Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Apostila Aulas de 29 de Junho

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 17

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

PROF. WELLINGTON SOARES


CONTEÚDO: ROMANTISMO AO SIMBOLISMO

(ENEM /2010)

Soneto
Já da morte o palor me cobre o rosto, O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Nos lábios meus o alento desfalece, Fazem que insano do viver me prive
Surda agonia o coração fenece, E tenha os olhos meus na escuridade.
E devora meu ser mortal desgosto!
Dá­me a esperança com que o ser
Do leito embalde no macio encosto mantive!
Tento o sono reter!... já esmorece Volve ao amante os olhos por piedade,
O corpo exausto que o repouso esquece... Olhos por quem viveu quem já não vive!
Eis o estado em que a mágoa me tem AZEVEDO, A. Obra completa Rio de
posto! Janeiro: Nova Aguiar 2000.

01. O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém
configura um lirismo que o projeta para além desse momento específico. O fundamento
desse lirismo é
A) a angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte.
B) a melancolia que frustra a possibilidade de reação diante da perda.
C) o descontrole das emoções provocado pela autopiedade.
D) o desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa.
E) o gosto pela escuridão como solução para o sofrimento.
GABARITO: B

02. (ENEM/2009)
No decênio de 1870, Franklin Távora defendeu a tese de que no Brasil havia duas literaturas
independentes dentro da mesma língua: uma do Norte e outra do Sul, regiões segundo ele
muito diferentes por formação histórica, composição étnica, costumes, modismos
linguísticos etc. Por isso, deu aos romances regionais que publicou o título geral de
Literatura do Norte. Em nossos dias, um escritor gaúcho, Viana Moog, procurou mostrar
com bastante engenho que no Brasil há, em verdade, literaturas setoriais diversas, refletindo
as características locais
(CANDIDO, A. A nova narrativa. A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Ática,
2005.)

Com relação à valorização, no romance regionalista brasileiro, do homem e da paisagem de


determinadas regiões nacionais, sabe­se que:
A) O romance do Sul do Brasil se caracteriza pela temática essencialmente urbana,
colocando em relevo a formação do homem por meio da mescla de características locais e
dos aspectos culturais trazidos de fora pela imigração europeia
B) José de Alencar, representante, sobretudo, do romance urbano, retrata a temática da
urbanização das cidades brasileiras e das relações conflituosas entre as raças.
C) O romance do Nordeste caracteriza­se pelo acentuado realismo no uso do vocabulário,
pelo temário local, expressando a vida do homem em face da natureza agreste, é assume
frequentemente o ponto de vista dos menos favorecidos.
D) A literatura urbana brasileira, da qual um dos expoentes é Machado de Assis, põe em
relevo a formação do homem brasileiro, o sincretismo religioso, as raízes africanas e
indígenas que caracterizam o nosso povo.
E) Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Simões Lopes Neto e Jorge Amado são romancistas
das décadas de30 e 40 do século XX, cuja obra retrata a problemática do homem urbano em
confronto com a modernização do país promovida pelo Estado Novo.
GABARITO: C

03. (UFV­MG) A ficção romântica é repleta de sentimentalismos, inquietações, amor como


única possibilidade de realização, personagens burgueses idealizados, culminando sempre
com o habitual "... e foram felizes para sempre".

Assinale a alternativa que não corresponde à afirmação acima:


A) amor constitui o objetivo fundamental da existência e o casamento, o fim último da vida.
B) Não há defesa intransigente do casamento e da continência sexual anterior a ele.
C) A frustração amorosa leva, incondicionalmente, à morte.
D) Os protagonistas são retratados como personagens belos, puros, corajosos.
E) A economia burguesa determina os gostos e a maneira de ver o mundo ficcional
romântico.
GABARITO: B

