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Ministério da Educação

Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica


Instituto Federal do Rio de Janeiro
Campus Paracambi

CURSO DE LICENCIATURA EM

MATEMÁTICA

PROJETO PEDAGÓGICO

 Curso aprovado pelo


Conselho Acadêmico de Ensino
de Graduação em 30/08/2010

 Curso Autorizado pela


Resolução do Conselho
Superior Nº 35 de 03/11/2010

Atualizado em
Agosto/2018
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Rio de Janeiro
Pró- Reitoria de Ensino
de Graduação
Projeto Pedagógico do Curso em Licenciatura em Matemática – Campus Paracambi

1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
do Rio de Janeiro Reitoria
Rafael Barreto Almada
Chefia de Gabinete
Priscila Cardoso Moraes de Souza

Pró-Reitoria de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico


Alessandra Ciambarella Paulon

Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação


Rodney Cezar de Albuquerque

Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional, Valorização de


pessoas e Sustentabilidade
José Arimathea Oliveira

Pró-Reitoria de Extensão
Cristiane Henriques de Oliveira

Pró-Reitoria de Administração e Planejamento


Igor da Silva Valpassos

Diretoria de Gestão de Pessoas


Carla Doti Dias Ripper

Diretoria de Gestão Acadêmica


Felipe Verdan da Silva dos Santos

Diretoria-Geral do Campus Arraial do Cabo


David Barreto de Aguiar

Diretoria-Geral do Campus Duque de Caxias


Maria Celiana Pinheiro

Diretoria-Geral do Campus Eng.Paulo de Frontin


Ricardo Esteves Kneipp

2
Diretoria-Geral do Campus Mesquita
Maylta Brandão dos Anjos

Diretoria-Geral do Campus Nilópolis


Wallace Vallory Nunes

Diretoria-Geral do Campus Nilo Peçanha – Pinheiral


Marcos Fábio de Lima

Diretoria-Geral do Campus Paracambi


Aldembar de Andrade Sarmento

Diretoria-Geral do Campus Realengo


Elisa Suzana Carneiro Poças

Diretoria-Geral do Campus Rio de Janeiro


Jefferson Robson Amorim da Silva

Diretoria-Geral do Campus São Gonçalo


Tiago Gianerini da Costa

Diretoria-Geral do Campus Volta Redonda


André Augusto Isnard

Diretoria-Geral do Campus Resende


Silvia Cristina de Souza Trajano Sarmento

Diretoria-Geral do Campus Belford Roxo


Fábio Soares da Silva

Diretoria-Geral do Campus São João de Meriti


Sergio Ricardo dos Santos Moraes

Diretoria-Geral do Campus Niterói


Eudes Pereira de Souza Junior

3
COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO
DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Antonio Cesar Consuli

Bianca Coloneze

Deumara Galdino de Oliveira

Fábio Ferreira de Araújo

Kátia Arruda Dias

Margareth Mara Corrêa da Silva

Nádia Rodrigues dos Santos

Pedro Paulo da Cunha Machado

Poncio Mineiro

Rafael de Sousa Dutra

Roberto Ribeiro de Sousa

Roselene Goulart Dias Gonçalves

EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA

Adriana Werneck Russo

Kátia Arruda Dias

Leny de Oliveira Rodrigues

Luciana Pinheiro Brum Pereira

Luiz Henrique da Silva Ramos

Roselene Goulart Dias Gonçalves

Sílvia Cristina de Souza Trajano

4
NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE

Prof. Weverton Magno Ferreira de Castro


Mestrado em Matemática – UFF

Profª Cassia Isac Gonçalves da Silva


Doutorado em Computação – UFF

Prof. Thiago Franco Leal


Mestrado em Ciências Computacionais - UERJ

Profª Luizana Rocha Migueis F. Silva


Doutorado em Educação – PUC SP

Prof. Pedro Paulo da Cunha Machado


Doutorado em Agronomia – UFRRJ

Prof. Rodrigo do Nascimento Faria


Mestrado em Engenharia Mecânica – UFRJ

5
1.1. DADOS GERAIS DO IFRJ

CNPJ: 10.952.708/0009-53
Razão Social: Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia do Rio de Janeiro
Nome de Fantasia: IFRJ
Esfera Federal – Administração Indireta
Administrativa:
Endereço: Rua Pereira de Almeida, nº 88, Praça da Bandeira,
Rio de Janeiro, RJ, CEP: 20260-100
Telefone: (21) 3293-6000
Site Institucional: http://www.ifrj.edu.br

6
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Instituto Federal do Rio de Janeiro – IFRJ
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação

ÍNDICE

1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO .................................................................................... 2


1.1 DADOS GERAIS DO IFRJ ....................................................................................................... 6
2. PERFIL DO CURSO .................................................................................................................. 9
2.1 DADOS GERAIS DO CURSO ................................................................................................ 9
2.2 GESTÃO E RECURSOS HUMANOS .................................................................................. 9
2.2.1 COORDENAÇÃO DO CURSO .............................................................................................. 9
2.2.2 NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE........................................................................... 11
2.2.3 CORPO DOCENTE ................................................................................................................. 12
3. JUSTIFICATIVA DE IMPLANTAÇÃO................................................................................. 13
3.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ............................................................................................ 13
3.2 HISTÓRICO DO CAMPUS .................................................................................................... 18
3.3 CONTEXTO EDUCACIONAL ............................................................................................... 19
3.4 JUSTIFICATIVA DE OFERTA .............................................................................................. 21
3.5 HISTÓRICO DE IMPLEMENTAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DO CURSO .... 23
4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CURRÍCULO ......................................................... 25
5. OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS DO CURSO......... .. ....................................... 27
5.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................................. 27
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................. .. ................................................................. 27
6. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO ......................................................................... 28
7. ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA CURRICULAR .......................................................... 28
7.1 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR .......................................................................................... 29
7.2 ESTRUTURA CURRICULAR................................................................................................ 32
7.2.1 DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS E OPTATIVAS ............................................................ 36
7.2.2 ESTÁGIO SUPERVISIONADO ............................................................................................ 38
7.2.3 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) ....................................................... 39
7.2.4 ATIVIDADES COMPLEMENTARES .................................................................................. 40
7.3 FLUXOGRAMA DO CURSO ................................................................................................. 42
7.4 FLEXIBILIDADE CURRICULAR .......................................................................................... 43
7.5 ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM ................ 44

7
7.6 ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO E ATENDIMENTO DISCEN TE................ 45
7.6.1 APOIO À PARTICIPAÇÃO DE EVENTOS ....................................................................... 45
7.6.2 MECANISMOS DE NIVELAMENTOS DE CONTEÚDOS BÁSICOS ...................... 45
7.6.3 ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO E ATENDIMENTO AO D ISCENTE ........ 46
7.6.4 PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS EM INICIAÇÃO CIENTÍF ICA................................ 47
7.6.5 MONITORIA ............................................................................................................................... 47
8. SERVIÇOS E RECURSOS MATERIAIS ........................................................................... 48
8.1 AMBIENTES EDUCACIONAIS ............................................................................................ 48
9. PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA AO LICENCIANDO ................................................ 51
9.1 PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL ............................................................. 51
9.2 PROGRAMA BOLSISTA DE MONITORIA/ DE SETOR .............................................. 52
9.3 PROGRAMAS DE BOLSAS .................................................................................................. 52
10. CERTIFICAÇÃO........................................................................................................................ 53
11. AVALIAÇÃO ............................................................................................................................... 53
11.1 AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO .......................................... 53
11.2 AUTOAVALIAÇÃO ................................................................................................................... 53
11.3 AVALIAÇÃO DO ENSINO E APRENDIZAGEM ............................................................. 54
12. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 56
13. ANEXOS ...................................................................................................................................... 58
13.1 PROGRAMAS DE DISCIPLINAS ........................................................................................ 58
13.2 BASE LEGAL ............................................................................................................................. 58
13.3 FLUXOGRAMA ANTERIOR.................................................................................................. 63
13.4 MATRIZ DE EQUIVALÊNCIAS...............................................................................................64

8
9
2. PERFIL DO CURSO

2.1. Dados Gerais

Nome do Curso: Licenciatura em Matemática


Área de conhecimento: Ensino de Ciências e Matemática
Modalidade de oferta: presencial
Regime de matrícula: por disciplina
Periodicidade letiva: semestral
Prazo máximo de integralização: 15 semestres
Carga horária total do curso: 3424 horas
Turno de Oferta: noturno
Oferta anual de vagas: 80 vagas (40 por semestre letivo)
Formas de acesso dos estudantes: A forma de acesso ao curso ocorrerá
exclusivamente com base no resultado do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM).
O número de vagas oferecidas por semestre será igual a 40. Há também a
possibilidade de acesso por processo seletivo de transferência externa ou reingresso,
regulamentados por edital.
Pré-requisito para ingresso no curso: Ensino Médio completo

2.2. GESTÃO E RECURSOS HUMANOS


2.2.1. COORDENAÇÃO DO CURSO

Um curso de graduação é constituído pelo envolvimento de todos aqueles que,


direta ou indiretamente, influenciam em seu bom andamento. Neste sentido, a
coordenação do curso e a direção do Campus Paracambi são os principais
gestores do curso de Licenciatura em Matemática. Com o apoio e supervisão da
direção de ensino, o coordenador promove a divulgação das informações do curso
aos docentes e discentes, buscando atendê-los no que lhe for solicitado. Possui
inserção institucional, conhecimento e comprometimento com o PPC e com os
regulamentos que regem o curso.

São funções do coordenador de curso as seguintes atividades que devem ocorrer


de forma harmônica e fundamentada no modelo de análise sistêmica que procura
estabelecer uma visão global das ações a serem realizadas, observando-se os
diferentes níveis de tarefas:

10
 Realização de reuniões com os docentes, discentes, funcionários, direção e
parceiros;

 Supervisão da frequência de docentes e discentes;

 Acompanhamento das práticas pedagógicas dos docentes;

 Realização de avaliações sistemáticas de desempenho de docentes;

 Promoção da contínua revisão do Projeto Pedagógico do Curso e das
avaliações dos conteúdos ministrados em cada período do curso.

 Reavaliação sistemática dos procedimentos acadêmicos e administrativos do
curso;

 Funções políticas: liderança, entusiasmo, representação, divulgação do curso,
e articulação com outras instituições que possuam c ursos de licenciatura em
matemática;

 Funções acadêmicas: promover a elaboração e revisão do PPC, o
desenvolvimento atrativo das atividades acadêmicas, a qualidade e
regularidade da avaliação, o desenvolvimento de atividades complementares,
as atividades de monitoria, o engajamento em extensão universitária, o
acompanhamento do estágio supervisionado e não-supervisionado, o estímulo
à iniciação científica e à pesquisa;

 Presidir reuniões do colegiado de curso;

 Cumprir e fazer cumprir decisões do NDE de Curso, Conselhos e
Administração Superior;

 Orientar, apoiar e acompanhar o docente no processo de elaboração e
execução do programa de ensino, numa perspectiva interdisciplinar;

 Entrosar-se harmonicamente com as demais coordenações de curso,
principalmente as coordenações de licenciatura que possuam disciplinas
comuns na matriz curricular do curso;

 Efetuar estudo sobre a necessidade de docentes para suprir vagas,
apresentando-o à Direção de Campus para providências;

 Efetuar o estudo sobre a necessidade de aquisição de livros, equipamentos e
materiais de consumo específicos necessários para as atividades do curso que
coordena;

 Encaminhar os processos administrativos necessários para a aquisição dos
referidos livros e equipamentos;

A coordenação do Curso de Licenciatura em Matemática é renovada a cada dois


anos por eleição entre seus pares. O atual coordenador do curso é Professor

11
Weverton Magno Ferreira de Castro, formado em Licenciatura em
Matemática pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2004), e
Mestrado em Matemática pela Universidade Federal Fluminense (2013).
Desde junho de 2014 é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio de Janeiro. É professor atuante na graduação e nos
Cursos Técnicos Integrados (Mecânica e Eletrotécnica) do campus.

2.2.2. NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE

A partir da regulamentação do NDE pela Resolução CONAES Nº 01, de 17


de junho de 2010, Parecer CONAES Nº 04/2010 e Ofício Circular
MEC/INE/DAES/CONAES Nº 074, de 31 de agosto de 2010, houve a
oficialização do núcleo docente, conforme a composição, regime de trabalho
e titulação exigidos, mesmo considerando que as atribuições conferidas a
este núcleo especializado já vinham sendo contempladas no âmbito do
curso.

As atribuições do Núcleo Docente Estruturante – NDE são:


I. contribuir para a consolidação do perfil profissional do egresso do curso;
II. zelar pela integração curricular interdisciplinar entre as diferentes
atividades de ensino constantes no currículo;
III. indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa
e extensão, oriundas de necessidades da graduação, de exigências
do mercado de trabalho e afinadas com as políticas púb licas
relativas à área de conhecimento do curso;
IV. zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para os
Cursos de Graduação.

