Apostila de Tubulação
Apostila de Tubulação
Apostila de Tubulação
8.1 - DEFINIÇÕES........................................................................................................................78
8.2 - ENSAIOS UTILIZADOS NA INSPEÇÃO DE TUBULAÇÕES ...............................................81
8.2.1 - INSPEÇÃO VISUAL ......................................................................................................81
8.2.2 - INSPEÇÃO COM LÍQUIDOS PENETRANTES.............................................................81
8.2.3 - INSPEÇÃO COM PARTICULAS MAGNÉTICAS ..........................................................81
8.2.4 - INSPEÇÃO RADIOGRÁFICA (COM RAIO X OU RAIOS GAMA) ................................81
8.2.5 - INSPEÇÃO POR UTRA-SOM.......................................................................................81
8.2.6 - INSPEÇÃO POR MEDIÇÃO DE ESPESSURA ............................................................81
8.2.7 - TESTE DE MARTELAMENTO......................................................................................81
8.3 - PREPARATIVOS PARA INSPEÇÃO....................................................................................82
8.3.1 - OS SEGUINTES ITENS DEVERÃO SER VERIFICADOS ANTES DO INÍCIO DA
INSPEÇÃO ...............................................................................................................................82
8.3.2 - MATERIAIS E EQUIPAMENTOS..................................................................................82
8.4 - REQUISITOS DE SEGURANÇA ..........................................................................................82
8.5 - CONSIDERAÇÕES GERAIS................................................................................................83
8.6 - ROTEIRO DE INSPEÇÃO EM TUBULAÇÕES.....................................................................83
8.6.1 - TUBULAÇÕES AÉREAS SEM ISOLAMENTO TÉRMICO ...........................................83
8.6.1.2 - CORROSÃO EXTERNA ........................................................................................83
8.6.1.3 – PINTURA...............................................................................................................84
8.6.2 - TUBULAÇÕES AÉREAS COM ISOLAMENTO TÉRMICO...........................................84
8.6.2.1 - ISOLAMENTO TÉRMICO ......................................................................................84
8.6.2.2 – PINTURA...............................................................................................................84
8.6.2.3 - CORROSAO SOB ISOLAMENTO .........................................................................84
8.6.3 - SUPORTES DE TUBULAÇÃO......................................................................................85
8.6.3.1 - SUPORTES NÃO RÍGIDOS (MOLA) .....................................................................85
8.6.3.2 - SUPORTES SEMI - RÍGIDOS (PENDURAIS) .......................................................85
8.6.3.3 - SUPORTES RÍGIDOS (BERÇOS, PATINS, GUIAS E PEDESTAIS) ....................85
8.6.4 - JUNTAS DE EXPANSÃO..............................................................................................86
8.6. 5 - CONEXÕES DE PEQUENO DIÂMETRO (CPD) .........................................................86
8.6.5 - CONEXÕES ROSCADAS.............................................................................................86
8.6.7 - UNIÕES FLANGEADAS OU ROSCADAS....................................................................86
8.6.8 - VÁLVULAS E DEMAIS ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO............................................86
8.6.9 - TUBULAÇÕES ENTERRADAS SEM PROTEÇÃO CATÓDICA ...................................87
8.7 - MEDIÇÃO DE ESPESSURA ................................................................................................87
8.7.1 - ESCOLHA DO PONTO DE MEDIÇÃO .........................................................................87
8.7.2 - EXTENSÃO DA MEDIÇÃO ...........................................................................................87
8.7.3 - ESPESSURA MÍNIMA ARBITRÁRIA DA TUBULAÇÃO...............................................88
8.8 - TESTE HIDROSTÁTICO ......................................................................................................88
8.9 - CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO...............................................................................................88
8.10 - REGISTRO DE RESULTADOS E EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES DE
INSPEÇÃO...................................................................................................................................89
8.11 – ANEXOS............................................................................................................................90
3
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
1.1 – DEFINIÇÕES:
• TUBOS METÁLICOS:
Aço carbono
Aço liga
- Ferrosos: Aço inoxidável
Ferro fundido
Cobre
Latão
- Não ferrosos: Bronze
Monel
Incoloy (cupro-níquel)
Materiais plásticos
Cimento amianto
Concreto armado
• TUBOS NÃO METÁLICOS: Barro vidrado
Elastômeros (borracha)
Vidro
Cerâmica
4
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• LAMINAÇÃO (ROLLING): Aplicados em tubos de aço carbono, aço liga, aço inoxidável,
nos Ø de 3 a 26 polegadas.