“Marcela amou­me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. Meu pai logo
que teve aragem dos quinze contos sobressaltou­se deveras; achou que o caso excedia as
raias de um capricho juvenil.
— Dessa vez, disse ele, vais para Europa, vais cursar uma Universidade, provavelmente
Coimbra, quero­te homem sério e não arruador e não gatuno.
E como eu fizesse um gesto de espanto:
— Gatuno, sim senhor, não é outra coisa um filho que me faz isso.”
(Machado de Assis – Memórias póstumas de Brás Cubas)

04. De acordo com essa passagem da obra, po­de­se antecipar a visão que Machado de
Assis tinha sobre as pessoas e sobre a sociedade. A esse respeito, assinale a alternativa
correta.
A) O amor é fruto de interesse e compõe o pilar das instituições hipócritas.
B) O amor, se sincero, supera todas as barrei­ras, inclusive as financeiras.
C) O caráter autoritarista moldava as relações familiares, principalmente entre pai e filho.
D) Havia medo de que a marginalidade envolvesse os jovens daquela época.
E) O amor era glorificado e apontado como o único caminho para redimir as pessoas.
GABARITO: A

05. A escola realista, que contou com nomes como Machado de Assis, Raul Pompéia e
Aluísio Azevedo, teve como principais características:
A) retorno aos ideais românticos defendidos pela literatura indianista de José de Alencar;
B) preocupação com a métrica e com a metalinguagem na arte literária;
C) retratar a sociedade e suas mazelas, em uma linguagem irônica e impiedosa sobre o
homem e suas máscaras sociais.
D) confronto direto com o ideário religioso, estabelecendo um paradoxo com a literatura
barroca.
E) defesa da cultura popular brasileira, resgatando símbolos e arquétipos do folclore
nacional.
GABARITO: C
06. (UFPA) Os personagens realistas­naturalistas têm seus destinos marcados pelo
determinismo. Identifica­se esse determinismo:
A) pela preocupação dos autores em criar personagens perfeitos, sem defeitos físicos ou
morais.
B) pelas forças atávicas e/ou sociais que condicionam a conduta dessas criaturas.
C) por ser fruto, especificamente, da imaginação e da fantasia dos autores.
D) por se notar a preocupação dos autores de voltarem para o passado ou para o futuro ao
criarem seus personagens.
E) por representarem a tentativa dos autores nacionais de reabilitar uma faculdade perdida
do homem: o senso do mistério.
GABARITO: B

07. (ENEM/2018_Adaptada)
Ó Pátria amada, Terra adorada,
Idolatrada, Entre outras mil,
Salve! Salve! És tu, Brasil,
Brasil, de amor eterno seja símbolo Ó Pátria amada!
O lábaro que ostentas estrelado, Dos filhos deste solo és mãe gentil,
E diga o verde­louro dessa flâmula Pátria amada, Brasil!
— “Paz no futuro e glória no passado.” Hino Nacional do Brasil. Letra: Joaquim
Mas, se ergues da justiça a clava forte, Osório Duque Estrada.
Verás que um filho teu não foge à luta, Música: Francisco Manuel da Silva
Nem teme, quem te adora, a própria (fragmento).
morte.

A letra do Hino Nacional do Brasil foi criada em 1909, período que corresponde
historicamente ao Parnasianismo no Brasil. O texto em questão apresenta como
característica do período artístico em que foi composto o uso da norma­padrão da língua
portuguesa, a opção por esse nível de linguagem é justificado por tratar­se de um (a):
A) reverência de um povo a seu país.
B) gênero solene de característica protocolar.
C) canção concebida sem interferência da oralidade.
D) escrita de uma fase mais antiga da língua portuguesa.
E) artefato cultural respeitado por todo o povo brasileiro.
GABARITO: B

08.(UFRS­RS_Adaptada) Com relação ao Parnasianismo, são feitas as seguintes


afirmações.
I – Pode ser considerado um movimento antirromântico pelo fato de retomar muitos
aspectos do racionalismo clássico.
II – Apresenta características que contrastam com o esteticismo e o culto da forma.
III – Foi introduzido no Brasil com a publicação de “Fanfarras”, de Teóphilo Dias, 1882.

