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Catanduva

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CATANDUVA

PLANO INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO (PISB)


DO MUNICÍPIO DE CATANDUVA – SP

RELATÓRIO FINAL
TOMO 4 – PLANO MUNICIPAL DO SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Novembro/2013

SHS Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda. EPP 1


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“Uma grande cidade se faz com bons cidadãos”

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EMPREENDEDOR

Prefeitura Municipal de Catanduva – Gestão 2013-2016


Prefeito Municipal
Geraldo Antonio Vinholi

Vice-Prefeito
Carlos Roberto Tafuri

Chefe de Gabinete
José Carlos Hori

Endereço da Prefeitura:
Praça Conde Francisco Matarazzo, 01, Parque das Américas
Contato: gabinete@catanduva.sp.gov.br / (17) 3531-9113

GERENCIADOR DO CONTRATO
UGP – Unidade de Gestão do Projeto de desenvolvimento de Catanduva
Coordenadora: Beatriz Trigo
e-mail: trigobeatriz.2008@gmail.com>

Equipe de Gestores Públicos


Adriana Bellini Bonjovani Katia Regina Penteado Casemiro
Aparecido Carlos Lopes da Fonseca Lara Goldoni Gil
Benigno Lopes Neto Marcelo Orsi
Cesar de Jesus Morasca Marcelo Ricardo Mota
Daiane Ciccone Cesarino Maria Luiza Sprone
Daniela Reis do Amaral Patrícia Daoglio Salles
Evandro Bobadilha Pedro Cassioti Sartori
João Cesar Mendes Meneghelli Walter Palamoni Agudo Romão
Karen Jaqueline Morandin de Britto Wilma Scognamiglio Joaquim

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CONSULTORIA

SHS Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda-EPP.


Endereço: Rua Padre Teixeira, 1772
Centro São Carlos-SP CEP 13560-210
Registro Legal: CNPJ N° 68.320.217/0001-12
Tel: (16)3374-1755
Fax: (16) 3374-1758
Site: www.shs.com.br

Coordenadora Geral e Responsável Técnica

Lívia Cristina Holmo Villela


Engenheira Civil, Dra.
CREA SP 0601715903
e-mail: livia@shs.com.br

Equipe da Consultora

Lívia Cristina Holmo Villela – Engenheira Civil


Sheila Holmo Villela – Consultora de Meio Ambiente
Larissa Nogueira Olmo Margarido - Engenheira Civil
Paloma Fernandes Paulino - Engenheira Ambiental
Roberta Sanches – Administradora de Empresas
Tiago Tadeu Moraes – Engenheiro Ambiental
João Paulo Freitas Alves Pereira – Engenheiro Ambiental
Alessandro Hirata Lucas – Tecnólogo em Construção Civil
Isabel Cristina Inocente Pavão - Advogada
Ana Elisa Ferrari Carvalho – Estagiária (5º ano Eng. Amb.)
Ana Luiza Ferreira Trindade – Estagiária (5º ano Eng. Amb.)
Bruno Garcia Silva – Estagiário (5º ano Eng. Amb.)
Rafael Guerreiro Imada – Estagiário (5º ano Eng. Amb.)
Tamiris Benassi Mori – Estagiária (5º ano Eng. Amb.)
Túlio Queijo de Lima – Estagiário (5º ano Eng. Amb.)

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Apresentação
A elaboração do PLANO Integrado de Saneamento Básico (PISB) de
Catanduva foi objeto do Contrato nº 67/2012, firmado entre a Prefeitura Municipal de
Catanduva e a SHS Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda.
Os produtos entregues à Prefeitura Municipal de Catanduva ao longo da
vigência do contrato foram os seguintes:
Produto 1: Plano de Trabalho.
Produto 2: Relatório de Levantamento de Dados e Diagnóstico Preliminar dos
Setores de Saneamento Básico.
Produto 3: Diagnósticos do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais
urbanas e de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
Produto 4: Proposições para os (contém o planejamento estratégico dos setores
de Saneamento Básico, através do estabelecimento de objetivos e metas, e da
proposição de programas e ações específicos para cada setor, além da indicação
de indicadores de desempenho dos setores).
Produto 5: Plano Integrado de Saneamento Básico de Catanduva, apresentado
em 4 volumes, conforme especificado a seguir:
∗ Tomo 1 – Plano Municipal de Abastecimento de Água
∗ Tomo 2 – Plano Municipal de Esgotamento Sanitário
∗ Tomo 3 – Plano Municipal de Drenagem Urbana e Manejo de Águas
Pluviais
∗ Tomo 4 – Plano Municipal de Limpeza Urbana e Manejo de
Resíduos Sólidos
Produto 6: Minuta de Projeto de Lei visando a instituição legal do PISB de
Catanduva enquanto instrumento norteador da Política Municipal de Saneamento
Básico de Catanduva.
Produto 7: Manual do Gestor Público para subsidiar Tomadas de Decisões.
O presente volume corresponde ao Produto 5 / Tomo 4 - Plano Municipal
de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 26

2. SUBSÍDIOS TÉCNICOS .............................................................................. 29

2.1. Horizonte do Plano ......................................................................................... 29


2.2. Mobilização Social .......................................................................................... 29
2.3. Projeção Populacional .................................................................................... 32

3. SÍNTESE DA CARACTERIZAÇÃO MUNICIPAL ........................................ 42

3.1. Diagnóstico Físico-Ambiental ......................................................................... 42


3.1.1. Localização e delimitação territorial do município .................................... 42
3.1.2. Hidrografia e bacias hidrográficas ............................................................ 44
3.1.3. Caracterização físico-ambiental do município .......................................... 47
3.1.4. Principais instrumentos legais aplicáveis ao saneamento básico ............ 59
3.1.5. Atribuições do titular dos serviços de saneamento básico ....................... 66
3.1.6. Caracterização demográfica ..................................................................... 67
3.2. Diagnóstico Socioeconômico .......................................................................... 69
3.2.1. Macrozoneamento territorial e Unidades de Planejamento do PISB ........ 69
3.2.2. Perfil econômico do município de Catanduva .......................................... 75
3.2.3. Perfil das condições sanitário-ambientais e de saúde .............................. 79
3.3. Diagnóstico do Setor de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos ..... 87
3.3.1. Caracterização dos Resíduos Sólidos ...................................................... 87
3.3.2. Diagnóstico Institucional ......................................................................... 139
3.3.3. Sistema de Regulação, Fiscalização e Controle .................................... 141
3.3.4. Sistema Financeiro ................................................................................. 152
3.3.5. Indicação de Planos, Programas e Projetos relacionados com o tema
“Resíduos”........................................................................................................ 154
3.3.6. Indicadores ............................................................................................. 155
3.3.7. Indicadores Sugeridos ............................................................................ 164
3.3.8. Prognóstico ............................................................................................ 167

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4. IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS FAVORÁVEIS PARA DISPOSIÇÃO FINAL
AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE REJEITOS ....................................... 176

5. IDENTIFICAÇÃO DAS POSSIBILIDADES DE IMPLANTAÇÃO DE SOLUÇÕES


CONSORCIADAS OU COMPARTILHADAS COM OUTROS MUNICÍPIOS . 186

5.1. Definições e Objetivo relacionados aos Consórcios Públicos....................... 186


5.2. Etapas de Constituição do Consórcio Público .............................................. 188
5.2.1. Protocolo de intenções ........................................................................... 188
5.2.2. Ratificação .............................................................................................. 192
5.2.3. Estatutos ................................................................................................ 192
5.3. Estudo sobre a Viabilidade Econômica da Implantação Consorciada de
Aterros Sanitários .................................................................................................... 192
5.3.1. Resultados obtidos: Modelo 1 ................................................................ 194
5.3.2. Resultados obtidos: Modelo 2 ................................................................ 199
5.3.3. Considerações sobre o estudo apresentado .......................................... 204
5.4. Panorama da Existência da Gestão Associada de RSU no Brasil................ 206
5.5. Gestão dos Resíduos Sólidos em Catanduva e Região por meio de Consórcio
210
5.5.1. Conceito de Região de Governo ............................................................ 210
5.5.2. Consórcio Público entre municípios da Região de Governo de Catanduva
210
5.5.3. Considerações sobre a gestão consorciada de resíduos sólidos ........... 219
5.6. Municípios Modelos na Gestão dos Resíduos Sólidos ................................. 219
5.6.1. Parceria Público-Privada: modelo de São Carlos ................................... 219
5.6.2. Resíduos sólidos domiciliares e resíduos recicláveis: modelo de
Araraquara ....................................................................................................... 222
5.6.3. Resíduos Recicláveis: modelo de Sorocaba .......................................... 224
5.6.4. Aproveitamento energético de rejeitos: modelo de São Bernardo do
Campo.............................................................................................................. 227
5.6.5. Resíduos da Construção Civil: modelo de Sorocaba ............................. 234

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6. IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E DOS GERADORES SUJEITOS
A PLANO DE GERENCIAMENTO ESPECÍFICO OU A SISTEMA DE LOGÍSTICA
REVERSA ...................................................................................................... 236

7. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS A SEREM


ADOTADOS NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS, INCLUÍDA A DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE
ADEQUADA DOS REJEITOS ....................................................................... 250

7.1. Resíduos da coleta regular ........................................................................... 251


7.1.1. Caracterização Física ............................................................................. 252
7.1.2. Acondicionamento .................................................................................. 255
7.1.3. Grandes geradores................................................................................. 255
7.2. Coleta e Transporte ...................................................................................... 256
7.2.1. Frequência e Horários ............................................................................ 256
7.2.2. Recursos Humanos ................................................................................ 256
7.2.3. Veículos de Coleta ................................................................................. 257
7.2.4. Roteiros .................................................................................................. 258
7.2.5. Disposições legais .................................................................................. 263
7.3. Transbordo ................................................................................................... 263
7.3.1. Veículos para transferência .................................................................... 264
7.4. Triagem para fins de reuso ou reciclagem .................................................... 264
7.4.1. Pontos de entrega voluntária (PEV) ....................................................... 264
7.4.2. Usina de reciclagem ............................................................................... 265
7.5. Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde .................................... 267
7.5.1. Frequência e Veículos de Coleta............................................................ 269
7.5.2. Disposições legais .................................................................................. 269
7.6. Tratamento e Disposição Final ..................................................................... 270
7.6.1. Compostagem ........................................................................................ 270
7.6.2. Tratamento térmico ................................................................................ 271
7.6.3. Autoclavagem ......................................................................................... 272
7.6.4. Micro-ondas ............................................................................................ 272
7.6.5. Aterro Sanitário....................................................................................... 272
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7.6.6. Recuperação de Lixões .......................................................................... 276
7.6.7. Disposições legais .................................................................................. 277
7.7. Limpeza de vias e logradouros públicos ....................................................... 278
7.7.1. Varrição Manual ..................................................................................... 278
7.7.2. Varrição Mecanizada .............................................................................. 279
7.7.3. Poda e Capina ........................................................................................ 280
7.7.4. Limpeza de bocas-de-lobo ou caixas de ralo ......................................... 284
7.7.5. Limpeza de feiras ................................................................................... 284
7.7.6. Veículos de Transporte e Coleta ............................................................ 284
7.7.7. Medidas para reduzir o lixo público ........................................................ 286
7.7.8. Disposições legais .................................................................................. 287

8. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – PROPOSIÇÕES ............................ 288

8.1. Planejamento Estratégico dos Setores de Saneamento Básico ................... 288


8.2. Metodologia de Planejamento através da Construção de Cenários ............. 289
8.3. Planejamento Estratégico do Sistema de Saneamento Básico em Catanduva
291
8.3.1. Análise SWOT e Cenários para o Sistema Municipal de Saneamento
Básico .............................................................................................................. 291
8.3.2. Objetivos gerais e específicos estabelecidos para o saneamento básico
municipal .......................................................................................................... 298
8.4. Planejamento Estratégico do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de
Resíduos Sólidos .................................................................................................... 319
8.4.1. Análise SWOT e Cenários para o Setor de Resíduos Sólidos ............... 319
8.4.2. Objetivos para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos
Sólidos Urbanos ............................................................................................... 328
8.4.3. Plano de Metas e Ações ......................................................................... 329
8.4.4. Resumo dos Custos Estimados para Adequação do Setor de Limpeza
Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos em 20 anos ........................................ 358

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9. INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL DOS
SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS ....................................................................................................... 359

9.1. Avaliações e Monitoramentos dos Indicadores............................................. 374


9.1.1. Mecanismos de coleta de dados ............................................................ 374

10. REGRAS PARA O TRANSPORTE E OUTRAS ETAPAS DO


GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................. 415

10.1. Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico ............................. 415


10.2. Resíduos dos Serviços de Transporte .......................................................... 418
10.3. Resíduos dos Serviços de Saúde ................................................................. 420
10.4. Resíduos de Mineração ................................................................................ 423
10.5. Resíduos de Construção Civil ....................................................................... 424
10.6. Resíduos Agrossilvopastoris – Embalagens de agrotóxicos......................... 426
10.7. Resíduos Industriais ..................................................................................... 428
10.8. Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestação de Serviço ............ 429

11. RESPONSABILIDADES QUANTO À IMPLEMENTAÇÃO E


OPERACIONALIZAÇÃO DO PISB PARA O SETOR DE RESÍDUOS .......... 431

11.1. Gerador de resíduos sólidos domiciliares ..................................................... 432


11.2. Setor empresarial ......................................................................................... 433
11.3. Poder público ................................................................................................ 436
11.3.1. Atribuições das Secretarias Municipais ............................................. 439

12. PROGRAMAS E AÇÕES DE CAPACITAÇÃO TÉCNICA VOLTADOS


PARA SUA IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO........................ 448

12.1. Resultado esperado ...................................................................................... 451

13. PROGRAMAS E AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL QUE


PROMOVAM A NÃO GERAÇÃO, A REDUÇÃO, A REUTILIZAÇÃO E A
RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS..................................................... 452

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13.1. Fundamentação e justificativa ...................................................................... 452
13.2. Diretrizes básicas ......................................................................................... 454
13.3. Funcionamento do programa ........................................................................ 456
13.3.1. Educação ambiental – modelo de São José do Rio Preto ................. 456
13.3.2. Educação ambiental – modelo de Barueri ......................................... 458
13.4. Quadro-resumo do programa ....................................................................... 460
13.5. Resultados esperados .................................................................................. 461

14. PROGRAMAS E AÇÕES PARA A PARTICIPAÇÃO DOS GRUPOS


INTERESSADOS, EM ESPECIAL DAS COOPERATIVAS OU OUTRAS FORMAS
DE ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS REUTILIZÁVEIS E
RECICLÁVEIS FORMADAS POR PESSOAS FÍSICAS DE BAIXA RENDA 463

14.1. Capacitação dos catadores e cooperados .................................................... 464


14.2. Auxílio às cooperativas ................................................................................. 465
14.3. Modelo de São José dos Campos – participação da cooperativa de
reciclagem Futura.................................................................................................... 466
14.4. Programa Cataforte ...................................................................................... 470
14.5. Resultados esperados .................................................................................. 471

15. MECANISMOS PARA A CRIAÇÃO DE FONTES DE NEGÓCIOS,


EMPREGO E RENDA, MEDIANTE A VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
472

15.1. Tecnologias para destinação de recicláveis ................................................. 475


15.1.1. Reciclagem de papel ......................................................................... 476
15.1.2. Reciclagem de plástico ...................................................................... 477
15.1.3. Reciclagem de vidro .......................................................................... 477
15.1.4. Reciclagem de metal ......................................................................... 477
15.1.5. Reciclagem de Isopor - EPS Poliestireno Expandido ........................ 478
15.1.6. Reciclagem de Pneus ........................................................................ 478
15.1.7. Reciclagem de Resíduos da Construção Civil ................................... 479

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16. SISTEMA DE CÁLCULO DOS CUSTOS DA PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS, BEM COMO A FORMA DE COBRANÇA DESSES SERVIÇOS . 481

16.1. Sistema de Cálculo ....................................................................................... 481


16.2. Sistema de Cobrança da Taxa do Lixo ......................................................... 488

17. METAS DE REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO, COLETA SELETIVA E


RECICLAGEM, ENTRE OUTRAS, COM VISTAS A REDUZIR A QUANTIDADE DE
REJEITOS ENCAMINHADOS PARA DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE
ADEQUADA 490

18. DESCRIÇÃO DAS FORMAS E DOS LIMITES DA PARTICIPAÇÃO


DO PODER PÚBLICO LOCAL, E MEIOS A SEREM UTILIZADOS PARA O
CONTROLE E A FISCALIZAÇÃO, NO ÂMBITO LOCAL, DA IMPLEMENTAÇÃO E
OPERACIONALIZAÇÃO DOS PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS E DOS SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVERSA ........................... 492

18.1. Método de controle ....................................................................................... 492


18.2. Procedimentos de Controle e Fiscalização ................................................... 493
18.2.1. Para os resíduos domiciliares devem ser controlados e fiscalizados 493
18.2.2. Para a coleta seletiva devem ser controlados e fiscalizados ............. 494
18.2.3. Para os resíduos de serviço de saúde, sujeitos ao PGRS, devem ser
controlados e fiscalizados ................................................................................ 495
18.2.4. Para os resíduos de construção civil, sujeitos ao PGRS, devem ser
controlados e fiscalizados ................................................................................ 496
18.2.5. Para os resíduos especiais (sujeitos a Logística Reversa), devem ser
controlados e fiscalizados ................................................................................ 496
18.2.6. Para os resíduos sujeitos a elaboração do PGRS ............................. 498
18.2.7. Implantação do Sistema de Fiscalização dos Serviços Prestados .... 498

19. AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS A SEREM PRATICADAS,


INCLUINDO PROGRAMAS DE MONITORAMENTO ................................... 505

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20. IDENTIFICAÇÃO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS RELACIONADOS
AOS RESÍDUOS SÓLIDOS, INCLUINDO ÁREAS CONTAMINADAS, E
RESPECTIVAS MEDIDAS SANEADORAS .................................................. 509

21. PERIODICIDADE DE SUA REVISÃO, OBSERVADO


PRIORITARIAMENTE O PERÍODO DE VIGÊNCIA DO PLANO PLURIANUAL
MUNICIPAL 520

22. SISTEMA DE INFORMAÇÃO .................................................. 521

23. MANUAL DE SANEAMENTO INTEGRADO............................ 523

24. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................ 524

25. ANEXOS ................................................................................... 534

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Lista de Figuras
Figura 1 - Localização do Município de Catanduva no Estado de São Paulo. .......... 42
Figura 2 - Principais acessos à Catanduva-SP. ........................................................ 43
Figura 3 - Localização da Bacia do Turvo/Grande entre as 22 UGRHI do Estado,
com indicação das 5 UGRHI limítrofes. ..................................................................... 44
Figura 4 – Indicação das 12 Sub-Bacias na área da UGRHI-15. .............................. 45
Figura 5 - Mapa da Geologia do município de Catanduva ........................................ 48
Figura 6 - Mapa da Geomorfologia do município de Catanduva ............................... 49
Figura 7 - Mapa de declividade do município de Catanduva ..................................... 50
Figura 8 - Mapa de Declividade da Área Urbana ...................................................... 51
Figura 9 - Mapa das Áreas Suscetíveis a Erosão ..................................................... 52
Figura 10 - Massas de ar no Brasil............................................................................ 54
Figura 11 - Precipitação registrada pela estação convencional de Catanduva para
março/2012 a março/2013. ....................................................................................... 55
Figura 12 - Temperatura e umidade relativa do ar registrada pela estação
convencional de Catanduva para março/2012 a março/2013. .................................. 56
Figura 13 - Mapa Florestal do Município de Catanduva ............................................ 58
Figura 14 - Macrozonas definidas para a área urbana do município de Catanduva-
SP. ............................................................................................................................ 72
Figura 15 – Unidades de Planejamento consideradas no presente PISB ................. 74
Figura 16 – Entreposto de galhos. ............................................................................ 92
Figura 17 – Dias e locais de coleta de RSD – segunda, quarta e sexta (diurno). ..... 94
Figura 18 – Dias e locais de coleta de RSD – terça, quinta e sábado....................... 95
Figura 19 – Dias e locais de coleta de RSD – segunda, quarta e sexta (noturno). ... 96
Figura 20 – Containers utilizados pela ARCLAN no município de Catanduva-SP. ... 99
Figura 21 – Limpeza de ponto de despejo irregular de resíduos pela Prefeitura
Municipal. ................................................................................................................ 100
Figura 22 – Disposição inadequada de resíduos em área do antigo lixão. ............. 101
Figura 23 – Disposição irregular de resíduos em estrada próxima ao aterro sanitário.
................................................................................................................................ 101
Figura 24 – Vista da área do antigo aterro (lixão) e do rio São Domingos. ............. 102
Figura 25 – Cobertura vegetal composta por leucena da área do antigo lixão........ 103

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Figura 26 – Local onde ocorre mau cheiro gerado pelo afloramento de líquidos
percolados do maciço de resíduos sólidos dispostos no antigo lixão...................... 103
Figura 27 – Aterro sanitário do CGR – frente de trabalho. ...................................... 108
Figura 28 – Área de preservação permanente do rio Pardinho ao lado do Aterro
Sanitário. ................................................................................................................. 108
Figura 29 – Vista do aterro sanitário do CGR e da APP do rio Pardinho (acima na
foto). ........................................................................................................................ 109
Figura 30 – PEVs – Ponto de Entrega Voluntária. .................................................. 111
Figura 31 – Galpão do centro de triagem existente................................................. 113
Figura 32 – Novo galpão para o centro de triagem. ................................................ 114
Figura 33 – Distribuição percentual da composição dos resíduos da construção civil
de Catanduva. ......................................................................................................... 134
Figura 34 – Entreposto de pneus. ........................................................................... 137
Figura 35 – Áreas sugeridas à implantação do Aterro Sanitário de Catanduva, com
destaque para a localização do aterro da CGR....................................................... 180
Figura 36 – Áreas sugeridas para implantação do Aterro Sanitário Municipal de
Catanduva e sua localização em relação aos recursos hídricos presentes na cidade,
aos limites municipais, aos limites da área urbana e ao aterro da CGR. ................ 182
Figura 37 – Vias próximas a Área 1. ....................................................................... 183
Figura 38 – Vias próximas a Área 2. ....................................................................... 184
Figura 39 – Vias próximas a Área 3. ....................................................................... 184
Figura 40 – Representação espacial dos municípios brasileiros participantes de
consórcios públicos intermunicipais para gestão dos RSU (ano base: 2010). ........ 209
Figura 41 – Região Administrativa de São José do Rio Preto, mostrando a Região de
Governo de Catanduva a Sudeste. ......................................................................... 211
Figura 42 – Localização espacial dos municípios da Região de Governo de
Catanduva e das rodovias que os ligam. ................................................................ 214
Figura 43 – Sistema de manejo de resíduos sólidos urbanos de São Bernardo do
Campo. .................................................................................................................... 229
Figura 44 – Modelo baseado na coleta seletiva ou entidades de catadores. .......... 246
Figura 45 – Modelo baseado em coleta em pontos de entrega voluntários – PEVs.
................................................................................................................................ 246

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Figura 46 – Modelo baseado em coleta por sistema itinerante junto ao comércio. . 247
Figura 47 – Gestão dos Resíduos Domiciliares ...................................................... 251
Figura 48 – Procedimentos para não geração, redução, reutilização e reciclagem de
resíduos sólidos. ..................................................................................................... 252
Figura 49 – Método de Cubagem. ........................................................................... 260
Figura 50 – Método heurístico de traçado de itinerários de coleta .......................... 260
Figura 51 – Código de cores da coleta seletiva....................................................... 265
Figura 52 – Etapas da gestão dos Resíduos de Serviço de Saúde. ....................... 267
Figura 53 – Etapas do processo de compostagem. ................................................ 271
Figura 54 – Etapas da gestão dos resíduos de poda e capina. .............................. 281
Figura 55 – Caminho percorrido pelos resíduos de produtos passíveis de logística
reversa. ................................................................................................................... 436
Figura 56 – Organograma com proposta de reestruturação da cadeia hierárquica
para a Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura .................................................. 445
Figura 57 – Síntese das responsabilidades dos geradores de resíduos sólidos. .... 447
Figura 58 – Processo de reciclagem do papel. ....................................................... 476
Figura 59 – Localização do antigo lixão em relação à área do município. .............. 511
Figura 60 – Detalhe da localização do antigo lixão na APP no rio São Domingos. . 512
Figura 61 – Fluxograma do gerenciamento de áreas contaminadas....................... 515
Figura 62 – Pontos de despejo irregular de resíduos no município de Catanduva. 516
Figura 63 – Fluxograma esquemático do Sistema de Informação. ......................... 522

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Lista de Quadros
Quadro 1- Detalhes para a preparação e realização da 1ª Audiência Pública do PISB
do Município de Catanduva. ...................................................................................... 31
Quadro 2 - Sugestão de desenvolvimento da 1ª audiência pública. ......................... 32
Quadro 3 – População do Município de Catanduva. ................................................. 33
Quadro 4 – População. ............................................................................................. 34
Quadro 5 – Resultados do Ajuste de Curvas (Potência) para Catanduva. ................ 35
Quadro 6 – Resultados da projeção aritmética para Catanduva. .............................. 36
Quadro 7 – Resultados da projeção geométrica para Catanduva. ............................ 37
Quadro 8 – Resultados da projeção da taxa de decrescimento para Catanduva...... 39
Quadro 9 – Resultados da projeção do crescimento logístico para Catanduva. ....... 40
Quadro 10 – Resumo do Estudo de Projeção de População Total de Catanduva. ... 41
Quadro 11 – Resumo das populações a serem consideradas para Catanduva ao
longo do horizonte temporal de planejamento........................................................... 41
Quadro 12 - Relação das 12 sub-bacias da UGRHI-15 e a área total de cada uma,
em km2. ..................................................................................................................... 45
Quadro 13 - Médias de 2011 e para o período 2006 a 2010 das principais variáveis
de qualidade. ............................................................................................................. 46
Quadro 14 - Resultados mensais e média anual do IQA – 2011............................... 47
Quadro 15 - Notificações registradas de Dengue no Município de Catanduva. ........ 57
Quadro 16 – Estimativa da composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos
coletados no Brasil em 2008. .................................................................................... 89
Quadro 17 – Etapas de implantação do aterro da CGR conforme apresentado na LI
nº14003542. ............................................................................................................ 105
Quadro 18 – Quantitativo mensal de coleta e disposição de resíduos sólidos urbanos
do ano de 2012 (em toneladas)............................................................................... 107
Quadro 19 – Resíduos industriais gerados em Catanduva no ano de 2012. .......... 117
Quadro 20 – Dados de 2009 das empresas privadas de coleta de resíduos da
construção civil de Catanduva................................................................................. 132
Quadro 21 – Planilha quantitativa e de preços referente ao contrato nº 165/2012. 140
Quadro 22 – Demandas registradas na Ouvidoria com referência à Secretaria do
Meio Ambiente. ....................................................................................................... 142

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Quadro 23 – UFRC por zona e metro de testada. ................................................... 153
Quadro 24 – Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos. ...................................... 156
Quadro 25 – Massa coletada (RDO+RPU) per capita em relação à população
atendia com serviço de coleta. ................................................................................ 157
Quadro 26 – Massa de RSS per capita, em relação à população urbana............... 158
Quadro 27 – Extensão total anual varrida per capita. ............................................. 159
Quadro 28 – Massa recuperada per capita de materiais recicláveis em relação à
população urbana.................................................................................................... 160
Quadro 29 – Índice de comercialização de materiais recicláveis. ........................... 161
Quadro 30 – Parâmetros importantes para a gestão municipal de resíduos sólidos.
................................................................................................................................ 162
Quadro 31 – Projeção da geração de resíduos. ...................................................... 168
Quadro 32 – Metas para redução de resíduos secos recicláveis dispostos em aterros
sanitários. ................................................................................................................ 169
Quadro 33 – Cenário para os resíduos secos recicláveis para o município de
Catanduva. .............................................................................................................. 169
Quadro 34 – Metas para redução de resíduos recicláveis úmidos dispostos em
aterro. ...................................................................................................................... 170
Quadro 35 – Cenário para os resíduos recicláveis úmidos para o município de
Catanduva. .............................................................................................................. 171
Quadro 36 – Cenário para os rejeitos para o município de Catanduva. .................. 171
Quadro 37 – Projeção da quantidade anual de resíduos dispostos em aterro
sanitário. .................................................................................................................. 172
Quadro 38 – Estimativa da capacidade total e atual do aterro sanitário de
Catanduva. .............................................................................................................. 172
Quadro 39 – Demanda pelo serviço de varrição para o município de Catanduva... 173
Quadro 40 – Demanda por serviços de manejo de resíduos de serviço de saúde do
município de Catanduva. ......................................................................................... 174
Quadro 41 – Demanda por serviços de manejo de resíduos de construção civil. ... 175
Quadro 42 – Situação dos municípios quanto ao manejo, tratamento e destinação de
RCC. ....................................................................................................................... 217

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Quadro 43 – Metas mínimas a serem estabelecidas para a gestão dos resíduos
sólidos em São Bernardo do Campo....................................................................... 231
Quadro 44 – Tipologias de Resíduos sujeitos ao PGRS e a Logística Reversa. .... 237
Quadro 45 – Turno da coleta regular. ..................................................................... 256
Quadro 46 – Matriz para a análise SWOT do sistema de Saneamento Básico
Municipal (SBM) considerando os 4 eixos ou setores. ............................................ 294
Quadro 47 – Cenários previsível e normativo configurados para o Sistema de
Saneamento Básico de Catanduva. ........................................................................ 297
Quadro 48 – Matriz SWOT do sistema limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
urbanos de Catanduva. ........................................................................................... 320
Quadro 49 – Descrição dos cenários previsível e normativo para o sistema de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos. ......................................... 326
Quadro 50 – Resumo dos custos estimados das ações propostas no PISB (em R$)
................................................................................................................................ 358
Quadro 51 – Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico – Regras de
Coleta e Transporte................................................................................................. 415
Quadro 52 – Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico – Regras de
Triagem e Transbordo. ............................................................................................ 416
Quadro 53 – Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico – Regras de
Licenciamento. ........................................................................................................ 417
Quadro 54 – Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico – Legislação e
Normas. ................................................................................................................... 417
Quadro 55 – Resíduos dos Serviços de Transporte – Classificação....................... 418
Quadro 56 – Resíduos dos Serviços de Transporte – Regras de Licenciamento. .. 419
Quadro 57 – Resíduos de Serviço de Saúde – Classificação. ................................ 420
Quadro 58 – Resíduos de Serviço de Saúde – Regras de Coleta e Transporte. .... 420
Quadro 59 – Resíduos de Serviço de Saúde – Regras de Triagem e Transbordo. 421
Quadro 60 – Resíduos de Serviço de Saúde – Regras de Tratamento e Disposição
Final. ....................................................................................................................... 421
Quadro 61 – Resíduos de Serviço de Saúde – Regras de Licenciamento. ............. 423
Quadro 62 – Resíduos de Serviço de Saúde – Legislação e Normas..................... 423
Quadro 63 – Resíduos de Mineração – Legislação e Normas. ............................... 424

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Quadro 64 – Resíduos de Construção Civil – Classificação. .................................. 424
Quadro 65 – Resíduos de Construção Civil – Regras de Coleta e Transporte. ...... 424
Quadro 66 – Resíduos de Construção Civil – Regras de Tratamento e Disposição.
................................................................................................................................ 424
Quadro 67 – Resíduos de Construção Civil – Regras de Licenciamento. ............... 425
Quadro 68 – Resíduos de Construção Civil – Legislação e Normas. ...................... 425
Quadro 69 – Resíduos Agrossilvopastoris – Regras de Coleta e Transporte. ........ 426
Quadro 70 – Resíduos Agrossilvopastoris – Regras de Triagem e Transbordo...... 426
Quadro 71 – Resíduos Agrossilvopastoris – Regras de Tratamento e Disposição. 426
Quadro 72 – Resíduos Agrossilvopastoris – Regras de Licenciamento. ................. 426
Quadro 73 – Resíduos Agrossilvopastoris – Legislação e Normas. ........................ 426
Quadro 74 – Resíduos Industriais – Regras de Licenciamento e Obrigações Legais.
................................................................................................................................ 429
Quadro 75 – Resíduos Industriais – Legislação e Normas. .................................... 429
Quadro 76 – Resíduos de Estabelecimentos Comerciais – Regras de Coleta e
Transporte. .............................................................................................................. 430
Quadro 77 – Resíduos de Estabelecimentos Comerciais – Regras de Triagem e
Transbordo. ............................................................................................................. 430
Quadro 78 – Resíduos de Estabelecimentos Comerciais – Legislação e Normas. . 430
Quadro 79 – Resumo das responsabilidades na gestão dos resíduos sólidos. ...... 431
Quadro 80 – Resumo do programa proposto para capacitação técnica. ................ 451
Quadro 81 – Resumo do programa proposto de educação ambiental. ................... 460
Quadro 82 – Resumo das formas de auxílio prestado pela prefeitura de São José
dos Campos à cooperativa Futura. ......................................................................... 469
Quadro 83 – Exemplo de cálculo da “Tarifa do Lixo”. ............................................. 482
Quadro 84 – UFRC por zona e metro de testada. ................................................... 487
Quadro 85 – Metas relacionadas à redução, reutilização, coleta seletiva e
reciclagem. .............................................................................................................. 490
Quadro 86 – Etapa do gerenciamento e responsabilidades. ................................... 497
Quadro 87 – Ações de Emergência e Contingência para o sistema de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos. ....................................................... 507
Quadro 88 – Passivo ambiental: antigo lixão. ......................................................... 510

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Quadro 89 – Passivo ambiental: disposição irregular de resíduos. ......................... 517
Quadro 90 – Providências a serem tomadas conforme frequência de ocorrências de
despejo irregular...................................................................................................... 518

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Lista de Tabelas
Tabela 1 - Série histórica de dados censitários do município de Catanduva-SP. ..... 67
Tabela 2 – Taxa média geométrica de crescimento da população em Catanduva-SP.
.................................................................................................................................. 68
Tabela 3 – Número de Empregos por Atividade Econômica e Número de
Estabelecimentos. ..................................................................................................... 75
Tabela 4 – Salários Médios por Setor. ...................................................................... 76
Tabela 5 - PIB de Catanduva em Relação ao Estado. .............................................. 77
Tabela 6 – Número de domicílios, em Catanduva-SP, com rendimento nominal
mensal domiciliar per capita segundo faixas de salário mínimo (sm)........................ 78
Tabela 7 – Número de pessoas com mais de 10 anos com rendimento segundo as
faixas de salário mínimo (sm), em Catanduva-SP. ................................................... 78
Tabela 8 - Morbidade Hospitalar do SUS – por local de internação. ......................... 86
Tabela 9 - Morbidade Hospitalar do SUS – por local de internação (ano de 2012)... 86
Tabela 10 – Pontos Fixos de Coleta Domiciliar. ........................................................ 98
Tabela 11 – Aspectos positivos e negativos das áreas sugeridas para implantação
de aterro sanitário no município de Catanduva. ...................................................... 179
Tabela 12 – Critérios adotados na proposição de áreas potenciais à implantação de
Aterro Sanitário em Catanduva. .............................................................................. 181
Tabela 13 – Modelo 1: parâmetros de um projeto de aterro com capacidade de
atender 500 mil habitantes durante 20 anos. .......................................................... 195
Tabela 14 – Parâmetros de custo e de escala dos aterros, considerando valores
referentes a um projeto de 20 anos......................................................................... 195
Tabela 15 – Média dos preços estimados per capita e de suas proporções na receita
total per capita e no PIB per capita. ........................................................................ 197
Tabela 16 – Modelo 1: médias, mínimos e máximos dos preços estimados (per
capita), segundo TIRs, situações e regiões geográficas. ........................................ 198
Tabela 17 – Arrecadação anual média per capita com cobrança pelos serviços de
resíduos................................................................................................................... 199
Tabela 18 – Modelo 2: parâmetros de um projeto de aterro com capacidade de
atender 500 mil habitantes durante 10 anos com reinvestimento previsto para
ampliar a infraestrutura de forma a continuar operando por mais 10 anos. ............ 200

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Tabela 19 – Modelo 2: tarifas referentes aos distintos diferenciais de produtividade
para três tamanhos de aterros. ............................................................................... 201
Tabela 20 – Média dos preços estimados per capita e de suas proporções na receita
total per capita e no PIB per capita, segundo diferenças de produtividade, situações
e estratos populacionais. ......................................................................................... 203
Tabela 21 – Modelo 2: médias, mínimos e máximos dos preços estimados (per
capita), segundo diferenças de produtividade, situações e regiões geográficas. .... 204
Tabela 22 – Custos de implantação de aterros sanitários em municípios de 50.000 a
150.000 habitantes (R$/habitante). ......................................................................... 206
Tabela 23 – Consórcios públicos intermunicipais para os serviços de manejo de RSU
dos municípios participantes do SNIS em 2010, segundo região geográfica. ......... 207
Tabela 24 – Municípios da região de governo de Catanduva e suas populações... 212
Tabela 25 – Massa de resíduos a ser exportada para Catanduva em caso de
realização de Consórcio Público. ............................................................................ 215
Tabela 26 – Conteúdo mínimo a ser exigido na elaboração de um PGRS. ............ 241
Tabela 27 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados
ao SB geral, Objetivo 1. .......................................................................................... 308
Tabela 28 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados
ao SB geral, Objetivo 2. .......................................................................................... 314
Tabela 29 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados
ao SB geral, Objetivo 3. .......................................................................................... 315
Tabela 30 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados
ao SB geral, Objetivo 4. .......................................................................................... 317
Tabela 31 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados
ao SB geral, Objetivo 5. .......................................................................................... 318
Tabela 32 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados
ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 1........................................................... 331
Tabela 33 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados
ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 2........................................................... 336
Tabela 34 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados
ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 3........................................................... 338

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Tabela 35 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados
ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 4........................................................... 340
Tabela 36 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados
ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 5........................................................... 348
Tabela 37 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados
ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 6........................................................... 352
Tabela 38 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados
ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 7........................................................... 354

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Lista de Anexos
Anexo 1 - Decisão de Diretoria nº 103/2007/C/E, de 22 de Junho de 2007, publicada
pela CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo............................ 535
Anexo 2 - Sistema de Informações apresentado em CD e manual de instruções
(impresso) ............................................................................................................... 536

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1. INTRODUÇÃO
O conceito de saneamento ambiental possui uma abrangência que
historicamente foi construída com o objetivo de alcançar níveis crescentes de
salubridade ambiental, compreendendo o abastecimento de água, o esgotamento
sanitário, o manejo de resíduos sólidos urbanos, o manejo de águas pluviais
urbanas, o controle de vetores de doenças e a disciplina de ocupação e uso do solo,
a fim de promover a melhoria das condições de vida dos munícipes, seja ele
morador a zona urbana, seja da rural.
Dentro desse conceito mais amplo, um recorte cada vez mais utilizado para
uma parte do saneamento ambiental é a classificação de Saneamento Básico, que
envolve os sistemas e serviços para o abastecimento de água, o esgotamento
sanitário, a limpeza pública ou manejo dos resíduos sólidos e o manejo de águas
pluviais.
A Lei do Saneamento Básico ou Lei 11.445 de 05 de janeiro de 2007
regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.217/10 determina que a prestação dos
serviços públicos de saneamento básico, referentes estes sistemas deve ocorrer
com base em um plano que apresente claramente os objetivos, metas, ações e
prazos visando a universalização do acesso ao saneamento básico a toda a
população municipal dentro de um horizonte de planejamento de 20 anos – com
revisões a cada 4 anos, pelo menos.
A lei do Saneamento Básico vem garantir que a prestação destes serviços à
população não se dê exclusivamente pela busca da rentabilidade econômica e
financeira, mas que leve em consideração o objetivo principal que consiste em
garantir a todos os cidadãos o direito ao saneamento básico. Por essa razão, os
investimentos não são mais entendidos como uma decisão empresarial, mas como
metas de universalização e de integralidade, no sentido de permitir o acesso de
todos aos serviços, inclusive daqueles que, por sua baixa renda, não tenham
capacidade de pagamento.
A lei, entretanto, não impõe uma estatização ou a privatização do setor, mas
apenas cria um ambiente legal a que devem se subordinar todos os prestadores dos
serviços de saneamento básico, sejam eles entes públicos estaduais e municipais,
ou entidades privadas e de economia mista.
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Ainda segundo a legislação incidente sobre o setor, as prefeituras tinham até
o dia 31 de dezembro de 2010 para elaborarem e aprovarem junto à Câmara dos
Vereadores, seus Planos Municipais de Saneamento Básico. O prazo foi
determinado pela Lei Federal nº 11.445/2007 e pela Resolução Recomendada nº
33/2007, que preveem que o município que não cumprir a determinação será
penalizado cível e criminalmente. Entre as punições apontava-se para a perda de
incentivos fiscais, como as verbas do Programa de Aceleração do Crescimento -
PAC, entre outros. O Decreto Federal 7.217/10 prorrogou o prazo dos municípios ao
dispor que “a partir do exercício financeiro de 2014, a existência de plano de
saneamento básico, elaborado pelo titular dos serviços, será condição para o acesso
a recursos orçamentários da União ou a recursos de financiamentos geridos ou
administrados por órgão ou entidade da administração pública federal, quando
destinados a serviços de saneamento básico”.
Cabe ainda ressaltar que a lei prevê que os contratos que tenham por objetivo
a prestação de serviços públicos de saneamento ficam condicionados a adotar as
diretrizes e ações previstas no plano municipal de saneamento básico.
Está disposto na lei que revisar periodicamente o plano de saneamento é
necessário e se trata de tarefa que depende de uma agenda permanente de
discussão sobre a salubridade ambiental local.
O acesso à informação, imprescindível para o controle social, também é
garantido no Art. 26 da Lei nº 11.445/2007.
Destaca-se que o presente plano municipal de saneamento básico, neste
caso, denominado pelo gestor de “PISB” (Plano Integrado de Saneamento Básico)
deve atender a alguns princípios fundamentais, tais como:

∗ Precaução: sempre que existam riscos de efeitos adversos graves ou


irreversíveis para o ambiente, em geral, e para os recursos hídricos, em
particular, não deverá ser utilizado o argumento de existência de lacunas
científicas ou de conhecimentos para justificar o adiamento das medidas
eficazes para evitar as degradações ambientais.

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∗ Prevenção: será sempre preferível adotar medidas preventivas, que impeçam
a ocorrência de efeitos ambientais adversos ou irreversíveis, do que recorrer,
mais tarde, a medidas corretivas desses mesmos efeitos.
∗ Uso das melhores tecnologias disponíveis: na resolução dos problemas
ambientais em geral e dos recursos hídricos, em particular no que respeita ao
tratamento das águas residuais, deverão ser adotadas as melhores
tecnologias disponíveis.
∗ Usuário-pagador: este princípio engloba o do poluidor-pagador. Trata-se de
uma norma do direito ambiental que consiste em obrigar o poluidor a arcar
com os custos da reparação do dano por ele causado ao meio ambiente.
∗ Competência decisória: as decisões deverão ser tomadas pelos órgãos da
administração municipal que estão em melhores condições para fazê-las, em
função da natureza dos problemas e das consequências das decisões.
∗ Solidariedade e coesão municipal: na gestão do sistema de saneamento
deverão ser respeitados os princípios da solidariedade e da coesão, não
devendo a gestão integrada do sistema de saneamento contribuir para criar
ou agravar assimetrias (desigualdades) sociais ou administrativas.

O PISB de Catanduva deve ainda, reger-se pelos seguintes objetivos gerais:

∗ Buscar a melhoria significativa dos níveis quantitativos e qualitativos do


atendimento em matéria de abastecimento de água, esgotamento sanitário,
limpeza pública e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas
pluviais.
∗ Estabelecer procedimentos regulares de articulação entre os diversos setores
de saneamento para a gestão dos recursos naturais no âmbito do município.
∗ Buscar a resolução imediata de disfunções ambientais graves ou que
envolvam riscos potenciais para a saúde pública.
• Reconhecer a valorização ambiental dos sistemas hídricos.
• Proteger e valorizar os recursos hídricos subterrâneos.
• Aperfeiçoar os sistemas de informação e de capacidade de avaliação e
monitoramento dos setores do saneamento básico.
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2. SUBSÍDIOS TÉCNICOS

2.1. Horizonte do Plano

O Plano Integrado de Saneamento Básico de Catanduva foi elaborado


considerando um horizonte de planejamento de 20 anos, o que remete ao ano de
2035 o prazo limite do planejamento do Plano Integrado de Saneamento Básico de
Catanduva (PISB).
As metas, programas e ações dos 04 (quatro) setores de serviços
considerados foram hierarquicamente distribuídos dentro deste horizonte para serem
cumpridos em curto, médio prazo e longo prazo.
Enfatiza-se que o PISB deve ser revisado a cada 4 anos.

2.2. Mobilização Social

A importância da participação e controle social na formulação de políticas e


planos de saneamento básico foi reconhecida na Lei Nacional de Saneamento
Básico que define como princípio fundamental da prestação dos serviços, o controle
social, entendido como “o conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à
sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de
formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços
públicos de saneamento básico”.
O presente PISB buscou a mobilização comunitária através da realização de
audiências públicas, às quais foi dada a devida publicidade. As audiências públicas
vieram para apresentar à sociedade local o plano de saneamento básico, conforme
ele vinha sendo construído pela equipe técnica envolvida e abrindo, nestas ocasiões
a palavra aos cidadãos, de forma que a sociedade local através de sua contribuição,
também fosse autora do mesmo.
Foi tarefa cumprida pelo poder público local, divulgar e dar publicidade sobre
a realização destas reuniões públicas. As chamadas para a audiência pública
começavam a ser veiculadas 15 dias antes da realização das mesmas.
A Prefeitura enviou convites a muitas entidades representativas da sociedade
civil cujos perfis são, de alguma forma, ligados ao saneamento básico, à
preservação ambiental, à disseminação de educação em todos os níveis e de boas
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práticas visando a saúde da população. A estes convidados a Prefeitura solicitou o
envio de representantes à Audiência Pública.
Nas audiências o cidadão pode colaborar com a introdução de mais detalhes
e especificidades relacionados aos sistemas integrantes do saneamento básico
municipal e apresentar propostas e/ou reinvindicações que acabaram por contribuir
para um melhor entendimento sobre os problemas e fragilidades que ainda ocorrem
no município quanto aos serviços de saneamento básico.
As audiências públicas do Plano Integrado de Saneamento Básico, em
Catanduva ocorreram no anfiteatro da Prefeitura Municipal, aos 17 de julho de 2013,
de 17:30 às 20h20min e no dia 26 de setembro de 2013, de 17:30 às 19h40min.
As reuniões públicas foram dirigidas pelo Poder Público Municipal, que foi o
responsável pela elaboração das atas e também disponibilizou, nas duas ocasiões,
uma lista de presença para o registro da participação de todos.
Por ocasião das audiências públicas, a exposição dos conteúdos do PISB foi
efetuada pela empresa contratada para apoiar a elaboração do mesmo (empresa
SHS).
Merece ser ressaltado, ainda, que o presente Plano de Saneamento Básico é
do município e não da administração atual ou do governante em exercício e que a
participação da comunidade no desenvolvimento dos trabalhos tem o potencial de
torna-la agente efetivo da manutenção e continuidade das diretrizes previstas no
PISB.
O Quadro 1 indica as providências tomadas para a realização das audiências
públicas, os meios sugeridos para a realização de cada atividade, os prazos e os
responsáveis pela execução das mesmas. O Quadro 2 indica um planejamento
mínimo do desenvolvimento da 1ª audiência pública sobre o PISB de Catanduva. A
2ª audiência foi conduzida segundo os mesmos padrões da 1ª.

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Quadro 1- Detalhes para a preparação e realização da 1ª Audiência Pública do PISB do
Município de Catanduva.
Evento Atividade Meio Prazo Responsável
Ajustes do
conteúdo do PISB 10 dias depois de
E-mails,
a ser apresentado entregue, pela
telefonemas e, se
à população consultora, para a SHS / Prefeitura
necessário, uma
e Prefeitura, o Municipal
reunião
discussão acerca relatório objeto de
preparatória
dos detalhes de discussão na AP.
condução da AP
Definição de data, Tratativas internas Pelo menos 20
Prefeitura
horário e local para da PM de dias antes do
Municipal
da AP Catanduva evento (AP)
- Faixas colocadas
em lugares
Pelo menos 15
Divulgação do estratégicos, Prefeitura
dias antes do
Evento - Chamadas em Municipal
evento (AP)
rádios locais e na
imprensa local
Disponibilização do
conteúdo para
apreciação popular
(incluir aqui a - Site da Prefeitura
Preparação para
divulgação desta - ou
Audiência Pública
iniciativa, através - Cópia impressa
(AP) Pelo menos 15 Prefeitura
de chamadas no disponibilizada
dias antes do Municipal de
site e colocação de para evento Catanduva
pelo menos 1 faixa interessados na
convidando a Prefeitura
população à Municipal
consulta do PMSB,
em frente à
Prefeitura)
- Datashow
- Sistema de som
e gravação
- Livro de
presença
O material deve
Disponibilização de - Fichas de Prefeitura
estar disponível na
recursos materiais inscrição para ter Municipal de
data e no local do
para a AP direito à vós com Catanduva
evento
microfone
- Fichas para
encaminhamento
de perguntas á
mesa
Prazo da AP deve
ser aquele
necessário e
suficiente para
Apresentar o Arquivo em
que o conteúdo
conteúdo na AP, powerpoint e
seja abordado de Prefeitura / SHS
da forma mais equipe técnica
forma completa e
didática possível presente
que os todos os
Audiência Pública
interessados
possam
manifestar-se.
- Gravação do
evento através Prefeitura
Disponível na data
Elaboração de Ata de equipamento Municipal de
do evento
com recursos Catanduva
audiovisuais
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Evento Atividade Meio Prazo Responsável
Integração dos
conteúdos
provenientes da
Fechamento do
colaboração da
conteúdo do PISB Trabalhos no Até 10 dias depois
população ao SHS
(relatório escritório do evento (AP)
PMSB efetuada na
consistido)
AP visando a
versão final do
Diagnóstico
Fonte: SHS (2013).

Quadro 2 – Sugestão de desenvolvimento da 1ª audiência pública.


Tempo
Etapa Responsável Temas abordados
(minutos)
Abertura
Sugestão para composição da
mesa:
- Coordenadora do PISB pela Boas vindas a todos
PM; os presentes e
- Coordenadora do PISB pela Coordenador dos Apresentação dos
5
empresa contratada; trabalhos coordenadores e das
- Representante da SAEC; entidades participantes
- Representante do setor de do PISB
Drenagem
- Representante do setor de
Resíduos
O que é um PMSB /
Apresentação Resumida Consultora 10
Plano de trabalho
Descrição da situação
SHS / Prefeitura
atual dos sistemas,
1) técnico: Água
seus pontos fortes e 40 minutos (10 minutos
Apresentação dos diagnósticos 2) técnico: Esgoto
fracos segundo por sistema)
3) técnico: Drenagem
levantado até o
4) técnico: Resíduos
momento
Abertura para
comentários e/ou
perguntas daqueles
que estão inscritos;
Participação da comunidade SHS / Prefeitura Leitura de perguntas 30
encaminhadas à mesa
e respostas dadas
pela pessoa mais
qualificada
Resumo sobre a
reunião que acaba de
Prefeitura Municipal /
Avaliação Final do Evento ocorrer e solicitação 5
População presente
de mais alguma
manifestação
Coordenadora do PISB Agradecimentos finais Tempo total mínimo: 90
Encerramento
pela Prefeitura Municipal e encerramento da AP minutos
Fonte: SHS (2013).

2.3. Projeção Populacional

É importante ressaltar que não foram consideradas, neste estudo, as


projeções populacionais apresentadas no Plano Diretor do Sistema de Esgotos
Sanitários de Catanduva de janeiro de 2006 elaborado pela empresa Serec, pois

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neste estudo foi estimada, para o ano de 2010, uma população urbana de 128.073
habitantes, enquanto que no Censo do IBGE a população urbana do município em
2010 foi de 111.914 habitantes, ou seja, 12,61% abaixo da prevista naquele plano
diretor. Assim, a SHS fez um novo estudo populacional o qual é apresentado a
seguir.
Dados populacionais segundo o IBGE
O presente estudo populacional foi baseado nos dados censitários do IBGE e
apresenta, no âmbito municipal, a evolução e as projeções populacionais para o
horizonte de projeto de 20 anos, isto é, de 2015 a 2035.
O ano de 2015 foi considerado o ano 1 como segurança de que neste ano o
presente plano de saneamento já estivesse aprovado junto a câmara municipal de
Catanduva.
Fez-se uso das seguintes metodologias para projeção da população total:

• Ajuste de Curvas (potência);


• Métodos com base em fórmulas matemáticas, tais como: projeção
aritmética, geométrica, taxa de decrescimento de crescimento e
crescimento logístico conforme Literatura aplicada (Sperling, 1996).

O Quadro 3 apresenta a população do município de Catanduva segundo


dados fornecidos pelo site do IBGE.

Quadro 3 – População do Município de Catanduva.


População População População
Anos
Total Urbana Rural
1970 58.251 49.340 8.911
1980 72.865 65.966 6.899
1991 93.317 89.905 3.412
1996 100.942 98.942 2.000
2000 105.847 104.268 1.579
2007 109.362 * *
2010 112.820 111.914 906
Fonte: IBGE / (*) dados não fornecidos.

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Ajuste de Curvas – Potência

Para a projeção populacional de Catanduva foram utilizados os dados


censitários do IBGE para os anos de 1996, 2000, 2007 e 2010, por representar uma
melhor curva. O Quadro 4, a seguir, mostra a equação e o respectivo coeficiente de
correlação “R2”.

Quadro 4 – População.

Fonte: IBGE (2013).

Através da curva de ajuste da regressão potência observa-se o coeficiente de


correlação r2 = 0,966. O Quadro 5 mostra os valores da projeção de população para
o período de 2015 a 2035 utilizando a curva de ajuste.

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Quadro 5 – Resultados do Ajuste de Curvas (Potência) para Catanduva.
Projeção Projeção
Ano Ano
populacional populacional
2015 119.361 2026 129.264
2016 120.231 2027 130.201
2017 121.107 2028 131.145
2018 121.989 2029 132.095
2019 122.877 2030 133.051
2020 123.771 2031 134.014
2021 124.671 2032 134.984
2022 125.578 2033 135.959
2023 126.490 2034 136.942
2024 127.408 2035 137.931
2025 128.333 - -
Fonte: IBGE (2013).

Métodos com base em fórmulas matemáticas


I) Projeção Aritmética

A projeção aritmética representa o crescimento populacional segundo uma


taxa constante. Utilizam-se as seguintes fórmulas:

P1 − P0
Ka =
T1 − T0

Pt = P0 + k a x(T − To )

Onde:
Ka = coeficiente
Po, P1 = população no tempo t0 e t1;
Pt= população estimada no tempo t.
Utilizou-se:
Po= 105.847 hab;
P1= 112.820 hab;
T0= ano de 2000;
T1= ano de 2010;
T= ano de 2015, 2016, (...), 2035.
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Resultados:
Ka=697,3

O Quadro 6, a seguir, apresenta a projeção populacional para os anos


estudados.

Quadro 6 – Resultados da projeção aritmética para Catanduva.


Projeção Projeção
Ano Ano
populacional populacional
2015 116.307 2026 123.977
2016 117.004 2027 124.674
2017 117.701 2028 125.371
2018 118.398 2029 126.069
2019 119.096 2030 126.766
2020 119.793 2031 127.463
2021 120.490 2032 128.161
2022 121.188 2033 128.858
2023 121.885 2034 129.555
2024 122.582 2035 130.253
2025 123.280 - -

II) Projeção Geométrica

A projeção geométrica representa o crescimento populacional em função da


população existente a cada instante. Utilizam-se as seguintes fórmulas:
ln( P1 ) − ln( P0 )
Kg =
T1 − T0
x (T −To )
Pt = P0 x e kg

Onde Kg = coeficiente
Po, P1 = população no tempo t0 e t1;
Pt= população estimada no tempo t;

Utilizou-se:
Po= 105.847 hab;

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P1= 112.820 hab;
T0= ano de 2000;
T1= ano de 2010;
T= ano de 2015, 2016, (...), 2035.
Resultados:
Ka=0,0064

O Quadro 7, a seguir, apresenta a estimativa populacional para os anos


estudados.

Quadro 7 – Resultados da projeção geométrica para Catanduva.


Projeção Projeção
Ano Ano
populacional populacional
2015 116.477 2026 124.945
2016 117.222 2027 125.744
2017 117.973 2028 126.549
2018 118.728 2029 127.359
2019 119.488 2030 128.174
2020 120.252 2031 128.995
2021 121.022 2032 129.820
2022 121.797 2033 130.651
2023 122.576 2034 131.487
2024 123.361 2035 132.329
2025 124.150 - -
Fonte: SHS, 2013.

III) Projeção Taxa de decrescimento de crescimento

A projeção populacional através da taxa de decrescimento de crescimento é a


premissa de que, à medida que o município cresce, a taxa de crescimento torna-se
menor. A população tende assintoticamente a um valor de saturação. Utilizam-se as
seguintes fórmulas:
2
2 xP0 xP1 xP2 − P1 x( Po + P2 )
Ps = 2
P0 xP2 − P1
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− Ln[(Ps − P2 ) /( Ps − P1 )]
Kd =
T2 − T1

[
Pt = P0 + ( Ps − P0 ) x 1 − e − Kd
x (T −T0 )
]
Onde Kd = coeficiente
Po, P1 e P2 = população no tempo t0 , t1 e t2;
Ps= população de saturação;
Pt= população estimada no tempo t.

Utilizou-se:
Po= 105.847 hab;
P1= 109.362 hab;
P2=112.820 hab
T0= ano de 2000;
T1= ano de 2007;
T2= ano de 2010;
T= ano de 2015, 2016, (...), 2035.
Resultados:
Kd=0,0163;
Ps=181.651 hab.

O Quadro 8, a seguir, apresenta a projeção populacional para os anos


estudados.

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Quadro 8 – Resultados da projeção da taxa de decrescimento para Catanduva.
Projeção Projeção
Ano Ano
populacional populacional
2015 122.324 2026 132.084
2016 123.286 2027 132.887
2017 124.232 2028 133.677
2018 125.162 2029 134.455
2019 126.078 2030 135.220
2020 126.978 2031 135.972
2021 127.864 2032 136.712
2022 128.736 2033 137.441
2023 129.594 2034 138.157
2024 130.437 2035 138.862
2025 131.267 -

IV) Crescimento Logístico

O crescimento populacional segue uma relação matemática, que estabelece


uma curva em forma de S. A população tende assintoticamente a um valor de
saturação.
Utiliza-se a seguinte fórmula:

2
2 xP0 xP1 xP2 − P1 x( Po + P2 )
Ps = 2
P0 xP2 − P1

1  P x( P − P1 ) 
K1 = xLn  0 s 
T2 − T1  P1 x( Ps − P0 ) 
( Ps − P0 )
C=
P0

Ps
Pt = x (T −T0 )
1 + c xe k1
Onde:
K1 = coeficiente;
C= coeficiente;
Po, P1 e P2 = população no tempo t0 , t1 e t2;
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Ps= população de saturação;
Pt= população estimada no tempo t.

Utilizou-se:
Po= 105.847 hab;
P1= 109.362 hab;
P2=112.820 hab
T0= ano de 2000;
T1= ano de 2007;
T2= ano de 2010;
T= ano de 2015, 2016,(...), 2035.
Resultados:
K1=-0,0267
C=0,7162
Ps=181.651 hab

O Quadro 9, a seguir, apresenta a projeção populacional para os anos


estudados.

Quadro 9 – Resultados da projeção do crescimento logístico para Catanduva.


Projeção Projeção
Ano Ano
populacional populacional
2015 122.762 2026 133.807
2016 123.820 2027 134.743
2017 124.868 2028 135.666
2018 125.905 2029 136.578
2019 126.932 2030 137.477
2020 127.948 2031 138.364
2021 128.953 2032 139.239
2022 129.947 2033 140.101
2023 130.930 2034 140.951
2024 131.900 2035 141.789
2025 132.860 - -
Fonte: SHS, 2013.

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Conclusões da Estimativa de População

Uma síntese dos dados obtidos para a população total de Catanduva, para os
anos de 2015, 2017, 2020, 2025 e 2035 é apresentada no Quadro 10 mostrado a
seguir.

Quadro 10 – Resumo do Estudo de Projeção de População Total de Catanduva.


Fonte 2015 2017 2020 2025 2035
Ajuste de curvas - 119.361 121.107 123.771 128.333 137.931
potência
Projeção aritmética 116.307 117.701 119.793 123.280 130.253
Projeção geométrica 116.477 117.973 120.252 124.150 132.329
Taxa de 122.324 124.232 126.978 131.267 138.862
decrescimento de
crescimento
Crescimento logístico 122.762 124.868 127.948 132.860 141.789

Conforme pode ser observado, os valores obtidos variaram razoavelmente


pelo estudo apresentado. A projeção adotada neste Plano foi a dada pelo ajuste de
curvas – Potência por apresentar valores medianos em relação aos métodos com
base em fórmulas matemáticas. Assim, para estudos de cenários, serão adotados os
seguintes valores de populaçãos nos respectivos anos (Quadro 11).

Quadro 11 – Resumo das populações a serem consideradas para Catanduva ao longo


do horizonte temporal de planejamento
Projeção população total – ajuste de
Ano
curvas (potência)
2015 119.361
2017 121.107
2020 123.771
2025 128.333
2035 137.791

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3. SÍNTESE DA CARACTERIZAÇÃO MUNICIPAL

3.1. Diagnóstico Físico-Ambiental

3.1.1. Localização e delimitação territorial do município

O município de Catanduva está localizado a 384 km da capital do Estado de


São Paulo, na latitude 21° 08′ 16″ Sul e a uma longitude 48° 58′ 22″ Oeste,
pertencente à mesorregião de São José do Rio Preto. Sua área total é de 290,6km²,
sendo aproximadamente 30% ocupada com a zona urbana e periurbana. Faz divisa
com os municípios de Pindorama, Palmares Paulista, Ariranha, Novais, Itajobi,
Elisiário e Catiguá. A Figura 1 indica a localização de Catanduva no Estado de São
Paulo.

Figura 1 - Localização do Município de Catanduva no Estado de São Paulo.


Fonte: Adaptado de Wikimapa (2013).

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Os principais acessos ao município são a rodovia Washington Luiz (SP-310),
a partir de São Paulo e São José do Rio Preto; a rodovia Armando Salles de Oliveira
(Rod. SP-322), a partir de Ribeirão Preto; a rodovia José Della Vechia (SP-323) a
partir de Taquaritinga e Monte Alto; a Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326) que
vem de Barretos e a Rodovia Governador Pedro Monteleone (SP-351) que vem de
Bebedouro, como ilustra a Figura 2.

Figura 2 - Principais acessos à Catanduva-SP.


Fonte: ©Google Maps (2013).

Catanduva está localizada numa situação que pode ser considerada como
central no Estado de São Paulo: fica próxima a grandes centros, como Ribeirão
Preto e São José do Rio Preto, e apresenta acessos abundantes e de boa
qualidade. Estas condições podem representar as causas do município apresentar
um maior fluxo de pessoas e um crescimento populacional mais intenso do que
muitas das cidades paulistas do mesmo porte.
Há necessidade de planejamento para fornecer infraestrutura a esse
crescimento. Parte desta infraestrutura seria aquela integrante dos setores do
Saneamento Básico municipal.

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3.1.2. Hidrografia e bacias hidrográficas

O município de Catanduva está inserido, em sua maior parte, na Bacia


Hidrográfica do Turvo/Grande, definida como a Unidade Hidrográfica de
Gerenciamento de Recursos Hídricos 15 (UGRHI-15), conforme pode ser observado
na Figura 3. A área da UGRHI-15 é de aproximadamente 15.975km, contemplando
64 municípios com sedes nela e 11 com sede em outra unidade de gerenciamento.
Dentro do Comitê da UGRHI-15, Catanduva está inserida no grupo 4 da subdivisão
dos municípios. Além de integrar a UGRHI-15, o município também possui uma
parcela de seu território na UGRHI-16, Bacia Hidrográfica do Tietê/Batalha, porém
trata-se de área totalmente inserida na zona rural, ao sul de seu território conforme
indicado na Figura 3, por isso o município Catanduva não compõe o Comitê da
UGRHI-16.

Figura 3 - Localização da Bacia do Turvo/Grande entre as 22 UGRHI do Estado, com


indicação das 5 UGRHI limítrofes.
Fonte: adaptado de Relatório no 40.515 Diagnóstico da situação atual dos Recursos
Hídricos e estabelecimento de diretrizes técnicas para a elaboração do Plano da Bacia
Hidrográfica do Turvo/Grande - Relatório Final.

A UGRHI-15 foi subdividida em 12 sub-bacias, conforme mostrado na Figura 4 as


quais foram designadas com o nome do curso d’água principal ou com os nomes
das drenagens principais, no caso daquelas bacias que drenam diretamente para os

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reservatórios do rio Grande. Os nomes e as áreas das sub-bacias que integram a
UGRHI-15 estão indicados no Quadro 12.

Figura 4 – Indicação das 12 Sub-Bacias na área da UGRHI-15.


Fonte: adaptado de Relatório no 40.515 - Diagnóstico da situação atual dos Recursos
Hídricos e estabelecimento de diretrizes técnicas para a elaboração do Plano da Bacia
Hidrográfica do Turvo/Grande - Relatório Final.

Quadro 12 - Relação das 12 sub-bacias da UGRHI-15 e a área total de cada uma, em


km2.

Fonte: Adaptado de Relatório no 40.515 Diagnóstico da situação atual dos Recursos


Hídricos e estabelecimento de diretrizes técnicas para a elaboração do Plano da Bacia
Hidrográfica do Turvo/Grande - Relatório Final.

Catanduva é drenada pelo rio São Domingos e pelo ribeirão da Onça, sendo o
primeiro de maior importância por cortar a área urbana no sentido Leste-Oeste.
O rio São Domingos nasce no município de Santa Adélia e deságua no rio
Turvo no município de Uchoa, após percorrer cerca de 100 km. Sua bacia conta com
uma área de drenagem de 855 km². A área de drenagem do rio São Domingos até o
limite do município de Catanduva é de 378 km².

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A CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) publica um
relatório de qualidade das águas anualmente. Em seu relatório para o ano de 2011
as médias dos principais parâmetros de qualidade para os rios, pertencentes à
UGRHI-15. Nesse sentido, o rio São Domingos apresenta os seguintes pontos de
amostragem:

• Código CETESB: SDOM 03900 / Localização: ponte do Pingadouro /


Coordenadas: Lat S: 20º50’37” / Long W: 49º05’25” / Município:
Tabapuã;
• Código CETESB: SDOM 04500 / Localização: ponte na Rua J.
Zancaner, em Catiguá / Lat S: 21º03’02” / Long W: 49º03’49” /
Município: Catiguá
• Código CETESB: SDOM 04300 / Localização: à montante da cidade de
Catanduva / Lat S: 21º09’30” / Long W: 48º56’32” / Município:
Catanduva

Os pontos SDOM04300 e SDOM04500 são os mais importantes, pois o


primeiro está situado a montante da cidade e o segundo, a jusante. Os Quadro 13 e
Quadro 14 apresentam parâmetros de qualidade para os pontos supracitados.

Quadro 13 - Médias de 2011 e para o período 2006 a 2010 das principais variáveis de
qualidade.

Fonte: CETESB (2011).

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Quadro 14 - Resultados mensais e média anual do IQA – 2011.

Fonte: CETESB (2011).

Através do Quadro 14 pode-se verificar que o ponto a montante está com


melhor qualidade que o ponto localizado a jusante, donde se conclui que existe a
possibilidade de que a contribuição do município de Catanduva esteja afetando a
qualidade das águas do rio São Domingos.

3.1.3. Caracterização físico-ambiental do município

As concepções dos sistemas de redes de abastecimento de água,


esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais, assim como a concepção de
processos de tratamento de água e de esgotos; a otimização da coleta de resíduos;
a implantação de pontos de transbordo, entre outros tantos aspectos importantes
para o planejamento e a implementação de um sistema de saneamento básico,
dependem fortemente de características físicas e ambientais do ambiente em que
serão implementadas.
Assim, para que haja um bom planejamento da estruturação operacional e
mesmo institucional do sistema de saneamento básico em determinado município, é
imprescindível que seja feita uma caracterização físico-ambiental da área em
questão.
A seguir são apresentados mapas de alguns dos principais componentes do
meio físico do município de Catanduva (Figura 5, a Figura 9).

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Figura 5 - Mapa da Geologia do município de Catanduva

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Figura 6 - Mapa da Geomorfologia do município de Catanduva

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Figura 7 - Mapa de declividade do município de Catanduva

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Figura 8 - Mapa de Declividade da Área Urbana

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Figura 9 - Mapa das Áreas Suscetíveis a Erosão

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Conforme descrito pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT (1981), o
Planalto Catanduva localiza-se ao longo da bacia do médio e alto rio São Domingos,
onde estão as cidades de Santa Adélia, Catanduva e Catiguá, e estende-se até as
proximidades de Uchoa, extremo noroeste de sua área de ocorrência. Sua cota
máxima é próxima a 625 m e a mínima está entre 500 e 550 m. As colinas amplas e
médias dominam seu relevo.
As Colinas Médias predominadas por interflúvios com área de 1 a 4 km²,
topos aplainados, vertentes com perfis convexos a retilíneos. Drenagem de média a
baixa densidade, padrão sub-retangular, vales abertos a fechados, planícies aluviais,
interiores restritas, presença eventual de lagoas perenes ou intermitentes. As
encostas são sulcadas por vales subparalelos e desfeitas em interflúvios lineares de
topos angulosos a arredondados, vertentes de perfis retilíneos. Drenagem de média
densidade, vales fechados.
As Colinas Amplas são predominadas por interflúvios com área superior a 4
km², topos extensos e aplainados, vertentes com perfis retilíneos a convexos.
Drenagem de baixa densidade, padrão subdendrítico, vales abertos, planícies
aluviais, interiores restritas, presença eventual de lagoas perenes ou intermitentes.
Nos mapas de declividade para o município de Catanduva e de sua área
urbana, pode-se perceber que a região é bastante plana. Esta característica
influencia o regime de macrodrenagem da cidade, uma vez que propicia a
ocorrência de enchentes, além de dificultar a execução de obras hidráulicas que
utilizam energia gravitacional, tal como as tubulações de água e esgoto.
Segundo Motta e Pereira (2011), há intenso regime explotativo em 29 dentre
os 72 poços da prefeitura, que correspondem aos principais poços do município.
Neste estudo foi constatado que os poços do município que trabalham 24h por dia
estão sobrecarregados (sobre-explotação). Após análise de dois poços que captam
água do Aquífero Guarani e que têm maior representatividade na área, os autores
afirmam a ocorrência de índices críticos nos momentos de maior demanda. Além
disso, existe o problema da clandestinidade. Em Catanduva cerca de 2000 poços
não são outorgados, o que implica em captações efetuadas em quantidades
ignoradas e sem controle de qualidade.
O nível de exploração de mananciais subterrâneos do município é, portanto,

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preocupante, principalmente quando se pensa em questões como escassez de água
e problemas relacionados à qualidade das águas dos mananciais atuais e potenciais
existentes no município.
O clima em Catanduva é do tipo tropical úmido, Aw na classificação climática
de Koeppen, logo com precipitações mais frequentes no verão, devido à massa
Equatorial Continental (EC) (Figura 10).

Figura 10 - Massas de ar no Brasil.


Fonte: Sousa (2013).

Existe uma estação pluviométrica convencional no município de Catanduva. A


Figura 11, mostra a precipitação registrada entre março de 2012 e março de 2013,
ou seja, o ano mais recente.

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Figura 11 - Precipitação registrada pela estação convencional de Catanduva para
março/2012 a março/2013.
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET (2013).

Observa-se que o período chuvoso tem início no fim de outubro, estendendo-


se a março, com a máxima em janeiro. Nesse período são comuns chuvas de
trovoadas e fortes aguaceiros. Em contrapartida, entre julho e setembro,
basicamente a estação de inverno, as precipitações são mais raras e têm menor
volume, sendo este o período mais seco. Em média, a precipitação para os meses
de junho, julho e agosto é inferior a 20 mm/mês. A precipitação anual varia entre
1100 e 1600 mm.
O relevo mais plano da região e as chuvas mais intensas nos meses do verão
são fatores que, combinados, favorecem a ocorrência de inundações e alagamentos
tanto na área urbana quanto na rural.
A temperatura em Catanduva é bem definida. Entre maio e setembro tem-se
temperaturas mais amenas, enquanto que no restante do ano as temperaturas
sobem, geralmente apresentando máximas entre 28 e 30ºC, conforme representado
pela a linha azul do gráfico da na Figura 12.

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Figura 12 - Temperatura e umidade relativa do ar registrada pela estação convencional
de Catanduva para março/2012 a março/2013.
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET (2013).

Além de as altas temperaturas afetarem diretamente a saúde da população,


causando insolação e doenças de pele, é inevitável relacioná-las com a ocorrência
de zoonoses e doenças relacionadas ao saneamento, que geralmente têm aumento
de ocorrências nessas épocas de intenso calor e maior umidade, fatores que
aceleram o processo de reprodução dos vetores. Como verificado nos casos de
dengue, representados no Quadro 15, onde, em laranja, estão destacados os meses
com mais notificações que se encaixam no período descrito anteriormente.

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Quadro 15 - Notificações registradas de Dengue no Município de Catanduva.
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Total
2007 39 54 102 101 28 1 2 1 0 0 0 6 334
2008 1 2 2 42 9 2 2 2 1 0 1 0 64
2009 3 4 11 13 2 1 1 0 0 0 0 6 41
2010 67 219 355 230 78 7 3 1 0 3 2 2 967
2011 3 22 53 118 100 17 4 2 1 7 2 3 332
2012 4 0 11 7 3 12 9 4 3 2 2 2 59
Total 117 301 534 511 220 40 21 10 5 12 7 19 1797
Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net (2013).

A Figura 13 apresenta o mapa de Catanduva segundo a vegetação do local,


de acordo com o Levantamento Florestal do Estado de São Paulo realizado pelo
Instituto Florestal.
Apesar de o Cerrado ser predominante na região das UGRHI 15 e 16, o mapa
mostra a ausência da formação em Catanduva. Entretanto, observa-se a ocorrência
de manchas de floresta estacional semidecidual e capoeira, representando a mesma
formação florestal, porém em estágio inicial de regeneração, sendo que a primeira é
sazonal, com um período de perdas de folhas geralmente coincidente ao período
mais seco e frio do ano.
Devido à ocorrência de queimadas dispersas no tempo, suas áreas
apresentam estágios de sucessão variados e fisionomias diferentes. Ocorrem desde
estágios bem iniciais, resultantes de queimadas recentes com predomínio de
gramíneas, a um estágio mais avançado, dotado de árvores que apresentam
componentes naturais que denotam resistência ao fogo.

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Figura 13 - Mapa Florestal do Município de Catanduva

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3.1.4. Principais instrumentos legais aplicáveis ao saneamento básico

Os principais instrumentos legais que definem as políticas nacional, estadual


e municipal do saneamento básico e que devem ser atendidos pelos prestadores
dos serviços ou eixos integrantes do sistema de saneamento básico municipal, são
os seguintes:

• Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto das Cidades): define o


acesso aos serviços de saneamento básico como um dos
componentes do direito à cidade sustentável garantido aos cidadãos
através do reconhecimento da função social das cidades.
• Lei nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007 / regulamentada pelo Decreto
nº 7.217 de 21 de junho de 2010, estabelece as diretrizes nacionais
para o Saneamento Básico, reconhecendo implicitamente, à
semelhança da Constituição Federal de 1988 em seus artigos 21 e 23,
o município como titular dos serviços de saneamento básico.
• Decreto nº 7.217 de 21 de junho de 2010 em seu Art. 26, § 2o dispõe
que “a partir do exercício financeiro de 2014, a existência de plano de
saneamento básico, elaborado pelo titular dos serviços, será condição
para o acesso a recursos orçamentários da União ou a recursos de
financiamentos geridos ou administrados por órgão ou entidade da
administração pública federal, quando destinados a serviços de
saneamento básico”.

O Art. 10 da Lei do Saneamento Básico o qual dispõe que “a prestação de


serviços públicos de saneamento básico por entidade que não integre a
administração do titular depende da celebração de contrato, sendo vedada a sua
disciplina mediante convênios, termos de parceria ou outros instrumentos de
natureza precária”, não se aplica à SAEC já que esta integra, ainda que
indiretamente, a administração do titular. Assim, os atos praticados pelas autarquias
são, em regra, atos administrativos, ostentando as mesmas peculiaridades que
revestem aqueles promanados da administração direta. A celebração de contratos
administrativos pelas autarquias deve ser precedida de licitação, salvo exceção
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estabelecida em lei (Art. 37, XXI, CF). Já quanto aos procedimentos financeiros, as
autarquias estão sujeitas a contabilidade pública (Lei nº 4320/84) e à lei de
responsabilidade fiscal (LC 101/2000), não podendo legislar em relação a si, mas
deve obedecer à legislação da administração à qual está submissa.
Nota-se então que as autarquias não criam as regras jurídicas de auto-
organização, possuem apenas capacidade de autoadministração, o que significa
administrar a si próprias segundo as regras constantes da lei que as instituiu. Em
linhas gerais, a supervisão ou tutela visa assegurar que a entidade controlada esteja
atuando em conformidade com os fins que a lei instituidora lhe impôs, segundo a
finalidade para cuja persecução foi criada.
Este artigo, porém, aplica-se ao contrato firmado entre a Prefeitura Municipal
de Catanduva e a empresa Monte Azul, que responde pela prestação dos serviços
referentes à limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
O Art. 11 da Lei 11.445/07 prevê a existência de Plano Municipal de
Saneamento, entre outras, como condição para validade de contratos que tem por
objeto a prestação de serviços públicos de Saneamento Básico. Assim, nenhum
contrato ou prorrogação de contrato, referente aos Sistemas de Água, Esgotamento
Sanitário, Resíduos Sólidos e Drenagem Urbana firmado na vigência desta lei terá
validade sem Plano Municipal de Saneamento Básico.
A Lei nº 11.445/07 e o Decreto nº 7217/10, também dispõem sobre a
regulação dos serviços de saneamento básico, entendendo-a como “todo e qualquer
ato que discipline ou organize determinado serviço público, incluindo suas
características, padrões de qualidade, impacto socioambiental, direitos e obrigações
dos usuários e dos responsáveis por sua oferta ou prestação e fixação e revisão do
valor de tarifas e outros preços públicos [...]”.
Incumbe à entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços a verificação do
cumprimento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de serviços, na
forma das disposições legais, regulamentares e contratuais.
A regulação da SAEC se dá através do estabelecimento de controles
estabelecidos por leis municipais.
Ainda, revisar periodicamente o plano municipal de saneamento básico é
tarefa que depende de uma agenda permanente de discussão sobre a salubridade

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ambiental local, o que muitas vezes tem prioridade baixa e acaba sendo preterido
pelo gestor local. O acesso à informação, imprescindível para o controle social, é
garantido pelo art. 26 da Lei nº 11.445/2007).
A Lei do Saneamento Básico trouxe maior segurança jurídica para o setor e
exigências para as prestadoras de serviços ao exigir que estas cumpram metas,
reduzam custos e prestem um serviço adequado.
Os gestores públicos que não atenderem a estas disposições estão sujeitos
ao enquadramento por ato de improbidade administrativa. Entretanto, além de
simplesmente fazer cumprir os prazos estipulados e se impor sobre a validação da
vigência de contratos, é importante ao gestor público entender que o Plano de
Saneamento Básico é um instrumento de governo, e não deve ser entendido como
mera obrigação legal, mas sim como um orientador da formulação da política local
do setor.

• Resolução Recomendada n° 75 de 02 de julho de 2009 (do Conselho


das Cidades): estabelece orientações relativas à Política de
Saneamento Básico e ao conteúdo mínimo dos Planos de Saneamento
Básico.

Esta Resolução deve ser observada em sua totalidade titulares e prestadores


de serviços de saneamento básico. Ressalta-se, no entanto que a mesma dispõe,
em seu Art. 2º, que o titular dos serviços (municípios) “por meio de legislação
específica, deve estabelecer a respectiva Política de Saneamento Básico que deve
contemplar:

I. A definição da forma como serão prestados os serviços, se diretamente ou por


delegação dos serviços, e as condições a serem observadas nos contratos, em
particular a definição de critérios de qualidade e o estabelecimento de metas de
atendimento;
II. A definição das normas de regulação, incluindo a designação do ente responsável
pela regulação e fiscalização, bem como os meios e procedimentos para sua
atuação;

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III. Os parâmetros, as condições e responsabilidades para a garantia do atendimento
essencial para a promoção da saúde pública;
IV. A garantia de condições de acesso a toda a população à água em quantidade e
qualidade que assegure a proteção à saúde, observadas as normas relativas à
qualidade da água para o consumo humano, bem como a legislação ambiental e a
de recursos hídricos;
V. A fixação dos direitos e deveres dos usuários, observadas a legislação nacional,
em particular o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990) e o Decreto nº
5.440/2005;
VI. A criação do Fundo de Universalização estabelecendo fontes de recursos,
destinação e forma de administração conforme disposto no artigo 13 da Lei nº
11.445/2007;
VII. Os procedimentos para a avaliação sistemática da efetividade, eficiência e
eficácia dos serviços prestados, que incluam indicadores para aferir o cumprimento
das metas;
VIII. O estabelecimento dos instrumentos e mecanismos de participação e controle
social na gestão da política de saneamento básico, ou seja, nas atividades de
planejamento e regulação, fiscalização dos serviços na forma de conselhos das
cidades ou similar, com caráter deliberativo;
IX. O estabelecimento do sistema de informações sobre os serviços articulado ao
Sistema Nacional de Informações em Saneamento;
X. O estabelecimento de mecanismos de cooperação com outros entes federados
para implantação dos serviços de saneamento; e
XI. Os mecanismos capazes de promover a integração da Política de Saneamento
Básico com as políticas de saúde, de meio ambiente, de recursos hídricos, de
desenvolvimento urbano, de habitação e as demais que lhe sejam correlatas.

• Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010 e regulamentada pelo Decreto


nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010 institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos.

A Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010 e o Decreto que a regulamenta

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dispõem que o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos pode estar
inserido no plano de saneamento básico, desde que apresente o conteúdo descrito
no Art. 19 deste instrumento legal. O presente plano de saneamento buscou atender
à itemização indicada no artigo mencionado, apresentando os aspectos de
diagnóstico e descreveu os componentes referentes à configuração de metas e à
implementação de programas e ações no âmbito do sistema de limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos, assim como as ações sistemáticas (monitoramentos,
planos de contingências, entre outras) previstas para o setor.
No âmbito estadual os responsáveis pela prestação de serviços de
saneamento básico devem considerar, minimamente, os dispositivos dos seguintes
instrumentos legais:

• Constituição do Estado de São Paulo - Seção II - Recursos Hídricos.


• Lei Estadual 6.134 - Dispõe sobre a Preservação dos Depósitos
Naturais de Águas Subterrâneas.
• Lei Estadual 7.750 - Dispõe sobre a Política Estadual de Saneamento.
• Lei Estadual 7.663 - Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos.

No âmbito municipal, as leis que devem ser consideradas pelos prestadores


dos serviços integrantes do sistema municipal de saneamento básico são as
seguintes:

• Lei Complementar nº 0355 de 26 de dezembro de 2006 que institui o


Plano Diretor Participativo do Município de Catanduva.
• Lei Complementar nº 0458 de 25 de novembro de 2008 que dispõe
sobre a criação da SAEC como entidade autárquica de direito público
da administração indireta.
• Decreto n° 5.285 de 31 de março de 2009 que regulamenta a
prestação dos serviços públicos de abastecimento de água potável,
coleta, afastamento, tratamento e disposição final adequada de
esgotamento sanitário prestados pela Superintendência de Água e
Esgoto de Catanduva - SAEC.
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• Lei 0534 de 10 de junho de 2010: insere o inciso nº 1 do art. 17 da Lei
Complementar nº 458/08.
• Decreto 5898 de 22 de junho de 2011: altera a redação do art. 183 da
LC 5285/09.
• Decreto 6256 de 06 de fevereiro de 2013: altera a redação e
acrescenta parágrafo ao dispositivo da LC 5285/09.
• Lei 5281 de fevereiro de 2012: dispõe sobre ações da SAEC quanto á
hidrômetros, macromedidores e caixas de proteção.
• Lei 4717/09: dispõe sobre o plano plurianual sobre o quadriênio de
2010-2013 e dá outras providências.

A legislação municipal existente, relacionada com os setores do Saneamento


Básico, é apresentada a seguir. Muito embora estas leis representem avanços na
gestão do saneamento municipal, algumas delas acabaram por não conseguir atingir
os objetivos que pretendiam devido ao fato de não serem cumpridas em sua
plenitude, pelas autoridades ou pela população. Tais leis são indicadas a seguir.

• Lei Municipal nº 5256 de 03 de novembro de 2011: institui no município


o programa de uso racional da água, que tem como objetivo instituir
medidas que induzam à conservação, uso racional e utilização de
fontes alternativas para captação de água nas novas edificações
multifamiliares verticais (prédios e apartamentos) e edificações
verticais comerciais, bem como a conscientização dos usuários sobre a
importância da conservação da água.
• Lei Municipal nº 4923 de 08 de março de 2010: dispõe que fabricantes,
comerciantes, importadores e distribuidores de produtos que gerem
resíduos eletrônicos ou tecnológicos ficam obrigados a coletar e dar
destinação ambientalmente adequada para tais resíduos
(especialmente: pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, frascos de
aerossóis em geral, telefones celulares, artigos de informática e
eletrodomésticos) sob pena de arcar com multa no valor de 100 (cem)
UFRC, dobrada a partir da reincidência.
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• Lei Municipal nº 5001 de 10 de junho de 2010: dispõe sobre a
execução de limpeza e desinfecção periódica de caixas d’água
existentes em todos os prédios públicos municipais.
• Decreto Municipal nº 5429 de 04 de dezembro de 2009: dispõe sobre a
obrigatoriedade dos veículos pertencentes à prefeitura municipal de
Catanduva e aos prestadores de serviços a passarem por inspeção
veicular anual e dá outras providências.
• Lei Municipal nº 4840 de 03 de novembro de 2009: autoriza a
Prefeitura a estabelecer normas pra a coleta seletiva nos edifícios e
condomínios verticais ou horizontais localizados no município.
• Lei Municipal nº 4876 de 22 de dezembro de 2009: autoriza a
Prefeitura do município a estabelecer normas para a inclusão de
sistema de coleta de óleo de cozinha para reciclagem nos projetos de
construção de prédios e condomínios verticais (de 4 ou mais andares)
e horizontais acima de 10 unidades, no âmbito do município de
Catanduva.
• Lei Municipal nº 4878 de 22 de dezembro de 2009: institui projeto
“Bueiro limpo” no município de Catanduva: o projeto tem a finalidade
de executar, através de mão-de-obra temporária, a limpeza dos bueiros
em todas as vias e logradouros públicos do município.
• Lei Complementar nº 0445 de 06 de junho de 2008: cria a Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e Agricultura.
• Lei Municipal nº 4403 de 25 de maio de 2007: autoriza o poder
executivo municipal a criar postos para coleta, além de tomar outras
providências para viabilizar o aproveitamento de óleo vegetal usado na
fabricação de biodiesel.
• Lei Municipal nº 4134 de 25 de novembro de 2005: institui a
responsabilidade de destinação de lâmpadas usadas e dá outras
providências.
• Lei Municipal nº 243 de 22 de março de 2004: dispõe sobre sistema de
arborização urbana nos projetos de parcelamento do solo na forma de

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loteamento ou arruamento, estabelece diretrizes e dá outras
providências.
• Lei Municipal nº4386 de 03 de abril de 2007: autoriza a prefeitura
municipal a doar uma muda de árvore a cada criança nascida no
município.

3.1.5. Atribuições do titular dos serviços de saneamento básico

Em Catanduva a responsabilidade pela prestação de serviços nos setores de


drenagem urbana e de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos é diretamente
exercida pela Prefeitura Municipal. Já os serviços integrantes dos sistemas de
abastecimento de água e de esgotamento sanitário foram delegados à
Superintendência de Água e Esgoto de Catanduva (SAEC) através da Lei
Complementar nº0458 de 25 de novembro de 2008, a qual cria a entidade
autárquica municipal de direito público, com personalidade jurídica própria, com
sede e foro em Catanduva e dispondo de patrimônio próprio e autonomia
administrativa, financeira e técnica, dentro dos limites traçados por esta mesma lei.
A SAEC está inscrita no CNPJ sob n° 10.559.279/0001-00 e tem sua sede na
Avenida Engenheiro José Nelson Machado, 888 A, Catanduva-SP.
O Decreto n° 5.285/09 indica as obrigações, restrições, vedações, proibições,
penalidades e multas por infrações e inadimplências e demais condições e
exigências na prestação desses serviços aos clientes.
Segundo este decreto, à SAEC compete:

I. Estudar, projetar e executar, diretamente ou mediante contrato com


empresas/organizações especializadas em engenharia, as obras relativas à
construção, ampliação e remodelação dos sistemas públicos de abastecimento de
água potável e de esgoto sanitário;
II. Atuar como órgão tomador, coordenador e fiscalizador da execução dos
convênios entre o Município e/ou SAEC e os órgãos federais ou estaduais,
organizações não governamentais (ONG´s), bancos internacionais de fomento,
bancos oficiais, bancos comerciais, para financiamento de estudos, projetos e obras

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de construção, ampliação e remodelação dos serviços públicos de abastecimento de
água e esgoto sanitário:
III. Operar, manter, conservar e explorar, direta e/ou indiretamente os serviços de
água e esgoto sanitário, na sede, nos distritos, nos povoados e em outros
municípios, nos casos de convênio;
IV. Lançar, fiscalizar e arrecadar taxas, tarifas e/ou contribuições que incidirem sobre
os terrenos e imóveis beneficiados com tais serviços, bem como cobrá-los
administrativamente ou judicialmente;
V. Exercer quaisquer outras atividades relacionadas com os sistemas públicos de
abastecimento de água e de esgotamento sanitário, compatíveis com as leis gerais e
especiais;
VI. Promover campanhas educativas em escolas, associações e outros tipos de
entidades populares, públicas ou privadas, visando a conscientização da
necessidade de evitar o desperdício de água e qualquer outro tipo de poluição
ambiental.

