2 4,2 0,92 0,92 ROLO 2,45 60 1,48 217,6
92 Q 92 15 15 4,2 4,2 0,92 0,92 PAINEL 2,45 6 1,48 21,8
92 T 92 30 15 4,2 4,2 0,46 0,92 ROLO 2,45 120 1,12 329,3
113 Q 113 10 10 3,8 3,8 1,13 1,13 ROLO 2,45 60 1,8 264,6
113 L 113 10 30 3,8 3,8 1,13 0,38 ROLO 2,45 60 1,21 177,9
138 Q 138 10 10 4,2 4,2 1,38 1,38 ROLO 2,45 60 2,2 323,4
138 Q 138 10 10 4,2 4,2 1,38 1,38 PAINEL 2,45 6 2,2 32,3
138 R 138 10 15 4,2 4,2 1,38 0,92 PAINEL 2,45 6 1,83 26,9
138 M 138 10 20 4,2 4,2 1,38 0,69 PAINEL 2,45 6 1,65 24,3
138 L 138 10 30 4,2 4,2 1,38 0,46 ROLO 2,45 60 1,47 216,1
138 T 138 30 10 4,2 4,2 0,46 1,38 ROLO 2,45 60 1,49 219
159 Q 159 10 10 4,5 4,5 1,59 1,59 PAINEL 2,45 6 2,52 37
159 R 159 10 15 4,5 4,5 1,59 1,06 PAINEL 2,45 6 2,11 31
159 M 159 10 20 4,5 4,5 1,59 0,79 PAINEL 2,45 6 1,9 27,9
159 L 159 10 30 4,5 4,5 1,59 0,53 PAINEL 2,45 6 1,69 24,8
196 Q 196 10 10 5 5 1,96 1,96 PAINEL 2,45 6 3,11 45,7
196 R 196 10 15 5 5 1,96 1,3 PAINEL 2,45 6 2,6 38,2
196 M 196 10 20 5 5 1,96 0,98 PAINEL 2,45 6 2,34 34,4
196 L 196 10 30 5 5 1,96 0,65 PAINEL 2,45 6 2,09 30,7
196 T 196 30 10 5 5 0,65 1,96 PAINEL 2,45 6 2,11 31
246 Q 246 10 10 5,6 5,6 2,46 2,46 PAINEL 2,45 6 3,91 57,5
246 R 246 10 15 5,6 5,6 2,46 1,64 PAINEL 2,45 6 3,26 47,9
246 M 246 10 20 5,6 5,6 2,46 1,23 PAINEL 2,45 6 2,94 43,2
246 L 246 10 30 5,6 5,6 2,46 0,82 PAINEL 2,45 6 2,62 38,5
246 T 246 30 10 5,6 5,6 0,82 2,46 PAINEL 2,45 6 2,64 38,8
283 Q 283 10 10 6 6 2,83 2,83 PAINEL 2,45 6 4,48 65,9
283 R 283 10 15 6 6 2,83 1,88 PAINEL 2,45 6 3,74 55
283 M 283 10 20 6 6 2,83 1,41 PAINEL 2,45 6 3,37 49,5
283 L 283 10 30 6 6 2,83 0,94 PAINEL 2,45 6 3 44,1
335 Q 335 15 15 8 8 3,35 3,35 PAINEL 2,45 6 5,37 78,9
335 L 335 15 30 8 6 3,35 0,94 PAINEL 2,45 6 3,48 51,2
335 T 335 30 15 6 8 0,94 3,35 PAINEL 2,45 6 3,45 50,7
396 Q 396 10 10 7,1 7,1 3,96 3,96 PAINEL 2,45 6 6,28 92,3
396 L 396 10 30 7,1 6 3,96 0,94 PAINEL 2,45 6 3,91 57,5
503 Q 503 10 10 8 8 5,03 5,03 PAINEL 2,45 6 7,97 117,2
503 L 503 10 30 8 6 5,03 0,94 PAINEL 2,45 6 4,77 70,1
503 T 503 30 10 6 8 0,94 5,03 PAINEL 2,45 6 4,76 70
636 Q 636 10 10 9 9 6,36 6,36 PAINEL 2,45 6 10,09 148,3
636 L 636 10 30 9 6 6,36 0,94 PAINEL 2,45 6 5,84 85,8
785 Q 785 10 10 10 10 7,85 7,85 PAINEL 2,45 6 12,46 183,2
785 L 785 10 30 10 6 7,85 0,94 PAINEL 2,45 6 7,03 103,3
1227 LA 1227 10 30 12,5 7,1 12,27 1,32 PAINEL 2,45 6 10,87 159,8
98 EQ 98 5 5 2,5 2,5 0,98 0,98 ROLO 1,2 60 1,54 110,9

