Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

PMSB Glorinha (1)

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 314

GLORINHA

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Revisão 0
Setembro/2014
Prefeitura Municipal de Glorinha - RS

Prefeito Municipal - Renato Raupp Ribeiro

Presidente - Prefeito de São Leopoldo - Aníbal Moacir da Silva

Vice-Presidente - Prefeita de Sapiranga - Corinha Molling

Diretor Geral - Prefeito de Campo Bom - Faisal Mothci Karam

Diretor Financeiro - Prefeita de Portão - Maria Odete Rigon

Diretora Executiva - Viviane da Silva Diogo

Equipe técnica

Coordenação Geral - Deisy Maria Andrade Batista

Cecy Glória Oliveira

Clóvis Souza

Mário Saffer

Otávio José Sousa Pereira

Ricardo Angelo Dal Farra


GLORINHA

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO

Revisão 0
Setembro/2014
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
2 OBJETIVOS E DIRETRIZES GERAIS ADOTADAS ......................................................... 3
3 METODOLOGIA UTILIZADA NA REALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ............................. 5
4 CARACTERIZAÇÃO DA BACIA DO RIO DOS SINOS .................................................... 8
5 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO............................................................................. 11
6 CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE ............................................................................. 13
7 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO ...................................................... 15
7.1 ASPECTOS LEGAIS, POLÍTICOS, INSTITUCIONAIS E DE GESTÃO DOS
SERVIÇOS ........................................................................................................................ 15
7.2 PLANEJAMENTO .................................................................................................... 16
7.3 REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO ............................................................................. 16
7.4 PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL ................................................................. 17
7.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM PROJETOS E AÇÕES DE SANEAMENTO BÁSICO18
8 SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO.......................................................... 22
8.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO .............................. 22
8.1.1 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS.................................................................... 22
8.1.2 SISTEMA EXISTENTE E SITUAÇÃO ATUAL – ÁGUA................................. 22
8.1.3 SISTEMA EXISTENTE E SITUAÇÃO ATUAL – ESGOTO ........................... 26
8.1.4 CARÊNCIAS DE INFRAESTRUTURA DE ÁGUA E ESGOTO
IDENTIFICADAS NO PHLIS .............................................................................................. 26
8.2 DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS ................................................... 28
8.2.1 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS.................................................................... 28
8.2.2 SISTEMA EXISTENTE E SITUAÇÃO ATUAL .............................................. 28
8.3 LIMPEZA URBANA E RESÍDUOS SÓLIDOS........................................................... 34
8.3.1 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS.................................................................... 34
8.3.2 SISTEMA EXISTENTE E SITUAÇÃO ATUAL .............................................. 34
9 IMPACTOS NA SAÚDE, NA CIDADANIA E NOS RECURSOS NATURAIS .................. 39
10 GLOSSÁRIO................................................................................................................... 46
11 SIGLAS........................................................................................................................... 58
ANEXOS ............................................................................................................................. 60
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

1 INTRODUÇÃO

O presente documento é objeto do contrato nº 06/2012 firmado entre o Consórcio Público de


Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos e a Concremat Engenharia e
Tecnologia S/A cujo objeto é a Elaboração dos Planos Municipais e Regional de
Saneamento Básico dos Municípios do Consórcio Pró-Sinos.

O trabalho teve início efetivo em 02 de agosto de 2012, conforme Ordem de Serviço nº


003/2012, sendo o prazo inicial de execução de 547 dias – até 31 de janeiro de 2014. Esse
prazo foi aditado por mais 210 dias – até 29 de agosto de 2014.

Dos 26 municípios integrantes do Consórcio Pró-Sinos, 23 municípios elaboraram os seus


Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSBs) através deste contrato: Araricá,
Cachoeirinha, Campo Bom, Canela, Caraá, Glorinha, Estância Velha, Esteio, Gramado,
Igrejinha, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Riozinho, Rolante,
Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do
Sul e Três Coroas.

O Plano Regional de Saneamento Básico (PRSB) abrange, além desses 23 municípios, os


demais municípios do Consórcio Pró-Sinos – Canoas, Dois Irmãos e Taquara, cujos planos
municipais foram elaborados em separado.

Os serviços inserem-se no contexto da Lei nº 11.445/07 que estabelece as diretrizes


nacionais para o saneamento básico e para a Política Federal de Saneamento Básico. Os
serviços também são balizados pelo Decreto nº 7.217/2010, que regulamenta a referida Lei,
bem como pelo Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001) que define o acesso aos serviços
de saneamento básico como um dos componentes do direito à cidade.

Observa-se que durante o desenvolvimento deste PMSB foi aprovado o Decreto nº 8.211 de
21/03/2014 que altera o Decreto nº 7.217/2010, no que toca ao acesso a recursos
destinados a serviços de saneamento básico.

A Política e o Plano, instituídos pela Lei nº 11.445/2007, são os instrumentos centrais da


gestão dos serviços. Conforme esse dispositivo, o Plano de Saneamento estabelece as
condições para a prestação dos serviços de saneamento básico, definindo objetivos e metas
para a universalização, assim como programas, projetos e ações necessários para alcançá-
la.

Como atribuições indelegáveis do titular dos serviços, a Política e o Plano devem ser
elaborados com participação social, por meio de mecanismos e procedimentos que
garantam à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos
de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços
públicos de saneamento básico.

De acordo com o Termo de Referência, o trabalho foi dividido em seis etapas com seus
respectivos produtos:

Etapa 1: Plano de mobilização social.


Etapa 2: Diagnóstico da situação do saneamento básico e de seus impactos nas
condições de vida da população.
Etapa 3: Prognósticos e alternativas para a universalização dos serviços de
saneamento básico. Objetivos e metas.
Etapa 4: Concepção dos programas, projetos e ações necessárias. Ações para
emergências e contingências.

1
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Etapa 5: Mecanismos e procedimentos para o monitoramento e avaliação sistemática


das ações programadas.
Etapa 6: Relatório final dos planos municipais e regional de saneamento básico.

Ainda, em atendimento ao Termo de Referência, a etapa do diagnóstico compreende o


desenvolvimento de 12 subprodutos até a consolidação do Produto 2, como segue:

Subproduto 2.1: Coleta de dados.


Subproduto 2.2: Caracterização geral.
Subproduto 2.3: Situação institucional.
Subproduto 2.4: Situação econômico-financeira.
Subproduto 2.5: Situação dos serviços de abastecimento de água potável.
Subproduto 2.6: Situação dos serviços de esgotamento sanitário.
Subproduto 2.7: Situação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos.
Subproduto 2.8: Situação dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais.
Subproduto 2.9: Situação do desenvolvimento urbano.
Subproduto 2.10: Situação da habitação.
Subproduto 2.11: Situação ambiental e dos recursos hídricos.
Subproduto 2.12: Situação da saúde.

Este relatório contempla o Produto 2 no qual são consolidadas as informações dos


subprodutos da etapa do “Diagnóstico da situação do saneamento básico e de seus
impactos nas condições de vida da população”.

É muito importante observar que no decorrer do período de pouco mais de dois anos de
elaboração dos planos, algumas informações obtidas na etapa inicial de coleta de dados
ficaram defasadas por motivos diversos como: novas publicações de dados oficiais (SNIS,
IDH, legislações municipais, ...); novos contratos firmados tanto pelas prefeituras como
pelos prestadores de serviços; obras iniciadas ou concluídas; entre outros.

Ressalta-se que uma das características da elaboração dos planos de saneamento,


especialmente do primeiro, é reunir dados e informações que se encontram dispersas em
várias fontes e locais, inclusive dentro das próprias prefeituras, resultando no primeiro passo
para a montagem de um banco de dados e informações.

Como o PMSB deverá sofrer atualizações sistemáticas, não coube a este atualizar todas as
informações novamente, mas apenas sistematizar aquelas pertinentes à elaboração das
propostas para os próximos 20 anos. Assim, também de acordo com o Termo de
Referência, foi elaborado este Relatório do Diagnóstico (sistematizado) que passa a
integrar o PMSB de Glorinha juntamente com o relatório da Etapa 6 e que reúne as
Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico.

Este produto reflete o panorama obtido a partir dos elementos disponibilizados e reuniões
realizadas com a equipe de acompanhamento por parte do município na época de sua
elaboração. A partir desta base inicial é sugerido que os municípios mantenham o banco de
dados atualizado a cada informação gerada, o que será fundamental para a aplicação dos
indicadores de avaliação do andamento do PMSB e que serão elementos importantes para
as atualizações e revisões das metas previstas para serem realizadas a cada quatro anos.

2
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

2 OBJETIVOS E DIRETRIZES GERAIS ADOTADAS

Os planos de saneamento devem abranger todo o território (urbano e rural) dos municípios e
contemplar os quatro componentes do saneamento básico, que compreende o conjunto de
serviços, infraestruturas e instalações operacionais de:

• Abastecimento de água: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações


necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as
ligações prediais e respectivos instrumentos de medição.
• Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações
operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos
sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente.
• Limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento
e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros
e vias públicas.
• Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de
transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias,
tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.

De acordo com o Artigo 19 da Lei nº 11.445/2007, a prestação de serviços públicos de


saneamento básico observará plano, que poderá ser específico para cada serviço, o qual
abrangerá, no mínimo:

I - diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de


indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as
causas das deficiências detectadas;
II - objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas
soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos
setoriais;
III - programas, projetos e ações necessários para atingir os objetivos e as metas, de modo
compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais
correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento;
IV - ações para emergências e contingências;
V - mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das
ações programadas.
§ 1º Os planos de saneamento básico serão editados pelos titulares, podendo ser
elaborados com base em estudos fornecidos pelos prestadores de cada serviço.
§ 2º A consolidação e compatibilização dos planos específicos de cada serviço serão
efetuadas pelos respectivos titulares.
§ 3º Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias
hidrográficas em que estiverem inseridos.
§ 4º Os planos de saneamento básico serão revistos periodicamente, em prazo não superior
a 4 (quatro) anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual.
§ 5º Será assegurada ampla divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e
dos estudos que as fundamentem, inclusive com a realização de audiências ou consultas
públicas.
§ 6º A delegação de serviço de saneamento básico não dispensa o cumprimento pelo
prestador do respectivo plano de saneamento básico em vigor à época da delegação.
§ 7º Quando envolverem serviços regionalizados, os planos de saneamento básico devem
ser editados em conformidade com o estabelecido no art. 14 desta Lei.

3
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

§ 8º Exceto quando regional, o plano de saneamento básico deverá englobar integralmente


o território do ente da Federação que o elaborou.
Ainda no Capítulo IV “Do Planejamento”:

Parágrafo único. Incumbe à entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços a verificação


do cumprimento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de serviços, na forma
das disposições legais, regulamentares e contratuais.

4
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

3 METODOLOGIA UTILIZADA NA REALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO

Os serviços foram estruturados em seis etapas com os respectivos produtos. Da etapa 6


resultam os relatórios dos planos municipais e regional de saneamento básico que
incorporam o detalhamento dos produtos 1 a 5.

O cronograma das etapas de desenvolvimento dos serviços teve que ser ajustado em
decorrência do processo das eleições municipais de 2012 que acarretou mudanças na
maioria das gestões dos municípios envolvidos. A designação dos interlocutores de cada
município para acompanhamento da elaboração dos respectivos planos municipais de
saneamento demandou bastante tempo, pois dependia de adequação das equipes
administrativas e técnicas promovidas pelos novos gestores.

Logo após a assinatura do contrato, além de reuniões na Câmara Técnica de Saneamento -


CTS Pró-Sinos, foram realizadas as Oficinas de Capacitação para os Planos de
Saneamento – dia 12 de setembro de 2012, em Taquara, para os municípios das Terras
Médias; dia 18 de setembro de 2012, em Santo Antônio da Patrulha, para os municípios das
Terras Altas; dia 19 de setembro de 2012, em Novo Hamburgo, para os municípios das
Terras Baixas.

Nessas oficinas, além de nivelar os conceitos que envolvem a elaboração de um Plano de


Saneamento, foram realizadas atividades com os participantes para identificar
preliminarmente os problemas relacionados com saneamento básico nos municípios. Foi
abordada também a questão da mobilização social, sendo solicitado aos representantes dos
municípios que relacionassem entidades e/ou organizações públicas, privadas,
educacionais, ONGs, veículos de comunicação que pudessem auxiliar na mobilização para
os planos de saneamento.

O marco da retomada dos contatos com os interlocutores dos municípios, após o processo
eleitoral, foi no dia 25 de fevereiro de 2013, em São Leopoldo, na Oficina de Coleta de
Dados e Diagnóstico para a qual foram também convidados os participantes da CTS Pró-
Sinos. Na oportunidade, foi apresentada a ficha preliminar de coleta de dados que teve seus
principais pontos esclarecidos aos participantes pela equipe técnica da Concremat.

Nas oficinas e reuniões realizadas foi enfatizado pela Concremat e pelo contratante
Consórcio Pró-Sinos a necessidade de que cada município formalizasse a instituição dos
seus Comitês de Coordenação e Executivo com a nomeação dos representantes. Essa ação
deve ser promovida pelos gestores municipais e a sua importância pode ser verificada pelas
atribuições básicas que estes devem ter na elaboração dos PMSBs, como segue:

• Comitê de Coordenação: instância consultiva formalmente institucionalizada


responsável pela coordenação, condução e acompanhamento da elaboração do Plano.
• Comitê Executivo: instância responsável pela operacionalização do processo de
elaboração do Plano.
Com esse objetivo foi disponibilizado no início do trabalho, no Produto 1 “Plano de
Mobilização Social”: (i) um formulário para indicação dos interlocutores; (ii) um modelo para
a instituição dos referidos comitês.

No caso dos PMSBs e do PRSB, o acompanhamento por parte do Consórcio Pró-Sinos é


atribuição do seu corpo técnico e da Câmara Técnica Permanente de Saneamento do
Consórcio (CTS/Pró-Sinos), criada pela Resolução nº 001, de 16 de junho de 2011.

Considerando o grande número de municípios envolvidos, especialmente para agilizar o


acesso aos documentos produzidos e às informações disponibilizadas pelos municípios, foi
5
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

utilizado durante todo o processo de elaboração dos planos um Sistema de Gerenciamento


de Projetos Via Web – “Autodoc”, por meio do sítio na internet: www.autodoc.com.br/projetos.

O sistema não exige equipamentos nem programas especiais e os documentos podem ser
acessado pelos interlocutores de cada município em qualquer computador conectado à
internet.

Em 02 de abril de 2013, após a atualização do cadastro de usuários no Autodoc, foi


disponibilizada no sistema, na pasta “Assuntos gerais”, a Ficha de Referência de Coleta de
Dados.

Essa ficha foi concebida para servir de ponto de partida para a coleta de dados primários
(locais), permitindo aos representantes de cada município, inicialmente, avaliarem a
disponibilidade das informações assim como a necessidade de esclarecimentos na Reunião
de Trabalho agendada com a equipe técnica da Concremat. Visando à sistematização das
informações sobre as ações locais de mobilização social e de educação ambiental, esse
tema também foi tratado nessas reuniões sendo solicitada atenção a esse item na Ficha de
Referência de Coleta de Dados.

Durante os meses de abril, maio e junho de 2013 foram realizadas as reuniões de trabalho
nos municípios sendo que a pauta básica contemplou:

• Etapas do trabalho, situação atual e próximos passos;


• Ficha de referência de coleta de dados disponibilizada no AUTODOC – esclarecimentos
sobre os dados necessários e discussão sobre os dados já reunidos pelo município;
• Complementação e validação de informações do município levantadas pela
CONCREMAT;
• Aspectos críticos em relação ao saneamento básico – questões do município e
questões da região (interfaces com os outros municípios);
• Expectativas e prioridades em relação ao saneamento básico do município – política
municipal;
• Identificação dos pontos críticos a visitar no município;
• Ações de mobilização social e educação ambiental no município;
• A importância da instituição dos Comitês de Coordenação e Executivo para o
acompanhamento da elaboração dos planos de saneamento.
No decorrer do trabalho ocorreram muitas reuniões e contatos com os interlocutores dos
municípios e a equipe técnica da Concremat para tratar de temas específicos. Outro fórum
importante de discussão dos PMSBs e questões supra-municipais para o PRSB, foram as
reuniões com os representantes da CTS/Pró-Sinos. As reuniões de planejamento
estratégico e assembleias de prefeitos do Consórcio Pró-Sinos também sempre tiveram na
pauta o andamento dos trabalhos.

Cabe ainda salientar o importante papel dos interlocutores cadastrados no sistema para
acesso aos documentos disponibilizados pela Concremat, pois tinham como função analisá-
los e/ou repassá-los para análise das áreas competentes no seu município ou das entidades
representadas, no caso da CTS/Pró-Sinos.

No caso do município de Glorinha, os interlocutores atualmente cadastrados são:

• Carine meioambienteglorinha@yahoo.com.br
• Odilon Gonçalves odilon.goncalves@yahoo.com.br

6
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

O Decreto Municipal nº 3.003 de 02/10/2013 “Nomeia os membros do Comitê Executivo de


Operacionalização do processo de elaboração da Política Pública de Saneamento e do
respectivo Plano Municipal de Saneamento Básico”. Esse decreto está em ANEXO.

7
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

4 CARACTERIZAÇÃO DA BACIA DO RIO DOS SINOS

A bacia do Rio dos Sinos está localizada na porção leste do Estado do Rio Grande do Sul.
Faz divisa a oeste e ao norte com as bacias dos rios Caí e Taquari Antas, ao sul com a
bacia do Baixo Jacuí e Lago Guaíba e a leste com a bacia do rio Gravataí e bacia do Rio
Tramandaí. O Rio dos Sinos deságua no Delta do Rio Jacuí, para onde também afluem, e
muito próximos, os rios Caí e Gravataí.

A área da bacia é de 3.696 km2, o que corresponde aproximadamente a 4,4% da área da


Região Hidrográfica do Guaíba, onde está inserida, e a 1,3% da área do Estado do Rio
Grande do Sul.

A bacia do Rio dos Sinos abrange total ou parcialmente 32 municípios dos quais,
261municípios são integrantes do Consórcio Pró-Sinos. O Quadro 1 apresenta os municípios
e os respectivos percentuais de área na bacia.

Quadro 1 - Municípios e áreas na bacia do rio dos Sinos

Área na bacia do % de área na


Área total
Município Rio dos Sinos bacia do Rio dos
(km²)(2)
(km²)(3) Sinos

Araricá (1) 35,29 35,29 100,00


Cachoeirinha (1) 44,02 6,65 15,11
Campo Bom (1) 60,51 57,56 95,12
Canela (1) 253,77 148,73 58,61
Canoas (1) 131,096 74,17 56,58
Capela de Santana 183,756 4,11 2,24
Caraá (1) 294,32 294,32 100,00
Dois Irmãos (1) 65,156 6,34 9,73
Estância Velha (1) 52,15 48,90 93,77
Esteio (1) 27,68 27,02 97,62
Glorinha (1) 323,64 0,01 0,00
Gramado (1) 237,83 77,70 32,67
Gravataí 463,499 64,58 13,93
Igrejinha (1) 135,86 131,84 97,04
Ivoti 63,151 3,17 5,02
Nova Hartz (1) 62,56 62,56 100,00
Nova Santa Rita (1) 217,87 92,96 42,67
Novo Hamburgo (1) 223,82 223,82 100,00
Osório 663,552 29,99 4,52
Parobé (1) 108,65 106,92 98,41
Portão (1) 159,89 133,89 83,74
Riozinho (1) 239,56 236,36 98,66

1
Com a adesão de Ivoti, passaram a ser 27 municípios consorciados.

8
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Área na bacia do % de área na


Área total
Município Rio dos Sinos bacia do Rio dos
(km²)(2)
(km²)(3) Sinos

Rolante (1) 295,64 262,74 88,87


Santa Maria do Herval 139,598 2,78 1,99
Santo Antônio da Patrulha (1) 1.049,81 347,64 33,11
São Francisco de Paula (1) 3.272,98 387,44 11,84
São Leopoldo (1) 102,74 102,01 99,29
São Sebastião do Caí 111,435 4,57 4,10
Sapiranga (1) 138,31 83,05 60,05
Sapucaia do Sul (1) 58,31 58,31 100,00
Taquara (1) 457,855 413,31 90,27
Três Coroas (1) 185,54 153,33 82,64
TOTAL 9.859,85 3.682,07 37,34
(1) Município integrante do Consórcio Pró-Sinos e que fazem parte do escopo deste contrato..
(2) IBGE 2010.
(3) Área determinada através da cartografia confeccionada para a elaboração do Plano Sinos, em escala 1:50.000 (Hidrocivil,
Profill e Agra – 2009).

A bacia do Rio dos Sinos também pode ser dividida em três grandes compartimentos, em
que se destacam condições relativamente homogêneas de relevo e uso do solo: Alto, Médio
e Baixo Sinos, identificados na Figura 1.

Figura 1 – Compartimentação da bacia do Rio dos Sinos.


Fonte: Plano Sinos.

9
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

O Alto Sinos, em que são notadas as maiores altitudes (acima de 1.000 m do nível do mar),
pode ser delimitado desde as nascentes, a montante da sede urbana de Caraá, até o Rio da
Ilha. A ocupação é rarefeita e o uso do solo é predominantemente rural, englobando 47,5%
da bacia.

O Médio Sinos é formado essencialmente pelo segmento correspondente a Bacia do Rio


Paranhana e contribuintes menores nas margens esquerda e direita em que as altitudes já
não se destacam (exceção às nascentes do Paranhana que atingem cotas de até 900 m).
Corresponde a 26,5% da bacia e encontra-se na zona de transição entre os ambientes rural
e urbano, embora o vale do Paranhana já apresente alguma concentração populacional com
as sedes municipais de Três Coroas, Igrejinha, Parobé e Taquara.

O Baixo Sinos, desde a região de Sapiranga e Campo Bom até a foz, tem relevo marcado
pelas baixas altitudes (até 200 m, praticamente todo abaixo de 50 m). Os principais
contribuintes são marcados pela presença de efluentes domésticos e industriais, o que
deteriora a qualidade da água. O uso do solo é predominantemente urbano com algum
destaque para o cultivo do arroz irrigado nas várzeas do Rio dos Sinos. Ocupa 26% da
bacia e é onde estão localizadas as sedes urbanas das maiores cidades da bacia – Novo
Hamburgo, São Leopoldo, Esteio, Sapucaia do Sul e Canoas. Glorinha se encontra nessa
região.

O curso d'água principal da bacia do Sinos tem uma extensão aproximada de 190 km. Suas
nascentes estão localizadas na Serra Geral, no município de Caraá, a cerca de 600 metros
de altitude, correndo no sentido leste-oeste até a cidade de São Leopoldo onde muda para a
direção norte-sul, desembocando no delta do rio Jacuí entre as ilhas Grande dos
Marinheiros e das Garças, a uma altitude de 12 metros.

A cobertura vegetal da bacia está muito reduzida. A vegetação remanescente localiza-se,


predominantemente, nas nascentes do Rio dos Sinos e seus formadores.

A localização do município de Glorinha no Estado e na bacia do Rio dos Sinos é


apresentada em ANEXO, juntamente outros mapas de referência para o PMSB.

10
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

5 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

O município é localizado na região da encosta inferior do nordeste do Rio Grande do Sul e é


limitado com Taquara ao norte, Gravataí a oeste, Santo Antônio da Patrulha a leste, e ao sul
com o município de Viamão

A distância até Porto Alegre é de 44 km e as vias de acesso são as rodovias RS 030 e BR


290.

Com 323,6 km² de território, representa 3,16% da área da Região Metropolitana de Porto
Alegre.

Segundo os resultados do Censo Demográfico 2010 realizado pelo IBGE, a população total
de Glorinha foi de 6.891 habitantes com um grau de urbanização de 30%. A densidade
demográfica registrada era de 363,15 hab/km²

No Quadro 2 está apresentada a distribuição da população e domicílios, nas áreas urbana e


rural.

Quadro 2 - População e domicílios - Glorinha

População Domicílios
Município

total urbana rural total urbano rural


Glorinha 6.891 2.067 4.824 2.393 714 1.679
Fonte: Censo IBGE, 2010

O município de Glorinha pertence ao COREDE Metropolitano Delta do Jacuí, região que tem
uma grande concentração de indústrias e de serviços. Entre os COREDEs, é o que possui a
maior participação no PIB estadual do Rio Grande do Sul.

A distribuição de renda da população do município, nesta primeira análise, leva em conta os


dados da renda familiar obtidos nos levantamentos censitários do IBGE atualizados para
2010 - Glorinha possui 97,8% dos domicílios com rendimento, onde 33,2% estão na faixa
até dois salários mínimos.

A seguir no Quadro 3 um comparativo do PIB de 2010 entre Glorinha, a Capital e a projeção


do PIB 2011 para o Estado do Rio Grande do Sul.

Quadro 3 - Comparativo do PIB - Glorinha, Porto Alegre e Estado


PIB 2010
LOCALIDADE
Total (R$ mil) Per capita (R$)
(1)
Rio Grande do Sul 280.578.742,00 26.142,00
Porto Alegre 43.038.100,00 30.524,80
Glorinha 232.231,92 33.730,13
(1) Estimativas 2011 FEE - Fundação de Economia e Estatística

Fonte: Censo IBGE, 2010.

11
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Em Glorinha a distribuição das atividades econômicas no território urbano é


predominantemente voltada para o setor da indústria, sendo que o setor primário não chega
a 8% das atividades desenvolvidas, conforme apresenta o Gráfico 1 a seguir.

Gráfico 1 - Participação do Valor Adicionado Bruto

Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística, 2010.

12
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

6 CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE

Glorinha pertence ao Baixo Sinos. Essa região tem relevo marcado pelas baixas altitudes
(até 200 m, praticamente todo abaixo de 50 m). Os principais contribuintes são marcados
pela presença de efluentes domésticos e industriais, o que deteriora a qualidade da água. O
uso do solo é predominantemente urbano com algum destaque para o cultivo do arroz
irrigado nas várzeas do Rio dos Sinos. Ocupa 26% da bacia e é onde estão localizadas as
sedes urbanas das maiores cidades.

O município de Glorinha está inserido em duas bacias hidrográficas, ao norte, a Bacia


Hidrográfica do Rio dos Sinos e ao sul, a Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí. É banhado
pelos arroios Miraguaia, Passo Fundo, Passo da Taquara, Contendas e Passo do Pinto.

A área do município encontra-se, em sua maior porção, no Bioma Mata Atlântica. A


cobertura do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí está dividida em quatro porções
distintas: área edificada, coxilha das lombas, patamares da serra geral e a várzea do rio
Gravataí com seus banhados (Plano Ambiental Municipal, Glorinha/RS, 2011).

São comumente encontradas na região as figueiras (Ficus sp.), a aroeira-vermelha (Schinus


terebinthifolius), a capororoca (Myrsine umbellata), o chá-de-bugre (Casearia sylvestris) e a
embaúba (Cecropia sp.), entre outras.

Em 1998, pelo Decreto nº 38.971, foi criada a Área de Proteção Ambiental (APA) do
Banhado Grande, situada nos municípios de Glorinha, Gravataí, Santo Antônio da Patrulha
e Viamão. Esta APA possui 1.370 hectares e nela insere-se o conjunto de banhados
formadores do Rio Gravataí: Banhado do Chico Lomã (Santo Antônio da Patrulha), Banhado
dos Pachecos (Viamão), e Banhado Grande (Gravataí e Glorinha).

As diretrizes para uso e ocupação do solo do município de Glorinha estão definidas no


Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Integrado (Lei Municipal nº 677 de 2 de junho de
2004), posteriormente complementado pela Lei nº 846/2006.

Conforme consta no Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) de Glorinha, os


resultados da pesquisa realizada pela Fundação João Pinheiro a partir de dados do Censo
IBGE 2000, indicam que o município possuía, no ano de 2000, um déficit habitacional de 62
domicílios, e 1.813 situações diversas de inadequação das moradias, como pode ser visto
no Quadro 4.

Quadro 4 - Necessidade habitacional, em número de domicílios.


Déficit Habitacional Inadequações de moradia
62 1.813
Famílias Conviventes 56 Carência de Infraestrutura 602
Quantidade de Cômodos Alugados 0 Deficiência de Infraestrutura 334
Domicílios Rústicos ND* Adensamento Excessivo 11
Domicílios Improvisados 6 Terreno não próprio 101
Sem sanitário 27
ND: Dado não disponível
Fonte: PLHIS, 2010.

Com base nos dados de 2000 e de referências do PlanHab foi realizada uma projeção para
os anos seguintes, até 2025, do déficit habitacional que resultou em 104 domicílios.

13
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

A irregularidade fundiária é um dos maiores problemas relacionados à habitação no


município. Apesar disso, não são encontradas muitas áreas de invasão ou ocupação
irregular de áreas públicas ou privadas.

14
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

7 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO

7.1 ASPECTOS LEGAIS, POLÍTICOS, INSTITUCIONAIS E DE GESTÃO DOS


SERVIÇOS

A organização administrativa do município de Glorinha foi instituída pela Lei nº 003, de 06 de


janeiro de 1989 e modificada por várias legislações subsequentes sendo a mais recente a
Lei nº 635, de 30 de dezembro de 2003.

Na estrutura básica estabelecida por esta legislação, as secretarias cujas atribuições estão
diretamente relacionadas com a elaboração do PMSB são:

Secretaria Municipal de Administração e Planejamento que é encarregada de todo o


planejamento do município e que segundo a Lei 1290 além das atividades que lhe são
atribuídas por Lei Municipal, deve implementar os objetivos e instrumentos da Política do
Meio Ambiente do Município, em conjunto com a Secretaria da Agricultura, Indústria,
Comércio e Meio Ambiente, especialmente no que se refere à proteção do solo onde o nível
de poluição local impeça condições sanitárias mínimas; da fauna, da cobertura vegetal e das
águas superficiais, subterrâneas, fluentes, emergentes e reservadas; sistema de
abastecimento de água, coleta, tratamento e disposição final de esgoto e resíduos sólidos;

Secretaria Municipal de Educação, encarregada das atividades relacionadas à educação


ambiental.

Secretaria Municipal de Agricultura, Indústria, Comércio e Meio Ambiente – conforme o


artigo 7 da Lei nº 1290, de 30 de dezembro de 2010, que dispõe sobre a política do meio
ambiente do município de Glorinha são as seguintes, entre outras, as atribuições desta
Secretaria:

• Implementar os objetivos e instrumentos da Política do Meio Ambiente do Município.


• Propor e executar, direta e indiretamente, a política ambiental do município de Glorinha;
• Coordenar ações e executar planos, programas, projetos e atividades de proteção
ambiental;
• Estabelecer as diretrizes de proteção ambiental para as atividades locais;
• Identificar, implantar e administrar unidades de conservação e outras áreas protegidas,
visando à proteção de mananciais, ecossistemas naturais, flora e fauna, recursos
genéticos e outros bens e interesses ecológicos, estabelecendo normas a serem
observadas nestas áreas;
• Estabelecer diretrizes específicas para a proteção dos mananciais hídricos e participar
da elaboração de planos de ocupação de áreas de drenagem de bacias ou sub-bacias
hidrográficas;
• Assessorar a Administração Municipal na elaboração e revisão no planejamento local,
quanto aos aspectos ambientais, de controle da poluição e de expansão urbana;
• Participar o zoneamento e de outras atividades de uso e de ocupação do solo;
• Elaborar e divulgar anualmente o Relatório de Qualidade do Meio Ambiente - RQMA de
Glorinha;

Além disso, o Art. 9º estabelece que na análise de projetos de uso, ocupação e


parcelamento do solo, a Secretaria Municipal de Agricultura, Indústria, Comércio e Meio
Ambiente e a de Administração e Planejamento, no âmbito de suas competências, deverão
manifestar-se, dentre outros, necessariamente sobre os seguintes aspectos:

15
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

• Proteção do solo onde o nível de poluição local impeça condições sanitárias mínimas;
• Proteção do solo, da fauna, da cobertura vegetal e das águas superficiais,
subterrâneas, fluentes, emergentes e reservadas;
• Sistema de abastecimento de água;
• Coleta, tratamento e disposição final de esgoto e resíduos sólidos;

Secretaria Municipal de Saúde que tem sob seu encargo a vigilância sanitária.

Também deve ser mencionado o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente -


COMDEMA, órgão colegiado permanente, de caráter deliberativo e consultivo, composto de
forma paritária entre representantes de entidades governamentais e da sociedade civil
organizada, responsável pelo acompanhamento e implementação da Política Municipal de
Meio Ambiente do Município de Glorinha, criado pelo artigo 33 da Lei nº 1.290, que dispõe
sobre a política do meio ambiente do município de Glorinha, institui o Conselho e o Fundo
Municipal de defesa do meio ambiente.

Segundo a lei ambiental, em seu artigo 20 os serviços de abastecimento de água,


esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais, limpeza urbana, coleta,
tratamento e disposição final de resíduos sólidos estão sujeitos ao controle da Secretaria
Municipal de Agricultura, Indústria, Comércio e Meio Ambiente sendo que a construção,
reforma, ampliação e operação de sistema de saneamento básico dependem de prévia
aprovação dos respectivos projetos, pelas Secretarias Municipais de Agricultura, Indústria,
Comércio e Meio Ambiente e de Administração e Planejamento.

7.2 PLANEJAMENTO

No que se relaciona com o planejamento dos serviços de abastecimento de água e coleta e


tratamento dos esgotos o município de Glorinha estabeleceu todos os regramentos
necessários no Contrato de Programa2, assinado com a CORSAN e no convênio com a
Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul –
AGERGS.

7.3 REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

Entre as obrigações3 do município no que se refere ao planejamento estão: O MUNICÍPIO


tem as seguintes obrigações:

XI - consultar a CORSAN sobre a viabilidade técnica da disponibilização dos serviços, antes


de aprovar novos loteamentos, conjuntos habitacionais e instalações de novas indústrias;
XII - comunicar previamente a CORSAN a execução de obras e serviços no subsolo das
vias públicas em que se localizam redes de infraestrutura dos serviços concedidos;
XVIII – estabelecer os planos e políticas municipais de saneamento e de urbanização,
consultada a CORSAN, visando ao estabelecimento das Metas de Investimentos de Longo
Prazo.
Na cláusula 21ª são assegurados ao município de Glorinha os seguintes direitos e garantias:

2
O contrato foi celebrado nos termos da Lei Autorizativa Municipal nº 1097, de 11 de novembro de 2008, com dispensa de
licitação, com fundamento no art. 24, inciso XXVI, da Lei Federal n.º 8.666/93, observados os procedimentos previstos no art.
26 da mesma lei.
3
Cláusula 20ª.

16
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

I – estabelecer, juntamente com a CORSAN, as prioridades, os objetivos e as condições


para a prestação dos serviços, considerando as Metas de Longo Prazo para Investimentos e
de forma compatível com o Plano Municipal de Saneamento Básico;
III – a realização, pela CORSAN, dos investimentos necessários à expansão e à
modernização dos serviços, dos equipamentos e das instalações, nos termos previstos nas
Metas de Longo Prazo de Investimentos e de forma compatível com o Plano Municipal de
Saneamento Básico;
IV – conhecer, prévia e expressamente, as obras que a CORSAN pretenda executar em vias
e logradouros públicos, ressalvados os casos de emergência, nos termos do regulamento
específico;
VIII – ter assegurada a aplicação dos recursos financeiros captados pela CORSAN ou pelo
MUNICÍPIO, destinados ao Município, na rede municipal de água ou esgoto;
Outro organismo que participa do planejamento das ações relacionadas ao meio ambiente e
ao saneamento é o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Glorinha -
COMDEMA cuja competência para este tema é dada pelo artigo 34:

III - Estabelecer diretrizes para a política municipal do meio ambiente;


IV - Colaborar nos estudos e elaboração do planejamento urbano, planos e programas de
expansão e desenvolvimento municipal, e em projetos de lei sobre parcelamento, uso e
ocupação do solo, plano diretor e ocupação da área urbana;
XVII - Aprovar o plano de aplicação dos recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente.
Importante salientar que o município regrou em sua lei ambiental4 e no Contrato de
Programa a obrigatoriedade da existência de instalações sanitárias adequadas nas
edificações e sua ligação à rede pública coletora ressalvando que “quando não existir rede
coletora de esgotos, as medidas adequadas ficam sujeitas a aprovação da Secretaria
Municipal de Agricultura, Indústria, Comércio e Meio Ambiente, sem prejuízo da de outros
órgãos, que fiscalizará a sua execução e manutenção, sendo vedado o lançamento de
esgotos ‘in natura’ a céu aberto ou na rede pluvial”.

7.4 PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

O município de Glorinha tem um histórico de engajamento da população em atividades


participativas O seu Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Glorinha –
COMDEMA tem além das entidades governamentais representação de entidades não
governamentais, da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Glorinha, da
Associação de Comunitária de Mato Grande; do Rotary Club Glorinha; da Legião da Boa
Vontade de Glorinha; do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Glorinha;
da Associação Cultural e Ambiental Prometeu Acorrentado – ACAMPA.

O Conselho Municipal de Desenvolvimento – COMUDE foi criado pela Lei nº 630, de 30 de


dezembro de 2003 como pessoa jurídica de direito privado, associação civil sem fins
lucrativos, contando com representação e participação da sociedade civil e das diferentes
instâncias dos poderes públicos. Entre os objetivos do COMUDE estão: “a promoção do
desenvolvimento local, harmônico e sustentado, através da integração das ações do poder
público com as organizações privadas, as entidades da sociedade civil organizada e os
cidadãos, visando a melhoria da qualidade de vida da população, a distribuição harmônica e
equilibrada da economia e a preservação do meio ambiente”.

4
Art. 24.

17
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

7.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM PROJETOS E AÇÕES DE SANEAMENTO BÁSICO

Os programas e projetos de educação sanitária e ambiental são componentes fundamentais


para capacitar a população a exercer o controle social e participar ativamente da elaboração
dos planos municipais de saneamento básico e posteriormente da fiscalização dos serviços
de abastecimento de água, coleta e tratamento do esgoto sanitário e dos resíduos sólidos e
gestão da drenagem e das águas pluviais.

O Instituto Trata Brasil e o Ibope vêm realizando pesquisas de opinião periódicas com
respostas igualmente reveladoras do desconhecimento da população a respeito das
questões ligadas ao saneamento. A última pesquisa, realizada em 2012 incluiu 1.008
entrevistas realizadas em 26 grandes cidades do país, com população acima de 300 mil
habitantes, e em todas as regiões.

Quando perguntados sobre o que entendiam pelo termo “saneamento básico” 13% das
respostas foram “Não Sabe”, mas outros 16% deram resposta não relacionadas com o
saneamento. Esta soma representa quase 1/3 da população.

Na hora de identificar quais serviços deveriam ser prioridade nas prefeituras, o saneamento
perde para a saúde5 (78% x 3%), educação (81% x 3%), segurança (67% x 13%) e
desemprego (64% x 19%). Sobre a existência de esgotos correndo a céu aberto próximo da
residência, 47% afirmaram haver esgoto ou córrego, enquanto 53% de não haver. Dos que
identificam esgotos a céu aberto, o índice mais elevado ficou com aqueles que dizem não
estar ligados à rede de coleta (73%).

Quanto à disposição das pessoas em pagar por estes serviços, 50% dos entrevistados
afirmaram que não pagariam para ter seus esgotos ligados à rede. Ao serem perguntados
sobre o valor pago pela água/esgoto, 58% afirmaram ser CARO em relação à qualidade do
serviço prestado.

Na avaliação do cidadão para o desempenho da Prefeitura nos diversos serviços do


saneamento básico, a nota média foi 5,7 (entre 0 e 10). Por desempenho em cada serviço,
prevaleceu a coleta de lixo com a maior nota (7,7), seguido do tratamento de água (7,2),
coleta de esgoto (5,8) e finalmente o tratamento do esgoto (5,4).

Apesar de, quando estimulado, reconhecer a importância do saneamento básico, o brasileiro


das grandes cidades não se mobiliza para cobrar melhorias. Ao serem perguntadas sobre o
tema, 75% das pessoas afirmaram NÃO cobrarem. Dos que dizem cobrar, a maior parte
solicita a limpeza de bueiros (7%) e o desentupimento do esgoto existente (5%).

Sobre como / onde gostariam de encontrar informações sobre o saneamento básico, 38%
dos entrevistados disseram “na TV”, 24% na conta de água, 15% em boletins e 15% em
jornais, 13% nas rádios. Na média nacional, a Internet foi citada por apenas 10% dos
entrevistados, mas os números são maiores entre os mais escolarizados e de maior renda.
Nos menos escolarizados prevalece o rádio e o jornal.

Sobre campanhas de orientação da população sobre o saneamento básico, 70% dos


entrevistados declararam não conhecer campanhas e 20% afirmam ter visto tais
campanhas. 54% afirmaram não haver campanhas nas escolas e 26% dizem que viram nas
escolas.

5
Claramente a população não identifica o saneamento como um fator preponderante para a manutenção da saúde.

18
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Embora muitas vezes o cidadão não saiba a real situação do saneamento onde mora, como
cobrar melhorias e não se mobilize pelo avanço nos serviços, a maior parte dos
entrevistados (68%) sabe que o Prefeito é o responsável. 19% dizem ser o Estado, 3% o
Governo Federal e 4% as empresas privadas.

No que se refere à fiscalização, a maior parte dos entrevistados (55%) diz caber também à
Prefeitura e 18% ao governo do Estado. A Agência Reguladora, órgão diretamente
responsável, foi citada por apenas 1% dos entrevistados. 13% das pessoas não sabem
quem deve fiscalizar.

Estes levantamentos mostram que embora a percepção das pessoas sobre as questões
ambientais tenha evoluído a partir da Rio-92 as mudanças de hábitos são ainda muito
lentas. No caso do Vale do Sinos, que já vivenciou vários episódios de mortandade de
peixes e deterioração das condições ambientais de seu principal manancial, mesmo com
vários programas de educação em andamento e todo o trabalho já desenvolvido pelo
Comitê de Bacia (Comitesinos), Consórcio Pró-Sinos e Coletivos Educadores há um longo
caminho a percorrer.

Ainda é grande o desconhecimento sobre as etapas de tratamento dos esgotos e do


funcionamento dos sistemas de drenagem urbana mesmo entre os professores e
educadores ambientais revelando a necessidade de agregação de conteúdos sobre
saneamento básico aos programas e projetos em desenvolvimento.

A seguir estão resumidos os principais programas em Glorinha na área da educação


sanitária e ambiental.

19
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Nome do Objetivo Órgão Abrangência Ano de Fase atual


Programa executor início

Secretarias
Semana do Meio Comemorada obrigatoriamente nas escolas,
6 da Educação
Ambiente creches e demais estabelecimentos públicos,
e da
através de programações educativas e
Agricultura,
campanhas junto à comunidade, na primeira
Indústria e
semana do mês de junho de cada ano.
Comércio e
Meio
Ambiente.
7

Lei nº 1092 - 29 /07/ 2008


Premio Pesquisa
Art. 67. Serão instituídos pelo Conselho
Municipal de Defesa do Meio Ambiente o “Prêmio
Pesquisa” para gratificar inventores e introdutores
Diploma de Protetor de inovações tecnológicas que visem proteger o
da Natureza meio ambiente, e o “Diploma de Protetor da
Natureza’’ àqueles que se destacarem, de
qualquer forma, em defesa do meio ambiente e
da ecologia local.

6
Lei nº 417 - 04 /08/2000 - Cria a Semana Municipal do Meio Ambiente.
7
O Centro Comunitário de Assistência Social Alziro Zarur, da Legião da Boa Vontade (LBV), reuniu as crianças e adolescentes atendidos pela Instituição, que, na oportunidade, o homenagearam
plantando 56 mudas nativas doadas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente do RS. O local é uma área de educação ambiental, na qual as crianças e os adolescentes realizam diversas
atividades e aprendem sobre a importância do cuidado com o meio ambiente. Neste ambiente ecológico, é possível encontrar diversas espécies de árvores como o pau-brasil, símbolo nacional da
cultura brasileira e de grande importância para o ecossistema; ingá; chuva de ouro; entre outras. Há também um espaço conhecido como o Relógio Medicinal do Corpo Humano, que relaciona o
funcionamento dos principais órgãos do corpo humano com seus horários de maior atividade e com as plantas que têm ação farmacológica sobre eles.

20
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Nome do Objetivo Órgão Abrangência Ano de Fase atual


Programa executor início

O Rio dos Sinos é • Desenvolver e expandir a Grupo Sinos 21 municípios da bacia do Lançado A 7ª edição ocorrerá
Nosso consciência ecológica dos alunos; Rio dos Sinos com escolas em 2007, o de 01 de julho a 25
• Valorizar a saúde e a vida através participantes. projeto teve de novembro. Os
da educação ambiental; 328 turmas inscritas. continuidad números alcançados
• Reconhecer o ser humano como 10.000 alunos (mais de 100 e em 2008, nestes seis anos de
principal agente de transformação do mundo mil pessoas). 2009, 2010, competição mostram
em que vivemos. 2011 e que os estudantes
2012. atenderam ao
chamado.

21
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

8 SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO

8.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

8.1.1 Prestação dos Serviços


O município de Glorinha firmou Contrato de Programa com a Companhia Riograndense de
Saneamento (CORSAN) para prestação de serviços de abastecimento de água e
esgotamento sanitário, através da Lei Municipal Autorizativa nº 1.097 de 11/11/2008. O CP
foi assinado em 20/01/2009 com vigência de 25 anos. Através de lei autorizativa, o
município também delega à Agência Estadual de Regulação dos Serviços Delegados do Rio
Grande do Sul (AGERGS), de forma a atender esse quesito da Lei 11.445 de 2007 nas
áreas de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Através desse instrumento, o município outorga à CORSAN a prestação dos serviços de


abastecimento de água e esgotamento sanitário, compreendendo a exploração, execução
de obras, ampliações e melhorias, com obrigação de implantar, fazer , ampliar, melhorar,
explorar e administrar, com exclusividade, os serviços de abastecimentos de água potável e
esgoto sanitário, na área urbana e áreas contíguas, incluindo a captação, adução de água
bruta, tratamento, adução de água tratada, distribuição e medição do consumo de água,
bem como a coleta, transporte, tratamento e destino final de esgoto, o faturamento e entrega
de contas de água e esgoto, sua cobrança e arrecadação, atendimento ao público usuário
dos sistemas, controle de qualidade da água e cadastro de consumidores, atendidos os
princípios da conveniência social, ambiental, técnica e econômica e, ainda, a Política
Estadual de Saneamento.

Conforme consta em contrato, os investimentos em esgotamento sanitário deverão ser


compatíveis com o Plano Municipal de Saneamento Básico e serão efetivados respeitada a
viabilidade econômico-financeira do sistema e a obtenção de recursos financeiros
necessários a sua execução, obedecidas as bases estabelecidas pela meta de
investimentos de Longo Prazo.

Observa-se que no contrato, a área de atuação da CORSAN poderá também contemplar


aglomerados urbanos da área rural nos termos definidos em aditivo contratual.

8.1.2 Sistema existente e situação atual – água


A água é captada no Arroio Passo do Portão, na bacia hidrográfica do Rio Gravataí, e
submetida a tratamento convencional na ETA Glorinha com vazão nominal de 12 l/s. Após, é
distribuída para a área urbana através de reservatórios que totalizam 170 m3 e da rede de
distribuição.

Na

Figura 2 é apresentado o croqui do sistema de abastecimento de água da zona urbana do


município.

22
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Figura 2 - Croqui do SAA de Glorinha.

Fonte: Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, ANA, 2007

23
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

O Relatório Anual de Recursos Hídricos da FEPAM apresenta dados do monitoramento em


diversos pontos de amostragem ao longo do Rio Gravataí no período de 1992/2011. A
Figura 3 apresenta a classificação da qualidade das águas do Rio Gravataí, avaliando a
quantidade de oxigênio dissolvido (mg/L).

Figura 3 - Concentração de Oxigênio Dissolvido no Rio Gravataí (mg/L)


1992/2011
Fonte: FEPAM, 2011

As classes identificadas na figura anterior estão relacionadas com o IQA – Índice de


Qualidade da Água, adotado pelo NSF-National Sanitation Foundation e referido pela
FEPAM no Quadro 5.

Quadro 5 - Faixas do Índice de Qualidade das Águas – IQA, adotado pelo NSF-National
Sanitation Foundation.

NOTA CONCEITO
0 a 25 Muito Ruim
26 a 50 Ruim
51 a 70 Regular
71 a 90 Boa
91 a 100 Excelente
Fonte: FEPAM, 2011

O arroio Chico Lomã, um dos formadores do Banhado Grande tem apresentado qualidade
na faixa de Regular, assim como o ponto de amostragem do Canal (em Glorinha), na saída
do Banhado Grande. O local denominado Passo dos Negros, ainda a montante da cidade de
Gravataí, vinha apresentando queda na qualidade, que foi Boa em 1994 e 1995, passou a
Regular de 1996 à 2000, entrou na faixa Ruim em 2001 e 2002, retornando a faixa Regular
a partir de 2003 até 2008. O Passo das Canoas voltou a ser monitorado pela Fepam. O IQA
desde 2007 a 2008 está na faixa Regular. O local a seguir, Cachoeirinha (jusante da ponte

24
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

de Cachoeirinha), esteve em queda desde 1992, e a partir de 2000 vem melhorando a


qualidade, mas ainda na faixa Ruim. Observa-se que neste trecho entre o Passo dos Negros
e Cachoeirinha foram construídas duas Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs de
Gravataí e Cachoeirinha) através do Pró-Guaíba, mas as ligações prediais na rede coletora
ainda não estão concluídas. A recuperação da qualidade se deu a partir de 2002,
coincidindo com a implantação das ETEs. Finalmente, o local de amostragem junto à foz do
arroio da Areia, que drena a zona norte de Porto Alegre, está na faixa Muito Ruim, com
notas inferiores a 25. Em 2007 e 2008 melhorou ligeiramente, entrando na faixa Ruim. É o
pior trecho do rio Gravataí, com freqüentes mortandades de peixes nos períodos de
estiagem. A Fepam voltou a monitorar a foz do rio Gravataí a partir de meados de 2005, e
os resultados indicam a qualidade Ruim. Os dados demonstram que a qualidade das águas
do rio Gravataí deteriora ao longo do rio, mostrando claramente a entrada das cargas
geradas nos centros urbanos, principalmente de Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada e zona
norte de Porto Alegre e zona sul de Canoas.

Os dados e indicadores do sistema de abastecimento de água disponibilizados através do


SNIS 2011 foram sintetizados no Quadro 6 a seguir.

Quadro 6 – Dados e indicadores do SAA – Glorinha


DADO VALOR UNIDADE
População atendida total (AG001) 2.139 habitante
População atendida urbana (AG026) 2.095 habitante
Ligações ativas (AG002) 1.335 ligação
Economias ativas (AG003) 1.395 economia
Economias residenciais ativas (AG013) 1.272 economia
Extensão de rede (AG005) 34,4 km
Volume tratado importado (AG018) 219,4 1.000 m3/ano
Volume consumido (AG010) 216,3 1.000 m3/ano
Volume faturado (AG011) 188,2 1.000 m3/ano
Índice de atendimento total de água (IN055) 30,6 %
Índice de atendimento urbano de água (IN023) 100 %
Índice de hidrometração (IN009) 96,4 %
Consumo médio per capita de água (IN022) 243,5 l/hab.dia
Índice de consumo de energia elétrica em sistemas
0,59 kWh/m3
de abastecimento de água (IN058)
Extensão de rede de água por ligação (IN020) 24,9 m/ligação
Índice de perdas de faturamento (IN013) 14,1 %
Índice de perdas na distribuição (IN049) 1,2 %
Conforme informações fornecidas pela CORSAN, já foram obtidos os seguintes recursos em
abastecimento de água para Glorinha:

• Recurso obtido junto ao PAC II/ 4ª seleção/ CEF – Obra, para as obras de ampliação
geral do sistema de abastecimento de água – barragem, adequação da captação,
elevatória de água bruta, ampliação da ETA e tratamento do lodo.

25
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

A área rural deverá ser estudada de forma a buscar o atendimento também pela CORSAN
de áreas contíguas ao sistema principal tanto no abastecimento de água como no
esgotamento sanitário. Para as demais áreas, sem viabilidade de atendimento pelos
sistemas da CORSAN, sugere-se a inclusão num programa de Saneamento Rural de âmbito
regional.

8.1.3 Sistema existente e situação atual – esgoto


Pelos dados do SNIS 2011, Glorinha não possui sistema público para coleta e tratamento de
esgoto.

A CORSAN está implantando o sistema de esgotamento sanitário para atendimento, em


final de plano, de 4.136 habitantes.

Conforme o relevo da região, a bacia 01 atende a praticamente todo centro da cidade e


conduz por gravidade o afluente até o interceptor 01 até a estação elevatória 01. A
elevatória 01 está localizada na margem da rodovia RS 030 no ponto mais baixo do
interceptor e recalcará, através de um emissário, até um PV próximo que faça parte da bacia
02 que, por gravidade, conduzirá o efluente à ETE. Haverá mais duas outras elevatórias,
situadas nas bacias 03 e 04, que proverão a transposição dos efluentes para as demais
bacias hidrossanitárias.

A Figura 4 mostra a planta geral do sistema.

Figura 4 – SES de Glorinha em implantação


Fonte: CORSAN, 2013.

8.1.4 Carências de infraestrutura de água e esgoto identificadas no PHLIS


Além da questão da irregularidade fundiária, são constantes no município as inadequações
de esgotamento sanitário e abastecimento de água. Estes problemas foram constantemente
relatados pela população à equipe do PLHIS.

26
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

O município ainda aponta que deverá ser dado atenção às moradias que se encontram em
cotas inferiores à rua, devendo ser estudada a forma de atendimento nesses casos.

Áreas mais pobres


Loteamentos clandestinos
Novos loteamentos
Necessidade de esgotamento sanitário
Necessidade de abastecimento de água

Figura 5 – Mapa das necessidades habitacionais segundo os moradores da cidade.


Fonte: PLHIS, 2010.

27
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

8.2 DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS

8.2.1 Prestação dos Serviços


A operação e manutenção do sistema de drenagem das águas pluviais ficam a cargo da
Secretaria de Obras, Viação e Serviços Públicos.

A Secretaria de Obras, Viação e Serviços Públicos mantém interfaces com as seguintes


secretarias: Administração e Planejamento, Educação, Agricultura, Indústria, Comércio e
Meio Ambiente e Saúde. Segundo a lei ambiental, em seu artigo 20 os serviços de
abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais,
limpeza urbana, coleta, tratamento e disposição final de resíduos sólidos estão sujeitos ao
controle da Secretaria Municipal de Agricultura, Indústria, Comércio e Meio Ambiente sendo
que a construção, reforma, ampliação e operação de sistema de saneamento básico
dependem de prévia aprovação dos respectivos projetos, pelas Secretarias Municipais de
Agricultura, Indústria, Comércio e Meio Ambiente e de Administração e Planejamento.

8.2.2 Sistema existente e situação atual


Os principais cursos d’água que drenam o município de Glorinha são Arroio do Pinto, Arroio
Três Figueiras, Arroio Grande, Arroio Contendas, Arroio Sanga Funda, Arroio Miraguaia e
Rio Gravataí.

A Figura 6 apresenta esquematicamente a divisão das bacias que drenam o município.

28
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Figura 6 - Sub-bacias de Glorinha


Fonte: Adaptado da Carta SGE Escala 1:50.000

Não se identificam deficiências significativas no sistema natural de drenagem de Glorinha,


haja vista que a ocupação urbana priorizou até o momento sua instalação sobre divisor de
águas.

Identifica-se como principal condicionante na drenagem municipal, as baixas declividades


dos cursos d'água, o que condiciona escoamentos mais lentos, embora quando da
ocorrência de precipitação de elevada intensidade se verifica ocorrência de enxurradas
pontuais.

Consideram-se redes de microdrenagem as tubulações inferiores ou iguais a DN1500.

29
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Embora a Prefeitura Municipal não disponha de cadastro do sistema de drenagem, pode-se


afirmar que todas as vias pavimentadas dispõem de rede de drenagem, que abrangem
cerca de 90 % da área urbana

Consideram-se redes de macrodrenagem as tubulações acima de DN1500, canais abertos e


fechados.

A rede de macrodrenagem de Glorinha se resume aos próprios cursos d'água já


identificados anteriormente, sendo que os mesmos estão localizados fora da área urbana,
não apresentando problemas de inundações. A Prefeitura Municipal não dispõe de cadastro
do sistema de macrodrenagem.

Conforme informações obtidas junto a Prefeitura Municipal, observam-se poucos problemas


de inundações, sendo detectado apenas um ponto no condomínio Casa de Campo,
localizado na região leste da área urbana.

O município não possui sistema de proteção contra cheias com diques, canais e casa de
bombas.

A seguir estão resumidos os principais pontos do diagnóstico realizado para Glorinha


relativos a drenagem e manejo das águas pluviais.

30
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Quesitos Problema Causas Tipo

Recebimento direto do Rio Gravataí de Falta de planejamento na interface existente


Interface pelos recursos hídricos
Santo Antônio da Patrulha e descarga direto com os municípios vizinhos que compartilham Não Estrutural.
com Municípios Vizinhos
em Gravataí e Viamão as mesmas bacias de contribuição.

Implantação de obras de drenagem urbana


Falta de planejamento, execução e
Planejamento do sistema de sem o devido planejamento em termos de
procedimentos para implementação e
drenagem integrado com consideração da ocupação efetiva atual e Não Estrutural.
aprovação do Projeto Lei do Plano Diretor de
urbanístico. futura prevista pelo Plano Diretor
Drenagem.
Urbanístico.

Desatualização e falta de padronização dos Necessidades de solucionar problemas


Planejamento do sistema de
estudos de planejamento para a Drenagem relacionados ao planejamento da drenagem Não Estrutural.
drenagem.
Urbana. urbana.

Ausência de Cadastro topográfico Carência de obtenção de informações Inexistência de um cadastro topográfico


e estrutural da Rede de Micro e atualizadas e em tempo adequado sobre o informatizado da rede de drenagem existente, Não Estrutural.
Macrodrenagem. sistema de drenagem existente. com suporte de SIG.

Ausência de planejamento de Ações de manutenção e limpeza corretiva Falta de registros em forma de banco de
drenagem integrado com dos canais sem uma análise estatística das dados georeferenciado para análise das Não Estrutural.
urbanístico. intervenções. ações freqüentes de manutenção.

31
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Quesitos Problema Causas Tipo

Interface com o sistema de Comprometimento da qualidade da água e Existência de lançamentos de efluentes


Não Estrutural.
esgotamento sanitário. das estruturas do sistema de drenagem. domésticos na rede pluvial.

Interface com o sistema de coleta Comprometimento da qualidade da água e Sobreposição de atribuições; Carência de
Não Estrutural.
e tratamento de resíduos sólidos. das estruturas do sistema de drenagem. equipamentos e pessoal.