3.1.6. Caracterização demográfica

O município de Catanduva apresentou, segundo dados obtidos junto ao IBGE


e apresentados na tabela que segue, uma evolução populacional semelhante à da
maioria dos municípios brasileiros, ou seja, diminuição gradativa do número de
habitantes na área rural e, consequente concentração populacional nas áreas
urbanas. Tal cenário é reflexo do processo gradativo de urbanização ocorrido no
Brasil nas últimas décadas. A Tabela 1 mostra o caso de Catanduva-SP.

Tabela 1 - Série histórica de dados censitários do município de Catanduva-SP.


Dados populacionais do município de Catanduva-SP (em habitantes)
Ano
Urbana Rural Total
1940 19231 21448 40679
1950 23433 20998 44431
1960 38127 11386 49513
1970 49359 8892 58251
1980 65948 6918 72866
1991 88011 2768 90779
1996 98942 2000 100942

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Dados populacionais do município de Catanduva-SP (em habitantes)
Ano
Urbana Rural Total
2000 104268 1579 105847
2010 111937 906 112843
Fonte: Contagem de 1996 e Censos Demográficos do IBGE.

Um fato a ser destacado sobre a população de Catanduva é que, por ser


considerado um polo regional, mesmo que em uma escala menor que São José do
Rio Preto, o município recebe uma considerável população flutuante, que é atraída
por componentes como maior número de postos de trabalho e de prestadores de
serviços, diversas opções de comércio e melhores equipamentos públicos de saúde
e educação.
Ressalta-se ainda que o setor sucroalcooleiro contribui consideravelmente na
atração de pessoas ao município, já que emprega um número significativo de
trabalhadores da região, tanto em regime efetivo de contratação quanto em regime
temporário.

Tabela 2 – Taxa média geométrica de crescimento da população em Catanduva-SP.


Anos Taxa média geométrica de crescimento da população (%)
1940/1950 0,88
1950/1960 1,08
1960/1970 1,63
1970/1980 2,24
1980/1991 2,00
1991/1996 2,12
1996/2000 1,19
2000/2010 0,64
Fonte: Dados calculados a partir de Censos Demográficos e Contagens do IBGE.

De acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2010) Catanduva possuía


112.820 habitantes em 2010. Com relação à composição dessa população, o
município apresentava as seguintes características relacionadas ao gênero da
população no ano em foi realizado o censo (2010): 54.776 homens e 58.044
mulheres.
Quanto às etnias autodeclaradas, no mesmo ano, a população era formada
por 86.287 brancos (76,4%), 21.456 pardos (19%), 4.396 negros (3,9%), 584

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amarelos (0,5%) e 97 indígenas (0,1%).
Já na estimativa de 2011 do IBGE, Catanduva aparece com 113.355
habitantes, configurando-se como o 60º município mais populoso do Estado de São
Paulo. Ainda segundo o IBGE, a cidade conta com 290,6 km² em área territorial,
apresentando uma densidade demográfica de 388,24 habitantes por km².

3.2. Diagnóstico Socioeconômico

Até a década de 1940 a maior parte da população de Catanduva residia nas


áreas rurais do município. A penetração ferroviária e as infraestruturas para a
assistência médico-hospitalar e educacional que foram implementadas a partir dos
anos 50 constituíram fatores decisivos para a evolução da área urbana. A série
histórica dos dados censitários e de contagem populacional, apresentados
anteriormente na Tabela 1, ilustra o momento em que o município começa a
apresentar sua vocação urbana, demonstrando ainda, em diversos outros momentos
ao longo dos anos, um intenso crescimento da população urbana em detrimento do
crescimento da população rural.

3.2.1. Macrozoneamento territorial e Unidades de Planejamento do PISB

Desde a década de 80 a cidade tem se preocupado com o disciplinamento da


ocupação de seu solo urbano, culminando com a publicação da Lei 355/2006, que
institui o Plano Diretor Participativo de Catanduva, o qual estabelece o ordenamento
territorial do município definindo em 5 (cinco) macrozonas em função dos diversos
tipos de usos e ocupações nelas configurados, e de certa forma, consolidados ao
longo das últimas décadas na história do crescimento municipal e que influenciam
nas tendências da expansão urbana. São elas:

I – Macrozona de aproveitamento urbano: apresenta uma ocupação urbana


consolidada, oferece infraestrutura e tem grande concentração de equipamentos
urbanos, serviços e comércio. Considerando-se a existência de infraestrutura urbana
nesta área, deve-se estimular que os novos parcelamentos do solo da cidade sejam
efetuados nesta macrozona (em cor vermelha na figura apresentada a seguir).
II – Macrozona de qualificação urbana: possui a maior densidade

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populacional da área urbana, apresentando concentração da população de baixa
renda e carência de equipamentos públicos, de áreas verdes e de infraestrutura
urbana. Por qualificação urbana entende-se o empreendimento das seguintes
iniciativas:

• Implantar e qualificar a infraestrutura urbana;


• Integrar os bairros periféricos à cidade;
• Melhorar as condições de acessibilidade;
• Ampliar a oferta de equipamentos públicos;
• Desenvolver programas de regularização urbanística e fundiária;
• Desenvolver programas de geração de emprego e renda.

Nesta macrozona só serão permitidos novos parcelamentos do solo se estes


forem contínuos ao tecido urbano existente e entregues com infraestrutura urbana
completa (em cor amarela na figura mostrada a seguir).

III – Macrozona de controle da ocupação urbana: esta macrozona


caracteriza-se pela ocupação rarefeita. São objetivos das áreas assim classificadas:

• Controlar a produção de novos parcelamentos do solo;


• Controlar a expansão periférica da cidade;
• Assegurar que a continuidade da malha urbana seja empreendida com
qualidade e apresente baixa densidade;
• Permitir usos de apoio às atividades de turismo e lazer.

Esta macrozona está representada pela cor verde na figura apresentada a


seguir.

IV – Macrozona de restrição à expansão urbana: as áreas assim


classificadas tem como característica a baixa densidade populacional, difíceis
condições de acessibilidade, pouca infraestrutura e acentuado processo de exclusão
sócio-territorial. Por isso, não será permitida a produção de novos parcelamentos de
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solo para fins residenciais nesta macrozona. São objetivos do município para estas
áreas:

• A restrição da expansão e da ocupação urbana;


• A contenção do processo de exclusão sócio-territorial.

Esta macrozona está representada pela cor azul na figura apresentada a


seguir.

V – Macrozona rural: esta macrozona é constituída por toda área municipal


não inserida no perímetro urbano. Nela não poderá ocorrer parcelamento de solo
para fins urbanos. (Esta macrozona não está representada na figura mostrada a
seguir).
A Figura 14 apresentada a seguir ilustra o macrozoneamento definido pelo
Plano Diretor Participativo para o município de Catanduva.

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Figura 14 - Macrozonas definidas para a área urbana do município de Catanduva-SP.
Fonte: Plano Diretor Participativo de Catanduva (2009).

O reconhecimento da existência de vazios urbanos e a instituição do


zoneamento urbano apresentado no Plano Diretor Participativo (PDP) do município
de Catanduva estimula a produção de habitações de interesse social e de áreas
verdes na cidade, além da restrição do crescimento da cidade em direção a área
rural e o direcionamento regional da ocupação, visto o excedente de imóveis não
utilizados em áreas com infra-estrutura e acessibilidade.
Segundo a Lei nº 336, aprovada pela Câmara Municipal em 29 de setembro
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de 2006, a Prefeitura de Catanduva aplica fatores de correção no valor venal
territorial do IPTU para imóveis localizados em “áreas inundáveis”. Em comparação
com uma área “normal”, esta lei municipal prevê que a ocorrência “inundável” tenha
fator de correção 0.8 (redução de 20%) no valor venal territorial do IPTU. Na
sequência, aparecem terrenos intitulados como “rochoso” (0.7), “alagado” (0.6) e
“brejo” (0.5). A combinação dos quatro fatores também registra correção de 0.5. De
acordo com informações da Secretaria Municipal de Finanças, qualquer munícipe
pode solicitar a avaliação de seu terreno para obter a redução no valor do IPTU.
“Basta procurar a Central de Atendimento, no térreo do Paço Municipal, fazer um
requerimento e um dos técnicos fará a vistoria”.
Em termos de abrangência física para o planejamento que se pretende no
presente plano de saneamento básico, a área urbana de Catanduva corresponde a
uma das unidades de planejamento consideradas. As demais unidades são de
natureza rural, conforme indicado na Figura 15.

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Figura 15 – Unidades de Planejamento consideradas no presente PISB
Fonte: SHS, 2013.

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3.2.2. Perfil econômico do município de Catanduva

De acordo com a pesquisa Relação Anual de Informações Sociais –


RAIS/CAGED de 2006, realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a
distribuição da população em relação aos tipos de ocupação é a seguinte:

• Setor de serviços: 32,04%


• Produção de bens e serviços industriais: 26,66%
• Indústria de transformação: 18,42%
• Serviços domésticos: 8,64%
• Construção: 7,86%

A Tabela 3 mostra o número de estabelecimentos que integram a atividade


econômica do município, e o número de empregos por eles gerados, bem como a
porcentagem de aumento no número de empregos formais, comparando-se o ano
de 2000 com o primeiro dia do ano de 2013.

Tabela 3 – Número de Empregos por Atividade Econômica e Número de


Estabelecimentos.
Nº de
Nº de Aumento do
Nº de Empregos
Empregos Número de
Atividade Estabelecimentos em Formais em 1º
Formais em Empregos
1º Janeiro de 2013 Janeiro de
2000 Formais
2013
Indústria de
544 5.741 13.234 130,52%
Transformação
Construção Civil 221 885 1.322 49,38%
Comércio 3.281 5.028 10.196 102,78%
Serviços 3.097 7.822 11.391 45,63%
Agropecuária,
Extração Vegetal, 436 2.254 1.358 -39,75%
Caça e Pesca
TOTAIS 7.579 21.730 37.501 57,94%
Fonte: SEADE (2013) e Ministério do Trabalho e Emprego (2013).

Destacam-se na atividade industrial de Catanduva a produção e o comércio


de ventiladores. As fábricas situadas na cidade são responsáveis por cerca de 90%
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da produção nacional de ventiladores e empregam 60% da mão-de-obra na indústria
no município. Em quatro grandes indústrias de ventiladores, trabalham 2,8mil
metalúrgicos.
O rendimento médio de cada um dos setores econômicos apresentados no
quadro anterior pode ser avaliado na tabela que segue (Tabela 4).

Tabela 4 – Salários Médios por Setor.


Setor 2001 2011
Extrativa Mineral - -
Indústria de Transformação R$ 762,75 R$ 1.691,73
Serviço Industrial de Utilidade Pública - -
Construção Civil R$ 435,58 R$ 1.406,01
Comércio R$ 527,14 R$ 1.319,11
Serviços R$ 679,27 R$ 1.553,89
Administração Pública - -
Agropecuária, Extração Vegetal, Caça e Pesca R$ 401,79 R$ 812,63
Outros/Ignorado - -
Fonte: SEADE (2013).

É possível observar que os setores relacionados à indústria, comércio e


serviços concentram a maioria dos postos de trabalho. Do ano de 2000 até o ano de
2013 o número de postos de trabalho formais relacionados à indústria e ao comércio
dobrou, e os postos de trabalho relacionados a serviços aumentaram em torno de
45%. O setor da construção civil, no mesmo período, também aumentou o número
de postos de trabalhos oferecidos em cerca de 50%. Já o setor agropecuário, de
extração vegetal, caça e pesca diminuiu o número de empregos formais, tendo uma
redução de quase 40%.
No que diz respeito aos salários médios pagos por setor, observa-se que a
indústria e o setor de serviços, são os que melhor remuneram seus funcionários,
seguidos pela construção civil e pelo comércio.
Outro indicador a ser analisado para medir o grau de desenvolvimento do
município ou do país é o PIB – Produto Interno Bruto. A tabela a seguir apresenta o
PIB de Catanduva e demonstra a evolução desse indicador no período de 2006 a
2010.

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Tabela 5 - PIB de Catanduva em Relação ao Estado.
Variável 2006 2007 2008 2009 2010
Participação dos Serviços no Total
68,04 67,26 70,56 67,76 72,5
do Valor Adicionado (%)
Participação da Agropecuária no
1,51 1,16 0,90 1,30 1,88
Total do Valor Adicionado (%)
Participação da Indústria no Total do
30,45 31,58 28,54 30,94 25,62
Valor Adicionado (%)
PIB (em milhões de reais correntes) 1.692,93 1.884,32 1.889,74 2.204,56 2.246,52
PIB per Capita (em reais correntes) 15.380,24 17.016,78 16.968,12 19.672,82 19.923,04
Participação no PIB do Estado (%) 0,21 0,21 0,19 0,20 0,18
Fonte: SEADE (2010).

O Produto Interno Bruto (PIB) de Catanduva acumulou crescimento de


32,69% desde 2006. Na estatística per capta, o PIB de Catanduva teve crescimento
de 1,27% entre os anos de 2009 e 2010. O índice representava R$ 19,9 mil por
pessoa em 2010, em comparação a R$ 19,6 mil do ano anterior, o que retrata a
evolução da economia local.
Quando se avalia a renda de um determinado município, um indicador a ser
utilizado é o Índice de Gini, que demonstra a igualdade ou desigualdade na
distribuição da renda. Os parâmetros analisados variam de 0 (zero) (máxima
igualdade/distribuição – todos os habitantes com a mesma renda) a 1 (um)
(desigualdade/concentração máxima – toda a renda concentrada em poder de um só
habitante).
Conforme o Atlas de Desenvolvimento Humano elaborado pelo PNUD –
Programa as Nações Unidas para o Desenvolvimento, Catanduva obteve um índice
de 0,46 em 2010, que representa uma melhora na sua situação, já que no ano de
1991 o município apresentava um índice de 0,51, piorando sua situação no ano
2000, onde o índice chegou a 0,53. Atualmente, o município ocupa o 369º lugar
entre os 645 municípios do Estado no ranking de desigualdade o que demonstra que
Catanduva não está entre os municípios que possuem os maiores índices de
desigualdade.
Reforçando esse cenário, em relação à renda per capita das famílias
residentes em Catanduva, com os dados disponíveis do IBGE (2010), conseguiu-se
chegar aos resultados mostrados na Tabela 6 e na Tabela 7.
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Tabela 6 – Número de domicílios, em Catanduva-SP, com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita segundo faixas de salário mínimo (sm).
0a2 2a5 5 a 10 10
Faixas de salários mínimos (sm)
sm sm sm sm
Domicílios particulares com rendimento nominal mensal
28.356 6732 1444 448
domiciliar per capita
Fonte: IBGE (2010).

Tabela 7 – Número de pessoas com mais de 10 anos com rendimento segundo as


faixas de salário mínimo (sm), em Catanduva-SP.
Faixas de Até 5a 11 a 15 a
0,5 a 1 1a2 2a3 3a5 20 sem
salários mínimos 0,5 10 15 20
sm sm sm sm sm renda
(sm) sm sm sm sm
Pessoas com
1531 5429 28887 10569 7744 4366 623 596 392 29007
mais de 10 anos
Fonte: IBGE (2010).

No mês de junho de 2010, Catanduva ocupou o décimo quarto lugar do país


no ranking feito pelo Ministério do Trabalho no que diz respeito a oferta de vagas de
emprego. A geração de 922 vagas de emprego fez com que a cidade ficasse com a
2ª colocação na região noroeste do estado, perdendo apenas para Penápolis, e
ficando acima de cidades como São José do Rio Preto, Araçatuba e Presidente
Prudente. A cidade também concentra um grande número de empresas voltadas ao
transporte açúcareiro e de outros produtos agrícolas, destacando-se as seguintes:
Transportadora Joverno, Leamar Transportes, Pacar Transportes, Guardia
Transportes, KM Transportes.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) mede o nível de
desenvolvimento humano dos municípios a partir de indicadores de educação
(alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e
renda (PIB per capita). O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1
(desenvolvimento humano total). Os municípios com IDH até 0,499 têm
desenvolvimento humano considerado baixo; os municípios com índices entre 0,500
e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento humano; municípios com IDH
maior que 0,800 têm desenvolvimento humano considerado alto. Catanduva
apresenta um índice de 0,833, ocupando a vigésima nona posição entre os

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municípios do Estado de São Paulo, demonstrando também que Catanduva está em
uma posição superior à média encontrada para o Estado, que foi de 0,814.
Com relação aos dados do município relacionados com educação, Catanduva
apresenta os seguintes resultados, conforme levantamento realizado pelo IBGE em
2010:

• Taxa de analfabetismo: 7%
• Média de anos de estudos da população de 15 a 64 anos: 7,48
• População de 25 anos ou mais com menos de 8 anos de estudo:
60,34%
• População de 18 a 24 anos com ensino médio completo: 48,28%

3.2.3. Perfil das condições sanitário-ambientais e de saúde

Segundo o Relatório do Estudo de Caso sobre o Plano Diretor Participativo do


município de Catanduva, realizado pelo Instituto Pólis (2009), que avaliou este
importante instrumento de gestão municipal, “os setores representativos da
sociedade mostraram-se insatisfeitos e preocupados com os problemas decorrentes
da infraestrutura crítica do município, principalmente no que diz respeito à poluição
dos cursos d’água que cortam a cidade”.
Em termos sanitários, apesar de o município ter a maioria de seus domicílios
urbanos conectados à rede de esgotos, não há sistema de tratamento de esgotos na
cidade, o que resulta em rios poluídos, inclusive o principal deles, o rio São
Domingos, que drena a cidade. Em épocas de chuvas, os problemas provenientes
de dispositivos de drenagem insuficientes e ineficientes também aparecem e os
alagamentos são frequentes.
O abastecimento de água à população ainda sofre interrupções frequentes
em pontos diversos da cidade e o manejo de resíduos, apesar de estar bem
articulado em alguns aspectos, apresenta outros que precisam melhorar no que diz
respeito à articulação das partes envolvidas e na disponibilidade de instalações e de
equipamentos, como o gerenciamento de resíduos da construção civil e a coleta
seletiva de resíduos sólidos inorgânicos recicláveis.

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Os locais na cidade cuja preservação ambiental é considerada importante
devido a sua interface com aspectos sanitários e, consequentemente com a saúde
da população, são lugares que apresentam alguma forma de degradação ambiental,
tais como processos erosivos, locais com acúmulo de resíduos, vazios urbanos mal
conservados, áreas públicas e margens de corpos d’água degradadas, além de
áreas que necessitam de um acréscimo de cuidado ambiental por serem importantes
na preservação da qualidade da água, como áreas de recarga de aquíferos, locais
de captação de águas subterrâneas e áreas com declividade acentuada.
Embora o Plano Diretor do Município de Catanduva não aponte, em seus
relatórios, informações sobre indicadores de saneamento ambiental, os dados do
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS (2010) mostram que:
Quanto aos aspectos ambientais, segundo o Relatório Técnico 40.515 da
UGRHi-TG, constatou-se na bacia hidrográfica do Turvo –Grande, em geral e na do
São Domingos, em particular, a seguinte situação de natureza antrópico-ambiental:

• A presença de terras cultivadas e de pastagens, aliada aos


desmatamentos, pressupõe a redução da perda da água do solo por
transpiração devido, principalmente, à retirada das raízes profundas da
cobertura vegetal arbórea outrora existente; dessa forma, é possível se
esperar um maior escoamento das águas na superfície terrestre,
provocando um aumento do fluxo das águas para os rios e,
consequentemente, um incremento no nível das atividades de erosão
nos terrenos;
• O grande predomínio do cultivo da cana de açúcar, na área, exibindo
uma estrutura fisionômica vertical, pressupõe menor taxa de
interceptação da água pluvial pelas suas folhas alongadas, acarretando
o aumento de aporte de água ao solo e a consequente remoção de
maior quantidade de nutrientes do solo por lixiviação e escoamento;
• A remoção da cobertura vegetal primária da área deve ter reduzido a
transferência de nutrientes minerais do solo para a biomassa, bem
como reduzido também o próprio volume acumulado de biomassa. Tal
tipo de interferência altera significativamente o ciclo de nutrientes
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minerais, afetando não apenas as condições do solo e da vegetação
existentes, mas, por via deles, o clima local, a operação de parte do
ciclo hidrológico, e a carga de sedimentos e de material em solução
dos rios.
• Como aspectos positivos dessas áreas, ressaltam-se suas boas
condições para agricultura, topografia que facilita a mecanização,
proximidades de grandes centros urbanos, boa infraestrutura de
transporte e comunicações.

No que diz respeito às políticas públicas que relacionam as condições


ambientais do município com a Saúde da população destacam-se:

• Programa de Saúde Ambiental: integra os subprogramas SISSOLO,


VIGIAR e PROAGUA (programa de monitoramento da qualidade da
água do sistema público de abastecimento), onde através de 14
coletas mensais estabelecidas em conjunto com o Instituto Adolfo Lutz-
SJRP, faz-se o controle paralelo ao órgão municipal responsável pela
distribuição de água no município.
• A Equipe Municipal de Combate ao Aedes aegypti: trata-se de um setor
do Departamento de Vigilância em Saúde que faz parte da Secretaria
Municipal de Saúde. Foi criado em 1989 com o objetivo de combater o
vetor em todo o município. Apresenta uma equipe formada por
visitadores, motoristas, auxiliar de serviços gerais, microscopista,
profissional de IEC, supervisores e encarregado. Funciona em dias
úteis das 07:00 às 17:00 horas.

A seguir é apresentada a listagem de programas adotados pela Secretaria


Municipal de Saúde de Catanduva:

• HIPERDIA – Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de


Hipertensos e Diabéticos;
• SISVAN – Sistema de Cadastramento e Acompanhamento da
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Vigilância Alimentar e Nutricional;
• SIM – Sistema de Informação sobre Mortalidade;
• SINASC – Sistema de Informação de Nascidos Vivos;
• SINAN NET – Sistema de Notificação de Agravos;
• PNI – API – Programa Nacional de Imunização;
• SISAEDS – Sistema de Informação de Controle Aedes;
• AEDES W7 – Sistema de Informação de Índice Larvário Aedes;
• PACS – Sistema de Informação da Dengue dos PSF ou USF;
• SIVISA – Sistema de Informação em Vigilância Sanitária;
• SID - Sistema de Controle de Dispensação de Insumos para Diabetes;
• CARTÃO SUS;
• TB Web – Sistema de Notificação e Acompanhamento dos Casos de
Tuberculose;
• Bolsa Família na Saúde;
• SIAB – Sistema de Informações de Atenção Básica;
• CASTec – Controle de Atendimento na Saúde do Município;
• WebCAS – Controle do Atendimento na Saúde no Município
(Agendamento On Line);
• CAPTec - Controle do Almoxarifado e Patrimônio do Município;
• SIA/SUS - Processamento da Produção Ambulatorial ;
• SIH/SUS- Processamento da Produção Hospitalar;
• SIH-D - Sistema de Informações Hospitalares Descentralizado;
• CIH - Comunicação de Internação Hospitalar;
• CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde;
• SISPRENATAL – Sistema de Cadastro e Acompanhamento do Pré
Natal

No que se refere às doenças de veiculação hídrica, as mais comuns são as


seguintes (BRASIL, 2005):

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• Febre Tifoide: doença infecciosa - caracteriza-se por febre contínua,
mal-estar, manchas rosadas no tronco, tosse seca, prisão de ventre
(mais frequente do que diarreia) e comprometimento dos tecidos
Linfoides. / Agente Etiológico: Salmonella Typhi, bactéria gram
negativa. / Modo de Transmissão: doença de veiculação hídrica, cuja
transmissão se dá através da ingestão de água e moluscos, assim
como do leite e derivados, principais alimentos responsáveis pela sua
transmissão. Outros alimentos, quando manipulados por portadores,
podem veicular a S. typhi, inclusive sucos de frutas. / Prazo de
Incubação: Em média, 2 semanas.
• Febre Paratifóide: infecção bacteriana que se caracteriza por febre
contínua, eventual aparecimento de manchas róseas no tronco e
comumente diarreia. Embora semelhante à Febre Tifoide, sua
letalidade é muito mais baixa.
• Shigeloses: infecção bacteriana aguda, principalmente no intestino
grosso, caracterizada por febre, náuseas e, às vezes, vômitos, cólicas
e tenesmo (sensação dolorosa na bexiga ou na região anal). Nos
casos graves as fezes contém sangue, muco e pus. / Sinonímia:
Disenteria Bacilar. / Agente Etiológico: bactérias gram negativas do
gênero Shigella, constituído por quatro espécies S. dysenteriae (grupo
A), S. flexnere (grupo B), S. boydii (grupo C) e S. sonnei (grupo D). /
Modo de Transmissão: a infecção é adquirida pela ingestão de água
contaminada ou de alimentos preparados por água contaminada.
Também foi demonstrado que as Shigelas podem ser transmitidas por
contato pessoal. / Período de Incubação: varia de 12 á 48 horas.
• Cólera: doença intestinal bacteriana aguda, caracteriza-se por diarreia
aquosa abundante, vômitos ocasionais, rápida desidratação, acidose,
câimbras musculares e colapso respiratório, podendo levar o paciente
a morte num período de 4 à 48 horas (casos não tratados). / Agente
Etiológico: Vibrio cholerae. / Modo de Transmissão: ingestão de água
ou alimentos contaminados por fezes ou vômitos de doentes ou
portador. A contaminação pessoa a pessoa é menos importante na
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cadeia epidemiológica. / Período de Incubação: de horas a 5 dias. Na
maioria dos casos varia de 2 a 3 dias.
• Hepatite A: início geralmente súbito com febre, mal-estar geral, falta
de apetite, náuseas, sintomas abdominais seguidos de icterícia. A
convalescença em geral é prolongada e a gravidade aumenta com a
idade, porém há recuperação total sem sequelas. / A distribuição do
vírus da Hepatite A é mundial; porém em locais onde o saneamento é
deficiente, a infecção é comum e ocorre em crianças de pouca idade. /
Agente Etiológico: Vírus da hepatite tipo A, hepatovirus RNA, família
Picornavirideo. / Modo de Transmissão: fecal-oral, água contaminada,
alimentos contaminados. / Período de Incubação: de 15 a 45 dias,
média de 30 dias.
• Amebíase: infecção causada por um protozoário parasita que se
apresenta em duas formas: como cisto infeccioso, resistente e como
trofozoíto, mais frágil e potencialmente invasor. O parasita pode atuar
de forma comensal ou invadir os tecidos, originando infecções
intestinais ou extra-intestinais. As enfermidades intestinais variam
desde uma disenteria aguda e fulminante, com febre e calafrios e
diarreia sanguinolenta ou mucoide (disenteria amebiana), até um mal-
estar abdominal leve e diarreia com sangue e muco alternando com
períodos de estremecimento ou remissão. / Agente Etiológico:
Entamoeba hystolytica. / Modo de Transmissão: ingestão de água ou
alimentos contaminados por dejetos, contendo cistos amebianos.
Ocorre mais raramente na transmissão sexual devido a contato oral-
anal. / Periodo de Incubação: entre 2 a 4 semanas, podendo variar
dias, meses ou anos.
• Giardíase: frequentemente assintomática, pode também estar
associada a uma diversidade de sintomas intestinais: diarreia crônica,
esteatorréia, cólicas abdominais, eliminação de fezes esbranquiçadas
gordurosas e fétidas, fadiga e perda de peso. Em casos de giardíase
grave, podem ocorrer lesões e alterações inflamatórias das células de
mucosa do duodeno e jejuno. / Sinonímia: Enterite por giárdia. / Agente
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Etiológico: Giárdia lamblia protozoário flagelado que existe sob as
formas de cistos e trofozoito. A primeira é a forma infectante. / Modo de
Transmissão: direta, pela contaminação das mãos e consequente
ingestão de cistos existente em dejetos de pessoa infectada; ou
indireta, através de ingestão de água ou alimento contaminado. /
Período de Incubação: de 1 a 4 semanas, com média de 7 a 10 dias.
• Esquistossomose: a sintomatologia depende da localização do
parasita. Os efeitos patológicos mais importantes são as complicações
derivadas da infecção crônica: fibrose hepática e hipertensão portal. /
Agente Etiológico: Schistosoma mansoni, família Schistosomatidae. /
Modo de Transmissão: os ovos do S. mansoni são eliminados pelas
fezes do hospedeiro infectado (homem). Na água, eclodem, liberando
uma larva ciliada denominada miracídio, a qual infecta o caramujo.
Após 4 ou 6 semanas, abandonam o caramujo, na forma de cercária,
ficando livres nas águas naturais. O contato humano com as águas
infectadas pelas cercárias é a maneira pela qual o indivíduo adquire a
esquistossomose. / Período de Incubação: em média, 2 a 6 semanas
após a infecção.
• Ascaridíase: o primeiro sinal da infestação frequente é a presença de
vermes vivos nas fezes ou ressurgidos. Sinais pulmonares inclui a
síndrome de Coeffer, caracterizada por respiração irregular, espasmos
de tosse, febre e pronunciada eosinofilia no sangue. A alta densidade
de parasita pode causar distúrbios digestivos e nutricionais, dor
abdominal, vômitos, inquietação e perturbação do sono. Complicações
graves não raro fatais que incluem obstrução intestinal e migração de
vermes adultos para o fígado, pâncreas, apêndice, cavidade peritoneal
e trado respiratório superior. / Sinonímia: Infecção por Ascaris. / Agente
Etiológico: Ascaris lumbricoides, ou lombriga. / Modo de Transmissão:
ingestão dos ovos infectantes do parasita, procedentes do solo, água
ou alimentos contaminados com fezes humanas. / Período de
Incubação: de 4 a 8 dias, tempo necessário para completar o ciclo vital
do parasita.

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As séries históricas de indicadores da morbidade hospitalar em Catanduva
são apresentadas na tabela a seguir.

Tabela 8 - Morbidade Hospitalar do SUS – por local de internação.


Doenças jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13
Algumas doenças infecciosas e parasitárias 42 66 80 107 161 108
Diarreia e gastroenterite origem infecciosa presumível 6 2 6 6 4 2
Outras doenças infecciosas intestinais 2 1
Dengue 2 1
Outras doenças infecciosas e parasitárias 1 2 1 1
Fonte: Datasus (2013).

Para se observar a ocorrência das doenças nas diversas épocas do ano


apresenta-se a tabela a seguir, com informações sobre o ano de 2012.

Tabela 9 - Morbidade Hospitalar do SUS – por local de internação (ano de 2012).


jan/ fev/ mar/ abr mai jun jul/ ago/ set/ out/ nov/ dez jan
Doenças
12 12 12 /12 /12 /12 12 12 12 12 12 /12 /13
Algumas doenças
10
infecciosas e 161 72 86 93 100 106 109 94 103 130 113 99
8
parasitárias
Diarreia e
gastroenterite origem 4 6 9 1 5 4 3 2 1 2 7 2 2
infecciosa presumível
Outras doenças
1
infecciosas intestinais
Dengue 1 1 1 1 1 1
Outras doenças
infecciosas e 1 1
parasitárias
Fonte: Datasus (2013).

Percebe-se, com a análise das tabelas, que as doenças infecciosas e


parasitárias aumentaram nos últimos anos, sendo a falta de saneamento básico
adequado uma das causas prováveis desse crescimento no número de casos. Tal
cenário reforça a importância da elaboração de um Plano Municipal de Saneamento
Básico, o qual não deixará de estabelecer metas e propor ações visando melhorar

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tal cenário.

3.3. Diagnóstico do Setor de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso I

3.3.1. Caracterização dos Resíduos Sólidos

Optou-se neste estudo por descrever o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo


de Resíduos Sólidos do município de Catanduva em função dos tipos de resíduos
manejados, assumindo-se a mesma tipologia adotada na Lei nº 12.305 de 02 de
agosto de 2010 – regulamentada pelo Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de
2010. Neste instrumento de gestão, os resíduos são classificados segundo sua
origem, resultando nos seguintes tipos:

1. resíduos sólidos urbanos: são os resíduos domiciliares, somados aos


resíduos de limpeza urbana e aos resíduos de estabelecimentos comerciais e
prestadores de serviços.
o resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em
residências urbanas;
o resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de
logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
o resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os
gerados nessas atividades, excetuados os resíduos da limpeza urbana,
aqueles gerados em ETAs, ETEs e aterros sanitários, os resíduos dos
serviços de saúde, os resíduos da construção civil, os resíduos dos
transportes.
2. resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados
nessas atividades (ex: ETAs e ETEs) , excetuados os resíduos sólidos
urbanos.
3. resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações
industriais.
4. resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde (ex:
hospitais, clínicas, consultórios, farmácias, laboratórios de análises clínicas,

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etc), conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos
órgãos do Sisnama e do SNVS.
5. resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas,
reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da
preparação e escavação de terrenos para obras civis.
6. resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e
silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas
atividades.
7. resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos,
terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira.
8. resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou
beneficiamento de minérios.

Em todos os casos os resíduos devem ser coletados, transportados,


acondicionados, tratados e submetidos à disposição final. A estes processos
tomados conjuntamente, dá-se o nome de manejo de resíduos sólidos.

3.3.1.1. Composição Gravimétrica


Os Resíduos Sólidos Domiciliares gerados no município de Catanduva não
tiveram ainda sua composição caracterizada. Dessa forma, foram utilizados dados
da composição gravimétrica típica para os resíduos sólidos brasileiros (Quadro 16),
segundo o Governo Federal – Ministério do Meio Ambiente (2012).

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Quadro 16 – Estimativa da composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos
coletados no Brasil em 2008.
Participação Quantidade
Resíduos
(%) (t/dia)
Material reciclável 31,9 58.527,40
Metais 2,9 5.293,50
Aço 2,3 4.213,70
Alumínio 0,6 1.079,90
Papel, papelão e tetrapak 13,1 23.997,40
Plástico total 13,5 24.847,90
Plástico filme 8,9 16.399,60
Plástico rígido 4,6 8.448,30
Vidro 2,4 4.388,60
Matéria orgânica 51,4 94.335,10
Outros 16,7 30.618,90
Total 100,0 183.481,40
Convenções: Umidade - de 50% a 60% / Poder Calorífico - de 1.600 a 2.000 kcal/kg.
Fonte: Governo Federal – Ministério do Meio Ambiente (2012).

Para peso específico aparente dos Resíduos Sólidos Domiciliares gerados no


município de Catanduva ocorre o mesmo que para a determinação da composição
gravimétrica, ou seja, por não haver dados específicos para os resíduos gerados na
cidade, foram utilizados os padrões estabelecidos na Literatura específica desta
Área do Conhecimento. De acordo com Obladen et al. (2009), o peso específico dos
resíduos pode variar de 350 a 900 kg/m3, dependendo do grau de compactação e,
este, do equipamento utilizado.
A geração per capita de resíduos sólidos urbanos considerada para
Catanduva foi de 30,25 kg/mês/hab (2010).

3.3.1.2. Limpeza de Logradouros


A limpeza urbana no município de Catanduva corresponde aos serviços de
varrição de vias e logradouros públicos em uma extensão de 50.653.224 m² de área
urbana e limpeza e desinfecção de feiras livres, que corresponde a 18.000 m²; e
serviços de roçada numa extensão de 741.591,39 m² de áreas verdes (Prefeitura
Municipal de Catanduva, 2012).

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A varrição, até julho de 2013, era realizada pela empresa terceirizada
ARCLAN. No contrato da empresa com a Prefeitura Municipal, varrição era definida
como sendo a “operação manual de remoção de todos os resíduos existentes entre
o meio fio e um metro de cada margem do leito carroçável”. Em 2012, foram
varridos, em média, 4.083,78 km/mês de vias públicas.
A partir de 29 de julho de 2013 esse serviço passou a ser realizado pela
empresa Monte Azul Engenharia Ltda. Detalhes desse contrato serão apresentados
na sequência.
A varrição é executada em vias e logradouros, e conforme verificado, a
varrição ocorre diariamente no Centro e atende à maioria dos bairros do município
com a frequência de duas vezes por semana. Condomínios e conjuntos
habitacionais não são atendidos pelo serviço de varrição, além de alguns dos
bairros, como: Jardim Oriental, Jardim Alpino, Jardim dos Coqueiros, Jardim
Alvorada e Jardim Shangri-la. Os resíduos provenientes da varrição são embalados
e, posteriormente, recolhidos pela coleta domiciliar e dispostos no aterro sanitário do
CGR – Centro de Gerenciamento de Resíduos, unidade de Catanduva.
As áreas verdes e públicas do município, quando da realização do
diagnóstico, eram mantidas pelas Secretarias do Planejamento, Obras e Meio
Ambiente e Agricultura. Com a celebração do novo com empresa Monte Azul
Engenharia Ltda, firmado em 29 de julho de 2013, esse serviço também passa a ser
de responsabilidade da terceirizada. Os serviços de capina são realizados de forma
manual, mecanizada e química.
Os serviços que apresentam a maior demanda são a roçada, a poda e a
extração de árvores. A equipe de extração e poda é responsável pela extração e
poda de árvores localizadas em áreas verdes municipais, rotatórias e canteiros
centrais, escolas municipais e prédios públicos. Os resíduos provenientes deste
trabalho são transportados pela própria equipe até o entreposto de galhos, e quando
solicitado pelo viveiro municipal, vinculado à Secretaria de Meio Ambiente e
Agricultura, o material é previamente selecionado e posteriormente processado
pelos funcionários do viveiro em equipamento próprio, sendo o material resultante
inserido no sistema produtivo do viveiro municipal.

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A equipe de roçada é responsável pela roçada de áreas verdes municipais,
rotatórias e canteiros centrais, escolas municipais e prédios públicos. Os resíduos
gerados nesse processo são aterrados na área do depósito de galhos.
Demais funcionários são distribuídos sistematicamente e ficam responsáveis
pela varrição, rastelo e rega dessas áreas. Em períodos de seca, alguns
funcionários são escalados para realizar a rega de áreas de grande extensão e que
apresentam baixa vazão em seus pontos de abastecimento de água. O trabalho é
realizado com três caminhões pipa e dois tratores equipados com reservatórios que
são abastecidos com água não potável proveniente de um poço localizado na área
da antiga CEAGESP, sendo cada equipe composta por um motorista e um auxiliar.
Para que não haja impacto nas demandas fixas, essas equipes trabalham em
período noturno e em caráter de hora extra.
Os resíduos de poda e limpeza de praças, jardins e parques da cidade são
levados ao “entreposto de galhos” da prefeitura municipal, localizado na Rodovia
Vicinal Vicente Sanches, nº 15000 – Zona Rural. O “entreposto de galhos” (Figura
16) é um depósito a céu aberto, com vigia, para acondicionamento do material
lenhoso coletado pelos serviços públicos de poda e roçada.
No entreposto o material é submetido a uma triagem que leva em
consideração a adequabilidade do material para os usos que se pretende fazer
deles. Uma das possibilidades é o envio de galhos para o viveiro municipal, onde
estes são triturados e misturados aos substratos dos plantios. A quantidade de
galhos destinada ao viveiro é determinada pela capacidade de trituração do viveiro,
que é pequena, uma vez que falta pessoal. Outro uso é para gerar energia em
caldeiras.
Para este segundo uso, os galhos são triturados no próprio depósito com o
maquinário da Usina NG – Bio Energia, que retira o material, de acordo com a
demanda, e o aproveita como combustível em sua caldeira.
Os resíduos do serviço de roçada gerados na manutenção de áreas verdes
municipais são aterrados na área do entreposto de galhos ou, caso estejam em
menor quantidade e devidamente acondicionados, são coletados e dispostos no
aterro do CGR.

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Segundo verificado pela Prefeitura, alguns geradores particulares de resíduos
de poda fazem a triagem, trituração e venda desse material. Apesar de ocorrer, no
entreposto de galhos, o descarte de móveis velhos como sofás e outros, a empresa
Usina NG – Bio Energia não retira esse tipo de material, que acaba sendo
abandonado no local, gerando poluição e certo grau de insalubridade na área.

Figura 16 – Entreposto de galhos.


Fonte: SHS (2013).

3.3.1.3. Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos


Em Catanduva, os resíduos sólidos urbanos, assim como ocorreu com os
resíduos de limpeza de logradouros, até julho de 2013 eram coletados e
transportados à disposição final pela empresa ARCLAN Serviços, Transportes e
Comércio Ltda., através do processo de terceirização realizado pela Prefeitura
Municipal de Catanduva. A partir do final de julho de 2013, a empresa Monte Azul
Engenharia Ltda assumiu também essa prestação de serviços no município.
Conforme já mencionado, detalhes desse contrato serão apresentados na
sequência.
A disposição final dos resíduos sólidos urbanos coletados dá-se no aterro
sanitário pertencente à empresa privada CGR, unidade de Catanduva.

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Os serviços de coleta e transporte de resíduos domiciliares atendem a 100%
da população urbana e a 12,8% da população rural, o que corresponde a 99,3% da
população total do município (IBGE, 2010).
A coleta de resíduos domiciliares é executada porta a porta em todas as vias
públicas oficiais e abertas à circulação.
A coleta domiciliar é realizada em período noturno, todos os dias no centro da
cidade e em dias alternados nos outros bairros da área central, atendendo
diariamente a 2% da população e em dias alternados a 98% da população. Nos
bairros periféricos, a coleta é diurna e em dias alternados.
Apresenta-se na sequência informações, assim como disponibilizadas no site
da prefeitura de Catanduva, sobre os dias e locais da coleta de resíduos
domiciliares.

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Figura 17 – Dias e locais de coleta de RSD – segunda, quarta e sexta (diurno).
Fonte: Prefeitura Municipal de Catanduva (2013).

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Figura 18 – Dias e locais de coleta de RSD – terça, quinta e sábado.
Fonte: Prefeitura Municipal de Catanduva (2013).

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Figura 19 – Dias e locais de coleta de RSD – segunda, quarta e sexta (noturno).
Fonte: Prefeitura Municipal de Catanduva (2013).

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Os equipamentos utilizados para a coleta de resíduos sólidos urbanos são 11
caminhões compactadores e veículos de apoio.
No período em que o diagnóstico foi elaborado, o município tinha a sua
disposição, para a roçada de áreas verdes e manutenção de áreas públicas, 43
roçadeiras costais, 11 motosserras, 4 motopodas, 3 lavadoras de alta pressão, 9
tratores, 3 caminhões pipas, 7 peruas Kombi, 1 triturador de galhos e 6 tanques
costais. O material acondicionado no entreposto de galhos é organizado com
retroescavadeira de propriedade da Prefeitura Municipal. Esse maquinário fica na
usina de asfalto localizada ao lado do entreposto.
Para a coleta e transporte de resíduos de serviços de saúde, são utilizados 2
utilitários com carrocerias especiais.
São fornecidos equipamentos de proteção individual (EPI’s) aos funcionários,
entre eles, calçado de segurança, protetor auricular e luva de PVC. Dependendo da
atividade são fornecidos EPI’s complementares, de acordo com a necessidade. Por
exemplo, luva de raspa, perneira, máscara com filtro químico, máscara com filtro
para poeira e óculos de segurança ao trabalhador braçal.
A prevenção pelo CGR aos agravos ocupacionais é realizada através dos
EPI’s e dos equipamentos de proteção coletiva (EPC’s). Os trabalhadores são
treinados para utilização desses equipamentos.
Segundo informações prestadas pela Prefeitura Municipal de Catanduva, não
houve ocorrência de falta de coleta de resíduos sólidos urbanos nos últimos 12
meses (Prefeitura, fevereiro de 2013).
A população rural não é atendida pelo serviço de coleta porta a porta. Para
suprir a demanda por coleta na zona rural são disponibilizados 54 containers
localizados em pontos fixos nas extremidades da área urbana onde a população da
zona rural leva seus resíduos sólidos domiciliares e comerciais para serem coletados
e, após, serem levados para o aterro da CGR. A tabela apresentada na sequência
informa o local onde esses contêineres estão instalados e a Figura 20 mostra os
tipos de containers utilizados e suas características. A periodicidade de coleta
nestes containers não foi informada.

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Tabela 10 – Pontos Fixos de Coleta Domiciliar.

Fonte: Arclan (2013).

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Figura 20 – Containers utilizados pela ARCLAN no município de Catanduva-SP.
Fonte: Prefeitura Municipal (2013).

Catanduva ainda convive com diversos problemas relacionados ao manejo


irregular, inadequado e impróprio de resíduos sólidos. Devido à falta de
conhecimento do poder degradador da queima de resíduos e da disposição deste
tipo de material em locais inadequados, estas ações ainda ocorrem com bastante
frequência no município, principalmente na zona rural de Catanduva.
Verifica-se a presença de resíduos domésticos nas calhas e margens dos
cursos d’água do município, além do descarte de resíduos nas sarjetas, propiciando
a interferência de animais que espalham este material antes da chegada dos
serviços da limpeza pública. Segundo a ARCLAN, uma das causas desta situação é
a falta de recipientes acondicionadores de resíduos nas ruas e em locais onde há
intensa circulação de pessoas.
Foi relatado pela Prefeitura que ocorre no município a disposição irregular de
resíduos de poda e resíduos domiciliares em beiras de estradas. A Figura 21 ilustra
a retirada de lixo que já estava invadindo a pista à beira de uma estrada vicinal,
correspondendo a um dos pontos com maior incidência de despejo irregular de
resíduos no município de Catanduva. Também aparecem resíduos descartados na
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área do antigo lixão (Figura 22) e em áreas destinadas à preservação ambiental
(APPs e fragmentos de mata); na estrada que leva ao aterro sanitário (Figura 23),
bem como em terrenos baldios e em áreas institucionais.
Os bairros situados nas extremidades do município sofrem diretamente com
os impactos gerados por este tipo de despejo irregular de lixo. Nestes locais, a
coleta de resíduos não é regular, ocorrendo apenas quando há reclamações da
população ou quando a Prefeitura resolve retirar o “lixo” acumulado devido ao
aumento do risco de ocorrência de acidentes.
A Prefeitura Municipal realiza “com certa frequência”, o transbordo dos
resíduos mais volumosos, como sofás e móveis inutilizados, para um local mais
adequado de destinação final. Não foi esclarecido à equipe de estudo a localização
do local de destinação deste material.

Figura 21 – Limpeza de ponto de despejo irregular de resíduos pela Prefeitura


Municipal.
Fonte: Prefeitura Municipal (2013).

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Figura 22 – Disposição inadequada de resíduos em área do antigo lixão.
Fonte : SHS (2013).

Figura 23 – Disposição irregular de resíduos em estrada próxima ao aterro sanitário.


Fonte: SHS (2013).

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O antigo lixão está localizado na APP do rio São Domingos (Figura 24). Para
desativação, foi coberto com simples camada de terra e, atualmente, a cobertura
vegetal caracteriza-se pela presença de leucina (Figura 25). No local mostrado na
Figura 26 há presença de líquidos percolados da decomposição de lixo e o mau
cheiro proveniente dos gases gerados é perceptível.

Figura 24 – Vista da área do antigo aterro (lixão) e do rio São Domingos.


Fonte: Prefeitura Municipal de Catanduva (2013).

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Figura 25 – Cobertura vegetal composta por leucena da área do antigo lixão.
Fonte: SHS (2013).

Figura 26 – Local onde ocorre mau cheiro gerado pelo afloramento de líquidos
percolados do maciço de resíduos sólidos dispostos no antigo lixão.
Fonte: SHS (2013).

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Apesar da coleta de resíduos domiciliares ser realizada de forma adequada
pelo poder público municipal, observam-se áreas de disposição irregular de resíduos
sólidos, principalmente nos seguintes locais:

• Bairro Morada dos Executivos;


• Final da Avenida Palmares
• Final da Rua Quinze de Novembro
• Residencial Pachá
• Jardim Oriental
• Residencial Cidade Jardim (atrás do Condomínio Luminar Residence, mais
especificamente na Estrada Barroca
• Residencial Agudo Romão
• Avenida Caxias do Sul
• Entre as ruas Sergipe e Pernambuco, local conhecido popularmente como
“Linhão”.

A disposição final dos resíduos sólidos urbanos, de acordo com o já


especificado, é realizada em aterro sanitário particular, cujo proprietário é a empresa
CGR, que faz parte do grupo Geo Vision SAE e controla unidades operacionais de
aterros sanitários em Guatapará, Jardinópolis e Catanduva.
O Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR) – Unidade Catanduva foi
inaugurado em 2009 para receber resíduos domiciliares de Catanduva e outras
cidades da região. Está localizado na Estrada Municipal CTV – 020, Fazenda Santa
Fé, CEP 15800-000, Catanduva – SP, Fone 55 (17) 3311-2757 e opera atualmente
com capacidade de aterramento de 150 toneladas/dia de resíduos sólidos urbanos.
Este aterro possui uma vida útil de 20 anos.
A equipe de elaboração do presente PISB teve acesso às seguintes licenças
ambientais do aterro sanitário do CGR – Catanduva:

- Licença Prévia nº14001846 emitida em 31/03/2010;


- Licenças de Instalação:
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- LI nº 14003220 emitida em 01/12/2008: válida para a fase I do aterro
para a disposição de aproximadamente 90 t/dia de resíduos sólidos
urbanos coletados no município de Catanduva.
- LI nº14003317 (ampliação) emitida em 27/04/2010;
- LI nº 14003542 (ampliação) emitida em 16/03/2013: válida para a
ampliação do aterro sanitário destinado à disposição de 1000t/dia de
resíduos sólidos domiciliares, oriundos da coleta regular dos
municípios, incluindo os resíduos similares a resíduos de serviços
públicos de saneamento e de resíduos industriais Classe IIA e IIB,
utilizando as seguintes áreas:

. Área construída: 77,47m2 (laboratório);


. Área com atividade ao ar livre: 424.866,88m2, sendo:
. Aterro: 349.342,00m2;
. Tanque de chorume: 5.218,62 m2;
. “Bota espera de solo”: 39.303,21 m2;
. Acessos internos: 31.003,05 m2.
O Quadro 17 apresenta a descrição das etapas de implantação do aterro:

Quadro 17 – Etapas de implantação do aterro da CGR conforme apresentado na LI


nº14003542.
Volume de
Etapa Área (m2) Vida útil (anos)
Resíduos (m3)
1 30.415,40 207.553,00 0,6
2 55.923,20 436.986,30 1,2
3 35.182,50 605.857,40 1,7
4 64.883,40 643.175,60 1,8
5 69.733,80 679.040,50 1,9
6 93.203,60 679.084,80 1,9
7A 114.419,40 3.180.216,00 8,7
7B 160.660,40 1.439.267,50 3,9

Total 624.421,70 7.871.181,10 21,7


Fonte: LI nº 14003542 modificado por SHS (2013).

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Note-se que na tabela apresentada na LI nº 14003542 há um erro na notação
que indica a área total a ser utilizada para aterramento de resíduos. O valor
apresentado na tabela é 349.342,0 m2. O valor correto seria 624.421,70 m2.

- Licença de Operação nº 14004617 (novo estabelecimento) emitida em


20/08/2011, válida até 20/08/2016, para a disposição final de cerca de
90 t/dia de resíduos sólidos urbanos coletados no município de
Catanduva, numa área pertencente à Fase I com extensão de
35.800,00 m2.
- Licença de Operação nº 14004618 (ampliação) emitida em 20/08/2011,
válida até 20/08/2016. A finalidade da emissão desta licença foi
conceder autorização para o aterro passar a receber um total de 150
t/dia de resíduos sólidos urbanos, além do acréscimo de áreas
construídas (portaria e guarita/balança) e de equipamentos.

A emissão das licenças ambientais acima mencionadas, efetuada pela


Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, órgão fiscalizador e
licenciador de atividades consideradas potencialmente poluidoras, sugere que a
prevenção da poluição de componentes ambientais da área em questão, tais como
águas (superficiais e subterrâneas), solo, biota e atmosfera, esteja garantida,
segundo preconizado pela legislação ambiental vigente.
Segundo a CETESB (2012b), a situação do aterro municipal, em 2011, era
“adequada” e o Índice de Qualidade de Resíduos (IQR) era de 8,4. Há encobrimento
diário do material disposto, drenagem da água pluvial, drenagem e tratamento do
chorume por empresa especializada, drenagem e queima de gás gerado na
decomposição dos resíduos e ausência de urubus.
Segundo a Prefeitura Municipal de Catanduva, em 2012, foram dispostos, em
média, 3.573,70 toneladas de resíduos por mês.
Quanto às quantidades mensais de resíduos coletados em Catanduva e
dispostos no aterro, no ano de 2012, tem-se os seguintes valores declarados pela
ARCLAN e CGR, conforme mostrados no Quadro 18:

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Quadro 18 – Quantitativo mensal de coleta e disposição de resíduos sólidos urbanos
do ano de 2012 (em toneladas).
Quantidade de
Quantidade de
resíduos dispostos no
Mês resíduos coletados
aterro sanitário do
pela ARCLAN (t)
CGR (t)
Janeiro 3.958,99 3.958,99
Fevereiro 3.452,34 3.452,34
Março 3.552,18 3.563,84
Abril 3.242,52 3.253,11
Maio 3.420,81 3.431,62
Junho 3.380,36 3.384,36
Julho 3.215,98 3.407,05
Agosto 3.638,01 3.487,44
Setembro 3.478,13 3.486,93
Outubro 3.830,59 3.833,44
Novembro 3.679,98 3.682,98
Dezembro 3.933,74 3.942,35

Em 2010, foram coletados 40.959,96 toneladas de resíduos sólidos urbanos,


dos quais 12,5% correspondem aos resíduos de limpeza urbana provenientes da
varrição de vias e logradouros públicos (SNIS, 2010).
Em 2012, foram coletados, em média, 3.565,30 toneladas de resíduos sólidos
urbanos por mês, abrangendo uma área de 41.052 km² da área urbana do município
(Prefeitura Municipal de Catanduva, 2012).
O CGR mantém o Contrato nº 237/2011 com a Prefeitura Municipal de
Catanduva, cujo valor é de R$ 2.305.800,00, com validade de 12 meses a partir de
sua assinatura. Em 04 de novembro de 2011 foi prorrogado por mais 12 meses pela
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura, de acordo com o artigo 57 da
Lei 8.666/93. O preço unitário da disposição de resíduos sólidos urbanos é de
R$54,90 por tonelada. Em 2012, foi pago pela Prefeitura Municipal ao CGR
R$2.374.410,93.

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A seguir são apresentadas algumas figuras que representam tomadas
fotográficas do aterro sanitário do CGR – Unidade de Catanduva.

Figura 27 – Aterro sanitário do CGR – frente de trabalho.


Fonte: SHS (2013).

Figura 28 – Área de preservação permanente do rio Pardinho ao lado do Aterro


Sanitário.
Fonte: SHS (2013).

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Figura 29 – Vista do aterro sanitário do CGR e da APP do rio Pardinho (acima na foto).
Fonte: Prefeitura Municipal de Catanduva (2013).

3.3.1.4. Coleta Seletiva


Os resíduos sólidos recicláveis são provenientes de domicílios, comércio em
geral, empresas parceiras e algumas escolas da cidade. Os estabelecimentos
comerciais, empresas e escolas mantém contato através de agendamento. Existem
dois pontos fixos de coleta, próximos às duas lojas do supermercado Maranhão.
Este parceiro cede o local e também todos os tipos de resíduos sólidos recicláveis
que são descartados em seu estabelecimento, como embalagens e produtos em
geral. Os trabalhadores ainda recolhem resíduos sólidos recicláveis em eventos e
feiras realizados no município.
Em Catanduva não há um programa de coleta seletiva de resíduos sólidos
porta a porta totalmente estruturado. O que a cidade iniciou em agosto de 2013 foi
um projeto piloto de coleta porta a porta que começou atendendo três bairros pré-
selecionados. Os bairros selecionados foram definidos por meio de consulta pública,
realizada nos meses anteriores.

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Nesses três bairros pré-selecionados o caminhão da coleta seletiva passa
uma vez por semana, em sistema rotativo (quarta, quinta e sexta), e tem coletado,
em média, 1 tonelada por semana.
Os trabalhos de conscientização têm sido realizados em escolas, nos
estabelecimentos comerciais, prédios públicos e nas residências.
A partir de 14/10/2013 mais três bairros foram incluídos nesse programa de
coleta seletiva porta a porta, sendo que a tendência é que o mesmo alcance,
gradativamente, o município todo.
Além disso, novos PEVs – Pontos de Entrega Voluntária foram instalados
para recebimento de materiais recicláveis. Esses PEVs estão localizados nos
seguintes locais:

1 ARE R. Pará, 801 – Centro


2 Praça da República Centro
3 Praça do Aeroporto Agudo Romão
4 UBS Dr. Sérgio Perez Jd Del Rey, 430
5 Conj. Esportes São Francisco R. Colina, 65 – São Francico
6 IMES Rodovia Washington Luiz
7 EE Alfredo Minervino R. Poloni, 205 – Vila Bela
8 Instituto Federal Av. Pastor José D. Moraes 239
9 UBS Dra Isabel R. Coroados ,100 – Flamingo
10 Parque Mandaçaí R. Humaitá
11 Parque dos Ipês Av Theodoro Rosa Filho
12 Praça do Barão Em frente à escola
13 Prefeitura Municipal Praça Conde Francisco Matarazzo
14 Conjunto Esportivo Parque Iracema
15 CEA R. São Joaquim da Barra 313
16 Praça do Jardim Salles Jardim Salles ao lado da UBS
17 EMEI Prof. Idette Couto R. Colina, 1000 – Glória 111
18 Praça da República
19 EMEF Darci Helena Delgado Januário R. São Leopoldo, 175 – Bom Pastor

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Figura 30 – PEVs – Ponto de Entrega Voluntária.
Fonte: Prefeitura Municipal de Catanduva (2013).

A empresa responsável pela retirada desses materiais recicláveis dos pontos


de entrega voluntária e pela coleta porta a porta nos bairros piloto é a Monte Azul
Engenharia Ltda.
São disponibilizados pela empresa terceiriza para execução da coleta
seletiva 02 (dois) coletores e 01 (um) caminhão equipado com carroceria tipo
graneleira basculante e guindaste hidráulico.
Além dessas inciativas, Catanduva possui um projeto em operação chamado
“Luxo do Lixo”. Esse projeto é uma iniciativa socioambiental, na qual a Prefeitura
Municipal, em convênio com a Associação Padre Osvaldo, oferece subsídios ao
projeto, como, por exemplo, o centro de triagem.
O projeto “Luxo do Lixo” arrecadou no ano de 2012 uma média de 88
toneladas de materiais recicláveis por mês. Os trabalhadores da cooperativa são
pessoas atingidas pela desigualdade social. Essas pessoas, no total de 33, recebem
anotação de registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), além de
uma cesta básica mensal. O projeto ainda recebe uma subvenção da Prefeitura
Municipal no valor de R$8.000,00, resultando numa receita mensal de R$36.429,29.
A despesa mensal de R$50.125,31 da Associação corresponde a combustíveis e
lubrificantes, manutenção de veículo, materiais de manutenção, salários, encargos,
FGTS e telefone. Assim, o déficit médio mensal da Associação é de R$13.696,02.
Apesar do déficit mensal, de acordo com Quinelato (2012), atualmente, o projeto tem
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se mantido autossustentável, ou seja, tudo o que tem sido vendido somado à
subvenção do município, é o suficiente para o pagamento de todos os trabalhadores.
Entre os anos de 2009 e 2011, a Associação Pão Nosso investiu R$147.107,70.
O projeto “Luxo do Lixo” tem sede de funcionamento localizada à Rua São
Paulo, nº 888, na cidade de Catanduva e funciona de segunda à sexta-feira, no
período da manhã das 7h às 11h e no período vespertino das 12h às 17h. Os
trabalhadores engajados no projeto são registrados pela Associação Padre Osvaldo,
que fornece uniformes, equipamentos de proteção individuais e treinamentos sobre
segurança e higiene do trabalho. Os trabalhadores têm o acompanhamento de uma
empresa especializada em segurança preventiva do trabalho denominada Instituto
de Medicina e Segurança do Trabalho SC LTDA (Quinelato, 2012).
Dos 33 funcionários, 28 estão diretamente ligados à coleta, separação e
prensa do material coletado, 2 são coordenadores e 3 são motoristas. O projeto
conta ainda com outras pessoas, funcionários da Associação Pão Nosso, que
prestam serviços administrativos, manutenção e coleta de materiais recicláveis. A
opção por ser um projeto ao invés de uma cooperativa é devido à possibilidade de
substituição de trabalhadores quando estes não exercem suas funções
corretamente. O custo mensal de um trabalhador, em 2012, era de
aproximadamente R$1.024,53. O salário médio era de R$625,00, sendo que os
tributos ficavam em torno de R$200,00, acrescido de décimo terceiro salário, férias
mais 1/3 constitucional e uma cesta básica (Quinelato, 2012).
Os materiais recicláveis são coletados por três caminhões pertencentes à
associação, levados ao centro de triagem onde são limpos, prensados e
acondicionados para posterior venda. O projeto ainda possui containeres instalados
em escolas municipais e em algumas entidades assistenciais. Além disso, 30 jogos
de lixeiras coloridas utilizadas na separação de materiais recicláveis estão locadas
em áreas verdes e espaços públicos. A taxa de recuperação de materiais recicláveis
em relação à quantidade total coletada era de 1,25% em 2010 (SNIS, 2010).
Mensalmente, são vendidos às indústrias da região, aproximadamente, 36
toneladas de papelão especial a R$ 260,00 a tonelada; 10 toneladas de papelão
comum a R$240,00 a tonelada; 4,7 toneladas de plástico tipo PET, PEAD, PP, PS e
PVC, a R$872,00 a tonelada; 6 toneladas de embalagens Tetra Pak; 6,8 toneladas

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de plásticos. a R$1.055,00 por tonelada; 4 toneladas de papel branco tipo II a R$
365,00/t; 3 toneladas de papel cartão a R$160,00 por tonelada; e 7 toneladas de
vidro a R$186,72 por tonelada. Também são coletados e enviados à reciclagem ou
redirecionados para reuso, na medida do possível, materiais como óleo de cozinha
usado, jornal, papel branco tipo I, sucatas de ferro, cobre, isopor, e sucata
eletrônica.
Em relação ao preço de venda de embalagens Tetra Pak, percebeu-se
grande variação nos preços, de R$150,00 a R$1.012,00 por tonelada. Em 2012,
foram vendidos, no total, 951 kg de alumínio a R$ 2.666,67 por tonelada, em média
e 40 kg de cobre a R$10.000,00 por tonelada. A principal dificuldade apontada
refere-se à questão do baixo preço pago pela matéria-prima coletada e a
instabilidade de preços praticados no mercado.
Do total de material reciclável vendido, 40,64% corresponde a papelão
especial; 11,29% a papelão comum; 7,9% a vidro; 7,68% a plásticos; 5,30% a
plásticos tipo PET, PEAD, PP, PS e PVC; 0,9% a alumínio e 0,04% a cobre.
A seguir é mostrada uma tomada fotográfica do galpão pertencente ao centro
de triagem (Figura 31).

Figura 31 – Galpão do centro de triagem existente.


Fonte: SHS (2013).

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Um novo galpão está sendo construído ao lado do entreposto de galhos, com
previsão de término para meados de 2013 (ver Figura 32).

Figura 32 – Novo galpão para o centro de triagem.


Fonte: SHS (2013).

O projeto desse novo centro de triagem foi realizado pela Prefeitura Municipal
em parceria com a FECOP – Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição,
como item integrante de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado pela
a Prefeitura Municipal de Catanduva e os órgãos de defesa do Meio Ambiente.
Ressalta-se que a administração do novo centro de triagem deve ser efetuada
preferencialmente por uma cooperativa de reciclagem (ainda a ser estruturada) que
absorva os funcionários existentes atualmente no projeto Luxo do Lixo.
Ainda, há um projeto denominado Catanduva Limpa que é direcionado à
conscientização da população para a correta separação dos materiais recicláveis e
do óleo de fritura usado, que será transformado em biodiesel. O material reciclável é
encaminhado ao projeto “Luxo do Lixo” e o óleo de cozinha usado são armazenados
em galões de 50 litros da Fertibom, que faz a coleta em 10 pontos preestabelecidos,
entre eles algumas escolas, o viveiro de mudas e o zoológico municipal, de forma
periódica. Este material é transformado em combustível. O projeto, lançado
oficialmente em setembro de 2010, conta com parceria das Secretarias Municipais
de Desenvolvimento e de Educação, Fertibom, Projeto “Luxo do Lixo”, Rotary Club e
Soroptimistas (Prefeitura Municipal de Catanduva, 2010).

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3.3.1.5. Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico
A SAEC é responsável pelos sistemas de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário do município. Atualmente, os resíduos sólidos gerados pela
autarquia, originados do gradeamento em EEEs são dispostos inadequadamente na
área do antigo lixão ou em terrenos baldios. Não há geração de lodo pelo sistema de
abastecimento de água, pois a água captada em manancial subterrâneo passa
apenas pelos processos de desinfecção com cloro e fluoretação. O lodo desidratado
que será gerado quando a ETE entrar em operação deverá ser disposto no aterro
sanitário da CGR – Unidade de Catanduva.
Os geradores desse tipo de resíduos estão sujeitos à elaboração de plano de
gerenciamento de resíduos sólidos, conforme Lei nº 12.305/10.

3.3.1.6. Resíduos Industriais


A Prefeitura Municipal de Catanduva não possui serviços de coleta,
transporte, armazenamento, tratamento e disposição final para os resíduos de
estabelecimentos industriais, uma vez que esses são de responsabilidade dos
geradores.
Em Catanduva, foram identificadas 154 indústrias na relação de indústrias
fornecida pela Prefeitura Municipal, das quais 89 possuem licença prévia, de
instalação e de operação.
A partir dos CADRI’s obtidos por essas indústrias verificou-se que são
gerados 3.411,9 toneladas de resíduos de interesse ambiental, constituídos de
resíduos industriais de natureza diversa gerados no processo industrial, tais como:
resíduos de fixadores/reveladores, de borra de cola, anilinas, lâmpadas
fluorescentes, óleos lubrificantes e graxas usados; filtros de óleo e embalagens de
lubrificantes vazias; latas de tintas; lã de rocha, lã de vidro, cinzas de caldeiras,
efluentes líquidos proveniente da limpeza de equipamentos; sucata eletrônica;
resíduos de borracha, correia e lona, pilhas e baterias, EPI’s contaminados,
embalagens de produtos químicos vazias, escórias de fundição de metais ferrosos,
discos de corte e desbaste, areia Shell, areia verde, entre outros.
Segundo as normas técnicas aplicáveis, os resíduos de interesse ambiental
são:

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• Resíduos industriais perigosos (classe I, segundo a Norma NBR 10.004/04 da
ABNT);
• Resíduos sólido domiciliares coletados pelo serviço público, quando enviado
a aterro privado ou para outros municípios (Norma NBR 10.004/04 da ABNT);
• Lodos de sistema de tratamento de efluentes líquidos industriais;
• Lodos de sistema de tratamento de efluentes líquidos sanitários gerados em
fontes de poluição definidos no artigo 57 do Regulamento da Lei Estadual
997/76, aprovado pelo Decreto Estadual 8.468/76;
• EPI contaminado e embalagens contendo PCB;
• Resíduos de curtume não caracterizados como Classe I pela NBR 10.004/04;
• Resíduos de indústria de fundição não caracterizados como Classe I, pela
NBR 10.004/04;
• Resíduos de portos e aeroportos, exceto os resíduos com características de
resíduos domiciliares e os controlados pelo Departamento da Polícia Federal;
• Resíduos de serviços de saúde, dos grupos A, B e E, conforme a resolução
CONAMA 358, de 29 de abril de 2005;
• Efluentes líquidos gerados em fontes de poluição definidos no artigo 57 do
Regulamento da Lei Estadual 997/76, aprovado pelo Decreto Estadual
8.468/73. Excetuam-se os efluentes encaminhados por rede; e,
• Lodos de sistemas de tratamento de água.

O acondicionamento e destinação final desses resíduos são de


responsabilidade do gerador. Alguns dados operacionais foram obtidos a partir dos
CADRI’s e estão apresentados no Quadro 19.

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Quadro 19 – Resíduos industriais gerados em Catanduva no ano de 2012.
Quantidade
(quando não
Entidade de Município de
Resíduo Acondicionamento Destino indicado é
Destinação destino
apresentado em
t/ano)
Eco-Primos
Chapas de Depósito e comércio de
Tambor Comércio de Rio Claro 2,5
alumínio/processo industrial produtos inflamáveis
Resíduos LTDA

Resíduos diversos Eco-Primos


Depósito e comércio de
contaminados gerados no Tambor Comércio de Rio Claro 9,0
produtos inflamáveis
processo industrial Resíduos LTDA

Eco-Primos
Depósito e comércio de
Fixador/revelador Tambor Comércio de Rio Claro 2,5
produtos inflamáveis
Resíduos LTDA
Eco-Primos
Depósito e comércio de
Cola/processo industrial Comércio de Rio Claro 0,6
produtos inflamáveis
Resíduos LTDA
Eco-Primos
Depósito e comércio de
Anilina/processo industrial Tambor Comércio de Rio Claro 0,2
produtos inflamáveis
Resíduos LTDA
Eco-Primos
Depósito e comércio de
Lâmpada fluorescente Tambor Comércio de Rio Claro 250 unid.
produtos inflamáveis
Resíduos LTDA

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Quantidade
(quando não
Entidade de Município de
Resíduo Acondicionamento Destino indicado é
Destinação destino
apresentado em
t/ano)
Eco-Primos
Depósito e comércio de
Óleo solúvel/tomos Tambor Comércio de Rio Claro 0,5
produtos inflamáveis
Resíduos LTDA
Estre Empresa de
Saneamento e
Lodo de S.T.A.R. Fardos Aterro industrial Tratamento Guatapará 120,0
Resíduos S.A
C.G.R. Guatapará
Eco-Primos
Efluentes líquidos de Depósito e comércio de
Tambor Comércio de Rio Claro 114.000 L
indústri gráfica produtos inflamáveis
Resíduos LTDA
Óleo lubrificante Rerrefino de óleos Lwart Lubrificantes Lençóis
Tanque 63,0
contaminado lubrificantes LTDA Paulista
Pilhas e baterias Eco-Primos
Depósito e comércio de
usadas/equipamentos Sacos Comércio de Rio Claro 0,48
produtos inflamáveis
eletrônicos Resíduos LTDA
Baterias de automóveis,
caminhões, ônibus e Fundição de metais não
Caçamba Frey & Stuchi LTDA Pindorama 50,0
máquinas agrícolas da frota ferrosos
da empresa
Lama de tratamento de água Fabricação de cimento Holcim (Brasil) S.A. Pedro
Tambor 3,6
residuária de galvanoplastia de alto-forno S/N Leopoldo - MG

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Quantidade
(quando não
Entidade de Município de
Resíduo Acondicionamento Destino indicado é
Destinação destino
apresentado em
t/ano)
C.G.R. Guatapará -
Aterro sanitário e aterro
Centro de
Lodo de S.T.A.R. Bombonas de resíduos industriais Guatapará 9,0
Gerenciamento de
classe IIA e IIB
Resíduos LTDA
Estação de transbordo
de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Lã de rocha Tambor e sacos Votuporanga 3,0
industriais/Aterro LTDA - ME
industrial
Estação de transbordo
de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Lã de vidro Tambor e sacos Votuporanga 3,0
industriais/Aterro LTDA - ME
industrial

Estação de transbordo
Resíduos de borracha, de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Tambor e sacos Votuporanga 4,0
correia e lona industriais/Aterro LTDA - ME
industrial

Estação de transbordo
Tambor, a granel e de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Resíduos de vidro Votuporanga 1,0
sacos industriais/Aterro LTDA - ME
industrial

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Quantidade
(quando não
Entidade de Município de
Resíduo Acondicionamento Destino indicado é
Destinação destino
apresentado em
t/ano)
Estação de transbordo
Mejan & Mejan
Discos de corte e desbaste Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 1,5
LTDA - ME
industriais
Embalagens de produtos Estação de transbordo
Mejan & Mejan
químicos e bombonas de Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 2,5
LTDA - ME
plásticos industriais
Estação de transbordo
Mejan & Mejan
EPI's usados/contaminados Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 10,0
LTDA - ME
industriais
Estação de transbordo
Filtros de óleo e embalagens Mejan & Mejan
Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 5,0
de lubrificantes vazias LTDA - ME
industriais
Estação de transbordo
Mejan & Mejan
Latas de tintas Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 2,0
LTDA - ME
industriais
Estação de transbordo
Resíduos contaminados com Mejan & Mejan
Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 4,0
óleo e graxa LTDA - ME
industriais
Estação de transbordo
Resíduos da caixa de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Tambor e sacos Votuporanga 3,0
separadora água/óleo industriais LTDA - ME

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Quantidade
(quando não
Entidade de Município de
Resíduo Acondicionamento Destino indicado é
Destinação destino
apresentado em
t/ano)
Estação de transbordo
Mejan & Mejan
Solo contaminado Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 3,0
LTDA - ME
industriais
Estação de transbordo
Mejan & Mejan
Sucata eletrônica Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 2,0
LTDA - ME
industriais
Estação de transbordo
Vidros de reagentes Mejan & Mejan
Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 1,5
(laboratórios) LTDA - ME
industriais
Estação de transbordo
Mejan & Mejan
Pilhas e baterias Tambor de resíduos sólidos Votuporanga 1,0
LTDA - ME
industriais
Estação de transbordo
Mejan & Mejan
Lâmpadas de resíduos sólidos Votuporanga 2000 unid.
LTDA - ME
industriais
Tambores metálicos com Mauser do Brasil
resíduos de óleo lubrificante Tambor reutilização Embalagens Matão 300 unid.
e óleo combustível Industriais S.A.
Mauser do Brasil
Tambores metálicos com
Embalagens
resíduos de cloreto de Tambor reutilização Matão 60 unid.
Industriais S.A.
metileno

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Quantidade
(quando não
Entidade de Município de
Resíduo Acondicionamento Destino indicado é
Destinação destino
apresentado em
t/ano)
Estação de transbordo
de resíduos sólidos
Mejan & Mejan
Areia de Shell Tambor e sacos industriais/Aterro Votuporanga 10,0
LTDA - ME
industrial

Estação de transbordo
de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Areia verde Tambor e sacos Votuporanga 20,0
industriais/Aterro LTDA - ME
industrial
Estação de transbordo
de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Granalha Tambor e sacos Votuporanga 10,0
industriais/Aterro LTDA - ME
industrial
Rerrefino de óleos Lwart Lubrificantes Lençóis
Óleo lubrificante usado Tanque 63,0
lubrificantes LTDA Paulista
Escória de fundição de
Aterro sanitário e
metais ferrosos e areia de A granel Ambitec LTDA Guará 100,0
industrial
fundição
Estação de transbordo
Lodo de ETE proveniente de de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Tambor Votuporanga 12,0
lavagens com solvente industriais/Aterro LTDA - ME
industrial

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Quantidade
(quando não
Entidade de Município de
Resíduo Acondicionamento Destino indicado é
Destinação destino
apresentado em
t/ano)
Baterias de automóveis,
caminhões, ônibus e Fundição de metais não
Caçamba Frey & Stuchi LTDA Pindorama 50,0
máquinas agrícolas da frota ferrosos
da empresa

Borra de fosfato,
Estação de transbordo
proveniente do sistema de Mejan & Mejan
Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 15,0
tratamento de águas LTDA - ME
industriais/Aterro
residuárias - STAR
industrial
Água contaminada com Estação de transbordo
Mejan & Mejan
óleos e graxas/proveniente Tambor de resíduos sólidos Votuporanga 8,0
LTDA - ME
de efluente bruto industriais

Estação de transbordo
de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Discos de corte e desbaste Tambor e sacos Votuporanga 1,5
industriais/Aterro LTDA - ME
industrial

Embalagens de produtos
Estação de transbordo
químicos e resíduos Mejan & Mejan
Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 2,5
plásticos/proveniente de uso LTDA - ME
industriais
agrícola e industrial

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Quantidade
(quando não
Entidade de Município de
Resíduo Acondicionamento Destino indicado é
Destinação destino
apresentado em
t/ano)
Embalagens diversas Estação de transbordo
Mejan & Mejan
contaminadas/proveniente Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 5
LTDA - ME
de uso agrícola e industrial industriais
Estação de transbordo
Mejan & Mejan
EPI's contaminados Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 10,0
LTDA - ME
industriais
Filtro de óleo e embalagens Estação de transbordo
Mejan & Mejan
lubrificantes/proveniente de Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 5,0
LTDA - ME
veículos automotores industriais
Estação de transbordo
de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Lã de rocha Tambor e sacos Votuporanga 3,0
industriais/Aterro LTDA - ME
industrial
Estação de transbordo
de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Lã de vidro Tambor e sacos Votuporanga 7,0
industriais/Aterro LTDA - ME
industrial
Estação de transbordo
de resíduos sólidos
Mejan & Mejan
Latas de tintas Tambor e sacos industriais/Aterro Votuporanga 2,0
LTDA - ME
industrial

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(quando não
Entidade de Município de
Resíduo Acondicionamento Destino indicado é
Destinação destino
apresentado em
t/ano)
Estação de transbordo
de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Lonas de freio Tambor e sacos Votuporanga 2,0
industriais/Aterro LTDA - ME
industrial
Estação de transbordo
de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Mangueiras hidráulicas Tambor e sacos Votuporanga 3,0
industriais/Aterro LTDA - ME
industrial
Estação de transbordo
Mejan & Mejan
Pilhas e baterias Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 1,0
LTDA - ME
industriais
Estação de transbordo
Reagentes químicos de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Tambor e sacos Votuporanga 1,0
vencidos industriais/Aterro LTDA - ME
industrial
Estação de transbordo
Resíduos contaminados com Mejan & Mejan
Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 7,0
óleo e graxa LTDA - ME
industriais
Estação de transbordo
Resíduos de caixa de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Tambor Votuporanga 3,0
separadora de água e óleo industriais LTDA - ME

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Quantidade
(quando não
Entidade de Município de
Resíduo Acondicionamento Destino indicado é
Destinação destino
apresentado em
t/ano)
Estação de transbordo
Resíduos de borracha, de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Tambor e sacos Votuporanga 4,0
correia e lona industriais/Aterro LTDA - ME
industrial
Estação de transbordo
de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Resíduos de vidro Tambor Votuporanga 1,0
industriais/Aterro LTDA - ME
industrial
Estação de transbordo
Mejan & Mejan
Sucata eletrônica Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 2,0
LTDA - ME
industriais
Estação de transbordo
Tambores diversos Mejan & Mejan
Tambor e sacos de resíduos sólidos Votuporanga 5,0
contaminados com óleo LTDA - ME
industriais

Estação de transbordo Mejan & Mejan


Terra contaminada Tambor e sacos Votuporanga 3,0
de resíduos sólidos LTDA - ME
industriais
Estação de transbordo
Vidros de reagentes de resíduos sólidos Mejan & Mejan
Tambor e sacos Votuporanga 1,5
(laboratórios) industriais LTDA - ME

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Quantidade
(quando não
Entidade de Município de
Resíduo Acondicionamento Destino indicado é
Destinação destino
apresentado em
t/ano)
Estação de transbordo
Mejan & Mejan
Lâmpadas inteiras Tambor de resíduos sólidos Votuporanga 3000 unid.
LTDA - ME
industriais
Estação de transbordo
Mejan & Mejan
Lâmpadas quebradas Tambor de resíduos sólidos Votuporanga 1,0
LTDA - ME
industriais
C.G.R. Guatapará -
Aterro sanitário e aterro
Caçamba e Centro de
Lodo de ETE de resíduos industriais Guatapará 18,0
bombonas Gerenciamento de
classe IIA e IIB
Resíduos LTDA
Eco-Primos
Depósito e comércio de
Borra de cola Tambor Comércio de Rio Claro 1,0
produtos inflamáveis
Resíduos LTDA
Materiais diversos Eco-Primos
Depósito e comércio de
contaminados com óleos e Tambor Comércio de Rio Claro 6,0
produtos inflamáveis
graxas Resíduos LTDA
Eco-Primos
Chapas de alumínio de Depósito e comércio de
Tambor Comércio de Rio Claro 2,5
impressão produtos inflamáveis
Resíduos LTDA
Eco-Primos
Óleo lubrificante e graxa Depósito e comércio de
Tambor Comércio de Rio Claro 0,5
usados produtos inflamáveis
Resíduos LTDA

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Quantidade
(quando não
Entidade de Município de
Resíduo Acondicionamento Destino indicado é
Destinação destino
apresentado em
t/ano)
Eco-Primos
Fixador e revelador Depósito e comércio de
Tambor Comércio de Rio Claro 10,0
contaminados produtos inflamáveis
Resíduos LTDA
Efluente líquido proveniente
da limpeza da rolaria de Eco-Primos
Depósito e comércio de
impressão e remoção de Tambor Comércio de Rio Claro 97,0
produtos inflamáveis
líquidos usados no processo Resíduos LTDA
de revelação
Eco-Primos
Depósito e comércio de
Anilina Tambor Comércio de Rio Claro 0,2
produtos inflamáveis
Resíduos LTDA
Eco-Primos
Depósito e comércio de
Pilhas e baterias usadas Tambor Comércio de Rio Claro 0,02
produtos inflamáveis
Resíduos LTDA
Eco-Primos
Lâmpadas inteiras Depósito e comércio de
Tambor Comércio de Rio Claro 180 unid.
queimadas produtos inflamáveis
Resíduos LTDA
Aterro sanitário e de
codisposição de Constroeste
Lodo STAR Caçamba resíduos sólidos Construtora e Onda Verde 800,0
industriais Participações LTDA

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Quantidade
(quando não
Entidade de Município de
Resíduo Acondicionamento Destino indicado é
Destinação destino
apresentado em
t/ano)
Aterro sanitário e de
Constroeste
codisposição de
Cinza de caldeira a biomassa Caçamba Construtora e Onda Verde 1800,0
resíduos sólidos
Participações LTDA
industriais
Silcon Ambiental
Lodo de ETE (passivo) Tambor Aterro industrial Juquiá 4,3
LTDA
Silcon Ambiental
Lodo de ETE Tambor Aterro industrial Juquiá 6,0
LTDA

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Os geradores desse tipo de resíduo estão sujeitos à elaboração de
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, conforme Lei nº 12.305/10 e à
fiscalização dos órgãos competentes.

3.3.1.7. Resíduos de Serviços de Saúde


Os resíduos de serviços de saúde são os resíduos sólidos gerados pelos
estabelecimentos de saúde e unidades básicas de saúde (lixo
hospitalar/ambulatorial, farmácias, laboratórios, clínicas e odontológicas e
congêneres).
A coleta e transporte de resíduos de serviços de saúde atendem a 346
unidades públicas e privadas, entre elas farmácias, consultórios dentários,
ambulatórios, clínicas veterinárias, hospitais, laboratórios, entre outros,
coletando, em 2012, uma média de 14,70 ton/mês (Prefeitura Municipal de
Catanduva, 2012), sendo de responsabilidade de empresa terceirizada
contratada pela prefeitura. Os resíduos recolhidos são devidamente embalados
nas unidades geradoras cadastradas pelo município, de acordo com a
Resolução RDC nº 33, de 25 de fevereiro de 2003, da ANVISA e segundo as
normas da CETESB. A empresa responsável pela desinfecção e
acondicionamento final dos resíduos é a Constroeste Construtora e
Participações LTDA, contratada pela empresa terceirizada da prefeitura.
De acordo com a Resolução CONAMA nº 283/01, medicamentos
vencidos ou deteriorados são resíduos de serviços de saúde. No Brasil, e em
Catanduva, não existe uma regulamentação específica relacionada ao
gerenciamento e destinação final ambientalmente adequada de resíduos de
medicamentos descartados pela população. A Anvisa tem buscado tornar
viável a instalação de postos de coleta em todos os locais onde o consumidor
adquira remédios.
A criação desses postos de coleta de medicamentos vencidos em
farmácias e unidades de saúde é voluntária. Em Catanduva, as farmácias não
são obrigadas a recolher medicamentos, nem consumidores são obrigados a
levá-los para a coleta.

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Numa avaliação de Gasparini et al (2011), foi possível concluir que as
sobras de medicamentos (ainda que não estejam vencidos) são descartadas
no lixo por 30,45% dos entrevistados, sendo 88,18% no lixo seco e 7,55% no
lixo úmido. 80,4% acham que essa atitude causa problemas ambientais.
37,19% julgam-se culpados por isso, e 35,01% acreditam que a
responsabilidade é do governo. 84,55% relatam nunca terem recebido
nenhuma informação ou orientação sobre esse assunto. O estudo sugere,
como uma iniciativa importante, a implantação de projetos municipais que
visem orientar a população quanto ao uso e ao descarte correto dos
medicamentos. Outro ponto a considerar seria a definição de locais para a
coleta e, consequentemente, de formas de descarte e acondicionamento
adequados.
Essas responsabilidades são alvo de debate. Um grupo de
representantes de organizações de defesa do consumidor, governo e indústria
discute sobre a melhor forma de fazer o descarte através da construção de
acordos setoriais.
Os geradores desse tipo de resíduos estão sujeitos à elaboração de
plano de gerenciamento de resíduos sólidos, conforme Lei nº 12.305/10. Em
Catanduva, foram identificados 346 estabelecimentos de saúde classificados
como geradores de resíduos. Destes, 2 estabelecimentos possuem Certificado
de Dispensa de Licença, emitido pela CETESB, e outros 6 possuem Certificado
de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental (CADRI) atualizados,
também emitidos pela CETESB.

3.3.1.8. Resíduos da Construção Civil


Incluem-se nessa tipologia os resíduos gerados nas construções,
reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os
resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis. É comum
este tipo de resíduo ser chamado de “entulho” pela população em geral e por
gestores públicos.

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A coleta e transporte de resíduos da construção civil são realizados por
empresas privadas que formam uma associação e fornecem caçambas
metálicas aos geradores.
Em 2009, havia 10 empresas privadas especializadas na coleta e
transporte de “entulho”, com inscrição ativa na Prefeitura Municipal. Todas
dispunham de veículos poliguindastes e caçambas metálicas estacionárias
para acondicionamento dos resíduos de construção civil. Estas empresas
trabalham cerca de 22 dias por mês, com meio período aos sábados (Neto,
2009).
O Quadro 20 apresenta dados de 2009 relativos às empresas
caçambeiras.

Quadro 20 – Dados de 2009 das empresas privadas de coleta de resíduos da


construção civil de Catanduva.
Catanduva
Empresa de Nº de Nº de Nº médio Valor
Nº de Tipo de
Coleta de Entulho funcionários caçambas viagens/mês cobrado (R$)
(1) (2)
caminhões poliguindaste (5) (6)

Ferraz 3 30 1 Simples 132 60,00


(4)
Moraes Caçambas 2 86 2 Simples/Duplo 80 60,00
Claudinho Caçambas 2 50 1 Simples 110 60,00
Disk Leve 2 55 2 Simples/Duplo 150 60,00
(3)
Remove 3 71 2 Simples/Duplo 200 60,00
Cat Caçambas 2 25 1 Simples 65 60,00
SOS Caçambas 3 46 1 Simples 200 60,00
LL Caçambas 2 55 1 Simples 150 60,00
Disk Entulho Sem dados 40 Sem dados Sem dados 104 Sem dados
Crivelari Caçambas Sem dados Sem dados Sem dados Sem dados Sem dados Sem dados
Total 19 458 12 1191

(1) Proprietários e motoristas; (2) Caçambas de 3 m³; (3) 66 caçambas de 3 m³ e 5


caçambas de 5 m³;
(4) Poliguindaste simples com capacidade para transporte de uma caçamba metálica e
duplo até duas;
(5) Estimativa do movimento de caçambas coletadas em 1 mês (22 dias de segunda a
sábado ½ período);
(6) Valor da caçamba cobrada ao gerador podendo ser negociada até R$ 50,00.
Fonte: Neto (2009).

Além desses, a empresa contratada pela prefeitura em julho de 2013,


Monte Azul Engenharia Ltda, tem como escopo de seus serviços, a coleta de

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entulho e grandes objetos. Devem ser utilizados para esse tipo de coleta 03
(três) coletores, 01 (um) caminhão basculante ou carroceira, e eventualmente
01 (uma) pá carregadeira e ferramentas necessárias à execução do serviço.
Os resíduos de construção civil são depositados em erosões, utilizados
como material para recuperação destas. O município de Catanduva possui
projeto, local e Licença de Instalação nº 14003386, emitida pela CETESB, de
uma usina de tratamento de resíduos de construção civil, porém o município
alega que não possui verba para implantação do projeto.
A área para instalação da usina está localizada ao lado do entreposto de
galhos. A instalação da usina é parte integrante de um Termo de Ajuste de
Conduta (TAC) assinado pela Prefeitura Municipal. O processo de reciclagem
será o de moagem através de trituradores de restos de concreto, telhas, blocos
e tijolos. O material produzido servirá de base para pavimentação, mistura em
argamassa, regularização de pisos, entre outros. O volume produzido no
município não é aferido exatamente, porém a Prefeitura estima em
aproximadamente 150m³/dia de resíduos provenientes da construção civil, que
são utilizados em aterramento/nivelamento de terrenos particulares, muitas
vezes sem o devido cuidado ou destinado a áreas onde a Prefeitura tem
interesse em regularização de erosões. Há também no município, áreas
particulares não cadastradas que recebem resíduos de construção civil, para o
aterramento e nivelamento do terreno.
A Prefeitura não tem despesas com o entulho atualmente, apenas com a
remoção dos resíduos de locais irregulares de despejo, gastando em média R$
3.600,00 por mês. A forma de operação da usina ainda está em estudo, pois
poderá ser administrada diretamente pela Prefeitura ou através de concessão.
Segundo dados obtidos pelo questionário aplicado por Neto (2009), a
provável composição percentual dos resíduos de construção civil em
Catanduva é apresentada na Figura 33, entretanto, não foi informada a
metodologia empregada para caracterização física.

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Figura 33 – Distribuição percentual da composição dos resíduos da construção
civil de Catanduva.
Fonte: Neto (2009).

Assim como ocorre com os resíduos de poda e domiciliares, há


disposição irregular de resíduos de construção civil em beiras de estradas, na
área do antigo lixão, em áreas destinadas a recomposição vegetal (APP), rios,
terrenos baldios e áreas institucionais. A Prefeitura Municipal realiza,
periodicamente, o transbordo desses resíduos para o local adequado de
destinação final. Em 2009, a Prefeitura Municipal recolhia, por mês,
aproximadamente 66m³ de resíduos de construção civil de pontos irregulares
de despejo de resíduos (NETO, 2009).

3.3.1.9. Resíduos Agrossilvopastoris


De acordo com o levantamento censitário do LUPA de 2007/2008, há em
Catanduva 527 unidades de produção agropecuária. A Prefeitura Municipal não
possui cadastro dos resíduos agrossilvopastoris gerados no município. Os
dejetos da criação de animais, resíduos associados a culturas da agroindústria,
bem como da silvicultura; embalagens de agrotóxicos, fertilizantes e insumos
compõe os resíduos agrossilvopastoris.
Os responsáveis pelas atividades agrossilvopastoris estão sujeitos à
elaboração de plano de gerenciamento de resíduos, se exigido pelo órgão
competente do Sisnama, do SNVS ou do SUASA (Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária).

