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Curso 137035 Aula Unica v1

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Aula Única

Geoprocessamento (item 2.5) p/ ADASA


(Regulador - Gestão e Regulação) -
Pós-Edital

Autor:
Alexandre Vastella
Aula Única

24 de Março de 2020

60934977399 - EMANUEL WOOD ALLEM DOS SANTOS AGUIAR


Alexandre Vastella
Aula Única

Sumário
Noções de geoprocessamento e sensoriamento remoto ........................................................... 3
Introdução conceitual ............................................................................................................................... 3
O que é geoprocessamento? ................................................................................................................. 3
O que é sensoriamento remoto? ........................................................................................................... 4
Elementos de cartografia digital (Item 2.1) ............................................................................................... 5
Fundamentos da cartografia ................................................................................................................. 6
Escala .................................................................................................................................................... 6
Sistemas de coordenadas ................................................................................................................... 12
Georreferenciamento ......................................................................................................................... 24
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Confecção de mapas básicos e bases cartográficas digitais ................................................................ 27
Noções de sensoriamento remoto (Item 2.2).......................................................................................... 36
Espectro eletromagnético ................................................................................................................... 36
Sensores ativos e passivos .................................................................................................................. 39
Transmissão e recepção de sinais........................................................................................................ 40
Sistemas orbitais................................................................................................................................. 57
Sistemas de Informações Geográficas (SIG) (Item 2.3) ........................................................................... 60
O que é SIG?........................................................................................................................................ 60
Tipos de dados .................................................................................................................................... 64
Compatibilização e padronização de dados cartográficos e formatos de arquivos.............................. 69
Metadados .......................................................................................................................................... 77
Armazenamento de dados (Item 2.4) ..................................................................................................... 80
Bancos de dados ................................................................................................................................. 80
Padronização e transferência de dados ............................................................................................... 85
Simulado .................................................................................................................................................... 89
Questões ................................................................................................................................................ 90
Gabarito ............................................................................................................................................... 101

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APRESENTAÇÃO DO CURSO
Olá, concurseiros! Sejam muito bem vindos ao nosso curso específico de Geoprocessamento para
concurso da ADASA — a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal;
elaborado de acordo com as necessidades do Edital nº1 de 3 de março de 2020 — ou seja, o edital do
concurso!

Para quem não me conhece, sou Alexandre Vastella, professor do Estratégia Concursos desde
2016. Como geógrafo, trabalho desde 2010 com geoprocessamento, acumulando experiência com
grandes empresas no ramo; e agora estou aqui para ajudar vocês na aprovação.

Nosso curso aprofundará o tema "Geoprocessamento (item 2.5)" para o cargo de Gestão e
Regulação, conforme exposto abaixo:

Regulador - Gestão e Regulação

2.5 Noções de geoprocessamento e sensoriamento remoto.

2.5.1 Conhecimentos básicos de cartografia digital e de Sistemas de Informações


Geográficas (SIG)

Perceba que nosso curso somente abrangerá os assuntos relacionados à cartografia,


geoprocessamento e sensoriamento remoto — e não os demais temas deste item. Os outros itens serão
ofertados por outros professores.

A ideia original era disponibilizar esse conteúdo de forma fracionada em várias datas diferentes,
porém, decidi postar tudo em um único PDF, mesmo que fique grande (temos mais de 100 páginas aqui). É
melhor adiantar todo o conteúdo de uma única vez, sem enrolação, para agilizar o estudo de vocês. Veja
abaixo como vai funcionar — ou melhor, como funcionam todos os cursos do Estratégia:

Aula em vídeo Aula em PDF Fórum de dúvidas

Aula escrita em formato


Aula gravada em formado de Apoio em fórum eletrônico
eletrônico (PDF), com
vídeo, na mesma ordem do PDF. na Área do Aluno.
teoria + questões.

Têm acesso às videoaulas gratuitas


Público geral no YouTube; porém, só no Não têm acesso. Não têm acesso.
momento da transmissão.

Têm acesso às vídeoaulas Têm acesso ilimitado ao


Aluno do Têm acesso a todos os
completas quando precisar, fórum, com resposta em até
Estratégia PDFs do curso.
inclusive para download. cinco dias úteis.

Percebam que o nosso curso contempla três itens: aula em PDF (esta daqui) + aula em vídeo +
fórum de dúvidas. O material escrito já foi postado (esse que estamos estudando). O material em vídeo
será gravado de acordo com cronograma específico a ser divulgado na seção “Recados” da Área do
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Aluno de vocês. O fórum, por sua vez, está disponível 100% do tempo, lembrando que o prazo de resposta
é de cinco dias úteis. É importante contextualizar vocês dessas informações.

Por último, para que possamos continuar fazendo este trabalho, pedimos que não comprem
material pirata nem material de rateio, isso é crime! Não quero ser chato logo de início, mas tenham
consciência que a única empresa legalmente autorizada a vender este curso é o Estratégia Concursos
por meio do site oficial: www.estratégiaconcursos.com.br. Além de o material ser eletronicamente
rastreado (o que pode dar um problemão para quem compra curso ilegalmente), pensem que construir
um PDF como este aqui demanda horas e horas de preparação e estudo. Sendo assim, não é justo que
outras pessoas roubem o nosso material e ganhem dinheiro em cima dele sem fazer nada, apenas
vendendo o trabalho dos outros. Tenha consciência, e vamos aos estudos!

NOÇÕES DE GEOPROCESSAMENTO E SENSORIAMENTO


REMOTO

Introdução conceitual

Antes de entraremos propriamente no edital da ADASA e começarmos a falar sobre


geoprocessamento e sensoriamento remoto, precisamos entender o que são geoprocessamento e
sensoriamento remoto. Ou seja, no que consistem e para que são úteis. Já adiantando, o sensoriamento
remoto faz parte do geoprocessamento, que é um conceito mais abrangente. Veremos mais detalhes
nas linhas abaixo.

O que é geoprocessamento?

Também chamado de geomática, o geoprocessamento é a ciência que engloba o total conjunto


de técnicas (ou tecnologias) ligadas à informação espacial, desde a coleta, o tratamento até a análise
desses dados. A geomática/geoprocessamento engloba áreas como topografia, fotogrametria,
cartografia, sensoriamento remoto, geoestatística ou os próprios SIGs. Sendo assim, os sistemas de
informação geográfica (SIG), a cartografia e o sensoriamento remoto – temas que estudaremos no nosso
curso – nada mais são do que partes desse universo maior chamado “geoprocessamento”. Conforme
aponta Gilberto Câmara, “se onde é importante para seu negócio, então Geoprocessamento é sua
ferramenta de trabalho” [fonte].

Para facilitar ainda mais o entendimento, pense que o SIG é uma geotecnologia. O sensoriamento
remoto é uma geotecnologia. A topografia é uma geotecnologia; e assim por diante. O conjunto de
geotecnologias é denominado geoprocessamento. Embora o nosso curso seja sobre
“geoprocessamento”, não aprofundaremos o tema. Estudaremos apenas algumas geotecnologias que
cairão na prova; ou seja, apenas uma pequena parte desse grande universo.

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Para entender melhor - geoprocessamento versus geotecnologia

Tecnologia para o processamento de dados geográficos. Por exemplo: SIG,


Geotecnologia cartografia, sensoriamento remoto, geoestatística, etc.
Cada uma dessas é uma geotecnologia diferente.

É o CONJUNTO de geotecnologias. Portanto, algo bastante amplo.


Geoprocessamento O SIG é somente uma das muitas geotecnologias e apenas uma pequena parte do
universo do geoprocessamento.

Diferença conceitual entre SIG e Geoprocessamento [fonte]

Ciência que lida com a aquisição, tratamento, análise e comunicação de


Geoprocessamento
informações geográficas por meio de métodos numéricos ou quantitativos (mais
ou Geomática
amplo)

Sistema de Um conjunto de facilidades voltado à captura, armazenamento, verificação,


Informação integração, manipulação, análise e visualização de dados referenciados à Terra
Geográfica (SIG) (menos amplo).

Quando o edital pede noções de cartografia, sensoriamento remoto, sistemas de informação


geográfica ou banco de dados geográficos, na verdade, está pedindo noções de geoprocessamento. Ou
seja, noções do conjunto de todas essas geotecnologias.

É por isso que a partir de agora, não falaremos mais sobre “geoprocessamento”, mas sim, sobre as
diferentes geotecnologias.

O que é sensoriamento remoto?

Tendo em vista que geoprocessamento é o conjunto de várias geotecnologias, o sensoriamento


remoto é a geotecnologia responsável pela captação e registro à distância, sem o contato direto, da
energia refletida ou absorvida pela superfície terrestre [fonte]. Resumidamente, é a geotecnologia que
capa imagens diversas (de satélites, de aviões, de drones, etc.) da superfície terrestre.

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Sensoriamento Remoto

Do termo “sensor”; ou seja, designa a captura de O termo “remoto” significa que as imagens são
imagens por aparelhos, tais como câmeras ou capturadas de longe, à distância; tal como os
satélites. satélites fazem.

Logo, sensoriamento remoto é a captura de imagens à distância.

No contexto apresentado, os sensores podem ser entendidos como dispositivos capazes de


captar a energia refletida ou emitida por uma superfície qualquer e registrá-la na forma de dados digitais
diversos; como dados, gráficos, números e principalmente, imagens. Estes dados são armazenados,
manipulados e analisados por meios de softwares específicos. Sendo assim, há uma grande relação entre
as técnicas do sensoriamento remoto e os Sistemas de Informação Geográfica: não por acaso, a maioria
dos softwares de SIG possuem ferramentas para trabalhar imagens de satélite e dados derivados de
sensores.

Sensoriamento remoto: exemplos de aplicação

Mapeamento de uso e ocupação do solo Identificação de vetores de expansão urbana


(geografia agrária) (geografia urbana)

Monitoramento de queimadas (biologia, Estudo das dinâmicas do relevo (geomorfologia,


biogeografia) geologia)

Monitoramento de cultivos agrícolas (geografia Projetos de infraestrutura (engenharia, geografia).


agrária, agronomia)

Monitoramento de desmatamento (biologia, Previsão do tempo (climatologia e meteorologia)


biogeografia).

Conforme evidencia o quadro acima, o sensoriamento remoto possui uma ampla gama de
aplicações. Agora que já definimos o que é geoprocessamento e o que é sensoriamento remoto — os
dois nomes que aparecem no Edital da ADASA, já podemos entender os subitens do mesmo. Agora vamos
aos estudos específicos.

Elementos de cartografia digital (Item 2.1)

Este primeiro item pede para que o candidato entenda os seguintes assuntos:

2.1. Elementos de cartografia digital: fundamentos da cartografia, escala, sistemas


de coordenadas, georreferenciamento, confecção de mapas básicos e bases
cartográficas digitais.

Fiquem tranquilos! Estudaremos cada um deles, conforme segue:

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Fundamentos da cartografia

Grosso modo, a Cartografia é a ciência responsável pela elaboração de mapas. Portanto, por
"fundamentos de cartografia", o edital entende que o candidato tenha em mente todas as etapas
responsáveis pela construção de um mapa correto e eficiente, desde a cartografia temática (cores,
legendas, intervalos de dados...) até a cartografia sistemática (projeções, cálculos de representação,
etc.). Conforme o quadro abaixo:

A Cartografia é a arte ou a ciência que se ocupa da elaboração de mapas de toda


Cartografia espécie. Abrange todas as fases dos trabalhos, desde os primeiros levantamentos até a
impressão final dos mapas.

Cartografia Temática é um ramo da Cartografia que diz respeito ao planejamento,


Cartografia execução e impressão de mapas sobre um fundo básico, ao qual são anexadas
temática informações através de simbologia adequada, visando atender as necessidades de um
público específico [fonte].

Cartografia Sistemática é um ramo da Cartografia que diz respeito à representação


genérica da superfície tridimensional da Terra no plano; cuja preocupação central está
Cartografia
na localização precisa dos fatos, na implantação e manutenção das redes de apoio
sistemática
geodésico, na execução dos recobrimentos aerofotogramétricos e na elaboração e
atualização dos mapeamentos básicos [fonte].

No geral, a cartografia temática é mais "visual"; já a cartografia sistemática é mais "matemática".


Quando escolhemos legendas, cores e atributos visuais, estamos exercendo a cartografia temática. Já
quando estamos escolhendo as projeções geodésicas (formato da Terra) ideais para uma determinada
representação, por exemplo, estamos nos referindo à cartografia sistemática.

Escala

O segundo item é a escala, algo fundamental à cartografia. Mas, o que é escala?

Primeiramente, é preciso dizer que um mapa é sempre uma representação reduzida da superfície
terrestre. Sendo assim, o que determina esta redução é a proporção entre o desenho e a superfície real;
ou seja, a escala cartográfica. Portanto, a escala indica quanto a realidade foi reduzida para caber em
um determinado mapa. Partindo desse pressuposto, a escala cartográfica pode ser numérica ou gráfica.
Vejamos as diferenças entre as duas:

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Escala CARTOGRÁFICA – numérica versus gráfica

Escala numérica Escala gráfica

Na escala numérica, o numerador (número da Na escala gráfica, as dimensões do gráfico se referem


esquerda) indica a área do mapa; enquanto isso, às medidas do mapa. Neste caso, o número serve de
o denominador (número da direita) índica a medida real.
área real. A escala gráfica do exemplo acima indica que na exata
No exemplo acima, significa que para cada 1 distância desenhada, há 50, 100 ou 150 metros na vida
centímetro no mapa, existem 500.000 real.
centímetros na vida real. Este tipo de escala pode ser reduzida ou ampliada junto
Portanto, cada centímetro no mapa com o mapa que sempre manterá sua proporção
corresponde à 5 quilômetros da realidade. original.

A escala numérica possui a vantagem de informar quantas vezes o mapa foi reduzido – informação
ausente na escala gráfica. No entanto, possui a desvantagem de ser válida somente no tamanho original
do mapa. Por exemplo, se eu fizer um mapa em A4 (uma folha sulfite) com escala 1:50.000, esta escala
numérica somente será válida para o tamanho original em A4. Isto ocorre porque caso este mapa seja
reduzido ou ampliado, a proporção entre a representação e o mundo real irá se alterar, mudando
também a escala numérica. É por isso que quando utilizamos escala numérica, sempre devemos
explicitar o formato de layout. Por exemplo, “escala 1:50.000 em folha A3”. Já a escala gráfica não possui
este problema: como não expressa o grau de redução mas sim a proporção dentro do mapa, pode ser
reduzida ou ampliada quantas vezes for necessário. Sendo assim, temos a seguinte relação:

1 – A escala será maior quando houver menor redução.

Por exemplo, representar o município de São Paulo em uma folha A4 indica menor grau de redução
do que representar o Brasil inteiro na mesma folha A4. Isso acontece porque para que o país inteiro
caiba na folha, é necessário reduzir o território em maior intensidade. Sendo assim, um mapa de São
Paulo possui maior escala do que um mapa do Brasil inteiro.

2 – A escala será menor quando houver maior redução.

O inverso também é verdadeiro. Enquanto um mapa-mundi em A4 possui uma escala pequena pois
foi muito reduzido, um mapa de bairro em A4 possui uma escala grande. Isto ocorre porque para
caber na folha A4, o mundo foi mais reduzido que o bairro.

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Comparação de tamanhos da escala cartográfica.

Quanto maior o número da escala numérica, menor a escala.


(veja a imagem na página seguinte).

Sim, eu sei que é confuso; mas não é difícil de entender. Lembre-se que a maior escala sempre
será aquela do mapa com mais detalhes. Por exemplo, para representar o mundo (escala pequena) , os
detalhes são suprimidos – afinal, seria impossível desenhar o contorno de todos os estados e municípios
dos quase 200 países do globo. No entanto, quando representamos um bairro ou distrito (escala grande), é
possível desenhar detalhes como hidrografia, sistema viário ou áreas urbanas.

Cuidado para não confundir! Enquanto a escala cartográfica (o que interessa para a ADASA), diz
respeito à representação objetiva do mapa, a escala geográfica diz respeito à divisão do espaço
geográfico, sendo uma forma de dar-lhe uma figuração, uma representação, um ponto de vista que
modifica a percepção da natureza deste espaço [fonte]. Em escala geográfica local, estudamos os
fenômenos locais. Em escala geográfica regional, os fenômenos regionais. Em escala nacional, os
fenômenos nacionais. Em escala geográfica global, os fenômenos globais.

Exemplos de fenômenos em cada escala GEOGRÁFICA


Escala geográfica Exemplos de aplicação
Estudos do espaço urbano.
Local (menor escala) Infraestrutura das cidades.
Estudos locais (bairros, ruas, etc.).
Regional Redes de transporte entre cidades.

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Questões ambientais (poluição, qualidade da água, etc.).


Redes de cidades e hierarquização de polaridades urbanas.
Ocupação histórica do espaço geográfico.
Nacional Biomas e grandes conjuntos da paisagem.
Distribuição da população de um país.
Distribuição dos oceanos.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
Global (maior escala)
Comparação socioeconômica entre países
Fenômeno da globalização

Perceba que ao contrário da escala cartográfica, a escala geográfica é maior quando a área
abrangida é maior. Um determinado bairro, por exemplo, se representado em um mapa, terá uma escala
cartográfica grande, porém, uma escala geográfica pequena. Do mesmo modo, o mundo (escala
geográfica grande) ao ser representado em um mapa, terá uma escala cartográfica pequena. Portanto, de
forma geral, a escala cartográfica é inversamente proporcional à escala geográfica.

Escala geográfica e cartográfica – diferenças inversas de grandeza

Escala geográfica Escala cartográfica

Escala pequena Análise local Análise nacional ou global

Escala média Análise regional Análise regional

Escala Grande Análise nacional ou global Análise local

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FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 11


Um mapa na escala de 1:2000 de um dado local ocupa uma área de 15 cm de largura por 25 cm de
altura. Para inseri-lo em um pôster de congresso, decide-se ampliar o seu tamanho para 30 cm de
largura e 50 cm de altura.
Considerando que o tamanho do mapa será aumentado proporcionalmente em ambas as direções,
essa ampliação trará a seguinte consequência:
A) A escala numérica precisará mudar para 1:4000 e a escala gráfica não deverá ser alterada;
B) A escala numérica precisará mudar para 1:1000 e a escala gráfica não deverá ser alterada;
C) A escala numérica não precisará mudar, mas a escala gráfica deverá ser ampliada;
D) A escala numérica não precisará mudar, mas a escala gráfica deverá ser reduzida;
E) Tanto a escala numérica como a gráfica deverão ser mantidas.

Comentário
Sabemos que em toda ampliação ou redução, a ESCALA GRÁFICA não é alterada; pois, assim como as
feições do mapa aumentam de tamanho, o desenho da barra de escala gráfica também aumenta,
mantendo a proporcionalidade. Logo, já podemos excluir as alternativas C e D.
O que vai mudar, nesse caso, é a escala numérica. Preste atenção nos valores: de 25cm de altura, o local
passará a ter 50cm. De 15cm de largura, o local passará a ter 30cm. Perceba que no pôster, a feição irá
DOBRAR de tamanho.
Se o mapa irá DOBRAR de tamanho, isso significa que a escala numérica deverá ser reduzida pela
METADE do que era. Pense comigo: considerando a dimensão anterior (15cm x 25cm), a redução era de 1
parte no mapa para 20 mil partes no mundo real (1:20.000). Se o TAMANHO DOBRA, isso significa que a
REDUÇÃO DIMINUI PELA METADE, pois aquela feição está menos comprimida, mais próxima do
tamanho real. Logo, a escala que era 1:20.000, passará a ser 1:10.000 (1 centímetro no mapa equivale a
10.000 mil centímetros no mundo real). A alternativa que representa esse pensamento é a B.

FGV – 2016 – Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas (IBGE)


O mapa 1 representa o território brasileiro, seus estados e capitais. O mapa 2 representa as
mesorregiões do estado da Bahia. Ambos foram confeccionados a partir da base cartográfica do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para serem impressos no mesmo tamanho.
A representação cartográfica da realidade depende da utilização da escala, que estabelece a relação
entre a dimensão real dos objetos e a sua dimensão no mapa. A escala cartográfica, portanto, deve
ser escolhida em função do objeto que se pretende representar e das dimensões do mapa que se
deseja produzir.

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Os mapas acima foram confeccionados em escalas diferentes em razão:


1) Da grande extensão do território brasileiro, o que obrigou a utilização de uma escala maior que a
usada no mapa de mesorregiões do estado da Bahia.
Comentário
Não, neste caso, o território brasileiro possui uma escala cartográfica MENOR. Quanto MAIOR a área
representada em um mesmo espaço, MENOR a escala cartográfica. Gabarito: Errado.
2) Da intenção de se obter um maior detalhamento no mapa de mesorregiões da Bahia, o que exigiu
uma escala maior que a utilizada no mapa do Brasil.
Comentário
Sim, o mapa da Bahia possui uma escala MAIOR que o do Brasil. Isto ocorre porque em uma mesma folha,
o mapa da Bahia possui um detalhamento MAIOR. Quanto maior o “zoom”, maior a escala cartográfica.
Gabarito: Certo.
3) Do cumprimento das regras internacionais de cartografia, as quais definem as escalas apropriadas
dos mapas de países e de mesorregiões.
Comentário
Ambos os mapas estão cartograficamente corretos, apresentando: título, escalas gráficas, informações de
DATUM e projeção. Sendo assim, ao contrário do afirmado, o mapa possui escala apropriada. Gabarito:
Errado.
4) Da necessidade de representar áreas que possuem a mesma extensão territorial mantendo o
mesmo nível de detalhamento.
Comentário
Então quer dizer que o estado da Bahia e o Brasil inteiro possuem a “mesma extensão territorial”? Isso é
obviamente falacioso. Gabarito: Errado.
5) Do princípio cartográfico do paralelismo, segundo o qual a representação de pequenas áreas
territoriais requer pequenas escalas.
Comentário
Na cartografia, pequenas áreas territoriais são representadas por GRANDES escalas. Gabarito: Errado.

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Sistemas de coordenadas

Para a prática da cartografia digital, necessário que haja um sistema de coordenadas estabelecido.
Funcionando como “endereços” da Terra, as coordenadas estabelecem números exclusivos para cada
ponto da superfície terrestre.

Determina como as coordenadas são estabelecidas do ponto de vista geodésico


Sistema de (superfície da Terra).
Referência (Datum)
Exemplos: WGS-1984, SAD-1969, SIRGAS 2000 (isso não está no Edital, relaxem).
Determina como as coordenadas são estabelecidas do ponto de vista
Sistema de matemático (plano cartesiano).
coordenadas
Exemplos: Coordenadas Geográficas, Graus decimais, UTM.
Todo mapa precisa de um datum e também de um sistema de coordenadas. Um
Conclusão
não substitui o outro!

Com base em um plano cartesiano, as coordenadas sempre possuem latitudes e longitudes, ou


seja, estão atreladas aos eixos X e Y. Conforme o quadro:

O plano cartesiano é um objeto matemático plano e composto por


duas retas numéricas perpendiculares, ou seja, retas que possuem
apenas um ponto em comum, formando um ângulo de 90° [fonte]

A linha vertical é conhecida como eixo Y. Na geografia, as linhas


verticais são chamadas de meridianos e medem a latitude. O
meridiano central é o de Greenwich.

A linha horizontal é conhecida como eixo X. Na geografia, as linhas


horizontais são chamadas de paralelos e medem a longitude. O
paralelo central é a linha do Equador.
São medidas pelos paralelos, linhas
Latitude Coordenadas no sentido norte-sul (eixo Y)
horizontais.
São medidas pelos meridianos, linhas
Longitude Coordenadas no sentido leste-oeste (eixo X).
verticais.

Isso é matéria de ensino médio, mas é muito fácil confundir. Para ajudar a memorizar, lembre-se
que em um mapa orientado para norte (padrão da cartografia), as latitudes são os números que variam
verticalmente; já a longitude, são os números que variam horizontalmente.

Tendo esta introdução em vista, vamos estudar os três tipos de coordenadas mais utilizadas em
SIG: o Sistema de Coordenadas Geográficas e o Sistema UTM – Universal Transversa de Mercator. O
primeiro, é baseado em coordenadas geodésicas; e o segundo, em coordenadas planas. Vamos explicar
estas diferenças.

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Sistema de Coordenadas Geográficas

No sistema de coordenadas geográficas, os valores são expressos em ângulos. A longitude varia


entre 0 e 180 graus nas direções leste ou oeste; já a latitude, varia entre 0 e 90 graus nas direções norte ou
sul. Os meridianos centrais são sempre zero. Entre um grau e outro, haverá os minutos; e entre um
minuto e outro, os segundos.

Ao contrário do sistema UTM que possui fusos (falaremos à frente sobre ele), as coordenadas
geográficas podem ser utilizadas para o planeta inteiro de uma vez só. Por causa dessa facilidade, a
maioria dos mapas que apresentam grandes áreas está neste sistema, como por exemplo, os mapas-
mundi, os mapas polígonos de continentes, ou os mapas de clima e vegetação em pequena escala1.

Neste sistema, a Terra é dividida em quatro blocos, repartindo-se em hemisférios norte e sul, e
ocidente (oeste) e oriente (leste). Entre o norte e o sul, mede-se a latitude utilizando-se o paralelo do
Equador como referência zero. Entre leste e o este, mede-se a longitude utilizando-se o meridiano de
Greenwich, também como referência zero. No ponto onde ambas as linhas se cruzam, a coordenada
geográfica é latitude 0 e longitude 0 (por curiosidade, este ponto está no Oceano Atlântico e não mora
ninguém lá). Tanto para latitude quanto para longitude, quanto mais longe da linha inicial, maior o valor
da coordenada. Preste atenção na figura abaixo:

Vamos pegar o caso brasileiro como exemplo: estamos no hemisfério sul (latitude sul), e no lado
ocidental do planeta (longitude oeste); portanto, ao sul do Equador e ao oeste de Greenwich. Nesta
condição geográfica, quanto mais a oeste formos (mais à esquerda), maior será a longitude, pois maior
será a distância do Equador; é por isso que, por exemplo, a longitude do Acre é maior do que a longitude
de Pernambuco. Do mesmo modo, na maior parte do território brasileiro, quanto mais ao sul formos,
maior será a latitude, pois ficará mais distante do Equador. Assim, a latitude do Rio Grande do Sul é maior
do que a latitude do Rio Grande do Norte, pois está mais ao sul. Porém, como parte do Brasil está no
hemisfério norte – em espacial os estados do Amapá e Roraima – nestas regiões, a lógica se inverte:
quanto mais ao norte, maior será a longitude. Eu sei que é confuso, mas com a figura abaixo ficará mais
fácil de entender.