Desconhecimento do volume de sedimentos Ações corretivas de limpeza somente


Interface com o sistema de coleta
e sua frequência nos canais de mediante demanda, sem registro em banco Não Estrutural.
e tratamento de resíduos sólidos.
macrodrenagem. de dados.

Interface com o sistema de coleta Lançamento de resíduos sólidos Falta de uma consciência adequada referente
Não Estrutural.
e tratamento de resíduos sólidos. diretamente na rede de canais. ao lançamento de resíduos na rede.

Falta de fiscalização das taxas de ocupação Falta de instrumento legal que faça a
Aumento da densidade na área
dos imóveis em relação ao zoneamento associação entre o planejamento urbano e a Não Estrutural.
urbana.
proposto drenagem.

Habitações sub-normais e em situação de


Áreas ocupadas por habitações
precariedade. Falta de regularização dos Ocupação urbana desordenada e falta de
sub-normais, irregulares com Estrutural.
loteamentos, desmembramentos e investimentos planejados.
infraestrutura precária.
edificações em situação irregular.

32
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Quesitos Problema Causas Tipo

Inexistência de um parâmetro de eficiência e


Fiscalização e Regulação da Falta de regulação do setor de drenagem
eficácia na prestação de serviços de Não Estrutural.
Drenagem Urbana. urbana.
drenagem urbana.

Falta de banco de projetos que contemplem Ausência de Plano Direto de Drenagem e


Projetos. Não Estrutural.
estudo integrado das bacias de drenagem. Carência de Projetos Existentes.

Elaborado por Concremat, 2014

33
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

8.3 LIMPEZA URBANA E RESÍDUOS SÓLIDOS

8.3.1 Prestação dos Serviços


No município de Glorinha, a Secretaria de Obras e a Secretaria de Meio Ambiente são as
entidades responsáveis pela gestão, fiscalização e administração dos serviços públicos de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

8.3.2 Sistema existente e situação atual


O município de Glorinha, juntamente com os demais municípios integrantes do Consórcio
Pró-Sinos, dispõe do seu Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS), fruto de
um convênio firmado entre o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) e o Consórcio Pró-
Sinos.

Conforme consta no referido PGIRS, o documento contemplou as seguintes metas: (i) Meta
1: Diagnóstico situacional de cada município; (ii) Meta 2: Elaboração de prognósticos; (iii)
Meta 4: Modelagem e indicação de áreas de transbordo, destino final e tratamento. A etapa
de diagnóstico foi executada no ano de 2010, desta forma a propagação do trabalho em
suas fases conseguintes de “Prognostico”, “Matriz de Alternativas e Construção de
Cenarios”, etc., tomou como base o cenário evidenciado no referido período.

Esse PGIRS foi validado em 2012, ou seja, ano da contratação do Plano Municipal e do
Plano Regional de Saneamento Básico dos municípios integrantes do Consórcio Pró-Sinos,
objeto do presente trabalho.

Conforme previsto na Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010, o Plano Municipal de Gestão


Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) deve ser submetido periodicamente a revisões, se
observando prioritariamente os períodos de vigência dos planos plurianuais municipais.

O próprio PGIRS elaborado registra que desde a época da elaboração do diagnóstico, os


cenários vem sofrendo alterações relevantes, sendo que a maior parcela das alterações
indica a evolução da gestão dos resíduos sólidos já em consonância com os requisitos e
premissas da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Assim, diante desse cenário dinâmico, este PMSB sistematizou as informações do referido
PGIRS em planilhas excel que foram entregues a cada município no sentido de iniciar uma
base de dados para as futuras atualizações previstas. Como já foi mencionado
anteriormente, sugere-se que o município mantenha a base de dados atualizada a cada
informação gerada, o que será fundamental para a aplicação dos indicadores de avaliação
do andamento do PMSB e que serão elementos importantes para as atualizações e revisões
das metas previstas para serem realizadas a cada quatro anos.

Essa base de dados está no subproduto específico da etapa do diagnóstico e foi utilizada
como referência para as propostas de ações de limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos integradas neste PMSB e no PRSB.

A seguir estão resumidos os principais pontos do diagnóstico realizado para Glorinha


relativos a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

34
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Quesito Situação
Planejamento e gestão A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) e a Lei de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007) são as
principais normativas legais que norteiam a gestão e o gerenciamento dos resíduos sólidos nos âmbitos nacional, estadual e
municipal. Administrações públicas, entidades privadas e cidadãos devem atender às premissas constantes nestes
regulamentos.
O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é um dos principais instrumentos de gestão previstos na Lei nº
12.305/2010. Segundo a referida norma, a existência destes planos é condição para os municípios terem acesso a recursos da
União, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de
resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento
para tal finalidade.
Além disso, a Política de Resíduos, em seu artigo 18º, indica que aqueles municípios que optarem por soluções consorciadas
para a gestão dos resíduos sólidos serão priorizados nos acessos aos recursos da União.
Glorinha, além de integrar o Consórcio Pró-Sinos e de estar inserido no Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos deste Consórcio, ainda possui o seu Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e, em breve obterá o
Plano Municipal de Saneamento Básico.
Cabe ao município fazer bom uso destas ferramentas e aprimorar cada vez mais a gestão dos resíduos. Esta gestão deve
prever a articulação de mecanismos locais e regionais, visando a assegurar o atendimento integral às Políticas Nacionais de
Resíduos Sólidos e de Saneamento Básico, de modo eficaz e sustentável.
Em sinergia com o Consórcio e demais entes consorciados, Glorinha deve aproveitar a oportunidade ofertada pelo governo,
planejar e investir no desenvolvimento das vertentes do Saneamento Básico, principalmente no que tange à limpeza pública e
manejo dos resíduos sólidos.
É imprescindível que o município mapeie e registre precisamente os indicadores de qualidade destes serviços, de modo que
todas as lacunas de gestão sejam devidamente identificadas e assim, possam ser estabelecidos planos e ações de melhoria
capazes de lapidar e requintar a gestão dos resíduos.
Fiscalização e controle Existem diversas normativas legais que norteiam, de forma direta ou indireta, os serviços de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos no município de Glorinha
Observa-se que alguns dos instrumentos legais existentes foram promulgados em datas anteriores à publicação da Política
Nacional de Resíduos Sólidos e à Lei de Saneamento Básico, que datam 02 de agosto de 2010 e 05 de janeiro de 2007,
respectivamente.
Este fator remete à necessidade iminente de adequar estas normativas às minuciosidades previstas nessas leis, com os
seguintes objetivos:
- Contextualizar os requisitos previstos nas leis municipais aos das leis federais;
- Efetivar e padronizar as ações de fiscalização e controle dos serviços;
- Adequar às exigências relativas aos serviços às prerrogativas das leis federais em vigor.
Uma alternativa para a fiscalização e controle da gestão dos serviços seria a de que o Consórcio, em conjunto com os entes
consorciados, definisse regulamentos legais que visassem padronizar a gestão destes serviços. Esta ação poderia ocorrer
mediante a criação de uma Agência Reguladora, responsável pelo regimento, planejamento e fiscalização das ações.

35
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Quesito Situação
Prestação dos serviços A avaliação da qualidade e efetividade e sustentabilidade da prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos demandam análises qualitativas, quantitativas e uma caracterização mais precisa dos seguintes indicadores
operacionais e gerenciais: Recursos humanos; Equipamentos; Custos diretos e indiretos; Calendários, cronogramas e roteiros;
Entre outros.
É importante mencionar que a Lei de Saneamento Básico afirma que os serviços públicos de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos urbanos terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, com remuneração
pela cobrança dos serviços aos usuários, mediante taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime
de prestação do serviço ou de suas atividades.
Estabelece ainda que poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários e localidades que não tenham
capacidade de pagamento ou escala econômica suficiente para cobrir o custo integral dos serviços e que, quando da instituição
das tarifas, preços públicos e taxas para os serviços de saneamento básico, devem ser observadas as seguintes diretrizes:
I - prioridade para atendimento das funções essenciais relacionadas à saúde pública; II - ampliação do acesso dos cidadãos e
localidades de baixa renda aos serviços; III - geração dos recursos necessários para realização dos investimentos, objetivando
o cumprimento das metas e objetivos do serviço; IV - inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos; V -
recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço, em regime de eficiência; VI - remuneração adequada do capital
investido pelos prestadores dos serviços; VII - estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os
níveis exigidos de qualidade, continuidade e segurança na prestação dos serviços; VIII - incentivo à eficiência dos prestadores
dos serviços.
Atualmente o município de Glorinha busca a recuperação dos custos com os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos através de cobrança aos usuários, imposta no IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano.
No entanto, de acordo com os dados levantados, o total arrecadado não cobre o total despendido. Além disso, a referida
cobrança não contempla os serviços de coleta, transporte e destinação final dos resíduos de saúde de estabelecimentos
públicos e dos resíduos inertes de pequenos geradores.
Sabe-se que a qualidade da prestação dos serviços públicos de saneamento básico está intimamente correlacionada aos
investimentos aplicados nas operações. Em vista disto, o planejamento da recuperação dos custos e dos investimentos deve
atender à demanda exigida pelas necessidades do município, possibilitando o atingimento da eficácia.

36
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Quesito Situação
Geração, As principais prerrogativas das leis de resíduos sólidos e saneamento básico são a não geração, redução, reutilização,
acondicionamento e reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
caracterização dos Cabe ao município, estabelecer diretrizes, metas e estratégias que assegurem, facilitem e incentivem as ações abaixo, com
resíduos sólidos urbanos vista a sanar esta problemática:
- Intensificação das campanhas de educação ambiental que visam ao consumo sustentável e segregação dos resíduos na
fonte;
- Refinamento do Programa de Coleta Seletiva e triagem dos resíduos;
- Investimento e ampliação de parcerias junto a cooperativas;
- Atendimento à logística reversa e responsabilidade compartilhada;
- Planejamento e definição de metas para a redução do encaminhamento dos resíduos secos e úmidos ao aterro sanitário,
tomando-se como base a versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos;
- Incentivo e apoio ao mercado de reciclagem;
- Planejamento para a implantação/ampliação de empreendimentos que priorizem a valorização e beneficiamento dos resíduos
sólidos, anteriormente a seu descarte final, tais como usinas de triagem, compostagem, etc.
O município de Glorinha necessita investir fortemente nestas questões. Sugere-se que este investimento seja planejado em
sinergia com o Consórcio Pró-Sinos, de modo que possam ser viabilizados recursos técnicos, administrativos e financeiros
para o incremento da gestão dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
Coleta diferenciada e não Atualmente, Glorinha não exerce a coleta seletiva. Deste modo, é imprescindível que o município planeje a implantação desta
diferenciada ação, tanto em sua extensa área rural como na área urbana. Conforme já mencionado, esta ação pode ser promovida em
sinergia com o Pró-Sinos e com o auxílio de fundos de investimento, sejam estes privados ou advindos do Governo Federal.
PEVs e ecopontos Segundo dados diagnosticados, o município de Glorinha já trabalha na implementação do sistema de logística reversa e
responsabilidade compartilhada. Apresenta alguns pontos de coleta instalados em entidades privadas as quais são
responsáveis pelo encaminhamento e destinação final dos materiais recolhidos, fazendo jus aos preceitos da responsabilidade
compartilhada.
No entanto, a Prefeitura atualmente ainda é a encarregada pela logística reversa de algumas tipologias de resíduos.
Segundo a Lei º 12.305/2010 e seu Decreto Regulamentador nº 7.404/2010, se o titular do serviço público de limpeza urbana e
de manejo de resíduos sólidos, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor empresarial, encarregar-se
de atividades de responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logística
reversa dos produtos e embalagens, as ações do poder público deverão ser devidamente remuneradas, na forma previamente
acordada entre as partes, o que não retrata a realidade do município.
Além de implementar de modo efetivo e abrangente o sistema de logística reversa, é preciso também que o município
estabeleça ferramentas e metodologias para fiscalizar toda a cadeia do processo para garantir que os resíduos estão tendo
uma destinação ambientalmente adequada..

37
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Quesito Situação
Triagem de recicláveis Não há galpões de triagem instalados em Glorinha, assim como não existem cooperativas ou associações de catadores de
secos matérias recicláveis e reutilizáveis.
Recentemente o município realizou um estudo a respeito dos catadores informais. Os resultados do estudo indicaram que
existem cerca de seis (06) catadores, atuando de modo disperso em Glorinha.
Tratamento de orgânicos O município não possui instalado em seu território Usina de Compostagem.

Transbordo e transporte Os rejeitos provenientes da coleta regular e coleta diferenciada percorrem 70 quilômetros até sua destinação final.
de rejeitos

Destinação final de Os resíduos e rejeitos são destinados para o Aterro Sanitário, devidamente licenciado, da empresa REVITA ENGENHARIA
rejeitos S/A.

Serviços de limpeza Poucas são as informações diagnosticadas a respeito das operações e dos serviços de limpeza pública. Esta situação
pública inviabiliza uma análise aprofundada no tema. Destaca-se a necessidade de aprimorar a coleta de dados com o propósito de
planejar melhorias para o setor.
Resíduos de serviços de Os resíduos da saúde gerados em estabelecimento públicos são gerenciados dentro dos preceitos da lei. A gestão daqueles
saúde gerados nos estabelecimentos privados é de responsabilidade do gerador.
Ainda, em atendimento a Resolução Conama 358/2005, é necessário que os estabelecimentos de saúde apresentem seus
Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, sendo estes os instrumentos necessários à implementação e
efetivação do gerenciamento satisfatório e apropriado dos RSS.
Resíduos de construção Conforme os preceitos das leis de saneamento básico e resíduos sólidos, os resíduos inertes devem ser beneficiados e
e demolição valorizados. Desta forma, convém que Glorinha estabeleça acordos com o município de São Leopoldo a fim de encaminhar os
inertes, não reutilizados, para a Usina de Reciclagem e Britagem de RCC, recentemente inaugurada em São Leopoldo ou,
busque outros meios para a valorização dos resíduos inertes gerados na cidade.
Ainda, em atendimento ao artigo 5º da Resolução Conama 307/2002, é necessário que Glorinha elabore e implemente o Plano
Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, em consonância com o Plano Regional de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos, sendo este o instrumento necessário à efetivação do gerenciamento satisfatório e apropriado dos RCC.
Passivos ambientais A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece que áreas de bota-fora, lixão e aterro controlado deverão ser eliminadas
até o ano de 2014. Além de eliminar as áreas caracterizadas como passivos ambientais, é preciso desenvolver planejamentos
que assegurem a recuperação ambiental dos passivos, prevendo a queima pontual de gases, coleta de chorume, drenagem
pluvial, compactação da massa e cobertura vegetal, conforme metas previstas na versão preliminar do Plano Nacional de
Resíduos Sólidos.
Embora os passivos ambientais existentes em Glorinha apresentem-se inativos, é imprescindível que os mesmos sejam
submetidos à estudos que viabilizem, dentro dos prazos legais, a recuperação e monitoramento das áreas. .

38
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

9 IMPACTOS NA SAÚDE, NA CIDADANIA E NOS RECURSOS NATURAIS

Diversos artigos da Constituição brasileira estabelecem diretrizes para as ações de saúde a


serem desencadeadas pela União, Estados e Municípios. Entre eles os artigos 23 e 30, que
tratam das competências.

Os artigos 196 e 197 garantem direitos e estabelecem deveres de regulamentação,


fiscalização e controle e as seguintes diretrizes:

I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;


II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.

O artigo 200, ao tratar do Sistema Único de Saúde (SUS), elenca entre suas atribuições:

II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do


trabalhador;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

Deve ser mencionado também o artigo 225 que garante a “todos o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras gerações”.

Todas essas disposições, ratificadas nas Constituições estaduais e nas leis orgânicas
municipais, reconhecem a vinculação estreita entre as condições sanitárias e ambientais e
os índices de saúde pública e qualidade de vida.

A Lei Federal 8.080/1990, que dispõe sobre o funcionamento dos serviços de saúde no país,
estabeleceu em seu artigo 3º8 que a saúde tem como fatores determinantes e
condicionantes, entre outros, o saneamento básico. Com isto há um reconhecimento legal
da existência de uma relação de causalidade entre condições inadequadas de saneamento
básico e os indicadores de saúde.

Igualmente a Lei Federal 11.445/2007determinou que os serviços públicos de saneamento


básico devem ser prestados com base em 12 princípios fundamentais, destacando-se:

• a universalização do acesso;
• a integralidade dos diversos serviços de saneamento básico;
• a prestação dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza
urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde
pública e à proteção do meio ambiente;

8
(Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013)
Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a
educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir
às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.

39
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

• e a disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e manejo


das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e dos
patrimônios público e privado.
Um dos principais indicadores da situação de saúde é a taxa de mortalidade infantil (TMI)
para a qual importante parcela de responsabilidade é atribuída aos serviços de saúde e de
saneamento. Sabe-se que medidas sanitárias adequadas9 e serviços de saúde acessíveis e
de boa qualidade podem atuar positivamente na redução destes índices, o que fica
evidenciado pelo IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal). O IDHM inclui três
componentes: IDHM Longevidade, IDHM Educação e IDHM Renda. Permite avaliar os
municípios em três importantes dimensões do desenvolvimento humano. É acompanhado
por mais de 180 indicadores socioeconômicos, que dão suporte à análise do IDHM e
ampliam a compreensão dos fenômenos e dinâmicas voltados ao desenvolvimento
municipal. O IDHM e os indicadores de suporte estão reunidos no Atlas do Desenvolvimento
Humano no Brasil 201310.

A Figura 7 mostra as faixas de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de acordo com


a nova metodologia de avaliação aplicada aos dados de 2010 e publicada em 2013.

Figura 7 - Faixas de IDHM.


Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013

Os dados relativos ao IDHM dos municípios integrantes do Consórcio Pró-Sinos são


reproduzidos no Quadro 7, com as cores relativas às faixas onde se encontravam em 2010,
juntamente com os da Capital do Estado, para efeitos de comparação.

O quadro permite observar que a maior parte dos municípios apresenta alto
desenvolvimento humano, situando-se na faixa de 0,700 a 0,799 e que apenas seis estão
situados na faixa de médio desenvolvimento humano, coincidentemente os que apresentam
menores índices de cobertura dos serviços de saneamento, especialmente abastecimento
de água e esgotamento sanitário.

9
Leal & Szwarcwald analisando a evolução da mortalidade neonatal no estado do Rio de Janeiro, de 1979 a 1993, constataram
que a sua redução era resultado, entre outros fatores, da ampliação da rede pública de abastecimento de água.
10
http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/o_atlas/idhm/

40
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Quadro 7 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Municípios do Consórcio


Pró-Sinos
Município 1991 2000 2010
Porto Alegre 0,660 0,744 0,805
Araricá 0,414 0,565 0,679
Cachoeirinha 0,546 0,672 0,757
Campo Bom 0,517 0,669 0,745
Canela 0,494 0,638 0,748
Canoas 0,556 0,665 0,750
Caraá 0,370 0,508 0,652
Dois Irmãos 0,535 0,676 0,743
Estância Velha 0,537 0,674 0,757
Esteio 0,589 0,693 0,754
Glorinha 0,424 0,587 0,714
Gramado 0,546 0,698 0,764
Igrejinha 0,481 0,603 0,721
Nova Hartz 0,436 0,578 0,689
Nova Santa Rita 0,455 0,609 0,718
Novo Hamburgo 0,544 0,671 0,747
Parobé 0,444 0,600 0,704
Portão 0,453 0,618 0,713
Riozinho 0,420 0,568 0,661
Rolante 0,444 0,595 0,688
Santo Antônio da Patrulha 0,508 0,620 0,717
São Francisco de Paula 0,464 0,592 0,685
São Leopoldo 0,543 0,656 0,739
Sapiranga 0,463 0,597 0,711
Sapucaia do Sul 0,513 0,633 0,726
Taquara 0,537 0,651 0,727
Três Coroas 0,478 0,610 0,710
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Atlas Brasil, 2013.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Glorinha é 0,714, em 2010. O


município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e
0,799). Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação
(com crescimento de 0,223), seguida por Renda e por Longevidade. Entre 1991 e 2000, a
dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,192),
seguida por Renda e por Longevidade, conforme Quadro 8.

Quadro 8 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Glorinha


ANO 1991 2000 2010
IDH -M 0,424 0,587 0,714
Educação 0,178 0,37 0,593
Longevidade 0,741 0,82 0,859
Renda 0,579 0,666 0,716
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013.

41
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

A principal enfermidade relacionada ao saneamento que afeta em grande escala os índices


de saúde são as diarreias que segundo a Organização Mundial da Saúde causam,
anualmente, a morte de quatro crianças menores de cinco anos em todo o mundo.

No Quadro 9 estão listadas as principais doenças, com identificação dos agentes


causadores e o modo de transmissão.

Quadro 9 – Doenças relacionadas às condições de saneamento

Doença Agente Transmissão

Amebíase ou Entamoeba Transmitida através da água contaminada com


disenteria amebiana histolytica – fezes, hortaliças contaminadas ou manipuladores
protozoário. de alimentos que são portadores e não têm uma
higiene adequada.

Ascaríase Ascaris Transmitida por ingestão de ovos infectados


lumbricoides – procedentes do solo contaminado com fezes
larva redonda humanas ou alimentos crus contaminados.
Contágio entre crianças por brinquedos
contaminados com terra infectada e em áreas de
defecação comunitária.

Balantidíase Balantidium coli Transmitida por ingestão de cápsulas contendo o


– protozoário micro-organismo em alimentos ou água
contaminada por fezes. Prevalece especialmente
onde o saneamento é pobre. As epidemias se
produzem pela água contaminada com fezes
suínas.

Cólera Vibrio cholerae Transmitida por ingestão de água ou alimentos


– bactéria contaminados pelas fezes ou vômitos de
indivíduos infectados; manejo anti-higiênico de
alimentos, consumo de moluscos ou crustáceos
contaminados crus.

Criptosporidiose Cryptosporidium Transmitido pela rota fecal-oral, as cápsulas


– protozoário contendo o micro-organismo são altamente
resistentes aos processos normais de tratamento
da água; o agente infeccioso tem sido identificado
frequentemente em fontes de água contaminadas
por despejos contendo fezes de gado.

Diarreia Escherichia coli Os agentes infecciosos se propagam por


- bactéria alimentos, água e vômitos contaminados; os
seres humanos são o reservatório principal.

Giardíase Giardia lamblia Transmitida pela via fecal-oral, por água,


– protozoário alimentos e pelo mecanismo mão a boca. Os
surtos ocorrem pelas fontes de água
contaminadas e por manipulação dos alimentos
com mãos contaminadas.

42
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Doença Agente Transmissão

Hepatite Vírus da Transmitida pela rota fecal-oral, especialmente


hepatite A e E por água e alimentos contaminados, em particular
moluscos e crustáceos. É uma doença endêmica
em todo o mundo.

Leptospirose Leptospira Transmitida pelo contato da pele ou das mucosas


interrogans – com água, terra úmida ou vegetação
orden contaminadas com a urina de animais infectados
Spirochaetas provenientes de granjas ou silvestres; por
ingestão de alimentos contaminados com a urina
de ratos infectados.

Febre tifoide Salmonella typhi Transmitida por alimentos ou água contaminados,


– bactéria. semelhante à paratifoide.

Poliomielite Poliovirus tipos Transmitida por contato direto mediante relação


1,2,3 – estreita ou pela rota fecal-oral. A irrigação com
enterovirus efluentes não tratados de águas residuais tem
sido vinculado com epidemias.

Gastroenterite por Rotavirus da Transmitida pela rota fecal-oral e possivelmente


rotavirus família pela fecal-respiratória.
reoviridae

Shiguelose ou Shigella Transmitida de maneira direta ou indireta para a


disenteria bacilar dysenteriae, via fecal-oral. Servem como veículo de
flexneri, boydii y transmissão a água, leite contaminado com fezes
sonnei – e águas residuais utilizadas em irrigação, assim
bactérias como as moscas.
Fonte: Organização Pan-americana da Saúde. Guia para o Dia Interamericano da Água,
2001.

O Quadro 10 apresenta algumas das doenças relacionadas ao Saneamento Ambiental


Inadequado ocorridas nos municípios inseridos, total ou parcialmente, na bacia do Rio dos
Sinos, no período de janeiro a dezembro de 2010.

43
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Quadro 10 – Doenças relacionadas às condições de saneamento – Municípios do Consórcio Pró-Sinos

Número de Internações

Esquistossomo

Ancilostomíase

Febre Amarela
Hepatite Viral
Febre Tifoide

Leptospirose

Helmintíase
Paratifoide

Amebíase

Encefalite
Tracoma

Filariose
Diarreia

Dengue

Malária
Cólera
Município

se
Araricá 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Cachoeirinha 0 0 2 32 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0
Campo Bom 2 3 6 40 0 0 3 0 0 1 1 0 0 0 2
Canela 0 6 2 98 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 3
Canoas 13 0 11 48 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0
Caraá 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Dois Irmãos 0 0 1 52 0 0 4 0 0 0 1 0 0 0 0
Estância Velha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Esteio 0 0 8 1 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1
Glorinha 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Gramado 0 0 3 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 1
Gravataí 0 0 12 5 0 0 10 0 0 0 1 0 0 0 0
Igrejinha 0 0 3 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Nova Hartz 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Nova Santa Rita 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Novo Hamburgo 0 0 12 3 0 0 10 0 0 0 0 0 0 0 4
Parobé 0 0 0 47 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Portão 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Riozinho 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Rolante 0 0 2 8 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0

44
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Número de Internações

Esquistossomo

Ancilostomíase

Febre Amarela
Hepatite Viral
Febre Tifoide

Leptospirose

Helmintíase
Paratifoide

Amebíase

Encefalite
Tracoma

Filariose
Diarreia

Dengue

Malária
Cólera
Município

se
Santo Antônio da
0 0 9 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Patrulha
São Francisco de
0 0 1 128 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Paula
São Leopoldo 107 0 14 5 0 0 0 1 0 0 0 1 3 0 0
Sapiranga 0 0 4 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Sapucaia do Sul 0 0 3 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1
Taquara 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Três Coroas 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Total 122 14 94 476 2 0 44 1 0 1 5 1 3 0 15

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), 2010.

45
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

10 GLOSSÁRIO

Abastecimento de água Abastecimento através de rede geral ou outra forma (água


proveniente de chafariz, bica, mina, poço particular, caminhão-pipa, cisterna, cursos d’água
etc.).

Adutora de água bruta Tubulação para o transporte de água sem qualquer tipo de
tratamento, que normalmente se estende da captação até a estação de tratamento de água.

Adutora de água tratada Tubulação para o transporte de água submetida a um tratamento


prévio, através de processos físicos, químicos ou biológicos com a finalidade de torná-la
apropriada ao consumo humano, que normalmente se estende da estação de tratamento de
água até o reservatório.

Água bruta Água de uma fonte de abastecimento, antes de receber qualquer tratamento.

Água tratada Água de um manancial utilizado no sistema de abastecimento de água,


submetida a um tratamento prévio, através de processos físicos, químicos ou biológicos com
a finalidade de torná-la apropriada ao consumo humano.

Áreas de risco Áreas especiais que denotam a existência de risco à vida humana e que
necessitam de sistema de drenagem especial. As áreas de risco são classificadas, quanto
ao tipo, em: áreas em taludes, que são terrenos de superfície inclinada na base de um
morro ou de uma encosta de vale, onde se encontra um depósito de detritos e encostas
sujeitas a deslizamentos; áreas de baixios, ou seja, de terras baixas, sujeitas a inundações
na estação chuvosa e/ou proliferação de vetores e, em geral, constantemente alagadas;
áreas sem infraestrutura de drenagem, onde não existem redes coletoras de águas pluviais;
ou áreas urbanas com formações de grotões, ravinas e processos erosivos crônicos.

Assoreamento da rede de drenagem Processo de depósito de sedimentos carregados


pelas águas de chuvas nas redes de drenagem pluviais que tem como principal
consequência a redução da seção transversal das tubulações e, por conseguinte, da
capacidade de transporte de vazão. Em alguns casos extremos, tem-se até mesmo a
obstrução plena da tubulação.

Aterro controlado Instalação destinada à disposição de resíduos sólidos urbanos, na qual


alguns ou diversos tipos e/ou modalidades objetivas de controle sejam periodicamente
exercidos, quer sobre o maciço de resíduos, quer sobre seus efluentes. Admite-se, desta
forma que o aterro controlado se caracterize por um estágio intermediário entre o lixão e o
aterro sanitário.

Aterro de resíduos da construção civil ou antigo aterro de inertes Equipamento urbano


definido pela NBR 15.113/2004 como sendo determinada área destinada ao recebimento e
transformação de resíduos da construção civil classe A, já triados, para produção de
agregados reciclados. Ou: instalação onde são empregadas técnicas e princípios
adequados de engenharia para a correta disposição de resíduos da construção civil classe A
(conforme classificação da Resolução CONAMA nº 307, de 05 de julho de 2002) e de
resíduos inertes no solo de maneira tal que não venham a causar danos à saúde pública
e/ou ao meio ambiente, visando a reservação de materiais previamente segregados, de
forma a possibilitar seu uso futuro; e/ou a futura utilização da área aterrada para outros fins,
previamente definidos.

46
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Aterro sanitário Instalação de destinação final dos resíduos sólidos urbanos por meio de
sua adequada disposição no solo, sob controle técnico e operacional permanente, de modo
a que nem os resíduos, nem seus efluentes líquidos e gasosos, venham a causar danos à
saúde pública e/ou ao meio ambiente.

Bacia hidrográfica área de captação da água de precipitação, demarcada pelos divisores


topográficos, onde a água captada converge para um ponto, o exutório.

Bocas de lobo Dispositivos localizados em pontos convenientes, em geral nas faixas de


vias públicas paralelas e vizinhas ao meio-fio, para captação de águas pluviais. Desses
dispositivos partem tubulações interligando-os à rede coletora. Esses dispositivos
normalmente são implantados quando a rede coletora de águas pluviais fica sob as vias
públicas ou canteiros centrais. As bocas de lobo se caracterizam por apresentarem apenas
uma entrada, enquanto as bocas de leão se caracterizam por apresentarem três ou mais
entradas.

Bueiro Conduto fechado para a livre passagem da água superficial de drenagem sob
estrada de rodagem, estrada de ferro, canal ou outra estrutura.

Caminhão compactador Veículo com carroceria dotada de sistema de compactação, com


capacidade de coletar até 40m3 de lixo solto, que evita a dispersão de detritos e a exalação
de odores.

Capina Conjunto de procedimentos concernentes ao corte, manual ou mecanizado, da


cobertura vegetal rasteira considerada prejudicial e que se desenvolve em vias e
logradouros públicos, bem como em áreas não edificadas, pública ou privada, abrangendo
eventualmente a remoção de suas raízes e incluindo a coleta dos resíduos resultantes. Para
efeito da pesquisa, considera-se capina manual aquela executada estritamente com
ferramentas manuais convencionais, como enxada, foice, rastelo etc. O uso de qualquer
equipamento motorizado, mesmo os de pequeno porte, tais como roçadeiras costais ou
microtratores, caracteriza essa atividade como capina mecanizada.

Captação de água Local de tomada de água do manancial, superficial ou subterrâneo, que


compreende a primeira unidade do sistema de abastecimento. A captação de água abrange
toda retirada, recolhimento ou aproveitamento de água, para qualquer fim, proveniente de
qualquer corpo d’água ou corpo hídrico. O mesmo que derivação de água.

Captação de poço profundo Captação de água de poço que, geralmente, é de grande


profundidade e com diâmetro reduzido; na maior parte das vezes, apresenta diâmetro
inferior a 25cm.

Captação de poço raso Captação de água de poço de lençol freático que, geralmente, não
é profundo, pois a água encontra-se acima da primeira camada impermeável do solo na
maior parte das vezes, apresenta diâmetro superior a 80 cm.

Captação superficial Captação de água de diferentes corpos d’água, tais como: rio,
córrego, ribeirão, lago, lagoa, açude, represa, fonte, nascente etc. A captação pode ser a fio
d’água ou por meio de barragem de regularização de vazão.

Chorume Líquido de cor escura, geralmente com elevado potencial poluidor, proveniente da
decomposição da parcela orgânica biodegradável existente nos resíduos sólidos e das
águas pluviais que perpassam a massa dos mesmos, quando acumulados em depósitos de
quaisquer categorias, ou dispostos em aterros controlados ou sanitários.

47
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Cisterna Reservatório que serve apenas a uma propriedade, podendo ser abastecido por
carro-pipa ou água da chuva.

Coleta de esgoto sanitário Coleta de despejos domésticos e especiais da comunidade a


partir de ligações prediais ou de outros trechos de redes encaminhando-os a interceptores,
local de tratamento ou lançamento final. Os coletores utilizados para transporte de esgoto
sanitário são classificados em:

• rede unitária ou mista – quando a rede pública para coleta de águas de chuva, ou
galerias pluviais, também é utilizada para o transporte de esgoto sanitário;
• rede separadora – quando a rede pública é utilizada, separadamente, para coleta e
transporte de águas de chuva e esgoto sanitário; ou
• rede condominial – quando a rede interna traz todas as contribuições do prédio até o
andar térreo e liga-se à rede da rua em um único ponto.
Coleta domiciliar regular de lixo Remoção sistemática de resíduos sólidos convencionais,
resultantes da ação humana em residências, estabelecimentos comerciais e/ou de
prestação de serviços e instituições públicas ou privadas. Para essa remoção, os referidos
resíduos devem ser prévia e adequadamente acondicionados em sacos plásticos,
contenedores especiais e/ou outros tipos de recipientes aprovados pelo município, e
dispostos adequadamente nas calçadas das vias e/ou logradouros públicos, nos dias e
horários estabelecidos pela entidade prestadora do serviço. A coleta abrange o transporte e
descarga dos resíduos coletados em unidades de processamento e/ou em unidades de
disposição no solo (vazadouros ou aterros), ainda que essas unidades não sejam operadas
pela mesma entidade responsável pela coleta. Para efeito da pesquisa, considera-se como
regular a coleta feita sistematicamente com frequência mínima de uma vez por semana.

Coleta seletiva Conjunto de procedimentos referentes ao recolhimento diferenciado de


resíduos recicláveis (papéis, plásticos, metais, vidros, e outros) e/oude resíduos orgânicos
compostáveis, que tenham sido previamente separados dos demais resíduos considerados
não reaproveitáveis, nospróprios locais em que tenha ocorrido sua geração. Considera-se
também como coleta seletiva o recolhimento dos matérias recicláveisseparados pelos
catadores dentre os resíduos sólidos domiciliares disponibilizados para coleta.

Consórcio intermunicipal Entidade resultante de acordo formal entre dois ou mais


municípios do mesmo estado, com o objetivo de alcançar metas comuns previamente
estabelecidas, contando com o aporte de recursos humanos, financeiros e/ou materiais dos
municípios envolvidos, proporcionalmente à sua participação nos benefícios resultantes da
atuação comum. No caso específico dos serviços de manejo de resíduos sólidos, essa
forma de associação é mais corrente na implantação e/ou operação de instalações de
características mais complexas, tais como aterros sanitários, unidades de transbordo ou
transferência, e incineradores.

Controle de perdas de água Conjunto de medidas para reduzir perdas de água, através da
fiscalização de ligações clandestinas, substituição de redes velhas, manutenção de
hidrômetros, caça-vazamento na rede e pitometria, que é o uso do pitô para medir a
velocidade da água dentro da tubulação.

Controle de perdas de faturamento Diferença entre o volume de água disponibilizado para


consumo e o volume faturado.

Controle ou monitoramento da fluoretação Verificação da concentração de flúor em


determinados pontos do sistema de abastecimento de água – na saída da unidade de
48
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

tratamento ou na ponta da rede de abastecimento. A frequência do controle ou


monitoramento da concentração de flúor na água pode ser diária, semanal, quinzenal,
mensal ou outra.

Despesa corrente Despesa da administração pública com a manutenção e o financiamento


dos serviços públicos em geral.

Dragagem e limpeza dos canais Limpeza do fundo dos canais para retirada de depósitos
de areia, lama, objetos etc., por meio de uma draga.

Economias abastecidas Moradias, apartamentos, unidades comerciais, salas de escritório,


indústrias, órgãos públicos e similares, existentes numa determinada edificação, que são
atendidos pelos serviços de abastecimento de água. Em um prédio com ligação para
abastecimento de água, cada apartamento é considerado uma economia abastecida, que
pode estar ativa ou inativa.

Economias esgotadas Unidades tributáveis, conforme registro no serviço de esgotamento


sanitário. Em um prédio com ligação para esgotamento sanitário, cada apartamento com
ocupação residencial é considerado uma economia esgotada. O conceito de economias
esgotadas também pode ser utilizado para ligações comerciais, industriais e públicas.

Ecopontos equipamentos públicos destinados ao recebimento de resíduos da construção


civil e resíduos volumosos limitados a 1m3 da totalidade de uma obra ou serviço, gerados e
entregues pelos munícipes, podendo ainda ser coletados e entregues por pequenos
transportadores.

Efluentes Águas servidas que saem de uma etapa de purificação em uma estação de
tratamento de esgoto.

Emissário Tubulação destinada ao lançamento do esgoto em alto mar ou em rios de grande


vazão. O emissário pode ser oceânico ou fluvial.

Enxurrada Inundação brusca que ocorre devido a chuvas intensas e concentradas,


caracterizada por escoamentos de velocidades elevadas.

Erosão Processo que se traduz na desagregação, transporte e deposição do solo e rocha


em decomposição, pelas águas, ventos ou geleiras. Como consequência das erosões pode
haver formação de ravinas, voçorocas etc. Na área urbana, as erosões se caracterizam pela
formação de buracos nos leitos das vias, em geral em uma de suas laterais. Normalmente
essas erosões causam problemas nos sistemas de drenagem em função do transporte de
partículas sólidas que acabam por sedimentar nas redes coletoras de águas pluviais, bocas
de lobo etc. Ver também fatores agravantes de erosão.

Estação de tratamento de água (ETA) Conjunto de instalações e equipamentos destinados


a realizar o tratamento da água bruta. Compõe-se, basicamente, de casa química, e pelo
menos uma dessas etapas de tratamento: floculadores, decantadores, filtros, correção de
pH, desinfecção ou cloração, e fluoretação.

Estação de tratamento de esgoto (ETE) Conjunto de instalações e equipamentos


destinados a realizar o tratamento de esgotos produzidos. Compõe-se, basicamente, de
grade, caixa de areia, decantador primário, lodo ativado e/ou filtro biológico, decantador
secundário e secagem de lodo proveniente de decantadores.

49
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Estação elevatória Estação do sistema de esgotamento sanitário na qual o esgoto é


elevado por meio de bombas até a tubulação ou a outra unidade do sistema em nível
superior.

Filtro biológico Sistema no qual o esgoto sanitário passa por um leito de material de
enchimento recoberto com microorganismos e ar, acelerando o processo de digestão da
matéria orgânica.

Fossa séptica Dispositivo tipo câmara, enterrado, revestido e sem possibilidade de


infiltração no solo, destinado a receber o esgoto para separação e sedimentação do material
sólido, transformando-o em material inerte. A parte líquida do esgoto pode ser encaminhada
a sumidouros, valas de infiltração ou filtros biológicos.

Galeria pluvial Canal fechado construído para o escoamento das águas de chuva.

Gestão e manejo de resíduos sólidos urbanos Conjunto dos procedimentos inerentes:

• à gestão dos serviços de manejo de resíduos sólidos, abrangendo a gestão


estratégica, a gestão administrativa (de pessoal, de insumos e processual), a gestão
financeira e o planejamento técnico operacional; e
• ao manejo, diferenciado ou não diferenciado, passo a passo, de cada um dos tipos
de resíduos resultantes dos serviços de acondicionamento, apresentação à coleta,
coleta, transporte, descarga ou transbordo, processamento para reaproveitamento,
tratamento de resíduos especiais ou convencionais, destinação final, tratamento e
monitoramento de efluentes, desde os pontos em que sejam gerados até sua
reincorporação ao meio ambiente.
Gestão municipal do saneamento básico Conjunto dos procedimentos inerentes à gestão
dos serviços de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de manejo de águas
pluviais e de manejo de resíduos sólidos, abrangendo a gestão estratégica, a gestão
administrativa (de pessoal, de insumos e processual), a gestão financeira e o planejamento
técnico-operacional de cada tipo de serviço prestado.

Hidrômetro Aparelho para medir e indicar a quantidade de água fornecida pela rede
distribuidora a uma edificação domiciliar, comercial, industrial, de órgão público etc.

Informações fluviométricas ou hidrológicas Informações obtidas por meio de instalações


destinadas a realizar o monitoramento do curso d’água bem como medições regulares de
vazão que permitam a manutenção atualizada da curva de descarga em um determinado
ponto.

Informações pluviométricas Informações sobre a intensidade das águas de chuva que


ocorrem em determinado lugar em um dado período de tempo.

Instrumentos legais reguladores dos serviços de saneamento básico Instrumentos que


permitem a regulação permanente de órgão ou entidade de direito público do titular dos
serviços ou de consórcio público de que participe. Esses instrumentos correspondem a
planos diretores, leis municipais, contratos de concessão que contenham metas, critérios de
cálculo de tarifas etc.

Instrumentos reguladores do serviço de manejo de águas pluviais Instrumentos que


permitem a regulação permanente do serviço de manejo de águas pluviais, classificados,
quanto ao tipo, em: plano diretor de drenagem urbana – orientação racional do

50
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

desenvolvimento físico do município, relativamente à drenagem urbana, visando a estimular


o crescimento ordenado das atividades ligadas à rede de captação pluvial; plano urbanístico
global para a área urbana – definição de diretrizes para a intervenção urbanística da área
urbana, levando em consideração o uso e a ocupação do solo, seu objetivo e dimensão; lei
de uso e ocupação do solo – regulação de aspectos relacionados ao uso da terra,
densidade populacional, bem como à dimensão, finalidade e volume das construções, tendo
como objetivo atender a função social da propriedade e da cidade; ou legislação municipal
ou da região metropolitana – determinação e definição de políticas setoriais, financiamentos
e mecanismos para o planejamento de ações no setor.

Interceptores Canalizações que operam por gravidade e que têm por finalidade a coleta de
despejos domésticos e especiais da comunidade, exclusivamente a partir de outros trechos
de redes, encaminhando-os ao local de tratamento ou lançamento final.

Inundações ou alagamentos águas acumuladas no leito das ruas e nos perímetros


urbanos, por fortes precipitações pluviométricas, em cidades com sistemas de drenagem
deficientes, que dificulta a vazão das águas acumuladas.

Lagoa aerada Sistema de tratamento de água residuária, em que a aeração mecânica ou


por ar difuso é usada para suprir a maior parte do oxigênio necessário.

Lagoa aeróbia Sistema de tratamento biológico em que a estabilização da matéria orgânica


ocorre quando existe equilíbrio entre a oxidação e a fotossíntese, para garantir condições
aeróbias em todo o meio.

Lagoa anaeróbia Sistema de tratamento biológico em que a estabilização da matéria


orgânica é realizada, predominantemente, por processos de fermentação anaeróbia,
imediatamente abaixo da superfície, não existindo oxigênio dissolvido.

Lagoa de maturação Processo de tratamento biológico usado como refinamento do


tratamento prévio por lagoas, ou outro processo biológico. A lagoa de maturação reduz
bactérias, sólidos em suspensão,nutrientes e uma parcela da Demanda Bioquímica de
Oxigênio – DBO.

Lagoa facultativa Sistema de tratamento biológico em que a estabilização da matéria


orgânica ocorre em duas camadas, sendo a superior aeróbia e a inferior anaeróbia,
simultaneamente.

Lançamento em corpos d’água Lançamento do esgoto sem tratamento, diretamente em


rios, riachos, córregos, lagos, represas, açudes etc.

Licença de operação Documento que autoriza o funcionamento regular de um


empreendimento potencialmente poluidor em determinado local e sob determinadas
condições, emitido pelo órgão de controle ambiental com jurisdição sobre esse tipo de
empreendimento. No caso de aterros sanitários e demais instalações de manejo e/ou
tratamento de resíduos sólidos urbanos, a competência pela emissão da licença de
operação geralmente cabe ao órgão estadual de controle ambiental.

Ligação de água Conjunto de dispositivos que interliga a canalização distribuidora da rua e


a instalação predial, provida ou não de hidrômetro, e que pode estar ativa ou inativa.

Ligação de esgoto sanitário Ramal predial conectado à rede coletora de esgoto, podendo
estar ativa ou inativa.

51
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Limpeza e desobstrução de galerias Limpeza e retirada de detritos que impedem o bom


funcionamento das galerias pluviais.

Limpeza pública Conjunto de serviços destinados a promover a limpeza de vias e


logradouros públicos, pavimentados ou não, tais como: varrição manual ou mecânica;
capina e/ou roçada; raspagem de terra e outros resíduos carreados para as vias e/ou
logradouros por causas naturais, como chuvas, ventos, enchentes etc.; limpeza de bueiros;
limpeza de praias marítimas, fluviais ou lacustres; poda da arborização pública; lavação de
ruas; ou outras atividades complementares, como, por exemplo, pintura de meios-fios,
limpeza de monumentos, e retirada de faixas e cartazes colocados em locais públicos de
forma irregular.

Lixão (ou vazadouro) Local em que os resíduos sólidos urbanos, de todas as origens e
naturezas, são simplesmente lançados, sem qualquer tipo ou modalidade de controle sobre
os resíduos e/ou sobre seus efluentes.

Manejo de resíduos sólidos urbanos Conjunto dos procedimentos inerentes à coleta, ao


transbordo e transporte, à triagem, ao reaproveitamento, ao reuso, à reciclagem, ao
tratamento e à disposição final de resíduos sólidos urbanos; à varrição, à limpeza, à capina
e poda de árvores em vias e logradouros públicos e outros serviços pertinentes à limpeza
urbana, exceto quando referentes aos resíduos cujo manejo seja de responsabilidade do
gerador.

Manejo de águas pluviais Controle do escoamento das águas de chuva para evitar que
seus efeitos adversos – empoçamentos, inundações, erosões e assoreamentos – causem
prejuízos à saúde, segurança e bem-estar da população. O controle pode ocorrer por meio
de dispositivos superficiais (sarjetas) ou subterrâneos (tubulações e/ou galerias e/ou
canais). O mesmo que drenagem urbana ou pluvial.

Manutenção e conservação periódica dos sistemas de drenagem urbana Limpeza e


conservação periódica das unidades que compõem o sistema de drenagem urbana, tais
como bocas de lobo, redes coletoras, emissários, dispositivos de amortecimento de vazão,
bacias de dissipação de energia etc. Estas atividades estão classificadas em:

• limpeza e retirada de detritos que impeçam o bom funcionamento dos dispositivos


de captação que estão localizados em pontos convenientes, em geral nas faixas de
vias públicas, para captação de águas pluviais (bocas de lobo, caixas com grelhas,
ralos etc.);
• limpeza e retirada de detritos que impeçam o bom funcionamento das galerias
(canais fechados construídos para o escoamento das águas de chuva);
• dragagem e limpeza de canais através de uma draga, com a finalidade de limpar o
fundo dos canais, retirando depósitos de areia, lama, objetos etc., de modo a permitir
a recuperação das dimensões da seçãode escoamento do canal; e
• varrição e limpeza de vias, ruas, avenidas, becos e praças localizados na área
urbana; ou outra atividade.
Microdrenagem Sistema de drenagem de condutos pluviais a nível de loteamento ou de
rede primária urbana, que constitui o elo entre os dispositivos de drenagem superficial e os
dispositivos de macro e mesodrenagem, coletando e conduzindo as contribuições
provenientes das bocas de lobo ou caixas coletoras. Considera-se como microdrenagem
galerias tubulares com dimensões iguais ou superiores a 0,30m e inferiores a 1,20m de
diâmetro, e galerias celulares cuja área da seção transversal é inferior a 1m².

52
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Ocupações em taludes e encostas sujeitas a deslizamentos Construções em terrenos


de superfície inclinada na base de um morro ou de uma encosta de vale, onde se encontra
um depósito de detritos e encostas sujeitas a deslizamentos.

PEV - Posto de Entrega Voluntária ou LEV - Local de Entrega Voluntária São as lixeiras
ou contêineres para coleta seletiva de resíduo, que estão presentes em espaços públicos,
escolas e condôminos para depósito voluntário. As lixeiras e os contêineres são
identificados através de cores.

Plano Diretor de Drenagem Instrumento de planejamento que visa criar os mecanismos de


gestão da infraestrutura urbana, relacionados com o escoamento das águas pluviais, dos
rios e arroios, tendo como parâmetro principal o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e
Ambiental. Tem como principais produtos:

• Regulamentação dos novos empreendimentos;


• Planos de controle estrutural e não estrutural para os impactos existentes nas bacias
urbanas da cidade;
• Manual de drenagem urbana
Pontos de estrangulamento do sistema de drenagem Pontos do sistema de drenagem
em que as tubulações não são suficientes para escoar as águas de chuva que neles
aportam. Essa situação ocorre em função de dimensionamento inadequado das tubulações,
execução inadequada da rede, diminuição das seções de vazão em função de
assoreamentos, interferências físicas, entre outros fatores que acarretam deficiências no
sistema de drenagem.

População flutuante População que oscila em determinadas épocas (férias, fins de


semana prolongados, festas, trabalho etc.) e em determinadas localidades de demanda
turística ou veraneio, ou mesmo atrativa de mão de obra, cujo aumento acentuado pode
ocasionar racionamento de água em razão do excesso de consumo.

Preservação e controle das áreas de recarga de águas subterrâneas Restrição na


ocupação urbana que permita a preservação de áreas onde ocorre recarga do aquífero
subterrâneo por meio de criação de parques ambientais, por exemplo, ou mesmo pela
definição de dispositivos de recarga induzida do aquífero, no intuito de garantir constantes
as vazões de infiltração no solo, antes e após o empreendimento.

Problemas de seca/estiagem Racionamento de água que ocorre nos períodos de


seca/estiagem de algumas regiões, com redução na quantidade de água disponível nos
mananciais.

Racionamento de água Interrupção do fornecimento de água em decorrência de


problemas, tais como: insuficiência de água no manancial; deficiência de água na produção;
deficiência de água na distribuição; população flutuante; bem como ou seca ou estiagem.
Quanto à periodicidade, o racionamento pode ser: constante, quando ocorre de forma
contínua ou frequente; todos os anos, sempre em determinada época; na mesma época ou
esporadicamente, quando ocorre de forma dispersa; com a frequência de algumas horas
diariamente; alguns dias por semana; 1 dia por semana; 1 dia por quinzena; ou 1 dia por
mês.

Reator anaeróbio Sistema fechado onde se processa a digestão do esgoto sanitário, sem a
presença de oxigênio.

53
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Reciclagem Separação e recuperação de materiais usados e descartados e que podem ser


transformados ou reutilizados.

Rede pluvial É o conjunto de galerias pluviais e equipamentos de drenagem (poços devisita


e bocas de lobo).

Remoção de entulhos Remoção de restos de reformas, construções civis etc.,


normalmente abandonados em locais impróprios, que causam degradação e assoreamento
de corpos d’água.

Reservatório Recipiente que acumula água para ser distribuída à rede. O reservatório pode
ser de concreto armado, ferro-cimento, metálico etc., e pode estar enterrado, semi-
enterrado, ou elevado.

Reservatório (ou bacia) de amortecimento de cheias É um reservatório que armazena o


excesso de vazão pluvial, quando da ocorrência de eventos extremos, a fim de evitar e/ou
atenuar inundações; pode ser classificado como reservatório de retenção (mantém uma
lâmina permanente de água) e de detenção (em tempo seco, permanece vazio).

Resíduos Sólidos Domiciliares (RDO) e Rejeitos Resíduos originários de atividades


domésticas em residências urbanas. É composto por resíduos secos e resíduos úmidos.

• Resíduos secos: constituídos principalmente por embalagens fabricadas a partir de


plásticos, papéis, vidros e metais.
• Resíduos úmidos: constituídos principalmente por restos oriundos do preparo dos
alimentos in natura e industrializados, tais como folhas, cascas, semente, alimentos
industrializados.
• Rejeitos: referem-se às parcelas contaminadas dos RDO, tais como embalagens que
não se preservaram secas, resíduos úmidos que não podem ser processados em
conjunto com os demais, resíduos das atividades de higiene, dentre outros.
Resíduos da Limpeza Pública (RPU) Resíduos originários de atividades de limpeza
pública, tais como resíduos de poda, capina, varrição e atividades correlatas; limpeza de
escadarias, monumentos, sanitários, abrigos e outros; raspagem e remoção de terra e areia
em logradouros públicosdesobstrução e limpeza de bueiros; limpeza dos resíduos de feiras
públicas e eventos de acesso aberto ao público.

Resíduos Verdes (RV) Resíduos provenientes da manutenção de parques, áreas verdes e


jardins, redes de distribuição de energia elétrica, telefonia e outras, tais como troncos,
galharias, outros.

Resíduos com Logística Reversa Obrigatória Resíduos constituídos por Eletroeletrônicos;


Pilhas e baterias; Pneus; Lâmpadas fluorescentes; Óleos lubrificantes; Agrotóxicos;
Embalagens dos materiais acima citados.

Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) Resíduos oriundos de estabelecimentos que


efetuam serviços de saúde, tais como clínicas, hospitais, postos médicos, estúdios de
tatuagem, veterinárias, etc.

• RSS GRUPO A: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por
suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de
infecção.

54
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

• RSS GRUPO B: Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar


risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
• RSS GRUPO C: Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que
contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação
especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN e para
os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.
• RSS GRUPO D: Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou
radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos
domiciliares.
• RSS GRUPO E: Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de
barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e
lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório
(pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
Resíduos de Construção Civil e Demolição (RCC) e Resíduos Volumosos Resíduos
originários das atividades de construção civil e demolição, subdivididos nas seguintes
classes:

• CLASSE A: resíduos reutilizáveis ou recicláveis, como agregados (material granular


proveniente do beneficiamento de resíduos de construção que apresentem
características técnicas para a aplicação em obras de edificação, de infraestrutura,
em aterros sanitários ou outras obras de engenharia);
• CLASSE B: Resíduos recicláveis, tais como plásticos, papel/papelão, metais, vidros,
madeiras, gesso, etc.;
• CLASSE C: Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação;
• CLASSE D: Resíduos perigosos e/ou contaminados.
• Resíduos Volumosos: Constituídos por peças de grandes dimensões como móveis e
utensílios domésticos inservíveis, grandes embalagens, podas e outros resíduos de
origem não industrial e não coletados pelo sistema de coleta domiciliar.
Roçada Conjunto de procedimentos concernentes ao corte, manual ou mecanizado, da
cobertura vegetal arbustiva considerada prejudicial e que se desenvolve em vias e
logradouros públicos, bem como em áreas não edificadas, públicas ou privadas, abrangendo
a coleta dos resíduos resultantes. Na maioria dos casos, a atividade de roçada está
diretamente associada à de capina, sendo geralmente executada preliminarmente a esta, de
modo a remover a vegetação de maior porte existente no trecho a ser capinado.

Sistema de esgotamento pluvial É o conjunto de redes pluviais necessárias para permitir o


adequado escoamento do deflúvio superficial de uma determinada bacia de contribuição até
seu destino final.

Sistema separador absoluto É o sistema de esgotamento urbano constituído de duas


redes distintas, uma destinada exclusivamente à condução de efluentes sanitários e outra
destinada exclusivamente à condução de águas pluviais.

55
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

Sistema unitário ou misto É o sistema de esgotamento urbano constituído de uma única


rede, destinada à condução tanto de águas pluviais como de efluentes sanitários com
tratamento primário.

Solução alternativa de abastecimento de água Solução adotada pela população dos


distritos que não são abastecidos por rede geral de distribuição de água, como, por
exemplo: chafariz, bica ou mina, poço particular, carro-pipa, corpo d’água e cisterna.

Solução alternativa de esgotamento sanitário Solução adotada pela população dos


distritos que não são atendidos por rede coletora de esgoto, como, por exemplo: fossa
séptica e sumidouro, fossa rudimentar,fossa seca, vala a céu aberto e lançamento em
corpos d’água.

Tarifa social Tarifa de que se beneficiam as unidades consumidoras enquadradas na


categoria residencial de consumidores de baixarenda que, geralmente, são cadastrados em
algum programa social do governo.

Taxa Modalidade de tributo que tem como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição e
que, por exigência constitucional, somente pode ser estabelecida por intermédio de lei. No
caso específico da taxa de manejo de resíduos sólidos, ainda que a mesma seja cobrada no
mesmo boleto do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, o valor correspondente aos
serviços de manejo de resíduos sólidos prestados, ou colocados à disposição dos
munícipes, deve, necessariamente, ser discriminado em separado.

Terceirização Contratação formal de terceiros para a execução de atividades de


responsabilidade ou de interesse do contratante. No que diz respeito, especificamente, aos
serviços de manejo de resíduos sólidos – de responsabilidade do poder público municipal,
no caso dos essenciais; e/ou de seu interesse, no caso dos acessórios ou complementares
– a empresa ou entidade formal contratada recebe remuneração pelo serviço efetivamente
prestado, conforme estabelecido no contrato, e é fiscalizada pela instância do poder público
municipal responsável pela gestão dos serviços de manejo de resíduos sólidos. A
terceirização de serviços pode ocorrer em diversas escalas, abrangendo desde a
contratação de empresas especializadas e bem estruturadas, até a contratação de
microempresas ou cooperativas de trabalhadores que possam executar, por exemplo, a
coleta regular de resíduos domiciliares em regiões de difícil acesso, com o emprego de
veículos de tração animal.

Unidade de compostagem Conjunto das instalações, dotadas ou não de equipamentos


eletromecânicos, destinadas ao processamento de resíduos orgânicos facilmente
biodegradáveis, de modo a transformá-los em composto orgânico (fertilizante e
condicionador de solo), sob controle e monitoramento sistemáticos. Entende-se como
compostáveis os resíduos provenientes da poda de árvores e gramados, a fração orgânica
resultante de processo de separação executada em unidades de triagem e os provenientes
de coletas diferenciadas junto a residências ou junto a centrais de abastecimento,
mercados, sacolões, supermercados ou outros locais em que esse tipo de resíduo seja
gerado em maiores quantidades. Tais unidades compreendem desde um pátio de
compostagem até um biodigestor.

Unidade de transbordo ou transferência Tipo de unidade de processamento de RSU na


qual os resíduos são transferidos do veículo de coleta para outro de maior capacidade
volumétrica, propiciando desta forma que, o transporte dos resíduos até seu destino seja
executado de forma acumulada, visando à redução dos custos e o retorno mais rápido dos

56
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

veículos aos distritos de coleta. Tais unidades podem ou não contar com equipamentos
compactadores. Também chamada de Estação de transbordo.

