DIAS, Figueiredo. para Um Sistema Renovado de Facto Punível
DIAS, Figueiredo. para Um Sistema Renovado de Facto Punível
DIAS, Figueiredo. para Um Sistema Renovado de Facto Punível
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Para um sistema renovado do facto punível
Foi em agosto de 1981 – já lá vão 33 longos e conturbados anos – que proferi no Rio de
Janeiro, a convite da Ordem dos Advogados, a minha primeira conferência no Brasil, que
intitulei “Direito Penal e Estado de Direito material”. Tenho consciência de que essa
conferência obteve alguma ressonância entre os meus irmãos brasileiros. Mas sei
também que isso se não deveu tanto à qualidade do orador, quanto sim à circunstância
de versar uma problemática que, se em Portugal correspondia já à situação
político-constitucional vigente, instaurada pelo Movimento do 25 de abril de 1974, soava
aos democratas brasileiros, mergulhados ainda em tempos de ditadura militar, como um
anseio profundo que queriam com toda a sua força concretizar. No entrementes,
encontrei em São Paulo, particularmente no seio do Instituto Brasileiro de Ciências
Criminais, a minha casa e a parte da minha família deste lado do Atlântico. A ela volto
sem cansaço nem lassidão. Aqui estou de novo, caminheiro de longa viagem, disposto a
prestar contas, dizendo no menor número possível de palavras aquilo que tentei fazer,
nos terrenos que cultivei, ao longo de tanto tempo. Desculpar-me-eis por isso, assim o
espero, se esta intervenção for para mim sobretudo um exercício de recordação.
Decidi por isso, depois de aturada reflexão, dar parte de algumas das minhas
meditações sobre o sistema e a dogmática jurídico-penais: no fundo, voltar ao meu
tema de 1981, mas sob um pressuposto que agora (felizmente) já é diferente não
apenas em Portugal, mas também no Brasil: o da existência jurídico-constitucional de
um Estado de Direito consolidado. Dirão alguns que o tema relativo ao sistema e à
dogmática jurídico-penal é um tema antigo e fora da moda do nosso tempo e dos seus
problemas. Responderei: é mais que antigo, é eterno. Mediático seguramente não o é.
Mas isso só porque se não pode exigir à mídia que compreenda que, sobretudo em
ordens jurídicas que, como a portuguesa e a brasileira, não se baseiam na case law, mas
na norma legal, o sistema e a dogmática penais constituem as bases imprescindíveis
sem as quais se não poderá ter a esperança fundada de encontrar a solução justa e
correta de um caso penal da vida, da passada, da atual e da futura.
Ainda como aluno, uma das mais importantes ideias que insistentemente me foi
inoculada pelos meus Mestres foi a de que a Ciência que então aprendia deve ser
comandada por um ponto de partida metodológico e nela deve ser buscado o
fundamento e o sentido do pensamento jurídico. Era o tempo em que a chamada
“jurisprudência dos interesses”, como reação contra o legalismo positivista e
lógico-subsuntivo, continuava a constituir nota distintiva do pensamento jurídico
conimbricense, temperada já embora pelas especificidades de cada disciplina jurídica; e
em que por isso o meu Mestre Eduardo Correia acentuava, na cadeira de Direito
Criminal, que a metódica da atenção pelos interesses em jogo tinha de ser combinada,
sem contradição, com a particular incidência em matéria incriminatória do princípio da
legalidade, aparentemente formal, mas na verdade ético-politicamente fundado em nada
menos que no princípio democrático primordial do respeito pela dignidade humana. Mas,
mal assomada a era dos anos 60 do século passado, era o tempo já em que, sobretudo
nos fins de semana, no ambiente magnífico da sala A do nosso Instituto Jurídico
coimbrão, os mais jovens assistentes – em contradição flagrante com a fama da
Faculdade como instituição altamente formalista no trato e nas distâncias – eram
admitidos a uma participação democrática e igualitária nas discussões sobre Direito (mas
também sobre religião, política, economia, literatura, cinema ou mesmo futebol) em que
se encorreavam os mais venerados dos professores. Aí nos confrontávamos com
novidades metodológicas fundamentantes como as do pensamento “tópico” e “retórico”,
das teorias da “argumentação” e do “consenso”, da dimensão “prática” da aplicação do
direito, do “sistema aberto”; e éramos incentivados a meditar sobre dicotomias radicais
como as da ética versus funcionalismo, do ontologismo versus normativismo, da
teleologia versus logicismo.