96 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 97


TABELAS ÚTEIS TABELAS ÚTEIS

CARACTERÍSTICAS DAS BARRAS DE AÇO CA50A


(Tensão de escoamento 50 kN/m2 e Ruptura 55 kN/m2)

DIÂMETRO ÁREA PESO


Fórmula Decourt-Quaresma
mm cm2 Kg/m
Dimensionamento de Estacas
5 0,20 0,16 (só aplicar conforme orientação do autor)
6,3 0,32 0,25
ATRITO LATERAL
8 0,50 0,40
CARGA DE TRABALHO
10 0,80 0,63 (kN/m)
12,5 1,25 1,00
q LAT = SP D
16 2,00 1,60 3 1,3
20 3,15 2,50 DIÂMETROS (mm) - d
22 3,80 3,00
SPT
100 150 200 220 250 300 400
25 5,00 4,00
32 8,00 6,30 2 4 6 8 9 10 12 16
4 6 9 11 12 14 17 23
6 7 11 15 16 18 22 29

3 8 9 13 18 20 22 27 35
Sugestão de traço por m para aplicação em Concreto Projetado
(fck provavelmente superior a 25 Mpa, a ser verificado) 10 11 16 21 23 26 31 42
Cimento 350 Kg 12 12 18 24 27 30 36 48
Areia 1.150 Kg ~ 790 l 14 14 21 27 30 34 41 55
Pedrisco 750 Kg ~ 530 l 16 15 23 31 34 38 46 61
Fibras Metálicas (ou) 35 a 40 Kg 18 17 25 34 37 42 51 68
Fibras Plásticas 5 a 6 Kg 20 19 28 37 41 46 56 74
22 20 30 40 44 50 60 81
24 22 33 44 48 54 65 87
26 23 35 47 51 58 70 93
Resultados de ensaios comparativos em Concreto Projetado aplicado por 28 25 38 50 55 62 75 100
via seca e reforçado com fibras
30 27 40 53 59 67 80 106
32 28 42 56 62 71 85 113
CONSUMO RUPTURA
TENACIDADE TENACIDADE, 34 30 45 60 66 75 89 119
TIPO DE DE FIBRA NO MÉDIA,
Joule FATOR MÉDIO
FIBRA CONCRETO TRAÇÃO NA 36 31 47 63 69 79 94 125
(Kn/mm) (Mpa)
(Kg/m3) FLEXÃO (mpa)
38 33 50 66 73 83 99 132
SINTÉTICA 40 35 52 69 76 87 106 139
SHEIKAN 40 6 Kg 4,91 12,65 1,84
mm 42 36 54 73 80 91 109 145
44 38 57 76 83 95 116 151
AÇO STEEL JET
37,5 Kg 5,12 13,18 1,91
38 mm 46 40 59 79 87 99 118 158

AÇO SIMILAR 48 41 62 82 90 103 123 164


35 Kg 3,95 14,95 2,2
DR 65/35 50 43 64 85 94 107 128 171

98 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 99


TABELAS ÚTEIS TABELAS ÚTEIS
Escala dos tempos geológicos (Almeida e
Ribeiro apud Oliveira e Brito, 1998)

Milhões

10-8
d (mm) Ap (cm²) Eon. Era Período

argilas
100 78,54
de anos
PONTA
CARGA DE TRABALHO 150 176,71
(kN) 200 314,16 Neogeno* 1,6
220 380,13 Cenozóico
Qponta = Ap x SPT x K Paleoge-
250 490,87 64,4
4 no*

10-6
300 706,86
400 1.256,64 Cretáceo 140

K = 12 ARGILA K = 25 SILTE ARENOSO Mesozóico Jurássico 205


DIÂMETRO (mm) DIÂMETRO (mm)

siltes argilosos
SPT SPT
100 150 200 220 250 300 400 100 150 200 220 250 300 400 Triássico

10-4
250
10 2 5 9 11 15 21 38 10 5 11 20 24 31 44 79

areias finas siltosas e argilosas,


14 3 7 13 16 21 30 53 14 7 15 27 33 43 62 110 Permiano 290
18 4 10 17 21 27 38 68 18 9 20 35 43 55 80 141
Fanerozóico
Carboní-
22 5 12 21 25 32 47 83 22 11 24 43 52 67 97 173 fero 355
26 6 14 25 30 38 55 98 26 13 29 51 62 80 115 204