Unidade de triagem Conjunto das instalações, dotadas ou não de equipamentos


eletromecânicos, onde são executados os trabalhos de separação, por classes (por
exemplo, plásticos) e/ou por tipos (por exemplo, PVC, PEBD, PEAD, e outros) de resíduos
recicláveis, assim como os trabalhos de seu acondicionamento (usualmente em fardos) e
estocagem para posterior comercialização.

Valas de infiltração Conjunto de canalizações assentado a uma profundidade determinada,


destinado a promover a absorção da parte líquida do esgoto pelo solo. A percolação do
líquido através do solo permite a mineralização dos esgotos antes que os mesmos se
transformem em fonte de contaminação das águas subterrâneas e de superfície

Valo de oxidação Reator biológico aeróbio de formato característico, que pode ser utilizado
para qualquer variante do processo de lodos ativados ou que comporte um reator em
mistura completa.

Varredeira mecânica Veículo triciclo ou de quatro rodas para varrição mecânica de ruas,
com velocidade média de 6 km/h.

Voçorocas Grandes buracos de erosão causados pela chuva e intempéries, em solos onde
a vegetação é escassa e não mais protege o solo, que fica cascalhento e suscetível de
carregamento por enxurradas.

Volume coletado de esgoto Volume de esgoto lançado na rede coletora. Em geral,


considera-se que esse volume corresponde a cerca de 80% a 85% do volume de água
consumido na mesma economia.

Volume de água faturado Volume diário de água debitado ao total de economias, medidas
e não medidas, para fins de faturamento.

Volume de água medido Volume diário de água consumido medido pelos hidrômetros
instalados nos ramais prediais.

57
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

11 SIGLAS

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente

CTS/Pró-
Câmara Técnica Permanente de Saneamento do Consórcio
Sinos

DAB Departamento de Atenção Básica

ESF Equipes de Saúde da Família

FEE-RS Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul

FEPAM Fundação Estadual de Proteção Ambiental

FUNASA Fundação Nacional de Saúde

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDESE Índice de Desenvolvimento Socioeconômico

IDHM Índice de Desenvolvimento Humano

ISA Índice de Salubridade Ambiental

MMA Ministério do Meio Ambiente

OPS Organização Pan-americana da Saúde

PACS Programa de Agentes Comunitários de Saúde

PEVs Pontos de Entrega Voluntária

58
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

PEAMSS Programa de Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento

PMSB Plano Municipal de Saneamento Básico

PMSS Programa de Modernização do Setor de Saneamento

PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PRSB Plano Regional de Saneamento Básico

RCD Resíduos de Construção e Demolição (SNIS)

RDO Resíduos Sólidos Domésticos (SNIS)

RPU Resíduos Sólidos Públicos (SNIS)

RSU Resíduos Sólidos Urbanos (SNIS)

RSS Resíduos de Serviços de Saúde

SIAB Sistema de Informações de Atenção Básica

SIH-SUS Sistema de Informações Hospitalares do SUS

SIOPS Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde

SIM Sistema de Informações sobre Mortalidade

SNIS Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

UTEs Unidades de Tratamento de Esgotos

59
Glorinha – Plano Municipal de Saneamento Básico – Relatório do Diagnóstico

ANEXOS

I- DECRETO Nº 3.003 de 02/10/2013.


II - MAPAS DE REFERÊNCIA

Localização dos principais cursos d’água

Divisa municipal

Vias pavimentadas e não pavimentadas

Plano Diretor Urbanístico e Unidades Conservação

Necessidades habitacionais

Sub-divisão de bacias nas áreas urbana e rural

Vistorias Realizadas

60
GLORINHA

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

RELATÓRIO DAS PROPOSTAS

Revisão 0
Setembro/2014
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

PROPOSTAS DO PMSB - RESUMO

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................3
2 OBJETIVOS E DIRETRIZES GERAIS ADOTADAS...........................................................5
3 METODOLOGIA UTILIZADA NA REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS ...............................7
4 PROJEÇÃO POPULACIONAL ...........................................................................................9
5 ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO .....................................11
6 LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................15
7 DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS .............................................................28
8 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................................................32
9 ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE ................................................................................35
ANEXOS.................................................................................................................................46

2
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

1 INTRODUÇÃO

O presente documento é objeto do contrato nº 06/2012 firmado entre o Consórcio Público de


Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos e a Concremat Engenharia e
Tecnologia S/A cujo objeto é a Elaboração dos Planos Municipais e Regional de
Saneamento Básico dos Municípios do Consórcio Pró-Sinos.

O trabalho teve início efetivo em 02 de agosto de 2012, conforme Ordem de Serviço nº


003/2012, sendo o prazo inicial de execução de 547 dias – até 31 de janeiro de 2014. Esse
prazo foi aditado por mais 210 dias – até 29 de agosto de 2014.

Dos 26 municípios integrantes do Consórcio Pró-Sinos, 23 municípios elaboraram os seus


Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSBs) através deste contrato: Araricá,
Cachoeirinha, Campo Bom, Canela, Caraá, Glorinha, Estância Velha, Esteio, Gramado,
Igrejinha, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Riozinho, Rolante,
Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do
Sul e Três Coroas.

O Plano Regional de Saneamento Básico (PRSB) abrange, além desses 23 municípios, os


demais municípios do Consórcio Pró-Sinos – Canoas, Dois Irmãos e Taquara, cujos planos
municipais foram elaborados em separado.

Os serviços inserem-se no contexto da Lei nº 11.445/07 que estabelece as diretrizes


nacionais para o saneamento básico e para a Política Federal de Saneamento Básico. Os
serviços também são balizados pelo Decreto nº 7.217/2010, que regulamenta a referida Lei,
bem como pelo Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001) que define o acesso aos serviços
de saneamento básico como um dos componentes do direito à cidade.

Observa-se que durante o desenvolvimento deste PMSB foi aprovado o Decreto nº 8.211 de
21/03/2014 que altera o Decreto nº 7.217/2010, no que toca ao acesso a recursos
destinados a serviços de saneamento básico.

A Política e o Plano, instituídos pela Lei nº 11.445/2007, são os instrumentos centrais da


gestão dos serviços. Conforme esse dispositivo, o Plano de Saneamento estabelece as
condições para a prestação dos serviços de saneamento básico, definindo objetivos e metas
para a universalização, assim como programas, projetos e ações necessários para alcançá-
la.

Como atribuições indelegáveis do titular dos serviços, a Política e o Plano devem ser
elaborados com participação social, por meio de mecanismos e procedimentos que
garantam à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos
de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços
públicos de saneamento básico.

De acordo com o Termo de Referência, o trabalho foi dividido em seis etapas com seus
respectivos produtos:

Etapa 1: Plano de mobilização social.


Etapa 2: Diagnóstico da situação do saneamento básico e de seus impactos nas
condições de vida da população.
Etapa 3: Prognósticos e alternativas para a universalização dos serviços de
saneamento básico. Objetivos e metas.
Etapa 4: Concepção dos programas, projetos e ações necessárias. Ações para
emergências e contingências.
3
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Etapa 5: Mecanismos e procedimentos para o monitoramento e avaliação sistemática


das ações programadas.
Etapa 6: Relatório final dos planos municipais e regional de saneamento básico.

Ainda, em atendimento ao Termo de Referência, a etapa do diagnóstico compreende o


desenvolvimento de 12 subprodutos até a consolidação do Produto 2, como segue:

Subproduto 2.1: Coleta de dados.


Subproduto 2.2: Caracterização geral.
Subproduto 2.3: Situação institucional.
Subproduto 2.4: Situação econômico-financeira.
Subproduto 2.5: Situação dos serviços de abastecimento de água potável.
Subproduto 2.6: Situação dos serviços de esgotamento sanitário.
Subproduto 2.7: Situação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos.
Subproduto 2.8: Situação dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais.
Subproduto 2.9: Situação do desenvolvimento urbano.
Subproduto 2.10: Situação da habitação.
Subproduto 2.11: Situação ambiental e dos recursos hídricos.
Subproduto 2.12: Situação da saúde.

Este relatório reúne as propostas do PMSB a partir dos elementos discutidos nas etapas
anteriores. Contempla o resumo das propostas do PMSB para consolidação do Produto 6
que compõe o Relatório Final do Plano Municipal de Saneamento Básico, juntamente
com o Relatório do Diagnóstico (sistematizado).

Inicialmente são mencionados os objetivos e diretrizes gerais adotadas assim como


aspectos gerais da metodologia da realização dos trabalhos. Após são apresentadas as
projeções populacionais realizadas em conjunto com os outros municípios integrantes do
Consórcio Pró-Sinos. Na sequência são abordados alguns aspectos referentes aos objetivos
e metas do Plano e sua inserção no contexto geral da Lei do Saneamento (nº 11.445/07).
Finalmente são apresentadas de forma sucinta as propostas 2014/2035 abrangendo o
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais. Também foi incluído neste documento, uma
análise preliminar da sustentabilidade econômico-financeira, no sentido de fornecer ao
município uma ferramenta que permita apontar a necessidade de captação de recursos para
implementação do Plano ou replanejar ações para buscar o equilíbrio.

4
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

2 OBJETIVOS E DIRETRIZES GERAIS ADOTADAS

Os planos de saneamento devem abranger todo o território (urbano e rural) dos municípios e
contemplar os quatro componentes do saneamento básico, que compreende o conjunto de
serviços, infraestruturas e instalações operacionais de:

 Abastecimento de água: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações


necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as
ligações prediais e respectivos instrumentos de medição.
 Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações
operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos
sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente.
 Limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento
e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros
e vias públicas.
 Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de
transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias,
tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.

De acordo com o art. 19 da Lei nº 11.445/2007, Capítulo IV “Do Planejamento”, a prestação


de serviços públicos de saneamento básico observará plano, que poderá ser específico para
cada serviço, o qual abrangerá, no mínimo:

I- diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de


indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as
causas das deficiências detectadas;
II - objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas
soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos
setoriais;
III - programas, projetos e ações necessários para atingir os objetivos e as metas, de modo
compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais
correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento;
IV - ações para emergências e contingências;
V - mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das
ações programadas.
§ 1º Os planos de saneamento básico serão editados pelos titulares, podendo ser
elaborados com base em estudos fornecidos pelos prestadores de cada serviço.
§ 2º A consolidação e compatibilização dos planos específicos de cada serviço serão
efetuadas pelos respectivos titulares.
§ 3º Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias
hidrográficas em que estiverem inseridos.
§ 4º Os planos de saneamento básico serão revistos periodicamente, em prazo não superior
a 4 (quatro) anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual.
§ 5º Será assegurada ampla divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e
dos estudos que as fundamentem, inclusive com a realização de audiências ou consultas
públicas.
§ 6º A delegação de serviço de saneamento básico não dispensa o cumprimento pelo
prestador do respectivo plano de saneamento básico em vigor à época da delegação.
§ 7º Quando envolverem serviços regionalizados, os planos de saneamento básico devem
ser editados em conformidade com o estabelecido no art. 14 desta Lei.
§ 8º Exceto quando regional, o plano de saneamento básico deverá englobar integralmente
o território do ente da Federação que o elaborou.

5
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Ainda no Capítulo IV “Do Planejamento”:

Parágrafo único. Incumbe à entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços a verificação


do cumprimento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de serviços, na forma
das disposições legais, regulamentares e contratuais.

6
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

3 METODOLOGIA UTILIZADA NA REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS

Os serviços foram estruturados em seis etapas com os respectivos produtos. Da etapa 6


resultam os relatórios dos planos municipais e regional de saneamento básico que
incorporam o detalhamento dos produtos 1 a 5.

O cronograma das etapas de desenvolvimento dos serviços teve que ser ajustado em
decorrência do processo das eleições municipais de 2012 que acarretou mudanças na
maioria das gestões dos municípios envolvidos. A designação dos interlocutores de cada
município para acompanhamento da elaboração dos respectivos planos municipais de
saneamento demandou bastante tempo, pois dependia de adequação das equipes
administrativas e técnicas promovidas pelos novos gestores.

Logo após a assinatura do contrato, além de reuniões na Câmara Técnica de Saneamento -


CTS Pró-Sinos, foram realizadas as Oficinas de Capacitação para os Planos de
Saneamento – dia 12 de setembro de 2012, em Taquara, para os municípios das Terras
Médias; dia 18 de setembro de 2012, em Santo Antônio da Patrulha, para os municípios das
Terras Altas; dia 19 de setembro de 2012, em Novo Hamburgo, para os municípios das
Terras Baixas.

Nessas oficinas, além de nivelar os conceitos que envolvem a elaboração de um Plano de


Saneamento, foram realizadas atividades com os participantes para identificar
preliminarmente os problemas relacionados com saneamento básico nos municípios. Foi
abordada também a questão da mobilização social, sendo solicitado aos representantes dos
municípios que relacionassem entidades e/ou organizações públicas, privadas,
educacionais, ONGs, veículos de comunicação que pudessem auxiliar na mobilização para
os planos de saneamento.

O marco da retomada dos contatos com os interlocutores dos municípios, após o processo
eleitoral, foi no dia 25 de fevereiro de 2013, em São Leopoldo, na Oficina de Coleta de
Dados e Diagnóstico, para a qual foram também convidados os participantes da CTS Pró-
Sinos. Na oportunidade, foi apresentada a ficha preliminar de coleta de dados que teve seus
principais pontos esclarecidos aos participantes pela equipe técnica da Concremat.

Nas oficinas e reuniões realizadas foi enfatizado pela Concremat e pelo contratante
Consórcio Pró-Sinos a necessidade de que cada município formalizasse a instituição dos
seus Comitês de Coordenação e Executivo com a nomeação dos representantes. Essa ação
deve ser promovida pelos gestores municipais e a sua importância pode ser verificada pelas
atribuições básicas que estes devem ter na elaboração dos PMSBs, como segue:

 Comitê de Coordenação: instância consultiva formalmente institucionalizada


responsável pela coordenação, condução e acompanhamento da elaboração do Plano.
 Comitê Executivo: instância responsável pela operacionalização do processo de
elaboração do Plano.
Com esse objetivo foi disponibilizado no início do trabalho, no Produto 1 “Plano de
Mobilização Social”: (i) um modelo para a instituição dos referidos comitês; (ii) um formulário
para indicação dos interlocutores com a equipe da Concremat.

No caso dos PMSBs e do PRSB, o acompanhamento por parte do Consórcio Pró-Sinos é


atribuição do seu corpo técnico e da Câmara Técnica Permanente de Saneamento
(CTS/Pró-Sinos), criada pela Resolução nº 001, de 16 de junho de 2011.

Considerando o grande número de municípios envolvidos, especialmente para agilidade do


acesso aos documentos produzidos e às informações disponibilizadas pelos municípios, foi
7
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

utilizado durante todo o processo de elaboração dos planos um Sistema de Gerenciamento


de Projetos Via Web – “Autodoc”, por meio do sítio na internet: www.autodoc.com.br/projetos.

O sistema não exige equipamentos nem programas especiais e os documentos podem ser
acessados pelos interlocutores cadastrados no sistema em qualquer computador conectado
à internet.

Em 02 de abril de 2013, após a atualização do cadastro dos interlocutores no Autodoc, foi


disponibilizada no sistema, na pasta “Assuntos gerais”, a Ficha de Referência de Coleta de
Dados.

Essa ficha foi concebida para servir de ponto de partida para a coleta de dados primários
(locais), permitindo aos representantes de cada município, inicialmente, avaliarem a
disponibilidade das informações assim como a necessidade de esclarecimentos na Reunião
de Trabalho agendada com a equipe técnica da Concremat. Visando à sistematização das
informações sobre as ações locais de mobilização social e de educação ambiental, esse
tema também foi tratado nessas reuniões sendo solicitada atenção a esse item na Ficha de
Referência de Coleta de Dados.

Durante os meses de abril, maio e junho de 2013 ocorreram as primeiras reuniões de


trabalho nos municípios sendo que a pauta básica contemplou:

 Etapas do trabalho, situação atual e próximos passos;


 Ficha de referência de coleta de dados disponibilizada no Autodoc – esclarecimentos
sobre os dados necessários e discussão sobre os dados já reunidos pelo município;
 Complementação e validação de informações do município levantadas pela Concremat;
 Aspectos críticos em relação ao saneamento básico – questões do município e
questões da região (interfaces com os outros municípios);
 Expectativas e prioridades em relação ao saneamento básico do município – política
municipal;
 Identificação dos pontos críticos a visitar no município;
 Ações de mobilização social e educação ambiental no município;
 A importância da instituição dos Comitês de Coordenação e Executivo para o
acompanhamento da elaboração dos planos de saneamento.

No decorrer do trabalho ocorreram muitas reuniões e contatos com os interlocutores dos


municípios e a equipe técnica da Concremat para tratar de temas específicos. Outro fórum
importante de discussão dos PMSBs e questões supra-municipais para o PRSB, foram as
reuniões com os representantes da CTS/Pró-Sinos. As reuniões de planejamento
estratégico e assembleias de prefeitos do Consórcio Pró-Sinos também sempre tiveram na
pauta o andamento dos trabalhos.

Cabe ainda salientar o importante papel dos interlocutores cadastrados no sistema para
acesso aos documentos disponibilizados pela Concremat, pois tinham como função analisá-
los e/ou repassá-los para análise das áreas competentes no seu município ou das entidades
representadas, no caso da CTS/Pró-Sinos.

8
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

4 PROJEÇÃO POPULACIONAL

As projeções populacionais realizadas tiveram como objetivo servir de base para o


prognóstico. Foi realizada para a população residente (urbana e rural) bem como para os
domicílios permanentes de 26 municípios e respectivos distritos integrantes do Consórcio
Pró-Sinos.

No PMSB foram estabelecidas ações imediatas e de curto, médio e longo prazo, conforme
apresentado no quadro a seguir.

PMSB - Prazos das ações

Ano de referência Prazo Calendário


1 2014
Imediato
2 2015
3 2016
4 2017
Curto
5 2018
6 2019
7 2020
8 2021
9 2022
10 2023
Médio
11 2024
12 2025
13 2026
14 2027
15 2028
16 2029
17 2030
18 2031
Longo
19 2032
20 2033
21 2034
22 2035
Elaborado por Concremat, 2013.

Com exceção de São Francisco de Paula, todos os outros municípios pertencem à Região
Metropolitana de Porto Alegre.

Dos 26 municípios estudados, apenas cinco possuem distritos: Parobé (3), Rolante (3),
Santo Antônio da Patrulha (6), São Francisco de Paula (7) e Taquara (7).

9
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

O quadro a seguir resume os resultados da projeção realizada para o município de


Glorinha.

Projeção da população e domicílios - Glorinha

Prazo da População Domicílios


Ano ref Ano calend
ação total urbana rural total urbano rural
2010 (IBGE) 6.891 2.067 4.824 2.393 714 1.679
1 2014 7.443 2.672 4.772 2.661 957 1.704
Imediato
2 2015 7.581 2.823 4.759 2.727 1.017 1.710
Curto 6 2019 8.029 3.520 4.510 2.957 1.303 1.654
Médio 14 2027 8.523 4.571 3.951 3.249 1.752 1.496
Longo 22 2035 8.678 5.050 3.628 3.380 1.976 1.404

10
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

5 ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

O município de Glorinha firmou Contrato de Programa com a Companhia Riograndense de


Saneamento (CORSAN) para prestação de serviços de abastecimento de água e
esgotamento sanitário, através da Lei Municipal Autorizativa nº 1.097 de 11/11/2008. O CP
foi assinado em 20/01/2009 com vigência de 25 anos. Através de lei autorizativa, o
município também delega à Agência Estadual de Regulação dos Serviços Delegados do Rio
Grande do Sul (AGERGS), de forma a atender esse quesito da Lei 11.445 de 2007 nas
áreas de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Através desse instrumento, o município outorga à CORSAN a prestação dos serviços de


abastecimento de água e esgotamento sanitário, compreendendo a exploração, execução
de obras, ampliações e melhorias, com obrigação de implantar, fazer , ampliar, melhorar,
explorar e administrar, com exclusividade, os serviços de abastecimentos de água potável e
esgoto sanitário, na área urbana e áreas contíguas, incluindo a captação, adução de água
bruta, tratamento, adução de água tratada, distribuição e medição do consumo de água,
bem como a coleta, transporte, tratamento e destino final de esgoto, o faturamento e entrega
de contas de água e esgoto, sua cobrança e arrecadação, atendimento ao público usuário
dos sistemas, controle de qualidade da água e cadastro de consumidores, atendidos os
princípios da conveniência social, ambiental, técnica e econômica e, ainda, a Política
Estadual de Saneamento.

Conforme consta em contrato, os investimentos em esgotamento sanitário deverão ser


compatíveis com o Plano Municipal de Saneamento Básico e serão efetivados respeitada a
viabilidade econômico-financeira do sistema e a obtenção de recursos financeiros
necessários a sua execução, obedecidas as bases estabelecidas pela meta de
investimentos de Longo Prazo.

Observa-se que no contrato, a área de atuação da CORSAN poderá também contemplar


aglomerados urbanos da área rural nos termos definidos em aditivo contratual.

Plano de metas

Abastecimento de água – conforme metas do PLANSAB1 para a região sul - % de domicílios


urbanos e rurais abastecidos por rede de dIstribuição e por poço ou nascente com
canalização interna = 100% em 2033.

Controle de perdas – conforme metas do PLANSAB para a região sul - % de índice de


perdas na distribuição = 29% em 2033.

Esgotamento sanitário – cobertura do serviço conforme evolução indicada no quadro a


seguir.

1
PLANSAB – Plano Nacional de Saneamento Básico. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento (Dezembro/
2013).

11
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Itens/Ano 2014 2015 2018 2035

PLANSAB SI+SM+SS economias 85,00% 86,00% 88,40% 97,00%


%
atendidas
atendimento
final do
PLANSAB Tratam final do plano 64,33% 67,00% 71,20% 90,00%
plano

SI (1) 67,90% 1105 0,00% 0,00% 4,85% 67,90%

SM (2) 0,00% 0 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

SS (3) 44,99% 732 44,99% 44,99% 44,99% 44,99%

Tratam (4) 44,99% 732 44,99% 44,99% 44,99% 44,99%

(1) SI – Sistema Individual


(2) SM – Sistema Misto
(3) SS – Sistema Separador
(4) Tratam – Tratamento
Fonte: CORSAN, 2013. Plano de expansão.

Ações propostas

A seguir estão elencadas as ações propostas, buscando alcançar os objetivos e metas


estipulados para os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário do
município.

Objetivo Ação
Planejamento dos serviços Instituir sistema municipal de planejamento
Instituir mecanismos participativo da sociedade
Controle social dos serviços
nos moldes da Lei 11.445/07
Instalação de rede e ligações para expansão
Cobertura de água
vegetativa
Cobertura de esgoto Instalação de sistemas para a universalização
Instalação de rede e ligações para expansão
Cobertura de esgoto
vegetativa
Quantidade ofertada de água Ampliação de unidades do sistema
Perda total por ramal Programa corporativo
Qualidade dos produtos ofertados Rotina operacional de controle de qualidade
Qualidade do abastecimento Rotina operacional
Rotina operacional de atendimento comercial e de
Qualidade de atendimento ao usuário
outros serviços
Otimização operacional Setorização da rede, melhoria do controle
Reservação setorial Reservação por setor
Detecção de ligações factíveis Adesão de novas ligações
Atendimento da área rural Programa de saneamento rural de âmbito regional

12
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Além dos recursos obtidos pela CORSAN2 junto ao PAC, para ampliação geral do sistema
de abastecimento de água, relaciona-se a seguir as obras recentemente executadas e/ou
programadas pela CORSAN:

Glorinha - Relatório de Obras - Executada


Custo
Data Custo Final
Conta Descrição do Serviço Diâm. Quant. Previsto
Término (R$)
(R$)

994 PERF; POÇO MORRO BOA VISTA - OBRA PAP 1 21/9/2010 - 30.300,00

PERFURAÇÃO POÇOS EM CAPÃO GRANDE 2 E


994 0 2 25/5/2011 - 64.800,00
CAPÃO GRANDE 3 - OBRA PAP

993 PERFURAÇÃO POÇO GLO-02 (9-095/12-RP) 0 1 21/7/2012 - 32.200,00

AMLP.. REDE ÁGUA RUA VENÃNCIO AIRES


925 50 400 1/1/2013 - 11.600,00
(6-009/08-RP/SURMET)

AMPL REDE ÁGUA RUAS O . SCHONARDIE, O


925 50 2150 1/1/2013 - 62.400,00
. FRIAS E RS-030 (6-032/07 - RP/SURMET)

AMPL. REDE ÁGUA CONDOMÍNIO CASA DE


925 50 450 1/1/2013 - 13.050,00
CAMPO(6-003/08 - RP/SURMET)

EMISSÁRIO ESGOTOS 4 TUBOS FOFO (9-


926 100 650 7/3/2014 - 45.000,00
076/10-CEF/RP)

EMISSÁRIO ESGOTOS 2 TUBOS FOFO (9-


926 100 310 7/3/2014 - 22.450,00
076/10 CEF-RP)

EMISSÁRIO ESGOTOS 3 TUBOS FOFO (9-


926 100 350 7/3/2014 - 54.060,00
076/10-CEF-RP)

REDE COLETORA ESGOTOS BACIA 4 TUBOS


926 PVC DN 150 E RAMAIS DN 100.(9-076/10 0 2108 7/3/2014 - 279.530,00
CEF-RP)

REDE COLETORA ESGOTOS BACIA 1 TUBOS


926 PVC DN 150 E 200 RAMAIS DN 100 (9- 0 14161 7/3/2014 - 2.340.310,00
076/11 CEF- RP)

REDE COLETORA ESGOTOS BACIA 2 TUBOS


926 PVC DN 150,200,250 E RAMAIS DN 100 (9- 0 5496 7/3/2014 - 498.510,00
076/10-CEF/RP)

REDE COLETORA ESGOTOS BACIA 3 TUBOS


926 PVC DN 150 E RAMAIS DN 100. (9-076/10 0 2852 7/3/2014 - 253.980,00
CEF-RP)

ESTAÇÃO TRATAMENTO ESGOTOS ,


COMPOSTA DE LABORATÓRIO BLOCO
927 HIDRÁULICO , LEITO 0 12,3 7/3/2014 - 2.190.900,00
SECAGEM,URBANIZAÇÃO ÁREA (9-076/10
CEF-RP)

ELEVATÓRIA DE ESGOTOS EBE 2 (9-076/10-


928 0 20 7/3/2014 - 61.400,00
DEF/RP)

ELEVATÓRIA DE ESGOTOS EBE 3 (9-076/10


928 0 10 7/3/2014 - 36.590,00
CEF-RP)

ELEVATÓRIA ESGOTOS 01 (9-076/10-


928 0 23 7/3/2014 - 199.230,00
CEF/RP)

2
PAC II/ 4ª seleção/ CEF – Obra

13
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

ELEVATÓRIA DE ESGOTOS EBE 4(9-076/10-


928 0 10 7/3/2014 - 36.850,00
CEF RP)

Glorinha - Relatório de Obras - Programada


Custo Custo
Data
Conta Descrição do Serviço Diâm. Quant. Previsto Final
Término
(R$) (R$)

AMPL. REDE AGUA TRAV DA GLORIA - (0-


925 50 30 - 930,00 -
173/09 - RP/DEOB/MET)

AMPL. REDE AGUA RUA ARLINDO FERRUGEM -


925 50 56 - 1.750,00 -
(0-116/09 - RP/DEOB/MET)

AMPL. REDE AGUA RUA VENANCIO DOS


925 50 30 - 900,00 -
SANTOS - (0-117/09 - RP/DEOB/MET)

AMPL REDE ÁGUA AV QUATRO DE MAIO


BAIRRO TRES FIGUEIRAS - TUBOS PVC DN 50
925 0 6500 - 285.750,00 -
(2450 M) E DN 100 (4000 M) (0-255/10-DEOM/
MET)

14
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

6 LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

No ano de 2007 foi lançada a Política Nacional de Saneamento Básico (PNSB), através da
Lei nº 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico,
servindo de base para o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), que foi
proposto em 2011 e teve sua versão final aprovada no final de 2013. No ano de 2010 foi
lançada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), através da Lei nº 12.305/2010,
regulamentada pelo Decreto nº 7.404/2010, e que estabelece o conteúdo mínimo para os
planos de resíduos sólidos.
O Plano Nacional de Saneamento Básico e o Plano Nacional de Resíduos Sólidos
estabelecem diretrizes, estratégias e metas para as regiões brasileiras baseadas em um
diagnóstico da situação atual dos serviços de gestão e manejo de resíduos sólidos no país,
e também em um prognóstico que utiliza a ferramenta de cenários de planejamento.
Como os planos nacionais definem metas para as macrorregiões do país, as metas para
cada divisão administrativa inseridas em uma macrorregião são definidas
proporcionalmente, a partir de suas populações residentes e, consequentemente, as que
devem ser alcançadas pelas microrregiões e municípios. As versões dos planos nacionais
consideradas para a elaboração deste Plano foram as seguintes:

 PLANSAB: Plano Nacional de Saneamento Básico. Versão aprovada, de dezembro de


2013.
 PLANARES: Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Versão de agosto de 2013.
Os princípios básicos e prioridades que orientam o cumprimento dos objetivos estabelecidos
pela PNRS e pelo PLANARES implicam:

 Proteção da qualidade ambiental e da saúde pública;


 Fomento e valorização da não geração, da redução, da reutilização, da reciclagem, da
geração de energia, do tratamento e da disposição ambientalmente correta;
 Redução do volume e da periculosidade;
 Geração de benefícios sociais, ambientais e econômicos;
 Gestão integrada dos resíduos;
 Estímulo a soluções intermunicipais e regionais para gestão dos resíduos;
 Estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias;
 Estímulo ao consumo sustentável.
As diretrizes adotadas pelo plano objetivam melhorar os aspectos do gerenciamento dos
resíduos sólidos urbanos, controlar e avaliar os serviços e programas relacionados,
especialmente no que tange à:

 Educação ambiental;
 Inclusão de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis secos;
 Redução da geração de resíduos sólidos urbanos;
 Qualificação da gestão dos resíduos sólidos urbanos;
 Logística reversa;
 Redução dos resíduos sólidos urbanos secos dispostos em aterros sanitários;

15
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

 Redução de resíduos sólidos urbanos úmidos dispostos em aterros sanitários;


 Disposição final ambientalmente adequada;
 Tratamento e recuperação de gases em aterros sanitários.
Destaca-se que as revisões do PLANARES foram planejadas de forma a coincidir com a
elaboração do Plano Plurianual da União (PPA), que ocorre a cada quatro anos. Essa
associação de datas permite o aprimoramento dos programas do PPA incorporando as
diretrizes, estratégias e metas constantes do PLANARES e das suas revisões.

No atual quadriênio do PPA (2012-2015), o Governo Federal elaborou um conteúdo especial


com relação ao saneamento básico e aos resíduos sólidos, conforme apresentado a seguir.

Programa Temático de Saneamento Básico - PTSB


O PPA contempla também o Programa Temático de Saneamento Básico – PTSB, elaborado
com base na Lei n° 11.445/2007 e no Decreto n° 7.217/2010, no qual aparece o tema da
interface existente entre a política pública de saneamento e a de resíduos sólidos. Esse
programa impacta diretamente as metas fixadas no PLANARES, no que diz respeito à:

 Desativação de lixões;
 Implementação do tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos,
preferencialmente em soluções intermunicipais;
 Recuperação ambiental de áreas degradadas por lixões;
 Cultura da coleta seletiva.

Programa Temático de Resíduos Sólidos - PTRS


Durante este quadriênio, o PPA 2012-2015 está em vigência, com especial conteúdo,
objetivos e iniciativas da União relativas ao setor de resíduos sólidos, consolidado no
Programa Temático de Resíduos Sólidos – PTRS, que busca enfrentar e superar os
desafios inerentes ao tema.

O PTRS foi elaborado com base nos princípios e diretrizes da PNRS, visando ao aumento
dos índices da reciclagem de resíduos sólidos no Brasil, além de fomentar o
desenvolvimento institucional, em especial no apoio à elaboração dos estudos de
regionalização e dos planos estaduais, intermunicipais e municipais de gestão integrada de
resíduos sólidos, buscando fortalecer a gestão local, essencial para o sucesso da Política
Nacional de Resíduos Sólidos.

Programa de metas
Para uma melhor organização, as metas preconizadas pelo presente Plano foram divididas
em quatro programas de metas, adaptados dos grupos de diretrizes e estratégias utilizados
pelo PLANARES:
 Inclusão social de catadores;
 Qualificação da gestão dos resíduos sólidos;
 Serviços de limpeza, coletas e tratamentos;
 Disposição final ambientalmente adequada de rejeitos.

16
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Visto que as ações de educação ambiental não devem ficar atreladas somente aos resíduos
sólidos, e sim ao plano de saneamento básico como um todo, este tema é tratado em um
capítulo específico do Plano Municipal de Saneamento Básico.

Os Planos Nacionais de Resíduos Sólidos (PLANARES) e de Saneamento Básico


(PLANSAB) estabelecem metas com base nas diretrizes e estratégias de suas respectivas
políticas. O presente Plano Municipal de Resíduos Sólidos adota as metas relativas aos
resíduos sólidos urbanos estabelecidas nos dois planos, propondo também metas
adicionais, que deverão auxiliar no atendimento às dos planos nacionais, uma vez que
atingi-las representa um enorme desafio para a gestão pública.

As metas estabelecidas no PLANARES para o Brasil e Região Sul, são apresentadas no


quadro a seguir e as metas do PLANSAB, no quadro apresentado na sequência.
Metas do PLANARES para os RSU e qualificação da gestão

# META UNIDADE REGIÃO 2015 2019 2023 2029 2031


Eliminação total dos lixões Brasil 100 100 100 100 100
1 até 2014.
%
Sul 100 100 100 100 100
Áreas de lixões reabilitadas Brasil 5 20 45 65 90
(queima pontual, captação de
gases para geração de
energia mediante estudo de
viabilidade técnica e
2 %
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

econômica, coleta do Sul 10 20 50 75 100


lixiviado, drenagem pluvial,
compactação da massa,
cobertura com solo e
cobertura vegetal).
Redução dos resíduos Brasil 22 28 34 40 45
recicláveis secos dispostos
3 em aterro, com base na %
caracterização nacional em Sul 43 50 53 58 60
2013.
Redução do percentual de Brasil 19 28 38 46 53
resíduos úmidos disposto em
4 aterros, com base na %
caracterização nacional Sul 30 40 50 55 60
realizada em 2013.
Recuperação de gases de Brasil 50 100 150 200 250
5 aterro sanitário – Potencial de MW
300 MW. Sul - - - - -
Inclusão e fortalecimento da Brasil 280.000 390.000 440.000 500.000 600.000
6 organização de 600.000 Catadores
catadores. Sul 26.165 36.443 41.115 46.722 56.066

Planos estaduais elaborados Brasil


1 %
GESTÃO DOS RESÍDUOS

até 2013. Sul 100 - - - -


QUALIFICAÇÃO DA

Municípios com planos Brasil 100 - - - -


intermunicipais,
2 %
SÓLIDOS

microrregionais ou municipais Sul 100 - - - -


elaborados até 2014.
Estudos de regionalização em Brasil 100 - - - -
3 %
100% dos Estados até 2013. Sul 100 - - - -
Municípios com cobrança por Brasil 35 48 55 68 75
4 serviços de RSU, sem %
vinculação com o IPTU. Sul 48 65 75 85 95

17
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Metas do PLANSAB para os RSU

# META UNIDADE REGIÃO 2015 2020 2030


Brasil 94 96 100
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Percentual de domicílios urbanos atendidos


R1 %
por coleta direta de resíduos sólidos. Sul 98 100 100
Percentual de domicílios rurais atendidos Brasil 39 48 64
R2 por coleta direta e indireta de resíduos %
sólidos. Sul 55 66 85
Percentual de municípios com presença de Brasil 0 0 0
R3 %
lixão/vazadouro de resíduos sólidos. Sul 0 0 0
% de municípios com coleta seletiva de Brasil 24 30 40
R4 %
resíduos sólidos domiciliares. Sul 43 49 60
Brasil 35 47 72
R5 % de municípios que cobram taxa de lixo. %
Sul 48 61 90

Nos planos nacionais, a quantificação das metas foi estabelecida para as regiões do país.
Para os planos municipais foi adotado como critério a proporcionalidade da população do
município em relação à população total da região Sul, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2010). No presente PMSB, considerou-se proporcionalmente
a projeção da população do município em relação à população total da região Sul. Tanto as
metas específicas para o município quanto as quantificações das mesmas são apresentadas
mais adiante, neste capítulo, e também no Cronograma físico-financeiro em ANEXO.

Considerando o cenário atual da gestão de resíduos sólidos urbanos, para atendimento das
metas estabelecidas serão necessárias mudanças radicais, que deverão trazer eficiência e
sustentabilidade aos sistemas de gestão e manejo de resíduos municipais. Estas mudanças
estão relacionadas a um aporte significativo de recursos financeiros em instalações,
equipamentos e pessoal técnico, o que, sem dúvida, irá aumentar o custo atual dos serviços
hoje prestados pelos municípios.

Para o alcance das metas estabelecidas, são necessárias ações relacionadas à coleta,
transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos urbanos, cuja implantação
exige que se busque por alternativas tecnológicas viáveis para implantação nos municípios.
A seguir são descritos os critérios, a justificativa e as tecnologias selecionadas como
ferramentas para elaboração das ações para o atendimento das metas estabelecidas neste
Plano.

A seleção de alternativas para gerenciamento e gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU)
foi embasada nas diretrizes e estratégias traçadas em nível nacional, dentro do Plano
Nacional de Resíduos Sólidos, e observada a seguinte ordem de prioridade para a gestão:
não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Considerando-se a dificuldade técnica e gerencial de municípios de pequeno e médio porte


e a necessidade de se obter a sustentabilidade financeira necessária à implantação dos
sistemas de tratamento e destinação final de resíduos, foram adotadas premissas básicas
para a definição do porte e quantificação de unidades e equipamentos para o presente
Plano:

Definição da geração de resíduos

Para estimativa da geração de resíduos ao longo do Plano foram utilizadas as projeções da


geração de resíduos realizada na etapa de prognóstico, indicado no quadro a seguir.

18
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Projeção da geração de RSU para o município

Prazo da ação Ano referência Ano calendário Geração (t/ano)


Imediato 2 2015 1.799
Curto 6 2019 1.905
10 2023 1.976
Médio
14 2027 2.022
18 2031 2.049
Longo
22 2035 2.059

Coleta de resíduos

 Definição de serviços que auxiliem o atendimento às metas de redução de resíduos


secos recicláveis e úmidos a serem destinados a aterros conforme estabelecido no
PLANARES;
 Todos os municípios devem contar com coleta seletiva e coleta regular.

Resíduos secos recicláveis

 Definição de instalações que atendam às metas de redução de resíduos secos


recicláveis a serem destinados a aterros conforme estabelecido no PLANARES a cada
quatro (4) anos para a Região Sul;
 Todos os municípios devem contar com ao menos um galpão de triagem.

Áreas contaminadas

A recuperação de áreas contaminadas também deve ser foco de um processo de seleção


de alternativas, porém, esta seleção depende de um estudo específico prévio com
mapeamento e diagnóstico destas áreas, fatores essenciais para seleção de alternativa
tecnológica de recuperação.

O Plano envolve também a seleção de alternativas tecnológicas para o tratamento de


orgânicos, o transporte e a destinação final adequada para os resíduos, entre outras.
Porém, estas são ações regionais, que devem ser implantadas no âmbito do consórcio Pró-
Sinos, e são apresentadas no Plano Regional de Resíduos Sólidos.

A seguir, são apresentados os detalhamentos dos critérios utilizados e a justificativa para a


seleção das alternativas tecnológicas que deverão ser implantadas através das ações do
Plano.

COLETA DE RESÍDUOS
A coleta dos resíduos sólidos urbanos e rurais é uma ferramenta para o atendimento das
metas do PLANSAB.
Ecopontos

Para auxiliar o serviço de limpeza e coleta de resíduos sólidos, propõe-se a implantação de


ecopontos nas áreas urbanas e rurais dos municípios que, dentro do modelo adotado, são
instrumentos fundamentais para melhoria da gestão e sustentabilidade do gerenciamento
19
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

integrado de RSU. Trata-se de um equipamento público de baixo custo, disperso dentro


área urbana e distritos rurais, com resultados expressivos no apoio à coleta seletiva,
logística reversa, redução dos focos de disposição clandestina e de resíduos volumosos e
especiais, disponibilizando à população uma solução de destinação adequada de resíduos.
Sua implantação em distritos rurais, como forma de coleta indireta, possibilita uma maior
cobertura de atendimento do serviço em locais onde se torna onerosa a implantação de
coleta porta a porta, auxiliando no atendimento à meta de aumento do número de domicílios
rurais atendidos por coleta direta e indireta de resíduos sólidos proposta pelo PLANSAB.

As vantagens da implantação de ecopontos, de maneira geral, são:


 Diminuição de focos de descarte irregular, principalmente de resíduos volumosos e da
construção civil;
 Maior cobertura de atendimento com menos custos do que a coleta direta (porta a
porta);
 Melhor segregação de materiais recicláveis, facilitando seu reaproveitamento posterior.

As desvantagens da implantação destas instalações são:

 Requerem profissionais capacitados para orientação e controle do descarte.


 A responsabilidade pela correta destinação final dos resíduos da construção civil e dos
resíduos especiais recebidos passa a ser do município.

Coleta regular porta a porta

A coleta regular porta a porta implica recolher os resíduos diretamente em cada domicílio, o
que demanda o emprego de um contingente expressivo de funcionários, e exige destes um
grande esforço físico para manusear os recipientes de acondicionamento dos resíduos até o
veículo utilizado para a coleta.
A coleta porta a porta tem como vantagens principais:
 Maior interação entre a população e os coletores;
 Comodidade para os geradores de resíduos, dependendo da frequência de coleta;
 Menor custo de operação do serviço de coleta.
As desvantagens são:
 Riscos elevados de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho para os coletores
envolvidos;
 Não há controle dos vetores de doenças;
 Possibilidade de rasgamento ou espalhamento dos sacos de resíduos, podendo causar
entupimento dos bueiros e bocas de lobo.

Coleta diferenciada

A PNRS torna a coleta seletiva uma obrigação nos municípios brasileiros, porém, a que
atualmente é praticada no Brasil prioriza a coleta dos resíduos secos. Os resíduos úmidos
(orgânicos) são coletados junto com os rejeitos, através do serviço de coleta regular
indiferenciada.

No contexto atual de planejamento da gestão dos resíduos sólidos esta forma de coleta é
inadequada, pois dificulta o tratamento posterior dos materiais devido à ocorrência de

20
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

contaminações cruzadas entre os vários resíduos, reduzindo inclusive o valor comercial dos
materiais recicláveis, podendo até impossibilitar seu tratamento.

A não segregação na fonte dos resíduos orgânicos dificulta e praticamente inviabiliza o


tratamento posterior da fração orgânica devido a sua contaminação, resultando em um
composto de baixa qualidade e sem boa aceitação pelo mercado.

Em alguns casos, para se viabilizar a valorização/reciclagem dos resíduos orgânicos e


atingir a meta de redução de disposição em aterros de resíduos úmidos, a coleta seletiva
deve prever a separação de no mínimo três tipos de resíduos: resíduos orgânicos
compostáveis, resíduos recicláveis secos e rejeitos. Devem ser implantados polos regionais
para o reaproveitamento e a reciclagem de materiais com a inclusão dos catadores no
processo de gerenciamento dos RSU, contribuindo para o fortalecimento e inclusão
socioeconômica, conforme prevêem a Política e Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

A coleta diferenciada tem como vantagens principais:


 Redução da contaminação de resíduos recicláveis (secos ou úmidos), facilitando seu
tratamento e recuperação;
 Aumento do valor comercial do material reciclável;
 Aumento da qualidade e aceitação do produto final da compostagem;
 Disseminação de informações ambientais para a correta segregação dos resíduos.
As desvantagens são:
 Maior custo de operação;
 Requer uma frota mais numerosa;
 Dependência do engajamento por parte da comunidade.

Coleta seletiva

A coleta diferenciada de resíduos secos (coleta seletiva) passa a ser obrigatória através da
PNRS, e também é prevista no PLANSAB, onde são definidas metas sobre o percentual de
municípios que devam implantar o serviço, de acordo com a região do Brasil e com os
prazos estipulados. Ainda que não existam metas específicas no PLANARES para a coleta
seletiva, a implantação desta contribui para as metas de redução de resíduos secos
dispostos em aterros.

Pontos de Entrega Voluntária (PEVs)

Os PEVs são mecanismos facilitadores da coleta seletiva, já que os resíduos recebidos


podem ser transferidos para centrais de triagem onde cooperativas ou associações de
catadores separam e revendem o material. Desta forma, sua implantação contribui para a
meta de aumento do número de municípios com coleta seletiva de resíduos sólidos
domésticos, estabelecida no PLANSAB. Em consequência, esta medida pode auxiliar na
redução de resíduos recicláveis secos dispostos em aterros, meta estabelecida pelo
PLANARES.
Os PEVs têm como vantagens:
 Baixo custo de implantação;
 Economia com a coleta, pois além de os materiais já estarem separados, há redução
dos pontos de coleta;

21
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

 Minimização das contaminações entre resíduos;


 Material separado conta com maior qualidade e um valor agregado mais alto;
 Atuam também como agentes de conscientização ambiental.
As desvantagens são:
 PEVs estão sujeitos à depredação;
 Necessidade de deslocamento até os PEVs pode resultar em um percentual de adesão
menor do que no caso da coleta porta a porta.

TRIAGEM DE RECICLÁVEIS SECOS

A separação dos materiais passíveis de recuperação tem vários aspectos positivos como a
preservação de recursos naturais, geração de emprego e renda, e conscientização da
população para as questões ambientais. Entretanto, a reciclagem depende da economia
local e do mercado de cada um dos materiais triados, mesmo que o custo do beneficiamento
da maioria dos materiais recicláveis ainda seja considerado elevado em relação ao custo de
matéria prima virgem.
Ainda assim, a triagem dos resíduos recicláveis é importante para a adequação à meta de
redução dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterro, estabelecida pelo PLANARES,
por promover uma melhor condição de recuperação destes materiais.
Embora existam desvantagens associadas, a triagem é indispensável para gestão eficiente
dos resíduos sólidos urbanos e para o respeito da ordem de prioridade estabelecida no
caput do artigo 9° da Lei n° 12.305/2010 (não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos),
sendo uma etapa indispensável para se atingir as metas de redução de resíduos secos em
aterros.
As vantagens do processo de triagem de uma forma geral são:
 Redução da quantidade de resíduos destinada à disposição final em aterros sanitários;
 O processo é fundamental para atendimento das metas de redução de resíduos
recicláveis secos a serem dispostos em aterros sanitários;
 Promoção da inclusão socioeconômica através da adesão de catadores de resíduos a
cooperativas e associações regularizadas;
 Redução do consumo de matérias primas, energia e insumos na indústria;
 Redução da poluição ambiental para produção de novos insumos;
 Promoção de melhorias diretas no saneamento;
 Serve como agente de conscientização ambiental.
As desvantagens são:
 Muitas vezes os custos operacionais são maiores do que os recursos advindos da
venda dos materiais recicláveis ou do composto;
 O processo requer um modelo de gestão que esteja atento às necessidades de
mercado, ao avanço das tecnologias de aproveitamento de novos materiais, além da
complexidade dos diferentes funcionários, intermediários e setores da indústria
envolvidos.
Destaca-se que uma das dificuldades enfrentadas pelos municípios é a falta de organização
dos catadores, que acabam criando um sistema informal de venda de materiais para

22
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

atravessadores, muitas vezes instalados em locais irregulares, sem o devido licenciamento


ambiental (BNDES, 2011). Para tanto, são previstas no Plano Regional de Resíduos Sólidos
ações que visam a mobilizar e apoiar as organizações de catadores.

Outro desafio é o não atendimento às questões de higiene, segurança do trabalho e meio


ambiente nos sistemas de triagem existentes nos municípios.

Triagem em esteiras rolantes

Unidades de triagem mecanizadas devem ser implantadas em galpões com infraestrutura e


cobertura adequadas. Este sistema de triagem otimiza o processo em comparação com a
triagem em mesa, porém, pode também excluir funcionários que não têm condições de
acompanhar o ritmo constante imposto pela esteira. Um dos benefícios da esteira rolante é
proporcionar um menor risco ergonômico aos funcionários e um melhor controle da higiene
do ambiente de trabalho.

As vantagens da triagem mecanizada são:


 Integração das associações ou cooperativas de catadores;
 Maior capacidade de triagem, comparando-se ao processo em mesas;
 Melhores condições de higiene e segurança do trabalho.

As desvantagens são:

 Exigência de maior controle entre funcionários e sistemas de automação;


 Funcionários devem ser capacitados e qualificados;
 Maiores investimentos e custos operacionais devido à operação e manutenção da
esteira.

AÇÕES PARA O ATENDIMENTO DAS METAS

As metas propostas precisam ser materializadas em ações para seu atendimento nos
prazos estabelecidos. As proposições das ações visam aos seguintes programas, conforme
exposto anteriormente:
 Inclusão social de catadores;
 Qualificação da gestão dos resíduos sólidos;
 Serviços de limpeza, coletas e tratamentos;
 Disposição final ambientalmente adequada de rejeitos.
Em paralelo, o Plano preconiza o encerramento imediato de aterros controlados e lixões e,
em médio prazo dos aterros sanitários públicos de pequeno porte.
Os prazos para o presente Plano foram baseados nos prazos previstos no PLANARES, com
vigência por prazo indeterminado. Entretanto, o horizonte de planejamento deste PMSB
deve ser de 22 anos, portanto foi adotado como prazo final o ano de 2035, conforme
descrito a seguir:
 Prazo imediato – Ações a serem implantadas até o final de 2015;
 Curto prazo – Ações a serem implantadas entre 2016 e 2019;
 Médio prazo - Ações a serem implantadas entre 2020 e 2027;
 Longo prazo - Ações a serem implantadas entre 2028 e 2035.

23
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Para o atendimento das metas do Plano, foram propostas ações para os municípios
individualmente, e também para a região dos municípios pertencentes ao consórcio Pró-
Sinos como um todo, que são detalhadas no Plano Regional de Resíduos Sólidos.
O presente Plano tem como foco apenas as ações de responsabilidade do município, e são
aquelas que envolvem leis municipais, estruturas de fiscalização, coletas e triagem de
resíduos recicláveis secos. As ações regionais se configuram como aquelas que
apresentam uma expressiva economia de escala, sem nenhum conflito com outras
atividades ou problemas de gestão quando operadas em grande escala no âmbito do
Consórcio Pró-Sinos. Para as ações de responsabilidade do Consórcio Pró-Sinos deve-se
consultar o Plano Regional de Saneamento Básico (PRSB). Destaca-se que há também
ações que devem ser desenvolvidas tanto em âmbito municipal quanto em âmbito regional,
e que todas as ações propostas são complementares entre si.
O quadro a seguir apresenta os programas, as metas e as ações para o município. Na linha
das metas também são apresentadas as quantificações específicas para o município, como
no caso do numero de catadores a ser incluído socialmente e redução de resíduos a serem
dispostos em aterro. A primeira coluna apresenta a identificação de cada meta e ação, que
são descritos mais detalhadamente na coluna seguinte, junto com a definição de
responsabilidades pela implantação da ação. O conjunto de colunas "Prazos" apresenta com
marcação em azul forte os prazos de implantação das ações, e em azul fraco os anos que
terão custos de operação.

24
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Programas, Metas e Ações – Glorinha²

Programas, Metas e Ações Responsabilidade Prazos

Inclusão Social de Catadores (Limpeza, coleta e triagem) Responsável 2015 2019 2023 2027 2031 2035
Inclusão e fortalecimento da organização de 600.000 catadores no Brasil (PLANARES) Reg. Mun. 19 28 33 38 46 46
Estabelecer estrutura responsável pelo suporte para formação e manutenção das cooperativas. x x x x x x x

Instituir central regional de comercialização de materiais recicláveis. x x x x x x

Qualificação da Gestão dos Resíduos Sólidos Responsável 2015 2019 2023 2027 2031 2035
Implementação da Logística reversa no Estado (PNRS) Reg. Mun. - - - - - -
Instituir termos de compromisso setoriais ou de cooperação técnica com o Estado para implantação da
x x x
logística reversa.
Implantar ecopontos em áreas urbanas. x x x x x x x

Redução da Geração de Resíduos Sólidos Urbanos (PLANARES) Reg. Mun. - - - - - -


Implantar central de comunicação sobre serviços de limpeza urbana e manejo de RSU. x x x x x x

Estabelecer a sustentabilidade dos sistemas municipais de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos,
Reg. Mun. 48% 65% 75% 85% 95% 95%
mediante cobrança da taxa de lixo sem vinculação com o IPTU (PLANARES)
Instituir taxa de serviços de limpeza e manejo de RSU sem vinculação com IPTU. x x
Estabelecer maior controle e fiscalização aos serviços de manejo e gerenciamento dos resíduos sólidos
Reg. Mun. - - - - - -
urbanos.
Implantar estrutura regional responsável pelo controle e fiscalização das ações regionalizadas. x x x x x x x

Implantar estrutura municipal para controle e fiscalização das ações municipais. x x x x x x x

Serviços de Limpeza, Coletas e Tratamentos Responsável 2015 2019 2023 2027 2031 2035
Planejar e otimizar os serviços de limpeza pública, atendendo 100% da área urbana. Reg. Mun. - - - - - -
Qualificar gestão dos serviços de limpeza urbana. x x

Qualificar operação dos serviços de limpeza urbana. x x x x x x x

Percentual de domicílios urbanos atendidos por coleta regular com frequência mínima de três vezes por
Reg. Mun. 98% (1) 99% (1) 100% 100% 100% 100%
semana (PLANSAB)
Qualificar coleta diferenciada porta a porta de rejeitos e orgânicos. x x x x x x x

Adequar coletores de resíduos tipo "papeleira" em áreas urbanas. x x x x x x x

Realizar estudo de viabilidade para a implantação da coleta diferenciada de orgânicos, secos e rejeitos. x x

Realizar estudo de viabilidade para a implantação da coleta conteinerizada intermunicipal. x x x

Percentual de domicílios rurais atendidos por coleta regular direta ou indireta (PLANSAB) Reg. Mun. 56% (1) 64% (1) 71% 79% (1) 91% 91%
Implantar coleta regular indireta (não diferenciada) para atendimento da população rural. x x x x x x x

Redução dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterro, com base na caracterização nacional em
Reg. Mun. 155 t/ano 190 t/ano 209 t/ano 235 t/ano 246 t/ano 247 t/ano
2012, associada à inclusão social dos catadores (PLANARES)
Qualificar coleta diferenciada porta a porta de recicláveis secos, com inclusão social de catadores de
x x x x x x x
recicláveis através de cooperativas ou associações.
Implantar PEVs para recicláveis em áreas urbanas. x x x x x x x
Adequar unidades de triagem de resíduos recicláveis secos, com inclusão social de catadores de recicláveis
x x x x x x x
através de cooperativas ou associações. (2)
Redução do percentual de resíduos úmidos disposto em aterros, com base na caracterização nacional
Reg. Mun. 351 t/ano 495 t/ano 642 t/ano 723 t/ano 799 t/ano 803 t/ano
(PLANARES)
Adequar unidades regionais de triagem e compostagem de resíduos verdes e orgânicos. x x x x x x x

Disposição Final Ambientalmente Adequada de Rejeitos Responsável 2015 2019 2023 2027 2031 2035
Otimizar o sistema de transporte de resíduos, para viabilizar ações regionais Reg. Mun. - - - - - -
Implantar estações de transbordo. x x x x x x

Implantar transporte de resíduos do transbordo a destinação final. x x x x x x

Eliminação Total dos Lixões até 2014 (PLANARES) Reg. Mun. 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Interditar lixões e aterros controlados existentes (com cercas e vigilâcia). x x x x x x x

Disposição final ambientalmente adequada de rejeitos em todos os Municípios (PLANARES) Reg. Mun. 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Elaborar projeto, EIA/RIMA e licenciamento para ampliações e de implantação de aterros sanitários
x x
regionais.
Implantar novo aterro regional (incluindo aquisição/desapropriação de terreno). x x x x x x x

Encerrar e monitorar aterros de pequeno porte (população menor que 100.000 habitantes). (4) x x x x x x

Realizar estudo de viabilidade para implantação de unidade de tratamento térmico de rejeitos. x x

Recuperação de gases de aterro sanitário – Potencial de 250 MW no país (PLANARES) Reg. Mun. 0.00 0.00 0.01 0.01 0.01 0.01
Elaborar plano para recuperação de gases em aterros através de estudos de viabilidade ambiental e técnico-
x x
econômica. (4)
Implantar a recuperação de gases de aterro de maneira a atingir as metas. (4) x x x x x x

Áreas de lixões reabilitadas (queima pontual, captação de gases para geração de energia mediante estudo
de viabilidade técnica e econômica, coleta do chorume, drenagem pluvial, compactação da massa, Reg. Mun. 10% 20% 50% 75% 100% 100%
cobertura com solo e cobertura vegetal) (PLANARES)
Realizar estudo de mapeamento e diagnóstico dos lixões, aterros controlados, e áreas de "bota fora"
x x
priorizando ações de recuperação para atendimento das metas.
Recuperar áreas ocupadas por lixões, aterros controlados e áreas de "bota fora". (3) x x x x x x

________________________
² Detalhe em ANEXO.

25
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

CUSTOS TOTAIS ASSOCIADOS PARA AS AÇÕES MUNICIPAIS

Este plano, conforme foi apresentado nas etapas anteriores, contempla custos para
implantação de ações, instalações e equipamentos que competem ao município.
Considerando o cenário atual da gestão de resíduos sólidos urbanos, para atendimento das
metas estabelecidas serão necessárias algumas mudanças, que deverão trazer eficiência e
sustentabilidade aos sistemas de gestão e manejo de resíduos municipais. Estas mudanças
estão relacionadas a um aporte significativo de recursos financeiros em instalações,
equipamentos e pessoal técnico, o que, sem dúvida, irá aumentar o custo atual dos serviços
hoje prestados pelos municípios. Não foram considerados os custos das ações regionais,
que devem ser consultadas no PRSB.

No quadro a seguir é apresentado um resumo e o investimento total considerando apenas


instalações de estruturas e equipamentos municipais previstos até o ano 2035. Em anexo é
apresentado o cronograma físico-financeiro para as ações municipais, onde são
apresentados os custos totais de implantação e de operação para cada ação, acumulados
em cada prazo. Em ANEXO também são apresentadas as descrições, os critérios utilizados
para quantificação de equipamentos, e demais custos de implantação e operação de cada
ação.

