Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Corsan Canguçu Plano de Saneamento Antigo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 83

PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO DE


CANGUÇU

2018/2022
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Prefeito: MARCUS VINÍCIUS MÜLLER PEGORARO


Vice Prefeito: CLEDEMIR DE OLIVEIRA GONÇALVES

PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO DE CANGUÇU


Este plano atende a Lei Federal 11.445/2007 e o Decreto Federal
N° 7217/2010

SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE E URBANISMO


Secretária: Auta Sirlei Barbosa de Oliveira

SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS, TRÂNSITO E SERVIÇOS URBANOS


Secretário: Mauro Silveira

ELABORAÇÃO
A Revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico foi realizada pela
comissão instituída pelo Decreto nº 7.576 / 2018
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Coordenação
Thelma de Avila Camargo – Arquiteta
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo

Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo – SMMAU:


Augusto Peter Batista – Químico Ambiental
Cristian Iribarrem Lemos - Arquiteto
Thelma de AvilaCamargo – Arquiteta
Joziani Scaglioni Dias – Bióloga

Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN


Marcus Silva de Matos - Gerente

Secretaria Municipal de Obras, Trânsito e Serviços Urbanos

Ederson Canielas – Topógrafo


Claúdio Adão Lopes Aires – Técnico em planejamento
Mauricio Thadeu Fenille de Menezes – Geólogo

Equipe de Apoio:

Ana Paula Bartz Voigt – Técnica em Educação Ambiental


Bianca Gobel da Rosa – Técnica em Educação Ambiental
Sandy Baicôa Casarin – Estagiaria de Engenharia Civil
Rodrigo Wegner da Fonseca – Chefe do Núcleo de Regularização Fundiária
Muriel Crizel dos Santos – Estagiaria de Engenharia Civil
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

APRESENTACAO

Considerando que dentre os grandes desafios socioambientais a serem


enfrentados no Município de Canguçu (RS), certamente encontra-se a questão
da melhoria dos serviços de saneamento básico – especialmente a superação
da qualidade desses serviços.
Saneamento básico representa o conjunto dos serviços e instalações de
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos (devido à importância da matéria merece uma avaliação
específica), drenagem e manejo das águas pluviais.
As ações e serviços de saneamento são consideradas preventivas para
a saúde quando garantem a qualidade da água de abastecimento, a coleta, o
tratamento e a disposição adequada de dejetos humanos e resíduos sólidos.
Também, são necessárias para prevenir a poluição das fontes de água e a
ocorrência de enchentes e inundações.
Nesse sentido, a Lei Federal n° 11.445 de 05 de janeiro de 2007
estabelece a obrigatoriedade da elaboração dos Planos Municipais de
Saneamento Básico, entendidos como ferramentas indispensáveis de
planejamento e gestão para alcançar a melhoria das condições sanitárias e
ambientais de cada município e, por consequência, da qualidade de vida da
população.
O saneamento básico é um serviço público, cujo acesso deve ser
garantido de forma universal e integral. Partindo desses princípios e embasados
na Lei Federal 11.445/2007 e do Decreto Federal N° 7217/2010, que estabelece
diretrizes nacionais para o saneamento básico, o presente documento visa
apresentar o Plano de Municipal de Saneamento Básico de Canguçu.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Assim, as primeiras preocupações com o Plano de Saneamento Básico
em Canguçu ocorreram no ano de 2012, o que resultou num documento
norteador das políticas de saneamento para direcionar as ações de diagnósticos
e metas a serem cumpridas.
Esta versão apresenta a caracterização e diagnóstico da cidade bem
como a preocupação com os pontos considerados importantes para o
desenvolvimento harmônico do que existe com o que será construído, tais como:
A) Diagnósticos setoriais referentes ao abastecimento de água,
esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e
drenagem e manejo das águas pluviais.
B) Definição de intervenções a curto e a longo prazo;
C) Planejamento das ações;
Dessa maneira, este documento pretende levantar um diagnóstico do
saneamento básico do município, verificando as deficiências e necessidades
para planejar objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para o
estabelecimento e propagação do acesso aos serviços pela população.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 3

2. OBJETIVOS .................................................................................... 4
2.1 Geral ............................................................................................... 4
2.2 Específicos..................................................................................... 4

3. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO............................................. 6
3.1 Aspectos Históricos ...................................................................... 6
3.2 Localização .................................................................................... 6
3.3 Dados Gerais ................................................................................. 8
3.4 Aspectos Climáticos ..................................................................... 8
3.5 Geologia Regional e Local .......................................................... 10
3.6 Geomorfologia ............................................................................. 14
3.7 Recursos Hídricos ....................................................................... 15
3.8 Vegetação..................................................................................... 18
3.9 Fauna ............................................................................................ 19
3.10 Aspectos Socioeconômicos ....................................................... 19
3.10.1 População.......................................................................... 19
3.10.2 Equipamentos Sociais...................................................... 20
3.10.3 Economia Regional .......................................................... 20
3.11 Ordenamento Territorial ............................................................... 21
3.11.1 Macrozoneamento ...................................................................... 21

4. SANEAMENTO PÚBLICO – DIAGNÓSTICOS SETORIAIS ........ 27


4.1 Sistema de Esgotamento Sanitário ............................................ 27
4.1.1 Zona Urbana ...................................................................... 27
4.1.2 Zona Rural............................................. Erro! Indicador não definido.
4.2 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos....................... 32
4.2.1 Zona Urbana ...................................................................... 32
4.2.2 Zona Rural ......................................................................... 36
4.3 Abastecimentos de Água ............................................................ 37
4.3.1.1 Mananciais de abastecimento ......................................... 37
4.3.1.2 Adução............................................................................... 39
4.3.1.3 Estação de Tratamento .................................................... 39
4.3.1.4 Reservação........................................................................ 39
4.3.1.5 Distribuição ....................................................................... 58
4.3.2 Zona Rural...................................................................................... 58
4.4 Drenagem e Manejo de Águas Pluviais ..................................... 59
4.4.1 Zona Urbana ...................................................................... 59
4.4.2 Zona Rural ......................................................................... 60

5. DEFINIÇÃO DAS INTERVENÇÕES A CURTO, MEDIO E


LONGO PRAZO ....................................................................................... 61
5.1 Sistema de esgotamento sanitário............................................. 61
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
5.1.1 Zona Urbana ...................................................................... 61
5.1.2 Zona Rural ......................................................................... 65
5.2 Limpeza e manejo de resíduos sólidos ..................................... 65
5.2.1 Zona Urbana ...................................................................... 66
5.2.2 Zona Rural ......................................................................... 68
5.3 Zona Urbana ................................................................................. 69
5.3.1 Zona Urbana ...................................................................... 69
5.3.2 Zona Rural ......................................................................... 73
5.4 Drenagem e Manejo de Águas Pluviais ..................................... 74
5.4.2 Zona Rural ......................................................................... 76

6. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES ................................................... 77

7. AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS ................. 78

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 79

ANEXOS

ANEXO 01 – Mapa de Rede Cloacal e Estações de Tratamento de


Esgoto Cloacal Existentes..................................................................... 80
ANEXO 02 – Mapa das Ruas Pavimentadas ......................................... 81
ANEXO 03 – Mapa das Zonas de Vale em Áreas Consolidadas ......... 82
ANEXO 04 – Mapa da Rede de Interceptores Cloacais ....................... 83
ANEXO 05 – Decreto n° 7.675/2018 que institui o Comite de
Coordenação e Elaboração do Plano Municipal de Saneamento
Básico do Municipio de Canguçu/RS ................................................... 84
ANEXO 06 – Convite para Audiência Pública Municipal de Revisão
do Plano de Saneamento Básico. ......................................................... 85
ANEXO 07 – Lista de entrega de convites para Audiência Pública da
Revisão do Plano de Saneamento Básico Municipal. ......................... 86
ANEXO 08 – Lista de Presença da Audiência Pública 14-09-2018 ..... 88
ANEXO 09 – Ata da Audiência Pública 14-09-2018 .............................. 89
ANEXO 10 – Decreto que Institui Cômite de Coordenação e
Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico do
Município................................................................................................. 90
ANEXO 11 – Foto, audiência pública 14/09/2018 ................................. 91
ANEXO 12 – Foto, Audiência Pública 14/09/2018 ................................. 91
ANEXO 13 – Foto, Audiência Pública 14/09/2018 ................................ 92
ANEXO 14 – Foto, Audiência Pública 14/09/2018 ................................. 92
ANEXO 15 – Foto, Audiência Pública 14/09/2018 ................................ 93
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
1. INTRODUÇÃO

Como já foi definido, Saneamento Básico é o conjunto dos serviços


importantíssimos para o planejamento urbano, significando infraestruturas e
instalações operacionais de:
 abastecimento de água potável: constituído pelas atividades,
infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de
água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos
instrumentos de medição;
 esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e
instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição
final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o
seu lançamento final no meio ambiente;
 limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte,
transbordo, tratamento e destino final dos resíduos sólidos gerados no
município;
 drenagem de águas pluviais: conjunto de atividades, infraestruturas e
instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de
transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de
cheias e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.
Nesse sentido, o presente documento procura estar de acordo com:
Plano Diretor Municipal;
Código de Obras Municipal;
Código de Posturas Municipal;
Plano Municipal de Meio Ambiente;
Plano Local de Habitação de Interesse Social;
Portaria SEMA N° 045, de 30 de outubro de 2007;
Lei Federal Nº 11.445, de 05 de Janeiro de 2007, que Estabelece Diretrizes
Nacionais para o Saneamento Básico.
Lei Municipal N° 3.684 de 30 de dezembro de 2001. Estabelece Normas e Taxas
pra o licenciamento Ambiental.