1
Aqui vale relembrar o conceito de escala. Um mapa com GRANDE área (ex: mapa-mundi) possui escala geográfica GRANDE,
mas escala cartográfica PEQUENA. Um mapa de bairro possui escala geográfica PEQUENA, mas escala cartográfica GRANDE.
Escalas cartográfica e geográfica são inversamente proporcionais.
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Agora que já sabemos a relação entre as coordenadas e os meridianos/paralelos, vamos ver como
isso funciona na prática, pegando como exemplo as coordenadas geográficas (graus, minutos e
segundos) da antiga sede do Estratégia Concursos, em Brasília (DF). Para tal, foi utilizado o software
Google Earth:

Latitude: 15°48'12.84"S
Longitude: 47°52'55.54"O

Repare que as coordenadas existem somente em pares, jamais sozinhas. Há, portanto, dois
números, um para a latitude, e outro para a longitude. No caso acima, o software está em português, mas
na maioria dos casos, será necessária a utilização da nomenclatura na língua inglesa, o que ficaria:

Norte: letra N (North)


Sul: letra S (South)
Leste: letra E (East)
Oeste: letra W (West)

No exemplo indicado acima, percebemos claramente a indicação das letras “S” e “O”, de sul e
oeste; mas poderia ser “S” (South) e “W” (West). Também podemos perceber a utilização dos símbolos
dos ângulos:

Graus: símbolo °
Minutos: símbolo '
Segundos: símbolo "

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Lendo por extenso, ficaria:

Latitude: 15°48'12.84"
Latitude 15 graus, 48 minutos e 12.84 segundos ao sul do Equador.

Longitude: 47°52'55.54"O
Longitude 47 graus, 52 minutos e 55.54 segundos ao oeste de Greenwich.

As coordenadas geográficas também podem ser expressas em graus decimais. Neste caso, ao invés
de divisões por ângulo (graus, minutos e segundos), são utilizados graus decimais (números naturais de 0 a
10). Outra mudança importante é que ao invés de especificar as letras para especificar os hemisférios
(North, South, East, West), são utilizados sinais (+ ou -). Conforme imagem abaixo:

Nas coordenadas geográficas decimais, o hemisfério norte é positivo (+), enquanto o hemisfério
sul é negativo (-). Do mesmo modo, o hemisfério oriental é positivo (+), mas o hemisfério ocidental é
negativo (-). Parece confuso, mas é fácil decorar: em uma visão eurocêntrica, pense que a Europa,
desenvolvida, vai ser sempre positiva (pois está nos hemisférios norte e leste); mas o Brasil, coitado,
sempre vai ser negativo, pois está nos hemisférios sul e oeste. Isso NÃO é juízo de valor, é só para vocês
decorarem, ok? Neste caso, a coordenada geográfica decimal do Estratégia Concursos ficaria assim:

Latitude: -15.803567°
Longitude: -47.882094°

Como Brasília (DF) está nos hemisférios sul (negativo) e ocidental (negativo), ambas as
coordenadas apresentam o sinal de menos (-). O ponto em questão está à 15.803567 graus ao sul da linha
do Equador (que possui latitude zero); e à 47.882094 graus do meridiano de Greenwich (que possui
longitude zero).

FGV - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas – IBGE – 2016


Paralelos e meridianos são linhas imaginárias que permitem localizar qualquer ponto na superfície
terrestre. Essas linhas determinam dois tipos de coordenada: latitude e longitude. O mapa abaixo
apresenta cinco pontos, localizados em coordenadas diferentes e representados pelas letras A, B, C,
D e E.
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A partir da figura acima e com base no sistema de coordenadas, é correto afirmar que:

1) O ponto A está localizado a 40° de latitude oeste e a 80° de longitude norte.


Comentário
O ponto A está localizado a 40 graus de latitude norte e a 80° de longitude oeste. Gabarito: Errado
2) O ponto B está localizado a 20° de latitude sul e a 20° de longitude oeste.
Comentário
O ponto B está localizado a 20° de latitude sul e a 40° de longitude oeste. Gabarito: Errado
3) O ponto C está localizado a 60° de latitude norte e a 40° de longitude leste.
Comentário
O ponto C está localizado a 60° de latitude norte e a 40° de longitude leste. Gabarito: Certo
4) O ponto D está localizado a 20° de latitude norte e a 20° de longitude oeste.
Comentário
O ponto D está localizado a 20° de latitude norte e a 20° de longitude leste. Gabarito: Errado
5) O ponto E está localizado a 40° de latitude leste e a 100° de longitude leste.
Comentário
O ponto E está localizado a 40° de latitude norte e a 100° de longitude leste. Gabarito: Errado

Sistema de Coordenadas UTM

A Universal Transversal de Mercator (UTM) é, provavelmente, o sistema de coordenadas mais


utilizado em SIG. Baseada na projeção cartográfica cilíndrica de Gerhard Mercator, o UTM possui a grande
vantagem de apresentar coordenadas planas. Isto é particularmente útil quando trabalhamos com
pequenas áreas (escalas cartográficas grandes), pois a distância e a área serão as mesmas para todos os

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pontos. Para que isso fosse possível, o sistema UTM – ao contrário das coordenadas geográficas – divide a
Terra em fusos, ou seja, em “pedaços” teoricamente planos. Vamos entender melhor essa comparação:

Sistema de Coordenadas Geográficas Sistema UTM

Coordenadas geodésicas Coordenadas planas


Leva em consideração uma Terra teoricamente plana; mas
Leva em consideração a curvatura da Terra.
para isso, a divide em fusos (seções planas).
A principal vantagem é a sua regularidade: já que as áreas
A principal vantagem é a sua versatilidade, pois
são “planas”, é possível obter um melhor cálculo de áreas e
pode ser usado para o planeta inteiro.
distâncias.

Ao contrário das coordenadas geográficas que trabalham com graus, o sistema UTM utiliza o
metro (m) como unidade para medir distâncias e determinar a posição de um objeto. Além disso, o
sistema UTM, não acompanha a curvatura da Terra e por isso seus pares de coordenadas também são
chamados de coordenadas planas. De uma forma mais simples, o mundo é dividido em 60 fusos planos,
onde cada um se estende por 6º de longitude. Os fusos são numerados de um a sessenta começando no
fuso 180º a 174º a oeste de Greewich, e continuando para leste. Um mesmo par de coordenadas pode se
repetir nos 60 fusos diferentes [fonte]. Conforme as imagens abaixo:

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Repare nas duas imagens (acima e ao lado).


Note que o primeiro fuso (01) está no extremo oeste
do planeta, enquanto isso, o último fuso (60), está no
extremo leste. O território brasileiro abarca oito
fusos, indos do 18 (Acre e Amazonas) ao 25 (litoral do
nordeste e Fernando de Noronha); mas a maior parte
do país está nos fusos 21, 22 e 23.

Repare que enquanto os fusos UTM possuem


orientação leste-oeste (horizontais), as zonas UTM,
representadas por letras, vão no sentido norte-sul.
As zonas A e B (Antártica) e Y e Z (Ártico) não estão
sendo levadas em consideração. Isto ocorre porque
como o sistema UTM converge nos polos, esta não é a
projeção mais indicada para mapearmos os extremos
do planeta. Nestes casos, normalmente utiliza-se a
projeção polar universal, e não a UTM. O mapa
abaixo mostra os fusos UTM na Antártica [original
aqui]. Perceba que todos os fusos têm como
origem/destino os polos.

Aqui na apostila é preciso mostrar todos os conceitos, mas na prática, no dia-a-dia do escritório de
geoprocessamento, o fuso é bem mais importante do que a zona. Para fazermos um mapa ou base
cartográfica, não é necessário saber a zona UTM, mas o fuso é absolutamente imprescindível. Isso
acontece porque são os fusos – e não as zonas – que servem de referência para as coordenadas.

As duas figuras abaixo


ilustram o funcionamento das
coordenadas UTM. Repare que
cada fuso possui meridiano
central. É neste meridiano que
ocorre o contato (secância)
com a superfície terrestre,
onde, portanto, está a
representação mais precisa –
por ser “plano”, o sistema UTM
é menos preciso nos
meridianos próximos aos
limites de fuso e mais preciso
no meridiano central. A
imagem abaixo explica melhor
como são formadas as
coordenadas UTM:

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Visto que a distância aproximada entre o polo sul e o polo norte é de 20.000.000 de metros, a linha
do Equador marca a latitude 10.000.000 metros UTM. Neste caso, os valores aumentam para o norte e
diminuem para o sul. Com a longitude a lógica é a mesma: no meridiano central, a longitude é 500.000
metros UTM. Nesta situação, os valores aumentam para leste e diminuem para oeste. Logo, no sistema
UTM, as coordenadas aumentam para norte e para leste.

Vamos dar um exemplo prático de como funcionam essas coordenadas. Caso algum viajante
hipotético saísse da Antártica (extremo sul) e guiasse até o Ártico (extremo norte), encontraria a seguinte
situação: no polo sul, a latitude UTM seria zero. A medida que fosse “subindo” para o norte, o valor da
latitude iria aumentando progressivamente, até chegar a 10.000 na linha do Equador. Porém, a partir
desse ponto, ao invés de continuar subindo (10.001, 10.002, 10.003...), a latitude seria simplesmente
zerada e a contagem começaria novamente do zero. A latitude de nosso viajante, rumo ao norte,
continuaria subindo, porém, a partir do zero, e não dos 10.000 obtidos no Equador.

A respeito da grafia da coordenada UTM, vamos retomar o exemplo anteriormente citado da sede
do Estratégia Concursos, para entendermos como essa coordenada seria escrita:

Latitude: 191.229.06 m S
Longitude: 8.250.676.53 m E

Se a longitude é 191 mil metros, significa que este ponto dista 309 mil metros do meridiano central
(500 mil – 191 mil = 309 mil). Se a latitude é 8,2 milhões de metros, isso quer dizer que este ponto está a
aproximadamente 1,8 milhões de metros do Equador (10 milhões – 8,2 milhões = 1,8 milhões). As
coordenadas no hemisfério sul são acompanhadas da letra “S” (South, Sul), já as do hemisfério norte, da
letra “N” (North, norte). No entanto, todas as longitudes são acompanhadas da letra “E” (East, Leste),
mesmo as que estão a oeste. Por fim, segue abaixo uma tabela-resumo dos sistemas de coordenadas que
vimos.

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Resumão de coordenadas – geográficas (graus e decimais) e UTM


Tipo de Latitude Longitude
Medida
coordenada Norte Sul Leste Oeste
Graus,
Longitude E
minutos e Latitude N Latitude S Longitude W ou O
Coordenada ou L
segundos
Geográfica
Graus
Positivo ( + ) Negativo ( - ) Positivo ( + ) Negativo ( - )
decimais
A partir de Menos que Aumenta para leste e diminui para
Coordenada
Metros 10.000.000 10.000.000 de oeste do meridiano central do fuso,
Plana (UTM)
de metros metros que é 500.000 m.

Exemplos de coordenadas na prática


Tipo de coordenada Latitude Longitude
Coordenadas Geográficas (Graus, minutos e segundos) 15°48'12.84"S 47°52'55.54"O
Coordenadas Geográficas (Graus decimais)
-15.803567° -47.882094°

Coordenadas Planas UTM 191.229.06 m E 8.250.676.53 m S

FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 12

O sistema de coordenadas UTM (Universal Transverse Mercator) é um sistema de projeção que divide
o globo em 60 fusos de 6° de longitude.
Considere que a figura acima represente o sistema de coordenadas plano-retangulares de um fuso
UTM, no qual a linha horizontal E representa a linha do Equador, a vertical C,o meridiano central do
fuso,e a distância entre as linhas tracejadas seja de 100 km em ambos os eixos.Nessas condições, as
coordenadas UTM do ponto P são:

A) (300.000, 100.000);
B) (800.000, 100.000);
C) (800.000, 10.100.000);
D) (300.000, 9.900.000);
E) (800.000, 9.900.000).

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Comentário
Devemos lembrar que a LONGITUDE do meridiano central do fuso UTM (na questão, dada pela linha C) é
de 500 graus e que a linha do Equador (na questão, dada pela linha E), possui latitude 10.000 graus. Esses
valores precisam ser decorados!
Considerando que cada linha da figura representa 100km e que o meridiano central (C) vale 500, isso
significa que a longitude do ponto marcado vale 800, pois esses valores AUMENTAM para leste. Sendo
assim, já excluiríamos as alternativas A e D.
A pegadinha da questão está na latitude, que no Equador, vale 10.000. A princípio, poderíamos ficar
tentados em marcar a alternativa C (latitude 10.100), pois sabemos que a latitude aumenta para o norte.
Mas está errado.
Precisamos lembrar que indo do sul para o norte, a LATITUDE É ZERADA NA LINHA DO EQUADOR. Ou
seja, continua aumentando, mas não partindo do 10.000 e sim, partindo do zero. Logo, o ponto P tem
latitude 100 e não 10.100 como poderíamos pensar.
Sendo assim, o ponto P possui longitude 800 leste e latitude 100 norte. Gabarito: B.

FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 13


A projeção de Mercator é muito conhecida pelo seu emprego na navegação, diferenciando-se da
projeção utilizada no sistema UTM pela superfície de projeção cilíndrica ser tangente à superfície de
referência na primeira e secante na última projeção. A projeção de Mercator é também caracterizada
por preservar:
A) Os ângulos em torno dos pontos e possuir o eixo do cilindro inclinado em relação ao eixo da Terra;
Comentário
É verdade que os ângulos são preservados na Projeção de Mercator, porém, o eixo do cilindro é
PERPENDICULAR e não INCLINADO em relação ao eixo da Terra. Gabarito: Errado.
B) As grandes áreas e possuir o eixo do cilindro perpendicular ao eixo da Terra;
Comentário
Embora o eixo cilíndrico seja de fato perpendicular, a Projeção de Mercador NÃO conserva as áreas. Ela
DISTORCE as áreas. Gabarito: Errado.
C) Os ângulos em torno dos pontos e possuir o eixo do cilindro perpendicular em relação ao eixo da
Terra;
Comentário
Essa é a alternativa correta: a Projeção de Mercator preserva os ângulos, as formas e, além disso, possui o
eixo cilíndrico perpendicular em relação ao eixo da Terra. Gabarito: Certo
D) As áreas em geral e possuir o eixo do cilindro inclinado em relação ao eixo da Terra;
Comentário
A Projeção de Mercator não conserva nem as áreas e nem possui o eixo cilíndrico inclinado. Gabarito:
Errado.

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E) As distâncias e possuir o eixo do cilindro perpendicular em relação ao eixo da Terra


Comentário
Se a Projeção de Mercador não conserva as áreas, também não conserva as distâncias. Gabarito: Errado.

CESPE – Arquiteto e Urbanista – Caixa – 2010


De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o termo geoprocessamento pode
ser entendido como um conjunto de tecnologias voltadas à coleta e ao tratamento de informações
espaciais para um objetivo específico. As atividades de geoprocessamento consistem de duas etapas:
coleta e processamento de dados. A primeira é feita por meio de equipamentos e materiais
envolvendo imagens digitais de satélite, posicionamento geodésico de precisão, topografia
automatizada etc. A segunda é realizada por meio de sistemas de informações geográficas (SIG),
automated mapping and facilities management (AM/FM), desenho auxiliado por computador (CAD)
etc. Internet: e (com adaptações).
A respeito do tema abordado no texto acima, assinale a opção correta.
1) Desenvolvido nos Estados Unidos da América, o SIG é um software que pode ser utilizado para a
modelagem dos dados manipulados em um desenho de ambiente urbano.
Comentário
O SISTEMA de Informações Geográficas (SIG) não é um software, mas sim um SISTEMA de manipulação
de dados georreferenciados. O software é somente UM DOS componentes do SIG, que também engloba o
hardware (máquina) e o peopleware (operador), Gabarito: Errado
2) O SIG restringe-se ao processamento de dados gráficos, com ênfase em análises espaciais e
modelagens de superfícies.
Comentário
Ao contrário do CAD – sistema usado em engenharia – O SIG NÃO se restringe ao processamento de
dados gráficos. No SIG, além do atributo gráfico, a feição espacial também possui dados associados.
Gabarito: Errado
3) Os sistemas de coordenadas geográficas e cartesianas são utilizados para armazenamento e
visualização de componentes gráficas.
Comentário
Sim, os componentes gráficos do SIG somente conseguem ser visualizados quando estão com sistemas de
coordenadas atrelados. Um polígono de um município, por exemplo, só possui validade no SIG quando
associado a um sistema de coordenadas conhecido para saber exatamente a sua localização. Gabarito:
Certo
4) A projeção Universal Transversa de Mercator (UTM), que corresponde a um sistema de
coordenadas geográficas usado na elaboração de plantas, tem sido adotada pelos municípios
brasileiros como auxílio na elaboração de seus planos diretores.
Comentário
Embora seja possível elaborar plantas em sistema UTM, este NÃO CORRESPONDE A “a um sistema de
coordenadas geográficas usado na elaboração de plantas", mas sim, um sistema de coordenadas usado na
elaboração de mapas diversos, não necessariamente plantas. Além disso, o UTM é um sistema de
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coordenadas PLANAS, e não GEOGRÁFICAS (estas que abrangem todo o globo, como por exemplo, os
graus decimais). Gabarito: Errado
5) No caso do desenho urbano, o CAD é a ferramenta mais indicada para a coleta e o processamento
dos dados, por ser capaz de armazenar e analisar a topologia de mapas e plantas.
Comentário
Não, a topologia só pode ser utilizada no SIG. Isso ocorre porque a topologia permite a conectividade e a
relação de vizinhança entre os elementos vetoriais (pontos, linhas ou polígonos). Fiquem tranquilos:
topologia não está no edital para Técnico. Gabarito: Errado

NC-UFPR – Arquitetura Planejamento Urbano e Regional – 2013


Geoprocessamento é a área do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais
para o tratamento da informação geográfica. Sobre as ferramentas computacionais para
geoprocessamento, os Sistemas de Informação Geográfica (GIS), julgue as seguintes afirmativas:
1) Os objetos num GIS são definidos pelas suas posições e pelos múltiplos atributos que descrevem as
características do objeto.
Comentário
Todos os objetos em GIS – que podem ser tanto vetoriais quanto raster – possuem informações espaciais,
sempre de forma georreferenciada e com pelo menos um par de coordenadas. Estes objetos sempre estão
atrelados à tabela de atributos. Logo, a questão acerta ao afirmar que “objetos no GIS são definidos pelas
suas posições” e ao afirmar que isso necessariamente se vincula a seus “múltiplos atributos”. Gabarito:
Certo
2) Todos os dados de um sistema de informações geográficas (GIS) são referenciados espacialmente.
Comentário
Conforme explicado na assertiva anterior, sim, todos os objetos do SIG são referenciados espacialmente.
Aliás, o que diferencia o SIG de um sistema de dados comum é justamente esse aspecto: o
georreferenciamento de dados. Gabarito: Certo
3) Cada elemento cartográfico tem sua representação vetorial definida através de um ponto, linha ou
polígono.
Comentário
Nem todo elemento cartográfico é definido por ponto, linha e polígono; afinal, existem as imagens raster
que são matrizes de pixels. Mas sim, todo elemento cartográfico VETORIAL sempre é definido por pontos,
linhas e polígonos. Gabarito: Certo
4) Imagens representam formas de captura indireta de informação espacial, sendo necessário recorrer
a técnicas de fotointerpretação e de classificação para individualizá-las.
Comentário
Isso mesmo, os sensores remotos, como os satélites, apenas captam frações do espectro eletromagnético,
ou seja, ondas de energia refletida. Para que essa informação numérica vire algo palpável, é necessário
processá-la. Isso é chamado Processamento Digital de Imagens (PDI); ou seja, a manipulação de dados e
imagens por computador para fins diversos. Gabarito: Certo.

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Georreferenciamento

Vamos a outro item do Edital. A determinação da posição de um dado geográfico ocorre por meio
do georreferenciamento, que nada mais é, do que a atribuição de um sistema de coordenadas a um
objeto vetorial ou raster. A seguir, vejamos como funciona o processo de georreferenciamento de uma
imagem de satélite.

Passo a passo do georreferenciamento

1 – Imagem não-georreferenciada 2 – Estabelecendo de pontos de controle

Em um primeiro instante, temos uma imagem de Para que o georreferenciamento ocorra, é necessário
satélite, mas ela não está georreferenciada. Sendo levantar pontos de controle, ou seja, pontos que
assim, não é possível trabalha-la em ambiente SIG. saibamos as coordenadas. É necessário no mínimo 3
No exemplo acima, imagem do Congresso Nacional pontos de controle bem distribuídos. Quanto mais
brasileiro. pontos de controle, maior a precisão.

3 – Descobrindo as coordenadas dos pontos de 4 – Inserindo a imagem em ambiente SIG


controle

Uma vez estabelecidos os pontos de controle, é Se temos pelo menos três pares de coordenadas de
necessário saber a coordenada deles. Isso pode ser pontos de controle, eu posso inserir a imagem em um
feito em campo utilizando GPS, ou em escritório software de SIG! É FUNDAMENTAL saber
utilizando softwares. No caso acima, foi utilizado o informações de datum e sistemas de coordenada
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Google Earth, mas o ponto de controle poderia ser utilizados. No exemplo acima, utilizamos Projeção
uma própria feição vetorial no ArcGIS, por exemplo. Mercator UTM Fuso 23S, datum WGS1984.

5 – Georreferenciando a imagem 5 – Imagem georreferenciada

Dentro do software, devemos atribuir coordenadas Com a imagem georreferenciada, o software é capaz
para os pontos de controle; ou seja, fazer o de sobrepor as demais camadas. No exemplo acima,
georreferenciamento em si. Seria como ordenar ao há arquivos de pontos, linhas e polígonos que já
programa: “projete este pixel aqui na coordenada estavam prontos antes do georreferenciamento.
tal”. Isso deve ser feito para todos os pontos de Finalmente, será possível realizar análises espaciais.
controle levantados.

Neste processo, é importante se ater aos erros de georreferenciamento; afinal, tudo o que se
mede ou se modela está sujeito a erros. A própria captação da imagem de satélite tem a exatidão alterada
por fatores sistemáticos como a instabilidade do sensor e as distorções causadas pela curvatura da
Terra. Deste modo, a questão não é a busca da perfeição mas sim o conhecimento da incerteza. O
usuário de SIG deve se preocupar tanto com o erro das medições das coordenadas dos pontos de controle
com GPS, quanto com o erro planimétrico associado à escala dos mapas. No primeiro caso é fácil saber o
erro, pois o próprio fabricante de GPS fornece essa informação. Já em relação ao erro planimétrico dos
mapas, devemos seguir o Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC), que estabelece uma precisão de 90%
de representação [fonte]. Conforme este:

Art. 1 – Decreto nº 89.817/1984

“Estabelece as normas a serem observadas por todas as entidades públicas e privadas


produtoras e usuárias de serviços cartográficos, de natureza cartográfica e atividades
correlatas, sob a denominação de Instruções Reguladoras das Normas Técnicas da
Cartografia Nacional.

Art. 8 – Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC)

“As cartas quanto à sua exatidão devem obedecer ao Padrão de Exatidão Cartográfica -
PEC, seguinte o critério abaixo indicado:

§ 1º Padrão de Exatidão Cartográfica é um indicador estatístico de dispersão, relativo a


90% de probabilidade, que define a exatidão de trabalhos cartográficos.”

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Principais erros de georreferenciamento

Poucos pontos de controle (menos de três)


Para que o georreferenciamento ocorra de forma a minimizar o erro, é
necessário que haja pelo menos três pontos de controle; ou seja, três
pontos de coordenadas conhecidas. Quanto maior for o número de pontos
conhecidos, maior será a precisão do georreferenciamento.

Pontos de controle mal distribuídos


Para que a imagem toda fique bem georreferenciada, os pontos de controle
devem ser bem distribuídos. No exemplo ao lado, todos os pontos de
controle foram colocados de um mesmo lado da imagem. Neste caso, o
georreferenciamento será preciso do lado oeste, porém extremamente
impreciso do lado leste.