26
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Total de investimentos previstos para as instalações - Glorinha

Descrição 2015 2019 2023 2027 2031 2035


R$ 4.000,00 R$ 4.000,00 R$ 8.000,00 R$ 4.000,00 R$ 16.000,00 R$ 0,00
PEVs
1 Unidades 1 Unidades 2 Unidades 1 Unidades 4 Unidades 0 Unidades
R$ 193.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Ecopontos
1 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades
R$ 180.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Unidades de triagem
1 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades
Destinação final adequada R$ 25.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Interdição de lixões 1 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades
Encerramento aterros sanitários 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades
Total de investimento (cada 04 anos) R$ 402.000,00 R$ 4.000,00 R$ 8.000,00 R$ 4.000,00 R$ 16.000,00 R$ 0,00
Total de investimento R$ 434.000,00

27
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

7 DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS

Os programas, projetos e ações previstas visando a universalização dos serviços de manejo


das águas pluviais para o município de Glorinha estão a seguir.

Ações Imediatas (2 Anos)

Para os anos de 2014 e 2015 estão previstas as seguintes metas:

 Planejar de maneira integrada as ações em recursos hídricos, otimizando


investimentos.
 Elaborar Caderno de Encargos com normatização e padronização dos produtos
referentes a projetos e obras de infraestrutura urbana.
 Realizar o cadastro topográfico de 100% da rede de micro e macrodrenagem.
 Incrementar o programa de Educação Ambiental existente.
 Cadastro estrutural das obras de arte, canais, travessias existentes e elaboração de
projeto.
 Definir a regulação dos serviços de gestão das águas pluviais.

Com base nestas metas foram previstos os seguintes programas, projetos e ações:

 Criação de um ente regulador supra-municipal para os serviços, ou contratação de


uma agência reguladora como responsável pela regulação da drenagem urbana.
 Ativar institucionalmente os Comitês de Bacia dos Rios Gravataí e Sinos para
definição das ações institucionais compartilhadas, bem como a criação de
instrumentos legais que contemplem as decisões tomadas em consenso.
 Elaboração do Caderno de Encargos para normatização e qualificação do item
saneamento no processo de análise, avaliação e aprovação de empreendimentos
imobiliários.
 Incrementar o Programa de Educação Ambiental existente.
 Elaborar um programa de cadastro das patologias estruturais e de revestimento dos
canais e travessias. Hierarquização de medidas e registro em banco de dados das
ações de recuperação e manutenção.
 Elaborar o cadastro informatizado do sistema de micro e macrodrenagem com
registro dos dados de manutenção, operação e implantação, com programa de
atualização permanente.
 Aparelhamento da Secretaria de Obras, Viação e Serviços Públicos para gestão
integrada do sistema, com base em Sistema de Informações Geográficas e registro
em banco de dados georreferenciado.

Ações de continuidade e acompanhamento

As ações de continuidade e acompanhamento são apresentadas na sequência em função


dos prazos de conclusão, quais sejam de curto, médio ou longo prazos.

Curto Prazo (4 Anos)

Para o período entre 2016 e 2019 estão previstas as seguintes metas:

 Elaborar planejamento em drenagem urbana vinculado ao cenário futuro previsto


pelo Plano Urbanístico.
 Aquisição de equipamento e treinamento de pessoal.

28
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

 Elaborar Plano de Drenagem Urbana e detalhamento de projetos para as áreas


críticas.
 Elaborar Plano de Drenagem Urbana tendo um sistema de informações geográficas
como ferramenta de gestão.

Com base nestas metas foram previstos os seguintes programas, projetos e ações:

 Proposta de plano de capacitação e da formação de recursos humanos.


 Manutenção periódica da rede através de desassoreamento e limpeza + bota fora.
 Elaborar o Plano Diretor de Drenagem Integrado da micro e macrodrenagem
contemplando abordagem de manejo sustentável das águas urbanas, adequando-o
as novas proposições do Plano Diretor Urbanístico.
 Implantação de base de custos para obras e serviços de saneamento.
 Implantar Programa Manutenção Periódica de Limpeza e Desassoreamento da rede
de drenagem. Inserir no SIG.
 Criação de ferramenta computacional para fiscalização e montagem de equipe e
treinamento para capacitação técnica, incluindo equipamentos e softwares.

Médio Prazo (8 Anos)

Para o período entre 2020 e 2027 está prevista a manutenção das metas atingidas em curto
prazo, bem como:

 Planejar de maneira integrada as ações em recursos hídricos com municípios


vizinhos, otimizando investimentos, incluindo estudo de modelagem hidrodinâmica
do Rio dos Sinos, Rio Gravataí e afluentes.

Com base nesta meta foram previstos os seguintes programas, projetos e ações:

 Implementar o SIG/DRENAGEM contemplando o cadastro da rede, zoneamento e lei


de uso do solo e suas restrições.
 Inserir na atualização do Plano Diretor de Drenagem Integrado da micro e
macrodrenagem medidas de incentivo às práticas sustentáveis, como redução de
impostos, tarifas de limpeza, drenagem, etc.

Longo Prazo (20 Anos)

Para o período entre 2028 e 2035 estão previstas as seguintes metas:

 Implantar o sistema de esgotamento tipo "separador absoluto".


 Elaborar Plano de Manejo das APPs e áreas verdes. legislação prevendo
manutenção da cobertura do solo.
 Elaborar Ferramenta de sensoriamento remoto e aplicativos de geoprocessamento
visando a melhorar a fiscalização.
 Elaborar legislação municipal visando implantação de medidas de controle na fonte e
redução de IPTU.
 Implantar PLHIS integrado com o Plano Diretor de Drenagem.
 Elaboração de projetos executivos com base nas alternativas apontadas pelo Plano
Diretor de Drenagem.
 Implantação do PLHIS e integração com medidas de controle de erosão e
deslizamentos.

Com base nestas metas foram previstos os seguintes programas, projetos e ações:

29
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

 Planejar ações preventivas com base em análise estatística das ações corretivas
realizadas sobre cadastro informatizado e banco de dados georreferenciado.
 Execução das obras de infraestrutura de micro e macrodrenagem.
 Implantação de um banco de projetos na Prefeitura, objetivando a viabilização das
informações de saneamento básico de forma integrada.
 Plano de Manejo das APPs e áreas verdes. Legislação prevendo manutenção da
cobertura do solo.

Critérios de Estimativa de Custos das Ações Propostas


Para cada uma das ações propostas em forma de projetos ou programas foi elaborada uma
estimativa de custos conforme critérios resumidos no quadro a seguir. Em anexo é
apresentado a proposta de cronograma físico-financeiro.

Ação proposta Critério


Criação de um ente regulador supra-municipal para
os serviços, ou contratação de uma agência Em função do número de habitantes
reguladora como responsável pela regulação da da população projetada.
drenagem urbana.
Ativar institucionalmente os Comitês de Bacia dos
Rios dos Sinos e Caí para definição das ações
institucionais compartilhadas, bem como a criação de Despesa com pessoal.
instrumentos legais que contemplem as decisões
tomadas em consenso.
Execução das obras de infraestrutura de micro e Percentual da rede de micro e
macrodrenagem. macrodrenagem existente.
Elaboração do Caderno de Encargos para
normatização e qualificação do item saneamento no Consultoria técnica e capacitação de
processo de análise, avaliação e aprovação de pessoal.
empreendimentos imobiliários.
Proposta de plano de capacitação e da formação de Consultoria técnica e capacitação de
recursos humanos. pessoal.
Modelagem hidrodinâmica e
Implantação de um Sistema de Alerta contra implantação de estações de
inundações. monitoramento pluvio e
fluviométricas.
Incrementar o Programa de Educação Ambiental Consultoria técnica e capacitação de
existente. pessoal.
Manutenção periódica da rede através de Percentual do valor das obras de
desassoreamento e limpeza + bota fora. micro e macrodrenagem.
Elaborar um programa de cadastro das patologias Estimativa do número de travessias
estruturais e de revestimento dos canais e travessias. e serviços de consultoria de
Hierarquização de medidas e registro em banco de elaboração de laudos e banco de
dados das ações de recuperação e manutenção. dados.
Elaborar o cadastro informatizado do sistema de
micro e macrodrenagem com registro dos dados de Consultoria técnica e capacitação de
manutenção, operação e implantação, com programa pessoal.
de atualização permanente.
Elaborar o Plano Diretor de Drenagem Integrado da Consultoria técnica e capacitação de
micro e macrodrenagem contemplando abordagem de pessoal em função das áreas de
manejo sustentável das águas urbanas, adequando-o contribuição das sub-bacias
as novas proposições do Plano Diretor Urbanístico. urbanas.
Implantação de base de custos para obras e serviços Consultoria técnica e capacitação de
de saneamento. pessoal.
30
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Ação proposta Critério


Implantação de um banco de projetos na Prefeitura, Percentual das obras previstas em
objetivando a viabilização das informações de função da extensão da rede de
saneamento básico de forma integrada. micro e macrodrenagem.
Aparelhamento e Capacitação da Secretaria
Municipal de Obras e Viação para gestão integrada
Recursos humanos, materiais,
do sistema, com base em Sistema de Informações
softwares e capacitação técnica.
Geográficas e registro em banco de dados
georreferenciado.
Implantar Programa Manutenção Periódica de
Consultoria técnica e capacitação de
Limpeza e Desassoreamento dos Canais. Inserir no
pessoal.
SIG.
Criação de ferramenta computacional para
fiscalização e montagem de equipe e treinamento Consultoria técnica e capacitação de
para capacitação técnica, incluindo equipamentos e pessoal.
softwares.
Inserir na atualização do Plano Diretor de Drenagem
Integrado da micro e macrodrenagem medidas de Consultoria técnica e jurídica e
incentivo às práticas sustentáveis, como redução de capacitação de pessoal.
impostos, tarifas de limpeza, drenagem, etc.
Implementar o SIG/DRENAGEM contemplando o
Consultoria técnica e capacitação de
cadastro da rede, zoneamento e lei de uso do solo e
pessoal.
suas restrições.
Extensão dos cursos d'água em
Plano de Manejo das APPs e áreas verdes;
área urbana e rural, custo de
Legislação prevendo manutenção da cobertura do
inventário de vegetação e replantio
solo.
de mudas.
Planejar ações preventivas com base em análise
estatística das ações corretivas realizadas sobre Consultoria técnica e capacitação de
cadastro informatizado e banco de dados pessoal.
georreferenciado.

31
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

8 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

No município estão em andamento várias atividades de educação ambiental que devem


servir de ponto de partida para um levantamento mais completo, sistematização, articulação
e avaliação de sua eficácia de modo a potencializar seus efeitos e evitar duplicação e/ou
pulverização de esforços.

O desafio é articular as diversas competências e habilidades específicas de organizações


não governamentais, associações, grupos organizados e outros, em prol de um processo
integrado de enfrentamento da problemática socioambiental relacionada ao saneamento.

Premissas básicas

O apoio à qualificação da gestão e da participação da sociedade é fundamental para o


sucesso no planejamento e na execução de políticas locais de saneamento ambiental na
medida em que ambas orientam a definição de estratégias e o controle social da prestação
dos serviços públicos. Nesse sentido, a educação ambiental, ao mobilizar os usuários para o
exercício do controle social, que inclui sua participação no planejamento e no
acompanhamento da gestão, constitui um instrumento que ajuda a qualificar o gasto público
em saneamento e a destinação eficiente dos recursos revertendo em benefícios diretos à
população, bem como à sustentabilidade dos serviços de saneamento.

É importante lembrar que o Decreto n° 7.217, de 21 de junho de 2010, que regulamenta a


Lei n° 11.445/2007, estabelece, entre outras as seguintes obrigações no que se refere aos
Planos Municipais de Saneamento:

Art. 26. A elaboração e a revisão dos planos de saneamento básico deverão efetivar-se, de forma a
garantir a ampla participação das comunidades, dos movimentos e das entidades da sociedade civil,
por meio de procedimento que, no mínimo, deverá prever fases de:

I - divulgação, em conjunto com os estudos que os fundamentarem;


II - recebimento de sugestões e críticas por meio de consulta ou audiência pública; e
III - quando previsto na legislação do titular, análise e opinião por órgão colegiado criado nos termos
do art. 47 da Lei no 11.445, de 2007.

§ 1º A divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as
fundamentarem dar-se-á por meio da disponibilização integral de seu teor a todos os interessados,
inclusive por meio da rede mundial de computadores - internet e por audiência pública.

Art. 34. O controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá ser instituído mediante
adoção, entre outros, dos seguintes mecanismos:

I - debates e audiências públicas;


II - consultas públicas;
III - conferências das cidades; ou
IV - participação de órgãos colegiados de caráter consultivo na formulação da política de saneamento
básico, bem como no seu planejamento e avaliação.

§ 1º As audiências públicas mencionadas no inciso I do caput devem se realizar de modo a


possibilitar o acesso da população, podendo ser realizadas de forma regionalizada.

§ 2º As consultas públicas devem ser promovidas de forma a possibilitar que qualquer do povo,
independentemente de interesse, ofereça críticas e sugestões a propostas do Poder Público,
devendo tais consultas ser adequadamente respondidas.

32
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

§ 6º Será vedado, a partir do exercício financeiro de 2014, acesso aos recursos federais ou aos
geridos ou administrados por órgão ou entidade da União, quando destinados a serviços de
saneamento básico, àqueles titulares de serviços públicos de saneamento básico que não instituírem,
por meio de legislação específica, o controle social realizado por órgão colegiado, nos termos do
inciso IV do caput.

O recente Decreto Federal 8.211, de 21/03/20143, que prorrogou o prazo de obrigatoriedade


de elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB) até 2015, manteve a
redação e o prazo previsto no § 6º do art. 34 para a instituição do organismo de controle
social por legislação específica.

Em cada um dos municípios do Consórcio Pró-Sinos há vários programas de educação


ambiental e mobilização social em andamento e que devem ser potencializados e ampliados
visando a abranger os conceitos, materiais e conteúdos já disponibilizados ao longo da
elaboração dos PMSBs. É fundamental que esses programas incorporem as temáticas
relativas ao abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos
resíduos sólidos e drenagem e gestão das águas pluviais.

No quadro a seguir são descritos os objetivos e as ações concebidas.

3
Altera o Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010, que regulamenta a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece
diretrizes nacionais para o saneamento básico.

33
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Objetivos e ações propostas – PMSB e PRSB

Objetivos Ação
Realizar pesquisa qualiquantitativa sobre
Ampliar o conhecimento sobre a percepção saneamento e meio ambiente. Essa
da população a respeito do saneamento. atividade está incluída no Plano Regional e
deve ser realizada pelo Consórcio.
Relacionar, sistematizar e avaliar os
programas de educação ambiental
existentes.
Melhorar a eficácia dos programas de EA.
Relacionar, sistematizar e avaliar os
Evitar desperdício de recursos, pessoal e
programas e/ou projetos de capacitação de
infraestrutura.
professores sobre temas ambientais e de
Capacitar melhor o corpo docente das
saneamento.
escolas do município.
Fazer a adequação de modo a incluir as
diretrizes e fundamentos do Plano Municipal
de Saneamento Básico (PMSB).
Fazer um levantamento a respeito de
Obter o apoio dos meios de comunicação
espaços fixos e eventuais na imprensa local
para a divulgação do PMSB.
e regional para publicação de matérias
Ampliar o espectro de difusão de ideias e
relacionadas ao saneamento, meio
conceitos sobre saneamento.
ambiente, educação ambiental.
Ampliar o conhecimento da população a
respeito dos serviços de saneamento. Operacionalizar a recomendação de incluir o
Esclarecer sobre a importância da componente de educação ambiental/
participação do usuário para a melhoria dos comunicação e mobilização em todas as
serviços de água, esgoto, drenagem e alternativas propostas.
resíduos.
Definir forma permanente de informação à
Incentivar o exercício da cidadania.
população do andamento do PMSB.

34
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

9 ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE

A sustentabilidade econômico-financeira está relacionada ao investimento necessário para


implantação da melhor solução técnica proposta no Plano e ao impacto que a proposta trará
para a estrutura contábil vigente no município, ao longo do tempo. A análise leva em
consideração tanto a capacidade de endividamento do município como a capacidade de
pagamento dos usuários.

As receitas obtidas no município e dos operadores de serviços concedidos deverão


sustentar os investimentos com a prestação dos serviços de saneamento básico (drenagem
pluvial, coleta e destinação final dos resíduos sólidos e abastecimento de água e coleta e
tratamento de esgoto cloacal), garantir os recursos necessários para a amortização dos
investimentos e a operação e manutenção dos sistemas ao longo do Plano.

A análise de sustentabilidade econômico-financeira é feita para cada serviço isoladamente


ou de forma conjunta verificando as possibilidades de articulação e de complementaridade
entre eles. Também são contempladas alternativas de soluções regionalizadas que possam
aprimorar o caráter duradouro da qualidade da prestação dos serviços, assim como sua
viabilidade, com capital próprio.

ANÁLISE DOS SERVIÇOS MUNICIPAIS

De acordo com o formato institucional da prestação dos serviços existentes no município,


poderão ser avaliados e propostos novos arranjos e/ou estruturas organizacionais reunindo
parte ou a totalidade dos serviços.

Existe sustentabilidade financeira quando se verifica que o município consegue atingir uma
poupança líquida positiva (VPL>/= 0) para uma taxa de juros de 12% ao ano no longo prazo,
assumindo os custos totais dos sistemas nas áreas de coleta e destinação final dos resíduos
sólidos e da drenagem pluvial.

Para essa análise é elaborado um balanço municipal projetado, considerando a recuperação


de custos, tendo em vista que estas melhorias são de responsabilidade pública e devem ser
custeadas pelo erário público com as receitas atuais ou novas, hipótese que deve ser
analisada na sequência.

Na hipótese com capital próprio a preços constantes - sob o ponto de vista do investimento
total do plano para os sistemas de competência direta do município - será verificada a
viabilidade ou inviabilidade das propostas. Neste caso só são admitidos os aportes dos
investimentos e custos de OAM (operação, administração e manutenção) dos dois sistemas
a serem implantados, isto é, “custos de investimento e OAM para resíduos sólidos” e “custos
de investimento e OAM para a drenagem” com base na estrutura de receitas atuais.

Tendo como ponto de partida as projeções propostas no longo prazo é verificado se o


município tem ou não capacidade da realização destas atividades, nos próximos 20 anos,
considerando as premissas do cenário futuro da situação contábil municipal. Para tanto, é
previsto um aumento de receita, em razão do crescimento vegetativo da população e da
economia, mesmo com um aumento de custos no item Equipamentos e Materiais
Permanentes e mantendo-se constantes as despesas correntes.

Para o item Pessoal projeta-se ganho real ao longo do Plano, mesmo não considerando um
aumento do corpo funcional, o que resultará em melhora de eficiência funcional na
administração pública. As projeções indicam a necessidade de uma gestão financeira

35
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

controlada, buscando o crescimento das receitas com taxas médias positivas e


administrando os custos de maneira que não se elevem ao patamar das receitas.

Neste sentido foram adotadas algumas premissas para as projeções do balanço municipal
onde foram consideradas:

Receitas

 Estimativa de que a economia nacional (PIB) e a do Estado irão crescer a taxas


médias de 4,5% ao ano, seguindo cenários de estudos elaborados por instituições
idôneas. Isto repercute em alguns setores da economia que geram renda e produção
em âmbito municipal, com aumento do ISS, ITBI, outras taxas, contribuições,
transferências correntes e outras receitas correntes.
 Com o aumento do contingente populacional é projetada a mesma proporção no
aumento das receitas de alguns itens, como o IPTU.
 Não foram alterados itens como Alienação de Bens, Receitas Correntes
Intraorçamentárias, admitindo-se que estes irão ocorrer ao longo dos 20 anos, porém
em níveis médios semelhantes aos que se verificaram nos últimos três anos.
 No ano 2013, admite-se que o município não irá ter mutação patrimonial negativa e
terá novas Receitas Extra Orçamentárias estimada em 1% das receitas correntes

Despesas

 Estima-se um aumento real no item Pessoal com base em índice médio de eficiência
de 2% ao ano, considerado em alguns dissídios de categorias de servidores do setor
público.
 É previsto um esforço na gestão pública, independente da execução orçamentária,
de manutenção de um nível histórico de gastos como:
o Outras despesas correntes.
o Amortização da dívida.
o Restos a pagar não processados.
o Despesas extraorçamentárias.
o Mutação do patrimônio.

 Da mesma forma como foi adotado nas Receitas a projeção é de que a economia
nacional e a do Estado crescerão a taxas médias de 4,5% ao ano com repercussão
também na necessidade de aumentar os investimentos na infraestrutura básica e
despesas intra-orçamentárias.
Taxa de fiscalização e regulação

Para a despesa de fiscalização e regulação foram considerados o cálculo e os


procedimentos para o recolhimento por parte dos prestadores dos serviços de saneamento
básico no Estado, regulados pela AGERGS. Neste caso a taxa não será aplicada sobre o
faturamento, na medida em que estes serviços (resíduos sólidos e drenagem) normalmente
não têm receita própria. Assim, esta taxa (0,5%) será um percentual aplicado sobre o IPTU.

Educação Ambiental

No caso da verba para Educação Ambiental também será um percentual aplicado sobre a
Recita Corrente na medida em que o IPTU tem baixa arrecadação e o valor obtido é irrisória

36
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

para o que se pretende em termos de Educação Ambiental. Assim foi estipulado um recurso
para projetos de educação ambiental de 1% sobre as Receitas Correntes.

Resultados

Com este cenário, considerado moderado, verifica-se que o Município deverá manter uma
situação positiva na maioria dos anos.

O nível de poupança líquida no longo prazo até 2035, descontada a 12% atingem a valor
presente líquido de R$ 57,9 milhões, considerando 2013 como ano base, conforme quadros
a seguir do Plano Econômico-Financeiro do Município proposto, com custos de
Investimentos e de OAM dos novos empreendimentos.

A previsão do quadro financeiro do Município mostra também que há condições de melhorar


seus resultados com reduções no item “outras despesas correntes” visando transferir para
novos investimentos, e cumprir metas de governo, principalmente atendendo os projetos de
planejamento estratégico, cuja implantação requer volumes de grande monta.

37
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Plano Econômico-Financeiro do Município de Glorinha - Cenário com Custos de Investimentos e de OAM nos Serviços de Coleta,
Disposição Final e Tratamento de Resíduos Sólidos e da Drenagem Pluvial (R$10³ /dez 2012)
Valor Realizado
Discriminação 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023
(2012)
Receitas Orçamentárias 21.653.592 22.712.545 23.833.629 24.893.193 25.999.840 27.156.194 28.364.490 29.627.066 30.946.365 32.324.019 33.763.616 35.267.942
Correntes 20.837.650 21.866.150 22.955.257 23.984.604 25.059.674 26.183.029 27.356.842 28.583.383 29.865.026 31.203.329 32.601.804 34.063.158
Tributárias 2.902.594 3.043.601 3.191.581 3.331.562 3.477.246 3.629.392 3.788.291 3.954.247 4.127.579 4.307.697 4.495.868 4.692.456
IPTU 132.557 135.063 137.616 140.169 142.240 144.310 146.381 148.451 150.522 151.672 152.823 153.973
ISS 2.244.879 2.357.123 2.474.979 2.586.353 2.702.739 2.824.362 2.951.458 3.084.274 3.223.066 3.368.104 3.519.669 3.678.054
ITBI 221.463 232.536 244.162 255.150 266.631 278.630 291.168 304.271 317.963 332.271 347.224 362.849
Taxas 303.695 318.880 334.824 349.891 365.636 382.090 399.284 417.252 436.028 455.649 476.153 497.580
Contribuições 225.905 237.200 249.060 260.267 271.979 284.219 297.008 310.374 324.341 338.936 354.188 370.127
Patrimonial 273.353 287.021 301.372 314.933 329.105 343.915 359.391 375.564 392.464 410.125 428.581 447.867
Agropecuaria 8.819 9.260 9.723 10.161 10.618 11.096 11.595 12.117 12.662 13.232 13.828 14.450
Serviços 378.687 397.622 417.503 436.290 455.923 476.440 497.880 520.284 543.697 568.164 593.731 620.449
Transferências Correntes 16.637.184 17.469.043 18.342.495 19.167.907 20.030.463 20.931.834 21.873.767 22.858.086 23.886.700 24.961.601 26.084.874 27.258.693
Transf. Corrente Intergorv. 16.414.309 17.235.025 18.096.776 18.911.131 19.762.132 20.651.428 21.580.742 22.551.875 23.566.710 24.627.211 25.735.436 26.893.531
Transf. Corrente Instituições Privadas 34.992 36.742 38.579 40.315 42.129 44.025 46.006 48.076 50.239 52.500 54.863 57.332
Transf.Pessoas ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Transferências Correntes de Convênios 187.883 197.277 207.141 216.462 226.203 236.382 247.019 258.135 269.751 281.890 294.575 307.831
Outras Receitas Correntes 411.108 431.663 453.247 473.643 494.957 517.230 540.505 564.828 590.245 616.806 644.562 673.568
Multas e Juros de Mora 176.739 185.576 194.855 203.623 212.786 222.361 232.368 242.824 253.751 265.170 277.103 289.572
Indenizações e Restituições 52.885 55.529 58.305 60.929 63.671 66.536 69.530 72.659 75.929 79.345 82.916 86.647
Receitas da Dívida Ativa 170.840 179.382 188.351 196.826 205.684 214.939 224.612 234.719 245.282 256.319 267.854 279.907
Receitas Diversas 10.645 11.177 11.736 12.264 12.816 13.393 13.996 14.625 15.284 15.971 16.690 17.441
Capital 815.942 846.396 878.372 908.589 940.166 973.165 1.007.648 1.043.683 1.081.339 1.120.690 1.161.812 1.204.784
Operações de Crédito ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Alienação de Bens 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Transferências de Capital (União/Estado) 609.069 639.523 671.499 701.716 733.293 766.292 800.775 836.810 874.466 913.817 954.939 997.911
Outras Receitas 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063
Deduções da Receita Corrente ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Dedução das Receitas Para Formação do FUNDEB ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Receitas Correntes Intra‐Orçamentárias ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
RECEITAS EXTRA-ORÇAMENTARIAS 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522
Mutação patrimonial 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736
Receitas Extra orçamentaria 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS 22.703.715 23.457.656 24.242.557 27.772.198 27.469.880 28.200.351 29.992.095 30.492.168 31.204.456 33.631.371 33.972.389 34.785.956
Correntes 19.078.659 19.695.688 20.336.830 23.730.620 23.286.338 23.868.455 25.505.171 25.843.238 26.386.230 29.060.753 29.216.896 29.837.269
Pessoal e Encargos Sociais 11.230.138 11.454.740 11.683.835 11.917.512 12.155.862 12.398.979 12.646.959 12.899.898 13.157.896 13.421.054 13.689.475 13.963.265
Juros e Encargos da Divida ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Custos de Investimento e OAM ‐ Residuos Sólidos 1.934.380 1.171.780 1.171.780 1.171.780 1.410.070 1.331.470 1.331.470 1.331.470 1.341.360
Custos de Investimento e OAM ‐ Drenagem 786.375 457.250 368.750 1.310.750 690.750 566.500 2.468.083 1.823.083 1.603.083
Taxa de Regulação (0,5% das Receitas Tributárias) 16.658 17.386 18.147 18.941 19.771 20.638 21.538 22.479 23.462
Educação Ambiental (1,0% das Receitas Tributárias) 33.316 34.772 36.294 37.883 39.542 41.276 43.077 44.959 46.925
Outras Despesas Correntes 7.848.522 8.240.948 8.652.995 9.042.380 9.449.287 9.874.505 10.318.857 10.783.206 11.268.450 11.775.531 12.305.429 12.859.174
Capital 3.162.770 3.299.683 3.443.441 3.579.292 3.721.257 3.869.610 4.024.639 4.186.644 4.355.940 4.108.333 4.293.208 4.486.402
Investimentos 2.738.249 2.875.162 3.018.920 3.154.771 3.296.736 3.445.089 3.600.118 3.762.123 3.931.419 4.108.333 4.293.208 4.486.402
Amortização da Dívida 424.521 424.521 424.521 424.521 424.521 424.521 424.521 424.521 424.521
Despesas Intra‐orçamentárias ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Restos a pagar não processados 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286
DESPESAS EXTRA-ORÇAMENTARIA 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450
Mutação do Patrimonio 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873
Independente execução orçamentaria 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577
Saldo ‐ 546.052 ‐ 241.040 95.144 ‐ 2.374.933 ‐ 965.968 ‐ 540.085 ‐ 1.123.534 ‐ 361.030 245.981 ‐ 803.281 295.298 986.058

38
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Continuação

Discriminação 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035

Receitas Orçamentárias 36.839.912 38.482.569 40.198.591 41.991.805 43.865.684 45.823.859 47.870.123 50.007.977 52.242.027 54.576.601 57.016.223 59.565.619
Correntes 35.590.222 37.185.952 38.852.935 40.594.904 42.415.232 44.317.446 46.305.231 48.381.975 50.552.164 52.820.003 55.189.887 57.666.407
Tributárias 4.897.838 5.112.410 5.336.084 5.569.795 5.813.993 6.069.151 6.335.762 6.613.880 6.904.505 7.208.200 7.525.552 7.857.178
IPTU 155.123 156.274 156.922 157.570 158.218 158.866 159.514 159.701 159.888 160.075 160.262 160.449
ISS 3.843.566 4.016.527 4.197.270 4.386.148 4.583.524 4.789.783 5.005.323 5.230.562 5.465.938 5.711.905 5.968.941 6.237.543
ITBI 379.177 396.240 414.071 432.704 452.175 472.523 493.787 516.007 539.228 563.493 588.850 615.348
Taxas 519.971 543.370 567.822 593.374 620.076 647.979 677.138 707.609 739.452 772.727 807.500 843.837
Contribuições 386.782 404.187 422.376 441.383 461.245 482.001 503.691 526.357 550.043 574.795 600.661 627.691
Patrimonial 468.021 489.082 511.091 534.090 558.124 583.239 609.485 636.912 665.573 695.524 726.822 759.529
Agropecuaria 15.100 15.780 16.490 17.232 18.007 18.817 19.664 20.549 21.474 22.440 23.450 24.505
Serviços 648.369 677.546 708.035 739.897 773.192 807.986 844.345 882.341 922.046 963.538 1.006.897 1.052.208
Transferências Correntes 28.485.334 29.767.174 31.106.697 32.506.498 33.969.291 35.497.909 37.095.315 38.764.604 40.509.011 42.331.917 44.236.853 46.227.511
Transf. Corrente Intergorv. 28.103.739 29.368.408 30.689.986 32.071.035 33.514.232 35.022.372 36.598.379 38.245.306 39.966.345 41.764.831 43.644.248 45.608.239
Transf. Corrente Instituições Privadas 59.912 62.608 65.425 68.369 71.446 74.661 78.020 81.531 85.200 89.034 93.041 97.228
Transf.Pessoas ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Transferências Correntes de Convênios 321.683 336.159 351.286 367.094 383.613 400.876 418.915 437.766 457.466 478.052 499.564 522.044
Outras Receitas Correntes 703.878 735.553 768.653 803.242 839.388 877.160 916.633 957.881 1.000.986 1.046.030 1.093.101 1.142.291
Multas e Juros de Mora 302.603 316.220 330.450 345.320 360.860 377.099 394.068 411.801 430.332 449.697 469.933 491.080
Indenizações e Restituições 90.546 94.621 98.879 103.328 107.978 112.837 117.915 123.221 128.766 134.560 140.616 146.943
Receitas da Dívida Ativa 292.503 305.665 319.420 333.794 348.815 364.512 380.915 398.056 415.968 434.687 454.248 474.689
Receitas Diversas 18.226 19.046 19.903 20.799 21.735 22.713 23.735 24.803 25.919 27.086 28.304 29.578
Capital 1.249.690 1.296.617 1.345.655 1.396.900 1.450.452 1.506.413 1.564.892 1.626.003 1.689.864 1.756.598 1.826.336 1.899.212
Operações de Crédito ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Alienação de Bens 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810 202.810
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Transferências de Capital (União/Estado) 1.042.817 1.089.744 1.138.782 1.190.028 1.243.579 1.299.540 1.358.019 1.419.130 1.482.991 1.549.725 1.619.463 1.692.339
Outras Receitas 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063 4.063
Deduções da Receita Corrente ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Dedução das Receitas Para Formação do FUNDEB ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Receitas Correntes Intra‐Orçamentárias ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
RECEITAS EXTRA-ORÇAMENTARIAS 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522 3.948.522
Mutação patrimonial 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736 1.735.736
Receitas Extra orçamentaria 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786 2.212.786

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS 36.727.503 37.212.498 38.115.282 40.084.864 40.743.684 41.761.302 43.984.779 44.834.771 45.975.206 48.266.232 49.099.587 51.496.012
Correntes 31.576.927 31.850.949 32.533.266 34.272.461 34.690.526 35.456.554 37.417.120 37.992.370 38.845.700 40.836.702 41.356.530 43.425.321
Pessoal e Encargos Sociais 14.242.530 14.527.380 14.817.928 15.114.287 15.416.572 15.724.904 16.039.402 16.360.190 16.687.394 17.021.142 17.361.564 17.708.796
Juros e Encargos da Divida ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Custos de Investimento e OAM ‐ Residuos Sólidos 1.332.760 1.332.760 1.332.760 1.338.740 1.333.540 1.333.540 1.333.540 1.355.850 1.336.450 1.336.450 1.232.450 1.232.450
Custos de Investimento e OAM ‐ Drenagem 2.490.333 1.871.583 1.628.083 2.401.083 1.828.333 1.561.083 2.449.583 1.890.083 1.608.333 2.401.083 1.781.083 2.558.583
Taxa de Regulação (0,5% das Receitas Tributárias) 24.489 25.562 26.680 27.849 29.070 30.346 31.679 33.069 34.523 36.041 37.628 39.286
Educação Ambiental (1,0% das Receitas Tributárias) 48.978 51.124 53.361 55.698 58.140 60.692 63.358 66.139 69.045 72.082 75.256 78.572
Outras Despesas Correntes 13.437.837 14.042.539 14.674.454 15.334.804 16.024.870 16.745.989 17.499.559 18.287.039 19.109.956 19.969.904 20.868.549 21.807.634
Capital 4.688.290 4.899.263 5.119.730 5.350.118 5.590.873 5.842.462 6.105.373 6.380.115 6.667.220 6.967.245 7.280.771 7.608.406
Investimentos 4.688.290 4.899.263 5.119.730 5.350.118 5.590.873 5.842.462 6.105.373 6.380.115 6.667.220 6.967.245 7.280.771 7.608.406
Amortização da Dívida
Despesas Intra‐orçamentárias ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Restos a pagar não processados 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286 462.286
DESPESAS EXTRA-ORÇAMENTARIA 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450 3.444.450
Mutação do Patrimonio 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873 827.873
Independente execução orçamentaria 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577 2.616.577
Saldo 616.481 1.774.142 2.587.381 2.411.012 3.626.072 4.566.629 4.389.415 5.677.278 6.770.893 6.814.441 8.420.707 8.573.678

39
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

ANÁLISE DOS SERVIÇOS CONCEDIDOS

Este capítulo tem por finalidade apresentar a análise de Sustentabilidade do Plano de


Investimento dos Sistemas Concedidos de Abastecimento de Água e Esgoto do município
de Glorinha, operado e mantido pela CORSAN - Companhia Riograndense de Saneamento.

A análise foi procedida tendo em conta o sistema existente e a proposta de ampliação e


melhoria no sistema de abastecimento de água e esgoto, no qual estão previstos também os
atuais e novos custos de operação e a receita projetada, com vista a universalização dentro
do horizonte do Plano proposto.

Neste contexto são consideradas, fundamentalmente, as seguintes condições:

a) As projeções da população e domicílios;


b) Os novos investimentos a serem realizados pela CORSAN (atual Concessionária);
c) Os novos custos de OAM (Operação, Administração e Manutenção);
d) O atual demonstrativo contábil da CORSAN do sistema no município de Glorinha.
e) Universalização do sistema de água e esgoto em 2030;
f) Inclui na análise um fundo de reserva no valor de R$ 59.357,87, obtido na média da
série de 2003 a 2012, considerado como rubrica relativa à Poupança Líquida do
Sistema de Glorinha lançado no ano de 2013;
g) A tarifa ou receita de esgoto corresponde a 80% da tarifa ou receita de água.

Nas etapas posteriores apresentam-se os critérios adotados na avaliação econômica do


projeto do Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto de Glorinha.

As informações foram geradas a partir dos estudos de engenharia e do levantamento de


dados fornecidos pela CORSAN, da demanda e custos do sistema atual e futuro.

A avaliação econômica considera como beneficiários a população total do município e


setores da indústria, comércio e outros serviços.

Com efeito, o sistema proposto tem como finalidade precípua atender às demandas futuras
do município, segundo as previsões para o ano horizonte de 2035.

Como decorrência, considerou-se apropriada uma avaliação utilizando o Método de


Avaliação pelo Fluxo de Caixa de Longo Prazo, considerando dois cenários. O primeiro
denominado “Satus-Quo” já analisado na fase de diagnóstico, que se baseia em uma
situação “Sem Projeto”, onde a CORSAN só mantém sua estrutura atual, e outro, na
situação “Com Projeto” denominado “Plano Municipal do Sistema de Água e Esgoto” que
considera os investimentos em melhoria e aumento de capacidade do sistema atual.

INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA PARAMETRIZAÇÃO DO MODELO

Para execução do modelo de avaliação de Sustentabilidade Econômico-financeira do


Sistema foi necessário levantar uma série de dados básicos que servem de insumos para a
rodada do modelo, no qual se procura fornecer informações adicionais sobre cada dado de
entrada que não tenha sido descrito no corpo deste capítulo principal. Salienta-se que, estes
dados de entrada estão relacionados às receitas, aos investimentos a serem realizados até
2035, aos custos de operação, administração e manutenção.

40
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Demanda projetada

Com o intuito de determinar a demanda anual futura, que serve como indicador para
elaboração das projeções dos serviços e custos de operação e das receitas para o período
restante da operação partiu-se dos estudos demográficos realizados para o município, no
período em estudo.

Em estudo específico para a demanda futura, ficou demonstrado que, as variáveis


explicativas adotadas e que apresentam melhor correlação com as demandas de água são
as do crescimento demográfico para volume doméstico e, também, comercial.

O resultado alcançado compreendeu taxas de crescimento com uma distribuição linear do


contribuinte do sistema, as quais foram consideradas exequíveis para o cenário municipal e,
consequentemente, mantidas neste trabalho.

Para efeito das estimativas financeiras (receitas e custos) das variáveis projetadas, para a
análise futura da demanda de Glorinha, será levado em conta somente o nº de domicílio, em
razão de que a atual estrutura tarifária já cobra do usuário ligado, mesmo que não esteja
consumindo, assim há crescimento de receita e custos, justificado não só pelo crescimento
populacional.

Receita Projetada

As receitas operacionais denominadas diretas foram projetadas considerando a obtida em


2012, a respectiva tarifa média por domicílio e o nº de domicílios futuros, mostrando uma
evolução crescente, até 2035. As receitas indiretas foram calculadas considerando uma
relação das receitas indiretas/receitas diretas verificada no período de Jan/2012 a Dez/2012
em 1%, projetadas segundo o próprio crescimento das receitas operacionais e com valores
a preços constantes de dezembro de 2012.

As novas receitas decorrem da abertura do novo sistema de esgoto previsto para 2018
considerando que 80% da população será atendida e receita unitária corresponde a 80%
das receita unitária do sistema de água e projetada até sua universalização em 2030.

Investimentos

Considerando o mapa de investimentos nos sistemas de água e esgoto proposto para


Glorinha, foi procedido o levantamento de custos para implantação das obras de melhorias
do Plano, sendo prevista só a participação de capital próprio, e das fases subsequentes
considerando projetos, obras, equipamentos e os de reposição.

Os investimentos estão bem explicitados no capítulo especifico referente ao orçamento das


propostas do Plano. Nesta análise cabe mostrar os custos totais por item, segundo o
período de desembolso como mostra o cronograma de investimentos destas obras, que
considera os desembolsos realizados até dezembro de 2035 recursos suficientes para
construção das etapas do sistema capaz de atender à demanda futura até o ano horizonte
do projeto.

Custos de Operação, Administração e Manutenção (OAM)

Esta tarefa compreende o levantamento da composição dos custos da Operadora com as


equipes de operação e pessoal administrativo, veículos e equipamentos, insumos, materiais
de escritório, energia elétrica, produtos químicos e demais custos envolvidos na Operação,
Administração e Manutenção.

41
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

O dimensionamento das despesas com OAM para o sistema de água e esgoto de Glorinha
baseou-se no relatório contábil – financeiro a nível municipal da CORSAN, com dados
oficiais de 2003 a 2012, onde atinge em 2030 (ano da universalização) um total de R$
1.409.394,53, conforme pode ser verificado no quadro em sequência. Cabe destacar que,
este valor total de despesa está estruturado para cumprir satisfatoriamente as atribuições
inerentes ao papel da concessionária, sejam aquelas vinculadas à operação propriamente
dita, como, também, as voltadas para os serviços de conservação e manutenção do sistema
na situação atual.

Taxa de Fiscalização e Regulação

A título de despesa de fiscalização e regulação foi considerado o que dispõe sobre o cálculo
e os procedimentos para o recolhimento por parte dos prestadores dos serviços de
saneamento básico no Estado do Rio Grande do Sul regulado pela AGERGS da Taxa de
Regulação, Controle e Fiscalização – TRCF.

A TRCF será de 0,50% (cinquenta centésimos por cento) do faturamento anual diretamente
obtido com a prestação do serviço, subtraídos os valores dos tributos incidentes sobre o
mesmo.

Verba para Educação Ambiental

Foi estipulada uma verba para projetos de educação ambiental. No caso estima-se um
percentual de 1% sobre as receitas brutas, segundo parâmetros utilizados pelo Ministério
das Cidades para Sistema de Abastecimento de Água.

Análise dos Resultados

Em síntese, o fluxo de caixa consiste do registro de todas as entradas (receita tarifária,


capital próprio e empréstimos) e todos os desembolsos (custos operacionais, tributos,
impostos, investimentos, encargos financeiros, entre outros) projetados ano a ano, ao longo
do prazo da concessão, de forma a permitir a apuração da poupança líquida
correspondente, medida pelo VPL- Valor Presente Líquido. Nota-se que, no presente caso,
se consideraram 50% dos valores de investimento dos sistemas de água e esgoto
projetados, principalmente para manter a sustentabilidade da Concessionária referentes
serviços municipais e não recorrer à capital de terceiros.

Este procedimento foi adotado para as condições com capital próprio, de modo que se
pudesse avaliar o impacto real do retorno do investimento sem considerar a alavancagem, já
que a mesma é risco do empreendedor e não é levada em conta para efeito de uma análise
de sustentabilidade se for o caso.

Na modelagem financeira do cenário “Com Plano”, as receitas de água variaram em 4% ao


ano acima da taxa de crescimento populacional estimado e as receitas de esgoto
consideraram 80% destas primeiras receitas. Já pelo lado das despesas, a taxa da variação
anual considerada pelo modelo foi à mesma taxa anual de incremento populacional de 1%
projetado para a água. O resultado deste modelo, de cenário financeiro, proporcionou
viabilidade ao “Plano”, produzindo até o ano de 2035 o Valor Presente Líquido (VPL)
positivo R$ 4,69 milhões, a preços de dezembro de 2012. Os quadros a seguir mostram o
cenário comentado para o Fluxo de Caixa Operacional da modelagem.

42
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Fluxo de caixa operacional - sistema água/esgoto: cenário com "plano municipal" CORSAN - Glorinha (R$/dez. 2012)

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
1 - RECEITAS OPERACIONAIS ÁGUA R$ 2.493.024,98 R$ 2.493.024,98 R$ 2.493.024,98 R$ 2.493.024,98 R$ 2.617.676,23 R$ 2.748.560,04 R$ 2.885.988,05 R$ 3.030.287,45 R$ 3.181.801,82 R$ 3.340.891,91 R$ 3.507.936,51 R$ 3.683.333,33
1.1 - POUPANÇA LÍQUIDA ( 2003-2012) R$ 21.950,80
1.1 - RECEITAS OPERACIONAIS ESGOTO R$ 2.198.848,04 R$ 2.308.790,44 R$ 2.424.229,96 R$ 2.545.441,46 R$ 2.672.713,53 R$ 2.806.349,21 R$ 2.946.666,67
2 - RECEITAS INDIRETAS R$ 10.167,28 R$ 24.930,25 R$ 24.930,25 R$ 24.930,25 R$ 26.176,76 R$ 49.474,08 R$ 28.859,88 R$ 30.302,87 R$ 31.818,02 R$ 33.408,92 R$ 35.079,37 R$ 36.833,33
3 = (1+2) RECEITAS TOTAIS R$ 2.525.143,06 R$ 2.517.955,23 R$ 2.517.955,23 R$ 2.517.955,23 R$ 2.643.853,00 R$ 4.996.882,16 R$ 5.223.638,37 R$ 5.484.820,28 R$ 5.759.061,30 R$ 6.047.014,36 R$ 6.349.365,08 R$ 6.666.833,33
4.1 - DESPESAS OPERACIONAIS ÁGUA R$ 2.123.725,94 R$ 2.123.725,94 R$ 2.123.725,94 R$ 2.123.725,94 R$ 2.123.725,94 R$ 2.123.725,94 R$ 2.123.725,94 R$ 2.123.725,94 R$ 2.123.725,94 R$ 2.123.725,94 R$ 2.123.725,94 R$ 2.123.725,94
4.2 - DESPESAS OPERACIONAIS ESGOTO R$ 637.117,78 R$ 637.117,78 R$ 637.117,78 R$ 637.117,78 R$ 637.117,78 R$ 637.117,78 R$ 637.117,78
5.1 - DESPESAS INDIRETAS R$ 352.431,88 R$ 352.431,88 R$ 352.431,88 R$ 352.431,88 R$ 352.431,88 R$ 352.431,88 R$ 352.431,88 R$ 352.431,88 R$ 352.431,88 R$ 352.431,88 R$ 352.431,88 R$ 352.431,88
5.2 - TAXA DE REGULAÇÃO R$ 12.589,78 R$ 12.589,78 R$ 13.219,26 R$ 24.984,41 R$ 26.118,19 R$ 27.424,10 R$ 28.795,31 R$ 30.235,07 R$ 31.746,83 R$ 33.334,17
5.3 - VERBA EDUCAÇÃO AMBIENTAL R$ 25.179,55 R$ 25.179,55 R$ 26.438,53 R$ 49.968,82 R$ 52.236,38 R$ 54.848,20 R$ 57.590,61 R$ 60.470,14 R$ 63.493,65 R$ 66.668,33
6 = (4+5) DESPESAS TOTAIS R$ 2.476.157,82 R$ 2.476.157,82 R$ 2.513.927,15 R$ 2.513.927,15 R$ 2.515.815,62 R$ 3.188.228,84 R$ 3.191.630,18 R$ 3.195.547,91 R$ 3.199.661,53 R$ 3.203.980,82 R$ 3.208.516,08 R$ 3.213.278,11
7 = (3-6) RESULTADO R$ 48.985,24 R$ 41.797,41 R$ 4.028,08 R$ 4.028,08 R$ 128.037,38 R$ 1.808.653,32 R$ 2.032.008,18 R$ 2.289.272,37 R$ 2.559.399,77 R$ 2.843.033,54 R$ 3.140.849,00 R$ 3.453.555,23
8 - INVESTIMENTOS SISTEMA ATUAL R$ 954.012,03 R$ 954.012,03 R$ 954.012,03 R$ 954.012,03 R$ 954.012,03 R$ 954.012,03 R$ 954.012,03 R$ 954.012,03 R$ 954.012,03 R$ 954.012,03 R$ 954.012,03 R$ 954.012,03
9a - INVESTIMENTO SISTEMA ÁGUA - CENÁRIO "COM PLANO" R$ 1.676.000,00 R$ 1.466.500,00 R$ 1.047.500,00
9b- INVESTIMENTOS SISTEMA ESGOTO - CENÁRIO "COM PLANO" R$ 3.680.000,00 R$ 3.220.000,00 R$ 2.300.000,00
10 - SERVIÇO DA DÍVIDA BB R$ 650,67 R$ 650,67 R$ 650,67 R$ 650,67 R$ 650,67 R$ 650,67 R$ 650,67 R$ 650,67 R$ 650,67 R$ 650,67 R$ 650,67 R$ 650,67
11 - SERVIÇO DÍVIDA BANRISUL R$ 44,07 R$ 44,07 R$ 44,07 R$ 44,07 R$ 44,07 R$ 44,07 R$ 44,07 R$ 44,07 R$ 44,07 R$ 44,07 R$ 44,07 R$ 44,07
12 - SERVIÇO DA DÍVIDA CEF ( Esgoto) R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ -
13 = (8+9+10+11+12) INVESTIMENTOS + SERV DÍV R$ 954.706,77 R$ 954.706,77 R$ 954.706,77 R$ 2.630.706,77 R$ 2.421.206,77 R$ 5.682.206,77 R$ 4.174.706,77 R$ 3.254.706,77 R$ 954.706,77 R$ 954.706,77 R$ 954.706,77 R$ 954.706,77
RESULDADO CONSOLIDADO (905.721,53) (912.909,36) (950.678,68) (2.626.678,68) (2.293.169,39) (3.873.553,44) (2.142.698,58) (965.434,39) 1.604.693,01 1.888.326,78 2.186.142,23 2.498.848,46

universalização

43
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

Continuação

2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035
1 - RECEITAS OPERACIONAIS ÁGUA R$ 1.747.737,02 R$ 1.835.123,87 R$ 1.926.880,06 R$ 2.023.224,07 R$ 2.124.385,27 R$ 2.230.604,53 R$ 2.342.134,76 R$ 2.459.241,50 R$ 2.582.203,57 R$ 2.711.313,75 R$ 2.846.879,44
1.1 - POUPANÇA LÍQUIDA ( 2003-2012)
1.1 - RECEITAS OPERACIONAIS ESGOTO R$ 1.398.189,62 R$ 1.468.099,10 R$ 1.541.504,05 R$ 1.618.579,25 R$ 1.699.508,22 R$ 1.784.483,63 R$ 1.873.707,81 R$ 1.967.393,20 R$ 2.065.762,86 R$ 2.169.051,00 R$ 2.277.503,55
2 - RECEITAS INDIRETAS R$ 17.477,37 R$ 18.351,24 R$ 19.268,80 R$ 20.232,24 R$ 21.243,85 R$ 22.306,05 R$ 23.421,35 R$ 24.592,41 R$ 25.822,04 R$ 27.113,14 R$ 28.468,79
3 = (1+2) RECEITAS TOTAIS R$ 3.163.404,01 R$ 3.321.574,21 R$ 3.487.652,92 R$ 3.662.035,56 R$ 3.845.137,34 R$ 4.037.394,21 R$ 4.239.263,92 R$ 4.451.227,11 R$ 4.673.788,47 R$ 4.907.477,89 R$ 5.152.851,79
4.1 - DESPESAS OPERACIONAIS ÁGUA R$ 932.348,76 R$ 932.348,76 R$ 932.348,76 R$ 932.348,76 R$ 932.348,76 R$ 932.348,76 R$ 932.348,76 R$ 932.348,76 R$ 932.348,76 R$ 932.348,76 R$ 932.348,76
4.2 - DESPESAS OPERACIONAIS ESGOTO R$ 279.704,63 R$ 279.704,63 R$ 279.704,63 R$ 279.704,63 R$ 279.704,63 R$ 279.704,63 R$ 279.704,63 R$ 279.704,63 R$ 279.704,63 R$ 279.704,63 R$ 279.704,63
5.1 - DESPESAS INDIRETAS R$ 136.780,23 R$ 136.780,23 R$ 136.780,23 R$ 136.780,23 R$ 136.780,23 R$ 136.780,23 R$ 136.780,23 R$ 136.780,23 R$ 136.780,23 R$ 136.780,23 R$ 136.780,23
5.2 - TAXA DE REGULAÇÃO R$ 15.817,02 R$ 16.607,87 R$ 17.438,26 R$ 18.310,18 R$ 19.225,69 R$ 20.186,97 R$ 21.196,32 R$ 22.256,14 R$ 23.368,94 R$ 24.537,39 R$ 25.764,26
5.3 - VERBA EDUCAÇÃO AMBIENTAL R$ 31.634,04 R$ 33.215,74 R$ 34.876,53 R$ 36.620,36 R$ 38.451,37 R$ 40.373,94 R$ 42.392,64 R$ 44.512,27 R$ 46.737,88 R$ 49.074,78 R$ 51.528,52
6 = (4+5) DESPESAS TOTAIS R$ 1.396.284,67 R$ 1.398.657,23 R$ 1.401.148,41 R$ 1.403.764,15 R$ 1.406.510,67 R$ 1.409.394,53 R$ 1.412.422,57 R$ 1.415.602,02 R$ 1.418.940,44 R$ 1.422.445,78 R$ 1.426.126,39
7 = (3-6) RESULTADO R$ 1.767.119,33 R$ 1.922.916,98 R$ 2.086.504,51 R$ 2.258.271,42 R$ 2.438.626,67 R$ 2.627.999,68 R$ 2.826.841,35 R$ 3.035.625,09 R$ 3.254.848,03 R$ 3.485.032,11 R$ 3.726.725,40
8 - INVESTIMENTOS SISTEMA ATUAL R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60
9a - INVESTIMENTO SISTEMA ÁGUA - CENÁRIO "COM PLANO"
9b- INVESTIMENTOS SISTEMA ESGOTO - CENÁRIO "COM PLANO"
10 - SERVIÇO DA DÍVIDA BB R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ -
11 - SERVIÇO DÍVIDA BANRISUL R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ -
12 - SERVIÇO DA DÍVIDA CEF ( Esgoto) R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ -
13 = (8+9+10+11+12) INVESTIMENTOS + SERV DÍV R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60 R$ 167.230,60
RESULDADO CONSOLIDADO 1.599.888,73 1.755.686,38 1.919.273,91 2.091.040,82 2.271.396,07 2.460.769,08 2.659.610,75 2.868.394,49 3.087.617,43 3.317.801,51 3.559.494,80

universalização

44
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos levantamentos e análises procedidos neste trabalho, julga-se oportuno


evidenciar o comportamento de algumas variáveis que afetaram o modelo.

A primeira delas refere-se ao comportamento da receita estimada para o período do Plano,


onde se prevê um aumento anual em razão do crescimento da economia e da população do
município e, por outro lado, um aumento dos custos, também, em razão da implantação e
manutenção dos Projetos.

Conforme se constatou, na análise da alternativa selecionada com a implantação dos


Projetos, a concessionária para o município continua sustentável economicamente, com um
bom nível de poupança liquida. Como se verifica não há necessidade de rever novas
alternativas de investimentos, além de se buscar participação de capital de terceiros para
alavancar o empreendimento.

Não foi considerada verba de provisão para ações de Plano de Emergências e


Contingências, que objetiva estabelecer os procedimentos de atuação assim como
identificar a infraestrutura necessária do responsável pela manutenção das obras nas
atividades tanto de caráter preventivo quanto corretivo, que elevem o grau de segurança e
garanta com isto a continuidade operacional dos serviços etc.

Para tanto o a concessionária dos serviços municipais de água e esgoto deve, nas suas
atividades de operação e manutenção, utilizar mecanismos locais e corporativos de gestão
no sentido de prevenir ocorrências indesejadas através de controles e monitoramento das
condições físicas das instalações e equipamentos visando minimizar ocorrência de sinistros
e interrupções na prestação dos serviços, ou seja, admite-se que este componente esteja
dentro das verbas orçamentárias.