3
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

2. OBJETIVOS

2.1 Geral

Estabelecer um planejamento de ações curto, médio e longo prazo tendo


em vista o abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e
drenagem de águas pluviais no Município de forma a proporcionar melhor
qualidade de vida a todos seus habitantes.

2.2 Específicos

 Reduzir perdas do sistema de abastecimento de água e incentivar a


redução de consumo por parte da população, incluindo reutilização da
água;
 Assegurar uma gestão racional da demanda de água, em função dos
recursos disponíveis e das perspectivas socioeconômicas;
 Procurar uma gestão sustentável e integrada dos
mananciais subterrâneos e superficiais;
 Garantir a quantidade de água necessária para o abastecimento à
população e o desenvolvimento das atividades econômicas;
 Estabelecer condições adequadas de manejo do solo para evitar
degradação;
 Reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação
ambiental;
 Proteger a saúde pública e a qualidade do meio ambiente;
 Preservar e assegurar a utilização sustentável dos recursos naturais;
 Propor concepção geral para as unidades de coleta, tratamento e
destinação final de esgoto;

4
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
 Estimar a população e a produção de esgoto de início e final de plano
nos locais despejo de esgotamento;
 Dimensionar bacias de esgotamento para atender a demanda futura,
considerando as já existentes no município.

5
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

3. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

3.1. . Aspectos Históricos

De acordo com Bento (2007) os registros sobre os primeiros


habitantes de Canguçu dão conta que pelos meados de 1762 a 1777, os
moradores de Canguçu, eram os índios Tapes e Tapuias, subordinados aos
Guaranis, mas, certamente habitaram grande parte da área física do
município formado por serras e montanhas, daí que recebeu o nome de Serra
dos Tapes, em homenagem à tribo que aqui se encontrava, antes da chegada
dos colonizadores.
Os índios Tapes foram os primeiros habitantes do Município, o qual,
com o passar do tempo, foi colonizado em sua maioria por europeus, alemães
pomeranos, negros, franceses, italianos e portugueses açorianos,
formadores dos cinco distritos que compõe a área física do Município, que
teve seu nome dado em função da onça que habitava a região denominada
Acanguassu.
Em primeiro de janeiro de 1800, foi criada a capela curada de Nossa
Senhora da Conceição, marco inicial da cidade. Em 27 de junho de 1857, foi
criado o município (data do aniversário), que passa a ser governado por uma
Câmara Municipal formada por sete pessoas: um presidente e mais seis
membros, sendo 22° município do estado a ser criado.

3.2. Localização
Segundo o IBGE o município de Canguçu é Integrante desta
mesorregião do Sudeste Rio Grande do Sul e microrregião de Pelotas. Sua área

total é de 3.525,29 Km2, tendo limites com os municípios de Encruzilhada do


Sul, Amaral Ferrador, Morro Redondo, São Lourenço do Sul, Pelotas, Cerrito,
Cristal e Piratini.

A localização do município encontra-se a 386 m de altitude média em


relação ao nível do mar. Situa-se nas coordenadas geográficas 28º 66’ 10”

6
PRE°FEIT'URA
'' MUNtICIPAL D
stE CANGGUÇU ist
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
de 298 km de Porto Alegre e sua conformação geográfica é ondulada em toda a
sua extensão.

Na Figura 1 a seguir, observa-se a situação e a localização do


Município de Canguçu no Estado do Rio Grande do Sul.

Figura 01: Situação e Localização do Município de Canguçu.

7
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

3.3. Dados Gerais

Informações gerais do município, bem como o ano de instalação,


densidade demográfica, população total, número de eleitores, PIB, entre outras,
podem ser verificadas no Quadro 01, apresentado a seguir:
Ano de Instalação 1857
Densidade Demográfica 15,11 hab/km2
População em 2010 53.259
Estimativa da População em 2017 56.103
Área do município 3.525,29 Km2
Total de Eleitores em 2004 42.172
PIB 2015 – valor 161.314,35
PIB per capita (R$) 8.652
Esperança de vida ao nascer (anos) 69,912
Índice de Desenvolvimento 0,733

Humano (IDH-M)
Ranking (IDH-M) por UF 426
Ranking (IDH-M) Nacional 2.352
Fonte: FEE, IBGE e Famurs, 2018.

3.4. Aspectos Climáticos

O clima do Rio Grande do Sul é determinado por fatores meteorológicos


estáticos e dinâmicos, que atuam simultaneamente em constante interação. Os
principais fatores estáticos são a latitude, a altitude e a continentalidade,
enquanto que os fatores dinâmicos referem-se à movimentação das massas de
ar através da atmosfera, responsáveis pelas características gerais do clima do
Estado.
Alguns fatores dinâmicos que determinam o clima do Estado do Rio
Grande do Sul consistem na movimentação das massas de ar atmosféricas, as
quais se movimentam desde o Polo Sul como do Equador. Portanto, são quatro
as massas de ar de maior influência no clima do Estado, a saber: Massa Tropical
Atlântica, Massa Polar Atlântica, Massa Equatorial Continental e Massa Tropical
Continental.
O clima de Canguçu é subtropical (temperado), com ocorrências de
8
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

geadas fortes no inverno e ocorrem ventos constantes devido a sua altitude, o


que proporciona noites bastante frias no inverno e muito agradáveis no verão.
Cerrações e garoas são frequentes na cidade. As chuvas, em geral, são bem
distribuídas durante o ano. Às vezes há longos períodos de estiagem que
causam prejuízos a agricultura, ou então, as chuvas são intensas, causando
inundações devido ao grande número de arroios que irrigam o município.

Canguçu

Clima
Sub-
tropical
Clima
Temper
ado

Figura 02: Climatologia do Município de Canguçu.

9
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
3.5. Geologia Regional e Local

O município de Canguçu está localizado no contexto geológico regional


do Batólito Pelotas, um complexo plutônico multi-intrusivo e polifásico de
aproximadamente 370 km de extensão e 100 km de largura (Fragoso et al.,
1986; conforme Figura 3).

Figura 03: Mapa geológico da região com destaque para a delimitação da área urbana de
Canguçu em preto. (A denominação "Cangussu" é designação dada pelo mapa original de
Ramgrab & Wildner, 2000).

As rochas do Batólito Pelotas (BP) foram geradas no Neoproterozoico


durante e após a Orogenia Dom Feliciano, responsável pelo fechamento do

10
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Oceano Adamastor com a colisão dos Cratóns Rio de La Plata e Kalahari (Philipp
et al., 2016). Esse corpo plutônico possui formato alongado com direção N50 –
70ºE e sua formação está intimamente relacionada as zonas de cisalhamento de
alto ângulo que controlaram a colocação e geração das suítes graníticas (Philipp
& Machado, 2005). O Batólito Pelotas é subdividido em Suíte Cordilheira,
Complexo Pinheiro Machado, Suítes Viamão, Erval, Piquiri, Encruzilhada do Sul e
Dom Feliciano (Philipp et al., 2016).
No Município de Canguçu são encontradas as rochas pertencentes ao
Complexo Pinheiro Machado, da Suíte Viamão e da Suíte Dom Feliciano (Philipp
et al., 2016).
As rochas do Complexo Pinheiro Machado são em geral granodioritos e
monzogranitos, sendo comum essas rochas apresentarem foliação bem marcada
decorrente da deformação gerada nas zonas de cisalhamento. A ocorrência
dessas rochas em Canguçu é de maneira geral, na forma de xenólitos
centimétricos a métricos inseridos nas rochas das Suítes Viamão e Dom Feliciano
(Philipp, 1998).
A Suíte Viamão é encontrada como corpos graníticos dispostos na forma
de lentes alongadas com direção N40-50ºE. (Philipp & Machado, 2001). As
litologias principais desta suíte são de monzogranitos, granodioritos com
sienogranitos subordinados. É recorrente a presença de enclaves microgranulares
dioríticos e xenólitos de ortognaisses e de metagranitóides inseridos nas rochas
deste suíte. (Philipp & Machado, 2001).
A Suíte Dom Feliciano apresenta-se intrusiva em relação às demais suítes
graníticas e registra pouca deformação em suas litologias. Possui composição
dominantemente sienogranítica, sendo raras as ocorrências de xenólitos e
encraves microdioríticos (Philipp, 1998 e Philipp & Machado, 2001).
Os solos naturais da área urbana de Canguçu são provenientes do
intemperismo sobre rochas aluminosas da área, incluindo principalmente granitos
e gnaisses. São solos autóctones litólicos, principalmente litossolos e
esparsamente podzólicos bruno-acinzentados, próximo a base das áreas de maior
declividade podem sem encontrados solos alóctones de mesma
11
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

composição. Todos os horizontes de solo podem ser encontrados em campo


(Figura 4). O Horizonte O está presente em poucos lotes, principalmente nos
terrenos baldios, nos campos e nas margens dos arroios, tem coloração escura e
profundidade de poucos centímetros, com gradação gradual para o Horizonte A,
este por sua vez tem composição siltico arenosa, mesocrática e espessuras que
vão até meio metro. O Horizonte B dificilmente está presente e pouco pode ser
observado sendo suprimido pela predominando da área urbana pelos Horizontes
C e o Embasamento Cristalino (R). Com profundidades que vão de 1 a 5 metros o
Horizonte C tem composição siltico argilosa com fragmentos rochosos pouco a
muito alterados. O embasamento cristalino é raso, sendo frequentemente
aflorante, podendo ser um obstáculo para instalação de encanamentos ou obras
de engenharia.