10-2
30 7 16 28 34 44 64 113 30 15 33 59 71 92 133 236 Devoniano 410
Paleozóico

areias
34 8 18 32 39 50 72 128 34 17 38 67 81 104 150 267
38 9 20 36 43 56 81 143 38 19 42 75 90 117 168 298 Siluriano 438
42 10 22 40 48 62 89 158 42 21 46 82 100 129 186 330
Ordovicia-
46 11 25 45 55 71 102 181 46 24 53 94 114 147 212 377 510

1
no
50 12 27 47 57 74 106 188 50 25 55 98 119 153 221 393
Cambriano 540 (570)

K = 20 SILTE ARGILOSO (SOLOS RESIDUAIS) K = 40 AREIA


Neoproterozóico 1.000
DIÂMETRO (mm) DIÂMETRO (mm)
SPT SPT
100 150 200 220 250 300 400 100 150 200 220 250 300 400 Mesoprotero- 1.600
107

10 4 9 16 19 25 35 63 10 8 18 31 38 49 71 126 zóico
pedregulhos

14 5 12 22 27 34 49 88 14 11 25 44 53 69 9 176 Paleoprotero-
Proterozóico

2.500
18 7 16 28 34 44 64 113 18 14 32 57 68 88 127 226
zóico
22 9 19 35 42 54 78 138
ESTIMATIVA DE PERMEABILIDADE (MELLO E TEIXEIRA, 1967)

22 17 39 69 84 108 153 276


26 10 23 41 49 64 92 163 26 20 46 82 99 128 184 327
30 12 27 47 57 74 106 188 30 24 53 94 114 147 212 377
34 13 30 53 65 83 120 214 34 27 60 107 129 167 240 427 4.500
Arqueano

38 15 34 60 72 93 134 239 38 30 67 119 144 187 269 478


SOLO

k (cm/s)

42 16 37 66 80 103 148 264 42 33 74 132 160 206 297 528


46 18 41 72 87 113 163 289 46 36 81 145 175 226 325 578 * Novas denominações para os períodos Quartenário e
50 20 44 79 95 123 177 314 50 39 88 157 190 245 353 628 Terciário, que tiveram suas épocas redistribuídas.

100 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 101


102
TABELAS ÚTEIS

Veio de
Quartzo
Topo RAM

Fa
lha
Topo RAD

Topo RS
Fraturas

Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda.


Perfil de Intemperismo para Regiões Tropicais (Vaz, L., 1996)

Carta de plasticidade para classificação de solos finos pelo SUCS (Vargas, 1978 apud Oliveira e Brito, 1998)
Aumenta: tenacidade e resistência do solo seco r
60 rio
Diminui: permeabilidade e variação de volume pe
su ado
ite xim
COMPARAÇÃO DE Lim pro
SOLOS IGUAL LL a

“A

Linha B (L.L.=50)
50 ha
Lin ” 0)
“A -2
Diminui: tenacidade e resistência do solo seco ha L.%
Aumenta: permeabilidade e variação de volume Lin (L.
73
0,
.=
40 LP
CH
30
Argilas orgânicas

www.solotrat.com.br
siltes orgânicos e

Índice de Plasticidade (IP%)


Argilas inorgânicas de siltes-argilas
20 Argilas arenosas siltes inorgânicos
mediana plasticidade altamente plásticas
de baixa plasticidade areias muito
finas siltosas areias argilosas
areias-argilas OH MH
CL
OL
10
SF Siltes orgânicos
ML e inorgânicos e
SC siltes-argilas
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

103
Limite de liquidez (11%)
TABELAS ÚTEIS
104

Carta para classificação de solos pelo sistema MCT (Nogami e Villebor, 1995 apud Oliveira e Brito, 1998)
0,27 0,45 0,7 1,7
TABELAS ÚTEIS

NSl
NAl
Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda.
NAl
0 0,5 0,7 1,0 1,5 1,7 2,0 2,5 3,0
L - LATERÍTICO N - NÃO-LATERÍTICO A - AREIA Al - ARENOSO Gl - ARGILOSO Sl - SILTOSO
Graus de Coerência (ISRM, apud ABGE, 1983)
RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
SIGLA ROCHA CARACTERÍSTICA
UNIAXIAL (MPa)
Extremamente branda Marcada pela unha R0 0,25 - 1,0
C5
Esmigalha-se sob impacto da ponta do martelo
Muito branda R1 1,0 - 5,0
de geólogo. Pode ser raspada por canivete.
Pode ser raspada por canivete, com dificuldade.
C4 Rocha Branda Marcada por firme pancada com ponta do marte- R2 5 - 25
lo de geólogo.
Não pode ser raspada por canivete. Amostras
Medianamente resis-
C3 podem ser fraturadas com um único golpe do R3 25 - 50
tente
martelo de geólogo.