Hoje, relativamente a estes temas, são (ai de mim!) muito mais numerosas e maiores as
dúvidas do que as certezas. Mas, cingindo-me ao pensamento jurídico-penal,
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A partir deste suposto básico se erguem as três colunas sobre as quais deve continuar
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A primeira proposição do sistema do facto punível deve, em meu parecer, rezar da forma
seguinte: a categoria do ilícito típico, na qual a primazia cabe à essência da ilicitude
jurídico-penal, apresenta-se como direta decorrência da função protetiva do direito penal
no corpo social. Função que, à luz aqui preconizada, só pode analisar-se na tutela
subsidiária de bens jurídicos dotados de dignidade penal e cuja lesão os torna carentes
de punição criminal. Legitimação de todo o sistema é assim que as incriminações penais
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se possam justificar, sem exceção, à luz de um direito penal do bem jurídico.
Com efeito, se a função do direito penal se restringe à proteção de bens jurídicos dignos
e carentes de pena; e se a noção de bem jurídico constitui o elemento material
fundamental, se bem que possuidor de uma função trans-sistemática, da valoração de
um concreto comportamento como objetivamente ilícito – então é este mesmo elemento
do crime não na sua conotação formal abstrata como “ilicitude” ou “antijuridicidade”,
mas na sua concreta realidade material, na forma de ilícito típico ou (o que é o mesmo)
de tipo-de-ilícito, que deve constituir a pedra angular e possuir prioridade ôntica e
normativa na construção do sistema jurídico-penal.
conceito, como quer que se assuma – como naturalístico, normativo, final, social,
pessoal… –, nem tem legitimidade material para se arvorar em fundamento do sistema;
nem pode ser concebido de modo unitário, capaz de suportar todas as formas de
aparecimento do facto penal (ativo e omissivo, doloso e negligente); nem tão pouco
poderá manter-se como entidade autónoma (como o imporia um puro sistema
categorial-classificatório), estranha ao tipo e a ele previamente dada, que não antecipe
alguma ou algumas das posteriores predicações sistemáticas. É tempo – desde há muito
o venho afirmando – de a doutrina do crime renunciar a encontrar a sua última Thule
nos resultados da abstração generalizadora e classificatória e aceitar o que houve de
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premonitório a este respeito no pensamento de Gustav Radbruch.
Por isso penso ser inevitável assinalar a um conceito geral de ação o desempenho de um
papel secundário no sistema: atribuindo-lhe a mera função negativa (ou de
“delimitação”, na terminologia do saudoso professor Hans-Heinrich Jescheck) de excluir
da construção os comportamentos ab initio jurídico-penalmente irrelevantes. E, mesmo
aqui, fruto da carga inevitavelmente normativista que o sistema há-de conter, com os
cuidados necessários para não colocar injustificadamente fora do sistema
comportamentos como os dos entes coletivos, os quais são no direito penal português,
como em tantos outros direitos europeus e americanos, autores idóneos de factos
penais. Não consigo convencer-me que para um sistema jurídico-penal só a pessoa
individual possa ser capaz de ação; e isso tem sido reconhecido, p. ex., por legislação
proveniente do seio da própria União Europeia. Logo aqui, um apressado doutrinarismo
seria decerto impeditivo da criação de uma gramática dogmática jurídico-penal europeia
ou mesmo global. E tanto mais quanto – este é o argumento decisivo – a consagração
da possibilidade de responsabilização penal de entes coletivos constitui uma exigência
político-criminal para que possa ter êxito a tutela jurídico-penal dos bens jurídicos (em
especial, dos chamados “bens jurídicos coletivos”) postos em grave perigo pela grande e
nova criminalidade, própria da “sociedade do risco”.