Fig. 1.1 – Fabricação de tubos por Fig 1.2 – Fabricação de tubos por
laminação – Laminador oblíquo. laminação – Laminador de acabamento.
5
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• FUNDIÇÃO (CASTING):
- Por molde fixo: Aplicados em: ferro fundido, vidro, porcelana, borro vidrado, concreto,
cimento amianto e borracha.
- Por centrifugação: Aplicados em: ferro fundido, aço liga, concreto, etc.
Vantagens: Centrifugação apresenta textura mais homogênea e mais compacta (mais
uniforme).
6
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
ss
Fig. 1.7 – Tubo com solda longitudinal. Fig. 1.8 – Tubo com solda espiral.
Os tubos sem costura apresentam melhor tolerância dimensional, menor perda de carga,
maior qualidade em geral, melhor desempenho no processo de mandrilhamento em
espelhos de permutadores de calor.
Os tubos com costura possuem menor custo.
• CARACTERÍSTICAS:
É o material de uso geral, sua aplicação em instalação industrial está em torno de
80% do total aplicado, isto porque é de baixo custo, boa resistência mecânica e apresentam
facilidade na soldagem.
7
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• TIPOS:
Efervescentes e acalmados.
• LIMITES DE TEMPERATURA:
* Alta:
- Resistência mecânica: acima de 480 ºC começa a sofrer uma forte redução;
- Oxidação superficial: intensa acima de 530 ºC.
- Fluência: acima de 360 ºC.
- Grafitização: acima de 440 ºC.
*Baixa:
- Fragilidade: abaixo de – 40 ºC.
• USOS:
*Serviços contínuos:
- Acalmados (480 ºC a - 40 ºC).
- Efervescentes (390 ºC a - 0 ºC).
*Serviços periódicos (curto período de tempo): 550 ºC.
• APLICAÇÃO OU SERVIÇO:
Água doce, vapor, ar comprimido, gases, hidrocarbonetos (até 250 ºC), alcanis (até 50 ºC) e
alguns ácidos concentrados.
• OBSERVAÇÕES:
a) A partir da temperatura de 370 ºC, os aços carbono estão sujeitos ao fenômeno de
deformações permanentes por fluência.
b) A partir de 530 ºC os aços carbono sofrem uma intensa oxidação superficial.
c) As exposições prolongadas em temperaturas superiores a 440 ºC, os aços carbono estão
sujeitos ao fenômeno de precipitação do carbono (grafitização).
d) A resistência mecânica dos aços carbono fica seriamente comprometido a partir de
480ºC.
e) Influência do percentual e carbono no aço carbono:
- Quanto maior o percentual de carbono, maior será a dureza e o limite de
escoamento; menor será a ductibilidade e a soldabilidade.
- Os aços carbono são limitados em 0,35% de carbono.
8
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
a) São de custos mais elevados e soldabilidade mais difícil.
b) Aplicados quando:
- Temperatura elevada (oxidação; fluência; resistência mecânica): acima de 370ºC.
- Temperaturas baixas: inferiores a – 45 ºC
c) Elevada corrosão (economia).
d) Exigência de não contaminação.
e) Segurança de instalação (fluidos com temperaturas elevadas; tóxicas; inflamáveis;
explosivos e etc.).