O NDE do Curso de Licenciatura em Matemática, campus Paracambi, foi


criado pela Portaria Nº 76, de 31 de maio de 2011 do Gabinete da Reitoria.
Porém, ocorreram algumas substituições, sendo atualmente composto pelos
docentes constantes na Tabela 1.

12
Tabela 1 – Composição Núcleo Docente Estruturante do Curso de Licenciatura
em Matemática Paracambi

Experiência Regime de
Docente Graduação Titulação
Profissional Trabalho
Weverton
Licenciatura em Mestre em
Magno Ferreira 14 anos 40h/DE
Matemática Matemática
de Castro
Cassia Isac
Licenciatura em Doutora em
Gonçalves da 13 anos 40h/DE
Matemática Computação
Silva
Thiago Franco Mestre em
Licenciatura em
Leal Ciências 13 anos 40h/DE
Matemática
Computacionais
Luizana Rocha Bacharelado /
Mestre em
Migueis F. Licenciatura em 14 anos 40h/DE
Educação
Silva Pedagogia
Pedro Paulo da Graduado em
Cunha Tecnologias em Doutor em
22 anos 40h/DE
Machado Sistemas da Agronomia
Computação
Rodrigo do Mestre em
Nascimento Engenharia Mecânica Engenharia 11 anos 40h/DE
Faria Mecânica

2.2.3. CORPO DOCENTE

A equipe docente do Curso de Licenciatura em Matemática é altamente


qualificada. Todos os professores são pós-graduados, cada qual na sua área
específica do conhecimento. Em termos de titulação, os docentes estão
assim distribuídos: Doutorado, 45,8%; Mestrado, 54,2%. Deste grupo, 25%
são doutorandos.

Tabela 2 – Corpo Docente do Curso de Licenciatura em Matemática Paracambi

DOCENTE VÍNCULO/REGIME TITULAÇÃO


Estatutário
David Braga Pires da Silva Mestre
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Cassia Isac Gonçalves da Silva Doutora
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Luiz Henrique de Almeida Pinto Couto Mestre
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Fabio Ferreira de Araújo Mestre
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Wesley dos Santos Machado Mestre
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Weverton Magno Ferreira Castro Mestre
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Poncio Mineiro da Silva Mestre
40 h

13
Estatutário
Deumara Galdino de Oliveira Doutora
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Thiago Franco Leal Mestre
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Rafael Filipe Novoa Vaz Mestre
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Rafael de Sousa Dutra Doutor
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Elicardo Alves de Souza Gonçalves Doutor
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Luizana Rocha Migueis F. Silva Doutora
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Pedro Paulo da Cunha Machado Doutor
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Elanio Aguiar de Medeiros Doutor
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Rodrigo do Nascimento Faria Mestre
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Paulo Victor de Souza Rocha Doutor
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Fabio Carlos de Mattos da Fonseca Mestre
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Gláucio Delaia Gomes Doutor
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Julieta Ferreira Romeiro Doutora
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Pedro Fornaciari Grabois Mestre
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Roberto Gonçalves Ramalho Doutor
Dedicação Exclusiva
Estatutário
Victor Rodrigues de Azevedo Mestre
40 h
Estatutário
Erasto Piedade Alonso Mestre
Dedicação Exclusiva

3. JUSTIFICATIVA DE IMPLANTAÇÃO

3.1. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO


Com o Decreto-Lei nº. 4.127 de fevereiro de 1942 houve a criação da Escola
Técnica de Química, cujo funcionamento só se efetivou em 6 de dezembro de
1945, com a instituição do curso Técnico de Química Industrial (CTQI) pelo
Decreto-Lei nº. 8.300. De 1945 a 1946 o CTQI funcionou nas dependências da
Escola Nacional de Química da Universidade do Brasil, que hoje é denominada
de Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1946 houve a transferência
dessa Escola para as dependências da Escola Técnica Nacional (ETN), onde

14
funcionava o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da
Fonseca (CEFET-RJ).
Em 16 de fevereiro de 1956, foi promulgada a Lei nº. 3.552, segunda Lei
Orgânica do Ensino Industrial, o CTQI adquiriu, então, condição de autarquia e
passou a se chamar Escola Técnica de Química (ETQ), posteriormente, Escola
Técnica Federal de Química (ETFQ). Quando, em 1985, ETFQ saiu do
CEFET-RJ, passou a se chamar Escola Técnica Federal de Química do Rio de
Janeiro (ETFQ-RJ). Cabe ressaltar que durante quatro décadas a Instituição
permaneceu funcionando nas dependências da ETN/ETF/CEFET-RJ,
utilizando-se de três salas de aula e um laboratório. Apesar da Instituição
possuir instalações inadequadas, o seu quadro de servidores de alta qualidade
e comprometido com os desafios de um ensino de excelência conseguiu
formar, em seu Curso Técnico de Química, profissionais que conquistaram
cada vez mais espaço no mercado de trabalho.

Em 1981, a ETFQ, confirmando sua vocação de vanguarda e de


acompanhamento permanente do processo de desenvolvimento industrial e
tecnológico da nação, lançou-se na atualização e expansão de seus cursos,
criando o Curso Técnico de Alimentos. O ano de 1985 foi marcado pela conquista
da sede própria, na Rua Senador Furtado 121/125, no Maracanã. Em 1988, foi
criado o curso Técnico em Biotecnologia, visando ao oferecimento de técnicos
qualificados para o novo e crescente mercado nessa área.

Na década de 1990, a ETFQ-RJ foi novamente ampliada com a criação da


Unidade de Ensino Descentralizada de Nilópolis (UNED), passando a oferecer os
cursos Técnicos de Química e o de Saneamento. Quando da criação do Sistema
Nacional de Educação Tecnológica (Lei 8.948, de 8 de dezembro de 1994),
previa-se que todas as escolas técnicas federais seriam alçadas à categoria de
CEFET.

A referida lei dispôs a transformação em CEFET das 19 escolas técnicas federais


existentes e, ainda, após a avaliação de desempenho a ser desenvolvido e
coordenado pelo MEC, das demais 37 escolas agrotécnicas federais distribuídas
por todo o País. A ETFQ-RJ teve as suas finalidades ampliadas em 1999, com a
transformação em Centro Federal de Educação Tecnológica de Química de
Nilópolis - RJ, mudando sua sede para o município de Nilópolis.
Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n° 9394 de
1996 (Brasil, 1996), e as edições do Decreto nº 220 8 de 1997 (Brasil, 1997) e da
Portaria MEC 646/97, as Instituições Federais de Educação Tecnológica, ficaram

15
autorizadas a manter ensino médio desde que suas matrículas fossem
independentes da Educação Profissional. Era o fim do Ensino Integrado. A partir de
2001, foram criados os curso Técnicos de Meio Ambiente e de Laboratório de
Farmácia na Unidade Maracanã, e o curso Técnico de Metrologia na Unidade
Nilópolis. Além disso, houve a criação dos cursos superiores de Tecnologia e os
cursos de Licenciatura.

Em 2002, é criado na Unidade de Nilópolis o Centro de Ciência e Cultura do CEFET


Química/RJ, um espaço destinado à formação e treinamento de professores,
divulgação e popularização da ciência e suas interações com as mais diversas
atividades humanas. Em 2003, o CEFET de Química de Nilópolis/RJ passa a
oferecer à sua comunidade mais 3 cursos de nível superior: Licenciatura em Química,
Licenciatura em Física e Curso de Tecnologia em Química de Produtos Naturais,
todos na Unidade Nilópolis. Em 2004 o CEFET de Química de Nilópolis/RJ apresenta
a seguinte configuração para o Ensino Superior: CTS em Produção Cultural (UNil),
CTS em Processos Industriais (URJ), CTS em Produtos Naturais (UNil), Licenciatura
em Química (UNil), Licenciatura em Física (UNil).

Em outubro de 2004, a publicação dos Decretos nº 5. 225 e nº 5.224 organizou os


CEFETs, definindo-os como Instituições Federais de Ensino Superior, autorizando-os
a oferecer cursos superiores de tecnologia (CST) e licenciaturas e estimulando-os a
participar mais ativamente no cenário da pesquisa e da pós-graduação do país.
Vários projetos de pesquisa, que antes aconteciam n a informalidade, passaram a ser
consagrados pela Instituição, o que propiciou a formação de alguns grupos de
pesquisa, o cadastramento no CNPq e a busca de financiamentos em órgãos de
fomento.

Neste mesmo ano, se deu o início do primeiro curso de pós-graduação Lato Sensu
da Instituição, na Unidade Maracanã, chamado de Especialização em Segurança
Alimentar e Qualidade Nutricional. Ainda nesse ano, houve a aprovação de um
projeto Finep que possibilitou a criação e implantação do curso de Especialização em
Ensino de Ciências em agosto de 2005.

Com a publicação do Decreto nº. 5773 de 9 de maio de 2006, que organizou as


instituições de educação superior e cursos superiores de graduação no sistema
federal de ensino, houve a consagração dos CEFETs como Instituições Federais de
Ensino Superior, com oferta de Educação Profissional em todos os níveis.

16
Em 2005, o CEFET de Química de Nilópolis/RJ voltou a oferecer o Ensino Médio
integrado ao Técnico, respaldado pelo Decreto nº. 5.154 de 2004 (BRASIL, 2004).
Neste mesmo ano, com o Decreto 5.478, de 24 de junho de 2005, o Ministério da
Educação criou o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino
Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) que induziu a
criação de cursos profissionalizantes de nível técnico para qualificar e elevar a
escolaridade de jovens e adultos. Em 2006, com a publicação do Decreto 5.840, de
13 de julho, a instituição criou o Curso Técnico em Instalação Manutenção de
Computadores na modalidade de EJA que teve início em agosto do mesmo ano, e
tem, atualmente, duração de 03 (três) anos.

No segundo semestre de 2005, houve a criação do Núcleo Avançado de Arraial do


Cabo com o curso Técnico de Logística Ambiental, com oferta de curso concomitante
ou subsequente. Trata-se de um projeto apoiado pela prefeitura de Arraial do Cabo, e
estão previstos cursos de educação profissional n as áreas de Meio Ambiente,
Turismo e Pesca. Em 2006, houve a criação do Núcleo Avançado de Duque de
Caxias, (transformado em Unidade de Ensino pelo plano de Expansão II) na região
de um dos maiores pólos petroquímicos do país, com o curso Técnico de Operação
de Processos Industriais em Polímeros. Estão previstos cursos de Educação
Profissional voltados para as áreas de Petróleo e Gás e Tecnologia de Polímeros.
Em 2007, houve a implantação da Unidade Paracambi com os cursos Técnicos de
Eletrotécnica e de Gases e Combustíveis, oferecidos de forma integrada ao Ensino
Médio.

No 2º semestre de 2008, houve a implantação das Unidades Volta Redonda e São


Gonçalo, que também fazem parte do plano nacional de expansão da Rede Federal
de Educação Profissional e Tecnológica. A Unidade de Ensino São Gonçalo situada
no município do mesmo nome, voltada para áreas de Logística de Portos e
Estaleiros, Metalurgia, Meio Ambiente, e tem hoje o curso Técnico em Segurança do
Trabalho. No caso da Unidade de Ensino Volta Redonda, os cursos de Educação
Profissional são voltados para as áreas de Metalurgia, Siderurgia, Metal-mecânica,
Automação e Formação de Professores das áreas de Ciências, com os cursos
Técnicos em Metrologia e Automação Industrial e com os cursos de Licenciatura em
Matemática e Física.

Em 29 de dezembro de 2008, o CEFET Química foi transformado em Instituto


Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro conforme a Lei nº.
11.892. Esta transformação permitiu que todas as Unidades passassem a Campi,
conforme a Portaria nº. 04, de 6 de janeiro de 2009, bem como incorporou o antigo

17
Colégio Agrícola Nilo Peçanha, que pertencia a Universidade Federal Fluminense,
que passou a ser o Campus Nilo Peçanha – Pinheiral.

Ainda em 2009, foi inaugurado o Campus Realengo, que faz parte do Plano Nacional
de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, iniciada no
Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Situado na zona oeste do município
do Rio de Janeiro, onde se concentram os menores IDH’s do município, o Campus
Realengo está voltado, prioritariamente, para área da Saúde.

Já em 2010 foi criado o Campus Avançado Paulo de Frontin e o Campus Avançado


Mesquita, dando continuidade ao plano de expansão da rede federal.

As mudanças políticas e econômicas do país refletiram-se nas transformações


ocorridas no CEFET de Química de Nilópolis/RJ, especialmente nos últimos 12 anos,
após a promulgação da LDB. É importante ressaltar que a instituição mantém
diversos convênios com empresas e órgãos públicos p ara realização de estágios
supervisionados, consultorias e vem desenvolvendo uma série de mecanismos para
integrar a pesquisa e a extensão aos diversos níveis de ensino oferecidos pela
Instituição e pelos Sistemas municipais e estaduais em suas áreas de atuação,
colocando-se como um agente disseminador da cultura e das ciências em nosso
Estado. No que se refere aos Cursos de Licenciatura, destacam-se os Programas
PIBID e PRODOCÊNCIA, implementados nos municípios d e Nilópolis, Volta
Redonda e Duque de Caxias.

