Gestao de Equipes e Lideranca
Gestao de Equipes e Lideranca
Gestao de Equipes e Lideranca
LIDERANÇA
Belo Horizonte
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 03
1 GRUPOS ....................................................................................................... 05
1.1 Natureza, tipos e estrutura de grupos ........................................................ 05
2 EQUIPES ...................................................................................................... 06
2.1 Tipos de equipes.........................................................................................06
2.2 Desenvolvendo e gerenciando equipes eficazes........................................09
2.3 Empowerment ............................................................................................ 11
2.4 Os componentes do poder ......................................................................... 14
2.5 O poder e as organizações ........................................................................ 16
2.6 A liderança informal nas organizações ...................................................... 19
3 PROMOVENDO MUDANÇAS – A PERSUASÃO ........................................ 20
4 LIDERANDO MUDANÇAS – OS ERROS QUE NÃO DEVEM SER
COMETIDOS ................................................................................................... 28
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ......................................... 42
AVALIAÇÃO ............................................................Erro! Indicador não definido.
INTRODUÇÃO
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras,
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e
provado pelos pesquisadores.
Enfim, liderar equipes não é tarefa fácil, tanto que elencamos oito erros que
não devem ser cometidos ao se promover mudanças e buscar a liderança.
1 GRUPOS
Por outro lado, os grupos informais são aqueles que surgem espontaneamente
graças às relações de interação entre as pessoas. Sua natureza é tipicamente social.
Ocorrem naturalmente no ambiente de trabalho em resposta a necessidade de contato
social. Tendem a se formar ao redor de amizades e de interesses comuns.
2 EQUIPES
DIFERENÇAS
Grupos de trabalho Equipes
PROPÓSITO TIPO
Resolução de problemas Funcional cruzada
Apresentação de sugestões Virtual
Discussão de inovações Autogerenciada
Reengenharia de processos Força-tarefa
Desenvolvimento de produtos
Avaliação de processos
Outros propósitos desejados pela
organização.
ESTRUTURA DURAÇÃO
Gerenciada Permanente
Autogerenciada Temporária
Ad hoc
2.3 Empowerment
AS BASES DO EMPOWERMENT
Para Max Weber (1991), poder significa toda probabilidade de impor a própria
vontade numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento
dessa probabilidade.
Dahl (1957 apud DIAS, 2008) elaborou uma definição de poder que pode ser
considerada clássica nos estudos organizacionais: O poder de uma pessoa A sobre
uma pessoa B é a capacidade de A de obter que B faça algo que não teria feito sem
a intervenção de A.
A ação de “A” sobre “B” é uma relação e não um atributo dos atores. Pensando
assim, o poder é uma relação de força da qual um pode obter mais vantagem que o
outro, mas na qual, por outro lado, esse depende do outro que se submete.
liderança não está na influência, mas em como se influencia, pois os chefes de uma
organização, que possuem mandato conferido pela posição que ocupam na estrutura
organizacional, podem influenciar também e, no entanto, não possuírem a qualidade
ou capacidade de liderança. O líder possui autoridade por si mesmo,
independentemente do cargo que ocupa. Sua influência no comportamento dos
demais membros da organização vai muito além daquilo que lhe é exigido
formalmente.
Outro aspecto que deve ser levado em consideração é que o seguidor do líder
age porque quer, adere, imita ou o segue por livre e espontânea vontade.
toda pessoa vá ser líder, mas sim que está em condições de o ser em sua dimensão
ética.
Deste modo, conforme afirma Dias (2008) somente quem se comporta assim
é capaz de incentivar que quem o segue livremente faça o mesmo; que saia de si
mesmo para dar voluntariamente mais do que dariam normalmente.
Por que é tão difícil mudar? Primeiro, a maioria das pessoas hesita em
modificar hábitos. Elas preferem manter o que funcionou no passado; na ausência de
grande ameaça, empregados continuam fazendo tudo da maneira que sempre
fizeram. E quando uma empresa já teve uma sucessão de líderes, a resistência à
mudança é ainda maior. Um legado de decepções e desconfiança gera um ambiente
Abaixo temos um quadro síntese, mas bem explicativo, das quatro fases de
uma campanha de persuasão.