45
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

ANEXOS

I– CONTRATO DE PROGRAMA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – CP 076 –


CORSAN/GLORINHA

II – LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

CRONOGRAMA FÍSICO/FINANCEIRO

MEMÓRIA DE CÁLCULO – AÇÕES MUNICIPAIS

MEMÓRIA DE CÁLCULO – AÇÕES REGIONAIS

III – DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS

AÇÕES

CRONOGRAMA FÍSICO/FINANCEIRO

IV – AÇÔES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

V- MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

46
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

ANEXO I
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

ANEXO II
# Programas, Metas e Ações Responsabilidade Prazos Estimativas de custo Atividade Ano 1 (R$) Ano 2 (R$) Ano 3 (R$) Ano 4 (R$) Ano 5 (R$) Ano 6 (R$) Ano 7 (R$) Ano 8 (R$) Ano 9 (R$) Ano 10 (R$) Ano 11 (R$) Ano 12 (R$) Ano 13 (R$) Ano 14 (R$) Ano 15 (R$) Ano 16 (R$) Ano 17 (R$) Ano 18 (R$) Ano 19 (R$) Ano 20 (R$) Ano 21 (R$) Ano 22 (R$)
Custo de Custo de Operação
Inclusão Social de Catadores (Limpeza, coleta e triagem) Responsável 2015 2019 2023 2027 2031 2035 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035
Implantação (R$) (média R$/ano)
1 Inclusão e fortalecimento da organização de 600.000 catadores no Brasil (PLANARES) Reg. Mun. 19 28 33 38 46 46
Implantação
a Estabelecer estrutura responsável pelo suporte para formação e manutenção das cooperativas. x x x x x x x Ação regional Ação regional
Operação
Implantação
b Instituir central regional de comercialização de materiais recicláveis. x x x x x x Ação regional Ação regional
Operação
Custo de Custo de Operação
Qualificação da Gestão dos Resíduos Sólidos Responsável 2015 2019 2023 2027 2031 2035
Implantação (R$) (média R$/ano)
2 Implementação da Logística reversa no Estado (PNRS) Reg. Mun. - - - - - -
Instituir termos de compromisso setoriais ou de cooperação técnica com o Estado para implantação da logística Implantação 105.000,00
a x x x R$ 105.000,00 R$ -
reversa. Operação -
Implantação - 193.000,00 - - - - - - - - - - - - - - -
b Implantar ecopontos em áreas urbanas. x x x x x x x R$ 193.000,00 R$ 52.000,00
Operação - 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00
3 Redução da Geração de Resíduos Sólidos Urbanos (PLANARES) Reg. Mun. - - - - - -
Implantação 20.000,00
a Implantar central de comunicação sobre serviços de limpeza urbana e manejo de RSU. x x x x x x R$ 20.000,00 R$ 123.000,00
Operação - - - - - 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00 159.000,00
Estabelecer a sustentabilidade dos sistemas municipais de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos,
4 Reg. Mun. 48% 65% 75% 85% 95% 95%
mediante cobrança da taxa de lixo sem vinculação com o IPTU (PLANARES)
Implantação 52.000,00
a Instituir taxa de serviços de limpeza e manejo de RSU sem vinculação com IPTU. x x R$ 52.000,00 R$ -
Operação -

5 Estabelecer maior controle e fiscalização aos serviços de manejo e gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos. Reg. Mun. - - - - - -
Implantação
a Implantar estrutura regional responsável pelo controle e fiscalização das ações regionalizadas. x x x x x x x Ação regional Ação regional
Operação
Implantação 39.000,00
b Implantar estrutura municipal para controle e fiscalização das ações municipais. x x x x x x x R$ 39.000,00 R$ 164.000,00
Operação - 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00 171.000,00
Custo de Custo de Operação
Serviços de Limpeza, Coletas e Tratamentos Responsável 2015 2019 2023 2027 2031 2035
Implantação (R$) (média R$/ano)
6 Planejar e otimizar os serviços de limpeza pública, atendendo 100% da área urbana. Reg. Mun. - - - - - -
Implantação 45.000,00
a Qualificar gestão dos serviços de limpeza urbana. x x R$ 45.000,00 R$ -
Operação -
Implantação 4.300,00 400,00 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
b Qualificar operação dos serviços de limpeza urbana. x x x x x x x R$ 5.000,00 R$ 278.000,00
Operação 217.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00
Percentual de domicílios urbanos atendidos por coleta regular com frequência mínima de três vezes por semana
7 Reg. Mun. 98% (1) 99% (1) 100% 100% 100% 100%
(PLANSAB)
Implantação 203.000,00 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
a Qualificar coleta diferenciada porta a porta de rejeitos e orgânicos. x x x x x x x R$ 203.000,00 R$ 232.000,00
Operação 198.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00 233.000,00
Implantação - 1.200,00 - - - 600,00 - - - 600,00 - - - 1.200,00 - - - 3.400,00 - - - -
b Adequar coletores de resíduos tipo "papeleira" em áreas urbanas. x x x x x x x R$ 7.000,00 R$ 1.000,00
Operação - 180,00 180,00 180,00 180,00 270,00 270,00 270,00 270,00 360,00 360,00 360,00 360,00 540,00 540,00 540,00 540,00 1.050,00 1.050,00 1.050,00 1.050,00 1.050,00
Implantação 54.000,00
c Realizar estudo de viabilidade para a implantação da coleta diferenciada de orgânicos, secos e rejeitos. x x R$ 54.000,00 R$ -
Operação -
Implantação
d Realizar estudo de viabilidade para a implantação da coleta conteinerizada intermunicipal. x x x Ação regional Ação regional
Operação
8 Percentual de domicílios rurais atendidos por coleta regular direta ou indireta (PLANSAB) Reg. Mun. 56% (1) 64% (1) 71% 79% (1) 91% 91%
Implantação 88.000,00 88.000,00
a Implantar coleta regular indireta (não diferenciada) para atendimento da população rural. x x x x x x x R$ 176.000,00 R$ 65.000,00
Operação 33.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00 66.000,00
Redução dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterro, com base na caracterização nacional em 2012,
9 Reg. Mun. 155 t/ano 190 t/ano 209 t/ano 235 t/ano 246 t/ano 247 t/ano
associada à inclusão social dos catadores (PLANARES)
Qualificar coleta diferenciada porta a porta de recicláveis secos, com inclusão social de catadores de recicláveis Implantação 204.000,00 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
a x x x x x x x R$ 204.000,00 R$ 238.000,00
através de cooperativas ou associações. Operação 203.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00 239.000,00
Implantação - 4.000,00 - - - 4.000,00 - - - 8.000,00 - - - 4.000,00 - - - 16.000,00 - - - -
b Implantar PEVs para recicláveis em áreas urbanas. x x x x x x x R$ 36.000,00 R$ 3.000,00
Operação - 600,00 600,00 600,00 600,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 2.400,00 2.400,00 2.400,00 2.400,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 5.400,00 5.400,00 5.400,00 5.400,00 5.400,00
Adequar unidades de triagem de resíduos recicláveis secos, com inclusão social de catadores de recicláveis Implantação R$ 180.000,00
c x x x x x x x R$ 180.000,00 R$ 23.000,00
através de cooperativas ou associações. (2) Operação R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00
Redução do percentual de resíduos úmidos disposto em aterros, com base na caracterização nacional
10 Reg. Mun. 351 t/ano 495 t/ano 642 t/ano 723 t/ano 799 t/ano 803 t/ano
(PLANARES)
Implantação
a Adequar unidades regionais de triagem e compostagem de resíduos verdes e orgânicos. x x x x x x x Ação regional Ação regional
Operação
Custo de Custo de Operação
Disposição Final Ambientalmente Adequada de Rejeitos Responsável 2015 2019 2023 2027 2031 2035
Implantação (R$) (média R$/ano)
11 Otimizar o sistema de transporte de resíduos, para viabilizar ações regionais Reg. Mun. - - - - - -
Implantação
a Implantar estações de transbordo. x x x x x x Ação regional Ação regional
Operação
Implantação
b Implantar transporte de resíduos do transbordo a destinação final. x x x x x x Ação regional Ação regional
Operação
12 Eliminação Total dos Lixões até 2014 (PLANARES) Reg. Mun. 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Implantação R$ 25.000,00
a Interditar lixões e aterros controlados existentes (com cercas e vigilâcia). x x x x x x x R$ 25.000,00 R$ 104.000,00
Operação R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00 R$ 104.000,00
13 Disposição final ambientalmente adequada de rejeitos em todos os Municípios (PLANARES) Reg. Mun. 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Implantação
a Elaborar projeto, EIA/RIMA e licenciamento para ampliações e de implantação de aterros sanitários regionais. x x Ação regional Ação regional
Operação
Implantação
b Implantar novo aterro regional (incluindo aquisição/desapropriação de terreno). x x x x x x x Ação regional Ação regional
Operação
Implantação -
c Encerrar e monitorar aterros de pequeno porte (população menor que 100.000 habitantes). (4) x x x x x x Não Estimado Não Estimado
Operação - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Implantação
d Realizar estudo de viabilidade para implantação de unidade de tratamento térmico de rejeitos. x x Ação regional Ação regional
Operação
14 Recuperação de gases de aterro sanitário – Potencial de 250 MW no país (PLANARES) Reg. Mun. 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,01
Elaborar plano para recuperação de gases em aterros através de estudos de viabilidade ambiental e técnico- Implantação -
a x x Não Estimado Não Estimado
econômica. (4) Operação -
Implantação
b Implantar a recuperação de gases de aterro de maneira a atingir as metas. (4) x x x x x x Não Estimado Não Estimado
Operação
Áreas de lixões reabilitadas (queima pontual, captação de gases para geração de energia mediante estudo de
15 viabilidade técnica e econômica, coleta do chorume, drenagem pluvial, compactação da massa, cobertura com Reg. Mun. 10% 20% 50% 75% 100% 100%
solo e cobertura vegetal) (PLANARES)
Realizar estudo de mapeamento e diagnóstico dos lixões, aterros controlados, e áreas de "bota fora" priorizando Implantação 55.000,00
a x x R$ 55.000,00 R$ -
ações de recuperação para atendimento das metas. Operação -
Implantação
b Recuperar áreas ocupadas por lixões, aterros controlados e áreas de "bota fora". (3) x x x x x x Não Estimado Não Estimado
Operação

(1) Os valores indicados não são metas específicas. São interpolações das metas do PLANSAB, estipuladas para os anos de 2018, 2023 e 2033.
(2) Os salários referentes à operação das usinas de triagem de materiais secos recicláveis serão pagos com o produto da venda dos materiais triados, portanto, não foram considerados como um custo de operação.
(3) Ação necessita de estudo prévio, portanto, não pode ter custos estimados.
(4) Não há Aterro Sanitário diagnosticado, ativo ou inativo, no Município de Glorinha. Desta forma, não é possível recuperar gases de aterro.
ANEXO

LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

MEMÓRIA DE CÁLCULO DAS AÇÕES MUNICIPAIS

1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
2. QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .............................................. 4
3. SERVIÇOS DE LIMPEZA, COLETAS E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ........ 12
4. DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE REJEITOS ......................... 22

ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Exemplo de um ecoponto ...................................................................................... 6
Figura 2 - Modelo conceitual de ecoponto ............................................................................. 8
Figura 3 – Exemplo de coletor tipo “papeleira”. .................................................................... 14
Figura 4 – Exemplo de coletores que podem ser utilizados em um PEV.............................. 17
Figura 5 - Vista frontal de uma esteira de triagem. ............................................................... 19
Figura 6 - Vista geral de um galpão de triagem de resíduos. ............................................... 20
Figura 7 - Leiaute típico de um galpão de triagem de recicláveis, área 1200 m². ................. 21

ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 - População atendida e área dos modelos de ecopontos. ...................................... 7
Quadro 2 - Proporção de ecopontos em relação à população residente ................................ 7
Quadro 3 - Tipos de resíduos e forma de acondicionamento nos ecopontos ......................... 7
Quadro 4: Estimativa de área e número de funcionários/cooperativados em função da
capacidade de triagem instalada ......................................................................................... 22

2
1. INTRODUÇÃO
Em um plano de resíduos sólidos, além de serem estabelecidas metas, prazos e
responsabilidades, é necessário também definir os recursos necessários à sua implantação.
Considerando-se as metas estabelecidas, e as ações propostas para atingi-las, realizou-se
a estimativa em ordem de grandeza dos recursos necessários em investimentos e seus
impactos nos custos operacionais.
Estes foram definidos a partir de capacidades médias estimadas de implantações relativas à
coleta, tratamento e de disposição final, que foram definidos com base na quantidade de
resíduos gerados no município, nas metas estabelecidas para o presente Plano, e na
experiência dos consultores quanto à capacidade mínima de processamento necessária
para a viabilidade de cada tipo de tecnologia, buscando estabelecer soluções que tenham
sustentabilidade técnica e econômica.
Neste sentido, é importante destacar que:

• Para informações sobre a situação atual de gestão e manejo dos resíduos sólidos
urbanos foram utilizadas as informações da etapa de diagnóstico.

• Os portes das instalações e custos são estimados, algumas por faixas de população,
e têm como objetivo definir a ordem de grandeza dos investimentos para implantação
e operação;

• Os portes e investimentos deverão ser revistos no momento da elaboração de


projetos executivos.

• As rotas tecnológicas, tecnologias, portes e agrupamentos propostos são definições


orientativas e que deverão se avaliadas, consolidadas ou revisadas quando
realizados os projetos executivos.

Segundo a PNRS a operação dos sistemas propostos podem e devem apoiar o processo de
organização dos catadores em associações ou cooperativas devidamente legalizadas,
considerando a aplicação do disposto no art. 24, inciso XXVII, da Lei Federal 8.666, de 21-6-
1993, para dispensa de licitação na contratação das organizações de catadores de materiais
recicláveis
A seguir são apresentadas as descrições das ações relativas às instalações, as
capacidades e os custos estimados de implantação e operação das ações propostas. As
ações estão agrupadas conforme os programas de metas definidos anteriormente.

3
2. QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

A seguir serão apresentadas as ações relacionadas ao programa de qualificação da gestão


dos resíduos sólidos, que contempla ações voltadas à logística reversa, e às formas de
cobrança, controle e fiscalização dos serviços.

Ação 2A: Instituir termos de compromisso setoriais ou de cooperação técnica com o


Estado para implantação da logística reversa
A logística reversa é definida na PNRS, através da Lei n° 12.305/2010, e consiste em um
instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações,
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos
ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos,
ou outra disposição final ambientalmente adequada. Dessa forma, os custos com o
gerenciamento adequado dos resíduos devem ser compartilhados pelos setores produtivos,
o que tende a fomentar o desenvolvimento de processos, produtos e especialmente
embalagens que contribuam para redução da geração de resíduos, garantindo a
sustentabilidade empresarial.
A PNRS institui a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser
implantada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. Ela tem por objetivo compatibilizar
interesses entre os agentes econômicos e sociais, promover o aproveitamento de resíduos
sólidos na cadeia produtiva; reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de
materiais, a poluição e os danos ambientais; e incentivos às boas práticas de
responsabilidade socioambiental.
A proposta de acordo setorial, neste contexto, será uma ferramenta de natureza contratual
firmada entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes,
tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do
produto. Destaca-se que os acordos firmados no âmbito nacional têm prevalência sobre os
firmados em âmbito regional ou estadual, e estes sobre os firmados em âmbito municipal ou
intermunicipal. Portanto, este sistema deverá ser implantado e operacionalizado mediante
compromissos entre as três esferas do Poder Público, o setor privado e o terceiro setor,
formalizados em acordos setoriais ou termos de compromisso, ou mediante regulamento
específico. Deve-se traçar um compromisso com objetivos e investimentos a serem
atingidos por cada setor, conforme, onde são apresentados os setores onde a logística
reversa é aplicável, por ordem de priorização e suas especificações.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) já realizou chamamento para acordo setorial da
logística reversa para medicamentos; eletroeletrônicos; embalagens em geral; lâmpadas
fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e embalagens de óleos
lubrificantes e seus resíduos. No momento, apenas o acordo setorial para a implantação de
sistema de logística reversa de embalagens plásticas usadas de óleos lubrificantes está
assinado. A seguir são apresentadas alguns aspectos dos editais lançados pelo MMA.

• Medicamentos

o Edital n° 02/3013. Chamamento público de fabricantes, importadores,


distribuidores e comerciantes de medicamentos para a elaboração de
proposta de acordo setorial visando à implantação de sistema de logística
reversa de abrangência nacional.

4
o Este edital contempla os medicamentos domiciliares, vencidos ou em desuso,
após o descarte pelo consumidor, correspondendo aos medicamentos de uso
humano, industrializados e manipulados e suas embalagens, exceto os
medicamentos descartados pelos prestadores de serviços de saúde públicos
e privados.

• Eletroeletrônicos

o Edital n° 01/2013. Chamamento para Logística Reversa de Produtos


Eletroeletrônicos e seus Componentes.
o Estão inclusos desse edital resíduos oriundos de produtos eletroeletrônicos
de uso doméstico e seus componentes cujo adequado funcionamento
depende de correntes elétricas com tensão nominal não superior a 220 volts.

• Embalagens em geral

o Edital nº 02/2012. Chamamento para Logística Reversa de Embalagens.


o O edital contempla as embalagens que compõem a fração seca dos resíduos
sólidos urbanos ou equiparáveis, exceto aquelas classificadas como
perigosas pela legislação brasileira; e não serão objeto deste acordo setorial
as embalagens de óleos lubrificantes, de produtos agrotóxicos e
medicamentos.
o Propostas de acordo já foram entregues ao MMA, mas o acordo ainda não foi
assinado.

• Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista

o Edital nº 01/2012. Chamamento para logística reversa de lâmpadas


fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista.
o Em outubro deste ano, entidades do setor de iluminação, juntamente com o
Ministério do Meio Ambiente (MMA), estavam em discussão e realizando
ajustes do acordo setorial para Logística Reversa de Lâmpadas.

• Embalagens de óleos lubrificantes e seus resíduos

o Edital nº 01/2011. Chamamento para a elaboração de acordo setorial para a


implementação de sistema de logística reversa de embalagens plásticas
usadas de óleos lubrificantes.
o O acordo setorial para a implantação de sistema de logística reversa de
embalagens plásticas usadas de lubrificantes foi assinado em dezembro de
2012, são signatários deste Acordo: I – O Sindicato Nacional das Empresas
Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes – SINDICOM.
Esta é uma ação de prazo imediato, e deve ser implantada até 2015. Os custos para a
implantação desta ação são baseados em uma estimativa da remuneração dos profissionais
necessários para a elaboração do termo de compromisso ou do termo de cooperação
técnica, e também nos custos estimados de serviços que podem ser necessários, como
impressões, aquisição de materiais de escritórios, entre outros. Esta ação não apresenta
custo de operação e considera que cabe ao setor produtivo a proposta técnica e
implantação das ações.

Ação 2B: Implantar ecopontos em áreas urbanas

5
Para auxiliar o serviço de limpeza e coleta de resíduos sólidos, propõe-se a implantação de
ecopontos nas áreas urbanas dos municípios. Os ecopontos, dentro do modelo adotado,
são instrumentos fundamentais para melhoria da gestão e sustentabilidade do
gerenciamento integrado de RSU. Trata-se de um equipamento público de baixo custo (em
comparação com a coleta direta destes resíduos), locado estrategicamente na área urbana
para receber resíduos recicláveis e especiais de pequenos geradores (moveis, eletro
domésticos, pequenas quantidades de resíduos da construção civil, entre outros), com
resultados expressivos no apoio à coleta seletiva, logística reversa, redução dos focos de
disposição clandestina e de resíduos volumosos e especiais, disponibilizando à população
uma solução de destinação adequada de resíduos.

Os ecopontos podem variar de tamanho e custo, de acordo com a quantidade de habitantes


que venham a servir. Estes são constituídos por uma plataforma elevada, por onde passam
os veículos que irão descarregar os resíduos, que são acondicionados em contêineres ou
tonéis. Há também uma área mais ampla para manobra dos veículos de coleta de resíduos.
Todo o terreno precisa ser cercado, devendo contar com vigia e uma guarita para controle
dos tipos de resíduos a serem recebidos, próxima ao portão de acesso. Para que se
aumente a eficiência dos ecopontos é recomendado que o horário de funcionamento seja
entre 50 e 60 horas por semana, incluindo os fins de semana para facilitar a disposição pela
população. Na Figura 1 é apresentado um exemplo de um ecoponto com base elevada.

Figura 1 - Exemplo de um ecoponto


Fonte: ADEME, 1999.

Futuramente poderá ser realizado um estudo de viabilidade para a implantação da coleta de


resíduos dos ecopontos de forma regionalizada. Mesmo que os ecopontos propostos
possam receber resíduos especiais, deve-se considerar que estes não são de
responsabilidade exclusiva do poder público. Os ecopontos, neste contexto, exercem a
função de facilitadores da implantação da logística reversa, sendo que todos os
responsáveis pelo resíduo, conforme a PNRS, deverão firmar um acordo setorial para
coleta, tratamento e disposição final do mesmo, conforme já descrito na ação específica

6
sobre acordos setoriais para implantação da logística reversa. Neste contexto, devem ser
buscados recursos dentro dos acordos setoriais para sua implantação e operação.

No contexto do presente Plano, são propostos quatro modelos típicos, denominados


modelos A, B, C e D. Cada modelo visa a atender uma faixa de população, baseado na
estimativa da geração de resíduos para cada faixa, e contém uma área estimada para a
plataforma e área total, conforme o Quadro 1.

Quadro 1 - População atendida e área dos modelos de ecopontos.


Modelos A B C D

Entre 5 e 15 mil Entre 15 e 30 mil Entre 30 e 50 Entre 50 e 90


População
habitantes habitantes mil habitantes mil habitantes

2 2 2
Plataforma Aprox. 140 m2 Aprox. 150 m Aprox. 200 m Aprox. 300 m

2 2 2 2
Área total Aprox. 500 m Aprox. 550 m Aprox. 650 m Aprox. 850 m

Fonte: Concremat, 2014.

Destaca-se que os portes foram estimados para atendimento dessas faixas de população,
que podem ser adaptada para atender mais ou menos habitantes por meio de ajustes na
operação da unidade, como através do aumento ou diminuição na frequência de retirada
das caçambas, por exemplo. Também é importante destacar que um ecoponto deve atender
a população residente dentro de um raio de 5 km a até 10 km de distância da instalação.
Porém, este fator é muito dependente do nível de educação ambiental e do
comprometimento da população.
Para a implantação buscou-se estabelecer um número proporcional de ecopontos em
relação à população urbana, sendo utilizada uma combinação de diversos portes para
atingir a capacidade total de atendimento desejado no horizonte do Plano.

Quadro 2 - Proporção de ecopontos em relação à população residente


FAIXA PROPORÇÃO
Até 100 mil habitantes Aprox. 1 a cada 30 mil hab.

100 a 200 mil habitantes Aprox. 1 a cada 40 mil hab.

Mais de 200 mil habitantes Aprox. 1 a cada 50 mil hab.

Fonte: Concremat, 2014.

No Quadro 3 são listados os tipos de resíduos urbanos e especiais que poderão se


recebidos, e sua forma de acondicionamento, de acordo com cada modelo de ecoponto.

Quadro 3 - Tipos de resíduos e forma de acondicionamento nos ecopontos


Recipientes
Resíduos
A B C D
3 3 3 3
Metais 1 x 1,2 m 1x2m 1x3m 1x4m
3 3 3 3
Papéis e papelões 1 x 1,2 m 1x2m 1x3m 1x4m
3 3 3 3
Plásticos 1 x 1,2 m 1x2m 1x3m 1x4m

7
Recipientes
Resíduos
A B C D
3 3 3 3
Pneus 1x5m 1x5m 2x5m 3x5m
3 3 3 3
Resíduos verdes/Poda 1x5m 1x5m 2x5m 3x5m
3 3 3 3
Vidros 1x2m 1x2m 1x3m 1x4m
3 3 3 3
Eletrônicos 1x1m 1x1m 1x2m 1x2m
3 3 3 3
Lâmpadas 1x1m 1x1m 1x1m 1x2m
3 3 3 3
Óleos de cozinha 1 x 0,2 m 1 x 0,2 m 1 x 0,2 m 2 x 0,2 m
3 3 3 3
Pilhas e baterias 1x1m 1x1m 1x1m 1x1m
3 3 3 3
Resíduos volumosos (Vol.) 1x5m 2x5m 2x5m 3x5m
3 3 3 3
RCD e inertes 1x5m 2x5m 2x5m 3x5m
3 3
Diversos - 2x5m - 4x5m
Elaboração: Engebio, 2014.

Destaca-se que os modelos B e D contam com caçambas denominadas “Diversos”, que são
aquelas que podem ser adaptadas para o recebimento dos resíduos com maior demanda, o
que pode variar conforme a área onde o ecoponto foi implantado e conforme a época do
ano. As podas, por exemplo, têm um aumento significativo nos meses de inverno,
especialmente em regiões mais arborizadas. A seguir, na Figura 2, é apresentado o leiaute
típico representando conceitualmente os ecoponto propostos.

Figura 2 - Modelo conceitual de ecoponto


Fonte: Concremat, 2014.

Para cálculo dos custos unitários de implantação foram considerados os investimentos em


cercamento, áreas de acesso, guarita, área para manobras, rampas de acesso, área
elevada, caçambas para resíduos e cobertura. Já o custo anual de operação levou em
8
consideração os trabalhadores envolvidos, o custo de manutenção da estrutura, e os gastos
fixos, como os em energia elétrica e água. Os serviços de terraplanagem e a aquisição do
terreno não foram considerados nos custos de implantação. Estes devem ser levantados
para elaboração do projeto executivo.

Ação 3A: Implantar central de comunicação sobre serviços de limpeza urbana e


manejo de RSU
Partindo-se da premissa de que a população tem um papel importante no controle e
fiscalização dos serviços de limpeza e coleta, propõe-se a implantação de uma central
municipal de comunicação específica para estes serviços. A central poderá promover a
participação da população em campanhas, programas, fornecer informações sobre os
serviços prestados e operar um sistema de monitoramento e avaliação dos serviços de
limpeza pública e coleta de resíduos (ouvidoria), podendo operar também como uma central
para denúncia de focos de disposição irregular, e como central para agendamento de
serviços de coleta de resíduos volumosos. Para atingir o objetivo desta ação é importante o
estabelecimento de rotinas para avaliação de relatórios periódicos que incluam a análise dos
registros feitos pela ouvidoria. A implantação desta ação requer o uso exclusivo de uma
sala, a disponibilização de computadores e de aparelhos para uma central telefônica. Esta é
uma ação de curto prazo, e deve ser implantada até 2019.
Para o cálculo dos custos de implantação desta ação, considerou-se o investimento na
estruturação de um escritório de trabalho, com os móveis e equipamentos necessários para
execução do serviço. Para os custos de operação, foram considerados os funcionários fixos,
aluguel de sala, gastos com material de escritório e com serviços como telefonia, e
fornecimento de energia elétrica, entre outros.

Ação 4A: Instituir taxa de serviços de limpeza e manejo de RSU sem vinculação com
IPTU
Segundo o IBAM (2001) a grande maioria dos municípios brasileiros possui a cobrança dos
serviços de limpeza pública vinculada ao IPTU. Mas essa vinculação já foi considerada
inconstitucional, e não há garantia de que o recurso recolhido seja destinado à área de
limpeza urbana. Outra questão importante é que, sendo cobrada desta forma, a taxa não
leva em conta o volume de resíduos produzido nas residências, pois há uma simples divisão
dos custos entre os demandantes do serviço. Essa situação acaba por atenuar a
responsabilidade dos agentes em reduzir na fonte o volume de resíduo gerado. O valor
arrecadado com a taxa de limpeza pública geralmente é insuficiente para cobrir os gastos
com o serviço. Neste contexto, ou os serviços de limpeza urbana recebem menos recursos
que o necessário e não atendem a demanda, ou o município investe parte do orçamento
que poderia ser investido de outros setores essenciais. Em qualquer uma das hipóteses, fica
prejudicada a qualidade dos serviços prestados. A partir do exposto, o PLANARES, através
de suas metas, define a cobrança de taxas por serviços de RSU sem vinculação com o
IPTU, com um aumento gradual que chega a 95% dos municípios em 2031.

Propõe-se que o município reavalie o sistema de controle de custos e a forma de cobrança


pelos serviços de limpeza urbana para contabilizar e se necessário reduzir ou até eliminar o
déficit gerado por estes serviços em curto prazo seja otimizando o sistema, definindo
critérios diferenciais de medição e ou adequando o valor cobrado pelos serviços. Deve ser
considerado que para atendimento das metas estabelecidas serão necessárias mudanças
radicais, que deverão trazer eficiência e sustentabilidade aos sistemas de gestão e manejo
de resíduos municipais. Porem, estas mudanças estão relacionadas a um aporte
significativo de recursos financeiros em instalações, equipamentos e pessoal técnico, o que,

9
sem dúvida, irá aumentar o custo atual dos serviços hoje prestados pelos municípios. Esta é
uma ação de prazo imediato, e deve ser implantada até 2015.

Os custos são baseados na estimativa das horas dos profissionais envolvidos na proposta
de revisão da legislação municipal, e também nos custos estimados de serviços que podem
ser necessários, como impressões, aquisição de materiais de escritórios, entre outros. Esta
ação não apresenta custo de operação.

Ação 5B: Implantar estrutura municipal para controle e fiscalização das ações
municipais
Para o acompanhamento, controle e fiscalização das ações municipais relativas ao Plano é
de extrema importância o estabelecimento de um mecanismo municipal especifico com esta
atribuição. Esta é uma ação estruturadora, condição para a correta implantação e
continuidade das outras ações do Plano, que envolve questões tais como:

• A elaboração da agenda de implantação e acompanhamento do cumprimento dos


objetivos definidos no PMRS;

• A observância dos dispositivos legais aplicáveis à gestão dos resíduos sólidos;

• Execução dos trâmites legais, admirativos e financeiros necessário à sua


implantação;

• A efetividade da implantação do Plano por meio da aferição das metas


estabelecidas;

• A implantação de indicadores de desempenho operacional, ambiental e do grau de


satisfação dos usuários dos serviços públicos;

• Os meios para controle, monitoramento e fiscalização de custos e serviços que


garantirão a qualidade da gestão.
A área de atuação desta estrutura deve abranger desde os serviços de limpeza pública, de
coleta e destinação final adequada, aos planos de gerenciamento obrigatórios para
determinados resíduos e os sistemas de logística reversa das empresas privadas, entre
outros, conforme segue:

• O Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – SINIR


deverá ser alimentado com informações pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos
municípios; irá sistematizar dados dos serviços públicos e privados de resíduos
sólidos apoiando o monitoramento, a fiscalização e a avaliação da eficiência da
gestão e gerenciamento, inclusive dos sistemas de logística reversa;

• Proposição de adequações e demais ajustes necessários.

• Disciplinar as atividades de geradores, transportadores e receptores de resíduos,


exigindo os Planos de Gerenciamento quando cabível;

• Modernizar os instrumentos de controle e fiscalização, agregando tecnologia da


informação (rastreamento eletrônico de veículos, fiscalização por análise de imagens
aéreas);

10
• Tornar obrigatória a adesão aos compromissos da A3P (Agenda Ambiental na
Administração Pública), incluído o processo de compras sustentáveis, para todos os
órgãos da administração pública local;
A implantação desta ação requer o uso exclusivo de uma sala, a disponibilização de
computadores e de aparelhos telefônicos, técnicos administrativos e fiscais de campo e
veículos apropriados. Esta é uma ação de prazo imediato, e deve ser implantada até 2015.
Para o cálculo dos custos de implantação desta ação, considerou-se o investimento na
estruturação de um escritório de trabalho, com os móveis e equipamentos necessários para
execução do serviço. Para os custos de operação, foram considerados os funcionários fixos,
aluguel de sala, gastos com material de escritório e com serviços como telefonia, e
fornecimento de energia elétrica e veículos.

11
3. SERVIÇOS DE LIMPEZA, COLETAS E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A seguir serão apresentadas as ações relacionadas ao programa de serviços de limpeza,


coletas e tratamento de resíduos sólidos, que contemplam as ações sobre serviços de
limpeza urbana, coletas diferenciadas, PEVs, triagem, estudos de viabilidade, entre outros.

Ação 6A: Qualificar gestão dos serviços de limpeza urbana


O planejamento dos serviços de limpeza urbana (varrição, capina, raspagem de sarjetas e
limpeza de feiras), contendo os detalhes da execução do serviço, deve ser revisado no
contexto da elaboração do PMRS. A partir do estudo de demandas dos serviços, deve-se
elaborar um novo planejamento, onde devem constar os trechos de ruas varridos para cada
roteiro, as respectivas extensões, e as guarnições. De fato, não há indicadores reais para
determinar com certeza qual o grau, qualidade ou padrão de limpeza que deve ser aplicado
a cada logradouro, porém é possível avaliar a aprovação ou desaprovação da população
pelo número e caráter das reclamações e sugestões. É possível também conseguir
indicações prévias do julgamento da opinião pública em relação à limpeza. Recomenda-se
efetuar pesquisa de opinião e verificar reclamações anteriormente recebidas, por exemplo.

É importante realizar um teste prático para avaliar qual é a produtividade de varrição dos
funcionários/cooperativados, ou seja, quantos metros de sarjeta e passeios podem ser
varridos por trabalhador por turno. Conforme o IBAM (2001) costuma-se estabelecer este
índice, fundamental para o redimensionamento de roteiros, em ruas tipicamente
residenciais, comerciais, principais (vias de penetração) e turísticas. Destaca-se que os
acessos a centros comerciais, as vias principais e as entradas e saídas da cidade são
pontos referenciais formadores de opinião, portanto, devem-se escolher as frequências
mínimas de varrição para que os logradouros apresentem a qualidade de limpeza
estabelecida.

Para a implantação desta ação são necessários técnicos especializados, com conhecimento
sobre a execução dos serviços, sobre a estimativa e avaliação de rendimento e de custos
envolvidos, além de conhecer o município onde será executado o serviço. Esta é uma ação
de prazo imediato, e deve ser implantada até 2015.
Os custos relacionados a esta ação são baseados no cálculo das horas dos profissionais
envolvidos na elaboração do planejamento dos serviços de limpeza urbana, além dos custos
relacionados às impressões, materiais de escritórios e outros serviços que se fizerem
necessários. Esta ação não apresenta custo de operação.

Ação 6B: Qualificar operação dos serviços de limpeza urbana


A partir da reestruturação dos serviços de limpeza pública, pode-se operar o serviço com
mais eficiência, qualidade, e menor custo unitário. Após a entrada em vigor do novo
planejamento, deve ser verificado o estado de limpeza alcançado por meio de fotos, e
avaliada a reação da população através de pesquisas e controle de reclamações. Após as
verificações, devem-se fazer os ajustes necessários.

A implantação desta ação depende da contratação ou manutenção de varredores e


capinadores, organizados em guarnições identificadas, e com roteiros estabelecidos pelo
planejamento dos serviços de limpeza urbana, conforme a ação 6A. Além disso, também
serão necessários agentes de fiscalização do serviço, e planejamento do roteiro dos
caminhões para coleta dos resíduos. Esta é uma ação de prazo imediato, e deve ser
implantada até 2015.

12
Para o cálculo dos custos de implantação desta ação, considerou-se o investimento inicial
em uniformes e ferramentas, como vassouras, enxadas e carrinhos. Para os custos de
operação, foram considerados os salários dos funcionários/cooperativados, o custo de
manutenção dos uniformes e ferramentas de trabalho, além de treinamento anual.

Ação 7A: Qualificar coleta diferenciada porta a porta de rejeitos e orgânicos


A coleta porta a porta implica em coletar os resíduos diretamente em cada domicílio no
município e encaminhá-lo, mediante transporte adequado, a uma estação de transbordo,
tratamento ou disposição final. A coleta e o transporte dos resíduos com características
domésticas produzidos em imóveis residenciais, em estabelecimentos públicos e no
pequeno comércio são de responsabilidade do município. Apesar do menor custo em
relação à coleta diferenciada em três tipos de resíduos (secos, orgânicos e rejeitos), ela é
menos ágil que a coleta conteinerizada, e demanda o emprego de um grande contingente
de funcionários/cooperativados e exige esforços físicos dos mesmos para manusear os
recipientes de acondicionamento dos resíduos até o veículo utilizado para a coleta. Os
resíduos são coletados misturados, o que torna mais trabalhoso o posterior tratamento, e
diminui o potencial de recuperação dos materiais recicláveis secos e úmidos devido à
contaminação. Por ser o sistema de coleta mais simples, é o que tem menor custo de
operação, entretanto apresenta maior risco sanitário aos trabalhadores e risco de
proliferação de vetores de doenças, devido ao acúmulo de materiais nas calçadas, Estes
riscos, porém, podem ser minimizados com uma gestão adequada do serviço.

Para execução deste serviço é necessário o uso de caminhões compactadores, geralmente


com um motorista e três coletores cada. O caminhão coletor deve cumprir o roteiro
planejado e então descarregar os resíduos ou no local de disposição final, ou em uma
estação de transbordo. Esta é uma ação de prazo imediato, e deve ser implantada até 2015.
Para cálculo dos custos de implantação da coleta, foram considerados os custos de
caminhões coletores e demais equipamentos necessários para o inicio do serviço. Para o
cálculo dos custos de operação, foram considerados o treinamento e a remuneração dos
trabalhadores envolvidos, os insumos necessários para a manutenção da frota de
caminhões coletores, bem como a depreciação dos equipamentos utilizados para o serviço.
A partir disto, foram obtidos os valores médios de coleta.

Ação 7B: Adequar coletores de resíduos tipo papeleira em áreas urbanas


Os coletores de resíduos tipo papeleira são adotados em complementação à coleta de
rejeitos e orgânicos, sendo instalados em vias públicas, praças e parques, para que a
população possa fazer o descarte dos materiais. Estes equipamentos foram considerados
exclusivamente para áreas urbanas, pois estas são as áreas onde este tipo de coleta se
viabiliza devido à sua densidade populacional. Para o presente Plano, a quantidade de
coletores foi estimada de maneira proporcional à população urbana total de cada município.

O modelo proposto para implantação desta ação é de um coletor tipo “papeleira” metálica,
com volume de até 50 litros, instalados em locais públicos de média e grande circulação de
pedestres. O coletor deve ser resistente às intempéries e deverá ser prevista coleta pelas
guarnições do serviço de varrição. Esta é uma ação de longo prazo, e possui diversas
etapas de implantação gradual ao longo do horizonte do plano.

13
Figura 3 – Exemplo de coletor tipo “papeleira”.
Fonte: PMPA, 2014.

Os custos de implantação dos coletores referem-se à aquisição e instalação dos


equipamentos. Já os custos associados à operação referem-se ao custo de manutenção dos
recipientes, considerando que uma parcela será avariada ao longo do tempo.

Ação 7C: Realizar estudo de viabilidade para a implantação da coleta diferenciada de


orgânicos, secos e rejeitos
A coleta diferenciada consiste na separação dos materiais recicláveis secos, orgânicos, e
rejeitos nas residências e pontos de geração: os resíduos recicláveis podem ser
acondicionados em contêineres diferenciados por tipo de material ou agrupado em um único
recipiente (IBAM, 2001). Este modelo de coleta prevê a segregação de resíduos pela
população em três grupos:

• Materiais orgânicos (úmidos): Compostos por restos de alimentos e materiais


orgânicos que não podem ser aproveitados como material seco, como toalhas de
papel;

• Materiais recicláveis (secos): Compostos por papéis, metais, vidros e plásticos;

• Rejeitos: Compostos por todos os resíduos que não se encaixam nas duas
categorias anteriores, como ossos e resíduos contaminados com óleo de cozinha,
fraldas entre outros.
Se implantada, a coleta de cada grupo deverá ser realizada separadamente, em dias
específicos e com frequência definida em relação à geração de cada tipo de resíduo.

• Os roteiros de coleta diferenciada de recicláveis secos deverão ter frequência de no


mínimo 2 (duas) vezes por semana, utilizando-se caminhões do tipo carroceria
aberta para coleta e transporte dos resíduos recicláveis secos para as usinas de
triagem de cada município.

• A coleta diferenciada de orgânicos deve ser realizada diariamente, sendo


estabelecida em grandes geradores inicialmente e, em domicílios com aumento
gradual da abrangência. O veículo utilizado para este tipo de coleta poderá ser tipo
coletor compactador, que aumenta consideravelmente a eficiência da coleta, pois

14
permite que o veículo faça menos viagens para descarregamento durante a jornada,
ou tipo caçamba basculante para as áreas de menor concentração populacional.

• A coleta diferenciada de rejeitos deve ser realizada no mínimo 3 vezes por semana.
O veículo utilizado para este tipo de coleta poderá ser tipo coletor compactador, que
aumenta consideravelmente a eficiência da coleta, pois permite que o veículo faça
menos viagens para descarregamento durante a jornada, ou tipo caçamba
basculante para as áreas de menor concentração populacional.
A implantação da coleta seletiva de resíduos orgânicos e recicláveis secos deverá
considerar prioritariamente a participação de cooperativas e outras formas de associação de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. Cada setor de coleta nos municípios
poderá ser operado por uma cooperativa ou associação de catadores através de contratos
de prestação de serviço e apoio de centrais de triagens instaladas nas proximidades.
Deverão ainda ser desenvolvidas parcerias com os atores da sociedade civil e iniciativa
privada, visto que a coleta seletiva, pela PNRS, é um dever de todos. Sempre que houver
potencialidade de associação intermunicipal para execução ou contratação dos serviços de
coleta, esta deverá ser priorizada, tanto em função das possibilidades de racionamento da
frota a ser utilizada e redução de despesas, quanto pela maior uniformidade dos padrões
operacionais, que facilita o gerenciamento e a fiscalização. Este tipo de coleta requer o uso
de caminhões compactadores para os resíduos orgânicos e para os rejeitos (um para cada
tipo, para que os resíduos não sejam misturados), e caminhões baú para os resíduos secos,
geralmente com um motorista e três coletadores cada. Cada tipo de caminhão coletor deve
cumprir os roteiros planejados e então realizar a descarga dos resíduos orgânicos e dos
secos no local de tratamento, e os rejeitos no local de disposição final, ou em uma estação
de transbordo.

É certo que esta diferenciação de coleta acarreta em maiores custos de aquisição de


materiais e custos operacionais, porém é necessária para atender o reaproveitamento dos
materiais úmidos em atendimento às metas do PLANARES. Para o cálculo do custo de
investimento para o estudo de viabilidade da coleta diferenciada de orgânicos, secos e
rejeitos foram consideradas as horas dos profissionais envolvidos no desenvolvimento do
estudo, bem como custos relacionados aos materiais de escritório, impressões e outros
gastos que eventualmente possam se fazer necessários. Esta ação não apresenta custo de
operação.

Ação 8A: Implantar coleta regular indireta (não diferenciada) para atendimento da
população rural
A coleta porta a porta implica em recolher os resíduos diretamente em cada domicílio no
município, e é o tipo ideal de coleta, pois consegue recolher a grande maioria dos resíduos
domésticos e comerciais. Porém, como é demandando o emprego de um grande
contingente de trabalhadores, este tipo de coleta se torna inviável em zonas com
características rurais, especialmente por conta da baixa densidade populacional a longas
distâncias entre residências, em comparação com a zona urbana. Para que estas regiões
também possam contar com a coleta regular, propõe-se a coleta indireta de resíduos,
através de caçambas estacionárias. Esta é uma ação de prazo imediato, e deve ser
implantada até 2015.
A coleta com caçambas estacionárias é um sistema de coleta simples, e que tem um baixo
custo de operação, pois são necessárias apenas as caçambas, um caminhão poliguindaste,
e os trabalhadores necessários para a operação do serviço - que podem ser um motorista e
um ajudante por caminhão. Com uma frequência de 2 a 3 vezes por semana, as caçambas

15
com resíduos são substituídas por outras, e os resíduos são encaminhados para o
tratamento ou disposição final adequada.
As caçambas, com capacidade de recebimento de 4m3 serão distribuídas em pontos
estratégicos das regiões rurais, e recebem diretamente o aporte dos resíduos. Buscou-se
alocar, sempre que possível, uma caçamba em cada setor censitário da zona rural do
município.
Para cálculo dos custos de implantação da coleta, foram considerados os custos das
caçambas, do caminhão de coleta, e outros itens básicos como uniformes. Para o cálculo
dos custos de operação, foi considerada a remuneração dos trabalhadores envolvidos, os
insumos necessários para a manutenção do caminhão coletor, bem como a depreciação dos
equipamentos utilizados para o serviço. A partir disto, foram obtidos os valores médios de
coleta indireta.

Ação 8B: Implantar ecopontos em áreas rurais


Esta ação se aplica somente àqueles municípios que apresentam distritos rurais com
população residente maior que 2.500 habitantes. Para estes, considerou-se a implantação
de um Ecoponto modelo A, conforme descrito na ação 2A, acima.

A coleta e transporte para destinação final dos resíduos recicláveis secos dispostos nos
ecopontos na área rural deve ser realizada pelos veículos da coleta indireta - através de
caçambas estacionárias para atendimento da população rural conforme descrito na ação na
ação 8A - visto que estes veículos terão tempo ocioso por conta da baixa demanda por parte
da população rural.

Ação 9A: Qualificar coleta diferenciada porta a porta de recicláveis secos

A implantação de coleta seletiva em todos os municípios foi observada, considerando o § 1º


do Art. 9º do Decreto nº. 7.404/2010 que estabelece que a implantação do sistema de coleta
seletiva é instrumento essencial para se atingir a meta de disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos. A coleta seletiva acarreta em maiores custos de aquisição de
materiais e custos operacionais, porém facilita o reaproveitamento dos materiais reciclados
e o atendimento às metas do PLANARES e PLANSAB.

A coleta seletiva tem início na separação dos materiais recicláveis nas residências e pontos
de geração (segregação na fonte). Desta forma a população é a responsável pela
separação dos resíduos e o operador do serviço apenas pela coleta e destinação.
Este tipo de coleta requer o uso de caminhões baú, geralmente com um motorista e três
coletadores cada. O caminhão coletor deve cumprir o roteiro planejado e então descarregar
os resíduos no local de tratamento. Esta é uma ação de curto prazo, e deve ser implantada
até 2019.

Para cálculo dos custos de implantação da coleta, foram considerados os custos de


caminhões coletores e demais equipamentos necessários para o inicio do serviço. Para o
cálculo dos custos de operação, foi considerada a remuneração dos
funcionários/cooperativados envolvidos, os insumos necessários para a manutenção da
frota de caminhões coletores, bem como a depreciação dos equipamentos utilizados para o
serviço. A partir disto, foram obtidos os valores médios de coleta.

16
Ação 9B: Adequar PEVs para recicláveis em áreas urbanas
Os PEVs (Pontos de Entrega Voluntária) são adotados em complementação à coleta
diferenciada de recicláveis secos, e consistem na instalação de pequenos contêineres ou
recipientes em locais públicos e de grande circulação de pedestres para que a população,
voluntariamente, possa fazer o descarte dos materiais separados em suas residências. .

Os PEVs são equipamentos considerados exclusivamente para áreas urbanas, pois estas
são as áreas onde se torna praticável este tipo de coleta, pois a densidade populacional é
maior, possibilitando que um PEV atenda um número de habitantes suficiente para que a
instalação se viabilize. Para o presente Plano, a quantidade de PEVs a serem adequadas ou
instaladas foi estimada de forma proporcional à população urbana de cada município.

O modelo proposto para implantação consiste em 4 coletores com volume de até 1000 litros,
sendo um recipiente para cada tipo de resíduo reciclável: metal, papel, plástico e vidro. O
PEV deve ser resistente às intempéries e deverá ser prevista coleta com o mesmo
caminhão da coleta diferenciada de secos. A Figura 4 apresenta exemplos de coletores que
podem ser utilizados em um PEV – que deverá ser definido na etapa de projeto executivo.

Figura 4 – Exemplo de coletores que podem ser utilizados em um PEV.


Fonte: www.serra.es.gov.br e www.boasnoticias.pt

Esta é uma ação de longo prazo, e deve diversas etapas de implantação gradual ao longo
do horizonte do plano. Os custos de implantação dos PEVs referem-se apenas à aquisição e
instalação dos contêineres ou recipientes de coleta. Já os custos associados à operação
dos PEVs referem-se ao custo de manutenção dos recipientes, considerando que uma
parcela será avariada ao longo do tempo.

Ação 9C: Adequar unidades de triagem de resíduos recicláveis secos


O processo de segregação e triagem dos resíduos sólidos urbanos sucede a operação de
coleta, e consiste na separação dos resíduos domiciliares e comerciais para a recuperação
e valorização dos materiais recicláveis secos e orgânicos. Os resíduos sólidos coletados são
encaminhados a uma unidade de triagem, onde os resíduos são descarregados em um pátio
de descarga (local de recepção dos resíduos sólidos) o qual deve ter toda uma infraestrutura
necessária à sua operação, tais como, esteiras de triagem, piso impermeabilizado, calhas
coletoras de lixiviado e iluminação e ventilação adequados. A adoção de coleta
indiferenciada ou diferenciada é um fator determinante para a especificação do tipo de

17
triagem a ser empregada. Na existência de coleta diferenciada, os resíduos orgânicos e
secos são encaminhados a unidades específicas de triagem e tratamento.
O Plano Nacional de Resíduos Sólidos aponta que é de vital importância que a participação
dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis na triagem dos resíduos seja eficiente
e otimizada em conformidade com as normas estabelecidas, para fins de aproveitamento
em unidades recicladoras e no manejo e gestão da totalidade dos resíduos sólidos. Para
este fim são definidas estratégias em relação à implantação da triagem dos materiais em
conjunto com a coleta seletiva:
• Redução dos RSU secos (Diretriz 2 – Estratégia 1): para a instituição de incentivos
fiscais, financeiros e creditícios;
• Promoção da melhoria e qualificação dos centros de triagem (Diretriz 2 - Estratégia
4);
• Assistência técnica e apoio financeiro à realização de projetos, instalação e operação
de unidades de triagem e beneficiamento (Estratégia 11);
• Ampliação de centros de triagem com inserção de associações/cooperativas de
catadores e/ou inserção de soluções tecnológicas de separação e classificação em
conformidade com as resoluções do CONAMA e ANVISA (Estratégia 15).
Os galpões de triagem têm como finalidade a separação manual de resíduos sólidos
provenientes da coleta seletiva. A separação classifica os resíduos em grupos, de acordo
com sua natureza, para posterior comercialização para empresas recicladoras, visando
aumentar a quantidade recuperada de resíduos recicláveis e assim reduzindo a quantidade
de resíduos a ser destinada para aterro sanitário ou para qualquer outra destinação que
futuramente seja definida. As atividades no galpão de triagem compreendem basicamente a
recepção e acumulação dos resíduos provenientes da coleta seletiva e dos PEVs,
separação dos resíduos considerados impróprios para a reciclagem (rejeito de triagem),
prensagem e enfardamento dos resíduos selecionados e armazenamento para
comercialização. Mesmo já existindo centrais de triagem em diversos munícipios, de
maneira conservadora e, principalmente buscando melhorar a situação atual no que se
refere à higiene e segurança de trabalho, foram adotados modelos de galpões fechados
com áreas operacionais bem definidas, e operados por associações de catadores ou
cooperativas, seguindo o modelo preconizado pelo MMA (2010)1.

O modelo de triagem municipal foi definido a partir das seguintes premissas:


• Promoção da inclusão social de catadores de forma abrangente e igualitária na
região;
• Atendimento individual dos municípios;
• Capacidade máxima de 10t/dia de resíduos, implantando múltiplas unidades de
triagem no caso de municípios mais populosos;
• Mecanização parcial do processo, para atendimento das questões de higiene e
segurança do trabalho.
O uso de esteiras mecânicas para triagem foi adotado por permitir que se estabeleça um
fluxo contínuo de resíduos dentro do galpão, contribuindo com a organização e limpeza do

1
Manual para implantação de compostagem e de coleta seletiva no âmbito de consórcios públicos.
Ministério do Meio Ambiente – Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano. Brasília / DF,
2010.
18
local e especialmente evitando o acumulo excessivo de resíduos em torno dos
funcionários/cooperativados da triagem. Esta solução evita o cenário atual existente em
galpões operados por triagem em mesas, onde é comum observar triadores em meio às
pilhas de resíduos, trabalhando em condições inadequadas do ponto de vista da saúde do
funcionário/cooperativado. Considera-se que as unidades de triagem mecanizadas serão
implantadas dentro de um galpão com infraestrutura e cobertura adequada, onde serão
implantadas as esteiras de separação mecanizadas, movidas por motores elétricos a
velocidades programadas que são comandadas por um painel de controle. Considerou-se
também que após o descarregamento dos resíduos no pátio de descarga, os resíduos
sólidos devem ser encaminhados por meio de uma carregadeira sobre rodas ou uma retro
escavadeira para uma moega que alimenta as esteiras de separação. Após os resíduos
serem descarregados nas esteiras de separação e movimentados mecanicamente com
velocidade controlada, cada funcionário/cooperativado realiza a separação manual dos
diversos tipos de materiais recicláveis, colocando-os dentro de um recipiente (bags ou
tonéis), que quando cheio, será enviado para prensagem e armazenamento, até a sua
comercialização. Nas Figura 5 e Figura 6 são apresentadas vistas de galpões de triagem
com esteiras tipicamente usados no Brasil.

Figura 5 - Vista frontal de uma esteira de triagem.


Fonte: Concremat, 2012

19
Figura 6 - Vista geral de um galpão de triagem de resíduos.
Fonte: Concremat, 2012

Neste tipo de unidade é necessário o uso de empilhadeiras manuais ou mecanizadas,


balança plataforma para controle de pesagem, um bom controle de entrada e saída de
materiais reciclados e um excelente controle financeiro, tornando esta unidade bem
gerenciada e eficaz. A limpeza das unidades de triagem é primordial, pois o estoque de
grande volume de materiais reciclados normalmente vem contaminado com resíduos úmidos
das residências, por não serem previamente separados de maneira adequada na fonte.
Para eliminar este fato deve-se realizar limpeza geral no galpão de armazenagem pelo
menos três vezes por semana.
Frente à importância da recuperação de materiais recicláveis para alcance das metas de
redução de disposição de resíduos recicláveis secos em aterros sanitários e inclusão
socioeconômica de catadores, o modelo considerou a instalação de, no mínimo, um galpão
de triagem em cada município do Estado. Para o PMRS foram concebidas unidades de
triagem com uma capacidade de triagem adequada para atender a demanda especifica de
cada município. Os modelos adotados foram definidos com base no documento “Elementos
para a Organização da Coleta Seletiva e Projeto dos Galpões de Triagem” (MCidades,
2008), e no “Manual para Implantação de Compostagem e de Coleta Seletiva no Âmbito de
Consórcios Públicos” (MMA, 2010). Os galpões deverão ser preferencialmente operados por
cooperativas ou associações da região, devendo a administração pública da localidade
assegurar sua atuação através de programas de capacitação técnica e suporte ao
planejamento e operacionalização da unidade. Cada galpão deve ser equipado com:
• Esteiras rolantes de comprimento variável, conforme capacidade de cada galpão;
• Sistemas de exaustão localizada;
• Prensas hidráulicas;
• Balança;
• Carrinhos de transporte;
• Empilhadeira simples;
• Contêineres e bags para armazenamento de recicláveis.

20
A Figura 7 apresenta uma configuração típica de unidade de triagem, a qual poderá ser
adotada para os galpões propostos, contemplando área de recebimento e armazenamento
dos materiais a serem triados, a área de triagem, a área de armazenamento dos materiais
triados, área de prensagem, enfardamento e pesagem e área de armazenamento dos fardos
e expedição.

Figura 7 - Leiaute típico de um galpão de triagem de recicláveis, área 1200 m².


Fonte: Concremat, 2013.

Devido à postura conservadora adotada neste Plano, optou-se por conceber o pior cenário
possível, considerando que estas usinas tenham que ser totalmente reformadas para a
correta operação, qualificação do trabalho e maior eficiência. Desta forma, propõe-se como
ação a adequação destas duas centrais. Esta é uma ação de longo prazo, e deve ser
implantada gradualmente até 2031.

A área total necessária para a edificação dos galpões foi definida a partir da população
equivalente e a capacidade de tratamento da unidade, conforme apresentado no Quadro 4.

21
Quadro 4: Estimativa de área e número de funcionários/cooperativados em função da
capacidade de triagem instalada

Número de
Capacidade Área estimada
funci./cooperativ.
aproximada (t/dia) (m2)
estimado

0,8 230 10
3 560 29
4 708 37
5 900 46
7 1100 63
10 1600 89
12 1900 104
Elaborado por Concremat, 2014.

Para a estimativa do custo de instalação/adequação dos galpões foram considerados:


aquisição de equipamentos, mobiliários e custos de construção dados pelo CUB praticado
no Estado do Rio Grande do Sul em Fevereiro de 2013 para instalações tipo galpão
industrial. Para o custo de operação foi levado em conta a estimativa de materiais de
limpeza, uniformes e EPIs para os funcionários/cooperativados, consumo de energia e água,
despesas com licenciamento e contabilidade, além da manutenção do prédio e dos
equipamentos. Este cálculo não considerou a remuneração através de regime CLT, pois as
unidades serão operadas por cooperativas ou associações, que deverão gerar receita
através da venda do material reciclável. Destaca-se que os custos estimados não incluem
os custos com aquisição e preparação do terreno.

4. DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE REJEITOS

A seguir serão apresentadas as ações relacionadas ao programa de disposição final


ambientalmente adequada de rejeitos, que contempla ações sobre transporte, transbordo,
aterros sanitários, encerramento de aterros de pequeno porte, entre outros.

Ação 12A: Interditar lixões e aterros controlados existentes


Segundo o PLANARES, há um interesse particular no número de lixões ainda existentes,
pois de acordo com a Lei 12.305/2010, Art. 54. “A disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos, observado o disposto no § 1º do art. 9º, deverá ser implantada em
até 4 anos após a data de publicação desta Lei”, ou seja, até 2014. Visto que as formas
inadequadas de disposição de resíduos são os Lixões e os Aterros Controlados, a interdição
dos mesmos é proposta visando o atendimento à legislação vigente, consistindo em uma
primeira etapa para a disposição ambientalmente adequada dos rejeitos. Este seria uma das
ações com o menor prazo disponível para implantação. Paralelamente à erradicação dos
lixões, deve-se também instituir mecanismos que incentivem os municípios que dispõem
seus resíduos em aterros controlados a construírem aterros sanitários ou, então, também
partir para a opção dos consórcios públicos, via implantação de aterros sanitários regionais.
Para a estimativa do custo de interdição de lixões e aterros foram considerados o
encerramento com cobertura, e a instalação de cercas e uma guarita. Os custos de
operação são relativos à vigilância da área interditada. Esta ação é aplicável somente aos
municípios que apresentam lixões e aterros controlados a serem encerrados.

22
Ação 13C: Encerrar e monitorar aterros de pequeno porte
Ainda visando a atender os objetivos e metas da PNRS e do PLANARES, propõe-se o
encerramento dos aterros de pequeno porte, entendidos como aqueles que atendem menos
de 100.000 habitantes ou receba uma quantidade de resíduos menor que o equivalente a
esta população. Esta ação se deve ao fato de que a operação adequada de um aterro
sanitário em escala municipal é extremamente onerosa e, de fato, a tendência é que a
operação acabe por não atingir as condições mínimas para o local se manter como um
aterro sanitário, transformando-o em um aterro controlado (considerado como uma forma
inadequada de disposição final de resíduos). Portanto é proposta a implantação de um
aterro regional, para ganho de escala, e assim atingir um menor custo unitário de
implantação e operação.
Os aterros sanitários encerrados devem ainda ser monitorados por 20 anos, pois exigem
obras especiais que protejam as suas estruturas até que o mesmo esteja totalmente
integrado ao ambiente local e, portanto, esteja em condições seguras e de relativa
estabilidade. O sistema de monitoramento ambiental consiste em: controle da qualidade das
águas subterrâneas; controle da qualidade das águas superficiais; controle da qualidade do
ar; controle da poluição do solo; controle de insetos e vetores de doenças; controle de
ruídos e vibração; controle de poeira e outros materiais que podem ser levados pelas
correntes de ar e controle de poluição visual. Esta é uma ação de curto prazo, e deve ser
implantada até 2019.

Para cálculo dos custos de implantação e operação desta ação, foram considerados os
investimentos conforme FGV (2007) considerando os serviços de tratamento de percolados,
manutenção de áreas verdes, monitoramento ambiental e geotécnico, equipe de operação,
administração, impostos e taxas. Esta ação é aplicável somente aos municípios que
apresentam aterros de pequeno porte a serem encerrados.

Ação 14A: Elaborar plano para recuperação de gases em aterros através de estudos
de viabilidade ambiental e técnico-econômica
O biogás produzido nos aterros sanitários deve ser drenado para o exterior de forma a evitar
formação de bolsões internos, acarretando riscos de explosão ou incêndios. A captação e
queima de gases de aterros sanitários com fins de aproveitamento energético deverá ser
considerada para atender a PNRS e às metas do PLANARES. O Plano não estima valores
para tal, prevendo num primeiro momento recursos para a realização de estudos prévios de
viabilidade técnica, econômica e ambiental, visando atendimento às metas de recuperação
energética de gases em aterros sanitários.
O aterro sanitário com geração de energia utiliza a drenagem dos gases gerados nos
processos de decomposição anaeróbia dos resíduos e os encaminha para geração de
energia por meio de tubos coletores. Para uma geração de energia eficiente, esta deve ser
projetada ao mesmo tempo que o aterro: sistema de coleta do biogás, e durante a operação,
o tipo de resíduos dispostos, sua densidade e umidade devem ser controlados. Após a sua
coleta, o biogás deve passar por etapas de tratamento e compressão para ser utilizado
como combustível de geradores de energia. O biogás não utilizado para geração deve ser
queimado para reduzir o impacto ao meio ambiente. O biogás também pode ser valorizado
para uso como combustível em veículos ou para injeção na rede de gás natural. Esta é uma
ação de prazo imediato, e deve ser implantada até 2015.