3.Uma outra observação analisa-se em que também por esta forma se não torna mais
difícil a distinção tradicional entre ilícito típico e culpabilidade. A evolução doutrinária
mais recente só confirma a minha convicção já antiga de que a distinção – seja qual for
a extensão das consequências que a ela se liguem – é elemento imprescindível de um
sistema do facto punível moderno e democrático. E é garantia irrenunciável de um
correto tratamento dos casos jurídico-penais. Pôr em causa a distinção – ou, ainda pior,
abandoná-la – significaria o retrocesso de mais de um século na evolução científica da
nossa disciplina.
4.Uma última observação desejaria fazer ainda. Na dogmática jurídico-penal dos últimos
anos ganhou especial atualidade a questão de saber se o ilícito deve ser perspetivado
como lesão de bens jurídicos (como insistentemente acentuam, por exemplo, Claus
Roxin e os seus seguidores) ou antes (como querem Günther Jakobs e os seus
discípulos) como lesão do dever e consequentemente da norma de ilicitude. Já há muito
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exprimi a ideia de que não é indispensável ver neste binómio uma alternativa
inevitável; podendo razoavelmente afirmar-se que o ilícito penal se exprime
materialmente, enquanto direta decorrência da função social do direito penal, como
violação da ordem de proteção subsidiária de bens jurídico-penais; e que a essência da
punição se pode exprimir formalmente como estabilização contrafáctica das expetativas
comunitárias na validade da norma violada. Ou, aproximando-me da impressiva
formulação de Alcacer Guirao, que o fim do direito penal – e, com ele, a essência do
ilícito – radica primordialmente na proteção de bens jurídicos e secundariamente na
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proteção da vigência da norma, sem prejuízo de se tratar aqui de fins intimamente
vinculados do ponto de vista funcional.
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Aceite este pressuposto, não sinto prejudicada, no que quer que seja, a minha já antiga
ideia – que julguei poder colher numa interceção (talvez surpreendente para alguns…)
do pensamento teológico católico e da filosofia da existência nas duas décadas
posteriores à II Guerra Mundial – de que o que importa, para efeitos de culpabilidade e
de responsabilidade jurídicas, é a necessária superação de uma liberdade indeterminista
do ato de vontade com vista a alcançar uma liberdade pessoal; ou – para dizer com Karl
Rahner – do recuo da liberdade como propriedade da ação em favor da liberdade como
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“caraterística do ser-que-age” como um todo. Daqui se concluirá que o homem, no seu
concreto existir, é sempre ser-livre. E a partir daqui se tornará possível lograr um
conceito jurídico-penal de culpabilidade da pessoa sistemática e dogmaticamente
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exequível, além de eticamente e político-criminalmente aceitável. Uma conceção, esta,
em que a aceitação da liberdade do ser do agente é pressuposto (pessoal, espiritual,
ideal) da culpabilidade jurídico-penal sem que todavia se torne em critério de aferição do
seu conteúdo material ou da sua medida.