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3.3.1.10. Resíduos de Serviços de Transportes
Incluem-se nessa tipologia os resíduos originários de portos, aeroportos,
terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira.
As empresas de transporte e os responsáveis pelos portos, aeroportos,
terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira
estão sujeitas à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos nos termos
do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se
couber, do SNVS.
Apesar de alguns resíduos de serviços de transportes apresentarem
potencial risco à saúde pública e ao meio ambiente, e necessitarem de
tratamento prévio à disposição final, os resíduos do terminal rodoviário de
Catanduva é recolhido e disposto juntamente com os resíduos sólidos urbanos
sem qualquer triagem.

3.3.1.11. Resíduos de Mineração


As empresas geradoras desse tipo de resíduo estão sujeitas à
elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos, conforme Lei nº
12.305/10. Em Catanduva, não foi identificada nenhuma empresa mineradora.

3.3.1.12. Logística Reversa – Pneus


De acordo com a Lei 12.305/10, são obrigados a estruturar e
implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após
o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza
urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes de:

I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros


produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas
as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou
regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e
do Suasa, ou em normas técnicas;
II - pilhas e baterias;

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III - pneus;
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Esta medida já foi implementada em quatro produtos, e conforme consta


em resoluções do CONAMA, estes produtos são: 1) pneus; 2) pilhas e baterias;
3) óleos lubrificantes e 4) embalagens de agrotóxicos.
O município de Catanduva possui uma área destinada a receber,
separar e acondicionar pneus, o entreposto de pneus (Figura 34), localizado na
Rua São Paulo, nº 888, no mesmo local onde funciona a Fundação Padre
Osvaldo. O transporte dos pneus do local de geração até o entreposto de
pneus é de responsabilidade do gerador. Os geradores são compostos por
borracharias, bicicletarias, sucatas, clube de campo, fazendas, transportadoras,
entre outros. A coleta dos pneus no entreposto é realizada pela empresa
conveniada RECICLANIP, que é responsável por redistribuir os pneus para as
empresas e cooperativas recicladoras. Em 2012, foram encaminhados 32.300
unidades de pneus inservíveis de automóveis, 332 de caminhões/ônibus e
20.700 de motos à Policarpo & Cia LTDA, localizada à Rua Expedicionário
José Frâncio de Macedo, 148, Bragança Paulista – SP, conforme Resolução
CONAMA 258, de 26/08/99, com modificações na Resolução CONAMA 416, de
30/09/09.

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Figura 34 – Entreposto de pneus.
Fonte: SHS (2013).

3.3.1.13. Logística Reversa – Embalagens de agrotóxicos


Em Catanduva, de acordo com a Coopercitrus, 94% das embalagens
plásticas de agrotóxicos utilizadas por grandes e médios agricultores são
encaminhados à Central de Recebimentos, localizada à Avenida Alberto Dotti,
nº 1.335, bairro Industrial Pedro Luis Boso. Em 2012, foram recebidas 107
toneladas de embalagens vazias. Além de receber o material na própria
central, a Coopercitrus disponibiliza postos de recebimento de embalagens
vazias. A Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais é a maior cooperativa
do Estado de São Paulo na comercialização de insumos, máquinas e
implementos agrícolas. A Central de Embalagens mantém parceria com o
Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev).
O Inpev é uma entidade sem fins lucrativos, criada para gerir a
destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos. O instituto foi fundado
em 14 de dezembro de 2001, entrou em funcionamento em março de 2002 e
representa a indústria fabricante de produtos fitossanitários em sua
responsabilidade de conferir a correta destinação final às embalagens vazias
destes produtos utilizados na agricultura brasileira. O Instituto foi criado após a
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instauração da Lei 9.974/00 que disciplina o recolhimento e destinação final
das embalagens dos produtos fitossanitários. A lei divide responsabilidades a
todos os agentes atuantes na produção agrícola do Brasil, ou seja, agricultores,
canais de distribuição, indústria e poder público.
As unidades de recebimento devem ser ambientalmente licenciadas
para o recebimento das embalagens e podem ser classificadas em postos ou
centrais, de acordo com o tipo de serviço efetuado. Os postos são unidades de
recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos licenciadas ambientalmente,
devendo apresentar uma área construída de no mínimo 80m² (Resolução 334
do CONAMA). Os postos devem ser gerenciados por uma associação de
Distribuidores/Cooperativas e devem realizar os seguintes serviços:

• Recebimento de embalagens lavadas e não lavadas;


• Inspeção e classificação das embalagens entre lavadas e não lavadas;
• Emissão de recibo confirmando a entrega das embalagens; e,
• Encaminhamento das embalagens às centrais de recebimento.

As centrais de recebimento são unidades que recebem embalagens


vazias de agrotóxicos dos postos de recebimento. Devem ser licenciadas
ambientalmente com no mínimo 160 m² de área construída (Resolução 334 do
CONAMA), geridas usualmente por uma associação de
Distribuidores/Cooperativas com o cogerenciamento do Inpev e realizam os
seguintes serviços:

• Recebimento de embalagens lavadas e não lavadas (de agricultores,


postos e estabelecimentos comerciais licenciados);
• Inspeção e classificação das embalagens entre lavadas e não lavadas;
• Emissão de recibo confirmando a entrega das embalagens;
• Separação das embalagens por tipo (COEX, PEAD, MONO, metálica,
papelão);
• Compactação das embalagens por tipo de material; e,

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• Emissão de ordem de coleta para que o Inpev providencie o transporte
para o destino final (reciclagem ou incineração).

O Inpev adota o conceito de aproveitamento do frete de retorno para o


transporte das embalagens vazias até seu destino. Ou seja, o mesmo
caminhão que leva os agrotóxicos (nas embalagens cheias) para os
distribuidores e cooperativas, não retorna vazio após a entrega, mas sim
aproveita a viagem de volta para transportar as embalagens vazias (a granel ou
compactadas) armazenadas nas unidades de recebimento.

3.3.1.14. Logística Reversa – Resíduos de Pilhas e Baterias


Não há coleta diferenciada de pilhas e baterias pelo agente público, mas
observa-se que alguns bancos possuem pontos de coleta desse tipo de
resíduo. De acordo com o SNIS (2010), há coleta diferenciada de lâmpadas
fluorescentes pelo agente público. Entretanto, não foi identificado o modelo
operacional dessa coleta diferenciada. Em Catanduva, os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes dos outros produtos não
implementaram o sistema de logística reversa.

3.3.2. Diagnóstico Institucional

3.3.2.1. Identificação dos responsáveis pelos serviços de


Limpeza Pública em Catanduva
Os Serviços Integrados de Limpeza Urbana do município de Catanduva
eram realizados por empresa terceirizada, a ARCLAN. A partir de 29/07/2013
esses serviços passaram a ser prestados pela empresa Monte Azul Engenharia
Ltda., situada à TV Ziembinski, nº 57, Chácaras TV, Araçatuba/SP, sendo
responsável pelos seguintes serviços:
• Implementação de plano de conscientização ambiental;
• Coleta manual e mecanizada de resíduos sólidos domiciliares;
• Coleta seletiva em pontos de entrega voluntária e porta a porta;
• Coleta de entulho e grandes objetos;
• Varrição de vias e logradouros públicos;
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• Roçada, corte de mato e capina mecânica de vias e logradouros
públicos;
• Limpeza manual e mecanizada do sistema de drenagem;
• Equipe para execução de serviços complementares de limpeza urbana,
eventos especiais e operações de emergência;
• Implantação e operação de unidade de triagem e compostagem.
O contrato firmado entre a empresa e a administração pública de
Catanduva tem validade de 180 dias, em caráter emergencial, com valor global
de R$ 4.595.522,58 (quatro milhões, quinhentos e noventa e cinco mil,
quinhentos e vinte e dois reais e cinquenta e oito centavos) e foi assinado no
dia 29 de julho de 2013. No Quadro 21 é apresentada a planilha quantitativa e
de preços relativa ao contrato.

Quadro 21 – Planilha quantitativa e de preços referente ao contrato nº 165/2012.


Preço Total
Qtdade Preço Total
Objeto Unidade (6 meses)
Mensal Mensal (R$)
R$
Implantação e operação do Sistema
Integrado de Limpeza Urbana de Global 1 560.000,00 3.360.000,00
Catanduva
Roçada, corte de mato e capina
2
mecânica de vias e logradouros m 100.000 37.500,00 225.000,00
públicos
Limpeza manual e mecanizada do
Equipe 1 50.000,00 300.000,00
sistema de drenagem
Equipe para execução de serviços
Equipe x
complementares de limpeza urbana,
turno x 25 70.375,00 422.250,00
eventos especiais e operações de
dia
emergência
Implantação e operação de unidade
Global 1 48.045,43 288.272,58
de triagem e compostagem
TOTAL 765.920,43 4.595.522,58
Fonte: Prefeitura Municipal de Catanduva (2013).

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3.3.2.2. Modelo de Gestão
O modelo de gestão de resíduos adotado nesse novo contrato baseia-se
no conceito de Produtividade. Esse modelo estabelece que o pagamento da
contratada será proporcional à execução dos serviços regulares; não serão
medidos pelo peso dos resíduos coletados, número de equipes de trabalho,
equipamentos ou veículos disponibilizados para os serviços, mas pela eficácia,
eficiência e qualidade dos serviços.
No modelo por produtividade, a contratada responsabiliza-se por
fornecer instalações (garagem, oficina, almoxarifado, entre outros), veículos e
outros equipamentos (compatíveis com o serviço e em bom estado de
conservação), pessoal (equipes e quantidades de funcionários suficientes para
a realização dos serviços), bem como equipamentos de proteção individual e
coletivo (EPI’s, uniformes, máscaras, entre outros). Além disso, é de
responsabilidade da contratada dimensionar as rotas, horários e frequências
dos serviços. Nesse contrato, cabe à prefeitura fiscalizar se os serviços estão
sendo realizados com qualidade e eficácia, conforme contrato celebrado.

3.3.3. Sistema de Regulação, Fiscalização e Controle

A Secretaria do Meio Ambiente e Agricultura é responsável pela


fiscalização e gerenciamento dos contratos de coleta e acondicionamento final
dos resíduos sólidos.
A fiscalização do contrato por produtividade firmado recentemente entre
a prefeitura e a empresa Monte Azul será efetuada por meio da análise de
indicadores objetivos. Caso sejam identificadas irregularidades nos serviços
prestados, esses deverão ser refeitos pela contratada, conforme prazos
estabelecidos em contrato. O desempenho da contratada será medido por meio
de dois requisitos: reclamações (vale 50 pontos) e atendimento (vale 50
pontos).
A avaliação e penalização da contratada ocorrerá por somatório dos
pontos obtidos nos dois requisitos mencionados. Caso o somatório dos pontos
(pontos atribuídos conforme ponderações estabelecidas em contrato) totalize
de 80 a 100 pontos no mês, a contratada receberá 100% do valor previsto.

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Ficando entre 60 a 79 pontos no mês, a contratada terá uma redução de 0,1%
do valor mensal previsto por ponto abaixo de 80 pontos até o limite de 98% do
preço mensal para um somatório de 60 pontos. Se a pontuação ficar entre 40 a
59 pontos, receberá 98% do valor mensal e terá uma redução de 0,15% por
ponto abaixo de 60 pontos até o limite de 95% do valor mensal previsto para
um somatório de 40 pontos. E por último, caso a avaliação totalize menos que
40 pontos no mês, a contratada receberá apenas 90% do valor mensal
previsto.
No dia 19 de setembro de 2011 foi implantada a Ouvidoria em
Catanduva. As demandas registradas com referência à Secretaria do Meio
Ambiente no período de 19/09/2011 a 18/03/2013 estão apresentadas no
Quadro 22.

Quadro 22 – Demandas registradas na Ouvidoria com referência à Secretaria do


Meio Ambiente.
Solicitações: 93
Poda/limpeza de imóvel (terrenos) 84
Plantio de árvores 01
Limpeza de área verde 04
Extração/poda de árvores 03
Coleta de lixo 01
Reclamações: 06
Limpeza de área verde 01
Arclan (coleta de lixo) 05
Total 99
Fonte: Prefeitura Municipal de Catanduva (2013).

Além da ouvidoria, os serviços referentes ao sistema de limpeza urbana


e manejo de resíduos sólidos podem ser requeridos à Prefeitura Municipal por
escrito junto ao setor de protocolos.
Como responsável pelo sistema de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos do município de Catanduva, a Prefeitura Municipal deve
observar algumas legislações, em âmbito Federal, Estadual e Municipal, para

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que seus serviços estejam em acordo com as regulamentações vigentes.
Assim, apresentam-se algumas das principais legislações relacionadas.

3.3.3.1. Esfera Federal

3.3.3.1.1. Leis e Decretos Federais

• Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei nº


12.305, de 02 de agosto de 2010.
• Lei 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e
dá outras providências.
• Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010. Regulamenta a Lei nº 11.445
de 05 de janeiro de 2007.
• Lei 11.445, datada de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes
nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de
dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho
de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de
11 de maio de 1978; e dá outras providências.
• Decreto nº 4.074, de 04 de janeiro de 2002. Regulamenta a Lei nº 7.802,
de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação,
a produção, a embalagem e a rotulagem, o transporte, o
armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a
utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e
embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a
fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras
providências.
• Lei nº 9.974, de 06 de junho de 2000. Altera a Lei nº 7.082, de 11 de
julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a
produção, a embalagem e a rotulagem, o transporte, o armazenamento,
a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a
exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a

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classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos,
seus componentes e afins, e dá outras providências.
• Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989. Dispõe sobre a pesquisa, a
experimentação, a produção, a embalagem e a rotulagem, o transporte,
o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a
utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e
embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a
fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras
providências. Alterada pela Lei nº 9.974, de 06.06.00.

3.3.3.1.2. Principais Resoluções Federais

• Resolução CONAMA nº 448 de 18 de janeiro de 2012. Altera os arts. 2º,


4º, 5º, 8º. 9º, 10 e 11 da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002 do
CONAMA, alterando critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil.
• Resolução CONAMA nº 431 de 24 de maio de 2011. Altera a Resolução
nº 307, de 05 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente
– CONAMA, estabelecendo nova classificação para o gesso.
• Resolução CONAMA nº 424, de 23 de abril de 2010. Revoga o
parágrafo único do art. 16 da Resolução CONAMA nº 401/08.
• Resolução CONAMA nº 416, de 01 de outubro de 2009. Dispõe sobre a
prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua
destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências. Revoga
as resoluções nº 258/99 e nº 301/02.
• Resolução CONAMA nº 404, de 11 de novembro de 2008. Estabelece
critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário
de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos.
• Resolução CONAMA nº 401, de 04 de novembro de 2008. Estabelece
os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias
comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu
gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.

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Revoga a Resolução CONAMA nº 257/99 e foi alterada pela Resolução
nº 424/10.
• Resolução CONAMA nº 386, de 27 de dezembro de 2006. Altera o art.
18 da Resolução CONAMA nº 316, de 29 de outubro de 2002.
• Resolução CONAMA nº 380, de 31 de outubro de 2006. Retifica a
Resolução CONAMA nº 375/06 – Define critérios e procedimentos para
o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento
de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências.
• Resolução CONAMA nº 375, de 29 de agosto de 2006. Define critérios e
procedimentos para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em
estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e
dá outras providências. Retificada pela Resolução CONAMA nº 380/06.
• Resolução CONAMA nº 362, de 23 de junho de 2005. Dispõe sobre o
recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou
contaminado.
• Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o
tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá
outras providências.
• Resolução CONAMA nº 348, de 16 de agosto de 2004. Altera a
Resolução nº 307, de 05 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe
de resíduos perigosos.
• Resolução CONAMA nº 334, de 03 de abril de 2003. Dispõe sobre os
procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos
destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos.
• Resolução CONAMA nº 313, de 22 de novembro de 2002. Dispõe sobre
o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos.
• Resolução CONAMA nº 316, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre
procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de
tratamento térmico de resíduos. Alterada pela Resolução CONAMA nº
386/06.

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• Resolução CONAMA nº 307, de 17 de julho de 2002. Estabelece
diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da
construção civil. Alterada pelas resoluções CONAMA 348/04, 431/11 e
448/12.
• Resolução CONAMA nº 283, de 12 de julho de 2001. Dispõe sobre o
tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde.
• Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001. Estabelece código
de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva.
• Resolução CONAMA nº 264, de 26 de agosto de 1999. Estabelece
diretrizes para o licenciamento de fornos rotativos de produção de
clínquer para atividades de co-processamento de resíduos.
• Resolução CONAMA nº 05, de 05 de agosto de 1993. Dispõe sobre o
gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos,
terminais ferroviários e estabelecimentos prestadores de serviços de
saúde. Revogadas as disposições que tratam de resíduos sólidos
oriundos de serviços de saúde pela Resolução CONAMA nº 358/05.
• Resolução CONAMA nº 06, de 19 de setembro de 1991. Dispõe sobre
tratamento de resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos de
saúde, portos e aeroportos.
• Resolução CONAMA 002, de 22 de agosto de 1991. Dispõe sobre o
tratamento a ser dado às cargas deterioradas, contaminadas ou fora de
especificações.
• Resolução CONAMA nº 1A, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre o
transporte de produtos perigosos em território nacional.

3.3.3.1.3. Normas Técnicas

• ABNT NBR 14652:2013 – Implementos rodoviários — Coletor-


transportador de resíduos de serviços de saúde — Requisitos de
construção e inspeção.
• ABNT NBR 12807:2013 – Resíduos de serviços de saúde —
Terminologia.

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• ABNT NBR 12809:2013 – Resíduos de serviços de saúde —
Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde intraestabelecimento.
• ABNT NBR 16156:2013 – Resíduos de equipamentos eletroeletrônicos
— Requisitos para atividade de manufatura reversa.
• ABNT NBR 16725:2011 – Resíduo químico — Informações sobre
segurança, saúde e meio ambiente — Ficha com dados de segurança
de resíduos químicos (FDSR) e rotulagem.
• ABNT NBR 15849:2010 – Resíduos sólidos urbanos – Aterros sanitários
de pequeno porte – Diretrizes para localização, projeto, implantação,
operação e encerramento.
• ABNT NBR 13221:2010 – Transporte terrestre de resíduos.
• ABNT NBR 13842:2008 – Artigo têxteis hospitalares – Determinação de
pureza (resíduos de incineração, corantes corretivos, substâncias
gordurosas e de substâncias solúveis em água).
• ABNT NBR 13230:2008 – Embalagens e acondicionamento plásticos
recicláveis - Identificação e simbologia.
• ABNT NBR 13227:2006 – Agrotóxicos e afins - Determinação
de resíduo não-volátil.
• ABNT NBR 15116:2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da
construção civil - Utilização em pavimentação e preparo de concreto
sem função estrutural – Requisitos.
• ABNT NBR 15112:2004 – Resíduos da construção civil e resíduos
volumosos - Áreas de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto,
implantação e operação.
• ABNT NBR 10004:2004 da ABNT – Classifica os resíduos sólidos
quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública.
• ABNT NBR 13221/:2000 da ABNT – Dispõe sobre transporte de
resíduos.
• ABNT NBR 9191:2000 da ABNT – Trata da especificação de sacos
plásticos para acondicionamento de lixo.

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• ABNT NBR 7500:2000 da ABNT – Estabelece símbolos de risco e
manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.
• ABNT NBR 12808:1993 da ABNT – Classificação dos resíduos de
serviços de saúde.
• ABNT NBR 12235:1992 da ABNT – Dispõe sobre os procedimentos para
armazenamento de resíduos sólidos perigosos.
• ABNT NBR 11174:1990 da ABNT – Dispõe sobre o armazenamento de
resíduos classe II (não inertes) e classe III (inertes).

3.3.3.2. Esfera estadual

3.3.3.2.1. Leis e decretos estaduais

• Decreto Estadual nº 54.645, de 05 de agosto de 2009. Regulamenta


dispositivos da Lei nº 12.300, de 16 de março de 2006, que institui a
Política Estadual de Resíduos Sólidos, e altera o inciso I do artigo 74 do
regulamento da Lei nº 997, de 31 de maio de 1976, aprovado pelo
Decreto nº 8.468, de 8 de setembro de 1976.
• Lei Estadual nº 13.576, datada de 06 de julho de 2009. Institui normas e
procedimentos para a reciclagem, gerenciamento e destinação final de
lixo tecnológico.
• Decreto Estadual nº 52.469, de 12 de dezembro de 2007. Altera a
redação de dispositivos do Regulamento aprovado pelo Decreto nº
8.468, de 08 de setembro de 1976, que dispõe sobre o controle da
poluição do meio ambiente, confere nova redação ao artigo 6º do
Decreto nº 50.753, de 28 de abril de 2006, e dá providências correlatas.
• Lei Estadual nº 12.780, de 30 de novembro de 2007. Institui a Política
Estadual de Educação Ambiental.
• Decreto Estadual nº 50.753, datada de 28 de abril de 2006. Altera a
redação e inclui dispositivos no regulamento aprovado pelo Decreto nº
8.468, de 08 de setembro de 1976, disciplinando a execução da Lei nº
997, de 31 de maio de 1976, que dispõe sobre controle da poluição do
meio ambiente e dá providências correlatas.

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• Lei Estadual nº 12.300, de 16 de março de 2006. Institui a Política
Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes.
• Lei Estadual nº 12.288, de 22 de fevereiro de 2006. Dispõe sobre a
eliminação controlada dos PCBs e dos seus resíduos, a
descontaminação e da eliminação de transformadores, capacitores e
demais equipamentos elétricos que contenham PCBs, e dá providências
correlatas.
• Decreto Estadual n° 47.397, de 04 de dezembro de 2002. Dá nova
redação ao Título V e ao Anexo 5 e acrescenta aos Anexos 9 e 10, ao
regulamento da Lei n° 997, de 31 de maio de 1976, aprovado pelo
Decreto n° 8.468, de 8 de setembro de 1976, que dispõe sobre a
prevenção e controle da poluição do meio ambiente.
• Lei Estadual nº 9.477, de 30 de dezembro de 1997. Dispõe sobre
alterações da Lei n° 997/76, Artigo 5°, com relação ao licenciamento de
fontes de poluição, exigindo as licenças ambientais prévia, de instalação
e de operação.
• Lei Estadual nº 9.509, de 20 de março de 1997. Dispõe sobre a Política
Estadual do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação.
• Lei nº 7.750, de 31 de março de 1992. Dispõe sobre a Política Estadual
de Saneamento.
• Lei Estadual nº 4.002, de 05 de janeiro de 1984. Dispõe sobre a
distribuição e comercialização de produtos agrotóxicos e outros biocidas
no território do Estado de São Paulo.
• Decreto Estadual nº 8.468, de 08 de setembro de 1976. Regulamenta a
Lei nº 997, de 31 de maio de 1976, que dispõe sobre o controle da
poluição do meio ambiente (com redação dada pela Lei nº 8.943, de
29.09.94). Artigos 51 a 57.
• Decreto Estadual nº 52.497, de 21 de julho de 1970. Aprova o
regulamento a que se refere o artigo 22 do Decreto-lei 211, de 30 de
março de 1970, que proíbe o lançamento dos resíduos sólidos a céu
aberto, bem como a sua queima nas mesmas condições.
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• Decreto-Lei nº 211, de 30 de março de 1970. Código de Saúde do
Estado de São Paulo.

3.3.3.2.2. Principais Resoluções Estaduais

• Resolução SMA nº 38 de 02 de agosto de 2011. Estabelece a relação de


produtos geradores de resíduos de significativo impacto ambiental, para
fins do disposto no art. 19, do Decreto Estadual nº 54.645, de 5/8/2009,
que regulamenta a Lei estadual nº 12.300, de 16/3/2006, e dá outras
providências correlatas.
• Resolução SMA nº 54, de 19 de dezembro de 2007. Dispõe sobre o
licenciamento ambiental e regularização de empreendimentos
urbanísticos e de saneamento básico considerados de utilidade pública
e de interesse social e dá outras providências.
• Resolução SMA nº 07, de 31 de janeiro de 2006. Dispõe sobre o
licenciamento prévio de unidades de recebimento de embalagens vazias
de agrotóxicos, a que se refere a Lei Federal nº 7.802, de 11.07.89,
parcialmente alterada pela Lei nº 9.974, de 06.06.00, e regulamentada
pelo Decreto Federal nº 4.074, de 04.01.02.
• Resolução SMA nº 34, de 14 de agosto de 2006. Cria Grupo de
Trabalho para regulamentar a Lei nº 12.300, de 16 de março de 2006,
que institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e
diretrizes.
• Resolução SMA nº 33, de 16 de novembro de 2005. Dispõe sobre
procedimentos para o gerenciamento e licenciamento ambiental de
sistemas de tratamento e disposição final de resíduos de serviços de
saúde humana e animal no Estado de São Paulo.
• Resolução SMA nº 39, de 21 de julho de 2004. Estabelece as diretrizes
gerais à caracterização do material a ser dragado para o gerenciamento
de sua disposição em solo.

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• Resolução SMA nº 41, de 17 de outubro de 2002. Dispõe sobre
procedimentos para o licenciamento ambiental de aterros de resíduos
inertes e da construção civil no Estado de São Paulo.
• Resolução SMA nº 13, de 27 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a
obrigatoriedade da atualização anual do Inventário Estadual de
Resíduos Sólidos Urbanos.
• Resolução SMA nº 51, de 25 de julho de 1997. Dispõe sobre a exigência
ou dispensa de Relatório Ambiental Preliminar – RAP para os aterros
sanitários e usinas de reciclagem e compostagem de resíduos sólidos
domésticos operados por municípios.

3.3.3.3. Esfera municipal

3.3.3.3.1. Legislação municipal

• Lei Complementar nº 0504, de 23 de dezembro de 2009 – Altera


dispositivos da Lei Complementar nº 0098. De 23 de dezembro de 1998,
que dispõe sobre a taxa de combate a incêndios e taxa de coleta de lixo.
• Lei Complementar nº 0098, de 23 de dezembro de 1998 – Código
Tributário do Município de Catanduva.
• Lei Ordinária nº 4923/10 – Dispõe sobre a obrigatoriedade de coleta e
destinação ambientalmente adequada após sua vida útil, de produtos
considerados resíduos urbanos e caracterizados como lixo eletrônico e
tecnológico. Sobre esta lei pesa uma ação de inconstitucionalidade sob
nº 990.10.227420-9, com liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo em 16/07/10.
• Decreto Municipal 5626/10 – Regulamenta da Lei Ordinária nº 4923/10.
• Lei Ordinária nº 4734/09 – Autoriza o município a celebrar contrato de
parceria com a Cáritas Diocesana de Catanduva e Associação Pão
Nosso, para execução do projeto de reciclagem de materiais
denominado “Luxo do Lixo”.

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• Lei Ordinária nº 5056/10 – Autoriza concessão de subvenção à
Associação Pão Nosso para execução do projeto de reciclagem de
materiais denominado “Luxo do Lixo”.
• Lei Ordinária nº 5167/11 – Autoriza concessão de subvenção à
Associação Pão Nosso para execução do projeto de reciclagem de
materiais denominado “Luxo do Lixo”.
• Lei Ordinária nº 3896/03 – Dispõe sobre o reaproveitamento e
comercialização de resíduos orgânicos e resíduos inservíveis não
tóxicos, economicamente viáveis e dá outras providências.
• Lei Ordinária nº 4876/09 – Autoriza a prefeitura do município a
estabelecer normas para a inclusão do sistema de coleta de óleo de
cozinha para reciclagem nos projetos de construção de prédios e
condomínios verticais (de 4 ou mais andares) e horizontais acima de 10
unidades, no âmbito do município de Catanduva.
• Lei Ordinária nº 4403/07 – Autoriza a instituição no município de
Catanduva a coleta de óleo vegetal usado para fabricação de biodiesel.

Deve-se atentar ao fato de que as leis ordinárias de nº 3896/03 e de nº


4876/09 não são aplicadas atualmente no município.

3.3.4. Sistema Financeiro

3.3.4.1. Despesas com o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo


de Resíduos Sólidos
As despesas com o manejo de resíduos sólidos urbanos correspondem
a 4,26% das despesas correntes da Prefeitura Municipal de Catanduva. A
despesa per capita com manejo de resíduos sólidos urbanos considerando a
população urbana é de R$ 57,81/ano (SNIS, 2010).

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3.3.4.2. Receitas com o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo
de Resíduos Sólidos
Não há recebimento de recursos federais para a limpeza urbana e o
manejo de resíduos sólidos urbanos.

3.3.4.3. Tarifas de Lixo


A taxa de coleta de lixo é estabelecida pela Lei Complementar nº 0098,
de 23 de dezembro de 1998 e alterada pela Lei Complementar nº 0504, de 23
de dezembro de 2009. A taxa de coleta de lixo tem como fato gerador a coleta,
pela Prefeitura, do lixo domiciliar ou de estabelecimentos localizados na área
urbana, excetuados aqueles que, diante de suas características peculiares,
sejam colocados em regime especial.
A base de cálculo da taxa de coleta de lixo é o custo do serviço no
exercício, o qual será tratado de acordo com a testada do imóvel beneficiado
pelo serviço. O valor da taxa de coleta de lixo será encontrado tomando-se por
referência UFRC – Unidade Fiscal de Referência de Catanduva, considerando-
se a testada do imóvel e a zona urbana de sua localização, conforme o Quadro
23. O zoneamento é aquele constante da planta de valores do município.

Quadro 23 – UFRC por zona e metro de testada.

Zonas UFRC por metro de testada

1e2 4,91

3e4 2,80

5e6 1,41

7 em diante 0,70
Fonte: Prefeitura Municipal de Catanduva (2013).

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3.3.5. Indicação de Planos, Programas e Projetos relacionados com
o tema “Resíduos”

O “Projeto Luxo do Lixo” é uma iniciativa socioambiental pela qual a


Prefeitura Municipal de Catanduva, em convênio com a Associação Padre
Osvaldo (Paróquia Imaculada Conceição), oferece uma estrutura física (local,
caminhões, entre outros) a famílias atingidas pela desigualdade social,
trazendo benefícios, gerando renda e amparo social, fazendo com que o
resíduo danoso ao meio ambiente seja transformado em possibilidades.
O projeto foi estruturado a partir das seguintes iniciativas:
- instalação de containeres e oferecimento de ciclos de palestras
em todas as escolas municipais objetivando conscientizar a
população e incentivar a separação do lixo domiciliar reciclável. O
material arrecadado é recolhido pelo Projeto “Luxo do Lixo”. Vale
ressaltar que a instalação dos contêineres e a realização das
palestras eram metas integrantes do TAC já mencionado.
- Na instalação cerca de 30 jogos de lixeiras coloridas, utilizadas na
separação de materiais recicláveis em áreas verdes e espaços
públicos, no ano de 2012.
- Na elaboração pela prefeitura municipal em convênio com o
FECOP do projeto do Centro de Triagem, no final de 2012. A obra
encontra-se em período de execução. Vale ressaltar que a
construção do barracão é item integrante do TAC.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura conta hoje com


uma estrutura chamada de Centro de Educação Ambiental (CEA), que
juntamente com a Secretaria da Educação promove visitas monitoradas. O
centro adota temas mensais a serem trabalhados com os visitantes por meio
de atividades como palestras, “contação” de histórias, maquetes, teatro de
fantoches, oficinas e dinâmicas, salas temáticas, jardim sensorial com plantas
medicinais e especiarias, passeio pelo bosque municipal (onde entram em
contato com os animais e seus habitats), etc.

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Catanduva possui o Plano de Educação Ambiental elaborado pela
empresa HBTEC, sendo que esse pode ser visto como um componente
integrante do acordo de empréstimo firmado entre a Prefeitura Municipal de
Catanduva e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, no intuito de
executar o “Programa de Desenvolvimento Urbano Integrado de Catanduva”.

3.3.6. Indicadores

Atualmente, o município de Catanduva apresenta uma boa cobertura


nos serviços de coleta de resíduos e a disposição final dos resíduos
domiciliares e urbanos é feita de maneira adequada, segundo indicador da
CETESB. No entanto, há fragilidades na destinação de alguns tipos de
resíduos que ainda representam impactos potenciais ao município, como é o
caso dos resíduos da construção civil, e mesmo resíduos urbanos comuns que
são vistos dispostos em locais inadequados, ainda que haja uma boa cobertura
da coleta pública. O manejo de resíduos recicláveis ainda apresenta
fragilidades no município e a falta de sistematização na manutenção de
registros sobre aspectos que vão desde a coleta até a destinação final de
vários tipos de resíduos ainda é uma realidade.
Assim, visando a geração de dados sobre procedimentos já instituídos
na gestão de resíduos e alguns a serem implementados a partir da aprovação
do presente PISB, propõe-se a adoção dos seguintes indicadores para o setor:

1. Indicador da qualidade da destinação final dada aos RSU: IQR

Para avaliar a qualidade da destinação final dos resíduos sólidos


urbanos foi escolhido, com base na CETESB, o índice IQR – Índice de
Qualidade de Aterro de Resíduos. Este índice é obtido a partir de informações
coletadas nas inspeções de cada unidade de disposição final e processadas a
partir da aplicação de questionário padronizado.
A classificação da destinação final dos resíduos sólidos é baseada na
seguinte escala:

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Quadro 24 – Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos.
IQR
0 a 6,0 Condições Inadequadas
6,1 a 8,0 Condições Controladas
8,1 a 10,0 Condições Adequadas
Fonte: CETESB (2012).

Para o ano de 2011, o município de Catanduva obteve o IQR igual a 8,4,


classificando o aterro sanitário como adequado. Com o projeto de expansão do
atual aterro, é importante que sempre haja consulta ao índice, de forma a
garantir que o aterro sanitário continue operando de maneira adequada.

2. Indicador de massa coletada (RDO+RPU) per capita em relação à


população atendida com serviço de coleta:

1000. (
0116 +
117 +
048 +
142)
 =
365. (
050 +
147)

Onde:
I028 = Indicador de massa coletada (RDO+RPU) coletada per capita
em relação à população total (urbana+rural) atendida (declarada)
pelo serviço de coleta (kg/habitante/dia);
Co116 = Quantidade de RDO e RPU coletada pelo agente público
(tonelada/ano);
Co117 = Quantidade de RDO e RPU coletada pelos agentes
privados (tonelada/ano);
Cs048 = Quantidade de resíduos sólidos recolhidos através da
coleta seletiva feita por organizações de catadores com parceria ou
auxílio do agente público (tonelada/ano);
Co142 = Quantidade de RDO e RPU coletada por outros agentes
executores (tonelada);

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Co050 = População urbana do município, atendida com serviço de
coleta de RDO (hab.);
Co147 = População rural do município atendida com serviço de
coleta de RDO (hab.).

Este indicador é importante, pois mostra a quantidade de resíduos


sólidos per capita que são recolhidos pelo sistema de coleta de resíduos e
posteriormente destinados à coleta seletiva e ao aterro sanitário. Este índice
pode ser utilizado para acompanhar a evolução da produção de resíduos
urbanos e deve ser comparado com a capacidade da unidade de destinação
final em receber estes resíduos.
Os valores dos índices para o município de Catanduva estão resumidos
no Quadro 25.

Quadro 25 – Massa coletada (RDO+RPU) per capita em relação à população


atendia com serviço de coleta.
Cs048 -
I028 - Indicador
Co117 - Quantidade de
Co147 - de massa
Quantida resíduos sólidos Co142 - Co050 -
População coletada (RDO
de de recolhidos Quantidade População
Co116 - rural do + RPU) per
Ano de Referência

RDO e através da de RDO e urbana do


Quantidade de município capita em
RPU coleta seletiva RPU município,
RDO e RPU atendida relação à
coletada feita por coletada atendida
coletada pelo com população
pelos organizações de por outros com serviço
agente público serviços de atendida com
agentes catadores com agentes de coleta de
(tonelada/ano) coleta de serviço de
privados parceria ou executores RDO
RDO coleta
(tonelada/ auxilio do (tonelada) (habitante)
(habitante) (Kg/habitante
ano) agente público
/dia)
(tonelada/ano)
2009

0 49.200 615 0 108.166* 0 1,26


2010

0 47.314 597 0 111.914 906 1,16

Fonte: SNIS/*SHS (2010/2013).

OBS: Para o Estado de São Paulo, a média de resíduos urbanos coletados é de 10,55
kg/hab/dia, bem próxima à média da região sudeste, equivalente a 13,14 kg/hab/dia
(SNIS, 2010).

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3. Massa de RSS coletada em relação à população urbana

044. 10
 =
002.365

I036 = Indicador de massa de resíduos de serviços de saúde coletada em


relação à população urbana (kg/1.000 habitantes/dia);
Rs044 = Quantidade total coletada de RSS pela prefeitura, próprio
gerador ou empresa contratada por ela (tonelada/ano);
Ge002 = População urbana do município (habitante).

Este índice deve ser utilizado para monitorar a geração de resíduos de


serviços de saúde no município, observando se a coleta atende à produção e
garantindo sempre que os resíduos sejam destinados de forma adequada.
Os dados referentes à Catanduva estão resumidos no Quadro 26.

Quadro 26 – Massa de RSS per capita, em relação à população urbana.


Rs044 - Quantidade total I036 - Indicador de massa
coletada de RSS pela prefeitura, Ge002 - População de RSS per capita, em
Ano de
próprio gerador ou empresa urbana do município relação à população
referência
contratada pela prefeitura (habitante) urbana (kg/1.000
(tonelada/ano) habitante/dia)
2009 168 113.556 4.05
2010 180 111.914 4.31
Fonte: SNIS (2010).

No Estado de São Paulo, há uma produção média de 31,88 kg/dia para


cada 1.000 habitantes, segundo diagnóstico realizado pelo SNIS. A região
sudeste apresentou um valor médio de 21,47 kg/1.000 habitantes/dia para o
mesmo índice.
Considerando os esforços despendidos pela gestão municipal na coleta
de resíduos dos serviços de saúde, constata-se, pelos valores do indicador em
questão, que a cidade apresenta uma produção reduzida de RSS, em relação
ao estado e à região sudeste.

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4. Extensão total anual varrida per capita

010 + 011
 =
002
Onde:
I048 = Indicador de extensão total anual varrida per capita
(km/habitantes);
Va010 = Extensão de sarjeta varrida pelos agentes públicos (km);
Va011 = Extensão de sarjeta varrida por agentes privados (km);
Ge002 = População urbana do município (hab.).

Este indicador avalia o serviço de varrição em relação à população do


município. Segundo dados do SNIS, para o ano de 2010, a região sudeste
apresentou uma média de 4,11 km varridos por habitante. O valor do índice
para o Estado de São Paulo foi de 7,20 km/hab para o mesmo ano.
Os valores do índice para Catanduva estão indicados no quadro que
segue:

Quadro 27 – Extensão total anual varrida per capita.


I048 - Indicador
Va010 - Va011 - Ge002 -
de extensão
Extensão de Extensão de População
Ano de total anual
sarjeta varridas sarjeta varrida urbana do
referência varrida per
pelos agentes por agentes município
capita
públicos (km) privados (km) (habitante)
(km/habitante)
2009 0 50.086 113.556 0.44
2010 0 50.640 111.914 0.45
Fonte: SNIS (2010).

5. Massa recuperada per capita de materiais recicláveis


009. 1000
 =
002

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Onde:
I032 = Massa recuperada per capita de materiais recicláveis (exceto
matéria orgânica e rejeitos) em relação à população urbana
(kg/habitante/ano);
Cs009 = Quantidade total de materiais recuperados exceto matéria
orgânica e rejeito (tonelada/ano);
Ge002 = População urbana do município (habitantes).

Este índice quantifica o total de materiais recicláveis em relação à


população do município. A recuperação destes resíduos pela coleta seletiva
representa uma redução no volume de resíduos destinados para aterros, além
de incentivo às práticas de reciclagem e possível redução da vida útil de
aterros.
O estado de São Paulo recupera, em média, 44,70 kg/hab/ano de
materiais recicláveis. Bem abaixo da média da região sudeste, de 156,95
kg/hab/ano. Em Catanduva, este índice é ainda menor (Quadro 28) embora
apresente grande potencial de expansão.

Quadro 28 – Massa recuperada per capita de materiais recicláveis em relação à


população urbana.
Cs009 - Quantidade
I032 - Indicador de massa
total de materiais
Ge002 - População recuperada per capita de
Ano de recuperados exceto
urbana do município materiais recicláveis em
referência matéria orgânica e
(habitante) relação à população urbana
rejeito
(Kg/habitante/ano)
(tonelada/ano)
2009 600.0 113.556 5.28
2010 597.8 111.914 5.34
Fonte: SNIS (2010).

6. Índice de Comercialização de Materiais Recicláveis

"!
 ! =
"!#

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Onde:
ICMR = Índice de comercialização de materiais recicláveis (%);
MRC = quantidade de material reciclável comercializado (kg);
MRG = quantidade de material reciclável gerado no município (kg).

Este indicador é utilizado para obter a quantidade de material reciclável


que é comercializado em relação ao coletado. O índice pode demonstrar um
potencial ainda inexplorado pelo município, com possibilidade de geração de
renda que pode ser revertido para novos projetos que estimulem a coleta
seletiva e a reciclagem e para incentivar programas sociais existentes, que
trabalham ativamente com associação de catadores.
O índice de Catanduva foi obtido a partir das informações do Projeto
“Luxo do Lixo”, juntamente com informações do SNIS, e mostra que ainda é
baixo, dando margens e incentivos às ações que venham melhorar a coleta
seletiva e à articulação de atores para integrarem a comercialização de
materiais recicláveis.

Quadro 29 – Índice de comercialização de materiais recicláveis.


ICMR - Índice de
MRC - Quantidade de MRG - Quantidade de
Ano de comercialização de
material reciclável material reciclável gerado
referência materiais recicláveis
comercializado (kg) no município (kg)
(%)
2010 78.49 597.80 13.13
Fonte: Programa “Luxo do Lixo” (2013).

Apresenta-se a seguir um quadro que ilustra a importância da plena


caracterização dos resíduos sólidos em relação ao planejamento de um
sistema de limpeza urbana ou sobre o projeto de determinadas unidades que
compõem tal sistema.

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Quadro 30 – Parâmetros importantes para a gestão municipal de resíduos
sólidos.
Importância na gestão de Resíduos
Parâmetros
Sólidos
Parâmetro útil para viabilizar o projeto
das quantidades de resíduos a serem
coletados e dispostos. Importante na
Geração Per Capita determinação da taxa de coleta e no
dimensionamento de veículos e de
unidades e instalações que compõem o
sistema de limpeza urbana.
Este parâmetro indica a possibilidade de
aproveitamento das frações recicláveis
para comercialização e da matéria
orgânica para a produção de composto
orgânico.
Composição Gravimétrica
Quando a composição gravimétrica é
determinada por setor ou região da
cidade, este parâmetro pode ser utilizado
para diferenciar tarifas de coleta e
destinação final.
Fundamental para o correto
dimensionamento da frota de coleta,
Peso Específico Aparente
assim como de caçambas e contêineres
estacionários.

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Importância na gestão de Resíduos
Parâmetros
Sólidos
A unidade tem influência direta sobre a
velocidade de decomposição da matéria
orgânica no processo de compostagem.
Influencia diretamente o poder calorífico e
o peso específico do lixo. Este parâmetro
deve ser considerado no
Teor de Umidade dimensionamento de incineradores e
usinas de compostagem. Também
influencia na formação de chorume de
forma que deve ser usado no
dimensionamento de sistemas de coleta
de líquidos percolados de aterros de
resíduos.
Parâmetro importante no
dimensionamento de veículos coletores,
Compressividade estações de transferência com
compactação, caçambas compactadoras
e valas de aterros.
Parâmetro importante no
dimensionamento e/ou aquisição de
Poder Calorífico equipamentos para processos
relacionados ao tratamento térmico de
resíduos (incineração, pirólise e outros)
Este parâmetro indica o grau de
corrosividade dos resíduos coletados,
servindo para estabelecer o tipo de
pH
proteção contra corrosão a ser usado em
veículos, equipamentos, contêineres,
caçambas metálicas e outros dispositivos.
Indica a forma mais adequada de
Composição Química
tratamento para os resíduos coletados.

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Importância na gestão de Resíduos
Parâmetros
Sólidos
Parâmetro fundamental para se
Relação C:N (relação
estabelecer a qualidade do composto
carbono/nitrogênio)
produzido.
São importantes na escolha de inibidores
de odor e de produtos que servem para
Características Biológicas
acelerar a decomposição da matéria
orgânica presente no lixo.

3.3.7. Indicadores Sugeridos

Os dados referentes aos resíduos sólidos em Catanduva mostraram que


não é feito um acompanhamento frequente dos resíduos de construção e
demolição. Assim, os indicadores aqui sugeridos foram selecionados visando
obter uma rotina de levantamento destes dados. Além disso, sugere-se
também outro indicador para avaliar melhor o serviço de varrição no município.

1. Indicador de Massa de Resíduos de Construção Civil (RCC) per capita, em


relação à população urbana:

1.000 (
&013 +
&014 +
&015)
$ =
002

I029 = Massa de resíduos de construção civil (RCC) per capita, em


relação à população urbana (kg/habitantes/dia);
Cc0013 = Quantidade de RCC coletada pela prefeitura ou empresas
contratadas por ela (tonelada/ano);
Cc014 = Quantidade de RCC coletada por empresas ou autônomos
contratados pelo gerador (tonelada/ano);
Cc015 = Quantidade de RCC coletada pelo próprio gerador
(tonelada/ano);
Ge002 = População urbana do município (habitante).

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Este índice é utilizado para obter a produção de resíduos de construção
civil per capita no município. O indicador deve ser utilizado para acompanhar a
geração destes resíduos, cabendo ao município observar se a destinação final
está sendo feita de forma adequada.
O diagnóstico do SNIS indicou que geração média de resíduos de
construção civil do Estado de São Paulo foi de 224,63 kg/habitante/dia, para o
ano de 2010. A média para a região sudeste foi de 226,46 kg/habitante/dia para
o mesmo ano.

2. Indicador do Serviço de Varrição das Vias

(%* +,-+. − %* *01 )


'( = 100
(%* *á3 − %* *01 )
Onde:
Ivm = Indicador de serviço de varrição (%);
% Vmmin = percentual de varrição, considerando 10% das vias urbanas
%Vmmax = percentual de varrição, considerando 100% das vias
urbanas
%Vmatual = percentual de varrição praticado em relação ao total de vias
pavimentadas

Este indicador quantifica as vias urbanas atendidas pelo serviço de


varrição, tanto manual quanto mecanizado, se houver.

3. Índice de Gestão de Resíduos Sólidos

A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo criou o Índice


de Gestão de Resíduos Sólidos (IGR), tendo como objetivo avaliar a gestão de
resíduos sólidos domiciliares do Estado de São Paulo e, assim, identificar as
fragilidades e auxiliar os municípios no desenvolvimento de políticas públicas
voltadas à melhoria da gestão (Governo do Estado de São Paulo – Secretaria
do Meio Ambiente e Sindicato da Indústria da Construção Civil, 2012).

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Os dados para a construção do IGR são obtidos por meio de um
questionário em que cada município responde a perguntas de quatro áreas
sobre resíduos sólidos urbanos, quais sejam:

a) instrumentos para a política de resíduos sólidos;


b) programas ou ações municipais;
c) coleta e triagem; e
d) tratamento e disposição.

O IGR é calculado por meio da seguinte fórmula:

 = 0,6 5 + 0,35 5 + 0,05 5

Onde:
- IQG é o Índice de Qualidade de Gestão, que agrega todos os
indicadores presentes nos questionários;
- IQR é o Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos, divulgado
anualmente no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos
Domiciliares pela CETESB; e,
- IQC é o Índice de Qualidade de Usinas de Compostagem,
divulgado anualmente no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos
Domiciliares pela CETESB.

O IGR pode variar de 0 a 10, sendo que as gestões municipais podem


ser classificadas como:

- Ineficientes (0<= IGR<= 6,0);


- Medianas (6,1< =IGR< =8,0);
- Eficientes (8,1 <= IGR< = 10,0).

O município de Catanduva possui IGR de 6,3.

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3.3.8. Prognóstico

O sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos do município


de Catanduva ainda não corresponde ao modelo sugerido pela Política
Nacional de Resíduos Sólidos, embora já disponha de uma série de
procedimentos que respondam bem pela manutenção da limpeza e do asseio
da maioria dos espaços urbanos.
Os aspectos mais positivos do gerenciamento atual de resíduos sólidos
no município são: a coleta de resíduos urbanos e sua destinação para um local
ambientalmente protegido; a coleta de resíduos dos serviços de saúde e a
infraestrutura disposnível para a destinação de resíduos recicláveis, embora
esta ainda não seja utilizada na sua capacidade plena.
As condições da prestação de serviços ainda não são ideais devido à
não adoção, pela administração pública, de uma abordagem integrada que
considere a natureza diversa da gestão de resíduos sólidos. Falta ao titular dos
serviços o reconhecimento da realidade diversa que tem o gerenciamento de
resíduos sólidos em um município, já que se trata de um tema que abrange
atribuições de praticamente todos os departamentos da administração
municipal, a saber: setor de obras, transportes, serviços sociais, meio
ambiente, comunicação, educação, saúde, infraestrutura, saneamento básico,
setor tributário, e, claro, setor de planejamento, entre outros. Ressalte-se que
estes tantos níveis de intervenção da gestão pública do manejo de resíduos
sólidos devem necessariamente prever a adoção de ações que visem a
capacitação operacional e administrativa dos colaboradores envolvidos, assim
como a implementação de procedimentos para o registro e manutenção de
dados e informações, em todos os níveis de atuação.
Estando ciente desta diversidade inerente ao sistema de limpeza urbana
e manejo de resíduos sólidos é que a gestão pública deve lograr fazer a sua
parte na implementação de uma política municipal de resíduos sólidos como
preconiza da Lei 12.305/10.
As fragilidades e potencialidades atuais estão refletidas nos indicadores
que foram possíveis de serem valorados com os dados atualmente disponíveis.

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3.3.8.1.1. Demanda por Serviços de Manejo de Resíduos
Sólidos Urbanos

É possível prever o crescimento da demanda pelos serviços de manejo


de resíduos sólidos e limpeza urbana a partir da projeção populacional,
considerando a produção de resíduos urbanos per capita e que os serviços
cobrirão 100% da população em 2035.

Quadro 31 – Projeção da geração de resíduos.


Quantidade de
População População
Projeção Resíduos
Ano atendida Atendida
Populacional Gerados
(%) (hab.)
(ton/mês)
2015 119.361 99,3 118.525,47 3.585,40
2017 121.107 99,5 120.501,47 3.645,17
2020 123.771 100 123.771 3.744,07
2025 128.333 100 128.333 3.882,07
2035 137.791 100 137.791 4.168,18

3.3.8.1.2. Resíduos Recicláveis

De acordo com a composição gravimétrica dos resíduos, apresentada no


Quadro 16, 33,79% em peso dos resíduos sólidos gerados no Brasil
corresponde a resíduos recicláveis secos. Em Catanduva, este percentual
corresponderia a 33,57%, devido à quantidade de recicláveis destinados ao
programa “Luxo no Lixo”, mostrando que a coleta seletiva ainda é incipiente no
município.
O Plano Nacional de Resíduos Sólidos estabelece, em relação aos
resíduos recicláveis secos, a redução gradativa da quantidade destes resíduos
destinados a aterros sanitários, fixando a meta de reduzir 70% desta
quantidade até 2030. Considerando ser este um cenário otimista, é proposto o
seguinte quadro para a redução (incidente sobre os parâmetros atuais de
disposição) dos resíduos a serem dispostos no aterro:

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Quadro 32 – Metas para redução de resíduos secos recicláveis dispostos em
aterros sanitários.
Cenário Cenário
Cenário Favorável
Intermediário Desfavorável
Redução Redução Redução
Ano Ano Ano
(%) (%) (%)
2015 5 2015 0 2015 0
2019 20 2019 15 2019 15
2023 35 2023 25 2023 20
2027 55 2027 40 2027 35
2031 70 2031 60 2031 50
Fonte: adaptado do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2011).

Adotando o cenário intermediário, é possível montar uma estimativa para


os resíduos secos recicláveis para o município, estimando também a redução
da quantidade de resíduos a serem dispostos em aterro sanitário.

Quadro 33 – Cenário para os resíduos secos recicláveis para o município de


Catanduva.
Quantidade De Quantidade de
Resíduos Resíduos Quantidade a
Ano de
Domiciliares Recicláveis a ser disposta em
referência
Gerados reaproveitar aterro (ton/dia)
(ton/dia) (ton/dia)
2015 119,51 3,10 116,41
2017 121,51 5,69 115,82
2020 124,80 9,73 115,07
2025 129,40 16,15 113,26
2035 138,94 26,01 112,93

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3.3.8.1.3. Resíduos Úmidos

A matéria orgânica presente nos resíduos domiciliares é passível de ser


destinada a processos de compostagem, podendo ser considerada como
resíduos úmidos recicláveis. Vide a composição gravimétrica média dos
resíduos domiciliares, a matéria orgânica possui uma contribuição expressiva
em peso na composição do lixo, e sua destinação para processos de
compostagem poderia contribuir de forma significativa para reduzir a
quantidade de resíduos disposto em aterros.
De modo análogo, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos também
estabelece diretrizes para redução dos resíduos recicláveis úmidos dispostos
em aterros. As metas propostas (adaptadas do Plano) são apresentadas no
Quadro 34.

Quadro 34 – Metas para redução de resíduos recicláveis úmidos dispostos em


aterro.
Cenário Cenário
Cenário Favorável
Intermediário Desfavorável
Redução Redução Redução
Ano Ano Ano
(%) (%) (%)
2015 5 2015 0 2015 0
2019 20 2019 15 2019 15
2023 35 2023 25 2023 20
2027 55 2027 40 2027 35
2031 70 2031 60 2031 50
Fonte: adaptado do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2011).

A estimativa de resíduos compostáveis gerados, assim como sua


contribuição na redução da quantidade de resíduos destinados aterros, foi
obtida a partir das metas estabelecidas no cenário intermediário, comparadas à
projeção da geração de resíduos sólidos para Catanduva.

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Quadro 35 – Cenário para os resíduos recicláveis úmidos para o município de
Catanduva.
Quantidade de Quantidade de
Quantidade a
Resíduos Resíduos
Ano de ser disposta
Domiciliares Compostáveis
referência em aterro
Gerados a reaproveitar
(ton/dia)
(ton/dia) (ton/dia)
2015 119,51 0 119,51
2017 121,51 9,11 112,40
2020 124,80 15,59 109,21
2025 129,40 25,86 103,54
2035 138,94 41,66 97,28

3.3.8.1.4. Rejeitos

Os rejeitos podem ser definidos como resíduos sólidos que não podem
ser aproveitados, cuja destinação final correta é a disposição em aterro
sanitário. A destinação de resíduos recicláveis secos e úmidos para processos
de reciclagem e compostagem reduz, de forma significativa, a quantidade
destinada para aterros. O Quadro 36 apresenta o cenário obtido, em relação
aos rejeitos, considerando o cumprimento das metas estabelecidas acima.

Quadro 36 – Cenário para os rejeitos para o município de Catanduva.


Quantidade
de Resíduos
Ano de Recicláveis Compostáveis Rejeitos Rejeitos
Domiciliares
referência (ton/mês) (ton/mês) (ton/mês) (ton/dia)
Gerados
(ton/mês)
2015 3585,40 93,05 0 3492,35 116,41
2017 3645,17 170,57 273,22 3201,38 106,71
2020 3744,07 291,99 467,73 2984,35 99,48
2025 3882,07 484,40 775,95 2621,72 87,39
2035 4168,18 780,15 1249,70 2138,32 71,28

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A dimensão da redução dos resíduos destinados ao aterro fica evidente
se comparado à demanda projetada, considerando a situação atual do
município (Quadro 37).

Quadro 37 – Projeção da quantidade anual de resíduos dispostos em aterro


sanitário.
Desconsiderando coleta seletiva Considerando coleta seletiva

2015 43.024,75 ton/ano 2015 42.490,26 ton/ano


2017 43.742,03 ton/ano 2017 38.950,12 ton/ano
2020 44.928,87 ton/ano 2020 36.309,65 ton/ano
2025 46.584,88 ton/ano 2025 31.897,61 ton/ano
2035 50.018,13 ton/ano 2035 26.016,22 ton/ano

Total 228.298,66 ton Total 175.663,86 ton

Média 45.659,73 ton/ano Média 35.132,77 ton/ano

Considerando a vida útil do aterro, e sua capacidade máxima de


operação de 150 ton/dia, que corresponde a 54.750 ton/ano, é possível estimar
sua capacidade até seu final de operação. Também é possível estimar sua
capacidade atual considerando, por extrapolação, que o aterro opera 112,22
ton/dia desde o início da operação.

Quadro 38 – Estimativa da capacidade total e atual do aterro sanitário de


Catanduva.
Quantidade disposta até hoje (ton)
Capacidade Tempo de Operação Quantidade Capacidade
total (ton) Operação atual disposta atual (ton)

(anos) (ton/dia) (ton)

1.095.000,00 3 112 122.640,00 972.360,00

Como apontado pelos dados apresentados no Quadro 37, a demanda


pela disposição final em aterros sanitários é drasticamente reduzida, o que
reflete na vida útil do aterro. Considerando as médias de geração anual de

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rejeitos, com ou sem reciclagem, e comparando-as com a capacidade atual do
aterro de Catanduva (Quadro 38), é possível estimar a vida útil futura do aterro.
Os cálculos mostram que, para a projeção de demanda sem considerar
as metas estabelecidas no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, a vida útil
estimada para o aterro seria de 21 anos, a partir deste ano. Nota-se que,
considerando a tendência atual, o aterro iria operar um tempo maior que o
estipulado, uma vez que a demanda não alcançaria a capacidade máxima de
operação do aterro.
No entanto, atingidas as metas de reciclagem dos resíduos recicláveis
secos e úmidos, este tempo aumentaria para 28 anos. Desta forma, ficam
claras as vantagens de aproveitar ao máximo os resíduos recicláveis presentes
no lixo atualmente. A recuperação destes materiais permitiria o incentivo de
projetos de iniciativa socioambientais, como associação de catadores, hortas
comunitárias, entre outros.

3.3.8.1.5. Demanda por serviço de varrição

A demanda por serviços de varrição também foi estimada considerando


a projeção da população do município. De acordo com os dados fornecidos
pela empresa ARCLAN, para o ano de 2012 foram varridas, em média, 49.005
km de sarjeta, o que corresponde a 0,43 km/hab.ano. Considerando que seja
mantida esta média, a demanda por serviços de varrição será a seguinte:

Quadro 39 – Demanda pelo serviço de varrição para o município de Catanduva.


Demanda por
Ano de População
serviços de Varrição
referência Projetada
(km/ano)
2015 119.361 51.416
2017 121.107 52.168
2020 123.771 53.316
2025 128.333 55.281
2035 137.791 59.355

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3.3.8.1.6. Demanda por Serviços de Manejo de Resíduos
de Serviços de Saúde

Segundo os dados fornecidos pela Prefeitura de Catanduva, em 2012, a


geração diária de resíduos de serviços de saúde foi de 49 kg/dia, o que
corresponde aproximadamente 0,013 kg/hab.mês. Desta maneira, é possível
estimar a demanda por serviços de manejo de resíduos sólidos a partir da
projeção populacional adotada por este Plano.

Quadro 40 – Demanda por serviços de manejo de resíduos de serviço de saúde


do município de Catanduva.
População
Volumes Volume total
Ano de Projetada
gerados gerado
referência Urbana -
(kg/mês) (ton/mês)
atendida
2015 119.361 1.542,32 1,54
2017 121.107 1.564,88 1,56
2020 123.771 1.599,31 1,60
2025 128.333 1.658,25 1,66
2035 137.791 1.780,46 1,78

A estimativa feita para o município de Catanduva mostra que haverá um


grande crescimento na demanda por estes resíduos de 15,44%. Por isso, é
importante que haja um acompanhamento dos serviços, de forma a garantir
que os resíduos serão manejados de forma correta.

3.3.8.1.7. Demanda por Serviços de Manejo de Resíduos


de Construção civil

A demanda por serviços de RCD foi estimada de acordo com o volume


produzido de resíduos. Em 2012, segundo a Prefeitura Municipal de
Catanduva, foram gerados 150m³ de RCD por dia, o que seria equivalente a
0,04 m³/hab.dia. De acordo com a projeção da população, a demanda será a
seguinte:

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Quadro 41 – Demanda por serviços de manejo de resíduos de construção civil.
População
Ano de Volumes gerados
Projetada atendida
referência (m³/mês)
- Urbana

2015 119.361 4.721,39


2017 121.107 4.790,46
2020 123.771 4.895,83
2025 128.333 5.076,29
2035 137.791 5.450,40

Segundo a projeção, haverá um aumento de 15% na geração de


resíduos de construção civil entre os anos de 2015 e 2035.

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4. IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS FAVORÁVEIS PARA
DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE
REJEITOS
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso II
O crescimento populacional e as transformações no desenvolvimento da
cidade acarretam diretamente em uma mudança qualitativa e quantitativa de
geração dos resíduos per capita. Tal situação implica necessariamente em
atualizações do gerenciamento dos resíduos sólidos, podendo apresentar
variações nos custos, na quantidade e qualidade de resíduos gerados,
inclusive na diminuição das áreas propícias e adequadas para a disposição
final.
Dentre as técnicas básicas utilizadas para a disposição final de resíduos
sólidos domiciliares no solo, os aterros sanitários são os mais difundidos,
aplicados desde meados do século 20, encontrando-se em constante evolução,
tanto no âmbito tecnológico com no âmbito de segurança ambiental. Além
disso, essa técnica apresenta-se como sendo a que possui menor custo
operacional.
Para maximizar a vida útil dos aterros sanitários, alternativas como
redução na fonte, reutilização e reciclagem dos materiais recicláveis são ações
que contribuem para reduzir a quantidade de materiais que necessitam de
destinação final adequada. Entretanto, sabe-se que a implantação bem
sucedida de um programa de coleta seletiva depende de um nível de
conscientização da população que envolve desde a conscientização, mudança
de comportamento e aspectos culturais, considerado, portanto uma medida que
apresenta resultados em longo prazo.
A decisão da prefeitura em terceirizar a destinação dos resíduos
domésticos e comerciais resolveu a questão da disposição no lixão, situação
anterior à contratação da CGR – Centro de Gerenciamento de Resíduos.
Contudo, é necessário antever situações futuras e preparar o município para
contemplar um novo aterro sanitário, caso o contrato com a CGR não se
renove, ou na ocasião do esgotamento do aterro atualmente utilizado pela
empresa.
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Esta etapa do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
(PMGIRS) visou indicar territórios favoráveis voltados para destinação e
disposição final de resíduos. As informações aqui propostas auxiliarão na
tomada de decisões para a definição, pelo município, destes locais.
Foram avaliados aspectos socioeconômicos, físicos e ambientais que
geraram alternativas interessantes para facilitar o processo de identificação de
áreas prioritárias para a instalação do empreendimento referenciado. Uma
avaliação prévia destas áreas pode auxiliar na minimização dos impactos
ambientais que estas atividades podem causar. A seguir foram descritos os
critérios para a indicação das áreas.

• Redução de custos associados à logística de transporte dos resíduos;


• Distância mínima de 300 metros de cursos d’água;
• Distância de áreas densamente habitadas;
• Proximidade da fonte geradora;
• Preferência por solo com baixa declividade;
• Exclusão de APP’s (Áreas de Preservação Permanente) e UC’s
(Unidades de Conservação).

Além dos critérios mencionados anteriormente, o Plano Diretor de


Catanduva foi considerado, norteando as proposições de áreas.
Em conformidade com o Plano Diretor de Catanduva, alterado pela Lei
Complementar nº 663 de 2013, as macrozonas passíveis para a implatação de
um aterro sanitário são a de Controle da Ocupação Urbana, a de Restrição a
Expansão Urbana e a Rural.
As demais macrozonas são impossibilitadas pelas seguintes razões:

Aproveitamento urbano: a ocupação residencial nessa macrozona está


consolidada e a implantação de um empreendimento desse porte e tipologia
próximo a áreas com grande concentração populacional não é aconselhado por
conta dos problemas associados à sua atividade, como odores, ruídos e até
mesmo atração de animais;
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Qualificação urbana: segundo o Art. 50 da Lei Complementar nº 355 de
2006, só poderão ocorrer novos parcelamentos do solo se esses forem
contínuos ao tecido urbano já existente, que é em grande maioria formado por
residências;
ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social): essa área destina-se a
regulamentação fundiária e de conservação ambiental;
ZEPRA (Zonas Especiais de Promoção e Recuperação Ambiental):
nessa macrozona é permitido apenas o uso com foco em lazer.

Avaliando-se as áreas que possuem potencial para receber o


empreendimento, com base nas diretrizes de Uso e Ocupação do Solo, foi
possível traçar um perfil das mesmas com base dos aspectos positivos e
negativos de cada região para esse tipo de ocupação.

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Tabela 11 – Aspectos positivos e negativos das áreas sugeridas para
implantação de aterro sanitário no município de Catanduva.
Macrozona Aspetos Positivos Aspectos Negativos
Permite usos de apoio de
atividades de turismo e lazer,
Baixa ocupação.
que poderiam ser limitadas
Controle da Ocupação
com a implantação do aterro.
Urbana
Controle de novos parcelamentos
do solo e da expansão periférica ---
da cidade.
Baixas condições de
Baixa densidade demográfica.
Restrição a Expansão acessibilidade.
Urbana Não permite a instalação de
Pouca infraestrutura.
novas residências.
Não permite parcelamento do
---
solo para fins urbanos.
Área do atual aterro da CGR,
---
licenciado pelo órgão ambiental.
Rural
Região nordeste da área rural
com características favoráveis em
---
termos de solo, ventos e
drenagem.

Como a Macrozona Rural foi aquela que não apresentou aspectos


negativos em termos da implantação do empreendimento, indica-se a avaliação
da viabilidade de locação do aterro nessa área.
A priori são indicadas três áreas para possível implantação do aterro na
área rural, porém é importante ressaltar que essas proposições foram
realizadas analisando-se apenas o Plano Diretor e considerando-se alguns
critérios, tais como a existência de estradas, rios, cotas, entre outros, sendo,
portanto, necessários estudos mais aprofundados que confiram credibilidade a
área escolhida, como a exemplo de estudos geológicos, topográficos, entre
outros. Em complementação, a Resolução CONAMA 001/1986, Art. 2º,
classifica aterro sanitário como atividade modificadora do meio ambiente,
sendo associada a esse empreendimento a obrigatoriedade de realização de
Estudo de Impacto Ambiental (EIA).

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Abaixo são apresentadas as três áreas propostas para implantação do
Aterro Sanitário em Catanduva (Figura 35):

Detalhe do Aterro Sanitário da


CGR, localizado em
Catanduva/SP. Coordenada
geográfica:

Figura 35 – Áreas sugeridas à implantação do Aterro Sanitário de Catanduva,


com destaque para a localização do aterro da CGR.
Fonte: Google Earth (2013).

A descrição de cada uma das áreas em relação aos critérios adotados é


apresentada na sequência.

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Tabela 12 – Critérios adotados na proposição de áreas potenciais à implantação
de Aterro Sanitário em Catanduva.
Critério Área 1 Área 2 Área 3
Coordenada UTM 716199.2681, UTM 716873.5822, UTM 709450.1244,
geográfica 7668738.6348 7664660.3581 7651688.6236
Localizada a 2,7 km
Localizada a 2,8 da Rodovia Cesário
Redução de custos quilômetros (km) da José de Castilho, a
Localizada a 0,8 km
associados à Rodovia Manuel 3,8 km da Avenida
da Rodovia
logística de Antônio Prado e a 3,3 Luis Colombo, 1,7 km
Comendador Pedro
transporte dos km da Rodovia da Rodovia CTV372
Montelone.
resíduos Comendador Pedro e a 5 km da Rodovia
Montelone. Washington Luiz (SP-
310).
Córrego dos
Córrego das Águas
Tenentes: 900m Córrego do Quebra-
Claras: 775m e 438m
Distância mínima de Córrego do Jacú:1,4 dente: 800m
(existem dois pontos
300 metros de km Córrego da Barra
nos quais esse
cursos d’água Córrego do Portal: Grande: 730m
recurso hídrico chega
(distâncias aproximadas) 860m Ribeirão do Cubatão:
próximo a área
Córrego das Águas 480m
indicada).
Claras: 1 km
Localiza-se a
Localiza-se a 3 Localiza-se a 6
Distância de áreas aproximadamente 5
quilômetros das quilômetros das
densamente quilômetros das
áreas densamente áreas densamente
habitadas (distâncias áreas densamente
povoadas no povoadas no
aproximadas) povoadas do
município. município.
município.
Proximidade da Localiza-se a 2,5 Localiza-se a 1,8 Localiza-se a 3
fonte geradora quilômetros do limite quilômetros do limite quilômetros do limite
(distâncias aproximadas) da área urbana. da área urbana. da área urbana.
Preferência por solo
com baixa Cota de 596 metros. Cota de 605 metros. Cota de 584 metros.
declividade

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Critério Área 1 Área 2 Área 3
Exclusão de APP’s
(Áreas de
Preservação Não está localizada Não está localizada Não está localizada
Permanente) e UC’s em APP ou UC’s. em APP ou UC’s. em APP ou UC’s.
(Unidades de
Conservação)

As imagens apresentadas na sequência ilustram alguns dos critérios


adotados na sugestão das áreas passíveis de receberem a implantação do
Aterro Sanitário.

Figura 36 – Áreas sugeridas para implantação do Aterro Sanitário Municipal de


Catanduva e sua localização em relação aos recursos hídricos presentes na
cidade, aos limites municipais, aos limites da área urbana e ao aterro da CGR.
Fonte: Prefeitura Municipal de Catanduva, adaptado pela SHS (2013).

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É possível perceber pela figura acima que deve exisitir uma
preocupação quanto à proximidade dos corpos d’água para evitar
contaminação.

Figura 37 – Vias próximas a Área 1.


Fonte: Google Earth (2013).

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Figura 38 – Vias próximas a Área 2.
Fonte: Google Earth (2013).

Figura 39 – Vias próximas a Área 3.


Fonte: Google Earth (2013).
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Após o exposto, e visando maior autonomia e segurança no que diz
respeito à disposição adequada de seus resíduos sólidos, sugere-se que o
governo municipal avalie a viabilidade econômica, física e ambiental da
implantação de um aterro no município por meio de modelos baseados em
consórcios municipais, subsídios federais e operação pública ou privada.
Alguns aspectos importantes devem ser considerados para o cenário
apresentado: foram indicadas áreas superiores a 40 ha, com a finalidade de
contemplar as áreas de aterramento, transbordo, cinturão verde e segregação,
não restringindo a utilização de locais com metragens inferiores aplicáveis para
a instalação de outras tecnologias e empreendimentos não convencionais.
Destaca-se, novamente, que esse breve estudo indica áreas tidas como
ideais para o empreendimento, não excluindo a necessidade de estudos mais
aprofundados e de licenciamento ambiental.

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5. IDENTIFICAÇÃO DAS POSSIBILIDADES DE IMPLANTAÇÃO
DE SOLUÇÕES CONSORCIADAS OU COMPARTILHADAS
COM OUTROS MUNICÍPIOS
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso III

Nesse item serão descritas as possibilidades de implantação da gestão


de resíduos sólidos por meio de consórcios, incluindo nestas estudos sobre a
viabilidade econômica desta solução. Além da opção dos consórcios,
apresenta-se neste item a descrição de alguns programas de gestão de
resíduos que, apesar de não serem estruturados nos moldes de consórcios,
mas sim em parcerias público privadas, são atualmente referência no que diz
respeito à gestão de resíduos sólidos municipais. O intuito de se apresentar
tais modelos de gestão é fornecer um subsídio a mais para que a Prefeitura
Municipal de Catanduva possa conhecer as melhores práticas existentes
atualmente em termos de soluções para o gerenciamento de resíduos, tendo
condições de optar por se aprofundar no conhecimento dos mecanismos
daquela que mais satisfizer, na visão do poder público, as necessidades da
cidade.

5.1. Definições e Objetivo relacionados aos Consórcios Públicos

As normas gerais de contratação de consórcios públicos são


estabelecidas na Lei nº 11.107 (a “Lei dos Consórcios Públicos”), de 06 de abril
de 2005, regulamentada pelo Decreto nº 6.017, de 17 de janeiro de 2007.
Neste decreto são dadas as seguintes definições:

• consórcio público: “pessoa jurídica formada exclusivamente por


entes da Federação, na forma da Lei no 11.107, de 2005, para
estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a
realização de objetivos de interesse comum, constituída como
associação pública, com personalidade jurídica de direito público

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e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado
sem fins econômicos”;
• gestão associada de serviços públicos: “exercício das atividades
de planejamento, regulação ou fiscalização de serviços públicos
por meio de consórcio público ou de convênio de cooperação
entre entes federados, acompanhadas ou não da prestação de
serviços públicos ou da transferência total ou parcial de encargos,
serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços
transferidos”.

Conforme Moraes e Godoy (2012), os consórcios podem ser formados


por entes federados de duas maneiras:

• horizontal: entes da mesma esfera de governo participam do


consórcio, por exemplo: Município-Município, Estado-Estado;
• vertical: entes de diferentes esferas de governo constituem o
consórcio. Exemplo: Município-Estado, Estado-União, Município-
Estado-União.

Schneider et al. (2013) interpretam a Lei 11.107/05 com base no


princípio da subsidiariedade, concluindo que compete primeiramente aos
municípios o dever de cooperar entre si. Se a cooperação intermunicipal for
insuficiente, legitima-se a participação do estado no consórcio e, em último
caso, admite-se a cooperação da União.
A formação de um consórcio público visa ao oferecimento de serviços
públicos como uma atuação conjunta de dois ou mais entes da federação,
possibilitando a amortização de preços fixos e investimentos sobre uma base
maior de usuários. Assim, reduz-se o custo unitário de produção e de
distribuição de serviços, viabilizando a gestão pública em espaços
metropolitanos nos quais a solução de problemas comuns pode se dar por
meio de políticas e ações conjuntas.

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Os objetivos específicos do consórcio são definidos pelos próprios entes
consorciados.

5.2. Etapas de Constituição do Consórcio Público

A formação de um consórcio público realiza-se em três etapas, a saber:


o protocolo de intenções, a ratificação e os estatutos.

5.2.1. Protocolo de intenções

Trata-se do documento inicial do consórcio público, devendo ser


subscrito pelos chefes do Poder Executivo de cada ente consorciado e
divulgado na imprensa oficial para conhecimento público. Seu conteúdo mínimo
deve obedecer ao previsto na Lei 11.107/05 e no Decreto 6.017/07, que a
regulamenta, apresentando as seguintes cláusulas:
“I - a denominação, as finalidades, o prazo de
duração e a sede do consórcio público, admitindo-se a
fixação de prazo indeterminado e a previsão de alteração
da sede mediante decisão da Assembléia Geral;
II - a identificação de cada um dos entes da
Federação que podem vir a integrar o consórcio público,
podendo indicar prazo para que subscrevam o protocolo
de intenções;
III - a indicação da área de atuação do consórcio
público;
IV - a previsão de que o consórcio público é
associação pública, com personalidade jurídica de direito
público e natureza autárquica, ou pessoa jurídica de
direito privado;
V - os critérios para, em assuntos de interesse
comum, autorizar o consórcio público a representar os
entes da Federação consorciados perante outras esferas
de governo;

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VI - as normas de convocação e funcionamento da
assembléia geral, inclusive para a elaboração, aprovação
e modificação dos estatutos do consórcio público;
VII - a previsão de que a assembléia geral é a
instância máxima do consórcio público e o número de
votos para as suas deliberações;
VIII - a forma de eleição e a duração do mandato
do representante legal do consórcio público que,
obrigatoriamente, deverá ser Chefe do Poder Executivo
de ente da Federação consorciado;
IX - o número, as formas de provimento e a
remuneração dos empregados do consórcio público;
X - os casos de contratação por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público;
XI - as condições para que o consórcio público
celebre contrato de gestão, nos termos da Lei nº 9.649,
de 1998, ou termo de parceria, na forma da Lei nº 9.790,
de 1999;
XII - a autorização para a gestão associada de
serviço público, explicitando:
a) competências cuja execução será
transferida ao consórcio público;
b) os serviços públicos objeto da gestão
associada e a área em que serão prestados;
c) a autorização para licitar e contratar
concessão, permissão ou autorizar a prestação dos
serviços;
d) as condições a que deve obedecer o
contrato de programa, no caso de nele figurar como
contratante o consórcio público; e

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e) os critérios técnicos de cálculo do valor das
tarifas e de outros preços públicos, bem como os
critérios gerais a serem observados em seu reajuste
ou revisão;
XIII - o direito de qualquer dos contratantes,
quando adimplentes com as suas obrigações, de exigir o
pleno cumprimento das cláusulas do contrato de
consórcio público.”

No caso de o consórcio público envolver a transferência total ou parcial


de encargos, serviços, pessoal e bens, as obrigações dos entes da Federação
para com o consórcio ou uns para com os outros devem ser, para sua validade,
constituídas e reguladas por contrato de programa. Este, por sua vez, deve
conter cláusulas que estabeleçam, conforme a Lei do Consórcio Público:

“I - o objeto, a área e o prazo da gestão associada


de serviços públicos, inclusive a operada por meio de
transferência total ou parcial de encargos, serviços,
pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços;
II - o modo, forma e condições de prestação dos
serviços;
III - os critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros
definidores da qualidade dos serviços;
IV - o atendimento à legislação de regulação dos
serviços objeto da gestão associada, especialmente no
que se refere à fixação, revisão e reajuste das tarifas ou
de outros preços públicos e, se necessário, as normas
complementares a essa regulação;
V - procedimentos que garantam transparência da
gestão econômica e financeira de cada serviço em
relação a cada um de seus titulares, especialmente de
apuração de quanto foi arrecadado e investido nos

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territórios de cada um deles, em relação a cada serviço
sob regime de gestão associada de serviço público;
VI - os direitos, garantias e obrigações do titular e
do prestador, inclusive os relacionados às previsíveis
necessidades de futura alteração e expansão dos
serviços e conseqüente modernização, aperfeiçoamento e
ampliação dos equipamentos e instalações;
VII - os direitos e deveres dos usuários para
obtenção e utilização dos serviços;
VIII - a forma de fiscalização das instalações, dos
equipamentos, dos métodos e práticas de execução dos
serviços, bem como a indicação dos órgãos competentes
para exercê-las;
IX - as penalidades contratuais e administrativas a
que se sujeita o prestador dos serviços, inclusive quando
consórcio público, e sua forma de aplicação;
X - os casos de extinção;
XI - os bens reversíveis;
XII - os critérios para o cálculo e a forma de
pagamento das indenizações devidas ao prestador dos
serviços, inclusive quando consórcio público,
especialmente do valor dos bens reversíveis que não
foram amortizados por tarifas e outras receitas
emergentes da prestação dos serviços;
XIII - a obrigatoriedade, forma e periodicidade da
prestação de contas do consórcio público ou outro
prestador dos serviços, no que se refere à prestação dos
serviços por gestão associada de serviço público;
XIV - a periodicidade em que os serviços serão
fiscalizados por comissão composta por representantes
do titular do serviço, do contratado e dos usuários, de

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forma a cumprir o disposto no art. 30, parágrafo único, da
Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;
XV - a exigência de publicação periódica das
demonstrações financeiras relativas à gestão associada, a
qual deverá ser específica e segregada das demais
demonstrações do consórcio público ou do prestador de
serviços; e
XVI - o foro e o modo amigável de solução das
controvérsias contratuais.”

5.2.2. Ratificação

A ratificação do Protocolo de Intenções marca a celebração do Contrato


de Consórcio Público por meio de lei. A celebração do contrato deve ser feita
pelos entes que subscreveram o Protocolo de Intenções, ou por uma parte
destes, em caso de existência de cláusula que assim o preveja.

5.2.3. Estatutos

É realizada uma assembleia geral do consórcio público para decidir


sobre os estatutos que disporão sobre a organização e o funcionamento de
cada um dos órgãos constitutivos do consórcio público.

5.3. Estudo sobre a Viabilidade Econômica da Implantação


Consorciada de Aterros Sanitários

Com a promulgação da Lei 12.305, datada de 02 de agosto de 2010,


conhecida como Lei de Resíduos Sólidos, estabeleceu-se um prazo para a
eliminação dos lixões no Brasil, sendo esse o ano de 2014. Atualmente, 52%
dos municípios brasileiros utilizam lixões como forma de disposição final de
seus rejeitos, devendo esses encontrar soluções alternativas aos lixões, sendo
os aterros sanitários a tecnologia alternativa mais difundida.
Obter recursos para investir na implantação de aterros sanitários, muitas
das vezes, pode se tornar um obstáculo aos municípios, que possuem recursos
financeiros escassos. Com base nesse cenário, o Centro de Informações

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Tecnológicos e Ambientais em Resíduos – CITAR e a Fundação para Pesquisa
e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia – FUNDACE
realizaram um estudo que avalia, considerando o tamanho da população a ser
atendida, a viabilidade econômica da construção e operação de aterros
sanitários, com base em dois modelos, sendo que ambos preveem a
participação do Governo Federal como agente que subsidiará a infraestrutura,
utilizando para isso recursos do Orçamento Geral da União (OGU):

• Modelo 1: consórcios municipais com operação privada por 20 anos,


sendo que as concessionárias privadas, além da operação, seriam
responsáveis por parte dos investimentos;
• Modelo 2: consórcios municipais com operação pública por 10 anos,
sendo que as concessionárias públicas, além da operação, seriam
responsáveis por parte dos investimentos.

Ressalta-se que o estudo realizado não buscou comparar os modelos,


apontando o melhor entre eles, já que foram adotadas premissas distintas para
cada proposta realizada, mas sim dar opções aos municípios que tiverem
interesse em estabelecer consórcios, demonstrando a vantagem financeira
associada a essa prática.
Em conformidade com o apresentado no estudo realizado pela CITAR e
a FUNDACE, para cada modelo avaliaram-se os parâmetros de custos
(implantação, operação e encerramento das atividades) específicos, a partir
dos quais foram mensurados preços anuais por habitante. Tais parâmetros
foram obtidos junto a atores do setor e trabalhos relacionados ao tema. Para o
modelo 1 foram considerados três cenários, baseados em Taxas Internas de
Retorno (TIRs) anuais: 7%, 15% e 20%. Para o modelo 2 também foram
considerados três cenários, mas baseados em possíveis diferenças de
produtividade entre os setores público e privado: sem diferenças e diferenças
de -25% e de -50%.
Após avaliação do parâmetro custo e mensurados os preços anuais per
capita para tamanhos distintos de aterros, o estudo apresentou o cálculo

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dos preços para municípios brasileiros sem aterro, na situação de
construírem individualmente um aterro, sem recursos do Governo Federal
(situação 1), e na situação de se consorciarem a outros municípios
(preferencialmente da mesma região administrativa) e construírem um aterro
com subsídios do OGU (situação 2).
Na sequência, o estudo avalia o quanto que a definição de consórcio
reduz os preços estimados médios, diminuindo, na média, as parcelas que
estes representam na receita orçamentária per capita dos municípios e nos
seus PIBs per capita. Foram avaliados também os montantes de recursos do
OGU necessários para subsidiar a construção de aterros, priorizando áreas.

5.3.1. Resultados obtidos: Modelo 1

Parâmetros de custo

O levantamento de parâmetros referentes aos custos de implantação e


de operação de um aterro sanitário possibilitou o cálculo do preço final anual
per capita e, consequentemente, a viabilidade econômica e financeira de um
aterro. Os parâmetros adotados no estudo em questão correspondem a um
aterro de referência capaz de atender a uma população de 500 mil habitantes
por um período de 20 anos.

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Tabela 13 – Modelo 1: parâmetros de um projeto de aterro com capacidade de
atender 500 mil habitantes durante 20 anos.

Fonte: Estudo CITAR – FUNDACE (2012).

Como os parâmetros apresentados anteriormente referem-se a um


aterro de referência com capacidade de atendimento de uma população de 500
mil habitantes, foi necessária a realização de interpolações do custo total dos
aterros para definir o preço final para cada tamanho de população, resultando
nos seguintes cenários:

Tabela 14 – Parâmetros de custo e de escala dos aterros, considerando valores


referentes a um projeto de 20 anos.

Fonte: Estudo CITAR – FUNDACE (2012).

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Preços anuais per capita para tamanhos distintos de aterros

Para esse parâmetro buscou-se avaliar quanto os preços anuais per


capita estimados para cada município representam (em termos de proporções),
na média de seus PIBs per capita, considerando-se, dentre outros indicadores,
o número de habitantes.

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Tabela 15 – Média dos preços estimados per capita e de suas proporções na receita total per capita e no PIB per capita.

Fonte: Estudo CITAR – FUNDACE (2012).

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Cálculo dos preços para municípios brasileiros (situação 1 e situação 2)

Para o modelo 1 foi realizada uma análise regional, considerando, além


dos preços médios per capita, os preços per capita mínimos e máximos em
cada uma das regiões geográficas do Brasil. A tabela abaixo apresenta, além
de um resumo das informações obtidas para o modelo 1, o grande impacto que
o arranjo em consórcios municipais com recursos do Governo Federal
(subsidiando parte dos investimentos) representa para viabilizar a construção
de aterros.

Tabela 16 – Modelo 1: médias, mínimos e máximos dos preços estimados (per


capita), segundo TIRs, situações e regiões geográficas.

Fonte: Estudo CITAR – FUNDACE (2012).

Na tabela a seguir são apresentados os valores de arrecadação anual


média per capita da cobrança pelos serviços de resíduos. É importante
mencionar que tais valores projetados pela CITAR – FUNDACE são
condizentes com tarifas já cobradas em alguns municípios. Como tais tarifas
são cobradas não apenas para a disposição final, os preços projetados dos

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aterros na situação 2 estão, no geral, abaixo destas, o que pode sinalizar que
os município tem condições de arrecadar um montante até maior ao necessário
para a viabilização de aterros com consórcios e subsidiado com recursos do
OGU.

Tabela 17 – Arrecadação anual média per capita com cobrança pelos serviços de
resíduos.

Fonte: Estudo CITAR – FUNDACE (2012).

De acordo com o exposto da Tabela 17, para a Região Sudeste, onde


localiza-se Catanduva, o preço sugerido a ser cobrado pelos serviços de
resíduos é de R$ 25,85 per capita. Considerando-se a média de 3,3 moradores
por residência (conforme o Censo 2010 do IBGE), cada domicílio pagará, em
média, uma “taxa de lixo” de R$ 85,31 por ano, o que representa R$ 7,11 por
mês, semelhante ao valor médio pago para os serviços de abastecimento
água.

5.3.2. Resultados obtidos: Modelo 2

Parâmetros de custo

A tabela apresentada na sequência mostra a estrutura de custos de um


projeto de aterro sanitário público com capacidade de atender 500 mil
habitantes sem diferencial de produtividade em relação à opção privada.

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Tabela 18 – Modelo 2: parâmetros de um projeto de aterro com capacidade de atender 500 mil habitantes durante 10 anos com
reinvestimento previsto para ampliar a infraestrutura de forma a continuar operando por mais 10 anos.

Fonte: Estudo CITAR – FUNDACE (2012).

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A metodologia aplicada nesse estudo resultou nos seguintes cenários:

Tabela 19 – Modelo 2: tarifas referentes aos distintos diferenciais de


produtividade para três tamanhos de aterros.

Fonte: Estudo CITAR – FUNDACE (2012).

Analisando-se um dos indicadores apresentado na Tabela 19 (Preço –


em R$/hab por ano), pode-se observar que, quando há investimentos do
Governo Federal na implantação de aterros sanitários, independentemente de
seu porte, há uma queda significativa no valor associado à produção anual de
resíduos, ou seja, o custo da tonelada gerada por habitante é menor do que
quando não há investimentos do governo.

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Preços anuais per capita para tamanhos distintos de aterros

Para esse parâmetro buscou-se avaliar quanto os preços anuais per


capita estimados para cada município representam (em termos de proporções),
na média de seus PIBs per capita, considerando-se, dentre outros indicadores,
o número de habitantes.

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Tabela 20 – Média dos preços estimados per capita e de suas proporções na receita total per capita e no PIB per capita, segundo
diferenças de produtividade, situações e estratos populacionais.

Fonte: Estudo CITAR – FUNDACE (2012).

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Cálculo dos preços para municípios brasileiros (situação 1 e situação 2)

Assim como para o modelo 1, para o modelo 2 foi realizada uma análise
regional, considerando, além dos preços médios per capita, os preços per
capita mínimos e máximos em cada uma das regiões geográficas do Brasil. A
tabela abaixo apresenta, além de um resumo das informações obtidas para o
modelo 2, o grande impacto que o arranjo em consórcios municipais com
recursos do Governo Federal (subsidiando parte dos investimentos) representa
para viabilizar a construção de aterros.

Tabela 21 – Modelo 2: médias, mínimos e máximos dos preços estimados (per


capita), segundo diferenças de produtividade, situações e regiões geográficas.

Fonte: Estudo CITAR – FUNDACE (2012).