Os Cursos que atualmente são oferecidos pelo Instituto Federal de Educação,


Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro são:

Nível técnico:

a) Integrados ao Ensino Médio: Agroindústria; Alimentos; Automação Industrial;


Biotecnologia; Controle Ambiental; Eletrotécnica; Farmácia; Informática;
Manutenção e Suporte em Informática; Mecânica; Meio Ambiente;
Petróleo e Gás; Polímeros e Química.
b) Concomitante/Subsequente ao Ensino Médio: Agropecuária; Informática;
Informática para Internet; Meio Ambiente; Metrologia; Petróleo e
Gás; Polímeros; Química; Secretariado e Segurança do Trabalho.

18
c) Educação a Distância: Agente Comunitário de Saúd e; Lazer e Serviços
Públicos.

Graduação:

a) Bacharelados: Ciências Biológicas, Farmácia; Fisioterapia; Terapia


Ocupacional.
b) Licenciaturas: Matemática; Física; e, em Química.
c) Curso Superior de Tecnologia: Gestão Ambiental; Gestão de Produção
Industrial; em Processos Químicos.

Pós-Graduação Stricto Sensu e Lato Sensu:

a) Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu: Mestrado Profissional em Ensino de


Ciências, Mestrado Acadêmico em Ensino de Ciências, Mestrado Profissional
em Ciência e Tecnologia de Alimentos e o Programa Multicêntrico de Pós-
Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular.
b) Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu: Especialização em Segurança
Alimentar e Qualidade Nutricional; Especialização em Ensino de Ciências com
Ênfase em Biologia e Química; Especialização em Produção Cultural com
Ênfase em Literatura Infanto-Juvenil; Especialização em Gestão Ambiental;
Especialização em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-brasileiras;
e, Especialização em Ensino de Ciências e Matemática.

3.2. HISTÓRICO DO CAMPUS


O Campus Paracambi funciona no prédio da antiga "Fábrica Brasil Industrial", uma
das primeiras do Brasil, cujos prédios têm arquitetura de inspiração inglesa do século
XIX, formando um complexo educacional juntamente com outras instituições de
ensino.

O Município de Paracambi tem cerca de 186,8 km² (CIDE, 2005), possui população
estimada em 47.124 pessoas (Censo 2010) e pertence à Baixada Fluminense,
mesorregião incluída na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ). Paracambi
está localizado na extrema periferia noroeste da RM RJ e faz divisa com Seropédica
e Japeri (municípios metropolitanos) e com municípios de outras regiões do Estado
do Rio de Janeiro: Itaguaí (Região da Costa Verde), Miguel Pereira, Engenheiro
Paulo de Frontin e Mendes (Região Centro-Sul Fluminense) e Piraí (Região do Médio
Paraíba).

19
O Campus Paracambi iniciou suas atividades no primeiro semestre de 2007 como
Unidade de Ensino Descentralizada do Centro Federal de Educação Tecnológica de
Química de Nilópolis e em 2008 foi transformado em Campus Paracambi do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, segundo a Lei 11.892
de 29 de dezembro de 2008.

As atividades foram iniciadas com dois cursos técnicos, os cursos Integrados em


Eletrotécnica e Integrado em Sistemas a Gases e Combustíveis. O Campus passou
por modificações, apresentando hoje os Cursos Integrados em Eletrotécnica e em
Mecânica. Em agosto de 2011, iniciou-se o curso de graduação de Licenciatura em
Matemática.

Em 2012, o Campus completou cinco anos de efetivo funcionamento e ocorreu seu


primeiro processo eleitoral para a Direção Geral. A nova gestão teve início em 25 de
maio do mesmo ano. Com esta mudança, houve o início de um processo de
planejamento da gestão para o ano de 2012. Um dos objetivos principais foi o
atendimento às demandas institucionais, pautado nos programas inseridos no PPI,
metas estabelecidas pelo PDI e Acordo de Metas, inserindo uma discussão para a
construção participativa, como ação de melhoria da qualidade de gestão. Para
reestruturação do Campus foram realizadas ações de reorganização da força de
trabalho, condução e finalização de programas e projetos em andamento entre
outras ações para melhor atender às necessidades da comunidade do Campus
Paracambi e de seu entorno.

3.3. CONTEXTO EDUCACIONAL

O MEC tem noticiado sua preocupação em relação ao baixo número de professores


nas áreas de ciências e matemática, apontando para um déficit de aproximadamente
170 mil professores no funcionalismo público (Todos pela Educação, 2013). Apesar
da democratização do acesso ao Ensino Superior em instituições públicas e privadas
nos últimos anos, através de diversos programas oferecidos pelo governo, o quadro
educacional brasileiro ainda tem revelado um panorama bastante preocupante. Em
especial, no que se refere ao ensino de ciências, observa-se que a demanda de
profissionais dessa área de ensino é muito maior que a oferta e concluintes na área.

20
Os dados da tabela 3 revelam, de maneira geral, o quão baixa é a oferta de cursos
de licenciatura no nosso país. Em particular, em relação ao quantitativo de
Matemática é possível observar que embora esteja entre as mais ofertadas, ainda
assim representa um número insuficiente sendo o Brasil de tamanha extensão
territorial.

Tabela 3 - Número de cursos de licenciatura presenc iais oferecidos no Brasil em 2012


Formação de professor Número de cursos presenciais oferecidos no Brasil
Matemática 621
Língua Portuguesa 544
Geografia 352
História 501
Educação Física 648
Biologia 653
Química 343
Física 261
Fonte: Ministério da Educação, Sinopses Estatísticas da Educação Superior – Graduação
(Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Brasília, 2012)

Comparando-se a tabela anterior com a tabela 4, podemos constatar que embora o


quantitativo de oferta em Matemática esteja entre o s maiores quantitativos de oferta
de cursos de licenciatura, o total de concluintes é muito baixo se comparado aos
cursos com número de oferta semelhante. A relação entre número de concluintes e
número de oferta, em Matemática, mostra que se considerarmos uma turma inicial de
40 alunos em média 29 % de alunos concluem o curso. Diante destes dados, fica
apontado que além da oferta ser reduzida, provavelmente o modelo de licenciatura
ofertada encontra-se inadequado no cumprimento das orientações da legislação da
educação atual em relação aos cursos de licenciatura.

Tabela 4 - Número de concluintes em cursos de graduação presenciais no Brasil em 2012


Formação de Número de concluintes em cursos de graduação
professor presenciais no Brasil em 2012
Matemática 7.183
Língua Portuguesa 6.021
Geografia 5.983
História 8.574
Educação Física 21.611
Biologia 12.011
Química 3.211
Física 1.512
Fonte: Ministério da Educação, Sinopses Estatísticas da Educação Superior – Graduação
(Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Brasília, 2012).

Quando a mesma análise é feita em relação ao município de Paracambi, e aos


municípios vizinhos, a questão é ainda mais agravante, pois a maior parte das
universidades está localizada nas capitais. O município de Paracambi está situado

21
na região Metropolitana e dentre os municípios que fazem parte dessa região
podemos destacar o Rio de Janeiro, que concentra grande parte dos cursos
presenciais oferecidos e dista cerca de 90 km de Paracambi. Vale ressaltar ainda
que, existe no próprio complexo de ensino em que está localizado o campus, o
CEDERJ (Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro), na
modalidade a distância, e a UFRRJ (Universidade Fed eral Rural do Rio de Janeiro)
localizada no município de Seropédica, a 24,2 km de distância, em horário integral.

Além disso, considerando os alunos tanto do Ensino Médio como no Ensino Superior,
matriculados no Campus Paracambi do IFRJ, observamos que a maioria deles é do
próprio município de Paracambi ou entorno como Mendes, Engenheiro Paulo de
Frontin, Vassouras, Seropédica, Japeri, Nova Iguaçu, Queimados, Miguel Pereira, ou
seja, os municípios atendidos pelo campus Paracambi contemplam municípios de
outras regiões. Paracambi tem limites municipais com Piraí, Mendes, Miguel Pereira,
Japeri, Seropédica e Itaguaí. Além disso, é servido pela RJ – 127, que acessa a
rodovia Rio-São Paulo na fronteira com Itaguaí e Seropédica, ao sul, e Engenheiro
Paulo de Frontin, ao norte. Outra estrada liga a Japeri, a leste, conectando-se com a
RJ-125 em direção a Miguel Pereira. O município também é servido por ramal
ferroviário, o que faz com que se ja de fácil acesso também para os munícipios de
Queimados e Nova Iguaçu.

Desta maneira, ter um curso de licenciatura em Matemática no município de


Paracambi contribui para ampliação da oferta de cursos que buscam formar
profissionais aptos para atuar na educação, em particular, aqui destacado na
disciplina de matemática.

3.4. JUSTIFICATIVA DE OFERTA

A carência de docentes para lecionar Matemática, Física, Química e Biologia, no


Ensino Médio, impôs ao Ministério da Educação a necessidade de buscar
alternativas, com o objetivo de minimizar os prejuízos causados pela ausência dos
mesmos na formação dos alunos das redes municipais e estaduais de ensino. O
Ministério da Educação, em apoio aos Estados quanto ao enfrentamento da carência
de professores nas escolas do Ensino Médio, propôs algumas ações que têm o
intuito de atender às diferentes necessidades regionais. Entre essas, está a oferta

22
pelos Institutos Federais de cursos de Licenciatura nas áreas de maior demanda de
professores.

A implementação do plano emergencial está fundamentada nos documentos que


normatizam o sistema educacional, entre os quais se destacam: a Constituição
Federal de 1988 (Cap. III), a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), nº 9394/96, a Lei
10172/01-Plano Nacional de Educação (Cap. IV) e a Resolução nº 03/97 da
CEB/CNE. De acordo com a Constituição Federal, um terço das vagas nas
Universidades Públicas deve ser oferecido para o período noturno, com o intuito de
atender aos alunos de baixa renda que precisam trabalhar.

A Matemática é uma ciência básica, importante para o embasamento de vastas áreas


do conhecimento humano. Tal fato reflete-se n a composição curricular de todas as
escolas públicas e privadas do Ensino Fundamental e Médio no país, destacando-se
uma ampla carga horária em todas as suas séries.

A tabela 5 mostra a relação entre o número de matrículas e o número de docentes


do município de Paracambi e municípios vizinhos.

Tabela 5 - Número de matrículas no ensino médio, nú mero de docentes e a relação


matrícula/docente para os municípios atendidos pelo campus Paracambi em 2012
Municípios Número de Número de Relação matrícula/Docente
matrículas docentes
Paracambi 2.132 235 9,1
Mendes 456 52 8,8
Engenheiro Paulo de Frontin 768 59 13,0
Vassouras 1.281 159 8,1
Seropédica 3.878 381 10,2
Japeri 3.406 267 12,8
Nova Iguaçu 32.173 2536 12,7
Queimados 7.041 446 15,8
Miguel Pereira 917 135 6,8
Fonte: Ministério da Educação, Sinopses Estatísticas da Educação Básica
(Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Brasília, 2012).

Com a proposta de contribuir para uma cobertura mais ampla na oferta de docentes
de matemática, percebe-se que a existência de um curso de Licenciatura em
Matemática no município de Paracambi é de suma relevância tanto para o município
quanto para seus arredores.

23
A estrutura curricular proposta para o curso de Licenciatura em Matemática encontra-
se nos mesmos moldes dos cursos de Licenciatura em Matemática já implantados e
reconhecidos nos campi Nilópolis e Volta Redonda. Os cursos foram planejados de
modo a proporcionar uma sólida formação pedagógica e científica, e a ter, nas
oportunidades de reflexão sobre a prática docente, um diferencial para a qualidade
de formação profissional pretendida. Outro diferencial está no Laboratório de Ensino
de Matemática, no qual planeja-se trabalhar as disciplinas aplicadas: Matemática em
Sala de Aula I, II, III, IV e outras.

3.5. HISTÓRICO DE IMPLEMENTAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO


DO CURSO

Com a implementação da Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008 que instituiu a


Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, e criou os Institutos
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia houve a possibilidade e real interesse
do Ministério da Educação na oferta de cursos de licenciatura pelos Institutos
Federais. Com esta mudança de perfil institucional nasce a possibilidade de oferta do
curso de Licenciatura em Matemática no Campus Paracambi. Durante o final de
2008, todo o ano de 2009 e o primeiro semestre de 2010, a elaboração de uma
proposta pedagógica foi desenvolvida junto à equipe de matemática sob a orientação
da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação.

Após a elaboração da proposta pedagógica, o curso de Licenciatura em Matemática


do campus Paracambi foi aprovado pelo Conselho de Ensino de Graduação – CAEG
em 30/08/2010 e teve sua autorização para funcionar publicada na portaria de Nº 35,
de 03 de novembro de 2010. Sua primeira turma iniciou-se no segundo semestre de
2011. Essa turma tomou como sua matriz curricular a matriz então implementada no
campus Nilópolis, aprovada pelo então Conselho de Ensino em 29 de novembro de
2006 (atual CAEG) e pelo Conselho Diretor em sua resolução CD n.16/2006 (atual
Conselho Superior – CS).