Terá, de resto, residido porventura nesta problemática a razão mais funda que levou
Roxin a substituir o lugar tradicional do conceito de culpabilidade no sistema por uma
categoria complexa – a da responsabilidade (Verantwortung) – que reuniria duas
subcategorias em princípio distintas: a da culpabilidade, à qual continuaria a ser
atribuída a já referida função limitadora do poder do Estado; e a da carência de pena,
que conduziria à exclusão da responsabilidade (e assim também da própria
culpabilidade) em função da inexistência in casu de exigências preventivas a que a pena
devesse responder. Creio todavia fundada a crítica – a que Costa Andrade dedicou
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minuciosa análise – de que na categoria da “responsabilidade” se misturam coisas
diferentes e porventura à partida inconciliáveis. Não é só – ou não é tanto – o sentido
emblemático e simbólico (e todavia, como disse, político-criminalmente insubstituível) da
culpabilidade que assim se esbate. Aquilo a que deste modo se abre a porta é à eventual
confusão dos dois planos de análise que ali se entrecruzam, podendo verificar-se uma
intromissão perturbadora de considerações de prevenção ao nível do próprio juízo
ético-jurídico de culpabilidade, e, assim, a perversão do significado que reveste a
consagração deste. Por exemplo, a ideia-mestra da não exigibilidade, que está mesmo
na base do estado de necessidade subjetivo, é substancialmente análoga à que
fundamenta a exclusão da culpabilidade por falta de consciência do ilícito não
censurável; e nenhuma delas tem a ver, em primeira linha, com a insubsistência de
exigências preventivas, antes sim com a própria essência da ideia de culpabilidade
jurídico-penal como atitude interna reprovável do agente, manifestada no facto, perante
o dever-ser jurídico-penal. E mais ainda: o não se manterem completamente distintas as
exigências da culpabilidade e as da prevenção torna-se suscetível de subverter o modelo
de determinação da medida da pena. O que é particularmente grave em direitos, como o
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português e o alemão, que dispõem que aquela determinação seja feita em função da
culpabilidade e da prevenção; e que conduz a construções artificiosas como a de uma
“culpabilidade para efeito de medida da pena” como entidade dogmática e
político-criminalmente diversa da “culpabilidade para efeito de fundamentação da pena”.
3.Gostaria ainda de deixar claro – para maior esclarecimento de algumas das afirmações
que fiz – como é que, na minha conceção sistemática, se deve resolver a questão (que
décadas atrás constituiu o campo por excelência da controvérsia entre normativistas e
finalistas) da conceitualização e integração sistemáticas do dolo e da negligência: se
como elementos do tipo-de-ilícito (como queriam os finalistas), se do
tipo-de-culpabilidade (como defendiam os normativistas). Hoje, a maioria da doutrina
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penal aceita – e bem, como desde a primeira hora defendi – que eles conformam tipos
subjetivos de ilícito. Mas uma parte significativa dessa mesma doutrina reconhece
também que, sendo função do princípio da culpabilidade indicar máximos de pena que
não podem ser ultrapassados; e prevendo a lei diferentes máximos de pena para o
mesmo facto, consoante ele seja cometido com dolo ou só com negligência – isso há de
por força significar que no dolo e na negligência se trata de entidades que, já em si
mesmas, revelam diferentes conteúdos materiais de culpabilidade que o direito penal
entende graduar ou tipificar. Como é isto possível?
poderá chamar da “ punibilidade ”. Uma categoria dentro da qual atua e lhe empresta
sentido a ideia madre do merecimento de pena do facto concretamente cometido. Esta
ideia, procurei eu traduzi-la usando o designativo – de resto com direito de cidade
dogmático-sistemático também neste preciso contexto – “ dignidade penal ”
(propositadamente contrastante com o designativo, também frequentemente usado,
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“necessidade penal” ou “carência de punição”). Mas verdade é que – por razões que
ultrapassam a questão terminológica, para se nutrirem do conteúdo material – a
utilização da expressão “dignidade penal” neste enquadramento nunca me satisfez. Não
só por o seu uso se poder tornar equívoco perante a invocação, para mim
essencialíssima, da dignidade penal do bem jurídico tutelado pela ilicitude típica como
condição jurídico-constitucionalmente imposta da sua legitimação. Mas sobretudo
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porque, depois do estudo a que procedi das consequências jurídicas do crime, pensei
aperceber-me da alta conveniência de distinguir, no tratamento jurídico-penal do caso, a
categoria da “punibilidade” (iluminada pela dignidade penal do caso de espécie),
pertinente ao sistema e à teoria do facto, e a categoria que intitulei “pressupostos
positivos e negativos da punição” (esta, sim, iluminada exclusiva ou prioritariamente
pela ideia da necessidade penal ou carência de punição), pertinente ao sistema e à
teoria da pena. E ambas, acrescentarei, distintas da categoria dos “pressupostos
processuais” pertinente ao sistema e à teoria do processo.