Para o cálculo do custo de investimento para o plano para recuperação de gases em aterros
através de estudos de viabilidade ambiental e técnico-econômica foram consideradas as
horas dos profissionais envolvidos no desenvolvimento do estudo. Esta ação não apresenta

23
custo de operação. Esta ação é aplicável somente aos municípios que apresentam aterros a
serem encerrados.

Ação 15A: Realizar estudo de mapeamento e diagnóstico dos lixões, aterros


controlados, e áreas de "bota fora" priorizando ações de recuperação para
atendimento das metas
O passivo ambiental corresponde ao investimento que deve ser feito visando à correção ou
amenização dos impactos ambientais adversos gerados em decorrência de atividades
antrópicas, e que não tenham sido controlados ao longo dos anos de suas operações. Os
passivos relacionados aos resíduos sólidos de responsabilidade do município consistem em
lixões, aterros controlados e “bota foras”. Os lixões e aterros controlados podem ter surgido
devido à disposição incorreta de resíduos desde o princípio, ou por conta de uma operação
ineficiente. Já os “bota foras” são os locais onde foram descartados materiais retirados de
escavações, materiais rochosos provenientes de escavações, cortes e túneis, entre outros
materiais relacionados à construção civil. Esta é uma ação de prazo imediato, e deve ser
implantada até 2015.
Para o cálculo do custo de investimento para o estudo de mapeamento e diagnóstico dos
lixões, aterros controlados, e áreas de "bota fora" foram consideradas as horas dos
profissionais envolvidos no desenvolvimento do estudo. Esta ação não apresenta custo de
operação.

Ação 15B: Recuperar áreas ocupadas por lixões, aterros controlados e áreas de "bota
fora”
Esta ação depende diretamente da ação anterior (15A), pois na primeira serão levantadas
as áreas que deverão ser recuperadas. A forma de recuperação dos passivos varia
conforme suas características específicas, como a composição do material disposto, a forma
de disposição, entre outros. Portanto, o custo para recuperação destas áreas somente
poderá ser estimado após o estudo de diagnóstico. Esta é uma ação de longo prazo, e deve
ser implantada gradualmente ao longo do horizonte do plano.

24
REFERÊNCIAS
ADEME. Agence de l’Environnement et de la Maìtrise de l’Energie. Guide de la déchetterie.
144 p. Angers, 1999.
BAIN & COMPANY. Estudo Econômico-Financeiro para destinação final de Resíduos
Sólidos Urbanos (RSU). 104 p. Belo Horizonte, Março 2012.
BNDES. PRODUTO 10: Relatório final de avaliação técnica, econômica e ambiental das
técnicas de tratamento e destinação final dos resíduos. Fevereiro 2013.
BNDES. PRODUTO 2: NÚCLEO SUL. Relatório preliminar do perfil institucional, quadro
legal e políticas públicas relacionados a resíduos sólidos urbanos na Região Sul do Brasil.
Dezembro 2011.
BNDES. PRODUTO 7: Relatório final sobre as principais rotas tecnológicas de destinação
de resíduos sólidos urbanos no Exterior e no Brasil. Outubro 2012.
BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Básico. Plano
Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB. 173 p. Brasília. Dezembro, 2013.
BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Básico. Elaboração do
Projeto Básico e Executivo Completo de Pontos Centrais de Entrega Voluntária – PEV
Central para Triagem e Transbordo de Resíduos da Construção e Resíduos Volumosos. 14
p.
BRASIL. Ministério do Meio-Ambiente. Plano Nacional de Resíduos Sólidos. 103 p. Brasília.
Agosto/2012.
BRASIL. Ministério do Meio-Ambiente. Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano.
Departamento de Ambiente Urbano.Planos de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de
Orientação. 156 p. Brasília. 2012.
BRASIL. Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI N° 11.445. Brasília. Janeiro 2007.
BRASIL. Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI N° 12.305. Brasília. Agosto 2010.
CEMPRE. Manual de Gerenciamento Integrado. 370 p. São Paulo. 2000.
CONCREMAT/ENGEBIO. Manual de orientações para planejamento estratégico em gestão
integrada de resíduos sólidos urbanos. Volume 1 – Conceitos e definições. 102 p. Junho
2010.
CONTEMAR AMBIENTAL. Vantagens da Mecanização. Disponível em:
http://www.contemar.com.br/coleta_mecanizada_lixo.php. Acesso em: abril de 2013.
CORREA Roberto S., CARNEIRO Paulo F. N., CARDOSO Renatta S. S., YOSHINO Gabriel
H. III-175 – Proposta de um projeto de coleta seletiva para a cidade universitária Prof. José
da Silveira Neto da Universidade Federal do Pará – UFPA. 25° Congresso Brasileiro de
Engenharia Sanitária e Ambiental. 2009.
DESSAU SOPRIN, SOLINOV. Ville de Montréal. Étude sur les modes, outils et choix
technologiques pour les collectes sélectives des matières résiduelles applicables au territoire
de l’Agglomération de Montréal.Fevereiro 2007.
ECP Sistemas Ambientais. Transbordo. Disponível em:
http://www.consultoriaambiental.com.br/artigos/transbordo.pdf. s.d.
ENGEBIO ENGENHARIA LTDA. Estado da arte do tratamento térmico de resíduos sólidos
urbanos com geração de energia elétrica.172 p. Porto Alegre, 2010.

25
EPA.WasteTransfer Stations: A Manual for Decision-Making.Disponível em:
http://www.epa.gov/osw/nonhaz/municipal/pubs/r02002.pdf. Junho 2002.
FEAM. Aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos: guia de orientações para
governos municipais de Minas Gerais. 163 p. Belo Horizonte, Maio 2012.
FONSECA, Alberto Magalhães. GONSAGA, Valéria Cristina. Metodologia para Auditoria de
Serviços de Limpeza Urbana, com Enfoque nos Custos de Coleta de Resíduos Sólidos
Urbanos. 21p. Belo Horizonte. 2006.
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS - FGV. Estudos Sobre os Aspectos Econômicos e
Financeiros da Implantação e Operação de Aterros Sanitários. 52 p.
IBAM. Cartilha de Limpeza Urbana. (http://www.ibam.org.br)
IBAM. Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. 193 p. Rio de Janeiro.
2001.
ISWA Working Group on Collection and Transportation Technology.Waste Transfer Stations
in Different Regions. Disponível em:
http://www.iswa.org/index.php?eID=tx_iswaknowledgebase_download&documentUid=1435.
2008.
OBLADEN Nicolau L., OBLADEN Neiva T.R., DE BARROS Kelly R. Guia para elaboração
de projetos de aterros sanitários para resíduos sólidos urbanos – Volume II. 64 p. 2009.

26
ANEXO

LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

MEMÓRIA DE CÁLCULO DAS AÇÕES REGIONAIS

1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
2. INCLUSÃO SOCIAL DE CATADORES (LIMPEZA, COLETA E TRIAGEM) .............. 4
2. QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ....................................... 5
3. SERVIÇOS DE LIMPEZA, COLETAS E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 9
4. DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE REJEITOS ................ 16

ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Coleta conteinerizada em Canoas ....................................................................... 10
Figura 2 - Coleta seletiva de contêineres no Município de Caxias do Sul, RS...................... 10
Figura 3 - Contêineres da coleta mecanizada: resíduos recicláveis (amarelo) e resíduos
comuns (verde), no Município de Caxias do Sul, RS. .......................................................... 11
Figura 4 - Compostagem em túnel com aeração forçada ..................................................... 13
Figura 5 - Alternativas de carregamento de resíduos em transbordo. .................................. 17
Figura 6 - Estação de Transbordo típica .............................................................................. 19
Figura 7 - Esquema de um aterro sanitário .......................................................................... 21
Figura 8 - Processo de incineração de RSU. ....................................................................... 23

ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 - Capacidade de tratamento de orgânicos instalada conforme os prazos do Plano
............................................................................................................................................ 15
Quadro 2 - Estimativa de áreas necessárias e número de funcionários/cooperativados para
as unidades de tratamento de orgânicos no final do plano................................................... 16
Quadro 3 - Modelos e capacidades das unidades de transbordo. ........................................ 18
Quadro 4 - Resumo da ação 11A......................................................................................... 18
Quadro 5 - Resumo da ação 13B......................................................................................... 22

2
1. INTRODUÇÃO
Em um plano de resíduos sólidos, além de serem estabelecidas metas, prazos e
responsabilidades, é necessário também definir os recursos necessários à sua implantação.
Considerando-se as metas estabelecidas, e as ações propostas para atingi-las, realizou-se
a estimativa de ordem de grandeza dos recursos necessários em investimentos e seus
impactos nos custos operacionais.

Estes foram definidos a partir de capacidades médias estimadas de implantações relativas à


coleta, tratamento e de disposição final, que foram definidos com base na quantidade de
resíduos gerados no município, nas metas estabelecidas para o presente Plano, e na
experiência dos consultores quanto à capacidade mínima de processamento necessária
para a viabilidade de cada tipo de tecnologia, buscando estabelecer soluções que tenham
sustentabilidade técnica e econômica. Neste sentido, é importante destacar que:

• Para informações sobre a situação atual de gestão e manejo dos resíduos sólidos
urbanos foram utilizadas as informações da etapa de diagnóstico.

• Os portes das instalações e custos são estimados, por faixas de população e têm
como objetivo, conforme já exposto, definir ordem de grandeza dos investimentos
para implantação e operação;
• Os portes e investimentos deverão ser revistos no momento da elaboração de
projetos executivos.
• As rotas tecnológicas, tecnologias, portes e agrupamentos propostos são definições
orientativas e que deverão se avaliadas, consolidadas ou revisadas quando
realizados os projetos executivos.

Segundo a PNRS a operação dos sistemas propostos podem e devem apoiar o processo de
organização dos catadores em associações ou cooperativas devidamente legalizadas,
considerando a aplicação do disposto no art. 24, inciso XXVII, da Lei Federal 8.666, de 21-6-
1993, para dispensa de licitação na contratação das organizações de catadores de materiais
recicláveis
A seguir são apresentadas as descrições das ações relativas às instalações, as
capacidades e os custos estimados de implantação e operação das ações propostas. As
ações estão agrupadas conforme os programas de metas definidos anteriormente.

3
2. INCLUSÃO SOCIAL DE CATADORES (LIMPEZA, COLETA E TRIAGEM)

A seguir serão apresentadas as ações relacionadas ao programa de inclusão social dos


catadores, que contempla ações voltadas à inclusão e fortalecimento da organização de
catadores.

Ação 1A: Estabelecer estrutura responsável pelo suporte para formação e


manutenção das cooperativas
Frequentemente organizações como cooperativas de recicladores necessitam de apoio
técnico externo, tanto para a sua formação quanto para a manutenção, e quando não o tem,
acabam por perder articulação, e a cooperativa é desativada. Portanto, uma estrutura que
pode promover treinamento, capacitações e outras ações que fortaleçam a inclusão e
organização dos catadores são essenciais para que se mantenham estas iniciativas que
promove a inclusão social dos catadores. A estrutura poderá ser administrada diretamente
pelo Consórcio Pró-Sinos ou pode ser criada na forma de pessoa jurídica específica que
agregue as cooperativas de catadores atuantes nos municípios da região. Dentre as
atribuições que esta central pode desempenhar, destaca-se:

• Cadastro de catadores informais e de entidades nos municípios,

• Auxílio direto na formalização e gestão de associações e cooperativas de catadores


existentes na região;

• Cadastro de unidades de triagem;

• Promoção de cursos de capacitação;

• Auxílio psicossocial;

• Auxílio na busca de financiamentos para ampliações;

• Aquisições de equipamentos e veículos;

• Atenção à saúde e bem estar dos trabalhadores através da inserção em programas


federais, estaduais e municipais de inclusão social; entre outros.

Para o cálculo dos custos de implantação desta ação, considerou-se o investimento no


estabelecimento de um escritório de trabalho, com os móveis e equipamentos necessários
para execução do serviço. Para os custos de operação, foram considerados os funcionários
fixos, aluguel de sala, gastos com material de escritório e com serviços como telefonia, e
fornecimento de energia elétrica, entre outros.

Ação 1B: Instituir central regional de comercialização de materiais recicláveis


A Central Regional de Comercialização poderá ser administrada diretamente pelo Consórcio
Pró-Sinos ou ser criada na forma de pessoa jurídica específica, que agregue as associações
e cooperativas de catadores atuantes nos municípios da região.

Dentre as atribuições desta central, pode-se destacar:

• Cadastro de empresas e indústrias compradoras de materiais recicláveis da região;

4
• Organização do transporte de materiais recuperados para venda;
• Comercialização direta de materiais recuperados à indústria;
• Promoção de cursos de capacitação para associados/ cooperados;
• Auxílio na busca de financiamentos para ampliações, aquisições de equipamentos e
veículos, cursos de capacitação ou outras ações;
A região da Bacia do Rio dos Sinos tem uma economia bastante estruturada no setor
industrial, o que é um fator de suma importância, que facilita o escoamento dos materiais
recicláveis triados. Assim, a Central de Comercialização poderá ainda abrigar uma unidade
de beneficiamento de materiais como plásticos ou óleos, a ser definida pelos municípios do
consórcio diante da analise das maiores demandas e indústrias de transformação instaladas
na região.

Para a implantação desta ação é necessário o uso de uma sala, equipada com materiais e
equipamentos de escritório. A operação exige a contratação de profissionais de nível
superior e médio, e a contratação de serviços como o de energia elétrica, internet e
telefonia. Não é necessária a disponibilização de uma área de armazenagem, pois os
resíduos, antes de serem comercializados, podem ser armazenados nas próprias unidades
de triagem. O transporte dos resíduos até o comprador devem ser organizados pela central,
mas realizados pelos caminhões das próprias unidades de triagem. Portanto, não foram
estimados custos de investimento em veículos de transporte.

2. QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


A seguir serão apresentadas as ações relacionadas ao programa de qualificação da gestão
dos resíduos sólidos, que comtempla ações voltadas à logística reversa, e à forma de
cobrança, controle e fiscalização dos serviços.

Ação 2A: Instituir termos de compromisso setoriais ou de cooperação técnica com o


Estado para implantação da logística reversa
A logística reversa é definida na PNRS, através da Lei n° 12.305/2010. Ela é um instrumento
de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações,
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos
ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos,
ou outra destinação final ambientalmente adequada. Dessa forma, os custos com o
gerenciamento adequado dos resíduos são de alguma forma, assumidos pelos setores
produtivos, o que tende a fomentar o desenvolvimento de processos, produtos e
especialmente embalagens que contribuam para redução da geração de resíduos,
garantindo a sustentabilidade empresarial.

A PNRS institui a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser
implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. Ela tem por objetivo
compatibilizar interesses entre os agentes econômicos e sociais, promover o
aproveitamento de resíduos sólidos na cadeia produtiva; reduzir a geração de resíduos
sólidos, o desperdício de materiais, a poluição e os danos ambientais; e incentivos às boas
práticas de responsabilidade socioambiental.

A proposta de acordo setorial, neste contexto, seria uma ferramenta de natureza contratual
firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes,
5
tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do
produto. Destaca-se que os acordos firmados no âmbito nacional têm prevalência sobre os
firmados em âmbito regional ou estadual, e estes sobre os firmados em âmbito municipal ou
intermunicipal. Portanto, este sistema deverá ser implantado e operacionalizado mediante
compromissos entre as três esferas do Poder Público, o setor privado e o terceiro setor,
formalizados em acordos setoriais ou termos de compromisso, ou mediante regulamento
específico. Deve-se traçar um compromisso com objetivos e investimentos a serem
atingidos por cada setor, conforme, onde são apresentados os setores onde a logística
reversa é aplicável, por ordem de priorização e suas especificações.

O MMA já realizou chamamento para acordo setorial da logística reversa para


medicamentos; eletroeletrônicos; embalagens em geral; lâmpadas fluorescentes, de vapor
de sódio e mercúrio e de luz mista; e embalagens de óleos lubrificantes e seus resíduos. No
momento, apenas o acordo setorial para a implementação de sistema de logística reversa
de embalagens plásticas usadas de óleos lubrificantes está assinado, a seguir são
apresentadas alguns aspectos dos editais lançados pelo MMA.

• Medicamentos

o Edital n° 02/3013. Chamamento público de fabricantes, importadores,


distribuidores e comerciantes de medicamentos para a elaboração de
proposta de acordo setorial visando à implantação de sistema de logística
reversa de abrangência nacional.
o Este edital contempla os medicamentos domiciliares, vencidos ou em desuso,
após o descarte pelo consumidor, correspondendo aos medicamentos de uso
humano, industrializados e manipulados e suas embalagens, exceto os
medicamentos descartados pelos prestadores de serviços de saúde públicos
e privados.
• Eletroeletrônicos

o Edital n° 01/2013. Chamamento para Logística Reversa de Produtos


Eletroeletrônicos e seus Componentes.
o Estão inclusos desse edital resíduos oriundos de produtos eletroeletrônicos
de uso doméstico e seus componentes cujo adequado funcionamento
depende de correntes elétricas com tensão nominal não superior a 220 volts.
• Embalagens em geral

o Edital nº 02/2012. Chamamento para Logística Reversa de Embalagens.


o O edital contempla as embalagens que compõem a fração seca dos resíduos
sólidos urbanos ou equiparáveis, exceto aquelas classificadas como
perigosas pela legislação brasileira; e não serão objeto deste acordo setorial
as embalagens de óleos lubrificantes, de produtos agrotóxicos e
medicamentos.
o Propostas de acordo já foram entregues ao MMA, mas o acordo ainda não foi
assinado.
• Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista

o Edital nº 01/2012. Chamamento para logística reversa de lâmpadas


fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista.

6
o Em outubro deste ano, entidades do setor de iluminação, juntamente com o
Ministério do Meio Ambiente, estavam em discussão e realizando ajustes do
acordo setorial para Logística Reversa de Lâmpadas.
• Embalagens de óleos lubrificantes e seus resíduos

o Edital nº 01/2011. Chamamento para a elaboração de acordo setorial para a


implementação de sistema de logística reversa de embalagens plásticas
usadas de óleos lubrificantes.
o O acordo setorial para a implantação de sistema de logística reversa de
embalagens plásticas usadas de lubrificantes foi assinado em dezembro de
2012, são signatários deste Acordo: I – O Sindicato Nacional das Empresas
Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes – SINDICOM.
Os custos relacionados a esta ação são baseados na estimativa das horas dos profissionais
envolvidos na elaboração do termo de compromisso ou do termo de cooperação técnica, e
também nos custos estimados de serviços que podem ser necessários, como impressões,
aquisição de materiais de escritórios, entre outros.

Ação 5A: Implantar estrutura regional responsável pelo controle e fiscalização das
ações regionalizadas
Para o controle e a fiscalização das ações regionais relativas ao Plano, é de extrema
importância o estabelecimento de um mecanismo regional com estas atribuições. Esta é
uma ação estruturadora, condição para a correta implantação e continuidade das outras
ações do Plano. Esta mecanismo poderá sistematizar dados dos serviços públicos e
privados de resíduos sólidos apoiando o monitoramento, a fiscalização e a avaliação da
eficiência da gestão e gerenciamento, inclusive dos sistemas de logística reversa,
fornecendo informações ao Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos
Sólidos – SINIR. Este mecanismo pode se envolver em questões tais como:

• A elaboração da agenda de implementação e acompanhamento do cumprimento dos


objetivos definidos no PRSB;

• A observância dos dispositivos legais aplicáveis à gestão dos resíduos sólidos;

• A identificação dos pontos fortes e fracos do plano elaborado e das oportunidades e


entraves à sua implementação;

• A efetividade da implementação do Plano por meio da aferição das metas


estabelecidas;

• A implementação de indicadores de desempenho operacional, ambiental e do grau


de satisfação dos usuários dos serviços públicos;

• Os meios para controle, monitoramento e fiscalização das atividades que garantirão


a qualidade da gestão.

• Proposição de adequações e demais ajustes necessários.

• Disciplinar as atividades de geradores, transportadores e receptores de resíduos,


exigindo os Planos de Gerenciamento quando cabível;

7
• Modernizar os instrumentos de controle e fiscalização, agregando tecnologia da
informação (rastreamento eletrônico de veículos, fiscalização por análise de imagens
aéreas);

• Formalizar a presença dos catadores organizados no processo de coleta de


resíduos, promovendo sua inclusão, a remuneração do seu trabalho público e a sua
capacitação;

• Tornar obrigatória a adesão aos compromissos da A3P (Agenda Ambiental na


Administração Pública), incluído o processo de compras sustentáveis, para todos os
órgãos da administração pública local;

• Valorizar a educação ambiental como ação prioritária;

• Incentivar a implantação de econegócios por meio de cooperativas, indústrias ou


atividades processadoras de resíduos.

As exigências da nova legislação impõem um salto de qualidade na capacidade gerencial


municipal e/ou regional sem o qual dificilmente serão atingidos os objetivos determinados. O
Plano de Gestão precisa definir as diretrizes, estratégias, metas e ações para a construção
de uma capacidade efetiva de gestão e esta efetividade será atingida de forma mais rápida
e estável com a adesão à prestação regionalizada dos serviços públicos por meio de
consórcio público. Uma equipe estabilizada e tecnicamente capacitada, na dimensão
requerida pelas peculiaridades locais é condição imprescindível para o sucesso das missões
colocadas para o ente da administração pública responsável pelos resíduos: prestar o
serviço público em sua plenitude e exercer a função pública sobre os processos privados,
com a extensão prevista na lei.

A equipe gerencial para um consórcio público, apesar de aparentemente ser numerosa,


provavelmente significará uma taxa de funcionários por município menor do que a
observada no diagnóstico. E tem a vantagem de, na gestão associada, não haver uma
repetição de equipes insuficientes, mas sim a agregação de competências diversas. Os
municípios, mesmo os de menor porte, podem dividir o esforço para a construção da
instituição que assuma a gestão em uma escala mais adequada. Algumas novas funções
precisam ser previstas:

• A ouvidoria, enquanto uma central de diálogo entre o Poder Público e a população; é


o setor que permite identificar as demandas da população e as possíveis falhas nos
procedimentos dos serviços públicos;

• A instância que responda pela capacitação técnica permanente dos trabalhadores,


aprofundando os temas que integram a rotina de trabalho;

• A instância que assuma a comunicação, além das imprescindíveis tarefas de


educação ambiental e mobilização, inclusive em prol da inclusão social dos
catadores.

A estrutura apontada não inclui instâncias responsáveis por trabalho operacional, mas pode
ser prescindível a presença da Câmara de Regulação e seus funcionários se as tarefas de
regulação exigidas pela Lei 11.445/2007 forem exercidas por um ente externo ao Consórcio
Público. No caso da definição de uma estrutura adequada à gestão isolada, por um único

8
município, a estrutura é basicamente a mesma que a sugerida, ajustando-a a esta situação
peculiar.

Para o cálculo dos custos de implantação desta ação, considerou-se o investimento na


estruturação de um escritório de trabalho, com os móveis e equipamentos necessários para
execução do serviço além da aquisição de veículos. Para os custos de operação, foram
considerados os funcionários fixos, aluguel de sala, gastos com material de escritório e com
serviços como telefonia, e fornecimento de energia elétrica, entre outros.

3. SERVIÇOS DE LIMPEZA, COLETAS E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


A seguir serão apresentadas as ações relacionadas ao programa de serviços de limpeza,
coleta e tratamento de resíduos sólidos, que contempla ações sobre serviços de limpeza
urbana, estudos de viabilidade, entre outros.

Ação 7D: Realizar estudo de viabilidade para a implantação da coleta conteinerizada


intermunicipal
A coleta conteinerizada mecanizada envolve o uso de contêineres de coleta especializados
e caminhões de coleta com elevadores hidráulicos para içamento e descarga desses
contêineres. Para ser mais eficiente, a coleta conteinerizada deve dispor de contêineres
específicos para separação dos resíduos secos recicláveis, orgânicos e rejeitos.

Na Região Metropolitana, em Porto Alegre (RS), a coleta regular conteinerizada foi


implantada em 2011, através de um projeto piloto, atingindo 10 % da população do
município, em zona central e bairros próximos (zona de maior geração de resíduos per
capita do município). A coleta mecanizada é realizada por meio de contêineres para aporte
de resíduos orgânicos, distribuídos regularmente com no máximo 100 m distantes um do
outro, disponíveis 24 horas, todos os dias da semana, como mostra a Figura 1.

Figura 03 - Coleta conteinerizada em Porto Alegre


Fonte: PMPA, 2013.

Segundo as informações do Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre –


DMLU, o custo por tonelada coletada pela coleta regular é de R$ 75/tonelada coletada,
9
enquanto o custo de coleta mecanizada é R$ 158 / tonelada coletada. Existem ainda
modelos onde a coleta indiferenciada e a seletiva são realizadas ao mesmo tempo, através
de contêineres específicos coletados mecanicamente, como ocorre no município de Canoas
(RS), que também possui coleta conteinerizada. Em Canoas o projeto foi implantado em
janeiro de 2013 na zona central e no bairro Jardim do Lago. Na primeira fase serão
distribuídos 430 contêineres sendo destes 215 para resíduos recicláveis e 215 para resíduos
orgânicos. Os dois contêineres serão identificados por cores. Cor laranja para resíduos
recicláveis e cor verde para resíduos orgânicos. Os usuários terão que se deslocar no
máximo 50 metros para chegar aos contêineres, que estarão disponíveis 24 horas, todos os
dias da semana, como mostra a Figura 1.

Figura 1 - Coleta conteinerizada em Canoas


Fonte: SECOM da Prefeitura Municipal de Canoas, 2013.

O Município de Caxias do Sul (RS) opera um sistema semelhante ao de Canoas,


conforme ilustrado na Figura 2 e Figura 3.

Figura 2 - Coleta seletiva de contêineres no Município de Caxias do Sul, RS.


Fonte: CODECA, 2012.

10
Figura 3 - Contêineres da coleta mecanizada: resíduos recicláveis (amarelo) e
resíduos comuns (verde), no Município de Caxias do Sul, RS.
Engebio, 2012.

Para o cálculo do custo de investimento para o estudo de viabilidade da coleta diferenciada


de orgânicos, secos e rejeitos foram consideradas as horas dos profissionais envolvidos no
desenvolvimento do estudo e com material de escritório e com serviços como telefonia.

Ação 10A: Adequar unidades regionais de triagem e compostagem de resíduos


verdes e orgânicos
O PLANARES estabelece “Diretrizes e estratégias estabelecidas relativas à redução de
resíduos sólidos urbanos úmidos dispostos em aterros sanitários e tratamento e
recuperação de gases em aterros sanitários. Tendo como Diretriz principal “Induzir a
compostagem, o aproveitamento energético do biogás gerado ou em biodigestores ou em
aterros sanitários, e o desenvolvimento de outras tecnologias visando à geração de energia
a partir da parcela úmida de RSU coletados, com a elaboração de estudos prévios de
avaliação técnico-econômica e ambiental, observada primeiramente a ordem de prioridade”.

A compostagem consiste em um processo natural de decomposição de materiais orgânicos


de origem animal e vegetal, através da ação de microrganismos. Para que o processo
ocorra não é necessária a adição de qualquer componente físico ou químico à massa dos
resíduos. (IBAM, 2001). O produto final da compostagem é um composto que pode ser
utilizado como condicionador de solo, sem ocasionar riscos para o meio ambiente. As
técnicas de compostagem admitem alternativas que podem variar de sistemas simples e
manuais até sistemas complexos, informatizados, onde os parâmetros do processo são
monitorados e controlados com precisão. Independente da técnica utilizada, é essencial,
para se obter um composto de qualidade, que os resíduos orgânicos sejam adequadamente
segregados (isentos de contaminantes como, por exemplo: vidro, metais pesados, pilhas e
baterias) e o processo biológico ocorra em boas condições. O tratamento biológico dos
resíduos orgânicos pode ocorrer em condições aeróbias (com presença de oxigênio) ou

11
anaeróbias (em ausência de oxigênio), gerando composto orgânico que pode ser
empregado como fertilizante do solo com fins agrícolas ou paisagísticos. No caso do
tratamento anaeróbio ocorre ainda a geração de biogás que pode ser recuperado e
empregado na geração de energia. O uso de tecnologias de compostagem é amplamente
difundido entre os países mais desenvolvidos. Nos países que compõem a União Europeia,
os índices de tratamento biológico são variáveis. Na média, 15% dos resíduos são tratados
por meio da compostagem (aeróbia ou anaeróbia) (Eurostat, 2013). De maneira geral, os
países com sistemas de tratamento mais avançados tendem a desenvolver mais o processo
de compostagem.

A compostagem ainda é uma tecnologia pouco utilizada no Brasil, mas dentre as unidades
em operação, a maioria utiliza o sistema de leiras a céu aberto com reviramento manual ou
mecânico. As usinas de compostagem têm como maiores dificuldades: a origem dos
resíduos processados (orgânicos contaminados), a falta de controle e monitoramento
adequados da tecnologia e, por consequência, a geração de composto orgânico que não
atende a padrões estabelecidos em legislação vigente impossibilitando a obtenção de
registro para comercialização. Importante observar que para a produção, venda, cessão,
empréstimo ou permuta do composto produzido em unidades de tratamento de resíduos
orgânicos, deve-se atender ao disposto no Decreto nº. 4.954/2004, que regulamenta a Lei
nº. 6.894/1980, que dispõe sobre a inspeção e fiscalização da produção e do comércio de
fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes destinados à agricultura e, mais
recentemente, à Instrução Normativa nº. 25, de 23 de julho de 2009, do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que aprova as normas sobre as especificações e as
garantias, as tolerâncias, o registro, a embalagem e a rotulagem dos fertilizantes orgânicos
simples, mistos, compostos, organominerais e biofertilizantes destinados à agricultura.

Essa Instrução Normativa estabelece que devem ser avaliados, especificados e garantidos
pelo produtor os parâmetros de natureza física, como por exemplo, granulometria para
produtos sólidos, concentração de macronutrientes primários com solubilidade dos
nutrientes indicadas como percentagem mássica, macronutrientes secundários e
micronutrientes, se for o caso. Para os produtos com macronutrientes primários e
micronutrientes, são ainda estabelecidas as garantias mínimas de concentrações.

A tecnologia de compostagem aeróbia acelerada em câmaras fechadas permite o controle e


monitoramento da fermentação, estabilização da mistura, eliminação de agentes
patogênicos, controle da qualidade e rastreabilidade do composto produzido. A tecnologia
funciona em módulos, e o número de módulos é proposto em função da quantidade de
resíduo a ser tratada. Cada módulo é composto por uma câmara, onde uma corrente de ar é
injetada pela base na massa de resíduos. Usualmente a capacidade média de tratamento de
um módulo é de até 20.000 toneladas de resíduos por ano. É uma instalação industrial que
permite a gestão otimizada dos fluxos de resíduos, caracterizada por áreas limpas e sujas
claramente identificadas, redução de possíveis contaminações, assim como manutenção de
um alto nível de controle na composição e higienização no composto final. As câmaras de
cada módulo podem ter cerca de 30 metros de comprimento, com 6 de largura e 6 de altura.
As dimensões das maturações no interior dos túneis são normalmente de um comprimento
médio de 25 metros, largura de 5,5 metros e altura de 4,0 metros. Neste sistema, mais
complexo, os resíduos são colocados dentro de áreas cobertas, em baias separadas ou em
túneis fechados com tubulações na base, conectadas ao sistema de aeração. A aeração
necessária é fornecida por um soprador, onde ocorre a injeção de ar sob pressão ou por
sucção. Nesta etapa de fermentação ocorrem as reações de oxidação da matéria orgânica.
Na Figura 4 é representada uma unidade de compostagem com aeração forçada.

12
Figura 4 - Compostagem em túnel com aeração forçada
Fonte: EPEM S.A.

Este processo requer a instalação de um sistema de controle da concentração em oxigênio.


A aeração e o sistema de controle devem ser dimensionados para satisfazer às demandas
de oxigênio do processo de biodegradação aeróbia, remover o excesso de umidade e de
calor para manter a temperatura em torno de 60°C. A temperatura é um fator importante no
controle do processo, devendo ser monitorada periodicamente, porque, como ela se eleva
com o andamento da compostagem, a necessidade de aeração para manter a temperatura
em um valor desejado é muito superior do que aquela para satisfazer a demanda de
oxigenação do processo de biodegradação. Após a fermentação, os resíduos são colocados
em leiras cobertas ou não, para a fase de maturação, na qual o composto se estabiliza.
Nesta fase, a aeração se torna desnecessária.

O modelo de triagem e compostagem regional foi definido a partir das seguintes premissas:

• Atendimento regional dos municípios;


• Triagem de orgânicos e recicláveis;
• Porte mínimo com capacidade de tratamento de uma quantidade de resíduos
equivalente a geração de aproximadamente 50.000 habitantes.
O uso de esteiras mecânicas para triagem de resíduos orgânicos foi adotado por permitir
que se estabeleça um fluxo contínuo de resíduos, contribuindo com a organização e limpeza
do local e especialmente evitando o acumulo excessivo de resíduos em torno dos
funcionários/cooperativados da triagem. Normalmente as unidades de triagens mecanizadas
são implantadas dentro de um galpão com infraestrutura e cobertura adequada, onde estão
localizadas as esteiras de separação mecanizadas, movidas por motores elétricos a
velocidades programadas.

13
Os sistemas de triagem existentes no Brasil são geralmente aplicados a triagem de
recicláveis secos somente, onde após o descarregamento dos resíduos no pátio de
descarga, os resíduos sólidos são encaminhados por meio de uma carregadeira sobre rodas
ou uma retro escavadeira para uma moega que alimenta as esteiras de separação. Após os
resíduos serem descarregados nas esteiras de separação e movimentados mecanicamente
com velocidade controlada, cada funcionário/cooperativado deve realizar a separação
manual dos resíduos recicláveis secos e orgânicos, colocando-os dentro de um recipiente
(bags ou tonéis), que quando cheio, será enviado para a unidade de triagem de recicláveis,
no caso de materiais recicláveis, ou para o tratamento via compostagem acelerada, no caso
de resíduos orgânicos. Os rejeitos, que sobram no fim da esteira, devem ser encaminhados
para a destinação final adequada. Neste tipo de unidade é necessário o uso de
empilhadeiras manuais ou mecanizadas, balança plataforma para controle de pesagem, um
bom controle de entrada e saída de materiais reciclados e um controle financeiro, tornando
esta unidade bem gerenciada e eficaz. A limpeza das unidades de triagem é primordial, pois
os resíduos úmidos tendem a se acumular na esteira e próximo a ela, e iniciar rapidamente
o processo de decomposição. Para eliminar este risco, deve-se realizar limpeza do galpão
diariamente.

Para o PRSB foram concebidas unidades de triagem e compostagem com uma capacidade
de tratamento suficiente para atender grandes demandas, como a de um município de
grande porte, ou um grupo de municípios de menor porte. Cada galpão deve ser equipado
com:

• Esteiras rolantes de comprimento variável, conforme capacidade de cada unidade;


• Sistemas de exaustão localizada;
• Balança;
• Carrinhos de transporte;
• Empilhadeira simples;
• Contêineres e bags para armazenamento dos resíduos.
Para o atendimento das metas progressivas deste Plano, propões a instalação de 11
unidades regionais de triagem e compostagem de resíduos verdes e orgânicos, conforme a

Quadro 1, a seguir.

14
Quadro 1 - Capacidade de tratamento de orgânicos instalada conforme os prazos do Plano
2015 2019 2023 2027 2031 2035
Outros municípios Capacid. Capacid. Capacid. Capacid. Capacid. Capacid.
Sede
participantes instalada instalada instalada instalada instalada instalada
(t/dia) (t/dia) (t/dia) (t/dia) (t/dia) (t/dia)
128
Canoas - 176 (Ampli.) 224 (Ampli.) 256 (Ampli.) 256 256
(Implant.)
Esteio, Nova Santa Rita e
Sapucaia do Sul 144 144 183 (Ampli.) 183 183 183
Cachoeirinha (até 2019)
(Implant.)
Cachoeirinha - 80 (Implant.) 80 103 (Ampli.) 103 103
128
Novo Hamburgo - 128 176 (Ampli.) 176 176 176
(Implant.)
Portão e Estância Velha 183
São Leopoldo 128 128 160 (Ampli.) 160 183
(até 2019) (Ampli.)
(Implant.)
Estância Velha - 64 (Implant.) 64 64 64 64
Sapiranga, Dois Irmãos,
Campo Bom 77 (Implant.) 115 (Ampli.) 154 (Ampli.) 154 154 154
Nova Hartz e Araricá
48
Rolante Taquara e Riozinho 48 64 (Ampli.) 64 64 64
(Implant.)
Parobé, Três Coroas e
Igrejinha 64 (Implant.) 64 103 (Ampli.) 103 103 103
São Francisco de Paula
Gramado Canela 38 (Implant.) 77 (Ampli.) 77 96 (Ampli.) 96 96
Santo Antônio da
Glorinha e Caraá 38 (Implant.) 38 38 38 38 38
Patrulha
Fonte: Concremat, 2014.

15
Destaca-se que o Município de Cachoeirinha deve destinar para a usina de Sapucaia do Sul
até a implantação de sua própria unidade. Já o Município de São Leopoldo deve destinar
para a usina de Estância Velha até a implantação de sua própria unidade. Das 11 unidades
previstas, 9 tem implantação prevista até 2015, e 2 tem implantação prevista até 2019.

A área total necessária para a edificação de cada unidade foi definida a partir da capacidade
diária de tratamento, e é apresentada no Quadro 2, juntamente com o número de
funcionários/cooperativados estimado para cada unidades no horizonte do plano.

Quadro 2 - Estimativa de áreas necessárias e número de funcionários/cooperativados


para as unidades de tratamento de orgânicos no final do plano.
Capacidade Área Número total de
Sede final estimada operacional final funcio./coop.
(t/dia) estimada (m²) estimado
Cachoeirinha 103 16.000 115
Campo Bom 154 24.000 170
Canoas 256 40.000 285
Estância Velha 64 10.000 70
Gramado 96 15.000 110
Igrejinha 103 16.000 115
Novo Hamburgo 176 27.000 195
Rolante 64 10.000 70
São Leopoldo 183 28.000 200
Sapucaia do Sul 183 28.000 200
Santo Antônio da Patrulha 38 6.000 45
Fonte: Concremat, 2014.

Os custos de investimento consideram a compra de equipamentos, materiais e móveis para


escritório, além de móveis e equipamentos para instalação de uma cozinha. Os custos com
operação consideram a contratação de serviços telefonia e energia elétrica, uniformes,
pagamento de pessoal (portaria, administrativo, vigilância), além de custo com manutenção
de equipamentos. Os valores apresentados não incluem os custos com aquisição e
preparação de terreno. A quantidade de composto produzida depende da composição dos
resíduos processados e da sua umidade. Para cálculo do rendimento do processo
considerou-se que a quantidade de composto produzida corresponde a 50% da quantidade
de resíduos processada.

4. DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE REJEITOS


A seguir serão apresentadas as ações relacionadas ao programa de disposição final
ambientalmente adequada de rejeitos, que contempla ações sobre transporte, transbordo,
aterros sanitários, encerramento de aterros de pequeno porte, entre outros.

Ação 11A: Implantar estações de transbordo


As estações de transbordo consistem em uma área de transferência em desnível coberta,
área de manobras e áreas comuns como refeitórios e sanitários. A plataforma de

16
transferência conta com paredes laterais em alvenaria, cobertura, piso impermeável
inclinado e sistema de drenagem de líquidos percolados. A área de manobras deve ser
pavimentada com sistema de drenagem de águas pluviais. Toda a área deve ser cercada
para evitar o acesso de pessoas estranhas aos resíduos temporariamente armazenados. Na
estação de transbordo, os resíduos são transferidos entre o veículo de coleta, cujas
características são adaptadas à circulação dentro da cidade e à coleta de resíduos, e o
veículo de transporte, o qual poderá percorrer distancias maiores e mais rapidamente, para
levar os resíduos até o local de destinação final dos resíduos.

Existem duas alternativas comumente adotadas no Brasil para o transbordo de resíduos: (1)
os resíduos são simplesmente descarregados do veículo coletor na carreta do veículo de
transporte; (2) o descarregamento é realizado na plataforma de descarga, o que permite a
inspeção dos resíduos e posteriormente carregados na carreta. Este caso exige maior
capacidade de instalações. Na Figura 5 são ilustradas as duas alternativas de transbordo.

Figura 5 - Alternativas de carregamento de resíduos em transbordo.


Fonte: EPA, 2002.

A seleção dos modelos de estações de transbordo adotados nos planos de ações do PRSB
considerou a simplicidade e eficácia das unidades de transferência direta, sempre que a
quantidade de resíduos a ser transferida apresente compatibilidade com a capacidade dos
veículos de transporte.

Atualmente no Brasil, em função do desenvolvimento de aterros de grande porte que


recebem resíduos de diversos municípios localizados a distancias que exigem o transbordo,
ocorreu a implantação de uma quantidade significativa destas unidades, porém, sem que os
estados e municípios tenham estabelecido um processo de licenciamento e fiscalização
adequado. Este processo, da forma que tem ocorrido, tem gerado problemas secundários
como, por exemplo:

• Localização em áreas inadequadas;


• Falta de vigilância e por consequência, vulneráveis a coleta informal pela população;
• Instalações inadequadas quanto à higiene e segurança;
• Falta de licenciamento ambiental
• Transbordos realizados em terreno aberto, sem cobertura, entre outros.
Portanto, a atuação de agentes de fiscalização e controle dessas obras é essencial para o
desenvolvimento adequado da ação proposta. As capacidades que atendem as demandas
da região foram definidas a partir da geração dos diversos tipos de resíduos e das metas do
Plano. O Quadro 3, a seguir, apresenta as capacidades e os modelos relacionados.
17
Quadro 3 - Modelos e capacidades das unidades de transbordo.

Modelo Capacidade
A 07 a 12 t/dia
B 20 a 30 t/dia
C 30 a 50 t/dia
D 50 a 70 t/dia
E 150 a 200 t/dia
Fonte: Concremat, 2014.

Para atingir as metas do presente Plano, são propostas 7 unidades de transbordo de


resíduos, conforme Quadro 4. Em alguns casos a gestão e operação da unidade de
transbordo serão intermunicipais. É o caso das unidades a serem instaladas em Gramado
(recebendo os resíduos de Canela), Rolante (recebendo os resíduos de Riozinho) e Santo
Antônio da Patrulha (recebendo os resíduos de Glorinha e Caraá).

Quadro 4 - Resumo da ação 11A


Outros Área
População
Município municípios Modelo operacional
atendida
participantes estimada (m2)
Cachoeirinha - 118.278 D 2.000
Campo Bom - 60.074 C 1.100
Canoas - 323.827 E 3.000
Gramado Canela 71.502 D 2.000
Rolante Riozinho 23.815 A 750
Santo Antônio da Glorinha e
53.888 B 900
Patrulha Caraá
São Francisco de
- 20.537 A 750
Paula
Fonte: Concremat, 2014.

Nos modelos de A, B, C e D os RSU serão transbordados para caçambas estacionária do


tipo roll-on roll-off com capacidade de armazenamento de 30 m³ cada. Já no modelo E os
resíduos serão continuamente descarregados, a partir dos veículos de coleta, no piso da
área de armazenamento localizada no nível superior da plataforma. A transferência dos
RSU será executada com uma máquina carregadeira para o veículo que transportará os
resíduos para a destinação final.

A rotina de transporte dos resíduos deverá ser estabelecida em função do volume de rejeito
recebidos na estação, do tempo de deslocamento e retorno do veículo até a destinação final
e do número de estações de transbordo atendidas pelo mesmo veículo de transporte. A
seguir, na Figura 6 é apresentado o leiaute típico dos modelos.

18
Figura 6 - Estação de Transbordo típica
Fonte: Concremat, 2013

A implantação das unidades regionais de transbordo de resíduos depende diretamente da


implantação de aterros regionais, portanto, sua implantação é prevista apenas para 2019,
ano a partir do qual terá um custo de operação fixo. Os custos de investimento levam em
consideração a instalação da infraestrutura necessária, como a base em concreto, as
rampas, cobertura e drenagem. Os custos de operação levam em conta serviços de energia
e telefonia e também a remuneração dos funcionários/cooperativados necessários para a
operação. Os valores apresentados não incluem os custos com aquisição e preparação de
terreno.

Ação 11B: Implantar transporte de resíduos do transbordo a destinação final


Os caminhões utilizados na coleta regular dos resíduos não são veículos adequados para o
transporte a longas distancias. Desta forma, quando a distância entre centro de coleta e as
instalações de destinação final (tratamento ou disposição final em aterro) for superior a 25
km normalmente adota-se a operação de unidades de transbordo, que operam o transporte
do transbordo até a destinação final através de caminhões com caçambas maiores (até
45m3), o que acarreta na redução dos custos de transporte dos resíduos até a destinação
final, permitindo também aumentar o tempo disponível para a coleta e o transporte dos
resíduos. Esta ação tem como objetivo complementar a ação 11A.

Para o calculo dos custos de investimento e operação foram considerados a aquisição dos
caminhões de transporte, das caçambas roll-on roll-off, e o fornecimento de uniformes para
os trabalhadores. Já o cálculo de operação levou em consideração os custos de
manutenção e depreciação da frota, o fornecimento de uniformes, combustível para os
veículos, e a remuneração e treinamento dos trabalhadores responsáveis pela operação.

19
Ação 13A: Elaborar projeto, EIA/RIMA e licenciamento para ampliações e de
implantação de aterros sanitários regionais
Para a obtenção do licenciamento são necessários alguns procedimentos, como por
exemplo, a obtenção de licença prévia, elaboração do EIA/RIMA, audiências públicas,
elaboração do projeto executivo, licença de operação, entre outros. O EIA/RIMA é um dos
instrumentos da política Nacional do Meio Ambiente e foi instituído pelo CONAMA.
Atividades utilizadoras de Recursos Ambientais consideradas de significativo potencial de
degradação ou poluição dependerão do Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e
respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para seu licenciamento ambiental. Neste
caso o licenciamento ambiental apresenta uma série de procedimentos específicos,
inclusive realização de audiência pública, e envolve diversos segmentos da população
interessada ou afetada pelo empreendimento. O projeto executivo deve ser elaborado com o
objetivo de maximizar o período de atividade do aterro, que deve ser de, pelo menos, 20
anos. Ele deve atender integralmente as normas da ABNT e a legislação ambiental em
vigor.

Para atendimento da demanda de todos os municípios do Consórcio Pró-Sinos foram


propostos dois aterros sanitários, um no Município de Taquara e outro no Município de
Portão. Um aterro sanitário privado deverá ser mantido no município de São Leopoldo, visto
que seu período de atividade abrange o horizonte do plano. A estimativa dos custos
considerou investimento nos projetos, EIA/RIMA e licenciamentos dos aterros previstos.

Ação 13B: Implantar novos aterros regionais


O Aterro Sanitário é o único local ambiental e legalmente adequado para disposição final de
rejeitos provenientes dos resíduos sólidos urbanos. Para a seleção de um local e
implantação de um aterro há que se levar em consideração fatores como: os parâmetros
técnicos das normas e diretrizes federais, estaduais e municipais, os aspectos legais das
três instâncias governamentais, planos diretores dos municípios envolvidos, polos de
desenvolvimento locais e regionais, distâncias de transporte dos centros de geração, vias de
acesso, áreas de proteção ambiental e os aspectos político-sociais. O projeto executivo do
aterro sanitário deve ser desenvolvido tendo como objetivo maximizar a vida útil da área
disponível, assegurando um período mínimo de atividade de 20 (vinte) anos. Segundo a
norma brasileira NBR 15.256:2010, os aterros sanitários consistem em uma instalação para
a disposição de resíduos sólidos no solo, localizada, concebida, implantada e monitorada
segundo princípios de engenharia e prescrições normalizadas de modo a maximizar a
quantidade de resíduos disposta e minimizar impactos ao meio ambiente e à saúde pública.
O Aterro Sanitário pode também ser entendido como um tipo de tratamento de resíduos,
visto que nele ocorre um conjunto de processos físicos, químicos e microbiológicos, sob a
forma de um reator anaeróbio, que tem como resultado uma massa de resíduos mais
estáveis química e biologicamente (BNDES, 2012).

Cada unidade, independente do porte, deve contar com células para recebimento do
resíduo, com impermeabilização de fundo e superior, sistema de coleta e tratamento de
lixiviados, sistema de coleta e queima ou beneficiamento do biogás, sistema de drenagem e
afastamento das águas pluviais, sistemas de monitoramento ambiental, topográfico e
geotécnico e pátio de estocagem de materiais. É necessário também um cercamento e
cortinamento vegetal, além de estruturas de apoio como estradas de acesso e de serviço,
balança rodoviária, guarita, prédio administrativo, oficina e borracharia. A concepção de
cada um desses elementos depende do tipo de aterro, das características dos resíduos, do
terreno, etc., que tem a função de garantir a segurança do aterro, o controle de efluentes
líquidos, emissões gasosas e a qualidade de vida e saúde da população. A tecnologia de
20
aterros sanitário no Brasil é dominada e amplamente empregada. A título de ilustração, na
Figura 7 é ilustrado o esquema de um aterro sanitário.

Figura 7 - Esquema de um aterro sanitário


Fonte: Concremat, 2012.

No aterro sanitário, o tratamento de lixiviados deve ser feito e as técnicas normalmente


empregadas incluem: lagoa de estabilização, processos físico-químicos, recirculação e
tratamento em estações de tratamento de esgoto, junto com esgotos sanitários. O biogás
produzido nos aterros sanitários deve ser drenado para o exterior de forma a evitar
formação de bolsões internos, acarretando riscos de explosão ou incêndios.

A implantação de novos aterros sanitários ou ampliações de aterros existentes considerou


uma capacidade instalada mínima para disposição de rejeitos gerados por uma população
equivalente mínima de 100.000 habitantes, implantando-se estações de transbordo para
distancias de transporte superior a 25 km. Dessa forma será necessário o encerramento e
remediação das áreas de aterros controlados e lixões, bem como o encerramento de aterros
de pequeno porte, a adequação e a ampliação de alguns aterros sanitários existentes e a
instalação de novas unidades a fim de atender toda a população dos municípios
participantes do Consórcio Pró-Sinos de forma regionalizada. Para os lixões e aterros
controlados existentes foi previsto o encerramento de suas atividades em 2014, e estimados
recursos apenas para sua interdição e o seu isolamento (cercamento e vigilância). Para os
aterros de pequeno porte foi previsto a sua desativação e encerramento em prazos
estabelecidos para cada região em função da entrada de operação de aterros de grande
porte regionalizados.

21
A estimativa de custos de implantação e operação dos aterros foi realizada a partir de
índices (valores unitários) definidos a partir de dados apresentados estudo realizado pela
Fundação Getúlio Vargas – FGV (2010), contemplando:

• Implantação: investimento para instalação ou ampliação de um aterro sanitário com


vida útil prevista de 20 anos, considerando-se:

o Infraestrutura geral (Projetos, mobilização, canteiro, topografia, cercamento e


instalações elétricas),
o Células de disposição (terraplanagem, drenagem, impermeabilização de
base),
o Sistema de coletas e tratamento de percolados,
o Instalações de apoio (portaria, guarita, laboratório, administração).
• Operação: custo anual médio de operação (materias, equipamentos e pessoal)
encerramento e pós-encerramento, considerando-se:

o Disposição de resíduos (Preparo, espalhamento, compactação, cobertura),


o Sistema de drenagem e tratamento de lixiviados e percolados e gases
(drenos, flare, etc.),
o Monitoramento ambiental,
o Equipe de operação e administração.
O Quadro 5 apresenta um resumo da ação.

Quadro 5 - Resumo da ação 13B

Município de Municípios População Capacidade média


implantação atendidos atendida (hab.) anual (t/dia)

Taquara 16 489.664 270

Portão 9 1.016.717 580

Fonte: Concremat,2014.

Os custos de implantação e operação de aterros sanitários foram calculados multiplicando-


se os valores unitários pela capacidade projetada para o aterro sanitário, sendo que a
capacidade projetada corresponde à quantidade média diária de rejeitos a ser disposta no
aterro e, portanto deve ser expressa em t/dia. Importante destacar que o Plano não prevê a
micro localização dos aterros. As definições deste Plano são definições orientativas e que
deverão se avaliadas, consolidadas ou revisadas quando da consolidação das ações e da
elaboração do plano individual para cada região.

Ação 13D: Realizar estudo de viabilidade para implantação de unidade de tratamento


térmico de rejeitos

Como alternativa para a disposição final dos rejeitos de maneira a reduzir o volume
destinado a aterros sanitário a alternativa de uma unidade de tratamento de rejeitos através
de sua queima com a geração de energia pode ser avaliada, sempre seguindo as
prioridades estabelecidas na PNRS, Art. 9º de não geração, redução, reutilização,

22
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada
dos rejeitos.

A incineração é um processo de combustão controlada, que tem como princípio básico a


reação do oxigênio com os componentes combustíveis presentes no resíduo (como
carbono, hidrogênio e enxofre), em temperatura superior a 800 °C, convertendo sua energia
química em calor. São gerados como produtos da combustão, além de vapor d’água, CO2 e
SOx, HCl, HF, CO, NOx, material particulado, metais e substâncias orgânicas (como
dioxinas). Também são gerados rejeitos (cinzas volantes e escórias) de materiais
inorgânicos nos RSU que não participam das reações de combustão. A incineração, como
outros tipos de combustão, é fonte de emissão de gases de efeito estufa, sendo o mais
relevante o CO2 (FEAM, 2012). Na Figura 8 é representado o esquema básico de uma
unidade de tratamento térmico.

Figura 8 - Processo de incineração de RSU.


Fonte: Secretaria de energia <www.energia.sp.gov.br>

Normalmente, os rejeitos são previamente misturados para facilitar a queima. Antigamente,


as unidades de incineração eram projetadas com o único objetivo de processar os rejeitos e
reduzir os volumes, mas hoje elas são projetadas também para recuperar a energia na
forma de vapor, água quente ou eletricidade, sendo comum na Europa sua utilização em
sistemas de aquecimento distrital. Os gases da combustão são enviados para os sistemas
de tratamento de gases para remoção dos gases ácidos, material particulado, dioxinas,
furanos e eventuais metais pesados. Os resíduos do processo são compostos da fração
inorgânica, a cinza de fundo. A forma mais simples e mais comum é a queima em grelha.

As cinzas e escórias devem ser tratadas ou, se comprovada sua inertização, dispostas em
aterro sanitário licenciado. Os efluentes são neutralizados e enviados para uma estação de
tratamento. Para remoção de partículas em suspensão nos gases, as técnicas mais
eficientes são precipitadores eletrostáticos e filtros de manga que removem entre 99% e
99,9% dos sólidos em suspensão.

De forma geral, as vantagens da incineração são:

• Redução dos volumes de rejeitos encaminhados a aterros;

23
• Possibilidade de geração de energia a partir de rejeitos (Waste-To-Energy) com
potencial superior a aterros;
• Redução da emissão de metano;
• Destruição completa da maioria dos rejeitos orgânicos perigosos;
• Destruição da maior parte da matéria orgânica (99,9%);
• Pouca área requerida para a instalação;
• Redução na emissão de odores e ruídos.
Porém o processo apresenta diversas desvantagens:

• Produção de gases poluentes;


• Custos de instalação, operação e manutenção elevados;
• Rendimento energético não suficiente para compensar os investimentos iniciais;
• Inviabilização da tecnologia no caso de pequenos municípios por causa dos custos
elevados;
• Necessidade de mão de obra qualificada e especializada para todo o sistema de
operação de forma a garantir a qualidade da operação da planta e atender aos
padrões de emissões de poluentes;
• Inviabilidade de produção em caso de rejeitos com umidade excessiva, baixo poder
calorífico ou clorados;
• Possibilidade de concentração de metais pesados nas cinzas;
• Má aceitação pela sociedade por causa dos riscos à saúde devido às emissões de
dioxinas, em relação a outras tecnologias.
Para o estudo de viabilidade para implantação de uma unidade de tratamento de rejeitos
através de sua queima com a geração de energia foram consideradas as horas dos
profissionais envolvidos no desenvolvimento do estudo.

Ação 14B: Implantar a recuperação de gases de aterro de maneira a atingir as metas


A metodologia a ser implantada para a recuperação e possível aproveitamento do biogás de
aterro variam conforme as características específicas do aterro, como a composição do
material disposto, a forma de disposição, o tipo de isolamento utilizado, entre outros.
Portanto, a implantação e recuperação de gases de aterro, de maneira a atingir as metas do
presente Plano, é necessário realizar um estudo específico, que deve analisar todas as
variáveis que indicarão se é possível ou não a implantação desta ação em um aterro
específico. Portanto, o custo para implantação e operação somente poderá ser estimado
após este estudo de diagnóstico.

24
REFERÊNCIAS
ADEME. Agence de l’Environnement et de la Maìtrise de l’Energie. Guide de la déchetterie.
144 p. Angers, 1999.
BAIN & COMPANY. Estudo Econômico-Financeiro para destinação final de Resíduos
Sólidos Urbanos (RSU). 104 p. Belo Horizonte, Março 2012.
BNDES. PRODUTO 10: Relatório final de avaliação técnica, econômica e ambiental das
técnicas de tratamento e destinação final dos resíduos. Fevereiro 2013.
BNDES. PRODUTO 2: NÚCLEO SUL. Relatório preliminar do perfil institucional, quadro
legal e políticas públicas relacionados a resíduos sólidos urbanos na Região Sul do Brasil.
Dezembro 2011.
BNDES. PRODUTO 7: Relatório final sobre as principais rotas tecnológicas de destinação
de resíduos sólidos urbanos no Exterior e no Brasil. Outubro 2012.
BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Básico. Plano
Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB. 173 p. Brasília. Dezembro, 2013.
BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Básico. Elaboração do
Projeto Básico e Executivo Completo de Pontos Centrais de Entrega Voluntária – PEV
Central para Triagem e Transbordo de Resíduos da Construção e Resíduos Volumosos. 14
p.
BRASIL. Ministério do Meio-Ambiente. Plano Nacional de Resíduos Sólidos. 103 p. Brasília.
Agosto/2012.
BRASIL. Ministério do Meio-Ambiente. Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano.
Departamento de Ambiente Urbano.Planos de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de
Orientação. 156 p. Brasília. 2012.
BRASIL. Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI N° 11.445. Brasília. Janeiro 2007.
BRASIL. Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI N° 12.305. Brasília. Agosto 2010.
CEMPRE. Manual de Gerenciamento Integrado. 370 p. São Paulo. 2000.
CONCREMAT/ENGEBIO. Manual de orientações para planejamento estratégico em gestão
integrada de resíduos sólidos urbanos. Volume 1 – Conceitos e definições. 102 p. Junho
2010.
CONTEMAR AMBIENTAL. Vantagens da Mecanização. Disponível em:
http://www.contemar.com.br/coleta_mecanizada_lixo.php. Acesso em: abril de 2013.
CORREA Roberto S., CARNEIRO Paulo F. N., CARDOSO Renatta S. S., YOSHINO Gabriel
H. III-175 – Proposta de um projeto de coleta seletiva para a cidade universitária Prof. José
da Silveira Neto da Universidade Federal do Pará – UFPA. 25° Congresso Brasileiro de
Engenharia Sanitária e Ambiental. 2009.
DESSAU SOPRIN, SOLINOV. Ville de Montréal. Étude sur les modes, outils et choix
technologiques pour les collectes sélectives des matières résiduelles applicables au territoire
de l’Agglomération de Montréal.Fevereiro 2007.
ECP Sistemas Ambientais. Transbordo. Disponível em:
http://www.consultoriaambiental.com.br/artigos/transbordo.pdf. s.d.
ENGEBIO ENGENHARIA LTDA. Estado da arte do tratamento térmico de resíduos sólidos
urbanos com geração de energia elétrica.172 p. Porto Alegre, 2010.