12
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Figura 04: Bloco diagrama indicativo dos perfis de solo encontrados na área urbana
de Canguçu. (As espessuras horizontes podem variar, normalmente favorecendo o
Horizonte C. Os Horizontes O e B nem sempre estão presentes.)

Solos antropogênicos também podem ser encontrados. Este é


representado pela deposição de aterros para construção, terraplanagem e
retificação de ruas. São lateralmente heterogêneos, com profundidades médias
de até 3 metros, normalmente sobre o Horizonte C e Embasamento Cristalino.
Sua composição pode ser amplamente variada, inclusive contendo fragmentos
de cascalho e materiais não naturais como tijolos ou concreto. É um solo mais
compactado em relação aos naturais entretendo mais fragilizado se exposto as
intempéries, tração ou taludes inclinados sem cobertura.
É notável a ocorrência de nascentes e olhos d’água no perímetro
urbano, sendo registradas pelos menos trinta e quatro. Isto se deve, de acordo
com os indícios de campo, pelo baixo nível do lençol freático ocorrendo em
profundidade média de 3 m, embora frequentemente visível a profundidades
menores de 0,5 m. O nível freático do perímetro é normalmente condicionado
ao limite entre o Horizonte C e o Embasamento Cristalino pela grande diferença

13
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
de impermeabilidade destes.
Os ensaios de infiltração em períodos de normalidade climática com
poucas chuvas, tem mostrado coeficientes de infiltração de solo com valores
de 22 a 71 L/m².dia e em períodos de excepcional seca atingindo
surpreendentes valores de 111 L/m².dia.

3.6. Geomorfologia

Município de Canguçu está localizado no Domínio Morfoestrutural dos


Embasamentos em Estilos Complexos (DMEC). Nessa porção do DMEEC, está
a Região Geomorfológica Planalto Sul-Rio-Grandense (RGPS), cuja área se
divide em duas unidades geomorfológicas: Planaltos Residuais Canguçú-
Caçapava do Sul (PRCC) e Planalto Rebaixado Marginal (PRM) (Figura 05).
Geralmente, o contato entre as unidades é marcado por escarpas e ressaltos
topográficos.
O PRCC compreende regiões de altitude mais elevada com cerca de
400 metros, totalizando uma área de aproximadamente 15.000 km². De modo
geral, a topografia é constituída por colinas geradas por processos erosionais,
onde ocorrem também regiões altas, planas e pouco dissecadas. Dependendo
da localidade, o relevo mostra diversos componentes, como zonas com
superfícies convexas, cristas e pouco desenvolvimento de solo (IBGE, 1986).
Em locais onde há predomínio de rochas metamórficas e graníticas, o
relevo reflete marcas estruturais deixadas pelos processos tectônicos
relacionados a essas rochas, como vales e escarpas de falhas. Em regiões onde
a topografia é mais suave ou apresenta superfícies altas e planas, observa-se
afloramentos do tipo laje, associados a superfícies detríticas (IBGE, 1986).

14
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

O PRM, estabelecido pelo IBGE em 1986, é caracterizado por uma


topografia dissecada responsável pelo isolamento das porções do PRCC,
cobrindo uma área de cerca de 31.650 km², com altitudes entre 100 e 200
metros. Sobre rochas pré-cambrianas, a topografia molda principalmente
colinas e interflúvios tabulares, onde, nestes últimos, observa-se superfícies
detríticas e afloramentos de rocha do tipo laje.

Figura 05: Relevo do Estado do Rio Grande do Sul (Herrmann & Rosa, 1990).

A existência de sequências dobradas de rochas com diferentes


respostas aos processos de intemperismo produz um relevo de aspecto
enrugado. A presença de feições tipo pontões e morros testemunhos também
são característicos dessa unidade, produzindo vertentes com alta declividade e
sedimentos de tálus (IBGE, 1986).

3.7. Recursos Hídricos

O Município de Canguçu está inserido na Região Hidrográfica Atlântico


Sul, que foi compartimentada em sub-bacias pelo Plano Nacional de Recursos
Hídricos (PNRH) em 2003. O PNRH (2003) propõe a divisão dessa região em
três sub-regiões (SUB1, 2 e 3), que posteriormente são

15
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

novamente subdivididas em 21 sub-bacias, conforme mostrado na tabela 1

Tabela 1 – Subdivisões da Região Hidrográfica Atlântico Sul para o


PNRH.

Sub 1 Sub 2 Sub 2 (nome sugerido) Área

(Km²)
Guaíba Caí Caí 4.892,10
Gravataí Gravataí 2.054,93
Guaíba 01 Baixo Jacuí 14.362,33
Jacuí Alto Alto Jacuí 17.237,90
Pardo RS Pardo RS 3.582,07
Sinos Sinos 3.666,58
Taquari Taquari 25.500,94
Vacacaí Vacacaí/Vacacaí-mirim 9.984,09
Litoral RS Jaguarão Jaguarão 5.955,14
Litoral RS 01 Litoral Médio Gaucho 13.350,21
Litoral RS 02 Camaquã 20.079,05
Litoral RS 03 Piratini/São Gonçalo/Mangueira 14.343,46
Litoral RS 04 Tramandaí 2.874,85
Fonte: Bases do PNRH (2003).

Conforme essa subdivisão, Canguçu está inserida nas sub-bacias


Litoral RS02 (Camaquã), e Litoral RS03 (Piratini/São Gonçalo/Mangueira)
(Tabela 1/Figura 06), onde também faz a divisão das mesmas. Essas bacias
hidrográficas são do tipo endorréicas, desaguando em lagos e lagunas
interiores, com afluentes de segunda e terceira ordem dispostos em padrões
subdendríticos a subparalelos, com direção preferenciais NE e NW, análogas as
descontinuidades geológicas locais (Klein, 1998). A malha hidrográfica, por sua
vez, constitui-se de uma rede de arroios condicionados pela conformação das
descontinuidades e forma dômica do Escudo Sul-riograndense. Os corpos
d’agua tem direção principal de fluxo para leste, com a foz nas lagunas costeiras
(Dutra, 2010).

16
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Figura 06: Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul (com destaque para a
localização da área urbana do Município de Canguçu).

A Bacia hidrográfica do rio Camaquã está inserida nas províncias


geomorfológicas da Planície Costeira e do Escudo Sul-Riograndense, com uma
área de 21.259,11 km². Seus principais afluentes são: Rio Camaquã e os Arroios
Sutil, da Sapata, Evaristo, dos Ladrões, Maria Santa, do Abrânio, Boici,
Torrinhas, Pantanoso e Divisa (FEPAM, 2003). Os dois últimos afluentes
destacam-se por possuírem suas nascentes próximas ou inseridas nos limites
urbanos do Município de Canguçu.
Já a Bacia hidrográfica Piratini-São Gonçalo-Mangueira que se situa nas
mesmas províncias geomorfológicas da bacia supracitada, compõe umaárea
total de 20.441,69 km² tendo o rio Piratini como seu maior afluente (FEPAM,
2003) e outros arroios como o Pelotas, Quilombo, Valadão e do Vime.

17
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Tabela 2 – Bacias Hidrográficas inseridas no Município de Canguçu

Municipio Bacia Area na Bacia Area na Bacia População na


(%) (Km²) Bacia (hab)
Canguçu Rio 72,12 2.511,97 24.356
Camaquã 27,84 969,03 27.091
Piratini – São
Gonçalo
Tabela 2: Dados levantados pela SMAU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Urbanismo e SMOTS – Secretaria Municipal de Obras, Transito e Serviços Urbanos.
2018.

3.8. Vegetação

No território gaúcho dois tipos de biomas são encontrados: a Mata


Atlântica e o Pampa, sendo que o último ocorre apenas no RS, correspondendo
a 63% do território estadual. O Bioma Pampa exibe um imenso patrimônio
cultural associado à biodiversidade. As paisagens naturais do Pampa se
caracterizam pelo predomínio dos campos nativos, com presença também de
matas ciliares, matas de encosta, formações arbustivas, butiazais, banhados,
afloramentos rochosos, etc. (Ministério do Meio Ambiente, 2012). Devido as
características dos ecossistemas que compõe o estado, a vegetação no Rio
Grande do Sul é diversa, de grande biodiversidade e dentre as principais famílias
botânicas ocorrentes no Pampa, destacam-se Asteraceae, Poaceae, Fabaceae,
Cyperaceae, inclusive com alto grau de endemismo.
A região onde a cidade de Canguçu está inserida apresenta vegetação
típica do ecossistema local, destacando-se pela presença de espécies
campestres, porém apresentado ampla área com predomínio de formações

18
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
arbustivas. Esta característica de vegetação designa formações adaptadas a
regiões onde se registram precipitações pluviométricas durante todo ano.
Nesta região as plantas são submetidas a duplas estacionalidades uma
provocada pelo frio das frentes polares e outra pela seca, mais curta, com
déficit hídrico.