IADES - Perito Criminal (PC DF) - Ciências Biológicas - 2016


Acerca do georreferenciamento, julgue os itens:

1) Erros sistemáticos ocorrem em razão das características próprias do sensor, como: instabilidade da
plataforma, distorção panorâmica e distorção causada pela curvatura e rotação da Terra.
Comentário
Sim, em toda etapa do SIG ocorrem erros, desde a captação da imagem até o georreferenciamento. O
objetivo do operador do SIG não é acabar com os erros, mas saber lidar com eles. O Padrão de Exatidão
Cartográfica (PEC) de 1984 e ainda em vigor, estabelece uma precisão de 90% para dados planimétricos.
Gabarito: Certo
2) O georreferenciamento estabelece uma relação geométrica entre cada pixel da imagem e uma
única coordenada cartográfica, utilizando interpoladores de 2º grau ou superiores.
Comentário
A assertiva possui dois erros. Primeiramente, o georreferenciamento NÃO “estabelece uma relação
geométrica entre CADA PIXEL da imagem e UMA ÚNICA coordenada geográfica”. Na verdade, o
georreferenciamento estabelece uma relação geométrica entre PELO MENOS TRÊS PONTOS DE
CONTROLE e seus respectivos PARES de coordenadas geográficas”. Gabarito: Errado.
3) Nesse processo, somente algumas feições devem ser totalmente identificáveis na imagem.
Comentário
O georreferenciamento deve ser feito de modo com que TODAS as feições sejam reconhecíveis. Gabarito:
Errado
4) O georreferenciamento de uma imagem de satélite não deve ocorrer com base em outra imagem,
visando a reduzir a propagação de erros residuais.
Comentário

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Questão pegadinha: é verdade que o georreferenciamento de uma imagem feito com base em OUTRA
imagem pode multiplicar os erros residuais; mas a alternativa está errada porque este é um procedimento
corriqueiro e muito usual. Desde que se respeitem os Padrões de Exatidão Cartográfica, este tipo de
georreferenciamento pode ser feito sem problemas. Gabarito: Errado
5) O georreferenciamento de uma imagem de satélite, quando realizado com base em pontos de
controle obtidos por sistemas de posicionamento por satélite, não necessita passar por uma análise
de qualidade posicional.
Comentário
Pontos obtidos por sistema de posicionamento – como o GPS – possuem erros. A maioria dos GPS de
navegação, por exemplo, possuem erros de 10 a 30 metros de tolerância (veremos este assunto no item
abaixo). Estes erros são informados pelo próprio fabricante do aparelho utilizado. Sendo assim, sobretudo
quando trabalhamos com grandes escalas, é necessário verificar qualidade nos pontos utilizados.
Gabarito: Errado

Confecção de mapas básicos e bases cartográficas digitais

Para que ocorra a "confeção de mapas básicos e bases cartográficas" muita coisa precisa ser feita.
Precisamos entender de bancos de dados, de sistemas de informações geográficas, de tipos de arquivos
de projeções cartográficas e muitos outros aspectos. Contudo, como tudo isso está especificado em outras
partes da aula, deixaremos para este item somente a parte da comunicação cartográfica, mais específica
à cartografia temática. Neste item, relativamente longo devido à grande abrangência, sobre semiologia
gráfica, sobre tipos de mapas, sobre os principais elementos dos mapas temáticos; e, no fim, sobre
duas técnicas básicas: overlay (sobreposições) e cálculos de distâncias, que podem ser feitas com as
bases cartográficas digitais.

Semiologia gráfica e mapas temáticos

A elaboração de mapas temáticos é uma tarefa complexa que envolve muitas etapas, tais como:
aquisição de dados, manipulação e processamento de dados, escolha das metodologias de mapeamento,
aplicação de simbologias, escolha dos intervalos e até mesmo a construção de layouts. Para tal, é
fundamental a correta utilização da semiologia gráfica, cujo conceito veremos abaixo.

É aquele mapa que evidencia não só “onde” está o fenômeno, mas também sua
O que é um
caracterização temática de acordo com o tema escolhido, como por exemplo:
mapa temático?
tema clima, tema uso e ocupação do solo, tema vulnerabilidade social, etc. [fonte].

A elaboração de mapas temáticos é uma função da cartografia temática, ramo da cartografia


responsável pela representação visual de temas espaciais. Os mapas geodésicos e topográficos, por
exemplo, não fazem parte do rol da cartografia temática.

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Para relembrar:

Cartografia A Cartografia é a arte ou a ciência que se ocupa da elaboração de mapas de toda espécie.
Abrange todas as fases dos trabalhos, desde os primeiros levantamentos até a impressão
final dos mapas.

Cartografia Cartografia Temática é um ramo da Cartografia que diz respeito ao planejamento, execução e
temática impressão de mapas sobre um fundo básico, ao qual são anexadas informações através de
simbologia adequada, visando atender as necessidades de um público específico [fonte].

Dentro da cartografia temática, surgiu a corrente da semiologia gráfica, que pode ser
compreendida como um “conjunto de diretrizes que orientam a elaboração de mapas temáticos com
o uso de símbolos caracterizadores da informação”. Os primeiros trabalhos importantes nessa área
foram feitos pelo geógrafo Jacques Bertin, a partir dos anos 1960. No Brasil, a semiologia gráfica ganhou
força a partir dos anos 1980 [fonte].

Portanto, a semiologia gráfica


é uma corrente da cartografia
temática, que é uma corrente da
cartografia, que é uma das
geotecnologias que compõem o
geoprocessamento (conforme ilustra a
imagem ao lado).

Para mapearmos um dado, necessário escolher a variável visual utilizada; isto é, a forma de
mapeamento dos pontos, linhas e polígonos a serem visualmente representados. Para tal, podemos
escolher diferenças na cor, na textura, na forma, na orientação e na granulação das formas
representadas. O quadro abaixo resume algumas destas possibilidades:

Algumas variáveis visuais da cartografia


Pontos Linhas Áreas Melhor para:
- -
Diferenças
Forma
qualitativas

-
Diferenças
Tamanho
quantitativas

Diferenças
Tipo da cor
qualitativas

Diferenças
Tom da cor
quantitativas

Diferenças
Intensidade da cor
qualitativas

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Diferenças
Textura qualitativas e
quantitativas

Tipos de mapas

A escolha da variável visual parece simples, mas vai depender do método de mapeamento
escolhido; que por sua vez, vai depender da estrutura do dado. Sendo assim, é possível fazer mapas
qualitativos, mapas quantitativos e mapas ordenados. O quadro abaixo explica essas diferenças [fonte]:

Mapas qualitativos
Os métodos de mapeamento para fenômenos qualitativos (que utilizam dados textuais) usam as
variáveis visuais forma, orientação e cor. Podem ser pontuais, lineares ou zonais. Veja os exemplos:
Mapa de símbolos pontuais Mapa de símbolos lineares Mapa corocromático

Shopping centers no Brasil Infraestrutura viária no Brasil Favelas no Brasil


Os mapas corocromáticos
Cada ponto é um shopping. Cada cor de linha representa
apresentam diferenças de cor para
Neste caso, a única informação, é um tipo de estrutura viária.
cada dado geográfico. No caso,
a presença ou a ausência de Este tipo de mapa também
cada cor de polígono representa
informação e por isso, há apenas poderia indicar fluxos (como
uma situação: verde (sem favela) e
uma cor. por exemplo, migrações).
marrom (com favela).

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Mapas quantitativos

Os fenômenos quantitativos (dados numéricos) são representados pela variável tamanho. Podem ser
representadas por pontos (tamanho do ponto ou pontos agregados), ou por linha (variação da espessura).
Os polígonos são representados em mapas ordenados (que veremos adiante). Seguem exemplos:
Mapa de símbolos
Mapa de círculos concêntricos Mapa de pontos
proporcionais

Distribuição da população
Crescimento das capitais (1872-2000) Asininos no Brasil
brasileira em 2000
Representa dois valores ao mesmo
Quanto maior o círculo tempo por meio de círculos Os mapas de pontos expõem
(variável forma) maior a sobrepostos com cores diferentes. No dados absolutos. No caso,
população. É possível ver, caso acima, a variável cor indica a data cada ponto corresponde à 233
portanto, que o litoral é mais do Censo Demográfico (quanto mais cabeças. Todos os pontos são
populoso que o interior. A claro, mais antigo). Já a variável do mesmo tamanho e da
cor é pouco relevante neste tamanho indica o valor da população mesma cor, no entanto, o que
caso. (quanto maior o círculo, maior a vale é a distribuição.
população).
Mapas ordenados

Assim como os mapas quantitativos, os mapas ordenados também apresentam valores numéricos; no
entanto, ao contrário destes (que utilizam pontos e linhas), a representação somente ocorre em polígonos
ordenados. Atenção: cuidado para não confundir corocromático (qualitativo) com coroplético (ordenado)!
Mapa coroplético
Densidade populacional no Brasil

Os mapas coropléticos apresentam a variável visual cor de forma


ordenada para que o resultado visual também seja ordenado. Assim, a
tonalidade da cor indica as diferenças quantitativas. No caso ao lado,
quanto mais forte a cor, maior é a densidade de povoamento.

Nota-se, portanto, o seguinte: mapas qualitativos podem ser tanto representados por pontos,
quanto por linhas, quanto por polígonos. Os mapas quantitativos, por sua vez, são representados por
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pontos e linhas. Cabe aos mapas ordenados (que não deixam de ser quantitativos) a representação de
números ordenados em polígonos. Existem inúmeras outras formas de representação; como por
exemplo, a anamorfose que distorce propositalmente as áreas dos polígonos, ou ainda, os interessantes
mapas em 3D. No entanto, como este assunto é muito longo, a ideia foi mostrar as principais formas de
representação, e não todas elas.

Principais elementos dos mapas temáticos

Para finalizar esse assunto de cartografia temática, vamos estudar os principais elementos dos
mapas temáticos utilizando um exemplo montado com base no shapefile (um formato de arquivo que
veremos em outro item da aula) do território brasileiro. No caso apresentado, foi confeccionado um mapa
qualitativo corocromático:

Como fazer um mapa temático completo

1 – Título
Um título completo indica o assunto, a localização e a data do
mapa.
2 – Legenda
A legenda descreve as variáveis visuais ilustradas no mapa. No
caso, cada cor representa uma região do Brasil.
3 – Escala numérica
A escala mostra o quão reduzido o mundo real foi para poder caber
no mapa. Como a escala numérica sofre distorções, é necessário
indicar o tamanho da folha ao lado. No caso, 1 centímetro do mapa
equivale a 500 km do mundo real, porém, desde que a folha seja A5.
4 – Sistema de referência (datum) e sistema de coordenadas
No caso, o datum utilizado foi o SIRGAS 2000 e o sistema de
coordenadas, as coordenadas geográficas. Nada impede que o
mapa seja em SIRGAS 2000 (datum) porém em outro sistema de
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coordenadas (como o UTM). Também nada impede que no sistema


de coordenadas geográficas haja outro datum (como o SAD-1969).
Lembre-se que sistema de coordenadas e datum são conceitos
diferentes!
5 – Fonte
É fundamental saber a origem da informação.
6 – Grid de coordenadas
O grid mostra as coordenadas do mapa. Perceba que os valores
estão em graus, minutos e segundos; e são sempre acompanhados
pelas letras S (South – sul) e W (West – oeste). Isso ocorre porque o
mapa está em coordenadas geográficas medidas em graus, e
porque estamos no hemisfério sul (S) e lado ocidental (W).
7 – Indicação de norte ou rosa dos ventos
Indica para onde o mapa está orientado. Quase sempre, estará para
norte, mas há exceções. Pode ser uma simples seta indicando o
norte ou uma rosa dos ventos completa.
8 – Rótulo (label)
Mostra o atributo daquela feição vinculado ao Banco de Dados
Geográfico. Não é obrigatório, mas enriquece o mapa.
9 – Escala gráfica
Possui a mesma intenção da escala numérica, porém, ao contrário
desta, não distorce com a ampliação ou a redução da folha.

FUNDEP - Geógrafo (Ibirité)/2016


As mudanças nas áreas de aerofotogrametria e do sensoriamento remoto transformam com
recorrência a cartografia no que tange à adoção de novas tecnologias e técnicas que contribuem para
a evolução dos conceitos estabelecidos no passado.
No campo da cartografia temática, as tecnologias mais utilizadas são, EXCETO:
1) Cartografia digital.
Comentário
Grosso modo, a cartografia digital corresponde a cartografia feita por meios digitais (no caso, o
computador). Logo, esta alternativa é perfeitamente condizente com as tecnologias da cartografia
temática. Gabarito: Errado
2) Imagens processadas com o sensoriamento remoto.
Comentário
No caso da cartografia temática, as imagens de sensoriamento remoto servem de base para
mapeamentos, mas apenas quando pré-processadas, realçadas e classificadas (após o Processamento
Digital de Imagens). Com base em informações da imagem, portanto, é possível fazer mapas temáticos.
Gabarito: Errado

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3) Sistema de Informações Geográficas.


Comentário
O SIG é o principal aliado da cartografia temática, pois é por meio dele que os mapas temáticos são feitos.
Gabarito: Errado
4) Sistema de Posicionamento Global
Comentário
Os sistemas de posicionamento global – como por exemplo, o GPS – fornecem apenas a localização dos
fenômenos, e não a sua classificação temática; logo, das alternativas existentes, é a que menos se encaixa
no ramo da cartografia temática. Gabarito: Certo

CESPE – Geógrafo – MPOG – 2015

Na figura acima, são mostrados três exemplos — I, II e III — de representações gráficas, que podem
ser utilizadas em mapas temáticos. Com base nessa figura, julgue os itens subsequente.
1) O exemplo II é apropriado para representar cidades com menos de 100 mil habitantes, com
população entre 100 a 500 mil habitantes e com mais de 500 mil habitantes.
Comentário
O exemplo II indica a utilização de dados quantitativos pontuais com a variável visual tamanho. Quanto
maior o tamanho do ponto, maior o valor do dado. Sendo assim, seria perfeitamente possível representar
populações de cidades. Gabarito: Certo
2) O exemplo III é apropriado para representar declividades inferiores a 5%, entre 5% a 10% e
superiores a 10%.
Comentário
O exemplo III mostra a utilização de dados quantitativos ordenados cuja variável visual é o tom da cor.
Neste caso, quanto mais forte for o tom da cor, mais intenso será o fenômeno. Sendo assim, é
perfeitamente possível representar declividades ordenadas (inferiores a 5% com a cor mais clara, e
superiores a 10% com a cor mais forte). Gabarito: Certo
3) O exemplo III é o mais apropriado para representar um mapa temático cuja legenda seja composta
por vegetação nativa, área urbana e massa d’água.

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Comentário
O exemplo III indica uma ordem, ou seja, dados quantitativos do mais baixo para o mais alto. Sendo assim,
não seria viável representar fenômenos qualitativos como vegetação, área urbana ou massa d’água. Neste
caso, o ideal seria um mapa corocromático com cores diferentes e não ordenadas. Gabarito: Errado

Overlay

Agora veremos algumas


técnicas de mapeamento, como o
overlay.

Quando falamos em
manipulação de dados em ambiente
SIG, para além de sua edição e
construção; isso normalmente
significa a sua sobreposição e a
interseção com outras camadas para
fins estatístico-espaciais. Um mapa
de qualidade, deve ser capaz de
condensar diversas informações,
sendo em muitas situações mais
adequado do que tabelas estatísticas,
pareceres técnicos e outros produtos necessários
para dar suporte a decisões gerenciais. Sendo
assim, a sobreposição de mapas pode potenciar
estes benefícios [fonte].

Conforme a imagem ao lado (superior


direito), é possível ter uma noção sistemática das
vantagens da sobreposição e manipulação de
mapas e dados geográficos. Por meio desta
sobreposição de camadas, é possível mapear
eventos e processos no passado, presente e
futuro; tendo assim, uma noção integrada dos
planos de informação pertinentes ao espaço
geográfico [fonte]. Ou seja, desde que seja na
mesma latitude e longitude, qualquer fenômeno
pode ser mapeado e sobreposto ao longo do
tempo.

Neste sentido, um dos métodos mais


conhecidos de fazer a sobreposição de dados chama-se overlay (literalmente, sobreposição). Trata-se da
comparação de dois objetos de mesma dimensão, na qual o resultado retorna um terceiro objeto
correspondente à intersecção destes dois. [fonte]; em outras palavras, permite a análise integrada de
camadas (layers)
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A imagem acima (canto inferior direito) mostra uma aplicação do overlay. Quanto mais camadas
forem mapeadas, mais próximo o ambiente SIG será do mundo real. Devido a esta complexidade e à
dimensão dos procedimentos envolvidos nestes estudos, o overlay é um método amplamente aplicado
aos estudos de geociências. Cabem às ferramentas e softwares de geoprocessamento

Cálculos de distâncias

Uma outra possibilidade é o cálculo de distâncias, algo muito simples de se fazer em ambiente
SIG. Neste link [fonte], há um tutorial completo de como fazê-lo. Fizemos um resumo no quadro abaixo:

Reprojetando dados para UTM Selecionando origem e destino Merge nos pontos de destino

Para calcular a distância entre dois O cálculo da distância entre É preciso fazer um merge entre os
ou mais pontos, é necessário pontos funciona da seguinte pontos de destino (ou seja, juntar
reprojetar seus dados para UTM forma: você precisa especificar os
todos os pontos em uma única
para obter o resultado da operação pontos de origem e destino. feição; na imagem acima, em
em metros. verde).
O resultado é armazenado em
No exemplo acima, temos quatro arquivo DBF. Para calcularmos a distância,
objetos vetoriais representando É necessário verificar o sistema de devemos ter um shapefile do
quatro localizações distintas. coordenadas, pois projeções Lat- ponto de origem (A) (estrelinha) e
Long ou decimais não são outro shapefile com os pontos de
destino, resultado do merge, com
satisfatórias, nesse caso.
(B, C, D) (bolinhas verdes).

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Gerando tabela final com Ou, ao invés disso, podemos fazer o cálculo manual, simplesmente
resultados de distância por meio da ferramenta “measure”:

Há uma ferramenta no ArcGIS, Ao invés desse procedimento, é possível calcular a distância


chamada Point Distance, que manualmente, simplesmente clicando no ponto de origem e no ponto
calcula a distância entre os pontos. de destino (conforme imagem acima).
Contudo, outros softwares
Isso é muito mais simples. Contudo, é necessário calcular um a um. Para
também o fazem. uma quantidade grande de pontos, recomenda-se utilizar o método
O resultado é uma tabela automatizado.
mostrando a distância entre os
pontos (imagem acima).

Noções de sensoriamento remoto (Item 2.2)

Conforme vimos no início da aula, o sensoriamento remoto é a geotecnologia responsável pela


captação e registro à distância, sem o contato direto, da energia refletida ou absorvida pela superfície
terrestre, abrangendo os seguintes itens do edital:

2.2 Noções de sensoriamento remoto: espectro eletromagnético, sensores ativos


epassivos, transmissão e recepção de sinais, sistemas orbitais.

Nas linhas abaixo, aprofundaremos nessas questões.

Espectro eletromagnético

O espectro magnético é fundamental para entendermos a base do sensoriamento remoto e da


captação de imagem de satélites. Grosso modo, trata-se da energia eletromagnética emitida em função

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do comprimento de onda ou de sua frequência. Este espectro apresenta subdivisões, sendo cada uma,
em detrimento do tipo de processo físico que dá origem a energia eletromagnética, do tipo de interação
que ocorre entre a radiação e o objeto sobre o qual esta incide e da transparência da atmosfera em
relação à radiação eletromagnética. Sendo assim, o espectro eletromagnético se estende desde
comprimentos de onda muito curtos associados aos raios cósmicos, até as ondas de rádio de baixa
freqüência e grandes comprimentos de onda, como mostra a figura abaixo.

Faixas do espectro eletromagnético em ordem de frequência [fonte]

Ondas de rádio (frequência mais baixa): baixas freqüências e grandes


comprimentos de onda. São utilizadas para comunicação a longa distância.

Microondas: Pode-se gerar feixes de radiação eletromagnética altamente


concentrados, chamados radares. Por serem pouco atenuados pela atmosfera, ou
por nuvens, permitem o uso de sensores de microondas em qualquer condição de
tempo. São utilizadas para imagens de radar e para alimentação (aparelho micro-
ondas)

Infravermelho: grande importância para o Sensoriamento Remoto. A radiação


Infravermelha. É facilmente absorvida pela maioria das substâncias (efeito de
aquecimento).

Visível: Radiação capaz de produzir a sensação de visão para o olho humano


normal. Pequena variação de comprimento de onda. Importante para o
Sensoriamento Remoto, pois imagens obtidas nesta faixa, geralmente,
apresentam excelente correlação com a experiência visual do intérprete.
Ultravioleta: extensa faixa do espectro. Películas fotográficas são mais sensíveis à
radiação ultravioleta do que a luz visível. Uso para detecção de minerais por
luminescência e poluição marinha. Forte atenuação atmosférica nesta faixa, se
apresenta como um grande obstáculo na sua utilização.
Raios X: São gerados, predominantemente, pela parada ou freamento de elétrons
de alta energia. Por se constituir de fótons de alta energia, os raios-X são altamente
penetrantes, sendo uma poderosa ferramenta em pesquisa sobre a estrutura da
matéria e na saúde humana (aparelhos de Raio-X).
Raios-GAMA (frequência mais alta): são os raios mais penetrantes das emissões de
substâncias radioativas. Não existe, em princípio, limite superior para a freqüência
das radiações gama, embora ainda seja encontrada uma faixa superior de
freqüência para a radiação conhecida como raios cósmicos. É utilizada, por
exemplo, para esterilização de equipamentos.
Visualização do Espectro Eletromagnético (página seguinte)

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CESPE – MPOG Geógrafo – 2015

O sensoriamento remoto é a técnica de obtenção de informações relativas a um objeto, uma área ou


um fenômeno localizado na Terra, sem que haja contato físico entre o usuário do sistema e o seu
objeto de interesse. As informações podem ser obtidas por meio de fontes naturais e artificiais.
Tendo como referência as informações e a figura anteriormente apresentadas, julgue os próximos
itens.

1) Um GIS (geographic information system) é um sistema computacional composto por hardware e


software que permite a integração de bancos de dados alfanuméricos para o processamento de dados
georreferenciados.
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Comentário
De fato, hardware e software fazem parte do SIG. A questão também acerta ao afirmar que o SIG
possibilita a integração de banco de dados alfanuméricos para o processamento de dados
georreferenciados. Gabarito: Certo
2) Na figura em apreço, o número 1 identifica um sensor passivo, que é um dispositivo capaz de
detectar radiações eletromagnéticas em todas as faixas do espectro eletromagnético.
Comentário
É verdade que o número 1 representa um sensor passivo, mas não pelo motivo apresentado na questão.
Na verdade, o número 1 é um sensor passivo não porque é “é um dispositivo capaz de detectar radiações
eletromagnéticas em todas as faixas do espectro eletromagnético”, mas sim porque ele não emite luz
própria. Sensores passivos, como o satélite apresentado, não emitem luz própria. Já os sensores ativos,
como as câmeras com flash, são aqueles que emitem luz própria. Gabarito: Errado
3) A resolução espacial refere-se à capacidade do sensor de distinguir objetos na superfície terrestre. A
resolução depende do detector e da altura de posicionamento do sensor em relação ao objeto.
Comentário
Sim, é exatamente este o conceito de resolução espacial. Quanto mais o sensor consegue distinguir
objetos, maior será a resolução espacial, medida pelo tamanho do pixel da imagem. Gabarito: Certo
4) O Sol, identificado na figura em questão pelo número 3, por ser uma fonte de energia que está
ininterruptamente em atividade, é considerado um sensor ativo.
Comentário
É verdade que os sensores ativos são aqueles que possuem luz própria, mas como o sol não captura
imagens, não pode ser considerado um sensor. Gabarito: Errado
5) Uma das importantes características das imagens obtidas por meio de satélites é a abrangência
espaço-temporal dos dados dos sensores remotos, que possibilitam a visão de um conjunto de
paisagens em tempos diferentes, simultâneos e sequenciais, permitindo a identificação e o
relacionamento de elementos naturais e sociais e econômicos, e revelando a dinâmica do processo de
construção do espaço geográfico.
Comentário
A questão descreve perfeitamente o papel de um satélite no âmbito do sensoriamento remoto, nada a
acrescentar. Gabarito: Certo

Sensores ativos e passivos

Esse item do edital é bem smples de entender. Conforme aponta Fitz, para a aquisição dos dados
de sensoriamento remoto, é necessário que haja os seguintes elementos básicos [fonte]:

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Fonte ou energia radiante, como o sol. Lembrando que imagens de satélite, por exemplo,
nada mais são do que energia refletida. Sendo assim, a luz solar é imprescindível.
Objeto de visada, como um determinado alvo na superfície terrestre. Como a quantidade de
dados é muito grande – normalmente as imagens de satélite são muito pesadas e possuem
várias faixas – é necessário saber o fenômeno e a área que se quer estudar.
Sistema de imageamento óptico e detector. Obviamente, sem a tecnologia nada funciona.
O sensoriamento remoto depende de satélites, câmeras, radares, computadores, entre
outros.

Uma vez definidas as fontes, os objetos e os sistemas de imageamento; é preciso distinguir os dois
tipos de sensores, os ativos e os passivos:

Sensores ativos Possuem fonte de energia própria


Sensores passivos Não possuem fonte de energia própria

Perceba que a diferença entre ativo e passivo é bem fácil de entender. ATIVO possui LUZ
PRÓPRIA. Já o PASSIVO NÃO possui luz própria. Exemplos que sensores ativos – que possuem energia
própria – são as câmeras fotográficas com flash e as imagens de RADAR (Radio Detection and Ranging);
que respectivamente, capturam imagens utilizando luz própria e ondas de rádio. Exemplos de sensores
passivos são as câmeras sem flash ou os imageadores por varredura (escaneamento).

Transmissão e recepção de sinais

No sensoriamento remoto, a transmissão e a recepção de sinais produzem sempre imagens — seja


de satélite ou aérea —, que são dispostas em pixels (veremos abaixo o que isso significa). Nas próximas
linhas também detalharemos os principais tipos e formatos de imagem (de radar, multiespectral e
multitemporal); bem como as principais técnicas utilizadas para trabalhá-las: o Processamento Digital de
Imagens (PDI); a mosaicagem; e o registro de imagens.

