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Esclerose Múltipla

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Atuação Fonoaudiológica na Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica crônica e autoimune que atinge o sistema nervoso central. Os motivos causadores
da doença ainda são desconhecidos, sendo que, entre os sintomas estão o amortecimento de membros ou de um lado do corpo,
alteração visual, perda da coordenação motora e falhas na memória. Ainda não existe cura para a Esclerose Múltipla, mas cada
vez mais surgem tratamentos novos que tem aumentado os índices de recuperação. A intervenção de uma equipe multidisciplinar
pode ajudar muito a melhorar a qualidade de vida do paciente. 
Um dos profissionais envolvidos no tratamento é o Fonoaudiólogo, que atua diretamente em algumas alterações presentes nos
pacientes com esta doença, entre elas: voz fraca, cansaço ao falar, fala lentificada, engasgos durante as refeições, tonturas,
disartria (dificuldade para articular as palavras), disfagia: que compromete tanto a sensação geral do paladar, como os
movimentos importantes para a deglutição, que se dá de maneira lenta, ocasionando engasgos frequentes e aspirações
silenciosas que não são percebidas pela pessoa, e a saliva ou alimento entram na via respiratória , chegando até os pulmões .
Portanto, o  tratamento Fonoaudiológico é de grande importância para a melhoria da qualidade de vida do paciente, pois os
distúrbios fonoaudiológicos podem levar o paciente a uma redução das atividades sociais e profissionais. Durante o tratamento, o
paciente é avaliado através de técnicas específicas, com o objetivo de identificar alterações da fala, dos movimentos dos lábios,
língua e de toda a musculatura orofacial, audição e equilíbrio , voz , respiração, mastigação e deglutição. Em caso de dúvida,
procure um Fonoaudiólogo de sua confiança e garanta uma intervenção efetiva para os pacientes de Esclerose Múltipla.

Fonte: Amigos Múltiplos pela Esclerose - AME


Esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica, autoimune, desmielinizante, inflamatória, que afeta o sistema nervoso central
(encéfalo e medula espinhal).

Isso significa que o nosso sistema imunológico, responsável por combater agentes externos como vírus e bactérias, ataca a
bainha de mielina dos neurônios (por isso desmielinizante). Essa bainha de mielina funciona como a capa de um fio elétrico (um
condutor, mas também age na manutenção do neurônio) que, quando perdida, acaba gerando dano na função do neurônio.

A EM causa um processo inflamatório, que atinge diversas partes do sistema nervoso central, ocasionando sintomas diversos,
dependendo da área acometida. É uma doença que, quando não tratada, tem como características principais a disseminação no
tempo, ou seja, a pessoa apresenta sintomas de piora em diferentes momentos da vida, como ondas; e disseminação no espaço,
apresenta inflamações atingindo diferentes áreas do cérebro e medula espinhal (sistema nervoso central). O curso clínico é, na
grande maioria das vezes, caracterizado por períodos de crises (os chamados surtos) seguido por períodos de
remissão/recuperação.

A condição atinge geralmente pessoas jovens entre 20 e 40 anos de idade, sendo mais predominante em mulheres.

QUEM TEM EM? 2.5 MI de pessoas no mundo


QUAIS SÃO OS TIPOS DE ESCLEROSE MÚLTIPLA

A EM têm duas formas clínicas inicias de apresentação. A forma clínica remitente-recorrente (EMRR) é a forma mais frequente,
correspondendo a cerca de 85% dos casos. Nessa forma, a pessoa apresenta um surto (sintoma neurológico novo) que pode se
manifestar por algum período de tempo, apresentando melhora completa ou parcial, seguido por um período de remissão em que
a paciente não apresenta novos sintomas.

Na forma primariamente progressiva (EMPP) ocorre acúmulo de incapacidade lenta e contínua desde o início dos sintomas. Essa
forma acomete até 15 % dos pacientes. Atualmente a forma progressiva pode ser classificada como progressiva com sinais de
atividade inflamatória, ou inativa, sem sinais de atividade inflamatória. Muitas pessoas, que iniciam o quadro como forma
remitente-recorrente podem apresentar, após cerca de 15 anos de surtos e remissão, uma evolução, com sinais persistentes e
progressivos de disfunção do sistema nervoso central (SNC), indicando o início da forma secundariamente progressiva (EMSP).

QUAIS SÃO AS CAUSAS?