www.solotrat.com.br
Amostras requerem mais de um golpe de martelo
C2 Resistente R4 50 - 100
para fraturarem-se.
Amostras requerem muitos golpes de martelo para
Muito resistente R5 100 - 250
fraturarem-se.
C1
Amostras podem ser apenas lascadas com o
Extremamente resistente R6 > 250
martelo do geólogo.

105
TABELAS ÚTEIS
Resistência a compressão uniaxial (MPa)
106

1 2 4 6 8 10 20 30 40 50 60 80 100 150 200 250 300


BASALTOS MACIÇOS
GRANITOS
MIGMATITOS
ARENITO “COZIDO”
DIABÁSICOS
QUARTZITOS
PERFURAÇÃO PIROXENITOS
CALCOSSILICATOS
TABELAS ÚTEIS

HEMATITAS
A PERCUSSÃO A PERCUSSÃO A ROTAÇÃO
COM TRADO COM LAVAGEM TINGUAÍTOS
ITABIRITOS
ESCAVAÇÃO DIORITOS
PEGMATITOS
LÂMINA ESCARIFICAÇÃO EXPLOSIVO MÁRMORES
DOLOMITOS
METASSEDIMENTOS
MILONITOS
CALCÁREOS METAMÓRFICOS
BASALTOS VESIC-AMIG
SILTITOS
XISTOS
FOLHELHOS
ARGILITOS
CALCÁREOS SEDIMENTARES
FILITOS
DESDE 0,5 BASALTOS LEVES
EVAPORITOS
ARENITOS

Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda.


1 2 10 30 100 300
100
R1
60
R2
30 R3
ALTERAÇÃO

% REDUÇÃO
CLASSES DE

> 10 S2
SOLO ROCHAS MUITO BRANDAS ROCHAS BRANDAS ROCHAS MÉDIAS ROCHAS DURAS GRUPOS
Resistência a compressão uniaxial e classes de alteração (Vaz, L.F., 1996)
Vp (km/s)
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0

0,001

Loose

Dense
TERM
excepcional-
mente pobre

Very loose
0

Very dense
>50

0,01

Medium dense
Fraturas/m
te pobre
extremamen-

0
30

0,1
25
19
muito pobre

1
Q
45
13,5

www.solotrat.com.br
pobre /
regular

0-4

4 - 10

30 - 50
10 - 30

over 50
10
78

coarse soils (IAEG, 1981)


6,5

RQD (%)
bom /
muito bom

94

100
3,5

SPT N - values Blows/300 mm penetration


excelente
Relação entre o índice Q e os valores de Vp para maciços

Standard penetration test N - values and descriptive terms of


rochosos fraturados escavados em níveis rasos (Barton, 1997)

107
10
TABELAS ÚTEIS
TABELAS ÚTEIS TABELAS ÚTEIS

Dimensionamento empírico de tirantes, concreto projetado e


cambotas com auxílio das classificações Q e RMR

0,1 m
(Waltham, 1995 apud Oliveira e Brito, 1998)

0,5
0,1
0,3
1
Espaçamento de fraturas

3
Inapropriado

Classificação do maciço rochoso (Bieniawski, 1973)


Tirantes

Sistemáticos

10
Tirantes

Concreto
moldado
Localizados

Tirantes e con-
creto c fibras
Autoportante

Tirantes
e concreto
projetado

Dimensão equivalente, metros

108 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 109


TABELAS ÚTEIS TABELAS ÚTEIS

GEOLOGICAL STRENGTH INDEX FOR JOIN-


TED ROCKS (Hoek and Marinos, 2000)
From the lithology, structure and
surface conditions of the discontinuities,
estimates be too precise. Quoting a ran-
ge from 33 to 37 is more realistic than
stating that GSI=35. Note that the table
does not apply to structurally controllad
Bolt lenght in m for ESR = 1,0 failures. Where weak planar structural
planes are present in an unfavorable

95
20
11
7
5
3
2,4
1,5
orientation with respect to the excava-

106,2
1
1000
tion face, these will dominate the rocks

I
mass behaviour. The shear strength of
surfaces in rocks that are prone to dete-

89
400

Unsupported

97,9
SURFACE CONDITIONS
rioration as a result of changes in mois-

1
2
ture content will be reduced is water is
present. When working with rocks in the

80
100

85,4
fair to the right may be made for wet

2
conditions. Water pressure is dealt with

J
VERY GOOD
Very rough, fresh unweathered surfaces
VERY GOOD
Very rough, fresh unweathered surfaces
FAIR
Smooth, moderately weathered and altered
surfaces
POOR
Slickensided, highly weathered surfaces with com-
pact coatings or fillings or angular fragmens
VERY POOR
Slickensided, highly weathered surfaces with soft
clay coatings or fillings

9
sb
rea
SRF

15
74
by effective stress analysis.