Uma estrutura pode assumir várias formas: ela pode ser uma apresentação
em nível de empresa que prepara empregados antes de uma mudança inesperada,
por exemplo, ou uma entrevista de rádio que oferece contexto após uma demissão
turbulenta.
Muitas vezes, isso exige uma ação equilibrada e delicada para poder
apresentar notícias boas e ruins na proporção certa. Empregados precisam sentir que
seu sacrifício não foi em vão e que suas conquistas foram reconhecidas e
recompensadas. Ao mesmo tempo, eles precisam ser lembrados de que a
complacência não é uma opção. O desafio da comunicação é intimidador. A pessoa
precisa descobrir a afinação certa de otimismo e realismo, e cuidadosamente calibrar
o ritmo, o tom e o posicionamento de cada mensagem.
Sem dúvida, o desafio mais difícil enfrentado por líderes durante uma
revitalização é evitar cair em rotinas disfuncionais – padrões habituais de
comportamento negativo apresentados por indivíduos ou grupos que são disparados
de forma automática e inconsciente por circunstâncias ou estímulos familiares.
Esta rotina tem dupla origem: uma cultura que valoriza excessivamente a
crítica e a análise, e processos complexos de tomada de decisão que exigem múltiplas
aprovações, em que qualquer pessoa pode dizer “não”, mas ninguém pode dizer “sim”.
Isso tem grande probabilidade de ocorrer em organizações que estão divididas em
grandes subunidades ou segmentos, conduzidas por líderes locais com enorme poder,
que muitas vezes não estão dispostos a cumprir as ordens impostas por níveis
superiores.
Ao longo da última década, Kotter (2008) viu mais de 100 empresas tentando
se reformular para se tornarem mais competidoras.
Reengenharia;
Rightsizing;
Reestruturação;
A maioria, segundo Kotter (2008) fica entre esses dois extremos, com uma
forte tendência em direção ao ponto mais baixo da escala. As lições que podem ser
absorvidas são interessantes e serão, provavelmente, relevantes para muitas outras
organizações no crescente e competitivo ambiente de negócios da próxima década.
A lição mais geral que pode ser aprendida dos casos mais bem-sucedidos é
que o processo de mudança se desenvolve por meio de uma série de etapas que, na
sua totalidade, requer um considerável período de tempo. Pular etapas cria apenas a
ilusão de rapidez e nunca produz um resultado satisfatório.
Uma segunda lição muito geral é que erros críticos, em qualquer das fases,
podem ter um impacto devastador, atrasando o momentum e comprometendo vitórias
duramente conquistadas.
Abaixo temos os oito erros discutidos por Kotter (2008), em pequenos recortes
que valem a pena serem levados em conta pelos líderes que tem como missão propor
mudanças no ambiente organizacional.
Mudança, por definição, pede a criação de um novo sistema, o qual, por sua
vez, sempre demanda por liderança. A fase 1 em um processo de renovação
geralmente não chega a lugar algum até que uma quantidade suficiente de líderes
verdadeiros sejam promovidos ou contratados para ocupar postos na administração
superior.
Na primeira fase, maus resultados nos negócios podem ser ao mesmo tempo
uma bênção e uma maldição. Pelo lado positivo, perder dinheiro chama a atenção das
pessoas, mas também limita o espaço de manobras. Com bons resultados nos
negócios, o oposto é verdadeiro. É muito mais difícil convencer as pessoas da
necessidade de mudar, mas você terá mais recursos para ajudar nesse processo.
Mas, sendo o ponto de partida um desempenho bom ou ruim, nos casos de maior
sucesso, um indivíduo ou um grupo sempre atua como facilitador de discussões
francas de fatos potencialmente desagradáveis sobre novos concorrentes, diminuição
de margens, decréscimo da participação de mercado, estagnação e falta de novas
receitas, outros índices relevantes, indicadores de um declínio da posição competitiva.
Tendo em vista que a coalizão orientadora inclui membros que não fazem
parte do grupo de gerentes seniores, por definição, ela tenderá a operar fora da
hierarquia normal. Isto pode parecer desconfortável, mas é claramente necessário. Se
a hierarquia existente estivesse funcionando bem, não haveria necessidade de uma
grande transformação. Mas, como o sistema atual não funciona bem, as reformas
geralmente demandam ações fora dos limites, expectativas e protocolos formais.