25
EPA.WasteTransfer Stations: A Manual for Decision-Making.Disponível em:
http://www.epa.gov/osw/nonhaz/municipal/pubs/r02002.pdf. Junho 2002.
FEAM. Aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos: guia de orientações para
governos municipais de Minas Gerais. 163 p. Belo Horizonte, Maio 2012.
FONSECA, Alberto Magalhães. GONSAGA, Valéria Cristina. Metodologia para Auditoria de
Serviços de Limpeza Urbana, com Enfoque nos Custos de Coleta de Resíduos Sólidos
Urbanos. 21p. Belo Horizonte. 2006.
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS - FGV. Estudos Sobre os Aspectos Econômicos e
Financeiros da Implantação e Operação de Aterros Sanitários. 52 p.
IBAM. Cartilha de Limpeza Urbana. (http://www.ibam.org.br)
IBAM. Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. 193 p. Rio de Janeiro.
2001.
ISWA Working Group on Collection and Transportation Technology.Waste Transfer Stations
in Different Regions. Disponível em:
http://www.iswa.org/index.php?eID=tx_iswaknowledgebase_download&documentUid=1435.
2008.
OBLADEN Nicolau L., OBLADEN Neiva T.R., DE BARROS Kelly R. Guia para elaboração
de projetos de aterros sanitários para resíduos sólidos urbanos – Volume II. 64 p. 2009.

26
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

ANEXO III
Problema Causas Objetivo Metas Prazos Abrangência
Falta de planejamento na interface
Recebimento direto do Rio Gravataí de Santo Garantir aderência dos investimentos a Planejar de Maneira Integrada as
existente com os municípios vizinhos que
Antônio da Patrulha e descarga direto em longo prazo e viabilizar alternativas Ações em Recursos Hídricos, Médio Regional
compartilham as mesmas bacias de
Gravataí e Viamão. técnicas integradas. otimizando investimentos.
contribuição.

Implantação de obras de drenagem urbana Garantir aderência dos investimentos a Elaborar Planejamento em
Falta de planejamento, execução e
sem o devido planejamento em termos de longo prazo em relação ao plano de Drenagem Urbana vinculado ao
procedimentos para implementação e falta Curto Local
consideração da ocupação efetiva atual e ocupação futura previsto pelo Plano Diretor cenário futuro previsto pelo Plano
de Plano Diretor de Drenagem.
futura prevista pelo Plano Diretor Urbanístico. Urbanístico. Urbanístico.
Elaboração do Caderno de
Desatualização e falta de padronização dos Necessidades de solucionar problemas Encargos com normatização e
Padronizar os estudos e projetos referentes
estudos de planejamento para a Drenagem relacionados ao planejamento da padronização dos produtos Imediato Local
à gestão das águas pluviais.
Urbana. drenagem urbana. referentes a projetos e obras de
infraestrutura urbana.
Carência de obtenção de informações Inexistência de um cadastro topográfico Identificar a natureza e o estado de Realizar o cadastro topográfico de
atualizadas e em tempo adequado sobre o informatizado da rede de drenagem conservação do sistema de drenagem 100% da rede de micro e Imediato Local
sistema de drenagem existente. existente, com suporte de SIG. existente. macrodrenagem.
Elaborar Plano de Drenagem
Ações de manutenção e limpeza corretiva dos Falta de registros em forma de banco de Obter informações fidedignas referentes
Urbana tendo um Sistema de
canais sem uma análise estatística das dados georreferenciado para análise das aos investimentos em manutenção, Curto Local
Informações Geográficas como
intervenções. ações freqüentes de manutenção. limpeza e desassoreamento do sistema.
ferramenta de gestão.
Implantar o sistema de
Comprometimento da qualidade da água e das Existência de lançamentos de efluentes
Melhorar a qualidade das águas pluviais. esgotamento tipo "Separador Longo Local
estruturas do sistema de drenagem. domésticos na rede pluvial.
Absoluto".
Comprometimento da qualidade da água e das Sobreposição de atribuições; Carência de Aquisição de equipamento e
Melhorar as condições de trabalho. Médio Local
estruturas do sistema de drenagem. equipamentos e pessoal. treinamento de pessoal.
Elaborar Plano de Drenagem
Ações corretivas de limpeza somente Obter informações fidedignas referentes
Desconhecimento do volume de sedimentos e Urbana tendo um Sistema de
mediante demanda, sem registro em banco aos investimentos em manutenção, Curto Local
sua frequência nos canais de macrodrenagem. Informações Geográficas como
de dados. limpeza e desassoreamento do sistema.
ferramenta de gestão.
Falta de uma consciência adequada
Lançamento de resíduos sólidos diretamente Incrementar o programa de
referente ao lançamento de resíduos na Melhorar a qualidade das águas pluviais. Imediato Local
na rede de canais. Educação Ambiental existente.
rede.
Elaboração de Ferramenta de
Falta de fiscalização das taxas de ocupação Falta de instrumento legal que faça a
Evitar a sobrecarga do sistema de Sensoriamento Remoto e
dos imóveis em relação ao zoneamento associação entre o planejamento urbano e Longo Local
drenagem existente. aplicativos de Geoprocessamento
proposto. a drenagem.
visando melhorar a Fiscalização.
Habitações subnormais e em situação de
Melhorar a qualidade de vida da Implantação do PLHIS e
precariedade. Falta de regularização dos Ocupação urbana desordenada e falta de
comunidade e reduzir a ocorrência de integração com o Plano Diretor de Longo Local
loteamentos, desmembramentos e edificações investimentos planejados.
inundações e deslizamentos. Drenagem.
em situação irregular.
Inexistência de um parâmetro de eficiência e Atender a legislação e viabilizar a
Falta de regulação do setor de drenagem Definir a regulação dos serviços Local /
eficácia na prestação de serviços de regulação dos serviços de gestão das Imediato
urbana. de gestão das águas pluviais. Regional
drenagem urbana. águas pluviais.
Elaboração de projetos executivos
Fornecer informações detalhadas quanto
Falta de banco de projetos que contemplem Ausência de Plano Direto de Drenagem e com base nas alternativas
aos investimentos necessários para Longo Local
estudo integrado das bacias de drenagem. Carência de Projetos Existentes. apontadas pelo Plano Diretor de
universalização dos serviços de drenagem.
Drenagem.
POPULAÇÃO 2011 2.393,00
POPULAÇÃO 2035 3.380,00
total vias pavimentadas 30770 m

total vias não pavimentadas 1370 m


total macrodrenagem -
total área urbanizada 300,00

GLORINHA
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO DOS PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES EM DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS

Estimativa de
Ação Investimentos Custos de O&M/ANO 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035
Criação de um ente regulador supra-municipal para os serviços,
ou contratação de uma agência reguladora como responsável
pela regulação da drenagem urbana. - 750,00 375,00 375,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00
Ativar institucionalmente o Comitê da Bacia do Rio Gravataí para
definição das ações institucionais compartilhadas, bem como a
criação de instrumentos legais que contemplem as decisões
tomadas em consenso 50.000,00 - 50.000,00
Execução das obras de infraestrutura de micro e
macrodrenagem 14.000.000,00 - 933.333,33 933.333,33 933.333,33 933.333,33 933.333,33 933.333,33 933.333,33 933.333,33 933.333,33 933.333,33 933.333,33 933.333,33 933.333,33 933.333,33 933.333,33
Aperfeiçoamento do Boletim Técnico/Caderno de Encargos
existente para normatização e qualificação do item saneamento
no processo de análise, avaliação e aprovação de
empreendimentos imobiliários. 25.000,00 - 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00
Proposta de plano de capacitação e da formação de recursos
humanos 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00
Incrementar o Programa de Educação Ambiental existente 150.000,00 80.000,00 40.000,00 110.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00
Manutenção periódica da rede através de desassoreamento e
limpeza + bota fora 840.000,00 840.000,00 840.000,00 840.000,00 840.000,00 840.000,00 840.000,00 840.000,00
Elaborar um programa de cadastro das patologias estruturais e
de revestimento dos canais e travessias. Hierarquização de
medidas e registro em banco de dados das ações de
recuperação e manutenção. 97.000,00 48.500,00 48.500,00 48.500,00 48.500,00 48.500,00 48.500,00 48.500,00
Elaborar o cadastro informatizado do sistema de micro e
macrodrenagem com registro dos dados de manutenção,
operação e implantação, com programa de atualização
permanente 57.500,00 17.250,00 57.500,00 17.250,00 17.250,00 17.250,00 17.250,00
Elaborar o Plano Diretor de Drenagem Integrado da micro e
macrodrenagem contemplando abordagem de manejo
sustentável das águas urbanas, adequando-o as novas
proposições do Plano Diretor Urbanístico 150.000,00 30.000,00 150.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00
Implantação de base de custos para obras e serviços de
saneamento; 75.000,00 30.000,00 75.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00
Implantação de um banco de projetos na Prefeitura, objetivando a
viabilização das informações de saneamento básico de forma
integrada; 420.000,00 84.000,00 42.000,00 42.000,00 42.000,00 42.000,00 42.000,00 42.000,00 42.000,00 42.000,00 42.000,00 84.000,00 84.000,00
Aparelhamento e Capacitação da Secretaria de Obras, Viação e
Serviços Públicos, para gestão integrada do sistema, com base
em Sistema de Informações Geográficas e registro em banco de
dados georreferenciado 150.000,00 168.000,00 150.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00 168.000,00
Implantar Programa Manutenção Periódica de Limpeza e
Desassoreamento dos Canais e de Proteção das Áreas
Propensas a Erosão. Inserir no SIG 40.000,00 60.000,00 40.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00
Criação de ferramenta computacional para fiscalização e
montagem de equipe e treinamento para capacitação técnica,
incluindo equipamentos e softwares 120.000,00 40.000,00 120.000,00 40.000,00 40.000,00 40.000,00 40.000,00 40.000,00 40.000,00
Inserir na atualização do Plano Diretor de Drenagem Integrado da
micro e macrodrenagem medidas de incentivo às práticas
sustentáveis, como redução de impostos, tarifas de limpeza,
drenagem, etc. 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00
Implementar o SIG/DRENAGEM contemplando o cadastro da
rede, zoneamento e lei de uso do solo e suas restrições 150.000,00 100.000,00 150.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00
Plano de Manejo das APPs e áreas verdes; Legislação prevendo
manutenção da cobertura do solo 2.985.000,00 199.000,00 199.000,00 199.000,00 199.000,00 199.000,00 199.000,00 199.000,00 199.000,00 199.000,00 199.000,00 199.000,00 199.000,00 199.000,00 199.000,00 199.000,00
Planejar ações preventivas com base em análise estatística das
ações corretivas realizadas sobre cadastro informatizado e banco
de dados georreferenciado. 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00

TOTAL DE INVESTIMENTOS 18.469.500,00 786.375,00 457.250,00 368.750,00 1.310.750,00 690.750,00 566.500,00 2.468.083,33 1.823.083,33 1.603.083,33 2.490.333,33 1.871.583,33 1.628.083,33 2.401.083,33 1.828.333,33 1.561.083,33 2.449.583,33 1.890.083,33 1.608.333,33 2.401.083,33 1.781.083,33 2.558.583,33
2,3% 1,3% 1,1% 3,8% 2,0% 1,6% 7,1% 5,3% 4,6% 7,2% 5,4% 4,7% 7,0% 5,3% 4,5% 7,1% 5,5% 4,7% 7,0% 5,2% 7,4%
TOTAL DE INVESTIMENTOS + O&M 34.543.875,00 786.375,00 1.243.625,00 1.612.375,00 2.923.125,00 3.613.875,00 4.180.375,00 6.648.458,33 8.471.541,67 10.074.625,00 12.564.958,33 14.436.541,67 16.064.625,00 18.465.708,33 20.294.041,67 21.855.125,00 24.304.708,33 26.194.791,67 27.803.125,00 30.204.208,33 31.985.291,67 34.543.875,00
2,3% 3,6% 4,7% 8,5% 10,5% 12,1% 19,2% 24,5% 29,2% 36,4% 41,8% 46,5% 53,5% 58,7% 63,3% 70,4% 75,8% 80,5% 87,4% 92,6% 100%
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

ANEXO IV
ANEXO – AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

ÍNDICE

1 AÇÕESPARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS ............................................... 2


1.1 OBJETIVO .................................................................................................................... 2
1.2 AÇÕES PREVENTIVAS PARA CONTINGÊNCIAS .................................................................. 2
1.2.1 Abastecimento de água .................................................................................. 2
1.2.2 Esgotamento sanitário .................................................................................... 3
1.2.3 Drenagem ....................................................................................................... 4
1.2.4 Resíduos sólidos ............................................................................................ 4
1.3 AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS ......................................................................................... 5
1.3.1 Abastecimento de água .................................................................................. 5
1.3.2 Esgotamento sanitário .................................................................................... 6
1.3.3 Drenagem urbana ........................................................................................... 7
1.3.4 Resíduos sólidos ............................................................................................ 8

1
ANEXO – AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

1 AÇÕESPARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS


1.1 OBJETIVO
O Plano de Emergências e Contingências objetiva estabelecer os procedimentos de atuação
assim como identificar a infraestrutura necessária do prestador tanto nas atividades de
caráter preventivo quanto corretivo que elevem o grau de segurança e garantam com isto a
continuidade operacional dos serviços.
Para isto o prestador deve, nas suas atividades de operação e manutenção, utilizar
mecanismos locais e corporativos de gestão no sentido de prevenir ocorrências indesejadas
através de controles e monitoramento das condições físicas das instalações e equipamentos
visando a minimizar a ocorrência de sinistros e interrupções na prestação dos serviços.
A seguir são apresentados os principais instrumentos que poderão ser utilizados pelo
prestador para as ações de operação e manutenção que embasam o plano de emergências
e contingências dos sistemas.
1.2 AÇÕES PREVENTIVAS PARA CONTINGÊNCIAS
As possíveis situações críticas que exigem ações de contingências podem ser minimizadas
através de um conjunto de procedimentos preventivos de operação e manutenção como os
listados a seguir.
1.2.1 Abastecimento de água
1.2.1.1 Ações de controle operacional
Acompanhamento da produção de água através de:
• Realização de medição na saída da captação e entrada da Estação de
Tratamento de Água (ETA) (macromedição);
• Monitoramento a distância do sistema de captação e elevatória de água bruta;
• Monitoramento a distância dos principais pontos de controle da ETA e elevatória
de água tratada.
Controle do funcionamento dos equipamentos através dos parâmetros de:
• Horas trabalhadas e consumo de energia;
• Corrente, tensão, vibração e temperatura;
• Controle de equipamentos reserva.
Monitoramento da distribuição de água através de:
• Vazões encaminhadas aos setores;
• Pressão e regularidade na rede.
Qualidade da água:
• Qualidade nos mananciais e controle sanitário da bacia de montante;
• Qualidade da água produzida e distribuída conforme legislação vigente;
• Programação de limpeza e desinfecção periódicas dos reservatórios.
Prevenção de acidentes nos sistemas:
• Plano de ação nos casos de incêndio;
• Plano de ação nos casos de vazamento de cloro;
• Plano de ação nos casos de outros produtos químicos.
1.2.1.2 Ações de manutenção
Sistema de gestão da manutenção:

2
ANEXO – AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

• Cadastro de equipamentos e instalações;


• Programação da manutenção preventiva;
• Programação da manutenção preditiva1 em equipamentos críticos;
• Programação de limpeza periódica da captação;
• Programação de inspeção periódica em tubulações adutoras;
• Programação de limpeza periódica na ETA;
• Registro do histórico das manutenções.
1.2.1.3 Ações de comunicação e educação ambiental
• Elaboração de materiais educativos sobre o funcionamento dos sistemas;
• Execução sistemática de programas de uso racional da água, limpeza de
reservatórios domiciliares e preservação de mananciais;
• Confecção prévia de materiais educativos, boletins radiofônicos e de sistemas de
carros de som para acionamento imediato em caso de emergência;
• Sistema de contato para convocação emergencial de pessoal da área de
comunicação e educação ambiental, meios de comunicação, agência de
propaganda e redes para cadeia de rádio e TV, se for o caso.
1.2.2 Esgotamento sanitário
1.2.2.1 Ações de controle operacional
Acompanhamento da vazão de esgotos tratados através de:
• Realização de medição na entrada da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE);
• Monitoramento a distância dos principais pontos de controle da ETE e da
elevatória final.
Controle do funcionamento dos equipamentos através dos parâmetros de:
• Horas trabalhadas e consumo de energia;
• Corrente, tensão, vibração e temperatura;
• Controle de equipamentos reserva.
Qualidade dos efluentes tratados:
• Qualidade dos efluentes conforme legislação vigente.
Prevenção de acidentes nos sistemas:
• Plano de ação nos casos de incêndio;
• Plano de ação nos casos de vazamento de cloro e de outros produtos químicos;
• Gestão de riscos ambientais em conjunto com órgãos ambientais e de recursos
hídricos.
1.2.2.2 Ações de manutenção
Sistema de gestão da manutenção:
• Cadastro de equipamentos e instalações;
• Programação da manutenção preventiva;

1
“Um programa de manutenção preditiva pode minimizar o número de quebras de todos os equipamentos mecânicos de uma
planta industrial e assegurar que o equipamento reparado esteja em condições mecânicas aceitáveis. Ele pode identificar
problemas da máquina antes que se tornem sérios já que a maioria dos problemas mecânicos pode ser minimizada se forem
detectados e reparados com antecedência”. Manutenção Preditiva: Confiabilidade e Qualidade - Márcio Tadeu de Almeida.

3
ANEXO – AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

• Programação da manutenção preditiva em equipamentos críticos;


• Programação de limpeza periódica em coletores e ramais;
• Programação de limpeza periódica nas elevatórias e na ETE;
• Registro do histórico das manutenções.
1.2.2.3 Ações de comunicação e educação ambiental
• Elaboração de materiais educativos sobre o funcionamento dos sistemas de
coleta e tratamento de esgoto;
• Execução sistemática de programas de uso adequado dos sistemas de esgoto,
prevenção de ligações clandestinas e preservação de mananciais;
• Confecção prévia de materiais educativos, boletins radiofônicos e de sistemas de
carros de som para acionamento imediato em caso de emergência;
• Sistema de contato para convocação emergencial de pessoal da área de
comunicação e educação ambiental, meios de comunicação, agência de
propaganda e redes para cadeia de rádio e TV, se for o caso.
1.2.3 Drenagem
1.2.3.1 Ações preventivas de controle operacional
• Verificação das condições físicas de funcionamento das estruturas que compõem
o sistema, como bocas de lobo, poços de visita, canais, redes tubulares,
travessias, bueiros, comportas (necessidade da existência de um cadastro digital
atualizado);
• Monitoramento dos níveis dos canais de macrodrenagem e operacional das
comportas;
• Controle do funcionamento dos equipamentos através dos parâmetros de:
- Horas trabalhadas e consumo de energia;
- Corrente, tensão, vibração e temperatura;
- Controle de equipamentos reserva;
• Qualidade da água de escoamento superficial;
• Prevenção de acidentes nos sistemas;
- Plano de ação nos casos de quebra de equipamento e estruturas;
- Plano de ação em caso de falta de energia elétrica;
- Gestão de riscos ambientais em conjunto com órgãos ambientais e de recursos
hídricos.
1.2.3.2 Ações preventivas de manutenção
• Programação de limpeza e desassoreamento das bocas de lobo, poços de visita,
redes tubulares e canais;
• Plano de manutenção preventiva de equipamentos eletromecânicos, travessias e
canais, sobretudo em áreas mais propensas à ocorrência de inundações;
• Cadastro de equipamentos e instalações;
• Programação da manutenção preditiva em equipamentos críticos;
• Registro do histórico das manutenções.
1.2.4 Resíduos sólidos
1.2.4.1 Ações de controle operacional
Acompanhamento do serviço de coleta por meio de:

4
ANEXO – AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

• Fiscalização da execução dos serviços.


Fiscalização da abrangência de atendimento e qualidade do serviço:
• Número de reclamações.
Prevenção de acidentes nos sistemas
• Plano de ação nos casos de incêndio;
• Gestão de riscos ambientais em conjunto com órgãos ambientais e de recursos
hídricos.
1.2.4.2 Ações administrativas
Sistema de contratações emergenciais:
• Manter cadastro de empresas fornecedoras dos serviços para contratação em
caráter emergencial;
• Manter cadastro de aterros sanitários de cidades próximas para serviços de
contratação em caráter emergencial.
1.3 AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS
As emergências oriundas de situações imprevistas exigem ações imediatas que devem ser
enfrentadas através de um conjunto de procedimentos corretivos. As emergências
possíveis, suas origens e o plano corretivo emergencial respectivo são os listados a seguir.
1.3.1 Abastecimento de água
1.3.1.1 Falta de água generalizada
Origens possíveis:
• Inundação da captação com danificação de equipamentos e estruturas;
• Deslizamento de encostas e movimento do solo com rompimento de tubulações e
estruturas;
• Interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica às instalações de
produção de água;
• Qualidade inadequada da água dos mananciais;
• Ações de vandalismo e/ou sinistros.
Ações emergenciais:
• Acionamento do sistema de comunicação à população, instituições, autoridades e
defesa civil;
• Disponibilidade de frota local de caminhões-tanque e cadastrar de outros
municípios;
• Comunicação à concessionária de energia e cadastrar geradores para
emergência;
• Controle da água disponível em reservatórios;
• Reparo das instalações danificadas;
• Execução de rodízio de abastecimento, com apoio de comunicação;
• Notificação à polícia.
1.3.1.2 Falta de água localizada
Origens possíveis:
• Deficiência de vazão nos mananciais em períodos de estiagem;
• Interrupção temporária de energia;
• Danos em equipamentos de bombeamento;

5
ANEXO – AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

• Danos em estrutura de reservatórios;


• Rompimento de tubulação de rede ou adutora de água tratada;
• Ações de vandalismo e/ou sinistros.
Ações emergenciais:
• Acionamento do sistema de comunicação à população e mantê-la informada
sobre as ações empreendidas visando à normalização dos serviços, instituições,
autoridades e defesa civil;
• Disponibilidade de frota de caminhões-tanque;
• Comunicação à concessionária de energia e cadastrar geradores de emergência;
• Controle da água disponível em reservatórios;
• Reparo das instalações danificadas;
• Execução de rodízio de abastecimento;
• Transferência de água entre setores;
• Notificação à polícia.
1.3.2 Esgotamento sanitário
1.3.2.1 Paralisação da ETE
Origens possíveis:
• Inundação das instalações com danificação de equipamentos;
• Interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica às instalações;
• Danos a equipamentos e estruturas;
• Ações de vandalismo e/ou sinistros.
Ações emergenciais:
• Comunicação aos órgãos de controle ambiental;
• Comunicação à concessionária de energia e possível ação de disponibilidade de
gerador de emergência;
• Reparo das instalações danificadas;
• Notificação à polícia.
1.3.2.2 Extravasamento de esgotos em elevatórias
Origens possíveis:
• Interrupção no fornecimento de energia elétrica às instalações;
• Danos a equipamentos e estruturas;
• Ações de vandalismo e/ou sinistros.
Ações emergenciais:
• Comunicação aos órgãos de controle ambiental;
• Comunicação à concessionária de energia e possível ação de disponibilidade de
gerador de emergência;
• Reparo das instalações danificadas;
• Comunicação à polícia.
1.3.2.3 Rompimento de tubulações
Origens possíveis:
• Desmoronamento de taludes ou paredes de canais;
• Erosões de fundos de vale;
• Rompimento de travessias;

6
ANEXO – AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

• Ações de vandalismo e/ou sinistros.


Ações emergenciais:
• Comunicação aos órgãos de controle ambiental;
• Reparo das instalações danificadas;
• Notificação à polícia.
1.3.2.4 Extravasamento de rede coletora e de coletores tronco
Origens possíveis:
• Entupimento das instalações;
• Rompimento de travessias;
• Ações de vandalismo e/ou sinistros.
Ações emergenciais:
• Comunicação aos órgãos de controle ambiental;
• Reparo das instalações danificadas;
• Notificação à polícia.
1.3.3 Drenagem urbana
1.3.3.1 Inundação das áreas planas
Origens possíveis:
• Precipitação de intensidade acima da capacidade de escoamento do sistema;
• Níveis de água acima da capacidade do sistema de proteção das comportas e
baixa intensidade de precipitação;
• Quebra de equipamentos eletromecânicos por fadiga ou falta de manutenção;
• Mau funcionamento do sistema por presença de resíduos e entulhos,
comprometendo a capacidade de escoamento;
• Ações de vandalismo e/ou sinistros.
Ações emergenciais:
• Comunicação à população, instituições, autoridades e defesa civil;
• Reparo das instalações danificadas.
1.3.3.2 Enxurradas nas áreas altas
Origens possíveis
• Precipitação de intensidade acima da capacidade de escoamento do sistema;
• Mau funcionamento do sistema por presença de resíduos e entulhos;
• Ações de vandalismo e/ou sinistros.
Ações emergenciais:
• Comunicação à população, instituições, autoridades e defesa civil;
• Reparo das instalações danificadas.
1.3.3.3 Deslizamento de encostas e movimento do solo
Origens possíveis:
• Precipitação de significativa intensidade em períodos intercalados com
precipitações de menor intensidade, e prolongados;
• Desmoronamento de taludes ou paredes de canais;
• Erosões de fundos de vale;

7
ANEXO – AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

• Rompimento de travessias.
Ações emergenciais:
• Comunicação aos órgãos de controle ambiental e defesa civil;
• Reparo das instalações danificadas.
1.3.3.4 Atribuições/responsabilidades
Como complemento do Plano de Contingência/Emergência é necessário definir:
• Estabelecimento de mecanismo de coordenação;
• Atribuições e responsabilidades das instituições envolvidas:
- Secretaria Municipal de ...........;
- Defesa civil;
- Brigada Militar e Corpo de Bombeiros;
- Determinação de abrigos temporários.
1.3.3.5 Restauração da normalidade
Uma vez que tenha passado o efeito danoso da enchente, devem ser realizadas vistorias, a
fim de avaliar o comprometimento da rede de drenagem, bem como das edificações e dos
potenciais riscos de contaminação da população localizada na área de influência.
1.3.4 Resíduos sólidos
1.3.4.1 Paralisação do serviço de varrição
Origens possíveis:
• Greve geral da empresa operadora do serviço;
Ações emergenciais:
• Contratar empresa especializada para execução dos serviços em caráter
emergencial;
• Realizar campanha visando mobilizar a sociedade para manter a cidade limpa;
• Contratação de empresa especializada em caráter de emergência.
1.3.4.2 Paralisação do serviço de roçada
Origens possíveis:
• Greve geral da empresa operadora do serviço.
Ações emergenciais:
• Contratar empresa especializada para execução dos serviços em caráter
emergencial;
• Realizar campanha visando mobilizar a sociedade para manter a cidade limpa;
• Contratação de empresa especializada em caráter de emergência.
1.3.4.3 Paralisação do serviço de coleta de animais mortos
Origens possíveis:
• Greve geral da empresa operadora do serviço;
• Avaria/Falha mecânica nos veículos de coleta.
Ações emergenciais:

8
ANEXO – AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

• Contratar empresa especializada para execução dos serviços em caráter


emergencial;
• Realizar campanha visando mobilizar a sociedade para manter a cidade limpa;
• Contratação de empresa especializada em caráter de emergência;
• Agilidade no reparo de veículos avariados.
1.3.4.4 Paralisação do serviço de coleta de resíduos especiais e volumosos
Origens possíveis:
• Greve geral da empresa operadora do serviço;
• Avaria/Falha mecânica nos veículos de coleta/equipamentos;
• Inoperância do local de disposição.
Ações emergenciais:
• Contratar empresa especializada para execução dos serviços em caráter
emergencial;
• Realizar campanha visando mobilizar a sociedade para manter a cidade limpa;
• Agilidade no reparo de veículos/equipamentos avariados;
• Contratação de empresa especializada em caráter de emergência.
1.3.4.5 Paralisação do sistema de Coleta Domiciliar
Origens possíveis:
• Greve geral da empresa operadora do serviço;
• Avaria/Falha mecânica nos veículos de coleta.
Ações emergenciais:
• Comunicação à população;
• Contratação de empresa especializada em caráter de emergência;
• Substituição dos veículos avariados por veículos reserva;
• Agilidade no reparo de veículos avariados.
1.3.4.6 Paralisação do sistema de Coleta de Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde
- RSSS
Origens possíveis:
• Greve geral da empresa operadora do serviço;
• Avaria/Falha mecânica nos veículos de coleta/equipamentos;
• Obstrução do sistema viário.
Ações emergenciais:
• Contratação de empresa especializada em caráter de emergência;
• Substituição dos veículos avariados por veículos reserva;
• Agilidade no reparo de veículos/equipamentos avariados;
• Estudo de rotas alternativas.
1.3.4.7 Paralisação do sistema de Coleta Seletiva
Origens possíveis:
• Greve geral da empresa operadora do serviço;
• Avaria/Falha mecânica nos veículos de coleta/equipamentos;
• Obstrução do sistema viário;
• Inoperância dos galpões de triagem e/ou postos de entrega voluntária (PEVs).

9
ANEXO – AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

Ações emergenciais:
• Contratação de empresa especializada em caráter de emergência;
• Realizar a venda dos resíduos recicláveis no sistema de venda de caminhão
fechado;
• Substituição dos veículos avariados por veículos reserva;
• Agilidade no reparo de veículos/equipamentos avariados;
• Estudo de rotas alternativas.
1.3.4.8 Paralisação do sistema de Coleta de Resíduos Sólidos da Construção Civil -
RSCC
Origens possíveis:
• Greve geral da empresa operadora do serviço;
• Avaria/Falha mecânica nos veículos de coleta/equipamentos;
• Obstrução do sistema viário.
Ações emergenciais:
• Contratação de empresa especializada em caráter de emergência;
• Substituição dos veículos avariados por veículos reserva;
• Agilidade no reparo de veículos/equipamentos avariados;
• Estudo de rotas alternativas.
1.3.4.9 Paralisação da operação do transbordo
Origens possíveis:
• Greve geral da empresa operadora do serviço;
• Obstrução do sistema viário;
• Embargo pelo órgão ambiental;
• Avaria/Falha mecânica nos veículos de coleta/equipamentos.
Ações emergenciais:
• Encaminhar os resíduos diretamente para o local de disposição final;
• Contratação de empresa especializada em caráter de emergência;
• Agilidade no reparo de veículos/equipamentos avariados;
• Estudo de rotas alternativas.
1.3.4.10 Paralisação parcial da operação do aterro sanitário
Origens possíveis:
• Ruptura de taludes;
• Vazamento de chorume;
• Avaria/Falha mecânica nos veículos de coleta/equipamentos.
Ações emergenciais:
• Reparo dos taludes;
• Contenção e remoção do chorume através de caminhão limpa fossa e envio para
estação de tratamento de esgoto do município ou outro sistema privado de
tratamento terceirizado de efluentes;
• Agilidade no reparo de veículos/equipamentos avariados.
1.3.4.11 Paralisação total da operação do aterro sanitário
Origens possíveis:

10
ANEXO – AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

• Greve geral da empresa operadora do serviço;


• Obstrução do sistema viário;
- Esgotamento da área de disposição;
- Explosão/Incêndio;
- Vazamento Tóxico;
- Embargo pelo órgão ambiental.
Ações emergenciais:
• Acionamento do órgão ambiental e do corpo de bombeiros;
• Evacuação da área cumprindo os procedimentos internos de segurança;
• Envio dos resíduos orgânicos provisoriamente a outro aterro particular. (O aterro
mais próximo, passível de ser utilizado é......)
• Estudo de rotas alternativas
1.3.4.12 Inoperância do centro de triagem
Origens possíveis:
• Escassez de materiais;
• Avaria/Falha mecânica nos veículos de coleta/equipamentos;
• Falta de mercado para comercialização de agregados reciclados;
• Falta de operador;
• Alto custo de transporte à destinação dos resíduos.
Ações emergenciais:
• Substituição dos veículos avariados por veículos reserva;
• Agilidade no reparo de veículos/equipamentos avariados;
• Acionamento dos funcionários da prefeitura para manutenção do serviço;
• Implantação de áreas de transbordo e triagem intermediárias.
1.3.4.13 Inoperância do sistema de conteinerização
Origens possíveis:
• Greve geral da empresa operadora do serviço;
• Greve da empresa operadora do serviço;
• Avaria/Falha mecânica nos veículos de coleta/equipamentos.
Ações emergenciais:
• Comunicação à população;
• Acionar funcionários da prefeitura para que realizem limpeza nos locais mais
críticos;
• Contratação de empresa especializada em caráter de emergência;
• Agilidade no reparo de veículos/equipamentos avariados.
1.3.4.14 Inoperância dos PEVs
Origens possíveis:
• Insuficiência de informação à população;
• Obstrução do sistema viário (até destinação dos resíduos);
• Inoperância do destino final;
• Ações de vandalismo;
• Falta de operador;

11
ANEXO – AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

• Avaria/Falha mecânica nos veículos de coleta/equipamentos;


• Estudo de rotas alternativas.
Ações emergenciais:
• Comunicação à população;
• Implantação de novas áreas para disposição;
• Reforço na segurança;
• Comunicação à polícia;
• Reparo das instalações danificadas;
• Acionamento dos funcionários da prefeitura para manutenção do serviço;
• Agilidade no reparo de veículos/equipamentos avariados.
1.3.4.15 Tombamento de árvores em massa
Origens possíveis:
• Tempestades e ventos atípicos.
Ações emergenciais:
• Acionamento dos funcionários da prefeitura;
• Acionamento das equipes regionais;
• Acionamento da concessionária de energia elétrica;
• Acionamento do corpo de bombeiros e defesa civil.
1.3.4.16 Destinação inadequada dos resíduos
Origens possíveis:
• Inoperância do sistema de gestão;
• Falta de fiscalização;
• Insuficiência de informação à população;
• Avaria/Falha mecânica nos veículos de coleta/equipamentos.
Ações emergenciais:
• Implementação de ações de adequação do sistema;
• Comunicação ao órgão ambiental e polícia ambiental;
• Elaboração de cartilhas e propagandas;
• Agilidade no reparo de veículos/equipamentos avariados.
1.3.4.17 Obstrução do sistema viário
Origens possíveis:
• Acidentes de trânsito;
• Protestos e manifestações populares;
• Obras de infraestrutura.
Ações emergenciais:
• Estudo de rotas alternativas para o fluxo dos resíduos.

12
Glorinha – Propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico – Resumo

ANEXO V
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

ÍNDICE

1 AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DAS AÇÕES PROGRAMADAS.................................. 2


1.1 BASE INSTITUCIONAL PARA A AVALIAÇÃO ....................................................................... 2
1.2 RESPONSABILIDADE PELA AVALIAÇÃO ............................................................................ 3
1.3 MECANISMOS DE AVALIAÇÃO......................................................................................... 3
1.4 PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO ............................................................................... 3
1.4.1 Metas e ações quantitativas ........................................................................... 3
1.4.2 Metas e ações qualitativas .............................................................................. 6
1.4.3 Metas e ações de eficiência operacional ........................................................ 9
2 INDICADORES UTILIZADOS PELA AGERGS ....................................................... 11
2.1 INDICADOR DE UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS (NUA – NUE) .................................. 11
2.2 INDICADORES DE CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS (TAC – DEC – NRP) ......................... 11
2.3 INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS (ROP – DCP) .............................................. 12
2.4 INDICADORES DE PRODUTIVIDADE DE PESSOAL (IPP1 – IPP2 – IPP3) .......................... 12
2.5 INDICADORES DE QUALIDADE DOS SERVIÇOS E DOS PRODUTOS (ISC - IQA); ................ 13
2.6 INDICADORES DE QUALIDADE COMERCIAL (QF – IPF – IH- ICOB) ................................ 13
3 INDICADORES SELECIONADOS DO PRÊMIO NACIONAL DE QUALIDADE EM
SANEAMENTO - PNQS ...................................................................................................... 15
3.1 INDICADORES ECONÔMICO FINANCEIROS ........................................................ 16
3.2 INDICADORES RELATIVOS AO CLIENTE E AO MERCADO .................................................. 21
3.3 INDICADORES RELATIVOS À SOCIEDADE ........................................................... 25
3.4 INDICADORES RELATIVOS ÀS PESSOAS ................................................................ 26
3.5 INDICADORES RELATIVOS AOS PROCESSOS .................................................................. 28

4 OUTROS INDICADORES ........................................................................................ 31


4.1 INDICADORES E METAS PARA DRENAGEM ..................................................................... 31
4.2 INDICADORES E METAS PARA RESÍDUOS SÓLIDOS ......................................................... 33

1
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

1 AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DAS AÇÕES PROGRAMADAS

1.1 BASE INSTITUCIONAL PARA A AVALIAÇÃO


O que diferencia o Plano Municipal de Saneamento Básico nos termos da Lei Federal nº
11.445 e os planos de caráter mais técnico - como os planos diretores ou os estudos de
viabilidade - é o fato de o primeiro ser um documento de caráter legal. O PMSB que ora se
coloca em debate deve ser parte integrante dos contratos de prestação dos serviços.
A prestação dos serviços será regulada por contrato, que derivou por sua vez do Plano de
Saneamento. Portanto a avaliação das metas, ações e programas descritos terá um
endereço legal e institucional principal, que é o agente regulador, sem prejuízo de que
outras ações fiscalizatórias com competência legal definidas – como as da qualidade dos
produtos ofertados - sejam também exercidas paralelamente.
Lei Federal 11.445/2007
Art. 22. São objetivos da regulação:
I - estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a
satisfação dos usuários;
II - garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas;
III - prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos
integrantes do sistema nacional de defesa da concorrência;
IV - definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos
como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam a eficiência e eficácia dos
serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade.
Lei Federal 11.445/2007
Art. 23. A entidade reguladora editará normas relativas às dimensões técnica, econômica e
social de prestação dos serviços, que abrangerão, pelo menos, os seguintes aspectos:
I - padrões e indicadores de qualidade da prestação dos serviços;
II - requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas;
III - as metas progressivas de expansão e de qualidade dos serviços e os respectivos
prazos;
IV - regime, estrutura e níveis tarifários, bem como os procedimentos e prazos de sua
fixação, reajuste e revisão;
V - medição, faturamento e cobrança de serviços;
VI - monitoramento dos custos;
VII - avaliação da eficiência e eficácia dos serviços prestados;
VIII - plano de contas e mecanismos de informação, auditoria e certificação;
IX - subsídios tarifários e não tarifários;
X - padrões de atendimento ao público e mecanismos de participação e informação;
XI - medidas de contingências e de emergências, inclusive racionamento.

2
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

1.2 RESPONSABILIDADE PELA AVALIAÇÃO


O agente responsável pela avaliação da eficácia das ações programadas será a Agência
Reguladora dos Serviços Delegados do Rio Grande do Sul – AGERGS, ou outro(s) ente(s)
regulador(es) com igual prerrogativa.
Para o exercício desta atividade, que é inerente a sua ação regulatória, o regulador editará
normas complementares detalhando cada um dos critérios de avaliação das metas, seus
indicadores e os procedimentos e métodos específicos.
Apresenta-se a seguir um indicativo de mecanismos e procedimentos que podem ser
adotados pelo regulador nas metas propostas.
1.3 MECANISMOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação das metas será realizada através da elaboração de relatórios específicos
gerados com base na análise dos indicadores apresentados, e comparando-os com a
cronologia prevista para implementação das ações propostas.
Os relatórios serão elaborados com objetivo de viabilizar a regulação e fiscalização dos
serviços.
1.4 PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO
O plano de metas resume o que é essencial no Plano Municipal de Saneamento Básico, que
é o instrumento do município, ora em debate. Ele diz respeito a metas, no sentido preciso de
quantidades e prazos a alcançar, mas também a regras, no sentido de padrões de qualidade
a respeitar, e ainda de uma agenda institucional de sustentação do PMSB. Incluem-se ainda
nas metas as ações necessárias e identificadas para melhoria operacional dos sistemas.
1.4.1 Metas e ações quantitativas
A - ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A1 - Cobertura dos serviços
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre o número de imóveis com acesso à
rede sobre o total de imóveis existentes.
Avaliação: sistemática.
Método: o número de imóveis cobertos será identificado pelo cadastro do prestador, e o
número de imóveis totais existentes será fornecido pelo cadastro imobiliário municipal ou por
dados censitários.
Periodicidade da avaliação: anual.
A2 - Quantidade total de água ofertada
Indicador: relação numérica, dada em percentual, do volume anual disponibilizado sobre o
volume demandado (incluindo os sazonais, onde couber).
Avaliação: sistemática.
Método: o volume disponibilizado será indicado pela macromedição e o demandado
conforme estimativa e as atualizações feitas pelo prestador, que serão avaliadas pelo
regulador.
Periodicidade da avaliação: trimestral.

3
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

A3 - Perda total por ramal


Indicador: diferença, dada em litros por ramal de água ao dia, entre o volume disponibilizado
para a rede distribuidora e o volume consumido pelos usuários, descontado o volume de
serviço.
Avaliação: sistemática.
Método: o volume disponibilizado será indicado pela macromedição, o consumido pelos
micromedidores (hidrômetros) e os volumes de serviço estimados conforme metodologia
ajustada com o regulador.
Periodicidade da avaliação: anual.
B - ESGOTAMENTO SANITÁRIO
B1 - Cobertura dos serviços
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre o número de imóveis com acesso à
rede sobre o total de imóveis existentes.
Avaliação: sistemática.
Método: o número de imóveis cobertos será identificado pelo cadastro do prestador, e o
número de imóveis totais existentes será fornecido pelo cadastro imobiliário municipal ou por
dados censitários.
Periodicidade da avaliação: anual.
B2 - Índice de tratamento de esgoto
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre volume de esgoto tratado sobre
volume coletado.
Avaliação: sistemática.
Método: os volumes serão indicados pela macromedição ou estimados conforme critério do
regulador onde não for possível medir.
Periodicidade da avaliação: semestral.
B3 - Índice de atendimento com tratamento de esgoto
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre o número de imóveis com esgoto
tratado sobre o total de imóveis existentes.
Avaliação: sistemática.
Método: o número de imóveis com esgoto tratado será identificado pelo cadastro do
prestador; o número de imóveis totais existentes será fornecido pelo cadastro imobiliário
municipal ou por dados censitários.
Periodicidade da avaliação: anual.

4
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

C - RESÍDUOS SÓLIDOS
C1 - Cobertura de coleta regular de RSU
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre o número de imóveis com coleta
regular sobre o total de imóveis existentes.
Avaliação: sistemática.
Método: o número de imóveis cobertos será identificado pelo cadastro do prestador; o
número de imóveis totais existentes será fornecido pelo cadastro imobiliário municipal ou por
dados censitários;
Periodicidade da avaliação: anual.
C2 - Cobertura de coleta seletiva
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre o número de imóveis com coleta
seletiva sobre o total de imóveis existentes.
Avaliação: sistemática.
Método: o número de imóveis cobertos será identificado pelo cadastro do prestador; o
número de imóveis totais existentes será fornecido pelo cadastro imobiliário municipal ou por
dados censitários.
Periodicidade da avaliação: anual.
C3- Redução da quantidade gerada de resíduos de saúde
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre a quantidade total de RSSS
coletada no ano pela quantidade total de RSSS coletada no ano-base de referência.
Avaliação: sistemática.
Método: a quantidade de RSSS coletada será identificada pelos relatórios emitidos
mensalmente pelo executor do serviço. A quantidade de RSSS coletada no ano-base de
referência será identificada de forma similar.
Periodicidade da avaliação: anual.
C4 - Índice de recuperação de materiais recicláveis
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre a quantidade total de materiais
recuperados nos galpões de triagem sobre a quantidade total estimada de materiais
recicláveis presentes nos RSD.
Avaliação: sistemática.
Método: as quantidades de materiais recuperados serão indicadas por relatórios mensais
enviados pelas administrações dos galpões de triagem. A quantidade total de recicláveis
será estimada pela quantidade total de RSD coletada, ponderada pela fração de recicláveis
presente nos RSD, determinada em análise gravimétrica.
Periodicidade da avaliação: anual.
C5 - Destinação adequada de resíduos especiais
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre a quantidade de resíduos especiais
recebidos nos PEV e a quantidade de resíduos corretamente destinada.
Avaliação: sistemática.
Método: a quantidade recebida e coletada será indicada nos relatórios mensais de operação
do executor, assim como a quantidade de resíduos com destinação adequada comprovada

5
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

(devolução para fornecedor/fabricante, utilização como insumo em outros processos, reuso


de volumosos, destinação para aterros de resíduos perigosos, etc.).
Periodicidade da avaliação: trimestral.
C6 - Conteinerização da coleta de RSU
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre o número de imóveis com contêiner
sobre o total de imóveis existentes.
Avaliação: sistemática.
Método: o número de imóveis com contêiner será identificado pelo executor do serviço e o
número de imóveis totais existentes será fornecido pelo cadastro imobiliário municipal ou por
dados censitários.
Periodicidade da avaliação: anual.
D - DRENAGEM URBANA
D1 - Cobertura dos serviços de microdrenagem
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre a extensão do sistema viário coberto
com pavimentação e dispositivos de drenagem superficial (meio-fio, sarjetas, bocas de lobo,
escadas, canaletas) e subterrânea (poços de visita e rede de drenagem) e o comprimento
total do sistema viário existente consolidado.
Avaliação: sistemática.
Método: as extensões serão obtidas com base na cartografia existente e em função do
cadastro do sistema de drenagem atualizado e georreferenciado.
Periodicidade da avaliação: bianual.
D2 - Cobertura dos serviços de macrodrenagem
Indicador: verificação da execução física das ações previstas no Plano Diretor de
Macrodrenagem.
Avaliação: sistemática.
Método: realizada pelo regulador para identificação da implantação das etapas do Plano
Diretor de Macrodrenagem.
Periodicidade da avaliação: bianual.
1.4.2 Metas e ações qualitativas
A - ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A1 - Qualidade do produto ofertado
Indicadores: potabilidade da água (Portaria MS Nº 2.914, de 12/12/2011).
Avaliação: sistemática.
Método: realizada pelos órgãos competentes e eventualmente pelo regulador conforme
normas da legislação.
Periodicidade da avaliação: conforme legislação pertinente.
A2 - Qualidade do abastecimento
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre o total de reclamações de falta de
água imprevistas sobre o total de ligações ativas de água.
Avaliação: sistemática.

6
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

Método: o total de reclamações será aferido pelos dados registrados no sistema de


atendimento ao público do prestador e de dados distintos registrados apenas pelo regulador;
o percentual aceitável será estipulado pelo regulador com base em sistemas similares já
com experiência comprovada de avaliação da meta.
Periodicidade da avaliação: anual.
A3 - Qualidade do atendimento ao usuário
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre os prazos atendidos e os não
atendidos, sendo estes prazos definidos em Regulamento dos Serviços a ser acordado
entre o titular e o regulador.
Avaliação: sistemática.
Método: o cumprimento dos prazos será aferido pelos dados registrados no sistema de
atendimento ao público do prestador e de dados distintos registrados apenas pelo regulador;
o percentual aceitável será estipulado pelo regulador com base em sistemas similares já
com experiência comprovada de avaliação da meta.
Periodicidade da avaliação: anual.
B - ESGOTAMENTO SANITÁRIO
B1 - Qualidade do produto ofertado
Indicadores: padrões de lançamento dos efluentes de esgoto (legislação ambiental1)
Avaliação: sistemática.
Método: realizada pelos órgãos competentes e eventualmente pelo regulador conforme
normas da legislação.
Periodicidade da avaliação: conforme legislação pertinente.
B2 - Qualidade do esgotamento
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre o total de reclamações de
extravasamento de esgotos sobre o total de ligações ativas de esgotos.
Avaliação: sistemática.
Método: o total de reclamações será aferido pelos dados registrados no sistema de
atendimento ao público do prestador e de dados distintos registrados apenas pelo regulador;
o percentual aceitável será estipulado pelo regulador com base em sistemas similares já
com experiência comprovada de avaliação da meta.
Periodicidade da avaliação: anual.
B3 - Qualidade do atendimento ao usuário
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre os prazos atendidos e os não
atendidos, sendo estes prazos definidos em Regulamento dos Serviços a ser acordado
entre o titular e o regulador.
Avaliação: sistemática.

1
Resolução CONAMA Nº 357/2005- "Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.". - Data
da legislação: 17/03/2005 – Publicação: DOU nº 053, de 18/03/2005, págs. 58-63.
Obs.: Alterada pelas Resoluções nº 370, de 2006, nº 397, de 2008, nº 410, de 2009, e nº 430, de 2011. Complementada pela
Resolução nº 393, de 2009.

7
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

Método: o cumprimento dos prazos será aferido pelos dados registrados no sistema de
atendimento ao público do prestador e de dados distintos registrados apenas pelo regulador;
o percentual aceitável será estipulado pelo regulador com base em sistemas similares já
com experiência comprovada de avaliação da meta.
Periodicidade da avaliação: anual.
C - RESÍDUOS SÓLIDOS
C1 - Qualidade dos serviços de coleta, varrição e limpeza.
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre o total de reclamações relativas a
cada serviço em relação ao número de imóveis atendidos pelo serviço.
Avaliação: sistemática.
Método: o total de reclamações será aferido pelos dados registrados no sistema de
atendimento ao público do executor e de dados distintos registrados apenas pelo regulador;
o percentual aceitável será estipulado pelo regulador com base em sistemas similares já
com experiência comprovada de avaliação da meta.
Periodicidade da avaliação: anual.
C2 - Recuperação de passivo ambiental
Indicador: verificação da execução física das ações previstas.
Avaliação: sistemática.
Método: realizada pelo regulador para identificação da implantação das etapas do plano de
remediação.
Periodicidade da avaliação: conforme prazos estabelecidos em TAC.
C3 - Qualidade do atendimento ao usuário
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre os prazos atendidos e os não
atendidos, sendo estes prazos definidos em Regulamento dos Serviços a ser acordado
entre o titular e o regulador.
Avaliação: sistemática.
Método: o cumprimento dos prazos será aferido pelos dados registrados no sistema de
atendimento ao público do prestador e de dados distintos registrados apenas pelo regulador;
o percentual aceitável será estipulado pelo regulador com base em sistemas similares já
com experiência comprovada de avaliação da meta.
Periodicidade da avaliação: anual.
D - DRENAGEM URBANA
D1 - Qualidade da água no sistema de drenagem
Indicador: qualidade da água e padrões de lançamento dos efluentes de esgoto (Resolução
No 357, de 17 de março de 2005).
Avaliação: sistemática.
Método: realizada pelos órgãos competentes e eventualmente pelo regulador conforme
normas da legislação.
Periodicidade da avaliação: conforme legislação pertinente.
D2 - Qualidade do atendimento ao usuário

8
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre os prazos atendidos e os não


atendidos, sendo estes prazos definidos em Regulamento dos Serviços a ser acordado
entre o titular e o regulador.
Avaliação: sistemática.
Método: o cumprimento dos prazos será aferido pelos dados registrados no sistema de
atendimento ao público do prestador e de dados distintos registrados apenas pelo regulador;
o percentual aceitável será estipulado pelo regulador com base em sistemas similares já
com experiência comprovada de avaliação da meta.
Periodicidade da avaliação: anual.
1.4.3 Metas e ações de eficiência operacional
A - ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A1 - Remanejamento da rede distribuidora e ligações
Indicador: verificação da execução física das obras e ações previstas.
Avaliação: sistemática.
Método: o regulador receberá relatórios do andamento dos projetos e obras.
Periodicidade da avaliação: anual.
A2 - Otimização operacional
Indicador: verificação da execução física das obras e ações previstas.
Avaliação: sistemática.
Método: o regulador receberá relatórios do andamento dos projetos e obras
Periodicidade da avaliação: anual.
A3 - Garantia de reservação setorial
Indicador: verificação da execução física das obras e ações previstas.
Avaliação: sistemática.
Método: o regulador receberá relatórios do andamento dos projetos e obras
Periodicidade da avaliação: anual.
B - ESGOTAMENTO SANITÁRIO
B1 - Remanejamento da rede coletora e ligações
Indicador: verificação da execução física das obras e ações previstas.
Avaliação: sistemática.
Método: o regulador receberá relatórios do andamento dos projetos e obras.
Periodicidade da avaliação: anual.
B2 - Detecção de ligações factíveis
Indicador: verificação da execução física das ações previstas.
Avaliação: sistemática.
Método: o regulador receberá relatórios do andamento dos projetos e obras
Periodicidade da avaliação: anual.
C - RESÍDUOS SÓLIDOS
9
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

C1 - Adequação da estação de transbordo


Indicador: verificação da execução física das ações previstas.
Avaliação: sistemática.
Método: o regulador receberá relatórios do andamento dos projetos e obras.
Periodicidade da avaliação: mensal.
D - DRENAGEM URBANA
D1 - Cadastro informatizado da rede de micro e macrodrenagem
Indicador: percentual de extensão das redes de micro e macrodrenagem efetivamente
cadastradas topograficamente e lançadas no Sistema de Informações Geográficas, em
relação à extensão total do sistema de drenagem existente.
Avaliação: sistemática.
Método: o regulador receberá relatórios do andamento do cadastro e ao longo do tempo de
sua atualização em função das obras novas.
Periodicidade da avaliação: anual.
D2 - Otimização operacional
Indicador: verificação do funcionamento correto dos canais e operação do sistema de
comportas, reservatórios e bacias de detenção, quando houver.
Avaliação: sistemática.
Método: o regulador receberá relatórios do andamento dos projetos e obras.
Periodicidade da avaliação: anual.
D3- Segurança e prevenção de acidentes
Indicador: relação numérica, dada em percentual, entre o total de ocorrências de eventos
relacionados a inundações que geraram prejuízos significativos não previstos pelo sistema
de alerta, e o total de ocorrências previstas pelo sistema de alerta.
Avaliação: sistemática.
Método: o total de ocorrências será aferido pelos dados registrados no sistema de
atendimento ao público do prestador e de dados distintos registrados apenas pelo regulador.
Periodicidade da avaliação: anual.

10
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

2 INDICADORES UTILIZADOS PELA AGERGS


Os municípios atendidos pela Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN) devem
assinar contratos de regulação com a Agência de Regulação dos Serviços Delegados do
Rio Grande do Sul (AGERGS) que utiliza os indicadores a seguir relacionados para
avaliação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
2.1 INDICADOR DE UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS (NUA – NUE)
NUA - Indicador de Universalização dos Serviços de Abastecimento de Água.
Pop. A
NuA = * 100
Pop.T

PA = População abastecida. É o valor do produto da quantidade de economias residenciais


de água, no último mês do ano, pela taxa média de habitantes por domicílio dos municípios
com contrato de programa.
PT = População urbana total dos municípios com contrato de programa.
NUE - Indicador de Universalização dos Serviços de Esgotamento Sanitário.

Pop.E
NuE = * 100
Pop.T
PS = População servida. É o valor do produto da quantidade de economias residenciais de
esgoto, no último mês do ano, pela taxa média de habitantes por domicílio dos municípios
com contrato de programa.
PT = População urbana total dos municípios com contrato de programa.
2.2 INDICADORES DE CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS (TAC – DEC – NRP)
TAC – Tempo Médio de Atendimento ao Cliente Quando da Falta de Água.

1 N 
TAC =  ∑ ti 
n  I =1 

N = Número total de interrupções de água no período.


Ti = Tempo decorrido para correção do fato gerador da falta de água para a i-ésima
interrupção do abastecimento.
DEC - Duração Equivalente de Interrupção do Sistema de Fornecimento de Água por
Economias.
n

∑ EcoAtingid
i =1
as ( i ) × T ( i )
DEC =
EcoTotal
Eco. Atingidas (i) = Número de economias abrangidas pela i-ésima falha no sistema de
fornecimento de água no conjunto e no período.
T (i) = Tempo decorrido entre a detecção da i-ésima falha e o efetivo reparo da falha.

11
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

N = Número total de interrupção no fornecimento de água do conjunto no período.


Eco. Total = Número total de economias do conjunto considerado.
NRP – Índice de Reclamações Procedentes por Falta de Água por 1.000 Economias.

NRP
NRP = × 1.000
NE
NRP = Número de reclamações procedentes no mês no conjunto.
NE = Número de economias do conjunto.

2.3 INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS (ROP – DCP)


ROP (S/DEPREC.) – Razão Operacional sem Depreciação.

DT ( s / dep )
ROP ( s / dep ) =
ROL
DESP (s/deprec.) = Despesa operacional total excluída a depreciação.
ROL = Receita operacional líquida.
DCP - Despesas com Pessoal Próprio.

DP = Despesa com pessoal próprio.


ROL = Receita operacional líquida.

2.4 INDICADORES DE PRODUTIVIDADE DE PESSOAL (IPP1 – IPP2 – IPP3)


IPP1 - Índice de Produtividade de Pessoal 1.

A.F
IPP1 =
N .E
AF = Água faturada pela empresa em m³.
NE = Número total de empregados da empresa.
IPP2 - Índice de Produtividade de Pessoal 2.

EA = Número de ligações de água.

12
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

EE = Número de ligações de esgotamento sanitário.


NE = Número total de empregados da empresa.
IPP3 - Índice de Produtividade de Pessoal 3.

E. A + E.E
IPP 3 =
NE
EA = Número de economias com água.
EE = Número de economias com esgotamento sanitário.
NE = Número total de empregados da empresa.

2.5 INDICADORES DE QUALIDADE DOS SERVIÇOS E DOS PRODUTOS (ISC - IQA);


ISC – Índice de Satisfação do Cliente.

