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Sistema de Polias

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MF – MANUAL DE FUNDAMENTOS 486

ASCENSÃO COM PRUSSIK

3.3.1.2 Ascensão com cabo da vida: Ancore o cabo da vida à cadeira com um volta
do fiel, deixando um chicote maior que o outro. Com o chicote menor, faça um belonesi na
altura do rosto, com o outro, cerca de um palmo abaixo do primeiro, no qual deve ser feito
uma azelha, abaixo do belonesi, que servirá de pedaleira.
3.3.2. Ascensão com aparelhos blocantes: Utilizado com ascensores de punho e
travas ventrais.
(Fig. 18.57)

ASCENSÃO COM BLOCANTES MECÂNICOS

3.4. MULTIPLICAÇAO DE FORÇA

O homem com suas descobertas e criações, lentamente começou a compreender a


natureza e aprendeu a controlá-la e aproveitá-la. Para levantar e locomover grandes pesos
acima de sua capacidade muscular, o homem criou instrumentos que facilitam sua ação,
ampliando a força aplicada. Esses instrumentos são chamados de máquinas simples.

Máquina Simples: É a ferramenta ou dispositivo que multiplica a força,


aumentando a vantagem mecânica de modo a facilitar o deslocamento de um peso. As mais
conhecidas e aplicadas nas ocorrências são: alavancas, planos inclinados, sarilhos e
roldanas.

3.4.1. ALAVANCA: Máquina simples construída por barra de ferro, madeira ou outros
materiais resistentes que através de um ponto de apoio é empregada para mover ou levantar
peso. De acordo com o posicionamento entre a força de ação e a resistência em relação ao
ponto de apoio podemos ter três tipos de alavancas:

• Alavanca Inter-fixa: O ponto de apoio está sempre entre a força de ação e a força
de resistência. Exemplo: tesoura

• Alavanca Inter-Resistente: O ponto de apoio está numa extremidade, estando a


força de resistência entre a força de ação e o ponto de apoio. Exemplo Carriola de
pedreiro.

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• Alavanca Inter Potente: A força de ação está aplicada entre a força de resistência
e o ponto de apoio. Exemplo: Grampeador,pescador

3.4.2. PLANO INCLINADO: É a mais antiga de todas as máquinas que consiste em


uma superfície inclinada (rampa) a fim de ajudar a deslocar um peso a uma determinada
altura. Exemplo: Rampa, Parafuso.

3.4.3. SARILHO: É um cilindro horizontal móvel, em volta do qual se enrola um cabo


ou corda que está ancorado ao peso que se deseja içar. Exemplo: Aparelho de Poço

3.4.4. ROLDANA: É uma roda que gira ao redor de um eixo sendo que esta roda é
composta em seu perímetro por um sulco denominado garganta, gola ou gorne onde se
encaixam cabos ou cordas tendentes a contorná-lo. As roldanas podem ser de plástico, de
madeira, de ferro ou de aço e são presos a suportes laterais permitindo a ancoragem. Vários
conjuntos podem ser formados com uso de roldanas a saber: polias, patesca, moitão,
cadernal e talhas.

A fim de obter vantagem mecânica com uso de roldanas, devemos ter em mente
algumas premissas em relação ao assunto:

• A roldana por si só não multiplica força, ela deve ser utilizada em conjunto com cabos
ou cordas e equipamentos para ancoragem tais como mosquetões, lingas e manilhas;
• Nem toda roldana disposta no sistema se presta a multiplicar a força, algumas apenas
mudam a direção.
• Deve-se ficar atento para que o ponto de ancoragem e os equipamentos empregados
suportem todo o sistema de multiplicação de força.
• A velocidade de deslocamento da carga de resistência é inversamente proporcional à
vantagem mecânica obtida. Assim, se multiplicarmos a força quatro vezes, por
exemplo, a velocidade do deslocamento será quatro vezes menor porque para deslocar
o peso 1 metro teremos que tracionar 4 metros de corda.
• Para um melhor aproveitamento da multiplicação de força, o ângulo entre os dois
ramais que saem de uma roldana deve ser igual a zero, pois quanto maior o ângulo
entre os ramais menor será a vantagem mecânica

De uma maneira geral e prática, sem necessidade de muitos cálculos matemáticos,


podemos enquadrar todas as combinações possíveis de roldanas em apenas dois sistemas
de multiplicação de força quais sejam: Sistema Simples e Sistema Combinado.