• CARACTERÍSTICAS:
a) tipos:
- Mo e Cr-Mo (altas temperaturas) até 1% Mo e 9% Cr;
- Ni (baixas temperaturas).
b) Efeitos do cromo:
- Eleva a resistência à oxidação (até 650 ºC);
- Acima de 1% não há mais grafitização;
- Até 2,5% elevam a resistência à fluência;
9
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- Acima de 12% de cromo.
• AUSTENITICOS:
- Não magnéticos;
- Percentual de cromo 16 a 26%;
- Percentual de níquel 6 a 22%;
- Elevada resistência mecânica;
- Elevada resistência à corrosão;
- Boa ductibilidade em temperaturas altas e baixas;
- Ótima resistência à fluência;
- Boa soldabilidade;
- Em presença do íon cloro (cloretos, água salgada) estão sujeitos à corrosão sob
tensão e alveolar;
- Normalmente não são estabilizados, e na faixa de 450 a 850 ºC sofrem o fenômeno
da sensitização (precipitação do carboneto de cromo). Este fenômeno pode ser
controlado com adição de titânio ou cobalto (aços estabilizados tipo 321 e 347) ou
pela redução do percentual de carbono (304L e 316L);
Aplicações:
- Temperaturas elevadas (700 ºC);
- Temperaturas criogênicas (- 250 ºC)
- Serviços corrosivos e oxidantes;
- Serviços com produtos alimentícios e farmacêuticos;
- Serviços com produtos hidrogênio em pressão e temperaturas elevadas.
10
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• FERRÍTICOS:
- Não magnéticos;
- Composição 12 a 30% de cromo;
- Em relação aos Austeniticos apresentam menor resistência mecânica, à fluência e à
corrosão, custo mais baixo, menor soldabilidade. Apresentam melhor resistência à
corrosão sob tensão e alveolar;
- Não especificados para serviços de baixa temperatura (abaixo de - 40 ºC).
• NORMAS DIMENSIONAIS:
- ANSI B 36,10 => Aço carbono e aço liga Ø 1/8’’ a 36 ‘’.
- ANSI B 36.19 => Aço inox Ø 1/8’’ a 12‘’.
• OBSERVAÇÃO:
Até 12’’ o diâmetro nominal não coincide nem com o Ø externo nem com o Ø interno, porém
a partir de 14’’ Ø nominal coincide com o Ø externo do tubo.
Fig. 1.9 – Seções de transversais em tubos de 1’’ de diâmetro nominal. (Diâmetro externo =
3,34 cm = 1.315 pol).
• DIÂMETROS NOMINAIS PADRONIZADOS: 1/8’’; 1/4"; 3/8’’; 1/2'’; 3/4'’; 1’’; 1 1/4'’; 1 1/2'’;
2’’; 2 1/2'’; 3‘’; 3 1/2'’; 4’’; 5’’; 6’’; 8’’; 10’’; 12’’; 14’’; 16’’; 18’’; 20’’; 22’’; 24’’; 26’’; 30’’ E 36’’.
• SCHEDULE NUMBER: 10; 10S; 20; 30; 40; 40S; 60; 80; 80S; 100; 120; 140 e 160.
S – Standard – até 10’’ é similar a SCH 40.
XS – Extra-strong – até 8‘’ é similar a SCH 80.
XXS – Double extra-strong – até 8’’ é aproximadamente igual ao SCH 160.
11
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• EXTREMIDADES:
- Lisas: simplesmente esquadrejadas;
- Chanfradas: ANSI B 16.25.
- Rosqueadas: ANSI B 12.1
12
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
13
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
14
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- Baixa resistência mecânica;
- Elevada resistência à corrosão;
- São fabricados em Ø 2’’ a 24’’;
- Extremidades: lisas, ponta e bolsa, rosqueadas e flange integral;
- São fabricados em ferro fundido comum e nodular ligado ao silício, cromo e níquel.