A causa da doença ainda não está totalmente conhecida, porém, sabe-se que múltiplos fatores ambientais e genéticos estão
associados a fisiopatologia da doença, ou seja, o risco de desenvolver EM. Dentre os fatores ambientais associados a etiologia da
Esclerose Múltipla, temos a infecção por alguns agentes virais e bacterianos, como o herpesvírus tipo 6, vírus Epstein-Barr,
retrovírus endógeno humano.

A imaturidade do sistema imunológico devido a menor exposição a agentes bacterianos e parasitas durante a infância também é
um fator ambiental fortemente associado ao aparecimento de doenças autoimunes, incluindo a Esclerose Múltipla. Os baixos
níveis sanguíneos de vitamina D, devido a menor exposição solar, obesidade e o tabagismo também são fatores ambientais
ligados aos riscos da doença.

Dentre fatores genéticos, os genes em que foram encontrados alguma relação associada ao surgimento da doença são os ligados
ao funcionamento e ativação do sistema imune inato e adaptativo como HLA, DRB1 e DQB1 entre outros. Existem mais de 100
genes que conferem aumento de risco para EM e cada um isoladamente com aumento de chances de 1% a 6%, por isso grande
variação individual.

SINTOMAS
A EM é uma doença heterogênea, podendo ocasionar diversos sintomas neurológicos a depender da área do
sistema nervoso acometida. Não existe uma manifestação neurológica típica, porém alterações visuais, fraqueza nos
membros, desequilíbrio, descoordenação, alterações de sensibilidade e distúrbios urinários são as queixas mais
frequentes.

Os sintomas devem durar mais que 24h para serem considerados de origem neurológica.

Os sintomas sensitivos como perda da sensibilidade em determinada região do corpo, formigamentos, dor inexplicável, são os
sintomas mais comuns, ocorrendo em 40% das pessoas com esse diagnóstico.

A neurite óptica é o segundo sintoma mais comum, ocasionando embaçamento visual, perda do brilho das cores, até perda
visual, geralmente acompanhado de dor na movimentação ocular.

Sintomas motores e cerebelares também são comuns, podendo causar perda de força em algum membro ou múltiplos membros,
dificuldade de andar, descoordenação motora e tonturas.

Sintomas menos comuns, porém, não menos importantes incluem neuralgia do trigêmeo (dor e perda de sensibilidade na face),
alterações urinárias, como dificuldade de urinar ou perda urinária involuntária, constipação ou escape fecal.

Os pacientes podem apresentar também alterações cognitivas, que podem estar presentes desde estágios iniciais da doença,
mas são mais frequentes e evidentes em estágios mais avançados.

A principal alteração é na atenção e na velocidade de processamento. Dificuldade de memorização pode ocorrer, porém
geralmente em fases mais avançadas da alteração cognitiva.

SINAL DE LHERMITTE

O sinal de Lhermitte é uma sensação de choque que percorre a coluna cervical e torácica sendo desencadeada por um
movimento de flexão de pescoço. Ocorre frequentemente em pessoas com esclerose múltipla que tenham lesões na coluna
cervical, mas pode acontecer também em outras situações e doenças da coluna cervical.
FENÔMENO DE UHTHOFF

Fenômeno de Uhthoff é a piora dos sintomas neurólogicos relacionados ao aquecimento do corpo. As situações mais relacionadas
ao fenômeno são exercicio físico, febre, sauna, imersão com água quente ou mesmo um dia mais quente.

TRATAMENTOS

MEDICAMENTOS

Os medicamentos com estudos de fase 3 finalizados e aprovados para uso pelo FDA (mercado norte americano) e
EMA (Europa) são:

Betainterferona 1a subcutânea (Rebif®)


Betapeginterferona 1a subcutânea (Plegridy®)
Betainterferona 1a intramuscular (Avonex®)
Betainterferona 1b subcutânea (Betaferon®)
Acetato de Glatirmaer (Copaxone®)
Teriflunomida (Aubagio®)
Fumarato de Dimetila (Tecfidera®)
Fingolimode (Gylenia®)
Natalizumabe (Tysabri®)
Alentuzumabe (Lemtrada®)
Ocrelizumabe (Ocrevus®)
Cladribina (Mavenclad®)
Fampridina (Fampyra®)
Nota
Os nomes comerciais são os mais conhecidos no Brasil, alguns destes medicamentos possuem similares e genéricos
com outros nomes em alguns países. Todos são imunomoduladores ou imunossupressores com intenção de reduzir
a agressão da EM ao sistema nervoso central, a exceção da fampridina, que não interfere no sistema imunológico e é
usada como tratamento sintomático para melhora da velocidade de caminhar.
Medicamentos com bula pela ANVISA para uso no Brasil e disponibilizados pelo Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas da Esclerose Múltipla até abril de 2020:

Betainterferona 1a subcutânea (Rebif®)


Betapeginterferona 1a subcutânea (Plegridy®)
Betainterferona 1a intramuscular (Avonex®)
Betainterferona 1b subcutânea (Betaferon®)
Acetato de Glatirmaer (Copaxone®)
Teriflunomida (Aubagio®)
Fumarato de Dimetila (Tecfidera®)
Fingolimode (Gylenia® e genérico)
Natalizumabe (Tysabri®)

Medicamentos com bula pela ANVISA para uso no Brasil não disponibilizados pelo PCDT até abril de 2020:

Alentuzumabe (Lemtrada®)
Ocrelizumabe (Ocrevus®)
Fampridina (Fampyra)
Cladribina (Mavenclad®)
TERAPIAS COMPLEMENTARES
Acupuntura
A acupuntura é uma terapia complementar muitas vezes usada para tratar a dor ou ansiedade na esclerose múltipla. A acupuntura
é um elemento da medicina tradicional chinesa. Segundo essa filosofia diz a saúde depende da força vital do corpo ou do fluxo de
energia (qi – pronunciado chee). Qi se move de forma suave e equilibrada através do corpo ao longo de caminhos chamados
meridianos. Se qi se tornar desequilibrado ou bloqueado pode resultar em uma doença. Usando agulhas finas em pontos-chave
do corpo, o/a acupunturista pode acionar a resposta de cura do corpo e ajudar a restaurar o equilíbrio natural. No Brasil, a
Acupuntura só pode ser realizada por profissionais de saúde (medicina, fisioterapia, odontologia, nutrição, farmácia, psicologia,
enfermagem, fonoaudiologia, terapia ocupacional).

Aromaterapia
A aromaterapia é uma terapia complementar, usada por algumas pessoas com esclerose múltipla, que faz o uso de fragrâncias na
forma de óleos – chamados óleos essenciais, pois contém a essência da planta a partir da qual eles são extraídos. Você pode
usar óleos no banho (se sensibilidade ao calor não é um problema), como uma inalação de vapor, em um queimador de óleo ou
com uma compressa. A aromaterapia é por vezes utilizada em conjunto com a massagem. Ela também pode ser usada como
parte de uma rotina de sono.

Embora não haja nenhuma evidência de pesquisas sobre os efeitos da aromaterapia na esclerose múltipla, pode promover um
bem estar geral, aliviando a ansiedade. Óleos de aromaterapia geralmente são usados sem problemas. Algumas pessoas são
alérgicas a algumas fragrâncias e alguns óleos podem causar uma erupção se aplicada diretamente à pele. Você pode fazer um
teste, em uma pequena região da pele, primeiro para verificar se tem esse problema.

Equoterapia
Equoterapia é uma especialidade da fisioterapia que utiliza o movimento da marcha do cavalo para proporcionar movimento
terapêutico para quem cavalga. As sessões são feitas sob a direção de um fisioterapeuta especificamente treinado neste método
de tratamento. O cavalo é conduzido por um manipulador e a pessoa que recebe o tratamento não controla ativamente o cavalo.
Em vez disso, pode realizar uma série de exercícios ou apenas ser beneficiado pelo movimento do cavalo.

Hipoterapia pode ajudar com o fortalecimento e alongamento dos músculos e com o equilíbrio.

Equitação terapêutica envolve ensinar habilidades de equitação para pessoas com deficiência. O cavaleiro pode obter benefícios
terapêuticos.

Hidroterapia
Pode ser muito útil para pessoas com EM, pois fornece um treino aeróbico, ao mesmo tempo que mantém a temperatura do corpo
estável. Atente-se à temperatura da água, pois o calor pode exacerbar alguns sintomas.

O aumento da temperatura na condução nervosa pode atrasar, ou bloquear os impulsos nos nervos afetados. Este fenômeno é
conhecido como Uhthoff.