Quais estão corretas?


A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
GABARITO: C

09. (FUVEST)
“E fria, fluente, frouxa claridade
flutua como as brumas de
[um letargo”

Nestes versos de Cruz e Sousa encontra­se um dos traços característicos do estilo


simbolista:
A) utilização do valor sugestivo da música e da cor.
B) rima aproximativa: uso de aliterações.
C) presença de onomatopéia.
D) uso de antinomia.
E) emprego de expressões arcaicas.
GABARITO: A

10. (ENEM)
Cárcere das almas Ó almas presas, mudas e fechadas
Ah! Toda a alma num cárcere anda presa, Nas prisões colossais e abandonadas,
Soluçando nas trevas, entre as grades Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Do calabouço olhando imensidades, Nesses silêncios solitários, graves,
Mares, estrelas, tardes, natureza. que chaveiro do Céu possui as chaves
Tudo se veste de uma igual grandeza para abrir­vos as portas do Mistério?!
Quando a alma entre grilhões as (CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa.
liberdades Florianópolis: Fundação Catarinense de
Sonha e, sonhando, as imortalidades Cultura /Fundação Banco do Brasil,
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza. 1993.)

Os elementos formais e temáticos relacionados com o contexto cultural do Simbolismo


encontrados no poema Cárcere das almas, de Cruz e Sousa, são:
A) a opção pela abordagem, em linguagem simples e direta, de temas filosóficos.
B) a prevalência do lirismo amoroso e intimista em relação à temática nacionalista.
C) o refinamento estético da forma poética e o tratamento metafísico de temas universais.
D) a evidente preocupação do eu lírico com a realidade social expressa em imagens poéticas
inovadoras.
E) a liberdade formal da estrutura poética que dispensa a rima e a métrica tradicionais em
favor de temas do cotidiano.
GABARITO: C

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS


PROFª HILDALENE PINHEIRO
CONTEÚDO: GÊNERO ARGUMENTATIVO E VARIÇÕES LINGUÍSTICAS
01. (Enem 2010 ­ Questão 108 ­ Prova azul)

A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz um anúncio sobre o lançamento do


livro digital no Brasil. Já o texto II traz informações referentes à abrangência de
acessibilidade das tecnologias de comunicação e informação nas diferentes regiões do país.
A partir da leitura dos dois textos, infere-se que o advento do livro digital no Brasil
A) possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às informações antes restritas, uma
vez que eliminará as distâncias, por meio da distribuição virtual.
B) criará a expectativa de viabilizar a democratização da leitura, porém esbarra na
insuficiência do acesso à internet por telefonia celular, ainda deficiente no país.
C) fará com que os livros impressos tornem­se obsoletos, em razão da diminuição dos
gastos com os produtos digitais gratuitamente distribuídos pela internet.
D) garantirá a democratização dos usos da tecnologia no país, levando em consideração as
características de cada região no que se refere aos hábitos de leitura e acesso à informação.
E) impulsionará o crescimento da qualidade da leitura dos brasileiros, uma vez que as
características do produto permitem que a leitura aconteça a despeito das adversidades
geopolíticas.

02. (Simulado INEP)


Aumento do efeito estufa ameaça plantas, diz estudo.
O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante do uso de combustíveis fósseis e
das queimadas, pode ter consequências calamitosas para o clima mundial, mas também
pode afetar diretamente o crescimento das plantas. Cientistas da Universidade de Basel, na
Suíça, mostraram que, embora o dióxido de carbono seja essencial para o crescimento dos
vegetais, quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde das plantas e têm efeitos
incalculáveis na agricultura de vários países.
O Estado de São Paulo, 20 set. 1992, p.32.