3.9. Fauna
No estado do Rio Grande do Sul, a fauna é extremamente variada.
Dentre a avifauna da região de Canguçu destacam-se as seguintes famílias:
Furnariidae, Trogloditydae, Mimidae, Parulidae, Icteridae, Passeridae,
Emberizidae, Muscicapidae, Tyrannidae, Thraupidae, Charadriidae, Psittacidae,
Strigidae, Rallidae, Columbidae e Cuculidae. Também são registrados
mamíferos de diversas famílias, entre outras: Mephitidae, Caviidae, Didelphidae
e Leporidae. Observa-se também outros grupos como: insetos, anfíbios e répteis
de diversas espécies.

3.10. Aspectos Socioeconômicos


Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), referentes aos equipamentos sociais como hospitais, escolas e os dados
da Economia Regional, caracterizada pelos setores primário, secundário,
terciário e as respectivas descrições da pecuária, agricultura e distritos
industriais os aspectos socioeconômicos são:

3.10.1. População

Segundo dados preliminares do Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística, o município de Canguçu possui uma população total, estimada em
2017, de 56.103 habitantes, sendo que destes, aproximadamente 40% são
urbanos e 60% vivem no campo, isto mostra que ao contrário da maioria dos
municípios do estado, a população rural é maior que a urbana.

19
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
3.10.2. Equipamentos Sociais

A população urbana e rural do município de Canguçu é atendida por


instalações no setor de saúde e ensino. Quanto à saúde, o município conta com
01 Hospital Geral; 02 clínicas especializadas laboratoriais; 20 consultórios; 01
policlínica; 06 Unidades de serviço de apoio de diagnose e terapia, e quanto ao
atendimento público municipal com 31 unidades públicas de saúde, sendo 09 na
zona urbana e 22 na zona rural, assim representadas: 01 Posto de saúde central;
01 Pronto atendimento; 01 Centro de especialidade odontológica (CEO); 01
CAPS (Centro de atendimento psico-social) e 01 CAPS-AD; 01 SASME (Serviço
de atenção à saúde mental); 25 UBS (unidades básicas de saúde), sendo destas
03 ESF (Estratégia de saúde da família em área urbana) e 02 ESF no interior.
Já a educação tem 05 escolas municipais para formação de Educação Infantil
(EMEI); 30 escolas municipais para Ensino Fundamental (EMEF) e 04 escolas
estaduais na cidade e 12 no interior. Na rede particular 01 escola de ensino
médio, 02 escolas de educação infantil e 02 universidades UNOPAR E
UNIASELV.

3.10.3. Economia Regional

O município de Canguçu caracteriza-se pelas propriedades utilizadas


pelos descendentes dos imigrantes que primeiro ocuparam estas terras, com o
passar do tempo o município foi incrementando sua economia nos três setores
econômicos:
Setor Primário: O município de Canguçu é notadamente de produção
agrícola, principalmente em culturas como milho, batata, soja, feijão e fumo. A
produtividade agrícola é satisfatória, dentro das médias nacionais e estaduais. A
mecanização está mais presente nas partes mais planas do município, já que
parte da região não permite o uso de maquinário agrícola. A produção agrícola,
alavanca econômica na época da colonização, ainda ostenta uma grande fonte
de divisas para o município, principalmente com a presença cooperativas
regionais. A pecuária tem grande expressão econômica para o município
20
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

destacando-se a criação de aves, a criação de gado de corte e de leite, a


ovinocultura e a suinocultura.
Setor Secundário: O município de Canguçu não se destaca no setor
secundário, sendo que existem indústrias de pequeno porte, algumas artesanais
e outras mecânicas vinculadas ao setor primário. Destacam-se os investimentos
no Distrito Industrial do Município com o objetivo de ampliar este setor.
Setor Terciário: A atividade comercial no município é significativa,
possuindo inúmeros estabelecimentos de distribuição de gêneros alimentícios,
vestuário, eletrodomésticos, ferragens, veículos, instituições financeiras e conta
ainda com grande diversificação no setor de prestação de serviços para os seus
munícipes.

3.11 Ordenamento Territorial

Consiste na organização e controle do uso e ocupação do solo no


território municipal, de modo a evitar e corrigir as distorções do processo de
desenvolvimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente, o
desenvolvimento econômico e social e a qualidade de vida da população.
Abrange todo o território municipal, envolvendo áreas urbanas e rurais.

3.11.1 Macrozoneamento

O Macrozoneamento fixa as regras fundamentais de ordenamento do


território e tem como objetivo definir diretrizes para a utilização dos instrumentos
de ordenação territorial e de zoneamento de uso e ocupação do solo.
Consideram-se Macrozonas:

I – Macrozona Urbana Consolidada, formada pelo perímetro urbano


da sede municipal, onde concentra a maior população urbana do município
(fig.07).

21
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

S3

S1
S4

S2

Figura 07: Macrozona Urbana Consolidada.

22
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
II – Macrozona Urbana em Dinamização, formada pela previsão de
expansão do perímetro urbano do município de Canguçu, conforme figura 08.

Figura 08: Macrozona Urbana em Dinamização.


23
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

II – Macrozona Urbana de Uso Controlado, formada pelas localidades


na zona rural do município, consideradas com características urbanas pela
administração municipal: 1. Posto Branco, 2. Vila Campos, 3. Vila Lacerda, 4.
Vila Silva, 5. Vila Flor da Palma, 6. Nova Gonçalves, 7. Trapeira, 8. Coxilha dos
Piegas, 9. Vila Marques, 10. Glória, 11. Solidez, 12. Alto Alegre e Harmonia,
13. Florida e 14. Sanga Funda, conforme figura 09.

Figura 09: Macrozona Urbana de Uso Controlado.

24
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

IV – Macrozonas Rurais: Caracterizam-se por áreas aptas para atividades


agropecuárias e outras relacionadas ao setor primário, base principal da
economia do município, conforme figura 10. As Macrozonas Rurais dividem-se
em:

– Macrozona Rural de agricultura familiar;

– Macrozona Rural de pecuária familiar;

– Macrozona Rural de pecuária extensiva;

Figura 10: Macrozonas Rurais.

25
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MACROZONA RURAL DE AGRICULTURA

FAMILIAR MACROZONA RURAL DE

PECUÁRIA FAMILIAR

Macrozona Rural de Pecuária Extensiva

V – Macrozona Remanescente Quilombola: Corresponde à área territorial


rural, ocupada por grupo etnoraciais, remanescentes das comunidades de
quilombos. Nesta macrozona, os usos permitidos são o residencial, o turismo, a
agricultura familiar e outras atividades agropecuárias de baixo impacto
ambiental, respeitados os usos, costumes e tradições dos moradores,
preservando a cultura e promovendo políticas de apoio a sua preservação.

VI – Macrozona de incentivo ao turismo: Corresponde às áreas, que


possuem um potencial que deverá ser incentivado o uso residencial, o turismo,
o lazer, além de implantados novos equipamentos de hospedagem, comércio,
serviços e apoio ao turismo.

VI – Macrozona de Preservação Permanente: Corresponde às áreas de


preservação permanente definidas no Código Florestal Brasileiro.

26
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

4. SANEAMENTO PÚBLICO – DIAGNÓSTICOS SETORIAIS

4.1. Sistema de Esgotamento Sanitário

O município de Canguçu, na cota em que se situa, localiza-se dentro da


grande Bacia Hidrográfica Litorânea, para onde convergem os efluentes de
esgoto cloacal não tratados, afetando três municípios limítrofes ao sul e ao
sudeste, gerando um impacto regional.

4.1.1. Zona Urbana

O município dispõe de rede de esgoto sanitário, conforme mapa anexo


01, em praticamente toda a cidade, com uma extensão de aproximadamente 56
km, distribuídos em canos de concreto, de grés e cimento amianto, e duas
estações de tratamento de esgotos do tipo Reator Anaeróbio de Leito Fluidizado
(RALF), estas localizadas conforme figura 11.
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) 01 Vila Zezeco Pereira foi
projetada para a contribuição de 1.000 habitantes, segundo dados do ano de
2005 já havia contribuição de 1.560 hab. com vazão máxima de 200m³/dia.
Atualmente estima-se que mais de 4.000 habitantes contribuam para esta
estação.
A ETE 02 Vila Guido Otto, foi projetada para atender 500 habitantes, com
vazão máxima de 75m³/dia. Atualmente estima-se que mais de 1500 habitantes
contribuam para esta estação.

27
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ZEZECO

GUIDO OTTO

Figura 11: Localização das Estações de Tratamento de Esgoto


(ETE’s).

28
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Figura 12: Estação Tratamento de Esgoto Zezeco Pereira.

Figura 13: Estação Tratamento de Esgoto Guido Otto.