40

da

cm

77,2
4
3
ete
X

II
tcr

(RMR - 44)
(RMR - 50)
B

2,5 m
sho
STRUCTURE DECREASING SURFACE QUALITY

e
Ja

un
Ja

65
10

g in

2,3 m
cin

B (+S)
X
INTACT OR MASSIVE - intact rock

spa
4

lt

59
90

56,5 64,7
specimens or massive in situ rock with N/A N/A

Bo
Jn

2,1 m
RQD
cm
5 few widely spaced discontinuities

Sfr + B

III
80

50
1,7 m
6

44
cm
9 BLOCKY - well interlocked undis-
70

1,0 m
0,4
turbed rock mass consisting of cubical

1,5 m
7

Barton
cm
blocs formed by three intersecting

Sfr + B Sfr + B
12

Bienia s i
rea
discontinuity sets 60

Grimstad, E.; 1994)


1,3 m

35
ted a

23,3
8

IV
m c

otcre
VERY BLOCK - interlocked, partially

15
50

RRS +B

1,2 m
disturbed mass with multi-faceted

0,04 0,1

in sh

log

n
angular blocks formed by 4 or more

acing
Rock mass quality Q =
joint sets

sp

2,6
20
1,0 m
40

Bolt
9
CCA
BLOCKY/DISTURBED/SEAMY - folded

R R
R R
V
with amgular blocks formed by many

cm
25
intersecting discontinuity sets. Persis-
tence of bedding planes or schistosity 30

5
7
5
2
1
0,001 0,004 0,01

50
20
10

100
DISINTEGRATED - poorly interlo-
20
cked, heavily broken rock mass with
DECREASING INTERLOCKING OF ROCK PIECES

ESR
mixture of angular and rounded rock

1 R R - 18,2
2 R R
Span or height in m
pieces

10
LAMINATED/SHEARED - Lack of blo-
ckiness due to close spacing of weak N/A N/A
schistosity or shear planes

Diagrama empírico para uso no dimensionamento do suporte permanente de túneis e cavernas, to-
Tabela1 - Estimativa de GSI para maciços rochosos fraturados (Hoek,1995, in Hoek, 2001)

mando por base o Sistema-Q. São Também apresentadas duas correlações entre Q e RMR (Barton, N.;
110 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.solotrat.com.br 111
TABELAS ÚTEIS

(Celsius)

113
10kg/cm2

0.01kg/cm2

0.07kg/cm2

10kg/cm2

10kg/cm2

100kg/cm2

10.000kg/cm2

0,01kg/cm2
oC
TESTEMUNHO

(oF(Fahrenheit) - 32) 0,556


Sondagem Rotativa: relação de diâmetros

ÁREA DO

51,4
13,9
13,9
15,5
23,5
23,5
27,1
45,6
cm2

3,6
3,6
4,2
7,1
7,1
8,3

1kN/mm2
1kg/mm2
ÁREA DO

1MN/m2

1N/mm2
Relação de unidades

1kN/m2
FURO

45,1

77,3
11,2

18,1

28,3
cm2

1MPa

1kPa

www.solotrat.com.br
1psi
TESTEMUNHO
DIÂMETRO

mm

44,4
54,7
54,7
58,7
76,2
80,9
21,5
21,5
23,0
30,1
30,1
32,5
42,0
42,0
DO

0,1kg

10N

0,1t

10kN

0,1MPa

100kPa

14,2psi

0,1MN/m2

0,1N/mm2

0,01kg/mm2

0,0001kN/mm2

100kN/m2
DIÂMETRO
DO FURO
mm

60,0
75,8
75,8
75,8
99,2
99,2
37,7
37,7
37,7
48,0
48,0
48,0
60,0
60,0
DIAMANTADAS
COROAS

NWM
AWM

BWM
EWM

NWG
AWG

HWG
BGW
EWG

NWT
AWT

HWT
BWT
EWT

1kg/cm2
1kN
1kg
1N

1t

GSI FOR HETEROGENEOUS ROCK MASSES SUCH AS FLYSCH

Tabela 2 - Estimativa de GSI para maciços heterogêneos (Marinos e Hoek, 2001, in Hoek, 2011)
VERY GOOD - Very rough, fresh unwea-