5.3.3. Considerações sobre o estudo apresentado

Os resultados obtidos no estudo realizado pela CITAR – FUNDACE


apontam que tanto no modelo 1 quanto no modelo 2, a participação do
Governo Federal com disponibilização de recursos do OGU ajuda a garantir a
provisão do serviço de aterramento a preços mais baixos. Esses recursos
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aparentam ser importantes para que os empreendimentos se iniciem e tornem-
se sustentáveis a ponto de não precisarem de mais injeção de recursos
públicos federais.
No modelo 1, o setor privado, na busca por rentabilidade, acaba
elevando o preço final quando o projeto é financiado totalmente com recursos
próprios. Se os recursos do OGU são usados para financiar a construção da
infraestrutura, um menor reembolso inicial resulta em redução dos preços
substancialmente.
Para o modelo 2 não há busca por maior rentabilidade, o que resulta em
preços relativamente menores dependendo do diferencial de produtividade
considerado.
Em conformidade com as situações apresentadas, não há como se
apontar o melhor modelo para a situação de Catanduva, visto que as opções
apresentadas utilizam-se de parâmetros distintos na confecção dos estudos.
Dessa forma, um modelo não exclui o outro, mas podem ser adaptados às
situações conforme a necessidade dos municípios.
Para o município de Catanduva, as opções apresentadas podem se
tornar um diferencial quanto à necessidade de dispender grandes recursos
financeiros na execução e operação de aterros sanitários, visto que, conforme
pode-se observar nas tabelas apresentadas no decorrer deste item, quanto há
investimentos do Governo Federal, os custos acabam apresentando valores
consideravelmente menores do que quando não há o auxílio desses programas
governamentais.
Para uma população comparável a de Catanduva (entre 50.000 e
150.000 habitantes), os valores dos custos de implantação de aterros
sanitários, para cada um dos modelos sugeridos, são apresentados no quadro
resumo abaixo:

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Tabela 22 – Custos de implantação de aterros sanitários em municípios de
50.000 a 150.000 habitantes (R$/habitante).
Modelo 1 Modelo 2
Aterros Aterros
Consórcio e Consórcio e
individuais e individuais e
com com
sem sem
subsídios subsídios
subsídios subsídios
Sem
TIR de 7% 22,68 13,70 diferença de 16,49 12,36
produtividade
Diferença de
TIR de 15% 30,14 15,25 produtividade 18,03 13,98
de -25%
Diferença de
TIR de 20% 35,78 16,53 produtividade 19,56 15,61
de -50%
Fonte: SHS (2013), adaptado de Estudo CITAR – FUNDACE (2012).

Em suma, observando-se as duas situações verifica-se que a realização


de consórcios pode reduzir os preços de forma expressiva, tornando o
consorciamento de municípios uma importante opção de arranjo para
prestação do serviço. Além disso, essa modalidade de parceria acaba por
facilitar a obtenção de recursos financeiros junto a instituições de fomento e a
programas do Governo Federal direcionados à melhoria da infraestrutura
municipal em termos de gerenciamento de resíduos sólidos.
Maiores informações sobre a memória de cálculo elaborada para esse
estudo, bem como as informações, parâmetros e pré-requisitos considerados
na sua elaboração, podem ser obtidos na íntegra do trabalho publicado pela
CITAR – FUNDACE: MENEZES, R.T.; SAIANI, C.C.S.; TONETO JÚNIOR, R.
Viabilidade Econômica da Construção e Implementação de Aterros Sanitários:
vantagens de modelos com consórcios municipais, subsídios federais e
operação pública ou privada. Abril, 2012.

5.4. Panorama da Existência da Gestão Associada de RSU no Brasil

Conforme o SNIS (2012), apesar da ocorrência comum de exportação


de resíduos entre municípios, ainda é incipiente a celebração de consórcios
públicos. Em grande parte dos casos em que há gestão consorciada, o fluxo

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intermunicipal de resíduos é efetivado para unidades privadas, principalmente
para aterros sanitários e unidades de tratamento de resíduos de serviços de
saúde.
Ainda segundo o SNIS, o levantamento dos municípios brasileiros
consorciados permitiu verificar também que, em vários casos em que se
declarou haver consórcio intermunicipal, constatou-se apenas um
compartilhamento da unidade de processamento dos resíduos sob a forma de
um arranjo institucional precário que não se caracterizava juridicamente como
um consórcio intermunicipal. Em diversos municípios, a remessa de resíduos
baseia-se simplesmente em acordos verbais ou outros instrumentos, como
convênios.
A Tabela 23 mostra os municípios que participam ou de consórcios
públicos intermunicipais em cada região do Brasil.

Tabela 23 – Consórcios públicos intermunicipais para os serviços de manejo de


RSU dos municípios participantes do SNIS em 2010, segundo região geográfica.
Quantidade
Declarados
Responderam de
como Quantidade
SIM à municípios População
Região participantes de
existência de integrantes urbana
de consórcios
consórcios* de
consórcios**
consórcios
Norte 3 15 18 214.365 2
Nordeste 29 162 191 483.998 21
Sudeste 48 202 250 9.135.490 30
Sul 46 236 282 7.533.704 20
Centro-
8 47 55 541.316 7
Oeste
Brasil 134 662 796 17.908.873 80
*Inclui somente municípios que tiveram leis autorizativas para constituição ou
integração ao Consórcio após o ano de 2005. Não foram incluídos municípios cujo
Consórcio ainda se encontrava em “processo de implantação” em 2010.
**A declaração da quantidade de municípios participantes de Consórcios é feita pelos
municípios que têm lei autorizativa.
Fonte: SNIS (2012)

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Nota-se que, em 2010, 134 municípios brasileiros possuíam lei
autorizativa para a constituição do consórcio público para a gestão de resíduos
sólidos urbanos, sendo que 70% desses municípios estavam concentrados nas
regiões Sul e Sudeste.
Somados a esses 134 municípios havia ainda 662 que foram declarados
integrantes dos consórcios identificados. Desse modo, eram 796 municípios
brasileiros que integravam, ao todo, 80 consórcios públicos para a gestão dos
RSU. A população urbana de tais municípios era de praticamente 18 milhões
de habitantes, o que correspondia, à época, a cerca de 11% da população
urbana do Brasil.
Na Figura 40 pode ser visualizada a localização dos municípios
brasileiros integrantes de consórcios públicos intermunicipais para a gestão do
manejo de resíduos sólidos urbanos.

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Figura 40 – Representação espacial dos municípios brasileiros participantes de
consórcios públicos intermunicipais para gestão dos RSU (ano base: 2010).
Fonte: SNIS (2012).

Conforme o SNIS (2012), os tipos de serviços contemplados nos


consórcios compreendiam:

• implementação de apoio técnico;


• atuação no desenvolvimento sustentável dos municípios;
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• elaboração de planos de gestão de resíduos sólidos;
• implantação e operação de aterro sanitário compartilhado;
• implantação e operação de coleta seletiva;
• implantação de coleta e tratamento de resíduos de serviços de
saúde;
• atuação sobre os resíduos de construção civil; e
• coleta e destinação final de pneus inservíveis.

5.5. Gestão dos Resíduos Sólidos em Catanduva e Região por meio de


Consórcio

5.5.1. Conceito de Região de Governo

As Microrregiões ou Regiões de Governo foram estabelecidas para


centralizar as atividades das secretarias estaduais. Conforme a Constituição
brasileira de 1988, a microrregião é constituída por um agrupamento de
municípios limítrofes cuja finalidade é integrar a organização, o planejamento e
a execução de funções públicas de interesse comum.
Atualmente a divisão em Regiões de Governo é mais utilizada para fins
estatísticos pelo IBGE, com base nas similaridades econômicas e sociais dos
municípios que as compõem. Tais regiões são subdivisões das Mesorregiões
ou Regiões Administrativas (Portal Cidades Paulistas, 2013).
Existem 42 Regiões de Governo no Estado de São Paulo, além da
Região Metropolitana de São Paulo.

5.5.2. Consórcio Público entre municípios da Região de Governo de


Catanduva

A Figura 41 mostra um mapa da Região Administrativa de São José do


Rio Preto, da qual faz parte a Região de Governo de Catanduva.

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Figura 41 – Região Administrativa de São José do Rio Preto, mostrando a Região de Governo de Catanduva a Sudeste.
Fonte: Portal Cidades Paulistas (2013).

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O município de Catanduva se caracteriza como um importante centro
econômico em sua região, sendo uma das cidades mais populosas da região
administrativa de São José do Rio Preto. Além disso, a região de governo de
Catanduva abrange 16 municípios, relacionados na Tabela 24.

Tabela 24 – Municípios da região de governo de Catanduva e suas populações.


Localidade População total* População urbana*
Ariranha 8.537 8.085
Catanduva 112.760 111.854
Catiguá 7.122 6.564
Elisiário 3.115 2.853
Irapuã 7.270 6.485
Itajobi 14.553 12.139
Marapoama 2.629 2.196
Novais 4.578 4.168
Novo Horizonte 36.556 34.014
Palmares Paulista 10.910 10.596
Paraíso 5.894 5.184
Pindorama 15.022 14.219
Sales 5.443 4.900
Santa Adélia 14.325 13.552
Tabapuã 11.355 10.512
Urupês 12.706 11.307
Região de governo de Catanduva 272.775 258.628
*Ano base: 2010.
Fonte: Portal Cidades Paulistas (2013); SEADE (2013).

Pode-se perceber que a população de Catanduva corresponde a mais


que o dobro da população de qualquer outro município de sua Região de
Governo. A partir desse dado, infere-se que a geração de resíduos em
Catanduva é também a maior nessa região. Sendo assim, em se propondo a
realização de um consórcio público para a gestão associada de resíduos
sólidos nessa Região de Governo, sugere-se que as instalações físicas para o
tratamento e a disposição final dos resíduos coletados nas cidades

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consorciadas estejam sediadas em Catanduva. Desse modo, haverá menor
necessidade de exportação de resíduos, o que facilita as operações logísticas
envolvidas no manejo destes e reduz seus custos.
Aliás, em se tratando de operações logísticas, nota-se outro ponto
favorável ao estabelecimento de Catanduva como sede do consórcio: o
município encontra-se na confluência de importantes rodovias interurbanas,
que facilitariam o acesso dos caminhões provenientes das cidades da região. A
Rodovia Washington Luiz passa por Catanduva com direção NW-SE; partindo
desta via na altura do município, há duas outras rodovias: avançando no
sentido NE, há a Rodovia Cdor. Pedro Monteleone, enquanto a Rod. Cezário
José de Castilho avança no sentido SW.
As rodovias interurbanas podem ser visualizadas na Figura 42.

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Figura 42 – Localização espacial dos municípios da Região de Governo de
Catanduva e das rodovias que os ligam.
Fonte: Google Earth (2013).

A maior distância a ser percorrida de um município da Região de


Governo até Catanduva é de cerca de 85 km, a partir de Sales.
Ressalta-se que alguns dos municípios da Região de Governo de
Catanduva já exportam seus resíduos para aterros municipais de outras
localidades. Tais municípios podem decidir-se por aderir ou não ao consórcio
intermunicipal sugerido. Em contrapartida, o aterro sanitário de Catanduva já é
utilizado por outras cidades próximas para disposição de RSU, o que se
configura como outro fator favorável ao estabelecimento desse município como
sede do Consórcio. Segundo o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos
Urbanos da CETESB (2012), os municípios de Ibitinga, Ariranha, Embaúba,
Novais, Palmares Paulista, Paraíso, Pindorama, Santa Adélia, Itajobi, Novo
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Horizonte e Uru já exportam seus RSU para a Central de Gerenciamento de
Resíduos (CGR) de Catanduva. As cidades de Ibitinga e Uru são as mais
distantes dentre os municípios citados, ficando a aproximadamente 108 km e
115 km de Catanduva, respectivamente.
A Tabela 25 relaciona as quantidades de RSU produzidas nos
municípios que já exportam esses resíduos para Catanduva, bem como nas
cidades que fazem parte da Região de Governo de Catanduva, com base nos
dados do Inventário Estadual da CETESB (2012).

Tabela 25 – Massa de resíduos a ser exportada para Catanduva em caso de


realização de Consórcio Público.
Exporta seus
Faz parte da
RSU para o Massa de
Região de
Município aterro RSU gerada
Governo de
sanitário de (t/dia)
Catanduva
Catanduva
Ariranha Sim Sim 3,30
Catanduva Sim Sim 56,48
Catiguá Sim Não 6,11*
Elisiário Sim Não 2,66*
Embaúba Não Sim 0,82
Ibitinga Não Sim 20,80
Irapuã Sim Não 4,34**
Itajobi Sim Sim 4,87
Marapoama Sim Não 0,90
Novais Sim Sim 1,75
Novo Horizonte Sim Sim 13,85
Palmares
Sim Sim 4,39
Paulista
Paraíso Sim Sim 2,10
Pindorama Sim Sim 5,80
Sales Sim Não 2,01

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Exporta seus
Faz parte da
RSU para o Massa de
Região de
Município aterro RSU gerada
Governo de
sanitário de (t/dia)
Catanduva
Catanduva
Santa Adélia Sim Sim 5,47
Tabapuã Sim Não 4,26
Uru Não Sim 0,42
Urupês Sim Não 4,57
Total - - 144,90
*Dado inexistente em CETESB (2012); multiplicou-se a população urbana, segundo o
Censo 2010 do IBGE, pela geração per capita média de RSU coletada nos municípios
participantes do SNIS 2010 em relação à população urbana.
**Dado inexistente em CETESB (2012); coletado em SNIS (2012) – ano base: 2010.
Fonte: SHS (2013), adaptado de CETESB (2012) e SNIS (2012).

Como pode ser visto, são 19 municípios a celebrarem o consórcio para


disposição de RSU, uma vez que três deles (Embaúba, Ibitinga e Uru), apesar
de não fazerem parte da Região de Governo de Catanduva, já exportam seus
resíduos para o município. O total diário enviado seria então de
aproximadamente 145 toneladas diárias.
Vale lembrar que a CGR de Catanduva obteve licença para ampliação
de sua capacidade de recebimento diário de resíduos para 150 t/dia. Caso o
consórcio sugerido se efetive, talvez seja necessário que se busque licenciar
uma capacidade ainda maior de recebimento de resíduos, pois a geração de
resíduos nessas cidades pode aumentar ao longo dos anos. Por outro lado,
podem-se adotar também medidas de redução de envio de resíduos ao aterro
sanitário, como segregação destes na fonte, visando à compostagem e à
reciclagem.
O total de RSU gerado pelos municípios consorciados deve ser levado
em consideração também no caso de implantação de um novo aterro sanitário
em Catanduva, de propriedade do Poder Público Municipal.

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Uma vez que se está sugerindo a gestão consorciada de resíduos
sólidos urbanos para os municípios da Região de Governo de Catanduva,
Embaúba, Ibitinga, e Uru, propõe-se também que o consórcio seja estendido
para o tratamento e a destinação adequada de resíduos da construção civil
(RCC) e de resíduos recicláveis, provenientes de coleta seletiva.
Em relação aos RCC, vale lembrar que Catanduva já possui um projeto
para a construção de uma usina de beneficiamento desses resíduos, porém
faltam recursos financeiros para sua implantação. O Consórcio Público com os
municípios citados, nesse caso, pode vir a ser uma solução para esse
problema, uma vez que se caracteriza como um instrumento facilitador para se
angariar verbas junto aos governos estadual e federal no que tange ao
gerenciamento dos resíduos sólidos.
O Quadro 42 apresenta a relação dos municípios para os quais se
sugere haver uma gestão consorciada de RCC (que correspondem aos
mesmos municípios para os quais se propôs o Consórcio Público para a gestão
de RSU), no que se refere a ações para o manejo, tratamento e disposição
adequados desses resíduos.

Quadro 42 – Situação dos municípios quanto ao manejo, tratamento e


destinação de RCC.
reaproveitamento e destinação

Reaproveitamento ou
Ações educativas voltadas ao

Índice de Gestão de Resíduos


Disposição de resíduos em
Sistema de coleta de RCC

beneficiamento de RCC
implantado no município
gerenciamento de RCC
Programa integrado e

aterros de RCC

Sólidos (IGR)*
final de RCC

Município
30 a 60 a 80 a
100%
59% 79% 99%

Ariranha X X 5,8
Catanduva X 6,3
Catiguá X X X 5,8
Elisiário Não há dados.
Embaúba X X X X 6,4

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reaproveitamento e destinação
Reaproveitamento ou

Ações educativas voltadas ao

Índice de Gestão de Resíduos


Disposição de resíduos em
Sistema de coleta de RCC
beneficiamento de RCC

implantado no município
gerenciamento de RCC
Programa integrado e

aterros de RCC

Sólidos (IGR)*
final de RCC
Município
30 a 60 a 80 a
100%
59% 79% 99%

Ibitinga X 5,5
Irapuã Não há dados.
Itajobi X X 6,1
Marapoama X X X 7,2
Novais X 4,4
Novo Horizonte X 7,8
Palmares Paulista X X 6,2
Paraíso X X X 6,3
Pindorama X X X 6,4
Sales X 5,0
Santa Adélia X X 6,8
Tabapuã X X X 7,2
Uru 5,3
Urupês Não há dados.
*O IGR leva em consideração a gestão de todos os tipos de resíduos sólidos de
responsabilidade do município, não somente dos RCC.
Legenda:
Gestão ineficiente. Gestão mediana.
Fonte: SindusCon (2012).

A gestão associada dos resíduos recicláveis, por sua vez, pode não
somente fortalecer a ainda incipiente coleta seletiva feita em Catanduva com
apoio da Associação Padre Osvaldo, mas também solucionar um problema
recorrente nos municípios menos populosos, a saber, volume insuficiente de
recicláveis para surgimento de associações ou cooperativas que comercializem
diretamente com as empresas recicladoras.

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5.5.3. Considerações sobre a gestão consorciada de resíduos
sólidos

Uma questão importante na adoção da gestão consorciada dos resíduos


(sejam estes urbanos, de construção civil ou de coleta seletiva) entre os
municípios de Catanduva e região consiste na sensibilização e no
esclarecimento da sociedade civil quanto ao tema. Em alguns casos de
exportação e importação de resíduos entre municípios brasileiros, verifica-se
certa dificuldade de aceitação por parte da população e da imprensa que,
muitas vezes, trata do assunto de maneira sensacionalista, sem considerar
uma visão holística da situação e os benefícios à gestão de resíduos e ao meio
ambiente.
O consórcio sugerido neste estudo não deve ser tratado como um
instrumento para trazer lixo de outras cidades para Catanduva, mas como uma
ferramenta de gestão sustentável dos resíduos sólidos em uma região onde
algumas cidades dificilmente conseguiriam, por conta própria, tratar e dispor
corretamente seus resíduos. Vale lembrar ainda que a disposição incorreta
destes, mesmo que fora dos limites de Catanduva, poderia causar impactos
negativos ao meio ambiente e à saúde pública em uma grande área, podendo
atingir também Catanduva por meio de águas contaminadas, animais
transmissores de doenças etc.

5.6. Municípios Modelos na Gestão dos Resíduos Sólidos

A seguir são descritos os modelos de gestão dos resíduos sólidos de


alguns municípios em que já foram observadas práticas bem-sucedidas que,
portanto, poderiam ser também adotadas por Catanduva. Ressalta-se que tais
modelos consistem em sugestões para a gestão pública dos resíduos deste
município, sendo necessário o levantamento dos procedimentos mais
adequados e cabíveis no contexto específico de Catanduva.

5.6.1. Parceria Público-Privada: modelo de São Carlos

Geralmente, as prefeituras se dispõem a construir seus próprios aterros


sanitários quando possuem meios suficientes, além de prestarem o serviço de
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coleta de resíduos sólidos diretamente ou mediante contratos regidos pela Lei
de Licitações (Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993). Neste caso, o prazo
máximo de vigência é de cinco anos, o que acaba limitando a possibilidade de
financiamento do particular na sua execução (Jornal Valor Econômico, 2009).
Neste contexto, a Parceria Público-Privada (PPP) acaba sendo uma
alternativa às licitações usuais e à terceirização dos serviços, servindo aos
municípios que não dispõem de um capital para investimento imediato na
implementação de uma infraestrutura ou de um serviço. As PPPs no Brasil são
regidas pela Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004.
Para melhor ilustrar um caso de sucesso de PPP em se tratando de
resíduos sólidos urbanos, será exposto a seguir o caso do município de São
Carlos (SP). Nesta cidade, foi instituída uma PPP na modalidade de concessão
administrativa entre a Prefeitura Municipal de São Carlos e a São Carlos
Ambiental – Serviços de Limpeza Urbana e Tratamento de Resíduos Ltda,
empresa vencedora de licitação realizada em 2009. O contrato celebrado em
2010 tem vigência de 20 anos, prorrogável por mais dez anos, desde que
cumpridas as cláusulas contratuais e realizada a repactuação econômico-
financeira do contrato.
Conforme consta neste contrato, seus objetos são:

a) “Coleta de resíduos sólidos domiciliares, e seu transporte até o local


indicado pelo CONTRATANTE;
b) Coleta de resíduos originários de estabelecimentos hospitalares,
laboratórios de análise, clínicas veterinárias, centros de saúde,
clínicas odontológicas, farmácias e similares e seu transporte até o
local adequado;
c) Fornecimento de serviços de tratamento de resíduos de serviços de
saúde;
d) Operação do aterro sanitário de resíduos sólidos existente até o final
de sua vida útil, seu encerramento e realização das atividades de
pós-fechamento até o prazo final desta concessão;

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e) Aquisição da área para instalação do novo aterro sanitário de
resíduos sólidos;
f) Projeto Executivo e implantação de novo aterro sanitário de resíduos
sólidos na área adquirida para tal finalidade;
g) Operação e implementação do novo aterro sanitário de resíduos
sólidos, de acordo com as condições de execução” previamente
definidas;
h) “Implantação, manutenção, operação e monitoramento de sistema de
queima controlada do biogás gerado pelo aterro sanitário atual;
i) Implantação, manutenção, operação e monitoramento de sistema de
queima controlada do biogás gerado pelo novo aterro sanitário.”

Além da vantagem de delegar todos os processos envolvidos no


gerenciamento a uma empresa apenas, evitando possíveis atritos e disputas
entre mais de um terceiro, podem-se listar ainda dois outros aspectos positivos
do modelo de PPP de São Carlos:

• A prefeitura paga um preço fixo mensal pela prestação dos


serviços, e não um valor pela tonelada de resíduos dispostos no
aterro, como é o caso da maioria das cidades brasileiras. Dessa
maneira, é de interesse da empresa prestadora dos serviços a
redução na quantidade de resíduos dispostos no aterro, pois o
pagamento a receber é o mesmo, e pode-se aumentar a vida útil
do aterro. Portanto, a empresa é incentivada a implantar
programas de coleta seletiva e reciclagem de lixo.
A prefeitura de São Carlos vai investir R$ 9,5 milhões por
ano no sistema de coleta de lixo da cidade (Prefeitura Municipal
de São Carlos, 2010a).
• São estabelecidas metas de melhoria dos serviços prestados
pela São Carlos Ambiental, as quais são até mesmo bonificadas.
Por exemplo: a redução de resíduos autóctones per capita
ensejará em aumento da remuneração da contratada, na mesma

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proporção, incidente exclusivamente sobre o valor das receitas
complementares. Assim, se forem depositados 5% a menos de
resíduos gerados em São Carlos por habitante, a empresa
receberá uma premiação de 5% incidente sobre a receita
complementar (São Carlos, 2010b).
A São Carlos Ambiental também deve fornecer à
cooperativa existente na cidade instalações para apoio às
operações de coleta, separação e destinação de materiais
recicláveis (Prefeitura Municipal de São Carlos, 2010b).

Vale ressaltar que é necessária a comprovação da viabilidade


econômica de uma PPP para que esta possa ser celebrada entre a
administração pública e a iniciativa privada, conforme consta na Lei nº 11.079,
de 30 de dezembro de 2004. Esta lei também trata das restrições ao
estabelecimento de PPPs no parágrafo 2º do artigo 4º, segundo o qual:

“É vedada a celebração de contrato de parceria público-


privada:
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00
(vinte milhões de reais);
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5
(cinco) anos; ou
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-
de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a
execução de obra pública.”

5.6.2. Resíduos sólidos domiciliares e resíduos recicláveis: modelo


de Araraquara

Uma alternativa para a gestão dos resíduos sólidos em um município


consiste na celebração de convênio para a delegação do serviço a uma
empresa já existente e que tenha competência legal para executar ações e
serviços no setor de saneamento (que inclui o gerenciamento dos resíduos
sólidos, nos termos da Lei 11.445/07), como é o caso da SABESP em São

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Paulo (Santos, 2009). Dessa maneira, obtém-se uma maior integração entre os
serviços de saneamento básico.
O município de Araraquara realiza a delegação de parte dos serviços
relacionados ao gerenciamento de resíduos da maneira acima descrita.
Segundo o Plano Municipal de Saneamento Básico (Prefeitura Municipal de
Araraquara, 2013), a prefeitura deste município realiza a coleta dos RDO,
enquanto uma autarquia pública que já realiza serviços no setor de
saneamento, o Departamento Autônomo de Água e Esgotos (DAAE), é
responsável pelo tratamento e pela destinação final desses resíduos. Esta
destinação se dá na Central de Gerenciamento de Resíduos de Guatapará, a
50 km de Araraquara. Os autores do plano afirmam, entretanto, que se poderia
obter uma maior eficiência na gestão dos RDO caso todos os subprocessos
ficassem sob a responsabilidade de um agente apenas, propondo, assim, que
o DAAE também realizasse os serviços de coleta.
Concomitantemente à gestão dos resíduos domiciliares, a prefeitura e o
DAAE, em parceria com a Cooperativa de Catadores Acácia, realizam a gestão
dos resíduos recicláveis e da coleta seletiva em Araraquara. O DAAE possui
um contrato remunerado de prestação de serviços com a Cooperativa Acácia,
contemplando a coleta, a triagem e a destinação dos materiais coletados. A
autarquia fornece caminhões e motoristas; a prefeitura fornece apoio à
organização da cooperativa, promovendo sua divulgação, cursos de formação
e auxílio na gestão de negócios do sistema coleta-triagem; a Cooperativa de
Catadores Acácia, por sua vez, responsabiliza-se pela coleta porta a porta,
coordena a própria equipe, realiza a manutenção de seu escritório e dos
equipamentos da usina de triagem e disponibiliza uniformes e equipamentos de
proteção individual (EPIs) a seus cooperados (Prefeitura Municipal de
Araraquara, 2013).
Ainda conforme o Plano Municipal de Saneamento Básico (Prefeitura
Municipal de Araraquara, 2013), conseguiu-se obter em 2008, três anos após a
implantação da coleta seletiva no município, 100% de atendimento na área
urbana. Atualmente há ainda o atendimento a 2% da área rural.

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5.6.3. Resíduos Recicláveis: modelo de Sorocaba

As informações sobre a coleta seletiva em Sorocaba foram extraídas de


Sanex (2011).
A cidade é dividida em seis setores de coleta com base no número de
residências, de modo que cada setor possui um número semelhante de
domicílios e, provavelmente, produz uma quantidade parecida de resíduos.
Apesar disso, a composição gravimétrica mostra diferenças entre os setores
mais ricos (como o Centro-sul) e os mais pobres.
Os seis setores de coleta foram divididos entre as quatro cooperativas
existentes em Sorocaba: a CORESO, existente há mais tempo, ficou
responsável por três deles, enquanto a CATARES, a ECOESO e a Reviver,
recém-criadas para a ampliação da coleta, se responsabilizaram por um setor
cada.
As cooperativas mantêm um cadastro das residências participantes da
coleta seletiva em seus respectivos setores para poderem melhor planejar sua
rota. Cada morador é avisado do dia da semana em que os catadores
passarão por sua residência, e recebe um bag e um folder com informações
sobre os materiais passíveis de recolhimento. A CORESO não distribui bags
porque acha que deveria fornecer bags novos com muita frequência devido ao
mau estado de conservação de alguns, de modo que é melhor que a população
utilize caixas e sacolas de que já disponha.
No dia da coleta, cooperados vão à frente do caminhão avisando a
população de sua chegada. Em seguida, os materiais seguem para triagem nos
Núcleos de Logística, Comercialização e Controle (NCL). Há seis NCL em
Sorocaba, dos quais cinco são para materiais recicláveis e um é para resíduos
eletroeletrônicos. Os cinco primeiros são assim distribuídos: três são utilizados
pela CORESO, um pela ECOESO e outro pela CATARES e pela Reviver
conjuntamente.
Em cada NCL há um galpão coberto e equipamentos como prensas,
balança, esteira, transportador etc. Em um dos núcleos da CORESO há uma
Fábrica de Polímeros, a primeira do Brasil a produzir tubos para redes de
esgotos a partir de polímeros PP e PE. No mesmo núcleo funciona também
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uma unidade de beneficiamento de óleo de cozinha usado para vendê-lo
posteriormente para fabricação de ração animal e biodiesel. A infraestrutura
presente nesse NCL é utilizada pelas cooperativas de reciclagem participantes
da Rede Cata Vida, descrita a seguir.

5.6.3.1. Rede Cata Vida


Na região de Sorocaba, ainda no contexto dos resíduos recicláveis, há
ainda um exemplo bem sucedido de gestão conjunta, mesmo que não
oficialmente consorciada por meio de estabelecimento de lei. Trata-se da Rede
Cata Vida, entre associações e cooperativas de catadores de materiais
recicláveis de 16 cidades de Sorocaba e região. As informações a seguir sobre
esta rede foram obtidas da publicação Inspiração (2013), do Programa Cata
Ação e do Instituto Walmart.
A Rede Cata Vida surgiu oficialmente em 2001, em um encontro regional
promovido pelo Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento, Emprego e
Cidadania de Sorocaba e Região (CEADEC) em Votorantim. Neste encontro,
as associações de catadores dos municípios Capão Bonito (ACAMAR) e de
Itapeva (APAMARE) uniram-se às cooperativas de Sorocaba (CORESO),
Votorantim (COOPERVOT) e Salto de Pirapora (CORESP) na formação da
Rede.
Foi relatada, durante o encontro, a experiência das três últimas, que já
realizavam o comércio em conjunto para solucionar o problema do volume
insuficiente para comercializar diretamente com as empresas recicladoras. O
relato das três cooperativas estimulou a adesão da ACAMAR e da APAMARE,
fazendo surgir a Rede, cujo objetivo principal era conseguir maior volume de
materiais justamente para comercialização diretamente com essas empresas
recicladoras, dispensando a atuação de atravessadores.
Estabeleceu-se então a Coordenação Regional dos Catadores, um
órgão de discussão, deliberação e representação das cooperativas, além da
Carta de Princípios dos Catadores e Catadoras da rede. A CORESO foi
escolhida como sede da Central de Triagem e Comercialização da Rede devido

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à sua localização estratégica, de maneira que passou a receber e armazenar o
material a ser comercializado.
Atualmente a Rede Cata Vida possui CNPJ próprio, atua em 15
cooperativas e 16 municípios e desenvolve um projeto apoiado pela Petrobras
desde julho de 2012 para ampliar a coleta seletiva em mais cinco municípios e
fortalecer a Rede. Além disso, encontra-se em fase de implementação de um
programa para inclusão de 300 catadores.
Fazem parte da infraestrutura da Rede uma Fábrica de Polímeros e uma
unidade de clarificação de óleo de cozinha usado no espaço da CORESO. A
Rede Cata Vida dialoga com outras redes de cooperativas para que estas
também utilizem o maquinário da Fábrica de Polímeros, ampliando o ganho
dos cooperados e fortalecendo o relacionamento entre as redes.
Em relação à operação e logística, o caminhão da Rede busca as cargas
nas cooperativas e as encaminha ao galpão da sede (CORESO). Cada
cooperativa contribui com uma taxa por quilograma de material comercializado
para cobrir os gastos logísticos e de movimentação, independentemente da
distância entre a cooperativa e a sede.
A gestão da Rede Cata Vida é feita pelos próprios cooperados, que são
responsáveis pela comercialização, pela logística dos materiais, pelo repasse
dos lucros para as cooperativas e por uma série de outros processos
administrativos. No presente, para cerca de 85% dos materiais
comercializados, a comercialização é realizada diretamente com as indústrias
recicladoras, dispensando a atuação do atravessador.
Cada cooperativa mantém a autonomia de sua gestão. Com fins de
prestação de contas em relação aos resultados obtidos pela Rede, realiza-se
uma reunião com dois cooperados de cada município uma vez por mês.
Voltando à situação de Catanduva, pode-se sugerir que os catadores
apoiados pela Associação Padre Osvaldo estabeleçam contato com
cooperativas e associações das outras cidades da região para verificar a
possibilidade de gerenciamento consorciado dos materiais recicláveis. É
necessário que haja um trabalho de sensibilização e conscientização tanto da
população das cidades envolvidas para a correta separação de seus resíduos,

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quanto dos catadores informais de material reciclável sobre cooperativismo e
geração de trabalho e renda, para que se formalizem associações e
cooperativas.
Uma vez que Catanduva está em fase de finalização de um novo galpão
para triagem de materiais recicláveis, pode-se sugerir que este seja
aproveitado para o recebimento e separação dos demais municípios da região,
a exemplo do modelo de gerenciamento da Rede Cata Vida. Haverá, dessa
maneira, maiores quantidades de resíduos a serem reciclados e,
consequentemente, mais oportunidades de emprego e incremento de renda
dos associados / cooperados, que geralmente estão em situação de alta
vulnerabilidade social.
O aumento na receita das associações e cooperativas decorrente do
maior volume de material comercializado possibilitará também, com o apoio de
entidades públicas e privadas, a aquisição de equipamentos que venham a
complementar a infraestrutura de apoio às atividades desenvolvidas. Como
exemplos, citam-se esteiras para a triagem dos materiais, prensas, unidades
de beneficiamento de óleo de cozinha usado, entre outros.

5.6.4. Aproveitamento energético de rejeitos: modelo de São


Bernardo do Campo

São Bernardo do Campo é um município brasileiro que está à frente na


busca pela implantação de uma tecnologia inovadora, ao menos no Brasil, para
tratamento dos resíduos sólidos, a saber, um Sistema de Processamento e
Aproveitamento de Resíduos Sólidos e Unidade de Recuperação de Energia
(SPAR-URE). Trata-se de uma usina termoelétrica movida a partir da queima
do lixo.
A tecnologia vem sendo utilizada há anos em mais de 30 países,
principalmente na Europa, e vem a auxiliar no cumprimento da Política
Nacional dos Resíduos Sólidos, que prioriza o tratamento dos resíduos em
detrimento da disposição final (a ordem de prioridade é: não geração, redução,
reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos). A Política (Lei 12.305 de 2010) dispõe

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ainda, em seu Artigo 9º, § 1º, que “poderão ser utilizadas tecnologias visando à
recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos, desde que tenha sido
comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a implantação de
programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão
ambiental.”
Segundo matéria da revista Infraestrutura Urbana (2013), realizou-se,
em São Bernardo do Campo, uma Parceria Público-Privada para a implantação
da tecnologia, uma vez que o capital inicial necessário para investimento
imediato é muito alto para o poder público. Várias empresas nacionais e
internacionais participaram da licitação e, como resultado da grande
concorrência, pôde-se obter um menor preço no processo licitatório.
Conforme especialista da CETESB, que concedeu entrevista à revista, a
adoção da tecnologia, se feita de acordo as normas, não oferece riscos de
gerar poluentes. Além disso, há tecnologia nacional para tratamento dos gases
provenientes da queima do lixo, e não deve haver grandes dificuldades para
instalação de uma usina desse tipo no Brasil. Talvez apenas uma peça, a
grelha de queimação, de mais difícil obtenção, necessite ser importada caso
ainda não haja tecnologia nacional no momento de implantação da usina.
Primeiramente foi feita a licitação para escolha da empresa que fará a
Unidade de Aproveitamento Energético de resíduos; no caso, um consórcio
entre as empresas Lara e Solvi, em parceria com a Prefeitura Municipal de São
Bernardo do Campo, formando a SBC Valorização de Resíduos. Depois a
licitante vencedora procedeu à elaboração do estudo de impacto ambiental e o
relatório de impacto ambiental para o licenciamento junto à SMA.
O SPAR-URE ainda se encontra em processo de desenvolvimento,
estando o início de sua operação previsto para o segundo semestre de 2014
(Infraestrutura Urbana, 2013). A Figura 43 mostra como se configurará o
manejo de RSU em São Bernardo do Campo após a implantação e início de
operação da usina.

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Figura 43 – Sistema de manejo de resíduos sólidos urbanos de São Bernardo do
Campo.
Fonte: Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo (2010)

Ressalta-se que os resíduos passam inicialmente por processo de


triagem para separação dos passíveis de processos de reutilização e
reciclagem, sendo somente os rejeitos com poder calorífico satisfatório
encaminhados ao SPAR-URE.
Ainda no modelo de gestão dos resíduos sólidos de São Bernardo do
Campo, as próprias empresas vencedoras das licitações para cada um dos
serviços do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

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estabelecem metas para melhoria destes serviços e prestam contas à
prefeitura, conforme modelo mostrado no Quadro 43.

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Quadro 43 – Metas mínimas a serem estabelecidas para a gestão dos resíduos sólidos em São Bernardo do Campo.

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Fonte: Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo (2010).

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Para a cidade que quiser seguir os passos de São Bernardo do Campo
em relação à usina, além de PPP, também há a possibilidade de consórcio com
outros municípios de sua região para viabilizar economicamente tal unidade de
tratamento de resíduos.

5.6.5. Resíduos da Construção Civil: modelo de Sorocaba

Segundo informações da Prefeitura Municipal de Sorocaba (2013), há 21


Ecopontos, ou Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) desses resíduos no
município em locais estrategicamente selecionados (preferencialmente em
áreas públicas) pelo fato de já serem pontos de disposição de RCC ou por
haver grande número de construções nas proximidades. Em cada Ecoponto
são disponibilizadas caçambas metálicas para que pequenos geradores de
RCC (que produzem até 1 m³ de entulho) façam o depósito desses resíduos.
Além disso, há placas no local informando quais os materiais permitidos nas
caçambas e quais os proibidos. Há 75 caçambas espalhadas pelos Ecopontos,
sendo que está prevista ampliação gradual no número destes.
As caçambas são recolhidas por caminhões de empresa contratada com
frequência pré-estabelecida (com base no tempo verificado para enchimento) e
levadas ao Aterro Municipal de Inertes, que possui uma Usina de Triagem e
Reciclagem de RCC.
Já os grandes geradores de RCC, que geram mais de 1 m³ desses
resíduos, necessitam elaborar seus próprios Planos de Gerenciamento de
Resíduos. O poder público municipal regulamenta o conjunto das atividades
privadas que incluem todas as etapas envolvidas na operação dessas grandes
quantidades de resíduos (transporte, manejo, transformação e disposição final),
além de oferecer as instalações físicas para a realização das operações. Para
que tais instalações sejam utilizadas pelos particulares, segundo uma lei
municipal, estes necessitam apresentar uma via da “Nota de Remessa de
Resíduos” devidamente preenchida e carimbada pela prefeitura, que obtém,
dessa forma, um controle do recebimento de resíduos no aterro. Este
recebimento só se efetiva após inspeção visual realizada por um técnico, que

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analisa se os resíduos possuem características compatíveis com as licenças
operacionais do aterro.
No aterro, uma cooperativa de egressos (COOPERESO) separa o
entulho para ser levado a uma máquina trituradora de entulho, possibilitando
sua reciclagem e aproveitamento na construção civil e na manutenção de
estradas municipais. O entulho não reciclado é aterrado no local.
Duas outras cooperativas (CORENT e União) separam os demais
materiais recicláveis que porventura estejam nas caçambas para vendê-los.
Resíduos “verdes” (de poda e outros de origem vegetal) são levados para
aterro sanitário; apenas uma pequena parte é picotada, sofre compostagem e é
utilizada em praças e jardins.

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6. IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E DOS
GERADORES SUJEITOS A PLANO DE GERENCIAMENTO
ESPECÍFICO OU A SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso IV

Em conformidade com o Art. 20 e o Art. 33 da Política Nacional de


Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305, datada de 02 de agosto de 2010,
algumas atividades devem gerenciar a destinação final de seus resíduos,
desde o acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e
disposição final, por meio de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos,
chamado de PGRS, ou implantar um sistema de Logística Reversa, no intuito
de retornar os produtos, após o uso pelo consumidor, de forma independente
do serviço público de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, aos
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes.
Tal estabelecimento da PNRS demostra que o gerenciamento do setor
de resíduos sólidos se estende além das instituições governamentais, por meio
da responsabilidade compartilhada. Assim, os Planos de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos – PGRS e a Logística Reversa são, segundo a Política
Nacional de Resíduos Sólidos, obrigatórios para determinadas empresas e
instituições, conforme apresentado na sequência.

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Quadro 44 – Tipologias de Resíduos sujeitos ao PGRS e a Logística Reversa.
Responsabilidade PGRS ou
Resíduos comumente gerados por
Origem do Resíduo pela Destinação Artigo da PNRS Logística
tipologia
Final Reversa
Restos de comida, materiais
recicláveis (plástico, papel, papelão,
Resíduos Domiciliares Prefeitura --- Não se aplica
sucata), rejeitos (lixo de banheiro,
fraldas usadas), entre outros.
Resíduos Comerciais não perigosos e Restos de comida, materiais
equiparados a Resíduos Domiciliares recicláveis (plástico, papel, papelão,
Prefeitura --- Não se aplica
(considerando para essa equiparação dados sucata), rejeitos (lixo de banheiro,
como natureza, composição ou volume) fraldas usadas), entre outros.
Resíduos de poda, capina, roçagem,
Resíduos de Limpeza Urbana Prefeitura --- Não se aplica
raspagem, entre outros.
Resíduos dos Serviços Públicos de Art. 13, Inciso I, Lodo de ETA e ETE, resíduos de
Gerador PGRS
Saneamento Básico Alínea e gradeamento, entre outros.
Fixadores/reveladores, de borra de
cola, anilinas, lâmpadas
fluorescentes, óleos lubrificantes e
graxas usados; filtros de óleo e
embalagens de lubrificantes vazias;
latas de tintas; lã de rocha, lã de
Art. 13, Inciso I, vidro, cinzas de caldeiras, efluentes
Resíduos Industriais Gerador PGRS
Alínea f líquidos proveniente da limpeza de
equipamentos; sucata eletrônica;
resíduos de borracha, correia e lona,
pilhas e baterias, EPI’s
contaminados, embalagens de
produtos químicos vazias, escórias
de fundição de metais ferrosos,

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Responsabilidade PGRS ou
Resíduos comumente gerados por
Origem do Resíduo pela Destinação Artigo da PNRS Logística
tipologia
Final Reversa
discos de corte e desbaste, areia
Shell, areia verde, entre outros.
Medicamentos vencidos, luvas,
gazes, curativos, sondas, drenos,
equipamentos contaminados,
Art. 13, Inciso I, seringas sem agulhas e
Resíduos de Serviço de Saúde Gerador PGRS
Alínea g contaminadas, bolsas e equipos de
sangue após transfusão, resíduos
químicos e perigosos, drogas
quimioterápicas, entre outros.
Finos de minério de ferro, lama
Art. 13, Inciso I, natural, magnetita, sucata de metais
Resíduos de Mineração Gerador PGRS
Alínea k ferrosos, argila, óleos usados, entre
outros.
Resíduos inflamáveis; cloro, água
Resíduos Comerciais perigosos e não sanitária, limpadores de vidro,
equiparados a Resíduos Domiciliares removedor de manchas, aerossóis,
Gerador Art. 20, Inciso II PGRS
(considerando para essa equiparação dados medicamentos vencidos,
como natureza, composição ou volume) querosene, solventes, entre outros;
volumes acima de 50 Kg ou 100 L.
Alvenarias, concreto, argamassas e
solos, restos de madeira, metal,
Resíduos de Construção Civil Gerador Art. 20, Inciso III PGRS plástico, gesso, papel, papelão,
vidros, tintas, solventes, óleos, entre
outros.
Lâmpadas fluorescentes, pilhas e
Resíduos do Serviço de Transporte Gerador Art. 20, Inciso IV PGRS baterias, resíduos infectantes, óleo
lubrificante, embalagens de óleo

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Responsabilidade PGRS ou
Resíduos comumente gerados por
Origem do Resíduo pela Destinação Artigo da PNRS Logística
tipologia
Final Reversa
lubrificante, cartuchos / tonners,
resíduos eletrônicos, pallets, resíduos
recicláveis, restos de carga, resíduos
orgânicos, sucatas, areia com óleo,
borrachas, lonas de freio, madeira,
pneus, entre outros.
Dejetos da criação de animais,
resíduos associados a culturas da
agroindústria, bem como da
Resíduos Agrossilvopastoris Gerador Art. 20, Inciso V PGRS silvicultura, embalagens de
agrotóxicos, fertilizantes, resíduos de
medicamentos de animais, entre
outros.
Gerador /
Fabricantes /
Embalagens de Defensivos Agrícolas Importadores / Art. 33, Inciso I Logística Reversa ---
Distribuidores /
Comerciantes
Gerador / ---
Fabricantes /
Pilhas e Baterias Importadores / Art. 33, Inciso II Logística Reversa
Distribuidores /
Comerciantes
Gerador / Logística Reversa ---
Fabricantes /
Pneus Importadores / Art. 33, Inciso II
Distribuidores /
Comerciantes

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Responsabilidade PGRS ou
Resíduos comumente gerados por
Origem do Resíduo pela Destinação Artigo da PNRS Logística
tipologia
Final Reversa
Gerador / Logística Reversa ---
Fabricantes /
Óleos Lubrificantes Importadores / Art. 33, Inciso IV
Distribuidores /
Comerciantes
Gerador / Logística Reversa ---
Fabricantes /
Lâmpadas Fluorescentes Importadores / Art. 33, Inciso V
Distribuidores /
Comerciantes
Gerador / Logística Reversa ---
Fabricantes /
Produtos Eletroeletrônicos Importadores / Art. 33, Inciso VI
Distribuidores /
Comerciantes
Fonte: PNRS (2010).

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Para a elaboração de um PGRS, a PNRS estabelece um roteiro mínimo,
que deve ser seguido pelos gerados sujeitos a elaboração desse documento.
Na tabela a seguir são apresentadas, a título de exemplo, algumas diretrizes
mínimas que devem ser exigidas pela Prefeitura Municipal de Catanduva na
elaboração do PGRS pelos empreendimentos geradores. Esclarece-se que as
diretrizes para elaboração do PGRS foram sugeridas com base na PNRS e no
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Unidade de Curitiba (2004).

Tabela 26 – Conteúdo mínimo a ser exigido na elaboração de um PGRS.


Itens Conteúdo mínimo a ser exigido
• Empresa/ Nome fantasia
• CNPJ
Dados e
• Produtos/ Setor de Atividade/ n° de Empregados
identificação da
• Endereço (Bairro, município, CEP)
empresa
• Tel./ Fax
• E-mail/ Home page
• Planta baixa de localização e implantação da área física e
Informações circunvizinhança, indicando área construída e total do terreno.
gerais do • Tipo/Ramo da empresa
empreendimento • Horário de funcionamento
• Informações sobre perspectivas de reformas e ampliações
• Caracterização e quantificação dos resíduos gerados (origem,
Diagnóstico da volume, caracterização)
situação atual • Identificação dos pontos de geração de resíduos
• Identificação dos passivos ambientais associados

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Itens Conteúdo mínimo a ser exigido
• Diretrizes gerais para implementação do PGRS
• Estrutura organizacional
• Técnicas e procedimentos adequados a serem adotados
• Caracterização, identificação e distribuição dos equipamentos
adequados para o acondicionamento, coleta e armazenamento
dos resíduos
• Unidades intermediárias
• Forma e freqüência da coleta
• Forma de destinação final (se terceirizada, indicar empresa
responsável)
Proposta de
Gerenciamento Se houver Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos
dos Resíduos Sólidos:

• Explicitar responsáveis pelas etapas de gerenciamento


• Explicitar procedimentos operacionais

Avaliar, quando viável ou necessário, a implantação de:

• Soluções consorciadas ou compartilhadas com outros


geradores
• Ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
vida dos produtos
• Descrição de recursos necessários
• Elaboração de programas de treinamento e capacitação
Proposta de • Elaboração de instrumentos de análise, controle e avaliação
Manejo dos periódica de tipos específicos de resíduos e do PGRS.
Resíduos • Cronograma físico de implantação, execução e manutenção do
PGRS
• Cronograma de revisão e atualização do PGRS

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Itens Conteúdo mínimo a ser exigido
• Deverão ser disponibilizadas informações acerca do
acompanhamento da evolução do sistema de gerenciamento
implantado
• Deverão ser estabelecidas metas e procedimentos
relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos e,
observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do
Plano de Sisnama, do SNVS e do Suasa, à reutilização e reciclagem
Monitoramento • Definição das ações preventivas e corretivas a serem
executadas em situações de gerenciamento incorreto ou
acidentes
• Deverão ser elaborados relatórios (mensal, trimensal ou anual)
de avaliação do PGRS
• Propor medidas saneadoras dos passivos ambientais
relacionados aos resíduos sólidos, caso haja
Fonte: Adaptado de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Unidade de
Curitiba (2004) e PNRS (2010) e

No que diz respeito à Logística Reversa, em nível estadual, de acordo


com o Art. 1º da Resolução SMA-038, de 02 de agosto de 2011 são obrigados
a estruturar e implementar sistemas de logística reversa os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes de:

I – Produtos que após o consumo resultam em


resíduos considerados de significativo impacto
ambiental:

a) Óleo lubrificante automotivo;


b) Óleo Comestível;
c) Filtro de óleo lubrificante automotivo;
d) Baterias automotivas;
e) Pilhas e Baterias;
f) Produtos eletroeletrônicos;
g) Lâmpadas contendo mercúrio;
h) Pneus;

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II – Produtos cujas embalagens plásticas,
metálicas ou de vidro, após o consumo, são
consideradas resíduos de significativo impacto
ambiental:

a) Alimentos;
b) Bebidas;
c) Produtos de higiene pessoal, perfumaria e
cosméticos;
d) Produtos de limpeza e afins;
e) Agrotóxicos;
f) Óleo lubrificante automotivo

O formato da Resolução SMA 38/2011 é considerado inovador, pois ao


invés de exigir soluções determinadas a serem adotadas, determina que os
fabricantes e importadores dos produtos relacionados apresentem, em até 60
dias, uma proposta de implantação de programa de Responsabilidade Pós-
Consumo (RPC) segundo um conteúdo mínimo, simples e aberto. Desta forma
reconhece a diversidade de situações entre os diferentes produtos e setores,
valoriza o conhecimento que cada fabricante ou importador possui de seu
produto e respectiva cadeia de valor, e oferece a oportunidade de as empresas
proporem as soluções que considerem mais adequadas e factíveis.
As propostas que foram recebidas no prazo concedido pela Resolução
SMA 38/2011 foram analisadas considerando o conteúdo mínimo exigido e a
inclusão de um maior número de proponentes, selecionando em cada caso ao
menos uma proposta por produto para estabelecimento de Termos de
Compromisso.
Os Termos de Compromisso tem como objetivo criar parcerias para
apoiar a implantação de sistemas de RPC amplos, que podem ser firmados
pela Secretaria do Meio Ambiente e a CETESB, tanto com entidades
(sindicatos e associações) ou diretamente com empresas.

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Até o momento, foram assinados Termos de Compromisso para os
seguintes produtos:

• Embalagens de Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria, Cosméticos,


de Limpeza e Afins
• Pilhas e Baterias Portáteis
• Embalagens de Agrotóxicos
• Embalagens Plásticas Usadas de Lubrificantes
• Pneus Inservíveis
• Aparelhos de Telefonia Móvel Celular e seus respectivos Acessórios
• Óleos Lubrificantes
• Óleo Comestível (individual)
• Óleo Comestível (associação)
• Baterias Automotivas Chumbo-ácido
• Filtros Usados de Óleo Lubrificante Automotivo

Deve-se destacar que, diferentemente dos Acordos Setoriais, os Termos


de Compromisso têm validade apenas para as empresas signatárias ou
representadas por signatários (no caso de associações e sindicatos). Desta
forma, empresas dos setores cujos produtos encontram-se relacionados na
Resolução SMA 38/2011 e que não sejam signatárias ou aderentes a um dos
Termos de Compromisso devem implementar seus próprios sistemas de RPC
em atendimento à legislação, que prevê sanções em caso de não
cumprimento.
De acordo com informações obtidas no site da CETESB, existem três
modelos para os sistemas de responsabilidade pós-consumo:

a) Coleta seletiva ou entidades de catadores (Exemplo: embalagens


cosméticos, limpeza, alimentos, entre outros).

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Figura 44 – Modelo baseado na coleta seletiva ou entidades de catadores.
Fonte: CETESB (2013).

O consumidor tem seu resíduo recolhido pela coleta seletiva (no caso de
municípios onde o sistema seja disponível) ou os entrega a uma entidade de
catadores. Em ambos os casos ocorre a triagem dos materiais que são
encaminhados à reciclagem. Os fabricantes/ importadores apoiam as
entidades, ou ressarcem à prefeitura. Em alguns casos, as entidades podem
fazer a coleta porta a porta.

b) Coleta em pontos de entrega voluntários – PEV´s (Exemplo: pilhas,


celulares, óleo comestível, etc)

Figura 45 – Modelo baseado em coleta em pontos de entrega voluntários – PEVs.


Fonte: CETESB (2013).

O consumidor leva seu resíduo a um ponto de entrega voluntário (PEV),


geralmente instalado junto ao comércio ou à rede de assistência técnica.
Quando é reunido um volume pré-definido, ou segundo um calendário
estabelecido, o operador de logística passa e recolhe os resíduos,
encaminhando-os à reciclagem. Os fabricantes/ importadores financiam a
operação, muitas vezes em parceria com o comércio.

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c) Coleta por sistema itinerante junto ao comércio (Exemplo: pneus, óleo
lubrificante, baterias automotivas, etc)

Figura 46 – Modelo baseado em coleta por sistema itinerante junto ao comércio.


Fonte: CETESB (2013).

O resíduo não chega ao consumidor (embora possa haver exceções),


sendo retido no ponto de geração – em geral postos de gasolina,
concessionárias ou oficinas. Quando é reunido um volume pré-definido, ou
segundo um calendário estabelecido, o operador de logística passa e recolhe
os resíduos, encaminhando-os à reciclagem. Os fabricantes/ importadores
financiam a operação, muitas vezes em parceria com os distribuidores ou
comerciantes dos produtos

Já em nível federal, a Logística Reversa foi implementada em quatro


produtos, e conforme consta em resoluções do CONAMA, estes produtos são:
1) pneus; 2) pilhas e baterias; 3) óleos lubrificantes e 4) embalagens de
agrotóxicos. Tal procedimento deverá ser mantido e ainda acrescentado a
estes outros produtos, como resíduos contendo vidros (especialmente
lâmpadas fluorescentes), eletroeletrônicos, embalagens e outros que
provoquem impacto ambiental e na saúde pública, responsabilizando os
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes pela implantação da
logística reversa no limite da proporção que disponibilizam estes produtos no
mercado.
A logística reversa poderá ocorrer de três maneiras: uma delas é por
iniciativa do setor empresarial, na qual através de acordos setoriais, as
empresas poderão instituir a logística reversa em uma determinada cadeia
produtiva, providenciando postos de coleta de resíduos e produtos reutilizáveis

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ou recicláveis, podendo solicitar a participação de cooperativas, associações e
catadores.
Outra forma depende da iniciativa do Poder Público, através do
regulamento de normas municipais e estaduais que permitam a celebração de
acordos setoriais firmados com as empresas a fim de compartilhar a
responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos.
A terceira forma poderá se dar através de termos de compromisso
firmados entre o poder público e os fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes, nas hipóteses em que a área de abrangência não possua acordo
setorial ou regulamento específico, ou ainda, caso exista, para fixação de
metas mais exigentes do que o previsto nesses instrumentos.
Com a logística reversa aplicada, tanto pela política interna das
empresas quanto pelos acordos setoriais firmados entre os segmentos
industriais e o Poder Público, o cidadão passa a ser obrigado a fazer a
devolução dos resíduos sólidos nos locais previamente determinados, podendo
ser no mesmo local da compra do produto que gerou o resíduo ou em qualquer
posto de recolhimento.
A forma como se dará essa devolução, dentro de cada cadeia produtiva,
será definida por um Comitê Orientador ou ainda, caso a logística reversa seja
aplicada por iniciativa do setor empresarial, em locais que estes determinarem.
O Comitê Orientador deverá ser instalado até o primeiro semestre de 2011,
definindo a partir daí os procedimentos que serão adotados para a implantação
dos sistemas, avaliando os impactos sociais e econômicos e definindo até
mesmo medidas de desoneração tributária das cadeias produtivas sujeitas à
logística reversa.
Os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, da Fazenda, da Saúde e do Meio Ambiente integraram oficialmente,
no dia 17 de fevereiro de 2011, o Comitê Orientador para Implantação de
Sistemas de Logística Reversa. O Comitê é um dos órgãos previstos no
decreto que legisla sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),
regulamentada pelo ex-presidente Lula da Silva, em dezembro de 2010.

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O grupo tem a tarefa de estabelecer normas e prazos em forma de
acordos setoriais que regulem a coleta dos materiais recicláveis pelos
fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores, após o descarte do
consumidor final.

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7. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E ESPECIFICAÇÕES
MÍNIMAS A SEREM ADOTADOS NOS SERVIÇOS PÚBLICOS
DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS, INCLUÍDA A DISPOSIÇÃO FINAL
AMBIENTALMENTE ADEQUADA DOS REJEITOS
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso V

Atualmente, em Catanduva, o modelo de gestão de resíduos adotado é


o por produtividade. Nesse modelo, a prefeitura realiza o pagamento à
empresa contratada por produtividade, ou seja, a medição é por preço mensal
global, tendo em vista a qualidade e eficácia do serviço prestado, e não mais
quantidades ou frequências. Caso seja indicado pela equipe de fiscalização da
prefeitura que o serviço não foi executado por completo, o mesmo deverá ser
refeito pela contratada.
No modelo por produtividade, a equipe e os equipamentos (EPI’s,
uniformes, maquinários e veículos) devem ser fornecidos pela contratada,
sendo dela também a responsabilidade pelas suas manutenções, mantendo
pessoal qualificado e equipamentos em excelente estado de funcionamento.
Dessa forma, não cabe a prefeitura estimar a forma como os equipamentos e
as equipes serão alocados para a realização dos serviços de limpeza pública e
manejo de resíduos. Essa é responsabilidade da contratada. À prefeitura fica a
responsabilidade de fiscalizar se os serviços estão sendo realizados com
qualidade e eficácia, conforme contrato celebrado.
Apesar de não fazer parte do escopo da prefeitura operacionalizar o
manejo de resíduos, apresentam-se na sequência os procedimentos
operacionais e especificações mínimas que devem ser adotados na prestação
desse serviço, com opções, inclusive, de maquinários que podem ser
incorporados na prestação dos serviços com o intuito de melhorar sua
eficiência.

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7.1. Resíduos da coleta regular

A gestão adequada dos resíduos sólidos domiciliares segue as etapas


apresentadas na Figura 47.

Figura 47 – Gestão dos Resíduos Domiciliares


Fonte: Schalch (2012).

A Gestão dos Resíduos Urbanos não se resume apenas a uma coleta


eficiente e uma disposição correta, engloba a redução da geração e da
disposição, através de processo de aproveitamento dos resíduos em processos
intermediários, para que não sejam apenas vistos como problema, e sim como
oportunidades. A seguir é apresentado um diagrama dos procedimentos para
não geração, redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos (Figura
48).

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Figura 48 – Procedimentos para não geração, redução, reutilização e reciclagem
de resíduos sólidos.
Fonte: Schalch (2012).

7.1.1. Caracterização Física

A caracterização física dos resíduos da coleta regular permite a análise


dos tipos de resíduos recolhidos e suas particularidades, e assim, o
planejamento das disposições adequadas para cada tipologia, o que auxilia na
diminuição de resíduos dispostos em aterro e no desenvolvimento de
programas específicos para envolvimento da população. Algumas
características que podem ser determinadas são a composição gravimétrica, o
peso específico, o teor de umidade e a geração per capita.
Uma metodologia muito utilizada no preparo da amostra e obtenção de
uma amostra significativa para a caracterização é o quarteamento, que é
descrito por Matos e Schalch (2007), que citam a recomendação da American
Society For Testing And Materials (ASTM) de utilização de uma amostra de 91
a 140 kg, e utilizam para o referido trabalho uma amostra de 200 kg obtida por
quarteamento. As etapas abaixo são descritas no Manual de Gerenciamento
Integrado de Resíduos Sólidos do Governo Federal (Manual GIRS).

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Preparo da amostra:

• As amostras iniciais devem ser coletadas do lixo ainda sem


compactação, cada uma com cerca de 3m3. É indicado que a coleta seja
de segunda a quinta-feira e em diferentes setores do município;
• Dispor os resíduos sobre uma lona, estendida em área plana. Os
recipientes de acondicionamento devem ser rompidos e os resíduos
misturados com auxílio de pás e enxadas;
• A mistura homogeneizada deve ser dividida em 4 partes. A seguir, 2
quartos opostos, anteriormente divididos, devem ser misturados, e o
processo repetido para essa nova mistura até que se obtenha quartos
de cerca de 1m3.
• Um dos quartos deve ser utilizado para encher 5 latões de 200 litros
cada, que devem ser pesados previamente;
• O que sobrar desse quarto de amostra utilizado deve ser picado e
colocado em um recipiente de 2 litros, e a seguir fechado
hermeticamente;
• Os resíduos restantes na lona devem ser encaminhados ao aterro.

O peso específico aparente pode ser determinado com os seguintes


passos:

• Pesar, em balança aferida, os latões um por um e descontar a massa do


latão vazio;
• Somar as massas de todos os latões;
• Determinar o peso aparente através do valor da soma, com a unidade
kg/m3.

A composição gravimétrica será obtida através de:

• Discriminar quais os componentes se quer identificar;

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• Espalhar o conteúdo dos latões em uma lona e separar os resíduos em
tipos de interesse;
• Todo o material que não se enquadre nos tipos listados deverá ser
considerado como outros;
• Pesar os componentes de cada tipo e dividir o peso de cada um pelo
peso total da amostra. Assim, será calculada a composição gravimétrica
percentual.

O teor de umidade amostra pode ser determinado:

• Pesar uma amostra de dois litros (separada inicialmente);


• Levar a amostra ao forno (se possível em estufa) a 105 ºC por um dia,
ou por dois dias consecutivos a 75 ºC;
• Pesar o material seco, repetir a pesagem até que a massa aferida seja
constante;
• O teor de umidade percentual será obtido com a diferença entre a
massa inicial (úmida) e massa seca sobre a massa inicial.

A geração per capita pode ser calculada:

• Medir o volume de resíduo que chega ao aterro durante um dia completo


de trabalho;
• Com o valor de peso específico, calcular o peso total do volume aferido;
• Avaliar qual foi percentual da população atendida pela coleta naquele
dia, e calcular a população atendida com o cálculo desse percentual no
número de habitantes da área urbana do município;
• A taxa de geração per capita é o quociente da divisão do peso total pela
população atendida.

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7.1.2. Acondicionamento

O Manual GIRS afirma que o recipiente para acondicionamento


adequado dos resíduos domiciliares deve: ter peso máximo de 30 kg, com a
carga para coleta manual; possuir dispositivos que facilitem a locomoção; ser
hermético; não permitir o contato com perfurocortantes; ter preço acessível;
permitir um transporte sem muitos ruídos; não reter resíduos no fundo.
É recomendado que sejam recipientes sem retorno, pois aumentam a
produtividade da coleta. Assim, os sacos plásticos são muito indicados quando
a coleta for manual, sendo facilmente fechados, com locomoção silenciosa e
sem retorno.
Os sacos plásticos a serem utilizados no acondicionamento do lixo
domiciliar devem seguir as características estabelecidas pela norma técnica
NBR 9191, da ABNT.
Os contêineres de plástico equipados com tampa, rodas e recipiente são
fabricados em polietileno de alta densidade (PEAD) e contém materiais
recicláveis e aditivos que protegem contra a ação de raios ultravioleta. Esses
coletores são utilizados para resíduos domiciliares urbanos e públicos, sendo
muito indicados para edifícios. Na limpeza pública podem ser transportados
pelos trabalhadores, e para acondicionamento de grandes geradores devem ter
cores distintas. Existem no Brasil para volumes de 120, 240 e 360 litros – com
duas rodas, e de 760 e 1.100 litros que possuem quatro rodas.
Ainda podem ser utilizados contêineres de metal que possuem quatro
rodízios e podem ter volume entre 750 e 1500 litros. Esses recipientes são
basculados por caminhões compactadores.

7.1.3. Grandes geradores

Para os grandes geradores ou produtores é necessária a padronização


dos recipientes para acondicionamento dos resíduos, como apresentado no
Manual de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Devem ser utilizados
contêineres com cores pré-estabelecidas para o tipo de resíduo e que serão
manejados por sistema de polinguindastes ou por roll-on, roll-off (esses serão
detalhados no item 7).
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Esses acondicionadores devem ser metálicos, com volume de 3 a 30 m3,
e podem ser equipados com dispositivos elétricos para compactação.

7.2. Coleta e Transporte

7.2.1. Frequência e Horários

Por conta das características climáticas do país, o tempo entre a


geração do resíduo domiciliar e sua disposição não deve ser maior que 1
semana, o que evita mau cheiro excessivo e proliferação de vetores. A
frequência mínima para um país de clima quente é de três vezes por semana.
Para redução significativa dos custos e otimização da frota a coleta deve
ser realizada em dois turnos.
Dessa forma tem-se, normalmente:

Quadro 45 – Turno da coleta regular.


Dias de coleta Primeiro turno Segundo turno
Segundas, quartas e sextas ¼ dos itinerários ¼ dos itinerários
Terças, quintas e sábados ¼ dos itinerários ¼ dos itinerários
Fonte: Manual GIRS

O número de itinerários de coleta deve ser dividido pelos 4 possíveis


períodos dos turnos, obtendo-se o número de veículos que a frota deverá
conter. Por exemplo: para 20 itinerários, estima-se 20/4 = 5 veículos de coleta.
E deve ser incluída uma reserva de 10% da frota.
Os turnos podem ser de meio dia (12 horas) cada um, com uma carga
de trabalho de 8 horas por turno. Isso permite que reparos e manutenção dos
veículos sejam realizados nas demais horas do turno.

7.2.2. Recursos Humanos

No Brasil, a tendência é adotar grupos de trabalho (guarnições) por


veículo de coleta de 3 a 4 trabalhadores, sendo o mais indicado 3
trabalhadores na coleta e 1 motorista.
Para que a coleta seja equilibrada em quantidade de trabalho, cada
guarnição deve ser alocada para roteiros que exijam um mesmo esforço físico.
Áreas com muito lixo e pequena extensão se equivalem a áreas com pouco lixo
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e grande extensão, sendo considerado o seguinte conceito físico:
Trabalho=Força x Deslocamento. É importante considerar as características
físicas individuais dos componentes das guarnições, para que se busque um
equilíbrio.

7.2.3. Veículos de Coleta

O veículo para a coleta domiciliar, de acordo com o Manual GIRS, deve:

• Não permitir que lixo e/ou chorume sejam derramados nas vias públicas;
ter uma taxa de compactação de no mínimo 3:1, sendo que o volume
dos resíduos será reduzido a um terço (1/3) após a compactação;
• Deverá apresentar uma altura máxima de 1,20 m do solo ao patamar de
carregamento do veículo;
• Permitir que dois recipientes sejam esvaziados simultaneamente, sem
atraso na coleta;
• Preferencialmente ter o local de carregamento na traseira do veículo;
• Ter local seguro e adequado para transporte dos trabalhadores;
• Conseguir descarregar em no máximo 3 minutos, no local de destino;
• Poder carregar no mínimo 1,5 m3 no vestíbulo (compartimento de carga);
• Ser manobrável e com tração suficiente para a topografia local;
• Permitir a descarga (basculamento) de contêineres de vários tipos;
• Não sobrecarregar o chassi do caminhão, distribuindo os resíduos
uniformemente;
• Ter capacidade suficiente para menor número de viagens possível.
Para a escolha do tipo de veículo para a coleta é necessário que se
analise o custo benefício das opções, através do maior número de
características listadas acima e da adequação à realidade do município.
Algumas opções de viaturas são expostas abaixo:

• Baú ou “Prefeitura”: é um coletor sem compactação, com capacidade de


caçamba entre 4 e 12 m3. O chassi pode transportar de 7 a 12 toneladas
de peso bruto total (PBT), que é calculado pela soma dos pesos do
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chassi, da caçamba e da carga. A caçamba é basculada hidraulicamente
para vazar a carga de resíduos. Apesar de demandar menor
investimento, exige maior esforço dos trabalhadores para que os
recipientes sejam erguidos a mais de 2 metros de altura da caçamba.
• Coletores compactadores: é um modelo de compactador que pode
suportar um volume de 6,10, 12, 15 ou 19 m3. O basculamento pode ser
por dispositivo hidráulico e ser independente dos contêineres plásticos
padronizados, sendo que o chassi pode admitir uma carga de 9, 12, 14,
16 e 23 toneladas. São indicados para a coleta domiciliar e podem
transitar por terrenos irregulares.
• Poliguindastes duplos para caixas estacionárias de 5 m2: possui grande
capacidade de transporte, levando duas caixas estacionárias cheias ou,
se necessário, várias caixas compactadoras de 10 a 30 m3 de lixo solto.

7.2.4. Roteiros

O Manual GIRS traz que o planejamento de roteiros deve ser


progressivo, iniciando na área mais distante do local de disposição e se
aproximando dela ao longo do dia, o que diminui as distâncias percorridas e o
tempo despendido.
Para dimensionar os roteiros da coleta regular é preciso ter
conhecimento de quanto de resíduo é produzido por cada gerador: domicílios,
estabelecimentos públicos e pequeno comércio. A obtenção desses números
se dá pelo levantamento dos geradores em bairros de classe econômica alta,
média e baixa. A partir dos dados de projeção populacional calcula-se qual a
quantidade média de lixo gerado por um habitante por dia.
O índice médio de geração per capita diária pode variar entre 0,35 kg e
1,00 kg. Se o índice para o município for de 0,80 kg e a população de 60 mil
habitantes, a quantidade de lixo a ser recolhida em um dia de coleta será:
60.000 hab. x 0,80 kg/hab./dia = 48.000 kg/dia. Esse dado também deve ser
considerado na definição do número de veículos da coleta regular. A
determinação pode ser feita juntamente à caracterização física dos resíduos.

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Caso não seja possível a pesagem dos resíduos pela não
disponibilidade de balanças da Prefeitura, pode-se utilizar para o
redimensionamento de roteiros de coleta o método de “cubagem”, que de
maneira simplificada calcula a massa através dos volumes.
Para realização do cálculo utiliza-se um recipiente padrão (uma
caçamba) de capacidade volumétrica conhecida e transferem-se os resíduos
recolhidos nos pontos de amostragem. O conteúdo da caçamba deve ser
passado para o caminhão coletor e devem ser contadas quantas vezes são
necessárias vara transferir o lixo produzido por uma quadra. Em suma, o
método é a realização de cubagens por quadra, que devem ser realizadas em
dias de grande geração (como segundas ou terças-feiras). Em um mapa com
as quadras, deve ser identificado o número de cubagens realizadas (Figura 49)
e realizar a soma do número de caçambas por quadra, seguindo a ordem
estabelecida no roteiro, até que a carga do veículo esteja completa em cada
viagem de cada turno. Com isso, é possível determinar quantas caçambas por
cada viagem, e quantas viagens as guarnições deverão fazer por turno.
No traçado das rotas dos veículos coletores devem ser evitados trechos
em que não haja coleta e realizar a recolha de cima para baixo em áreas
íngremes, economizando energia e esforço dos trabalhadores. É recomendado
que sejam testados diferentes roteiros e que os tempos sejam comparados,
para buscar maior eficácia na coleta.

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Figura 49 – Método de Cubagem.
Fonte: Manual GIRS.

O traçado de roteiro deve atender a condições como: sentido do tráfego,


evitar manobras à esquerda em vias de sentido duplo, passar duas vezes por
um mesmo trecho, evitar áreas improdutivas. Um método muito utilizado para
definição de itinerários é conhecido como “heurístico”, que inclui as condições
de tráfego e de topografia. Na Figura 50 é apresentado um percurso traçado
com esse método.

Figura 50 – Método heurístico de traçado de itinerários de coleta


Fonte: Manual GIRS.

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Com o tempo, os roteiros precisam ser atualizados e redimensionados
para acompanhar o crescimento do município. O método de
redimensionamento segue as seguintes etapas:

• Divisão do município em subáreas;


• Caracterização de cada roteiro e análise das informações;
• Redimensionar os roteiros buscando a exclusão das horas extras de
trabalho;
• Recalcular a massa recolhida por viagem e a geração de resíduos em
cada área;
• Identificar quais são os trechos para redimensionamento e os dividir em
subáreas com densidades demográficas semelhantes para recalcular os
veículos necessários.

Na sequência é apresentado um exemplo do Manual GIRS para o


redimensionamento.

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Exemplo: Sendo:
I - Centro comercial L = extensão de vias do roteiro (m)
II - Subárea predominantemente residencial C = concentração de lixo (kg/m)
III - Subárea de morros P = peso médio dos roteiros futuros (kg)
Verifica-se que os tempos de trabalho No caso exemplificado, o peso médio
estão elevados, resultando em horas (aproximado) dos roteiros futuros será de
extras. A coleta, nesse caso, é efetuada 15.390 kg.
(por suposição) regularmente. O número de viaturas será de: n° roteiros/4
Supondo que se deseja concluir a coleta = 2,5 viaturas por turno (as mesmas do
em oito horas de trabalho, para evitar horas primeiro turno, ficando uma de reserva).
extras, pode-se efetuar o cálculo dos novos Pode-se empregar então três viaturas no
pesos a serem coletados por jornada de primeiro turno e duas viaturas no segundo
trabalho, estabelecendo que será mantida turno. O tipo e a capacidade das três
a mesma produtividade dos garis. viaturas a serem utilizadas dependerão do
P = kg/h x Tc número de viagens possíveis ao local de
Sendo Tc o tempo escolhido para a jornada disposição final. Se, por exemplo, forem
de trabalho (=7,33 horas, no caso). possíveis duas viagens às segundas e
Portanto: terças, a carga média por viagem será de
P01 = 2.000 x 8 = 16.000kg 15.390/2 = 7.695kg.
P02 = 1.839 x 8 = 14.712kg Supondo que, para a hipotética região
P03 = 1.977 x 8 = 15.816kg considerada, há aumento médio de 20% de
P04 = 2.169 x 8 = 17.352kg lixo no verão (Em dias de chuva o peso do
P05 = 1.851 x 8 = 14.808kg lixo aumenta cerca de 20%. Deve-se ainda
P06 = 2.012 x 8 = 16.096kg considerar a atividade turística, que pode
P07 = 1.667 x 8 = 13.336kg aumentar ou diminuir o lixo produzido.),
P08 = 1.828 x 8 = 14.624kg pode-se avaliar um acréscimo na geração
Peso total = 112.744kg de cerca de 40%. Cada roteiro teria,
Peso médio = 15.343kg portanto, no verão, 15.390 x 1,4/2 =
10.773kg. Se forem utilizados veículos
O peso do lixo a ser coletado é de compactadores com capacidade para 12
15.343kg, restarão para serem coletados: toneladas/viagem, a coleta poderá ser
153.900 - 112.744 = 31.156kg realizada com folga e regularidade.
Considerando que o peso médio dos novos
roteiros será de aproximadamente
15.343kg/roteiro, serão necessários:
31.156kg/15.343kg = 2,03
2,03 novos roteiros, ou, aproximadamente,
dois roteiros a mais, sendo um nas
segundas, quartas e sextas e o outro nas
terças, quintas e sábados.
Como nos itinerários futuros serão 10
roteiros, a média de peso por roteiro
passará a ser:
153.900kg/10 roteiros = 15.390kg/roteiro
futuro
Os roteiros futuros serão desenhados no
mapa considerando as concentrações do
lixo em cada área (expressa em kg/m).
Para isso, multiplicam-se, para cada
itinerário futuro, as extensões de vias pelas
concentrações de lixo, até se obter pesos
aproximados de 15.390kg/roteiro,
aplicando-se a fórmula:
L x C =~ P
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7.2.5. Disposições legais

Na sequência são apresentadas as normas técnicas relacionadas a


coleta e transporte de resíduos.

• ABNT NBR 15292:2013 – Artigos confeccionados — Vestimenta de


segurança de alta visibilidade.
• ABNT NBR 13463 :1995 – Coleta de Resíduos Sólidos.
• ABNT NBR 12980:1993 – Coleta, varrição e acondicionamento de
resíduos sólidos urbanos – Terminologia.
• ABNT NBR 9191:2008 - Sacos plásticos para acondicionamento de lixo -
Requisitos e métodos de ensaio.
• ABNT NBR 7500:2013 Versão Corrigida:2013 – Identificação para o
transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de
produtos.
• ABNT NBR 13221:2010 – Transporte terrestre de resíduos.

7.3. Transbordo

Por conta da instalação de aterros sanitários em áreas distantes dos


centros de coleta, alguns municípios optam pela implantação de estações
intermediárias, chamadas de estações de transferência e transbordo. Elas são
construídas quando a distância entre o centro de coleta e o aterro (destino
final) é maior que 25 km, ou então, em casos de tráfego rodoviário muito
intenso para otimizar o processo de coleta.
Para implantar uma estação de transferência devem ser identificados,
por meio de estudo de viabilidade, benefícios econômicos e de qualidade para
o sistema.
Essas centrais podem ser: com transbordo direto, com armazenamento,
com compactação e sem compactação.

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7.3.1. Veículos para transferência

Segundo o Manual GIRS, os veículos que realizam o transporte do


transbordo ao aterro são maiores que os da coleta porta a porta e devem, no
mínimo, transportar três vezes a carga de um veículo coletor, podendo utilizar
caixas roll-on/roll-off, intercambiáveis, por meio de veículos com carretas ou
guindastes. As carretas devem ser cobertas com tela ou lona plástica para
evitar que o vento derrube resíduos nas vias.

7.4. Triagem para fins de reuso ou reciclagem

7.4.1. Pontos de entrega voluntária (PEV)

A fim de viabilizar e incentivar a participação da população na coleta


seletiva pode ser instalado pontos de entrega voluntária de recicláveis. Duas
sugestões do Manual GIRS para a viabilização da instalação dos pontos são
parcerias com empresas, através de disponibilização publicitária nos pontos e
com indústrias recicladoras que custeariam toda a implantação de PEV.
A Resolução CONAMA nº 275 de 2001 estabelece o código de cores
para os diferentes tipos de resíduos, na coleta seletiva (Figura 51).

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Figura 51 – Código de cores da coleta seletiva.
Fonte: IBAM (2001).

7.4.2. Usina de reciclagem

A Cartilha de Limpeza Urbana do IBAM aborda que a necessidade de


implantação de uma usina de reciclagem deve ser verificada a partir de:

• O composto orgânico pode ser absorvido por um mercado consumidor


que esteja, a no máximo, 200 km;
• Ao menos três tipos de materiais recicláveis devem possuir mercado
consumidor;
• O serviço de coleta é razoavelmente eficaz e regular;
• Existência de área disponível e que abrigue a instalação industrial, a
área de compostagem, o aterro para rejeitos e emergências com o lixo
bruto;
• Recursos financeiros da Prefeitura ou privados;

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• Embasamento tecnológico e funcionários capacitados para implantação,
operação e manutenção da usina.

Os seguintes procedimentos devem ser adotados:

• Análise quantitativa e qualitativa dos resíduos recolhidos;


• Análise de mercado para venda dos produtos recuperados e do
composto orgânico, bem como levantamento de quanto de cada material
será produzido;
• Identificação de catadores, quais são os produtos e quantidades que
eles produzem e como são vendidos;
• Selecionar a área de instalação, considerando que deve suportar todas
as instalações da usina, estar próxima aos centros consumidores, ser de
fácil acesso e possuir infraestrutura para as instalações;
• Seleção da tecnologia mais adequada; quanto maior a mecanização e
automatização maiores os investimentos necessários. No Brasil, é
indicada a separação manual sempre que possível, a fim de gerar
empregos;
• Análise dos custos de instalação e operação e quanto investimento será
necessário;
• Decisão de viabilidade econômica, a partir de: análise da produção
estimada e dos preços dos produtos; dos custos com mão-de-obra,
energia, combustível, transporte, equipamentos, manutenção; redução
dos custos com transporte de lixo bruto e com a operação de aterros,
que receberão menos resíduos.

Em geral, os materiais recuperados são: papel e papelão; plástico duro


(PVC, polietileno de alta densidade, PET); plástico filme (polietileno de baixa
densidade); garrafas inteiras; vidro claro e misto, metal ferroso (latas, chaparia,
etc.); metal não-ferroso (alumínio, cobre, chumbo, autimônio, etc.); composto
orgânico.

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7.5. Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde

A gestão adequada dos resíduos de serviço de saúde segue as etapas


apresentadas na figura abaixo:

Figura 52 – Etapas da gestão dos Resíduos de Serviço de Saúde.


Fonte: Schalch (2012).

Os resíduos gerados por hospitais e outras unidades de saúde, de


acordo com o Guia PNRS, demandam condições especiais e apresentam-se
como ideais os seguintes procedimentos:

• O acondicionamento do lixo, no momento de sua geração, em recipiente


metálico ou de plástico rígido, padronizado, guarnecido por saco plástico
de cor branca leitosa e que atenda as demais especificações da NBR-
9191 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;
• O transporte interno dos resíduos acondicionados deverá ser feito por
meios manuais ou mecânicos, obedecidos os requisitos de segurança

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de forma a não proporcionar o rompimento do acondicionamento e
evitando-se o trânsito por locais de maior potencial de risco;
• A colocação, por funcionário treinado do próprio estabelecimento, dos
sacos plásticos contendo os resíduos dentro de contenedores providos
de tampa, em local na área externa, adequadamente protegido e de fácil
acesso ao pessoal da coleta;
• A remoção e transporte do lixo acondicionado nos sacos plásticos em
veículo coletor específico, fechado e sem compactação, até o local de
disposição final;
• A queima do lixo em incinerador adequadamente projetado, a alta
temperatura e o respeito à legislação ambiental no que se refere à
liberação dos gases da combustão para a atmosfera.

Algumas atitudes mínimas são:

• No interior das unidades de trato de saúde, acondicionar os resíduos


em recipientes metálicos ou de plástico rígido guarnecidos com sacos
plásticos resistentes e bem fechados;
• Transferir os sacos plásticos com lixo para tambores de 200 litros (por
exemplo), providos de tampa fixa por presilhas e alças, a serem
colocados na área externa para a coleta;
• Providenciar nos tambores a inscrição “LIXO HOSPITALAR”, para que
não sejam utilizados para outros fins;
• Fornecer luvas ao pessoal da coleta;
• Transportar o lixo até o destino final dentro dos próprios tambores, o que
permite a utilização de veículo não específico para esta atividade;
• Dispor de recipientes de reserva para troca pelo recipiente cheio por
ocasião da coleta, procedimento similar ao adotado na comercialização
de gás de botijões;
• Dispor os resíduos no aterro.

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É importante ressaltar que para manuseio dos resíduos infectantes é
obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual (EPI): avental e luvas
plásticas, botas de PVC ou sapatos fechados, óculos e máscara.
Os locais para transbordo desses resíduos devem possuir cantos
arredondados para possibilitar uma lavagem mais eficiente do piso e das
paredes.

7.5.1. Frequência e Veículos de Coleta

As normas técnicas vigentes apontam que a coleta desses resíduos


deve ser diária e incluir os domingos.
Os veículos não devem possuir compactação para não romper os
recipientes de acondicionamento e é recomendado que sejam herméticos ou
possuam captação de líquidos que possam ser liberados. Além disso, devem
possuir o basculamento mecânico, para que não haja contato com operadores.
O Manual GIRS apresenta dois modelos de viatura:

• Coletor compactador: como especificado anteriormente, não pode


ocorrer o rompimentos dos recipientes. Para isso o equipamento deve
operar com baixa compactação e possuir carroceria basculante,
podendo ser retangular ou cilíndrica. O basculamento dos contêineres é
na boca de carga, possui reservatório de chorume e é totalmente
estanque. O veículo não gera muitos ruídos, o que auxilia na coleta em
locais como hospitais.
• Furgoneta ou furgão: possui compartimento para carga revestido de fibra
de vidro, que evita o acúmulo de resíduos e facilita a limpeza do veículo,
podendo suportar até 500 kg de carga.

7.5.2. Disposições legais

Na sequência são apresentadas as resoluções e normas técnicas


relacionadas ao gerenciamento de resíduos de serviço de saúde.

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• Resolução SMA nº 31 de 2003 – Dispõe sobre procedimentos para o
gerenciamento e licenciamento ambiental de sistemas de tratamento e
disposição final de resíduos de serviços de saúde humana e animal no
Estado de São Paulo
• Resolução SMA nº 103 de 2012 – Dispõe sobre a fiscalização do
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
• Resolução CONAMA nº 358 de 2005 – Dispõe sobre o tratamento e a
disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras
providências.
• Resolução CONAMA nº 283 de 2001 – Dispõe sobre o tratamento e a
destinação final dos resíduos dos serviços de saúde.
• ANVISA RDC 306 – Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
• ABNT NBR 12807:2013 Resíduos de serviços de saúde – Terminologia.
• ABNT NBR 12808:1993 Resíduos de serviço de saúde – Classificação.
• ABNT NBR 12809:2013 Resíduos de serviços de saúde –
Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde intraestabelecimento.
• ABNT NBR 12810:1993 – Coleta de resíduos de serviços de saúde –
Procedimento.

7.6. Tratamento e Disposição Final

A seguir são apresentados alguns métodos para tratamento e disposição


final de resíduos sólidos urbanos, porém devem ser respeitadas as indicações
legais e normativas para cada tipologia específica.

7.6.1. Compostagem

O Guia PNRS afirma que a implantação de compostagem, assim como


já falado na Usina de Reciclagem, depende de:

• Existência de mercado consumidor e/ou aplicação do composto;

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• Envolver a população para que ocorra a separação dos resíduos
compostáveis;
• Implementar uma coleta específica para esse material;
• Realizar análises físico-químicas para garantir o cumprimento dos
padrões estabelecidos pelas normas de saúde.

Na figura abaixo segue o fluxograma com as etapas ideais para o


processo de compostagem.

Figura 53 – Etapas do processo de compostagem.


Fonte: Schalch (2012).

7.6.2. Tratamento térmico

Conhecido como incineração, esse tratamento consiste na queima de


resíduos em processo de combustão completa, garantindo com as altas
temperaturas o tratamento sanitário dos resíduos. A tecnologia é de alto custo
de implantação e de operação, e algumas de suas principais vantagens
apresentadas pelo Guia PNRS são:

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• diminuição expressiva do volume do resíduo a ser descartado, evitando
a demanda por espaço em aterros sanitários;
• redução dos impactos ambientais em relação aos aterros sanitários, já
que em longo prazo o incinerador não necessita de monitoramentos no
que se refere à poluição de águas subterrâneas;
• desintoxicação de materiais contaminados por vírus, bactérias,
componentes orgânicos e dioxinas;
• recuperação de energia, já que parte da energia consumida pode ser
recuperada na forma de vapor ou eletricidade;
• aplicável para tratamento de resíduos de serviços de saúde, industriais,
de portos e aeroportos e domiciliares.

7.6.3. Autoclavagem

O tratamento de esterilização é feito em uma câmara a vácuo, com


controle de pressão, temperatura e tempo de permanência. É utilizado para
resíduos de serviços de saúde e, de acordo com o Guia PNRS, é uma
tecnologia de operação e manutenção baratas, mas que não reduz o volume
dos resíduos.

7.6.4. Micro-ondas

Nesse tratamento o resíduo de serviços passa por trituramento e depois


por esterilização em forno de micro-ondas, em que a ação ocorre por radiação
e vapor.

7.6.5. Aterro Sanitário

De acordo com o Manual GIRS, um aterro sanitário deve conter:

• Unidades operacionais;
• Células para resíduos domiciliares;
• Células para resíduos de serviço de saúde, caso seja necessário.
• Impermeabilização de fundo;
• Impermeabilização superior (opcional);

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• Sistema de coleta e tratamento de chorume;
• Sistema de coleta e queima de biogás (Pode também ser beneficiado);
• Sistema para drenagem e afastamento de águas pluviais;
• Sistemas de monitoramento ambiental, geotécnico e topográfico;
• Local para estocagem de materiais;
• Unidades de apoio;
• Cerca e barreira vegetal;
• Vias de acesso e para serviços internos;
• Sistema de controle dos resíduos;
• Balança para os veículos;
• Prédio administrativo;
• Guarita para fiscalização de entrada;
• Oficina e borracharia.

7.6.5.1. Projeto Executivo de Aterro Sanitário

O projeto de um aterro sanitário, segundo o Guia PNRS, deve buscar


otimizar a utilização da área e aumentar a vida útil do aterro, e assim garantir
um mínimo de cinco anos de atividade. Deve estar de acordo com a legislação
ambiental e com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT.
A documentação mínima a ser atendida é:

• planta planialtimétrica do aterro • resultados das análises de


em escala 1:5.000, com curvas de qualidade dos corpos d'água do
nível de metro em metro, mostrando entorno, inclusive do lençol freático;
a locação de acessos, platôs, • projeto das vias de acesso e de
edificações e pontos notáveis; serviço, englobando geometria,
• resultados das investigações e movimentação de terra,
ensaios geotécnicos; pavimentação e drenagem;
• projeto das edificações, incluindo o
cálculo das fundações e das
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estruturas, arquitetura, paisagismo e • plano de monitoramento
instalações hidráulicas, elétricas, de ambiental, incluindo o projeto dos
comunicação, especiais e de poços de monitoramento do lençol
segurança; subterrâneo;
• projetos das redes externas de • manual de operação do aterro
abastecimento d'água, esgoto, compreendendo suas atividades
suprimento de energia elétrica e rotineiras de disposição de
drenagem de águas pluviais; resíduos, inclusive a operação da
• projeto geométrico e de estação de tratamento de chorume
terraplanagem do arranjo final do e os cuidados com a manutenção
aterro sanitário, com a planta das da rede de drenagem de águas
etapas anuais do aterro e seções pluviais;
transversais; • memória de cálculo dos estudos
• projeto de coleta e tratamento do de estabilidade do aterro e demais
chorume, envolvendo as camadas construções; das estruturas das
de impermeabilização inferior e edificações; das redes hidráulicas
superior (se houver), rede de de drenagem superficial e profunda;
drenagem de fundo, elevatória e das instalações elétricas e
estação de tratamento; hidráulicas; da rede de captação e
• projeto de drenagem superficial do queima do biogás;
aterro, abrangendo caimentos das dimensionamento das máquinas,
plataformas, tanto para as fases veículos e mão-de-obra a serem
intermediárias do aterro, como para utilizados na operação e
a etapa final, drenagem das bermas manutenção do aterro;
definitivas, rápidos de descidas de • especificações técnicas de todos
água e estruturas de descarga; os equipamentos, serviços e
• plantas com delimitação dos lotes materiais a serem executados e
do aterro sanitário; aplicados na obra;
• plantas do sistema de captação e • plano de encerramento do aterro,
queima do biogás, com respectivos incluindo o plano de monitoramento
cortes e detalhes; ambiental após o término das
operações.

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7.6.5.2. Procedimentos de operação do Aterro Sanitário
Para operação de aterro sanitário devem ser seguidos os seguintes
procedimentos operacionais, descritos no Manual GIRS.