Óleos essenciais
Os óleos essenciais podem ser usados por pessoas com EM para ajudar na manutenção de sintomas e efeitos colaterais de
alguns medicamentos. Confira nosso ebook sobre óleos essenciais e a EM:
https://content.amigosmultiplos.org.br/ebook_terapiasintegrativas

Pilates
No passado, as pessoas com esclerose múltipla eram aconselhadas a evitar o exercício físico. No entanto, uma série de estudos
mais recentes têm demonstrado que o exercício moderado feito de forma regular pode trazer grandes benefícios, quando feito
respeitando as capacidades da pessoa. O Pilates é uma opção disponível para a pessoa com EM permanecer ativa, com um bom
alongamento e resistência muscular e respiratória.

O método Pilates pode ser aplicado por profissionais da fisioterapia e educação física.

Massagem
As massagens não têm efeito sobre o desenvolvimento da EM, mas podem ajudar a reduzir o estresse, induzir o relaxamento e
melhorar alguns sintomas específicos. Essa terapia pode acarretar em três grandes melhorias:

1) Redução de ansiedade e depressão.

2) Melhora do humor e da autoestima e, por sua vez, do funcionamento social.

3) Melhoria da deambulação e funcionamento físico.

A massagem na prevenção e alívio dos sintomas da EM:

Espasticidade: A massagem pode ser útil para relaxar os músculos e melhorar a gama de exercícios de movimento do paciente.

Dor: A massagem pode reduzir a inflamação e melhorar a mobilidade dos tecidos, o que reduz a dor. Por sua vez, pode levar ao
relaxamento da dor afetada e por consequência também diminuí-la.

Circulação: Se uma pessoa com EM têm má circulação a massagem pode aumentar o fluxo sanguíneo, melhorando este
sintoma.

Úlceras de pressão: Massagem pode ajudar a prevenir a ocorrência de úlceras de pressão, mas não deve ser realizada se
úlceras ou inflamação apresentam áreas avermelhadas.
Apesar de melhorias terem sido detectadas nesses sintomas, você deve sempre consultar um médico ou fisioterapeuta antes de
buscar uma massagem, uma vez que cada paciente tem características diferentes e as massagens podem ser perigosas e
negativas em alguns casos:

Edema: Dependendo da causa do edema uma massagem suave pode ser útil, por exemplo, se é devido a imobilidade. Para
edema, é utilizada a técnica de drenagem.

Osteoporose: A massagem pode ser perigosa no caso de pessoas com osteoporose por terem os ossos frágeis e mais
suscetíveis a fraturas.

Pacientes com úlceras ou aumento do fígado ou baço:

Pessoas que sofrem de lesão recente ou que foram diagnosticadas com câncer, artrite e doenças cardíacas.

No caso de mulheres grávidas: Especificamente, as massagens são contraindicadas nos três primeiros meses de gravidez. Nos
meses seguintes ela pode ser realizada, mas em uma posição sentada para evitar sobrecargas na região abdominal.

Por contusão: Na área de massagem, principalmente devido a quedas frequentes que podem acontecer com pessoas que tem
EM.

Na hora de receber uma massagem é muito importante buscar a melhor técnica para o seu caso, assim como profissionais
qualificados.

Yoga
“Yoga nos ensina a curar o que não precisa ser suportado e suportar o que não pode ser curado. ” – BKS Iyengar
Yoga é uma prática contínua e não um fim em si mesmo. A prática do yoga foi escrita há milhares de anos como um sistema para
viver uma vida saudável e feliz. A palavra ‘yoga’ significa união ou unir – unindo mente, corpo e espírito. Unir poses físicas com a
respiração, ação com pensamento e consciência com intenção pode trazer paz ao corpo, mente e espírito.

A prática simples de respirar, algo que todos nós fazemos todos os dias sem pensar, torna-se uma ferramenta poderosa quando
você pode se tornar consciente de como sua respiração afeta todas as partes do seu corpo. À medida que você aprende a
concentrar a atenção na respiração, pode observar como sua mente pode ficar mais calma e seu corpo mais relaxado.

Cada pose é projetada para suportar as articulações, músculos, estrutura e função do corpo. Cada pose pode ser modificada para
sua forma mais simples e pode ser praticada em uma variedade de posições. Você pode estar de pé, sentado em uma cadeira ou
cadeira de rodas, ou mesmo deitado no chão ou na cama – onde quer que você esteja mais confortável naquele momento. A
visualização, que envolve a combinação de uma prática de respiração enquanto imagina a realização das poses, também pode
ser benéfica para pessoas com EM, incluindo aquelas com mobilidade reduzida.