3.4.4.1. Sistema Simples:

O sistema simples é o mais utilizado pela sua praticidade nas ocorrências em que se
exige um içamento ou tracionamento de alguma carga. O melhor método para o cálculo da
vantagem mecânica nesse sistema é contar o número de cabos ou cordas que estão ligados,
de alguma forma, ao peso que se deseja movimentar, pois são os únicos que concorrem
para a multiplicação de força sendo que os demais apenas desviam a força aplicada.

Observando as possibilidades anteriores podemos notar que na montagem do


sistema simples a primeira providência é determinar onde será o 1º ponto de ancoragem e
para tanto temos apenas duas alternativas para escolher, quais sejam: no peso ou no ponto
fixo. Assim de acordo com a opção teremos um sistema ímpar ( 1ª ancoragem no peso ) ou
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um sistema par ( 1ª ancoragem no ponto fixo ), sendo a escolha a critério do responsável


pela operação e deve ser tomada de acordo com a situação no local e os materiais
disponíveis.

No entanto, a obtenção de um sistema par ou ímpar deve servir apenas como


auxílio e não como regra, pois a determinação da vantagem mecânica obtida deve ser
calculada sempre com base no número de seções da corda que está ligada ao peso, desta
forma se a seção da corda onde se esteja imprimindo a força estiver de alguma forma
ligada ao peso, esta também deverá acrescer no cálculo da multiplicação de força.

Um dos maiores problemas que enfrentamos é o tamanho da corda, assim se


tomarmos como exemplo uma ocorrência que se tenha que descer num poço de 30m de
profundidade, ao utilizarmos uma corda de 100m, podemos fazer no máximo uma
multiplicação de força de até 3X, pois só dentro do poço seriam consumidos 90m de corda.

A fim de solucionar tal questão, utilizamos a multiplicação de força em espaço

(Fig. 18.58)
cordins
objeto

bombeiro

Sistema 3:1

reduzido, desta forma através de equipamentos já conhecidos tais como o blocante


e o cordim, podemos reduzir o espaço em que se dará a multiplicação de força, sendo este
o método mais empregado em operações de salvamento em altura.

O uso dessa técnica exige ainda a instalação do sistema de captura de progresso


uma vez que serão necessários diversos ajustes a medida em que a corda vai sendo
recolhida, assim enquanto uma está travada a outra pode ser aliviada e vice-versa,
possibilitando o ajuste desejado.

O cálculo da multiplicação de força continua o mesmo, ou seja, contando-se o


número de seções da corda que estão ligadas ao peso, no entanto, agora o peso foi
transferido todo para o blocante ou cordim. Nota-se que, com essa técnica, a 1ª ancoragem
sempre será no blocante ou cordim de modo que teremos um sistema ímpar ( 3X ou 5X ).

3.4.4.2. Sistema Combinado:

O Sistema combinado nada mais é do que uma combinação de dois ou mais


sistemas simples. O cálculo da vantagem mecânica obtida nesse sistema deve ser feito por
partes:

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1º) Identificar e calcular a vantagem mecânica de cada sistema simples


individualmente, conforme já explicado;

2º) Multiplicar os resultados obtidos entre si a partir do primeiro sistema simples,


de modo que o terceiro sistema simples seja multiplicado pelo resultado dos anteriores e
assim sucessivamente.

3.5. Retirada de Vítima de Local Elevado


A retirada da vítima de local elevado deve ser feita com total segurança, para isto podemos
utilizar o material básico de salvamento em altura e escadas.

3.5.1. COM CABO DA VIDA OU FITA TUBULAR


Deve-se fazer uma cadeira com o nó balso pelo seio, calafate ou cadeira de bombeiro
colocando as alças nas pernas da vítima. O seu tórax será seguro por arremate firmado por
dois cotes. Tal procedimento também poderá ser feito com fita tubular, utilizando-se a
amarração adequada para a confecção da cadeira.

(Fig. 18.59)

(alterar Fig. 18.48)

3.5.2. COM CABOS E ESCADA


A vítima é amarrada à ancoragem feita nos banzos da escada e colocada na posição de
descida pelo bombeiro que está no pavimento. Um outro bombeiro controla o cabo no pé
da escada. Um terceiro direciona a vítima com outro cabo para que ela não encoste na
parede.

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