• preparo da frente de trabalho que • após o encerramento da Célula 1,


se compõe de uma praça de executar o dreno de gás;
manobras em pavimento primário, • repetir as mesmas operações de
com dimensões suficientes para o enchimento da célula anterior e
veículo descarregar o lixo e fazer a preparo da célula seguinte até que
manobra de volta; todo o lote 1 seja preenchido;
• enchimento da Célula 1, que • repetir as mesmas operações para
consiste no espalhamento do lixo o enchimento dos lotes 2, 3 e assim
por um trator de esteiras, em sucessivamente até completar todo
camadas de 50cm, seguido da sua o nível inferior;
compactação por, pelo menos, três • proceder ao enchimento da Célula
passadas consecutivas do trator; 1 do nível superior seguindo a
• cobrimento do topo da célula, com mesma sequência de operações
caimento de 2% na direção das utilizada para o nível inferior;
bordas, e dos taludes internos com • quando se estiver aterrando as
a capa provisória de solo, na células do último nível, proceder à
espessura de 20cm; cobertura final da célula encerrada
• cobrimento dos taludes externos com uma capa de argila
com a capa definitiva de argila, na compactada de 50cm de espessura,
espessura de 50cm; dando um caimento de 2% no
• alguns dias antes do sentido das bordas;
encerramento da Célula 1, • repetir a sequência de operações
prolongar a frente de trabalho, com até o enchimento completo de todos
as mesmas dimensões da anterior os lotes em todos os níveis.
para atender à Célula 2;

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7.6.6. Recuperação de Lixões

Os lixões são formas inadequadas e de grande impacto negativo para a


disposição final de resíduos sólidos, e a utilização desse tipo de área não é
permitida por lei, embora a melhor recuperação dos lixões seja a remoção dos
resíduos anteriormente depositados e recuperação da área, o que é
economicamente a solução torna-se inviável. O Manual GIRS apresenta
procedimentos mais simples para recuperação dessas áreas que causam
impacto mesmo depois de desativadas. São eles:

• entrar em contato com • recuperar a área escavada com


funcionários antigos da empresa de solo natural da região;
limpeza urbana para se definir, com • executar valetas retangulares de
a precisão possível, a extensão da pé de talude, escavadas no solo, ao
área que recebeu lixo; longo de todo o perímetro da pilha
• delimitar a área, no campo, de lixo;
cercando-a completamente; • executar um ou mais poços de
• efetuar sondagens a trado para reunião para acumulação do
definir a espessura da camada de chorume coletado pelas valetas;
lixo ao longo da área degradada; • construir poços verticais para
• remover o lixo com espessura drenagem de gás;
menor que um metro, empilhando-o • espalhar uma camada de solo
sobre a zona mais espessa; vegetal, com 60cm de espessura,
• conformar os taludes laterais com sobre a camada de argila;
a declividade de 1:3 (V:H); • promover o plantio de espécies
• conformar o platô superior com nativas de raízes curtas,
declividade mínima de 2%, na preferencialmente gramíneas;
direção das bordas; • aproveitar três furos da sondagem
• proceder à cobertura da pilha de realizada e implantar poços de
lixo exposto com uma camada monitoramento, sendo um a
mínima de 50cm de argila de boa montante do lixão recuperado e dois
qualidade, inclusive nos taludes a jusante.
laterais;
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Porém, a recuperação do lixão não aqueles que foram apagados pelo
se encerra com a execução dessas vento ou pelas chuvas; e a
obras. O chorume acumulado nos qualidade da água subterrânea
poços de reunião deve ser deve ser controlada através dos
recirculado para dentro da massa poços de monitoramento
de lixo periodicamente, através do implantados, assim como as águas
uso de aspersores (similares aos superficiais dos corpos hídricos
utilizados para irrigar gramados) ou próximos.
de leitos de infiltração; os poços de
gás devem ser vistoriados
periodicamente, acendendo-se

Em conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos lixões e


aterros controlados deverão ser encerrados até agosto de 2014.

7.6.7. Disposições legais

Na sequência são apresentadas as resoluções e normas técnicas


relacionadas ao tratamento e disposição final de resíduos.

• Resolução CONAMA n° 316/02 – Dispõe sobre procedimentos e critérios


para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos.
• Resolução CONAMA n° 264/99 – Licenciamento de fornos rotativos de
produção de clínquer para atividades de co-processamento de resíduos.
• Resolução CONAMA n° 006/1991 – Dispõe sobre o tratamento de
resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos de saúde, portos e
aeroportos.
• ABNT NBR 13591:1996 – Compostagem – Terminologia.
• ABNT NBR 8419:1992 Versão Corrigida:1996 – Apresentação de
projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos –
Procedimento.

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• ABNT NBR 15849:2010 Resíduos sólidos urbanos – Aterros sanitários
de pequeno porte – Diretrizes para localização, projeto, implantação,
operação e encerramento.
• ABNT NBR 13896:1997 Aterros de resíduos não perigosos – Critérios
para Projeto, Implantação e Operação – Procedimento.
• ABNT NBR 11175:1990 – Incineração de resíduos sólidos perigosos -
padrões de desempenho – Procedimento.

7.7. Limpeza de vias e logradouros públicos

7.7.1. Varrição Manual

Para realizar análise e atualização do sistema de varrição manual do


município o primeiro passo é conhecer como funciona o plano atual de
varrição. É preciso identificar quais roteiros são executados, as extensões em
metros lineares de sarjeta e passeio e as guarnições responsáveis.
A avaliação da qualidade do serviço prestado é muito dependente do
julgamento dos responsáveis pela limpeza urbana, que se baseiam nas
reclamações e sugestões recebidas da população. Algumas ações como
pesquisa de opinião, matérias de meios de comunicação e análise de
reclamações recebidas podem tornar o processo mais dinâmico e eficiente.
Também deve ser estabelecida a frequência mínima de varrição para manter a
qualidade estabelecida para o serviço.
A produtividade do serviço de varrição é medida por meio da medição
referente a quantos metros de sarjeta e passeios podem ser varridos por um
trabalhador em cada turno. O índice é utilizado para replanejamento de roteiros
e determinado por meio de trabalhadores com rendimento médio, identificando
quanto é possível varrer em cada tipo de logradouro em um período
aproximado de 15 dias. São utilizadas as médias e descartados os números
inconsistentes.
Um elemento de comparação da qualidade do serviço é o registro de
imagens dos logradouros, que devem permanecer limpos e que são prioridade
na opinião da população e dos visitantes quanto à limpeza da cidade.

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Para traçar um novo plano de varrição, as informações citadas
anteriormente serão utilizadas e após sua implementação deve ser avaliado o
novo estado de limpeza e a opinião da população, e realizar alterações que
sejam consideradas necessárias.
O Manual GIRS, que discorre sobre o assunto, também recomenda a
alocação de 1 trabalhador por itinerário e no máximo 3 por roteiro. Sendo que 1
trabalhador varre em média 2 km em cada turno, e tem as seguintes
atribuições:

• Recolher lixo domiciliar espalhado na rua (não acondicionado);


• Efetuar a varrição do passeio e da sarjeta no roteiro determinado;
• Esvaziar as caixas coletoras de papéis (papeleiras);
• Arrancar o mato da sarjeta e ao redor das árvores e postes (uma vez
cada 15 dias);
• Limpar os ralos do roteiro.

O transporte dos resíduos recolhidos pode ser feito em carrinhos


revestidos internamente com sacos plásticos ou em contêineres
intercambiáveis e carrinhos de mão, quando necessário. A partir disso, os
caminhões coletores compactadores podem remover os sacos plásticos e
receberem a descarga dos contêineres.

7.7.2. Varrição Mecanizada

Esse tipo de varrição é realizada em vias pavimentadas, por


equipamento específico, em conjunto com trabalhadores que removem
resíduos volumosos e obstáculos que possam atrapalhar o equipamento.
Segundo descrito no Plano de Divinópolis, a equipe de limpeza deve conter, no
mínimo, um operador para a varredeira mecânica e um coletor.
O Manual GIRS ressalta que equipamentos de grande porte só podem
varrer sarjetas e devem ser aplicados em locais de alto fluxo de veículos e
baixa presença de pedestres. Apresenta, ainda, alguns modelos de
varredeiras:

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• Minivarredeira: equipamento moderno autopropelido, que possui duas
vassoras frontais, realiza aspiração e utiliza aspersores para minimizar a
poeira gerada.
• Varredeira mecânica: é utilizado em vias de alta velocidade,
resguardando os varredores de riscos de atropelamento. Possui três
vassouras, sendo uma central e duas frontais, autopropelido e sem
aspiração, com recipiente de 2,3 m3 e dotado de aspersores para poeira.
• Varredeira mecânica sobre chassi: é autopropelido, possui uma
capacidade maior que os anteriores – 6 m3, o processo de aspiração
ocorre por meio de ventoinha e motor auxiliar, sendo que as duas
vassouras trabalham com motor hidráulico e ficam localizadas na lateral
e no centro da máquina. Para controlar a poeira, o equipamento possui
aspersores, além de ser suportado por um chassi com capacidade para
14 toneladas de PBT.
• Varredeira mecânica de grande porte: também autopropelida, com duas
vassouras laterais e uma central, com aspiração e aspersão. O
recipiente tem capacidade para 2,5 m3 de resíduos e pode ser
despejado diretamente na carroceria do caminhão basculante, não
sendo necessário levar a varredeira para a área de transbordo. É muito
utilizado na varrição de túneis, viadutos e vias extensas e de alto fluxo.
• Minivácuo: apelidado de “elefantinho” é um aspirador de pequenos
detritos manejado pelo operador e utilizado em limpeza de calçadas,
parques e ciclovias.

7.7.3. Poda e Capina

O fluxograma de gerenciamento dos resíduos de poda e capina é


apresentado na Figura 54.

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Figura 54 – Etapas da gestão dos resíduos de poda e capina.
Fonte: Schalch (2012).

O método para a capina depende das características do município e da


mão-de-obra disponível. Se opção a ser utilizada alocar os mesmos
trabalhadores do serviço de varrição não poderá ser considerada uma
frequência definida, no entanto, para cidades com características que exijam
uma limpeza mais frequente, é preciso uma equipe de trabalho apenas para
esses serviços.
Quanto aos utensílios empregados, a operação pode ser manual,
mecânica ou química. A capina química, de acordo com a Cartilha de Limpeza
Urbana, deve seguir as seguintes regras:

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- de preferência não aplicar quando - usar equipamento de proteção
estiver ventando; individual (calça e luvas compridas,
- se estiver ventando, aplicar botas, óculos ou máscaras, boné);
andando contra o vento e de costas - não comer e não fumar durante o
para ele; trabalho;
- não aplicar em ladeiras; - tomar banho de chuveiro com
- não aplicar próximo das raízes das sabonete após a aplicação;
árvores, respeitando uma distância - trocar a roupa de aplicação
correspondente à projeção da copa diariamente e lavar a roupa usada
da árvore somada a um anel de com água e sabão;
10m; - observar rigorosamente o plano de
operações.

A seguir são listados equipamentos manuais e mecânicos utilizados


nessas atividades, bem com suas indicações de uso e especificações
necessários, conforme o Manual GIRS:

• Foice do tipo roçadeira ou gavião: utilizadas para corte de capim e mato


altos, galhos e também para mato e ervas daninhas, porém sem grande
produtividade.
• Alfanje: utensílio usado para roçar a grama e para corte de mato e ervas
daninhas, mas assim como a foice, não apresenta alta produtividade
nessa função.
• Ceifadeira mecânica portátil: equipamento carregado nas costas de
operadores e indicados para corte de vegetação em terrenos
acidentados e de difícil acesso para máquinas maiores. O rendimento
aproximado é de 800 m2 por máquina em um dia.
• Ceifadeira acoplada a trator: utilizada em terreno relativamente plano,
uma ceifadeira tem um rendimento de 2.000 a 3.000 m2 de vegetação
cortada em um dia. Algumas ceifadeiras possuem braços articulados e

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podem ser acopladas na lateral de tratores agrícolas para a limpeza de
acostamentos de estradas.
• Vassoura de aço ou ancinho: utensílio utilizado para reunir o mato e
outros resíduos para que sejam recolhidos. Ainda para essa finalidade e
para remoção dos resíduos devem ser utilizados forcados de 4 a 10
dentes e vassouras de mato.
• Roçadeira: é um equipamento movido a gasolina, com cabo flexível para
transmissão ao cabeçote de corte, que pode ser feito de diferentes
meios de acordo com a vegetação. Em lugares com vegetação leve,
grama e áreas de arremate é indicado o fio de nylon para o corte, já para
arbustos de pequeno porte, são usados o disco serrilhado ou a lâmina. A
roçadeira tem vida útil de apenas 2 mil horas e após isso a manutenção
é de alto custo. É recomendado que a área de corte seja isolada para
evitar acidentes com o lançamento de objetos pela alta rotação.
• Motoserra: esse equipamento movido a gasolina de dois tempos é muito
utilizado em épocas chuvosas ou de ventanias, para evitar acidentes,
pois é direcionado para o corte ou pode de árvores e grandes galhadas.
• Braço roçador: é uma máquina hidráulica acoplada a um trator agrícola
de porte médio, que é provida por rodas e por uma roçadeira, na
extremidade, que com eixo giratório de facas que executa a limpeza de
acostamento de estradas, taludes e outras áreas lineares de grande
extensão.
• Microtrator aparador de grama: equipamento pequeno com uma lâmina
central e sobre rodas. É uma opção mais segura por não lançar objetos
e é utilizado em áreas gramadas regulares e planas, porém não faz
arremate.
• Roçadeira rebocada: é indicado para áreas planas, deve ser rebocado
por um trator agrícola e possui uma largura de corte de 1,20 m. Com
esse equipamento também não há o risco do lançamento do material
roçado nas proximidades da atividade.
• Triturador de galhos estacionário ou rebocado: é movido a diesel e
indicado para locais de alta concentração de áreas verdes e com grande
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frequência de poda. O material colocado no triturador é picado e depois
segue por um tubo para uma carroceria de caminhão basculante ou
contêiner.

7.7.4. Limpeza de bocas-de-lobo ou caixas de ralo

Esse tipo de limpeza deve ser realizada junto à varrição e é comum que
os varredores fiquem responsáveis também por essa função. A atividade deve
ser realizada para que ocorra o escoamento das águas pluviais e que o
material sólido não seja levado para ramais e galerias. Conforme a Cartilha de
Limpeza Urbana, o sistema de limpeza manual é mais utilizado com o uso de
utensílios como enxada, chave de ralo e pá. Apenas para cidades grandes é
recomendado o uso de máquinas para a desobstrução, devido ao elevado
investimento requerido.

7.7.5. Limpeza de feiras

É recomendado pelo Manual GIRS que as feiras sejam mantidas limpas


durante toda a execução. Para feiras com no máximo 300 barracas é preciso
que no mínimo 2 trabalhadores façam a recolha dos resíduos, utilizando
lutocares revestidos com sacos plásticos, que podem ser armazenados
temporariamente em local próximo à feira. E para recolha de resíduos de venda
de peixes, aves e suínos, devem ser disponibilizados contêineres plásticos de
240 litros, com rodas e tampas.

7.7.6. Veículos de Transporte e Coleta

Para transporte dos resíduos de limpeza pública podem ser utilizados


contêineres intercambiáveis ou carrinhos com sacos plásticos. E quando
necessário, pela declividade alta, são utilizados os chamados carrinhos de
mão.
O Manual GIRS traz os seguintes modelos para coleta desses resíduos:

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• “Lutocar”: carrinho de aço com condução manual. Possui cavidade
superior para saco plástico e é utilizado para coleta de resíduos de
varredura, limpeza de ralo, entre outros.
• Poliguindaste: é um guindaste hidráulico que pode carregar no mínimo 7
toneladas, com chassi de PBT mínimo de 13,5 toneladas e é destinado a
içar e carregar caixa “Brooks” de resíduos. Pode ser para transporte de
uma ou duas caixas simultaneamente, conhecido como “canguru” e
carrega contêineres ou caçambas de até 5 m3. Sua produtividade é
maior para curtas distâncias.
• Caminhão basculante “toco”: recebe o apelido por possuir apenas dois
eixos e é utilizado para remoção de entulho, terra e resíduos públicos.
Sua caçamba comporta de 5 a 8 m3 e o chassi deve suportar de 12 a 16
toneladas de PBT.
• Caminhão basculante trucado: é considerado longo, com três eixos,
remove resíduos públicos, entulho e terra. Apresenta uma capacidade
de caçamba de 12 m3 e o chassi para PBT de 23 toneladas. Com o
intuito de reduzir o esforço dos trabalhadores e aumentar a
produtividade, o carregamento é realizado por uma pá carregadeira.
• Roll-on/ roll-off: os contêineres estacionários do coletor possuem
capacidade de 10 a 30 m3, quando não tem compactação, e de 15 m3
com compactação. O equipamento utilizado para coleta de resíduos
industriais, públicos e domiciliares possui dois elevadores para bascular
contêineres plásticos com volume de 120, 240 e 360 litros e deve ser
montado sobre chassi trucado para 23 toneladas de PBT. Uma viatura
desse modelo pode operar com 6 contêineres estacionários e, assim,
aumentar a produtividade do serviço.
• Carreta:é um veículo de semirreboque, pois há necessidade de apoio
frontal em outro veículo rebocador (4x2), denominado cavalo mecânico e
com tração de 45 toneladas. Esse é um equipamento basculante que
carrega até 25 m3 de entulho. O basculamento da caçamba é utilizado
na descarga e a carga é realizada por pá carregadeira. A cobertura da

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caçamba deve ser feita com uma tela ou lona plástica, para que os
detritos não sejam dispersos.
• Pá carregadeira: já citado anteriormente, esse trator escavo-carregador
é utilizado para encher caminhões e amontoar terra, entulho, lama e lixo.
As máquinas que operam em vias públicas tem caçamba de 1,5 m3 e as
que fazem carregamento de carretas devem possuir capacidade de
caçamba de 3 m3, por conta da maior altura de carregamento e do
aumento da produtividade.

7.7.7. Medidas para reduzir o lixo público

Algumas medidas para reduzir os resíduos em logradouros públicos


apresentadas pelo Manual GIRS são:

• pavimentação lisa e com declividade adequada nos leitos das ruas, nas
sarjetas e nos passeios;
• dimensionamento e manutenção corretos do sistema de drenagem de
águas pluviais;
• arborização com espécies que não percam folhas em grandes
quantidades, várias vezes por ano;
• colocação de papeleiras nas vias com maior movimento de pedestres,
nas esquinas, pontos de ônibus e em frente a bares, lanchonetes e
supermercados;
• varredura regular e remoção dos pontos de acúmulo de resíduos ("lixo
atrai lixo", enquanto "limpeza promove limpeza");
• campanhas de motivação da cidadania, em relação à manutenção da
limpeza;
• sanções para os cidadãos que desobedecem as posturas relativas à
limpeza urbana.
É importante a fiscalização para que resíduos de estabelecimentos
comerciais não sejam varridos para os logradouros públicos. Multas devem ser
aplicadas caso isso ocorra.

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7.7.8. Disposições legais

Na sequência são apresentadas as normas técnicas relacionadas a


limpeza de vias e logradouros.

• ABNT NBR 15292:2013 – Artigos confeccionados — Vestimenta de


segurança de alta visibilidade.
• ABNT NBR 12980:1993 – Coleta, varrição e acondicionamento de
resíduos sólidos urbanos – Terminologia.

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8. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – PROPOSIÇÕES

8.1. Planejamento Estratégico dos Setores de Saneamento Básico

A estruturação e a operacionalização dos serviços públicos de


saneamento básico dos municípios brasileiros que, como se sabe, abrangem
os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, a
drenagem urbana e o sistema de limpeza pública e de manejo de resíduos
sólidos, impõem-se como um importante desafio aos gestores públicos.
Por se tratarem de serviços que possuem natureza essencial e que,
como tais, devem ser fornecidos basicamente como direitos dos cidadãos,
buscou-se neste PISB formular as proposições através de ferramentas
normativas, organizacionais e de planejamento.
Para enfrentar os problemas vigentes, o administrador terá de lidar com
dificuldades institucionais e financeiras, na medida em que as ações requeridas
exigem forte cooperação entre os diversos setores públicos, e destes com a
sociedade civil, como também, em muitos casos, com agentes privados.
Para alcançar os objetivos gerais indicados pela Lei de Saneamento
Básico e tomando como base as constatações dos diagnósticos de cada um
dos setores, foram estabelecidos objetivos específicos e a partir destes foram
estabelecidas metas para seu alcance e propostos programas e ações
considerando um horizonte de planejamento de 20 anos.
Esclarece-se que é importante que o Plano Integrado de Saneamento
Básico (PISB) de Catanduva esteja instituído como Lei Municipal para que este
possa ser utilizado como o principal instrumento de captação de recursos para
estudos e projetos integrantes do sistema de saneamento básico municipal,
junto aos órgãos financiadores do Governo Federal.
Por si só, o estabelecimento de programas e ações que melhorem o
funcionamento operacional e gerencial de cada um dos setores já pode ser
considerado um avanço. Esta clareza inicial, entretanto, poderá se tornar
inócua caso não venha acompanhada de mecanismos institucionais que sejam
capazes de garantir a adequação normativa e regularização legal dos sistemas.

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O primeiro componente desta estrutura institucional já foi definido pelos
gestores. Trata-se da implementação do Conselho Municipal do Plano de
Saneamento Integrado (CMPSI), órgão consultivo em matéria de natureza
política de saneamento, meio ambiente e saúde, composto por representantes
do Poder Público e da Sociedade Civil. O CMPSI deverá ser instituído por lei
municipal.

8.2. Metodologia de Planejamento através da Construção de Cenários

A construção de cenários para o planejamento estratégico da política


municipal de saneamento básico de Catanduva é realizada com um intuito
principal: o de se obter uma ferramenta eficiente para que os processos de
tomada de decisão considerem condições realísticas em relação aos
ambientes institucional, administrativo, tecnológico, operacional e
socioeconômico que permeiam o município no momento atual.
A formulação dos cenários possibilita, ainda, a integração das ações dos
diferentes agentes e instituições envolvidos no processo, o que facilitará o
atendimento de demandas financeiras, ambientais, sociais e tecnológicas.
A adoção de cenários serve, enfim, ao delineamento de percepções
sobre como poderia se dar a evolução de uma situação presente até uma
situação futura, o que permite levantar a possibilidade de crises e apontar as
principais oportunidades e ameaças, com maior prontidão. Os cenários
subsidiarão assim, a configuração de um planejamento mais realista para a
constituição de um sistema de saneamento básico duradouro e consistente.
Para evitar erros de interpretação esclarece-se que os cenários não
devem ser vistos como previsões, mas como imagens alternativas do futuro,
subsidiadas com critérios técnicos e legais assim como com as especificidades
locais e com contribuições da comunidade.
O instrumento de planejamento estratégico utilizado como referência
principal para embasar a construção dos cenários futuros do setor de
saneamento básico de Catanduva foi a Análise SWOT, que forneceu uma base
teórica e fundamentos metodológicos práticos importantes.

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A Análise SWOT ou Análise PFOA (Potencialidades, Fraquezas,
Oportunidades e Ameaças) é uma ferramenta utilizada para a configuração de
cenários (ou análise de um ambiente), concebida para subsidiar planejamento
estratégico de corporações ou empresas, mas, devido à sua simplicidade,
passou a ser utilizada para qualquer tipo de configuração de cenários. Trata-se
de um sistema que busca posicionar estrategicamente um setor (setor de
saneamento básico) num ambiente social, institucional, administrativo e
operacional (um município).
O método SWOT apresenta as seguintes definições:

• Forças ou Pontos fortes: são as variáveis internas e controláveis


que propiciam condições favoráveis aos setores de saneamento
em relação ao seu ambiente. São características ou qualidades
que podem colaborar positivamente no desempenho do setor.
• Fraquezas ou Pontos fracos: são consideradas deficiências
internas aos setores de saneamento que inibem a capacidade de
desempenho dos mesmos. As fraquezas devem ser superadas
para evitar a ineficiência do sistema.
• Oportunidades: são variáveis contextuais ou circunstâncias e
características do ambiente externo que possam ter impacto sobre
os setores de saneamento de forma que proporcionem uma certa
facilitação para a concretização dos objetivos estratégicos
estabelecidos.
• Ameaças: são variáveis, circunstâncias ou características do
ambiente externo que possam ter impactos negativos sobre o
desenvolvimento das metas e objetivos estabelecidos.

As constatações efetuadas a partir da Análise SWOT possibilitam a


elaboração de cenários alternativos, sugeridos pelo “Guia para Elaboração de
Planos Municipais de Saneamento” do Governo Federal (Secretaria Nacional
de Saneamento Ambiental – SNSA/Ministério das Cidades, Fundação Nacional
de Saúde – FUNASA/Ministério da Saúde, 2006).
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Os cenários construídos para possibilitar a visualização do saneamento
básico em Catanduva, no futuro, foram os seguintes:

- Um cenário previsível, com os diversos atores setoriais agindo


isoladamente e sem a implantação do plano de saneamento e;
- Um cenário normativo, com o plano de saneamento funcionando
como instrumento indutor de ações planejadas e integradas.

A partir dos cenários prontos, a avaliação estratégica deve seguir as


seguintes etapas:

1. Apontar os objetivos fundamentados no cenário normativo


(possível e planejado, adotando-se as ações do PISB);
2. Estabelecer metas, programas e ações visando o alcance dos
objetivos;
3. Estabelecer uma hierarquização na implementação das ações
previstas no PISB; e
4. Reiniciar o processo quantas vezes forem necessárias
(minimamente por ocasião das revisões do PISB).

8.3. Planejamento Estratégico do Sistema de Saneamento Básico em


Catanduva

8.3.1. Análise SWOT e Cenários para o Sistema Municipal de


Saneamento Básico

O planejamento estratégico para o sistema de saneamento básico de


Catanduva foi feito com a aplicação da metodologia apresentada no item
anterior.
A análise SWOT, realizada conforme mencionado, permitiu a avaliação
das forças e fraquezas, oportunidades e ameaças atuantes sobre o sistema de
saneamento básico de Catanduva considerado como um todo e sobre os
subsistemas nele inseridos, quais sejam: sistema de abastecimento de água,

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sistema de esgotamento sanitário, sistema de drenagem urbana e manejo de
águas pluviais e sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
A consideração dos sistemas através das variáveis adotadas (forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças) possibilitou certa redução de incertezas
auxiliando no processo de configuração de cenários alternativos para o futuro
destes sistemas.
As oportunidades e os pontos fortes são os atributos que ajudam a
atingir os objetivos; as ameaças e os pontos fracos são os fatores que podem
impedir a concretização dos objetivos, sendo, por isso, necessário superá-los.
No cerne do PISB de Catanduva, a Análise SWOT correspondeu à
identificação, tanto na organização atual do sistema municipal de saneamento
como nos quatro setores do saneamento em separado, dos principais aspectos
que caracterizam a sua posição estratégica num determinado momento, tanto
em nível interno ao setor quanto externo a este.
Após o estabelecimento dos componentes da Matriz SWOT para o
sistema de saneamento básico em geral e para os setores do saneamento, em
específico, foram feitas avaliações de alguns cruzamentos das variáveis que
compõem a matriz SWOT, a saber, forças/oportunidades e fraquezas/ameaças,
para subsidiar a configuração dos cenários. A consideração de algumas
combinações serviu para que o sistema de saneamento básico fosse pensado
de forma a aproveitar as oportunidades externas para otimizar suas forças
internas e para estabelecer estratégias de minimização ou eliminação de suas
fragilidades internas ao mesmo tempo em estabelece estratégias de defesa
contra ameaças externas.
Com as informações obtidas por meio da Análise SWOT foi possível
elaborar os dois cenários anteriormente mencionados, quais sejam: (i) o
cenário previsível, com os diversos atores setoriais agindo isoladamente,
considerando suas forças e fraquezas, embora sem a implantação do plano de
saneamento e; (ii) um cenário normativo, com os setores agindo
articuladamente, embasados pelo plano municipal de saneamento básico
como instrumento indutor de ações planejadas e integradas.

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Os cenários foram construídos para um horizonte de 20 anos, levando-
se em consideração a manutenção da situação atual, considerando seus
pontos positivos e negativos (Cenário Previsível) e uma situação realista que é
possível de ocorrer chegando a uma integração dos setores de saneamento,
levando-se em conta a adoção das proposições apresentadas no PISB
(Cenário Normativo).
Assim, foram efetuadas análises SWOT para o sistema de saneamento
como um todo, considerando todos os setores que o compõem e também
foram feitas análises SWOT específicas para cada eixo ou setor componente
do saneamento básico municipal. Depois de realizadas as análises SWOT
pode-se configurar cenários específicos e normativos para o sistema como um
todo, assim como cenários específicos e normativos para cada setor de
serviços considerado (água, esgoto, drenagem e resíduos).
Neste volume apresenta-se o planejamento estratégico para o sistema
geral de saneamento básico do município de Catanduva e para o sistema de
resíduos sólidos, especificamente.
O Quadro 46 representa a Matriz SWOT configurada para o sistema
municipal de saneamento básico de Catanduva.

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Quadro 46 – Matriz para a análise SWOT do sistema de Saneamento Básico Municipal (SBM) considerando os 4 eixos ou setores.
PONTOS POSITIVOS ITENS DE REFLEXÃO PONTOS NEGATIVOS
FORÇAS FRAQUEZAS
1. Atendimento da demanda 1. Atendimento da demanda 1. Atendimento da demanda
- Há recursos sendo aplicados atualmente para atendimento dos serviços - As demandas dos 4 setores não estão supridas atualmente.
aumentar o atendimento das demandas dos 4 setores. 2. Perfil institucional 2. Perfil Institucional
2. Perfil institucional 3. Articulação dos eixos do SBM entre - Os serviços relacionados à drenagem urbana e à limpeza e manejo de resíduos
- Os setores de água e esgoto são administrados pelo si e com outros serviços públicos sólidos em Catanduva não estão organizados de forma a serem gerenciados como
sistema de concessão, o que lhes confere um 4. Sistematização dos procedimentos subsistemas integrados dotados de processos e atribuições específicas.
arcabouço organizacional mais eficiente que os operacionais e administrativos - Ausência de regulação quanto ao cumprimento das responsabilidades
setores de drenagem e resíduos cujas atribuições são 5. Legislação e normatização dos predeterminadas dos 4 eixos do SBM.
diluídas nas diversas competências da administração setores - Ausência de mecanismos de definição prévia sobre a real disponibilidade de
pública municipal. recursos com os quais cada setor ou eixo poderá contar.
6. Ocupação atual do espaço urbano
- A administração municipal tem sido competente e 3. Articulação dos eixos do SBM entre si e com outros serviços públicos.
articulada para viabilizar o estabelecimento de 7. Desempenho ambiental dos setores
- Os eixos do saneamento básico não apresentam instrumentos ou mecanismos
programas e convênios com entidades financiadoras 8. Controle e mobilização social
Ambiente que propiciem uma efetiva articulação entre eles.
como o BNDES e o Banco Mundial, p. ex., o que é
Interno positivo para as demandas dos setores. 4. Sistematização dos procedimentos operacionais
5. Legislação e normatização dos setores - Ausência de procedimentos sistematizados para a coleta de dados em diversos
processos administrativos e operacionais.
- A Política Nacional de Saneamento Básico é um
importante instrumento norteador para a adequação 5. Legislação e normatização dos setores:
específica dos 4 eixos ou setores do Saneamento - Ausência instrumentos legais ou normativos que definam as responsabilidades
Básico Municipal. específicas dos setores de drenagem e resíduos sólidos.
- Ausência fiscalização para garantir o cumprimento de leis e normas já
regulamentadas (ocupação em APP, índice de impermeabilização de lotes,
implantação de dispositivos de uso de águas de chuva, etc.).
7. Desempenho ambiental dos setores:
- Os serviços de saneamento básico não atendem a 100% dos requisitos apontados
pela legislação ambiental.
8. Controle e mobilização social:
- Os canais de controle da qualidade dos serviços pela população precisam
melhorar em diversos aspectos.

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PONTOS POSITIVOS ITENS DE REFLEXÃO PONTOS NEGATIVOS
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
2. Perfil institucional: 1. Atendimento da demanda 2. Perfil institucional:
- O Governo Federal tem oferecido recursos atendimento dos serviços - A ausência de fiscalização para controlar o cumprimento da legislação que incide
financeiros para suprir as demandas do saneamento 2. Perfil institucional sobre o setor, principalmente nos âmbitos estadual e federal (Código Florestal, Lei
básico municipal. 3. Articulação dos eixos do SBM entre de Saneamento Básico, Resoluções Conama relacionadas à qualidade das águas,
3. Articulação entre o SBM e outros serviços públicos: si e com outros serviços públicos Portaria DAEE relacionada à outorga de uso dos recursos hídricos, etc.) afeta o
bom desenvolvimento do sistema de saneamento básico municipal.
- Há no município diversos programas de Educação 4. Sistematização dos procedimentos
Ambiental que já estão implementados e que operacionais e administrativos - Controvérsias político- partidárias existentes no município podem representar
abrangem questões ligadas ao SBM. Talvez se possa atrasos na aprovação do PISB pela câmara dos vereadores.
5. Legislação e normatização dos
apenas adequá-los em relação às proposições do setores 6. Ocupação atual do espaço urbano:
PISB. - Ainda ocorrem ocupações irregulares na cidade, o que resulta em diversos
6. Ocupação atual do espaço urbano
5. Legislação e normatização dos setores: problemas ligados aos setores do SBM.
7. Desempenho ambiental dos setores
- As recomendações do Plano Diretor Participativo
8. Controle e mobilização social
fortalecem os setores de saneamento dentro do
contexto geral da administração pública municipal.

Ambiente - As recomendações do Plano de Bacias Hidrográficas


Externo representam oportunidades para a resolução dos
problemas de forma consorciada.
6. Ocupação do espaço urbano
- O Programa de Desenvolvimento Urbano em
andamento representa importante norteador para
disciplinar a ocupação do espaço urbano,
principalmente às margens dos rios que cortam a
cidade.
7. Desempenho ambiental dos setores:
- A disponibilidade de recursos hídricos no município
para usos como: (i) captação de águas subterrâneas e
(ii) lançamento de efluentes tratados em cursos
superficiais facilitam os setores na questão da
preservação da poluição.
8. Controle e mobilização social
- A administração pública tem oferecido oportunidades
de participação social através da realização de
audiências públicas e pesquisas de percepção sobre a
qualidade dos serviços pela população.

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A partir da avaliação dos aspectos apresentados no Quadro 46, que
indica os pontos positivos potencialmente atuantes em melhorias no sistema de
saneamento básico municipal e os pontos negativos que podem atrasar ou
impedir o estabelecimento de tais melhorias, pode-se traçar imagens
alternativas do futuro ou, em outras palavras, construir cenários para o sistema
de saneamento básico de Catanduva, conforme a metodologia mencionada
anteriormente, ou seja, um cenário previsível e um cenário normativo.
Como dito, o Cenário Previsível considera os setores de saneamento
agindo isoladamente, considerando suas forças e fraquezas, sem a
implantação do plano de saneamento.
Já o Cenário Normativo considera os setores agindo articuladamente,
embasados pelo plano municipal de saneamento básico como instrumento
indutor de ações planejadas e integradas.
O Quadro 47 apresenta estes dois cenários.

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Quadro 47 – Cenários previsível e normativo configurados para o Sistema de
Saneamento Básico de Catanduva.
Cenário Previsível Cenário Normativo
Serviços de saneamento básico ainda não Serviços de saneamento básico acompanham
conseguem acompanhar a demanda, a demanda urbana e apresentam evolução no
embora responda melhor pela demanda acompanhamento da demanda rural.
urbana que à rural.

O saneamento básico municipal ainda O saneamento básico municipal apresenta uma


precisa de uma reestruturação institucional, estrutura institucional que define atribuições,
ou seja, definir atribuições, competências e competências e responsabilidades capazes de
responsabilidades no que se refere a suprir suas demandas operacionais e
aspectos operacionais e gerenciais. gerenciais.

Embora haja alguns mecanismos que Os mecanismos que propiciam a articulação


propiciam a articulação dos 4 eixos do dos 4 eixos (fundamentalmente, o banco de
saneamento básico, estes ainda não são dados) são sistematicamente atualizados e
utilizados pelos responsáveis dos setores utilizados nos processos de tomada de decisão
nas tomadas de decisão pelos prestadores dos serviços.

A regulação é efetuada para a gestão Os 4 setores apresentam entidades


financeira dos 4 setores, porém ainda é responsáveis pela regulação de seus
deficitária quanto à gestão operacional dos procedimentos gerenciais e operacionais.
mesmos.

Os serviços de saneamento básico só Os serviços de saneamento básico atendem


atendem aos requisitos apontados pela aos requisitos apontados pela legislação
legislação ambiental quanto é obrigado pela ambiental mesmo sem ter sido autuado pela
agência ambiental reguladora, que, por sua agência reguladora.
vez, apresenta falhas na fiscalização.

O controle social e a participação da O controle social e a participação da população


população na construção da política na construção da política municipal de
municipal de saneamento básico são saneamento básico são conseguidos, tanto
conseguidos, fundamentalmente, através da através da representação de entidades
representação de entidades constituídas e constituídas como também da participação
não diretamente pela população. direta da população em eventos públicos,
pesquisas de opinião e através da utilização de
canais de comunicação instituídos para
viabilizar o controle da qualidade dos serviços.

A construção dos cenários futuros para o setor de Saneamento Básico


possibilitou à equipe conhecer, com certo nível de abstração, possíveis
situações a serem vivenciadas pelo município, sendo que o Cenário Normativo
foi utilizado como referência para o estabelecimento dos objetivos e metas e
para a proposição de programas e ações no âmbito do Plano Integrado de
Saneamento Básico (PISB).
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8.3.2. Objetivos gerais e específicos estabelecidos para o
saneamento básico municipal

Os objetivos, programas, metas e ações, apresentados neste capítulo,


foram propostos com base nos diagnósticos e no cenário de referência
escolhido pela equipe técnica como o mais eficiente para conduzir os atores da
política de saneamento ao sistema desejado.
São premissas básicas assumidas por este Plano Municipal de
Saneamento Básico buscar, dentro do horizonte de planejamento
predeterminado (20 anos), alcançar, minimamente os seguintes objetivos
gerais:

- A universalização do acesso da população do município (urbana


e rural) aos serviços de saneamento básico com qualidade,
integralidade, segurança, sustentabilidade (ambiental, social e
econômica), regularidade e continuidade.
- A articulação da política de saneamento básico com as políticas
de desenvolvimento que tenham como foco o combate à
pobreza; a exploração sustentável dos recursos hídricos; a
proteção do meio ambiente; a promoção da saúde e o bem-estar
da população.
- A articulação dos serviços de saneamento básico, assim como
de suas metas e programas com outros planos governamentais
correlatos, bem como políticas públicas direta ou indiretamente
relacionadas o saneamento básico.
- Criar as condições gerenciais e operacionais para a consecução
das metas estabelecidas no conjunto de programas e ações
propostos no PISB de Catanduva, visando o estabelecimento de
uma Política Municipal de Saneamento Básico que seja
consistente e capaz de acompanhar as demandas pelos
serviços de saneamento.

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Esclarece-se que os planos e políticas públicas podem sofrer
alterações em função de políticas governamentais, devendo as ações e metas
estabelecidas serem revisadas e adaptadas às novas condições e proposições
que possam surgir.
À semelhança de outros planos e políticas públicas o presente plano
municipal de saneamento básico também não é estático, devendo, sempre que
necessário, sofrer alterações e adaptações, o que o torna um instrumento forte,
norteador, porém flexível, capaz de acompanhar as reais demandas municipais
para o fornecimento democrático dos serviços de saneamento.
Para se alcançar tais objetivos, faz-se necessário implementar um
arranjo institucional tal que sejam estabelecidos instrumentos eficazes para a
gestão administrativa, operacional, financeira, de regulação e de planejamento
estratégico para cada um dos setores de serviços do Saneamento Básico
Municipal.
Ressalta-se que o PISB propriamente dito, representa o instrumento
necessário para a obtenção de recursos financeiros junto aos Órgãos Federais
financiadores de programas, projetos e obras para os setores integrantes do
Saneamento Básico.
Os objetivos específicos do presente Plano de Saneamento Básico
referem-se à aquisição de avanços intermediários que colaborem no alcance
dos objetivos gerais mencionados anteriormente.
Vale notar que objetivo e meta são diferentes entre si. Objetivo é o
propósito geral ou a descrição qualitativa daquilo que se pretende alcançar.
Meta é uma definição específica do que se pretende alcançar, sempre
acompanhada de uma indicação do prazo que se necessita para fazê-lo.
Traçado o objetivo específico, será necessário o estabelecimento de uma ou
mais metas, abrangendo questões de natureza institucional, operacional, entre
outras, todas bem definidas no que diz respeito às suas capacidades de
atendimento e ao prazo que será necessário para promover o atendimento
previsto.
O objetivo se atém à definição daquilo que é almejado, enquanto que a
meta vem tornar o objetivo mais concreto na medida em que define para ele,

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no mínimo, dois parâmetros importantes, quais sejam: sua abrangência
espacial e o tempo necessário para alcançá-lo.
Feitas estas considerações parte-se para a proposição de objetivos
específicos a serem estabelecidos para o sistema municipal de saneamento
básico, como gestor dos 4 eixos nele inseridos e depois mostrar-se-á as
proposições feitas para o setor de abastecimento de água.
Reitera-se que todos os objetivos foram estabelecidos para serem
alcançados no final do horizonte de planejamento, que neste é de 20 anos.
Dentro deste horizonte maior, os programas, metas e ações do PISB
(já instituído como lei municipal), deverão ser implantados em horizontes
temporais distintos, quais sejam:

- Prazo de ações imediatas ou emergenciais: primeiros 2 anos


- Curto prazo: próximos 6 anos
- Médio Prazo: próximos 7 anos;
- Longo Prazo: próximos 7 anos.

Esclarece-se que para se pudesse adotar o horizonte de planejamento


indicado pela legislação (20 anos), e também alcançar a universalização do
acesso aos serviços de saneamento básico à população (rural e urbana) de
Catanduva, foi necessário considerar 2016 como o ano inicial, uma vez, na
projeção populacional, que os valores críticos de população ocorreram em
2035.
Nesta caso, até 2016 (ou seja, durante 2 anos a partir de 2014) foram
indicadas as ações imediatas, as quais são consideradas de fundamental
importância para a implementação da política de saneamento municipal.
A distribuição dos programas no tempo deve obedecer às condições
de pré-requisição, ou seja, o programa anterior é necessário para viabilizar o
programa posterior e à hierarquização de implementação dada pelos gestores
ou pela população.
Os objetivos e metas específicos propostos para o sistema de
saneamento como um todo, assim como os programas e ações a eles
relacionados são descritos a seguir.
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Objetivo 1 – A administração municipal de Catanduva deve estabelecer
uma organização institucional capaz de construir e gerir um sistema de
saneamento básico municipal que seja eficaz, econômica e
ambientalmente sustentável e democrático.

Meta 1 – Planejamento e implementação de um Programa de


Reestruturação Institucional junto ao titular dos serviços de saneamento
básico, até o final do período definido no presente PISB como curto
prazo.
Ação 1: avaliar a viabilidade e a conveniência de se passar a
responsabilidade de prestação de serviços relacionados à drenagem urbana e
manejo de águas pluviais para a Superintendência de Água e Esgoto de
Catanduva - SAEC, com todos os cuidados legais e jurídicos necessários a
este procedimento. Esta ação deve ser implementada dentro do prazo das
ações imediatas.
Ação 2: levantar a quantidade de cargos e funções necessários para
viabilizar a gestão sustentável dos serviços de saneamento básico no âmbito
da Prefeitura Municipal (só para resíduos, se for o caso ou para drenagem e
resíduos) e da SAEC (só para água e esgoto ou para água/esgoto/drenagem).
Esta ação deve ser implementada dentro do prazo das ações imediatas.
Ação 3: indicar o espaço funcional necessário (considerando salas,
infraestrutura, equipamentos, etc) para suprir a demanda da reestruturação
gerencial do sistema de saneamento básico municipal que se pretende, tanto
na Prefeitura quanto na SAEC. Esta ação deve ser implementada dentro do
prazo das ações imediatas.
Ação 4: indicar o arcabouço legal a ser atendido para viabilizar a
reestruturação institucional preconizada no PISB. Esta ação deve ser
implementada dentro do prazo das ações imediatas.
Ação 5: de posse dos dados levantados nas ações anteriores, elaborar
um projeto de reestruturação que atenda aos condicionamentos legais e
jurídicos e que indique as adequações a serem efetuadas em termos de
infraestrutura ou bens patrimoniais ou (prédios, salas, galpões, oficinas para a

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manutenção de veículos, equipamentos, etc.) e gerenciais (criação de
departamentos, cargos de direção, divisões administrativas, cargos de chefia e
de gerenciais e operacionais), no âmbito da Prefeitura Municipal. Prazo: depois
de realizadas as ações 1, 2, 3 e 4, esta ação deve ser completada até o final do
“curto prazo”.
Ação 6: de posse dos dados levantados nas ações anteriores, elaborar
um projeto indicando as novas necessidades da SAEC para a incorporação dos
serviços de drenagem urbana e manejo de águas pluviais, se for o caso, assim
como a reestruturação dos serviços de água e esgoto de forma que os três
setores passem a responder por suas atribuições segundo as disposições do
PISB de Catanduva. As alterações devem ser detalhadas em termos de sua
demanda de infraestrutura ou bens patrimoniais ou (prédios, salas, galpões,
oficinas para a manutenção de veículos, equipamentos, etc.) e gerencial
(criação de departamentos específicos e dos cargos de direção, de chefia e
para suprir funções técnicas). Prazo: depois de realizadas as ações 1, 2, 3 e 4,
esta ação deve ser completada até o final do “curto prazo”.
Ação 7: implementar a reestruturação institucional no âmbito da
Prefeitura municipal para responder pelas atribuições da gestão geral dos
serviços de saneamento básico e acompanhamento do PISB e para viabilizar a
gestão e operacionalização dos serviços de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos no âmbito da administração municipal, de forma que as
atividades inerentes ao sistema estejam agrupadas em apenas uma Secretaria
Municipal (sugere-se a Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura). As
atividades próprias e inalienáveis do setor de resíduos sólidos são minimante
as seguintes:
∗ Coleta convencional/transporte/disposição final de resíduos
urbanos a serem levados ao aterro sanitário;
∗ Coleta seletiva de resíduos urbanos recicláveis /transporte para
transbordos ou galpão de triagem ou usinas de processamento
dos materiais recicláveis/e disposição adequada de seus rejeitos.

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∗ Funcionamento de galpões de triagem de resíduos e das usinas
de processamento incluindo as destinações finais de seus
Subprodutos e sua comercialização.
∗ Fiscalização da gestão de todos os tipos de resíduos: resíduos
urbanos, de serviços de saneamento (lodos de ETA e ETE),
industriais, Resíduos de serviços de saúde, resíduos da
construção civil, resíduos sujeitos à logística reversa, resíduos do
setor de transportes. Resíduos agrossilvopastoris e resíduos da
mineração.
Esta ação deve ser realizada até o final do período estabelecido neste
PISB como curto prazo.
Ação 8: implementar a reestruturação planejada para a SAEC. Esta
ação deve ser realizada até o final do período estabelecido neste PISB como
curto prazo.

Meta 2 – Instituir um Conselho Gestor do Plano Integrado de Saneamento


Básico de Catanduva, com a finalidade de garantir a implementação dos
programas, metas e ações do PISB, assim como a de monitorar e
promover as atualizações e revisões do mesmo. Esta meta deve ser
alcançada até o final do período estabelecido neste PISB como médio
prazo.
Ação 9: no âmbito da gestão do PISB de Catanduva, criar novas
atribuições aos gestores, que respondam pelo planejamento de ações
relacionadas ao PISB e pela supervisão da implementação de ações nele
previstas. Prazo: sugere-se que, depois de realizadas as ações 7 e 8, esta
ação deve ser completada ainda dentro do “curto prazo”.

Objetivo 2 – Indicação de uma ou mais entidades reguladoras dos


serviços de saneamento básico com a definição dos processos,
procedimentos e atividades a serem regulados em conformidade com a
Lei 11.445/07 regulamentada pelo Decreto Federal nº 7217/10.

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Meta 3 - Todos os quatro setores inseridos no sistema municipal de
saneamento básico de Catanduva devem ter sua entidade reguladora
devidamente regulamentada, até o final do período definido neste PISB
por médio prazo.
Ação 10: fazer um levantamento das agências existentes no estado de
São Paulo que tenham competência legal para assumir a regulação dos
serviços, assim como levantar outras possibilidades jurídicas que sejam
legalmente competentes para cumprir a função de agência reguladora, e definir
as agências reguladoras de cada setor do saneamento básico. Esta ação deve
ser implementada até o final do período definido como de médio prazo.

Objetivo 3 - Os quatro eixos de serviços inseridos no sistema de


saneamento básico devem apresentar mecanismos que possibilitem sua
avaliação tento pela própria administração pública (nos 3 níveis), quanto
pela sociedade em geral.

Meta 4 - Implementação de um programa para a implantação de


mecanismos que tenham a função de viabilizar a avaliação do
desempenho dos serviços, tanto em questões operacionais quanto em
questões gerenciais, tanto para dotar a própria administração pública
(nos 3 níveis) com um instrumento que subsidie seus processos de
tomada de decisão quanto para disponibilizar à sociedade informações às
quais ela tem o direito de ter acesso. Esta meta deve ser alcançada até o
final do período definido neste PISB por médio prazo.
Ação 11: treinar os gestores públicos, particularmente aqueles
envolvidos com o Conselho Gestor do PISB para utilizar o banco de dados
fornecido pelo PISB para acompanhar o desempenho dos setores de
saneamento básico em todas as suas atribuições. Esta ação deve ser realizada
até o final do período estabelecido neste PISB como médio prazo.
Ação 12: instituir um procedimento sistemático voltado ao uso do banco
de dados (O banco de dados deve ser alimentado anualmente pelos eixos
integrantes, apresentando a evolução de seus procedimentos operacionais e

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gerenciais). Esta ação deve ser realizada até o final do período estabelecido
neste PISB como médio prazo.

Objetivo 4 - Os quatro eixos do saneamento básico devem apresentar


mecanismos devidamente instituídos para viabilizar o controle social da
população em relação aos serviços prestados e a participação da
população na configuração da Política de Saneamento Básico Municipal.

Meta 5 – Implementar programa de instituição de canais de comunicação


entre os usuários e os prestadores dos serviços de saneamento básico.
Esta meta deve ser alcançada até o final do período definido neste PISB
por longo prazo.
Ação 13: implantar Serviço de Atendimento ao Cidadão – SAC para
cada setor ou eixo do saneamento básico (SAC-Água / SAC-Esgoto / SAC-
Águas de Chuva / SAC-Resíduos). Estes serviços podem ser centralizados
junto ao Conselho Gestor do PISB como pode ser descentralizado e realizado
nas respectivas sedes dos prestadores de serviço de saneamento básico.
Devem ser dotados da infraestrutura que responda à demanda de reclamações
de cada serviço. Deve possuir linhas telefônicas em quantidades compatíveis,
assim como o número de atendentes; formulários temáticos para facilitar o
entendimento das queixas; procedimentos sistematizados para dar andamento
às reclamações, etc. Os procedimentos de encaminhamento das questões
levantadas pela população para o prestador correspondente devem obedecer à
mesma lógica nos 4 setores, ou seja, devem ser similares ou análogas,
buscando a solução do problema junto aos responsáveis e apresentando
procedimentos de acompanhamento das ações, com prazos definidos, registro
de custos ou gastos e manutenção de registros de todas as ações realizadas
desde a abertura até o “fechamento” da solicitação. Anualmente devem ser
feitos relatórios com as avaliações dos formulários e de seus respectivos
caminhamentos e apresentados à unidade de Gestão do PISB.
O controle social também pode ser conseguido através da instituição de
um fórum permanente de discussões, através da rede mundial de

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computadores (Internet) onde o cidadão terá acesso a relatórios, notícias,
avisos e poderá colocar suas opiniões e fazer perguntas que enviará ao setor
do saneamento que seja destinatário de seu interesse. Os setores devem
responder às perguntas, esclarecer as dúvidas ou simplesmente agradecer ao
cidadão pelo envio de comentários. Um relatório com as manifestações
recebidas por cada setor deve ser entregue à entidade responsável pela gestão
do PISB.

Meta 6 – Programa de instituição de rotinas para a participação da


sociedade na construção da política de saneamento básico municipal.
Esta meta deve ser alcançada até o final do período definido neste PISB
por longo prazo.
Ação 14: implementação de mecanismos que estabeleçam rotinas de
participação da sociedade na construção da política de saneamento básico.

Objetivo 5 - Os quatro eixos do saneamento básico devem apresentar


mecanismos devidamente instituídos para viabilizar o atendimento á
legislação ambiental em todas as atividades que sejam passíveis de
causarem alterações ou impactos ambientais.

Meta 7 - Implementação de um programa de regularização ambiental dos


setores de Saneamento básico. Este objetivo deve ser alcançado para os
4 setores, até o final do período estabelecido neste PISB como longo
prazo.
Ação 15: Fazer um levantamento de todas as atividades passíveis de
licenciamento ambiental ou autorização de órgão ambiental de cada eixo do
saneamento básico e um calendário para a regularização de cada setor.

Os objetivos descritos anteriormente são apresentados a seguir, na


forma de planilhas ou formulários que especificam, para cada objetivo
específico, as metas, programas e ações a ele relacionados, assim como os
prazos estipulados para o alcance das metas e implementação das ações.

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Esclarece-se ainda que a ordem de apresentação de cada ação
representa a ordenação hierárquica referente à priorização de sua
implementação.

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Tabela 27 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados ao SB geral, Objetivo 1.
MUNICÍPIO DE CATANDUVA - PLANO INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO
SETOR 0
Referente aos 4 setores
Implementar a reestruturação institucional no âmbito da administração municipal visando estabelecer uma gestão eficaz e eficiente dos serviços inseridos no sistema
OBJETIVO 1
de saneamento básico de Catanduva.
A consecução das metas estabelecidas no conjunto de programas estruturais do PISB visando à implementação de um sistema integrado de
informações e a constante avaliação dos resultados de modo a tornar eficientes e sustentáveis serviços integrantes do
FUNDAMENTAÇÃO
Do Saneamento Básico não é tarefa trivial, demandando avaliações legais, estudos de demanda de pessoal, infraestrutura e equipamentos, e
planejamento de treinamentos com caráter periódico.
MÉTODO DE Auditorias a serem realizadas pelo poder legislativo municipal, uma vez que a implementação do PISB terá sido aprovada na forma de Lei
ACOMPANHAMENTO (INDICADOR) Complementar Municipal ou Avaliações efetuadas pelo Conselho Municipal do Plano Integrado de Saneamento.

METAS
MÉDIO PRAZO LONGO PRAZO
IMEDIATA - ATÉ 2 ANOS CURTO PRAZO - 6 ANOS
7 ANOS 7 ANOS
Meta 1 (continuação) - Implementação de um Programa de
Reestruturação Institucional junto ao titular dos serviços de saneamento
básico, até o final do período definido no presente PISB como curto
]]Meta 1 – Implementação de um Programa de Reestruturação prazo (Ações 5, 6, 7 e 8).
Institucional junto ao titular dos serviços de saneamento básico,
até o final do período definido no presente PISB como período de Meta 2 – Criar uma Unidade de Gestão do Plano Municipal de
ações imediatas (Ações 1,2, 3, 4). Saneamento Básico com a finalidade de garantir a implementação dos
programas, metas e ações do PISB, assim como a de monitorar e
promover as atualizações e revisões do mesmo. (Sugestão de nome
para a nova unidade de gestão: UG-PISB) (Ação 9).

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PROGRAMAS E AÇÕES

CUSTOS Habilitações técnicas mínimas exigidas


CÓDIGO POSSÍVEIS para suprir necessidades da ação
DESCRIÇÃO FONTES DE (considerar que o servidor público
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS precisará de um prazo mínimo de 80 horas
para realizar cada ação proposta)

Ação 1: avaliar a viabilidade e a conveniência de se passar a


Reunir o Prefeito e seu Gabinete com a
responsabilidade de prestação de serviços relacionados à Ação
cúpula da SAEC, assim como com
drenagem urbana e manejo de águas pluviais para a Administrativa /
0.1.1.01 X profissionais das áreas jurídica e financeira
Superintendência de Água e Esgoto de Catanduva - SAEC, Recursos
para avaliar a possibilidade da SAEC assumir
com todos os cuidados legais e jurídicos necessários a este Próprios
o setor de drenagem do município.
procedimento.

Para levantamento das necessidades de


cargos e funções serão necessários,
Ação 2: levantar a quantidade de cargos e funções minimamante:
necessários para viabilizar a gestão sustentável dos serviços Ação 1 gestor com nível superior de cada setor do
de saneamento básico referentes à drenagem urbana; Administrativa / saneamento básico + 1 gestor com nível
0.1.1.02 X
gestão da limpeza pública e manejo de resíduos e para a Recursos superior da área jurídica + 1 gestor com nível
gestão dos serviços de abastecimento público de água e Próprios superior ;
esgotamento sanitário.
da área de finanças públicas e convênios

Para levantamento da necessidade de


espaço funcional serão necessários,
Ação 3: indicar o espaço funcional necessário (considerando minimamante:
Ação
salas, infraestrutura, equipamentos, etc) para suprir a
Administrativa / 1 gestor com nível superior de cada setor do
0.1.1.03 demanda da reestruturação gerencial do sistema de X
Recursos saneamento básico + 1 gestor com nível
saneamento básico municipal que se pretende, tanto na
Próprios superior da área de arquitetura de ambientes
Prefeitura quanto na SAEC.
internos + 1 gestor com nível superior ;
da área de finanças públicas e convênios.

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PROGRAMAS E AÇÕES

CUSTOS Habilitações técnicas mínimas exigidas


CÓDIGO POSSÍVEIS para suprir necessidades da ação
DESCRIÇÃO FONTES DE (considerar que o servidor público
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS precisará de um prazo mínimo de 80 horas
para realizar cada ação proposta)

Para levantamento do arcabouço legal serão


Ação necessários, minimamante:
Ação 4: indicar o arcabouço legal a ser atendido para Administrativa /
0.1.1.04 X 1 gestor com nível superior na área jurídica e
viabilizar a reestruturação institucional preconizada no PISB. Recursos
Próprios 1 gestor com nível superior na área de
finanças públicas

Ação 5: de posse dos resultados das ações 1,2, 3 e 4


elaborar um projeto de reestruturação que atenda aos
condicionamentos legais e jurídicos e que indique as
adequações a serem efetuadas em termos de infraestrutura
ou bens patrimoniais ou (prédios, salas, galpões, oficinas Para elaboração de projeto de reestruturação
Ação usar as conclusões dos levantamentos
para a manutenção de veículos, equipamentos, etc.) e
Administrativa / anteriores e contratar minimamente a equipe
0.1.1.05 gerenciais (criação de departamentos, cargos de direção, X X
Recursos configurada para a realização da ação nº 3.
divisões administrativas, cargos de chefia e de gerenciais e
Próprios
operacionais), no âmbito da Prefeitura Municipal, de forma
que o setor de resíduos sólidos e a gestão do PISB funcionar
eficientemente. Indicar neste projeto os procedimentos
passíveis de serem fiscalizados pela SAEC, assim como o
número necessário de fiscais.

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PROGRAMAS E AÇÕES

CUSTOS Habilitações técnicas mínimas exigidas


CÓDIGO POSSÍVEIS para suprir necessidades da ação
DESCRIÇÃO FONTES DE (considerar que o servidor público
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS precisará de um prazo mínimo de 80 horas
para realizar cada ação proposta)

Ação 6: elaborar um projeto indicando as novas


necessidades da SAEC para a incorporação dos serviços de
drenagem urbana e manejo de águas pluviais, assim como a
reestruturação dos serviços de água e esgoto de forma que
os três setores passem a responder por suas atribuições Para elaboração de projeto de reestruturação
segundo as disposições do PISB de Catanduva. Indicar Ação usar as conclusões dos levantamentos
neste projeto os procedimentos passíveis de serem Administrativa / anteriores e contratar minimamente uma
0.1.1.06 X X equipe semelhante à configurada para a
fiscalizados pela SAEC, assim como o número necessário de Recursos
fiscais. As alterações devem ser detalhadas em termos de Próprios realização da ação nº 3.
sua demanda de infraestrutura ou bens patrimoniais ou .
(prédios, salas, galpões, oficinas para a manutenção de
veículos, equipamentos, etc.) e gerencial (criação de
departamentos específicos e dos cargos de direção, de
chefia e para suprir funções técnicas).

Dotar a equipe da Prefeitura com as


Ação 7: implementar a reestruturação institucional no âmbito conclusões dos projetos e levantamentos
da Prefeitura municipal para responder pelas atribuições da efetuados por ocasião das ações anteriores.
gestão geral dos serviços de saneamento básico e
acompanhamento do PISB e para viabilizar a gestão e Incluir nesta ação a consideração do
operacionalização dos serviços de limpeza urbana e manejo Ação Conselho Municipal do Plano de Saneamento
de resíduos sólidos no âmbito da administração municipal, de Administrativa / Integrado
0.1.1.07 forma que as atividades inerentes ao sistema estejam X X
Recursos (CMPSI)
agrupadas em apenas uma Secretaria Municipal. Próprios
Dentre as deliberações desta fase deve-se
. solicitar a contratação de fiscais para todos
Esta ação deve ser realizada até o final do período os processos inseridos na gestão de
estabelecido neste PISB como curto prazo. saneamento básico, passíveis de serem
fiscalizados pela Prefeitura.

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PROGRAMAS E AÇÕES

CUSTOS Habilitações técnicas mínimas exigidas


CÓDIGO POSSÍVEIS para suprir necessidades da ação
DESCRIÇÃO FONTES DE (considerar que o servidor público
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS precisará de um prazo mínimo de 80 horas
para realizar cada ação proposta)

Dotar a equipe da SAEC com as conclusões


dos projetos e levantamentos efetuados por
ocasião das ações anteriores.
Incluir nesta ação a consideração do
Ação Conselho Municipal do Plano de Saneamento
Ação 8: implementar a reestruturação da SAEC, segundo Administrativa / Integrado
0.1.1.08 X X
projeto executado anteriormente. Recursos (CMPSI)
Próprios
Dentre as deliberações desta fase deve-se
solicitar a contratação de fiscais para todos
os processos inseridos na gestão de
saneamento básico, passíveis de serem
fiscalizados pela Prefeitura.

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PROGRAMAS E AÇÕES

CUSTOS Habilitações técnicas mínimas exigidas


CÓDIGO POSSÍVEIS para suprir necessidades da ação
DESCRIÇÃO FONTES DE (considerar que o servidor público
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO RECURSOS precisará de um prazo mínimo de 80 horas
para realizar cada ação proposta)

Dotar a equipe da Prefeitura com as


conclusões dos projetos e levantamentos
efetuados por ocasião das ações anteriores.
Incluir nesta ação a consideração do
Conselho Municipal do Plano de Saneamento
Ação 9: no âmbito da gestão do PISB de Catanduva, criar Ação Integrado
novas atribuições aos gestores, que respondam pelo Administrativa / (CMPSI)
0.1.2.09 X X
planejamento, supervisão e implementação de ações Recursos
relacionadas com o PISB ou nele previstas. Próprios Elaborar um projeto de lei municipal
complementar instituindo funções e
atribuições aos gestores públicos
relacionadas ao planejamento e
acompanhamento da gestão do PISB e à
supervisão da implementação das ações nele
previstas.

TOTAL DO
TOTAIS 2 PROGRAMAS E 9 AÇÕES -
OBJETIVO
• (s/o/m/a) = setor / nº do objetivo / nº da meta / nº da ação.

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Tabela 28 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados ao SB geral, Objetivo 2.
MUNICÍPIO DE CATANDUVA - PLANO INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO
SETOR 0 Referente aos 4 setores
Objetivo 2 – Definição de uma ou mais entidades reguladoras dos serviços de saneamento básico com o detalhamento dos processos, procedimentos e atividades a
OBJETIVO 2
serem regulados, em conformidade com a Lei 11.445/07 regulamentada pelo Decreto Federal nº 7217/10.

FUNDAMENTAÇÃO A regulação dos serviços de saneamento básico é um requisito legal que deve ser atendido.

MÉTODO DE Auditorias a serem realizadas pelo poder legislativo municipal, uma vez que a implementação do PISB terá sido aprovada na forma de Lei
ACOMPANHAMENTO (INDICADOR) Complementar Municipal.
METAS
IMEDIATA - ATÉ 2 ANOS CURTO PRAZO - 6 ANOS MÉDIO PRAZO 7 ANOS LONGO PRAZO 7 ANOS
Meta 3 – Todos os quatro setores inseridos no sistema municipal de
saneamento básico de Catanduva devem ter sua entidade reguladora
regulamentada (Ação 10).
PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS Habilitações técnicas mínimas exigidas
para suprir necessidades da ação
CÓDIGO POSSÍVEIS (considerar que o servidor público
DESCRIÇÃO
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO FONTES precisará de um prazo mínimo de 80 horas
para realizar cada ação proposta)

Ação 10: fazer um levantamento das agências existentes no Para a função de levantamento das
estado de São Paulo que tenham competência legal para entidades: um funcionário de nível médio
assumir a regulação dos serviços, assim como levantar devidamente esclarecido (por um gestor de
Ação
outras possibilidades jurídicas que sejam legalmente nível superior) para realizar a busca por
Administrativa /
0.2.3.10 competentes para cumprir a função de agência reguladora e X X X entidades reguladoras.
Recursos
definir as entidades reguladoras para cada setor do Para escolher as entidades reguladoras:
Próprios
saneamento básico. Passar as conclusões para o Conselho reunião com os gestores que integram a
Gestor do PISB e escolher uma ou mais entidades de direção dos setores de saneamento básico
regulação. no município.
TOTAL DO
TOTAIS 1 PROGRAMAS E 1 AÇÃO -
OBJETIVO
• (s/o/m/a) = setor / nº do objetivo / nº da meta / nº da ação.

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Tabela 29 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados ao SB geral, Objetivo 3.
MUNICÍPIO DE CATANDUVA - PLANO INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO
SETOR 0 Referente aos 4 setores
Os quatro eixos de serviços inseridos no sistema de saneamento básico devem apresentar mecanismos que possibilitem sua avaliação tanto pela própria
OBJETIVO 3
administração pública (nos 3 níveis), quanto pela sociedade em geral.
A articulação entre os setores só pode ser alcançada se houver mecanismos instituídos para dotar os serviços prestados de transparência e
FUNDAMENTAÇÃO
controle, e de possibilidades de acompanhamento de sua evolução.
MÉTODO DE
Auditorias a serem realizadas pelo poder legislativo municipal. / Consultas ao banco de dados efetuadas pela entidade reguladora dos serviços.
ACOMPANHAMENTO (INDICADOR)
METAS
CURTO PRAZO - 6
IMEDIATA - ATÉ 2 ANOS MÉDIO PRAZO 7 ANOS LONGO PRAZO 7 ANOS
ANOS

Meta 4 - Implementação de um programa para a implantação de mecanismos que tenham a


função de viabilizar a avaliação do desempenho dos serviços, tanto em questões operacionais
quanto em questões gerenciais, tanto para dotar a própria administração pública (nos 3 níveis)
com um instrumento que subsidie seus processos de tomada de decisão quanto para
disponibilizar à sociedade informações às quais ela tem o direito de ter acesso. Esta meta
deve ser alcançada até o final do período definido neste PISB por médio prazo (Ações 11 e 12).

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS Habilitações técnicas mínimas exigidas
para suprir necessidades da ação
CÓDIGO POSSÍVEIS (considerar que o servidor público
DESCRIÇÃO
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO FONTES precisará de um prazo mínimo de 80 horas
para realizar cada ação proposta)

Ação 11: treinar os gestores públicos, particularmente aqueles


envolvidos com o Conselho Gestor do PISB para utilizar o Ação
Indicar esta ação como uma das atribuições do
banco de dados fornecido pelo PISB para acompanhar o Administrativa
0.3.4.11 X X X Conselho Gestor do PISB e treinar os
desempenho dos setores de saneamento básico em todas as / Recursos
colaboradores para usar o banco de dados.
suas atribuições. Esta ação deve ser realizada até o final do Próprios
período estabelecido neste PISB como médio prazo.
Ação 12: instituir um procedimento sistemático voltado ao uso
do banco de dados (O banco de dados deve ser alimentado
Ação
anualmente pelos eixos integrantes, apresentando a evolução
Administrativa Gestor público com nível superior e
0.3.4.12 de seus procedimentos operacionais e gerenciais). Esta ação X X X
/ Recursos assistentes.
deve ser realizada até o final do período estabelecido neste
Próprios
PISB como médio prazo.

TOTAL DO
TOTAIS 1 PROGRAMAS E 2 AÇÕES -
OBJETIVO
• (s/o/m/a) = setor / nº do objetivo / nº da meta / nº da ação.

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Tabela 30 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados ao SB geral, Objetivo 4.
MUNICÍPIO DE CATANDUVA - PLANO INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO
SETOR 0
Referente aos 4 setores
Os quatro eixos do saneamento básico devem apresentar mecanismos devidamente instituídos para viabilizar o controle social da população em relação aos
OBJETIVO 4
serviços prestados e a participação da população na configuração da Política de saneamento Básico Municipal.
O controle social e a participação da sociedade na formação da política de saneamento básico corresponde a um requisito legal estabelecido
FUNDAMENTAÇÃO
pela Política Nacional de Saneamento Básico, esta última instituída pela Lei Federal 11445/07..
MÉTODO DE Relatório anuais as entidade de regulação de cada setor e dados sobre a participação e o controle social devem constar no sistema de
ACOMPANHAMENTO (INDICADOR) informações preconizado no PISB.

METAS
CURTO PRAZO - 6
IMEDIATA - ATÉ 2 ANOS MÉDIO PRAZO 7 ANOS LONGO PRAZO 7 ANOS
ANOS
Meta 5 – Programa de instituição de canais de comunicação entre os usuários e os
prestadores dos serviços de saneamento básico (Ações 13).
Meta 6 – Programa de instituição de rotinas para a participação da sociedade na construção
da política de saneamento básico municipal (Ação 14).
PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS Habilitações técnicas mínimas exigidas para suprir
necessidades da ação (considerar que o servidor público
CÓDIGO POSSÍVEIS
DESCRIÇÃO precisará de um prazo mínimo de 80 horas para realizar
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO FONTES
cada ação proposta)

Ação 13: implantar Serviço de Atendimento Ação


Para implantação do SAC: gestor(es) público(s) com nível
ao Cidadão – SAC para cada setor ou eixo do Administrativa
0.4.5.13 X X X X superior
saneamento básico (SAC-Água / SAC-Esgoto / Recursos
Para operação do SAC: funcionário público com nível médio
/ SAC-Águas de Chuva / SAC-Resíduos). Próprios
Para concepção dos mecanismos e supervisão do
Ação 14: implementação de mecanismos que Ação
agendamento dos eventos para a participação social: gestor
estabeleçam rotinas de participação da Administrativa
0.4.5.14 X X X X da área de comunicação com nível superior;
sociedade na construção da política de / Recursos
Para responsabilizar-se com a divulgação: funcionário com
saneamento básico. Próprios
nível médio devidamente treinadao.
TOTAL DO
TOTAIS 2 PROGRAMAS E 2 AÇÕES -
OBJETIVO
• (s/o/m/a) = setor / nº do objetivo / nº da meta / nº da ação.

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Tabela 31 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados ao SB geral, Objetivo 5.
MUNICÍPIO DE CATANDUVA - PLANO INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO
SETOR 0 Referente aos 4 setores
Os quatro eixos do saneamento básico devem apresentar mecanismos devidamente instituídos para viabilizar o atendimento á legislação ambiental em todas as
OBJETIVO 5
atividades que sejam passíveis de causarem alterações ou impactos ambientais.
FUNDAMENTAÇÃO A preservação ambiental é um requisito legal que deve ser atendido.
MÉTODO DE
Relatório anuais à entidade responsável pela implementação do PISB e as entidade de regulação de cada setor.
ACOMPANHAMENTO (INDICADOR)

METAS
CURTO PRAZO - 6
IMEDIATA - ATÉ 2 ANOS MÉDIO PRAZO 7 ANOS LONGO PRAZO 7 ANOS
ANOS
Meta 7: Implementação de um programa de regularização ambiental dos setores de
Saneamento básico. Este objetivo deve ser alcançado para os 4 setores, até o final do período
estabelecido neste PISB como longo prazo.
municipal (Ação 15).

PROGRAMAS E AÇÕES
CÓDIGO CUSTOS POSSÍVEIS
DESCRIÇÃO MEMÓRIA DE CÁLCULO
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO FONTES
Ação 15: Fazer um levantamento de todas as atividades Ação
Para levantamento: funcionário público com
passíveis de licenciamento ambiental ou autorização de Administrativa
0.5.7.15 X X X X nível médio ou superior devidamente treinado
órgão ambiental de cada eixo do saneamento básico e um / Recursos
para realizar esta ação.
calendário para a regularização de cada setor. Próprios
TOTAL DO
TOTAIS 1 PROGRAMAS E 1 AÇÃO -
OBJETIVO
• (s/o/m/a) = setor / nº do objetivo / nº da meta / nº da ação.

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8.4. Planejamento Estratégico do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo
de Resíduos Sólidos

8.4.1. Análise SWOT e Cenários para o Setor de Resíduos Sólidos

Considerando-se a metodologia apresentada anteriormente, o setor de


resíduos foi submetido à Análise SWOT que subsidiou a configuração dos
cenários previsível e normativo para este eixo, tendo por fim este último sido
adotado o cenário normativo para a proposição de objetivos, metas, programas
e ações. O detalhamento destes passos é mostrado nos próximos itens do
presente volume.

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Quadro 48 – Matriz SWOT do sistema limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos de Catanduva.
PONTOS POSITIVOS ITENS DE REFLEXÃO PONTOS NEGATIVOS

FORÇAS FRAQUEZAS
2. Gerenciamento de resíduos sólidos 1. Perfil institucional 1. Perfil institucional
- Regularidade da coleta convencional na zona 2. Gerenciamento de resíduos - Ausência de uma estrutura que defina atribuições, responsabilidades e
urbana, atendendo 100% dessa área; sólidos competências. para o sistema de Resíduos Sólidos.
- Existência de programa de entrega voluntária
de materiais recicláveis e óleos comestíveis; 3. Orçamento municipal 2. Gerenciamento de resíduos sólidos
- Início do projeto piloto de coleta seletiva; 4. Planejamento territorial - População da zona rural possui cobertura da coleta regular de resíduos em
- Programa de reutilização de galhos para apenas 12,8% de sua área;
produção de adubos; 5. Legislação municipal - Ausência de Plano de Contingência e Emergência;
- Existência de programa de coleta de pneus, 6. Sistematização da obtenção e - Ausência de coleta e pontos de destinação de Resíduos de Construção Civil;
localizado na Rua São Paulo, nº 888 – manutenção de dados - Inexistência de fiscalização, por parte da prefeitura, para garantir o cumprimento
juntamente com o prédio onde funciona a de leis e normas já regulamentadas para o sistema de Resíduos Sólidos.
Fundação Padre Osvaldo; 7. Gestão e operação do sistema,
- Um novo galpão para estruturação da coleta juntamente com Legislação 3. Orçamento municipal:
seletiva no município já está em fase de municipal - Projeto do gerenciamento de Resíduos de Construção Civil no município ainda
finalização; não foi implementado por falta de recursos financeiros.
Ambiente - Presença de eco pontos para a entrega de
Interno embalagens de defensivos agrícolas; 5. Legislação municipal:
- Manejo e destinação final adequados para os - Inexistência de legislações específicas que regulem sobre a gestão dos resíduos
Resíduos de Serviço de Saúde; sólidos do município, em especial para coleta seletiva, coleta e destinação dos
- Iniciativas públicas para implementar a gestão Resíduos de Construção Civil e coleta de Resíduos de Serviço de Saúde;
de Resíduos de Construção Civil no município – - Os Resíduos de Serviço de Saúde não possuem legislações específicas sobre a
em fase de aprovação. logística reversa dos remédios vencidos.
4. Planejamento territorial: 6. Sistematização da obtenção e manutenção de dados:
- Possibilidade de implantação de Aterro - Inexistência de procedimentos sistematizados para a obtenção de informações
Sanitário consorciado entre os municípios da sobre a gestão e operação do sistema de resíduos sólidos do município;
microrregião de Catanduva. - Ausência de informações sobre os resíduos perigosos de estabelecimentos
5. Legislação municipal: comerciais que geram poluição difusa.
- Recomendações do Plano Diretor Participativo 7. Compatibilização entre o gerenciamento do sistema com a Legislação municipal:
que mencionam a universalização do - Inexistência de subsídios legais para a implantação dos seguintes programas:
saneamento básico, o que estimula o
• programa de compostagem;
incremento do sistema de manejo de Resíduos
• programa de coleta seletiva porta a porta em todo o município;
Sólidos.
• programas de conscientização ambiental sobre a importância de segregar os
resíduos sólidos na fonte.

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PONTOS POSITIVOS ITENS DE REFLEXÃO PONTOS NEGATIVOS

OPORTUNIDADES 1. Perfil cultural. AMEAÇAS


2. Articulação entre os eixos do SB e demais 2. Articulação entre os eixos do SB 1. Perfil cultural:
temas ambientais. e demais temas ambientais.
- Cultura geral e desinformação da população.
- Os Programas de Educação Ambiental 3. Política federal e estadual de
abordam temas de conscientização ambiental. priorização de investimentos
Ambiente
Externo 4. Orçamentos federal e estadual: 4. Orçamentos federal e estadual 3. Política federal e estadual de priorização de investimentos
- Subsídios financeiros. 5. Legislação e normatização - Burocracia no processo de obtenção de recursos financeiros externos (Estado,
Governo Federal e agências de fomento).
5. Legislação e normatização:
5. Legislação e normatização:
- Recomendações do Plano Diretor
Participativo; - Burocracia nos processos licitatórios.
- Recomendações do Plano de Bacias para
Resíduos Sólidos.

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Com relação à dimensão de resíduos sólidos do município de
Catanduva, obtidas na matriz SWOT, seguem as discussões sobre os pontos
fortes e fracos, e as oportunidades e ameaças.
Forças:
A prefeitura de Catanduva possui como ponto forte da gestão de
resíduos sólidos uma coleta regular organizada e que atende a 100% da
população da área urbana, o que evita a deposição irregular de resíduos em
áreas públicas do município. Além disso, possui implementados programas de
entrega voluntária de materiais recicláveis e de óleo comestível, de coleta e
transformação de galhos em adubo e coleta de pneus, evitando que esses
materiais cheguem ao aterro sanitário e contribuam para a redução de sua vida
útil. Destaca-se que em agosto de 2013 foi iniciado o Projeto Piloto para coleta
seletiva porta a porta em três bairros selecionados, sendo que esse alcance
será ampliado gradativamente. Em outubro de 2013 mais três bairros foram
incluídos no programa. Além disso, novos PEVs foram instalados em
complementação aos já existentes.
Com relação à coleta de resíduos de serviço de saúde, essa também
funciona de forma adequada, seguindo instruções da ANVISA e de normas
técnicas relacionadas.
Outro aspecto positivo a ser mencionado sobre Catanduva é que o
município está em fase de finalização de um galpão que ampliará a capacidade
da coleta seletiva, o que permitirá que a coleta porta a porta seja implementada
na cidade. A forma como a gestão dos resíduos recicláveis acontecerá no
município ainda será definida pela prefeitura municipal. Sobre as embalagens
de defensivos agrícolas o município, seguindo o movimento de logística
reversa para essa tipologia de resíduos, possui eco pontos para o recebimento
desse material, evitando que o mesmo seja disposto de forma inadequada,
contaminando solos e recursos hídricos.
Sobre os resíduos de construção civil, grande problema enfrentado pelos
municípios brasileiros, Catanduva possui algumas iniciativas que minimizam a
colocação desses materiais em locais inadequados, como sua utilização para
contenção de erosão. Entretanto, essa medida não resolve o problema. Por

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esse motivo, a prefeitura está em fase de aprovação de um projeto que visa
implantar no município uma usina de reciclagem desse tipo de resíduos, a qual,
além de minimizar os danos causados pela disposição inadequada desses
materiais na natureza, pode reduzir os custos da prefeitura com a compra de
bancos, bloquetes e blocos de concreto, que poderão ser confeccionados pela
própria usina.
Com relação à disposição final de resíduos, a prefeitura de Catanduva,
atualmente, envia seus resíduos para o aterro da CGR, empresa particular
contratada pelo município. Como forma de reduzir custos, sugere-se que a
prefeitura, em parceria com municípios vizinhos, avalie a possibilidade de
estabelecer um consórcio intermunicipal para implantar um aterro público que
atenda a cidade de Catanduva, bem como as cidades da região.
Fraquezas:
Ao contrário do que ocorre na área urbana, a zona rural é o elo fraco da
corrente de coleta, tratamento e disposição final de resíduos sólidos em
Catanduva, já que apenas 12,8% da zona rural são atendidos pelo serviço de
coleta regular. Esse cenário resultou em problemas, como disposição
inadequada de resíduos em beiras de estradas e a queima desses materiais
nas propriedades, poluindo solos, água (quando carreados) e o ar.
Além do exposto acima, o município não possui programas que
incentivam o tratamento e a disposição adequados de resíduos, como
programas de compostagem, de recuperação de resíduos de construção civil e
de devolução de medicamentos vencidos.
O programa de coleta seletiva porta a porta, já consolidado em diversos
municípios, não está implementado em Catanduva, sendo que o modelo de
coleta seletiva voluntária implementado atualmente, atinge uma pequena
parcela da população. Isso significa que todos os meses a prefeitura paga para
que a CGR deposite no aterro uma quantidade enorme de resíduos que
possuem ainda valor agregado e que acabam sendo enterrados sem o devido
reaproveitamento, gerando dois custos: o da compra de novas matérias primas,
que poderiam ser evitados por meio do reaproveitamento, e o custo da
disposição desnecessária e inadequada desses resíduos no aterro sanitário.

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Destaca-se que de nada adiantará conscientizar a população se não foram
oferecidos equipamentos públicos para que a logística reversa desses
materiais possa ser colocada em prática.
Outro ponto negativo observado na maioria dos municípios brasileiros é
a ausência de dados sobre o setor de resíduos sólidos. As informações, em
sua maioria, estão espalhadas pelos diferentes agentes envolvidos no
processo e, em alguns casos, são inconsistentes e desencontradas. Para
agravar ainda mais a situação, não há um sistema de hierarquização de
responsabilidades pelo qual circulem tais informações, sendo que não há um
responsável definido para sistematizar tais dados. Há grande dificuldade para a
obtenção de dados quantitativos e qualitativos de resíduos domiciliares e
também de estabelecimentos comerciais que geram poluição difusa, como
borracharias, oficinas mecânicas, postos de combustíveis, entre outros.
A ausência de instrumentos legais que regulem o sistema de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos também reforça a problemática do
município. Não há leis especificas que implementem programas como a coleta
seletiva, a logística reversa, entre outros. Além disso, a fiscalização é falha,
assim como na maioria dos municípios brasileiros, já que falta mão-de-obra
para exercer tais atividades.
Oportunidades:
O município possui Plano Diretor Participativo, no qual algumas das
recomendações feitas estão relacionadas com o Sistema de Limpeza Urbana e
Manejo de Resíduos Sólidos. O documento apresenta diretrizes para a Política
de Saneamento municipal, dentre elas a universalização dos serviços de
saneamento (dentre os quais, a questão dos resíduos sólidos); a elaboração e
implementação do sistema de gestão de resíduos sólidos, garantindo a
ampliação da coleta seletiva de lixo e da reciclagem, bem como a redução da
geração de resíduos sólidos; a promoção da educação ambiental na rede
pública de ensino, entre outras. Destaca-se que os programas de educação
podem e devem extrapolar os limites das escolas públicas e ser direcionados
também à população em geral, para que esta tenha conhecimento da
importância de suas ações para a efetividade do plano.

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Além do Plano Diretor Participativo que o município tem a sua
disposição, os Planos de Bacia também incentivam a adoção de iniciativas
voltadas à diminuição da poluição ocasionada pela geração de resíduos
sólidos, o que reforça a importância deste plano.
No que diz respeito a subsídios financeiros, observa-se diversas linhas
de crédito, disponibilizadas pelos governos federal e estadual, bem como por
instituições como o BNDES, o FEHIDRO, a FUNASA, o FECOP, entre outros,
para que o saneamento básico seja implementado no município de forma
eficiente.
Ameaças:
A desinformação da população é vista como uma ameaça não só para
o município de Catanduva, mas para os municípios brasileiros como um todo. A
maioria das pessoas não compreende a dimensão e a importância que há no
manejo adequado dos resíduos sólidos, bem como não entendem os impactos
associados ao mau uso dessas técnicas de gestão para a sociedade. Este
parece ser um dos maiores entraves para a adoção de políticas e/ou
procedimentos de reciclagem, compostagem, entre outras, totalmente
desconhecidas para alguns munícipes.
A burocracia, tanto para a obtenção de recursos quanto para a
contratação de projetos, obras e aquisição de materiais, tem interferido
negativamente no andamento dos processos de gestão de resíduos sólidos.
Isso porque, quando as ações necessárias ao manejo adequado dos resíduos
são autorizadas para serem colocadas em prática, já estão ultrapassadas, e
novos acontecimentos acabam por alterar o curso das prioridades municipais.
Quando não, os problemas ambientais associados à gestão de resíduos
alcançam complexidade tamanha que os recursos recebidos se tornam
insuficientes para sanar os problemas e melhorar a situação.
Considerando-se todas estas questões, partiu-se para a construção
dos cenários previsível e normativo para o setor de resíduos sólidos de
Catanduva. O resultado está mostrado no Quadro 49.

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Quadro 49 – Descrição dos cenários previsível e normativo para o sistema de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos.
Cenário Previsível Cenário Normativo
Mudança nos hábitos de consumo da população,
Desinformação da população influencia a
para à minimização na geração de RSU,
geração de resíduos.
buscando o “desperdício zero”.
Sistema de informações sobre resíduos Sistema de informações sobre resíduos sólidos
sólidos com dados desatualizados. com dados atualizados anualmente.
Legislações específicas que regulem sobre temas
Legislações superficiais e pouco
como coleta seletiva, compostagem, recuperação
específicas para o Manejo dos Resíduos
de resíduos de construção civil e logística reversa
Sólidos.
de medicamentos vencidos.
Processos de fiscalização estruturados e
Sistema de fiscalização não consegue planejados, atendendo a toda a área urbana, e
atender a 100% do município. parte da zona rural, com definição das
responsabilidades e competências.
Necessidade de investimento será cada vez Elaboração de projetos para captação de
maior para aquisição de equipamentos, recursos, provenientes de programas Federal e
infraestruturas e disponibilidade em Estadual.
quantidade adequada de pessoal Aumento de investimentos na infraestrutura de
qualificado. coleta seletiva de materiais recicláveis.
Pesquisa sobre a caracterização e ciclo de
Pesquisa permanente de caracterização e ciclo de
vida do RSU ainda não dá respaldo
vida dos RSU, subsidiando a Gestão Integrada
necessário para uma Gestão Integrada dos
dos Resíduos Sólidos Urbanos.
Resíduos Sólidos Urbanos.
Estrutura de pessoal e qualificação ainda Revisão e adequação da estrutura de pessoal e
não possibilita implantação e qualificação continuada, visando ao êxito da
implementação da política e do plano de implantação e implementação da política e do
gestão integrada dos Resíduos Sólidos plano de gestão integrada dos Resíduos Sólidos
Urbanos. Urbanos.
Programas de educação ambiental realizados
Programas de educação ambiental periodicamente, de forma sistemática e integrando
realizados de forma desvinculada entre os os quatro setores do saneamento e, em casos
quatro setores do saneamento, de forma mais específicos, como para a conscientização da
descontínua e não planejada. coleta seletiva, destacando a importância da
segregação na fonte geradora.
Serviços de coleta regular na zona rural
Serviços de coleta regular não atendem a
acompanham a demanda e atendem a 100% da
100% a demanda da zona rural.
população dessa área.

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Cenário Previsível Cenário Normativo
Serviços de coleta seletiva acompanham a
Serviços de coleta seletiva não atendem a
demanda e estão disponibilizados a 100% da
100% a demanda da zona urbana.
zona urbana.
Coleta de materiais recicláveis realizada por Materiais potencialmente recicláveis (secos e
meio de parceria do setor público com o orgânicos) recolhidos na coleta seletiva formal,
setor privado/ONGs. sob a responsabilidade do setor público.
Catadores ainda são considerados
Os catadores estão associados e estão inseridos
informais, muitos não associados, o que
formalmente no processo, com acompanhamento
ocasiona o acompanhamento ineficaz do
do município.
município.
Programas de coleta de pneus, coleta de
Programas de compostagem, coleta de
embalagens de defensivos agrícolas e óleos
pneus, coleta de embalagens de defensivos
comestíveis incorporadas às boas práticas de
agrícolas e óleos comestíveis pouco
manejo de resíduos sólidos exercitada pela
difundidos no município.
população e pelo poder público municipal.
Reaproveitamento dos resíduos de construção
Utilização dos resíduos de construção civil
civil e comercialização dos produtos gerados
para contenção de erosão e aterramento de
(blocos, bloquetes, pisos, bancos) por
terrenos.
cooperativa.

A construção dos cenários futuros para o setor de Resíduos Sólidos de


Catanduva possibilitou conhecer possíveis situações a serem vivenciadas pelo
município, sendo que o Cenário Normativo foi utilizado como referência para o
estabelecimento dos objetivos, metas e ações que nortearam as proposições
deste plano.

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8.4.2. Objetivos para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de
Resíduos Sólidos Urbanos

Os objetivos e metas específicos propostos para o sistema de


saneamento foram apresentados anteriormente, no item 8.3.2. Já para o
sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos foram
propostos 7 objetivos específicos, conforme listados a seguir:

Objetivo 1. Atender com coleta regular 100% do município e oferecer


atendimento com coleta seletiva a todo o município
(respeitando o potencial de consumo de cada bairro) por
meio de coleta porta a porta e instalação de PEVs (pontos
de coleta voluntária), de forma continuada, destinando
adequadamente os resíduos gerados;
Objetivo 2. Ampliar e otimizar cobertura do serviço de varrição, poda e
capina, roçagem e raspagem;
Objetivo 3. Reduzir a quantidade de resíduos recicláveis e
compostáveis enviada para aterro;
Objetivo 4. Implementar para o sistema de limpeza urbana e manejo
de resíduos sólidos uma gestão eficiente no que concerne
aos aspectos administrativo, operacional, financeiro, de
planejamento estratégico e sustentabilidade;
Objetivo 5. Regulamentação do Sistema de Resíduos Sólidos, a partir
de legislação específica;
Objetivo 6. Alcançar o pleno atendimento à legislação ambiental
aplicável em todos os subprocessos integrantes do sistema
de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (geração,
coleta e disposição final);
Objetivo 7. Garantir canais de comunicação com a sociedade e
mobilização social e promover ações continuadas em
educação ambiental.