PS
ISC = × 100
PT
PS = Parcela da população da amostra satisfeita (soma dos conceitos bons e ótimos ou
soma dos conceitos satisfeito e muito satisfeito) com os serviços prestados pela empresa.
PT = População total da amostragem.
IQA – Índice da qualidade da água distribuída.
6
IQA = ∑ N (i ) × p (i )
i =1

N = Nota média do parâmetro no período;


p = Peso atribuído ao i-ésimo parâmetro;
Os parâmetros considerados e os respectivos pesos são:
• Coliformes totais (peso - 0,30);
• Cloro livre residual (peso - 0,20);
• Turbidez (peso - 0,15);
• Fluoretos (peso - 0,15);
• Cor (peso - 0,10);
• Ph (peso - 0,10).

2.6 INDICADORES DE QUALIDADE COMERCIAL (QF – IPF – IH- ICOB)


QF – Qualidade do Faturamento.

CS
QF = × 100
CE
CS = Contas substituídas por falhas de faturamento.

13
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

CE = Número de contas emitidas no mês.

IPF - Índice de Perdas de Faturamento.

VP − VF
IPF = × 100
VP
VP = Volume produzido (m³).
VF = Volume faturado (m³).

IH – Índice de Hidrometração.

EM = Número total de economias de água com medição do conjunto.


ET = Número total de economias de água do conjunto.

ICOB – Índice de Eficiência da Cobrança.

AA
ICOB = × 100
FA
AA = Arrecadação acumulada dos últimos doze meses (a partir do mês n).
FA = Faturamento acumulado dos últimos doze meses (a partir do mês n-1).

14
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

3 INDICADORES SELECIONADOS DO PRÊMIO NACIONAL DE QUALIDADE


EM SANEAMENTO - PNQS
Os indicadores descritos a seguir foram selecionados das opções oferecidas pelo Guia de
Referência para Medição do Desempenho – GRMD 2014. Trata-se de uma particularidade,
na prática, do Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento (PNQS) - ABES que assegura
a implantação efetiva de um sistema de medição de desempenho, aplicável a todas as
organizações de saneamento. Considera, alinhado à Lei nº 11.445/07, todas as áreas de
saneamento: água, esgoto, resíduos sólidos, manejo de águas pluviais e efluente industrial.
A tabela utiliza o mesmo código do GRMD 2014 para cada indicador, apresenta o nome por
extenso, a fórmula de cálculo e descreve cada um dos componentes desta. Alguns dos
indicadores desta lista, entre outros constantes do Guia mencionado, estão sendo aplicados
no município de São Leopoldo, o que demonstra a viabilidade da medição inclusive por
sistemas municipais.

15
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

3.1 INDICADORES ECONÔMICO FINANCEIROS


Quadro 1. Indicadores econômico financeiros

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

IFn01 Índice de desempenho FN01: Receita operacional direta de água em R$. Valor faturado anualmente decorrente da prestação
financeiro (água e esgoto). do serviço de abastecimento de água, resultante exclusivamente da aplicação das tarifas e/ou taxas.
FN01+ FN03 + FN05
% × 100 FN03: Receita operacional direta de esgoto em R$. Valor faturado decorrente da prestação do serviço
FN08 de esgotamento sanitário, resultante exclusivamente da aplicação das tarifas. Corresponde ao
somatório dos valores no período considerado.
FN05 - Receita operacional direta – água exportada, bruta ou tratada. Valor faturado anual decorrente
da venda de água, bruta ou tratada, exportada no atacado para outros agentes distribuidores.
Corresponde à receita resultante da aplicação de tarifas especiais ou de valores estabelecidos em
contratos especiais. Corresponde ao somatório dos valores no período considerado.
2
FN08 - Despesas totais com os serviços – DTS. Valor anual total do conjunto de despesas
realizadas para a prestação dos serviços: despesas de exploração - DEX (custos com pessoal,
energia elétrica, serviços de terceiros, produtos químicos e outras), despesas com juros e encargos
da dívida (incluindo variações monetárias e cambiais), despesas com depreciação, amortização do
ativo diferido e provisão para devedores duvidosos, despesas fiscais ou tributárias não computadas
na DEX além de outras despesas com os serviços. Corresponde ao somatório dos valores realizados
no período considerado, além de outras despesas de exploração.

2
Nota: Devem estar incluídas as despesas da administração central e dos escritórios regionais, tais como pessoal, serviços de terceiros, materiais e equipamentos, impostos e tributos, despesas
financeiras, e similares. Não havendo contabilização dessas despesas no nível dos sistemas e/ou unidade, admite-se que aquelas sejam rateadas, segundo critérios técnicos estabelecidos pela
organização.

16
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

IFn02 Indicador de águas não SP07- Volume de água produzido em metros cúbicos (m³). Volume anual de água disponível para
faturadas por volume. consumo, compreendendo a água captada pelo prestador e a água bruta importada, ambas tratadas
SP07 + SP11 − SP20 na(s) unidade(s) de tratamento, medido ou estimado na(s) saída(s) da(s) Estação(ões) de Tratamento
% X100 de Água – ETA(s) ou Unidade(s) de Tratamento Simplificado (UTS). Inclui também os volumes de
SP07 + SP11 água captada pelo prestador de serviço ou de água bruta importada, que sejam disponibilizados para
consumo sem tratamento, medidos na(s) entrada(s) do sistema de distribuição. Corresponde ao
somatório das quantidades ocorridas no período considerado.
SP11 - Volume de água tratada importado em metros cúbicos (m³). Volume anual de água potável,
previamente tratada – em ETA(s) ou UTS(s) –, recebido de outros agentes fornecedores. Deve estar
computado no volume de água macromedido, quando efetivamente medido. Não deve ser computado
nos volumes de água produzida, tratada em ETAs ou tratada por simples desinfecção. A despesa
com a importação de água deve estar computada na informação relativa ao valor anual das despesas
realizadas com a importação de água bruta ou tratada no atacado. Corresponde ao somatório das
quantidades ocorridas no período considerado.
SP20- Volume de água faturado em metros cúbicos (m³). Volume anual de água debitado ao total de
economias (medidas e não-medidas), para fins de faturamento. Inclui o volume de água tratada
exportado (SP13) para outro prestador de serviços. As receitas operacionais correspondentes devem
estar computadas nas informações FN01 (debitadas em economias na área de atendimento pelo
prestador de serviços) e FN05 (para o volume anual fornecido a outro prestador de serviços).
Corresponde ao somatório dos valores no período considerado.

IFn03 Despesas totais com os FN08 - Despesas totais com os serviços – DTS.
serviços por m³. FN08
SP20- Volume de água faturado em metros cúbicos (m³).
R$/m³ SP20 + SP79
SP79 - Volume de esgoto faturado em metros cúbicos (m³). Volume anual de esgoto debitado ao total
de economias, para fins de faturamento. Em geral é considerado como um percentual do volume de
água faturado na mesma economia. Inclui o volume anual faturado decorrente da importação de
esgotos. As receitas operacionais correspondentes devem estar computadas nas informações FN03
(debitadas em economias na área de atendimento pelo prestador de serviços) e Receita Operacional
direta de esgoto bruto importado (para o volume anual de esgotos recebido de outro prestador de
serviços). Corresponde ao somatório dos valores no período considerado.

17
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

IFn08 Despesa per capita com FN21- Despesa total com os serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos (público + privado +
FN21
manejo de resíduos sólidos outros executores) em reais (R$)/ano. Resultado da soma das despesas da Prefeitura ou do Serviço
urbanos. CM19 de Limpeza Urbana com agentes executores de serviços de manejo de resíduos sólidos urbanos no
3
município, incluindo agentes públicos, privados e outros .
R$/hab.
CM19 - População urbana do município operado com coleta de resíduos sólidos urbanos. População
urbana de um município estimado pelo SNIS, multiplicando a relação da população urbana dividida
pela população total, ambas do Censo 2010 do IBGE, pela população total estimada pelo IBGE para o
ano de referência (2013).

IFn09 Autossuficiência com a FN22 - Despesa total com a coleta de esgotos pluviais (público + privado + outros executores) em
coleta de águas pluviais. FN23 reais (R$)/ano. Resultado da soma das despesas da Prefeitura ou do Serviço de Drenagem Urbana
X100 com agentes executores da expansão e manutenção da coleta de esgotos pluviais no município,
% FN22
incluindo agentes públicos, privados e outros.
FN23 – Receita arrecadada com a coleta de esgotos pluviais em reais (R$)/ano. Montante total dos
recursos efetivamente arrecadados mediante a cobrança de taxas ou tarifas vinculadas à prestação
de serviços de coleta de esgotos pluviais à população.

IFn10 Autossuficiência com FN19 FN 19 - Receita operacional direta, em reais (R$) – manejo dos resíduos sólidos. Valor faturado
manejo de resíduos sólidos X100 decorrente da prestação do serviço de manejo de resíduos sólidos, resultante exclusivamente da
urbanos. FN21 cobrança por este serviço. Corresponde ao somatório dos valores no período considerado.
%

IFn11 Despesa per capita com a FN22 CM20 – População declarada como atendida com a coleta de águas pluviais. Valor declarado pelo
coleta de águas pluviais. órgão responsável, considerado o resultado da soma da população efetivamente beneficiada com a
CM20 coleta de águas pluviais no município e da(s) população(ões) de outro(s) município(s) também
R$/hab. beneficiada(s) pelo serviço prestado pelo mesmo órgão. Inclui populações da sede, de distritos ou
povoados efetivamente atendidos de forma regular.
FN22 – Já descrito anteriormente.

3
Obs.: São também admitidas neste campo as despesas realizadas com empresa públicas executoras de serviços de manejo de resíduos sólidos urbanos existentes no município.

18
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

IFn12 Indicador de receita da FN 19 – Já descrito anteriormente.


coleta de resíduos sólidos FN19
CM17 - Quantidade de imóveis atendidos pelo serviço de coleta de resíduos sólidos. Quantidade de
por imóvel. CM17 economias residenciais atendidas pelo serviço de coleta de resíduos sólidos na zona urbana, no último
R$/imóvel dia útil do período considerado. Quando se tratar de mais de um município, o resultado final
corresponde à soma dos valores de cada município.

IFn15 Índice de evasão de F05 – Receita operacional total (direta+indireta) em R$/ano - Valor faturado anual decorrente das
receita. F05 - F06 atividades-fim do prestador de serviços. Resultado da soma da Receita Operacional Direta (água,
X100 esgoto e água exportada) e da receita operacional Indireta.
%
F05 F06 – Arrecadação total (R$/ano). Valor anual efetivamente arrecadado das receitas operacionais
(disponível em caixa ou em bancos-conta movimento).

IFn16 Índice de retorno sobre o DA30 Resultado operacional sem depreciação (R$). Valor anual resultante da diferença entre as
4 DA30
patrimônio líquido . receitas operacionais e as despesas de exploração (pessoal, produtos químicos, materiais, energia,
X 100
DA38 − DA30 serviços de terceiros, gerais e fiscais).
%
DA38 - Patrimônio líquido. Valor anual pertencente aos acionistas, composto pelo capital social
realizado, reservas de capital, reservas de reavaliação, reserva de lucro e lucros ou prejuízos
acumulados. Indica a diferença entre os valores do ativo, do passivo e o resultado de exercícios
5
futuros. É o valor contábil pertencente aos acionistas ou sócios .

4
Indicador pode não ser aplicável a unidades de corporação e organizações públicas municipais.
5
Ver Lei 11.638 – S/A.

19
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

IFr06 Custo do tratamento de FN07- Despesas em reais (R$) de exploração relativas ao tratamento de água. Valor total do conjunto
FN07
água. de despesas realizadas para o tratamento de água. Refere-se à parcela das despesas de exploração
SP08 (DEX) específica para o tratamento de água em ETA(s), excluindo o tratamento de água por simples
R$/m³ desinfecção. Corresponde ao somatório dos valores realizados no período considerado. Despesas de
exploração (DEX): compõem-se dos custos com pessoal, energia elétrica, serviços de terceiros,
produtos químicos, despesas fiscais ou tributárias incidentes na DEX, além de outras despesas de
6
exploração .
SP08 – Volume, em metros cúbicos (m³), de água tratada em ETA(s). Volume de água submetido a
tratamento, incluindo a água bruta captada pelo prestador de serviços e água bruta importada, medido
ou estimado na(s) saída(s) da(s) ETA(s), excluindo o volume de água tratada por simples desinfecção
e o volume importado de água já tratada. Corresponde ao somatório das quantidades ocorridas no
período considerado.

6
Nota: devem estar incluídas as despesas da administração central e dos escritórios regionais, tais como pessoal, serviços de terceiros, materiais e equipamentos, e similares, desde que
específicas para o tratamento de água em ETA(s). Não havendo contabilização dessas despesas no nível dos sistemas e/ou unidade, admite-se que aquelas sejam rateadas, segundo critérios
técnicos estabelecidos pela organização.

20
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

3.2 INDICADORES RELATIVOS AO CLIENTE E AO MERCADO


Quadro 2. Indicadores relativos a clientes e ao mercado

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

ICm01 Índice de reclamações e CM11 - Quantidade de reclamações e de comunicações de problemas, incluindo as


comunicação de problemas. CM11 reclamações relativas aos serviços de drenagem urbana e manejo de resíduos sólidos,
SP01 + SP71 quando pertinente. Quantidade total de reclamações e de comunicações de problemas.
Reclam.p/ ligação. Incluem-se aquelas de iniciativa da própria organização. Corresponde ao somatório das
7
quantidades ocorridas no período considerado .
SP01 - Quantidade de ligações ativas de água. Quantidade de ligações ativas de água à
rede pública, que contribuíram para o faturamento no período considerado. Adoção do
número de ligações ativas no último dia útil de cada mês. O valor do mês corresponde à
média aritmética entre o valor do mês anterior e o do atual. Para períodos superiores a um
mês, adotar a somatória das quantidades médias mensais.
SP71 - Quantidade de ligações ativas de esgoto. Quantidade de ligações ativas de esgoto
à rede pública, que contribuíram para o faturamento no período considerado. Adoção do
número de ligações ativas no último dia útil de cada mês. O valor do mês corresponde à
média aritmética entre o valor do mês anterior e o do atual. Para períodos superiores a um
mês, adotar a somatória das quantidades médias mensais.

ICm02 Índice de satisfação dos Por meio da informação CM14. CM14 - Pesquisa de opinião sobre a satisfação dos clientes. Pesquisa de campo para
clientes. medir a percepção de clientes e do mercado em relação à satisfação com os produtos
oferecidos e os serviços prestados. É importante que a pesquisa avalie o grau de
satisfação em relação aos principais produtos, serviços e atributos.

7
Exemplos: Água – verificação de ligação executada não faturada, verificação de ligação de água faturada e não executada, verificação de duplicidade de inscrição, verificação de serviços
solicitados não executados, verificação de consumo medido, verificação de valores lançados na fatura de água, verificação de não recebimento de fatura, fatura entregue em endereço errado,
calibração de hidrômetro, conserto de vazamento na ligação predial, conserto de vazamento na rede, reclamação de falta d'água/baixa pressão, conserto de vazamento no cavalete, reposição de
calçada ou pavimento, expurgo no quadro ou rede, serviços em atraso, vazamento no quadro, ramal ou rede, má qualidade da água, ligação clandestina e atendimento do agente.
Esgotos – verificação de ligação executada não faturada, verificação de ligação de esgoto faturado e não executado, verificação de dados cadastrais, verificação de duplicidade de inscrição,
verificação de serviços solicitados e não executados, verificação de valores lançados na fatura, verificação de não recebimento de fatura, fatura entregue em endereço errado, desobstrução rede de
esgoto, recuperação pavimento, recuperação do passeio, desobstrução de ligação esgoto, recolocação da tampa da caixa de ligação de esgoto, verificação de interligação de esgoto, erosão de
calçada, atendimento do agente, limpeza de boca de lobo, reposição de tampa de boca de lobo.

21
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

ICm04 Índice de conhecimento dos CM16 - Pesquisa de opinião sobre os serviços e os produtos. Pesquisa de campo para
serviços e produtos. medir a percepção de clientes e do mercado quanto ao conhecimento dos produtos
Por meio da informação CM16 oferecidos e dos serviços prestados. Pode ser feita junto com a pesquisa CM14 e/ou
De acordo com a metodologia CM15.
utilizada.

ICm05 Índice de atendimento urbano CM01 CM01 - População urbana atendida com abastecimento de água. Resultado do produto
de água. X100 da quantidade de economias residenciais ativas de água na zona urbana, no último dia
CM03 útil do período considerado, pela taxa média de habitantes por domicílio do município.
% Em geral, são utilizadas taxas obtidas com base no último Censo Demográfico, realizado
pelo IBGE. Podem também ser utilizadas taxas obtidas em estudos mais recentes,
tecnicamente adequadas à realidade do sistema/município em análise. Quando se tratar
de mais de um município, o resultado final corresponderá à soma dos valores calculados
para cada município.
CM03 - População urbana do município operado com abastecimento de água. População
urbana do município operado pela organização com abastecimento de água. Em geral, é
calculada a partir de projeções do Censo Demográfico ou de dados e taxas de
crescimento obtidas com base nos últimos censos realizados pelo IBGE. Podem também
ser utilizadas taxas obtidas em estudos mais recentes, tecnicamente adequadas à
realidade do sistema/município em análise. Quando se tratar de mais de um município, o
resultado final corresponderá à soma dos valores calculados para cada município.

ICm06 Índice de atendimento urbano CM06 CM06 - Resultado do produto da quantidade de economias residenciais ativas de esgoto
de esgoto sanitário. X100 na zona urbana, no último dia útil do período considerado, pela taxa média de habitantes
CM08 por domicílio do município. Em geral, são utilizadas taxas obtidas com base no último
% Censo Demográfico, realizado pelo IBGE. Podem também ser utilizadas taxas obtidas
em estudos mais recentes, tecnicamente adequadas à realidade do sistema/município
em análise. Quando se tratar de mais de um município, o resultado final corresponderá à
soma dos valores calculados para cada município.
CM08 - População urbana do município operado com esgotamento sanitário. População
urbana do município operado pela organização com esgotamento sanitário. Em geral, é
calculada a partir de projeções do Censo Demográfico ou de dados e taxas de
crescimento obtidas com base nos últimos censos realizados pelo IBGE. Podem também
ser utilizadas taxas obtidas em estudos mais recentes, tecnicamente adequadas à
realidade do sistema/município em análise. Quando se tratar de mais de um município, o
resultado final corresponderá à soma dos valores calculados para cada município.

22
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

ICm07 Índice de tratamento do esgoto SP77- Volume de esgoto tratado, em metros cúbicos (m³). Volume anual de esgoto
gerado. SP77 coletado na área de atuação do prestador de serviços que foi submetido a tratamento,
X100 medido ou estimado na entrada da(s) Estação(ões) de Tratamento de Esgoto – ETE(s).
% 0,8 X SP15 Corresponde ao somatório das quantidades ocorridas no período considerado. Não inclui
o volume de esgoto bruto importado que foi tratado nas instalações do importador nem o
volume de esgoto bruto exportado que foi tratado nas instalações do importador.
SP15 - Volume de água consumido. Volume de água anual consumido por todos os
clientes, compreendendo o volume micromedido e o volume de consumo estimado para
as ligações desprovidas de hidrômetro ou com hidrômetro parado, acrescido do volume
de água tratada exportado para outras prestadoras de serviços. Não deve ser confundido
com o volume de água faturado, pois, para o calculo deste último, os prestadores de
serviços adotam parâmetros de consumo mínimo ou médio, que podem ser superiores
aos volumes efetivamente consumidos. Corresponde ao somatório das quantidades
ocorridas no período considerado.

ICm10 Tempo médio de resposta à CM22 - Quantidade de horas de atendimento de reclamações. Quantidade de horas
reclamação dos CM22 despendidas para retornar ao cliente, desde a primeira hora do registro da reclamação
cidadãos/usuários. até a solução do problema.
CM23
H/Reclam. CM23 - Quantidade total de reclamações respondidas. Quantidade total de reclamações
respondidas no período.

ICm11 Índice de atendimento urbano CM18 - População atendida declarada (atendida com serviço de coleta de resíduos
da coleta de resíduos sólidos. CM18 domiciliares). Valor declarado pelo órgão responsável, considerado o resultado da soma
X100
CM19 da população efetivamente beneficiada com o serviço regular de coleta de resíduos
% domiciliares no município e da(s) população(ões) de outro(s) município(s) também
beneficiada(s) pelo serviço prestado pelo mesmo órgão. Inclui populações da sede, de
distritos ou povoados efetivamente atendidos de forma regular. Entende-se como regular
o serviço com frequência mínima de uma vez por semana.
CM19 - População urbana do município operado com coleta de resíduos sólidos urbanos.
População urbana de um município estimada pelo SNIS, multiplicando a relação da
população urbana dividida pela população total, ambas do Censo 2010 do IBGE, pela
população total estimada pelo IBGE para o ano de referência.

23
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

ICm12 Índice de atendimento urbano CM20 CM20 - População atendida declarada (atendida com a coleta de águas pluviais). Valor
de águas pluviais. X100 declarado pelo órgão responsável, considerado o resultado da soma da população
%
CM21 efetivamente beneficiada com a coleta de águas pluviais no município e da(s)
população(ões) de outro(s) município(s) também beneficiada(s) pelo serviço prestado pelo
mesmo órgão. Inclui populações da sede, de distritos ou povoados efetivamente atendidos
de forma regular.
CM21 - População total do município operado, com a coleta de águas pluviais. População
urbana de um município estimado pelo SNIS, multiplicando a relação da população
urbana dividida pela população total, ambas do Censo 2010 do IBGE, pela população total
estimada pelo IBGE para o ano de referência.

ICm13 Índice de ocorrências no órgão CM24 - Registro de ocorrências no órgão de defesa do consumidor. Quantidade de
de defesa do consumidor. CM24 representações formalizadas contra a organização perante o Órgão de Defesa do
(SP01 + SP71)/1000 Consumidor, tais como, PROCON, Codecon, Superintendência de Proteção e Defesa do
Registro de ocorrência/1.000 lig. Consumidor, em decorrência da insatisfação com o produto ou serviço adquirido pelo
A e E. cliente.
SP01 - Quantidade de ligações ativas de água. Quantidade de ligações ativas de água à
rede pública, que contribuíram para o faturamento no período considerado. Adoção do
número de ligações ativas no último dia útil de cada mês. O valor do mês corresponde à
média aritmética entre o valor do mês anterior e o do atual. Para períodos superiores a um
mês, adotar a somatória das quantidades médias mensais.
SP71 - Quantidade de ligações ativas de esgoto. Quantidade de ligações ativas de esgoto
à rede pública, que contribuíram para o faturamento no período considerado. Adoção do
número de ligações ativas no último dia útil de cada mês. O valor do mês corresponde à
média aritmética entre o valor do mês anterior e o do atual. Para períodos superiores a um
mês, adotar a somatória das quantidades médias mensais.

CM25 - Realização de audiências no órgão de defesa do consumidor. Quantidade de


audiências convocadas pelo Órgão de Defesa do Consumidor, realizadas entre as
CM25 partes: fornecedor e cliente, visando a um acordo que extingue a insatisfação do cliente.
Índice de audiências no órgão X100
ICm14 de defesa do consumidor. CM24 CM24 - Registro de ocorrências no órgão de defesa do consumidor. Quantidade de
representações formalizadas contra a organização perante o órgão de defesa do
%
consumidor, tais como, PROCON, Codecon, Superintendência de Proteção e Defesa do
Consumidor, em decorrência da insatisfação com o produto ou serviço adquirido pelo
cliente.

24
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

3.3 INDICADORES RELATIVOS À SOCIEDADE


Quadro 3. Indicadores relativos à sociedade

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

Isc02a Índice de sanções e FN15 – Despesas, em R$, com sanções e indenizações. Valor total das despesas pagas
indenizações para resíduos FN15 pela organização a título de multas, sanções e indenizações, decorrentes de autuações de
sólidos. X100 órgãos ambientais, sentenças ou acordos judiciais (exceto trabalhistas), indenizações por
FN19 perdas e danos, multas de trânsito, ações dos órgãos de defesa do consumidor e
% similares. Corresponde ao somatório dos valores realizados no período considerado.
FN19 - Receita operacional direta – manejo dos resíduos sólidos. Valor faturado
decorrente da prestação do serviço de manejo de resíduos sólidos, resultante
exclusivamente da cobrança por este serviço. Corresponde ao somatório dos valores no
período considerado.

ISc04 Indicador de mitigação de SC01 - Quantidade total de impactos significativos identificados. Quantidade de fatores
impactos ambientais. SC04 significativos geradores de impactos ambientais identificados. Uma possível referência
X100
SC01 para a identificação dos fatores é a norma ISO 14001. Corresponde ao somatório das
% quantidades ocorridas no período considerado.
SC04 - Quantidade total de impactos ambientais significativos controlados ou resolvidos.
Quantidade de fatores significativos geradores de impactos ambientais controlados ou
resolvidos. Corresponde ao somatório das quantidades ocorridas no período considerado.

ISc09 Índice de tratamento do esgoto SP77 - Volume de esgoto tratado. Volume anual de esgoto coletado na área de atuação
gerado. do prestador de serviços que foi submetido a tratamento, medido ou estimado na entrada
SP77 da(s) Estação(ões) de Tratamento de Esgoto – ETE(s). Corresponde ao somatório das
% X100 quantidades ocorridas no período considerado. Não inclui o volume de esgoto bruto
0,8 X SP15 importado que foi tratado nas instalações do importador nem o volume de esgoto bruto
exportado que foi tratado nas instalações do importador.
SP15 – Já descrito anteriormente.

25
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

3.4 INDICADORES RELATIVOS ÀS PESSOAS


Quadro 4. Indicadores relativos às pessoas

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

IPe05 Índice de frequência de 6 PE14 - Quantidade de acidentes de trabalho. Quantidade de ocorrências de acidentes no
acidentes. PE14 x 10 trabalho, com lesão física, independentemente de afastamento do trabalho. Corresponde
ao somatório das quantidades ocorridas no período considerado, abrangendo toda a
% PE16 força de trabalho.
PE16 - Quantidade de homens-hora efetivamente trabalhada. Quantidade de horas que
efetivamente foram trabalhadas. Corresponde ao somatório das quantidades ocorridas no
período considerado, abrangendo toda a força de trabalho.

IPe07 Ind. produtividade da força de PE01 PE01 - Força de trabalho (quantidade de empregados). Quantidade de empregados
trab. p/ serviço de coleta de X1000 próprios e de empregados terceirizados sujeitos à coordenação direta do sistema
resíduos sólidos urbanos. CM19 gerencial da organização, independentemente do seu vínculo empregatício. Inclui também
dirigentes, cargos em comissão, estagiários ou outros, postos permanentemente – e com
Empregado por 1.000 ônus – à disposição da organização. Adoção do número de empregados no último dia útil
habitantes. de cada mês. O valor do mês corresponde à média aritmética entre o valor do mês
anterior e o do atual. Para períodos superiores a um mês, adotar a somatória das
quantidades médias mensais.
CM19 - População urbana do município operado com coleta de resíduos sólidos urbanos.
População urbana de um município estimado pelo SNIS, multiplicando a relação da
população urbana dividida pela população total, ambas do Censo 2010 do IBGE, pela
população total estimada pelo IBGE para o ano de referência (2013).

IPe08 Ind. produtividade da força de PE01 CM21 - População total do município operado, com a coleta de águas pluviais.
trab. p/ manejo de águas X1000 População urbana de um município estimado pelo SNIS, multiplicando a relação da
pluviais. CM21 população urbana dividida pela população total, ambas do Censo 2010 do IBGE, pela
população total estimada pelo IBGE para o ano de referência.
Empregado por 1.000
habitantes.

26
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

IPe12 Índice de absenteísmo. PE21a - Número médio de empregados. É o valor médio do número de empregados no
PE21a x PE22a início e no final do período.
% x100
PE21a x PE23a PE22a - Número de horas perdidas, por ausência ao trabalho. Corresponde à soma
simples das horas não trabalhadas por ausência ao trabalho; não inclui o tempo referente
à licença prêmio, afastamento por acidentes e férias.
PE23a - Horas trabalhadas. Corresponde à soma das horas efetivamente trabalhadas,
inclusive horas extras.

27
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

3.5 INDICADORES RELATIVOS AOS PROCESSOS


Quadro 5. Indicadores relativos aos processos

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

ISp04 Tempo médio de execução de SP46 - Quantidade de novas ligações de água solicitadas. Quantidade de novas ligações
ligação de água. SP47 de água à rede pública, solicitadas pelos clientes, executadas no período considerado.
Corresponde ao somatório das quantidades ocorridas no período considerado.
H/ligação. SP46
SP47 - Tempo de execução de novas ligações de água. Quantidade de horas
despendidas no conjunto de ações para a execução de novas ligações de água, desde a
primeira solicitação do cliente até a conclusão total. A conclusão total ocorre quando o
reparo da pavimentação e o bota-fora do entulho estiverem concluídos. Corresponde ao
somatório das quantidades ocorridas no período considerado.

ISp06 Tempo médio de execução de SP86 - Quantidade de novas ligações de esgoto solicitadas. Quantidade de novas
ligação de esgoto sanitário.
SP87 ligações de esgoto à rede pública, solicitadas pelos clientes, executada no período
SP86 considerado. Corresponde ao somatório das quantidades ocorridas no período
H/ligação. considerado.
SP87- Tempo de execução de novas ligações de esgoto. Quantidade de horas
despendidas no conjunto de ações para a execução de novas ligações de esgoto, desde
a primeira solicitação do cliente até a conclusão total. A conclusão total ocorre quando o
reparo da pavimentação e o bota-fora do entulho estiverem concluídos. Corresponde ao
somatório das quantidades ocorridas no período considerado.

28
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

ISp14 Indicador de perdas totais de SP01, SP07, SP11, SP15 – já descritos.


água por ligação. SP07+ SP11− SP13 − SP15− SP17− SP19
SP13 - Volume de água tratada exportado. Volume anual de água potável, previamente
SP01x SP42
L/lig./dia. tratada – em ETA(s) ou UTS(s) –, transferido para outros agentes distribuidores,
independentemente se da própria organização ou não. Deve estar computado no volume
de água consumido e faturado neste último caso se efetivamente ocorreu faturamento. A
receita com a exportação de água deve ser computada em receita operacional direta de
água exportada (bruta ou tratada), ou seja, valor faturado anual decorrente da venda de
água, bruta ou tratada, exportada no atacado para outros agentes distribuidores.
Corresponde à receita resultante da aplicação de tarifas e/ou taxas especiais ou valores
estabelecidos em contratos especiais. Corresponde ao somatório das quantidades
ocorridas no período considerado.
SP17 - Volume de água de serviço. Valor da soma dos volumes anuais de água para
atividades operacionais e especiais, acrescido do volume de água recuperado.
Corresponde ao somatório das quantidades ocorridas no período considerado. Atividades
operacionais e especiais (informação X041 do SNIS): testes de estanqueidade e
desinfecção de redes (adutoras, subadutoras e distribuição), uso próprio nas instalações
da organização, uso de água pelo corpo de bombeiros e suprimentos sociais com
caminhões-pipas (favelas e chafarizes). As águas de lavagem das ETA(s) ou UTS9s não
devem ser consideradas.
SP19 - Volume de água recuperado (informação X165 do SNIS modificado). Volume de
água recuperado em decorrência da detecção de ligações clandestinas e fraudes, com
incidência retroativa no período de análise. Informação estimada em função das
características das ligações eliminadas, baseada nos dados de controle comercial –
ganho recuperado e registrado com a aplicação de multas. Corresponde ao somatório
das quantidades ocorridas no período considerado.
SP42 - Tempo total do período considerado, em dias. Quantidade total de dias do período
considerado.

29
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

Cód. Nome do Indicador Fórmula Decodificação

ISp21 Índice de recuperação de SP91 - Quantidade total de materiais recuperados exceto matéria orgânica e rejeito.
materiais recicláveis.
SP91 Quantidade total anual de materiais recicláveis recuperados (exceto matéria orgânica e
x100
SP92 rejeitos) coletados de forma seletiva ou não, decorrente da ação dos agentes executores
% mencionados, ou seja, Prefeitura, empresa(s) contratada(s) por ela, associações de
catadores e outros, não incluindo, entretanto, quantidades recuperadas por catadores
autônomos não-organizados nem quantidades recuperadas por intermediários privados
(“sucateiros”).
SP92 - Quantidade total de resíduos sólidos públicos coletada por todos os agentes
executores. Quantidade total anual de resíduos sólidos públicos coletados pelos agentes
mencionados – público, privado e outros. Não inclui quantidade de resíduos domiciliares.

ISp22 Índice de resíduos sólidos SP93 SP93 - Resíduos sólidos totais coletados com destinação adequada. Resíduos sólidos
totais com destinação x100 totais coletas com destinação adequada em cumprimento à legislação vigente.
adequada. SP94 SP94 - Resíduos sólidos. Total de resíduos sólidos produzidos no município.
%

IPa02 Índice de hidrometração. SP03 - Quantidade de ligações ativas de água micromedidas. Quantidade de ligações
SP03 ativas de água, providas de aparelho de medição (hidrômetro) em funcionamento regular,
x100 que contribuíram para o faturamento no período considerado. Adoção do número de
SP01 ligações ativas no último dia útil de cada mês. O valor do mês corresponde à média
aritmética entre o valor do mês anterior e o do atual. Para períodos superiores a um mês,
adotar a somatória das quantidades médias mensais.
SP01 já decodificado.

IPa03 Índice de macromedição. SP09 - Volume de água macromedido. Valor da soma dos volumes anuais de água
SP09 medidos por meio de macromedidores permanentes: na(s) saída(s) da(s) ETA(s) e das
x100
(SP07 +SP11 - SP13) UTS(s) e nos pontos de entrada de água tratada importada, se existir. Corresponde ao
somatório das quantidades ocorridas no período considerado.
SP07, SP11, SP13 já decodificados

30
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

4 OUTROS INDICADORES

Os indicadores relacionados a seguir foram compilados pela equipe da Concremat como


sugestão para utilização em municípios que desejem implantar sistemas de monitoramento
dos serviços de drenagem e gestão das águas pluviais e limpeza urbana gestão dos
resíduos sólidos.

4.1 INDICADORES E METAS PARA DRENAGEM

Os indicadores sugeridos foram concebidos buscando utilizar as referências


atualmente existentes. A sequência de implementação do Plano de Saneamento vai
possibilitar a melhoria na base de dados a serem coletados e armazenados no Sistema de
Informações Geográficas (SIG) e, consequentemente, a adoção de outros indicadores para
monitoramento do desempenho do plano em relação às metas propostas.

A - Indicador de cobertura da microdrenagem

LVE
ICMicro =
LVTotal
Sendo:

• ICMicro: Índice de Cobertura de Microdrenagem;


• LVE: Extensão das vias na área urbana com infraestrutura de microdrenagem, em
km;
• LVTotal: Extensão total de vias na área urbana, em km.
B - Indicador de cobertura da macrodrenagem

CIPD
ICMacro =
CPPD
Sendo:

• ICMacro: Índice de Cobertura de Macrodrenagem;


• CIPD: Quantidade de canais ou estruturas de drenagem implantados em
conformidade com o Plano Diretor de Macrodrenagem;
• CPPD: Quantidade de canais ou estruturas de drenagem previstos pelo Plano
Diretor de Macrodrenagem.

31
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

C - Indicador de segurança e prevenção de acidentes

BSAl
ISAl =
BTotal
Sendo:

• ISAl: Índice de Sistema de Alerta;


• BSAl: Bacias com sistema de alerta em operação em forma adequada;
• BTotal: Número total de bacias a ser implantado sistema de alerta.

D - Indicador de eficiência do sistema de microdrenagem

VA
IMicro =
VTotal
Sendo:

• IMicro: Índice de Eficiência de Microdrenagem;


• VA: Quantidade de vias que alagam com Precipitação TR< 5 anos;
• VTotal: Número total de vias do município.

E - Indicador de eficiência do sistema de macrodrenagem

BA
IMacro =
BTotal
Sendo:

• IMacro: Índice de Eficiência de Macrodrenagem;


• BA: Bacias que apresentam deficiência na macrodrenagem com precipitação TR<
25 anos;
• BTotal: Número total de bacias na área urbana com macrodrenagem.

Meta: escoar 100% do volume para TR = 25 anos até 2020 em todas as bacias de
drenagem da área urbana.

F - Informatização do cadastro da rede de micro e macrodrenagem

 ViasCad CanCad 
ICad =  + / 2
ViasTotal CanTotal 
Sendo:

• ICad: Índice de Cadastro

32
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

• ViasCad: Número de vias com cadastro atualizado (microdrenagem superficial e


subterrânea);
• ViasTotal: Número total de vias;
• CanCad: Numero de canais com cadastro atualizado (macrodrenagem);
• CanTotal: Número total de canais.

4.2 INDICADORES E METAS PARA RESÍDUOS SÓLIDOS

A - Cobertura de coleta regular de RSU

• Sigla do Indicador: ICCR


• Função de cálculo:

IACR
ICCR =
ITotal

Sendo:

• ICCR: Índice de Cobertura de Coleta Regular;


• IACR: Número de imóveis atendidos pela coleta regular;
• ITotal: Número de imóveis totais existentes, fornecido pelo cadastro imobiliário
municipal ou por dados censitários.

B - Cobertura de coleta seletiva

• Sigla do Indicador: ICCS


• Função de cálculo:

IACS
ICCS =
ITotal

Sendo:

• ICCS: Índice de Cobertura da Coleta Seletiva;


• IACS: Número de imóveis atendidos pela coleta seletiva;
• ITotal: Número de imóveis totais existentes, fornecido pelo cadastro imobiliário
municipal ou por dados censitários.

33
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

C - Recuperação de materiais recicláveis

• Sigla do Indicador: IRMR


• Função de cálculo:

MRR
IRMR =
MRE

Sendo:

• IRMR: Índice de Recuperação de Materiais Recicláveis;


• MRR: Quantidade de materiais recicláveis recuperados;
• MRE: Quantidade estimada de materiais recicláveis presentes no RSD.

As quantidades de materiais recuperados serão indicadas por relatórios mensais elaborados


pelas administrações dos galpões de triagem. A quantidade total de recicláveis será
estimada pela quantidade total de RSD coletada, ponderada pela fração de recicláveis
presentes nos RSD, determinada em análise gravimétrica.

D - Redução da quantidade gerada de resíduos de saúde

• Sigla do Indicador: IGRSSS


• Função de cálculo:

RSC
IGRSSS =
RSref

Sendo:

• IGRSSS: Índice de Geração de Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde;


• RSC: Quantidade de Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde coletados;
• RSref: Quantidade de Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde do ano base
de referência.

A quantidade de RSSS coletada será identificada pelos relatórios emitidos mensalmente


pelo executor do serviço. A quantidade de RSSS coletada no ano de referência será
identificada de forma similar.

34
ANEXO – MECANISMOS DE AVALIAÇÃO

E - Índice de cobertura para os PEVs

• Sigla do Indicador: IPEV


• Função de cálculo:

RPEV
IPEV =
POP

Sendo:

• RPEV: População atendida pelos PEVs;


• POP: População Total no ano.

Meta e prazo:

F - Índice de cobertura para Conteinerização

• Sigla do Indicador: ICONT


• Função de cálculo:

CONT
I CONT =
POP

Sendo:

• CONT: População atendida pelos contêineres


• POP: População Total no ano.

35
GLORINHA

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

AUDIÊNCIA PÚBLICA/CONSULTA PÚBLICA

Revisão 0
Setembro/2014
PROPOSTA DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO
BÁSICO MUNICÍPIO DE GLORINHA

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

O QUE É O PLANO MUNICIPAL


DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB)?

É um acordo social e político de base técnica.


 Extrapola o período de
uma administração.

É um pacto sobre pontos


fundamentais da
infraestrutura do
município.

Deve vir antes dos


detalhamentos dos
planos diretores, dos
projetos e das obras!!!!

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

1
QUE PARTES ATUAM NO PMSB?
Seu cumprimento deve ser um compromisso mútuo:

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

QUAIS SÃO AS RESPONSABILIDADES?


Obrigações
ACATAR AS DIRETRIZES DO PMSB

Seja qual for a  Participar da coleta seletiva;


 Fazer a ligação às redes de
corrente esgoto;
político-partidária  Exercer o controle social

que detenha os sobre os serviços e os


mandatos. demais usuários.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

2
BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO

Para as administrações:
Elaborar previamente:
 planos de ações,
 de obras e
 de investimentos;
 Captar recursos financeiros;
 Adaptar estruturas técnico-operacionais para o
atendimento das metas.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO

Para a população
Usuários terão definidos:
 PRAZOS para a ampliação da infraestrutura e
 QUANTO PODERÁ CUSTAR;
 PROPOSTAS DE SOLUÇÕES para os problemas de
que afetam diretamente a população.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

3
O QUE É A POLÍTICA MUNICIPAL DE
SANEAMENTO BÁSICO?
Definir quem e como

QUEM REGULA?
QUEM FISCALIZA?
QUAL É A POLÍTICA
TARIFÁRIA E POR QUE?

Metas nacionais e estaduais

• Coleta seletiva menos lixo nos aterros.

• Taxa de lixo separada do IPTU.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL


DE SANEAMENTO BÁSICO

 Contratos de concessão em vigor;


 Legislações que disciplinam as
cobranças de tarifas, multas,
deveres e direitos;
 Regras para o funcionamento dos
serviços.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

4
PLANEJAR É
1. Analisar o estado presente dos serviços

DIAGNÓSTICO
1. Banco de
???????? dados;
2. Cadastro de
redes;
Redes de água, 3. Plano de
reservatórios? saneamento
Redes de esgoto rural;
cloacal, ETE? 4. Informatização.
Redes de drenagem?
Pessoal?
Equipamentos?

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

PLANEJAR É
2. Avaliar as projeções de demanda

PROGNÓSTICO

1. Quanto vamos crescer?


2. Para onde?
3. Vamos ter $$$$ para
pagar?
4. Em quanto tempo?

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

5
PLANEJAR É
3. Definir o estado futuro desejado
PROBLEMAS OBJETIVOS E METAS

 Alagamentos;  Prevenir alagamentos;


 Má qualidade das águas  Melhorar a qualidade das águas
pluviais. pluviais através da redução do
lançamento de resíduos sólidos.

CAUSAS PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES


 Lançamento de resíduos Incrementar os Programas e Prazo
Campanhas de Educação Imediato
nos canais de drenagem.
Ambiental incluindo os até 2015
componentes relativos à
drenagem urbana e ao PMSB.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Exigências dos planos de saneamento


Art. 19. A prestação de serviços públicos de Saneamento básico observará
plano, que poderá ser específico para cada serviço, o qual abrangerá, no
mínimo:

§ 6o A delegação de serviço de saneamento


básico não dispensa o cumprimento pelo
prestador do respectivo plano de saneamento
básico em vigor à época da delegação.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

6
Prazos dos planos de saneamento
Decreto nº 8.211/2014
“Art. 26...... Prazo prorrogado!

§ 2º Após 31 de dezembro de 2015, a existência de plano de


saneamento básico, será condição para o acesso a
recursos orçamentários da União quando destinados a
serviços de saneamento básico.” (NR)
Art. 34.....
§ 6º Após 31 de dezembro de 2014, será vedado o acesso
aos recursos federais destinados a serviços de
saneamento básico, àqueles titulares que não
instituírem, por meio de legislação específica, o controle
social realizado por órgão colegiado...

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Prazos deste plano de saneamento

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

7
A importância da mobilização
Material de apoio - cartilhas

O município criou seu Comitê


de acompanhamento para a
elaboração da Política
Municipal de Saneamento
Básico e do PMSB.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

A importância da mobilização

3º Seminário
Internacional
1ª Conferência
Regional dos
Planos
Municipais de
Saneamento
02 a 03 de
dezembro de 2013

O material das palestras


está disponível no site do
Consórcio Pró-Sinos e
integra o material de apoio
do PMSB/PRSB.
Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

8
A importância da mobilização

Recursos para coleta


seletiva de Glorinha

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Emergências e contingências no PMSB

O PMSB deve prever o funcionamento


e/ou a recuperação das estruturas em
ocasiões de emergência e contingências.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

9
Emergências e contingências no PMSB
Emergências – são acidentes de previsibilidade incerta,
situações de vandalismo, etc..

Exemplo de ações para emergências:


Extravasamento de rede coletora

Ações emergenciais:
• Comunicação aos órgãos
de controle ambiental;
• Reparo das instalações
danificadas;
• Notificação à Polícia

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Emergências e contingências no PMSB

Contingências – eventualidades que podem ser


minimizadas com planejamento preventivo de ações .
Exemplo de contingência:

Mau funcionamento de comportas em sistemas de


macrodrenagem.

Exemplo de ação preventiva:

Verificação das condições físicas de funcionamento


das estruturas manutenção/proteção de
equipamentos.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

10
A qualidade dos serviços no PMSB

Lei nº 11.445/2007

Art. 23. A entidade reguladora editará normas relativas às


dimensões técnica, econômica e social de prestação dos
serviços, que abrangerão, pelo menos, os seguintes aspectos:
I - padrões e indicadores de qualidade da prestação

dos serviços;
II - requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas;

VII - avaliação da eficiência e eficácia


dos serviços prestados;

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

A qualidade dos serviços no PMSB

Indicadores incluídos no PMSB de

1. Indicadores para água e esgoto da AGERGS.


2. Indicadores PNQS (todos os serviços)
3. Indicadores sugeridos pela Concremat
(todos os serviços)

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

11
Educação sanitária e ambiental no PMSB
 Resolução nº 2 de 15/06/2012 – “Estabelece as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental”.

 Instrução Normativa nº 36, de 31 de agosto de 2007 do Ministério


das Cidades assegura que de 1% a 3% dos recursos do PAC
SANEAMENTO sejam destinadas a ações socioambientais
(educação ambiental diferenciada).
Hoje, todos os recursos aplicados no saneamento geridos pela
Caixa Econômica Federal obedecem essas instruções.

Lei nº 1.290 - 30 /12/ 2010


Art. 32. São instrumentos da política do Meio Ambiente do Município de
Glorinha:

XV - A educação ambiental formal e não-formal a ser desenvolvida de


acordo com a Política Nacional de Educação Ambiental.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Educação sanitária e ambiental no PMSB


Propostas de educação sanitária e ambiental
Ação Prazo

Pesquisa qualiquantitativa sobre saneamento e meio ambiente.


Imediato
(Ação Regional)
Definir forma permanente de informação à população do andamento do PMSB.
Imediato
1. Avaliar os programas de educação ambiental e projetos de capacitação de
Curto prazo
professores sobre temas ambientais e de saneamento.
2. Fazer a adequação de modo a incluir as diretrizes e fundamentos do Plano
Municipal de Saneamento Básico (PMSB).
Relacionar espaços fixos para publicação de matérias relacionadas ao saneamento,
meio ambiente, educação ambiental, ecoturismo.
Operacionalizar a recomendação de incluir o componente de educação ambiental/
Curto, médio,
comunicação e mobilização em todas as alternativas propostas. Entre 1 e 3% do valor longo
dos investimentos em água, esgotos, resíduos e drenagem

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

12
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
MUNICÍPIO DE GLORINHA

Projeção populacional
População Domicílios
Prazo da Ano Ano
ação referência calendário total urbana rural total urbano rural

2010 (IBGE) 6.891 2.067 4.824 2.393 714 1.679

1 2014 7.443 2.672 4.772 2.661 957 1.704


Imediato
2 2015 7.581 2.823 4.759 2.727 1.017 1.710

Curto 6 2019 8.029 3.520 4.510 2.957 1.303 1.654

Médio 14 2027 8.523 4.571 3.951 3.249 1.752 1.496

Longo 22 2035 8.678 5.050 3.628 3.380 1.976 1.404

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Situação institucional

Quem faz o que?

Quem fiscaliza?

Quem administra e opera o (s) sistema (s) ?

Quem regula?

Onde a população obtém informação sobre a


qualidade dos serviços?

De onde vêm os recursos para manutenção e investimentos?

Onde estão os serviços de saneamento no organograma do


município?

Importância do planejamento
Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

13
Drenagem e gestão das águas pluviais

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Drenagem e gestão das águas pluviais


LOCALIZAÇÃO

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

14
INTERFACES Drenagem e gestão das águas pluviais

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Drenagem e gestão das águas pluviais

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

15
Drenagem e gestão das águas pluviais

DIVISÃO EM
SUB-BACIAS

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Drenagem e gestão das águas pluviais


PLANO DIRETOR URBANÍSTICO

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

16
Drenagem e gestão das águas pluviais
AREA URBANA

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Drenagem e gestão das águas pluviais


Bacia do Arroio Grande
• Sub-zona 02 (T.O. de 70 %);
• Sub-zona 03 (T.O. de 70 %)

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

17
Drenagem e gestão das águas pluviais
EXEMPLO DE DEFICIÊNCIAS NO

Ausência de planejamento de drenagem


SISTEMA DE DRENAGEM

integrado com o urbanístico

 Ações de manutenção e limpeza corretiva dos


canais sem uma análise estatística das
intervenções;

 Implantação de obras de drenagem urbana sem


o devido planejamento em termos de
consideração da ocupação efetiva atual e futura
prevista pelo Plano Diretor Urbanístico.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Drenagem e gestão das águas pluviais

Exemplo de problemas e causas


Problema Causa
Carência de obtenção de informações Inexistência de um cadastro
atualizadas e em tempo adequado topográfico informatizado da
sobre o sistema de drenagem rede de drenagem existente,
existente. com suporte de SIG.

 Identificar a natureza e o estado de conservação


do sistema de drenagem existente.
 Realizar o cadastro topográfico da rede de micro
e macrodrenagem.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

18
Exemplo de propostas
Drenagem e gestão das águas pluviais
Objetivo Meta
Padronizar os estudos e projetos referentes à
Elaborar Caderno de Encargos
gestão das águas pluviais.
Identificar a natureza e o estado de conservação
Realizar o cadastro topográfico de 100% da rede
do sistema existente.
Incrementar o programa de Educação Ambiental
Melhorar a qualidade das águas pluviais.
existente.
Atender a legislação e viabilizar a regulação dos Definir a regulação dos serviços de gestão das águas
serviços de gestão das águas pluviais. pluviais.
Otimizar recursos e viabilizar alternativas
técnicas integradas.
Garantir que investimentos a longo prazo -
ocupação futura
Melhorar as condições de escoamento do Plano Diretor de Drenagem
sistema existente.
Garantir aderência dos investimentos a longo
prazo e viabilizar alternativas técnicas
integradas.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Abastecimento de água

Esgotamento
sanitário

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

19
Abastecimento de água e esgotamento sanitário
Cobertura

Conforme informações fornecidas pela CORSAN, já foram obtidos os seguintes recursos


em abastecimento de água para Glorinha:
Recurso obtido junto ao PAC II/ 4ª seleção/ CEF – para as obras de ampliação geral do
sistema de abastecimento de água – barragem, adequação da captação, elevatória de
água bruta, ampliação da ETA e tratamento do lodo.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Abastecimento de água e esgotamento sanitário


Cobertura

Segundo o SNIS 2011, Glorinha não possuía sistema público para coleta
e tratamento de esgoto.

A CORSAN está implantando o


sistema de esgotamento
sanitário para atendimento, em
final de plano, de 4.136
habitantes.

O município aponta que deverá ser


dada atenção às moradias que se
encontram em cotas inferiores à rua,
devendo ser estudada a forma de
atendimento nesses casos.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

20
Exemplo de Propostas
Abastecimento de água e esgotamento sanitário
Plano de metas

Abastecimento de água

Cobertura mínima do serviço: 100% em 2033.


% de domicílios
urbanos e rurais
Controle de perdas abastecidos por rede
de distribuição e por
poço ou nascente
29% em 2033. com canalização
interna.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Exemplo de Propostas
Abastecimento de água e esgotamento sanitário
Plano de metas

Esgotamento sanitário

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

21
município.

Exemplo de Propostas
Abastecimento de água e esgotamento sanitário

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Exemplo de Propostas
Abastecimento de água e esgotamento sanitário

A área rural deverá ser estudada de forma a buscar o atendimento também pela
CORSAN de áreas contíguas ao sistema principal tanto no abastecimento de água como no
esgotamento sanitário. Para as demais áreas, sem viabilidade de atendimento pelos
sistemas da CORSAN, sugere-se a inclusão em um programa de Saneamento Rural de
âmbito regional.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

22
Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos


 O município dispõe do seu Plano de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos (PGIRS), fruto de um convênio entre o Fundo Nacional do Meio
Ambiente (FNMA) e o Consórcio Pró-Sinos.

 Esse PGIRS foi validado em 2012. As informações do PGIRS foram


sistematizadas em uma base de dados.

 O PMSB PROPÕE QUE o município MANTENHA a base de dados


ATUALIZADA a cada informação gerada, o que será fundamental para a
aplicação dos indicadores de avaliação do PMSB - elementos importantes
para as revisões das metas previstas para serem realizadas a cada quatro
anos.

ESSA BASE DE DADOS FOI UTILIZADA COMO REFERÊNCIA PARA AS


PROPOSTAS DE AÇÕES DE LIMPEZA URBANA E GESTÃO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS DESTE PMSB E DO PRSB.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

23
Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos

Geração de resíduos

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos

Exemplo de ação institucional

 Meta do Plano
Taxa de RSU sem vinculação com IPTU Nacional de Resíduos
Sólidos e que será
incluída no Plano
Estadual de Resíduos
Sólidos (PERS-RS) em
Exemplo de ação para coleta elaboração.

Ecopontos em áreas urbanas

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

24
Exemplo de propostas
Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos

Ação na área de tratamento

Adequar unidades de triagem de resíduos


secos

Ação para passivos ambientais

Diagnóstico de áreas de descarte


inadequado de resíduos

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos

Ações Municipais x Ações Regionais

Objetivos das ações regionalizadas:

 Ganho de escala, viabilizando tecnologias;


 Redução dos custos de implantação e de operação;
 Melhor planejamento e gerenciamento dos RSU;
 Redução de áreas impactadas.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

25
Exemplo de propostas
Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos
Ações Municipais
 Taxa sem vínculo com IPTU;
 Logística reversa (acordos, termos, PEVs);
 Coleta de resíduos (ecopontos, coleta regular, coleta
diferenciada, etc.);
 Triagem de resíduos secos;
 Fechamento de lixões e encerramento de aterros de
pequeno porte;
 Plano recuperação de gases de aterro;
 Diagnóstico e recuperação de áreas degradadas por
resíduos.
Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Exemplo de propostas
Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos
Ações Regionais

 Logística reversa (acordos, termos, etc.);


 Inclusão social (formação e manutenção de cooperativas);
 Centrais de comercialização de recicláveis;
 Centrais de tratamento de orgânicos (compostagem
acelerada);
 Transbordo e transporte de rejeitos;
 Destinação final adequada de rejeitos (aterros sanitários,
estudo de viabilidade tratamento térmico de rejeitos);
 Recuperação de gases de aterro.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

26
Propostas - Ações Regionais

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Propostas - Ações Regionais

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

27
Propostas - Ações Regionais

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

Sustentabilidade

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

28
Sustentabilidade
A partir da ANÁLISE DOS CUSTOS dos projetos,
programas e ações o PMSB aponta a
 Situação da capacidade financeira do município de
sustentar o plano ao longo dos 20 anos
 Identifica se há ou não necessidade de captação de
recursos como:
 financiamentos a fundo perdido;
 antecipação de receitas tarifárias ou reajuste de IPTU;
 parcerias público privadas - PPP,
 investimento privado, etc.

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

29
Audiência Pública do PMSB de Glorinha

PROPOSTA DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO


BÁSICO MUNICÍPIO DE GLORINHA

Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida.

1
Audiência Pública do PMSB de Glorinha

2
Audiência Pública do PMSB de Glorinha

A audiência foi realizada na Câmara de


Vereadores de Glorinha com início às 14h15min.
A abertura dos trabalhos foi feita pelo Secretário
Municipal do Meio Ambiente, Indústria e
Comércio, Sérgio Osvaldo Ribeiro da Silva que

explicou aos participantes o objetivo da audiência.


Em seguida foi apresentada a equipe da empresa
Concremat Engenharia e iniciada a apresentação
da proposta do Plano Municipal de Saneamento
Básico de Glorinha.
A jornalista Cecy Oliveira, especialista em
Comunicação e Mobilização Social, fez uma
apresentação resumida do que é um Plano Municipal de
Saneamento, quais as responsabilidades dos poderes
públicos e da comunidade, quais os prazos previstos
para sua vigência e por que, o que é planejamento,
quais os componentes de um Plano de Saneamento, o
que é um diagnóstico, um prognóstico, objetivos, metas
e ações.
Explicou o que são emergências e contingências
e como se mede a qualidade dos serviços de

saneamento e que indicadores estão


colocados no PMSB. Por último destacou a
importância da participação da população, da
mobilização e controle social e da educação
ambiental e apresentou as propostas do
Plano para esta área.

3
Audiência Pública do PMSB de Glorinha

Terminada esta primeira etapa houve várias perguntas dos participantes. Uma delas foi
sobre a possibilidade de que o
atual Conselho Municipal de
Meio Ambiente possa ser
transformado no organismo de
controle social exigido pela Lei
de Saneamento. Foi explicado
que pode hav er essa
adaptação mas necessita ser
feita através de lei municipal
que inclua nas atribuições do
órgão aquelas específicas do
saneamento. Também houve
questionamentos sobre os
critérios de expansão das redes de água e esgoto tendo o vereador Jorge da Silva feito várias
perguntas sobre valores de implantação de serviços de abastecimento de água e coleta e
tratamento de esgoto. Também o senhor Renato de Oliveira fez comentários sobre este mesmo
tempo.
Foi iniciada então a segunda etapa com a apresentação pela engenheira Deisy Maria
Andrade Batista,
coordenadora dos
Planos pela Concremat,
das propostas para as
áreas de abastecimento
de água, esgotamento
sanitário, limpeza urbana
e gestão das águas
pluviais, e drenagem e
gestão das águas
pluviais.

4
Audiência Pública do PMSB de Glorinha

Ao final da apresentação Deisy Batista informou que o PMSB tem estudos de


sustentabilidade que avaliam o impacto dos investimentos na economia do município. Outras
perguntas girando em torno dos investimentos em água e esgotamento sanitário foram feitas
pelos presentes. A audiência foi encerrada às 15h45min.

5
Audiência Pública do PMSB de Glorinha

6
Audiência Pública do PMSB de Glorinha

7
Audiência Pública do PMSB de Glorinha

Material distribuído

8
Audiência Pública do PMSB de Glorinha

Material distribuído

9
Audiência Pública do PMSB de Glorinha

Material distribuído

10
Audiência Pública do PMSB de Glorinha

Material distribuído

11
GLORINHA

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

ANEXOS

Revisão 0
Setembro/2014
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
GLORINHA
RELAÇÃO DOS ARQUIVOS EM MEIO DIGITAL (DVD)
PLANO REGIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO
RELAÇÃO DOS ARQUIVOS EM MEIO DIGITAL (DVD)

Você também pode gostar