O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temática. A partir
dessa perspectiva, conclui­se que
A) a palavra “mas”, na linha 2, contradiz a afirmação inicial do texto: linhas 1 e 2.
B) a palavra “embora”, na linha 4, introduz uma explicação que não encontra complemento
no restante do texto.
C) as expressões: “consequências calamitosas”, na linha 2, e “efeitos incalculáveis”, na
linha 6, reforçam a ideia que perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa.
D) o uso da palavra “cientistas”, na linha 3, é desnecessário para dar credibilidade ao texto,
uma vez que se fala em “estudo” no título do texto.
E) a palavra “gás”, na linha 5, refere­se a “combustíveis fósseis” e “queimadas”, nas linhas
1 e 2, reforçando a ideia de catástrofe.

03. (ENEM – 2014)


Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara na janela em crônica de jornal ‒ eu não
fazia isso há muitos anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica algumas vezes
também é feita, intencionalmente, para provocar. Além do mais, em certos dias mesmo o
escritor mais escolado não está lá grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo
para reclamar: moderna demais, antiquada demais.
Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os textos que
parecem passar despercebidos, outros rendem um montão de recados: “Você escreveu
exatamente o que eu sinto”, “Isso é exatamente o que falo com meus pacientes”, “É isso que
digo para meus pais”, “Comentei com minha namorada”. Os estímulos são valiosos pra
quem nesses tempos andava meio assim: é como me botarem no colo ‒ também eu preciso.
Na verdade, nunca fui tão posta no colo por leitores como na janela do jornal. De modo que
está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos que iam acabar neste livro,
outros espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser sério… mesmo quando parece que estou
brincando: essa é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi há muitos anos e continua
sendo a minha verdade: palavras são meu jeito mais secreto de calar.
LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de janeiro: Record, 2004.

Os textos fazem uso constante de recurso que permitem a articulação entre suas partes.
Quanto à construção do fragmento, o elemento
A) “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”.
B) “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.
C) “isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.
D) “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”.
E) “essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”.

04. Leia o fragmento do texto “Antigamente”, de Carlos Drummond de Andrade:


Antigamente
Antigamente, as moças chamavam­se mademoiselles e eram todas mimosas e muito
prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
mesmo sendo rapagões, faziam­lhes pé de alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos
meses debaixo do balaio.
Com base nos estudos de variantes linguísticas, compreende­se que a variante apresentada
no fragmento é a:
A) geografia.
B) histórica.
C) estilística.
D) social.
E) geográfica e a social.

05. (Enem/2005) Leia com atenção o texto a seguir.


[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas
desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos
— peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas não
se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?) (Ruy Castro. Viaje
Bem. Ano VIII, no 3, 78.)

O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto:


A) ao vocabulário.
B) à derivação.
C) à pronúncia.
D) ao gênero.
E) à sintaxe.

06. Leia e analise o poema a seguir:

Manuel Bandeira escreve:


¹ A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Por que ele é fala gostoso o português do Brasil.
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada.

Segundo o poema de Manuel Bandeira, as variações linguísticas originárias das classes


populares devem ser
A) satirizadas, pois as várias formas de se falar o português no Brasil ferem a língua
portuguesa autêntica.
B) questionadas, pois o povo brasileiro esquece a sintaxe da língua portuguesa.
C) subestimadas, pois o português “gostoso” de Portugal deve ser a referência de correção
linguística.
D) reconhecidas, pois a formação cultural brasileira é garantida por meio da fala do povo.
E) reelaboradas, pois o povo “macaqueia” a língua portuguesa original.

TEXTO QUESTÃO 07

07. (ENEM – 2018) Em sua conversa com o pai, Calvin busca persuadi­lo, recorrendo à
estratégia argumentativa de
A) mostrar que um bom trabalho como pai implica a valorização por parte do filho.
B) apelar para a necessidade que o pai demonstra de ser bem­visto pela família.
C) explorar a preocupação do pai com a própria imagem e popularidade.
D) atribuir seu ponto de vista a terceiros para respaldar suas intenções.
E) gerar um conflito entre a solicitação da mãe e os interesses do pai.
08. (ENEM – 2011)
Os filhos de Anna eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam
banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim
espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam
aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava­lhe
que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um
lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.
LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando
aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto,
o conectivo mas
A) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto.
B) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase.
C) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase.
D) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor.
E) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso.