E se assim for, como penso, pergunto-me se, em geral, não será nesta precisa sede – na
da punibilidade do facto concreto praticado, visto na sua imagem global e no contexto
humano e social em que ocorre – que podem excecionalmente encontrar resposta
dogmática conveniente alguns dos mais dramáticos casos-limite da vida sobre cuja
punibilidade hoje mais e mais a doutrina penal se interroga. V. g., em sede de eutanásia
ativa direta quando o que vai morrer em sofrimento atroz não pode suicidar-se; ou de
interrupção da gravidez por motivos sociais inultrapassáveis; ou de reação contra o
terrorismo maciço e indiscriminado ou a tomada de reféns; – que, em geral, implicam o
sacrifício de vidas humanas como única forma de tutelar outra ou outras vidas. De
casos-limite, em suma, em que a decisão do agente assume a dimensão trágica de um
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conflito existencial ou de um autêntico “caso de consciência”. Sobre isto,
naturalmente, terá a doutrina penal ainda muito que discutir. Mas só um doutrinarismo a
meus olhos inaceitável pode partir do axioma de que em casos de sacrifício, ilícito e
culposo embora, de uma vida alheia inocente, está posta em absoluto de parte a
hipótese, excecional embora, de se negar a responsabilidade penal do agente em nome
da impunibilidade. Se tal for de admitir, não estará aqui claramente documentado um
exemplo daquela “abertura” do sistema ao problema de que comecei por falar?
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Continuo a ver, num sistema como o que apresento, duas vantagens aparentemente
antagónicas mas, quando se aprofunda a análise, expressão de um mesmo pensamento
fundamental. Um tal sistema – dada a sua funcionalidade e a flexibilidade com que é
dotado, mas também o limite ético e axiológico inultrapassável que pressupõe e aceita –
permite encontrar soluções político-criminalmente corretas e dogmaticamente justas,
mesmo perante os casos mais difíceis que ao direito penal são postos na atual sociedade
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Para um sistema renovado do facto punível
1 Costa Andrade, Outros mares, outros céus, a mesma alma (A “última aula” do Prof.
Jorge de Figueiredo Dias), Coimbra: Coimbra Ed., 2008, p. 36.
4 V., entre outros, Paulo de Sousa Mendes, O torto intrinsecamente culposo como
condição necessária de imputação da pena, Coimbra: Coimbra Ed., 2007.
12 V. o meu estudo Liberdade – Culpa – Direito penal, Coimbra: Coimbra Ed., 1976 e,
sobre ele, a compreensiva análise de Kai Ambos, A liberdade no ser como dimensão da
personalidade e fundamento da culpa penal – Sobre a doutrina da culpa de Jorge de
Figueiredo Dias. ,In: Manuel da Costa Andrade; Maria João Antunes; Susana Aires de
Sousa (orgs.), Estudos em Homenagem ao Prof. Doutor Jorge de Figueiredo Dias,
Coimbra: Coimbra Ed., 2009, vol. I, p. 54.
13 De uma hoje já extensíssima bibliografia sobre o assunto referirei aqui só dois títulos
de natureza profundamente diversa – de especializada e esclarecida natureza
jornalística, um: Hirnforschung und Willensfreiheit. Zur Deutung der neuesten
Experimente (Hrsg. Ghristian Geyer), Frankfurt a. M.: Suhrkamp, 2004; de índole
jurídico-penal, o outro: Luzón Peña; Hassemer; Demetrio Crespo; Mercedes Pérez
Manzano, todos em “Neurociencias y derecho penal”, InDret 2/2011.
21 E que deu origem ao meu livro citado supra, na nota 9: v. sobretudo § 1056 e ss.
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