• APLICAÇÕES: Gás, água doce, água salgada e esgoto em serviço de baixa pressão e
temperatura ambiente.
• CARACTERÍSTICAS:
- Custo elevado;
- Elevada resistência à corrosão;
- Baixa resistência mecânica (*);
- Baixa resistência à alta temperatura (*);
- São indicadas para aplicações especiais;
- São fabricadas por extrusão no diâmetro máximo de 12’’.
• CARACTERÍSTICAS:
- Aplicados em serviços de refrigeração, aquecimento e instrumentação;
- Possuem elevado coeficiente de transmissão térmica;
- Apresentam boa dobrabilidade;
- Em contato com a amônia, amina e outros compostos nitrados apresentam
corrosão sob tensão;
- Apresentam boa resistência a água salgada, alcalis, compostos orgânicos e
fluidos corrosivos;
- Seu uso é proibido para serviços alimentícios e farmacêuticos devido aos
resíduos tóxicos deixados pela oxidação.
- Limite de temperatura => - 180 ºC a 200 ºC.
• TIPOS:
- Cu puro => ASTM B.88.
15
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- Materiais de baixo peso específico;
- Possuem elevado coeficiente de transmissão térmica;
- Possuem elevada resistência à corrosão atmosférica;
- Os resíduos oriundos da corrosão não são tóxicos;
- São especificados pela ASTM B.241;
- São os materiais de mais baixo custo aplicáveis em temperaturas criogênicas;
- Limite de temperatura: - 270 ºC a 200 ºC.
• CARACTERÍSTICAS:
- Possuem elevada resistência à corrosão;
- Possuem elevado peso específico;
- Possuem baixa resistência mecânica;
- Aplicados em serviços com ácido sulfúrico em qualquer concentração;
- Limite de temperatura: 120 ºC a 200 ºC.
• CARACTERÍSTICAS:
- Elevada resistência à corrosão;
- Elevada resistência à oxidação;
- Elevada resistência mecânica;
- Elevado custo;
- São especificados para trabalhos em baixa temperatura.
• TIPOS:
- Ni comercial: - 200 ºC a 1050 ºC.
- Monel (67% Ni e 30% de Cr): - 200 ºC a 550 ºC.
- Incoloy (80% Ni e 13% Cr): - 200 ºC a 1100 ºC.
16
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• VANTAGENS:
- Baixo peso específico;
- Fáceis de trabalhar;
- Baixa condutividade térmica e elétrica;
- Elevada resistência à corrosão;
- Baixa perda de carga;
- Ótima aparência;
- Boa resistência a ácidos minerais diluídos, álcalis; alogênios, soluções salinas,
salmoura, produtos químicos, atmosfera, água doce e solo.
• DESVANTAGENS:
- Baixa resistência mecânica;
- Baixa resistência à temperatura (inferior a 100 ºC);
- Baixa estabilidade dimensional;
- Elevado coeficiente de dilatação;
- Alguns plásticos são combustíveis;
- Em presença de luz solar apresentam decomposição e tornam-se quebradiços, a
fim de contornar este problema existem alguns tipos resistentes à luz solar, pois
possuem em sua composição química um elemento denominado “negro de
fumo”.
- Apresentam baixa resistência a ácidos minerais altamente concentrados,
hidrocarbonetos e solventes orgânicos.
17
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
2.1 – INTRODUÇÃO
• FINALIDADE: Os meios de ligação têm por finalidade, conectar tubos entre si, tubos a
acessórios, válvulas e equipamentos.
• TIPOS:
- Ligação rosqueada;
- Ligação soldada;
- Ligação flangeada;
- Ligação ponta e bolsa.
18
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
São as mais utilizadas em montagem industrial.
• TIPOS:
- Solda por fusão;
- Solda por topo;
- Solda de encaixe ou soquete;
- Brasagem.
• VANTAGENS:
- Elevada resistência mecânica;
- Ótima estanqueinidade;
- Boa aparência;
- Facilidade de aplicação de pintura e de isolamento térmico;
- Dispensa manutenção.
