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Material Nr35

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CECPROL – Centro de Cursos Profissionalizantes Livre

Consultoria, Cursos e Treinamentos


Objetivo do curso
NORMAS PERTINENTES
Promover a capacitação dos trabalhadores a desenvolver trabalhos em
altura de forma segura, reconhecendo, analisando e gerenciando os
riscos:
N R - 23
• Análise de Risco;
• Uso correto e particularidades do EPC e EPI para trabalho em altura;
• Condutas em situações de emergência e assuntos relacionados.
Técnicas verticais

• Trabalho em altura, positivo ou negativo:

• Pés fixo;
• Pés suspenso.

• Acesso:

• Acesso por corda;


• Acesso por escada;
• Acesso por andaimes;
• Acesso por plataforma.
Conceito
• A NR 35 surgiu através da Portaria nº 313, de 23 de março de 2012.
• Portaria MTE n.º 593, de 28 de abril de 2014;
• Portaria MTE n.º 1.471, de 24 de setembro de 2014;
• Portaria MTb n.º 1.113, de 21 de setembro de 2016;
• Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019.
Requisito
Estabelecer os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o
trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a
execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores
envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
• Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de
2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.
Causas dos acidentes no trabalho em altura?
Uma das principais causas de mortes de trabalhadores se deve a acidentes
envolvendo queda de pessoas e materiais.

• 40% dos acidentes de trabalho ocorridos são decorrentes de quedas de


altura.
• Grande maioria dos óbitos é na construção civil.

Ø Excesso de confiança;
Ø Ausência ou uso incorreto do EPI;
Ø Descumprimento e/ou desconhecimento do padrão de Execução;
Ø Subestimar o risco por se tratar de atividade rápida.
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Acidentes fatais por queda de altura ocorrem:
Ø NORMAS PERTINENTES
Obras da construção civil;
Ø Serviços de manutenção e limpeza em fachadas;
Ø Serviços de manutenção em telhados;
Ø MontagemNde
R - estruturas
23 diversas;
Ø Depósitos de materiais;
Ø Serviços em linha de transmissão e postes elétricos;
Ø Trabalhos de manutenção em torres;
Ø Serviços diversos em locais com aberturas em pisos e paredes sem proteção.
Doenças ou condições físicas que impedem o
trabalho em altura.
NORMAS PERTINENTES
Ø Hipertensão Arterial não controlada;
Ø Epilepsia;
Ø Labirintite Crônica;
N R - 23
Ø Diabetes não controladas;
Ø Doenças da Coluna Vertebral;
Ø Doenças Psiquiátricas (tranquilizantes ou antidepressivos);
Ø Deficiências Visuais e Auditivas acentuadas;
Ø Qualquer doença que possibilite a perda de consciência repentina ou desequilíbrio.
Doenças ou condições físicas que desaconselham
o trabalho em altura
NORMAS PERTINENTES
Ø Gripes e resfriados fortes;
Ø Febre de qualquer natureza;
Ø Indisposições gástricas (diarreias, vômitos);
N R - 23
Ø Tonturas;
Ø Falta de alimentação adequada;
Ø Indisposições físicas;
Ø Stress.
O trabalho em altura não deverá ser realizado
nos seguintes casos:
Ø Trabalhador sem a devida qualificação para o trabalho em altura;
Ø Trabalhador sem condições físicas, mentais e psicológicas;
Ø Ausência de sistema e pontos de ancoragem adequados;
Ø Ausência da AR – Análise de Risco e/ou PT – Permissão de Trabalho;
Ø Ausência de EPI adequado;
Ø Ausência de isolamento e sinalização no entorno da área de trabalho;
Ø Condições meteorológicas adversas (ventos fortes, chuva, calor excessivo).
Análise de Risco – AR

Ø A Análise de Risco é importante para a determinação de uma série de medidas


de controle e prevenção de riscos, permitindo revisões de planejamento em
tempo hábil, com maior segurança, além de definir responsabilidades no que se
refere ao controle de riscos e permissões para o trabalho.
Riscos Ambientais