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Estes objetivos estão detalhados, uma a um, nos formulários
apresentados na sequência, onde são indicados os programas, as metas e as
ações preconizados para viabilizar o alcance dos mesmos.

8.4.3. Plano de Metas e Ações

O ato de planejar consiste em se partir de um estado presente para


definir estados futuros, desejados ou possíveis. É sob esta perspectiva que se
apresenta neste Plano Integrado de Saneamento Básico (PISB) um Plano de
Metas para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
As metas estabelecidas para os setores do Saneamento Básico foram
elaboradas em função das condições atuais e demandas futuras constatadas
para os 4 setores através dos diagnósticos e prognósticos que foram
abordados na etapa anterior do presente PISB.
O plano de metas e ações do sistema limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos para o município de Catanduva tem como objetivo garantir a
garantir a universalização do acesso, assegurando uma prestação de serviços
com qualidade e continuidade.
O plano também busca promover a integração das ações de gestão e
gerenciamento dos sistemas limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos com
os demais serviços de saneamento.
Nas tabelas que seguem, para as metas serem alcançadas estão
previstas ações de caráter imediato, curto, médio e longo prazos, e admitidas
soluções graduais e progressivas de forma a atingir a universalização, a
qualidade dos serviços prestados e a sustentabilidade dos recursos naturais. É
importante ressaltar que, sem a implementação das medidas aqui propostas ou
de medidas alternativas que busquem o mesmo fim, não se chegará à
implementação de uma Política Municipal de Saneamento Básico capaz de
garantir a universalização dos serviços com a equidade e continuidade
preconizadas por lei.
Além do estabelecimento dos objetivos, metas e ações, e dos prazos
em que essas deverão ser consideradas, apresentou-se as possíveis fontes de
financiamento ou origem dos recursos. Ressalta-se que a execução das ações,

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em alguns casos, independe de financiamentos externos, podendo ser
colocadas em prática com a infraestrutura disponível pela prefeitura.
Outro ponto a ser considerado é que a identificação de algumas das
fontes de financiamento disponíveis não garante a obtenção dos recursos,
devendo vir acompanhada de projetos específicos, gestão administrativa e
política para a concretização de financiamentos.
Para a confecção das tabelas a seguir, foram tomados como modelo o
Plano de Saneamento de Londrina (2009) e o de Florianópolis (2011),
considerando sempre as particularidades do município de Catanduva.

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Tabela 32 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 1.
SETOR 4Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
Atender com coleta regular 100% do município, e oferecer atendimento com coleta seletiva a todo o município (respeitando
OBJETIVO 1 o potencial de consumo de cada bairro) por meio de coleta porta a porta e instalação de PEVs (pontos de entrega
voluntária), de forma continuada, destinando adequadamente os resíduos gerados.
O alcance da coleta regular de resíduos se torna indicativo essencial para verificar a eficiência da gestão de RSU. Para o
município de Catanduva observa-se que a demanda da área urbana é praticamente toda suprida por esse serviço,
enquanto para a zona rural o mesmo é deficiente.
No que diz respeito a coleta seletiva, verifica-se que essa é um importante meio pelo qual se busca reduzir a geração de
resíduos sólidos urbanos dispostos em aterros. Em Catanduva não há um programa de coleta seletiva implementado pelo
poder público, que abranja o município todo. O que há é um projeto piloto de coleta seletiva porta a porta, implementado em
seis bairros, que ainda será expandido para mais setores da cidade, além de pontos de entrega voluntária. Tal cenário
ainda resulta no envio de material com valor agregado ao aterro sanitário. Uma ressalva importante consiste na
necessidade de a coleta seletiva ser implantada de modo a respeitar o potencial de consumo de cada bairro. Isso significa
FUNDAMENTAÇÃO que bairros que possuam menor potencial de consumo talvez não desejam ceder seus resíduos recicláveis a uma
cooperativa ou associação formal devido, por exemplo, à presença de catadores informais de material reciclável nesses
bairros, e que tenham como meio de subsistência a venda desses materiais a sucateiros e ferros velhos. Portanto, precisa-
se realizar um estudo do potencial de consumo dos bairros anteriormente à expansão da coleta seletiva formal.
É necessário destacar que o município de Catanduva atualmente dispõe seus resíduos sólidos urbanos no aterro sanitário
particular da empresa CGR - Centro de Gerenciamento de Resíduos, que faz parte do grupo Geo Vision SAE. Dessa
maneira, a Prefeitura Municipal pagou, pela disposição dos resíduos em 2012, R$ 54,90 por tonelada, totalizando R$
2.374.410,93 nesse ano. Uma vez que o município não é autossuficiente financeiramente em relação ao manejo de
resíduos sólidos urbanos, e não recebe investimentos do governo federal para o setor, gastos dessa magnitude vêm a
comprometer a sustentabilidade econômico-financeira da entidade gestora.
- Porcentagem de domicílios atendidos pela coleta regular de RDO na zona rural;
- Porcentagem de cobertura do serviço de coleta seletiva no município;
MÉTODO DE
- Índice de comercialização de materiais recicláveis;
ACOMPANHAMENTO (INDICADOR)
- Porcentagem de cobertura de coleta de resíduos compostáveis (úmidos);
- Existência de projeto aprovado para a implantação de aterro sanitário municipal.

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METAS
IMEDIATA – 2 ANOS CURTO PRAZO – 6 ANOS MÉDIO PRAZO – 7 ANOS LONGO PRAZO – 7 ANOS
Meta 1 – Aumentar a porcentagem de Meta 1 (continuação) – Aumentar a Meta 2 (continuação) – Reestruturar, Meta 2 (continuação) – Reestruturar,
cobertura do serviço de coleta regular na porcentagem de cobertura do serviço formalizar e ampliar a coleta seletiva, formalizar e ampliar a coleta seletiva,
zona rural para 50%, beneficiando de coleta regular na zona rural para mantendo 100% da zona urbana mantendo 100% da zona urbana
inicialmente a população mais próxima à 100% (Ações 1 e 2); (respeitando o potencial de consumo (respeitando o potencial de consumo
zona urbana (Ações 1 e 2); Meta 2 (continuação) – Reestruturar, de cada bairro), e atingindo 80% da de cada bairro), e atingindo 100% da
Meta 2 – Reestruturar, formalizar e formalizar e ampliar a coleta seletiva, zona rural, inclusive incluindo zona rural, inclusive incluindo
ampliar a coleta seletiva, atingindo 100% mantendo 100% da zona urbana catadores informais no programa catadores informais no programa
da zona urbana (respeitando o potencial (respeitando o potencial de consumo de (Ações de 3 a 11); (Ações de 3 a 11);
de consumo de cada bairro) e 30% da cada bairro), e atingindo 50% da zona Meta 3 (continuação) – Implementar Meta 4 (continuação) – Implantar
zona rural, inclusive incluindo catadores rural, inclusive incluindo catadores a reinserção de resíduos reutilizáveis sistema de compostagem para
informais no programa (Ações de 3 a 11); informais no programa (Ações de 3 a e recicláveis no mercado, reaproveitamento da matéria orgânica,
Meta 3 – Implementar a reinserção de 11); aumentando o índice de atendendo a 100% da população
resíduos reutilizáveis e recicláveis no Meta 3 (continuação) – Implementar a comercialização para 100% (Ações 12 (Ações 15 a 19).
mercado, aumentando o índice de reinserção de resíduos reutilizáveis e a 14);
comercialização para 40% (Ações 12 a recicláveis no mercado, aumentando o Meta 4 (continuação) – Implantar
14). índice de comercialização para 70% sistema de compostagem para
(Ações 12 a 14); reaproveitamento da matéria
Meta 4 – Implantar sistema de orgânica, atendendo a 50% da
compostagem para reaproveitamento população (Ações 15 a 19).
da matéria orgânica, atendendo a 25%
da população (Ações 15 a 19);
Meta 5 – Realizar estudo econômico
visando averiguar a viabilidade de
implantação de Aterro Sanitário
Municipal para destinação de rejeitos
(Ação 20).

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO DAS AÇÕES
R$ 3.000,00 /
contêiner + R$
2.000,00 /
Ação 1: Instalar containers em locais mais próximos à
Ação Administrativa / adequação de
4.1.1.01 população rural, e não somente nas extremidades da X
Recursos Próprios local = R$
área urbana.
50.000,00
(considerando
10)
Ação 2: Estabelecer uma rota de coleta regular na área
Ação Administrativa / R$ 5.000,00 /
4.1.1.02 rural, obedecendo a uma periodicidade mínima de duas X X
Recursos Próprios anual
vez por semana.
Ação 3: Realizar estudo sobre a necessidade de se criar Ação Administrativa /
4.1.2.03 X R$ 12.000,00
um sistema de transbordo para a coleta seletiva. Recursos Próprios
Ação 4: Ampliar a coleta seletiva, incluindo todos os
Ação Administrativa /
4.1.2.04 condomínios (horizontais e verticais) e áreas rurais, X X X X R$ 500.000,00
Recursos Próprios
levantando a quantidade desses materiais coletados.
Ação 5: Elaborar panfletos para conscientização sobre Ação Administrativa / R$ 2.000,00/
4.1.2.05 X X X X
redução e reciclagem de resíduos gerados na área rural. Recursos Próprios mês
R$ 3.000,00 /
contêiner + R$
2.000,00 /
Ação 6: Implantar postos de entrega voluntária de
Ação Administrativa / adequação de
4.1.2.06 materiais recicláveis, com recipientes acondicionadores, X X
Recursos Próprios local = R$
em locais estratégicos e prédios públicos.
50.000,00
(considerando
10)
Ação 7: Projeto de concepção de cooperativas de
Ação Administrativa /
4.1.2.07 catadores, a fim de organizar a coleta e remunerar os X X R$ 80.000,00
Recursos Próprios
coletores.

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO DAS AÇÕES
Recursos Próprios /
Ação 8: Construir unidade de triagem e equipá-la
SMA / MMA /
4.1.2.08 utilizando as diretrizes propostas pelo Ministério da X X R$ 1.000.000,00
Ministério das
Saúde, fiscalizando o local.
Cidades
Ação 9: Realizar um estudo do potencial de consumo
Ação Administrativa /
4.1.2.09 por bairro visando à implantação da coleta seletiva X R$ 50.000,00
Recursos Próprios
formal.
Ação 10: Promover a divulgação do programa de coleta
seletiva na mídia e junto às instituições de ensino, Ação Administrativa / R$ 10.000,00 /
4.1.2.10 X X X X
bairros, comércio, serviços e indústria, de forma Recursos Próprios mês
continuada.
Ação 11: Sensibilizar os geradores para a separação
Ação Administrativa / R$ 2.000,00 /
4.1.2.11 dos resíduos em três tipos distintos (compostável, X X X X
Recursos Próprios mês
reciclável e rejeito doméstico) na fonte de geração.
Ação 12: Atualizar cadastro para controle de depósitos, Ação Administrativa / R$ 3.000,00 /
4.1.3.12 aparistas, sucateiros e indústrias recicladoras. X X X
Recursos Próprios mês
Ação 13: Criar um setor de comercialização dentro da
associação/cooperativa responsável pela coleta seletiva,
Ação Administrativa /
4.1.3.13 a fim de centralizar a negociação e comercialização do X R$ 50.000,00
Recursos Próprios
material reciclável diretamente com a indústria
recicladora.
Ação 14: Promover o incentivo à atuação conjunta do
poder público e da iniciativa privada para a promoção de
Ação Administrativa / R$ 3.000,00 /
4.1.3.14 eventos, como feiras e brechós com produtos X X
Recursos Próprios mês
elaborados a partir de resíduos reutilizáveis e
recicláveis.
Ação 15: Elaborar projeto executivo de unidade central
Ação Administrativa /
4.1.4.15 de triagem e sistema compostagem, com estudo para X R$ 150.000,00
Recursos Próprios
levantar o local mais apropriado para instalação.
Ação 16: Implementar o projeto da unidade central de
4.1.4.16 X X R$ 500.000,00
triagem e sistema compostagem.

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO DAS AÇÕES
Ação 17: Desenvolver trabalhos de conscientização com
a população sobre a importância da compostagem,
R$ 2.000,00 /
4.1.4.17 instruindo, por meio de cartilhas e cursos, como deve X X X
mês
ocorrer a separação e acondicionamento do material
orgânico.
Ação 18: Desenvolver mecanismos de inserção do R$ 3.000,00 /
4.1.4.18 X X X
produto compostável no mercado. mês
Ação 19: Realizar estudos para incentivar a criação de
sistema de compostagem caseira, principalmente na Ação Administrativa /
4.1.4.19 X R$ 30.000,00
zona rural, inclusive com concessão de benefícios por Recursos Próprios
parte do poder público.
Ação 20: Elaborar estudos econômicos para verificar a
Ação Administrativa /
4.1.5.20 viabilidade de implantação de Aterro Sanitário Municipal X R$ 300.000,00
Recursos Próprios
em Catanduva (estudo e projeto de implantação).
TOTAL DO
TOTAL DOS PROGRAMAS, METAS E AÇÕES - - - R$ 8.716.000,00
OBJETIVO
• (s/o/m/a) = setor / nº do objetivo / nº da meta / nº da ação.

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Tabela 33 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 2.
SETOR 4 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
OBJETIVO 2 Ampliar e otimizar a cobertura do serviço de varrição, poda e capina, roçagem e raspagem.
No que diz respeito aos serviços de varrição é necessário que se incremente gradativamente esse serviço para o
município de Catanduva, principalmente tendo em vista que há deposição irregular de resíduos em sarjetas em alguns
pontos da cidade. Esses resíduos, por vezes, acabam por ser carreados para a rede de microdrenagem, causando
FUNDAMENTAÇÃO problemas como a obstrução de bocas de lobo e, consequentemente, inundações em períodos chuvosos. Para os
serviços de poda e capina, roçagem e raspagem, vincula-se sua importância não só com vistas à melhoria estética dos
locais atendidos, mas também para evitar a proliferação de animais, inclusive de vetores de doenças. Não foi possível
ainda avaliar a situação desses serviços para a cidade de Catanduva devido à carência de dados.
- Extensão varrida anualmente por extensão total de vias.
MÉTODO DE - Índice da área atendida com serviços de capina e roçagem.
ACOMPANHAMENTO (INDICADOR) - Índice de prestação de serviços de poda e corte da arborização.
- Porcentagem do total de resíduos de poda e capina, roçagem e raspagem que é enviada para a compostagem.

METAS
IMEDIATA – 2 ANOS CURTO PRAZO – 6 ANOS MÉDIO PRAZO – 7 ANOS LONGO PRAZO – 7 ANOS
Meta 1 – Varrição implementada em 70% da Meta 1 (continuação) – Varrição Meta 4 (continuação) – Envio de Meta 4 (continuação) – Envio de
extensão das vias (Ações 1 e 2); implementada em 100% da extensão 80% dos resíduos de poda e capina, 100% dos resíduos de poda e
Meta 2 – Serviços de capina e roçagem em 100% das vias (Ações 1 e 2); roçagem e raspagem para a capina, roçagem e raspagem para a
das áreas públicas passíveis do serviço, incluindo Meta 4 – Envio de 50% dos resíduos de compostagem (Ação 5). compostagem (Ação 5).
também a fiscalização das áreas particulares (Ação poda e capina, roçagem e raspagem
3); para a compostagem (Ação 5).
Meta 3 – Redução da quantidade de agregados
miúdos, tais como pedras, lascas de asfalto, entre
outros, nos serviços de varrição (Ação 4).

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO POSSÍVEIS
DESCRIÇÃO ESTIMATIVO
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO FONTES DAS AÇÕES
R$ 1,00 / km vias
Ação varridas. Total de
Ação 1: Ampliar a área atendida pelo serviço de varrição
4.2.1.01 X X Administrativa / R$ 10.000,00 /
utilizando a frequência mínima de uma vez por semana.
Recursos Próprios mês (Estimando
10.000 km/mês)
Ação 2: Implantar programa de sensibilização e conscientização
Ação
da população quanto à limpeza das vias urbanas com o objetivo R$ 2.000,00 /
4.2.1.02 X Administrativa /
de reduzir problemas de obstrução da rede de drenagem em mês
Recursos Próprios
função do acúmulo de lixo nesses sistemas.
R$ 1,00 m2 / por
Ação 3: Ampliar serviços de capina, roçagem e raspagem , de área capinada,
forma a atender todo o município e considerar o incremento Ação roçada e
4.2.2.03 necessário com a expansão urbana e criação de novas áreas X Administrativa / raspada. Total
verdes. Estudar a viabilidade de inclusão de serviço de limpeza Recursos Próprios de R$ 28.000,00
das fezes dos pombos no serviço de raspagem. / mês (estimando
28.000 m2/mês)
Ação 4: Implementar programas continuados de treinamento Ação
R$ 3.000,00 /
4.2.3.04 junto aos varredores e a população, instruindo quais os tipos de X Administrativa /
mês
materiais que serão recolhidos pelo sistema de varrição. Recursos Próprios
Ação 5: Implementar mecanismos operacionais e de Ação
R$ 2.000,00 /
4.2.4.05 conscientização, que regulem o envio dos materiais recolhidos na X X X Administrativa /
mês
poda e capina para a compostagem municipal. Recursos Próprios
TOTAL DO
TOTAIS DOS PROGRAMAS, METAS E AÇÕES - - - R$ 2.328.000,00
OBJETIVO
• (s/o/m/a) = setor / nº do objetivo / nº da meta / nº da ação.

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Tabela 34 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 3.
SETOR 4
Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
OBJETIVO 3
Reduzir a quantidade de resíduos recicláveis e compostáveis enviada para aterro.
Para uma adequada gestão de RSU é necessário se verificar as quantidades de resíduos gerados, principalmente os
recicláveis e compostáveis que deixam de ser reaproveitadas, sendo dispostas em aterro sanitário como se fossem rejeitos.
FUNDAMENTAÇÃO Obviamente a melhor situação possível se daria caso os materiais recicláveis fossem de fato reciclados, e os compostáveis,
compostados, e não dispostos no aterro. Assim, seria possível aproveitar o valor agregado dos materiais, evitar a extração
desnecessária de novas matérias-primas e aumentar a vida útil do aterro.
MÉTODO DE - Porcentagem de resíduos recicláveis presentes entre os resíduos sólidos dispostos em aterro sanitário.
ACOMPANHAMENTO (INDICADOR) - Porcentagem de resíduos compostáveis presentes entre os resíduos sólidos dispostos em aterro sanitário..

METAS
IMEDIATA – 2 ANOS CURTO PRAZO – 6 ANOS MÉDIO PRAZO – 7 ANOS LONGO PRAZO – 7 ANOS
Meta 1 – Porcentagem dos resíduos Meta 1 (continuação) – Porcentagem Meta 1 (continuação) – Porcentagem Meta 1 (continuação) – Porcentagem
recicláveis e compostáveis disposta em dos resíduos recicláveis e compostáveis dos resíduos recicláveis e dos resíduos recicláveis e
aterro reduzida em 30% (Ações de 1 a 3). disposta em aterro reduzida em 50% compostáveis disposta em aterro compostáveis disposta em aterro
(Ações de 1 a 3). reduzida em 80% (Ações de 1 a 3). reduzida em 100% (Ações de 1 a 3).

PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO DAS AÇÕES

Ação 1: Operar o sistema de metas progressivas de


Estado / União / BNDES R$ 3.000,00 /
4.3.1.01 redução da disposição final de massa de lixo em aterro X X X X
/ BID mês
sanitário, devendo ser aterrados apenas os rejeitos.

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO DAS
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO AÇÕES
Ação 2: Implantar programas de educação ambiental,
focando no consumo consciente, no princípio dos 3R’s
(reduzir o consumo, reutilizar materiais e reciclar,
seguindo essa sequência de ações), na importância da Ação Administrativa / R$ 20.000,00 /
4.3.1.02 X X X X
segregação na fonte geradora, na reciclagem de materiais Recursos Próprios mês
e na compostagem de resíduos orgânicos, incentivando o
direcionamento desse materiais para destinações finais
ambientalmente sustentáveis.
Ação 3: Desenvolver programas que beneficiem a
população com benfeitorias no município e propiciem lazer
aos munícipes, sendo esses associados e proporcionados
com recursos financeiros advindos das ações
relacionados a reciclagem e compostagem de materiais.
Um exemplo que pode ser mencionado está associado ao Ação Administrativa / R$ 300.000,00 /
4.3.1.03 X X X X
envio de material reciclável e compostável para o Aterro Recursos Próprios ano
Sanitário. Com programas de reciclagem e compostagem
a quantidade desses materiais disposta em aterro seria
reduzida. O valor financeiro que se deixará de gastar com
essa disposição pode ser revertido para a população por
meio de, por exemplo, shows e eventos.
TOTAL DO
TOTAIS DOS PROGRAMAS, METAS E AÇÕES - - - R$ 12.672.000,00
OBJETIVO
• (s/o/m/a) = setor / nº do objetivo / nº da meta / nº da ação.

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Tabela 35 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 4.
SETOR 4 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
Implementar para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos uma gestão eficiente no que concerne aos
OBJETIVO 4 aspectos administrativo, operacional, financeiro, de planejamento estratégico e sustentabilidade.

A gestão adequada do sistema de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos urbanos é essencial para que seja possível
se conhecer o setor, o que permite identificar e controlar problemas associados, bem como realizar um planeamento
estratégico no sentido de melhorar o atendimento, desenvolvendo bases que permitam responder prontamente à demanda
municipal. Além do mais, a gestão desse sistema permite, entre outras, estabelecer mecanismos de cobrança e remuneração
FUNDAMENTAÇÃO de serviços, definir aspetos legais inerentes ao setor, criar planos que direcionem o manejo de resíduos, bem como as formas
de disposição adequada desses materiais. Outro aspecto importante associado à gestão eficiente é que essa permite criar
condições para que haja uma adequada sistematização de informações acerca de todos os resíduos gerados no município,
com a definição clara de responsabilidades.

- Taxa de empregados em relação à população.


- Autossuficiência financeira da prefeitura com o manejo de resíduos sólidos urbanos.
- Custo unitário médio do serviço de manejo de RSU.
- Porcentagem de grandes geradores que utilizam o serviço de coleta convencional de resíduos.
- Existência de informações atualizadas sobre a geração per capita de resíduos sólidos urbanos.
- Existência de Central de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos em operação.
- Existência de mapa atualizado da rota de movimentação de resíduos sólidos urbanos.
- Existência de mecanismos econômicos para remuneração e cobrança dos serviços prestados e incentivo econômico à
MÉTODO DE
reciclagem.
ACOMPANHAMENTO (INDICADOR)
- Existência de Plano de Resíduos de Construção Civil e periodicidade de revisão.
- Existência e funcionamento adequado da logística reversa para os resíduos especiais.
- Massa de Resíduos de Construção Civil (RCC) coletada pela associação de caçambeiros em relação à coletada em pontos
irregulares pela prefeitura.
- Pontos de disposição irregular de resíduos de construção civil.
- Existência de resíduos depositados na área do antigo lixão.
- Porcentagem dos municípios da microrregião de Catanduva que participa da gestão associada de disposição de resíduos
sólidos.

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METAS
IMEDIATA – 2 ANOS CURTO PRAZO – 6 ANOS MÉDIO PRAZO – 7 ANOS LONGO PRAZO – 7 ANOS
Meta 1 – Autossuficiência técnica e Meta 1 (continuação) – Meta 1 (continuação) – Meta 2 (continuação) – Custo unitário
operacional aumentada da situação atual Autossuficiência técnica e operacional Autossuficiência técnica e operacional médio do serviço de manejo de RSU
para 30% (Ações 1 e 2); aumentada da situação atual para 50% aumentada da situação atual para diminuído em 30% (em relação a 2013)
Meta 3 – Reduzir a zero o percentual de (Ações 1 e 2); 100% (Ações 1 e 2); (Ações de 3 e 4);
grandes geradores que utilizam o serviço Meta 4 (continuação) – Atualização de Meta 2 – Custo unitário médio do Meta 4 (continuação) – Atualização de
de coleta convencional de resíduos e que banco de dados para sistematizar serviço de manejo de RSU diminuído banco de dados para sistematizar
não pagam pelo serviço (Ação 5); informações sobre Resíduos Sólidos e em 20% (em relação a 2013) (Ações 3 informações sobre Resíduos Sólidos e
Meta 4 – Desenvolvimento e atualização viabilizar a articulação do setor com o e 4); viabilizar a articulação do setor com o
de banco de dados para sistematizar Sistema Nacional de Informações sobre Meta 4 (continuação) – Atualização Sistema Nacional de Informações sobre
informações sobre Resíduos Sólidos e Saneamento – SNIS (Ações de 6 a 8); de banco de dados para sistematizar Saneamento – SNIS (Ações de 6 a 8);
viabilizar a articulação do setor com o Meta 5 (continuação) – Instalação e informações sobre Resíduos Sólidos e Meta 6 (continuação) – Atualização
Sistema Nacional de Informações sobre operação da Central de Gerenciamento viabilizar a articulação do setor com o sistemática do mapa da melhor rota de
Saneamento – SNIS (Ações de 6 a 8); de RSU (Ações 9 e 10); Sistema Nacional de Informações movimentação de RSU (Ações de 11 a
Meta 5 – Realizar estudos de alternativas Meta 6 (continuação) – Atualização sobre Saneamento – SNIS (Ações de 15);
técnicas e locacionais para a implantação sistemática do mapa da melhor rota de 6 a 8); Meta 7 (continuação) – Mecanismo
da Central de Gerenciamento de RSU movimentação de RSU (Ações de 11 a Meta 6 (continuação) – Atualização econômico para remuneração e cobrança
e/ou estações de transbordo, bem como 15); sistemática do mapa da melhor rota dos serviços prestados e incentivo
obtenção de recursos e articulação com Meta 7 (continuação) – Mecanismo de movimentação de RSU (Ações de econômico à reciclagem (Ações de 15 a
os agentes envolvidos (Ações 9 e 10); econômico para remuneração e 11 a 15); 17);
Meta 6 – Otimização da rota de cobrança dos serviços prestados e Meta 7 (continuação) – Mecanismo Meta 8 (continuação) – Revisão e
movimentação de RSU (Ações de 11 a incentivo econômico à reciclagem econômico para remuneração e atualização do plano (Ação 18).
15); (Ações de 15 a 17); cobrança dos serviços prestados e
Meta 7 – Mecanismo econômico para Meta 8 (continuação) – Revisão e incentivo econômico à reciclagem
remuneração e cobrança dos serviços atualização do plano (Ação 18); (Ações de 15 a 17);
prestados e incentivo econômico à Meta 9 (continuação) – Meta 8 (continuação) – Revisão e
reciclagem (Ações de 15 a 17); Funcionamento satisfatório dos pontos atualização do plano (Ação 18);
Meta 8 – Plano de resíduos da construção de recebimento dos resíduos especiais, Meta 10 (continuação) – Relação
civil elaborado e implementado (Ação 18); encaminhando a tratamento e/ou entre a quantidade de RCC coletada
Meta 9 – Implementação de pontos de destinação adequada (Ações 19 e 20); por caçambeiros e aquela coletada
recebimento de lâmpadas fluorescentes, Meta 10 (continuação) – Relação entre pela prefeitura em locais irregulares
eletroeletrônicos, óleo de cozinha usado, a quantidade de RCC coletada por reduzida a zero (Ações de 21 a 23);
pilhas e baterias, medicamentos vencidos caçambeiros e aquela coletada pela Meta 11 (continuação) – Número de
e embalagens de agrotóxicos (Ações 19 e prefeitura em locais irregulares reduzida pontos de disposição irregular de
20); em 60% (em relação a 2013) (Ações de RCC e de resíduos volumosos

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Meta 10 – Relação entre a quantidade de 21 a 23); reduzidos a zero (Ações 24 e 25).
RCC coletada por caçambeiros e aquela Meta 11 (continuação) – Número de
coletada pela prefeitura em locais pontos de disposição irregular de RCC
irregulares reduzida em 30% (em relação e de resíduos volumosos reduzidos em
a 2013) (Ações de 21 a 23); 60% (em relação a 2013) (Ações 24 e
Meta 11 – Número de pontos de 25);
disposição irregular de RCC e de resíduos Meta 12 (continuação) – Inexistência
volumosos reduzidos em 30% (em relação de resíduos depositados no local e
a 2013) (Ações 24 e 25); recuperação da área (Ações 26 e 27);
Meta 12 – Operações de limpeza da área Meta 14 – Estruturação interna do
do antigo lixão conforme o PRAD (Ações Centro de Zoonoses (Ações 29 e 30).
26 e 27);
Meta 13 – Realizar estudos para verificar
a viabilidade de implementar a gestão
associada de resíduos sólidos entre os
municípios da microrregião de Catanduva
(Ação 28).
PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO DAS
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO AÇÕES
Ação 1: Aumentar o quadro de colaboradores das áreas
Ação Administrativa /
mais deficitárias do setor, como a coleta de resíduos
Recursos Próprios /
4.4.1.01 sólidos na área rural e o manejo de resíduos da X X X R$ 3.000,00 / mês
Estado / União /
construção civil, contratando mais funcionários sempre
BNDES / BID
que necessário.
Ação 2: Construção de sede própria para a Secretaria
Estado / União /
4.4.1.02 de Meio Ambiente e Agricultura para comportar as novas X R$ 500.000,00
BNDES / BID
demandas do município.
Ação 3: Realizar anualmente o planejamento das
Ação Administrativa /
4.4.2.03 receitas e das despesas do setor de resíduos sólidos, X X R$ 5.000,00 / ano
Recursos Próprios
especificando os gastos por atividade.

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO DAS
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO AÇÕES
Ação 4: Buscar o aumento da eficiência de cada serviço
prestado por meio de melhorias técnico-administrativas,
implementando sistemas de fiscalização, investindo na Ação Administrativa / R$ 300.000,00 /
4.4.2.04 X X
substituição ou atualização de equipamentos, na Recursos Próprios ano
contratação de pessoal, entre outras, quando
necessárias.
Ação 5: Implantar sistema de cadastro de grandes
Ação Administrativa /
4.4.3.05 geradores, bem como daqueles sujeitos a elaboração do X R$ 5.000,00 / ano
Recursos Próprios
PGRS, com informações sobre quantidades geradas.
Ação 6: Elaborar um organograma do setor de resíduos
sólidos do município, atribuindo responsabilidades a Ação Administrativa /
4.4.4.06 X R$ 5.000,00
cada agente envolvido na gestão e na operação do Recursos Próprios
setor, a fim de garantir o melhor funcionamento.
Ação 7: Realizar levantamento de dados quantitativos
dos resíduos sólidos gerados e avaliar a geração per Ação Administrativa /
4.4.4.07 X X X X R$ 3.000,00 / mês
capita e por estabelecimento, atualizando-o Recursos Próprios
periodicamente
Ação 8: Elaborar estudo para definição da geração per
capita dos resíduos sólidos urbanos, com base no
Ação Administrativa /
4.4.4.08 balanço de massas, por macrorregião do município, com X R$ 12.000,00
Recursos Próprios
caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos
sólidos urbanos.

Ação 9: Verificar a possibilidade de angariar recursos


Ação Administrativa /
4.4.5.09 estaduais e/ou federais para investimento no setor, e/ou X X R$ 3.000,00 / mês
Recursos Próprios
estabelecer parcerias público-privadas (PPPs).

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO DAS
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO AÇÕES
Ação 10: Instalar sistema que possua capacidade
mínima de 120 t/dia, considerando, porém, o aumento
progressivo de acordo com o crescimento populacional.
Considerar essa
O sistema deve possuir estruturas e procedimentos, Estado / União /
4.4.5.10 X ação juntamente
direcionados e embasados por meio de estudos BNDES / BID
com a 4.1.2.08
realizados: áreas de transbordo; triagem e
processamento (mecanismos saneadores);
comercialização, entre outros.
Ação 11: Efetuar um levantamento das zonas de
geração de resíduos (zonas residenciais, comerciais,
setores de concentração de lixo público, área de lazer
etc), com respectivas densidades populacionais, Ação Administrativa /
4.4.6.11 X R$ 3.000,00 / mês
tipificação urbanística (informações sobre avenidas, Recursos Próprios
ruas, tipos de pavimentação, extensão, declividade,
sentidos e intensidade de tráfego, áreas de difícil acesso
etc.).
Ação 12: Realizar um estudo da movimentação dos
resíduos, por tipologia, desde sua geração no território Ação Administrativa /
4.4.6.12 X R$ 12.000,00
municipal, visando à identificação do trajeto mais curto e Recursos Próprios
mais seguro até a destinação final.
Ação 13: Definir os veículos coletores e para cada zona,
tomando por base informações seguras sobre a
quantidade e as características dos resíduos a serem Ação Administrativa /
4.4.6.13 X R$ 3.000,00 / mês
coletados e transportados, formas de acondicionamento Recursos Próprios
dos resíduos, condições de acesso aos pontos de coleta
etc.
Ação 14: Elaborar mapa da rota de movimentação de
4.4.6.14 X R$ 5.000,00
RSU otimizada.

Ação 15: Atualizar mapa da rota de movimentação de


4.4.6.15 X X X R$ 5.000,00 / ano
RSU otimizada.

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO DAS
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO AÇÕES
Ação 16: Elaborar estudo para cobrança de taxas e/ou
tarifas decorrentes da prestação de serviço público de
manejo de resíduos sólidos urbanos, a partir de variáveis
como: destinação dos resíduos coletados; peso ou Ação Administrativa /
4.4.7.16 X R$ 5.000,00 / ano
volume médio coletado por habitante ou por domicílio. Recursos Próprios
Este estudo deve ser elaborado com base nos
resultados do estudo de geração per capita de resíduos
sólidos.
Ação 17: Definir critérios para cobrança de serviços de Ação Administrativa /
4.4.7.17 X X X X R$ 5.000,00 / ano
coleta e tratamento de resíduos diferenciados. Recursos Próprios
Ação 18: Elaborar e implementar Plano Municipal
Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Estado / União /
4.4.8.18 X X X X R$ 50.000,00
Construção Civil (RCC) de acordo com a Resolução BNDES / BID
CONAMA n° 307/2002.
Ação 19: Realizar estudo para levantamento das
Ação Administrativa /
4.4.9.19 quantidades de cada tipo de resíduo especial geradas X R$ 5.000,00
Recursos Próprios
no município.
Ação 20: Criar um cadastro dos estabelecimentos a
Ação Administrativa /
4.4.9.20 receberem os resíduos especiais e medicamentos X X R$ 5.000,00
Recursos Próprios
vencidos e informar a população acerca destes.
Ação 21: Criar e implantar sistema de coleta e destino
de resíduos volumosos e de animais mortos a fim de
extinguir pontos de deposição irregular, realizando um
cadastro de todos os coletores (carroceiros) destes
Ação Administrativa /
4.4.10.21 resíduos, adequando a forma de transporte, obedecendo X X R$ 50.000,00
Recursos Próprios
a normas trabalhistas e sanitárias,
inclusive em relação ao uso de força animal, com a
previsão de extinção do uso de animais neste tipo de
transporte.

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO DAS
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO AÇÕES
R$ 3.000,00 /
Ação 22: Criar e implantar postos (Ecopontos) para contêiner + R$
Ação administrativa /
entrega de resíduos volumosos e da construção civil de 2.000,00 /
Governo Federal –
4.4.10.22 pequenos geradores, criando a estrutura necessária, X X adequação de
Ministério das Cidades
realizando a triagem dos resíduos dispostos e local = R$
/ MMA
monitorando a segurança destas áreas. 50.000,00
(considerando 10)

Ação 23: Promover sistematicamente a educação


ambiental com relação ao destino adequado dos
resíduos, incluindo os volumosos, de construção civil de
Ação Administrativa /
4.4.10.23 pequenos geradores e de animais mortos, indicando à X X X R$ 2.000,00 / mês
Recursos Próprios
população e aos transportadores (carroceiros), através
de ampla divulgação, o local adequado para depositar
estes resíduos.

Ação 24: Realizar o levantamento dos locais de


disposição irregular de resíduos da construção civil e de
Ação Administrativa /
4.4.11.24 resíduos volumosos, realizando, posteriormente, o X X X R$ 3.000,00 / mês
Recursos Próprios
cadastramento e o mapeamento de tais locais. Os dados
e informações devem ser atualizados constantemente.
Ação 25: Construir Usina de Resíduo de Construção
4.4.11.25 X 1.500.000,00
Civil, incluindo maquinários.
Ação 26: Elaborar o PRAD e o projeto para Ação Administrativa /
4.4.12.26 X R$ 200.000,00
encerramento do antigo lixão. Recursos Próprios

Ação 27: Promover o encerramento do lixão, a União / Estado /


4.4.12.27 X R$ 500.000,00
recuperação e o monitoramento da área. BNDES/ BID

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO DAS
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO AÇÕES
Ação 28: Realizar estudo de regionalização visando à
gestão integrada e associada de resíduos sólidos na
Ação Administrativa /
4.4.13.28 microrregião de Catanduva, bem como à capacitação de X R$ 5.000,00
Recursos Próprios
agentes públicos e técnicos na gestão integrada e
associada.
Ação 29: Adequar o espaço físico do centro de Ação Administrativa /
4.4.14.29 X R$ 30.000,00
zoonoses para descarte de carcaças de animais Recursos Próprios
Ação 30: Realizar adequação gerencial no centro de Ação Administrativa /
4.4.14.30 X R$ 5.000,00
zoonoses. Recursos Próprios
TOTAL DO
TOTAIS DOS PROGRAMAS, METAS E AÇÕES - - - R$ 10.098.000,00
OBJETIVO
• (s/o/m/a) = setor / nº do objetivo / nº da meta / nº da ação.

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Tabela 36 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 5.
SETOR 4 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
OBJETIVO 5 Regulamentação do Sistema de Resíduos Sólidos, a partir de legislação específica.
A regulamentação dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos é essencial para todos os agentes
FUNDAMENTAÇÃO envolvidos no processo cumpram as determinações definidas, tendo a prefeitura respaldo legal para fazer com que a
gestão dos resíduos ocorra de forma adequada.
MÉTODO DE
- Número de legislações relacionadas ao sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos publicadas no município.
ACOMPANHAMENTO (INDICADOR)

METAS
IMEDIATA – 2 ANOS CURTO PRAZO – 6 ANOS MÉDIO PRAZO – 7 ANOS LONGO PRAZO – 7 ANOS
Meta 1 – Revisão das legislações Meta 1 (continuação) – Revisão das Meta 1 (continuação) – Revisão das Meta 1 (continuação) – Revisão das
promulgadas (Ações 1 a 7); legislações promulgadas (Ações 1 a 7); legislações promulgadas (Ações 1 a legislações promulgadas (Ações 1 a
Meta 2 – Regulamentação do sistema de Meta 8 – Regulamentação do processo 7). 7).
coleta seletiva (Ações 8 e 9); de compostagem no município (Ação
Meta 3 – Regulamentação do sistema de 16);
coleta e tratamento de resíduos de construção Meta 9 – Regulamentação da logística
civil (Ação 10); reversa, com o intuito de coletar
Meta 4 – Regulamentação que obriga a resíduos especiais, destacando-se
entrega anual do PGRS e estabeleça seu medicamentos vencidos e pneus
conteúdo mínimo a ser analisado (Ações 11 e (Ações de 17 a 19);
12); Meta 10 – Realizar estudos para avaliar
Meta 5 – Regulamentação de lei que a possibilidade de estabelecer parcerias
diferencie pequenos gerados dos médios e e consócios para destinação de
grandes geradores (Ação 13); resíduos passíveis de Logística
Meta 6 – Estabelecimento de lei que regule Reversa (Ações 20 e 21).
sobre advertência e multa para despejo
irregular e falta de limpeza de terrenos
particulares (Ação 14);
Meta 7 – Estabelecimento de lei que
regulamente a educação ambiental no
município (Ação 15);

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO DAS AÇÕES
Ação 1: Avaliar a legislação municipal existente e o Plano
Diretor Participativo, com o propósito de identificar lacunas Ação Administrativa / R$ 5.000,00 /
4.5.1.01 X X X X
ainda não regulamentadas, inconsistências internas e outras Recursos Próprios período
complementações necessárias.
Ação 2: Criar regulamento definindo a forma de recolhimento
Ação Administrativa / R$ 10.000,00 /
4.5.1.02 e adequando a taxa de coleta de lixo na legislação tributária X X X X
Recursos Próprios período
para o caso do grande gerador.
Ação 3: Criar regulamentação para posturas relativas às
matérias de higiene, limpeza, segurança e outros
procedimentos públicos relacionados aos resíduos sólidos,
Ação Administrativa /
4.5.1.03 bem como os relativos à sua segregação, acondicionamento, X R$ 10.000,00
Recursos Próprios
disposição para coleta, transporte e destinação, disciplinando
aspectos da responsabilidade compartilhada e dos sistemas
de logística reversa.
Ação 4: Criar regulamento para disciplinar a operação de
transportadores e receptores de resíduos privados Ação Administrativa /
4.5.1.04 X R$ 10.000,00
(transportadores de entulhos, resíduos de saúde, resíduos Recursos Próprios
industriais, sucateiros e ferro velhos, outros).
Ação 5: Criar regulamento para estabelecer procedimentos
Ação Administrativa /
4.5.1.05 para a mobilização e trânsito de cargas perigosas no X R$ 10.000,00
Recursos Próprios
município ou na região.
Ação 6: Criar regulamento para definição dos instrumentos e
Ação Administrativa /
4.5.1.06 normas de incentivo para o surgimento de novos negócios X R$ 10.000,00
Recursos Próprios
com resíduos.
Ação 7: Criar legislação para definição do órgão colegiado,
as representações e a competência para participação no Ação Administrativa /
4.5.1.07 X R$ 10.000,00
controle social dos serviços públicos de limpeza urbana e Recursos Próprios
manejo de resíduos.

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO DAS AÇÕES
Ação 8: Realizar os estudos técnicos necessários para
Ação Administrativa /
4.5.2.08 regulamentação do sistema de coleta seletiva em termos X R$ 5.000,00
Recursos Próprios
operacionais.
Ação 9: Criar regulamento que exija a separação dos Ação Administrativa /
4.5.2.09 X R$ 10.000,00
resíduos domiciliares na fonte. Recursos Próprios
Ação 10: Criar legislação e regulamento que definam o
conceito de grande e pequeno gerador de RCC e de resíduos
volumosos, articulando a autorização de construção/reforma
da Prefeitura Municipal com o cadastro dos geradores, Ação Administrativa / R$ 10.000,00
4.5.3.10 X
estabelecendo procedimentos para exercício das Recursos Próprios
responsabilidades de ambos e criando mecanismos para
erradicar a disposição irregular de RCC e de resíduos
volumosos, como por exemplo, a aplicação de multas.
Ação 11: Criar regulamento que exija a entrega do PGRS,
Ação Administrativa / R$ 10.000,00
4.5.4.11 definindo como data limite o dia 30/03 do ano seguinte ao de X
Recursos Próprios
referência.
Ação 12: Criar regulamento para estabelecer procedimentos
Ação Administrativa /
4.5.4.12 relativos aos Planos de Gerenciamento que precisam ser R$ 10.000,00
Recursos Próprios
recepcionados e analisados no âmbito local.
Ação 13: Criar regulamento que diferencie pequenos gerados
Ação Administrativa / R$ 10.000,00
4.5.5.13 dos médios e grandes geradores, atribuindo-lhes suas X
Recursos Próprios
responsabilidades.
Ação 14: Melhorar a eficiência do sistema de manutenção e
limpeza de lotes particulares, através da atualização imediata
da lei ou decreto específico regulamentando o sistema de Ação Administrativa / R$ 10.000,00
4.5.6.14 X
execução dos serviços, bem como advertências e cobranças Recursos Próprios
de valores /multas a serem aplicadas ao proprietário dos lotes
particulares.
Ação 15: Criar legislação para regulamentar a educação
Ação Administrativa /
4.5.7.15 ambiental no município, abordando todos os agentes X R$ 10.000,00
Recursos Próprios
envolvidos (escolas, população em geral, funcionários da

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO DAS AÇÕES
prefeitura, catadores, associações, entre outros).

Ação 16: Realizar os estudos técnicos necessários para


Ação Administrativa /
4.5.8.16 regularização do sistema de compostagem em termos X R$ 5.000,00
Recursos Próprios
operacionais.
Ação 17: Criar legislação para regulamentar a logística
reversa em nível municipal, versando sobre a entrega, por
parte da população, e o recebimento, por parte dos Ação Administrativa /
4.5.9.17 X R$ 10.000,00
estabelecimentos comerciais e industriais, dos resíduos Recursos Próprios
especiais, como medicamentos vencidos, pilhas e baterias,
eletroeletrônicos, lâmpadas fluorescentes.
Ação 18: Criar um cadastro, por tipologia de resíduos, com
Ação Administrativa /
4.5.9.18 os locais para disposição dos materiais passíveis de Logística X R$ 5.000,00
Recursos Próprios
Reversa.
Ação 19: Regulamentação de tarifações a serem cobradas
Ação Administrativa /
4.5.9.19 pela prefeitura caso ela assuma a recepção dos resíduos X R$ 10.000,00
Recursos Próprios
passíveis de logística reversa
Ação 20: Estudos sobre a possibilidade de estabelecer
Ação Administrativa /
4.5.10.20 consórcios para destinação de resíduos da logística reversa, X R$ 5.000,00
Recursos Próprios
em especial pneus;
Ação 21: Estudos sobre a possibilidade de estabelecer
Ação Administrativa /
4.5.10.21 parcerias para destinação de resíduos da logística reversa, X R$ 5.000,00
Recursos Próprios
em especial pneus;
TOTAIS DOS PROGRAMAS, METAS E AÇÕES TOTAL DO
- - - R$ 225.000,00
OBJETIVO
• (s/o/m/a) = setor / nº do objetivo / nº da meta / nº da ação.

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Tabela 37 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 6.
SETOR 4 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
Alcançar o pleno atendimento à legislação ambiental aplicável em todos os subprocessos integrantes do sistema de
OBJETIVO 6
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (geração, coleta e disposição final).

O atendimento à legislação ambiental aplicável é essencial para que o sistema cumpra as leis de proteção e preservação
FUNDAMENTAÇÃO
do meio ambiente nos níveis federal, estadual e municipal.

MÉTODO DE
- Empreendimentos licenciados.
ACOMPANHAMENTO (INDICADOR)

METAS
IMEDIATA – 2 ANOS CURTO PRAZO – 6 ANOS MÉDIO PRAZO – 7 ANOS LONGO PRAZO – 7 ANOS
Meta 1 – Regularização dos Meta 2 (continuação) – Obtenção do Meta 2 (continuação) – Obtenção do Meta 2 (continuação) – Obtenção do
licenciamentos e certificados ambientais licenciamento e dos certificados licenciamento e dos certificados licenciamento e dos certificados
da infraestrutura existente relacionadas ao ambientais dos processos / ambientais dos processos / ambientais dos processos /
sistema de resíduos sólidos (Ação 1); infraestrutura a serem implantados, infraestrutura a serem implantados, infraestrutura a serem implantados,
Meta 2 – Obtenção do licenciamento e necessários ao manejo adequado dos necessários ao manejo adequado dos necessários ao manejo adequado dos
dos certificados ambientais dos processos resíduos sólidos (Ações 2 a 4); resíduos sólidos (Ações 2 a 4); resíduos sólidos (Ações 2 a 4);
/ infraestrutura a serem implantados, Meta 3 (continuação) – Meta 3 (continuação) – Meta 3 (continuação) –
necessários ao manejo adequado dos Acompanhamento das licenças e Acompanhamento das licenças e Acompanhamento das licenças e
resíduos sólidos (Ações 2 a 4); certificados ambientais (Ação 5). certificados ambientais (Ação 5). certificados ambientais (Ação 5).
Meta 3 – Acompanhamento das licenças e
certificados ambientais (Ação 5).
PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO DAS AÇÕES
Ação 1: Realizar o licenciamento e solicitar os
certificados ambientais das unidades do sistema de Ação Administrativa /
4.6.1.01 X R$ 10.000,00
resíduos sólidos em funcionamento, protocolando a Recursos Próprios
solicitação no órgão ambiental.
Ação 2: Realizar estudos técnicos para levantamento
Ação Administrativa /
4.6.2.02 dos processos que serão implementados e que X R$ 5.000,00
Recursos Próprios
necessitarão de licenciamento e certificados ambientais.

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO DAS AÇÕES
Ação 3: Realizar o licenciamento ambiental das áreas
onde serão implantadas a Central de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos Urbanos, pontos de transbordo
Ação Administrativa /
4.6.2.03 (quando e se necessário), Usinas de Resíduos de X X R$ 30.000,00
Recursos Próprios
Construção Civil, Usinas de Recicláveis e Compostáveis,
das áreas de transbordo dos resíduos especiais, entre
outras.
Ação 4: Solicitar Certificado de Movimentação de
Resíduos de Interesse Ambiental – CADRI, para o Ação Administrativa /
4.6.2.04 X X R$ 20.000,00
transporte e movimentação de resíduos, principalmente Recursos Próprios
os considerados especiais.
Ação 5: Verificar os prazos de validade e promover
Ação Administrativa / R$ 3.000,00 /
4.6.3.05 estudos complementares para manutenção das licenças X X X X
Recursos Próprios mês
e certificados ambientais.
TOTAIS DOS PROGRAMAS, METAS E AÇÕES TOTAL DO
- - - R$ 857.000,00
OBJETIVO
• (s/o/m/a) = setor / nº do objetivo / nº da meta / nº da ação.

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Tabela 38 – Avaliação e descrição dos programas e ações propostos relacionados ao Sistema de Resíduos Sólidos, Objetivo 7.
SETOR 4 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
Garantir canais de comunicação com a sociedade e mobilização social e promover ações continuadas em educação
OBJETIVO 7
ambiental.
A democratização das informações referentes aos RSU é fundamental para que a população possa expressar sua opinião
em relação ao sistema, auxiliando no processo de gestão deste.
No que diz respeito às políticas e programas voltados à melhoria da gestão dos resíduos sólidos, para que esses sejam
implementados de fato, é necessário que a população esteja a par da importância de, na medida do possível, não gerar
resíduos ou reduzir essa geração, e de reutilizar e reciclar materiais sempre que viável. A educação ambiental se insere
nesse contexto, promovendo a exposição de forma clara e em uma linguagem compatível com o público a relevância dessa
questão e da contribuição individual (por exemplo: segregação dos resíduos na fonte, redução no uso de sacolas plásticas,
preferência por produtos com refis etc.) e coletiva (organização de associações, fiscalização e cobrança do poder público
etc.). É importante ressaltar que a educação ambiental, que abordará o tema dos resíduos sólidos, entre outros, deve ser
implementada não somente no ambiente de educação formal (escolas e demais instituições de ensino), mas também nas
FUNDAMENTAÇÃO
atividades de educação não formal, como em associações de bairros, sindicatos, igrejas, encontros da terceira idade etc.
As ações de educação ambiental a serem desenvolvidas devem constar em um Plano Municipal de Educação Ambiental.
Em Catanduva, apesar de algumas informações terem sido consolidadas para a elaboração do Plano Municipal de
Saneamento Básico, observa-se que esses dados ainda não se encontram facilmente acessíveis à população.
No que diz respeito a canais de comunicação entre a população e o poder público, destaca-se que esses canais são de
extrema importância para que haja a efetiva participação popular no setor. Em Catanduva, não foram observados canais
específicos para a participação da população nas questões referentes aos RSU, o que gera uma situação muito
desfavorável em relação a esse indicador. Assim, visando a sua melhoria, a prefeitura de Catanduva, por meio da
Secretaria de Comunicação, deve realizar campanhas de informação e conscientização ambiental no que diz respeito aos
resíduos sólidos.
- Número de eventos oficiais realizados no município por ano voltados à conscientização da população sobre os resíduos
sólidos.
MÉTODO DE - Existência de informações atualizadas, sistematizadas e disponibilizadas para a população.
ACOMPANHAMENTO (INDICADOR) - Participação da população através de canais específicos para gestão dos RSU.
- Índice de respostas satisfatórias a reclamações.

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METAS
IMEDIATA – 2 ANOS CURTO PRAZO – 6 ANOS MÉDIO PRAZO – 7 ANOS LONGO PRAZO – 7 ANOS
Meta 1 – Aumento de 100% (em relação a Meta 1 (continuação) – Aumento de Meta 1 (continuação) – Aumento de Meta 1 (continuação) – Aumento de
2013) no número de eventos anuais no 150% (em relação a 2013) no número 180% (em relação a 2013) no número 200% (em relação a 2013) no número de
município voltados à conscientização de eventos anuais no município de eventos anuais no município eventos anuais no município voltados à
acerca do correto manejo dos resíduos voltados à conscientização acerca do voltados à conscientização acerca do conscientização acerca do correto
sólidos (Ações de 1 a 4); correto manejo dos resíduos sólidos correto manejo dos resíduos sólidos manejo dos resíduos sólidos (Ações de 1
Meta 2 – Dados e informações sobre o (Ações de 1 a 4); (Ações de 1 a 4); a 4);
sistema de resíduos sólidos Meta 3 (continuação) – População Meta 3 (continuação) – População Meta 3 (continuação) – População
sistematizados e disponibilizados à instruída para a participação ativa na instruída para a participação ativa na instruída para a participação ativa na
população, inclusive via website (Ações de gestão dos RSU (Ações de 8 a 12); gestão dos RSU (Ações de 8 a 12); gestão dos RSU (Ações de 8 a 12);
5 a 7); Meta 4 (continuação) – Índice de Meta 4 (continuação) – Índice de Meta 4 (continuação) – Índice de
Meta 3 – População instruída para a respostas a reclamações de 70% respostas a reclamações de 90% respostas a reclamações de 100%
participação ativa na gestão dos RSU (Ações 13 e 14); (Ações 13 e 14); (Ações 13 e 14);
(Ações de 8 a 12); Meta 5 – Instrução sobre a utilização Meta 5 (continuação) – Instrução Meta 5 (continuação) – Instrução sobre
Meta 4 – Obtenção de um índice inicial de dos serviços específicos de RSU pela sobre a utilização dos serviços a utilização dos serviços específicos de
respostas satisfatórias a reclamações de população (Ação 15). específicos de RSU pela população RSU pela população (Ação 15).
60% (Ações 13 e 14). (Ação 15).

PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO DAS
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO AÇÕES
Ação 1: Elaborar o Plano Municipal de Educação Ação Administrativa /
4.7.1.01 X R$ 100.000,00
Ambiental. Recursos Próprios
Ação 2: Realizar campanhas educativas permanentes
tendo em vista a sensibilização e a conscientização
popular acerca da importância da separação,
acondicionamento e disposição adequada dos resíduos, Ação Administrativa /
4.7.1.02 X X X X R$ 2.000,00 / mês
bem como sobre o princípio dos 3 Rs (Reduzir, Reutilizar Recursos Próprios
e Reciclar). As Secretarias de Educação e de
Comunicação devem estar envolvidas em tais
campanhas.

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO DAS
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO AÇÕES
Ação 3: Implantar cursos de capacitação visando à
Ação Administrativa / R$ 20.000,00 /
4.7.1.03 sustentabilidade de associações/cooperativas de X X X X
Recursos Próprios período
catadores.
Ação 4: Promover, por meio da Secretaria de
Comunicação, a realização de reuniões e seminários Ação Administrativa / R$ 10.000,00 /
4.7.1.04 X X X X
para o esclarecimento quanto à destinação final dos Recursos Próprios período
resíduos sólidos do município.
Ação 5: Sistematizar, por meio do Setor de Informática
da prefeitura, as informações existentes relacionadas ao
Ação Administrativa /
4.7.2.05 manejo de resíduos sólidos em um banco de dados, e X R$ 10.000,00
Recursos Próprios
levantar dados e informações que se fizerem
necessários.
Ação 6: Disponibilizar anualmente o banco de dados à
população, como em web sites e sites oficiais para Ação Administrativa /
4.7.2.06 X X X X R$ 1.000,00 / mês
resíduos (Portal da Transparência para resíduos). Recursos Próprios
Atribuição do Setor de Informática da prefeitura.
Ação 7: Contratar equipe responsável para manutenção R$ 15.000,00 /
4.7.2.07 X X X X
das informações a serem disponibilizadas e do site. período

Ação 8: Apoiar e incentivar programas de educação Ação Administrativa / R$ 15.000,00 /


4.7.3.08 X X X X
ambiental na educação formal (escolas). Recursos Próprios período
Ação 9: Apoiar e incentivar programas de educação
ambiental na educação não formal (associações de Ação Administrativa / R$ 20.000,00 /
4.7.3.09 X X X X
bairro, igrejas, sindicatos, encontros da terceira idade, Recursos Próprios período
entre outros).
Ação 10: Instituir um programa permanente para a
conscientização da população exclusivamente sobre os Ação Administrativa / R$ 20.000,00 /
4.7.3.10 X X X X
resíduos sólidos. Esta ação deve envolver as Recursos Próprios período
Secretarias de Comunicação e de Educação.
Ação Administrativa /
4.7.3.11 X X X X R$ 2.000,00 / mês
Ação 11: Incentivar a separação dos materiais e sua Recursos Próprios

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PROGRAMAS E AÇÕES
CUSTOS CUSTO
CÓDIGO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES ESTIMATIVO DAS
(s/o/m/a)* IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO AÇÕES
valorização econômica. Para a correta separação dos
resíduos, podem ser concedidos descontos na tarifa,
com benefícios para as atividades de triagem,
diminuindo os custos envolvidos na coleta.

Ação 12: Realizar eventos públicos (como audiências)


periodicamente, com o intuito de informar a população
Ação Administrativa / R$ 10.000,00 /
4.7.3.12 sobre a situação do manejo de resíduos sólidos no X X X X
Recursos Próprios período
município e receber sugestões/reclamações. Atribuição
da Secretaria de Comunicação.
Ação 13: Criar serviço de atendimento aos usuários,
com procedimentos que viabilizem o acompanhamento
das ações em relação às reclamações realizadas, Ação Administrativa / R$ 30.000,00 /
4.7.4.13 X X X X
atendendo às demandas de maneira rápida e eficiente. Recursos Próprios período
Atribuição da Secretaria de Comunicação e, em partes,
do Setor de Informática.
Ação 14: Realizar periodicamente pesquisas de
percepção e satisfação com a população para obter
Ação Administrativa /
4.7.4.14 feedbacks dos serviços prestados, de maneira a verificar X X X X R$ 5.000,00 / mês
Recursos Próprios
os pontos passíveis de melhorias. Atribuição da
Secretaria de Comunicação.
Ação 15: Instruir a população, por meio da realização de
cursos de capacitação, sobre a utilização dos serviços R$ 20.000,00 /
4.7.5.15 X X X
disponibilizados sobre resíduos. Atribuição da Secretaria período
de Comunicação.
TOTAIS DOS PROGRAMAS, METAS E AÇÕES TOTAL DO
- - - R$ 3.532.000,00
OBJETIVO
• (s/o/m/a) = setor / nº do objetivo / nº da meta / nº da ação.

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8.4.4. Resumo dos Custos Estimados para Adequação do Setor de
Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos em 20 anos

Considerando que a implementação das ações propostas neste plano


resultará na adequação do setor aos moldes requeridos pela Lei de
Saneamento Básico, os custos estimados para que esta adequação se dê, ao
longo do horizonte de planejamento, estão resumidos no quadro que segue

Quadro 50 – Resumo dos custos estimados das ações propostas no PISB


(em R$)
Imediato Curto Médio Longo
Total Geral
Objetivo (2 anos) (6 anos) (7 anos) (7 anos)
R$
R$ R$ R$ R$
Objetivo 1 857.954,55 3.343.863,65 2.509.090,90 2.005.090,90 8.716.000,00
Objetivo 2 984.000,00 1.008.000,00 168.000,00 168.000,00 2.328.000,00
Objetivo 3 1.152.000,00 3.456.000,00 4.032.000,00 4.032.000,00 12.672.000,00
Objetivo 4 784.795,45 3.695.386,37 3.144.909,09 2.472.909,09 10.098.000,00
Objetivo 5 130.000,00 65.000,00 15.000,00 15.000,00 225.000,00
Objetivo 6 87.000,00 239.076,92 278.923,08 252.000,00 857.000,00
Objetivo 7 732.000,00 880.000,00 1.000.000,00 1.000.000,00 3.612.000,00
Total Geral 4.727.750,00 12.687.326,94 11.147.923,07 9.944.999,99 38.508.000,00

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9. INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E
AMBIENTAL DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA
URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso VI

O diagnóstico do município apontou que existem diversos problemas


relacionados à limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Deste modo, são
sugeridos alguns indicadores, permitindo avaliar a necessidade de novos
projetos para o adequado manejo dos resíduos sólidos ou se o sistema como
está estruturado é eficiente. Para cada objetivo específico do setor será
levantado pelo menos um indicador, devendo este ser aferido e atualizado
anualmente pela Prefeitura Municipal para um melhor acompanhamento da
evolução atingida com a implementação das ações relacionadas a cada
objetivo.
Ressalta-se que, na fase de elaboração do diagnóstico do setor de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (relatório 2), foram já listados
alguns indicadores visando auxiliar na avaliação da situação atual de
Catanduva. Estes indicadores foram inseridos na avaliação das metas e ações
propostas neste capítulo do PISB, conforme os objetivos propostos. No
entanto, houve a necessidade de se adaptar esse levantamento de indicadores
à etapa atual, substituindo alguns e adicionando outros mais específicos para a
averiguação do atendimento dos objetivos e para a proposição das metas e
das ações que abordem a evolução das áreas ainda passíveis de melhorias.
Grande parte dos indicadores foi proposta com base no Sistema
Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), para o qual o município
deve fornecer informações sobre a situação do Saneamento Básico, no
sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, além do Plano de
Saneamento Básico do município de Catanduva.
Conforme foi verificado nas tabelas apresentadas anteriormente, no
8.4.3, alguns indicadores estabelecidos para a avaliação do desempenho dos
serviços do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos de
Catanduva são qualitativos, outros, quantitativos. As equações para a obtenção
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dos últimos são detalhadas a seguir. Ressalta-se que, nas referidas tabelas, foi
descrita a importância de cada indicador para o PISB na avaliação da evolução
das metas, e assim, na verificação do atendimento aos objetivos propostos.

Indicadores relacionados ao objetivo 1:

a) Porcentagem de domicílios atendidos pela coleta regular de RDO na zona


rural

97!
67!68 = ; 100
9:!
Em que:
IDARDO = Porcentagem de domicílios atendidos pela coleta regular
de RDO na zona rural (%);
(DAR) = número de domicílios existentes nas ruas por onde passa o
caminhão da coleta convencional (nº de domicílios);
(DTR) = número de domicílios totais rurais (nº de domicílios).

O indicador porcentagem de domicílios atendidos pela coleta regular de


RDO na área rural foi estabelecido no intuito de se verificar a evolução da
coleta regular na zona rural. Isso porque hoje essa é a área mais deficiente no
que concerne à coleta de resíduos sólidos em Catanduva, onde apenas 12,8%
da população é atendida pelo serviço de coleta convencional.
Para que seja possível realizar o cálculo desse indicador é necessário
que, em um primeiro momento, seja realizado um levantamento junto ao
Cartório de Registro de Imóveis ou ao INCRA – Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária sobre a quantidade de domicilios localizados
na zona rural, bem como sua localização, por rua. Após a identificação dos
domicílios, e a rua em que os mesmos estão localizados, verifica-se qual é a
rota da coleta convencional na zona rural, identificando as ruas pelas quais os
caminhões da coleta passam. De posse das informações sobre quais ruas
fazem parte dessa rota, verifica-se a quantidade de domicílios situados nessas
ruas e que, consequentemente, são atendidos pela coleta convencional.

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b) Porcentagem de cobertura do serviço de coleta seletiva no município

(9 (<= + 9 (<! )
< = ; 100
001

9 (<= 9 (<!
<= = ; 100 <! = ; 100
002 (001 − 002)

Em que:
ICS = Porcentagem de cobertura do serviço de coleta seletiva
de RDO no município (%);
ICSU = Porcentagem de cobertura do serviço de coleta seletiva
de RDO na área urbana (%);
ICSR = Porcentagem de cobertura do serviço de coleta seletiva
de RDO na área rural (%);
DomCSU = Número de domicílios existentes nas ruas da zona
urbana por onde passa o caminhão da coleta seletiva
(nº de domicílios);
DomCSR = Número de domicílios existentes nas ruas da zona rural
por onde passa o caminhão da coleta seletiva (nº de
domicílios);
Ge001 = Domicílios totais (IBGE) (domicílios);
Ge002 = Domicílios da zona urbana (SNIS) (domicílios).

O indicador permitirá verificar qual porcentagem das residências totais


do município (urbana e rural) é atendida pela coleta seletiva. Pode ser
destrinchado para as áreas urbana e rural, tendo em vista averiguar qual delas
é mais deficitária em relação à coleta seletiva para melhor direcionar as ações
de melhoria.
Visando ao cálculo do indicador para a cidade de Catanduva, é
necessário primeiramente que se levantem os dados sobre a quantidade de
domicílios localizados nas ruas por onde passa o caminhão da coleta seletiva.
Verifica-se, no entanto, que atualmente a cidade não possui programa
estruturado de coleta seletiva que atenda a todo o município. O que a cidade
iniciou em agosto de 2013 foi um projeto piloto de coleta porta a porta que

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começou atendendo três bairros pré-selecionados, e em outubro de 2013
expandiu esse número para seis bairros. Além disso, novos PEVs foram
instalados.
Dada a importância da realização da reciclagem no contexto do manejo
dos resíduos sólidos urbanos, é necessário também que esta seja efetuada de
maneira organizada, tendo em vista um maior controle e transparência na
gestão da reciclagem, facilitando averiguar pontos estratégicos passíveis de
melhorias.

c) Índice de Comercialização de Materiais Recicláveis

"!
 ! = ; 100
"!!
Em que:
ICMR = Índice de comercialização de materiais recicláveis (%);
MRC = quantidade de material reciclável comercializado (kg);
MRR = quantidade total de resíduos recicláveis recuperados (kg).

Sugere-se um indicador para obter a quantidade de material reciclável


que é comercializado e, portanto, reinserido na cadeia produtiva, em relação ao
total de resíduos coletados.
Quanto menor o índice, menos materiais recicláveis gerados no
município são efetivamente comercializados e, portanto, maior o potencial
ainda inexplorado de reinserção dos resíduos e de geração de renda. Esta, por
sua vez, pode ser revertida em novos projetos de coleta seletiva e reciclagem,
além de incentivar programas sociais existentes, que trabalham ativamente
com associação de catadores. Assim, configura-se um círculo virtuoso, em que
a melhoria no índice de comercialização dos materiais recicláveis gera mais
investimentos nos projetos relacionados à reciclagem e à coleta seletiva que,
por sua vez, provocam a melhoria no índice.
O índice de Catanduva, de apenas 13,13%, mostra-se ainda baixo,
fazendo notar a necessidade de incentivos tanto às ações que venham a

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melhorar a coleta seletiva quanto à articulação dos atores envolvidos na
comercialização de materiais recicláveis.

d) Porcentagem de cobertura de coleta de resíduos compostáveis (úmidos)

(9 (!= + 9 (!! )
! = ; 100
001

9 (!=
!= = ; 100
002

9 (!!
!! = ; 100
(001 − 002)

Em que:
IRC = Porcentagem de cobertura do serviço de coleta de
resíduos compostáveis no município (%);
IRCU = Porcentagem de cobertura do serviço de coleta de
resíduos compostáveis de RDO na área urbana (%);
IRCR = Porcentagem de cobertura do serviço de coleta de
resíduos compostáveis de RDO na área rural (%);
DomRCU = Número de domicílios existentes nas ruas da zona
urbana por onde passa o caminhão da coleta de
compostáveis (nº de domicílios);
DomRCR = Número de domicílios existentes nas ruas da zona
rural por onde passa o caminhão da coleta de
compostáveis (nº de domicílios);
Ge001 = Domicílios totais (IBGE) (domicílios);
Ge002 = Domicílios da zona urbana (SNIS) (domicílios).

O indicador permitirá verificar qual porcentagem das residências totais


do município (urbana e rural) é atendida pela coleta de resíduos passíveis de
serem compostados. Pode também ser dividido para as áreas urbana e rural,
tendo em vista averiguar qual delas é mais deficitária em relação à coleta de
resíduos úmidos (matéria orgânica) para melhor direcionar as ações de
melhoria.

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Inicialmente, deve-se realizar a implementação do sistema de
compostagem em Catanduva, uma vez que o município não o possui. Em
seguida, a fim de se efetuar o cálculo do indicador para o monitoramento,
precisa-se que sejam levantados os dados sobre qual porcentagem das
residências totais do município (urbana e rural) é atendida pela coleta de
compostáveis.

Relacionado ao objetivo 2:

a) Extensão varrida anualmente por extensão total de vias

(010 + 011)
>7? = ; 100
@A0+B
Em que:
IVAB = Indicador de extensão total anual varrida na área urbana
(%);
Va010 = extensão de sarjeta varrida pelos agentes públicos (km);
Va011 = extensão de sarjeta varrida por agentes privados (km);
Lvias = extensão das vias pavimentadas (km).

O indicador foi adaptado do SNIS (2010) e avalia o serviço de varrição


em relação à extensão das vias pavimentadas do município. Conforme o SNIS
(2010), foram varridos em Catanduva 50.640 km de sarjetas pela empresa
terceirizada ARCLAN, contratada pela prefeitura, o que fornece uma média de
4.220 km/mês. Em 2012, a ARCLAN varreu, em média, 4.084 km de sarjetas
por mês. Conhecendo-se a extensão total das vias, será possível verificar a
situação atual de Catanduva quanto a esse indicador e compará-la com os
cenários futuros, averiguando se houve melhorias.

b) Índice da área atendida com serviços de capina e roçagem

D+C
+C = ; 100
D:E+C

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Em que:
ICap = Índice da área atendida com serviços de capina e roçagem
(%);
ACap = área atendida com o serviço de capina e roçagem (m²);
ATcap = área total passível de ser atendida pelo serviço de capina e
roçagem (m²).

Por meio desse indicador é possível aferir o percentual de áreas


atendidas com o serviço em relação ao total de áreas passíveis de serem
atendidas pelo serviço.
É essencial que o indicador proposto para o monitoramento do serviço
possua valor satisfatório.
Não foi possível ainda efetuar o cálculo para a obtenção deste
indicador para a cidade de Catanduva devido à carência de dados.

c) Índice de prestação de serviços de poda e corte da arborização

HCFG+
CFG+ = ; 100
HCIG0GF
Em que:
Ipoda = Índice de prestação de serviços de poda e corte da
arborização (%);
Npoda = número de serviços de poda e corte da arborização
(número de poda e corte);
Npedido = número de pedidos liberados para a realização de podas e
cortes (número de pedidos autorizados).

É possível verificar, por meio desse indicador, o percentual de serviços


prestados de poda e corte da arborização em relação ao total de pedidos
liberados para prestação. Também não foi possível ainda efetuar seu cálculo
para a cidade de Catanduva devido à falta de dados.

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d) Porcentagem do total de resíduos de poda e capina, roçagem e raspagem
que é enviada para a compostagem

"J!!
J!! = ; 100
"J!! +
009

Em que:
IPCRR = Porcentagem do total de resíduos de poda e capina, roçagem
e raspagem que é enviada para compostagem (%);
MPCRR = quantidade de resíduos de poda e capina, roçagem e
raspagem que é enviada para compostagem (t/ano);
Cs009 = quantidade total de materiais (t/ano).

O indicador de “porcentagem do total de resíduos de poda e capina,


roçagem e raspagem que é enviada para a compostagem” torna-se importante
a partir do pressuposto de que esses materiais são compostáveis e não devem
ser enviados ao aterro, já que ainda não chegaram ao final da sua vida útil.
Quando o município implementar o programa de compostagem, esses
materiais serão utilizados nesse processo. Assim, por meio desse indicador,
verifica-se, do total gerado, qual a porcentagem de materiais de poda e capina,
roçagem e raspagem que são enviados à compostagem. Também não foi
possível ainda efetuar seu cálculo para a cidade de Catanduva devido à falta
de dados.

Relacionado ao objetivo 4:

a) Taxa de empregados em relação à população

(015 + 016)
K-1E = ; 1000
001
Em que:
Ifunc = Taxa de empregados em relação à população urbana
(empregados / 1000 habitantes);

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Ge015 = quantidade total de trabalhadores remunerados de todo o
manejo de RSU, segundo o agente executor público (número
de empregados);
Ge016 = quantidade total de trabalhadores remunerados de todo o
manejo de RSU, segundo o agente executor privado (número
de empregados);
Ge001 = população total (IBGE) (número de habitantes).

O indicador sugerido pode fornecer subsídios para avaliar se o número


de empregados do setor de manejo de resíduos sólidos do município é
adequado para o serviço.
O valor calculado para Catanduva para esse indicador foi de 1,80
empregados /1000 habitantes. A média do estado de São Paulo para este
indicador foi de 1,87 empregados /1000 habitantes, enquanto a média nacional
foi ligeiramente menor: 1,80 empregados /1000 habitantes. Sendo assim, pode-
se notar que o município de Catanduva está num patamar semelhante ao
estado de São Paulo e ao Brasil no que diz respeito ao número de
trabalhadores no setor de resíduos sólidos urbanos.
Sabe-se que 100% da população urbana catanduvense são atendidos
pela coleta de resíduos domiciliares, enquanto ainda há deficiências no
atendimento à zona rural do município e nos canais de participação popular no
setor de manejo de resíduos urbanos. Assim, em havendo a contratação de
mais funcionários e, consequentemente, aumento do valor do indicador de
empregados, devem-se alocá-los nessas e em outras áreas mais necessitadas
do setor.

b) Autossuficiência financeira da prefeitura com o manejo de resíduos sólidos


urbanos

006
L = ; 100
(023 + 009)
Em que:
I005 = Autossuficiência financeira da prefeitura com o manejo
de resíduos sólidos urbanos (%);

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Ge006 = receita arrecadada com serviços de limpeza urbana
(R$/ano);
Ge023 = despesas com serviços de limpeza urbana, segundo o
agente executor público (R$/ano);
Ge009 = despesas com serviços de limpeza urbana, segundo o
agente executor privado (R$/ano).

Sugere-se, para o monitoramento, um índice proposto pelo pelo SNIS


(2010) que relaciona todas as receitas obtidas com os serviços de manejo de
resíduos sólidos com todas as despesas da prefeitura com tais serviços (exceto
investimentos). Ressalta-se que, no caso de um município apresentar receita
superior às despesas com os serviços de limpeza urbana, o valor do índice
será superior a 100%. Por outro lado, caso as despesas extrapolem as receita,
obter-se-á um valor inferior a 100%, sendo mais baixo quanto maiores as
despesas em relação à receita (situação indesejável).
De acordo com o SNIS (2010), a média de autossuficiência no Brasil
não ultrapassou 42%, valor, aliás, influenciado pela presença de indicadores
acima de 100% (se estes fossem expurgados, o valor do indicador médio
nacional seria reduzido para 28,6%). Na região Sudeste do Brasil, foi
encontrado um índice médio de 47,9%; já o município de Catanduva
apresentou um resultado de apenas 13,1%, indicando que o setor de limpeza
urbana possui despesas muito maiores que sua receita e está longe de
alcançar a autossuficiência. Assim, há muito a ser realizado no município
visando à melhoria desse índice.

c) Custo unitário médio do serviço de manejo de RSU

9

M" !<= =
5

Em que:
CUMMRSU = Custo unitário médio do serviço de manejo de RSU (R$);
D= despesas com RSU (R$/ano);
QRC = Quantidade de resíduos coletados no município
(ton/ano).

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Esse indicador, adaptado do SNIS, é utilizado para avaliação do
sistema de manejo de resíduos sólidos urbanos como um todo, englobando os
gastos com os setores administrativo e operacional, sendo este representado
por todas as suas etapas desde a coleta até a disposição final. O indicador é
calculado pela razão entre as despesas relacionadas ao setor e a quantidade
de resíduos coletados no município.
Pode-se optar em lançar mão deste indicador para verificar a evolução
do custo de manejo de RSU ao longo do tempo. Caso seja observado um
aumento fora do esperado em seu valor, devem-se averiguar as causas para
otimizar os gastos com o setor.
Com o auxílio dos dados do SNIS (2010) foi possível calcular o valor
médio desse indicador para o Brasil (R$ 209,81 por tonelada) e para o estado
de São Paulo (R$ 203,80 por tonelada). Já para o município de Catanduva, o
custo médio foi de R$ 135,02. Assim, percebe-se que o serviço de manejo de
RSU em Catanduva é relativamente barato, apesar de, como verificado no
indicador anterior, o município estar longe da autossuficiência financeira do
setor.

d) Porcentagem de grandes geradores que utilizam o serviço de coleta


convencional de resíduos

!
## = ; 100
:
Em que:
IGG = Porcentagem de grandes geradores que utilizam o serviço de
coleta convencional de resíduos (%);
GGCR = número de grandes geradores que utilizam o serviço de coleta
convencional de resíduos (número de grandes geradores);
CGT = número total de grandes geradores de resíduos no município
(número de grandes geradores).

Pode-se considerar pequeno gerador o estabelecimento que gera até


100 L (cem litros) ou 50 kg (cinquenta quilogramas) de resíduos sólidos por dia,
e grande gerador aquele que gera um volume superior a esse limite.

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De forma geral, na maioria dos municípios brasileiros, os resíduos
comerciais e de prestadores de serviço com volumes de até 100 L ou 50 Kg
são coletados juntamente com os resíduos domiciliares. Com relação aos
resíduos com volumes superiores a 100 L ou 50 Kg, esses deveriam ser
transportados pelos próprios geradores até o aterro sanitário, devendo os
mesmos pagar pela destinação final destes resíduos. Sendo assim, é
importante verificar se, em Catanduva, os grandes geradores estão
providenciando a destinação de seus resíduos ou se a coleta regular também
os recolhe e dispõe no local adequado, sendo esse acompanhamento possível
por meio do indicador proposto.
Não foi possível verificar o valor deste indicador para a cidade de
Catanduva, uma vez que não é efetuado um cadastro dos grandes geradores
de resíduos sólidos no município, o que sugere, porém, que estes se utilizam
do serviço de coleta convencional.

e) Massa de Resíduos de Construção Civil (RCC) coletada pela associação de


caçambeiros em relação à coletada em pontos irregulares pela prefeitura

"CNIK
! =
"+BBFE
Em que:
IRCC = Massa de resíduos de construção civil (RCC) coletada
pela associação de caçambeiros em relação à coletada
em pontos irregulares pela prefeitura (adimensional);
Mpref = Quantidade de RCC coletada pela prefeitura em locais
impróprios (t/ano);
Massoc = Quantidade de RCC coletada pela associação de
caçambeiros (t/ano).

Em Catanduva, a coleta e o transporte regularizados dos resíduos da


construção civil são feitos por uma associação de caçambeiros, porém a
prefeitura realiza com frequência o transbordo dos depositados irregularmente
em locais impróprios.

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Tendo em vista esse fato, prefere-se que a quantidade de RCC seja
contabilizada na coleta feita pela associação, e não no transbordo realizado
pela prefeitura. Portanto, sugere-se um indicador que nada mais é do que a
relação entre as quantidades mencionadas, estando o volume coletado nos
locais impróprios no numerador.
Infelizmente, devido à falta de dados, não foi possível verificar a
situação de Catanduva quanto ao indicador sugerido. Deve-se primeiro realizar
o registro das quantidades de RCC coletadas para, posteriormente, avaliar o
quadro de evolução desse índice ao longo do tempo, buscando sempre atingir
o valor zero.
Em um estudo de Neto (2009), verificou-se que essa situação ideal não
ocorria, tendo em vista que a prefeitura recolhia mensalmente cerca de 66 m³
de resíduos de construção civil de pontos irregulares de despejo de resíduos.

f) Porcentagem dos municípios da microrregião de Catanduva que participa


da gestão associada de disposição de resíduos sólidos

"PQ#7
O*- = ; 100
"P:
Em que:
Pmu = Porcentagem dos municípios da microrregião de Catanduva
que participa da gestão associada de disposição de resíduos
sólidos (%);
MunGA = número de municípios da microrregião de Catanduva que
participam da gestão associada de disposição de resíduos
sólidos (quantidade de municípios);
MuT = total de municípios da microrregião de Catanduva (quantidade
total de municípios).

Conforme a Lei nº 11.445 de 2007 existem três formas de prestação


dos serviços de saneamento básico: (1) prestação direta; (2) prestação indireta
mediante concessão ou permissão; e (3) gestão associada, a qual pode ser
celebrada com outros municípios – com ou sem participação do Estado – via
convênio de cooperação (prestação individual) ou consórcio público (prestação
coletiva) e contrato de programa.

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A Lei nº 11.107 de 2005 dispõe sobre normas gerais de contratação de
consórcios públicos, e é regulamentada pelo Decreto nº 6.017 de 2007.
Segundo este decreto, considera-se prestação de serviço público em regime de
gestão associada a "execução, por meio de cooperação federativa, de toda e
qualquer atividade ou obra com o objetivo de permitir aos usuários o acesso a
um serviço público com características e padrões de qualidade determinados
pela regulação ou pelo contrato de programa, inclusive quando operada por
transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais
à continuidade dos serviços transferidos" O convênio deve ser ratificado ou
previamente disciplinado por lei editada por cada um dos entes da Federação
associados.
Com a implementação da gestão associada da disposição final dos
resíduos sólidos entre os municípios da microrregião de Catanduva, haverá um
custo menor para cada um deles para a disposição de seus resíduos. Além
disso, possibilitar-se-á a realização de ações e políticas públicas em maior
escala, outrora impraticáveis por uma prefeitura isolada.

Relacionado ao objetivo 7:

a) Índice de respostas satisfatórias a reclamações

H!
! = ; 100
H:
Em que:
IR = Índice de respostas satisfatórias a reclamações (%);
NR = número de reclamações satisfatoriamente respondidas /
resolvidas (quantidade);
NT = número total de respostas feitas (quantidade).

Esse indicador permitirá verificar se eventuais reclamações da


população de Catanduva estão efetivamente sendo levadas em consideração
de maneira satisfatória.

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Naturalmente a classificação das respostas às reclamações em
“satisfatórias” (ou não) deve ser efetuada pelo próprio morador que registrou a
reclamação. Para tanto, há a necessidade de manter um canal de comunicação
direta com a população para o recebimento de feedbacks dos serviços
prestados, o que ainda não ocorre no setor de resíduos sólidos de Catanduva.
Os setores de água e esgoto, por exemplo, já são passíveis de avaliação por
parte da população por meio de um questionário da Superintendência de Água
e Esgoto de Catanduva (SAEC), o qual contempla o grau de satisfação em
relação às reclamações efetuadas.

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9.1. Avaliações e Monitoramentos dos Indicadores

9.1.1. Mecanismos de coleta de dados

No Relatório anterior, R3 – Planejamento Estratégico foram


estabelecidos objetivos visando a organização operacional e gerencial do
fornecimento dos serviços de saneamento básico. Para cada objetivo foram
adotados um ou mais indicadores que servirão para avaliar se as metas
estabelecidas para o alcance dos mesmos estão sendo atingidas. A evolução
do PISB será avaliada através do comportamento dos indicadores
estabelecidos para acompanhar cada objetivo adotado.
Os objetivos estabelecidos para o setor de resíduos e seus respectivos
indicadores, figuram no Relatório 3 – Planejamento Estratégico / Volume 4 –
Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos, e são
reapresentados a seguir:

Objetivo 1. Atender com coleta regular 100% do município e oferecer


atendimento com coleta seletiva a todo o município
(respeitando o potencial de consumo de cada bairro) por
meio de coleta porta a porta e instalação de PEVs (pontos
de coleta voluntária), de forma continuada, destinando
adequadamente os resíduos gerados.
Indicador 1.1: Porcentagem de domicílios atendidos pela
coleta regular de resíduos domiciliares na zona rural.
Indicador 1.2: Porcentagem de cobertura do serviço de
coleta seletiva no município.
Indicador 1.3: Índice de comercialização de materiais
recicláveis.
Indicador 1.4: Porcentagem de cobertura de coleta de
resíduos compostáveis (úmidos).
Indicador 1.5: Existência de projeto aprovado para a
implantação de aterro sanitário municipal.

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Objetivo 2. Ampliar e otimizar cobertura do serviço de varrição, poda e
capina, roçagem e raspagem.
Indicador 2.1: Extensão varrida anualmente por extensão
total de vias.
Indicador 2.2: Índice da área atendida com serviços de
capina e roçagem.
Indicador 2.3: Índice de prestação de serviços de poda e
corte da arborização.
Indicador 2.4: Porcentagem do total de resíduos de poda
e capina, roçagem e raspagem que é enviada para a
compostagem.

Objetivo 3. Reduzir a quantidade de resíduos recicláveis e


compostáveis enviada para aterro.
Indicador 3.1: Porcentagem de resíduos recicláveis
presentes entre os resíduos sólidos dispostos em aterro
sanitário.
Indicador 3.2: Porcentagem de resíduos compostáveis
presentes entre os resíduos sólidos dispostos em aterro
sanitário.

Objetivo 4. Implementar para o sistema de limpeza urbana e manejo


de resíduos sólidos uma gestão eficiente no que concerne
aos aspectos administrativo, operacional, financeiro, de
planejamento estratégico e sustentabilidade.
Indicador 4.1: Taxa de empregados em relação à
população.
Indicador 4.2: Autossuficiência financeira da prefeitura
com o manejo de resíduos sólidos urbanos.
Indicador 4.3: Custo unitário médio do serviço de manejo
de RSU.

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Indicador 4.4: Porcentagem de grandes geradores que
utilizam o serviço de coleta convencional de resíduos.
Indicador 4.5: Existência de informações atualizadas sobre
a geração per capita de resíduos sólidos urbanos.
Indicador 4.6: Existência de Central de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos Urbanos em operação.
Indicador 4.7: Existência de mapa atualizado da rota de
movimentação de resíduos sólidos urbanos.
Indicador 4.8: Existência de mecanismos econômicos para
remuneração e cobrança dos serviços prestados e
incentivo econômico à reciclagem.
Indicador 4.9: Existência de Plano de Resíduos de
Construção Civil e periodicidade de revisão.
Indicador 4.10: Existência e funcionamento adequado da
logística reversa para os resíduos especiais.
Indicador 4.11: Massa de Resíduos de Construção Civil
(RCC) coletada pela associação de caçambeiros em
relação à coletada em pontos irregulares pela prefeitura.
Indicador 4.12: Pontos de disposição irregular de resíduos
de construção civil.
Indicador 4.13: Existência de resíduos depositados na
área do antigo lixão.
Indicador 4.14: Porcentagem dos municípios da
microrregião de Catanduva que participa da gestão
associada de disposição de resíduos sólidos.

Objetivo 5. Regulamentação do Sistema de Resíduos Sólidos, a partir


de legislação específica.
Indicador 5.1: Número de legislações relacionadas ao
sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
publicadas no município.

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Objetivo 6. Alcançar o pleno atendimento à legislação ambiental
aplicável em todos os subprocessos integrantes do sistema
de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (geração,
coleta e disposição final).
Indicador 6.1: Empreendimentos licenciados.

Objetivo 7. Garantir canais de comunicação com a sociedade e


mobilização social e promover ações continuadas em
educação ambiental.
Indicador 7.1: Número de eventos oficiais realizados no
município por ano voltados à conscientização da população
sobre os resíduos sólidos.
Indicador 7.2: Existência de informações atualizadas,
sistematizadas e disponibilizadas para a população.
Indicador 7.3: Participação da população através de
canais específicos para gestão dos RSU.
Indicador 7.4: Índice de respostas satisfatórias a
reclamações.

Ocorre, no entanto, que nem sempre o gestor público detém, de forma


sistemática, os valores dos parâmetros que compõem os indicadores. Desta
forma foi necessário criar mecanismos para sistematizar a obtenção destes
dados. Os formulários apresentados a seguir, foram concebidos para orientar o
gestor público neste procedimento de coleta de valores para os parâmetros que
compõem os indicadores.
A seguir estão apresentados os indicadores adotados para cada objetivo
estabelecido para o setor de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
de Catanduva e os parâmetros que os integram.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 1, do Objetivo 1.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Valor do parâmetro Forma de
Periodicidade
medido ou aferido Arquivamento
Nome e Fórmula do de medição
Parâmetro e unidade Fonte para obtenção do dado e ano / mês a que dos dados
Indicador ou aferição
se refere a (documentos físicos
do parâmetro preenchidos manualmente
informação ou banco de dados)

Pesquisa documental ao cartório


de Registro de Imóveis ou ao
(DAR) = número de INCRA. Levantar o número de
domicílios existentes domicílios localizados na área
Porcentagem de domicílios
nas ruas por onde rural, bem como as ruas onde
atendidos pela coleta regular Anual Banco de Dados
passa o caminhão da esses estão localizados. Verificar
de RDO na zona rural (%)
coleta convencional quais dessas ruas da zona rural
(nº de domicílios) são atendidas pela coleta
97!
67!68 = ; 100 convencional e quantos domicílios
9:!
estão localizados nessas ruas.
(DTR) = número de Pesquisa documental ao cartório
domicílios totais rurais de Registro de Imóveis ou ao Anual Banco de Dados
(nº de domicílios) INCRA.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 2, do Objetivo 1.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Pesquisa documental ao
Porcentagem de cobertura do
cartório de Registro de Imóveis
serviço de coleta seletiva no
ou a secretaria responsável pelo
município (%) (DomCSU) = número
cadastro mobiliário. Levantar o
de domicílios
número de domicílios
(9 (<= +9 (<! ) existentes nas ruas
< = ; 100 localizados na área urbana,
001 da zona urbana por
bem como as ruas onde esses Anual Banco de Dados
onde passa o
estão localizados. Verificar
(9 (<= ) caminhão da coleta
<= = ; 100 quais dessas ruas da zona
002 seletiva
urbana são atendidas pela
(nº de domicílios)
coleta seletiva e quantos
(9 (<! )
<! = ; 100 domicílios estão localizados
(001 − 002)
nessas ruas.