• DESVANTAGENS:
- Custo elevado;
- Dificuldade de desmontagem;
- Exige mão de obra especializada.
19
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- Usadas em tubos de aço carbono, aço liga e aço inoxidável de Ø igual ou inferior
a 1 1/2'’ e materiais plásticos com Ø igual ou inferior a 4’’.
- Aplicada em qualquer faixa de pressão e temperatura, não recomendada para
serviços de corrosão e erosão elevados;
- Acessórios utilizados: luva e união.
• CARACTERÍSTICAS:
- Utilizadas em tubo de aço carbono, aço liga e aço inoxidável de Ø igual ou
superior a 2’’;
- Podem ser aplicados em serviços considerados severos em qualquer faixa de
pressão e temperatura;
- A extremidade dos tubos com chanfro para solda seguem a norma ASNI B.16.25,
conforme abaixo:
t < 3/16’’ => sem chanfro
3,16’’ ≤ t ≤ 3/4'’=> chanfro em “V”.
t > 3/4" => chanfro duplo “J”.
20
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- As ligações flangeadas são compostas de: um par de flanges, uma junta de
vedação e um jogo de parafusos máquina ou estojo de porcas;
- São empregados quando em ligações com válvulas, equipamentos, local em que
haja previsão de desmontagem da tubulação, quando não há possibilidade de
soldagem (ferro fundido e tubos com revestimento interno), em tubulações de Ø
igual superior a 2”;
- Flanges são peças de alto custo, peso elevado, alto volume, sujeito a
vazamentos.
21
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
22
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• NORMAS DIMENSIONAIS:
- 1/2'’ a 24” => ANSI B 16.5
• CLASSES DE PRESSÃO:
- 125, 150, 250, 300, 400, 600, 900, 1500, 2500 psi.
• PRESSÃO NOMINAL:
É a pressão admissível de trabalho em função da temperatura e do material do
flange.
23
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- É o elemento de vedação nas ligações flangeadas.
• ESFORÇOS SOFRIDOS:
- Compressão (devido ao aperto dos parafusos);
- Cisalhamento ( devido à pressão interna do fluido).
• CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL:
- Deformável, elástica e resistente (tais características atendem a necessidade da
junta se amoldar à superfície do flange, se acomodar em função do diferencial de
pressão e temperatura e do tipo do fluido e sua temperatura).
• INFLUÊNCIA DA ESPESSURA:
- Grande espessura = boa vedação, baixa resistência mecânica.
- Pequena espessura = baixa vedação; elevada resistência à compressão.
• INFLUÊNCIA DA DUREZA:
- Duras = baixa vedação; admitem elevadas pressões.
- Macias = boa vedação; admitem baixas pressões.
24
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
- Borracha;
- Amianto;
- Papelão hidráulico;
- Plásticos;
- Metal;
- Aço carbono;
- Aço liga;
- Aço inoxidável.
• TIPOS:
- Parafusos máquina (ASTM A307; 20 Kgf/cm² e 260 ºC).
- Parafusos estojo (ASTM A193) + Porca (ASTM A194).
• PADRONIZAÇÃO:
- ANSI B 18.2.
25
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• TIPOS DE APERTO:
- Inicial: A finalidade é escoar o material da junta sem pressão.
- Residual: A finalidade é compensar a pressão.
- À quente: A finalidade é compensar a dilatação térmica dos parafusos.
• O APERTO OCASIONA:
- Tração nos parafusos, compressão na junta, flexão no flange.
- O aperto está limitado pela tensão de escoamento do parafuso.
26
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- Utilizados em: tubos de ferro fundido, ferro fundido ligado, barro vidrado,
concreto, cobre, PVC;
- Utilizados em: serviço de água, esgoto, gás, líquidos corrosivos, serviços de
baixa pressão e temperatura.