Produtos do imageamento: pixels e imagens raster

Para entendermos como é a estrutura de uma imagem de satélite ou fotografia aérea, é necessário
que saibamos o conceito de pixel, termo derivado do inglês picture element. Trata-se da menor unidade
de qualquer figura digital, sempre disposta em quadrado. Quando a imagem é de boa resolução, o pixel é
menor; quando é de resolução ruim, o pixel é maior. A qualidade, portanto, é proporcional à quantidade
de pixels. Observe o exemplo abaixo:

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Perceba que os logotipos à esquerda – com melhor resolução – apresentam maior quantidade de
pixels. Já nos últimos à direita possuem péssima resolução. Estes quadradinhos que enxergamos são os
pixels. Neste sistema, cada pixel é dotado de informações de cor. No sistema RGB – do inglês Red
(vermelho), Green (verde) e Blue (azul), cada pixel possui três indicadores, que obviamente são os valores
para as cores vermelha, verde e azul. Já no sistema CMYK – do inglês Cyan (ciano), Magenta (magenta),
Yellow (amarelo) e Black (preto) – o pixel possui quatro informações de cor.

O modelo mais recorrente no sensoriamento remoto é o RGB.


Utilizado principalmente para monitores onde há luz externa, o RGB é um
sistema aditivo, pois é capaz de refletir a luz branca. Já o CMYK,
amplamente usado para impressões, foi concebido para ser o modelo ideal
para a visualização em papel. Neste caso, o CMYK é um sistema
subtrativo, pois ele absorve a luz e mantém a cor preta.

O que é um pixel? Qualquer um dos pequenos pontos que


juntos formam uma imagem, como em uma tela de um
monitor de computador ou de televisão, ou um sensor, como
em uma câmara fotográfica [fonte].

Todos os profissionais que trabalham com imagens - fotógrafos, editores de vídeo, designers
gráficos, etc – conhecem bem o conceito de pixel. No sensoriamento remoto, ele é particularmente útil
porque compõe o formato de dados raster ou matricial. Esta estrutura de dados é representada por uma
matriz (imagem) com um determinado número de linhas e colunas, cuja célula menor é o pixel. Veremos
adiante que quanto maior for a quantidade de pixels em uma menor área, maior será a resolução espacial
da imagem de satélite.

Informações do pixel em um software de geoprocessamento


O quadro ao lado direito, retirado de um
software de geoprocessamento, retrata as
informações de um determinado pixel de uma
imagem raster. Repare que para cada
“quadradinho” há pelo menos quatro informações:
valores de vermelho (red), valores de verde
(green), valores de azul (blue), e um par de
coordenadas geográficas (no caso, em graus
decimais, mas poderia ser qualquer outro sistema).
Caso a imagem estivesse em CMYK, haveria
quatro informações de cor.

Imagens de radar

RADAR é a sigla resultante do termo Radio Detection And Ranging (Detecção e localização por
meio de ondas de rádio). Enquanto a maior parte dos produtos de sensoriamento remoto operam em
faixas do espectro visível e do infravermelho – tais como os satélites LANDSAT, CYBERS ou SPOT –, o
radar opera nas faixas micro-ondas do espectro eletromagnético. Isto significa que as frequências do
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radar são mais baixas que as usualmente utilizadas para imageamento; e este é o principal aspecto que as
diferencia das demais tecnologias.

Por que usar radar em sensoriamento remoto? [fonte].

• Fonte de iluminação controlável - observação noturna e penetração através de nuvens e da chuva

• As imagens podem ter alta resolução (3 - 10 m)

• Diferentes feições são registradas ou discriminadas quando comparadas com sensores ópticos

• Algumas feições da superfície terrestre podem ser melhor observadas em imagens de radar: gelo,
ondas do mar, umidade do solo, massa verde, objetos artificiais (ex: edifícios), estruturas geológicas

Uma das vantagens das faixas micro-ondas é a baixa interferência da atmosfera terrestre, o que
resolve inúmeros problemas, como por exemplo, a intensa nebulosidade comum em regiões tropicais. Por
isso, é muito indicado para a observação de detalhes como ondas do mar, gelo, estruturas geológicas e
geomorfológicas, umidade do solo, ou até mesmo objetos artificiais.

Como funciona o radar? [fonte].

1 – Primeiro o sensor transmite sinais de microondas (rádio) em


direção a uma cena.

2 – Depois ele recebe parte da energia transmitida que é


retroespalhada pela cena.

3 – Por fim, registra a intensidade (detecção) e a defasagem


(indicação da distância) dos sinais de retorno.

4 – Repare na imagem que a visada é LATERAL. Ou seja, a


imagem captada não é a de baixo, mas sim a do lado.

Os radares utilizados em sensoriamento remoto são denominados radares de abertura sintética,


ou Synthetic Aperture Radar (SAR). Estes sistemas coletam dados ao se deslocarem ao longo da
trajetória dada pela faixa da aeronave ou satélite por meio da visada lateral. Funciona assim: o imageador
envia ondas eletromagnéticas para a superfície terrestre (pulso) recebe o seu retorno (eco) e realiza o seu
registro. Como a visada é lateral, é possível captar várias imagens próximas, e assim montar, por
exemplo, um modelo tridimensional de terreno.

Um dos exemplos mais bem sucedidos de aplicações de tecnologias de


radar é a Missão Topográfica Radar Shuttle, ou Shuttle Radar
Topography Mission (SRTM). O propósito da missão SRTM foi atuar na
produção de um banco de dados digitais para todo o planeta,
necessários na elaboração de um Modelo Digital de Elevação (MDE) das
terras continentais. Os dados foram produzidos para a região do planeta

Resultado de
dados SRTM 42
em ambiente
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posicionada entre os paralelos 56ºS e 60ºN.

Para a coleta de dados, foram utilizados radares de abertura sintética (SAR). Por esse método,
duas antenas SAR coletaram dados de radar separadas por um braço extensor de 60. Como a visada é
lateral, foi possível captar várias imagens de ângulos diferentes, formando os modelos
tridimensionais. [fonte]

As instituições responsáveis pela missão SRTM foram a National Imagery and Mapping Agency
(NIMA) (que atualmente faz parte do Departamento de Defesa) e a National Aeronautics and Space
Administration (NASA). Os dados de radar foram coletados durante 11 dias entre 11 e 22 de fevereiro
de 2000 a bordo da nave espacial Endeavour. Nesse período, a nave realizou 16 órbitas diárias na Terra, o
que correspondeu a 176 órbitas durante toda a missão. A precisão dos resultados, no entanto, variou de
acordo com a região do globo. Para os Estados Unidos, cada pixel tem uma resolução especial de 30
metros quadrados; e para o restante do planeta, 90 metros quadrados. Coordenado pela EMBRAPA, o
Projeto “Brasil em Relevo” publicou de forma inédita mosaicos do SRTM para análise de paisagens de
todo o Brasil. [fonte;fonte] .

Os dados de SRTM – que no Brasil foram disponibilizados pela EMBRAPA – são úteis para uma
ampla gama de propósitos, como por exemplo, estudos de impacto ambiental e estudos de
geomorfologia. Por meio deles, é possível por exemplo, delimitar bacias hidrográficas e mapas
topográficos e hipsométricos de forma automática ou semiautomática; o que agiliza bastante o
planejamento ambiental territorial.

Exemplos de produtos gerados pelo SRTM

Extração de curvas de nível de Recorte do Modelo Digital de Extração de hidrografia/rede de


forma automática, resultando em Terreno (MDT) fornecido pelo drenagem de forma
mapa topográfico. SRTM para áreas de interesse automatizada, resultando em
específicas, resultando em mapa mapa de hidrografia.
hipsométrico.

No Brasil, para além do SRTM, o exemplo mais importante de imageamento por radar é o Projeto
RADAM - Radar na Amazônia. Este tinha por objetivo coletar de dados sobre recursos minerais, solos,
vegetação, uso da terra e cartografia da Amazônia e áreas adjacentes da região Nordeste. Iniciado em
1971, o recorte espacial foi expandido em 1975, passando a cobrir todo o país. Nesta ocasião, passou a ser
chamado Projeto RADAM Brasil.
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Desse esforço foi gerada uma coletânea de mapas temáticos e relatórios com base em imagens de
radar; consistindo assim, na primeira tentativa de Proposta de Zoneamento Ecológico-Econômico do
Brasil (ZEE). O projeto RADAM recomendou, ao final, a criação 35.200.000 ha de unidades de
conservação de proteção integral e mais 71.500.000 ha de uso sustentável na Amazônia [fonte]

Instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente com o objetivo de viabilizar o


Zoneamento desenvolvimento sustentável a partir da compatibilização do desenvolvimento
Ecológico- socioeconômico com a proteção ambiental. Para tanto, parte do diagnóstico dos meios
Econômico (ZEE) físico, socioeconômico e jurídico-institucional e do estabelecimento de cenários
exploratórios [fonte]

AOCP – Geógrafo Analista Ambiental – Prefeitura de Juiz de Fora – 2016


O SRTM – Shuttle Radar Topographic Mission (Missão de Radar Topográfico em uma Aeronave) foi
uma missão realizada em 2000 pela NASA que disponibilizou um dado de altitude a cada 90m em
todo o globo, com dados distribuídos gratuitamente. Como foram obtidos esses dados de altitude?

1) Exatamente como o RADAM Brasil, que imageou a Amazônia e depois boa parte do Brasil, o SRTM
é um radar de abertura lateral aerotransportado que passou por todo o mundo diversas vezes, até
captar todo o terreno.
Comentário
A questão afirma que o RADAM – assim como o SRTM – passou “por todo o mundo diversas vezes”. Na
verdade, o projeto RADAM foi exclusivo do Brasil e NÃO passou por todo o mundo. Gabarito: Errado
2) A missão foi um dos primeiros experimentos com imageamento Laser, que pode medir as altitudes
em órbita através da medida de distâncias em pontos pré-definidos pelo tempo de retorno do pulso
de luz.
Comentário
O SRTM NÃO utilizou dados de imageamento laser, mas sim, dados de imageamento por RADAR via
sensor SAR. Gabarito: Errado
3) Combinando anos de mapeamento por fotografias aéreas cuidadosamente medidas e aferidas em
campo, coordenando inúmeras agências de todo o mundo para a mensuração de altitude por cunha
de paralaxe.
Comentário
O tempo de coleta dos dados SRTM durou apenas 11 dias, e não “anos de mapeamento”. Além disso, não
foram envolvidas “várias agências”, mas somente as norte-americanas NASA e NIMA. Gabarito: Errado

4) O SRTM é um Radar de Abertura Sintética em órbita, que tem a capacidade de mensurar a


distância através de duas antenas emissoras de ondas de rádio apontadas para o mesmo ponto
separadas por uma certa distância.
Comentário

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O SRTM é um radar do tipo SAR (Radar de Abertura Sintética). Neste tipo de radar, o pulso é captado via
visada lateral. Ao comparar duas ou mais imagens em ângulos diferentes, foi possível estabelecer o
modelo tridimensional do terreno. Gabarito: Certo

CESPE - Analista do Ministério Público da União/Perícia/Geografia/2013


Com relação aos sistemas de informação geográficas (SIG) e a um mapa temático hipotético, na
escala de 1:100.000, armazenado nesse sistema, julgue o item que se segue.

1) Dados obtidos pela missão SRTM (shuttle radar topography mission), que são armazenados em
formato matricial, em pacotes computacionais de SIG, possibilitam, por exemplo, a delimitação
automática de bacias hidrográficas.
Comentário
Como os dados SRTM fornecem informações sobre o relevo, é plenamente possível delimitar bacias
hidrográficas de forma automática; afinal, os cursos d’água seguem o fluxo da gravidade, sempre indo do
ponto mais alto para o mais baixo. Gabarito: Certo

Imagens multiespectrais

Nos itens anteriores, já vimos o significado de espectro eletromagnético; sendo assim, fica fácil
entender o que são imagens multiespectrais. Simplesmente, trata-se de imagens que abarcam várias
partes do espectro (multi = muitos; espectral = espectro eletromagnético). Neste caso, o sensor consegue
captar diferentes frequências para uma mesma localidade. Ao intervalo destas frequências, dá-se o
nome de banda espectral. Quanto mais bandas espectrais um sensor conseguir captar – ou seja, quanto
mais frequências – maior será a sua resolução espectral [fonte].

Banda espectral É o intervalo entre dois comprimentos de onda no espectro eletromagnético.

Resolução É a capacidade do sensor de detectar bandas do espectro eletromagnético. Boas


espectral resoluções abrangem mais bandas.

Imagem É uma imagem que possui várias bandas. A maioria das imagens que utilizamos
multiespectral são multispectrais, e podemos juntar estas bandas para melhor visualização.

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Como o próprio nome sugere, a resolução espectral depende do espectro eletromagnético.


Enquanto o olho humano é somente capaz de enxergar a luz visível, os sensores remotos podem
facilmente abarcar outras faixas do espectro eletromagnético. Se os sistemas de radar trabalham nas
ondas mais baixas, os satélites modernos conseguem captar as frequências do infravermelho. Os sensores
interplanetários podem inclusive, captar ondas de altíssima frequência como os raios-X e raios-gama.

A resolução espectral, portanto, diz respeito ao número de bandas (ou faixas) do espectro
eletromagnético que os sensores conseguem perceber. De uma maneira simplificada, conforme vimos
anteriormente, quando a energia solar atinge a superfície terrestre, parte desta é absorvida e parte é
refletida. Esta energia é emitida pela superfície terrestre através de ondas; e cada sensor trabalha com
um intervalo correspondente destas ondas emitidas [fonte].

Como se A resolução espacial é medida pelo número e pela largura das bandas captadas pelo
mede? sensor.

Resolução alta – Satélite LANDSAT: Resolução baixa – satélite SPOT:


Banda1 - 0.45-0.52 μm2 Banda1 - 0.50-0.59 μm
Banda2 - 0.52-0.60 μm
Exemplos de Banda3 - 0.63-0.69 μm Banda2 - 0.61-0.68 μm
medida [fonte] Banda4 - 0.76-0.90 μm
Banda5 - 1.55-1.75 μm Banda3 - 0.79-0.89 μm
Banda6 - 10.74-12.5 μm
Banda7 - 2.08-2.35 μm Pan - 0.51-0.73 μm

O quadro abaixo [fonte] mostra as diferentes faixas do satélite LANDSAT. Note que para cada
banda, há um tipo de aplicação diferente. Logo, quanto maior a resolução espectral do satélite, mais
vastas são as possibilidades de utilização.

2
Μm = micrômetro, ou um milionésimo de metro.
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Bandas do LANDSAT 7 e suas aplicações

Banda 1 Grande penetração em corpos d’água, sendo particularmente interessante para


estudos batimétricos (relevo do mar). Permite detalhar a turbidez da água e o
Azul traçado de correntes em corpos d’água. Boa para mapeamento de águas costeiras.

Banda 2 Utilizada para estudos de qualidade d’água e mapeamento de correntes em corpos


d’água. Tem boa penetração em corpos d’água. Boa para mapeamento de
Verde vegetação e áreas onde ocorrem atividades antrópicas.

Bom contraste entre áreas cobertas com vegetação e solo exposto, bem como
Banda 3 discrimina diversos tipos de vegetação. É a banda mais utilizada para a delimitação
Vermelho das “manchas” urbanas e traçado do sistema viário. É adequada também para
mapeamentos de uso do solo, agricultura e estudos de qualidade d’água.

Bom contraste entre solo e corpos d’água, permitindo o mapeamento de rios de


Banda 4 grande porte, lagos, lagoas, reservatórios e áreas úmidas. É também sensível à
Infravermelho morfologia do terreno, sendo muito utilizada para mapeamentos de geologia e
próximo geomorfologia. Serve para mapear a vegetação que foi queimada e permite ainda
a visualização de áreas ocupadas por macrófitas aquáticas (por exemplo, aguapé).

Banda 5 Permite observar o teor de umidade nas plantas e detectar possíveis estresses na
Infravermelho vegetação causados por falta de água. Utilizada também para obter informações
médio sobre a umidade do solo.

Banda 6 Utilizada para mapeamento de estresse térmico em plantas, estudos de


propriedade termal dos solos, mapeamento da temperatura de superfície de
Infravermelho águas oceânicas superficiais, informações importantes para pesca e clima. Pode
termal ser utilizada para estudos de ilhas urbanas (ilhas de calor).

Banda 7 Apresenta sensibilidade à morfologia do terreno, servindo para estudos nas áreas
Infravermelho de geologia, solos e geomorfologia. Utilizada também para a identificação de
médio minerais e detecção de umidade no solo e na vegetação.

É importante observar que as bandas azul, verde e vermelho correspondem às faixas visíveis do
espectro eletromagnético. Estas bandas estão presentes na maioria dos satélites, não só no LANDSAT.
Já as bandas do infravermelho, normalmente estão relacionadas à emissão de calor (radiação térmica)
por parte dos objetos. Assim, ela tende a apresentar respostas singulares de acordo com a temperatura
dos corpos. Como exemplo, pode-se citar a situação de nuvens existentes em altitudes elevadas, onde as
temperaturas são baixas; estas apresentarão coloração mais próxima do branco. No caso de nuvens mais
próximas do solo (temperaturas maiores), a resposta espectral será mais próxima do preto ou do cinza
[fonte].

Conforme observado, cada banda possui uma utilização distinta. No entanto, na maioria dos casos
– para agrupar os benefícios de cada uma – o operador faz combinações, as chamadas composições de
imagem. Deste modo, quando observamos uma imagem de satélite colorida, ela não veio colorida do

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espaço, mas sim, em bandas distintas; sendo manualmente composta pelo ser humano por meio das
faixas espectrais disponíveis.

Exemplos de composições coloridas do LANDSAT 7

Composição colorida das bandas 1, 2 e 3. Composição colorida das bandas 3, 4 e 5.

Podemos dizer que as imagens multiespectrais são formadas relativamente poucas bandas
(normalmente entre 3 e 20) que não são necessariamente contínuas. No entanto, existem imagens que
além de serem formadas por muitas bandas, todas elas são contínuas dentro do espectro
eletromagnético. Estas imagens são chamadas de imagens hiperespectrais (hiper = muito; de muitas
bandas).

Imagem multiespectral
Possui poucas bandas, não necessariamente contínuas. Possuem
menor resolução espectral.
Imagem hiperespectral
Possui muitas bandas, e elas são sempre contínuas. Possuem
maior resolução espectral.

Como possuem maior resolução espectral, as imagens hiperspectrais garantem informações mais
precisas, o que é muito útil na agricultura, por exemplo. Vamos pegar o exemplo de uma plantação de
milho. Usando sensores multiespectrais é possível fazer uma estimativa da área plantada, um
levantamento do número de plantas em determinada área, verificar a saúde das plantas e da cultura e
ainda detectar pragas na plantação e gargalos no processo produtivo. Já com sensores hiperespectrais,
além de obter os mesmos resultados que um multiespectral, existe também o potencial de prover
detalhes sobre as propriedades físico-químicas dos materiais presentes na superfície imageada, incluindo
composição química/bioquímica, grau de cristalinidade e morfologia desses materiais [fonte].

Imagens multitemporais

Imagem multitemporal consiste em visualizar bandas na mesma faixa espectral em diferentes


datas como uma composição RGB. Neste caso, áreas inalteradas apareceriam em tons de cinza; já
alterações aparecem como áreas coloridas [fonte]. No exemplo abaixo, duas imagens de datas distintas
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foram compostas: utilizando a banda vermelha (red) da mais antiga e a verde (green) da mais nova, foi
possível compor uma imagem que realçasse as transformações no espaço geográfico neste período.

Imagem de 2001 Imagem de 2009 Composição RGB

Banda R de 2001 + Banda G de


Banda R (vermelho) Banda G (verde)
2009 = Composição

Imagens multitemporais são particularmnte úteis para acompanharmos, por exemplo, o


desmatamento de uma determinada região. Combinando três datas distintas – 1993, 1997 e 1998 – a
Agência Espacial Europeia montou, por exemplo, uma imagem de Porto Velho (RO) mostrando o
desmatamento no município. Enquanto os pixels em cinza representam as áreas inalteradas – e portanto,
a vegetação nativa – os pixels coloridos indicam onde houve transformação [fonte].

Parte de imagem multitemporal de Porto Velho (RO) (1993, 1997 e 1998). Áreas alteradas aparecem em colorido.

Para não confundir


É aquela que é capturada em faixas de onda maiores (micro-ondas), e que
Imagem de radar
portanto, possuem características e aplicações diferenciadas.
Imagem
É aquela que combina várias bandas (faixas do espectro)
multiespectral
É aquela que combina várias datas diferentes em uma mesma imagem, não
Imagem
necessariamente de uma mesma banda. Imagens multitemporais podem ser
multiespectral
multiespectrais também.

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Processamento Digital de Imagens (PDI)

Tendo em vista as diversas potencialidades dos tipos de resolução e das várias faixas do espectro
eletromagnético, mais vastas ainda, são as possibilidades de processamento computadorizado desta
grande quantidade de dados capturados por sensores. É neste contexto que se enquadra o
Processamento Digital de Imagens (PDI); cuja função principal é a de fornecer ferramentas para
facilitar a identificação e a extração da informação contidas nas imagens para posterior interpretação.
Em outras palavras, trata-se de manipular as imagens para que elas sejam melhor interpretadas pelo
operador de acordo com os seus propósitos [fonte].

Uma das razões da existência do PDI é a incapacidade do olho


humano de reconhecer todo o volume de informações presente em uma
imagem. Isso inclui vários tipos de degradações e distorções, inerentes aos
processos de aquisição, transmissão e visualização de imagens. O objetivo
principal do processamento de imagens é o de remover as barreiras
inerentes ao sistema visual humano, facilitando a extração de informações
a partir de imagens [fonte].

De forma geral, o PDI pode ser resumido em três fases: pré-processamento, realce e classificação
(atenção nestas etapas para não confundir!) Conforme o quadro abaixo[fonte].

Principais fases do Processamento Digital de Imagens

Pré- Pré-processamento refere-se ao processamento inicial de dados brutos para


processamento calibração radiométrica da imagem (tons de cinza), correção de distorções
geométricas e remoção de ruído.

Realce Realce visa melhorar a qualidade da imagem, permitindo uma melhor discriminação
dos objetos presentes na imagem.

Classificação Na classificação são atribuídas classes aos objetos presentes na imagem

Considerando o cenário do PDI, os softwares de


geoprocessamento oferecem inúmeras possibilidades de
classificação e interpretação de imagens de satélite. Do tradicional
método de fotointerpretação (que não faz parte do PDI), podem ser
utilizados os tipos classificação supervisionada e não-
supervisionada. Estas duas últimas fazendo parte da fase
“classificação” do PDI.

A fotointerpretação é a técnica que realiza o estudo de


imagens fotográficas, buscando identificar, interpretar e obter
informações sobre os fenômenos e objetos nela contidas. Trata-se,
portanto, da interpretação visual de imagens, a qual depende da
percepção do intérprete – que necessariamente, deve estar
familiarizado com a área de trabalho. Neste caso, para evitar erros e
dubiedades inerentes à atividade humana, é preciso realizar um Intérprete operando estereoscópio na
fotointerpretação. Técnica está migrando para os
softwares.
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estudo prévio da área a ser mapeada [fonte]. Embora a maioria dos softwares de geoprocessamento
forneça bases para a fotointerpretação – na maioria deles, é possível inserir polígonos de forma manual
identificando tipos de uso do solo como pastagem, vegetação, área urbana, etc. –, a fotointerpretação
também pode ser realizada utilizando um aparelho chamado estereoscópio (imagem ao lado). Na
estereoscopia, é possível juntar duas fotos e visualizá-las em terceira dimensão sem o auxílio de
computador.

O que é É o processo de extração de informações em imagens para reconhecer padrões e


classificação objetos homogêneos que são utilizados para mapear áreas da superfície terrestre as
de imagens? quais correspondam aos temas de interesse.

Associa cada pixel da imagem a um “rótulo” descrevendo um objeto real. Dessa


Como ela é
forma, obteremos um mapa temático, o qual mostrará a distribuição geográfica de um
feita?
tema, por exemplo a vegetação e uso da terra. [fonte]

Apesar de ainda ser bastante utilizada, a fotointerpretação está pouco a pouco, cedendo espaço às
formas de análise automática e semi-automática, características ao Processamento Digital de Imagens,
que dependem menos da interferência humana. Neste sentido destacam-se a classificação
supervisionada e a classificação não-supervisionada.

Classificação pelo computador (supervisionada e não


Classificação manual (fotointerpretação)
supervisionada)

Neste caso, os polígonos foram Neste caso, os polígonos foram desenhados de forma
desenhados manualmente, um a um, de semi-automática pelo software, havendo pouca
acordo com a experiência do intérprete. interferência humana.

Entretanto, a classificação supervisionada não é tão automatizada assim. Neste método, a


imagem é classificada pelo computador; porém de acordo com determinados parâmetros definidos pelo
operador. Assim como ocorre com a fotointerpretação, o intérprete deverá ter conhecimentos da área de
estudo para definir as classes a serem mapeadas. Por exemplo, se estamos enxergando áreas de
pastagem na imagem, devemos informar para o sistema que aquele conjunto de pixels é uma
pastagem; e assim sucessivamente para as outras categorias (vegetação, massa d’água, área urbana, etc).
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Se o sistema sabe as texturas e os padrões espaciais de cada categoria, ele é capaz de mapear sozinho o
restante da imagem. É por isso que essa classificação é SUPERVISIONADA: é o computador que
classifica, mas é o homem define os parâmetros.

A classificação não-supervisionada também é feita pelo sistema de forma automática; no


entanto, ao contrário da supervisionada – onde o homem define os parâmetros – ela é feita
exclusivamente pelo computador. É evidente que homem vai operar o software, mas neste caso, é o
próprio sistema que define os padrões de pixel da imagem e as agrupa em categorias. O termo “não-
supervisionada” vem do fato de que o computador faz quase tudo sozinho. No geral, este tipo de
classificação apresenta menor precisão e confiabilidade, sendo útil somente em locais onde não se tem
acesso à área trabalhada.

Para que o computador classifique a imagem, é necessário que isso ocorra com base em algoritmos
pré-estabelecidos. Existem várias fórmulas para tal fim, no entanto, a mais utilizada é a Máxima
Verossimilhança (MAX-VER). Pertencente ao grupo da classificação supervisionada “pixel por pixel”, a
MAXVER utiliza estatísticas para calcular a probabilidade de um pixel pertencer a uma determinada classe.
Este método parte do princípio que o usuário conhece bem a temática e a região da imagem a ser
classificada para poder definir classes representativas [fonte].