A primeira turma ingressou no curso através do Sistema de Seleção Unificada


(SiSU), que é um sistema informatizado e gerenciado pelo Ministério da Educação
(MEC), a partir do qual instituições públicas de Ensino Superior oferecem vagas para
candidatos participantes do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM).

24
Considerando que a formação dos alunos não se limita ao currículo do curso, durante
os anos letivos buscamos oportunizar a participação em eventos acadêmicos
enriquecendo os seus saberes, ainda em construção. Um exemplo disso foi a
participação de dois grandes ícones da Educação Matemática no Brasil: Profª Maria
Laura Mouzinho Leite Lopes e a Profª Lúcia Tinoco, ambas da UFRJ, na aula inaugural
da primeira turma. A Profª Maria Laura foi a primeira Doutora em Matemática no Brasil.
Sensível às questões da formação do professor, foi - até seu recente falecimento, com
94 anos - comprometida em tornar o ensino da Matemática mais eficiente. A Profª
Lúcia Tinoco atua ainda hoje na UFRJ como uma das responsáveis pelo Projeto
Fundão que completou, em 2013, 30 anos. O Projeto Fundão é reconhecidamente um
espaço para a discussão e desenvolvimento na área de Ensino de Ciências.

Dando continuidade às ações extracurriculares que enriquecem de forma significativa


os conhecimentos dos alunos, em 2013 ocorreu, na UNICAMP, o IV SHIAM
(Seminário de Histórias e Investigações em Aulas de Matemática), com o qual houve
um envolvimento grande dos alunos, principalmente no que se refere à participação
em oficinas. Neste seminário, foi apresentada uma comunicação oral, a saber, um
relato de experiência ocorrido no curso. Em novembro de 2013, ocorreu pela primeira
vez a apresentação de trabalhos por nossos alunos, na III Semana de Matemática do
IFES, Campus Vitória, onde mais de uma dezena de alunos apresentaram oficinas e
pôsteres, orientados por sete professores do curso.

Um outro encaminhamento que faz parte do desenvolvimento do curso está baseado


na alteração da matriz curricular do curso a partir de um trabalho intenso da equipe de
professores que integram todos os cursos de licenciaturas do IFRJ e a Pró-Reitoria de
Ensino de Graduação-PROGRAD. A metodologia de trabalho foi aplicada por meio de
encontros entre os atores envolvidos com os cursos de licenciatura, ora de uma
mesma área, ora de diferentes áreas do conhecimento. A finalidade inicial foi
identificar um Eixo Comum das Licenciaturas (ECL) e um Eixo Específico do Curso
(EEC), para cada uma das áreas ofertadas pelo IFRJ.

A este trabalho foi dado o nome de “Proposta de Flexibilização Curricular”, o qual


contribuiu para o fortalecimento da identidade comum entre os Projetos Pedagógicos
dos Cursos de mesma área e denominação ofertados pelo IFRJ, ao mesmo tempo em
que abriu a possibilidade de diferenciação dos currículos. Os detalhes do trabalho
desenvolvido e das alterações podem ser encontradas no documento intitulado
“Diretrizes para flexibilização de estrutura curricular de curso de licenciatura”, em
anexo.

25
O documento elaborado e toda discussão de flexibilização curricular também teve
como preocupação o índice de retenção e de evasão d os alunos. Por fim, buscamos
que o futuro professor, formado pelo curso de licenciatura em Matemática do IFRJ-
Paracambi, atue construindo com seus alunos, os conhecimentos necessários ao
enfrentamento dos desafios da contemporaneidade.

4. PRÍNCIPIOS NORTEADORES DO CURRÍCULO

O Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Matemática, Campus Paracambi,


no que diz respeito aos princípios norteadores do currículo, tem como finalidade
possibilitar um conjunto de atividades curriculares voltadas ao crescimento profissional
da área de ensino da matemática, bem como atender à legislação em vigor: as
Diretrizes Curriculares Nacionais; o Projeto Pedagógico Institucional; a Lei de
Diretrizes e Bases (LDB/96); os Parâmetros Nacionais – PCN’s e demais documentos
que norteiam a função de educador.

Dentro dos princípios legais, vale destacar a formação de professores qualificados


para a Educação Básica (LDB/9394-96), a redução das dificuldades detectadas pela
existência de um modelo tradicional de formação, acarretando num quantitativo
pequeno de profissionais aptos para o magistério, segundo o parecer CNE/CP
nº9/2001, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais. A partir deste princípio,
objetiva-se trilhar novos caminhos que se distanciem do modelo tradicional, conhecido
como “3+1”, modelo este pautado pela formação na qual disciplinas pedagógicas ficam
restringidas ao final do curso, prejudicando o aprofundamento teórico com a prática
pedagógica. Atualmente, tem sido promovido por políticas públicas nacionais um novo
formato de formação onde o futuro docente tem a possibilidade de ter, desde o início
do curso, contato com disciplinas pedagógicas, possibilitando uma contribuição mútua
e natural entre as disciplinas específicas e pedagógicas.

Com o objetivo de acompanhar o processo de implantação do Currículo, as reuniões


com o NDE e Colegiado de Curso ocorrem com maior periodicidade. As discussões
travadas têm como foco a integração das atividades desenvolvidas nos componentes
curriculares e o acompanhamento dos indicadores acadêmicos, em busca do alcance
do perfil de formação desejado e do sucesso estudantil. Dentro desse propósito, faz-se
necessário que sejam consideradas questões em que estão envolvidas a própria área

26
do conhecimento do curso, e também os aspectos políticos, econômicos, sociais e
culturais.

Tais questões são enfatizadas por Brandalise e Trobia (2011), ao levantar a reflexão
de que o conhecimento matemático no curso de Licenciatura deve estar ligado ao
tratamento cultural, histórico e pedagógico, sendo considerados os enfoques didáticos
aos diversos níveis de escolaridade, tanto sob a ótica teórica ou prática.

Dentro dessa vertente, é importante pensar em mudanças dentro do contexto


educacional, alcançar novas metodologias voltadas à prática de ensino, na tentativa de
que o ensino da matemática desmitifique suas dificuldades de aprendizado, tornando-
se um instrumento de compreensão do cotidiano, e principalmente formando cidadãos
conscientes e criativos.

Neste sentido vale ressaltar, a afirmativa de Paulo Freire (1998), perante a


importância de saber ensinar:

"Não temo dizer que inexiste validade no ensino em que não resulta um
aprendizado em que o aprendiz não se tornou capaz d e recriar ou de refazer
o ensinado. (...) nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos
vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do
saber ensinado (...)" Percebe-se, assim, que faz parte da tarefa do docente
não apenas ensinar conteúdos, mas também ensinar a pensar certo. (Freire,
1998, 26-29)

Complementando os princípios que norteiam o currículo do curso, é importante


ressaltar nossa consciência no cumprimento da legislação brasileira quanto às
temáticas a seguir, que estarão presentes no curso de forma transversal e contínua
através de palestras, seminários, exposições, etc.:

 Política de Educação Ambiental;



 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena (lei nº 10.639/03).

Finalmente, os princípios que norteiam a estrutura curricular contidos no Projeto


Pedagógico do Curso primam por ações inovadoras e procuram romper alguns
obstáculos da educação, alinhando-se às atuais diretrizes estabelecidas
nacionalmente.

27
5. OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS DO CURSO

5.1. OBJETIVO GERAL

Formar professores com ampla visão do conhecimento matemático e pedagógico


para atuarem no Ensino Fundamental (6º ao 9º anos) e Médio. Formar profissionais
capazes de contribuir para um ensino de matemática crítico e reflexivo, bem como
promover o conhecimento científico e sua disseminação.

5.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

A implantação do Curso de Licenciatura em Matemática no IFRJ/Paracambi tem por


objetivos:

 Possibilitar na região a oferta de um Curso de Licenciatura em Matemática


com padrões de qualidade dos cursos oferecidos por nosso instituto.

 Formar professores com amplo domínio dos conhecimentos específicos em
torno dos quais deverá agir, através da utilização dos recursos científicos,
tecnológicos e das ferramentas pedagógicas necessárias para sua atuação
como docente.

 Superar o distanciamento existente entre as instituições formadoras e os
sistemas de ensino da Educação Básica.

 Estimular a prática reflexiva, interdisciplinar e a ação pedagógica
contextualizada.

 Incentivar a uma organização institucional que oportunize espaços de reflexão
e de criação coletivas, proporcionando a formação continuada dos docentes.

 Contribuir na melhoria da Educação Básica, pelo desenvolvimento de
competências próprias à prática docente atual.

 Criar condições para formar professores capacitados em desenvolver
pesquisas voltadas à descoberta de novas metodologias no ensino de
Matemática.

 Incentivar a participação nos projetos de extensão ofertados pelo campus.

 Contribuir com o desenvolvimento social e econômico da Baixada Fluminense.

28
6. PERFIL DO PROFISSIONAL EGRESSO

O Egresso deverá ser um professor com sólido embasamento teórico e, ao mesmo


tempo, capaz de transformar esse conhecimento em uma prática consciente e
autorreflexiva, de maneira que sua formação conduza a uma visão clara de seu papel
social de educador, apto a se inserir em diversas realidades com sensibilidade para
interpretar as ações dos educandos.

No que se refere às competências e habilidades próprias do educador matemático, o


licenciado em Matemática deverá ter as capacidades de:

1. Perceber a prática docente de Matemática como um processo dinâmico,


carregado de incertezas e conflitos, um espaço de criação e reflexão, onde
novos conhecimentos são gerados e modificados continuamente;
2. Elaborar propostas de ensino-aprendizagem de Matemática para a Educação
Básica;
3. Analisar, selecionar e produzir materiais didáticos;
4. Analisar criticamente propostas curriculares de Matemática para a Educação
Básica;
5. Desenvolver estratégias de ensino que favoreçam a criatividade, a autonomia e
a flexibilidade do pensamento matemático dos educandos, buscando trabalhar
com mais ênfase nos conceitos do que nas técnicas, fórmulas e algoritmos;
6. Contribuir para a realização de projetos coletivos dentro da escola básica.

7. ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA CURRICULAR


O modelo tradicional das Licenciaturas nas Universidades do País seguia o padrão
conhecido como “3+1”, três anos de bacharelado mais um ano, em geral, o último, de
disciplinas de cunho estritamente pedagógico. O que se constatou, a partir destas
experiências, é que a prática docente acaba por se distanciar da formação científica,
gerando dificuldades na interação entre esses dois campos do conhecimento pelo
professor. O modelo de formação pretendido pelo IFRJ baseia-se no princípio de que
a formação do professor deve se dar com a articulação entre os conhecimentos
pedagógicos e os científicos desde o início do curso, de modo a, efetivamente, formar
professores de Matemática.

29
7.1. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

Por esta proposta, a prática pedagógica não deverá se constituir num componente à
parte, mas em espaço didático-pedagógico de responsabilidade de todos os docentes.
O que se pretende é que o licenciando não somente venha a aprender, por exemplo,
Geometria Espacial, mas que, de forma paralela ao conhecimento científico, vivencie
práticas para o ensino da Geometria Espacial, a partir de novas metodologias,
estratégias e materiais de apoio. Assim, a cada experiência de magistério, vivida
desde o início do curso, o licenciando construirá a sua práxis, num processo sinérgico
e dialético do espaço escolar, com colegas e professores. Orientado por este princípio,
o Currículo construído tem a prática pedagógica presente desde os módulos iniciais,
concretizada nas vivências como alunos e no envolvimento com esta e com outras
escolas de Educação Básica.

A proposta curricular também deu atenção à construção do conhecimento


interdisciplinar, tanto no que diz respeito à ampliação e ao aprofundamento dos
conhecimentos na área de formação, quanto no que diz respeito às relações com
outros campos do saber, de modo a possibilitar que sejam assimiladas as
contribuições de outras áreas, que serão agregadas à prática profissional futura. Na
Matriz Curricular apresentada, podem ser observados os espaços destinados à
apreensão de conhecimentos em áreas afins da formação e aqueles que possibilitam
escolhas de acordo com o interesse do estudante, que poderão ser buscados,
inclusive, nas Matrizes Curriculares dos outros cursos superiores ofertados no IFRJ.

Na proposta apresentada enfatiza-se, ainda, a formação de competências voltadas


para a investigação científica e a reflexão na ação. Pretende-se o aprofundamento dos
conhecimentos da prática, fundamentados na análise das situações cotidianas, na
busca da compreensão dos processos de aprendizagem e no desenvolvimento da
autonomia na interpretação dos fatos imprevistos, presentes na realidade e que,
muitas vezes, requerem solução e controle imediatos. Propõe-se que as metodologias
empregadas no desenvolvimento do Currículo estejam voltadas para a formação de
um profissional prático-reflexivo: apto a agir na urgência e a decidir na incerteza
(Perrenoud, 2001).