Ø Riscos Ambientais - São agentes presentes nos ambientes de trabalho,


capazes de afetar o trabalhador a curto, médio e longo prazo, provocando
acidentes com lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do
trabalho, que se equiparam a acidentes do trabalho.
Perigo X Risco
NORMAS PERTINENTES

Perigo: é uma condição ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial


de causar ou contribuir para uma lesão ou morte (Sanders e McCormick, 1993,
p. 675) N R - 23

Risco: é a probabilidade ou chance de lesão ou morte (Sanders e McCormick,


1993, p. 675)
Permissão de Trabalho - PT
Ø É uma permissão por escrito, que autoriza o início das atividades de trabalho em altura não
rotineiras que devem ser previamente autorizadas;
Ø Deve conter na PT: os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos; as
disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco; a relação de todos os envolvidos e
suas autorizações.
Ø A PT deve ser emitida e aprovada por responsável pela autorização da permissão,
disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a
permitir sua rastreabilidade.
Procedimento Operacional Padrão – POP
Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no
respectivo procedimento operacional. Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras
de trabalho em altura devem conter, no mínimo:

a) as diretrizes e requisitos da tarefa;


b) as orientações administrativas;
c) o detalhamento da tarefa;
d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;
e) as condições impeditivas;
f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;
g) as competências e responsabilidades.
Acidentes típicos
Ø Descumprir as regras e procedimentos de segurança;
NORMAS PERTINENTES
Ø Falta do EPC;
Ø Não usar o EPI;
Ø Não ancorar o cinto de segurança;
N R - 23
Ø Trabalhar sob efeito de álcool e/ou drogas;
Ø Executar trabalhos em altura sem autorização;
Ø Distrair-se ou realizar brincadeiras durante o trabalho;
Ø Utilizar ferramentas inadequadas;
Ø Não observar as instruções de segurança...
ØFalta de guarda-corpo em patamares;
ØFalta de pontos
NORMASdePERTINENTES
ancoragem;
ØFalta de treinamento;
ØNão fornecimento de EPI adequado;
ØEscadas inadequadas;
N R - 23
ØFalta de sinalização;
ØEquipamentos e/ou ferramentas defeituosas.
Além dos riscos de queda em altura, existem outros riscos, específicos de cada
ambiente ou processo de trabalho que, direta ou indiretamente, podem expor a
integridade física e a saúde dos trabalhadores no desenvolvimento de
atividades em altura.
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Equipamento de Proteção Individual – EPI

Cinturão de segurança tipo paraquedista (tamanho 1, 2 e 3) – utilizado contra


queda, posicionamento ou suspensão.
O cinturão de segurança tipo paraquedista fornece segurança quanto a
possíveis quedas.
É essencial o ajuste do cinturão ao corpo do empregado para garantir a correta
distribuição da força de impacto e minimizar os efeitos da suspensão inerte.
Uso do cinto de segurança
Inspeção prévia
Antes de utilizar o equipamento verificar presença de sinais de desgaste ou danos
que possam comprometer a segurança do usuário.
Armazenagem e guarda
Ø Guarde seu equipamento em local seco, limpo e fora do alcance do sol;
Ø Não guarde seu equipamento perto de fontes de calor;
Ø Não exponha seu equipamento a produtos químicos;
Ø As partes do equipamento em fita devem ser protegidas de objetos pontiagudos
ou cortantes.
Não utilizar se detectar linhas desfiadas.
18.23.3 O cinto de segurança tipo paraquedista deve ser utilizado em atividades a
mais de 2,00m (dois metros) de altura do piso, nas quais haja risco de queda do
trabalhador.
18.23.3.1 O cinto de segurança deve ser dotado de dispositivo trava-quedas e estar
ligado a cabo de segurança independente da estrutura do andaime.

18.23.4 Os cintos de segurança tipo abdominal e tipo paraquedista devem possuir


argolas e mosquetões de aço forjado, ilhoses de material não-ferroso e fivela de aço
forjado ou material de resistência e durabilidade equivalentes.