Tipos de classificação não supervisionada de imagens [fonte]

Classificadores pixel por pixel.


Utilizam apenas a informação espectral de cada pixel para achar regiões
homogêneas, como por exemplo, a Máxima Verossimilhança (MAXVER). Estes
classificadores podem ser separados em métodos estatísticos (utilizam regras
da teoria de probabilidade) e determinísticos (não utilizam probabilidade).

Classificadores por região.


Utilizam, além de informação espectral de cada "pixel", a informação
espacial que envolve a relação com seus vizinhos. Procuram simular o
comportamento de um foto-intérprete, reconhecendo áreas homogêneas de
imagens, baseados nas propriedades espectrais e espaciais de imagens. A
informação de borda é utilizada inicialmente para separar regiões e as
propriedades espaciais e espectrais irão unir áreas com mesma textura.

A imprecisão dos métodos de classificação


computadorizada levou os pesquisadores a desenvolverem
outros sistemas, como os baseados em lógica fuzzy.
Também conhecida como lógica difusa ou lógica nebulosa,
este método trabalha com julgamentos diferenciados em
função da falta de precisão. Na maioria das vezes –
principalmente em áreas muito antropizadas (ocupadas pelo
homem) a imagem apresenta um elevado grau de
complexidade. Em muitos casos é difícil o sistema compreender, por exemplo, quando termina uma área

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urbana e quando começa uma rural; pois neste caso, pode haver áreas de subúrbio que não são nem 100%
urbanas nem 100% rurais. A lógica fuzzy resolveria este problema estimando a probabilidade destas
áreas pertencerem a uma determinada categoria.

Principais tipos de classificação de imagem

Fotointerpretação Classificação manual.

Classificação supervisionada Classificação DIGITAL automática, porém, o usuário define os


parâmetros.

Classificação não- Classificação DIGITAL automática com o computador definindo os


supervisionada parâmetros.

CESPE – MPOG Geógrafo – 2015


Com relação a sensoriamento remoto e técnicas de tratamento ou processamento numérico de
imagens digitais, julgue os itens a seguir.

1) Para a identificação na imagem de temáticas preestabelecidas, são adotadas técnicas de


classificação supervisionadas, denominadas identificação dos temas.
Comentário
Sim, as técnicas de classificação supervisionada possuem exatamente este objetivo: identificar na imagem
as temáticas pré-estabelecidas (por exemplo: pastagem, área urbana, área urbana, vegetação, etc.). Isso é
feito do seguinte modo: o operador escolhe (supervisiona) as áreas representativas, e daí o sistema
extrapola estas amostras para o restante da imagem. Gabarito: Certo
2) Na análise digital de dados multitemporais, pode-se utilizar um sistema de análise de dados
digitais para manipular imagens de um mesmo canal espectral em diferentes épocas.
Comentário
As imagens multitemporais são exatamente isso! Pega-se várias bandas de datas diferentes e cria-se uma
montagem realçando as diferenças. Gabarito: Certo
3) A classificação digital permite a aplicação de correções de três tipos: radiométrica, geométrica e
atmosférica.
Comentário
Isto NÃO são etapas da classificação digital, mas sim do pré-processamento! Lembre-se que a
classificação digital (que se divide em supervisiona e não-supervisionada e que tem como objetivo
interpretar as classes de uso do solo da imagem) ocorre DEPOIS do pré-processamento. Este s sim,
engloba as correções descritas na questão. Gabarito: Errado.
4) Pré-processamento é uma fase que implica a implementação de um processo de decisão para que o
computador possa atribuir certo conjunto de pontos da imagem a uma determinada classe.
Comentário
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Isso NÃO é a definição da fase do pré-processamento, mas sim da fase da classificação digital. Gabarito:
Errado
5) Para facilitar a interpretação de uma imagem mediante a técnica de realce de imagens, podem ser
realizadas operações de manipulação de contraste, filtragem de frequência espacial e rotação de
imagens.
Comentário
Agora sim faz sentido. Primeiro ocorrem as “operações de manipulação” descritas na imagem para torna-
la melhor interpretável, e DAÍ SIM parte-se para a interpretação. Certo

Mosaicagem e registro de imagens

Um mosaico de imagens de satélite – ou fotografias aéreas – é uma junção de várias imagens,


necessária quando a cena a ser estudada abrange mais de uma imagem.

O que são mosaicos de imagens?

Mosaicos de imagens de satélite ou de


fotografias aéreas são representações
sinóticas e atualizadas de grandes extensões
territoriais, tem por objetivo unir em uma
única imagem dois ou mais extratos ou cenas
de imagens [fonte].
No exemplo ao lado, mosaico do estado de
Pernambuco disponibilizado pelo IBGE.

Contudo, há algumas questões que devemos levar em consideração. Conforme aponta este estudo
[fonte], o processo de junção das imagens de um mosaico exige um trabalho de ajustamento geométrico
e de equalização da tonalidade radiométrica das imagens para evitar descontinuidades. Alguns
programas comerciais existentes no mercado apresentam soluções para este problema em discussão,
porém não fornecem maiores detalhes de como processam esta junção e algumas vezes não atendem a
objetivos específicos de pesquisadores e usuários mais exigentes. Ou seja, não basta juntar as imagens, é
necessário que as imagens não pareçam ser juntadas. Para tal, a mosaicagem é dividida em duas etapas
fundamentais:

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Etapas da mosaicagem [fonte].

1 - Captura de imagens
Este trabalho pressupõe-se que a captura imageie partes da mesma
cena por mais de uma imagem, de forma a possibilitar a fusão das
imagens em uma maior por meio dos trechos redundantes nas imagens.
De acordo com as imagens capturadas, o mosaico pode ser construído
com mais ou menos etapas de processamento de imagens.Para
imagens aéreas, por exemplo, é quase sempre necessária uma etapa de
retificação de imagens.

2 - Blending - do inglês, mistura.


É o processo de se combinar imagens na área de sobreposição de forma
que sua emenda fique imperceptível.
Para que isso ocorra, é necessário, por muitas vezes, corrigir as
imagens, a ponto de harmonizar visualmente seus detalhes,
principalmente quando a captura anterior ocorreu em datas, condições
atmosféricas ou horários do dia diferentes.

Para que haja o blending é necessário que a imagem seja ajustada. Primeiramente, é necessário o
ajuste da tonalidade de cinza de uma imagem em relação a outra, de forma que a média dos níveis de
cinza nas regiões de superposição sejam semelhantes para ambas. Essa etapa é chamada de correção
radiométrica. Para este proposito geralmente utilizam-se técnicas de ajuste de histograma. Após este
passo as bordas artificiais tornam-se significativamente menos visíveis, apesar de ainda serem aparentes
[fonte].

A importância da correção radiométrica (dos tons de cinza)

Na imagem ao lado, há três imagens de um mesmo local,


em condições atmosféricas e de iluminação diferentes.
Embora seja a mesma área – e, inclusive, são visualmente
semelhantes – perceba que os valores de RGB são
diferentes.
Essa diferença pode gerar problemas para, por exemplo, a
realização de classificações supervisionadas.
Por isso, antes de mosaicar uma imagem na outra, é
necessário equalizar os tons de cinza. [fonte da
imagem].

Essa correção é necessária porque o processo de aquisição de imagens digitais pode sofrer
degradações em relação ao sinal que deveeria ser registrado. "Mesmo que sejam tomadas diversas
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precauções em relação aos equipamentos, horário apropriado para o vôo de recobrimento e


condições atmosféricas apropriadas, ainda assim as fotografias resultantes do trabalho podem não
obedecer aos padrões de tonalidade esperados", aponta este estudo [fonte].

Além da correção radiométrica, outra etapa fundamental da mosaicagem é a correção


geométrica, que nada mais é do que a transformação de uma imagem de modo que ela assuma as
propriedades de escala e projeção de um mapa – ou seja, a atribuição de coordenadas conhecidas e
confiáveis. [fonte].

A necessidade de correção geométrica – erros que a imagem pode ter [fonte].

Efeito das distorções não-sistemáticas em imagens orbitais. O retângulo de baixo indica a imagem corrida. O
retângulo de cima, a imagem original distorcida. Não entraremos em detalhes de cada uma dessas distorções; no
entanto, é necessário saber que existem. “Roll”, “pitch” e “yaw” são os eixos de rotação do satélite.

Rotação da Terra Variação da altitude Variação do pitch

Velocidade da plataforma Variação do roll Variação do yaw

O processo de correção geométrica envolve as seguintes etapas: primeiramente, é necessário


determinar a relação entre o sistema de coordenadas do mapa e o da imagem. Em segundo lugar,
estabelece-se um conjunto de pontos definindo os centros dos pixels na imagem corrigida, definindo um
grid com as propriedades cartográficas do mapa. Por fim, é necessário calcular os valores de intensidade
dos pixels na imagem colorida por interpolação das intensidades dos pixels na imagem original. [fonte]
Portanto, além da correção radiométrica dos pixels, é necessário interpolar as intensidades. Contudo,
seria exagero entraremos em detalhes de como isso é feito.

Após a correção geométrica, forma-se o registro da imagem, que nada mais é do que ajuste de
coordenadas na imagem – ou seja, parte da própria correção geométrica,.

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O que é o registro de imagens?

“O registro é o ajuste do sistema de coordenadas de uma imagem (dado em pixels/linhas)


ao sistema equivalente de uma outra imagem, cobrindo a mesma área.

Um exemplo comum de necessidade do registro é na integração de imagens de diferentes


sensores (SPOT e TM, por exemplo), sobre uma mesma área.

Um outro tipo de exemplo no qual o registro entre imagens é usado é o da confecção de


mosaicos a partir de imagens vizinhas com cobertura parcial.” [fonte].

Sistemas orbitais.

Os sistemas orbitais estão diretamente relacionados com à resolução temporal das imagens de
satélite — ou seja, à frequência que um determinado sensor pode obter imagens. O satélite sino-
brasileiro Cybers-2, por exemplo, capta imagens de 26 em 26 dias; logo, sua resolução temporal é de 26
dias. Os satélites orbitais e satélites geoestacionários possuem diferentes resoluções temporais,
conforme o quadro abaixo:

Satélite geoestacionário
É aquele que gira junto com a Terra, em velocidade
semelhante ao movimento de rotação. Sendo assim, ele
permanece fixo em um mesmo ponto da superfície do
planeta.
Satélite orbital
É aquele que gira em órbita diferente da Terra, em
sentido quase polar. Sendo assim, ele pode capturar
dados do planeta inteiro; no entanto, demora muito
para passar novamente sob um mesmo ponto.

Visto que o satélite geoestacionário


permanece sob um mesmo ponto da
superfície da Terra, ele possui elevadíssima
resolução temporal com tempo de
imageamento sempre muito curto. Devido
à esta enorme vantagem temporal, é o mais
utilizado para previsão do tempo e
telecomunicações – atividades que exigem
rapidez de dados. No entanto, como este
tipo de satélite foca em apenas uma área do
planeta, ele possui uma abrangência
geográfica limitada, não sendo possível
observar outras eventuais localizações de

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interesse.

O satélite orbital, por sua vez, não fica “parado” no mesmo ponto da superfície, mas sim, percorre
o planeta inteiro. Devido a este fato, satélites orbitais possuem uma grande amplitude de imagens. No
entanto, como demora para que o sensor volte ao mesmo ponto, este tipo de satélite possui baixa
resolução temporal.3

Grande resolução temporal Abrange apenas um mesmo


Satélite geoestacionário
(sempre tem imagem) ponto do planeta.
Pequena resolução temporal
Satélite orbital Abrange o planeta inteiro
(demora para ter imagem)

Na figura acima (página anterior), é possível visualizar a órbita do satélite LANDSAT. Repare que o
movimento é realizado no eixo norte-sul; no entanto, a curvatura da Terra faz com que este traçado tenha
um aspecto visualmente inclinado. A cada 18 dias, o satélite faz a “volta” completa no planeta. Logo,
possui resolução temporal de 18 dias. Além disso, o LANDSAT é heliosincronizado, ou seja sempre
passa num mesmo local dado ao mesmo horário solar.

O quadro na página seguinte reune as principais características dos principais sistemas orbitais de
sensoriamento remoto disponíveis — ou seja, dos principais satélites em funcionamento —; com um foco
maior para programas governamentais. [fonte; fonte; fonte; fonte; fonte; fonte; fonte; fonte;] Repare nas
diferenças de tipos de órbita e resoluções temporal, espacial, e espectral – temas que vimos acima.

3
Esta animação tem pouco mais de 1 minuto e explica a diferença entre os dois satélites de forma
mais didática [link]
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Dados dos principais satélites de Sensoriamento Remoto disponíveis
Satélite ou País de Resolução Resolução Resolução
Operação Tipo Resolução espectral
série origem espacial temporal radiométrica
Pancromático: 15m

Multiespectral: 30m Pancromático P&B: Banda 8;


LANDSAT EUA Landsat 8 (2013-2018) Orbital (banda 1-7 e 9) Multiespectral: Bandas 1-7 e 9; 16 dias 16 bits por píxel
Termal: Bandas 10-11.
Termal: 100,0m
(bandas 10-11).
Multispectral: 20m
Azul (B), Verde (G), Vermelho (R), Multispectral: 26
Infravermelho Próximo (NIR), Pan, dias
Brasil e Pancromática: 5 a
CBERS CBERS 4 (2014-2018) Orbital Infravermelho de Onda Curta 1 8 bits por pixel
China 10m
(SWIR), Infravermelho de Onda Curta Pancromática: 5
2 (TH), Infravermelho Termal (TIR). dias
Termal: 40 a 80m
Pancromático P&B:
Pancromático P&B; Multiespectral:
1,5m 12 bits por
SPOT França Spot 6 e 7 (2012-2018) Orbital Azul, Verde, Vermelho e Diária
pixel.
Infravermelho próximo.
Multiespectral: 6m.
Pancromático: 1,0 m
Pancromático P&B; Multiespectral:
IKONOS EUA De 1999 a 2014 Orbital Azul, Verde, Vermelho, e 3 dias 11 bits por píxel.
Multiespectral: 4,0
Infravermelho próximo.
m..
GOES 12 (América do
Sul – 2001 a 2018), De 1 a 8 km Banda 1 (visível), Banda 2 (ondas
GOES/NOA Geestacion Informação não
EUA GOES 13, GOES 14, dependendo da curtas), Banda 3 (umidade); Bandas 4 Diária
A ário encontrada
GOES 15 (demais banda. e 5 (infravermelho)
partes do globo)
3, 35 ou 176 dias
União Informação não
ERS ERS 1 e 2 (1991 – 2001) Orbital 30m x 30m (radar) Banda C (espectro de radar) (dependendo do
Europeia encontrada
tipo de análise)

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Sistemas de Informações Geográficas (SIG) (Item 2.3)

Neste item, estudaremos os Sistemas de Informações Geográficas (SIG), cujas definições seguem
abaixo, para os seguintes temas do edital:

2.2 Noções de sensoriamento remoto: espectro eletromagnético, sensores ativos


epassivos, transmissão e recepção de sinais, sistemas orbitais.

O que é SIG?

De forma geral, Sistema de Informação Geográfica (SIG) é um conjunto de programas,


equipamentos, metodologias, dados, e pessoas (usuário), perfeitamente integrados, de forma a tornar
possível a coleta, o armazenamento, o processamento, e a análise de dados georreferenciados, bem
como a produção de informação derivada de sua aplicação [fonte]. De forma mais sucinta, SIGs são
sistemas computadorizados destinados ao processamento de dados espaciais. Ou seja, sistemas que
envolvem mapas e bases cartográficas.

Dados que estão associados a um sistema de coordenadas conhecido, ou seja,


Dados
vinculam-se a pontos reais dispostos no terreno, caracterizados, em geral,
georreferenciados
pelas suas coordenadas de latitude e longitude [fonte].

O que é SIG?

“O termo sistemas de informação geográfica (SIG) é aplicado para sistemas que realizam
o tratamento computacional de dados geográficos. A principal diferença de um SIG
para um sistema de informação convencional é sua capacidade de armazenar tanto os
atributos descritivos como as geometrias dos diferentes tipos de dados geográficos. Assim,
para cada lote num cadastro urbano, um SIG guarda, além de informação descritiva como
proprietário e valor do IPTU, a informação geométrica com as coordenadas dos limites do
lote.” [fonte].

Apesar de ter sido concebido ainda nos anos 1960, foi somente após a revolução tecnológica dos
anos 1990 que o SIG de fato se desenvolveu. Este crescimento só foi possível graças à evolução do
computador (hardware), e de programas específicos (software) que passaram a conseguir resolver os
problemas de quantificação de forma rápida e eficiente. Nos últimos anos, a a utilização dos SIGs vem
crescendo rapidamente em todo o mundo, uma vez que possibilita um melhor gerenciamento de
informações e a consequente melhoria nos processos de tomada de decisões em áreas de grande
complexidade, como por exemplo, planejamento municipal, estadual e federal, proteção ambiental, redes
de utilidade pública, entre outros. [fonte].

Embora sejam principalmente estudados dentro da ciência geográfica, os SIGs possuem larga
utilização em diferentes campos do conhecimento, incluindo ciências exatas, biológicas, humanas e
aplicações tecnológicas. Estes permitem a visualização espacial de variáveis como população de

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indivíduos, índices de qualidade de vida ou vendas de empresa numa região através de mapas. No quadro
abaixo, seguem algumas aplicações de SIGs [fonte]:

Algumas funcionalidades de um SIG

Planejamento e Redes de infraestrutura como água, luz, telecomunicações, gás e esgoto,


gerenciamento planejamento e supervisão de limpeza urbana, cadastramento territorial urbano e
urbano mapeamento eleitoral.

Saúde e educação Rede hospitalar, rede de ensino, saneamento básico e controle epidemiológico.

Transporte Supervisão de malhas viárias, roteamento de veículos, controle de tráfego, sistemas


de informação turística.

Segurança Supervisão de espaço aéreo, marítimo e terrestre; controle de tráfego aéreo, sistemas de
cartografia náutica, serviços de atendimento emergenciais.

Uso da terra e Estocagem e escoamento da produção agrícola, classificação de solos e vegetação,


planejamento gerenciamento de bacias hidrográficas, planejamento de barragens, cadastramento
agropecuário de propriedades rurais, levantamento topográfico e planimétrico, mapeamento de
uso da terra.

Uso de recursos Controle do extrativismo vegetal e mineral, classificação de poços petrolíferos,


naturais planejamento de gasodutos e oleodutos, distribuição de energia elétrica, identificação de
mananciais, gerenciamento costeiro e marítimo.

Meio ambiente Controle de queimadas, estudos de modificações climáticas, acompanhamento de


emissão e ação de poluentes, gerenciamento florestal de desmatamento e
reflorestamento.

Atividades Planejamento de marketing, pesquisas socioeconômicas, distribuição de produtos e


econômicas serviços, transporte de matéria prima e insumos.

Nota-se que o que distingue o SIG dos outros sistemas de


informação é o seu caráter dual: enquanto o dado comum pode ser
acessado somente pelo seu atributo, o dado em SIG pode ser acessado
tanto pelo seu atributo quanto pela sua localização. Portanto, os sistemas
de informação geográfica, em relação aos sistemas convencionais,
apresentam maior grau de complexidade, fornecendo maiores subsídios
à tomada de decisões. Em termos mais amplos, SIGs constituem
ferramentas que permitem o processamento de dados espaciais em
informações espaciais, e finalmente, em explicações espaciais para
entender o mundo real.

Como o objetivo desse item é somente comparar os diferentes


sistemas de geoprocessamento – SIG e CAD – não entraremos em detalhes
sobre o SIG.

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AutoCAD – o principal software de CAD [fonte].

O AutoCAD® é um software de CAD (projeto auxiliado por computador)


que arquitetos, engenheiros e profissionais de construção utilizam para
criar desenhos 2D e 3D precisos.
Algumas de suas funções são: criação e edição de geometria 2D e
modelos 3D com objetos sólidos, superfícies e objetos de malha; e,
anotações em desenhos com texto, dimensões, tracejados e tabelas.,

Cuidado para não confundir: CAD é um sistema, algo amplo. AutoCAD é um entre vários softwares de CAD,
assim como o ArcGIS, por exemplo, é apenas um software de GIS e não o GIS em si.

Vejamos um breve resumo entre CAD e SIG:

Projeto Auxiliado por Os dados geográficos são armazenados de forma gráfica, ou seja, apenas
Computador (CAD) visual, como se fossem apenas desenhos. Um dado é apenas um desenho.

Os dados geográficos são armazenados de forma gráfica, mas também


Sistema de Informação
possuem tabela de atributos que possibilitam análises complexas. Um dado
Geográfica (SIG)
tem desenho e informações espaciais indexadas.

O Edital da ADASA cobra conhecimentos de SIG, e NÃO de CAD.

Um sistema de informação geográfica é composto por hardware (computadores), software


(programas), dados (geográficos ou tabulares) e peopleware (operadores). Portanto, quando os editais de
concurso falam em “projetos de sistemas de informação geográfica” está, na verdade, se referindo aos
softwares e às extensões de banco de dados. A boa notícia é que esse tema costuma cair de forma
bastante superficial. Na maioria das vezes, basta saber que a aplicação existe.

A maioria das aplicações de SIG – ArcGIS, QGIS, SPRING, entre outros – funciona de forma similar.
Há um documento em branco no qual o usuário pode adicionar, editar e manipular arquivos vetoriais e
matriciais como shapefiles e imagens de satélite, respectivamente. Nesse processo, é fundamental que o
usuário tenha cuidado com o posicionamento espacial dos dados. Ou seja, dentro de um software SIG,
deve-se ter o cuidado de trabalhar com dados que estejam corretamente georreferenciados nos padrões
da cartografia e da geodésia. Caso o usuário utilize a projeção UTM, é necessário saber em qual fuso a área
e mapeada se encontra, por exemplo. Portanto, o sistema de coordenadas deve ser único para todos os
elementos que compõem o mapa.

Além disso, o usuário deve saber das potencialidades e limitações de cada um dos modelos de
dados – raster e vetor. No caso do raster, é possível trabalhar com imagens .tiff .png .jpg, por exemplo.
No caso do vetor, os softwares de SIG aceitam, por exemplo, arquivos shapefiles (.shp), arquivos do
Google Earth (.kmz ou .kml) ou arquivos do AutoCAD (.dxf ou .dwg). Cada um desses formatos permite
manipulações e processamentos diferentes.

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Alguns softwares de SIG como, por exemplo, o ArcGIS ou o MapInfo possuem licenças pagas.
Contudo, o usuário pode encontrar várias soluções gratuitas como o SPRING ou o Terra View, ambos
desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O quadro abaixo resume as principais
aplicações do mercado:

Principais projetos de SIG do mercado

Software pago. Software pago. Software livre. Software livre.

Software livre. Software pago Desenvolvido pelo INPE, Desenvolvido pelo INPE,
utilização gratuita. utilização gratuita.

Alguns outros projetos de geoprocessamento que não são SIGs

CAD Banco de dados Banco de dados Sensoriamento remoto

Perceba além dos programas de SIG, o usuário poderá necessitar de aplicações complementares
como softwares de banco de dados (Oracle, Access, etc.) ou de sensoriamento remoto (ENVI, SPRING,
etc.) (embora o SPRING seja um software de SIG, ele é muito bom para trabalhar com imagens de satélite).

Nesse contexto, podemos destacar o PostGIS, uma extensão espacial de código aberto do Sistema
Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) PostgreSQL. O software espacializa os dados do servidor
PostgreSQL, fazendo com que este seja usado como um banco de dados espacial para os sistemas de
informação geográfica.

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FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 31


Em virtude da demanda pelo processamento de dados geográficos, foram desenvolvidas extensões
espaciais complementares a Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGBD) disponíveis no
mercado. Uma extensão espacial para SGBD disponível na atualidade é:

A) MySQL;
B) PostGIS;
C) PostgreSQL;
D) Oracle;
E) QGIS.

Comentário
Das alternativas acima, a única extensão espacial para SGBD é o PostGIS (alternativa B). MySQL e Oracle
(alternativas A e D) são gerenciadores de banco de dados. QGIS (alternativa E) é um software de SIG.
Gabarito: B.

CESPE - Analista do Ministério Público da União – Geografia – 2013


Com relação aos sistemas de informação geográficas (SIG), julgue o item que se segue.

1) GvSIG, Quantum GIS, PostGIS e SPRING são exemplos de pacotes computacionais de SIG.
Comentário
GvSIG, Quantum GIS e SPRING são exemplos de pacotes computacionais de SIG; mas o PostGIS não.
Trata-se de um software de gestão de banco de dados. Gabarito: Errado

Tipos de dados

Para entendermos os diferentes tipos de dados, precisamos compreender como funciona um SIG
e qual a sua estrutura. Segundo Paulo Roberto Fitz, um SIG é constituído pelos seguintes componentes:

Requisitos de um SIG

Hardware
Plataforma computacional utilizada. Usualmente, são computadores; mas nos últimos
anos há um aumento da utilização de smartphones.

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Software
Programas, módulos e sistemas vinculados. Entre os mais conhecidos estão ArcGis,
Mapinfo, Spring, Quantum GIS, e Terra View.

Dados
Registros de informações resultantes de uma pesquisa ou investigação. Os dados
podem ser geográficos e/ou tabulares.

Peopleware
Profissionais e usuários envolvidos na operação do SIG.

Deste modo, ao contrário do que muita gente pensa, um SIG não é só um programa de
computador (software), mas sim, envolve várias estruturas complexas, desde a própria máquina
(hardware) até mesmo a entrada de dados e a manipulação do operador (peopleware).