29
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

O tratamento se baseia nos seguintes passos: Caixa de entrada,


gradeamento, desarenador, poço de bombas, reator anaeróbio, filtro biológico,
desinfecção, compressores e leito de secagem.
A Lei Municipal Nº 1760/97 determina que as águas residenciais
provenientes das chuvas devam ser encaminhadas para as sarjetas e no caso
da impossibilidade, a solução adotada deverá ser regrada pelo Código Civil
Brasileiro. Observa-se que mesmo havendo lei que regulamente a
implementação e a fiscalização do sistema separador absoluto, existem muitas
residências ligando as suas redes pluviais nas redes de esgoto sanitário.
As redes de coleta de esgoto misto, cloacal/pluvial, em sua totalidade
são captadas pelos canais de drenagem pluvial ao longo dos Arroios do Curtume
e dos Borges, com exceção das redes que conduzem às estações de tratamento
de esgoto.
O Arroio do Curtume drena a maior parte da cidade de Canguçu e inicia
no prolongamento da Rua Firmina Moreira na zona leste da cidade, sendo que
a cota do terreno no início do arroio é de aproximadamente 410m. Após, o arroio
se estende pela Rua José Bonifácio até chegar na Rua Conselheiro Brusque
com cota do terreno de 380m, sendo este ponto muito próximo da represa da
Corsan. Próximo da Avenida Exército Nacional o Arroio do Curtume recebe o
efluente de outro arroio que inicia paralelamente e acima da Rua Fernando
Ferrari. A partir deste afluente, o Arroio do Curtume se desenvolve no sentido de
Leste para Oeste passando pela Rua 07 de Setembro (BR 392), se
desenvolvendo por mais 470m, até encontrar o Arroio dos Borges na região
Oeste da cidade com cota do terreno de aproximadamente 340m.
O Arroio dos Borges drena uma parte menor da cidade de Canguçu,
quando se compara com a área de drenagem do Arroio do Curtume. O Arroio
dos Borges inicia na Rua Dom Otaviano na zona Centro-Oeste da cidade,

30
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

sendo que a cota do terreno no início do arroio é de aproximadamente 382m.


Após, o arroio passa pelas ruas Cel. Genes Bento e 25 de Julho, passando pela
APAE, até chegar à BR-392 com cota do terreno de aproximadamente 355m,
onde o Arroio dos Borges recebe o efluente de outro arroio que inicia próximo da
Rua Manoel Pompilio da Fonseca e de uma canalização localizada em zona de
vale que nasce na Rua General Câmara e passa pela Rua Barão do Triunfo. A
partir destes afluentes, o Arroio dos Borges se desenvolve no sentido Sudoeste,
passando pelo Bairro Vila Fonseca, numa extensão de cerca de 1.600m até
encontrar o Arroio do Curtume.
Devido às características topográficas e urbanísticas de Canguçu, todas
as contribuições pluviais e sanitárias das Bacias dos Arroios dos Borges e Arroio
Curtume deságuam nestes arroios. Constata-se também a existência de muitas
residências construídas sobre as canalizações existentes nos arroios citados,
bem como construções que desrespeitam a faixa de domínio não edificável
estabelecida por lei.

4.1.1. Zona Rural

Na zona rural não há um diagnóstico a respeito da forma de tratamento


e disposição dos efluentes das residências, sendo tradicional o uso de
disposição final em sumidouro. Atualmente as residências que são construídas
através de projetos sociais oferecidas pelo Setor de Habitação da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo possuem sistema de disposição de
esgoto composto por fossa séptica e sumidouro, além de outras entidades que
produzem habitação rural como a CRENOR (Cooperativa …..) e a (ARPA)
Associação Regional de Pequenos Agricultores em várias localidades do
município e que também adotam os mesmos princípios de saneamento acima
citados.

31
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

4.2. Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

4.2.1. Zona Urbana

A limpeza urbana do município é realizada pela Secretaria Municipal de


Transporte, Trânsito e Obras Públicas. Mensalmente é gerada em média uma
quantidade de 364 toneladas de resíduos, que são armazenados na Estação de
Transbordo, sendo essa licenciada pela Fundação Estadual de Proteção
Ambiental Henrique Luiz Roessler – RS (FEPAM), conforme LO nº 2818/2011-
DL tendo como destino final o aterro sanitário licenciado na cidade de Minas do
Leão – RS. A antiga área de disposição de resíduos sólidos urbanos está
desativada e em fase de remediação.
O município conta com uma Central de Classificação e Seleção de
Resíduos Sólidos licenciada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Urbanismo LO Nº 0032/2010. Essa se localiza no Km 120 da BR 392, com as
coordenadas geográficas 31,392333 S e 52,698233 W.
A classificação e a seleção são realizadas por uma Cooperativa de
trabalhadores em resíduos sólidos recicláveis que mantém convênio com o
município. Essa segrega em média 15 toneladas de material reciclável por mês.
Os resíduos de saúde gerados pelos estabelecimentos que atuam nessa
área, tanto público ou privado, são recolhidos por empresas especializadas.

32
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Figura 14: Estação de Transbordo de Resíduos Sólidos


Urbanos em construção.

Figura 15: Área de disposição de resíduos sólidos em


remediação.

33
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Figura 16: Lagoas de estabilização para tratamento de


chorume.

Figura 17: Lagoas de estabilização concluídas.

34
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Figura 18: Drenos de gás instalados na área de disposição dos


resíduos.

Figura 19: Galpão de Triagem de Resíduos Sólidos Urbanos.

35
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Figura 20: Central de Seleção e Classificação de Resíduos Sólidos Urbanos.

4.2.2. Zona Rural

A coleta convencional (lixo orgânico e rejeito) é realizada pela Secretaria


de Transporte, Trânsito e Obras Públicas em apenas duas (2) Macrozonas
Urbana de Uso Controlado; sendo a Vila Campos e a Vila Lacerda realizada aos
sábados
A coleta de lixo reciclável é feita em toda a zona rural, em pontos
específicos, que incluem todas as escolas e Pontos de Entrega Voluntários,
(PEV´s), localizados em comércios e algumas propriedades. Acrescenta-se que
em alguns casos quando o munícipe possui grande quantidade de material
reciclável e não tem como encaminhar até um PEV´s, esse pode solicitar à
Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo através de agendamento telefônico
com intervalo de 40 dias para a coleta deste material nas propriedades que
fizeram a solicitação.

36
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

4.3. Abastecimentos de Água

4.3.1. Zona Urbana

Sistema de abastecimento de água potável da área urbana da cidade


de Canguçu é de responsabilidade da Companhia Estadual de Saneamento
(CORSAN), conforme contrato de concessão, celebrado em 20/10/1996 para um
período de 20 anos, sendo o seu vencimento em 20/10/2016.

4.3.1.1. Mananciais de abastecimento

O sistema de abastecimento da área urbana do município de Canguçu


tem como base, o suprimento por manancial de superfície através da barragem
(de reservação) da Olaria e da barragem do Arroio do Moinho. No Arroio do
Moinho, situado a 5Km da sede foi construída uma barragem de acumulação da
qual é recalcada água para a barragem da Olaria (situada no bairro Isabel) de
onde a água é novamente recalcada até o bloco hidráulico da Estação de
Tratamento de Água (ETA).
A CORSAN está desenvolvendo o projeto da ampliação do sistema de
armazenamento, adução e distribuição de água através do projeto de um
novobarramento no arroio Pantanoso e adutora de água até o bloco hidráulico
da ETA (adutora já existente).

Figura 21: Barragem da Olaria (Reservatório

37
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Figura 22: Barragem Arroio Moinho.

38
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

4.3.1.2. Adução

A adução de água bruta entre a barragem da Olaria e a Estação de


Tratamento de Água (ETA) é composta de tubulação em Ferro Fundido 966m
(FOFO) e Cimento Amianto 115 m (COAO), com diâmetros de 250 mm, e
extensão de 1081 m.
A adução de água bruta entre a barragem do Arroio Moinho e a barragem
da Olaria é composta de tubulação em FOFO (2.000m) e COAO (1.000m), com
diâmetros 200 mm, e extensão de 3.000m.

4.3.1.3. Estação de Tratamento

A CORSAN possui uma ETA, do tipo convencional, com capacidade de


tratar 2.419m³/dia com vazão de 28L/seg (atualmente tratamos em torno de
3.700 m³ de água por dia, operando atualmente com uma vazão operacional de
52 L/seg).
A água bruta ao entrar no bloco hidráulico passa por processo de
alcalinização, coagulação, floculação, decantação e filtração (quando necessária
também oxidação de manganês). Após a filtração é desinfectada e fluoretada
para ser recalcada para os reservatórios e distribuída.
O volume de água potável disponibilizado mensalmente gira em torno de

95.175 m3 e o volume de água potável utilizado está em torno de 66.614m 3, o


que resulta em um Índice de Perda na Distribuição (IPD) de aproximadamente
30,1% (mês de maio/2018: Volume Disponibilizado = +

4.3.1.4. Reservação

O sistema de armazenamento de água potável existente atualmente na


área urbana é composto por 05 reservatórios (R), totalizando um volume de
1.060m3, conforme descrição a seguir:

39
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Tabela 3: sistema de armazenamento de água potável


DENOMINAÇÃO VOLUME (m3) TIPO
R1 500 Enterrado
R2 250 Apoiado
R3 50 Elevado
R4 250 Elevado

– O R1 está localizado junto a Estação de Tratamento e recebe água


potável da ETA e abastece o R2, que abastece o R3 e a água de processo;
– O R4 é abastecido pela rede da rua Getúlio Vargas;
– O R5 localizado na rua Silva Tavares, serve para quebrar a
pressão da rede que abastece os bairros mais baixos da cidade;
– O R1 abastece a área central da cidade, parte dos bairros
Isabel e Vila Nova, além dos reservatórios R2 e R4.
– O R2 abastece parte do bairro Triângulo, bairro Prado e
parte dos bairros Isabel e Centro, além do R3;
– O R3 abastece a parte alta do bairro Triângulo;
– O R4 abastece o bairro Vila Nova e parte do bairro Isabel;

40
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Figura 23: Reservatório Vila Nova.