18.23.5 Em serviços de montagem industrial, montagem e desmontagem de gruas,


andaimes, torres de elevadores, estruturas metálicas e assemelhados onde haja
necessidade de movimentação do trabalhador e não seja possível a instalação de
cabo-guia de segurança, é obrigatório o uso de duplo talabarte, mosquetão de aço
inox com abertura mínima de cinquenta milímetros e dupla trava.
18.23.2 O cinto de segurança tipo abdominal somente deve ser utilizado em
serviços de eletricidade e em situações em que funcione como limitador de
movimentação.
Cinto de segurança tipo abdominal para eletricista
Equipamento de Proteção Individual – EPI
Talabarte de Segurança
Equipamento de segurança utilizado para proteção contra risco de queda no
posicionamento e movimentação nos trabalhos em altura, sendo utilizado em
conjunto com cinto de segurança tipo paraquedista.
Trava-quedas
É um dispositivo de segurança utilizado para proteção contra quedas em
operações com movimentação vertical ou horizontal, utilizado com cinto de
segurança tipo paraquedista.
Sistemas de Proteção contra quedas
O talabarte, exceto quando especificado pelo fabricante e considerando suas
limitações de uso, não pode ser utilizado:

1. conectado a outro
talabarte, elemento
de ligação ou
extensor;
2. com nós ou laços.
Conectores
Classe K travamento
Classe A Ancoragem Classe B conector de base Classe M multiuso
automático

Classe H HMS sistema de


Classe Q malha rápida Classe B conector de base
segurança

halbmastfurfsicherung
Principais áreas com grande risco de queda
Telhados Fachadas Escadas Moveis Andaimes Suspensos
Cobertura rampas manutenção/limpeza plataforma moveis coletivo/individual

Escada Fixas Área Confinada Beirais Ancoragem Criticas


torres/chaminés galerias /tanques pontes/sacadas vigas superior
Construções Metálicas Área de Carga Plataformas
espaços amplos caminhões/vagões grandes industrias/espaços públicos
Ponto de Ancoragem
18.15.56.2 Pontos de ancoragem
Alínea b) suportar uma carga pontual de 1.500 kgf;
Alínea d) ser constituído de material resistente às intemperes, como aço
inoxidável ou material de características equivalentes.

35.5.4 Quanto ao Ponto de Ancoragem devem ser tomadas as seguintes


providências:
Alínea b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;
Alínea c) ser inspecionado quando à integridade antes da utilização.

Ø Backup – Um segundo ponto igual em outra base estrutural.


Escadas

Ø As escadas devem ter seu uso restrito para acessos provisórios e serviços de
pequeno porte;
Ø A escada de mão poderão ter até 7,00m (sete metros);
Ø Use apenas escadas que estiverem em bom estado de conservação;
Ø Nunca coloque escadas em frente a abertura de portas;
Ø Somente use escadas bem apoiadas;
Ø Não coloque escada sobre superfícies escorregadias ou fofas;
Ø Suba ou desça de frente para a escada...
Ø Não suba nos dois últimos degraus;
Ø Não suba escadas carregando cargas;
Ø O cinto é obrigatório em trabalhos acima de 2 metros;
Ø Deve ser de fibra ou de madeira sem pintura;
Ø Pés com material antiderrapante;
Ø As escadas devem ser de material não condutor de eletricidade;
Ø Dentro das subestações e em atividades envolvendo eletricidade somente
usar escada de fibra.
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Escada de mão

1 metro

0,25 a 0,30cm
Escada de abrir
Ø É expressamente Ø É expressamente proibido a
proibido subir ou sentar improvisação com uso de
no ultimo degrau; cordas, arames entre outros
Ø Comprimento máximo para substituir o limitador de
dos montantes é de 6m; abertura;
Ø O trabalhador deverá Ø Não pode ser utilizada como
estar sempre de frente escada de mão;
para a escada; Ø Deve ser utilizada por um
trabalhador por vez.
Ø Sapatas anti-derrapante;

Rígida e estável e provida de limitador que a mantenha com


abertura constante.
Escada extensível
Escada marinheiro
Uso de Talabarte
ou trava quedas