De acordo com (Perrenoud, 2001), o objetivo da formação docente é o de preparar os


futuros professores para a complexidade, a diversidade e as situações profissionais
que terão de enfrentar. Para realmente qualificar a formação do professor e

30
implementar o pressuposto das competências na prática educacional, é preciso
esclarecer as urgências e as incertezas da ação pedagógica.

Por fim, tratando-se da formação de um professor de Matemática, esta proposta curricular


pretende desenvolver a capacidade de investigação científica. Acredita-se que as
competências envolvidas não só são adequadas à sólida formação científica como são as
bases para a criação de práticas pedagógicas inovadoras e necessárias à aplicação de
metodologias de ensino apoiadas no desenvolvimento de projetos.

Os conteúdos curriculares são compostos por 3424 horas distribuídas da seguinte


maneira: sendo 2074 horas de disciplinas teóricas, 288 horas de prática pedagógica,
122 horas de práticas de laboratório, 135 horas de disciplinas optativas, 400 horas de
Atividades Acadêmicas Complementares e 405 horas de Estágio Curricular
1
Supervisionado de Prática de Ensino .

Os conteúdos das disciplinas Matemática Básica, Pré-Cálculo, Cálculo I, II e III e


EDO abordam tópicos referentes aos fundamentos matemáticos, indispensáveis ao
acompanhamento de diversas disciplinas do curso. A disciplina Pré-cálculo, inclusive,
tem a finalidade de minimizar possíveis deficiências dos alunos ingressantes em
relação aos conteúdos da Educação Básica.

As disciplinas da área de Física (Física Geral I e Física Geral III) propiciam ao aluno o
embasamento físico necessário para compreensão de diversos fenômenos da
Mecânica Newtoniana, Eletricidade e do Magnetismo a partir da verificação
experimental. Estes conceitos básicos são tratados em várias disciplinas.

O Elenco de disciplinas da área pedagógica (História, Políticas e Legislação da


Educação, Sociedade, Cultura e Educação, Filosofia da Educação, Psicologia da
Educação, Didática e Educação em Direitos Humanos) tem por finalidade capacitar
os estudantes para a formação docente.

As disciplinas que aliam as questões específicas às pedagógicas e que fornecem


ferramentas básicas importantes na atuação profissional do professor de Matemática
foram reunidas nesse grupo: Metodologia do Ensino de Matemática, Matemática em
Sala de Aula I, II, III e IV.

1
Em acordo com a lei 11788/08 que altera a redação do art.428 da CLT, aprovada pelo decreto-
lei 5452/43 e revoga as leis 6494/77 e 8859/94.

31
No intuito de familiarizar o discente com as Tecnologias da Informação e Comunicação, são
desenvolvidas as disciplinas de Introdução à Programação, Cálculo Numérico e Informática no
Ensino da Matemática. Estas permitem o Entendimento da estrutura geral de uma linguagem
de programação além de aplicá-los na execução de diversos cálculos matemáticos e difundir
as ferramentas computacionais disponíveis para o ensino de diversos conteúdos da
Matemática.

A construção da linguagem e dos métodos básicos matemáticos é essencial na formação do


docente de Matemática. Este, além de saber a Lógica Proposicional e a Teoria dos Conjuntos,
deve, a partir da Teoria dos Números, compreender os conceitos de anéis, grupos e
homomorfismos. Estes conhecimentos são abordados nas disciplinas de Fundamentos de
Matemática, Álgebra I e II.

As disciplinas Geometria Plana, Construções Geométricas, Geometria Espacial têm como


objetivos construir habilidades geométricas e possibilitar a compreensão dos diversos aspectos
da geometria essenciais à prática docente. Essa compreensão se dá através do aprendizado e
da aplicação dos modelos geométricos bidimensionais (figuras planas) e tridimensionais
(figuras espaciais) em estudos posicionais e métricos.

Outros problemas geométricos e físicos são resolvidos a partir dos conhecimentos adquiridos
nas disciplinas de Geometria Analítica, Álgebra Linear I e II, que introduzem o conceito de
vetores e suas operações, coordenadas e equações no plano e no espaço, espaços vetoriais,
transformações lineares, autovalores, autovetores e produto interno.

A disciplina Trigonometria e Números Complexos busca aprimorar o conceito de números


complexos bem como suas operações e aplicações. A disciplina de Análise Real procura
estabelecer uma base sólida em teoria moderna do Cálculo (Análise), o que servirá para
ilustrar o nível de rigor exigido atualmente na área, bem como preparar para estudos
posteriores. Além disso, essas disciplinas embasam conceitos fundamentais para a atuação do
egresso na Educação Básica.

O estudo do tratamento de dados, de probabilidade, de linguagem e métodos da Matemática


Financeira, essenciais para compreensão de informações estatísticas, econômicas e
financeiras do cotidiano, é desenvolvido nas disciplinas de Matemática Discreta, Probabilidade
e Estatística e Matemática Financeira.

A disciplina História e Filosofia da Ciência contextualiza a evolução histórica do


conhecimento científico e a disciplina História da Matemática relaciona o processo de

32
construção das ideias matemáticas ao contexto histórico, filosófico e cultural de onde
surgiram.

As disciplinas Comunicação e Informação e Produção de Textos e Metodologia da Pesquisa


Científica propiciam aos alunos uma maior conscientização da importância da linguagem na
atuação do magistério e na produção dos projetos científicos, possibilitando que eles
desenvolvam sua capacidade comunicativa. O professor, como comunicador, deve ter suas
habilidades de leitura e escrita desenvolvidas, de maneira que possa crescer
intelectualmente e estimular seus futuros alunos na busca pela informação e pela melhor
forma de expressá-la, na interpretação e na produção de textos científico-tecnológicos;
enfim: na produção de conhecimento, que passa sempre pelo uso da linguagem.

O ensino de Língua Brasileira dos Sinais passou a compor o currículo do curso de


Licenciatura em Matemática, tal como preceituado pelo Decreto n°5.626 de 22 de
Dezembro de 2005, sendo incluída no terceiro período da matriz curricular do curso, sem
pré-requisitos.

7.2. ESTRUTURA CURRICULAR

A estrutura curricular do Curso é composta por componentes curriculares que visam


contemplar cada um dos quatro eixos do perfil pretendido para o futuro professor, conforme
apresenta a Tabela 6.

Tabela 6 – Estrutura Curricular do Curso de Licenciatura em Matemática / Paracambi – IFRJ

Eixos Curriculares Componentes Curriculares

Domínio do conteúdo específico de Componentes curriculares teóricos de


matemática Matemática, Física e afins.
Componentes curriculares de teoria
pedagógica
Domínio da teoria e práxis pedagógica Componentes curriculares de prática de
ensino
Estágio Curricular supervisionado

Componentes curriculares de outras áreas


Capacidade interdisciplinar e
tecno-científicas
contextualizadora
Componentes curriculares filosóficos,
históricos, etc
Componentes curriculares de linguagem e
Capacidade de atualização, de produção de expressão
conhecimento em sua área de trabalho e Componentes curriculares de metodologia de
difusão desta produção pesquisa
Trabalho de Conclusão de Curso
Estágio Curricular supervisionado

33
Desta forma, para atender ao perfil do licenciado, os componentes curriculares
selecionados assim o foram pelas características formativas, informativas e reflexivas,
complementando-se de forma mútua e progressiva. A matriz curricular do curso de
Licenciatura em Matemática é apresentada n a Tabela 7.

Tabela 7 – Matriz Curricular do Curso de Licenciatura em Matemática/ Paracambi – IFRJ


Detalhamento da carga horária de disciplinas Teóricas(T), Práticas de Ensino (PE) e Práticas de
Laboratório (PL)

Carga Horária (h)


Período Disciplina Pré-requisitos
T PE PL TOTAL

Pré-Cálculo 81 -------- -------- 81 --------

Geometria Plana 72 9 -------- 81 --------

Matemática Básica 27 ------ -------- 27 --------

1
Sociedade, Cultura e
Educação 44 10 -------- 54 --------

Comunicação e 27 -------- -------- 27 --------


Informação

Cálculo I 81 -------- -------- 81 Pré-Cálculo

Geometria Analítica 81 -------- -------- 81 Geometria Plana

Trigonometria e Números 54 --------


Complexos ------ 54 Pré-Cálculo

2
Psicologia da
Educação 44 10 -------- 54 --------

Libras 40 14 -------- 54 --------

3 Cálculo II 81 -------- -------- 81 Cálculo I

34
Geometria Espacial 45 9 -------- 54 Geometria Analítica
Fundamentos da
54 -------- 54 -------
Matemática --------

Introdução à 40 -------- 14 54 Pré-cálculo


Programação
Didática 27 27 -------- 54 --------

Cálculo III 54 54 Cálculo II


Física Geral I 27 -------- 27 54 Cálculo I

4 Álgebra I 54 -------- 54 Fundamentos da Matemática

Álgebra Linear I 54 -------- -------- 54 Álgebra I

Metodologia do Ensino
de Matemática
27 27 -------- 54 Didática

História, Políticas e
Legislação da Educação 54 27

Equações Diferenciais
Ordinárias 54 -------- -------- 54 Cálculo II

Física Geral III 27 -------- 27 81 Física Geral I


Álgebra II 81 -------- -------- 81 Álgebra I

Álgebra Linear II 54 -------- ------- 54 Álgebra Linear I

5 --------
Produção de Textos
Acadêmicos 18 9 27 Comunicação e Informação

Matemática em Sala de -------- Metodologia do Ensino de


24 30 54 Matemática
Aula I

Análise Real 81 -------- -------- 81 Cálculo I


Fundamentos da Matemática
Matemática Discreta 54 -------- -------- 54 Fundamentos de Matemática
Cálculo Numérico 40 -------- 14 54 Cálculo I

6 Metodologia da Pesquisa 27 27 -------- 54 Produção de Textos Acadêmicos


Científica EDO
Matemática em Sala de
24 30 -------- 54 Matemática em sala de Aula I
Aula II

História e Filosofia da
Ciência 27 27 -------- 54 ------------------

Probabilidade e
Estatística 54 -------- -------- 54 Matemática Discreta

Construções 54 27 -------- 81 Geometria Plana


Geométricas

35
Trabalho de Conclusão 27 -------- -------- 27 De acordo com o item 7.2.3 deste
7 de Curso I documento.

História da Matemática 27 27 -------- 54 Introdução à Programação

Matemática em Sala de
24 30 -------- 54 Matemática em Sala de Aula II
Aula III

Informática no Ensino da
14 40 54 Construções Geométricas
Matemática
Educação em Direitos
Humanos 27 27 -------- 54 -------
Trabalho de Conclusão De acordo com o item 7.2.3 deste
27 ----------- -------- 27
8 do Curso II documento.
Educação Matemática
Financeira 40 14 -------- 54 ------
Matemática em Sala de Aula III
Matemática em Sala de
24 30 -------- 54
Aula IV

A prática de Profissional, em conformidade com a estrutura organizacional do


Curso e em consonância com a Resolução CNE/CP no 1, de 18 /02/2002,
estará presente ao longo de todos os períodos letivos, conforme discriminado
na Tabela 8. O resumo da carga horária total do curso está apresentado na
Tabela 9.

36
Tabela 8 – Prática Profissional Durante o Curso

Horas de Práticas
Disciplina Horas Teóricas
Profissionais
Geometria Plana 72 9
Sociedade, Cultura e Educação 44 10
Psicologia da Educação 44 10
LIBRAS 40 14
Geometria Espacial 45 9
Didática 27 27
Metodologia de Ensino de Matemática 27 27
História, Políticas e Legislação da Educação 54 27
Matemática em Sala de Aula I 24 30
Produção de Textos Acadêmicos 18 9
Metodologia de Pesquisa Científica 27 27
Matemática em Sala de Aula II 24 30
História e Filosofia da Ciência 27 27
Construções Geométricas 54 27
História da Matemática 27 27
Matemática em Sala de Aula III 24 30
Educação Matemática Financeira 40 14
Educação em Direitos Humanos 27 27
Matemática em Sala de Aula IV 24 30

TABELA 9 - TOTAL DE CARGA HORÁRIA DO CURSO


Teórica 1897
2430 h
Disciplinas Obrigatórias PE 411
PL 122
135 h
Disciplinas Optativas