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Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Pesquisa documental ao
cartório de Registro de Imóveis
(DomCSR) = número
ou ao INCRA. Levantar o
de domicílios
número de domicílios
Porcentagem de cobertura do existentes nas ruas
localizados na área rural, bem
serviço de coleta seletiva no da zona rural por
como as ruas onde esses estão Anual Banco de Dados
município (%) onde passa o
localizados. Verificar quais
caminhão da coleta
dessas ruas da zona rural são
(9 (<= +9 (<! ) seletiva
< = ; 100 atendidas pela coleta seletiva e
001 (nº de domicílios)
quantos domicílios estão
localizados nessas ruas.
(9 (<= )
<= = ; 100 Levantar essa informação junto
002 (Ge001) =
ao IBGE ou junto a secretaria
Domicílios totais Anual Banco de Dados
responsável pelo cadastro
(9 (<! ) (nº de domicílios)
<! = ; 100 mobiliário do município.
(001 − 002)
(Ge002) = Levantar essa informação junto
Domicílios da zona ao IBGE ou junto a secretaria
Anual Banco de Dados
urbana (nº de responsável pelo cadastro
domicílios) mobiliário do município.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 3, do Objetivo 1.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Obter informações junto a


(MRC) = quantidade cooperativa de recicláveis do
de material município (atualmente, “Luxo do
reciclável Lixo”): da quantidade de materiais Anual Banco de Dados
Índice de Comercialização de comercializado recicláveis recebidos, em
Materiais Recicláveis (%) (quilograma) quilogramas, quanto é
efetivamente comercializado.
"! Obter informações junto a
 ! = ; 100 (MRR) = quantidade
"!! cooperativa de recicláveis do
total de resíduos
município (atualmente, “Luxo do
recicláveis Anual Banco de Dados
Lixo”): quantidade de materiais
recuperados
recicláveis recebidos, em
(quilograma)
quilogramas.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 4, do Objetivo 1.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Valor do parâmetro Forma de
Periodicidade
medido ou aferido Arquivamento
Parâmetro e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado e ano / mês a que dos dados
unidade ou aferição
se refere a (documentos físicos
do parâmetro preenchidos manualmente
informação ou banco de dados)

Pesquisa documental ao cartório


Porcentagem de cobertura de
de Registro de Imóveis ou a
coleta de resíduos compostáveis
(DomRCU) = secretaria responsável pelo
– úmidos (%)
número de cadastro mobiliário. Levantar o
domicílios número de domicílios localizados
(9 (!= +9 (!! )
< = ; 100 existentes nas ruas na área urbana, bem como as
001
da zona urbana por ruas onde esses estão Anual Banco de Dados
onde passa o localizados. Verificar quais
(9 (!= )
<= = ; 100 caminhão da coleta dessas ruas da zona urbana são
002
de compostáveis atendidas pela coleta de
(nº de domicílios) compostáveis e quantos
(9 (!! )
<! = ; 100 domicílios estão localizados
(001 − 002)
nessas ruas.

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Valor do parâmetro Forma de
Periodicidade
medido ou aferido Arquivamento
Parâmetro e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado e ano / mês a que dos dados
unidade ou aferição
se refere a (documentos físicos
do parâmetro preenchidos manualmente
informação ou banco de dados)

Pesquisa documental ao cartório


(DomRCR) = de Registro de Imóveis ou ao
número de INCRA. Levantar o número de
domicílios domicílios localizados na área
Porcentagem de cobertura de
existentes nas ruas rural, bem como as ruas onde
coleta de resíduos compostáveis
da zona rural por esses estão localizados. Verificar Anual Banco de Dados
– úmidos (%)
onde passa o quais dessas ruas da zona rural
caminhão da coleta são atendidas pela coleta de
(9 (!= +9 (!! )
< = ; 100 de compostáveis compostáveis e quantos
001
(nº de domicílios) domicílios estão localizados
nessas ruas.
(9 (!= )
<= = ; 100 Levantar essa informação junto
002 (Ge001) =
ao IBGE ou junto a secretaria
Domicílios totais Anual Banco de Dados
responsável pelo cadastro
(9 (!! ) (nº de domicílios)
<! = ; 100 mobiliário do município.
(001 − 002)
(Ge002) = Levantar essa informação junto
Domicílios da zona ao IBGE ou junto a secretaria
Anual Banco de Dados
urbana (nº de responsável pelo cadastro
domicílios) mobiliário do município.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 5, do Objetivo 1.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Verificar se o município, após


estudos econômicos, concluiu que
Existência de projeto aprovado Respostas a serem é viável a construção de um Aterro
dadas como valor
para a implantação de aterro Sanitário Municipal, e iniciou os Anual Banco de Dados
do parâmetro: Sim /
sanitário municipal (sim / não) trâmites para sua implantação
Não
(escolha da área, licenciamento,
início das obras, entre outras).

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 1, do Objetivo 2.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Verificar, por meio das medições


realizadas pelo setor da prefeitura
Extensão varrida anualmente responsável por esse serviço
(010) = extensão (Secretarias de Planejamento,
por extensão total de vias (%)
de sarjeta varrida Secretaria de Obras e Serviços
Anual Banco de Dados
pelos agentes e/ou Secretaria de Meio Ambiente
(010 + 011) e Agricultura), a extensão de
>7? = ; 100 públicos (km)
@A0+B sarjeta varrida mensalmente, e
calcular o valor para o ano de
referência.

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Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Verificar, por meio das medições


realizadas pela empresa
terceirizada contratada para
(011) = extensão
executar o serviço, a extensão de
de sarjeta varrida
Extensão varrida anualmente por sarjeta varrida mensalmente, e Anual Banco de Dados
agentes
calcular o valor para o ano de
por extensão total de vias (%) privados (km)
referência. A empresa terceirizada
deverá manter tais registros e
(010 + 011) informar a prefeitura.
>7? = ; 100
@A0+B Verificar junto a secretaria
@A0+B = extensão responsável (Secretaria de
das vias Planejamento e/ou Secretaria de Anual Banco de Dados
pavimentadas (km) Obras e Serviços) a extensão das
vias pavimentadas no município.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 2, do Objetivo 2.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Nome e Fórmula do Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Fonte para obtenção do dado dos dados
Indicador unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Verificar, por meio das medições


(D+C ) = área
realizadas pela empresa terceirizada
atendida com o
Índice da área atendida com contratada para executar o serviço, Anual Banco de Dados
serviço de capina e
serviços de capina e roçagem a metragem atendida com serviços
roçagem (m²)
de capina e roçagem.
(%)
Verificar junto a secretaria
(D:E+C ) = área total
responsável (Secretaria de Obras e
D+C passível de ser
Serviços e/ou Secretaria de Meio
+C = ; 100 atendida pelo Anual Banco de Dados
D:E+C Ambiente e Agricultura) a metragem
serviço de capina e
de áreas que devem ser atendidas
roçagem (m²)
pelo serviço de capina e roçagem.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 3, do Objetivo 2.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Verificar, por meio das medições


(HCFG+ ) = número
realizadas pela empresa
de serviços de
terceirizada contratada para
poda e corte da Anual Banco de Dados
executar o serviço, a quantidade
Índice de prestação de arborização (n˚ de de serviços realizados de poda e
serviços de poda e corte da podas e cortes) corte de árvores.
arborização (%) (HCIG0GF ) = número
HCFG+ de pedidos
CFG+ = ; 100 Verificar junto a Secretaria de Meio
HCIG0GF liberados para a
Ambiente e Agricultura a
realização de Anual Banco de Dados
quantidade de podas e cortes
podas e cortes (n˚
autorizados.
de pedidos
autorizados)

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 4, do Objetivo 2.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Porcentagem do total de
("J!! ) =
resíduos de poda e capina,
quantidade de Verificar junto a usina de
roçagem e raspagem que é resíduos de poda e compostagem a quantidade de
enviada para a compostagem capina, roçagem e materiais recebidos da prefeitura
Anual Banco de Dados
(%) raspagem que é municipal provenientes dos
enviada para serviços de capina, roçagem e
compostagem raspagem.
"J!! (t/ano)
J!! = ; 100
"J!! +
009

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Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Verificar, por meio das medições


realizadas pela empresa
terceirizada contratada para
executar o serviço, ou junto a
Porcentagem do total de
secretaria responsável
resíduos de poda e capina,
(Secretaria de Obras e Serviços
roçagem e raspagem que é e/ou Secretaria de Meio Ambiente
(
009) =
enviada para a compostagem e Agricultura), a quantidade de
quantidade total de Anual Banco de Dados
(%) resíduos provenientes de poda e
materiais (t/ano)
capina, roçagem e raspagem
gerados mensalmente, e calcular
"J!! o valor para o ano de referência.
J!! = ; 100
"J!! +
009 A empresa terceirizada ou a
secretaria responsável deverá
manter tais registros e informar a
prefeitura.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 1, do Objetivo 3.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Realizar método do quarteamento


para verificar a porcentagem de
recicláveis presente no lixo que
chega no aterro e extrapolar esse
Porcentagem de resíduos Porcentagem de
resultado para a quantidade total
Aferição:
recicláveis trimestral
recicláveis presentes entre os de resíduos enviados para o aterro
presentes no lixo Banco de Dados
resíduos sólidos dispostos em pelo município. Repetir o
enviado ao aterro Avaliação:
aterro sanitário (%) procedimento trimestralmente,
sanitário Anual
para que seja possível avaliar as
quatro estações do ano. Tirar
média das quatro medições
realizadas.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 2, do Objetivo 3.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Realizar método do quarteamento


para verificar a porcentagem de
compostáveis presente no lixo que
chega no aterro e extrapolar esse
Porcentagem de resíduos Porcentagem de
resultado para a quantidade total
Aferição:
compostáveis trimestral
compostáveis presentes entre de resíduos enviados para o aterro
presentes no lixo Banco de Dados
os resíduos sólidos dispostos pelo município. Repetir o
enviado ao aterro Avaliação:
em aterro sanitário (%) procedimento trimestralmente,
sanitário Anual
para que seja possível avaliar as
quatro estações do ano. Tirar
média das quatro medições
realizadas.

SHS Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda. EPP 392


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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 1, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

(015) =
Taxa de empregados em relação à quantidade total
Verificar junto ao Departamento
população (empregados / 1000 de trabalhadores Pessoal da prefeitura o número
remunerados de
habitantes) de funcionários (contratados
todo o manejo de Anual Banco de Dados
diretos e indiretos) alocados em
RSU, segundo o
(015 + 016) serviços relacionados ao
K-1E = ; 1000 agente executor manejo de RSU.
001 público (n˚ de
empregados)

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Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

(016) = Verificar junto a empresa


quantidade total terceirizada contratada pela
de trabalhadores prefeitura, ou no contrato
Taxa de empregados em relação à remunerados de firmado junto a prestadora de
população (empregados / 1000 todo o manejo de serviços, o número de Anual Banco de Dados
RSU, segundo o funcionários disponibilizados
habitantes)
agente executor para prestarem serviços
privado (n˚ de relacionados ao manejo de
(015 + 016) empregados) RSU.
K-1E = ; 1000
001 (001) = Checar junto ao IBGE número
população total de habitantes de Catanduva
Anual Banco de Dados
(IBGE) (n˚ de (Censo ou estimativa
habitante). populacional).

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 2, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

(006) = receita
Levantar junto a Secretaria de
arrecadada com
Finanças da prefeitura a receita
serviços de Anual Banco de Dados
Autossuficiência financeira da arrecadada pelo serviço de
limpeza urbana
prefeitura com o manejo de (R$/ano) limpeza urbana.

resíduos sólidos urbanos (%)


(023) =
despesas com
Levantar junto a Secretaria de
006 serviços de
L = ; 100 Finanças da prefeitura as
(023 + 009) limpeza urbana, Anual Banco de Dados
despesas geradas pelo serviço
segundo o agente
de limpeza urbana.
executor público
(R$/ano)

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Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Autossuficiência financeira da (009) = Verificar junto à empresa


prefeitura com o manejo de despesas com prestadora de serviços da
resíduos sólidos urbanos (%) serviços de prefeitura, ou no contrato de
limpeza urbana, prestação de serviços Anual Banco de Dados
segundo o agente estabelecido, as despesas
006 geradas pelo serviço de limpeza
L = ; 100 executor privado
(023 + 009) (R$/ano) urbana.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 3, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Levantar junto a Secretaria de


Finanças da prefeitura, junto à
empresa prestadora de serviços
Custo unitário médio
do (9 ) = despesas da prefeitura, ou no contrato de
Anual Banco de Dados
serviço de manejo de RSU com RSU (R$/ano) prestação de serviços
estabelecido, as despesas
(R$)
geradas pelo serviço de limpeza
urbana.
9 Verificar junto a Secretaria de Meio

M" !<= = (5
) = quantidade
5
Ambiente e Agricultura ou junto a
de resíduos
empresa terceirizada a quantidade Anual Banco de Dados
coletados no
total de resíduos coletados em
município (ton/ano)
Catanduva no ano de referência.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 4, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

(! ) = número de Consultar em cadastro


grandes geradores previamente elaborado pela
que utilizam o prefeitura municipal / Secretaria
Porcentagem de grandes
serviço de coleta de Meio Ambiente e Agricultura, o Anual Banco de Dados
geradores que utilizam o
convencional de número de grandes geradores
serviço de coleta convencional resíduos (n˚ de que utilizam o serviço de coleta
de resíduos (%) grandes geradores) convencional de resíduos.
(: ) = número total Consultar em cadastro
! de grandes previamente elaborado pela
## = ; 100 geradores de prefeitura municipal / Secretaria
: Anual Banco de Dados
resíduos no de Meio Ambiente e Agricultura, o
município (n˚ de número total de grandes
grandes geradores) geradores de resíduos.

SHS Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda. EPP 398


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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 5, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Consultar, junto ao banco de


Existência de informações dados elaborado para a prefeitura
Respostas a serem
atualizadas sobre a geração dadas como valor de Catanduva, a existência de
informações sobre geração per Anual Banco de Dados
per capita de resíduos sólidos do parâmetro: Sim /
capita de resíduos, verificando se
urbanos (sim / não; valor) Não; Valor
essas estão sendo
constantemente atualizadas.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 6, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Existência de Central de Respostas a serem Verificar junto a Secretaria de Meio


Gerenciamento de Resíduos dadas como valor Ambiente e Agricultura e Aferição:
Sólidos Urbanos em operação do parâmetro: Não Secretaria de Obras e Serviços o Diária
Iniciado / Fase de andamento do processo de Banco de Dados
(Não Iniciado / Fase de Projeto
Projeto / Fase de implantação da Central de Avaliação:
/ Fase de Implantação / Fase Implantação / Fase Gerenciamento de Resíduos Anual
de Operação) de Operação Sólidos Urbanos.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 7, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Existência de mapa atualizado Consultar junto a Secretaria de


Respostas a serem
da rota de movimentação de dadas como valor Meio Ambiente e Agricultura a
existência de mapa atualizado com Anual Banco de Dados
resíduos sólidos urbanos (sim / do parâmetro: Sim /
as rotas de movimentação de
não) Não
resíduos urbanos.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 8, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Existência de mecanismos
Consultar junto a Secretaria de
econômicos para remuneração
Respostas a serem Meio Ambiente e Agricultura e a
e cobrança dos serviços dadas como valor Secretaria de Finanças se há
Anual Banco de Dados
prestados e incentivo do parâmetro: Sim / mecanismos para remunerar e
econômico à reciclagem (sim / Não; Mecanismos cobrar serviços relativos à
reciclagem e quais são esses.
não; mecanismos)

SHS Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda. EPP 402


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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 9, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Existência de Plano de Verificar junto a Secretaria de Meio


Respostas a serem
Resíduos de Construção Civil dadas como valor Ambiente e Agricultura e
Secretaria de Planejamento o Anual Banco de Dados
e periodicidade de revisão (sim do parâmetro: Sim /
estabelecimento do Plano de
/ não) Não
Resíduos de Construção Civil.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 10, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Verificar junto a Secretaria de Meio


Existência e funcionamento
Respostas a serem Ambiente e Agricultura e
adequado da logística reversa dadas como valor Secretaria de Planejamento o
para os resíduos especiais do parâmetro: Sim / estabelecimento de programas de Anual Banco de Dados
(sim / não; para quais Não; Resíduos; Logística Reversa, levantando
resíduos; locais) Locais dados sobre resíduos abrangidos
e locais de entrega.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 11, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

("CNIK ) = Verificar junto a Secretaria de Meio


Massa de Resíduos de
Quantidade de Ambiente e Agricultura e
Construção Civil (RCC) RCC coletada pela Secretaria de Obras e Serviços a Anual Banco de Dados
coletada pela associação de prefeitura em locais quantidade de RCC coletados em
caçambeiros em relação à impróprios (t/ano) locais inadequados.

coletada em pontos irregulares


pela prefeitura (adimensional) ("+BBFE ) =
Quantidade de Verificar junto a Associação de
"CNIK RCC coletada pela Caçambeiros a quantidade de Anual Banco de Dados
! = associação de RCC coletados.
"+BBFE
caçambeiros (t/ano)

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 12, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Verificar junto a Secretaria de Meio


Ambiente e Agricultura e
Respostas a serem
Pontos de disposição irregular dadas como valor Secretaria de Obras e Serviços o
volume total de RCC encontrado
de resíduos de construção civil do parâmetro: Anual Banco de Dados
nos pontos de disposição irregular,
(quantidade e ponto) quantidades
bem como o número total de
(m3)/ponto
pontos irregulares de disposição
de Resíduos de Construção Civil.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 13, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Verificar junto a Secretaria de Meio


Existência de resíduos Respostas a serem Ambiente e Agricultura e
dadas como valor Secretaria de Obras e Serviços a
depositados na área do antigo Anual Banco de Dados
do parâmetro: Sim / existência de depósitos irregulares
lixão (sim / não)
Não de resíduos na área do antigo
lixão.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 14, do Objetivo 4.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Nome e Fórmula do medido ou aferido e de medição
Parâmetro e unidade Fonte para obtenção do dado dos dados
Indicador ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

("PQ#7 ) = número de
municípios da
Porcentagem dos microrregião de Verificar junto às prefeituras
municípios da microrregião Catanduva que municipais da região de SJRP
de Catanduva que participa participam da gestão quais teriam interesse em Anual Banco de Dados
da gestão associada de associada de participar de gestão associada
disposição de resíduos para disposição final de resíduos.
disposição de resíduos
sólidos (quantidade de
sólidos (%) municípios)
("P: ) = total de
Checar junto ao site “Portal das
"PQ#7 municípios da
O*- = ; 100 Cidades Paulistas” a quantidade
"P: microrregião de Anual Banco de Dados
total de municípios que compõem
Catanduva (quantidade
a região administrativa de SJRP.
total de municípios)

SHS Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda. EPP 408


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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 1, do Objetivo 5.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Respostas a serem
Número de legislações
dadas como valor
relacionadas ao sistema de do Verificar junto ao legislativo da
parâmetro:
prefeitura a quantidade de leis
limpeza urbana e manejo de quantidade de Anual Banco de Dados
promulgadas relacionadas ao tema
resíduos sólidos publicadas no legislações
“resíduos sólidos”.
município (quantidade) existentes sobre o
tema

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 1, do Objetivo 6.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Verificar junto a Secretaria de


Planejamento, Secretaria de Obras
Respostas a serem
e Serviços e Secretaria de Meio
dadas como valor
Ambiente e Agricultura a
do parâmetro:
Empreendimentos licenciados quantidade quantidade de empreendimentos
de
ligados a temática dos resíduos Anual Banco de Dados
(quantidade) empreendimentos
sólidos que tiveram processos de
relacionados a
licenciamentos (Licença Prévia,
resíduos
Licença de Instalação e Licença de
licenciados
Operação) deferidos pelo órgão
ambiental.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 1, do Objetivo 7.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Verificar junto a Secretaria de


Comunicação, Educação,
Respostas a serem
Finanças, Saúde e/ou Secretaria
dadas como valor
Número de eventos oficiais de Meio Ambiente e Agricultura a
do parâmetro:
realizados no município por quantidade de eventos oficiais
quantidade de
promovidos pelo município e que
ano voltados à conscientização eventos Anual Banco de Dados
estavam voltados à
da população sobre os relacionados a
conscientização da população
resíduos sólidos (quantidade) conscientização da
sobre temas relacionados a
população sobre
questão do saneamento básico,
resíduos
incluindo a questão dos resíduos
sólidos.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 2, do Objetivo 7.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Respostas a serem
dadas como valor Verificar junto a Secretaria de
Existência de informações do parâmetro: Comunicação e/ou Secretaria de
atualizadas, sistematizadas e quantidade de Meio Ambiente se as informações
consultas sistematizadas em banco de Anual Banco de Dados
disponibilizadas para a
realizadas pela dados desenvolvido para o PISB
população (quantidade) população às estão sendo disponibilizadas à
informações população por meio de websites.
disponibilizadas

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 3, do Objetivo 7.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Respostas a serem
Verificar junto a Secretaria de
Participação da população dadas como valor
Comunicação e/ou Secretaria de
através de canais específicos do parâmetro:
Meio Ambiente se a população
quantidade de Anual Banco de Dados
para gestão dos RSU tem participado da gestão dos
contribuições da
(quantidade) RSU por meio dos canais
população
específicos disponibilizados.
registradas.

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Registro de coleta de dados para obtenção do Indicador 4, do Objetivo 7.
Relatório preenchido por: _____________________________________________________
Cargo: ___________________________________
Data da obtenção dos dados: ________________
Forma de
Valor do parâmetro Periodicidade
Arquivamento
Parâmetro e medido ou aferido e de medição
Nome e Fórmula do Indicador Fonte para obtenção do dado dos dados
unidade ano / mês a que se ou aferição (documentos físicos
refere a informação do parâmetro preenchidos manualmente
ou banco de dados)

Verificar junto a Secretaria de


Comunicação e/ou Secretaria de
(H! ) = número de
Meio Ambiente (ou outra secretaria
reclamações
responsável), das reclamações
Índice de respostas satisfatoriamente
dos munícipes que foram Anual Banco de Dados
satisfatórias a reclamações (%) respondidas /
registradas sobre resíduos sólidos
resolvidas
quantas foram efetivamente
(quantidade)
H! resolvidas ou dado o feedbacks a
! = ; 100 população.
H:
Levantar junto a secretaria
(H: ) = número total
responsável o número de
de respostas feitas Anual Banco de Dados
respostas dadas sobre resíduos
(quantidade)
sólidos.

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10. REGRAS PARA O TRANSPORTE E OUTRAS ETAPAS DO
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso VII

Neste item serão apresentadas as normas e legislações relacionadas ao


transporte, e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos.

10.1. Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico

Quadro 51 – Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico – Regras


de Coleta e Transporte.
Regras de Coleta e Transporte
Para retirar lodos de esgoto ou produtos derivados de uma ETE ou UGL o motorista de
caminhão deverá apresentar o Termo de Responsabilidade e o Formulário de Controle de
Retirada;
O motorista deve estar cadastrado e com as credenciais da empresa geradora do lodo ou
produto derivado;
Para o transporte deverão ser utilizados caminhões com carrocerias totalmente vedadas,
tais como os caminhões basculantes, equipados com sistema de trava para impedir a
abertura da tampa traseira, lona plástica para cobertura, cone de sinalização, pá ou
enxada e um par de luvas de látex.
A altura da carga não pode ultrapassar a altura da carroceria
Os caminhões devem possuir algum tipo de sistema de comunicação para uso imediato
em caso de ocorrência de sinistro (ocorrências inesperadas).
Em caso de sinistro em vias públicas, com derramamento de lodo de esgoto, todos os
procedimentos para limpeza são de responsabilidade da empresa transportadora do lodo
de esgoto ou produto derivado.
Todos trabalhadores em contato com o lodo de esgoto ou produto derivado deverão
sempre utilizar luvas de proteção plásticas ou de couro. Também é requerido o uso de
calçado adequado, sapatos ou botas de couro ou plástico, sendo proibido o uso de
sandálias e outros calçados abertos.
Ao término dos serviços, lavar com água e sabão as luvas, os calçados e as mãos.
Deverá ser observada a limpeza dos pneus na saída dos caminhões da ETE ou UGL.

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Quadro 52 – Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico – Regras
de Triagem e Transbordo.
Regras de Triagem e Transbordo
O lodo de esgoto ou produto derivado só poderá ficar estocado na propriedade por no
máximo 15 dias;
A declividade da área de estocagem não pode ser superior a 5%;
A distância mínima do local de estocagem a rios, poços, minas e cursos d’água, canais,
lagos e residências deverá respeitar o conteúdo apresentado na sequência.
É proibida a estocagem diretamente sobre o solo de lodo de esgoto ou produto derivado
contendo líquidos livres, cuja identificação deverá ser feita pela norma brasileira vigente.

Algumas indicações feitas para Resíduos dos Serviços Públicos de


Saneamento Básico são apresentadas na Resolução CONAMA nº 375, de
2006, conforme segue.

Art. 15. Não será permitida a aplicação de lodo VII - em área agrícola cuja declividade das
de esgoto ou produto derivado: parcelas ultrapasse:
I - em unidades de conservação, com exceção a) 10% no caso de aplicação superficial sem
das Áreas de Proteção Ambiental -APA; incorporação;
II - em Área de Preservação Permanente - APP; b) 15% no caso de aplicação superficial com
III - em Áreas de Proteção aos Mananciais - incorporação;
APMs definidas por legislações estaduais e c) 18% no caso de aplicação subsuperficial e
municipais e em outras áreas de captação de em sulcos, e no caso de aplicação superficial
água para abastecimento público, a critério do sem incorporação em áreas para produção
órgão ambiental competente; florestal;
IV - no interior da Zona de Transporte para d) 25% no caso de aplicação em covas;
fontes de águas minerais, balneários e VIII - em parcelas com solos com menos de 50
estâncias de águas minerais e potáveis de cm de espessura até o horizonte C;
mesa, definidos na Portaria DNPM no 231, de IX - em áreas onde a profundidade do nível do
1998; aqüífero freático seja inferior a 1,5 m na cota
V - num raio mínimo de 100 m de poços rasos e mais baixa do terreno; e
residências, podendo este limite ser ampliado X - em áreas agrícolas definidas como não
para garantir que não ocorram incômodos à adequadas por decisão motivada dos órgãos
vizinhança; ambientais e de agricultura competentes.
VI - numa distância mínima de 15 (quinze) § 1o O lodo de esgoto ou produto derivado
metros de vias de domínio público e drenos poderão ser utilizados na zona de
interceptadores e divisores de águas superficiais amortecimento de unidades de conservação,
de jusante e de trincheiras drenantes de águas desde que sejam respeitados as restrições e os
subterrâneas e superficiais; cuidados de aplicação previstos nesta

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Resolução, bem como restrições previstas no conformidade com esta Resolução, e com vistas
plano de manejo, mediante prévia autorização a proteger a saúde humana e o ambiente, as
do órgão responsável pela administração da autoridades competentes deverão estabelecer,
unidade de conservação. imediatamente após a mencionada
§ 2o No caso da identificação de qualquer efeito identificação, requisitos complementares aos
adverso decorrente da aplicação de lodos de padrões e critérios insertos nesta Resolução.
esgoto ou produto derivado realizada em

Quadro 53 – Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico – Regras


de Licenciamento.
Regras de Licenciamento – Documentação básica
Impresso denominado "Solicitação de" - devidamente preenchido
Procuração
Cópia do Contrato Social
Certidão da Prefeitura Municipal Local
Manifestação do órgão ambiental municipal
Comprovante de fornecimento de água e coleta de esgotos
Memorial de Caracterização do Empreendimento – Adicional de Coleta,
Transporte e Disposição de Lodos
Plantas
Croqui de Localização
Mapa de acesso ao local, com referências
Roteiro de acesso
Outorga de implantação do empreendimento emitida pelo DAEE
Anuência da empresa concessionária/ permissionária
Obs.: De acordo com o empreendimento podem ser exigidos outros documentos.

Quadro 54 – Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico –


Legislação e Normas.
Legislação e Normas
Resolução CONAMA 375 de 2006
Resolução CONAMA 380 de 2006
Norma EPA 503 (Environmental Protection Agency)

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10.2. Resíduos dos Serviços de Transporte

Os resíduos de Serviços de Transporte são classificados segundo a


Resolução CONAMA 005 de 1993 em quatro grupos. A seguir são
apresentadas as regras de gerenciamento tratadas na Resolução.

Quadro 55 – Resíduos dos Serviços de Transporte – Classificação.

Grupo A: Resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente
devido à presença de agentes biológicos
Serão acondicionados em sacos plásticos com a simbologia de substância infectante.
Havendo, dentre os resíduos mencionados no parágrafo anterior, outros perfurantes ou
cortantes estes serão acondicionados previamente em recipiente rígido, estanque, vedado e
identificado pela simbologia de substância infectante.
O transporte dos resíduos sólidos, objeto desta Resolução, será feito em veículos apropriados,
compatíveis com as características dos resíduos, atendendo às condicionantes de proteção ao
meio ambiente e à saúde pública.
Não poderão ser dispostos no meio ambiente sem tratamento prévio que assegure a
eliminação das características de periculosidade do resíduo, a preservação dos recursos
naturais e o atendimento aos padrões de qualidade ambiental e de saúde pública.
Dentre as alternativas passíveis de serem utilizadas no tratamento dos resíduos sólidos,
pertencentes ao grupo “A”, ressalvadas as condições particulares de emprego e operação de
cada tecnologia, bem como considerando-se o atual estágio de desenvolvimento tecnológico,
recomenda-se a esterilização a vapor ou a incineração.
Após tratamento, os resíduos sólidos pertencentes ao grupo “A” serão considerados “resíduos
comuns” (grupo “D”), para fins de disposição final.
Não poderão ser reciclados.

Grupo B: Resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente
devido às suas características químicas
Deverão ser submetidos a tratamento e disposição final específicos, de acordo com as
características de toxicidade, inflamabilidade, corrosividade e reatividade, segundo exigências
do órgão ambiental competente.

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Grupo C: Rejeitos radioativos: enquadram-se neste grupo os materiais radioativos ou
contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços
de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução CNEN 6.05.
Os resíduos sólidos classificados e enquadrados como rejeitos radioativos obedecerão às
exigências definidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN

Grupo D: Resíduos comuns são todos os demais que não se enquadram nos grupos descritos
anteriormente.
Serão coletados pelo órgão municipal de limpeza urbana e receberão tratamento e disposição
final semelhante aos determinados para os resíduos domiciliares, desde que resguardadas as
condições de proteção ao meio ambiente e à saúde pública.
Os provenientes de áreas endêmicas definidas pelas autoridades de saúde pública
competentes, serão considerados, com vistas ao manejo e tratamento, como pertencentes ao
grupo “A”.

Quadro 56 – Resíduos dos Serviços de Transporte – Regras de Licenciamento.


Legislação e Normas
Resolução CONAMA 005/1993
Resolução CONAMA 006/1991
ABNT NBR 7501:2011 - Transporte terrestre de produtos
perigosos — Terminologia
ABNT NBR 12235:1992 - Armazenamento de resíduos
sólidos perigosos - Procedimento

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10.3. Resíduos dos Serviços de Saúde

Quadro 57 – Resíduos de Serviço de Saúde – Classificação.


Classificação dos resíduos
Grupo A: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.
Grupo B: Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade.
Grupo C: Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham
radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas
da Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou
não prevista.
Grupo D: Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao
meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
Grupo E: Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear,
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas,
lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e
todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e
placas de Petri) e outros similares.

Quadro 58 – Resíduos de Serviço de Saúde – Regras de Coleta e Transporte.


Regras de Coleta e Transporte
Deve ser acondicionado, no momento de sua geração, em recipiente metálico ou de plástico
rígido, padronizado, guarnecido por saco plástico de cor branca leitosa e que atenda as
demais especificações da NBR-9191 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT
Os veículos utilizados para coleta e transporte externo dos resíduos de serviços de saúde
devem atender às exigências legais e às normas da ABNT
As características originais de acondicionamento devem ser mantidas, não se permitindo
abertura, rompimento ou transferência do conteúdo de uma embalagem para outra.

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Quadro 59 – Resíduos de Serviço de Saúde – Regras de Triagem e Transbordo.
Regras de Triagem e Transbordo
As estações para transferência de resíduos de serviços de saúde devem estar licenciadas
pelo órgão ambiental competente.
É obrigatória a segregação dos resíduos na fonte e no momento da geração, de acordo com
suas características, para fins de redução do volume dos resíduos a serem tratados e
dispostos, garantindo a proteção da saúde e do meio ambiente.
O manuseio de resíduos de serviços de saúde está regulamentado pela norma NBR 12.809 da
ABNT e compreende os cuidados que se deve ter para segregar os resíduos na fonte e para
lidar com os resíduos perigosos.
Para o manuseio dos resíduos infectantes devem ser utilizados os seguintes equipamentos de
proteção individual: avental plástico, luvas plásticas, bota de PVC ou sapato fechado, óculos,
máscara.

Quadro 60 – Resíduos de Serviço de Saúde – Regras de Tratamento e


Disposição Final.
Regras de Tratamento e Disposição Final
Os resíduos de serviços de saúde classificados no Grupo A deverão ser submetidos a
processos de tratamento específicos, de maneira a torná-los resíduos comuns (Grupo D),
antes de serem encaminhados para disposição final em locais devidamente licenciados.
Os sistemas, instalações e equipamentos devidamente licenciados deverão ser submetidos a
monitoramento periódico de acordo com parâmetros e periodicidade definidos no
licenciamento ambiental.
Os incineradores, independentemente da capacidade, bem como outros sistemas de
tratamento de resíduos do Grupo A com capacidade igual ou superior a 500 kg/dia deverão
ser licenciados de acordo com os procedimentos estabelecidos pela Resolução SMA nº 42/94.
Para a implantação de sistemas fixos de tratamento de resíduos do Grupo A que operem com
capacidade superior a 100 kg/dia e inferior a 500 kg/dia, deverá ser formulada consulta à
Secretaria do Meio Ambiente para manifestação do DAIA – Departamento de Avaliação de
Impacto Ambiental sobre a necessidade de elaboração de RAP – Relatório Ambiental
Preliminar.
Resíduos do Grupo B, que sejam quimioterápicos, imunoterápicos e antimicrobianos, os
hormônios e medicamentos vencidos, alterados, interditados, parcialmente utilizados ou
impróprios para consumo deverão ser devolvidos ao fabricante ou, por meio do distribuidor, ao
importador. E as condições adequadas de retorno ao fabricante ou ao importador, o manuseio
e o transporte serão de responsabilidade dos importadores, distribuidores, comércio varejista,
farmácias de manipulação e serviços de saúde.
Os estabelecimentos de serviços de saúde geradores de resíduos químicos deverão elaborar

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Regras de Tratamento e Disposição Final
um plano de gerenciamento desses resíduos de acordo com a norma CETESB P4.262 –
Gerenciamento de Resíduos Químicos
Os resíduos comuns (Grupo D) receberão tratamento e disposição final semelhante aos
determinados para os resíduos domiciliares.
O gerador deve elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
(PGRSS)
Na elaboração do PGRSS, devem ser considerados princípios que conduzam à minimização e
às soluções integradas ou consorciadas, que visem o tratamento e a disposição final destes
resíduos de acordo com as diretrizes estabelecidas pelos órgãos de meio ambiente e de
saúde competentes.
O órgão ambiental competente poderá definir formas alternativas de destinação final em
aterros devidamente licenciados, quando não for possível tecnicamente submeter a outros
tratamentos ou os tratamentos não garantirem características de resíduos comuns.
A área a ser selecionada para disposição final não poderá possuir restrições quanto ao
zoneamento ambiental (afastamento de Unidades de Conservação ou áreas correlatas) e
respeitar as distâncias mínimas estabelecidas pelos órgãos ambientais competentes de
ecossistemas frágeis, recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
A área de disposição final deve possuir sistema de controle de acesso de veículos, de
pessoas não autorizadas e animais, sob vigilância contínua e sinalização de advertência com
informes educativos quanto aos perigos envolvidos.
A área de disposição final deve conter: sistemas de drenagem de águas pluviais, coleta e
disposição adequada dos percolados, coleta de gases, impermeabilização da base e taludes e
monitoramento ambiental.
A disposição dos resíduos deve ser feita diretamente sobre o fundo do local, com
compactação direta. E para disposição em camadas, a cobertura com solo deve ser diária.
Deve possuir cobertura final e plano de encerramento do aterro.

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Quadro 61 – Resíduos de Serviço de Saúde – Regras de Licenciamento.
Regras de Licenciamento
Os sistemas de tratamento e disposição final de resíduos de serviços de saúde devem estar
licenciados pelo órgão ambiental competente para fins de funcionamento e submetidos a
monitoramento de acordo com parâmetros e periodicidade definidos no licenciamento
ambiental.
Instalações para transferência de resíduos de saúde deverão ser licenciadas

Quadro 62 – Resíduos de Serviço de Saúde – Legislação e Normas.


Legislação e Normas
Resolução CONAMA 358/ 2005
Resolução CONAMA 283/ 2001
ABNT NBR 12807:2013 Resíduos de serviços de saúde — Terminologia
ABNT NBR 12808:1993 Resíduos de serviço de saúde - Classificação
ABNT NBR 12809:2013 Resíduos de serviços de saúde —
Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde intraestabelecimento
ABNT NBR 12810:1993 - Coleta de resíduos de serviços de saúde -
Procedimento
ABNT NBR 13853:1997 Coletores para resíduos de serviços de saúde
perfurantes ou cortantes - Requisitos e métodos de ensaio
Resolução SMA 31/2003
Resolução SMA 103/ 2012
ANVISA RDC 306

10.4. Resíduos de Mineração

Os resíduos de mineração por englobarem diversas tipologias


apresentam poucas regras gerais e grande número de regras específicas a
serem seguidas por cada gerador.

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Quadro 63 – Resíduos de Mineração – Legislação e Normas.
Legislação e Normas
ABNT NBR 12235:1992 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos
ABNT NBR 13028:2006 – Mineração – Elaboração e apresentação de projetos
de barragens para disposição de rejeitos, contenção de sedimentos e reservação
de água.
ABNT NBR 13029:2006 – Mineração – Elaboração e apresentação de projeto de
disposição de estéril em pilha.
ABNT NBR 13030:1999 – Elaboração e apresentação de projeto de reabilitação
de áreas degradadas pela mineração.

10.5. Resíduos de Construção Civil

Quadro 64 – Resíduos de Construção Civil – Classificação.


Classificação dos resíduos
Classe A: reutilizáveis ou recicláveis como agregados
Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações
Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação
Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção

Quadro 65 – Resíduos de Construção Civil – Regras de Coleta e Transporte.


Regras de Coleta e Transporte
O gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de
transporte, assegurando em todos os casos em que seja possível, as condições de
reutilização e de reciclagem.
O transporte deverá ser realizado em conformidade com as etapas anteriores e de acordo com
as normas técnicas vigentes para o transporte de resíduos.

Quadro 66 – Resíduos de Construção Civil – Regras de Tratamento e Disposição.


Regras de Tratamento e Disposição
Os resíduos da construção civil não podem ser dispostos em aterros de resíduos sólidos
urbanos, em áreas de "bota fora", em encostas, corpos d'água, lotes vagos e em áreas
protegidas por Lei.
Os resíduos Classe A devem ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou
encaminhados a aterro de resíduos classe A de reservação de material para usos futuros.
Os resíduos Classe B devem ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou

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Regras de Tratamento e Disposição
reciclagem futura.
Os resíduos Classe C devem ser armazenados, transportados e destinados em conformidade
com as normas técnicas específicas.
Os resíduos Classe D devem ser armazenados, transportados e destinados em conformidade
com as normas técnicas específicas.

Quadro 67 – Resíduos de Construção Civil – Regras de Licenciamento.


Regras de Licenciamento
Os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil de empreendimentos e
atividades sujeitos ao licenciamento ambiental deverão ser analisados dentro do processo de
licenciamento, junto aos órgãos ambientais competentes.

Quadro 68 – Resíduos de Construção Civil – Legislação e Normas.


Legislação e Normas
Resolução CONAMA 307/2002
Resolução CONAMA 348/2004
Resolução CONAMA 431/2011
Resolução CONAMA 448/2012
ABNT NBR 15112:2004 - Resíduos da construção civil e resíduos volumosos -
Áreas de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação.
ABNT NBR 15113:2004 - Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes -
Aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação.
ABNT NBR 15114:2004 - Resíduos sólidos da Construção civil - Áreas de
reciclagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação.
ABNT NBR 15115:2004 - Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção
civil - Execução de camadas de pavimentação - Procedimentos
ABNT NBR 15116:2004 - Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção
civil - Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural -
Requisitos

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10.6. Resíduos Agrossilvopastoris – Embalagens de agrotóxicos

Quadro 69 – Resíduos Agrossilvopastoris – Regras de Coleta e Transporte.


Regras de Coleta e Transporte
As unidades volantes estão sujeitas à legislação específica para o transporte de cargas
perigosas.

Quadro 70 – Resíduos Agrossilvopastoris – Regras de Triagem e Transbordo.


Regras de Triagem e Transbordo
Os critérios de adequação de estabelecimento comercial para as operações de recebimento e
armazenamento temporário das embalagens vazias de agrotóxicos e afins serão definidos
pelo órgão ambiental competente
Os postos e centrais não poderão receber embalagens com restos de produtos, produtos em
desuso, ou impróprios para comercialização e utilização.

Quadro 71 – Resíduos Agrossilvopastoris – Regras de Tratamento e Disposição.


Regras de Tratamento e Disposição
Para encerrar as atividades, o empreendedor deve, previamente, requerer Autorização de
Desativação, juntando Plano de Encerramento da Atividade, nele incluindo medidas de
recuperação da área atingida e indenização de possíveis vítimas.
Não podem ser instalados galpões em áreas de mananciais.

Quadro 72 – Resíduos Agrossilvopastoris – Regras de Licenciamento.


Regras de Licenciamento
A localização, construção, instalação, modificação e operação de posto e central de
recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos e afins dependerão de prévio licenciamento
do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.
Para licenciamento de posto e central são exigidos os itens apresentados a seguir.

Quadro 73 – Resíduos Agrossilvopastoris – Legislação e Normas.


Legislação e Normas
Resolução CONAMA 334/2003
ABNT NBR 13968:1997 - Embalagem rígida vazia de agrotóxico -
Procedimentos de lavagem
NBR 14719:2001 - Embalagem rígida vazia de agrotóxico - destinação final da
embalagem lavada - Procedimento
NBR 14935:2003 - Embalagem vazia de agrotóxico - Destinação final de
embalagem não lavada – Procedimento.

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A Resolução CONAMA nº 334 de 2003 apresenta as exigências e
critérios para licenciamento de posto e central de resíduos agrossilvospastoris,
conforme segue.

Especificações de Construção comunidade do entorno sobre as


- Localização: preferencialmente em zona operações de recebimento,
rural ou zona industrial, em área de fácil armazenamento temporário e recolhimento
acesso a qualquer tempo. para destinação final das embalagens
- O terreno deve ser preferencialmente vazias de agrotóxicos e afins devolvidas
plano, não sujeito à inundação, e possuir pelos usuários; programa de treinamentos
sistema de controle de águas pluviais e de específicos para os funcionários, com
erosão do solo, adequado as certificação, relativos às atividades
características do terreno. previstas nestes locais; plano de
- A área escolhida para a construção do monitoramento toxicológico periódico dos
posto ou central de recebimento de funcionários; plano de ação preventiva e de
embalagens vazias de agrotóxicos e afins controle para possíveis acidentes; e
deve estar ou dispor: distante de corpos sistema de controle de entrada e saída das
hídricos, tais como: lagos, rios, nascentes, embalagens vazias recebidas, capaz de
pontos de captação de água, áreas emitir relatórios periódicos com a
inundáveis etc., de forma a diminuir os identificação do proprietário das
riscos de contaminação em caso de embalagens, quantidade, tipo e destino
eventuais acidentes; distância segura de final.
residências, escolas, postos de saúde, - O empreendedor ou responsável
hospitais, abrigo de animais domésticos e estabelecerá, juntamente com o
depósitos de alimentos, de forma que os encarregado ou supervisor do posto ou
mesmos não sejam contaminados em central, um protocolo contendo os
casos de eventuais acidentes; devidamente procedimentos a serem adotados para o
identificada com placas de sinalização, recebimento, triagem, armazenamento
alertando sobre o risco e o acesso restrito a temporário e recolhimento para destinação
pessoas autorizadas; e de pátio que final das embalagens vazias.
permita a manobra dos veículos - O empreendedor ou responsável deverá
transportadores das embalagens. fornecer ao usuário, no momento da
- O empreendedor ou responsável pelo devolução, um comprovante de
posto ou central deve apresentar um plano recebimento das embalagens vazias,
de gerenciamento, estabelecendo e devendo constar, no mínimo, os seguintes
providenciando, no mínimo: programa dados: nome do proprietário das
educativo visando a conscientização da embalagens; nome da

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propriedade/endereço; e quantidade e tipo permanente, edificações, vegetação, em
(plástico, vidro, ou metal) de embalagens um raio mínimo de quinhentos metros;
recebidas. Termo de compromisso firmado pela
- A prática da inspeção visual é necessária empresa registrante de agrotóxicos e afins,
e deve ser realizada, por profissional ou por sua entidade representativa,
treinado, nas embalagens rígidas, para garantindo o recolhimento, transporte e
separar as lavadas das contaminadas, destinação final das embalagens vazias
devendo essas últimas ser armazenadas recebidas, com previsão de multa diária,
separadamente. conforme legislação pertinente;
- O empreendedor ou o responsável pela Identificação de possíveis riscos de
unidade de recebimento deverá fornecer contaminação e medidas de controle
equipamentos de proteção individual associadas;
adequados para a manipulação das Programa de treinamento dos funcionários;
embalagens vazias de agrotóxicos, e cuidar Programa de monitoramento toxicológico
da manutenção dos mesmos. dos funcionários, com exames médicos
I- Condições mínimas necessárias para a periódicos, com pesquisa de agrotóxicos no
instalação e a operação de postos e sangue;
centrais de recebimento de embalagens Programa de monitoramento de solo e da
vazias de agrotóxicos e afins. água nas áreas de postos e centrais de
recebimento;
Declaração da Prefeitura Municipal ou do Programa de comunicação social interno e
Governo do Distrito Federal, de que o local externo alertando sobre os riscos ao meio
e o tipo de empreendimento estão de ambiente e a saúde;
acordo com o Plano Diretor ou similar; Sistema de controle de recebimento e de
Croqui de localização dos postos e destinação de embalagens vazias; e
centrais, locando o mesmo dentro da bacia Responsável técnico pelo funcionamento
hidrográfica, ou sub-bacia, com rede de dos postos e centrais de recebimento.
drenagem, áreas de preservação

10.7. Resíduos Industriais

Os resíduos industriais por englobarem diversas tipologias apresentam


poucas regras gerais e grande número de regras específicas a serem seguidas
por cada gerador.

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Quadro 74 – Resíduos Industriais – Regras de Licenciamento e Obrigações
Legais.
Regras de Licenciamento e Obrigações Legais
Os resíduos existentes ou gerados pelas atividades industriais serão objeto de controle
específico, como parte integrante do processo de licenciamento ambiental.
As concessionárias de energia elétrica e empresas que possuam materiais e equipamentos
Contendo Bifenilas Policloradas - PCBs deverão apresentar ao órgão estadual de meio
ambiente o inventário desses estoques, na forma e prazo a serem definidos pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA.

Quadro 75 – Resíduos Industriais – Legislação e Normas.


Legislação e Normas
Resolução CONAMA 313/2002
Resolução SMA 38/2011
ABNT NBR 8418:1984 - Apresentação de
projetos de aterros de resíduos industriais
perigosos- Procedimento

10.8. Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestação de


Serviço

As regras a seguir são listadas para geradores de resíduos perigosos e


de outros resíduos que por sua natureza, composição ou volume, não podem
ser enquadrados como domiciliares.

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Quadro 76 – Resíduos de Estabelecimentos Comerciais – Regras de Coleta e
Transporte.

Regras de Coleta e Transporte


O acondicionamento de resíduos perigosos, como forma temporária de espera para
reciclagem, recuperação, tratamento e/ou disposição final, pode ser realizado em contêineres,
tambores, tanques e/ou a granel.
Nenhum resíduo perigoso pode ser armazenado sem análise prévia de suas propriedades
físicas e químicas, uma vez que disso depende a sua caracterização como perigoso ou não e
o seu armazenamento adequado.
Um local de armazenamento deve possuir um plano de amostragem de resíduos que tenha:
os parâmetros que são analisados em cada resíduo, justificando-se cada um; os métodos de
amostragem utilizados; os métodos de análise e ensaios a serem utilizados; a freqüência de
análise; as características de reatividade, inflamabilidade e corrosividade dos resíduos, bem
como as propriedades que os caracterizam como tais; a incompatibilidade com outros
resíduos.

Quadro 77 – Resíduos de Estabelecimentos Comerciais – Regras de Triagem e


Transbordo.
Regras de Triagem e Transbordo
Resíduos ou substâncias que, ao se misturarem, provocam efeitos indesejáveis, como fogo,
liberação de gases tóxicos ou ainda facilitam a lixiviação de substâncias tóxicas, não devem
ser colocados em contato.

Quadro 78 – Resíduos de Estabelecimentos Comerciais – Legislação e Normas.


Legislação e Normas
ABNT NBR 12235:1992 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos
ABNT NBR 7500:2013 Versão Corrigida:2013 - Identificação para o transporte
terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos.
NBR 7501:2011 - Transporte terrestre de produtos perigosos - Terminologia
NBR 7503:2013 - Ficha de emergência e envelope para o transporte terrestre de
produtos perigosos - Características, dimensões e preenchimento.
ABNT NBR 10157:1987 – Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projeto,
construção e operação – Procedimento
ABNT NBR 10004:2004 – Resíduos Sólidos – Classificação
ABNT NBR 14619:2009 – Transporte terrestre de produtos perigosos –
Incompatibilidade química

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11. RESPONSABILIDADES QUANTO À IMPLEMENTAÇÃO E
OPERACIONALIZAÇÃO DO PISB PARA O SETOR DE
RESÍDUOS
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso VIII

A Política Nacional dos Resíduos Sólidos – PNRS (Lei 12.305 de 2010)


estabelece que “o poder público, o setor empresarial e a coletividade são
responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a
observância da PNRS” e de suas diretrizes e demais determinações. A Política
institui, assim, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos, “abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos”.
A definição das ações e diretrizes adotadas no Plano Integrado de
Saneamento Básico – Setor de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
considerará diferenciadamente as responsabilidades dos agentes envolvidos
na gestão dos resíduos sólidos, conforme recomendação do Ministério do Meio
Ambiente (2011). Estas estão relacionadas de maneira resumida no Quadro
79.

Quadro 79 – Resumo das responsabilidades na gestão dos resíduos sólidos.


Agrupamento de Resíduos Responsabilidade
Serviços públicos de limpeza Órgão público competente (autarquia
urbana e manejo de resíduos intermunicipal na forma de Consórcio Público
sólidos domiciliares ou órgão municipal isoladamente)
Gestor específico (RSS gerado em hospitais
Resíduos gerados em prédios
públicos, RCC gerado em obras públicas,
públicos
resíduos de prédios administrativos etc.)
Resíduos gerados em ambientes
Gerador privado (atividades em geral)
privados
Resíduos definidos como de Fabricantes, importadores, distribuidores e
logística reversa comerciantes
Gerador privado (instalações de saneamento,
Resíduos com Plano de
indústrias, serviços de saúde, mineradoras,
Gerenciamento Obrigatório
construtores, terminais de transporte e outros)

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Agrupamento de Resíduos Responsabilidade
Acondicionamento adequado e
diferenciado, e disponibilização Consumidor / gerador domiciliar
adequada para coleta ou devolução
Fonte: Ministério do Meio Ambiente (2011).

11.1. Gerador de resíduos sólidos domiciliares

O gerador de resíduos sólidos domiciliares possui o dever apenas de


disponibilizá-los adequadamente para a coleta, seja esta convencional ou
seletiva, e de realizar a devolução, após o uso, de produtos passíveis de
logística reversa a seus comerciantes ou distribuidores.
Em havendo coleta seletiva no município, o consumidor tem a obrigação
de:

• “acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os


resíduos sólidos gerados;
• disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e
recicláveis para coleta ou devolução”.

Nesse contexto, o artigo 84 do decreto 5.404/2010 prevê que os


consumidores que descumprirem suas obrigações estarão sujeitos à
advertência e, em reincidência, multas de R$ 50 a R$ 500, que poderão ser
convertidas em prestação de serviços.
A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, recai
em maior parte sobre os outros dois atores, a saber, o setor empresarial
(constituído pelos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes) e o
titular dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
(no caso, a própria prefeitura municipal).

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11.2. Setor empresarial

Segundo o Artigo 20 da PNRS, alguns geradores de resíduos são


obrigados a elaborar seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
(PGRS), a saber:

• geradores de:
o resíduos dos serviços públicos de saneamento básico;
o resíduos industriais;
o resíduos de serviços de saúde;
o resíduos de mineração;
• estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que:
o gerem resíduos perigosos;
o gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não
perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não
sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder
público municipal;
• empresas de construção civil;
• responsáveis pelos portos, aeroportos, terminais alfandegários,
rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira, e empresas de
transporte;
• responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo
órgão competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa.

É importante ressaltar, em relação aos estabelecimentos comerciais e


de prestação de serviços, que deve haver um limite oficialmente estabelecido
entre pequenos e grandes geradores de resíduos; enquanto os primeiros serão
atendidos pelos serviços públicos de manejo de resíduos, os outros devem
elaborar e implementar seu PGRS. Segundo o Ministério do Meio Ambiente
(MMA, 2011), o planejamento da gestão pública dos resíduos sólidos deve
prever tal limite, de modo que se sugere que, para quantidades maiores que
100 L ou 50 kg de resíduos gerados por dia de coleta, o próprio gerador se

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responsabilize por sua destinação adequada. Para tanto, este gerador pode
utilizar-se dos serviços prestados pelo poder público municipal mediante
pagamento diferenciado.
Há que se considerar, no entanto, que as atribuições de
responsabilidades acima descritas devem constar não apenas no Plano
Integrado de Saneamento Básico (PISB) de Catanduva, mas também em leis
municipais. Desse modo serão regulamentadas as quantidades máximas de
resíduos que caracterizam o pequeno gerador, a responsabilização do grande
gerador pela destinação adequada de seus resíduos e a instituição da
cobrança, por parte da prefeitura, para a extensão de seus serviços de manejo
de resíduos aos grandes geradores. É necessário ainda que a prefeitura
municipal possua um cadastro atualizado dos grandes geradores de resíduos,
bem como dos geradores sujeitos à elaboração do PGRS, para a devida
fiscalização e, quando couber, cobrança pelos serviços prestados.
Em relação aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes,
a PNRS dispõe sobre suas responsabilidades, que abrangem:

“I - investimento no desenvolvimento, na fabricação e na


colocação no mercado de produtos:
a) que sejam aptos, após o uso pelo consumidor, à reutilização,
à reciclagem ou a outra forma de destinação ambientalmente
adequada;
b) cuja fabricação e uso gerem a menor quantidade de
resíduos sólidos possível;
II - divulgação de informações relativas às formas de evitar,
reciclar e eliminar os resíduos sólidos associados a seus
respectivos produtos;
III - recolhimento dos produtos e dos resíduos remanescentes
após o uso, assim como sua subsequente destinação final
ambientalmente adequada, no caso de produtos objeto de
sistema de logística reversa na forma do art. 33;
IV - compromisso de, quando firmados acordos ou termos de
compromisso com o Município, participar das ações previstas
no plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, no

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caso de produtos ainda não inclusos no sistema de logística
reversa.”

Além disso, as embalagens dos produtos devem, conforme a referida lei,


ser restritas em peso e volume às dimensões necessárias à proteção do
produto e fabricadas com materiais passíveis de reutilização ou reciclagem.
Em seu Artigo 33, a Lei 12.305/10 estabelece que devem estruturar e
implementar sistemas de logística reversa, independentemente do serviço
público de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes de:

• agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, e outros produtos cuja


embalagem constitua resíduo perigoso;
• pilhas e baterias;
• pneus;
• óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
• lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e luz mista;
• produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

O poder público e o setor empresarial podem firmar acordos setoriais ou


termos de compromisso para que se estenda a aplicabilidade dos sistemas de
logística reversa a produtos comercializados em embalagens plásticas,
metálicas ou de vidro e aos demais produtos. Para tanto, verificam-se
primeiramente a viabilidade técnica e econômica da logística reversa e a
extensão dos impactos à saúde pública e ao ambiente causados pelos
resíduos. Naturalmente o poder público deve ser remunerado caso exerça as
atividades de logística reversa que são de responsabilidade do setor
empresarial.
Visando à conformidade com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos,
os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos cujos
resíduos sejam passíveis de logística reversa podem implementar:

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• procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados;
• postos de entrega voluntária;
• parcerias com cooperativas.

Uma vez implementada a logística reversa, o caminhamento dos


resíduos se dará conforme esquematizado na Figura 55.

Comerciantes Destinação
Fabricantes ou
Consumidores ou ambientalmente
importadores
distribuidores adequada

Figura 55 – Caminho percorrido pelos resíduos de produtos passíveis de


logística reversa.
Fonte: SHS (2013), adaptado da Lei 12.305/10.

Como pode ser observado, os consumidores realizam a devolução dos


resíduos aos comerciantes ou distribuidores que, por sua vez, os retornam aos
fabricantes ou importadores, responsáveis por sua destinação ambientalmente
adequada.
Todos os participantes do sistema de logística reversa, salvo os
consumidores, devem manter atualizadas e disponíveis ao órgão municipal
competente informações completas sobre o cumprimento de suas
responsabilidades.

11.3. Poder público

O poder público municipal é o titular dos serviços públicos de limpeza


urbana e manejo de resíduos sólidos, sendo responsável pela organização e
prestação direta ou indireta desses serviços, conforme consta na Lei
12.305/10. Assim, mesmo nos casos em que há terceirização da coleta,
transporte e destinação final de RSU, RSS e RCC sob os cuidados da
prefeitura, esta ainda será responsabilizada nos casos em que esses serviços
eventualmente deixem de ser prestados ou sejam efetuados de maneira
insatisfatória.
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Pode-se concluir, dessa maneira, que o poder público municipal possui
um papel fiscalizador dos serviços prestados por terceiros no contexto da
limpeza urbana e do manejo de resíduos sólidos, uma vez que a terceirização
desses serviços não isenta o titular de suas responsabilidades.
A Política Nacional dos Resíduos Sólidos estabelece as atribuições do
poder público no que concerne aos referidos serviços:

“I - adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos sólidos


reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços públicos de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;
II - estabelecer sistema de coleta seletiva;
III - articular com os agentes econômicos e sociais medidas
para viabilizar o retorno ao ciclo produtivo dos resíduos sólidos
reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços de limpeza
urbana e de manejo de resíduos sólidos;
IV - realizar as atividades [de responsabilidade dos fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de
logística reversa dos produtos e embalagens passíveis de tal
sistema, após definição de acordo setorial ou termo de
compromisso firmado com o setor empresarial], (...) mediante a
devida remuneração pelo setor empresarial;
V - implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos
orgânicos e articular com os agentes econômicos e sociais
formas de utilização do composto produzido;
VI - dar disposição final ambientalmente adequada aos
resíduos e rejeitos oriundos dos serviços públicos de limpeza
urbana e de manejo de resíduos sólidos.”

Tendo por objetivo o cumprimento de suas responsabilidades em


relação aos incisos I a IV acima citados, o poder público deverá priorizar a
organização, o funcionamento e a contratação de cooperativas ou associações
de catadores de baixa renda. Além disso, o poder público pode também instituir
incentivos econômicos aos consumidores participantes do sistema de coleta
seletiva, após a devida regulamentação desses incentivos por meio de lei
municipal.

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Sabendo-se que muitas das atribuições do poder público municipal são
legalmente estabelecidas, mas não se descreve o modo como elas serão
cumpridas, cabe à prefeitura também a regulamentação dos serviços a serem
prestados, a cobrança por estes serviços, os incentivos econômicos a boas
práticas por parte da população e do setor empresarial, as multas e
penalidades no caso de infrações etc. A regulamentação deve ser efetuada por
meio de legislação municipal específica.
Conforme o Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2011), a legislação a
ser adotada no município pode tomar a forma de um Código de Resíduos
Sólidos, a exemplo do Código de Obras, já existente em Catanduva. Tal
legislação pode possuir abrangência local ou regional, no caso de
estabelecimento de consórcio público intermunicipal. O MMA ainda indica quais
são, no mínimo, os aspectos da gestão e do gerenciamento dos resíduos
sólidos a serem contemplados em leis municipais:

• posturas relativas às matérias de higiene, limpeza, segurança e


outros procedimentos públicos relacionados aos resíduos sólidos,
bem como os relativos à sua segregação, acondicionamento,
disposição para coleta, transporte e destinação, disciplinando
aspectos da responsabilidade compartilhada e dos sistemas de
logística reversa;
• definição dos limites de volume que caracterizam pequenos
geradores e serviços públicos de manejo de resíduos;
• disciplinamento da operação de transportadores e receptores de
resíduos privados (transportadores de entulhos, resíduos de
saúde, resíduos industriais, sucateiros e ferro velhos, outros);
• estabelecimento dos procedimentos relativos aos Planos de
Gerenciamento que precisam ser recepcionados e analisados no
âmbito local;
• estabelecimento de procedimentos para a mobilização e trânsito
de cargas perigosas no município ou na região;

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• definição dos instrumentos e normas de incentivo para o
surgimento de novos negócios com resíduos;
• estabelecimento dos mecanismos de recuperação dos custos
pelos serviços prestados por órgãos públicos (taxas, tarifas e
preços públicos);
• instituição dos programas específicos previstos no PISB;
• definição do órgão colegiado, as representações e a competência
para participação no controle social dos serviços públicos de
limpeza urbana e manejo de resíduos.

Para o município de Catanduva, foi encontrada legislação municipal


referente à taxa de coleta do lixo; para os outros aspectos acima mencionados,
ainda há necessidade de se formularem leis.

11.3.1. Atribuições das Secretarias Municipais

Pode-se perceber, em Catanduva, que a questão dos serviços de


limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos concentrou-se grandemente na
Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura. Naturalmente esta possui sim
relação direta com o tema, mas não deve ser a única responsável pelos
serviços, principalmente tendo em vista que a gestão destes deve ocorrer de
forma integrada às demais questões relacionadas à gestão pública e articulada
com as demais secretarias.
Há que se levar em conta que o tema dos resíduos sólidos é
multifacetado e, para uma gestão mais eficaz dos resíduos, devem-se definir
claramente as atribuições de cada Secretaria para impedir que recaiam sobre a
Secretaria do Meio Ambiente e Agricultura tarefas que ultrapassem os limites
de sua competência. Dessa maneira, sugere-se, neste PISB, que algumas
atividades relacionadas à gestão dos resíduos sólidos sejam atribuídas a
outras Secretarias. Alguns exemplos dessas atribuições são relacionados a
seguir. Todavia, vale lembrar que a responsabilização de cada Secretaria por
atividades pré-estabelecidas não exclui a necessidade de articulação entre as
Secretarias envolvidas na gestão dos resíduos.

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Secretaria de Obras e Serviços

Segundo consta no site da Prefeitura Municipal de Catanduva (2013),


esta Secretaria já possui duas atribuições relacionadas aos serviços de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos, quais sejam:

• supervisionar, coordenar e controlar as atividades de manutenção


de praças, parques, jardins, cemitérios e logradouros públicos;
• supervisionar os serviços contratados para a limpeza de vias e
logradouros públicos, remoção e destino final do lixo domiciliar e
de outros resíduos de qualquer natureza que requeiram
tratamento diferenciado para o lixo hospitalar, farmacêutico e
odontológico.

Pode-se sugerir ainda que a Secretaria de Obras e Serviços Públicos,


que já fiscaliza a realização de obras públicas e particulares, auxilie também na
fiscalização da destinação adequada dada aos resíduos da construção civil
gerados nessas obras. Além disso, a Secretaria poderia ficar incumbida da
implantação e manutenção da infraestrutura e dos equipamentos (como
galpões, caminhões e maquinário) necessários à realização dos serviços
públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos.

Secretaria de Educação

A Secretaria de Educação poderia responsabilizar-se pela


implementação e realização de programas de educação ambiental voltados
especificamente para a sensibilização da população, principalmente das
crianças, quanto à importância de separar corretamente seus resíduos e
disponibilizá-los de maneira adequada para coleta. Ressalta-se que deve haver
trabalhos de conscientização específicos para cada tipo de resíduo, conferindo
especial atenção aos materiais recicláveis e compostáveis, aos produtos
passíveis de logística reversa, aos resíduos volumosos e aos resíduos da

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construção civil. Sugere-se que haja um programa de conscientização da
população especificamente para as questões envolvidas com os serviços de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. As diretrizes básicas a serem
seguidas no programa serão discriminadas no item 13.2.
A Secretaria pode ainda, em conjunto com o Fundo Social de
Solidariedade, realizar trabalhos de capacitação de pessoas de baixa renda
e/ou em situação de vulnerabilidade social que estejam envolvidas com a
coleta de materiais recicláveis em Catanduva. A capacitação deve contemplar,
entre outras, questões trabalhistas e de cooperativismo, de modo que mais
pessoas possam se envolver com a coleta seletiva, promovendo o
fortalecimento da Associação Padre Osvaldo, que atualmente realiza essa
coleta, ou ainda o surgimento de novas associações e/ou cooperativas.

Secretaria de Planejamento

A atribuição dessa Secretaria consistiria basicamente na integração da


questão dos resíduos sólidos ao planejamento das ações da administração
pública, de maneira que não haja um planejamento desarticulado com as
demais questões de interesse da sociedade.

Secretaria de Finanças

A Secretaria de Finanças está diretamente envolvida com a arrecadação


de verbas decorrentes de tarifação e de cobrança pela prestação dos serviços
públicos. Assim, a Secretaria pode implementar uma nova maneira de
cobrança pelos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, caso
seja viável, além de proceder à implementação da cobrança, após devida
regulamentação, pela prestação, por parte da prefeitura, de serviços que não
competem ao poder público municipal, como seria o caso de coleta e
destinação de resíduos volumosos ou dos passíveis de logística reversa, entre
outros.

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Fundo Social de Solidariedade

Conforme já citado anteriormente, o Fundo Social pode realizar


trabalhos em conjunto com a Secretaria de Educação no sentido de promover a
capacitação de pessoas de baixa renda e/ou em situação de vulnerabilidade
social que estejam envolvidas com a coleta de materiais recicláveis em
Catanduva. Assim, haveria um fomento à inclusão social dessas pessoas e
valorização dos catadores de recicláveis.

Secretaria de Comunicação

É de extrema importância, para uma efetiva participação popular na


gestão dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, que
haja um meio eficaz de informar a população sobre as questões pertinentes.
Primeiramente, no entanto, é necessário que a população esteja a par de seus
direitos e deveres no que concerne à gestão e ao gerenciamento dos resíduos
sólidos. Assim, cabe à Secretaria de Comunicação inicialmente auxiliar a
Secretaria de Educação no processo de conscientização e sensibilização
popular acerca dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, o
que pode ocorrer, por exemplo, por meio de um programa específico para o
tema dos resíduos, realizado em paralelo com outros programas de educação
ambiental. De qualquer modo, devem ser abordadas as diretrizes básicas
posteriormente relacionadas (vide item 13.2).
Além disso, a Secretaria de Comunicação deve disponibilizar
informações atualizadas sobre os serviços relacionados aos resíduos sólidos
de maneira acessível, sejam estas informações relacionadas a melhorias a
serem implementadas, a prestação de contas acerca da aplicação do dinheiro
arrecadado, a dados quantitativos sobre coleta e disposição de resíduos
diversos etc.
Porém, apenas a informação da população não é suficiente para garantir
sua participação de fato nas questões da administração pública. Por isso,
também é sugerido que a Secretaria de Comunicação seja uma mediadora

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entre a população e o titular da prestação dos serviços de limpeza urbana e
manejo dos resíduos sólidos no que diz respeito a dúvidas, críticas, elogios,
sugestões e reclamações que possam existir por parte da população. Dessa
forma, a Secretaria estabeleceria um canal de comunicação com os moradores
de Catanduva para aferir em que pontos a gestão pública é eficiente e onde
ainda pode ser melhorada. Após realizar uma compilação das informações e
questionamentos obtidos, a Secretaria os repassaria aos setores responsáveis
para que as fossem tomadas as medidas cabíveis e as questões fossem
respondidas.
A Secretaria pode disponibilizar ainda uma avaliação dos serviços
públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, para que a
população possa dar nota a estes serviços como um todo e/ou a cada
subprocesso envolvido no gerenciamento dos diferentes tipos de resíduos.

Setor de Informática

Visando a uma sistematização eficiente das informações relativas aos


serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, o Setor de
Informática da prefeitura de Catanduva pode auxiliar na compilação dos dados
coletados, na atualização do banco de dados e na manutenção do Sistema de
Informações a ser criado (conforme será descrito no item 22). Ademais, o Setor
pode contribuir com o estabelecimento de canais de comunicação com a
população em meio eletrônico, para que esta tenha a possibilidade de fazer
críticas, elogios, sugestões e reclamações acerca do sistema de resíduos
sólidos, de participar de pesquisas de satisfação, e ainda de fornecer
feedbacks periódicos dos serviços prestados.

Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura

A Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura é atualmente a principal


gestora municipal do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
no município de Catanduva. Suas atribuições abrangem a implementação

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direta e/ou a supervisão de todos os processos inerentes ao gerenciamento de
resíduos, desde a coleta, passando pelo transporte, processamento e
tratamento até a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
A Figura 56 apresenta uma proposta para a reestruturação da hierarquia
na Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura para que as metas estabelecidas
no Plano Integrado de Saneamento Básico para o setor de resíduos sólidos
sejam cumpridas.

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Figura 56 – Organograma com
proposta de reestruturação da
cadeia hierárquica para a
Secretaria de Meio Ambiente e
Agricultura
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O organograma, como pode ser verificado, é composto por cargos de
livre provimento e cargos em comissão, cuja maioria, no entanto, não existe
atualmente. Assim, faz-se necessária a contratação de uma equipe
multidisciplinar, visando não somente à estruturação da coleta e da disposição
final dos resíduos, mas também à recomposição de áreas verdes, ao
licenciamento ambiental, à educação ambiental e a outras ações atualmente
atribuídas à Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura.
Tendo em vista a necessidade de reestruturação nesta Secretaria, foi
proposta uma minuta de lei dispondo sobre seus objetivos, sua estrutura
interna (conforme apresentado na Figura 56) e as competências de cada nível
hierárquico. Na proposta há ainda um capítulo para tratar especificamente da
criação, no quadro de servidores da prefeitura de Catanduva, dos cargos
necessários dentro da Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura para que esta
possa exercer suas atribuições de maneira satisfatória e, no que concerne ao
presente PISB, cumprir com as metas que lhe dizem respeito.
Por fim, o diagrama apresentado na sequência representa a síntese
analítica das responsabilidades dos geradores de resíduos sólidos.

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Observação: Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de Serviços (Art. 13 da
Lei 12.305/2010) podem ser considerados Resíduos Domiciliares quando caracterizados como
não perigosos ou quando sua composição e volume são similares aos dos resíduos
domiciliares – quantidades inferiores a 100 litros.

Figura 57 – Síntese das responsabilidades dos geradores de resíduos sólidos.


Fonte: SHS (2013).

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12. PROGRAMAS E AÇÕES DE CAPACITAÇÃO TÉCNICA
VOLTADOS PARA SUA IMPLEMENTAÇÃO E
OPERACIONALIZAÇÃO
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso IX

Uma vez que se procure implementar o Plano Integrado de Saneamento


Básico (PISB) em Catanduva, será necessário o investimento em capacitação
profissional para que as ações propostas para todos os setores, inclusive o de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, se tornem efetivas e eficazes.
Conforme já foi explicado anteriormente, tanto os geradores de resíduos
sólidos (pequenos geradores de RDO e geradores sujeitos à elaboração de
PGRS) quanto o poder público municipal possuem certas responsabilidades
quanto ao correto gerenciamento dos resíduos sólidos. Assim, todos os
agentes envolvidos precisam estar plenamente conscientes de seus deveres,
bem como das maneiras de se alcançar um modo mais eficiente de se realizar
cada subprocesso envolvido na limpeza urbana e no manejo de resíduos
sólidos. Tomando por exemplo uma situação hipotética, não basta que a
população separe adequadamente os materiais recicláveis dos rejeitos e os
disponibilize para coleta em recipientes diferenciados se os funcionários da
coleta regular, por mera desinformação, os recolherem em conjunto com os
rejeitos.
Ressalta-se que não só os trabalhadores alocados no nível operacional
dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos necessitam da
capacitação para melhorar sistematicamente os serviços prestados. Também
os gestores do sistema; os funcionários responsáveis pelo sistema de
informações, tanto na coleta quanto na disponibilização dos dados; as pessoas
envolvidas na conscientização ambiental da população, enfim, todos os
trabalhadores do sistema de resíduos sólidos devem passar pela capacitação.
E ainda, não só os funcionários a serviço do poder público municipal
precisam dessa capacitação para melhoria dos serviços de gerenciamento dos
resíduos sólidos, pois, muitas vezes (como ocorre em Catanduva), tais serviços
são terceirizados. Desse modo, a prefeitura precisa lançar mão de seu papel
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fiscalizador e certificar-se que os funcionários da empresa contratada possuem
a capacitação requerida para o exercício de suas funções, além de cobrar
certificados de participação regular desses trabalhadores em cursos para
aprimoramento de seus conhecimentos técnicos. Em tais certificados a serem
apresentados à administração municipal devem constar informações como o
tema, o local, a data e a carga horária dos cursos. Aliás, as horas dispensadas
aos cursos de capacitação podem ser contabilizadas como horas trabalhadas.
O início dos programas de capacitação pode ocorrer em prazo imediato,
ou seja, em até 2 anos, e se manterem durante todo o horizonte do plano.
Como exemplos dos cursos de aperfeiçoamento a serem aplicados podem-se
citar, em nível operacional, os cursos para os motoristas dos caminhões, para
os coletores dos resíduos, para os operadores do aterro sanitário e para os
catadores de materiais recicláveis. Os cursos podem ser oferecidos
anualmente para reciclagem do conhecimento dos funcionários e para se
fomentar e explicar a utilização de eventuais novas tecnologias.
Cursos ou manuais com diretrizes básicas para a elaboração do Plano
de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos por parte dos grandes geradores
também podem ser oferecidos pela prefeitura no início de cada ano, para que
estes geradores possam elaborar seu plano após a capacitação e antes do
prazo de entrega (para o qual foi sugerido o dia 30 de março).
Ainda os próprios funcionários do poder público municipal que estejam
envolvidos com as ações a serem ainda implementadas, como a
sistematização de informações sobre a gestão e o gerenciamento dos resíduos
sólidos, com a divulgação destas, a ouvidoria à população e a educação
ambiental, necessitam passar por cursos e treinamentos. Para a efetivação do
início dessas atividades, pode-se recorrer a exemplos de sucesso já
implementados em outros municípios.
Vale ressaltar que a metodologia de ensino a ser empregada nos cursos
deve ser predominantemente interativa, focando na prática do serviço por meio
da simulação de problemas e da busca por suas soluções, bem como de
estudos de caso. Além disso, é recomendável que se identifiquem os perfis e

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competências dos membros da equipe para melhor ajuste dos cursos de
capacitação.
A frequência anual do oferecimento dos cursos se deve ao fato de o
período de um ano oferecer tempo suficiente para que a prefeitura avalie os
resultados surtidos, ou seja, quais as reais melhorias observadas em termos de
qualidade e eficiência da gestão e do gerenciamento dos resíduos. Após essa
avaliação, poderão ser notados aspectos relativos a cada agente envolvido que
ainda são passíveis de melhorias e, dessa maneira, nos cursos de capacitação
do ano seguinte, tais aspectos podem ser enfatizados. É importante ressaltar
que, para se obter um controle das avaliações de qualidade e eficiência dos
serviços, a prefeitura deve implantar um banco de dados, no qual conste
indicadores de acompanhamento para mensurar o desempenho dos
trabalhadores que devem passar pelos cursos.
Nos cursos de capacitação, um tema importante a ser abordado consiste
na definição clara das atribuições de cada agente para a gestão e o
gerenciamento adequados dos resíduos. E ainda deve ser enfatizada a
necessidade de que os agentes realizem suas atividades de modo integrado e
articulado, buscando ao máximo o fluxo de informações entre eles, o que pode
ser obtido, por exemplo, por meio de reuniões entre representantes de cada
setor com frequência pré-determinada.
A seguir, segue um quadro-resumo do programa de capacitação técnica
acima detalhado.

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Quadro 80 – Resumo do programa proposto para capacitação técnica.
Cursos de capacitação interativos e práticos adequados
Instrumentos
a cada função do Sistema de Resíduos Sólidos (SRS).
Todos os trabalhadores envolvidos no SRS, tanto em
nível operacional quanto no gerencial. Incluem-se
Abrangência
empresas terceirizadas e geradores sujeitos à
elaboração do PGRS.
Controle da participação Verificação de certificados.
Início Imediato.
Frequência Anual.
Indicadores para mensurar o ganho de eficiência nos
Avaliação dos resultados
serviços prestados.
Ênfase nas deficiências constatadas na avaliação dos
Aprimoramento do
resultados para a preparação dos cursos dos anos
programa
seguintes.

12.1. Resultado esperado

Por fim, com a implementação do programa de capacitação técnica


sugerido, espera-se um ganho substancial de eficiência na gestão e no
gerenciamento dos resíduos sólidos, de modo que o investimento nesta
capacitação seja compensado ao longo dos anos.

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13. PROGRAMAS E AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL QUE
PROMOVAM A NÃO GERAÇÃO, A REDUÇÃO, A
REUTILIZAÇÃO E A RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso X

13.1. Fundamentação e justificativa

Os programas e as ações desenvolvidos com a população visando a sua


educação ambiental no âmbito dos resíduos sólidos são fundamentais para a
gestão e o gerenciamento adequado desses resíduos. Uma vez que os
moradores de um município são os principais geradores, todo o processo de
manejo e disposição dos resíduos sólidos domiciliares tem início em suas
residências. Desse modo, se a população não estiver consciente de seus
deveres para com a limpeza urbana e o manejo dos resíduos, não os
disponibilizando adequadamente para coleta (convencional ou seletiva), nem
retornando aos comerciantes e distribuidores os resíduos passíveis de logística
reversa, todos os subprocessos seguintes (transporte, tratamento e destinação
final) ficarão comprometidos.
Nesse sentido, a educação ambiental concernente aos resíduos sólidos
vem a conscientizar a população em geral sobre a importância de cumprir com
suas responsabilidades no gerenciamento dos resíduos, bem como quais são
exatamente tais responsabilidades. Mesmo após a instituição em lei da
logística reversa, por exemplo, grande parte da população ainda não sabe que
é seu dever retornar os produtos passíveis do processo aos comerciantes e
distribuidores, e que a administração pública não é obrigada a coletar tais
produtos na coleta convencional.
Segundo a Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a
Política Nacional de Educação Ambiental, “entendem-se por educação
ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso
comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.

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Na Política consta ainda que todos têm direito à educação ambiental, de
maneira que o poder público, as instituições educativas, os órgãos integrantes
do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), os meios de comunicação
em massa, as empresas e a sociedade como um todo possuem incumbências
relacionadas a esta modalidade de educação.
A Lei 9.795/99 estabelece que a educação ambiental deve estar
presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo de maneira
articulada, e em caráter formal e não formal. Segundo Lopes (2006), porém, os
municípios que investem em educação ambiental usualmente delegam as
atividades apenas ao ensino formal, acreditando que o processo educacional
deve ser efetuado apenas com crianças na escola e que somente esta
proporciona um ambiente propício para este fim. Naturalmente, a educação
ambiental realizada nas escolas é de extrema importância, uma vez que as
crianças acabam introduzindo os temas lá abordados no ambiente familiar,
prestando-se ao papel de difusores do conhecimento. Porém, as escolas não
são o único local em que a educação ambiental pode surtir o efeito desejado:
outros ambientes estratégicos, como associações de moradores de bairros,
sindicatos, associações comerciais, entre outros, também devem ser
considerados.
Ribeiro e Günther1 (2003 apud Lopes, 2006) afirmam que é necessário
que, dentro dos programas de educação ambiental, seja abordada também a
educação para a cidadania, visto que boa parte dos problemas de limpeza
pública ocorre devido à atitude da população de conservar os espaços privados
e cobrar da prefeitura a limpeza do espaço público.
Outra deficiência constatada nos programas de educação ambiental
brasileiros consiste no fato de estes visarem apenas a conscientizar as
pessoas para que elas separem seu lixo (Grimberg e Blauth2, 1998 apud
Lopes, 2006). Entretanto, conforme a própria Política Nacional dos Resíduos
Sólidos (PNRS – Lei 12.305 de 2010) preconiza, deve-se observar a seguinte

1
RIBEIRO, H.; GÜNTHER, W. M. R. Patrimônio ambiental brasileiro. In: RIBEIRO, W. C. (Org.).
Ed. EDUSP e Imprensa do Estado. São Paulo: 2003.
2
GRIMBERG, E.; BLAUTH, P. Coleta Seletiva: reciclando materiais, reciclando valores. Pólis, nº31.
Instituto Pólis, São Paulo: 1998.
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ordem de prioridade na gestão e no gerenciamento dos resíduos sólidos: não
geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e
disposição ambientalmente adequada dos rejeitos. Os programas que
enfoquem somente a necessidade de separação do material para reciclagem e
não enfatizem a necessidade de se seguir essa ordem de prioridade dada na
PNRS acabam difundindo a ideia errônea de que quanto mais resíduos forem
produzidos (para serem destinados à reciclagem), melhor.
Por fim, vale ressaltar que a educação ambiental não deve ser vista
meramente como um meio de divulgação de informações, mas como um
processo que auxilie na garantia de uma efetiva participação popular no
gerenciamento dos resíduos e na construção de novos valores na busca por
uma sociedade mais ambientalmente sustentável (Lopes, 2006).

13.2. Diretrizes básicas

Em Catanduva, é preciso que o programa de educação ambiental


voltado aos resíduos sólidos, a ser implementado já em prazo imediato (em até
2 anos), aborde, no mínimo, algumas questões básicas e fundamentais que
motivem uma maior participação dos moradores no sistema público de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos, a saber:

• quais as consequências ambientais, econômicas e sociais de atos


simples e diários, como:
o acondicionar corretamente os resíduos sólidos
domiciliares;
o observar os horários das coletas regular e seletiva;
o não jogar lixo nas ruas;
o varrer e conservar limpas as calçadas;
• importância de se buscar a não geração, a redução, a
reutilização, a reciclagem, o tratamento de resíduos e a
disposição ambientalmente adequada de rejeitos,
necessariamente nessa ordem de prioridade;
• informações sobre coleta seletiva, reciclagem e compostagem;
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• esclarecimentos em relação à logística reversa:
o quais os produtos passíveis desse processo;
o como e a quem realizar a devolução;
• quais as suas responsabilidades e deveres em relação ao
gerenciamento dos resíduos sólidos, ou seja (segundo a PNRS):
o acondicionar e disponibilizar adequadamente os resíduos
para as coletas regular e seletiva e de forma diferenciada;
o realizar a devolução dos produtos passíveis de logística
reversa aos comerciantes e distribuidores desses produtos;
• por que é importante o envolvimento dos moradores na gestão e
no gerenciamento dos resíduos sólidos e quais as formas de
participação popular;
• legislação pertinente;
• a quem recorrer em caso de gerenciamento inadequado de
serviços por parte de qualquer agente (poder público, indústrias,
cooperativas, comércio, empresas e pessoas físicas).

Por meio da abordagem dessas e de outras questões que os


organizadores do programa julgarem pertinentes, procura-se fazer a população
entender o que é e como deve funcionar um sistema de limpeza urbana em
toda a sua complexidade.
Ressalta-se que é recomendável não se ater apenas a cursos teóricos
relacionados ao tema, mas investir também em práticas que apresentem os
moradores à questão dos resíduos de maneira mais atrativa. Podem-se
realizar, por exemplo, visitas a campo, como à centrais de reciclagem e ao
aterro sanitário; oficinas de compostagem e horta orgânica; oficinas de
reaproveitamento de PET e outros materiais; mostra de artesanato com
reaproveitamento de resíduos; apresentações artísticas e culturais, como teatro
educativo; entre outros.

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13.3. Funcionamento do programa

Sugere-se que o programa de educação ambiental a ser desenvolvido


em Catanduva priorize ações que garantam parcerias institucionais e, dessa
maneira, assegure financeiramente sua execução.
Propõe-se ainda que os cursos teóricos e práticos envolvidos no
programa ocorram com uma frequência mínima anual nos setores da cidade,
ainda a serem definidos e podendo ser compostos, cada um, por um número
de 5.000 a 10.000 residências. Uma vez que, de acordo com o Censo 2010 do
IBGE, Catanduva possuía 37.285 domicílios particulares permanentes, haveria
entre quatro e sete setores a serem atendidos. Vale lembrar que estes devem
ser estabelecidos conforme a similaridade das características socioeconômicas
das residências e dos padrões de geração de resíduos sólidos.
Já nas escolas, a educação ambiental deve ser mantida como um
programa permanente a ser desenvolvido com os alunos.
É importante que o poder público municipal estabeleça uma lei municipal
para regulamentar a questão da educação ambiental em Catanduva.
A seguir serão citados exemplos de programas de educação ambiental
desenvolvidos em dois municípios – São José do Rio Preto e Barueri, dos
quais se podem retirar alguns bons exemplos de funcionamento dos programas
já instituídos.

13.3.1. Educação ambiental – modelo de São José do Rio


Preto

O Programa Municipal de Educação Ambiental de São José do Rio Preto


é instituído pela Lei nº 10.181, de 23 de julho de 2008, alterada pela Lei nº
10.819, de 17 de novembro de 2010. No contexto desse programa, são
realizadas palestras para a formação da consciência ecológica do educando e
atividades práticas diversas, como visitas ao Bosque/Zoológico municipal,
ecoturismo, plantio de árvores e gincana entre as escolas para arrecadação de
óleo de cozinha usado. Quanto a essa competição, vale ressaltar que não há
uma opinião unânime sobre os benefícios por ela trazidos: Lopes (2006), por

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exemplo, sugere que as gincanas desse tipo podem incentivar ainda mais o
consumo dos produtos que se procura arrecadar.
Em São José do Rio Preto, todas as unidades escolares devem
disponibilizar um número de horas suficientes para as discussões e a
programação das atividades de educação ambiental, as quais são realizadas
pela própria escola e/ou pelos professores de cada disciplina. Todavia, não é
legalmente estabelecido qual seria tal número suficiente de horas.
O Programa de Educação Ambiental do município prevê a participação
de entidades não governamentais de proteção ao meio ambiente devidamente
cadastradas junto à prefeitura na realização das atividades do programa. As
entidades que possuírem interesse em participar deste devem formalizar um
termo de cooperação com escolas municipais, podendo realizar, com fins
promocionais e publicitários, a divulgação das ações praticadas em benefício
das escolas. Todo o material utilizado nos projetos (apostilas, relatórios,
pareceres, fotos e avaliação técnica final feita por profissional habilitado da
Secretaria Municipal de Educação) deve ser deixado pelas entidades nos
próprios estabelecimentos de ensino.
Se houver dois ou mais projetos sendo desenvolvidos ao mesmo tempo
e em uma mesma escola, estes devem ser articulados e integrados, de modo a
não haver repetições de conteúdo.
Após o cumprimento das ações estabelecidas no termo de cooperação,
a entidade deve submeter às Secretarias Municipais de Educação e Cultura um
relatório das atividades desenvolvidas. O papel destas secretarias no
desenvolvimento do programa, além da análise desses relatórios, consiste
também na avaliação criteriosa de cada projeto, para evitar conteúdos de baixo
nível ou inadequados à realidade escolar, e no encaminhamento às unidades
de ensino no início de cada ano letivo, do tema a ser trabalhado pelas
entidades não governamentais interessadas em participar do programa.
O poder público não possui nenhum ônus com a implementação dos
projetos.
Por fim, ressalta-se que, caso Catanduva siga o modelo do Programa de
Educação Ambiental de São José do Rio Preto, sugere-se que os projetos

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desenvolvidos por entidades parceiras ultrapassem os limites das escolas,
conforme já detalhado anteriormente, podendo abranger associações de
bairros, sindicatos etc.

13.3.2. Educação ambiental – modelo de Barueri

As informações a seguir sobre o funcionamento do programa de


educação ambiental de Barueri foram extraídas de Lopes (2006).
O estudo da educação ambiental em Barueri se deu por conta do início
da implantação da coleta seletiva no município, o que ocorreu por etapas, por
regiões da cidade, respeitando a realidade de cada uma. Com isso, a
população deveria separar seus resíduos entre orgânicos e recicláveis, sendo
que o recolhimento destes não seria efetuado no mesmo dia, mas em dias
alternados.
Visando ao sucesso do programa de coleta seletiva, as Secretarias
Municipais de Assistência Médica de Barueri (SAMEB) e de Recursos Naturais
e Meio Ambiente (SEMA) realizaram as oficinas “Reciclar é Saúde”, que
capacitavam voluntários quanto aos principais aspectos de saúde e meio
ambiente presentes na questão dos resíduos sólidos. Os voluntários, ou
“multiplicadores” do programa, percorriam os bairros orientando a população a
separar os resíduos, encerrando essas atividades uma semana antes do início
da coleta seletiva nestes bairros. Além destes, setores representativos da
comunidade, como igrejas e sociedade de amigos de bairros, foram envolvidos
na divulgação do programa.
Um aspecto interessante observado no programa de educação
ambiental de Barueri foi o esforço conjunto da Secretaria de Educação Infantil e
do Serviço Social da Indústria (SESI) visando à capacitação de mães para que
estas aproveitassem integralmente os alimentos. Anteriormente a essa
iniciativa, constatou-se que haviam muitas crianças desnutridas devido à
alimentação pouco balanceada decorrente da pobreza. O SESI, então,
promoveu cursos com as merendeiras das escolas e com os professores, e
estes, por sua vez, utilizaram-se da cozinha da escola para ensinar as mães a
aproveitar talos, cascas e sobras de alimentos. Além disso, as mulheres

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aprenderam também a separar os resíduos sólidos durante o preparo dos
alimentos, momento em que ainda se discutiu a questão do consumo.
A Secretaria de Promoção Social também formou multiplicadores desse
programa de aproveitamento de sobras de alimentos, oferecendo ainda cestas
básicas para as pessoas cadastradas na Secretaria que participassem do
curso.
Outras Secretarias Municipais também estavam envolvidas no programa
de educação ambiental de Barueri. A Secretaria de Ensino Fundamental, por
exemplo, optou por implementar projetos pedagógicos em conjunto com as
escolas, conforme a realidade de cada uma delas, observando algumas
diretrizes, como o envolvimento da comunidade também fora da escola, e a
não realização de gincanas e competições. Já a Secretaria de Comunicação foi
incumbida da divulgação do programa (inclusive com carros de som nas
semanas que antecediam o início da coleta seletiva nos bairros) e de seus
resultados, da documentação das atividades por meio de filmagens e da
assessoria de imprensa.
As igrejas também divulgaram, ao final de seus cultos ou missas, o início
da coleta seletiva nos bairros e a importância da adesão dos moradores.
O projeto piloto desenvolvido em um dos bairros de Barueri apresentou
resultados satisfatórios; por meio de questionários e entrevistas, verificou-se
que 80% dos moradores do bairro estavam participando da coleta seletiva.
Além disso, puderam ser constatadas várias sugestões para o aprimoramento
da coleta nas respostas aos questionários.