Sistema de
Linha de
Vida Vertical
Andaimes
Ø Não pode fazer transposição de um
para o outro;
Ø Tem que ter escada incorporada a
estrutura;
Ø As rodas tem que ter travamento;
Ø Travessas diagonais;
Ø Guarda corpo;
Ø Roda pé;
Ø Pranchas;
Ø Ancorar a estrutura.
Plataforma Elevatória Móvel de Trabalho (PEMT)
É um equipamento motorizado, dotado de cesto com guarda – corpo, capaz de
movimentar o trabalhador do solo.
Devem obedecer às exigências de segurança, operação e manutenção do Anexo IV
da NR-18 do MTE. Todos os trabalhadores na PEMT devem utilizar cinto
paraquedista ligado ao guarda–corpo do equipamento ou a outro dispositivo
específico previsto pelo fabricante.

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Tesoura Telescópica Lança Articulada


Trabalhos em telhado
1) Não é permitido a realização de serviço em telhado com concentração de carga
num mesmo ponto;
2) Para deslocamento em telhado deverá utilizar sistema de distribuição de peso
tais como passarelas metálicas e/ou tábuas brutas sem nó, rachadura ou
empenada;
3) Devem ser implantados cabos guia para fixação do cinto de segurança;
4) Não será aceito a utilização de cordas como guarda-corpo;
5) O guarda-corpo provisório deverá ter altura de 1,20 m rodapé de 20 cm;
6) Mesmo com passarela e tábuas o uso do cinto de segurança tipo paraquedista
fixado em cabo guia equipado com trava quedas é obrigatório.
Cuidados com os EPIs

• Oxidação;
• Corrosão;
• Calor;
• Queda;
• Mal uso.
Sinalização da Área Periférica
Plano de Proteção Contra Queda de Altura – PPCQA
Ø Ordem de Serviço – OS;
Ø Análise de Risco – AR;
Ø Permissão de Trabalho – PT;
Ø Procedimento Operacional Padrão – POP;
Ø Atividade a ser executada no trabalho em altura;
Ø Reconhecimento e análise dos equipamentos;
Ø Equipamento de Proteção Coletiva – EPC;
Ø Equipamento de Proteção Individual – EPI;
Ø Ponto de ancoragem;
Ø Fator de queda;
Ø Zona Livre de Queda – ZLQ;
Ø Equipe de resgate.
Teoria
Técnica
Equipamentos
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Ruptura: uso incorreto da aplicação da força
Ø Elástica – Volta a posição natural;
Ø Plástica – Não volta a posição natural;
Ø Ruptura.

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28 kN equivale a 2.800 kgf
ADVERTÊNCIA SOBRE RISCO NO USO
INCORRETO
Ø Este produto é projetado especialmente para trabalhos em altura;
Ø Você é responsável por suas próprias ações e decisões;
Ø Familiarize-se com as possibilidades e limitações deste produto de acordo
com manual do fabricante;
Ø O equipamento tem prazo de validade que varia conforme o seu uso;
Ø Destrua-o quando inutiliza-lo para evitar seu uso no futuro.
Fator de quedas

A seguir veremos através das grandezas como o trabalhador pode se


machucar seriamente mesmo com todos os equipamentos de retenção de
queda, pois um trabalhador com equipamentos de retenção não significa que
está ausente de sofrer lesões em caso de queda livre.
Fator de quedas - Força de frenagem