Mas depois que a coalizão trabalha sobre essa noção por 3, 5 ou até 12
meses, algo muito melhor surge em decorrência de seu rígido pensamento analítico e
também de uma pequena parcela de sonho. Finalmente, uma estratégia para alcançar
essa visão também é desenvolvida.
Em uma empresa europeia de médio porte, o primeiro passo para esta visão
continha dois terços das ideias básicas que estavam no produto final. O conceito de
alcance global estava na versão inicial desde o começo, assim como a ideia de se
tornar proeminente em um determinado negócio. No entanto, uma ideia central na
versão final - abandonar atividades de pouco valor agregado - veio somente após uma
série de discussões durante vários meses.
Em alguns dos casos não tão bem-sucedidos visto por Kotter, a gerência tinha
um senso de direção, mas era muito complicado ou não tinha a clareza necessária
para ser útil. Recentemente, ele pediu a um executivo de uma empresa de médio porte
que descrevesse sua visão e teve como resposta uma apresentação de cerca 30
Uma regra básica: se você não conseguir comunicar a visão para alguém em
cinco minutos ou menos e obter reações de compreensão e interesse, esta fase do
processo de transformação ainda estará incompleta.
Kotter fala em três padrões com relação à comunicação, todos muito comuns.
No primeiro, o grupo realmente desenvolve uma ótima visão da transformação e a
comunica por meio de uma simples reunião ou enviando um único aviso. Tendo usado
apenas cerca de 0,0001% da capacidade de comunicação interna anual da empresa,
o grupo fica perplexo quando somente uns poucos funcionários demonstram entender
a nova abordagem.
tudo seja o caso dos chefes que se recusam a mudar e que fazem demandas
inconsistentes com o esforço geral.
Fez falsos elogios ao processo, mas não mudou seu comportamento e nem
encorajou os gerentes a fazê-Io. Também não recompensou as ideias não
convencionais que a nova visão estimulava e somente permitiu que os sistemas de
recursos humanos permanecessem intactos, mesmo quando ficou clara a sua
incoerência em relação às novas ideias. Os motivos desse gerente eram bastante
complexos. Até certo ponto, ele não acreditava que a empresa precisasse de uma
grande mudança e se sentiu pessoalmente ameaçado por ela. Temeu não ser possível
mudar e também obter o lucro operacional esperado, embora os outros gerentes
apoiassem o esforço de transformação.
Eles não moveram uma palha para que o colega mudasse a sua atitude. De
novo, as razões são complexas. A empresa não tinha histórico de problemas dessa
natureza. Algumas pessoas temiam aquele gerente. O CEO preocupava-se com a
possibilidade de perder um executivo talentoso. O resultado final foi desastroso. Os
gerentes de níveis inferiores concluíram que os gerentes seniores haviam mentido
para eles a respeito de seus comprometimentos com a renovação. O cinismo cresceu
e todo o esforço entrou em colapso.
Enquanto celebrar uma vitória é bom, declarar a guerra ganha pode ser
catastrófico. Até as mudanças se sedimentarem profundamente na cultura da empresa
valores comuns, estarão sujeitos a degradação tão logo a pressão por mudanças
desapareça.
Ainda há outros erros que as pessoas cometem, mas os oito citados são os
maiores. Segundo Kotter (2008) na realidade, mesmo esforços de mudança
bemsucedidos são confusos e cheios de surpresas. Mas, da mesma forma que uma
visão relativamente simples é suficiente para guiar as pessoas em um processo de
mudança, uma visão do processo de mudança poderá reduzir a taxa de erro. E um
menor número de erros pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso.
CARLETON, J. Robert. Choque de culturas. In: JÚLIO, Carlos Alberto e Salibi Neto,
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DRUCKER, Peter. Sociedade pré-capitalista. 6 ed. Trad. Nivaldo Montingelli Jr. São
Paulo: Pioneira, 1997.
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MANZ, C. C.; SIMS JUNIOR, H. P. Empresas sem chefes. São Paulo: Makron Books,
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