Antes de começar a praticar yoga, converse com sua equipe médica e discuta quaisquer dúvidas ou preocupações que você
possa ter. Esteja ciente de que qualquer exercício pode elevar a temperatura central do corpo e agravar temporariamente os
sintomas da esclerose múltipla.

Os benefícios do yoga podem ser experimentados em apenas alguns minutos de prática. Você deve sempre se sentir melhor
depois de praticar yoga do que quando começou!

Quem pode praticar yoga?

* Se você já se perguntou se o yoga é algo que você pode fazer, é.

* Se você já se perguntou se a ioga é muito difícil, não é.

Cada corpo é diferente – em sua forma, força, flexibilidade, mobilidade, altura, peso, tensão, nível de energia e habilidade – a
qualquer momento. Yoga é uma prática flexível que pode ser modificada para acomodar todas essas variáveis.

Os cuidadores também podem se beneficiar muito da prática de yoga. Tomar tempo para cuidar de seus próprios corpos e praticar
estratégias para reduzir o estresse e relaxar são muito importantes para os parceiros também. O fortalecimento e aprendizado do
alinhamento adequado podem ajudar na prestação de assistência a alguém com EM, quer a assistência envolva atividades de
cuidado prático ou tarefas domésticas.

A prática conjunta pode ser divertida e dá a você e ao seu parceiro uma melhor consciência das necessidades e habilidades do
outro. Além disso, mais poses podem ser acessíveis a você com a ajuda de seu parceiro de suporte.

Yoga adaptado

Yoga adapta a instrução e prática para cada corpo de forma segura e confortável. Yoga pode ser acessível a todos, não importa
como seu corpo está a qualquer momento.

Todos os diferentes estilos de yoga pedem para você ‘começar onde você está’. Só você sabe como é estar em seu corpo. O
Yoga Adaptativo ajuda você a identificar onde é esse ponto de partida sem fazer nenhum julgamento sobre isso. Por exemplo, se
você não conseguir erguer os dedos do pé, ou braço agora, poderá adaptar a postura para acomodar as necessidades e
habilidades do seu corpo. Suas habilidades podem ser diferentes de dia para dia, até de hora em hora. Consciência das
mudanças sempre permite que você adapte as poses para “onde você está.”

O objetivo da prática de yoga não é apenas assumir posturas específicas, mas sim combinar respiração, postura, movimento e
consciência para alcançar relaxamento, consciência corporal e possivelmente outros benefícios.

Como o yoga pode ajudar a controlar a esclerose múltipla?

Viver em um corpo afetado pela EM pode ser desconfortável ou mesmo doloroso. Tarefas cotidianas podem ser difíceis.

Praticar yoga pode dar-lhe ferramentas para ajudar a gerenciar tarefas diárias que incluem o equilíbrio para ficar de pé ou andar,
fortalecimento e alinhamento para se levantar e sentar em uma cadeira, vaso sanitário ou cama e força para tudo que você faz. Os
benefícios relaxantes da yoga também podem ajudar a lidar com os desafios específicos da EM, como ficar deitado em uma
máquina de ressonância magnética por longos períodos, receber injeções ou infusões, manter a calma durante uma exacerbação
e se concentrar nos profissionais de saúde.

Meditação
A meditação pode acalmar sua mente e acalmar seus pensamentos – ajudando a observar-se sem se distrair.

Muitas pessoas incorporam a meditação em sua rotina.

Não existe uma maneira única e correta de meditar. Você já pode fazer isso, mas sem chamá-lo de meditação. Caminhar pode ser
uma prática de meditação. Tricotar, jardinar, observar os pássaros pela janela ou qualquer outra atividade que faça com que você
diminua seu foco pode ser meditativo.

Meditações guiadas podem ajudá-lo a se concentrar e relaxar seu corpo. Repetir uma frase ou som, focalizando o seu olhar em
um objeto – como uma vela – ou respirando lenta e intencionalmente são maneiras diferentes de se concentrar durante a
meditação.

Os benefícios da meditação abordam muitos dos problemas enfrentados por pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla.

REABILITAÇÃO

O objetivo da reabilitação é melhorar e manter a função – um componente essencial do atendimento abrangente à EM . A partir do
momento do diagnóstico, os especialistas em reabilitação fornecem educação e estratégias destinadas a promover a saúde. bem-
estar e condicionamento físico para reduzir a fadiga e ajudá-lo a funcionar de forma ideal em casa e no trabalho.