Estágio Supervisionado 405 h


(mínimo)
Atividades Complementares: 400 h

37
7.2.1. DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS E OPTATIVAS

As disciplinas obrigatórias foram apresentadas na Tabela 7. A Tabela 10 apresenta


as disciplinas optativas do curso.
Tabela 10 – Disciplinas Optativas

Disciplinas Optativas
I) Oferecidas pelo Próprio Curso
Etnomatemática e Espaços Sociais
Complementos de Geometria Analítica
Introdução à Metodologia de Projetos
Teoria dos Grafos
Teoria dos Números
Resolução de Problemas
Introdução ao Estudo de Física
História e Filosofia da Ciência II
Álgebra III
Tópicos Especiais em Geometria
Tópicos Especiais em Estatística
Seminários de Políticas de Educação Ambiental
Análise Real II
Tópicos Especiais em Álgebra Linear
II) Do Eixo Comum das Licenciaturas
Abordagem das Dificuldades de
Aprendizagem em Sala de Aula
Educação Especial em Deficiência Auditiva/Surdez
Educação de Jovens e Adultos
Educação, Diversidade e Inclusão
Educação, Trabalho e Profissionalização
Educação Popular
Temas Especiais de Sociologia da Educação
Temas Especiais de Antropologia da Educação
Temas Especiais de História da Educação
Temas Especiais de Filosofia da Educação
Temas Especiais de Políticas Educacionais
Temas Especiais de Legislação Educacional
Estatuto da Criança e do Adolescente
Educação,Cultura e Sociedade
Museus de Ciência e Educação Museológica
Ensino de Ciências da Natureza no Ensino Fundamental
Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente
Alfabetização Científica
Educação Científica e Tecnológica
Temas Especiais de Avaliação da Aprendizagem
Temas Especiais de Currículo
Temas Especiais de Didática
Processos de Ensino-Aprendizagem
Cybercultura, Educação e Tecnologias
Informática Pedagógica
Jogos Digitais para o Ensino
Ambientes Virtuais de Aprendizagem
Diálogo em LIBRAS
Produção de Textos Acadêmicos II
Comunicação e Informação II
Língua Estrangeira Instrumental: inglês
Língua Estrangeira Instrumental: espanhol
Educação, Tecnologias e Linguagens
Educação em Relações Étnico-Raciais
Educação em Gênero e Sexualidade
Temas Especiais de Psicologia da Educação
Oficina de Materiais Didáticos
Gestão Educacional

38
7.2.2. ESTÁGIO SUPERVISIONADO

O Estágio Curricular Supervisionado de Ensino é uma atividade obrigatória,


desenvolvida a partir do quinto semestre do curso. Por meio deste, busca-se a
articulação entre o currículo do curso e a prática pedagógica, atendendo ao parecer
nº 21/2001 do CNE, que define o estágio curricular como um tempo de
aprendizagem em que alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender a
prática do mesmo e, assim, poder exercer uma profissão ou ofício. Assim, o estágio
é o momento de efetivar um processo de ensino-aprendizagem que irá se tornar
concreto e autônomo quando da profissionalização deste estagiário.

A carga horária de, no mínimo, 405 (quatrocentas) horas, será distribuída da


seguinte forma: 81 (oitenta e uma) horas para Encontros Semanais de Supervisão
de Estágio; e 324 (trezentas e vinte e quatro) hora s para Atividades de Estágio,
baseados no seguinte direcionamento metodológico: I – Conhecimento do contexto
escolar; II – Reflexão sobre a realidade da escola; III – Identificação das situações
que possam tornar-se objeto do plano de estágio a ser desenvolvido; IV –
Elaboração do plano de estágio; V – Aplicação do plano de estágio; VI – Avaliação;

O Estágio Curricular Supervisionado de Ensino do Curso de Licenciatura em


Matemática é desenvolvido tendo como princípio norteador o Regulamento do
Estágio Curricular Supervisionado dos cursos de Licenciatura.

39
Os alunos matriculados nas disciplinas Estágio Supervisionado I, II e III serão
acompanhados pelo professor-orientador destas disciplinas durante o
desenvolvimento de suas práticas pedagógicas.

A avaliação do Estágio Curricular Supervisionado as sumirá caráter formativo durante


a sua realização, servindo, ao seu final, para a qualificação do desempenho do aluno-
estagiário.

O IFRJ possui diversos convênios firmados em escola s da rede pública e particular,


onde serão desenvolvidas as atividades de estágio curricular, sendo responsável pela
formalização do mesmo.

7.2.3. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é uma atividade de natureza acadêmica


obrigatória, podendo compreender o ensino, a pesquisa e a extensão. O TCC deve
ser elaborado pelo aluno, individualmente, sob a orientação de um docente.
Compreende diversos tipos de atividades, em conformidade com os princípios gerais
de um trabalho de pesquisa científica na área do curso. O resultado do TCC deverá
ser apresentado em forma de monografia, seguindo as normas do Regulamento dos
Trabalhos de Conclusão dos Cursos de Graduação, sendo requisito para a
integralização do curso. É vedada a convalidação de TCC realizado em outro curso
de graduação.

Através do TCC o aluno buscará sistematizar o conhecimento sobre determinado


objeto de estudo, pertinente ao curso, mediante supervisão, orientação e avaliação
docente. São objetivos específicos do TCC:

I - Desenvolver a capacidade de aplicação dos conceitos e teorias adquiridas durante


o curso de forma integrada, por meio da execução de um projeto de pesquisa.
II - Desenvolver a capacidade de planejamento e disciplina para resolver problemas
dentro das diversas áreas de formação.
III - Despertar o interesse pela pesquisa como meio para a resolução de problemas.
IV - Estimular a construção do conhecimento coletivo.
V - Estimular a interdisciplinaridade.
VI - Estimular o espírito crítico e reflexivo no meio social onde está inserido.
VII - Estimular a formação continuada.

40
O aluno do curso de Licenciatura em Matemática, tendo concluído a disciplina
Metodologia da Pesquisa Científica e 75 (setenta e cinco) % dos créditos referentes
aos componentes curriculares previstos na matriz curricular sugerida até o 6º período,
inclusive, estará apto a iniciar o desenvolvimento do TCC. Esta atividade será
realizada no decorrer das disciplinas TCC 1 e TCC 2, alocadas nos 7º e 8º períodos
do curso, respectivamente. As disciplinas devem ser cursadas em períodos
consecutivos, obrigatoriamente. Caso o aluno não tenha concluído com êxito TCC 2
durante o período letivo, o mesmo deverá matricular-se novamente para sua
integralização.

Na disciplina TCC 1, espera-se que o aluno, com o auxílio do professor responsável


pela disciplina, formalize a orientação com um docente que tenha afinidade com o
tema de pesquisa pretendido. O aluno, sob supervisão do Professor Orientador, deve
formatar a proposta de pesquisa a ser realizada por meio de um pré-projeto.

Na disciplina TCC 2, a orientação se desenvolve e a produção do trabalho em


formato monográfico deve ser finalizada com a apresentação do mesmo à uma banca
examinadora. As informações referentes à elaboração, orientação, autorização,
execução, apresentação e avaliação do TCC estão disponíveis no Regulamento dos
Trabalhos de Conclusão dos Cursos de Graduação.

O Professor Orientador deverá pertencer ao corpo docente do IFRJ Campus


Paracambi, não obrigatoriamente vinculado ao curso, podendo existir co-orientadores.
O(s) co-orientador(es) terá(ão) por função auxiliar no desenvolvimento da pesquisa,
desde que tenha conhecimento aprofundado e reconhecido no assunto em questão.
Serão indicados pelo Professor Orientador em comum acordo com o orientando.
Poderão ser de outra instituição, desde que a colaboração não apresente ônus ao
IFRJ.

São admitidos como temas para TCC qualquer proposta que contemple as relações
entre os saberes, habilidades e competências adquiridas ao longo do curso, e que
guardem vínculo com algum(ns) dos diferentes eixos do conhecimento matemático:
Matemática Pura, Matemática Aplicada e Computacional, Educação Matemática,
História da Matemática e demais áreas que apresentem correlação com as citadas.

O trabalho monográfico a ser desenvolvimento deve ter, no mínimo, 40 páginas,


incluindo-se os elementos pré-textuais. É admitido ainda, em substituição ao trabalho
monográfico, a apresentação de artigo científico publicado em periódicos com
conceito qualis superior a B1, tendo o aluno como autor e colaboração, no máximo,

41
dos orientadores. Neste caso, o aluno procederá apenas com a exposição do trabalho
para uma banca examinadora.

Na ocasião da conclusão do desenvolvimento do TCC, o aluno, em parceria com o


Professor Orientador, deve compor a banca de avaliação, que deverá ter anuência do
Coordenador do Curso. Com a autorização do o Professor Orientador, a monografia
deve ser submetida à banca com, no mínimo, 15 dias de antecedência à data da
exposição do trabalho. A banca deverá ser presidida pelo Professor Orientador e
contará com o(s) co-orientadores, se houver(em), e no mínimo, um docente interno
ao IFRJ Campus Paracambi e um externo, desde que não traga ônus ao IFRJ. A
atribuição da nota ao fim do processo de avaliação será a média aritmética entre as
notas dos avaliadores, com as notas dos orientadores contando apenas como uma.

A substituição do Professor Orientador poderá ser solicitada pelo aluno, desde que
adequadamente justificada. Do mesmo modo, o Professor Orientador, em caso de
impedimento devidamente documentado, poderá solicitar o desligamento da
orientação. Em ambos os casos, as solicitações serão direcionadas à Coordenação
do Curso que, deferindo, indicará um professor substituto.

Para fins de equidade na distribuição da carga horária de orientação, cada docente


poderá orientar concomitantemente, no máximo, até quatro alunos, contabilizando
orientações exclusivas e colaboradas.

Os casos omissos ao Regulamento de TCC e às especificidades descritas neste PPC


serão resolvidos pelo Coordenador do Curso.

7.2.4. ATIVIDADES COMPLEMENTARES

As atividades acadêmico-científico-culturais constituem-se de experiências educativas


que visam à ampliação do universo cultural dos licenciandos e ao desenvolvimento da
sua capacidade de produzir significados e interpretações sobre as questões sociais,
de modo a potencializar a qual idade da ação educativa. As atividades
complementares propiciam ao licenciando uma complementação de sua postura de
estudioso e pesquisador, integralizando o currículo. Para efeito de acompanhamento e
registro da carga horária a ser cumprida (400 horas, sendo 200 horas de atividades
científicas e 200 horas de atividades culturais), estas atividades estão divididas nas
seguintes categorias:

42
 Palestras, seminários, congressos, conferências ou similares, que versem sobre
temas relacionados ao Curso;

 Projetos de extensão cadastrados na Coordenação de Extensão do Campus em
que se realiza o Curso;

 Cursos livres e/ou de extensão certificados pela instituição promotora, com carga
horária e conteúdos definidos;

 Estágios extracurriculares em instituições conveniadas com o IFRJ;

 Monitoria;

 Atividades em instituições filantrópicas ou do terceiro setor;

 Atividades culturais, esportivas e de entretenimento;

 Iniciação científica;

 Publicação, como autor, do todo ou de parte de texto acadêmico;



 Participação em órgãos colegiados do IFRJ;

 Participação em comissão organizadora de evento educacional ou científico.

As atividades acadêmico-científico-culturais, obrigatórias para a integralização do


currículo dos cursos de licenciatura do IFRJ, são regidas pelo Regulamento das
Atividades Complementares dos cursos de Licenciatura (Portaria nº 19, de 12 de
fevereiro de 2007).

43
7.3. FLUXOGRAMA DO CURSO

44
7.4. FLEXIBILIDADE CURRICULAR

A flexibilidade permite a disponibilização de espaços para experimentos pedagógicos,


levando-se em conta os processos de aquisição, de produção e de socialização do
conhecimento por metodologias que suscitem o aluno à prática desses processos a
partir de suas potencialidades e dos conhecimentos prévios adquiridos ao longo de
suas vivências pessoais.

É, portanto, pela flexibilidade que também se dá a organização da estrutura


curricular, com a incorporação de formas de aprendizagens significativas para o
processo formativo do aluno dentro dos princípios e objetivos previamente traçados e
cujas diretrizes se encontram verdadeiramente voltadas para a inclusão social. Nessa
visão, é na estrutura do currículo e em sua dimensão ética que se concretizam o
múltiplo saber emanado e previsto nos mais diferentes desenhos curriculares
traçados, espaços de convergência e de convivência de ideologias e de valores
fundamentais à formação humana.

Se, sob diferentes perspectivas, a flexibilidade está prevista na construção dos


currículos, também a contextualização e a (inter)/(trans) disciplinaridade jamais
podem estar esquecidas nessa construção, visto que, assim como a primeira
pressupõe um espaço aberto para a apropriação do saber sob a égide da liberdade,
também a contextualização e a (inter)/(trans) disciplinaridade tornam o currículo um
amplo instrumento gerador de ações, que objetiva não a aquisição do conhecimento
pelo conhecimento, mas a aquisição do conhecimento pelas transformações e pelos
avanços da sociedade em geral.

Para a integralização do curso, é indispensável que o discente complete todos os


créditos descritos no item 7.3. No entanto, a proposta curricular do curso prevê 12
(doze) créditos destinados às disciplinas optativas. A flexibilidade curricular está
diretamente associada à escolha destas disciplinas por parte do discente. O rol de
disciplinas optativas permite que o discente transite em diferentes áreas do
conhecimento, se desejar.

Por outro lado, o curso prevê a aceleração de estudos a partir da abertura semestral
de processo de dispensa em disciplinas. Este se destina ao aproveitamento de
estudos realizados em cursos de graduação nas mais diferentes instituições de curso

45
superior. Os pedidos de aproveitamento de estudos devem seguir as regras do
Regulamento de Ensino de Graduação.