09. (ENEM 2016)


PINHÃO sai ao mesmo tempo que BENONA entra.
BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e quer falar com você.
EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá fora, mas não quero falar com
ele.
BENONA: Mas, Eurico, nós lhe devemos certas atenções.
EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi meu. Esperava que Eudoro, com todo
aquele dinheiro, se tornasse meu cunhado. Era uma boca a menos e um patrimônio a
mais. E o peste me traiu. Agora, parece que ouviu dizer que eu tenho um tesouro. E vem
louco atrás dele, sedento, atacado da verdadeira hidrofobia. Vive farejando ouro, como
um cachorro da molest’a, como um urubu, atrás do sangue dos outros. Mas ele está
enganado. Santo Antônio há de proteger minha pobreza e minha devoção.
(SUASSUNA, A. O santo e a porca. Rio de Janeiro: José Olimpyio, 2013)

Nesse texto teatral, o emprego das expressões “o peste” e “cachorro da molest’a”


contribui para
A) marcar a classe social das personagens.
B) caracterizar usos linguísticos de uma região.
C) enfatizar a relação familiar entre as personagens.
D) sinalizar a influência do gênero nas escolhas vocabulares.
E) demonstrar o tom autoritário da fala de uma das personagens.

10. (ENEM/2018)
“Acuenda o Pajubá”: conheça o “dialeto secreto” utilizado por gays e travestis. Com origem
no iorubá, linguagem foi adotada por travestis e ganhou a comunidade

“Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu acué, deixe de equê se não eu puxo teu
picumã!”

Entendeu as palavras dessa frase? Se sim, é porque você manja alguma coisa de pajubá, o
“dialeto secreto” dos gays e travestis.

Adepto do uso das expressões, mesmo nos ambientes mais formais, um advogado afirma:
“É claro que eu não vou falar durante uma audiência ou numa reunião, mas na firma, com
meus colegas de trabalho, eu falo de ‘acué’ o tempo inteiro”, brinca. “A gente tem que ter
cuidado de falar outras palavras porque hoje o pessoal já entende, né? Tá
na internet, tem até dicionário…”, comenta.

O dicionário a que ele se refere é o Aurélia, a dicionária da Ungua afíada,


lançado no ano de 2006 e escrito pelo jornalista Angelo Vip e por Fred
Libi. Na obra, há mais de 1 300 verbetes revelando o significado das
palavras do pajubá.

Não se sabe ao certo quando essa linguagem surgiu, mas sabe­se que há claramente uma
relação entre o pajubá e a cultura africana, numa costura iniciada ainda na época do Brasil
colonial.
Disponível em: www.midiamax.com.br. Acesso em: 4 abr. 2017 (adaptado)

Da perspectiva do usuário, o pajubá ganha status de dialeto, caracterizando­se como


elemento de patrimônio linguístico, especialmente por
A) ter mais de mil palavras conhecidas.
B) ter palavras diferentes de uma linguagem secreta.
C) ser consolidado por objetos formais de registro.
D) ser utilizado por advogados em situações formais.
E) ser comum em conversas no ambiente de trabalho.

CIÊNCIAS DA NATUREZA
QUÍMICA: PROF. FEIJÃO
CONTEÚDO: CONCENTRAÇÃO E MOLARIDADE/ CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS
CARBÔNICAS/DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA/ISOMERIA PLANA/PERÍODOS E
FAMÍLIAS DA TABELA PERIÓDICA.