• DEFINIÇÃO:
- Serviço não severo: significa baixa responsabilidade, pressão até 7,0 kgf/cm² e
temperatura até 100 ºC.
- Serviço severo: significa alta responsabilidade (fluidos inflamáveis e tóxicos),
pressão acima de 7,0 kgf/cm² e temperatura acima de 100 ºC.
27
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
3 – ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO
- “T”normal a 90º;
- “T” a 45º;
- Peça em “Y”;
- Cruzeta;
- Cruzeta de redução;
- Sela;
- Colar.
- Redução concêntrica;
- Redução excêntrica;
- Bucha de redução.
28
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
- Luva;
- União;
- Flange;
- Niple;
- Virola para flange.
- Tampões, cap;
- Bujão, plug;
- Flange cego.
• MATERIAL:
- Aço carbono (ASTM A – 234);
- Aço liga (ASTM A – 234);
- Aço inox (ASTM A – 403).
OBSERVAÇÃO: A obtenção destes acessórios pode ser feita através de chapas, tubos e
tarugos forjados.
• DIÂMETRO:
- Uso normal de 2 “a 24” (até 8 “sem costura).
• NORMA DIMENSIONAL:
- ANSI B 16.19.
• ESPESSURA:
- Schedule 40, 80 e 160.
• EXTREMIDADES:
- Com chanfro para solda segundo a norma ANSI B 16.25.
• NÃO DESMONTÁVEIS:
- São soldados diretamente entre si ou diretamente ao tubo.
30
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• MATERIAL:
- Aço forjado: aço carbono (ASTM A – 181; A – 105);
aço liga (ASTM A – 182).
• DIÂMETROS:
- De 1/4" a 4” – normal até 1 1/2".
• NORMA DIMENSIONAL:
- ANSI B 16.11.
• CLASSE E PRESSÃO:
- 2000 psi; 3000 psi; 4000 psi e 6000 psi.
• DESVANTAGENS:
- Não desmontável;
- Não podem ser ligadas diretamente entre si.
• CARACTERÍSTICAS:
- Material; classe de pressão; diâmetro nominal:
31
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
Aço carbono
2000; 3000 e 6000 psi 1/8” a 4”
(ASTM A-105 e A-181)
Ferro maleável
150 e 300 psi 1/4" a 6”
(ASTM A – 197)
Ferro fundido
125 e 250 psi 1/8” a 4”
(ASTM A – 126)
• NORMA DIMENSIONAL:
- ANSI B 16.11.
• CARACTERÍSTICAS:
- Fabricados em: ferro fundido, aço fundido;
- Os flanges de face plana apresentam as seguintes classes de pressão: 125 e 250
psi;
- Os flanges com face de ressalto são encontrados nas seguintes classes de
pressão: 150, 300, 400, 600, 900 e 1500 psi.
- Os diâmetros nominais encontrados de 1/2" a 24”.
• NORMA DIMENSIONAL:
- ASNI B 16.5.
32
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
3.2.5 – NIPLES
• CARACTERÍSTICAS:
- Definição: são pedaços curtos de tubos preparados para ligação entre válvulas
ou acessórios, rosqueados ou de solda de encaixe;
- Niples paralelos: ambas as extremidades lisas; ambas as extremidades
rosqueadas; uma extremidade lisa e outra rosqueada.
- Niples de redução: ambas as extremidades lisas; ambas as extremidades
rosqueadas; extremidade maior rosqueada e menor lisa; extremidade menor
rosqueada e maior lisa.
- Apresenta-se em diâmetro de até 4”.
- Os comprimentos variam de 50 a 150 mm.
33
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- Fabricados a partir de chapas planas calandradas em pedaços de tubos cortados
em ângulo e soldadas;
- Apresenta-se em Øn de 3” ou acima em qualquer ângulo;
- Acima de 12” de Øn existem limitações em termos de pressão e temperatura
(limite de pressão 7,0 kgf/cm² ). Acima de 24” de Øn são fabricados sobre
encomenda;
- Qualidade variável (maior perda de carga, menor resistência mecânica; menor
flexibilidade) comparada com os forjados.