O IFRJ possibilita aos estudantes o aproveitamento de estudos de cursos regulares


de graduação, na forma de Transferência e Reingresso. Poderá ser aproveitado
percentual máximo de 50% do total de créditos do curso de licenciatura em
Matemática do IFRJ.

7.5. ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS DE ENSINO E


APRENDIZAGEM

A metodologia utilizada no curso de Licenciatura em Matemática tem por princípio


permitir ao licenciando vivenciar múltiplas possibilidades de aprendizado para
alcançar os objetivos educacionais apresentados no Projeto Pedagógico do Curso,
que pressupõem uma prática pedagógica que incentive a integração de múltiplos
saberes e que explore as potencialidades de cada indivíduo, no sentido de formar um
profissional preparado para ser um professor/educador.

Com esta vertente, o modelo de formação pretendido pelo IFRJ baseia-se no


princípio de que a formação inicial do professor deve se dar pela articulação dos
conhecimentos pedagógicos com os conhecimentos científicos, desde o início da
formação, de modo a, efetivamente, formar professores de Matemática.

Esta Matriz curricular deu atenção também à construção do conhecimento


interdisciplinar, tanto no que diz respeito à ampliação e ao aprofundamento dos
conhecimentos na área de formação, quanto oportunizando relações com outros
campos do saber, de modo a possibilitar que sejam assimiladas as contribuições de
outras áreas, que serão agregadas à prática profissional futura. Na Matriz Curricular
apresentada podem ser observados os espaços destinados à apreensão de
conhecimentos em áreas afins com a da formação e aqueles que possibilitam
escolhas de acordo com o interesse do estudante, que poderão ser buscados,
inclusive, nas Matrizes Curriculares dos outros cursos superiores ofertados no IFRJ.

Por fim, tratando-se da formação de um professor de Matemática, esta proposta


curricular pretende desenvolver a capacidade investigativa no campo da Educação
Matemática. Acredita-se que as competências envolvidas não só são adequadas à

46
sólida formação científica, como são as bases para a criação de práticas
pedagógicas inovadoras e necessárias à aplicação de metodologias de ensino
apoiadas no desenvolvimento de projetos.

Alguns aspectos são imprescindíveis para o envolvimento e o comprometimento com


a proposta pedagógica apresentada:
 trabalhar de forma integrada, a fim de dar oportunidade aos licenciandos na
vivência de experiências interdisciplinares;

 utilizar estratégias didáticas para resolução de situações-problema
contextualizadas, cujas abordagens sejam interdisciplinares;

 participar de debates, Encontros, Seminários, Mesas-Redondas, Congressos
etc., a fim de propiciar aos licenciandos os mecanismos e conteúdos
necessários ao melhor desempenho de sua função;

 promover atividades que visem à interação, à comunicação e à cooperação
entre os licenciandos e destes para com os docentes.

7.6. ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO E ATENDIMENTO


DISCENTE
A seguir são descritas as estratégias de atendimento ao discente.

7.6.1. APOIO À PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS

O apoio à participação dos alunos dá-se pela promoção e divulgação de eventos


científicos, como por exemplo, o Encontro das Licenciaturas em Ciências e
Matemática, comum aos Campi, a SEMAC (Semana Acadêmica), JCPar (Jornada
Científica), (Semana da Matemática) que ocorrem no Campus Paracambi
anualmente, e ciclos de palestras. Como definido, o aluno deverá cumprir 400 horas
de Atividades Acadêmico-científico-culturais; parte dessas horas pode ser
contabilizada através da participação em eventos, jornadas científicas, seminários
ou congressos.

7.6.2. MECANISMOS DE NIVELAMENTO DE CONTEÚDOS BÁSICOS

Os mecanismos de nivelamento do Curso de Licenciatura em Matemática foram


planejados utilizando-se, como premissa, as seguintes características dos seus
ingressantes:

47
 Na média, os alunos apresentam lacunas de conteúdos no que concerne aos
ensinos Fundamental e Médio;

 As principais dificuldades de aprendizagem encontram-se na área de
Matemática básica.

7.6.3. ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO E ATENDIMENTO AO


DISCENTE

A coordenação de curso presta atendimento ao corpo discente de duas formas:


presencial, em dias pré-estabelecidos, e pelo correio eletrônico da coordenação
(matematica.cpar@ifrj.edu.br) e do coordenador (weverton.castro@ifrj.edu.br). Os
estudantes recebem, também, a atenção dos professores das disciplinas, fora do
horário das aulas.

A Coordenação técnico-pedagógica do Campus, constituída por pedagogos,


assistentes sociais e técnicos em assuntos educacionais, acompanha o processo
de ensino e aprendizagem e orienta os estudantes nos momentos de dificuldade ou
de conflito.

O estudante de graduação tem acesso à Pró-Reitoria de Ensino de Graduação


(PROGRAD) por meio do endereço eletrônico (progradresponde@ifrj.edu.br),
podendo direcionar suas dúvidas, críticas e demais demandas que surgirem.

A página institucional (www.ifrj.edu.br) possibilita ao estudante o acesso às


informações sobre o curso, calendário acadêmico, horário de disciplinas, eventos
culturais e demais notícias de interesse do discente. Por meio de login e senha,
permite acessar os dados do sistema acadêmico, tais como o histórico escolar,
inscrição em disciplinas, dentre outros serviços que possibilitam ao estudante a
gestão do seu itinerário formativo.

No que concerne à recepção dos calouros, são realizadas palestras com o objetivo
de apresentar o curso e a estrutura organizacional do IFRJ, tanto pela coordenação
de curso, quanto pela PROGRAD.

Especificamente no nível da graduação, uma das ações realizadas pela PROGRAD é a


identificação do perfil discente e aspectos relativos a escolha e expectativas deste em
relação ao curso, mapeamento realizado com a utilização de ferramentas de
pesquisa (questionários), no âmbito da "Pesquisa de Indicadores da Graduação",

48
atualmente em curso. Objetiva-se, com esse levantamento de dados, analisar as
funções sociais do IFRJ e, com isso identificar as políticas de permanência e êxito
acadêmico pertinentes ao público alvo.

Manual do Estudante
Disponível no site institucional, o Manual apresenta as normas e procedimentos dos
cursos de graduação do IFRJ, sua contextualização histórica, descrição da estrutura
organizacional, cursos ofertados, formas de ingresso no instituto, direitos e deveres
do estudante e alguns dos programas e projetos de que o estudante de graduação
pode participar.

7.6.4. PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS EM INICIAÇÃO CIENTÍFICA

A Iniciação Científica (IC) desenvolvida no Curso de Licenciatura em Matemática


tem como enfoque a valorização do trabalho em grupos de pesquisa, com a
participação de professor e aluno. Nessa atividade, dá-se ênfase a um trabalho de
pesquisa que colabora não só no processo de transformação do IFRJ e da
sociedade, mas também na integração.

Na tentativa de contribuir para o processo de construção de projetos para


submissão em programas de incentivo a Iniciação Científica, o Curso de
Licenciatura em Matemática oferece uma disciplina optativa, nomeada como
“Introdução a Metodologia de Projetos”, que tem com o pré-requisito a conclusão da
disciplina, obrigatória, Produção de Textos.

7.6.5. MONITORIA

A monitoria é uma atividade auxiliar à docência, exercida por alunos regularmente


matriculados no curso. O IFRJ possui duas modalidades de monitoria: uma em que
o aluno recebe uma bolsa e outra voluntária.

Compete ao monitor do Curso de Licenciatura em Matemática auxiliar o professor


na orientação dos alunos, para esclarecimento de dúvidas e/ou realização de
exercícios.

49
O monitor bolsista deverá cumprir carga horária de 20 (vinte) horas semanais, em
horário elaborado pelo Coordenador do Curso e que não conflite com suas
obrigações discentes, em função das disciplinas em que estiver matriculado. Ao
término de cada período letivo, ele deverá apresentar um relatório das atividades
desempenhadas, devidamente apreciado e avaliado pelo Coordenador do Curso em
conjunto com o professor da disciplina.

Caberá ao professor da disciplina a elaboração do plano de monitoria, contendo as


orientações específicas para a disciplina, tais como atividades, cronograma,
metodologias, avaliações de desempenho. Estas atividades visam um maior
envolvimento do discente com o curso, contribuindo, assim, para a diminuição das
taxas de evasão.

8. SERVIÇOS E RECURSOS MATERIAIS

8.1. AMBIENTES EDUCACIONAIS

O Campus Paracambi do IFRJ possui área construída de cerca de 7.000 m². Nele,
além dos setores administrativos e educacionais compostos por Direção, COTP -
Coordenação Técnica Pedagógica, COEX - Coordenação de Extensão, COIEE –
Coordenação de Integração Escola e Empresa, Secretaria Acadêmica, CSTI -
Coordenação de Suporte a Tecnologia da Informação, CoTur - Coordenação de
Turno, Prefeitura, Almoxarifado e Recepção/Protocolo, vale ressaltar as seguintes
dependências:

 23 Salas de aula

O IFRJ, campus Paracambi, dispõe de 23 salas de aulas. Estas salas de aulas
são compartilhadas pelo curso Técnico em Mecânica, Técnico em Eletrotécnica
e Licenciatura em Matemática, com capacidade, em média, para 36 alunos,
arejadas, bem iluminadas e equipadas com aparelhos de ar condicionado.

Há ainda disponíveis seis aparelhos de Datashow com computador portátil que
podem ser facilmente adaptados a outros ambientes educacionais.

50
 Sala dos Professores

O IFRJ, campus Paracambi, dispõe de 03 salas para professores.

Uma sala destinada a estudos, com área de 50 m², com mesas e 12 postos de
trabalho. Essa sala é equipada com aparelhos de ar condicionado, rede de
dados com fio e sem fio.

Há outra sala destinada à convivência dos professores, com área de 40 m²,
equipada com aparelho de ar condicionado, mesa de reunião com 10 lugares,
01 sofá, 01 televisor e armários individuais para professores.

A terceira sala pode ser utilizada pelo professor para orientação de aluno, com
área 26 m², com 03 mesas com 05 lugares e 05 computadores com acesso
internet.

 Reprografia e Audiovisual

Na sala da CoTur há disponível equipamento para fotocópia e impressão de


documentos. A CSTI é a responsável pelo agendamento e instalação dos
equipamentos multimídia nos ambientes educacionais.

 Biblioteca Acadêmica

O acervo, atualmente, se constitui de 48 títulos, totalizando 393 exemplares.
Está em curso a aquisição de mais 200 títulos, que correspondem a
aproximadamente 1.200 livros, específicos para licenciatura em matemática. A
Biblioteca Acadêmica é equipada com aparelho de ar condicionado e
equipamento com sensores eletrônicos que permitem a monitoração do acervo.
Para ajudar nos trabalhos internos e atendimento ao público, a Biblioteca
Acadêmica possui estagiários bolsistas que são alunos do campus Paracambi
do IFRJ.

 Laboratório de Informática

O campus Paracambi do IFRJ disponibiliza 02 laboratórios de informática
equipados com aparelho de ar condicionado, somando 35 computadores para
aluno e 02 para professor, todos com acesso à Internet.


Esses laboratórios podem ser utilizados para aula e para uso individual dos
alunos. Nesses laboratórios, os alunos do curso de Licenciatura em
Matemática do campus Paracambi do IFRJ têm a oportunidade de
experimentar a utilização de softwares no ensino de Matemática.

51
 Laboratório de Ensino de Matemática

O campus Paracambi do IFRJ disponibiliza 01 laboratório de ensino de
matemática, com área de 48 m², duas mesas grandes d e 12 lugares, dois
computadores, duas estantes, dois armários, um tele visor com entrada HDMI.


O Laboratório de Ensino de Matemática destina-se a atender estudantes do
novo curso de Licenciatura em Matemática do IFRJ Campus Paracambi. Este
projeto tem como principal objetivo apresentar a construção de um laboratório
onde nossos futuros professores conhecerão recursos didáticos de baixo custo
bem como sua confecção, de modo a possibilitar que esses profissionais e
escolas possam construí-los, sem que para isso dependam de grandes
recursos financeiros. Pretende-se, também, desenvolver atividades articuladas
de ensino, pesquisa e extensão vinculadas ao Laboratório.


 Laboratório Didático de Ensino de Física

O campus Paracambi do IFRJ disponibiliza 01 Laboratório Didático em Ensino
de Física, localizado no subsolo do campus e totalmente climatizado, o
Laboratório Didático de Ensino de Física ocupa um espaço aproximado de 51
2
m e atualmente conta com 06 bancadas para a realização das atividades
experimentais, com capacidade máxima de 04 alunos por bancada. O
laboratório atende aos cursos técnicos diurnos, em Eletrotécnica e Mecânica, e
à Licenciatura em Matemática período noturno. Para tal fim o mesmo conta com
diversos experimentos de mecânica, termodinâmica, eletricidade e ótica.


 Auditórios

O campus Paracambi do IFRJ disponibiliza 01 auditórios para realização de
seminários, palestras, reuniões, etc. O auditório, localizado no terceiro andar,
possui área de 158 m², com capacidade para 150 pessoas, equipado com
aparelhos de ar condicionado, 01 tela de projeção, 01 aparelho de som (com
02 caixas de som, um amplificador e uma mesa de som) e 01 data show.