O trabalhador em queda livre chegará ao solo com muita energia cinética, que
produzirá grande impacto através da força que ele exercerá sobre o piso. O piso,
por sua vez, terá que exercer uma força oposta para pará-lo.
Considerando que o piso seja de material muito resistente, e péssimo para
absorver o choque da colisão, caberá ao trabalhador suportar a maior parte da
força, e a natureza fará com que ele absorva esse choque através da
deformação (rompimento, quebra, esmagamento, morte, etc.).
Em um conjunto de sistema o elo mais fraco é o corpo humano. O corpo humano
suporta, num intervalo pequeno de tempo, no máximo 12kN, porém, pessoas em
condições físicas e de saúde abaixo do ideal, e o próprio envelhecimento do corpo, as
tornam menos resistentes.
Com base na tolerância de 12kN para condições muito favoráveis, e considerando
também que vários fatores como condicionamento físico, estado de saúde e idade
podem tornar uma pessoa menos resistente a essas forças, a União Europeia
determinou um valor máximo 6kN de força de frenagem (força gerada na retenção da
queda) para fins de projeto, fabricação, ensaio e certificação de equipamentos de
retenção de queda de trabalhadores.
Fator de quedas
A relação entre a distância da queda e o comprimento da corda ou talabarte é
chamado de fator de queda. O fator de queda foi criado com objetivo de calcular a força
resultante exercida sobre o corpo do trabalhador no momento da queda.
Independente da massa (peso) do profissional, durante a queda à aceleração será de 9.8
m/s², ou seja, mesmo com peso diferente o tempo de queda é o mesmo. Porém um
trabalhador em queda livre com um fator de queda 2 vai atingir uma força resultante maior
que 6 kN. Sendo assim o fator de queda pode causar muita diferença nas diferentes forças
aplicadas ao corpo.

Obs.: Quanto menor o fator de queda menor será impacto.


Porque preciso entender sobre a energia
cinética
Pela física, a lei ou princípio da conservação de energia diz que ela não pode ser
criada ou destruída, apenas ser transformada. Isto significa que na queda de um
trabalhador a energia potencial já existe. Ao começar a queda o corpo em movimento
a uma velocidade produzira energia cinética, essa, por sua vez, não pode ser extinta,
portanto, se queremos reduzir a energia que vai gerar a força, é preciso convertê-la
em uma forma que possa ser dissipada, para poupar o corpo do trabalhador de
uma força muito perigosa a absorção e a dissipação de energia.
Cálculo do fator de quedas
Para calcular o fator de quedas não tem nenhum segredo, basta apenas dividir
altura da queda pelo tamanho do talabarte.

A regra básica a seguir é:


quanto menor a queda melhor será! Portanto, no planejamento dos sistemas de
proteção contra quedas de altura, procure planejar o fator de queda para que
seja o menor possível, sendo aconselhável não ultrapassar o fator 1.
Fator de queda
Fator de queda menor que 1

Neste fator, em situação de queda, o


trabalhador terá um impacto menor no
corpo, pois o trava queda ou equipamento de
talabarte fica preso em um ponto de
ancoragem acima da cabeça.

1. Comprimento do talabarte
2. Altura da queda
Fator de queda 1

Nesta situação, o trava queda ou


equipamento de talabarte, é fixado a um
ponto de ancoragem situado na altura do
abdome, sendo assim, caso ocorra uma
queda, o trabalhador sofrerá o impacto
equivalente ao tamanho do
equipamento de proteção de queda, e o
impacto no corpo será maior.
Fator de queda 2

Este fator é considerado como o mais perigoso,


nele o equipamento de talabarte ou trava queda
fica preso em um ponto de ancoragem abaixo dos
pés do trabalhador, é altamente arriscado pois
em caso de queda o trabalhador terá um
impacto equivalente a 2 vezes o tamanho do
equipamento de proteção de queda, o impacto
sofrido no corpo será ainda maior.
Conclusão do fator de queda
Fator de queda menor que 1.

Ancoragem acima = menos queda;