01. Uma solução de ácido clorídrico (HCl(aq)) foi preparada dissolvendo­se 120 g do
cloreto de hidrogênio (HCl(s)) em 1000 g de água. Considerando que a densidade da
água é igual a 1,044 g/cm3, determine qual das alternativas abaixo indica o valor
aproximado da concentração em mol/L da solução preparada. (Dados: massas molares:
H = 1,0 g/mol; Cl= 35,5 g/mol).
A) 0,343.
B) 3,06.
C) 0,00286.
D) 3,43.
E) 4,86.

02. Calcule a concentração em mol/L ou molaridade de uma solução que foi preparada
dissolvendo­se 18 gramas de glicose em água suficientes para produzir 1 litro da
solução. (Dado: massa molar da glicose = 180 g/mol)
A) 0,1.
B) 1,8.
C) 10,0.
D) 100,0.
E) 3240.

03. O náilon é um polímero de condensação, mais especificamente da classe das


poliamidas, que são polímeros formados pela condensação de um diácido carboxílico
com uma diamida. Uma das variedades desse polímero pode ser obtida por meio de uma
matéria­prima denominada de caprolactana, cuja fórmula estrutural é:
Fórmula da caprolactana

Analisando essa cadeia, podemos classificá­la em:


A) Fechada, insaturada, heterogênea, mononuclear.
B) Alicíclica, insaturada, heterogênea, mononuclear.
C) Fechada alicíclica, saturada, heterogênea, mononuclear.
D) Fechada alicíclica, insaturada, homogênea, mononuclear.
E) Fechada, insaturada, homogênea, mononuclear.

04. Considere as seguintes substâncias, suas fórmulas estruturais e aplicações:

1. Cl — CH2 — S — CH2 — CH2 — Cl→ gás mostarda

2. HS — CH2 — CH — CH2 — OH → antídoto no envenenamento por arsênio


|
SH

CH3
|
3. H­3C — CH — CH2 — CH2 — SH → cheiro desagradável do gambá

4. → anestésico

5. Molécula de antraceno→ Substância presente na fumaça do cigarro


Molécula de antraceno

O
||
6. H­3C — CH2 — CH2 — C — O — CH2 — CH3 → essência de abacaxi

Qual (is) dentre essas cadeias carbônicas pode(m) ser classificada (s) como uma cadeia
alifática, normal, saturada e heterogênea?
A) 1, 2, 3, 6.
B) Todas.
C) 4,5.
D) 1 e 6.
E) Somente 1.

05. A distribuição eletrônica do bário (Z=56) na ordem crescente de energia é:


A) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 5s2 5p6 6s2
B) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2
C) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 4f12
D) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 4f10

06. Qual a distribuição eletrônica em camadas do átomo 26/56Fe?


A) 2 – 8 – 10 – 2.
B) 2 – 8 – 12.
C) 2 – 8 – 8 – 4.
D) 2 – 8 – 18 – 18 – 8 – 2.
E) 2 – 8 – 14 – 2.

07. Os ácidos graxos ômega­3 (ácido linolenílico ou ácido cis­9­cis­12­cis­15­


octadecadienoico) e ômega­6 (ácido linoleico ou ácido cis­9­cis­12­octadecadienoico),
presentes em peixes gordurosos, como o salmão, atum e sardinha, e óleos vegetais,
como o de nozes, de avelã e de amêndoas, são essenciais para o organismo humano.
Esses dois compostos são isômeros entre si. Suas fórmulas estão representadas abaixo:

Estruturas dos isômeros ômega­3 e ômega­6


Estruturas dos isômeros ômega­3 e ômega­6

O ômega­3 e o ômega­6 apresentam que tipo de isomeria plana?


A) De função.
B) De cadeia.
C) De posição.
D) Metameria.
E) sem isomeria.

08. (EsPCEx­SP) O brometo de benzila, princípio ativo do gás lacrimogêneo, tem


fórmula molecular C7H7Br. A fórmula desse composto admite a seguinte quantidade de
isômeros:
A) 2
B) 4
C) 5
D) 6
E) 8

09. Um elemento X apresenta a configuração 5s2 5p3 na camada de valência. Indique o


grupo e a família desse elemento na tabela periódica:
A) 5º período e família dos calcogênios.
B) 15º período e família dos halogênios.
C) 3º período e família do nitrogênio.
D) 5º período e família do nitrogênio.
E) 5º período e família dos gases nobres.