41
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Figura 24: Reservatório Vila Maneco Jorge.

Figura 25: Reservatório Bairro Triângulo.

42
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

4.3.1.5. Distribuição

O sistema de distribuição de água potável da área urbana conta com


aproximadamente 67.645m de rede, atendendo 8.321 economias, totalizando
um atendimento para aproximadamente 27.800 habitantes. Deste sistema de
distribuição, aproximadamente 15.500m de rede são de fibra de cimento em
péssimo estado de conservação ocasionando seguidamente vazamentos,
principalmente na área central da cidade.

4.3.2 Zona Rural

O fornecimento de água é através de cacimbas. Em todas as escolas


existem poço e reservatório, sendo fornecido pela Secretaria de Saúde
hipoclorito de sódio para desinfecção de verduras e legumes. Acrescenta-se que
é orientado pelo setor de Vigilância Epidemiológica o procedimento de duas
gotas para cada litro de água. Além disso, é realizada duas vezes ao ano a
limpeza dos reservatórios, sendo uma no início do ano e a outra na metade do
ano.
A coleta de água é realizada anualmente para análise física e
microbiológica no interior do município. Os parâmetros realizados são:
coliformes totais e fecais, acidez e turbidez. São realizados por mês dezoito
(18) amostras de coleta de água de cacimba escolhidos em pontos específicos
nas localidades da zona rural realizada pela Secretaria de Saúde, a fim de
atender a Portaria de Potabilidade 518/2004, que estão localizados:
Além desses pontos supracitados, sempre quando solicitado pelos
proprietários rurais é realizado a coleta de amostra de água de sua cacimba, de
forma gratuita, pela Secretaria de Saúde, que encaminha as mesmas para
análises físicas e microbiológicas no Laboratório Central do Estado (LACEN) no
município de Pelotas/RS.

58
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
4.4. Drenagem e Manejo de Águas Pluviais.

4.4.1. Zona Urbana

O sistema de microdrenagem pluvial de Canguçu, não possui mapa


específico e restringe-se à área de ruas pavimentadas da malha viária urbana,
possuindo rede exclusivamente pluvial restrita a pequena parte desta, ou seja,
nas pavimentações executadas a partir de 1995, e também em algumas ruas
não pavimentadas para evitar a erosão das mesmas.
Observa-se, principalmente na área central da cidade uma densidade de
construções com alta taxa de ocupação dos terrenos o que aliado à
pavimentação das ruas cria uma situação de grande impermeabilização do solo
o que gera inevitavelmente um escoamento superficial bastante elevado,
conforme anexo 02.
Este sistema, embora precário, ainda atende a um escoamento
basicamente superficial, o qual funciona em função das grandes declividades,
observando-se, porém deficiências pontuais em regiões de vale, conforme anexo
03.
Estas regiões se caracterizam por sua localização em vales que formam,
como que “bases de calhas”, onde existe grande densidade de áreas construídas
e consolidadas, cujas áreas, em situações de chuvas muito intensas, têm sofrido
situações de alagamento de residências, como também retorno de esgoto para
dentro das mesmas, por ação da incidência conjunta de esgoto cloacal e pluvial.
Mesmo havendo lei que regulamente a implementação e a fiscalização
do sistema separador absoluto, existem muitas residências ligando
clandestinamente as suas redes pluviais nas redes de esgoto sanitário, conforme
já citado.
Estas redes de coleta de esgoto unitário (cloacal/pluvial), em sua
totalidade são captadas tendo como destino final os canais naturais de drenagem
pluvial compostos pelos Arroios do Curtume e dos Borges, como também nas
citadas regiões de vale onde existem recursos hídricos como

59
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
banhados, córregos e também outras redes unitárias afluindo para os arroios
citados.

Existem diversas galerias fechadas, localizadas em algumas áreas de


vale, construídas há décadas com características unitárias (pluvial/cloacal) e que
tem demonstrado deterioração e sub-dimensionamento, em função do
crescimento urbano e da impermeabilização do solo. Sobre essas, existe alto
índice de ocupação com construções, inviabilizando a separação dos esgotos
cloacal/pluvial sem uma demolição/desapropriação dessas áreas, cujo custo se
torna economicamente inviável, para tanto, a solução seria o desvio das
canalizações independentes, pelas ruas adjacentes a esses vales.
O fechamento superior de galerias de grande porte sobre os arroios e
em alguns vales, tem demonstrado, na prática, impossibilidade de manutenção,
ampliação e/ou otimização do sistema. Está provado pela experiência que o
fechamento superior de canalizações de cursos d’água não é uma solução
tecnicamente viável, tanto no âmbito de obras civis como no âmbito da saúde e
meio ambiente, além da prática de construções clandestinas sobre as mesmas.
É do senso comum associar os arroios e outros cursos d’água a uma situação
de simples corpo receptor de esgotos, com todas as consequências nocivas à
saúde e ao meio ambiente, porque todos os efluentes, ainda hoje, são
despejados diretamente nos referidos cursos sem nenhuma solução de
separação.

4.4.2. Zona Rural


Atualmente o sistema de drenagem do interior do município é
regulamentado pelo Código de Obras, sendo utilizados pontilhões, pontes,
desaguadouros, sarjetas e bueiros.

60
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

5. DEFINIÇÃO DAS INTERVENÇÕES A CURTO, MEDIO E LONGO PRAZO

As intervenções indicadas no Plano Municipal de Saneamento Básico


(PMSB), deverão ser projetadas para um horizonte de até 20 anos, sendo
revisado periodicamente no prazo máximo de 04 anos, com as metas a seguir:
- Curto prazo: até 5 anos;
- Médio prazo: entre 5 e 10 anos;
- Longo prazo entre 10 e 20 anos.
Os prazos supramencionado serão adotados para todos os serviços
públicos de saneamento básico.

5.1 Sistema de esgotamento sanitário

5.1.1 Zona Urbana

As intervenções recomendadas para o sistema de esgoto sanitário serão


a implantação de um sistema completo de coleta com separador absoluto,
tratamento dos esgotos e disposição final do efluente tratado.
Diante do exposto, segue plano de metas:

61
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

SISTEMA DE CURTO PRAZO MÉDIO LONGO


ESGOTAMENTO EXISTENTE PRAZO PRAZO
SANITÁRIO

Sistema separador absoluto 4% 20% 50% 70%

Sistema individual conforme


instruções da NBR7229-
1993 indeterminado 100% 100% 100%
em locais onde a topografia
justifique ou em situação
consolidada (1)
Elaboração de um projeto 0% 25% 50% 100%
executivo do sistema de
esgotamento sanitário da
área urbana que contemple
os levantamentos plani-
altimétrico, social, ambiental
e cadastral, de todos os
imóveis adjacentes aos
arroios e vales, com estudo
de caso a caso,
cientificando os
proprietários dos locais
afetados sobre a aplicação
das soluções cloacal e
pluvial do conjunto do
sistema, como também de
sua situação particular;

62
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Instalação de rede interceptora 0% 10% 50% 100%
às margens dos arroios e
cursos d’água nas regiões de
vale, conforme anexo 04.

Construção de Estações de
Tratamento de Esgoto. 10% 30% 70% 100%

Manutenção das Estações de


Tratamento de Esgoto. 10% 100% 100% 100%
Substituição das redes unitária 0,5% 10% 50% 100%
existentes, com diversos
materiais, por uma rede
separadora absoluta
constituida por canalização de
PVC específica, conforme
normas técnicas, cuja
implantação deverá ser
executado conforme projeto.

Fiscalização das construções 100% 100% 100% 100%


para que não sejam ligadas as
águas pluviais às redes de
esgoto sanitário.

Fiscalização da implantação de 100% 100% 100% 100%


sistema de coleta tratamento
de esgoto individual ou
coletivo;(2).

63
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Implantação de Programas 0% 100% 100% 100%


de Educação
Socioambiental
concomitante com a
execução das obras;
manter permanentemente
orientação a população
quanto a necessidade do
uso correto da rede coletara
de esgoto e manutenção
dos sistemas de fossa e
filtro aneróbico.
Manter programa
permanente de orientação
técnico urbanístico acerca
dos métodos construtivos,
dimensionamentos, 0% 100% 100% 100%
operação e manutenção
dos sistemas individuais de
tratamento.
Exigir a implantação de
caixas de visita na calçada
ou na área referente à
calçada, com a finalidade
de prevenir acidentes 0% 100% 100% 100%
envolvendo obstrução da
rede e eventual retorno de
esgotos às construções. (3)
Criação e Implantação de
taxa específica para custear
os sistemas de tratamento 0% 100% 100% 100%
de esgoto, através de lei
Complementar
– Para os empreendimentos onde o nível do terreno não permite o lançamento na
rede pública canalizada. Fica proibido o lançamento de esgotos em águas superficiais
sem prévia autorização do órgão ambiental competente.
– Para novos empreendimentos (loteamentos, condomínios, construções
e desmembramentos).