Nota-se, portanto, que ao contrário do sistema CAD, o banco de dados possui um papel central
nos SIGs. Para mapearmos a vulnerabilidade ambiental de uma localidade, por exemplo, precisamos de
dados de hidrografia, precipitação (chuvas), tipos de solo, declividade, ou delimitações de áreas
ambientalmente protegidas. Para mapearmos a vulnerabilidade social, utilizamos dados de renda,
população, acesso à escolaridade, etc. Resumindo, para cada ponto, linha ou polígono desenhado em
ambiente SIG, existe um complexo banco de dados por trás. Vejamos o exemplo abaixo:

Na imagem acima, a base cartográfica do Brasil foi inserida em um determinado software de


geoprocessamento. Perceba que para cada polígono – no caso, as unidades da federação – há uma matriz
de dados associada. Esta matriz é chamada tabela de atributos. No caso exemplificado, há informações
sobre o nome do polígono, a sigla do polígono, e a região pertencente. Perceba que por meio da tabela
de atributos, foram selecionados os cinco primeiros nomes (Acre, Alagoas, Amapá e Amazonas), que
ganharam um realce diferenciado no mapa (em amarelo). Por meio dos campos da tabela de atributos,
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portanto, é possível criar mapas temáticos. Uma vez que o sistema saiba, por exemplo, quais estados
(polígonos) pertencem a cada região (campo “região”), é possível agrupá-los em categorias (conforme
imagem abaixo) e assim, fazer um mapa temático.

Esta arquitetura de dados compõe o Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD), ou


seja, as linguagens de programação que gerenciam Bancos de Dados Geográficos (BDG). O SGBD – que
faz parte do SIG – é especialmente desenvolvido para lidar com dados espaciais e alfanuméricos,
controlando também, seu armazenamento, sua atualização e recuperação.

Portanto, quando o edital fala em "tipos de dados", podemos citar duas categorias: os dados
espaciais dispostos nos Bancos de Dados Geográficos; e os dados não-espaciais dispostos em Bancos de
Dados "normais". O quadro abaixo explica um pouco melhor sobre essa distinção:

Termo genérico que designa todo local onde estão armazenados dados,
Banco de Dados
sendo geográficos ou não.

Assim como o termo acima, trata-se de locais onde estão armazenados


Banco de Dados
dados. No entanto, ao contrário de um banco de dados comum, o
Geográficos (BDG)
banco de dados geográficos suporta dados georreferenciados.

Sistema de
Conjunto de softwares responsáveis pelo gerenciamento de banco de
Gerenciamento de Banco
dados, que podem ser geográficos ou não.
de Dados (SGBD)

É aí que a indexação torna-se tão importante. Ainda tomando o exemplo anterior, sugiro que volte
à figura do mapa do Brasil e repare que há uma coluna chamada “FID”, da qual cada unidade da federação
possui um código diferente. É esse código que permite que a base cartográfica, em formato shapefile, seja
indexada.. Assim como cada cidadão brasileiro possui um CPF que o distingue dos demais, cada ponto,
linha ou polígono possui um número exclusivo que permite sua individualização.

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Cartograficamente dizendo, para que os dados


sejam inseridos e indexados em ambiente SIG, é
necessário que haja uma redução do mundo real. Esse
processo pode ocorrer de duas maneiras: por meio de
representação raster (imagens em pixels) e
representação vetorial (desenhos em pontos, linhas
e polígonos). (conforme vimos nos itens anteriores).

Para agora, é preciso entender que enquanto as imagens raster podem ser
inseridas em formatos comuns como .TIFF ou .JPG, o vetor possui um formato
específico para o SIG, o arquivo shapefile. Amplamente utilizado no mercado, o
shapefile foi desenvolvido pela ESRI, empresa detentora do software ArcGIS.
Para funcionar, um shapefile precisa de pelo menos três arquivos: o desenho
(.shp), o índice (.shx), e a tabela de atributos (.dbf). Demais arquivos podem ser
adicionados como por exemplo, informações de projeção (.prj).

É por isso que quando vamos encaminhar um shapefile por e-mail, por
Arquivos vinculados ao exemplo, devemos enviar vários arquivos juntos, senão, o destinatário não
shapefile da América do Sul, consegue abrir. Neste caso, pode-se recorrer ao auxílio de softwares
visão do Windows Explorer.
compactadores, como o WinRar ou WinZip.

Estrutura de um arquivo shapefile

Arquivo .shp Arquivo .shx Arquivo .dbf

Contém as formas geométricas Serve de ponte entre os arquivos .shp Contém a tabela de atributos,
dos vetores, ou seja, o desenho (desenho) e .dbf (banco de dados), ou seja, as informações do
propriamente dito. sendo um índice de conexão entre “desenho” do shapefile.
ambos os arquivos.

FGV – Geógrafo – SUDENE – 2013


Sobre escala cartográfica e escala geográfica, considere as afirmativas a seguir. Assinale V para a
verdadeira e F para a falsa.

1) A escala cartográfica corresponde a relação entre medidas reais e sua representação gráfica.
Comentário
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Sim, é exatamente esta a definição de escala cartográfica. O quão reduzido o mundo real foi para caber no
mapa em questão; ou seja, “a relação entre medidas reais e sua representação gráfica”. Gabarito: Certo
2) A análise geográfica dos fenômenos é limitada pela escala cartográfica na elaboração de cartas e
mapas.
Comentário
A análise geográfica é inversa à escala cartográfica! Uma escala geográfica GRANDE (por exemplo, o
mundo), é na verdade, uma escala cartográfica PEQUENA. Do mesmo modo, uma escala geográfica
PEQUENA (um bairro local), também é uma escala cartográfica GRANDE. Além disso, devemos lembrar
que a representação cartográfica segue a escala geográfica: se eu quiser mapear um país inteiro por
exemplo (escala geográfica nacional), a escala cartográfica deverá ser proporcional ao país em questão.
Gabarito: Errado
3) A escala cartográfica adotada para representar os estudos geográficos em áreas urbanas, em cartas
e mapas temáticos, deve ser obrigatoriamente menor que 1:500.000;
Comentário
1:500.000 é uma área gigante! Normalmente estudos urbanos são mapeados em escalas grandes acima de
1:25.000. Gabarito: Errado

FGV – Geógrafo – SUDENE – 2013


Com relação aos conceitos de geoprocessamento, dados e informações geográficas, analise as
afirmativas a seguir.

1) Geoprocessamento pode ser entendido como um conjunto de conceitos, métodos e técnicas de


diversas origens que, operando sobre bases de dados georreferenciados, pode associá‐los a bancos de
dados convencionais e transformar os dados em informação.
Comentário
Sim, o geoprocessamento (ou geomática) é um termo bem amplo que envolve várias geotecnologias, tais
como: topografia, cartografia, aerofotogrametria; e também, os sistemas de informação geográfica, o
sensoriamento remoto e os bancos de dados geográficos.Gabarito: Certo
2) As ferramentas computacionais para geoprocessamento, chamadas de Sistemas de Informação
Geográfica, permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes além de criar
bancos de dados georreferenciados.
Comentário
A questão afirma que o SIG faz parte do geoprocessamento, sendo as suas ferramentas computacionais
para a integração de dados espaciais. Muito bem acertado. Gabarito: Certo
3) O Geoprocessamento utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da
informação geográfica e vem influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de
Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional.
Comentário

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De fato, o geoprocessamento vem alterando as áreas de transporte, comunicações, energia, etc.; afinal,
com as informações espaciais, é possível ampliar a visão sobre o espaço geográfico e subsidiar a tomada
de decisões, tanto para o poder público quanto para a iniciativa privada. Gabarito: Certo

CESPE – Arquiteto Urbanista – CEHAP-PB – 2009


Quanto ao geoprocessamento, assinale a opção correta.

1) O sistema de informação geográfica (SIG) ou em inglês geografical information system (GIS) é,


atualmente, o sistema mais adequado para análise espacial de dados geográficos.
Comentário
Tendo em vista os principais sistemas disponíveis (CAD, AM/FM e SIG), de fato, o SIG é o mais indicado
para a análise espacial de dados geográficos. Gabarito: Certo
2) Os dados utilizados no SIG podem ser divididos em 3 grupos: dados gráficos ou espaciais
(geográficos); dados topográficos (volumétricos); dados não-gráficos ou descritivos (alfanuméricos).
Comentário
Ao contrário do que a questão diz, todos os dados no SIG são espaciais. Além disso, os dados descritivos
fazem parte da própria tabela de atributos, também sendo de natureza espacial. Por fim, os dados em SIG
são divididos em dados vetoriais e dados raster, e não de acordo com a proposição apresentada. Gabarito:
Errado.
3) Para geração dos dados espaciais, utiliza-se, exclusivamente, o sistema de posicionamento global
(GPS).
Comentário
O GPS é UMA DAS muitas formas de geração de dados espaciais, que também incluem a vetorização, a
digitalização de mapas e cartas topográficas, a classificação de imagens, etc. Gabarito: Errado.
4) As plantas topográficas são obtidas a partir de dados colhidos por meio da geogrametria aérea.
Comentário
Não necessariamente. Podemos obter plantas topográficas com outros métodos, tais como: com curvas
de nível disponíveis na internet, com dados de SRTM, ou com dados primários de levantamento
topográfico. Gabarito: Errado.

Compatibilização e padronização de dados cartográficos e formatos de arquivos

Neste item, estudaremos a "compatibilização entre os dados geográficos", algo que também
envolve os diferentes "formatos de arquivos" — especialmente os formatos raster e vetor, que veremos
no final do item. Neste caso, como estão intimamente relacionados, estudaremos dois temas em um
único item.

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Esses dois temas conectam no conceito de interoperabilidade que significa, na prática, a


interação entre dois ou mais sistemas de dados geográficos. Isso pode ser aplicado, por exemplo: na
interação: entre SIGs e CADs, entre dados analógicos e digitais; entre SIG Desktop e SIG Web, etc. Ou
ainda, na interação entre dois ou mais SIGs.

O que é interoperabilidade?

É a “habilidade de dois ou mais sistemas, sejam computadores, dispositivos de


comunicações, base de dados, rede e outras tecnologias de informação; interagirem um com
o outro e trocar dados de acordo com um método prescrito a fim de alcançar resultados
previsíveis.” [fonte].

Com a expansão e a modernização da World Wide Web (WWW), o conceito de


interoperabilidade torna-se ainda mais amplo, uma vez que este ambiente possibilita o
compartilhamento de dados em âmbito global.

No compartilhamento de dados entre um SIG e outro, é comum a ocorrência de problemas de


heterogeneidade entre as bases como, por exemplo: na adoção do modelo conceitual; na especificação
dos metadados; no hardware utilizado; no formato dos dados; ou, no próprio conteúdo da base e na
ferramenta utilizada para o gerenciamento dos dados com suas respectivas linguagens de consulta.
[fonte].

Como solucionar os problemas de interoperabilidade entre SIGS?


“Uma das soluções propostas pela comunidade usuária dos SIGs é o
estabelecimento de um padrão de dados que permita transferência
de dados entre os sistemas”. Este padrão de dados deve oferecer
simplicidade de manuseio, neutralidade em relação aos sistemas,
poder de expressão para qualquer modelo de dados e capacidade de
adequação aos novos conceitos da tecnologia. [fonte]

Dentro de um SIG, a entrada de dados pode ocorrer de várias maneiras no SIG, por meio de:
pesquisas de campo; aerolevantamentos; imagens de satélite; vetorização; sistemas de posicionamento,
digitalização de mapas e cartas e muitas outras formas. Uma vez que estes dados estão dispostos em
ambiente SIG, ocorre a integração dos mesmos. Os dados podem ser adquiridos via primária
(levantamentos de campo, modelagens estatísticas ou pesquisas próprias) ou secundária (levantamentos
já realizados por outros órgãos ou entidades).

Digitalização Transformação de documento analógico em documento digital

Vetorização Transformação de arquivo matricial (digital) em formato vetorial (também digital)

Importante ressaltar que os dados adquiridos em SIG dados devem necessariamente ter natureza
alfanumérica e espacial, ou seja, necessariamente devem ser dados tabulares georreferenciados. Além
disso, devem estar em formato digital. Para serem integrados ao SIG, portanto, os documentos
analógicos devem ser digitalizados. Esse procedimento pode ser feito de várias maneiras:
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Transformação de dados analógicos em digitais

Digitalização manual. Com o auxílio de mesas digitalizadoras ou telas de


computador, é possível digitalizar manualmente cartas topográficas e demais
materiais. Durante muito tempo, quando os aparelhos scanner eram de difícil
acesso, essa foi uma das principais formas de entrada de dados no SIG. Atualmente,
no entanto, é pouco utilizada.

Escaneamento. Com o avanço da tecnologia, a forma mais fácil de digitalizar


documentos foi o escaneamento. Órgãos cartográficos como o IGC e a EMPLASA já
começaram a digitalizar suas cartas topográficas analógicas.

Geometria de Coordenada (COGO). Esta função – muito utilizada em CAD porém


também utilizada em SIG – cria coordenadas geométricas digitais com base em
levantamentos analógicos. Por exemplo, é possível criar, dentro dos softwares,
limites de lotes a partir de documentos legais ou dados de levantamento
topográfico.

O resultado desta digitalização é SEMPRE o formato vetorial OU o formato matricial.

O arquivo digitalizado subsequente pode ser de várias extensões. No caso vetorial, a principal é o
formato Shapefile (SHP), que é um misto das feições gráficas (.shp), da tabela de atributos (.dbf) e do
arquivo de ligação (.shx). Também são utilizados os formatos Drawing Interchange Format (DWG) e
Drawing Interchange Format (DXF), no entanto, por possuírem mais limitações, são menos utilizados
que o shapefile. Já no caso do raster, as possibilidades são maiores, conforme mostra o quadro abaixo
[fonte]:

Principais formatos de digitais em formato matricial


Formato nativo da plataforma Windows que NÃO faz uso de recursos de
Bitmap (BMP) compressão; resultando em uma imagem de excelente qualidade, porém, muito
pesada.
Este formato comprime a imagem sem perda de qualidade, é portanto, o ideal
Tagged Image File
para trabalhar com SIG, pois é mais leve que o BMP sem perder a resolução. É o
Format (TIFF)
default da maioria dos softwares de mapeamento, como o ArcGIS.
Joint Photographic
Este formato também faz compressão de imagem, mas diferentemente do TIFF,
Expert Group
ocorre perda de qualidade. É por isso que este formato é menos utilizado.
(JPGE)
Graphics
Apresenta um tipo de compactação sem perder resolução, no entanto, só oferece
Interchange
suporte a 256 cores, o que limita a sua qualidade.
Format (GIF)
Trabalha com uma compactação bastante eficiente que reduz o tamanho dos
Portable Network
arquivos sem perder tanta qualidade. Por apresentar bom custo-benefício, está
Graphics (PNG)
sendo cada vez mais utilizado nos SIGs.

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Além dos formatos matricial e vetorial, o banco de dados também pode estar em vários arquivos
diferentes em softwares como Access, SQL Server, Oracle, DB2, Excel ou PostGIS.

Conforme vimos anteriormente, em um sistema de informação geográfica, cada arquivo vetorial


está associado a uma tabela de atributos, na qual podemos extrair informações sobre as feições espaciais
e não espaciais apresentadas no mapa. Por isso, as operações cartográficas também podem ser realizadas
em tabelas de atributos. Vejamos o exemplo abaixo, que mostra o arquivo vetorial do Brasil e a tabela de
atributos da população de cada unidade da federação:

==154a48==

Por meio desta tabela, podemos compor mapas temáticos, fazer processamentos estatísticos,
cálculos de área, e outros procedimentos. Repare que cada polígono possui um código único gerado
automaticamente pelo sistema e denominado FID, no qual cada feição é individualizada por um número
exclusivo. Considerando o exemplo acima do Brasil, o quadro abaixo mostra alguns dos principais
procedimentos que são possíveis de serem realizados nesta tabela de atributos

Operações cartográficas básicas na tabela de atributos

Junção de tabelas de Vamos supor que, no exemplo acima, quiséssemos saber a população de cada
outros shapefiles ou estado, só que esta informação não está disponível no shapefile. Se
arquivos de bancos de tivéssemos uma tabela externa em Excel com estes dados, poderíamos
dados (join – junção) unificá-las, gerando uma única tabela de atributos. Para isso, precisaríamos de
um campo em comum em ambas as tabelas, por exemplo, o nome do estado.
O sistema entenderia que todas as informações de “Mato Grosso” de uma
tabela, pertenceria ao mesmo “Mato Grosso” da outra tabela, e assim, faria a
junção.

Cálculos de área, Adicionando campos numéricos na tabela de atributos, e desde que o


perímetro e demais shapefile esteja georreferenciado em um sistema de coordenadas conhecido,
variáveis espaciais o sistema seria capaz de calcular a área ou o perímetro de cada polígono, bem
(calculate geometry – como sua coordenada de centroide. No exemplo acima, poderíamos, por
calcular geometria). exemplo, calcular a área de cada estado do Brasil e fazer um mapa temático
utilizando classes de legendas dos estados com as maiores e menores áreas.

Cálculos entre colunas Também seria possível fazer procedimentos matemáticos relacionando várias
utilizando fórmulas. colunas de uma tabela de atributos. Vamos supor, por exemplo, que o
shapefile acima tivesse uma coluna de “população” e outra de “área” dos

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estados brasileiros. Poderíamos adicionar uma coluna em branco e nela


calcular a densidade demográfica, ou seja a “população” dividido pela “área”.

Seleção e consulta de O sistema também permite selecionar ou consultar atributos. Vamos imaginar
atributos de interesse que, considerando o exemplo acima, quiséssemos fazer um mapa só com os
(selection – seleção) estados da região nordeste. Neste caso, configuraríamos o sistema para
(query – consulta) mostrar (selecionar) ou recortar (consultar) somente estes estados com base
no campo “REGIAO”.

Modelo de dados vetorial (vetor)

As representações vetoriais são aquelas nas quais os


domínios espaciais são representados por conjuntos de traços,
deslocamentos ou vetores, adequadamente referenciados ou
seja, com pontos, linhas ou polígonos. A adoção de uma das
três formas de representação de um determinado ente, depende
do propósito com que observamos o objeto do mundo real a ser
representado [fonte]. O quadro abaixo ilustra as principais
diferenças entre os três tipos de formato vetorial [fonte]:]

Ponto Linha Polígono

Geralmente utilizado na Definidas como um conjunto São usados para representar


representação de objetos de ordenado de pontos interligados áreas e são definidos como um
pequenas dimensões espaciais. por segmentos de reta (polígono conjunto ordenado de pontos
aberto). interligados, onde o primeiro e
Usa um par de coordenadas último ponto coincidem.
simples para representar a O ponto inicial e o final são
localização de uma entidade. denominados nós e os pontos Atributos podem ser associados
intermediários são chamados de aos polígonos como área,
O tamanho ou a dimensão da vértices. perímetro, uso e ocupação do
entidade pode não ser uma solo, nome, etc.
informação importante, somente É utilizada na representação de
sua localização pontual. entes cuja largura não convém Exemplos: Lotes, quadras,
ser expressada graficamente. unidades territoriais, propriedades
Exemplos: Lotes podem ser rurais.
representados na base espacial Exemplos: estradas, cursos de
por um ponto, e ter armazenados água, redes de saneamento, redes
como atributos, área, proprietário, de linhas de transmissão de
tipo de uso, valor venal, etc. energia elétrica, entre outras

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Quando transformamos um determinado material em formato vetorial, dizemos que estamos


vetorizando. Esta vetorização pode ser feita de diversas maneiras – como em mesas digitalizadoras; mas
na maioria das vezes a vetorização é feita em softwares de SIG. A vetorização ocorre, por exemplo,
quando precisamos transformar cartas topográficas em formato raster (imagem) para o formato vetorial.
Neste caso, o operador literalmente desenha as feições presentes na carta georreferenciada.

Uma das grandes vantagens do modelo vetorial é a possibilidade de trabalharmos com topologia –
isto é, a relação de vizinhança entre os elementos. No entanto, nem todos os vetores estão neste padrão.
Quando utilizamos mesas digitalizadoras ou vetorização manual, a situação mais frequente é a de pontos,
linhas e polígonos não se conectarem. Neste caso, os dados ficam em modelo spaguetti; sendo
metaforicamente um macarrão de fios bagunçados sem conectividade.

Vetor modelo spaguetti (sem conexão) Vetor modelo topológico (conectado)

No modelo topológico, como os elementos


No modelo spaguetti, o vetor é como se fosse um
vetoriais estão interligados, é possível estabelecer
macarrão todo “bagunçado”: neste caso, como os
relações topológicas de vizinhança. Neste caso,
vértices não se conectam, não é possível
como os vértices se conectam, o sistema entende
estabelecer relações de vizinhança.
que eles fazem parte de um único polígono.

Modelo de dados matricial (raster)

Já no modelo raster
(matricial) o terreno é
representado por uma matriz de
linhas e colunas que definem
células denominadas como
pixels. Cada pixel apresenta um
valor referente ao atributo, além
dos valores que definem o
número da coluna e o número da
linha, correspondendo, quando o
arquivo está georreferenciado, a
um par de coordenadas x e y que
se encontre dentro da área

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abrangida por aquele pixel [fonte]. Em outras palavras, ao contrário do vetor (representado por pontos,
linhas e polígonos), o raster é representado por células que normalmente – porém nem sempre –
possuem o formato quadrado. (lembram do conceito de pixel? Pois então...)

É importante dizer que imagens de satélite, fotografias aéreas e produtos do sensoriamento


remoto estão sempre em formato raster/matricial. No entanto, os softwares de SIG são capazes de
trabalhar com os dois modelos de representação (imagem ao lado). Ao escolhermos entre as duas formas
de representação, devemos ter ciência das vantagens e desvantagens de cada uma [fonte]:

Vantagens e desvantagens de cada tipo de representação

Vetor Raster

Mapa representado na resolução original (não perde A visualização deteriora quando amplia (os pixels
resolução quando amplia) tornam-se “estourados” quando dá zoom)

É possível associar atributos facilmente a Trabalhar com atributos é mais complicado, o


elementos gráficos raster possui uma limitação nesse sentido.

É possível fazer relacionamentos topológicos. Não é possível utilizar topologia

Adequado para grandes escalas (1:25.000 e Adequado para pequenas escalas (1:50.000 e
maiores) menores)

Não representa fenômenos com variação contínua Representa fenômenos variantes no espaço (mais
no espaço (mais generalização) complexidade visual)

Pouco espaço de armazenamento. Grande espaço de armazenamento (as imagens


são pesadas demais).

Simulação e modelagem é mais difícil Simulação e modelagem é mais fácil

AOCP – Analista Ambiental – Geógrafo – 2016


Em representações cartográficas digitais, é possível representar o espaço de duas formas: em
estruturas Raster e Vetoriais. Referem-se à base de dados vetoriais:

1) Estrutura de dados baseadas em pontos, linhas e polígonos, que não distorce conforme a escala e
normalmente precisa de menos espaço em disco para armazenar informações.
Comentário
Exatamente, estas características descrevem bem o formato vetorial. Gabarito: Certo.
2) Dados armazenados em células conhecidas como pixels, que possuem um valor correspondente em
metros e podem ser distorcidas em escalas maiores do que o alcance inicialmente projetado.
Comentário

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Não, esta assertiva refere-se ao formato raster/matricial. Gabarito: Errado.


3) Requer uma estrutura topológica construída de modo a descrever as relações entre as linhas e
polígonos e evitar redundância de dados bem como áreas indefinidas entre as linhas.
Comentário
De fato, a estrutura topológica só pode ser aplicada em vetores, sendo necessária na maioria dos casos.
Gabarito: Certo.

4) Possui uma estrutura topológica intrínseca, já que todos os pixels são vizinhos entre si. Desse
modo, facilita análises e cálculos a serem realizados.
Comentário
Somente o dado raster possui pixel. Além disso, a topologia não é intrínseca ao vetor: há vetores
desenhados em modelo “spaguetti” sem relação topológica. Gabarito: Errado.

CONSULPLAN - Geógrafo – MAPA – 2014


As estruturas de dados utilizadas em um banco de dados geográficos podem ser divididas em duas
grandes classes: vetoriais e matriciais. Julgue os itens a seguir.
1) A grade regular de uma estrutura matricial de cada elemento da matriz está associada a um valor
numérico.
Comentário
Sim, cada elemento da matriz – no caso, cada pixel – está associado a um valor numérico de coordenada e
cor. Em um modelo RGB (utilizado em monitores), cada pixel possui um valor de Red (vermelho), um de
Green (verde) e um de Blue (azul). Gabarito: Certo.
2) Os dados vetoriais necessitam de mais espaço de memória RAM para serem salvos, quando
comparados aos dados matriciais.
Comentário
Na verdade, os dados vetoriais exigem MENOS espaço. Desenhos em pontos, linhas e polígonos exigem
menos espaço do que imagens de satélite complexas. Gabarito: Errado
3) Na precisão geométrica, os dados de estrutura vetorial possuem uma precisão geométrica maior do
que os dados de estrutura matricial.
Comentário
Sim, vetores possuem maior precisão geométrica pois o dado em raster, por estar disposto em pixel, é
sempre “quadriculado”. Além disso, o raster distorce com a aproximação (zoom). O vetor, por sua vez, não
distorce com a escala e pode ser desenhado sem necessariamente seguir a geometria quadriculada com
pixel. Gabarito: Certo
4) As estruturas vetoriais são representadas por três formas básicas: ponto, linha e polígono (ou área),
definidas por coordenadas geográficas. A estrutura matricial possui uma grade regular sobre a qual é
expresso, célula a célula, o objeto representado.
Comentário
As frases descrevem perfeitamente as diferenças entre vetor e raster. Gabarito: Certo

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Metadados

Quando adquirimos um shapefile, é fundamental sabermos como ele foi feito: dados como, por
exemplo, a escala de trabalho, a fonte dos dados mapeada, ou o tipo de regra topológica utilizada dão
credibilidade ao arquivo digital. Do mesmo modo, para uma imagem de satélite ou aerofotografia, faz-se
necessário ter conhecimento da resolução espacial, da composição de bandas, da data de obtenção, etc. É
justamente para esclarecer estes e outros parâmetros que servem os metadados; ou, mais
especificamente, os metadados geoespaciais.