34
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
- Aplicadas quando o ramal tem Ø de 2” ou mais e o tubo tronco seja maior que o
Ø do ramal.
• VANTAGENS:
- Baixo custo;
- Facilidade de execução (única solda);
- Não há necessidade de acessórios.
• DESVANTAGENS:
- Baixa resistência;
- Elevada concentração de tensão;
- Controle de qualidade e inspeção radiográfica difícil.
• VANTAGENS:
- Baixo custo;
- Facilidade de execução;
- Não necessita de acessórios especiais, menor resistência mecânica;
- Concentração de tensão atenuada com relação à boca de lobo simples.
• DESVANTAGENS:
- Perda de carga elevada;
- Inspeção radiográfica difícil.
35
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• VANTAGENS:
- Boa resistência mecânica e melhor distribuição de tensões;
- Controle de qualidade e inspeção radiográficas mais fáceis;
- Serviço severo.
• DESVANTAGENS:
- Maior custo;
- Necessidade de acessório especial para combinação de diâmetro.
• VANTAGENS:
- Excelente resistência mecânica;
- Baixa perda de carga;
- Melhor distribuição de tensões;
- Sem limite de pressão e temperatura;
- Serviços severos.
• DESVANTAGENS:
- Custo elevado;
- Montagem difícil sendo a sela um acessório especial de fabricação forjada.
- Figura “8”;
- Raquete;
- Raquete ventada;
- Válvula de flange cego;
- Junta giratória;
- Amortecedor de pulsação;
- Silenciador;
- Disco de ruptura.
36
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
OBS:
1º) Figura “8”, raquete, válvula de flange cego são empregados quando se deseja um
bloqueio rigoroso.
2º) A junta giratória é empregada quando se deseja movimento axial entre os eixos.
3º) Amortecedor de pulsação são aplicados quando se deseja amortecer a pulsação no
fluido ou por golpe de aríete.
4º) Silenciadores são peças aplicadas para reduzir o ruído provocado por descarga de
gases.
5º) Disco de ruptura destina-se a proteger a tubulação contra sobre pressões externas.
4 - VÁLVULAS
• DEFINIÇÃO:
- São dispositivos destinados a estabelecer controle e interromper o fluxo de uma
tubulação.
• CARACTERÍSTICAS:
- São os acessórios mais importantes e de maior custo de uma instalação
industrial, cerca de 8% do total da instalação;
- Introduzem perda de carga e são possíveis de vazamento (juntas, gaxetas, etc).
- Devem ser instalados em locais de fácil operação e manutenção.
37
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
4.1 – CLASSIFICAÇÃO
• DEFINIÇÃO:
- Servem para interromper estabelecer ou interromper o fluxo.
• CARACTERÍSTICAS:
- Operam completamente abertas ou fechadas.
- São do mesmo diâmetro da tubulação.
• TIPOS:
- Válvulas de gaveta;
- Válvulas de macho;
- Válvulas de esfera;
- Válvulas de comporta.
• DEFINIÇÃO:
- Servem para controlar o fluxo.
• CARACTERÍSTICAS:
- Operam com qualquer posição de fechamento;
- Podem ter diâmetro menor que a tubulação.
• TIPOS:
- Válvulas de globo;
- Válvulas de agulha;
- Válvulas de controle;
- Válvulas de borboleta;
- Válvulas de diafragma.
• TIPOS:
- Válvulas de retenção;
- Válvulas de retenção com fechamento;
- Válvulas de pé.
38
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• TIPOS:
- Válvulas de segurança e alívio;
- Válvulas de contra pressão.
• TIPOS:
- Válvulas redutoras;
- Válvulas reguladoras de pressão.
Fig. 4.1- Válvula gaveta pequena, castelo Fig. 4.2 - Válvula gaveta grande, castelo
rosqueado. aparafusado.