VERY POOR - Very smooth slickensided


slickensided surfaces with compact coa-
tings or fillings with angular fragments
(Predominantly bendding planes)

FAIR - Smooth, moderately weathered

or highly weathered surfaces with soft


(Marinos. P and Hoek. E, 2000)
GOOD - Rough, slightly weathered

From a description of the lithology, structure and surface conditions (particularly of


POOR - Very smooth, occasionally
SURFACE CONDITIONS OF

the bedding planes), choose a box in the chart. Locate the position in the box that
corresponds to the condition of the discontinuities and estimate the average value
of GSI from the contours. Do not attempt to be too precise. Quoting a range from
DISCONTINUITIES

33 to 37 is more realistic than giving GSI = 35. Note that the Hoek-Brown criterion
clay coating or fillings
and altered surfaces

does not apply to structurally controlled failures. Where unfavourably oriented con-
tinuous weak planar discontinuities are present, these will dominate the presence of
thered surfaces

groundwater and this can be allowed for by a slight shift to the right in the columns

Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda.


for fair, poor and very poor conditions. Water pressure does not change the value os
surfaces

GSI and it is dealt with by using effective stress analysis.

COMPOSITION AND STRUCTURE


A. Thick bedded, very block sandstone
The effect of pelitic coatings on the bedding planes is mini- 70
mized by the confinement of the rock mass. In shallow tun-
nels or slopes these bedding planes may cause structurally A
controled instability. 60

B. Sandsto- C. Sands- D. Siltstone E. Weak-


ne with thin tone and or siltyshale siltstone 50
interlayers siltstone with sands- or klayey B C D E
of siltstone in similar tone layers shale with
amounts sandstone 40
layers
C,D,E and G - may be more or less F. Tectonically deformed, in-
folded than ilustrated but this does tensively folded/faulted, she-
30
not change the strength. Tectonic ared clayey shale or siltstone
deformation, faulting and loss of with broken and deformed
F
TABELAS ÚTEIS

continuity moves these categories to sandstone layers forming an


F and H. almost chaotic structure 20

G. Undisturbed silty H. Tectonically deformed silty or


or clayey shale with clayey shale forming a chaotic
structure with pockets of clay. 10
or without a few very
thin sandstone layers Thin layers of sandstone are G H
112

transformed into small rock


pieces.
TABELAS ÚTEIS

Fibras
Tipos de equipamentos de furação para desmonte (Redaelli e SHEIKAN®
Cerello apud Oliveira e Brito, 1998)