10. (Ufac) O número atômico do elemento que se encontra no período III, família 3A é:
A) 10
B) 12
C) 23
D) 13
E) 31

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS


FÍSICA: EDILSON MARTINS
CONTEÚDO: QUANTUM MECHANICS/ MATÉRIA CONDENSADA/
SCHRODINGERS EQUATION

01-Um cachorro, ao ladrar, emite um som cujo nível de intensidade é 65 dB. Se forem
dois cachorros latindo ao mesmo tempo, em uníssono, o nível de intensidade será x?
determine X. (Use log 2 = 0,30)
A) 25 dB
B) 43 dB
C) 50 dB
D) 60 dB
E) 95 Db

02­ Os versos a seguir lembram uma época em que a cidade de São Paulo tinha
iluminação a gás:

“Lampião de gás!
Lampião de gás!
Quanta saudade
Você me traz.
Da sua luzinha verde azulada
Que iluminava a minha janela
Do almofadinha, lá na calçada
Palheta branca, calça apertada”
(Zica Bergami)

Quando uma “luzinha cor verde azulada” incide sobre um cartão vermelho, a cor da luz
absorvida é:
A) verde e a refletida é azul
B) azul e a refletida é verde
C) verde e a refletida é vermelha
D) verde azulada e nenhuma é refletida
E) azul e a refletida é vermelha

03­Certos tipos de superfícies na natureza podem refletir luz de forma a gerar um efeito
de arco­íris. Essa característica é conhecida como iridescência e ocorre por causa do
fenômeno da interferência de película fina. A figura ilustra o esquema de uma fina
camada iridescente de óleo sobre uma poça d’água. Parte do feixe de luz branca
incidente (1) reflete na interface ar/óleo e sofre inversão de fase (2), o que equivale a
uma mudança de meio comprimento de onda. A parte refratada do feixe (3) incide na
interface óleo/água e sofre reflexão sem inversão de fase (4). O observador indicado
enxergará aquela região do filme com coloração equivalente à do comprimento de onda
que sofre interferência completamente construtiva entre os raios (2) e (5), mas essa
condição só é possível para uma espessura mínima da película. Considere que o
caminho percorrido em (3) e (4) corresponde ao dobro da espessura E da película de
óleo.

Expressa em termos do comprimento de onda (λ), a espessura mínima é igual a:


A) λ/4
B) λ/2
C) 3λ/4
D) λ
E) 2λ

04- Em um experimento, um professor levou para a sala de aula um saco de arroz, um


pedaço de madeira triangular e uma barra de ferro cilíndrica e homogênea. Ele propôs
que fizessem a medição da massa da barra utilizando esses objetos. Para isso, os alunos
fizeram marcações na barra, dividindo­a em oito partes iguais, e em seguida apoiaram­
na sobre a base triangular, com o saco de arroz pendurado em uma de suas
extremidades, até atingir a situação de equilíbrio.

Nessa situação, qual foi a massa da barra obtida pelos alunos?


A) 3,00 kg
B) 3,75 kg
C) 5,00 kg
D) 6,00 kg
E)15,00 kg
05-Um carro solar é um veículo que utiliza apenas a energia solar para a sua locomoção.
Tipicamente, o carro contém um painel fotovoltaico que converte a energia do Sol em
energia elétrica que, por sua vez, alimenta um motor elétrico. A imagem mostra o carro
solar Tokai Challenger, desenvolvido na Universidade de Tokai, no Japão, e que venceu
o World Solar Challenge de 2009, uma corrida internacional de carros solares, tendo
atingido uma velocidade média acima de 100 km/h.