64
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
5.1.2 Zona Rural

SISTEMA DE CURTO MÉDIO LONGO


ESGOTAMENTO EXISTENTE PRAZO PRAZO PRAZO
SANITÁRIO

Sistema individual conforme


instruções da NBR7229-1993 Indeterminado 30% 50% 100%

Elaboração de um projeto 0% 100% 100% 100%


executivo do sistema de
esgotamento sanitário para as
Macrozonas Urbanas de Uso
Controlado e para zona rural
que contemple o
levantamento do número de
propriedades com residência
e seu respectivo sistema de
disposição final do esgoto
doméstico. O projeto deverá
propor a forma adequada de
intervenções que atendam a
legislação vigente no que se
refere a disposição de
esgotos domésticos.

5.2 Limpeza e manejo de resíduos sólidos

As intervenções básicas de limpeza urbana estão relacionadas com a


coleta, armazenamento, triagem e destinação final dos resíduos sólidos.

65
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
5.2.1 Zona Urbana

LIMPEZA E MANEJO DE CURTO MÉDIO LONGO


RESÍDUOS EXISTENTE PRAZO PRAZO PRAZO
SÓLIDOS

Implantar a Central de 0% 50% 70% 100%


Compostagem.
Verificar e fiscalizar a eficiência 0% 100% 100% 100%
do Funcionamento da central
compostagem
Implantar integralmente o 100% 100% 100% 100%
sistema de coleta
seletiva.
Intensificar o processo de 50% 70% 80% 00%
remediação da antiga área de
disposição dos resíduos
sólidos urbanos (RSU).
Incentivar e intensificar a coleta 20% 50% 70% 100%
dos diversos tipos de óleos
usados (óleo cozinha/ óleo
lubrificante)
Manter o sistema de coleta de
resíduos dos serviços de saúde
(RSS), prestados pelo 100% 100% 100% 100%
Município.
Fiscalizar o sistema de coleta e 100% 100% 100% 100%
destinação final do material
oriundo de empreendimentos
que geram de resíduos de
serviços de saúde
(RSS).

66
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Manter e ampliar programa de 50% 80% 90% 100%


educação ambiental visando à
conscientização da população
em relação à correta
destinação dos resíduossólidos
urbanos (RSU).
Verificar e fiscalizar a eficiência 100% 100% 100% 100%
do
funcionamento da Central de
Classificação e Seleção de
Resíduos
Sólidos.
Elaborar o Plano 100% 100% 100% 100%
Municipal
de
Gerenciamento de
Resíduos Sólidos.
Fomentar a cadeia logística 50% 60% 80% 100%
reversa dos resíduos em
consonância com a Lei n°
12.305/2010, que
institui a Política Nacional dos
Resíduos Sólidos (atualmente
pilhas, eletro-eletrônicos e
baterias), mediante lei
municipal complementar na
renovação dos alvarás das
atividades
comerciais

Atender plenamente todos os 40% 60% 80% 100%


dispositivos mencionados na
Lei n° 12.305/2010, que institui
a Política Nacional dos
Resíduos Sólidos.
Criação e Implantação de taxa 0% 50% 75% 100%
específica para custear a
coleta, transporte e disposição
dos resíduos sólidos, através
de lei municipal
complementar

67
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

5.2.2 Zona Rural

LIMPEZA E MANEJO CURTO MÉDIO LONGO


DE RESÍDUOS SÓLIDOS EXISTENTE PRAZO PRAZO PRAZO

Ampliação e Manutenção do 50% 70% 90% 100%


sistema de coleta de resíduos
sólidos domésticos nas
Macrozonas Urbanas de Uso
Controlado e da
zona rural.

Manutenção do sistemas de 70% 80% 90% 100%


coleta seletiva nas Macrozonas
Urbanas de Uso Controlado e da
zona rural, e a Ampliação
mediante a coleta por meio do
aproveitamento de caminhões
públicos que retornam vazios à
área urbana.
Manter e ampliar programa de 80% 90% 100% 100%
educação ambiental visando à
conscientização da população
em relação à correta destinação
dos resíduos sólidos
Domésticos

Implantação de um programa de 0% 60% 80% 100%


educação socioambiental para
Incentivar a coleta dos diferentes
tipos de óleos
usados.

Fomentar a cadeia logística 50% 60% 80% 100%


reversa dos resíduos em
consonância com a Lei n°
12.305/2010, que
institui a Política Nacional dos
Resíduos
Sólidos.

68
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

5.3 Zona Urbana

As intervenções pretendidas na área de abastecimento de água deverão


ser articuladas junto a Empresa ou Concessionária prestadora do serviço de
abastecimento de água para o Município e deverão ser compatibilizadas com o
seu plano de ação para o município, enquanto a mesma possuir a concessão do
serviço.

5.3.1 Zona Urbana

ABASTECIMENTO EXISTENTE CURTO MÉDIO LONGO


DE ÁGUA PRAZO PRAZO PRAZO

Substituição dos 15000m 22% 40% 70% 100%


de canos de cimento
amianto por PVC, com
redimensionamento
, de acordo com definição
prévia das
áreas prioritárias.
Implantação das Redes 0% 30% 75% 100%
nos dois lados da rua para
evitar intervenções na
pavimentação
existente(1).
Colocação de ramais em 0% 30% 75% 100%
espera e não conectados
às redes para evitar
vazamentos e gerar
manutenção
Realização de limpezas 100% 100% 100% 100%
periódicas nos
reservatórios
fechados e abertos.

Implantação do sistema 0% 50% 70% 100%


de tratamento do lodo
oriundo do sistema de
tratamento de água
(terreno
adquirido ).

69
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Fiscalização pelo órgão 100% 100% 100% 100%


municipal competente, no
Sistema de
Abastecimento de
Água (SAA)(2).
Apresentação de relatório 100% 100% 100% 100%
semestral, à Prefeitura
Municipal, elaborado pela
Companhia prestadora do
serviço, durante a
vigência de seu contrato,
com indicativos dos
serviços prestados, bem
como das condições da
água
abastecida.
Fiscalização da 100% 100% 100% 100%
implantação de redes de
abastecimentos em
novos loteamentos.
Construção de nova 10% 30% 50% 100%
represa de
captação de água.
Realização de 10% 100% 100% 100%
análises da amostra de
água coletada em pontos
de rede de distribuição
existente, conforme
determinar a legislação
vigente, sendo que os
resultados continuarão a
serem impressos nas
faturas das contas de
água entregues à
população.
Programa de educação 78% 83% 90% 100%
socioambiental: Visando
incentivar o uso racional
do consumo de água com
qualidade
Implantação de um 20% 40% 70% 100%
programa de manutenção
preventiva e corretiva dos
sistemas, tanto de água
bruta quanto nos de água
tratada, com plano de
contenção de
emergências definidos e
com equipamentos

70
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Programa de educação 10% 100% 100% 100%


socioambiental: Visando
incentivar o uso racional
do consumo de água
com qualidade.
Implantação de um
programa de manutenção
preventiva e corretiva dos
sistemas, tanto de água
bruta quanto nos de água
tratada, com plano de
contenção de
emergências definidos e
com equipamentos
disponíveis(4). 78% 83% 90% 100%

Efetivação de programas 20% 40% 70% 100%


de recuperação das
matas ciliares em áreas de
preservação
permanente.

71
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Programa de revitalização 40% 80% 90% 100%


das estruturas do SAA do
município, mantendo as
unidades componentes
destes sistemas sempre
em boas condições de
septicidade e estéticas,
tais como as edificações
das estações de
tratamento de água, os
reservatórios de água
tratada, estações
elevatórias, sistemas de
contenção, etc.
Ampliação e 50% 70% 90% 100%
modernização das
unidades do sistema de
abastecimento para
atender a
população do município,
de acordo com as
projeções previstas,
considerando alternativas
tecnológicas que
garantam o
abastecimento de água
tratada (qualitativamente
e quantitativamente) a ser
distribuída.
Inclui-se, também, a
implantação do sistema
de abastecimento para as
zonas rurais do
município.
– Para os novos empreendimentos (loteamentos, condomínios, desmembramentos).
– Condições estruturais das unidades de tratamento, averiguação da planilha de análises do
parâmetros físico-químicos e bacteriológicos, verificação do prazo de validade e das condições
de armazenamento do produtos químicos utilizados na ETA, etc.
– Pelo Prestador do serviço de abastecimento de água e pelo Órgão Municipal Competente.
– Programa constante de redução de perdas no sistema de abastecimento de água; Instalação
de medidas e controladores de pressão em pontos estratégicos no sistema; equipe permanente
responsável pelo monitoramento de ações em prol da redução das perdas, estabelecendo
metas definidas a serem alcançadas a cada período;
– No entorno dos mananciais do município, principalmente nas bacias de
captação da água para Estação de Tratamento (ETA), de acordo com a legislação pertinente.