Peso do Diâmetro Produção Produção de


Tipos Categoria martelo do furo de furação desmonte
Kg (mm) (m/h) m3/h
leves < 18 40 - 36 4 3
Marteletes
médios 18 - 24 40 - 36 5 4
manuais
pesados 24 - 34 40 - 36 6 5
leves (sobre
35 - 45 73 (3”) 8 40
pneus)
Carretas médias 45 - 60 88 (31/2”) 10 70
de furação
pesadas 60 - 70 102 (4”) 15 100
super > 70 > 102 (> 4”) 20 - 150 FIBRAS SINTÉTICAS
As fibras SHEIKAN são monofilamentos
sintéticos, para serem adicionados ao
concreto, fabricadas a partir de extrusão
e conformação de polietileno de alta
resistência à tração, com superfície senoidal
Referências Bibliográficas a fim de gerar maior aderência ao concreto.
Pesquisas recentes têm demonstrado que
AGI - American Geological Institute. Publicação do Data Sheet Committee. fibras com maior capacidade de elongação VANTAGENS:
Barton, N. Choosing between TBM or drill and blasting excavation for long tunnels.
como a SHEIKAN, têm conduzido a A maior capacidade de deformação da
Publicação do Boletim Informativo no 74 da ABGE, 1997.
Barton. N. and Choubey, V. The shear strenght of rock joints in theory and practice. melhores resultados, aumentando as áreas fibra associada à sua grande aderência ao
Rock Mechanics, Springer, Vienna, no 1/2, p. 1-54. Also NGI-Publ. 119, 1997. sob as curvas Tensão/Deformação. concreto, melhora a tenacidade do mesmo
Bieniawski, Z.T. Engineering classification of jointed rock masses. The Civil Engineering além de:
in South Africa, p.335-343, 1973.
Fundações: Teoria e Prática, ABMS/ABEF, 1996, Editora Pini Ltda. São Paulo, SP. Intro- CARACTERÍSTICAS FÍSICAS Substituir com vantagem as telas
dução à Mecânica dos Solos, Milton Vargas, 1978., Mac Graw-Hill do Brasil, Editora da Comprimento 40,0mm metálicas e fibras de aço;
Universidade de São Paulo.
IAEG International Association of Engineering Geology. Bulletin no 24, 1981. Diâmetro 0,5mm Aumenta a resistência à fadiga;
ISRM International Society for Rock Mechanics (1978). Tradução no 12 da ABGE, 1983. Fator de forma 80
Jour. Sed. Pet., v. 23, p. 117, 1953. Melhora a plasticidade e elasticidade do
Mello, V. e Teixeira, A.M. Mecânica dos Solos. São Carlos. Escola de Engenharia de São Números de fios por Kg 20.000 un. concreto;
Carlos - USP, 1967. (Publicação no 37).
Oliveira, A.M.S. e Brito, S.N.A. Geologia de Engenharia, São Paulo. ABGE, p. 587, 1998. Reduzir as trincas;
APRESENTAÇÃO:
Terzaghi, K and Peck, R. Soil Mechanics in engineering practice. John Wiley and Sons
Não sofre corrosão, nem oxidação;
Inc., New York, 1948. Saco plástico com 6,00Kg
Vaz, L.F. Classificação genética dos solos e dos horizontes de alteração de rocha em re- Não conduzir eletricidade;
-giões tropicais. Revista Solos e Rochas, v. 19, n2, p. 117-136, 1996. Cubagem para transporte: 1m3 comporta
Marinos e Hoek, 2001, in Hoek, 2011. 150Kg de fibra. Melhora a trabalhabilidade do concreto e

114 Solotrat Engenharia Geotécnica Ltda. www.sheikan.com.br 115


Fibras SHEIKAN® Fibras SHEIKAN®
reduz os desgastes de mangotes e bombas Massas CONCEITUAÇÃO
TRAÇADO PADRÃO
de concreto; Vol.
POR m3 (pisos) (Kg)
A ruptura frágil do concreto quando sub-
Espaçar o número de juntas de dilatação; Fibra sintética
6Kg 1sc metido a esforços de tração ou flexão
SHEIKAN
Conter maior volume de fibras por m3 de é devida à existência de microfissuras
Água 185Kg 185l
concreto; desenvolvidas no processo de endureci-
Brita 1 490Kg 320l mento. Ou seja, a energia resultante dos
Diminuir a permeabilidade;
Brita 2 490Kg 320l esforços concentra-se rapidamente nas
Evitar a formação de Portilandita Areia 750Kg 510l extremidades dessas microfissuras, com
resultando em maior aderência da fibra ao alargamento incontrolável até ocorrer a
Cimento CPII – E-40 400Kg 8sc
concreto; ruptura do material.
*Esta dosagem é divulgada como guia.
Diminuir os danos no concreto provocado Para usos específicos recomenda-se A presença de fibras distribuídas uni-
Ensaio de resistência à tração na flexão
por incêndios; ensaios com os agregados e cimentos formemente no concreto impede a pro- (concreto projetado 28 dias - Fck 21MPa)
disponíveis no local da aplicação. pagação e ampliação das microfissuras,
Não formar “ninho” na fase de mistura; melhorando e incrementando suas carac-
Diminuir os efeitos de sismos no concreto. Diâmetro Máximo do Agregado 25mm terísticas mecânicas e diminuindo a per-
meabilidade. VANTAGENS DO CONCRETO REFORÇADO
Fator água / Cimento 0,46 < 0,50
COM FIBRAS DE AÇO STEEL JET
TRABALHABILIDADE Teor Argamassa (Partículas < 5mm) 55 < 60%
Abatimento Aproximado 80mm Aumento na resistência ao impacto e
Podem ser adicionados ao concreto em
carregamento dinâmico.
qualquer fase da mistura dos agregados,
mecânica ou manualmente. Aumento da resistência à tração, flexão,
FIBRAS METÁLICAS cisalhamento e puncionamento.
Tempo da mistura: menor ou igual a 3 Redução ou supressão da fissura no es-
minutos. tado plástico na cura do concreto.
As fibras metálicas Steel Jet proporcio-
nam ao concreto, aumento real em suas Acabamento do concreto sem apareci-
características mecânicas, quando com- mento das fibras na superfície.
parado ao concreto reforçado com tela Eliminação da tela metálica.
metálica. Associação de barras de aço, possibili-
APLICAÇÃO DO CONCRETO REFORÇADO tando a diminuição da taxa de armadura
A adição é executada diretamente nas
COM FIBRAS METÁLICAS STEEL JET convencional.
betoneiras ou centrais de concreto, não
Revestimento de túneis em Redução na espessura da camada.
formando “ninhos” e resultando numa Concreto projetado solo e rocha, estabilização
de taludes, recuperação de
estruturas. Aplicação diretamente na betoneira –
mistura homogênea e de fácil trabalhabi-
via seca ou úmida, sem formar “ninhos”
lidade e manuseio. Pavimentos de Aeroportos, autoestradas.
concreto nas fibras.
Seu perfil senoidal promove aderência
Suportes de máquinas, áreas Redução do tempo de liberação das
ao longo de toda sua extensão, não de- Pisos industriais
sujeitas a impactos, etc. frentes.
senvolvendo esforços concentrados nas Tubos de concreto para Redução de custos homem/hora, guin-
Pré-moldados
galerias, lajes, etc.
extremidades. dastes, andaimes, perfuração, fixação,
Alto forno, duto de chaminé,
As vantagens técnicas e econômicas são Concreto refratário etc.
etc. duto de chaminé, etc.
significativas em comparação aos refor- Supressão da sobre-espessura (volume)
Concreto de baixa Obras portuárias, estradas,
ços convencionais. permeabilidade estruturas hidráulicas, etc. devido à imperfeita conformação da tela
sobre a superfície escavada.