Menos queda = menos energia;
Menos energia = menos força de frenagem;
Menos força = menos solicitação dos equipamentos e do corpo do
trabalhador.
Zona Livre de Queda - ZLQ
Ø É o espaço entre o ponto de ancoragem até o solo;
Ø Quando não for possível conseguir uma zona de queda livre, existe uma ótima
solução para resolver esse problema. Faça com que a ancoragem esteja
sempre acima da linha da cintura e melhor ainda se acima da cabeça do
trabalhador. Dessa forma, mesmo que o trabalhador venha a cair, o absorvedor
dificilmente abrirá. O absorvedor de energia abrirá a partir de 3 kN ou 300
Kgf. Se a ancoragem está acima da cabeça, a energia gerada na queda
dificilmente atingirá tal valor.
Cálculo da zona livre de queda:
Ø Comprimento do talabarte NBR 14629 <2m;
Ø Alongamento do absorvedor de energia NBR 15834 <1,75m;
Ø Distância entre o pé do trabalhador e o ponto de ancoragem do cinto 1,50m;
Ø Margem de segurança 1m.
Pêndulo
Quanto mais distante o trabalhador estiver do ponto de conexão, maior será o
pêndulo gerado e maior será a chance de colidir contra alguma estrutura durante
a queda. Para isso não entram apenas as situações com uso de absorvedor de
queda. Os ângulos gerados com o pêndulo devem ser levados em conta em
qualquer tipo de trabalho em altura onde o trabalhador esteja conectado em um
sistema de retenção de quedas, seja a um trava-quedas retrátil (sem trole), em
linhas flexíveis, em pontos fixo através de talabarte, etc.
Primeiros Socorros
Síndrome da Suspensão Inerte:

É a falha no sistema circulatório ocasionado pela compressão das fitas do


cinturão de segurança tipo paraquedista, devido a longos períodos em
suspensão, em trabalhos de Alpinismo Industrial ou após ter a queda retida
e encontrar-se suspenso pelo sistema de segurança contra quedas, foi
inicialmente chamado de Síndrome do Boudrier, mas algumas literaturas
tratam como choque ortostático e no Brasil popularizou-se como Síndrome da
suspensão.
Suspensão Inerte
compressão das fitas do
cinturão de segurança
tipo paraquedista.

Represamento do
fluxo sanguíneo
nos MMII.
Primeiros Socorros
Sintomas:

Ø Paresia (é a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros);


Ø Parestesia (frio, calor, formigamento, pressão etc.);
Ø Síncope (Tonturas, Náuseas, Desmaio);
Ø Hipertermia (Elevação da temperatura corporal);
Ø Trombo (Represamento de volume circulatório nos membros inferiores, resultando
varias complicações (Embolia Pulmonar, Cardíaca, Cerebral);
Ø Traumas irreversíveis;
Ø PCR;
Ø Óbito.
Primeiros Socorros

Tratamento da Síndrome:

Ø Após retirada da suspensão, a vítima deverá ficar em decúbito lateral com as


pernas flexionadas o tempo de suspensão somados mais 10 (dez) minutos. A
vítima só poderá ser deitada em decúbito dorsal se estiver em parada
cardiopulmonar para execução de RCP.
Primeiros Socorros
Pedal de Emergência
Resgate
Resgate em Altura:

Ø A empresa deve ter um plano de salvamento para todos os cenários, que


possibilitem a ocorrência de traumas ocasionados por quedas (empresas
especializadas podem elaborar);
Ø Ter uma equipe de resgate para pronto atendimento ou que seus funcionários sejam
treinados para atuarem em Auto resgate;
Ø Não confundir resgate com evacuação, o resgate requer a recuperação da vítima
por uma equipe preparada para esta finalidade. E, a evacuação é a ação que num
menor espaço de tempo dependendo do tipo de emergência sair do local sinistrado.
REFERÊNCIAS
SITE: http://controleacima.blogspot.com.br/2014/02/absorvedores-de-energia-zona-livre-de.html;
NORMAS REGULAMENTADORAS – NR 18 e 35;
Luiz Spinelli, livro os cem quilos, edição de maio 2016;
NBR 14626 - Trava-queda deslizante guiado em linha flexível;
NBR 14627 – Trava-queda deslizante guiado em linha rígida;
NBR 14628 – Trava-queda retrátil;
NBR 14629 – Absorvedor de energia;
NBR 15834 – Talabarte de segurança;
NBR 15835 – Cinturão de segurança tipo abdominal e talabarte de segurança para posicionamento e restrição;
NBR 15836 – Cinturão de segurança tipo para-quedista;
NBR 15837 – Conectores.

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