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13.4. Quadro-resumo do programa

Quadro 81 – Resumo do programa proposto de educação ambiental.


Cursos teóricos e práticos de educação ambiental e
educação para a cidadania, realizados em todos os níveis e
Instrumentos
modalidades do processo educativo de maneira articulada e
em caráter formal e não formal.
• Existência de lei municipal para regulamentar a
educação ambiental.
Contextos
• Integração das Secretarias Municipais, com
desejáveis
atribuições específicas de cada uma.
• Estabelecimento de parcerias com a iniciativa privada.
Educação formal: todas as escolas; educação não
formal: todo o município de Catanduva, sendo implementado
Abrangência por partes em associações de bairros, sindicatos, igrejas etc.
para atender a todos os setores (de 5.000 a 10.000
domicílios cada).
Possibilidades de • Propaganda nos setores com faixas, carros de som
fomento à etc., e divulgação em escolas, igrejas, sindicatos etc.
participação • Distribuição de cestas básicas à população de baixa
popular renda ao final dos cursos.
Diretrizes básicas Vide item 13.2.
Início Imediato.
Educação formal: permanente; educação não formal:
Frequência
semestral em cada setor.
• Relatórios das atividades desenvolvidas.
• Mensuração de indicadores de participação da
Avaliação dos
população na gestão e no gerenciamento dos
resultados
resíduos.
• Questionários aplicados à população.
Aprimoramento do Ênfase nas deficiências constatadas na avaliação dos
programa resultados para a preparação dos cursos dos anos seguintes.

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13.5. Resultados esperados

Por meio da educação ambiental formal e informal aplicada por partes


nos diferentes setores de Catanduva, espera-se, antes de tudo, que haja uma
evolução na visão geral sobre o consumo. A população passaria a consumir de
maneira consciente e dando prioridade a produtos ambientalmente mais
adequados e que possuam menos proporção de embalagem em relação à
mercadoria propriamente dita. Assim, favorecer-se-ia a não geração de alguns
resíduos e à redução na produção de outros, fazendo cumprir com o artigo 9º
da Lei 12.305, que estabelece a seguinte ordem de prioridade na gestão e no
gerenciamento dos resíduos: não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada
dos rejeitos.
Após a realização de oficinas de reaproveitamento de materiais e das
mostras de objetos de artesanato feitos a partir de resíduos, espera-se
caminhar em direção ao nível seguinte da ordem de prioridade estabelecida no
artigo 9º da Lei 12.305 acima descrito, isto é, a reutilização de alguns resíduos
sólidos.
É esperado também que haja uma maior adesão da população à coleta
seletiva, uma vez que as pessoas estarão mais conscientes da importância de
seu papel separador dos resíduos para o bom funcionamento do programa.
Dessa maneira, fomenta-se a reciclagem, próximo nível da ordem de prioridade
legalmente estabelecida.
Quanto aos dois outros níveis (tratamento dos resíduos sólidos e
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos), uma vez que a
população esteja mais sensibilizada para a questão dos resíduos sólidos,
provavelmente exercerá com maior afinco a cobrança do poder público e do
prestador dos serviços tanto o tratamento quanto a disposição adequada dos
resíduos.
A cobrança por melhorias por parte de uma população mais
conscientizada poderá acarretar também em melhores práticas de gestão e
gerenciamento dos resíduos por parte de todos os atores envolvidos: poder

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público, setor empresarial (incluindo os grandes geradores de resíduos e os
fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidores de produtos passíveis
de logística reversa) e até dos próprios moradores.
Pode-se verificar se os resultados esperados estão efetivamente sendo
obtidos por meio de indicadores de participação da população na gestão,
auxiliando nas tomadas de decisões do poder público, e no gerenciamento dos
resíduos sólidos, aderindo aos programas de redução na geração de resíduos,
reciclagem, compostagem, logística reversa, entre outros.

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14. PROGRAMAS E AÇÕES PARA A PARTICIPAÇÃO DOS
GRUPOS INTERESSADOS, EM ESPECIAL DAS
COOPERATIVAS OU OUTRAS FORMAS DE ASSOCIAÇÃO
DE CATADORES DE MATERIAIS REUTILIZÁVEIS E
RECICLÁVEIS FORMADAS POR PESSOAS FÍSICAS DE
BAIXA RENDA
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso XI

A Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), instituída em 2010, foi


um marco histórico no Brasil no que se refere a oportunidades apresentadas
aos catadores de materiais recicláveis. Uma vez que se estabelece que apenas
os rejeitos devem receber destinação final ambientalmente adequada,
enquanto os resíduos ainda devem passar, quando possível, por processos de
reutilização, reciclagem e tratamento, a atividade de coleta seletiva passou a
ser fundamental para que os municípios cumprissem com o disposto na
Política.
Dessa maneira, a PNRS se configura como um instrumento que soma
esforços à busca dos catadores de materiais recicláveis pela inclusão social
por meio da coleta seletiva e da reciclagem.
Apesar dessas novas oportunidades, ainda há uma série de dificuldades
relacionadas à execução dessas atividades por parte dos catadores que, em
sua maioria, são pessoas em situação de alta vulnerabilidade social e
geralmente não possuem expertise e níveis de organização necessários para
atender à demanda que surgirá com a efetivação da PNRS. A despeito de os
catadores serem responsáveis pela coleta de 90% de todo o material reciclado
atualmente no Brasil, a maioria deles trabalha ainda em lixões e pelas ruas das
cidades, atuando de maneira desorganizada e informal. Apenas uma pequena
parcela dos catadores está organizada em associações e cooperativas
(Programa Cata Ação e Instituto Walmart, 2013).
Conforme especialista entrevistado pela publicação do Programa Cata
Ação e do Instituto Walmart, com o objetivo de suprir essa carência de

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organização e, consequentemente, de capacidade de atendimento à demanda
pelos serviços de coleta seletiva e reciclagem, há que se prestar assistência
técnica intensiva aos catadores. Esta deve ocorrer não somente com a
capacitação deles, mas também com o poder público assumindo uma parte das
responsabilidades envolvidas na execução do serviço.

14.1. Capacitação dos catadores e cooperados

A capacitação dos catadores e cooperados deve ser realizada no


sentido de organizar melhor o padrão de relacionamento dos catadores, tanto
externamente, ou seja, com os grandes geradores de resíduos, com o poder
público e com a indústria da reciclagem, quanto internamente, com o
aprimoramento da coleta seletiva (Programa Cata Ação e Instituto Walmart,
2013).
Há dois grandes desafios a serem superados com a capacitação dos
catadores; o primeiro consiste na complexidade de articulação devido à grande
quantidade de leis envolvendo diversos atores. O outro desafio trata de
impulsionar o grau de organização dos catadores de maneira a solucionar as
carências de gestão das cooperativas, que ainda possuem elevados custos
operacionais (Programa Cata Ação e Instituto Walmart, op. cit.).
A capacitação também deve buscar a extinção da informalidade,
promovendo a adesão dos catadores a cooperativas legalmente estabelecidas.
Tendo em vista que o fluxo de negócios da cooperativa não proporciona um
pagamento imediato, como ocorreria no caso da catação informal, muitos
catadores acabam por acreditar que a relação custo-benefício de participar de
uma cooperativa não lhes será favorável. Essa visão errônea deve ser
combatida, pois a informalidade e outros fatores como o reduzido nível
educacional, o precário acesso à informação, a ignorância em relação aos
direitos fundamentais e a pobreza fazem com que, muitas vezes, o catador seja
explorado por parte de alguns empresários, que pagam valores irrisórios pelos
materiais ou não contabilizem todo o peso destes no momento do pagamento
(Programa Cata Ação e Instituto Walmart, 2013).

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Outro foco da capacitação dos catadores envolve a conscientização
destes quanto a seus direitos trabalhistas, uma vez que, em alguns casos, as
pessoas trabalham diariamente por longas jornadas em ambientes insalubres,
ou ainda se constatam casos de servidão por dívida, trabalho infantil e até
condições de trabalho semelhantes à escravidão. Além dos direitos, os deveres
em relação ao comportamento no ambiente de trabalho também devem ser
esclarecidos, procurando combater atos discriminatórios, violência, vícios
(como o alcoolismo) etc.

14.2. Auxílio às cooperativas

Uma dificuldade enfrentada pelos catadores consiste no fato de os


produtos da cadeia produtiva brasileira de materiais recicláveis serem
commodities, de modo que seus valores estão suscetíveis a variações do
mercado (Programa Cata Ação e Instituto Walmart, 2013). Em Sorocaba, por
exemplo, as cooperativas de materiais recicláveis da cidade passaram por
grandes dificuldades em 2008, quando a crise financeira mundial afetaram
também o mercado de recicláveis. Nesse ano, houve o êxodo de muitos
trabalhadores do ramo, e muitas residências deixaram de ser atendidas pela
coleta seletiva.
Além de estarem à mercê das flutuações do mercado, os catadores e
cooperativas podem enfrentar mais uma dificuldade no que diz respeito à
sustentabilidade financeira: a atuação de concorrentes do setor privado,
atraídas pelas oportunidades de negócios envolvendo os materiais recicláveis.
Portanto, é de extrema importância que o poder público preste apoio,
incluindo subsídios econômicos, às cooperativas de catadores, visando a seu
desenvolvimento e à continuidade de suas atividades pelo menos durante seu
estágio de amadurecimento enquanto empreendimentos sociais. O Movimento
Nacional de Catadores de Materiais no Brasil (MNCR) realiza uma campanha
nacional para que o auxílio da prefeitura ultrapasse o início das atividades,
estimulando o pagamento pelo serviço de coleta seletiva prestado pelas
cooperativas. Esse pagamento já ocorre em cidades como Araraquara, Arujá,
Biritiba Mirim, Diadema, São José do Rio Preto, Orlândia e Ourinhos, no estado
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de São Paulo; em Londrina e Rio Negro, no Paraná; em Natal, no Rio Grande
do Norte; e em Gravataí, no Rio Grande do Sul (Programa Cata Ação e
Instituto Walmart, 2013).
Naturalmente outros tipos de auxílio, além do financeiro, são importantes
para a manutenção das atividades das cooperativas. Usualmente o poder
público financia o aluguel ou a aquisição de galpões de triagem e de
equipamentos necessários a esta atividade (como esteiras, prensas,
caminhões, equipamentos de proteção individual – EPIs etc.), realizando ainda
o pagamento da energia elétrica gasta.
Os catadores precisam ainda de auxílio quanto ao estabelecimento de
roteiros viáveis para a coleta seletiva, bem como a frequência de sua
realização, para que haja a devida diferenciação em relação à coleta regular. O
poder público municipal pode ajudar ainda na divulgação da coleta seletiva em
cada bairro.
A iniciativa privada também pode atuar no auxílio à obtenção de
equipamentos, como ocorreu em São José dos Campos, conforme será visto a
seguir.

14.3. Modelo de São José dos Campos – participação da


cooperativa de reciclagem Futura

As informações sobre a cooperativa de reciclagem Futura foram obtidas


da publicação Inspiração, do Programa Cata Ação e Instituto Walmart (2013).
As ações em favor da criação da cooperativa de reciclagem Futura em
São José dos Campos tiveram início em 2004, motivadas pela necessidade de
se resolver um problema que estava incomodando a população, a saber, o fato
de que os catadores informais estavam abrindo e revirando os sacos de lixo
domiciliar antes da coleta regular em busca de materiais recicláveis.
A prefeitura do município percebeu que havia duas abordagens
possíveis para solucionar o problema: a aplicação da lei, que estabelece que
os resíduos são patrimônio municipal, ou a realização de um trabalho social
com os catadores. Optou-se pela última alternativa, de modo que em maio de
2005 a prefeitura havia cadastrado 171 catadores, recolhendo, assim,
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informações como a renda média diária destes, o mapeamento de seus pontos
de coleta, o valor pago pelos ferros velhos, o peso médio carregado
diariamente (cerca de 250 quilogramas) e os horários e roteiros de catação. Foi
constatado à época que alguns donos de ferros velhos enganavam os
catadores, não pagando o valor correspondente ao peso do material; outros
compradores os pagavam em cachaça.
No ato do cadastro, os catadores informaram se gostariam ou não de
formalizar sua atuação, de forma que se fundou, em novembro de 2005, a rede
de reciclagem Futura. Como se buscou o atendimento à legislação, a prefeitura
disponibilizou apoio jurídico aos cooperados, bem como apoio financeiro e
técnico. Também foi estimulada pelo poder público municipal a participação da
iniciativa privada no auxílio à cooperativa recém-criada.
A prefeitura alugou um galpão para a cooperativa, enquanto outros
parceiros doaram equipamentos (a empresa Johnson & Johnson, por exemplo,
doou uma prensa, e o Sindicato do Comércio Varejista doou carrinhos).
Uma ação necessária foi montar uma estratégia para a transição do
modelo de catação na rua para o de cooperativa. Nesse contexto, a prefeitura
criou um pacote de benefícios para os cooperados, incluindo complementação
de renda, distribuição de cestas básicas e fornecimento de vales-transporte. A
complementação de renda, no entanto, perdurou por dois anos, limite máximo
estabelecido por lei municipal. Em seguida, com a verificação de que os
cooperados haviam atingido um nível satisfatório de renda, os outros benefícios
também foram retirados, alegando-se a necessidade de atendimento a outros
grupos sociais em situação de maior vulnerabilidade social.
O poder público investiu ainda em capacitação, qualificação e educação
dos catadores, mantendo um espaço permanente e dotado de infraestrutura
adequada visando não somente à capacitação para o cooperativismo, mas
também à alfabetização de jovens e adultos em parceria com a Secretaria
Municipal de Educação. Esta disponibiliza professores e material didático para
que os cooperados recebam aulas duas vezes por semana, com duração de
quatro horas cada, tratando de temas definidos de acordo com as normas da
Secretaria. Ao final do ciclo letivo, os alunos recebem um certificado de

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alfabetização e/ou informática, sendo que as horas em sala de aula são
consideradas como horas trabalhadas.
Os cooperados reconhecem a importância da capacitação, afirmando
que adquiriram noções de administração e de utilização de softwares, como o
Microsoft Excel, empregado na montagem de planilhas eletrônicas.
Após dois anos de sua fundação, a Futura enviou à Fundação Banco do
Brasil proposta de projeto de apoio à infraestrutura da cooperativa,
conseguindo, em 2010, novas prensas, uma empilhadeira, uma esteira, um
triturador de vidro, um triturador de papel e dois novos caminhões. Ainda se
contratou uma assessoria para treinar os cooperados nos assuntos financeiros.
Em 2011, a Futura assinou um convênio com a Secretaria de Serviços
Municipais para assumir a operação dos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs),
os quais se destinam ao recebimento dos resíduos da construção civil dos
pequenos geradores (que geram até um metro cúbico de material). A
cooperativa passou a ser remunerada pela prefeitura por prestar esse serviço.
Atualmente a Futura busca criar mecanismos que promovam a
integração de catadores autônomos à cooperativa, o que pode ocorrer por meio
do ingresso destes como cooperados ou simplesmente pela venda à Futura do
material que esses catadores recolhem. Os cooperados assumiram o papel de
tentar auxiliá-los, demonstrando os benefícios do trabalho organizado e formal.
A cooperativa firmou ainda contrato com uma empresa da cidade, a
Estação de Hipermercado, a qual remunera mensalmente dois cooperados que
retiram o material reciclável coletado no Ecoponto instalado na loja e orientam
os clientes sobre os materiais que podem ser doados. O Hipermercado doa
ainda todo o seu material promocional à Futura.
Os cooperados fazem também a transformação de resíduo verde,
oriundo da poda realizada no município, em adubo, o qual é vendido a
empresas que o comercializam.
As operações de logística e a educação ambiental da população são
realizadas pelos próprios cooperados. A gestão administrativa e financeira da
Futura e as reuniões para prestação de contas aos trabalhadores também são

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efetuadas dentro da própria cooperativa, não havendo interferência do poder
público.
A Futura não possui funcionários em regime de contratação CLT – todos
os trabalhadores da cooperativa são cooperados, inclusive os motoristas.
Por fim, para resumir o auxílio prestado pela prefeitura de São José dos
Campos, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), à
cooperativa Futura, podem-se estabelecer três períodos distintos na história
desta: o ano anterior a sua fundação, os dois primeiros anos de sua operação e
os anos seguintes. O Quadro 82 mostra as características de tais períodos.

Quadro 82 – Resumo das formas de auxílio prestado pela prefeitura de São José
dos Campos à cooperativa Futura.
Pré-fundação Início da operação Atualmente
Pagamento à
Cadastro dos Apoio jurídico para
Futura pela operação dos
catadores informais. atendimento à legislação.
PEVs.
Coleta de
informações acerca dos
catadores, como:
Pacote de
Orientação
• renda média diária; benefícios para os
estratégica relacionada a
• mapeamento de cooperados:
questões pontuais, como a
seus pontos de
• complementação de formação de uma rede de
coleta;
renda; cooperativas da região, a
• valor pago a eles
• distribuição de busca por financiamentos
pelos ferros velhos;
cestas básicas; ou demandas jurídicas
• peso médio
• fornecimento de correlatas às atividades da
carregado
vales-transporte. Futura.
diariamente;
• horários e roteiros
de catação.
Averiguação do
Articulação com a
desejo de cada catador de
iniciativa privada para apoio
formalizar sua atividade ou
à cooperativa.
não.
Aluguel de galpão.
Capacitação,
qualificação e educação
dos catadores.
Fonte: SHS (2013), adaptado de Programa Cata Ação e Instituto Walmart (2013).

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O funcionamento do programa de apoio à cooperativa Futura por parte
da prefeitura de São José dos Campos pode ser seguido pelo poder público de
Catanduva para implementar melhorias no sistema de gerenciamento dos
materiais recicláveis do município, atualmente realizado pela Associação Padre
Osvaldo em pequena parte da cidade.

14.4. Programa Cataforte

No contexto das cooperativas e associações de catadores de materiais


recicláveis, o governo federal possui um programa de incentivo financeiro e
capacitação que poderiam auxiliar na consolidação e melhoria da reciclagem
em Catanduva. Trata-se do Programa Cataforte
Conforme Brasil (2013), o programa nasceu de uma parceria entre a
Secretaria Geral, Fundação Banco do Brasil, Ministério do Trabalho e
Emprego, Ministério do Meio Ambiente, Fundação Nacional de Saúde
(Funasa), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
Petrobras e Banco do Brasil.
O Cataforte - Negócios Sustentáveis em Redes Solidárias, tem previsão
de investimento de cerca de R$ 200 milhões para empreendimentos de
catadores de materiais recicláveis, possibilitando a inserção de cooperativas no
mercado da reciclagem e a agregação de valor na cadeia de resíduos sólidos.
Os projetos do programa serão voltados à estruturação de redes de
cooperativas e associações, com fins de que estas redes solidárias se tornem
aptas a prestar serviços de coleta seletiva para prefeituras, participar no
mercado de logística reversa e realizar conjuntamente a comercialização e o
beneficiamento de produtos recicláveis.
Com a implementação dos projetos, serão realizadas ações de
assistência técnica, capacitação de catadores e lideranças, apoio à elaboração
de planos de negócios, ampliação e nivelamento da infraestrutura das
cooperativas. Ainda há possibilidades de acesso a produtos bancários, como
capital de giro a serem disponibilizados pelo Banco do Brasil.
Mais informações do Programa Cataforte podem ser obtidas no site
http://www.secretariageral.gov.br/cataforte
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14.5. Resultados esperados

Após a implementação do programa para a inserção das pessoas de


baixa renda interessadas em participar formalmente de cooperativas de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, espera-se que a coleta
seletiva em Catanduva seja fortalecida, de modo a atender às metas
estabelecidas no PISB. Para tanto, a prefeitura pode optar por seguir o modelo
apresentado de São José dos Campos ou não. Pode ainda se decidir por
implementar as ações do programa de maneira a apoiar a Associação Padre
Osvaldo, para que os catadores associados e outros que venham a se associar
consigam atender à demanda pela coleta seletiva, ou fomentar a criação de
outras cooperativas. Neste caso, pode-se dividir a cidade por setores de coleta
pertencentes a cada cooperativa, conforme ocorre em Sorocaba.
De qualquer maneira, os resultados a serem obtidos vão além do auxílio
no cumprimento com as responsabilidades do município estabelecidas na
Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Devem ser considerados ainda os
benefícios ambientais decorrentes do reaproveitamento e/ou da reciclagem de
resíduos, bem como os benefícios sociais trazidos pela desmarginalização de
catadores, sua inserção na sociedade como agentes de limpeza pública e
melhoria de suas condições de vida. Em Sorocaba, por exemplo, há uma
cooperativa de egressos de penitenciárias auxiliando no gerenciamento dos
resíduos da construção civil.
Vale ressaltar que as cooperativas a serem auxiliadas pela prefeitura
também podem prestar o serviço de gerenciamento de resíduos da construção
civil e óleo de cozinha usado, e ainda podem ajudar no recolhimento de
resíduos especiais (neste caso em parceria com comerciantes, distribuidores,
fabricantes e importadores dos produtos passíveis de logística reversa).

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15. MECANISMOS PARA A CRIAÇÃO DE FONTES DE
NEGÓCIOS, EMPREGO E RENDA, MEDIANTE A
VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso XII

A participação das prefeituras na criação de cooperativas é muito


importante, pois muitas cooperativas não conseguem, a princípio, dispor da
infraestrutura necessária para o trabalho.
Ressalta-se que não se adequa a criação de uma cooperativa através de
Parceria Público-Privada (PPP), pois de acordo com a Lei 11.079, de 30 de
dezembro de 2004, não constitui PPP quando não houver a remuneração do
parceiro privado. E uma cooperativa para se enquadrar na Lei 5764, de 16 de
dezembro de 1971, não deve possuir fins lucrativos e deve ser criada por
iniciativa dos voluntários. Porém, a Prefeitura pode oferecer subsídios, por
exemplo, em infraestrutura, incluindo em sua coleta, seja ela própria ou
estabelecida no contrato de PPP de coleta e destinação dos resíduos sólidos
urbanos, a recolha e transporte dos recicláveis e resíduos da construção civil
até à cooperativa. O seguinte parágrafo único da Lei 5764 trata sobre a ação
do Poder Público:
A ação do Poder Público se exercerá, principalmente, mediante
prestação de assistência técnica e de incentivos financeiros e creditórios
especiais, necessários à criação, desenvolvimento e integração das entidades
cooperativas. (Lei 5764).
Ainda é possível a contratação de serviços de algumas cooperativas
sem a celebração de contrato e processo de licitação, como declara a Lei
11.445, de 05 de janeiro de 2007 (Artigo 10°, inciso 1°), desde que a
cooperativa se limite a determinado condomínio, e a uma localidade de baixa
renda, em que os custos de outras formas de prestação de serviço sejam
incompatíveis com o poder aquisitivo dos usuários.
O Instituto Brasileiro de Administração Municipal divulgou, em sua
página virtual, o Programa de Micro Alianças Público-Privadas, que segundo o

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instituto, pode incluir no âmbito de resíduos sólidos o estabelecimento de micro
alianças de Prefeituras Municipais e cooperativas de catadores.
Para que uma organização se enquadre como cooperativa, ela tem que
cumprir todos os requisitos legais e a função social do conceito de
Cooperativismo. A seguir são apresentados mecanismos e obrigações legais
para criação de uma cooperativa, de acordo com a Lei 5764.

Art. 4° As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e


natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas
para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades
pelas seguintes características:
I - adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo
impossibilidade técnica de prestação de serviços;
II - variabilidade do capital social representado por quotas-partes;
III - limitação do número de quotas-partes do capital para cada
associado, facultado, porém, o estabelecimento de critérios de
proporcionalidade, se assim for mais adequado para o cumprimento dos
objetivos sociais;
IV - incessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros, estranhos à
sociedade;
V - singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações
e confederações de cooperativas,
com exceção das que exerçam atividade de crédito, optar pelo critério da
proporcionalidade;
VI - quorum para o funcionamento e deliberação da Assembléia Geral
baseado no número de associados e não no capital;
VII - retorno das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às
operações realizadas pelo associado, salvo deliberação em contrário da
Assembléia Geral;
VIII - indivisibilidade dos fundos de Reserva e de Assistência Técnica
Educacional e Social; (Convenio com empresa e setor público)
IX - neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social;

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Art. 5 ° As sociedades cooperativas poderão adotar por objeto qualquer
gênero de serviço, operação ou atividade, assegurando-se-lhes o direito
exclusivo e exigindo-se-lhes a obrigação do uso da expressão "cooperativa" em
sua denominação.

Uma sociedade cooperativa deve ser estabelecida por meio de


Assembleia Geral dos fundadores e conter no ato constitutivo:

I - a denominação da entidade, sede e objeto de funcionamento;


II - o nome, nacionalidade, idade, estado civil, profissão e residência dos
associados, fundadores que o assinaram, bem como o valor e número da
quota-parte de cada um;
III - aprovação do estatuto da sociedade;
IV - o nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos
associados eleitos para os órgãos de administração, fiscalização e outros.
O Estatuto para gestão da cooperativa deve conter:
I - a denominação, sede, prazo de duração, área de ação, objeto da
sociedade, fixação do exercício social e da data do levantamento do balanço
geral;
II - os direitos e deveres dos associados, natureza de suas
responsabilidades e as condições de admissão, demissão, eliminação e
exclusão e as normas para sua representação nas assembleias gerais;
III - o capital mínimo, o valor da quota-parte, o mínimo de quotas-partes
a ser subscrito pelo associado, o modo de integralização das quotas-partes,
bem como as condições de sua retirada nos casos de demissão, eliminação ou
de exclusão do associado;
IV - a forma de devolução das sobras registradas aos associados, ou do
rateio das perdas apuradas por insuficiência de contribuição para cobertura das
despesas da sociedade;
V - o modo de administração e fiscalização, estabelecendo os
respectivos órgãos, com definição de suas atribuições, poderes e
funcionamento, a representação ativa e passiva da sociedade em juízo ou fora

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dele, o prazo do mandato, bem como o processo de substituição dos
administradores e conselheiros fiscais;
VI - as formalidades de convocação das assembleias gerais e a maioria
requerida para a sua instalação e validade de suas deliberações, vedado o
direito de voto aos que nelas tiverem interesse particular sem privá-los da
participação nos debates;
VII - os casos de dissolução voluntária da sociedade;
VIII - o modo e o processo de alienação ou oneração de bens imóveis da
sociedade;
IX - o modo de reformar o estatuto;
X - o número mínimo de associados.
Uma cooperativa é obrigada a constituir, entre outros fundos possíveis:
I - Fundo de Reserva destinado a reparar perdas e atender ao
desenvolvimento de suas atividades, constituído com 10% (dez por cento), pelo
menos, das sobras líquidas do exercício;
II - Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social, destinado a
prestação de assistência aos associados, seus familiares e, quando previsto
nos estatutos, aos empregados da cooperativa, constituído de 5% (cinco por
cento), pelo menos, das sobras líquidas apuradas no exercício.

Sendo que os serviços desse último podem ser realizados por meio de
convênio com o órgão público ou entidade privada.

15.1. Tecnologias para destinação de recicláveis

No intuito de fornecer opções ao município de Catanduva quanto à


destinação de recicláveis, apresentam-se na sequência algumas possibilidades
de reutilização / reciclagem de alguns materiais.
Vale ressaltar que tais possibilidades são apenas sugestões de
tecnologias para o beneficiamento dos resíduos sólidos recicláveis, ficando a
encargo da prefeitura de Catanduva a opção por adotá-las ou por buscar outras
metodologias que porventura sejam mais adequadas para lidar com esses
materiais no contexto do município.
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15.1.1. Reciclagem de papel

O papel tem grande significância entre os materiais triados para


reciclagem no Brasil. Segundo o Caderno de Educação Ambiental de Resíduos
Sólidos do Governo do Estado de São Paulo (SMA, 2010), a cada 1 tonelada
de aparas é possível evitar o corte de 10 a 12 árvores de reflorestamento.
O processo para reciclagem do papel depende do tipo de aparas, mas
no geral são realizadas as seguintes etapas:

Figura 58 – Processo de reciclagem do papel.


Fonte: SMA (2010).

É importante ressaltar que papéis considerados contaminados com


plásticos, óleos, ceras, entre outros, não podem ser reciclados. Pode-se citar
como exemplos os papéis sanitários, papéis metalizados, fotografias, fitas
adesivas e papel vegetal.

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15.1.2. Reciclagem de plástico

Os objetos plásticos podem ser fabricados com dois tipos de material,


que se diferem pelo tamanho e estrutura das moléculas. Os plásticos
termofixos ou termorígidos não podem ser fundidos, o que impossibilita a
reciclagem. Já os termoplásticos são passíveis de fundição e podem ser
reciclados com processo mecânico, que é o mais utilizado no Brasil. Essa
tecnologia produz grânulos plásticos que serão utilizados na fabricação de
novos produtos. O processo segue as etapas:

• Moagem dos plásticos (após passarem por coleta seletiva e triagem);


• Lavagem com água, contendo ou não detergente;
• Aglutinação (ou aglomeração) - secagem e compactação do material,
com redução do volume direcionado à extrusora. O atrito do material com a
máquina rotativa faz com que haja um aumento na temperatura, levando à
formação de uma massa plástica;
• Extrusão - fundição e homogeneização do material, tendo como
produto final os spaghettis, tiras de plásticos a serem enviadas para fábricas de
artefatos plásticos. (SMA, 2010)

15.1.3. Reciclagem de vidro

A reciclagem do vidro é um processo sem perdas, pois 100% do material


pode ser utilizado e o processo pode ser feito várias vezes, não ocorrendo
perda das características dos minerais. Os cacos de vidros quando adicionados
na etapa de fusão possibilitam a diminuição da quantidade de matéria prima.
(SMA, 2010).

15.1.4. Reciclagem de metal

As tecnologias implantadas para a reciclagem de metais variam de


acordo com as características e do tipo do metal. A coleta de alumínio para
reciclagem é muito comum no país, sendo possível o aproveitamento de 100%
do material.

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A reciclagem das latas de alumínio se dá basicamente pela prensagem
do material recolhido, que são levados para a fundição, passam por
lingotamento e por laminação e podem ser utilizadas na fabricação de novas
latas.

15.1.5. Reciclagem de Isopor - EPS Poliestireno Expandido

A Associação Brasileira do Poliestireno Expandido (sigla internacional


EPS), conhecido como isopor, disponibiliza um Guia de Procedimentos para a
reciclagem desse material, que gera grandes impactos quando depositado
inadequadamente por não ser biodegradável e permanecer no ambiente, mas
que é 100% reciclável.
Uma tecnologia exposta pelo Guia é a produção de concreto leve
através do EPS. O processo é realizado através da incorporação do EPS
triturado na mistura em betoneiras para o concreto tipo cimento/areia. O EPS
substitui a utilização de pedra britada. É preciso que seja adicionado um
adesivo à base de emulsão de PVA ou acrílico para que as partículas se
agreguem ao cimento e a água. O concreto leve é indicado para pré-moldados
não estruturais e para partes da construção que não exijam alta resistência.
Foi encontrada uma reportagem que relata que a Prefeitura Municipal de
Recife adquiriu uma máquina compactadora de EPS, para solucionar os
problemas da cooperativa de reciclagem com o armazenamento e a venda
desse material, que ocupava muito espaço e era vendido a um preço muito
baixo por ser muito leve.

15.1.6. Reciclagem de Pneus

A disposição incorreta dos pneus, que são de responsabilidade do


gerador, representa um grande problema para os municípios, como a poluição
de logradouros e o desenvolvimento de vetores de doenças.
Um pneu típico de automóveis é composto por borracha natural e
sintética, negro de fumo, aço e nylon. Algumas das tecnologias para reciclagem
desses materiais também são expostas no Caderno de Educação Ambiental

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(SMA,2010), podendo ocorrer a reciclagem por incorporação ao asfalto, pirólise
com xisto betuminoso, co-processamento em cimenteiras e desvulcanização.
O asfalto-borracha, entre outras vantagens, reduz os ruídos nas vias e
diminui a frequência de manutenção. São necessários cerca de 4.000 pneus
inservíveis para 1 quilômetro de rodovia. A adição à massa asfáltica utilizada
em pavimentação pode ser por processo seco ou úmido:
• Processo Seco - os pneus previamente triturados e secos,
denominados de agregados-borracha, são adicionados aos agregados minerais
pré-aquecidos (pedriscos) e ao ligante (asfalto) durante a usinagem da massa
asfáltica. O produto resultante deste processo é denominado concreto asfáltico
modificado pela adição da borracha;
• Processo Úmido - o ligante asfáltico é aquecido a aproximadamente
180ºC e misturado ao pó resultante da moagem dos pneus, produzindo um
novo tipo de ligante. Posteriormente, são adicionados agregados minerais a
esse novo ligante que, após ser usinado, transforma-se no Asfalto Ecológico.
(SMA,2010)

A Associação Brasileira de Pneus – Arebop (2010) destaca que a


borracha é triturada e a seguir moída, e esse produto passa por refinamento
para obtenção de grânulos e pó de borracha. Após isso, pode ser agregado a
concreto e asfalto, usado na fabricação de artefatos de borracha, aplicado em
quadras esportivas, na produção de mantas de isolamento acústico e térmico.
A Prefeitura de Campo Grande - MS firmou um convênio com uma
empresa recicladora de pneus e uma associação de fabricantes de pneus, para
promover a reciclagem dos inservíveis gerados no município. E o município de
Bezerros – PE, por meio de parceria com uma empresa recicladora, recolhe em
oficinas e borracharias e destina os pneus para produção de asfalto.

15.1.7. Reciclagem de Resíduos da Construção Civil

A Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção


Civil e Demolição – Abrecon apresenta algumas alternativas para reciclagem
desses resíduos e aplicações para os produtos reciclados.

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Uma alternativa apontada pela Abrecon é a implantação de Usinas de
Reciclagem desse tipo de resíduo, o que pode trazer benefícios para o
município. Podendo, entre outros produtos, fabricar agregado para concreto
não estrutural, pela substituição de brita e areia, areia reciclada, pedrisco
reciclado, brita reciclada, bica corrida e rachão.
A Associação relata ainda que o entulho deve passar por trituração para
atingir a granulometria adequada para a destinação.

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16. SISTEMA DE CÁLCULO DOS CUSTOS DA PRESTAÇÃO
DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE
MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, BEM COMO A FORMA DE
COBRANÇA DESSES SERVIÇOS
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso XIII

16.1. Sistema de Cálculo

Para o sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos


de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos de Catanduva, bem como a
cobrança desses serviços com base nos custos associados, são propostos três
modelos conforme segue.
Ressalta-se que tais modelos consistem em sugestões para o cálculo
dos custos da prestação dos referidos serviços, podendo a prefeitura de
Catanduva optar por algum deles. Para tanto, esta deve verificar qual a
metodologia mais adequada ao contexto atual do município.

Modelo 1: Cálculo baseado na divisão dos custos da prestação de


serviços pelo número de domicílios

Esse modelo é baseado na proposta apresentada no Manual de


Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, elaborado pelo IBAM (2001)
em parceria com o Governo Federal.
De acordo com essa metodologia, o valor unitário da Taxa de Coleta de
Lixo – TCL –, pode ser calculado dividindo-se o custo total anual da coleta de
lixo domiciliar pelo número de domicílios existentes na cidade.
No intuito de realizar cobranças tendo como base fatores sociais e
operacionais, essa metodologia menciona que o valor unitário pode ser
adequado às peculiaridades dos diferentes bairros da cidade, buscando uma
tarifação socialmente justa.

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• O fator social é função do poder aquisitivo médio dos moradores das
diferentes áreas da cidade.
• O fator operacional reflete o maior ou menor esforço, em pessoal e em
equipamentos, empregado na coleta, seja em função do uso a que se
destina o imóvel (comercial, residencial etc.), seja por efeito de sua
localização ou da necessidade de se realizar maiores investimentos
(densidade demográfica, condições topográficas, tipo de pavimentação
etc.).

Como forma de ilustrar tal metodologia, apresenta-se na sequência um


exemplo, que foi apresentado no manual mencionado anteriormente. Ressalta-
se que foram considerados valores base de agosto de 2011 e incluídos nas
despesas gastos com pessoal, encargos sociais, uniformes, auxílio de
alimentação e transporte, seguros e impostos. Os custos dos veículos e
equipamentos englobam preço de aquisição, depreciação, reposição, consumo
de combustíveis e lubrificantes, pneus, baterias, manutenção e peças de
reposição. O salário de motorista foi estimado em R$300,00 e o do empregado
coletor, o salário mínimo, em R$180,00.

Quadro 83 – Exemplo de cálculo da “Tarifa do Lixo”.


Descrição Quantidade Unidade
População 50.000 Habitantes
Densidade urbana média 200 Hab./ha
Domicílios
Número de domicílios 15.151 (considerando 3,3
pessoas /domicílio)
Área urbana 250 ha
Sistema viário 50 ha
Extensão dos logradouros 42 km
Distância do aterro
sanitário ao centro da área 25 km
de coleta
Produção de lixo domiciliar
t/dia últil
(incluindo grandes 30
(2ª a sábado)
geradores e hospitalar)
Velocidade dos veículos
4 km/h
em operação de coleta

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Descrição Quantidade Unidade
Velocidade dos veículos
40 km/h
de transferência ao aterro
Frequência da coleta Diária
Capacidade média de
carga dos veículos de
5,50 t/viagem
coleta (compactador de
12m³)
Duração do turno 7,33 horas/dia útil
Número de viagens diárias
6 Viagens
ao aterro sanitário
Tempo estimado para
percurso dos roteiros de 10 Horas
coleta
Tempo de carga (15min),
transporte e descarga 1,13 Horas
(15min) no aterro sanitário
Tempo total de operação 11,54 Horas
Quantidade de
compactadores
necessários, operando um 2 Veículos
turno, com folga, fazendo
a transferência ao aterro
Número de motoristas 4 Motoristas
Número de empregados
3 Coletores
na guarnição
Número de empregados
coletores, incluindo 8 Coletores
reserva de 20%
Total de empregados na
12 Empregados
coleta
Custo médio de operação
R$ 6.240,00 R$/mês
em aterro
Custo mensal dos veículos
R$ 12.600,00 R$/mês
coletores com motoristas
Custo mensal dos
R$ 5.600,00 R$/mês
coletores
Subtotal custos diretos R$ 24.440,00 Valor mensal
Custo anual R$ 293.280,00 Valor anual
Administração R$ 35.193,60 Valor anual
Total anual R$ 328.473,60
Custo anual por
R$ 21,68
domicílio
Fonte: IBAM (2001).

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Modelo 2: Cálculo baseado na divisão dos custos da prestação de
serviços conforme tipologia de gerador

O segundo modelo proposto para cálculo dos custos da prestação dos


serviços públicos de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos de
Catanduva está baseado na tipologia do gerador, sendo essa dividida em
pequenos geradores, médios geradores e grandes geradores. A forma de
cobrança para cada tipologia de gerador é descrita a seguir:

Pequeno gerador: enquadram-se nessa categoria os domicílios, os comércios,


os prestadores de serviço e as indústrias que geram pequenas quantidades de
resíduos (abaixo de 100 L/dia).

Para essa tipologia de gerador a cobrança procederá da seguinte forma:

&PV  & (  & WV & Q'Q&X QW ($)


RST03F (J) ($) =
Qº PPáZX  (ZX[êQ&X, & (éZ&X   Z'Xç )

O valor obtido é o que deverá ser pago pelo usuário.

Para esses geradores, a prefeitura pode se responsabilizar pela retirada


de:

a) resíduos domiciliares;
b) materiais de varredura domiciliar;
c) resíduos originários de restaurantes, bares, hotéis, quartéis, mercados,
matadouros, abatedouros, cemitérios, recinto de exposições, edifícios públicos
em geral e, até 100 (cem) litros, os de estabelecimentos comerciais e
industriais;
d) restos de limpeza e de podação de jardim, desde que caibam em recipientes
de 100 (cem) litros;

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e) restos de móveis, de colchões, de utensílios, de mudanças e outros
similares, em pedaços, que fiquem contidos em recipiente de até 100 (cem)
litros;
f) animais mortos, de pequeno porte.

Médio gerador: enquadram-se nessa categoria os comércios e indústrias que


geram entre 100 L/dia e 200 L/dia.

Para essa tipologia de gerador a taxa de Limpeza Pública (remoção de


lixo) e de Conservação de Vias Públicas serão cobradas com base em
alíquotas fixas incidentes sobre o valor locativo anual dos imóveis, na
porcentagem de 1,5%. Destaca-se que o valor locativo anual dos prédios
representa 10% (dez por cento) do valor venal.

W Z.FE+,0AF ($) = W ZAI1+. ($) × 10%

RST03F (J) ($) = W ZW &VX' ($) × 1,5%

O valor obtido é o que deverá ser pago pelo usuário.

Grande gerador: enquadram-se nessa categoria os comércios e indústrias que


geram acima de 200 L/dia.

Para essa tipologia de gerador a taxa de Limpeza Pública (remoção de


lixo) e de Conservação de Vias Públicas serão cobradas com base em
alíquotas fixas incidentes sobre o valor locativo anual dos imóveis, na
porcentagem de 3%. Destaca-se que o valor locativo anual dos prédios
representa 10% (dez por cento) do valor venal.

W Z.FE+,0AF ($) = W ZAI1+. ($) × 10%

RST03F (J) ($) = W ZW &VX' ($) × 3%

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O valor obtido é o que deverá ser pago pelo usuário.

Para médios e grandes geradores, a prefeitura poderá proceder a retirada dos


seguintes materiais, mediante pagamento:

a) animais mortos, de grande porte;


b) móveis, colchões, utensílios, sobras de mudanças e outros similares, cujos
volumes excedem o limite de 100 (cem) L/dia;
c) restos de limpeza e de podação que excedem o volume de 100 (cem) litros;
d) resíduos industriais ou comerciais, não perigosos, de volume superior à 100
(cem) litros;
e) entulho, terra e sobras de materiais de construção de volume superior à 50
(cinquenta) litros.

Observações:

Observação 1: Os médios e grandes geradores que tiverem interesse que a


prefeitura municipal colete seus resíduos, deverão proceder à comunicação
formal e se cadastrar junto a administração pública do município.

Observação 2: para que a prefeitura possa adotar esse modelo de cálculo, um


cadastro dos geradores comerciais e industriais deverá ser elaborado e
atualizado anualmente, conforme ações já propostas neste plano. Esse
cadastro deve conter informações sobre quantidades geradas, características
dos resíduos, entre outras informações que possam ser consideradas
relevantes.

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Modelo 3: Cálculo baseado na testada do imóvel (modelo atual utilizado
em Catanduva)

Atualmente, em Catanduva, a taxa de coleta de lixo é estabelecida pela


Lei Complementar nº 0098, de 23 de dezembro de 1998, alterada pela Lei
Complementar nº 0504, de 23 de dezembro de 2009, conforme já mencionado
no item 3.3.4.3 denominado “Tarifa de Lixo”.
O cálculo da taxa de coleta de lixo tem como base o custo do serviço no
exercício em questão, sendo esse repassado ao contribuinte conforme a
testada do imóvel beneficiado pelo serviço. Além da metragem da testada do
imóvel, considera-se também a zona do município onde o imóvel está
localizado, ou seja, para cada zona é cobrado um valor. O valor de referência
adotado é o da UFRC, que no ano de 2009 foi estabelecida em R$ 26,27 (vinte
e seus reais e vinte e sete centavos).

Quadro 84 – UFRC por zona e metro de testada.

Zonas UFRC por metro de testada

1e2 4,91

3e4 2,80

5e6 1,41

7 em diante 0,70
Fonte: Prefeitura Municipal de Catanduva (2013).

Assim, uma residência localizada na zona 5, cujo imóvel possua 10


metros de testada, pagará uma taxa de lixo anual de R$ 370,40:

RST03F = `Ma
CFN *I,NF GI ,IB,+G+ × RV[I* *I,NFB b × W Z Ma

RST03F = (1,41 × 10) × $ 26,27

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Considerando-se o valor mensal médio cobrado pelos municípios
localizado na região Sudeste que possuem “Taxa do Lixo” implementada
(aproximadamente R$ 26,00), o valor cobrado por Catanduva fica próximo a
essa média, sendo de R$ 30,80 (trinta reais e oitenta centavos).

16.2. Sistema de Cobrança da Taxa do Lixo

A forma de cobrança pelos serviços de limpeza urbana e manejo de


resíduos sólidos a ser adotada por Catanduva deverá ser estabelecida por
legislação municipal, e poderá ser cobrada juntamente com o Imposto Predial
Territorial Urbano (IPTU), anualmente, como é mais comumente praticado
pelos municípios brasileiros, ou mensalmente juntamente com a cobrança de
água e esgoto, sendo essa uma solução alternativa.
A cobrança da Taxa de Lixo incorporado junto ao IPTU tem gerado
alguns problemas: verifica-se que há um alto nível de inadimplência no
pagamento deste tributo (IPTU), o que afeta diretamente o recebimento das
receitas referentes aos serviços de limpeza pública e manejo de resíduos.
Assim, além de ter uma entrada de recursos anual, somente uma parte dos
contribuintes paga seu IPTU e, consequentemente, a taxa de coleta de lixo. Em
contrapartida, o repasse à empresa executora dos serviços é mensal, o que
resulta em um cenário de déficit acumulado.
A proposta de incorporar a Taxa de Lixo junto à cobrança de água e
esgoto surge como uma solução, tanto ao aporte mensal de receitas quanto a
geração de baixa inadimplência.
Um exemplo de município que utiliza essa metodologia é Curitiba, por
meio de uma parceria entre a Prefeitura Municipal e a SANEPAR – Companhia
de Saneamento do Paraná (SANEPAR). A prefeitura comprometeu-se a
informar todos os dados de cobrança referentes a cada contribuinte e a
SANEPAR, por sua vez, emprestaria o seu sistema, que é altamente eficiente.
Em contrapartida, receberia R$ 0,35 por economia cobrada, reduzindo o seu
custo de faturamento / cobrança em mais de 40%, isto sem elevar em nada seu
custo original.

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Após vários estudos, inclusive no campo jurídico, não foram encontrados
maiores obstáculos à efetivação da parceria, já que de um lado estava a
empresa que tem a concessão dos serviços de água e esgoto, e de outro lado,
encontrava-se a Prefeitura que precisava cobrar por um serviço de
necessidade e importância indiscutível: a coleta de lixo.
Esclarece-se que os valores de Curitiba referenciados acima foram
apresentados em caráter de sugestão, cabendo a Prefeitura Municipal de
Catanduva e ao SAEC negociarem os pormenores da parceria, caso essa seja
avaliada como sendo viável.

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17. METAS DE REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO, COLETA
SELETIVA E RECICLAGEM, ENTRE OUTRAS, COM VISTAS A
REDUZIR A QUANTIDADE DE REJEITOS ENCAMINHADOS
PARA DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso XIV

As informações referentes as metas para redução, reutilização, coleta


seletiva e reciclagem, objetivando reduzir a quantidade de rejeitos
encaminhadas para a disposição final ambientalmente adequada, são
apresentadas na sequência. Destaca-se que o detalhamento das metas foi
apresentado no item 8.4.3 – Plano de Metas e Ações.

Quadro 85 – Metas relacionadas à redução, reutilização, coleta seletiva e


reciclagem.
Meta para Meta para Meta para Meta para
prazo curto médio longo
Objetivo Indicador
imediato – prazo – 6 prazo – 7 prazo – 7
2 anos anos anos anos
Zona
Porcentagem de Zona Zona Zona
urbana:
cobertura do urbana: urbana: urbana:
100%
serviço de coleta 100% 100% 100%
Atender com coleta Zona
seletiva no Zona rural: Zona Zona rural:
regular e com rural:
município. 30% rural: 50% 80%
coleta seletiva 100%
100% do Índice de
município, de comercialização de
40% 70% 100% 100%
forma continuada, materiais
destinando recicláveis.
adequadamente os Porcentagem de
resíduos gerados. cobertura de coleta População População
População População
de resíduos total: total:
total: 25% total: 50%
compostáveis 100% 100%
(úmidos).

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Meta para Meta para Meta para Meta para
prazo curto médio longo
Objetivo Indicador
imediato – prazo – 6 prazo – 7 prazo – 7
2 anos anos anos anos
Porcentagem do
Ampliar e otimizar a total de resíduos de
cobertura do serviço poda e capina,
Ampliar Ampliar Ampliar
de varrição, poda e roçagem e ---
em 50% em 80% em 100%
capina, roçagem e raspagem que é
raspagem. enviada para a
compostagem.
Porcentagem de
resíduos
recicláveis
Redução Redução Redução Redução
presentes entre os
de 30% de 50% de 80% de 100%
Reduzir a resíduos sólidos
quantidade de dispostos em
resíduos aterro sanitário
recicláveis e Porcentagem de
compostáveis resíduos
enviada para aterro compostáveis
Redução Redução Redução Redução
presentes entre os
de 30% de 50% de 80% de 100%
resíduos sólidos
dispostos em
aterro sanitário

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18. DESCRIÇÃO DAS FORMAS E DOS LIMITES DA
PARTICIPAÇÃO DO PODER PÚBLICO LOCAL, E MEIOS A
SEREM UTILIZADOS PARA O CONTROLE E A
FISCALIZAÇÃO, NO ÂMBITO LOCAL, DA IMPLEMENTAÇÃO
E OPERACIONALIZAÇÃO DOS PLANOS DE
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DOS
SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVERSA
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso XV e Inciso XVI

Os processos de controle e fiscalização têm como objetivo melhorar o


manejo, armazenamento, coleta e destinação final dos resíduos, diminuindo
conflitos. Neste item do PISB serão apresentados não apenas os meios de
controle e fiscalização dos PGRS e dos resíduos passíveis de Logística
Reversa, como também de resíduos cuja gestão está vinculada, mesmo que
parcialmente, à atuação da prefeitura municipal.

18.1. Método de controle

O método de controle que pode ser aplicado em Catanduva está


embasado na Gestão Compartilhada, podendo utilizar-se dos seguintes
instrumentos:

Planilha de Controle Operacional: é um instrumento utilizado para acompanhar


a realização diárias dos serviços, possibilitando verificar a compatibilidade da
mão-de-obra, equipamentos e materiais com os quantitativos dos serviços
executados.
Planilha de Pesquisa de Satisfação e Qualidade e Indicadores de Satisfação e
Qualidade: permite aferir, junto à população, os indicadores de satisfação da
oferta dos serviços e sua qualidade. Esta verificação poderá ser feita através
de pesquisas mensais que serão transformadas em boletins estatísticos. Pode
ser realizada de forma alternada em todas as regiões do município. Durante a

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execução da pesquisa será realizada a inspeção de campo para verificação da
qualidade dos serviços prestados naquela região, evitando que a informação
colhida com os moradores seja incompatível com a realidade.

Avaliação de Eficiência e Eficácia e Tabulação de Dados: esse instrumento


permitirá a tabulação dos dados dos dois instrumentos de gestão anteriormente
apresentados, demonstrando se os serviços executados têm a eficiência,
universalidade, frequência e continuidade esperada; e se a eficácia esta sendo
atingida.

18.2. Procedimentos de Controle e Fiscalização

Como procedimentos para fiscalização sugere-se, com base no modelo


utilizado pela Prefeitura de Rio Negro, o seguinte:

18.2.1. Para os resíduos domiciliares devem ser controlados e


fiscalizados

a) Peso do resíduo sólido coletado por setor;


b) Distribuição e verificação dos serviços por horários e frequências;
c) Otimização do trajeto e horários de transferência visando à minimização
dos problemas de trânsito;
d) Quantitativo e tipo dos veículos e equipamentos envolvidos;
e) Condições da frota utilizada (idade e estado geral);
f) Condição de estanqueidade dos veículos quanto ao chorume
armazenado nas bacias de carga;
g) Condições de segurança no transporte dos coletores (garis) no
caminhão de coleta;
h) Adequação da frota aos padrões de emissão de fumaça negra e de
ruídos;
i) Produtividade da frota coletora;
j) Padrão de qualidade dos serviços;
k) Controle de absenteísmo;

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l) Condições de trabalho dos empregados (higiene e segurança do
trabalho);
m) Quantidade e capacitação profissional do pessoal empregado;
n) Aferição do volume de serviços extraordinários/emergenciais;
o) Quilometragem produtiva e improdutiva da frota;
p) Consumo de combustíveis/lubrificantes;
q) Manutenção dos veículos e equipamentos (sistemáticas e custos);
r) Estado de conservação/limpeza da frota;
s) Vida útil de pneus e câmaras;
t) Uniformes e EPI's;
u) Pontos críticos (locais de lançamento frequente de resíduos pela
população).

18.2.2. Para a coleta seletiva devem ser controlados e


fiscalizados

a) Peso do material reciclável coletado por setor;


b) Distribuição e verificação dos serviços por horários e frequências;
c) Otimização do trajeto e horários de transferência visando à minimização
dos problemas de trânsito;
d) Quantitativo e tipo dos veículos e equipamentos envolvidos;
e) Condições da frota utilizada (idade e estado geral);
f) Condições de segurança no transporte dos coletores (garis) no
caminhão de coleta;
g) Adequação da frota aos padrões de emissão de fumaça negra e de
ruídos;
h) Produtividade da frota coletora;
i) Padrão de qualidade dos serviços;
j) Controle de absenteísmo;
k) Condições de trabalho dos empregados (higiene e segurança do
trabalho);
l) Quantidade e capacitação profissional do pessoal empregado
m) Aferição do volume de serviços extraordinários/emergenciais;

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n) Quilometragem produtiva e improdutiva da frota;
o) Consumo de combustíveis/lubrificantes;
p) Manutenção dos veículos e equipamentos (sistemáticas e custos);
q) Estado de conservação/limpeza da frota;
r) Vida útil de pneus e câmaras;
s) Uniformes e EPI's;
t) Pontos de retirada de contêineres;
u) Pontos críticos (locais de lançamento frequente de resíduos pela
população).

18.2.3. Para os resíduos de serviço de saúde, sujeitos ao


PGRS, devem ser controlados e fiscalizados

a) Controlar as entregas de PGRS referente às Unidades de Saúde


existentes no município, obedecendo a critérios técnicos, legislação
ambiental e outras orientações regulamentares.
b) Controlar as atividades de capacitação, o treinamento e a manutenção
de programa de educação continuada para o pessoal envolvido em
todas as Unidades de Saúde na gestão e manejo dos resíduos.
c) Fiscalizar se os funcionários da empresa terceiriza são capacitados e
treinados para executar os serviços;
d) Requerer das empresas prestadoras de serviços terceirizados de coleta,
transporte ou destinação final dos resíduos de serviços de saúde, a
documentação definida no Regulamento Técnico da RDC 306 da
ANVISA (licenças);
e) Exigir das empresas prestadoras de serviços terceirizados a
apresentação de licença ambiental para as operações de coleta,
transporte ou destinação final dos resíduos de serviços de saúde;
f) Solicitar informações documentadas referentes ao risco inerente ao
manejo e destinação final do produto ou do resíduo.

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18.2.4. Para os resíduos de construção civil, sujeitos ao PGRS,
devem ser controlados e fiscalizados

a) Controlar as entregas de PGRS referente aos resíduos de construção


civil, obedecendo a critérios técnicos, legislação ambiental e outras
orientações regulamentares.
b) Controlar e fiscalizar os comprovantes de capacitação e treinamento dos
funcionários das firmas prestadoras de serviço que pretendam atuar nos
transporte, tratamento e destinação final destes resíduos.
c) Requerer das empresas prestadoras de serviços terceirizados a Licença
Ambiental de coleta, transporte e destinação final dos resíduos.
d) Exigir que sejam mantidas cópias do PGRS disponível em cada ponto
ou estabelecimento de coleta para consulta sob solicitação da
autoridade sanitária ou ambiental competente, dos empresários,
funcionários e ao público em geral.
e) Exigir das empresas prestadoras de serviços terceirizados a
apresentação de licença ambiental para as operações de coleta,
transporte ou destinação final dos resíduos de construção civil;
f) Exigir dos detentores de registro de produto que gere resíduo
classificados na Classe I – Perigosos o fornecimento de informações
documentadas referentes ao risco e disposição final do produto ou do
resíduo.

18.2.5. Para os resíduos especiais (sujeitos a Logística


Reversa), devem ser controlados e fiscalizados

a) Planejar e incentivar, via acordos setoriais e termos de compromisso


entre o setor público e o setor empresarial, a estruturação e
implementação de sistemas de logística reversa por parte dos
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dessa tipologia
de resíduos;
b) Fiscalizar o processo e andamento das ações de Logística Reversa;
c) Planejar e incentivar, via acordos setoriais e termos de compromisso
entre o setor público e o setor empresarial, a expansão do sistema de
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Logística Reversa a produtos comercializados em embalagens plásticas,
metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens,
considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde
pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados;
d) Fiscalizar se os comerciantes e distribuidores efetuam a devolução aos
fabricantes ou aos importadores dos produtos e embalagens reunidas ou
devolvidas, bem como se os fabricantes e os importadores encaminham
à destinação final ambientalmente adequada os referidos materiais
descartados e os rejeitos provenientes destes materiais;
e) Exigir que todos os participantes dos sistemas de logística reversa
disponibilizem ao órgão municipal informações completas e periódicas
sobre a realização das ações de Logística Reversa;
f) Articular com os agentes econômicos e sociais medidas para viabilizar o
retorno ao ciclo produtivo dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis
oriundos dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos;
g) Incentivar o setor empresarial a contemplar os agentes ambientais
(catadores de materiais recicláveis) na articulação da logística reversa.

Quadro 86 – Etapa do gerenciamento e responsabilidades.


Etapa Responsabilidade
Prefeitura;
Coleta
Empresas terceirizadas.
Pontos de devolução;
Estabelecimentos comerciais que comercializam o
Armazenamento
produto;
Redes de assistência técnica autorizadas.
Prefeitura;
Transporte
Empresas terceirizadas
Destinação Final Responsabilidade do fabricante
Fonte: Ecotécnica (2008).

Com base no quadro apresentado acima, a prefeitura deve fiscalizar


todas as etapas do gerenciamento de resíduos especiais, até que esse seja
enviado ao destino final, ou seja, o fabricante.

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18.2.6. Para os resíduos sujeitos a elaboração do PGRS

No intuito de garantir que o processo de fiscalização ocorra


adequadamente, a prefeitura municipal deve controlar as entregas dos PGRS,
fiscalizando os estabelecimentos passíveis de sua elaboração da seguinte
forma:

a) Promover um cadastro dos geradores de resíduos sujeitos a elaboração


de um PGRS, sendo que esse cadastro deve ser atualizado anualmente,
com base nas indústrias / empresas / entidades que foram abertas ou
fechadas em Catanduva;
b) Realizar o inventário municipal dos resíduos sujeitos à PGRS;
c) Elaborar folder com orientações e instruções para que as indústrias /
empresas / entidades possam tomar conhecimento e obter fundamento
na elaboração de seus PGRS – Planos de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos, tendo em vista a reciclagem e reutilização dos resíduos;
d) Determinar um prazo para elaboração e apresentação dos Planos,
sugerindo-se para essa o dia 30/03 de cada ano (referente ao exercício
anterior), e fiscalizar a execução dos mesmos nas indústrias / empresas
/ entidades, tendo como base o conteúdo mínimo estabelecido para os
PGRS;
e) Incentivar e promover parcerias entre indústrias / empresas / entidades e
prefeitura inserindo-as nos programas municipais existentes de coleta
seletiva, entre outros;
f) Proceder a fiscalização da implantação do PGRS por meio de processos
de amostragem.

18.2.7. Implantação do Sistema de Fiscalização dos Serviços


Prestados

A Implantação do Sistema de Fiscalização tem como objetivo


estabelecer a disciplina das atividades de limpeza urbana do município, e deve
atuar diretamente nas ações que podem afetar negativamente à limpeza

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pública, contendo qualquer ação ou atitude em desconformidade com as
legislações ambientais.
Dentre as atividades do Sistema de Fiscalização, podemos citar:

a) Verificação de irregularidades, estabelecendo um prazo, após a


notificação, para que as adequações necessárias sejam cumpridas;
b) Aplicação de auto de infração imediato, uma vez constatado uma
infração de natureza grave ou gravíssima, infração de caráter irreparável
ou quando tratar-se de infrator reincidente em infrações leves;
c) Aplicação de multas conforme os graus de infração: leves, médios,
graves e gravíssimos;
d) Notificação do infrator para ciência. O infrator, dentro do prazo
estabelecido, poderá oferecer defesa ou impugnação do auto;
e) Autorização para os policiais militares, ambientais, fiscais de posturas do
município, e outros elementos conveniados para a atividade de
fiscalização, sendo que esses serão equiparados a agentes públicos a
serviço da vigilância ambiental, podendo desta forma exercer o papel de
fiscais aplicando inclusive as multas cabíveis;
f) Para facilitar o trabalho de fiscalização por parte da população, todos os
veículos envolvidos na limpeza urbana deverão apresentar estampados
de forma destacada, os números de telefone do setor de limpeza urbana
do município.

A equipe de fiscalização deverá ser treinada para exercício das


atividades de fiscalização. Os principais pontos a serem tratados na
capacitação da equipe de fiscalização são:

g) Conhecimento da legislação ambiental vigente;


h) Conhecimento dos atos lesivos à limpeza urbana;
i) Tipos de resíduos gerados no município e sua classificação;
j) Formas de acondicionamento dos resíduos, para destinação em aterro
ou para a reciclagem;

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k) Coleta regular, transporte e destinação final do lixo doméstico e
comercial;
l) Coleta, acondicionamento, transporte e destinação final dos resíduos de
origem industrial;
m) Coleta, acondicionamento, transporte e destinação final dos resíduos de
serviços de saúde;
n) Coleta, acondicionamento, transporte e destinação final dos resíduos de
construção civil;
o) Conhecimento da legislação existente e das competências nas esferas
estadual e federal;
p) Conhecimento dos atos e competências do poder municipal;
q) Conhecimento dos atos e responsabilidades da fiscalização;
r) Materiais e equipamentos utilizados nos serviços de limpeza;
s) Educação ambiental.

Além desses procedimentos, os funcionários da prefeitura responsáveis


pelo processo de fiscalização devem ter a sua disposição toda a infraestrutura
necessária, como veículos, equipamentos (GPS, computadores), pessoal
capacitado, entre outros. Caso contrário, o processo de fiscalização pode ficar
comprometido.

18.2.7.1. Aplicação de Multas

Com exceção de casos formalmente justificados e comprovados, o não


cumprimento das obrigações assumidas ou a infração a princípios legais, por
parte da prestadora de serviços de coleta regular, acarretará, segundo a
gravidade da falta, assegurada sua prévia defesa, as seguintes sanções:

t) advertência;
u) multas.

Caso a contratada ou o usuário dos serviços cometa uma infração pela


primeira vez, pode-se avaliar a possibilidade de emitir apenas uma advertência
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como penalidade. Entretanto, na hipótese de reincidência ou infração
considerada grave, a contratada ou o usuário poderá sofrer a autuação e
imposição de multa.
Para definição do sistema de cobrança de multas para a contratada, no
caso do descumprimento de clausulas contratuais, indica-se, logo adiante, a
adoção do modelo proposto pela Prefeitura Municipal de Divinópolis.
As multas serão calculadas tomando-se por base o preço unitário por
tonelada de resíduo domiciliar coletado e transportado vigente à data da
infração e reajustável até a data de liquidação.

Grupo I – Multa (em R$) no valor de coleta de 0,5 (meia) tonelada de


resíduos por dia, por infração, nos casos de:

a) não atendimento de pedidos de informações e dados;


b) impedimento do acesso da fiscalização às oficinas e a outras
dependências utilizadas pela contratada;
c) divulgação de publicidade não autorizada pela contratante nos veículos,
equipamentos ou uniformes dos empregados;
d) excesso de carga dos caminhões – que tenha como consequência o
transbordamento dos resíduos;
e) falta de cuidado no manuseio dos recipientes utilizados para
acondicionamento dos resíduos;
f) falta de asseio ou falta de uniforme dos funcionários da contratada;
g) Ingestão de bebidas alcoólicas, substâncias tóxicas e solicitação de
donativos ou gratificações por parte dos funcionários da contratada;
h) falta de sinalização dos caminhões, veículos e equipamentos da
contratada;
i) falta de conservação e limpeza nas áreas de execução dos serviços;
j) serviços de varrição manual não realizados ou incompletos;
k) serviços de varrição mecânica não realizados ou incompletos;
l) serviços complementares previstos não realizados ou incompletos.

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Grupo II – Multa (em R$) no valor de coleta de 1 (uma) tonelada por dia,
por infração, nos casos de:

a) não cumprimento ou cumprimento apenas parcial de “ordem de serviço”;


b) circuito de coleta não realizado – a partir da data de implantação dos
serviços de coleta domiciliar;
c) alteração do plano de trabalho sem prévia autorização, falta de
comunicação aos munícipes dos serviços e horários em que serão
realizados ou alteração dos mesmos;
d) circuitos não completados ou não recolhimento de todos os recipientes
ou sacos plásticos existentes nos circuitos (nos serviços de coleta, a
multa será aplicada por circuito/roteiro de coleta);
e) falta de tacógrafo nos caminhões;
f) falta de lavagem e desinfecção diária das caçambas coletoras dos
caminhões compactadores dos serviços de coleta domiciliar; dos
veículos e dos equipamentos;
g) excesso de comportamento dos funcionários da contratada na execução
dos serviços;
h) não execução da coleta (sejam quais forem os recipientes);
i) não execução dos serviços de coleta nos trechos das vias em que não
seja possível a entrada dos caminhões coletores;
j) falta de limpeza dos resíduos derramados nas vias públicas, passeios e
logradouros durante a realização dos serviços de coleta;
k) não cumprimento da legislação vigente para fonte de poluição sonora e
atmosférica;
l) não apresentação dos controles operacionais de todos os serviços
contratados com os demonstrativos de eficiência e eficácia
(mensalmente).

Grupo III – Multa (em R$) no valor de coleta de 3 (três) toneladas por dia,
por infração, nos casos de:

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a) não realização, de imediato, da substituição dos equipamentos que se
encontrarem em manutenção ou avariados;
b) não atendimento da solicitação de substituição de veículos,
equipamentos ou de funcionários;
c) não realização de manutenção dos caminhões, veículos e equipamentos
vinculados e individualizados para cada tipo de serviço;
d) não funcionamento de velocímetro, odômetro e/ou relógio dos veículos e
equipamentos;
e) não obediência aos planos de trabalho / serviço;
f) destinação final dos resíduos inadequada ou em locais não
determinados pelo contratante;
g) falta de engenheiro habilitado junto ao CREA para supervisionar a
execução dos serviços contratados;
h) recolhimento de resíduos não autorizados pela contratante ou pelo
recolhimento de quantidades superiores às permitidas no contrato,
quando não autorizado pela contratante.

Grupo IV – Multa (em R$) no valor de coleta de 5 (cinco) toneladas por dia,
por infração, nos casos de:

a) execução de obras e serviços que não sejam objeto da contratação;


b) sonegação de informações referentes aos serviços contratados (dados
sobre produção, produtividade, pessoal, caminhões, veículos,
equipamentos e outros);
c) interrupção dos serviços contratados sem prévia autorização da
contratante, ressalvados os casos de manutenção ou casos não
provocados pela contratada;
d) recebimento de resíduos sólidos provenientes de outros municípios ou
de terceiros sem a autorização expressa da contratante.

Com relação às multas a serem aplicadas aos pequenos, médios e


grandes geradores, essas podem ser definidas de forma progressivas,

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conforme a seguinte série matemática: R$50,00 (cinquenta reais), R$80,00
(oitenta reais), R$125,00 (cento e vinte e cinco reais), R$200,00 (duzentos
reais), R$315,00 (trezentos e quinze reais), R$500,00 (quinhentos reais),
R$800,00 (oitocentos reais), R$1.250,00 (um mil e duzentos e cinquenta reais),
R$2.000,00 (dois mil reais) e assim sucessivamente.
Ficará a cargo do poder público municipal definir as infrações, bem como
as multas a elas associadas, sendo que essas devem ser estabelecidas em
legislação.
Para as inconformidades observadas deverá ser estabelecido prazo para
adequação destas e um alerta sujeito à multa em caso de não cumprimento
das obrigações. O caso de não regularização poderá resultar em suspensão da
coleta até que sejam obedecidas as normas contidas nas leis municipais.

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19. AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS A SEREM
PRATICADAS, INCLUINDO PROGRAMAS DE
MONITORAMENTO
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso XVII

As ações para emergência e contingência têm como objetivo identificar


as estruturas disponíveis e estabelecer as formas de atuação dos órgãos
operadores, tanto em caráter preventivo como corretivo, procurando aumentar
o grau de segurança e a continuidade operacional das áreas afetadas com os
serviços de saneamento, destacando-se nesse volume do PISB o sistema de
resíduos sólidos.
Para que a operação e manutenção dos serviços ocorram a contento,
deverão ser utilizados mecanismos locais e corporativos de gestão, com o
intuito de prevenir ocorrências indesejadas por meio do controle e
monitoramento das condições físicas das instalações e dos equipamentos,
para minimizar a ocorrência de sinistros e interrupções na prestação dos
serviços.
Em caso de ocorrências anormais, que excedam a capacidade de
atendimento local, os órgãos operadores deverão dispor de todas as estruturas
de apoio (mão de obra, materiais e equipamentos), de manutenção estratégica,
das áreas de gestão operacional, de controle de qualidade, de suporte como
comunicação, suprimentos e tecnologias de informação, dentre outras. A
disponibilidade de tais estruturas resultará em maior segurança e continuidade
operacional, sem comprometimento ou paralisações dos serviços.
As ações de caráter preventivo buscam assegurar que os processos e
instalações operacionais passem por manutenções e melhorias constantes que
permitam manter a prestação de serviço, evitando interrupções. No entanto,
imprevistos podem ocorrer nesse processo, o que exige que níveis de
segurança sejam respeitados, tendo-se como base experiências anteriores e
limites estabelecidos em legislações e normas técnicas específicas.
As medidas de emergência e contingência foram propostas com o
intuito de orientar a atuação dos setores responsáveis para controlar e
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solucionar os impactos causados por situações críticas não esperadas. Assim,
a seguir são apresentadas algumas dessas ações a serem adotadas para os
serviços de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos.

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Quadro 87 – Ações de Emergência e Contingência para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos.
Ocorrências Ações
- Acionar ou contratar funcionários para efetuarem a limpeza dos pontos mais
Paralisação do sistema de varrição
críticos e centrais da cidade.
- Mobilização de equipe de plantão e equipamentos.
Paralisação dos serviços de podas e supressões de
- Acionamento da Concessionária de Energia Elétrica.
vegetação de porte arbóreo
- Acionamento do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.
- Acionar equipe operacional da Secretaria de Meio Ambiente e a Secretaria de
Paralisação do serviço de capina e roçada
Obras para cobertura e continuidade do serviço.
- Empresas e veículos previamente cadastrados deverão ser acionados para
assumirem emergencialmente a coleta nos roteiros programados, dando
Paralisação do serviço de coleta domiciliar
continuidade aos trabalhos.
- Contratação de empresa especializada em caráter de emergência.
Paralisação do recebimento voluntário de materiais - Acionar a Secretaria de Meio Ambiente e Secretaria de Obras para
recicláveis providências, ou seja, reestabelecer a parceria com a associação responsável.
Paralisação do serviço de coleta de resíduos de - Celebrar contrato emergencial com empresa especializada na coleta desses
serviço de saúde resíduos.
- Os resíduos deverão ser transportados e dispostos em aterros da CGR
Paralisação total do aterro sanitário
localizados em cidades vizinhas.
Paralisação parcial do aterro, no caso de incêndio, - Os resíduos deverão ser transportados e dispostos temporariamente em aterros
explosão e/ou vazamento tóxico da CGR localizados em cidades vizinhas.

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No que diz respeito ao monitoramento, o PISB de Catanduva fornece
subsídios para que o município estabeleça, implemente, mantenha e aprimore
a gestão de seus resíduos, em cumprimento à Lei Federal 12.305, de 02 de
agosto de 2010.
O principal objetivo da gestão integrada de resíduos sólidos é
administrar esta frente de forma sustentável, visando promover a harmonia
entre os pilares ambientais, sociais e econômicos, por meio da adoção de
medidas corretivas, preventivas e educativas.
Contudo, para que esta ideia seja concretizada e não se transforme
num compêndio de boas intenções que não ganha ação no cotidiano do
município, recomenda-se o monitoramento e avaliação das ações propostas
neste Plano.
Nesse contexto, para cada objetivo estabelecido para o setor de
resíduos sólidos são apresentados indicadores que deverão ser utilizados para
monitorar a eficiência da implantação das ações propostas ao longo dos 20
anos referentes ao horizonte do PISB. Dessa forma, para monitorar tais ações,
devem considerados os indicadores apresentados no item 8.4.4 – Resumo dos
Custos Estimados para Adequação do Setor de Limpeza Urbana e Manejo de
Resíduos Sólidos em 20 anos.
.

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20. IDENTIFICAÇÃO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS
RELACIONADOS AOS RESÍDUOS SÓLIDOS, INCLUINDO
ÁREAS CONTAMINADAS, E RESPECTIVAS MEDIDAS
SANEADORAS
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso XVIII

Em conformidade com as informações disponibilizadas pelo glossário


da CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, “passivo
ambiental pode ser entendido, em um sentido mais restrito, o valor monetário
necessário para custear a reparação do acúmulo de danos ambientais
causados por um empreendimento, ao longo de sua operação. Todavia, o
termo passivo ambiental tem sido empregado, com frequência, para conotar,
de uma forma mais ampla, não apenas o custo monetário, mas a totalidade dos
custos decorrentes do acúmulo de danos ambientais, incluindo os custos
financeiros, econômicos e sociais”.
Com o objetivo de elencar os danos ambientais associados e
estabelecer planos de ação condizentes que procurem sanar a questão dos
passivos ambientais do município de Catanduva, foram levantados os
principais pontos críticos, reais e potenciais, relacionados à disposição final de
resíduos sólidos. Dessa forma, para o caso de Catanduva, foram considerados
como passivos ambientais o lixão e os pontos de disposição inadequada.
O intuito de identificar tais passivos ambientais é buscar apoio e
recursos para a reparação das situações ambientalmente irregulares e,
consequente, minimizar os impactos historicamente pendentes. Salienta-se que
há a probabilidade da existência de passivos ainda não identificados no
município. Cabe frisar que a busca pelos recursos financeiros junto ao Governo
Federal deve garantir o financiamento de projetos executivos, bem como a
recuperação destes passivos ambientais, caso seja detectada futuramente a
presença dos mesmos.
Após visita técnica realizada em Catanduva, a equipe da SHS
identificou como sendo o principal passivo ambiental do município o antigo

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lixão, hoje já desativado. Diante do exposto, convém informar que a primeira
diretriz estabelecida no Plano Nacional de Resíduos Sólidos para os RSU
prevê a eliminação de lixões até 2014.

Quadro 88 – Passivo ambiental: antigo lixão.


Empreendimento Passivo ambiental
Passivo Ambiental Real

Contaminação da bacia do Rio São Domingos

Possíveis causas da contaminação

• Diluição do chorume proveniente do antigo depósito de


resíduos sólidos do município na área de APP do rio São
Antigo lixão
Domingos.
• Odor desagradável proveniente dos gases gerados na
decomposição da matéria orgânica.

Consequências

Contaminação ambiental, principalmente do rio São Domingos,


dos solos da região, dentre outros.

Na sequência são apresentadas duas figuras que ilustram a localização


do antigo lixão no município.

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Antigo Lixão

Figura 59 – Localização do antigo lixão em relação à área do município.


Fonte: Google Map (2013).

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Figura 60 – Detalhe da localização do antigo lixão na APP no rio São Domingos.
Fonte: Google Map (2013).

O antigo lixão, conforme mencionado no Item 3.3 – Diagnóstico do


Setor de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos, e ilustrado na Figura 60, está
localizado na APP do rio São Domingos. Para desativação, as medidas
adotadas foram: recobrimento com camada simples de terra, não sendo
encerrado adequadamente. No local observa-se a presença de líquidos

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percolados da decomposição de lixo e mau cheiro proveniente dos gases
gerados.
Sabe-se que ações foram iniciadas para recuperação da área, como o
replantio de árvores na APP do rio São Domingos na área do antigo lixão, no
entanto, a legislação vigente entende que medidas mais efetivas de remedição
devam ser planejadas.
Diante do exposto, faz-se urgente e imprescindível unir esforços e
recursos para a regularização da situação apontada no quadro acima. São
necessários estudos técnicos específicos e profundos que busquem definir
meios para remediar esta área, visto que os cenários evidenciados estão em
desacordo com as legislações ambientais aplicáveis e contribuem de forma
significativa para a degradação do corpo hídrico. Estas ações devem ser
encaradas de forma prioritária para tomada de ação dentro da Bacia.
A CETESB, responsável pelas ações de controle de poluição no
Estado de São Paulo (incluindo o gerenciamento e controle das áreas
contaminadas identificadas), disponibiliza um “Manual de Gerenciamento de
Áreas Contaminadas”, viabilizado em cooperação técnica com o governo da
Alemanha, por meio de sua Sociedade de Cooperação Técnica (Deutsche
Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit, GTZ).
Este material técnico é o primeiro do gênero na língua portuguesa. Traz
informações relevantes direcionadas ao gerenciamento e remediação de áreas
contaminadas, podendo ser utilizado de modo consultivo e propositivo para o
estabelecimento de medidas saneadoras de seus passivos ambientais.
O material relaciona os temas abaixo elencados e seu conteúdo pode
ser verificado, na íntegra, no link da CETESB:
<http://www.cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/manual-de-gerenciamento-
de-areas-contaminadas/7-manual-de-gerenciamento-das--acs>. O conteúdo
desse material está disposto na sequência:

Capítulo I - Aspectos Gerais;


Capítulo II – Bases Legais;
Capítulo III – Identificação de áreas potencialmente contaminadas;

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Capítulo IV – Cadastro de áreas contaminadas;
Capítulo V – Avaliação Preliminar;
Capítulo VI – Investigação confirmatória;
Capítulo VII – Priorização;
Capítulo VIII – Investigação detalhada;
Capítulo IX – Avaliação de risco;
Capítulo X – Investigação para remediação;
Capítulo XI – Projeto de remediação;
Capítulo XII – Remediação.

Para direcionar a consulta dos gestores da Prefeitura Municipal de


Catanduva, apresenta-se no Anexo 1 a Decisão de Diretoria nº 103/2007/C/E,
de 22 de junho de 2007, elaborada pela CETESB, que dispõe sobre o
procedimento para gerenciamento de áreas contaminadas. Essa Decisão de
Diretoria regula também sobre postos retalhistas, sendo que esse conteúdo
específico não deve ser considerado, nesse primeiro momento, pela prefeitura
para o gerenciamento de áreas contaminadas, sendo priorizadas para o PISB
aquelas com problemas relacionados aos resíduos sólidos. O fluxograma do
processo de remediação proposto por esse documento da CETESB é
apresentado na sequência.

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Figura 61 – Fluxograma do gerenciamento de áreas contaminadas.
Fonte: CETESB (2007).

Outro documento orientador que deve ser considerado nos processos


de remediação de áreas contaminadas é a Resolução Conama n°420/2009,
que dispõe sobre critérios e valores de qualidade do solo quanto à presença de
substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental
de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades
antrópicas, podendo ser utilizada juntamente com o Manual de Gerenciamento
de Áreas Contaminadas para a remediação dos passivos existentes nas áreas
dos municípios consorciados.

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No que diz respeito aos pontos de disposição inadequada, em
Catanduva foram identificados 9 (nove) locais, conforme apresentado no
desenho esquemático que segue.

Legenda:

A – Ponto de Referência da Localização – Prefeitura Municipal de Catanduva


B – Bairro Morada dos Executivos
C – Final da Avenida Palmares
D – Final da Rua Quinze de Novembro
E – Residencial Pachá
F – Jardim Oriental
G – Residencial Cidade Jardim
* Atrás do Condomínio Luminar Residence, mais especificamente, na estrada Barroca;
H – Residencial Agudo Romão II
I – Avenida Caxias do Sul
J – Entre as ruas Sergipe e Pernambuco, local conhecido popularmente como “Linhão”

Figura 62 – Pontos de despejo irregular de resíduos no município de Catanduva.


Fonte: Prefeitura Municipal de Catanduva (2011).

Tais pontos devem ser monitorados já que podem resultar em passivos


ambientais, conforme quadro abaixo.

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Quadro 89 – Passivo ambiental: disposição irregular de resíduos.
Empreendimento Passivo ambiental
Passivo Ambiental Real

Contaminação do solo nos diversos pontos identificados,


gerando poluição difusa.

Possíveis causas da contaminação

• Percolação de líquidos provenientes da decomposição


dos materiais dispostos inadequadamente.
Despejo irregular • Odor desagradável proveniente dos gases gerados na
de resíduos decomposição da matéria orgânica.
• Acúmulo de vetores de doenças.
• Poluição visual.
• Contaminação do solo por metais pesados que podem
estar contidos nos resíduos dispostos inadequadamente.

Consequências

Contaminação ambiental, destacando-se alterações da


propriedades físicas e químicas do solo.

Conforme a frequência de ocorrências observadas de despejo irregular


de resíduos nas 9 (nove) áreas apontadas, algumas providências devem ser
tomadas, de acordo com as sugestões abaixo.

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Quadro 90 – Providências a serem tomadas conforme frequência de ocorrências
de despejo irregular.
Frequência Classificação da Providências
situação
Até 3 (três) disposições Tolerável: Retirada do material disposto
inadequadas acompanhar a irregularmente e envio do mesmo para
observadas em um evolução da disposição final adequada.
mesmo local, no período frequência dos Caso a área seja de propriedade
de seis meses. despejos. privada, advertir o proprietário.*
De 4 (quatro) a 6(seis)
Retirada do material disposto
disposições Preocupante:
irregularmente e envio do mesmo para
inadequadas monitorar
disposição final adequada.
observadas em um constantemente a
Caso a área seja de propriedade
mesmo local, no período área.
privada, multar o proprietário.*
de seis meses.
Retirada do material disposto
irregularmente e envio do mesmo para
disposição final adequada.
Caso a área seja de propriedade
Acima de 6 (seis) Crítica: barrar o privada, multar o proprietário e exigir o
disposições acesso ao local ou fechamento do terreno para proibir o
inadequadas criar mecanismos acesso ao mesmo.*
observadas em um para disposição Caso seja área pública, providenciar a
mesmo local, no período adequada de criação de ecopontos, com mecanismos
de seis meses. resíduos na área. como containers, ou áreas de transbordo
para disposição adequada. Caso seja
inviável, proceder ao fechamento da
área, com grades, cercas, muros, entre
outros.
*Conforme lei municipal a ser criada para regulamentar advertência e multa para despejo
irregular e falta de limpeza de terrenos particulares.

A apresentação das áreas identificadas como possuidoras de passivos


ambientais tem como propósito facilitar o estabelecimento de planos de ação

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futuros, visando o aprimoramento da gestão dos resíduos gerados pelo
município.
O mapeamento destes locais auxiliará em curto, médio e longo prazo, na
determinação sinérgica de ações conjuntas que objetivem, de forma geral, o
uso, a otimização, a potencialização (ou remediação) das estruturas já
existentes, acarretando em benefícios mútuos, economia e redução de custos.

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21. PERIODICIDADE DE SUA REVISÃO, OBSERVADO
PRIORITARIAMENTE O PERÍODO DE VIGÊNCIA DO PLANO
PLURIANUAL MUNICIPAL
Art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Inciso XIX (ação similar)

Em conformidade com o previsto na Lei 11.445/07, o Plano Municipal de


Saneamento Básico deve ser submetido periodicamente a revisões,
observando-se prioritariamente os períodos de vigência dos planos plurianuais
municipais. Ressalta-se que as revisões não devem ultrapassar o período de 4
(quatro) anos.
O propósito de revisar constantemente o PISB é adequá-lo com o
contexto temporal, ambiental, econômico e social no qual o município encontra-
se e traçar objetivos e metas condizentes com estas realidades, de modo que a
gestão dos sistemas integrantes do saneamento básico atenda às
necessidades evidenciadas e seja cada vez mais eficaz, garantindo o
atendimento às leis ambientais aplicáveis.
No intuito de incluir os programas, metas e ações do PISB nos Planos
Plurianuais (PPA), sugere-se que o PISB seja revisado sempre um ano antes
do PPA. Dessa forma, recomenda-se que as revisões do PISB de Catanduva
ocorram da seguinte forma:

Revisão do PPA Revisão do PISB


2013 – para planejar o período 2014/2017 Início do PISB: Janeiro de 2014
2017 – para planejar o período 2018/2021 1ª Revisão: três anos (2016)
2021 – para planejar o período 2022/2025 2ª Revisão: quatro anos (2020)
2025 – para planejar o período 2026/2029 3ª Revisão: quatro anos (2024)
2029 – para planejar o período 2030/2033 4ª Revisão: quatro anos (2028)
2033 – para planejar o período 2034/2037 5ª Revisão: quatro anos (2032)

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22. SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Como determina a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, no Art. 9º,


dever-se-á estabelecer um sistema de informações sobre os serviços de
saneamento básico, articulado com o Sistema Nacional de Informações em
Saneamento. Assim, Plano Integrado de Saneamento Básico do Município de
Catanduva está fornecendo aos gestores um sistema de informações
municipais que auxilie o gerenciamento do próprio PISB, do saneamento
básico municipal e que também alimente o SNIS (Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento).
O sistema proposto é um Sistema de Informação Estratégico (SIE),
também conhecido como Sistema de Informação Executivo ou Sistema de
Suporte à Decisão Estratégica. Tal sistema consiste do processamento de
grupos de dados das atividades operacionais e transações gerenciais,
transformando-os em informações estratégicas, visando subsidiar os processos
de tomada de decisão.
No âmbito, do PISB o sistema de informação proposto possibilita a
inserção de dados brutos (operacionais e gerenciais), tais como: número de
habitantes, número de domicílios, volume de água tratada, quantidade total de
resíduo coletado, número de reclamações, extensão de tubulação submetida à
manutenção corretiva, etc., que, uma vez inseridos, subsidiam o cálculo
automático de indicadores tais como: índice de coleta de resíduos sólidos;
índice de atendimento por serviços públicos, índice de recuperação de resíduos
recicláveis, etc. Esses indicadores recebem um processamento para formar
análises tabulares e principalmente gráficas, que serviram para análise
instantânea da evolução dos indicadores e, assim, proporcionar a geração de
relatórios. A Figura 63 apresenta o fluxograma do sistema.

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Figura 63 – Fluxograma esquemático do Sistema de Informação.

Com essa finalidade, a Tabela Dinâmica e o Gráfico Dinâmico são


recursos bastante interessantes para bancos de dados com muitas
informações, como o de informações de saneamento básico municipal, no qual
a simples visualização é prejudicada pela grande quantidade de informações.
Sendo assim, é indicado para que aqueles que estejam interessados na
geração de relatórios de maneira fácil, eficiente e precisa.
Esses recursos possibilitam:

• Analisar dados rapidamente;


• Visualizar apenas informações relevantes;
• Alterar rapidamente a estrutura de visualização das informações;
• Geração de relatórios diversos e de maneira quase que instantânea.

Nesse sistema de informações desenvolveram-se tabelas dinâmicas


diferenciadas para cada eixo do saneamento básico. Essas tabelas servem de
base de dados para um gráfico dinâmico que se atualiza automaticamente. A
geração de relatórios é dada pela combinação dessas ferramentas,
disponibilizando alternativas de distintos relatórios com finalidades e formas de
distribuição diferentes.
O Sistema de Informações está apresentado no Anexo 2 do presente
volume (Relatório Final – Tomo 1), contendo um CD do sistema juntamente
com o manual de instruções impresso.

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23. MANUAL DE SANEAMENTO INTEGRADO
O Manual de Saneamento Integrado apresentado em volume separado,
tem como função orientar os profissionais da Prefeitura, prestadores de
serviços e empreendedores, que atuam no planejamento e projetos de novos
empreendimentos imobiliários.
O manual apresenta critérios de planejamento, controle e de projeto,
considerando as disposições do Plano Diretor Participativo de Catanduva,
abordando os seguintes aspectos:

- Uso e ocupação do solo,


- Abastecimento de água;
- Esgotamento sanitário;
- Drenagem e manejo das águas pluviais;
- Limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos;
- Meio ambiente.

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24. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT CATÁLOGO - Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).


Disponível em <http://www.abntcatalogo.com.br/default.aspx>. Acesso
em outubro de 2013.

ABNT NBR 10004:2004 – Resíduos Sólidos Classificação.

ALMEIDA, M. A. de; STEIN, D.P.; MELO, M.S. de; BISTRICHI, C.A.;


PONÇANO, W. L.; HASUI, Y.; ALMEIDA, F.F.M., de. 1980. Geologia do
oeste paulista e áreas fronteiriças dos estados de Mato Grosso do Sul e
Paraná. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 31. Camboriú,
1980. Anais... Camboriú, SBG. V.5, p.2799-2812.

ALMEIDA, F.F.M. de. 1964. Fundamentos geológicos do relevo paulista.


Bol.Inst.Geogr. e Geol., São Paulo, (41):169-263.

ANA – Agência Nacional de Águas, 2013. Atlas Brasil Abastecimento Urbano


de Água. Disponível em:
<http://atlas.ana.gov.br/Atlas/forms/analise/Geral.aspx?est=6>. Acesso
em março de 2013.

Associação Nacional das Empresas de Reciclagem de Pneus e Artefatos de


Borrachas (Arebop). Disponível em: <http://www.arebop.org.br/>. Acesso
em outubro de 2013.

Associação Brasileira de Poliestireno Expandido (Abrapex). Disponível em:


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