116 Sheikan Ancor Jet Comercial Industrial Ltda. www.sheikan.com.br 117


Fibras SHEIKAN®
CARACTERÍSTICAS DA FIBRA DE AÇO STEEL Demonstrativo de ganhos com uso das Fibras Steel
Jet frente à tela metálica
JET
Término
36,5 horas

Fabricada com arame trefilado de aço 3ª Camada (5cm) de


projetado.
1,5 horas
carbono de acordo com a norma da
Perfuração, instalação de 16 horas
American Society for Testing and Material pinos e fixação da tela Tela Economia de
Término
33,5 horas na
– ASTM. 3 horas
2ª Camada (5cm) de execução do
projetado. 1,5 horas serviço
Designação A-820 Tipo I – “cold draw
high tensile deformed steel wire” Perfuração, instalação de 16 horas 1,5 horas de 2ª Camada (5cm)
pinos e fixação da tela Tela projetado
Constituída por um senoide de seção 1ª Camada (5cm) de
1,5 horas 1,5 horas de 1ª Camada (5cm)
praticamente retangular, nas seguintes projetado. projetado

dimensões: Obs.: o uso de fibra possibilita a redução da espessura de 15cm (três camadas) para 10cm (duas
camadas) de concreto.

Dimensões
Tamanho nominal 1 ½” – 38 mm

Comprimento 37,0 a 43,0 mm

Largura 2,0 a 2,7 mm

Espessura 0,2 a 0,7 mm

Altura 1,5 a 2,5 mm

Aspecto Arame de aço corrugado

Resistência à tração 71 a 88 Kf/mm2

Sacos c/15Kg
Embalagem
Sacos c/20Kg

Composição química do aço


Elemento Limite mínimo Limite
(%) máximo (%)
C 0,09 0,15

Mn 0,82 0,95

Si 0,12 0,18

Al 0,00 0,37

P 0,00 0,02

S 0,00 0,016

Demais
0,00 0,02
elementos

118 Sheikan Ancor Jet Comercial Industrial Ltda.


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Serviços Geotécnicos

Solo Grampeado
Túnel NATM
Enfilagem
Jet Grouting
Estaca Raiz
Injeção de Consolidação
Contenção Atirantada
Microestaca Tubular Injetada
Estacas Soft Soil Anchor (Alluvial Anker)
Dreno Fibroquímico
DHP - Dreno Profundo
Concreto Projetado
Geotecnia de Barragem
Hélice Contínua
Rebaixamento de Lençol Freático

Solotrat Engenharia Av. Irmã Dulce, 214


Geotécnica Ltda. Jd. dos Bichinhos (Interlagos)
São Paulo/SP - Cep: 04821- 455
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Solotrat Nordeste Fortaleza / CE


Tel: +55 (85) 99994 1372

solotrat@solotrat.com.br
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Distribuição gratúita

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