Considere uma região plana onde a insolação (energia solar por unidade de tempo e de
área que chega à superfície da Terra) seja de 1 000 W/m2, que o carro solar possua
massa de 200 kg e seja construído de forma que o painel fotovoltaico em seu topo tenha
uma área de 9,0 m2 e rendimento de 30%.Desprezando as forças de resistência do ar, o
tempo que esse carro solar levaria, a partir do repouso, para atingir a velocidade de 108
km/h é um valor mais próximo de
A) 1,0 s
B) 4,0 s
C) 10 s
D) 33 s
E) 300 s

06-Um estudante, precisando instalar um computador, um monitor e uma lâmpada em


seu quarto, verificou que precisaria fazer a instalação de duas tomadas e um interruptor
na rede elétrica. Decidiu esboçar com antecedência o esquema elétrico. “O circuito deve
ser tal que as tomadas e a lâmpada devem estar submetidas à tensão nominal da rede
elétrica e a lâmpada deve poder ser ligada ou desligada por um interruptor sem afetar os
outros dispositivos” — pensou.

Símbolos adotados:
Qual dos circuitos esboçados atende às exigências?

07-A radiação ultravioleta (UV) é dividida, de acordo com três faixas de frequência, em
UV­A, UV­B e UV­C, conforme a figura.

Para selecionar um filtro solar que apresente absorção máxima na faixa UV­B, uma
pessoa analisou os espectros de absorção da radiação UV de cinco filtros solares:

Considere: velocidade da luz = 3,0 x 108 m/s e 1 nm= 1,0 x 10-9 m.


O filtro solar que a pessoa deve selecionar é o
A) V
B) IV
C) III
D) II
E) I

08-Ao ouvir uma flauta e um piano emitindo a mesma nota musical, consegue­se
diferenciar esses instrumentos um do outro. Essa diferenciação se deve principalmente
ao(a)
A) intensidade sonora do som de cada instrumento musical.
B) potência sonora do som emitido pelos diferentes instrumentos musicais.
C) diferente velocidade de propagação do som emitido por cada instrumento musical
D) timbre do som, que faz com que os formatos das ondas de cada instrumento sejam
diferentes.
E) altura do som, que possui diferentes frequências para diferentes instrumentos
musicais.

09-Entre os anos de 1028 e 1038, Alhazen (lbn al­Haytham:965­1040 d.C.) escreveu


sua principal obra, o Livro da Óptica, que, com base em experimentos, explicava o
funcionamento da visão e outros aspectos da ótica, por exemplo, o funcionamento da
câmara escura. O livro foi traduzido e incorporado aos conhecimentos científicos
ocidentais pelos europeus. Na figura, retirada dessa obra, é representada a imagem
invertida de edificações em tecido utilizado como anteparo.

Se fizermos uma analogia entre a ilustração e o olho humano, o tecido corresponde


ao(à)
A) íris
B) retina
C) pupila
D) córnea
E) cristalino
10-Para realizar um experimento com uma garrafa PET cheia d'água, perfurou­se a
lateral da garrafa em três posições a diferentes alturas. Com a garrafa tampada, a água
não vazou por nenhum dos orifícios, e, com a garrafa destampada, observou­se o
escoamento da água conforme ilustrado na figura.

Como a pressão atmosférica interfere no escoamento da água, nas situações com a


garrafa tampada e destampada, respectivamente?

A) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; não muda a velocidade
de escoamento, que só depende da pressão da coluna de água.
B) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; altera a velocidade de
escoamento, que é proporcional à pressão atmosférica na altura do furo.
C) Impede a entrada de ar, por ser menor que a pressão interna; altera a velocidade de
escoamento, que é proporcional à pressão atmosférica na altura do furo.
D) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; regula a velocidade de
escoamento, que só depende da pressão atmosférica.
E) Impede a saída de água, por ser menor que a pressão interna; não muda a velocidade
de escoamento, que só depende da pressão da coluna de água.

Você também pode gostar