52
 Salas Multimídia

O campus Paracambi do IFRJ disponibiliza 01 sala. Tem área 70m², equipada
com aparelho de ar condicionado, televisor LCD 40 polegadas e caixa de som
amplificada. No Curso de Licenciatura em Matemática, em geral, são utilizadas
em aulas das disciplinas da área pedagógica.


 Sala de Coordenação

O campus Paracambi do IFRJ disponibiliza 01 sala climatizada para
coordenação do curso de licenciatura em matemática, com estação de trabalho
individual equipada com computador e acesso à internet com fio e sem fio,
compartilhada com os coordenadores dos cursos de Mecânica, Eletrotécnica e
o coordenador da s disciplinas da Base Nacional Comum.



9. PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA AO LICENCIANDO
9.1. PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

Programa de Assistência Estudantil tem por objetivo a promoção de ações que


contribuam para o acesso, a permanência e o êxito dos estudantes, com vista à
inclusão social, à formação plena, à produção de conhecimentos, à melhoria do
desempenho acadêmico e do bem estar.

A Assistência Estudantil se materializa na forma de programas que envolvem a oferta


de auxílios e bolsas. Os auxílios têm como estratégia o desenvolvimento de ações
que favoreçam a permanência dos alunos e estão organizados nas modalidades:
moradia, didático, transporte e alimentação. As bolsas são instrumentos utilizados
para a melhoria do ensino-aprendizagem, sendo elas: Bolsa de atividades,
monitorias e de iniciação cientifica. Os critérios de concessão do Programa de
Assistência Estudantil estão previstos em Regulamento especifico, aprovado pelo
Conselho Superior no ano de 2011.

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9.2. PROGRAMA BOLSISTA DE MONITORIA / DE SETOR

O programa busca selecionar alunos para o desenvolvimento de atividades de


monitoria na disciplina de matemática para alunos d o Ensino Médio Técnico e
Licenciando do Campus, bem como atuação nos setores administrativos, laboratórios
e biblioteca do campus. O critério de seleção também favorece o aluno
hipoeconômico e fornece uma bolsa para auxiliar a permanência do aluno no Instituto.
As atividades são de 20h/semanais e as seleções ocorrem de acordo com a
necessidade dos servidores responsáveis pelos setores ou equipe de matemática (no
caso dos bolsistas monitores). O período da bolsa é de seis meses, prorrogável por
igual período.

9.3. PROGRAMAS DE BOLSAS

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) é um programa


criado pela CAPES com objetivo de aproximar a formação inicial dos alunos das
licenciaturas à realidade das salas de aula brasileiras. Este programa consiste da
concessão de bolsas de estudos para o aluno desenvolver projetos em escolas
públicas conveniadas, orientado por um professor coordenador da instituição
mantenedora do curso de Licenciatura e um professor supervisor da escola
associada.

O programa tem duração de 24 meses com possibilidade de prorrogação através de


cota suplementar a ser cedida pela CAPES. Além das bolsas de estudo, o programa
conta com uma verba de custeio cujo valor é divulgado em cada edital. A seleção dos
alunos é realizada pelo professor coordenador e tem critérios de seleção baseados
no histórico acadêmico do licenciando durante a sua vida pré-universitária e seu
desempenho no curso.

A partir de março de 2014, o Curso de Licenciatura em Matemática do campus


Paracambi contará com o Programa Institucional de Incentivo à Docência (PIBID),
através de 15 bolsas. Com isso, os estudantes farão a articulação entre teoria e
prática no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica.

54
10. CERTIFICAÇÃO

Ao concluir o Curso, o aluno será diplomado Licenciado em Matemática, apto a atuar


na Educação Básica, de acordo com a Resolução CNE/C P1, de 18 de fevereiro de
2002.

11. AVALIAÇÃO

11.1. AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO

A avaliação, no IFRJ, se desenvolve com o objetivo de acompanhar o processo de


implantação do Currículo. As reuniões de Colegiado de Curso e do NDE acontecem
periodicamente. As discussões travadas têm como foco a integração das atividades
desenvolvidas nos componentes curriculares e o acompanhamento dos indicadores
acadêmicos, em busca do alcance do perfil de formação desejado e do sucesso
estudantil.

A avaliação do Curso se dá nos processos reflexivos de formadores e formandos no


desenvolvimento da proposta curricular. O NDE tem papel fundamental neste
processo de avaliação, acompanhando a implantação do PPC e contribuindo para
sua consolidação.

Os procedimentos de avaliação, em seus diferentes âmbitos, visam às reais


necessidades de formação, são úteis ao diagnóstico da aprendizagem e têm o
propósito de identificar e analisar as fragilidades, servindo para redirecionar o
processo educativo.

11.2. AUTOAVALIAÇÃO

Entendendo o processo de autoavaliação como um processo social e coletivo de


reflexão, o Curso de Licenciatura em Matemática se faz valer da experiência dos
setores institucionais e das opiniões dos docentes e estudantes para construir sua
identidade na Instituição.

A avaliação do projeto pedagógico se dá nas reuniões do Núcleo Docente


Estruturante (NDE) do curso, bem como nas reuniões do colegiado de curso. As
decisões sobre mudanças no currículo, em especial aquelas que geram impacto na
infra-estrutura e nos recursos humanos, são apresentados ao Colegiado de Campus

55
para análise de viabilidade e deliberação. Uma vez aprovadas, a proposta de
aprimoramento do PPC segue para análise do Conselho Acadêmico do Ensino de
Graduação, que emite parecer e submete à apreciação e deliberação do Conselho
Superior do IFRJ. Todo o processo é acompanhado e orientado pela Pró-Reitoria de
Ensino de Graduação.

Dessa forma, a avaliação do PPC é um processo contínuo e resulta na adequação


do perfil profissional e dos objetivos do curso, bem como dos componentes
curriculares e estratégias de ensino-aprendizagem, tomando como base a
identificação de necessidades diagnosticadas por diferentes mecanismos:

1. Informações coletadas junto à Secretaria de Ensino de Graduação, à Diretoria


Adjunta de Pesquisa Institucional, à Coordenação de Integração Escola-
Empresa, realizadas pelo menos uma vez ao final do período letivo pelo
coordenador do curso, visando obter subsídios para políticas de combate à
evasão e diminuição dos índices de retenção;
2. Parceria com a PROGRAD, que realiza a Pesquisa Indicadores de Graduação
(PIG) para identificar o perfil dos estudantes ingressantes, gerando
informações essenciais para definição de políticas institucionais que são
registradas em relatórios disponibilizados ao curso.
3. A Comissão Própria de Avaliação do IFRJ (CPA-IFRJ) está em processo de
reestruturação, para adequar-se ao novo perfil institucional, a partir da criação
dos Institutos Federais, e garantir a representatividade de todos os Campi que
compõem o sistema IFRJ. As pesquisas de acompanhamento dos cursos e a
análise de relatórios de avaliação externa são instrumentos essenciais para o
aprimoramento do projeto pedagógico.
4. O acompanhamento do egresso é feito pela Pró-Reitoria de Extensão e será
Aplicado ao curso a partir da implantação total do currículo,
.

11.3. AVALIAÇÃO DO ENSINO E APRENDIZAGEM

Os procedimentos de avaliação deverão visar às reais necessidades de formação do


licenciando e serem úteis ao diagnóstico, com o propósito de possibilitar o
redirecionamento do processo de ensino e de aprendizagem.

56
Toda a produção do estudante, no desenvolvimento do Currículo, pode ser objeto de
avaliação, de acordo com os objetivos gerais da formação e específicos dos
componentes curriculares, destacando-se, entre outras:

 O planejamento de situações didáticas em consonância com um modelo teórico


estudado;

 A reflexão crítica acerca de aspectos discutidos e /ou observados em situação
de estágio;

 A participação em situações de simulação e estudos de casos;

 A elaboração e apresentação de seminários;

 O planejamento, elaboração e execução de projetos de cunho eminentemente
pedagógico;

 A participação em congressos, seminários, simpósios; visitas a museus,
mostras, feiras, encontros, oficinas; e participação em outros eventos de
caráter científico e cultural.

A avaliação do currículo se fará na articulação do IFRJ, enquanto instituição


formadora, com os sistemas de ensino parceiros, especialmente os que estiverem
recebendo estagiários, e também nos encontros entre formadores e formandos
desenvolvidos no decorrer da implantação da matriz curricular.

As avaliações são realizadas em conformidade com o Regulamento do Ensino de


Graduação do IFRJ. A coordenação do curso recomenda que os instrumentos
utilizados sejam pelo menos duas (02) provas escritas por semestre acrescidas de
atividades que estejam previstas no cronograma semestral de cada disciplina.

A articulação entre diferentes instrumentos de avaliação, a participação ativa do


aluno e a flexibilidade na postura do professor, entre outras características do
processo de avaliação proposto, reforçam o compromisso com a qualidade do
ensino.

O processo de avaliação da aprendizagem deverá ser orientado pelos objetivos de


aprendizagem propostos para cada disciplina do curso. Almeja-se, assim, avaliar a
formação integral do estudante, futuro profissional da educação.

57
12. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BRANDALISE, M. A. T.; TROBIA, J. A prática como componente curricular na


licenciatura em matemática: múltiplos contextos, sujeitos e saberes. Disponível
em: <revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/download/6248/4981>. Acesso em: 27 fev.
2012.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de


dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

______. Parecer CNE/CP 21, de 2 de outubro de 2001. Estabelece a duração e a


carga horária dos cursos de formação de professores da educação básica, em
nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial (da
República Federativa do Brasil), Brasília,18 jan. 2002. Seção, 1, p. 31.

______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA - Secretaria de Educação Básica.


Parâmetros Curriculares Nacionais – do Ensino Médio – PCNEM+ . Brasília,
SEF/MEC, 2000.

______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO, Secretaria da Educação


Média e Tecnológica.O Ensino Médio e Educação Básica, Brasília/DF, 1997.

______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO, Secretaria da Educação


Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN – Ensino Médio:
Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias, Brasília/DF, 1999.

______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO, Secretaria da Educação


Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN – Ensino Mé dio:
bases legais, Brasília/DF, 1999.

______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO, Secretaria da Educação


Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN – terceiro e
quarto ciclos do Ensino Fundamental: Introdução aos Parâmetros Curri culares
Nacionais, Brasília/DF,1998.

______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO/Inep. Geografia da


Educação Brasileira 2001. Brasília, 2002.

______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO . Resolução CNE/CP n° 01,


de 18 de fevereiro de 2002. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de
licenciatura, de graduação plena.

______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008.

______. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Secretaria de Educação Profissional e


Tecnológica. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de
Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de
Educação, Ciência e Tecnologia e dá outras providências.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática


educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1998.

58
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE
JANEIRO. Projeto Pedagógico Institucional – PPI . Agosto, 2009, 113 p.

PERRENOUD, Philippe. Dez Novas Competências para Ensinar . Porto Alegre:


Artmed Editora, 2001.

59
13. ANEXOS

13.1. PROGRAMAS DE DISCIPLINAS

Dado o grande número de páginas, as ementas das disciplinas seguem em separado


a esse Projeto Pedagógico de Curso

13.2. BASE LEGAL

• Leis de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (Lei 9.394, de 20 de dezembro


de 1996)
• Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Matemática
• Decreto 5773/06
• Portaria Normativa N° 40 de 12/12/2007, alterada pela Portaria Normativa MEC
N° 23 de 01/12/2010, publicada em 29/12/2010

• Outros Requisitos Legais:


o o Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e
para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (Resolução
o CNE/CP N° 01 de 17 de junho de
2004) o o Titulação do corpo docente
(Art. 66 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de
1996) o o Núcleo Docente Estruturante (NDE)
(Resolução CONAES N° 1, de 17/06/2010)
o o Denominação dos Cursos Superiores de
Tecnologia (Portaria Normativa N° 12/2006)
o o Carga horária mínima, em horas – para Bacharelados e
Licenciaturas Resolução CNE/CP 2 /2002 (Licenciaturas)
o o Tempo de integralização
Resolução CNE/CP 2 /2002 (Licenciaturas)
o o Condições de acesso para pessoas com deficiência e/ou mobilidade
reduzida (Dec. N° 5.296/2004, com prazo de implantação das c ondições até
dezembro de 2008)
o o Disciplina obrigatória/optativa de
Libras (Dec. N° 5.626/2005)
o o Informações acadêmicas
(Portaria Normativa N° 40 de 12/12/2007, alterada pela Portaria Normativa

60
MEC N° 23 de 01/12/2010, publicada em 29/12/2010)
o o Políticas de educação ambiental
(Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto Nº 4.281 de 25 de junho de
2002)

RESOLUÇÃO Nº 2, DE 1º DE JULHO DE 2015. CONSELHO NACIONAL DE


EDUCAÇÃO. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.

61
13.3. FLUXOGRAMA ANTERIOR

62
13.4. MATRIZ DE EQUIVALÊNCIAS

63

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