Têm como objetivo descrever as características, possibilidades e limitações dos


dados geoespaciais através de informação estruturada e documentada, possibilitando a
Metadados
criação de repositórios de dados dessa natureza, os quais podem ser encontrados pelos
geoespeciais
usuários através de um buscador geográfico ligado a diversos serviços, páginas e portais
especificamente direcionados a este fim [fonte].

Metadados são definidos como "dados sobre os dados". São modelos de representação ou
abstração dos dados, com o objetivo de descrição da coleção e identificação das características de cada
componente da coleção. Possuem, deste modo, um papel muito importante na administração de dados,
pois é a partir deles que as informações serão selecionadas, processadas, e consultadas [fonte]. Seguem as
principais informações a serem registradas em um metadado [fonte]:

Informações a serem registradas em um metadado

Autor, data da elaboração e registro de Extensões disponíveis e aplicativo utilizado


atualizações

Metodologia de construção do dado Conteúdo das camadas de informação

Formato de armazenamento (matricial ou Georreferência (coordenadas do retângulo envolvente)


vetorial) e área de mapeamento

Fonte do dado, escala da fonte e ano da fonte Informações específicas sobre grades utilizadas,
eqüidistância de pontos na representação de algumas
Resolução (em caso de arquivo matricial) e feições geométricas, entre outros.
Padrão de Exatidão Cartográfica

Sistema de projeções e coordenadas, datum Demais informações gerais específicas sobre o dado.
horizontal e datum vertical

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FGV - Fiscal do Meio Ambiente - Florianópolis - 2014


A aquisição de dados é um processo fundamental para a construção de um Sistema de Informações
Geográficas. A qualidade e controle dos dados espaciais são expressos por metadados que permitem:

1) Realizar os procedimentos para a aquisição dos dados.


Comentário
Os metadados NÃO permitem realizar procedimentos de aquisição de dados. Eles são construídos APÓS a
aquisição e o processamento dos dados. Gabarito: Errado.
2) Apontar a melhor estrutura de dados para diferentes análises geográficas.
Comentário
Esta não é a função do metadado, mas sim, do operador humano do SIG. Gabarito: Errado.
3) Identificar informações sobre o conjunto, as características, a qualidade e o histórico dos dados.
Comentário
Agora sim! É exatamente esta a função do metadado, ser uma espécie de “dado do dado”. Gabarito: Certo
4) Elaborar indicadores ambientais específicos.
Comentário
Os metadados não elaboram indicadores, são apenas arquivos de dados. Gabarito: Errado
5) Apresentar métodos que devem ser inseridos na manipulação dos dados.
Comentário
Os metadados também não apresentam métodos nenhum...São apenas arquivos que mostram as
informações dos métodos já empregados para a confecção do dado. Gabarito: Errado
CONSULPLAN - Geógrafo – MAPA – 2014
O sistema de informação geográfica (SIG) é utilizado para manipular, armazenar, consultar,
visualizar, arquivar, atualizar, modelar etc. informações alfanuméricas e georreferenciadas sobre um
determinado espaço geográfico em um único banco de dados. Assinale a alternativa que NÃO
apresenta uma explicação sobre o SIG.

1) Tem mecanismos de processamento de dados espaciais (entrada, edição, análise, visualização,


saída e gerência de bancos de dados geográficos) e oferece armazenamento e recuperação dos dados
espaciais e seus atributos.
Comentário
O SIG possui todas as características descritas na questão. Gabarito: Errado.
2) O requisito de armazenar a geometria dos objetos geográficos e de seus atributos representa uma
dualidade básica para o SIG. Para cada objeto geográfico, é necessário armazenar seus atributos e as
várias representações gráficas associadas.
Comentário

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Sim, uma das grandes vantagens do SIG é justamente esta capacidade de armazenar atributos gráficos e
TAMBÉM a sua tabela de atributos associada. Gabarito: Errado.
3) Há, pelo menos, três grandes maneiras de utilizá‐lo: como ferramenta para produção de mapas;
como suporte para análise espacial de fenômenos; e, como um banco de dados geográficos, com
funções de armazenamento e recuperação de informação espacial.
Comentário
Isso mesmo, o SIG pode ser utilizado tanto para fazer mapas, quanto para subsidiar análises espaciais,
quanto para gerenciar dados geográficos. Gabarito: Errado.
4) Apresenta os seguintes componentes: interface com usuário; entrada e integração de dados;
funções de consulta e análise espacial; visualização e plotagem; armazenamento e recuperação de
dados (organizados sob a forma de um banco de dados geográficos). Esses componentes se
relacionam de forma hierárquica, no entanto, no nível mais próximo ao usuário, a interface
máquina‐homem não define como o sistema é operado e controlado.
Comentário
De fato, esses elementos se relacionam de forma hierárquica porque primeiro há a "entrada" de dados;
depois a "integração"; depois a "consulta e análise espacial"; e, por fim, a "plotagem". Não é possível, por
exemplo, plotar os dados sem que eles estejam integrados. A interface máquina-homem também não
define como o sistema é operado pela simples razão de que o SIG não se resume à "interface homem-
máquina". Além do hardware (máquina) e do peopleware (homem), o SIG também possui o software
(programa) e dados (dados de entrada e saída). Gabarito: Certo.

IADES - Geógrafo – SUDAM – 2013


O Geographical Information System (GIS), ou Sistema de Informação Geográfica (SIG), em português,
compreende quatro elementos básicos que operam em um contexto institucional.
Disponível em: < http://www.ltc.ufes.br/geomaticsce/Modulo Geoprocessamento>. Acesso em:
25/8/2013.

Considerando esse assunto, assinale a alternativa que apresenta componentes ou elementos básicos
de um SIG.
1) Digitalização e fotogrametria.
Comentário
Fotogrametria é uma geotecnologia, SIG é outra. Ambas fazem parte do geoprocessamento/geomática,
mas não estão incluídas uma na outra. Gabarito: Errado.
2) Sensoriamento remoto e Sistema de Posicionamento Global (GPS).
Comentário
O mesmo raciocínio vale aqui: sensoriamento Remoto e GPS são geotecnologias que apesar de possuírem
interfaces com SIG, NÃO CONSTITUEM o SIG em si, mas sim, fazem parte do universo do
geoprocessamento. Gabarito: Errado
3) Atributos alfanuméricos e dados geométricos.

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Comentário
É verdade que o SIG possui atributos alfanuméricos e dados geométricos, mas isso é muito pouco para
defini-lo. Não está mencionando o fato do SIG possuir software, hardware, dados e peopleware. Gabarito:
Errado
4) Dados gráficos e não gráficos.
Comentário
Aqui vale o mesmo raciocínio do item anterior. Não está errado dizer que o SIG opera com a interface
entre dados gráficos e não-gráficos, mas é muito pouco para defini-lo. Novamente, não está mencionando
o fato do SIG possuir software, hardware, dados e peopleware. Gabarito: Errado
5) Software e dados.
Comentário
Agora sim, levando em consideração que os elementos básicos do SIG são software, hardware, dados e
peopleware, esta questão está mencionando dois destes elementos. Gabarito: Certo.

Armazenamento de dados (Item 2.4)

Neste último grande item do edital, focaremos em Bancos de Dados Geográficos — ou seja, em
como os dados espaciais são processados e armazenados dentro de um ambiente SIG, de acordo com os
seguintes tópicos do edital:

2.4 Armazenamento de dados: formatos de arquivos, padronização e transferência de


dados, bancos de dados.

Como o tema "formatos de arquivos" já foi estudado nas linhas anteriores, deveríamos começar
por "padronização e transferência de dados". Contudo, vamos fazer uma pequena alteração na ordem,
primeiro iniciando com "bancos de dados", e depois com "padronização e transferência de dados". Isso
se justifica porque antes de entendermos como é sua "padronização" ou "transferência", precisamos
compreender o que são e para que servem "bancos de dados" — ou seja, primeiro conceituar para depois
entender as especificidades. Vamos aos estudos, portanto.

Bancos de dados

Vimos que ao contrário do sistema CAD, o SIG possui uma farta e complexa integração com
sistemas de banco de dados. Ou, mais especificamente, com banco de dados geográficos que
armazenam informações espaciais.

O que é Banco de Dados Geográficos?


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O termo Banco de Dados Geográficos caracteriza os sistemas de Bancos de Dados Espaciais


utilizados em aplicações de Geoprocessamento, ou seja, são uma especialização dos sistemas
de Banco de Dados Espaciais e utilizados como componente de um SIG. [fonte].

Deste modo, cada atributo gráfico em ambiente SIG está necessariamente ligado a um banco de
dados que possibilita procedimentos complexos como análises matemáticas e espaciais. Para um CAD,
uma linha de rodovia, por exemplo, é apenas um atributo gráfico. Já para o SIG, uma linha de rodovia está
associada a um banco de dados que pode, por exemplo, conter informações como tipo de rodovia, data de
inauguração, fluxo de automóveis, etc. Vejamos mais detalhes:

Termo genérico que designa todo local onde estão armazenados dados,
Banco de Dados
sendo geográficos ou não.

Assim como o termo acima, trata-se de locais onde estão armazenados


Banco de Dados
dados. No entanto, ao contrário de um banco de dados comum, o
Geográficos (BDG)
banco de dados geográficos suporta dados georreferenciados.

Sistema de
Conjunto de softwares responsáveis pelo gerenciamento de banco de
Gerenciamento de Banco
dados, que podem ser geográficos ou não.
de Dados (SGBD)

Sendo assim, nenhum SIG funciona sem um Banco de Dados


Geográficos (BDG) e nem sem um Sistema de Gerenciamento de
Banco de Dados (SGBD). Contudo, é importante não confundir as
aplicações de mapeamento com as aplicações de banco de dados
geográficos. Conforme vimos anteriormente, softwares como ArcGIS,
MapInfo, Quantum GIS ou Spring, por exemplo, são generalistas e
servem para basicamente, construir mapas e bases cartográficas. São, portanto, softwares de
mapeamento. Já os softwares de SGBD não servem para construir mapas ou bases cartográficas, mas
sim, para gerenciar bancos de dados geográficos. Atualmente, o maior exemplo de software de SGBD é o
PostGIS, uma extensão de código livre do software Postgree SQL.

A fim de facilitar os projetos e especificar a estrutura lógica dos banco de dados (e também, do
bancos de dados geográficos) existe algo chamado Modelo Entidade-Relacionamento:

O que é o Modelo Entidade-Relacionamento?

“Modelo baseado na percepção do mundo real, que consiste em um conjunto de objetos


básicos chamados entidades e nos relacionamentos entre esses objetos.” [fonte].

Esses relacionamentos são expressos em um diagrama chamado Diagrama Entidade-


Relacionamento (DER) que nada mais são do que representações gráficas desses relacionamentos
dotadas de formas geométricas. Trata-se, portanto, de um projeto conceitual de um banco de dados,
mostrando a sua estrutura básica. Vejamos um exemplo:

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Exemplo de Diagrama Entidade-Relacionamento [fonte].

O que cada forma representa?


Losangos: representam conjuntos-
relacionamento
Retângulos: representam conjuntos-
entidade
Elipses: representam atributos.
Linhas: ligam atributos a conjuntos-
entidade e conjuntos-entidade a
conjuntos-relacionamento.

No exemplo acima, podemos perceber a hierarquia de um diagrama. No topo está o “pedido” (conjunto-
relacionamento). Logo abaixo, o “produto” e o “fornecedor” (conjuntos-entidade). Por fim, os diferentes
códigos que compõem as elipses (atributos) e que são unidos por linhas (que ligam os atributos aos demais
elementos).

FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 29


O projeto de um SGBD para emprego em SIG se divide em várias fases, de modo a prover os dados
geográficos de forma eficiente para atender adequadamente às demandas próprias da aplicação.
Nesse contexto, é elaborado o Modelo Entidade-Relacionamento como resultado do:
A) Coleta e análise de requisitos;
B) Projeto conceitual;
C) Projeto lógico;
D) Projeto físico;
E) Projeto executivo.
Comentário
O Modelo Entidade-Relacionamento, cuja expressão mais importante é o Diagrama Entidade-
Relacionamento (DER) nada mais é do que um projeto conceitual do banco de dados geográfico, um
esquema que mostra a sua estrutura principal, evidenciando os diferentes graus de conexão e atributos.
Gabarito: B.

Comparação banco de dados relacionais e orientado a objetos

Há diversos tipos de bancos de dados – hierárquico, relacional, orientado a objeto, entidade-


relacionamento, documental, entidade-atributo-valor, esquema em estrela, entre outros. Aqui vamos
estudar brevemente dois tipos mais conhecidos: o modelo relacional e o modelo orientado a objeto.

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Modelo relacional

O modelo relacional é o mais usual dos modelos de bancos de dados. Este classifica dados em
tabelas, também conhecidas como relações, cada uma das quais consistindo em colunas e linhas – daí o
termo “relacional”. Cada coluna lista um atributo da entidade em questão, como preço, código postal ou
data de nascimento. No caso do Censo do IBGE, podemos pensar, por exemplo, nas características da
base territorial – tas como regiões, estados, municípios e setores censitários. Juntos, os atributos em uma
relação são chamados de domínio. [fonte].

No modelo relacional, um determinado atributo ou combinação de atributos é escolhido como


uma chave primária que pode ser consultada em outras tabelas, quando é chamada de chave estrangeira.
No caso dos sistemas de informação geográfica, essa chave é o ID, um código que identifica cada feição da
tabela de atributos. Cada linha, também chamada de tupla, inclui dados sobre uma instância específica da
entidade em questão, como um determinado colaborador. O modelo também explica os tipos de relações
entre essas tabelas, incluindo relações uma para uma, uma para muitas e muitas para muitas. [fonte].
Vejamos um exemplo abaixo:

Exemplo de banco de dados relacional

Em um banco de dados relacional, as tabelas se comunicam por meio de um identificador ID – um


código exclusivo para cada campo. Com base nesse recurso, é possível fazer com que as tabelas trabalhem
de forma integrada. Com base nesse identificador é possível, por exemplo, juntar as tabelas de população
(tabela 1) com a de regiões do Brasil (Tabela 2) e a de PIB (Tabela 3). Perceba que embora a Tabela 3
apenas possua os valores do PIB, as demais informações estão “linkadas” nas demais tabelas e, por causa
disso, é possível trabalhar com PIB, população e regiões ao mesmo tempo, mesmo as informações
estando em locais diferentes. Nos softwares de SIG, é possível fazer isso por meio da função “join”
(junção).

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Modelo de banco de dados orientado para objetos

Os banco de dados orientado a objeto inicialmente surgiram para atender às necessidades de


aplicações mais complexas, envolvendo tipos de dados para armazenar imagens ou grandes textos. Ao
contrário do anterior, este modelo utiliza o banco de dados como uma coleção de objetos. Há vários tipos
de banco de dados orientado a objetos como, por exemplo, um banco de dados multimídia que incorpora
imagens e demais elementos que não podem ser armazenados em um banco de dados relacional; e
também, banco de dados hipertexto que permite que qualquer objeto seja vinculado a qualquer outro
objeto – neste ultimo caso, útil para organizar lotes de dados diferentes, porém, ruim para a análise
numérica. [fonte;fonte]

O que é um banco de dados orientado a objeto?

“Um Banco de Dados Orientado a Objetos (BDOO) é um banco de dados em que, no


modelo lógico, as informações são armazenadas na forma de objetos, e só podem ser
manipuladas através de métodos definidos pela classe instanciada por tais objetos.” [fonte].

O modelo de banco de dados orientado a objetos é o modelo de banco de dados pós-relacional


mais conhecido, uma vez que ele incorpora tabelas, mas não se limita a elas. Tais modelos também são
conhecidos como modelos de bancos de dados híbridos. Vejamos o exemplo abaixo: [fonte]

Ao contrário do exemplo anterior – que era baseado na relação entre diferentes elementos; no caso
acima, existem diferentes objetos com diversas instâncias e não apenas relações entre elas. Uma
semelhança com o modelo relacional é possibilidade de comunicação entre as diferentes tabelas – no caso
acima, exemplificada no campo “código do produto”. Essa comunicação normalmente é feita utilizando
linguagem de programação.

Sistemas de Gerenciamento de Bancos de Dados (SGBD)

É neste cenário de integração que entram os Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados


(SGBD). Lembrando que o SGBD consiste em um conjunto de serviços que permitem gerenciar os
bancos de dados. Esse mesmo conceito se aplica aos dados geográficos, onde há uma categoria de SGBD
capaz de manipular e organizar os dados geográficos, que são os SGBD Geográficos. No caso específico
do software ArcGIS, esse SGBD é chamado Geodatabase. Este recurso tem o papel de permitir a
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organização e a operação de dados geográficos que não seriam possíveis em arquivos do formato
shapefile, como a própria topologia descrita acima [fonte]

Para entender melhor: SGBD Geográficos e Geodatabase

Na imagem acima, conseguimos entender melhor o que é um Sistema de Gerenciamento de Banco de


Dados Geográfico, tomando como exemplo, o Geodatabase do ArcGIS. Trata-se de uma estrutura
complexa que engloba além dos dados vetoriais (feições de pontos, linhas e polígonos), dados raster
(imagens), arquivos de topologia e tabelas de atributos; tratando todos estes itens de forma relacionada,
o que facilita vários tipos de processamento.

Padronização e transferência de dados

Quando o edital se refere à "padronização e transferência de dados", está se referindo à regras que
possibilitem que essa transferência seja feita. Além da padronização de projeções cartográficas e
metadados (assuntos que já estudamos), para que uma base cartográfica seja "padronizada" e
"transferida" para outras pessoas, é necessário que haja algumas regras. Ao conjunto dessas regras,
chamamos topologia.

De forma geral, topologia é a da parte da matemática na qual se investigam as propriedades das


configurações que permanecem invariantes nas transformações de rotação, translação e escala. No caso
de dados geográficos, é útil ser capaz de determinar relações como adjacência (“vizinho de”), pertinência
(“vizinho de”), intersecção, e cruzamento [fonte]; ou seja, determinar as relações de vizinhança entre
elementos.

As relações topológicas são consideradas relações que descrevem os conceitos de


Topologia vizinhança, incidência, sobreposição, mantendo-se invariante ante a transformações
como escala e rotação (por exemplo, disjunto, adjacente, dentro de) [fonte]

Parece complicado, mas o conceito é simples: quando trabalhamos com topologia, conseguimos
não só identificar a posição e o atributo do dado, mas sim as suas relações de vizinhança e conexão com
os demais elementos no mapa. Fica mais fácil entender ao analisarmos as duas imagens abaixo: [fonte]

Relações espaciais entre polígonos [fonte]

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Não é necessário decorar todas estas relações espaciais, mas pelo menos ter a noção da
abrangência das possibilidades de aplicação. Neste contexto, as regras de topologia definem os tipos de
relação espacial que devem ser proibidos e permitidos em uma determinada base cartográfica. Por
meio delas, conseguimos deixar a base geometricamente correta e facilitar processamentos posteriores.

Partindo-se do pressuposto de que as bases cartográficas são elaboradas manualmente, e que


portanto, estão sujeitas ao erro humano, a topologia é extremamente necessária para corrigir a
geometria de qualquer base vetorial que façamos. Quando por exemplo, fazemos um shapefile de uso
do solo, a existência de um ou mais polígonos sobrepostos pode induzir o software ao erro, resultando em
cálculos de área imprecisos. Outro exemplo: quando estamos inserindo os pontos de monitoramento de
um curso d’água em ambiente SIG, as coordenadas destes pontos devem coincidir com o próprio curso
d’água, senão o trabalho perde validade cartográfica. Quando vetorizamos áreas muito grandes –
principalmente em trabalhos de muitos dias – podemos não perceber estes erros manualmente, sendo
necessária uma posterior varredura topológica. Alguns exemplos de regras topológicas podem ser vistas
no quadro abaixo[fonte]:

Exemplo de
Descrição da regra topológica Certo/Errado
aplicação

O sistema identifica todas as extremidades


de linhas que não se conectam. Isso é útil,
por exemplo, para vetorizar rodovias; pois
todas elas devem se conectar.

O sistema identifica todas as linhas que se


sobrepõem umas às outras. É útil por
exemplo, para vetorizar sistema viário; pois
não é possível existir duas ruas sobrepostas.

O sistema identifica todos os polígonos que


se sobrepõem. Polígonos sobrepostos
causam erros em cálculos de áreas, pois são
computados duas vezes.

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O sistema identifica todos os polígonos que


não coincidem com linhas. Em alguns
casos, como em setores censitários que
coincidem com ruas e avenidas, os limites
dos polígonos devem ser uma determinada
avenida, por exemplo.

O sistema identifica todos os pontos que


não intersectam com linhas. Em alguns
casos, como em locais de monitoramento de
um determinado rio, os pontos devem
coincidir com a feição deste rio.

Percebe-se, portanto, que para que consigamos trabalhar com topologia, é necessário que o
sistema identifique não somente um arquivo shapefile de forma isolada – ou em qualquer outro formato
vetorial – mas sim, que compreenda uma rede de arquivos conectados entre si; que possa entender,
portanto, conjuntos integrados de dados geográficos.

FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 27


Com o desenvolvimento de aplicações de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), a representação
de feições passou a considerar, além da geometria, as propriedades topológicas intrínsecas aos tipos
de feições existentes.
Uma propriedade topológica empregada em aplicações de SIG é:

A) A distância entre feições pontuais;


B) A distância entre feições representadas por polígonos;
C) A área de feições representadas por polígonos;
D) A orientação de feições representadas por curvas;
E) o ângulo formado por duas feições representadas por curvas.

Comentário
Tanto a distância entre pontos (alternativa A), quanto a distância entre polígonos (alternativa B) ou a área
dos polígonos (alternativa C) são obtidos por meio de cálculos simples dentro do SIG, não necessitando de
topologia para tal. O mesmo podemos dizer sobre o cálculo de ângulos das feições (alternativa E). Das
alternativas mostradas, a única que é exclusivamente obtida por meio da topologia é a orientação das
feições representadas por curvas (alternativa D).

FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 28


Deseja-se representar uma bacia hidrográfica a partir dos cursos d’água que a compõem.
Considerando que os cursos d’água são representados como linhas, a representação deve preservar
a(s) seguinte(s) propriedade(s) topológica(s):
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A) Conectividade;
B) Conectividade e orientação;
C) Orientação;
D) Orientação e contiguidade;
E) Conectividade, orientação e contiguidade.

Comentário
Para resolvermos a questão, devemos ter em mente que a hidrografia é representada por linhas – e não
por pontos ou polígonos. Tendo em vista que dentro de uma bacia, rios afluentes SEMPRE deságuam nos
rios principais, é necessário que haja CONECTIVIDADE entre as linhas. Do mesmo modo, os rios SEMPRE
nascem em áreas mais altas e deságuam em áreas mais baixas, portanto, há ORIENTAÇÃO – um fluxo
contínuo de mão única. A alternativa que melhor expressa essa ideia é a B.
Poderíamos ficar tentados a marcar a alternativa E. Porém, devemos lembrar que CONTIGUIDADE é uma
regra aplicada somente a POLÍGONOS. Quando dizemos, por exemplo, que uma área é contígua à outra,
isso significa que suas superfícies são contínuas. No caso da questão, procurou-se representar a bacia
hidrográfica “a partir dos cursos d’água”, ou seja, a partir das linhas.

FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 33


Com a oferta de telefones celulares equipados com rastreadores GPS e de aplicativos capazes de
armazenar as coordenadas obtidas por esses dispositivos, é possível reconstituir as trajetórias
percorridas pelo usuário de tais aplicativos.Caso a empresa desenvolvedora de um aplicativo deseje
armazenar as trajetórias dos seus usuários para futuras análises, preservando as propriedades
topológicas e minimizando o espaço de armazenamento, recomenda-se adotar a seguinte estrutura
de dados:

A) Matricial, armazenando uma trajetória por arquivo;


B) Matricial, armazenando todas as trajetórias de um mesmo dia;
C) Vetorial, armazenando as trajetórias como linhas;
D) Vetorial, armazenandoas trajetórias como pontos ordenados;
E) Textual, armazenando os atributos e as coordenadas separados por vírgulas (CSV).

Comentário
A topologia apenas pode ser aplicada em modelos vetoriais. Não é possível aplicar topologia em raster.
Sendo assim, já sabemos que as alternativas A, B e E estão erradas, restando apenas a C e a D.
Entre a C e a D, sabemos que trajetórias são caminhos e, nesse caso, a forma mais indicada de
representação é por meio de linhas. Pontos não representam caminhos. Por isso, a alternativa correta é a
C.

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FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 34


Uma certa propriedade rural será desmembrada em 12 lotes, não necessariamente do mesmo
tamanho. A propriedade atual dispõe de algumas estradas vicinais interconectadas assim como de
alguns córregos que podem ser utilizados como referência no particionamento da área em questão.
Os novos memoriais descritivos elaborados descreverão os limites dos lotes, atendendo
obrigatoriamente à seguinte restrição topológica:

A) Um córrego não pode tocar um limite de lote;


Comentário
Um córrego PODE SIM tocar o limite do lote, porque em muitos casos, é justamente o córrego que divide
um lote do outro. Gabarito: Errado.
B) Um córrego não pode cruzar um limite de lote;
Comentário
Embora alguns córregos possam ser utilizados como referência no particionamento, não é obrigatório que
os córregos deixem de cruzar os limites dos lotes. Basta pensar que dentro desses lotes podem existir
córregos que os atravessem. Gabarito: Errado.
C) Uma estrada não pode intersectar um limite de lote;
Comentário
Não há relação entre um fato e outro. Um lote pode ser atravessado por uma estrada, se assim necessário.
Gabarito: Errado.
D) Uma estrada não pode cruzar um limite de lote;
Comentário
Do mesmo modo, seguindo a lógica de raciocínio da alternativa anterior, uma estrada pode sim cruzar um
limite de lote. Não há relação entre uma feição e outra. Gabarito: Errado.
E) Um limite de lote não pode cruzar outro limite de lote.
Comentário
Um limite de lote NÃO PODE cruzar outro limite! OU um polígono faz parte de UM lote, OU faz parte de
OUTRO lote. Embora os limites possam ser coincidentes, é impossível existir uma mesma área para dois
ou mais lotes. Gabarito: Certo.