Se os sintomas começarem a interferir nas atividades cotidianas, a reabilitação pode resolver problemas como mobilidade,
vestimenta e cuidados pessoais, direção, funcionamento em casa e no trabalho e participação em atividades de lazer.
Especialistas em reabilitação também podem fornecer avaliação e tratamento das dificuldades de fala e deglutição, além de
problemas com o pensamento e a memória.

A equipe de reabilitação
Fisioterapia

Os fisioterapeutas avaliam e abordam a capacidade do corpo de se movimentar e funcionar, com ênfase particular na caminhada
e mobilidade , força, equilíbrio, postura, fadiga e dor . A fisioterapia pode incluir um programa de exercícios, treinamento de
marcha e treinamento no uso de auxiliares de mobilidade (bengalas, muletas, scooters e cadeiras de rodas) e outros dispositivos
auxiliares. O objetivo é promover a segurança, alcançar e manter um funcionamento ideal e evitar complicações desnecessárias,
como o condicionamento, a fraqueza muscular por falta de mobilidade e contraturas musculares relacionadas à espasticidade. A
fisioterapia também pode incluir exercícios do assoalho pélvico para abordar problemas urinários / da bexiga.

Terapiaocupacional

O objetivo da terapia ocupacional (TO) é aumentar a independência, produtividade e segurança em todas as atividades
relacionadas a cuidados pessoais, atividades de lazer e emprego . TOs fornecem treinamento em técnicas de conservação de
energia e o uso de ferramentas e dispositivos adaptativos para simplificar as tarefas em casa e no escritório. Eles recomendam
modificações estratégicas para a casa e o local de trabalho para garantir acessibilidade, segurança e conveniência. Os terapeutas
ocupacionais também avaliam e tratam problemas com o pensamento e a memória.

Reabilitaçãocognitiva

Neuropsicólogos avaliam e tratam mudanças na capacidade de uma pessoa pensar, raciocinar, concentrar ou lembrar . Embora
esses profissionais usem diferentes estratégias de avaliação e tratamento, eles compartilham o objetivo comum de ajudar as
pessoas a funcionarem da melhor forma possível se as mudanças cognitivas forem experimentadas.

Reabilitaçãovocacional

Os programas de reabilitação vocacional oferecem treinamento para preparação para o trabalho, orientação profissional,
assistência para colocação profissional, treinamento em mobilidade e avaliação de tecnologia assistiva – com o objetivo de ajudar
as pessoas a manter seu emprego atual ou encontrar novos empregos que atendam às suas necessidades.

Reabilitaçãofonoaudiológica

O fonoaudiólogo avalia e trata problemas de fala e / ou deglutição – ambos podem resultar de danos no sistema nervoso central
que reduzem o controle dos músculos usados nessas importantes funções. O objetivo da terapia é aumentar a facilidade e a
clareza da comunicação, bem como promover a segurança da deglutição e a saúde geral. Alguns também avaliam e tratam
problemas com o pensamento e a memória.

Nutrição e EM, existe alguma dieta específica?

Não existem dietas cientificamente comprovadas que mudem a evolução da doença. De acordo com uma revisão sistemática,
recentemente publicada, que avaliou 45 artigos, dieta ou terapias alternativas não devem substituir o tratamento convencional em
pacientes com Esclerose Múltipla. No entanto, devem ser estimuladas dietas saudáveis, especialmente com o consumo de
alimentos como peixe, comidas com pouca gordura e grãos integrais. Alguns autores sugerem ainda, especialmente em crianças
e adolescentes, dietas com pouco sal e menos calóricas, uma vez que obesidade, especialmente em faixas etárias iniciais, estão
relacionadas com o aparecimento da doença. Evitar alimentos ultraprocessados também parece reduzir a inflamação e tendência
a autoimunidade.

Como a psicologia e a psicoterapia podem ajudar a pessoa que convive com EM?

Sabe-se que surtos podem ocorrer em momento de muito estresse. Além disso, a doença está associada, em diversos pacientes,
com depressão e até com ideações suicidas. Desse modo, acompanhamento psicológico, psicoterapia e mesmo o uso de
algumas medicações neuropsiquiátricas podem ajudar muito os pacientes. Terapias cognitivo comportamentais podem auxiliar no
tratamento da depressão. Converse com seu médico e familiares sobre isso e não deixe de procurar ajuda, caso esteja se
sentindo psicologicamente fragilizado. Muitas pessoas deixam de procurar ajuda pelo preconceito que se tem com essas áreas.
Mas saúde mental é fundamental para a boa saúde geral de todas as pessoas.

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