72
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

5.3.2 Zona Rural

ABASTECIMENTO DE CURTO MÉDIO LONGO


ÁGUA EXISTENTE PRAZO
PRAZO PRAZO
Implantação de sistemas 0% 50% 85% 100%
de abastecimento de
água potável nas
Macrozonas Urbanas de
Uso
Controlado.
Implantação de 0% 100% 100% 100%
Programa de Educação
Sócioambiental de uso
racional da água,
manutenção de
reservatórios de água
(cacimbas, sisternas,
caixas d’água, etc.)
preservação das
nascentes e rede
hidrográfica do
município.
Realização de análises 100% 100% 100% 100%
de amostras de água
coletadas em pontos por
amostragem, para
verificação das
condições de qualidade
da água
e dos reservatórios, feitas
pelo órgão municipal
competente.

73
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

5.4 Drenagem e Manejo de Águas Pluviais

5.4.1 Drenagem e Manejo de Águas Pluviais

As intervenções recomendadas para o sistema de drenagem e manejo


das águas pluviais serão a implantação de um sistema de redes que separe
totalmente as águas pluviais do esgoto cloacal e que tenha capacidade de
atender plenamente ao escoamento com projeção de longo prazo, bem como
aplicação de soluções emergenciais no curto prazo, sendo vedado o uso de
galerias fechadas a não ser em leitos de rua e casos excepcionais.

DRENAGEM E MANEJO DE CURTO MÉDIO LONGO


EXISTENTE
ÁGUAS PLUVIAIS PRAZO PRAZO PRAZO
Inserir no Código de Obras e/ou Plano
Diretor, índices de ocupação de solo 0% 100% 100% 100%
que limitem a sua
impermeabilização.
Inserir no Código de Obras e/ou Plano
Diretor, execução de um sistema de 0% 100% 100% 100%
captação e armazenamento de águas
pluviais em cisternas, para utilização
não potável, obrigatoriamente em
imóveis com área de cobertura de
telhado acima de 100m 2 e
recomendável para os
demais(1).
Realizar um mapeamento Indetermina 100% 100% 100%
das redes de águas pluviais existentes do

74
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Projeto e execução de redes, novas e
independentes, para o escoamento
pluvial, executada pelo eixo das ruas,
com o possível aproveitamento das
caixas
coletoras da rede existente. 0% 15% 30% 60%
No arroios, e seus afluentes, onde
sejam instaladas redes interceptoras de
esgoto cloacal, deverão ser
executadas, com material e
dimensionamento tecnicamente
adequados, obras de proteção nas
margens, e onde necessário também
no leito, para prevenção de erosão,
retificação do curso, como também a
delimitação de faixa non edificandi para
instalação e manutenção das redes
pelo poder 0% 5% 20% 40%
público.

Execução de novas galerias pluviais em 0,5% 5% 20% 40%


conjunto com redes cloacais, para desvio
das galerias existentes construídas há
décadas, a serem implantadas nas ruas
adjacentes a vales com alto índice de
ocupação com
construções,promovendo solução
independente mas conjunta com as redes
cloacais.

75
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

5.4.2 Zona Rural

DRENAGEM E MANEJO DE CURTO MÉDIO LONGO


EXISTENTE
ÁGUAS PLUVIAIS PRAZO PRAZO PRAZO
Ampliar e manter os sistemas de
drenagem utilizados na zona rural
(pontilhões, pontes,
desaguadouros, 100% 100% 100% 100%
sarjetas e bueiros).
Programa de educação
sócio-ambiental que oriente a
construção de cisternas para uso da
água de captação de 0% 100% 100% 100%
telhados/coberturas.
Programa sócio-ambiental que
oriente e execute a construção de
micro-açudes para
aproveitamento do escoamento
de água de desaguadouros para
reservação e controle de 0% 100% 100% 100%
erosão.

76
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

6. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

O planejamento das ações necessárias à consecução deste Plano


Municipal de Saneamento deverá articular-se no sentido de:
Criar um Comitê Gestor das Politicas Públicas Municipais de
Saneamento Básico formado por gestores e técnicos da Prefeitura, criado por
portaria municipal, que em conjunto com o Conselho Municipal de Proteção ao
Meio Ambiente (COPAM), acompanhe e elabore relatório semestral que aponte
o andamento das ações previstas no PMSB, bem como coordene a revisão das
intervenções propostas e sugira alterações no Plano Municipal de Saneamento
Básico conforme o prazo máximo estipulado no item 1, parte 2, deste plano,
proporcionando a ampla publicidade e participação social
Promover as ações descritas no item das intervenções a curto, médio e
longo prazo, que deverão nortear o planejamento estratégico do executivo
municipal e suas relações com outras entidades públicas e privadas, com órgãos
de outras esferas administrativas, como também servir de regramento do plano
plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e respetivos orçamentos, prevendo as
dotações necessárias para o cumprimento das metas contidas neste plano.
Criação por lei de um Fundo Municipal de Saneamento Básico (FMSB),
que será gerenciado pelo Comitê Gestor das Políticas Públicas Municipais de
Saneamento Básico, para ser aplicado em ações de preservação, conservação
e educação sócio-ambiental. Os recursos serão provenientes de parte das taxas
cobradas pelos serviços de tratamento de água, esgoto e resíduos sólidos, tendo
como aliquota de 5% do total arrecadado mensalmente pelos serviços prestados

77
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

7. AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

O presente Plano de Saneamento tem como principal objetivo


estabelecer diretrizes e metas para que toda população do município tenha
acesso aos serviços básicos de saneamento que são: abastecimento de água,
esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem
de águas pluviais, atendendo as disposições da Lei Federal n° 11.445/2007.
Situações emergenciais podem ocorrer durante a execução das ações
previstas no PMSB, estas podem ocorrer em função de oscilações climáticas
(altos índices de precipitação e um curto espaço de tempo, secas prolongadas e
temporais), quebra de equipamentos, greves, entre outras.
As ações para atender estas situações deverão preferencialmente ser
articuladas em conjunto pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil
(COMDEC), Conselho Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (COMPAM) a
entidade responsável pelo bastecimento de água e tratamento de esgoto e o
Gestor Municipal.

78
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

REFERÊNCIAS

BENTO, Cláudio Moreira – CANGUÇU Reencontro com a História (Um exemplo


de reconstituição de memória comunitária). Barra Mansa - RJ,
ACANDHIS/Gráfica e Editora Irmãos Drumond Ltda, 2007. 2ª edição.

DECRETO Nº 7.675/2018 – Nomeia membros para elaboração do Plano


Municipal de Saneamento básico no município de Canguçu

GEOGRAFIA E ATUALIDADES – O inicio da fomarção da America do Sul


(Philipp et al., 2016).

LEI FEDERAL Nº 11.445, de 5 de Janeiro de 2007. Estabelece Diretrizes


Nacionais para o Saneamento Básico, 19p.

MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2006. Guia para Elaboração de Planos Municipais


de Saneamento, 152p.

, 2005. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA


DA SAÚDE, OPAS. Política e Plano Municipal de Saneamento Ambiental,
Experiências e Recomendações, 89p.

PHILIPP, Ruy Paulo; PIMENTEL, Marcio Martins; CHEMALE JR, Farid. Tectonic
evolution of the Dom Feliciano Belt in Southern Brazil: Geological relationships
and U-Pb geochronology. Brazilian Journal of Geology, São Paulo, v. 46, p. 83-
104, jun. 2016.
Disponível em: Acesso em: 05 Set. 2018. doi: http://dx.doi.org/10.1590/2317-
4889201620150016.

SUITES GRANITICAS DO BATOLITO PELOTAS NO RIO GRANDE


DO SUL – Petrigrafia, Tectonica, e Aspectos Petrogenéticos (Philipp et al.,
2016).

79
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ANEXOS
ANEXO 01 – Mapa de Rede Cloacal e Estações de Tratamento de
Esgoto Cloacal Existentes.

7890
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ANEXO 02 – Mapa das Ruas Pavimentadas.
79

81
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ANEXO 03 – Mapa das Zonas de Vale em Áreas Consolidadas.

82
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ANEXO 04 – Mapa da Rede de Interceptores Cloacais.

83
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ANEXO 05 – Decreto n° 7.675/2018 que institui o Comite de


Coordenação e Elaboração do Plano Municipal de Saneamento
Básico do Municipio de Canguçu/RS.

84
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ANEXO 06 – Convite para Audiência Pública Municipal de Revisão do


Plano de Saneamento Básico.

85
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ANEXO 07 – Lista de entrega de convites para Audiência Pública da


Revisão do Plano de Saneamento Básico Municipal.

86
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

87
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ANEXO 08 – Lista de Presença da Audiência Pública 14-09-2018.

88
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ANEXO 09 – Ata da Audiência Pública 14-09-2018.

89
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ANEXO 10 – Decreto que Institui Cômite de Coordenação e


Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município.

90
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ANEXO 11 – Foto, audiência pública 14/09/2018.

ANEXO 12 – Foto, Audiência Pública 14/09/2018.

91
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ANEXO 13 – Foto, Audiência Pública 14/09/2018.

ANEXO 14 – Foto, Audiência Pública 14/09/2018.

92
PREFEITURA MUNICIPAL DE CANGUÇU
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ANEXO 15 – Foto, Audiência Pública 14/09/2018.

93

Você também pode gostar