SIMULADO
Neste final de aula, para reforçarmos o aprendizado, faremos um treinamento em questões
objetivas, um mini simulado com as questões utilizadas no PDF. No final, há o gabarito para vocês

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checarem o desempenho individual. Caso fiquem com dúvidas, os comentários das questões estão nas
linhas acima, distribuídas ao longo do PDF. Vamos ao treino!

Questões

01. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 11


Um mapa na escala de 1:2000 de um dado local ocupa uma área de 15 cm de largura por 25 cm de
altura. Para inseri-lo em um pôster de congresso, decide-se ampliar o seu tamanho para 30 cm de
largura e 50 cm de altura.
Considerando que o tamanho do mapa será aumentado proporcionalmente em ambas as direções,
essa ampliação trará a seguinte consequência:
A) A escala numérica precisará mudar para 1:4000 e a escala gráfica não deverá ser alterada;
B) A escala numérica precisará mudar para 1:1000 e a escala gráfica não deverá ser alterada;
C) A escala numérica não precisará mudar, mas a escala gráfica deverá ser ampliada;
D) A escala numérica não precisará mudar, mas a escala gráfica deverá ser reduzida;
E) Tanto a escala numérica como a gráfica deverão ser mantidas.

02. FGV – 2016 – Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas (IBGE)


O mapa 1 representa o território brasileiro, seus estados e capitais. O mapa 2 representa as
mesorregiões do estado da Bahia. Ambos foram confeccionados a partir da base cartográfica do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para serem impressos no mesmo tamanho.
A representação cartográfica da realidade depende da utilização da escala, que estabelece a relação
entre a dimensão real dos objetos e a sua dimensão no mapa. A escala cartográfica, portanto, deve
ser escolhida em função do objeto que se pretende representar e das dimensões do mapa que se
deseja produzir.

Os mapas acima foram confeccionados em escalas diferentes em razão:


1) Da grande extensão do território brasileiro, o que obrigou a utilização de uma escala maior que a usada
no mapa de mesorregiões do estado da Bahia.
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2) Da intenção de se obter um maior detalhamento no mapa de mesorregiões da Bahia, o que exigiu uma
escala maior que a utilizada no mapa do Brasil.
3) Do cumprimento das regras internacionais de cartografia, as quais definem as escalas apropriadas dos
mapas de países e de mesorregiões.
4) Da necessidade de representar áreas que possuem a mesma extensão territorial mantendo o mesmo
nível de detalhamento.
5) Do princípio cartográfico do paralelismo, segundo o qual a representação de pequenas áreas territoriais
requer pequenas escalas.

03. FGV - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas – IBGE – 2016


Paralelos e meridianos são linhas imaginárias que permitem localizar qualquer ponto na superfície
terrestre. Essas linhas determinam dois tipos de coordenada: latitude e longitude. O mapa abaixo
apresenta cinco pontos, localizados em coordenadas diferentes e representados pelas letras A, B, C,
D e E.

A partir da figura acima e com base no sistema de coordenadas, é correto afirmar que:
1) O ponto A está localizado a 40° de latitude oeste e a 80° de longitude norte.
2) O ponto B está localizado a 20° de latitude sul e a 20° de longitude oeste.
3) O ponto C está localizado a 60° de latitude norte e a 40° de longitude leste.
4) O ponto D está localizado a 20° de latitude norte e a 20° de longitude oeste.
5) O ponto E está localizado a 40° de latitude leste e a 100° de longitude leste.

04. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 12

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O sistema de coordenadas UTM (Universal Transverse Mercator) é um sistema de projeção que divide
o globo em 60 fusos de 6° de longitude.
Considere que a figura acima represente o sistema de coordenadas plano-retangulares de um fuso
UTM, no qual a linha horizontal E representa a linha do Equador, a vertical C,o meridiano central do
fuso,e a distância entre as linhas tracejadas seja de 100 km em ambos os eixos.Nessas condições, as
coordenadas UTM do ponto P são:
A) (300.000, 100.000);
B) (800.000, 100.000);
C) (800.000, 10.100.000);
D) (300.000, 9.900.000);
E) (800.000, 9.900.000).

05. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 13


A projeção de Mercator é muito conhecida pelo seu emprego na navegação, diferenciando-se da
projeção utilizada no sistema UTM pela superfície de projeção cilíndrica ser tangente à superfície de
referência na primeira e secante na última projeção. A projeção de Mercator é também caracterizada
por preservar:
A) Os ângulos em torno dos pontos e possuir o eixo do cilindro inclinado em relação ao eixo da Terra;
B) As grandes áreas e possuir o eixo do cilindro perpendicular ao eixo da Terra;
C) Os ângulos em torno dos pontos e possuir o eixo do cilindro perpendicular em relação ao eixo da Terra;
D) As áreas em geral e possuir o eixo do cilindro inclinado em relação ao eixo da Terra;
E) As distâncias e possuir o eixo do cilindro perpendicular em relação ao eixo da Terra

06. CESPE – Arquiteto e Urbanista – Caixa – 2010


De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o termo geoprocessamento pode
ser entendido como um conjunto de tecnologias voltadas à coleta e ao tratamento de informações
espaciais para um objetivo específico. As atividades de geoprocessamento consistem de duas etapas:
coleta e processamento de dados. A primeira é feita por meio de equipamentos e materiais
envolvendo imagens digitais de satélite, posicionamento geodésico de precisão, topografia
automatizada etc. A segunda é realizada por meio de sistemas de informações geográficas (SIG),

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automated mapping and facilities management (AM/FM), desenho auxiliado por computador (CAD)
etc. Internet: e (com adaptações).
A respeito do tema abordado no texto acima, assinale a opção correta.
1) Desenvolvido nos Estados Unidos da América, o SIG é um software que pode ser utilizado para a
modelagem dos dados manipulados em um desenho de ambiente urbano.
2) O SIG restringe-se ao processamento de dados gráficos, com ênfase em análises espaciais e
modelagens de superfícies.
3) Os sistemas de coordenadas geográficas e cartesianas são utilizados para armazenamento e
visualização de componentes gráficas.
4) A projeção Universal Transversa de Mercator (UTM), que corresponde a um sistema de coordenadas
geográficas usado na elaboração de plantas, tem sido adotada pelos municípios brasileiros como auxílio
na elaboração de seus planos diretores.
5) No caso do desenho urbano, o CAD é a ferramenta mais indicada para a coleta e o processamento dos
dados, por ser capaz de armazenar e analisar a topologia de mapas e plantas.

07. NC-UFPR – Arquitetura Planejamento Urbano e Regional – 2013


Geoprocessamento é a área do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais
para o tratamento da informação geográfica. Sobre as ferramentas computacionais para
geoprocessamento, os Sistemas de Informação Geográfica (GIS), julgue as seguintes afirmativas:
1) Os objetos num GIS são definidos pelas suas posições e pelos múltiplos atributos que descrevem as
características do objeto.
2) Todos os dados de um sistema de informações geográficas (GIS) são referenciados espacialmente.
3) Cada elemento cartográfico tem sua representação vetorial definida através de um ponto, linha ou
polígono.
4) Imagens representam formas de captura indireta de informação espacial, sendo necessário recorrer a
técnicas de fotointerpretação e de classificação para individualizá-las.

08. IADES - Perito Criminal (PC DF) - Ciências Biológicas - 2016


Acerca do georreferenciamento, julgue os itens:
1) Erros sistemáticos ocorrem em razão das características próprias do sensor, como: instabilidade da
plataforma, distorção panorâmica e distorção causada pela curvatura e rotação da Terra.
2) O georreferenciamento estabelece uma relação geométrica entre cada pixel da imagem e uma única
coordenada cartográfica, utilizando interpoladores de 2º grau ou superiores.
3) Nesse processo, somente algumas feições devem ser totalmente identificáveis na imagem.
4) O georreferenciamento de uma imagem de satélite não deve ocorrer com base em outra imagem,
visando a reduzir a propagação de erros residuais.

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5) O georreferenciamento de uma imagem de satélite, quando realizado com base em pontos de controle
obtidos por sistemas de posicionamento por satélite, não necessita passar por uma análise de qualidade
posicional.

09. FUNDEP - Geógrafo (Ibirité)/2016


As mudanças nas áreas de aerofotogrametria e do sensoriamento remoto transformam com
recorrência a cartografia no que tange à adoção de novas tecnologias e técnicas que contribuem para
a evolução dos conceitos estabelecidos no passado.
No campo da cartografia temática, as tecnologias mais utilizadas são, EXCETO:
1) Cartografia digital.
2) Imagens processadas com o sensoriamento remoto.
3) Sistema de Informações Geográficas.
4) Sistema de Posicionamento Global

10. CESPE – Geógrafo – MPOG – 2015

Na figura acima, são mostrados três exemplos — I, II e III — de representações gráficas, que podem
ser utilizadas em mapas temáticos. Com base nessa figura, julgue os itens subsequente.

1) O exemplo II é apropriado para representar cidades com menos de 100 mil habitantes, com população
entre 100 a 500 mil habitantes e com mais de 500 mil habitantes.
2) O exemplo III é apropriado para representar declividades inferiores a 5%, entre 5% a 10% e superiores a
10%.
3) O exemplo III é o mais apropriado para representar um mapa temático cuja legenda seja composta por
vegetação nativa, área urbana e massa d’água.

12. CESPE – MPOG Geógrafo – 2015

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O sensoriamento remoto é a técnica de obtenção de informações relativas a um objeto, uma área ou


um fenômeno localizado na Terra, sem que haja contato físico entre o usuário do sistema e o seu
objeto de interesse. As informações podem ser obtidas por meio de fontes naturais e artificiais.
Tendo como referência as informações e a figura anteriormente apresentadas, julgue os próximos
itens.
1) Um GIS (geographic information system) é um sistema computacional composto por hardware e
software que permite a integração de bancos de dados alfanuméricos para o processamento de dados
georreferenciados.
2) Na figura em apreço, o número 1 identifica um sensor passivo, que é um dispositivo capaz de detectar
radiações eletromagnéticas em todas as faixas do espectro eletromagnético.
3) A resolução espacial refere-se à capacidade do sensor de distinguir objetos na superfície terrestre. A
resolução depende do detector e da altura de posicionamento do sensor em relação ao objeto.
4) O Sol, identificado na figura em questão pelo número 3, por ser uma fonte de energia que está
ininterruptamente em atividade, é considerado um sensor ativo.
5) Uma das importantes características das imagens obtidas por meio de satélites é a abrangência espaço-
temporal dos dados dos sensores remotos, que possibilitam a visão de um conjunto de paisagens em
tempos diferentes, simultâneos e sequenciais, permitindo a identificação e o relacionamento de
elementos naturais e sociais e econômicos, e revelando a dinâmica do processo de construção do espaço
geográfico.

13. AOCP – Geógrafo Analista Ambiental – Prefeitura de Juiz de Fora – 2016


O SRTM – Shuttle Radar Topographic Mission (Missão de Radar Topográfico em uma Aeronave) foi
uma missão realizada em 2000 pela NASA que disponibilizou um dado de altitude a cada 90m em
todo o globo, com dados distribuídos gratuitamente. Como foram obtidos esses dados de altitude?
1) Exatamente como o RADAM Brasil, que imageou a Amazônia e depois boa parte do Brasil, o SRTM é um
radar de abertura lateral aerotransportado que passou por todo o mundo diversas vezes, até captar todo o
terreno.
2) A missão foi um dos primeiros experimentos com imageamento Laser, que pode medir as altitudes em
órbita através da medida de distâncias em pontos pré-definidos pelo tempo de retorno do pulso de luz.

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3) Combinando anos de mapeamento por fotografias aéreas cuidadosamente medidas e aferidas em


campo, coordenando inúmeras agências de todo o mundo para a mensuração de altitude por cunha de
paralaxe.
4) O SRTM é um Radar de Abertura Sintética em órbita, que tem a capacidade de mensurar a distância
através de duas antenas emissoras de ondas de rádio apontadas para o mesmo ponto separadas por uma
certa distância.

14. CESPE - Analista do Ministério Público da União/Perícia/Geografia/2013


Com relação aos sistemas de informação geográficas (SIG) e a um mapa temático hipotético, na
escala de 1:100.000, armazenado nesse sistema, julgue o item que se segue.
1) Dados obtidos pela missão SRTM (shuttle radar topography mission), que são armazenados em formato
matricial, em pacotes computacionais de SIG, possibilitam, por exemplo, a delimitação automática de
bacias hidrográficas.

15. CESPE – MPOG Geógrafo – 2015


Com relação a sensoriamento remoto e técnicas de tratamento ou processamento numérico de
imagens digitais, julgue os itens a seguir.
1) Para a identificação na imagem de temáticas preestabelecidas, são adotadas técnicas de classificação
supervisionadas, denominadas identificação dos temas.
2) Na análise digital de dados multitemporais, pode-se utilizar um sistema de análise de dados digitais
para manipular imagens de um mesmo canal espectral em diferentes épocas.
3) A classificação digital permite a aplicação de correções de três tipos: radiométrica, geométrica e
atmosférica.
4) Pré-processamento é uma fase que implica a implementação de um processo de decisão para que o
computador possa atribuir certo conjunto de pontos da imagem a uma determinada classe.
5) Para facilitar a interpretação de uma imagem mediante a técnica de realce de imagens, podem ser
realizadas operações de manipulação de contraste, filtragem de frequência espacial e rotação de imagens.

16. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 31


Em virtude da demanda pelo processamento de dados geográficos, foram desenvolvidas extensões
espaciais complementares a Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGBD) disponíveis no
mercado. Uma extensão espacial para SGBD disponível na atualidade é:
A) MySQL;
B) PostGIS;
C) PostgreSQL;
D) Oracle;

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E) QGIS.

17. CESPE - Analista do Ministério Público da União – Geografia – 2013


Com relação aos sistemas de informação geográficas (SIG), julgue o item que se segue.
1) GvSIG, Quantum GIS, PostGIS e SPRING são exemplos de pacotes computacionais de SIG.

18. AOCP – Analista Ambiental – Geógrafo – 2016


Em representações cartográficas digitais, é possível representar o espaço de duas formas: em
estruturas Raster e Vetoriais. Referem-se à base de dados vetoriais:
1) Estrutura de dados baseadas em pontos, linhas e polígonos, que não distorce conforme a escala e
normalmente precisa de menos espaço em disco para armazenar informações.
2) Dados armazenados em células conhecidas como pixels, que possuem um valor correspondente em
metros e podem ser distorcidas em escalas maiores do que o alcance inicialmente projetado.
3) Requer uma estrutura topológica construída de modo a descrever as relações entre as linhas e polígonos
e evitar redundância de dados bem como áreas indefinidas entre as linhas.
4) Possui uma estrutura topológica intrínseca, já que todos os pixels são vizinhos entre si. Desse modo,
facilita análises e cálculos a serem realizados.

19. CONSULPLAN - Geógrafo – MAPA – 2014


As estruturas de dados utilizadas em um banco de dados geográficos podem ser divididas em duas
grandes classes: vetoriais e matriciais. Julgue os itens a seguir.
1) A grade regular de uma estrutura matricial de cada elemento da matriz está associada a um valor
numérico.
2) Os dados vetoriais necessitam de mais espaço de memória RAM para serem salvos, quando
comparados aos dados matriciais.
3) Na precisão geométrica, os dados de estrutura vetorial possuem uma precisão geométrica maior do que
os dados de estrutura matricial.
4) As estruturas vetoriais são representadas por três formas básicas: ponto, linha e polígono (ou área),
definidas por coordenadas geográficas. A estrutura matricial possui uma grade regular sobre a qual é
expresso, célula a célula, o objeto representado.

20. FGV - Fiscal do Meio Ambiente - Florianópolis - 2014


A aquisição de dados é um processo fundamental para a construção de um Sistema de Informações
Geográficas. A qualidade e controle dos dados espaciais são expressos por metadados que permitem:
1) Realizar os procedimentos para a aquisição dos dados.
2) Apontar a melhor estrutura de dados para diferentes análises geográficas.
3) Identificar informações sobre o conjunto, as características, a qualidade e o histórico dos dados.

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4) Elaborar indicadores ambientais específicos.


5) Apresentar métodos que devem ser inseridos na manipulação dos dados.

21. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 27


Com o desenvolvimento de aplicações de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), a representação
de feições passou a considerar, além da geometria, as propriedades topológicas intrínsecas aos tipos
de feições existentes.
Uma propriedade topológica empregada em aplicações de SIG é:
A) A distância entre feições pontuais;
B) A distância entre feições representadas por polígonos;
C) A área de feições representadas por polígonos;
D) A orientação de feições representadas por curvas;
E) o ângulo formado por duas feições representadas por curvas.

22. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 28


Deseja-se representar uma bacia hidrográfica a partir dos cursos d’água que a compõem.
Considerando que os cursos d’água são representados como linhas, a representação deve preservar
a(s) seguinte(s) propriedade(s) topológica(s):
A) Conectividade;
B) Conectividade e orientação;
C) Orientação;
D) Orientação e contiguidade;
E) Conectividade, orientação e contiguidade.

23. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 33


Com a oferta de telefones celulares equipados com rastreadores GPS e de aplicativos capazes de
armazenar as coordenadas obtidas por esses dispositivos, é possível reconstituir as trajetórias
percorridas pelo usuário de tais aplicativos.Caso a empresa desenvolvedora de um aplicativo deseje
armazenar as trajetórias dos seus usuários para futuras análises, preservando as propriedades
topológicas e minimizando o espaço de armazenamento, recomenda-se adotar a seguinte estrutura
de dados:
A) Matricial, armazenando uma trajetória por arquivo;
B) Matricial, armazenando todas as trajetórias de um mesmo dia;
C) Vetorial, armazenando as trajetórias como linhas;

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D) Vetorial, armazenandoas trajetórias como pontos ordenados;


E) Textual, armazenando os atributos e as coordenadas separados por vírgulas (CSV).

24. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 34


Uma certa propriedade rural será desmembrada em 12 lotes, não necessariamente do mesmo
tamanho. A propriedade atual dispõe de algumas estradas vicinais interconectadas assim como de
alguns córregos que podem ser utilizados como referência no particionamento da área em questão.
Os novos memoriais descritivos elaborados descreverão os limites dos lotes, atendendo
obrigatoriamente à seguinte restrição topológica:
A) Um córrego não pode tocar um limite de lote;
B) Um córrego não pode cruzar um limite de lote;
C) Uma estrada não pode intersectar um limite de lote;
D) Uma estrada não pode cruzar um limite de lote;
E) Um limite de lote não pode cruzar outro limite de lote.

25. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 29


O projeto de um SGBD para emprego em SIG se divide em várias fases, de modo a prover os dados
geográficos de forma eficiente para atender adequadamente às demandas próprias da aplicação.
Nesse contexto, é elaborado o Modelo Entidade-Relacionamento como resultado do
A) Coleta e análise de requisitos;
B) Projeto conceitual;
C) Projeto lógico;
D) Projeto físico;
E) Projeto executivo.

26. FGV – Geógrafo – SUDENE – 2013


Sobre escala cartográfica e escala geográfica, considere as afirmativas a seguir. Assinale V para a
verdadeira e F para a falsa.
1) A escala cartográfica corresponde a relação entre medidas reais e sua representação gráfica.
2) A análise geográfica dos fenômenos é limitada pela escala cartográfica na elaboração de cartas e
mapas.
3) A escala cartográfica adotada para representar os estudos geográficos em áreas urbanas, em cartas e
mapas temáticos, deve ser obrigatoriamente menor que 1:500.000;

27. FGV – Geógrafo – SUDENE – 2013


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Com relação aos conceitos de geoprocessamento, dados e informações geográficas, analise as


afirmativas a seguir.
1) Geoprocessamento pode ser entendido como um conjunto de conceitos, métodos e técnicas de
diversas origens que, operando sobre bases de dados georreferenciados, pode associá‐los a bancos de
dados convencionais e transformar os dados em informação.
2) As ferramentas computacionais para geoprocessamento, chamadas de Sistemas de Informação
Geográfica, permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes além de criar
bancos de dados georreferenciados.
3) O Geoprocessamento utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação
geográfica e vem influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos
Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional.

28. CESPE – Arquiteto Urbanista – CEHAP-PB – 2009


Quanto ao geoprocessamento, assinale a opção correta.

1) O sistema de informação geográfica (SIG) ou em inglês geografical information system (GIS) é,


atualmente, o sistema mais adequado para análise espacial de dados geográficos.
2) Os dados utilizados no SIG podem ser divididos em 3 grupos: dados gráficos ou espaciais (geográficos);
dados topográficos (volumétricos); dados não-gráficos ou descritivos (alfanuméricos).
3) Para geração dos dados espaciais, utiliza-se, exclusivamente, o sistema de posicionamento global
(GPS).
4) As plantas topográficas são obtidas a partir de dados colhidos por meio da geogrametria aérea.

29. CONSULPLAN - Geógrafo – MAPA – 2014


O sistema de informação geográfica (SIG) é utilizado para manipular, armazenar, consultar,
visualizar, arquivar, atualizar, modelar etc. informações alfanuméricas e georreferenciadas sobre um
determinado espaço geográfico em um único banco de dados. Assinale a alternativa que NÃO
apresenta uma explicação sobre o SIG.
1) Tem mecanismos de processamento de dados espaciais (entrada, edição, análise, visualização, saída e
gerência de bancos de dados geográficos) e oferece armazenamento e recuperação dos dados espaciais e
seus atributos.
2) O requisito de armazenar a geometria dos objetos geográficos e de seus atributos representa uma
dualidade básica para o SIG. Para cada objeto geográfico, é necessário armazenar seus atributos e as
várias representações gráficas associadas.
3) Há, pelo menos, três grandes maneiras de utilizá‐lo: como ferramenta para produção de mapas; como
suporte para análise espacial de fenômenos; e, como um banco de dados geográficos, com funções de
armazenamento e recuperação de informação espacial.
4) Apresenta os seguintes componentes: interface com usuário; entrada e integração de dados; funções de
consulta e análise espacial; visualização e plotagem; armazenamento e recuperação de dados
(organizados sob a forma de um banco de dados geográficos). Esses componentes se relacionam de forma
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hierárquica, no entanto, no nível mais próximo ao usuário, a interface máquina‐homem não define como o
sistema é operado e controlado.

30.IADES - Geógrafo – SUDAM – 2013


O Geographical Information System (GIS), ou Sistema de Informação Geográfica (SIG), em português,
compreende quatro elementos básicos que operam em um contexto institucional.
Considerando esse assunto, assinale a alternativa que apresenta componentes ou elementos básicos
de um SIG.
1) Digitalização e fotogrametria.
2) Sensoriamento remoto e Sistema de Posicionamento Global (GPS).
3) Atributos alfanuméricos e dados geométricos.
4) Dados gráficos e não gráficos.
5) Software e dados.

Gabarito
01. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 11
Gabarito: B
02. FGV – 2016 – Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas (IBGE)
Gabarito: 2
03. FGV - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas – IBGE – 2016
Gabarito: 3
04. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 12
Gabarito: B
05. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 13
Gabarito: C
06. CESPE – Arquiteto e Urbanista – Caixa – 2010
Gabarito: 3
07. NC-UFPR – Arquitetura Planejamento Urbano e Regional – 2013
Gabarito: todas as alternativas corretas.
08. IADES - Perito Criminal (PC DF) - Ciências Biológicas - 2016
Gabarito: 1
09. FUNDEP - Geógrafo (Ibirité)/2016
Gabarito: 4
10. CESPE – Geógrafo – MPOG – 2015
Gabarito: 1 e 2 corretas.
101
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12. CESPE – MPOG Geógrafo – 2015


Gabarito: 1, 3 e 5 corretas.
13. AOCP – Geógrafo Analista Ambiental – Prefeitura de Juiz de Fora – 2016
Gabarito: 4
14. CESPE - Analista do Ministério Público da União/Perícia/Geografia/2013
Gabarito: 1
15. CESPE – MPOG Geógrafo – 2015
Gabarito: 1, 2 e 5 corretas.
16. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 31
Gabarito: B
17. CESPE - Analista do Ministério Público da União – Geografia – 2013
Gabarito: Errado.
18. AOCP – Analista Ambiental – Geógrafo – 2016
Gabarito: 1 e 3 corretas.
19. CONSULPLAN - Geógrafo – MAPA – 2014
Gabarito: 1, 3 e 4 corretas.
20. FGV - Fiscal do Meio Ambiente - Florianópolis - 2014
Gabarito: 3
21. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 27
Gabarito: D
22. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 28
Gabarito: B
23. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 33
Gabarito: C
24. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 34
Gabarito: E
25. FGV/2017 – Analista Censitário – IBGE – Questão 29
Gabarito: B
26. FGV – Geógrafo – SUDENE – 2013
Gabarito: 1
27. FGV – Geógrafo – SUDENE – 2013
Gabarito: todas as alternativas corretas.
28. CESPE – Arquiteto Urbanista – CEHAP-PB – 2009
Gabarito: 1
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29. CONSULPLAN - Geógrafo – MAPA – 2014


Gabarito: 4
30. IADES - Geógrafo – SUDAM – 2013
Gabarito: 5

Uma excelente prova a todos!


Abraços,
Prof. Alexandre.

103
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