• PARTES PRINCIPAIS:
a) Carcaça: parte externa;
b) Mecanismos internos;
c) Extremidades das válvulas.
A) CARCAÇA:
- Divide-se em: corpo (parte externa) e castelo (parte superior removível).
- Ligação do corpo ao castelo;
- Castelo rosqueado - utilizado para pequenas válvulas e serviços de baixa
pressão.
39
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
B) MECANISMOS INTERNOS:
- DEFINIÇÃO:
São peças de fechamento, sedes e hastes. Normalmente são fabricadas de materiais mais
nobres que o corpo da válvula;
- ENGAXETAMENTO DA HASTE:
- Caixa de gaxeta com sobreposta;
- Caixa de gaxeta com porca de união;
- Sistema especial de vedação (retentores, foles, etc).
- ROSCA DA HASTE:
- Esta pode ser externa ou interna. A externa apresenta a vantagem de ano entrar
em contato com o fluido.
40
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• SISTEMAS:
- Hidráulico;
- Pneumático;
- Elétrico.
Fig. 4.3 - Válvula gaveta com redução de Fig. 4.4 - Válvulas com volante, com
engrenagem. corrente e com haste de extensão.
41
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- É o tipo de válvula mais importante e de uso mais generalizado;
- O fechamento dessas válvulas é feito pelo movimento de uma peça chamado
gaveta, que se desloca paralelamente ao orifício da válvula, e
perpendicularmente ao sentido de escoamento do fluido;
- São sempre operadas totalmente abertas ou fechadas;
- Quando totalmente aberta apresenta baixa perda de carga;
- Quando parcialmente fechada apresenta elevada perda de carga;
- Seu fechamento é lento a fim de evitar golpe de aríete;
- Sua vedação não é considerada totalmente estanque;
- São consideradas à prova de fogo;
- Modelos de grande diâmetro põem apresentar by-pass (tubo contornado a gaveta
da válvula), sua função é equalizar as pressões.
- Movimento da haste: Haste ascendente: rosca externa e indicação visual (haste
com movimento de translação, o volante com movimento de rotação); Haste
ascendente com rosca interna (haste e volante com movimento de rotação e
translação); Haste não ascendente (haste e volante com movimento de rotação).
-As hastes são indicadas para serviços com óleo, água, líquidos em geral, desde
que não muito corrosivos e nem deixe sedimentos sólidos ou tenham sódio em
suspensão. Em diâmetros acima de 8" são indicadas para linhas de ar
comprimido.
• VARIANTES:
a) VÁLVULAS DE COMPORTA OU GUILHOTINA:
- Utilizadas em linhas de grande Ø de ar, gases e água em baixa pressão, assim
como pasta de papel, fluidos viscosos e para fluidos abrasivos.
42
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- Normalmente indicada para bloqueio de gases em todos os diâmetros e
condições;
- Para pequenos diâmetros e baixas pressões são indicadas para fechamento
rápido de líquidos;
- Sua importância é de cerca de 10% do total das válvulas instaladas;
- Apresenta baixa perda de carga;
- Apresenta-se em dois tipos: com lubrificação e sem lubrificação. Nas válvulas
com lubrificação a finalidade da lubrificação é de auxiliar na vedação. Nas
válvulas sem lubrificação são consideradas estanques e sua sede é fabricada de
material resistente (borracha natural, neoprene, teflon, viton, etc).
- Não são consideradas à prova de fogo;
- Ocupam pequeno espaço.
• VARIANTES:
a) VÁLVULAS DE ESFERA:
- Indicadas para bloqueios de líquidos e gases;
- Seu funcionamento se dá através do giro de uma esfera deslizando sob um
diâmetro entre anéis retentores;
- Apresenta baixíssima perda de carga;
- Sua vedação é considerada estanque;
43
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
b) VÁLVULAS DE 3 OU 4 VIAS:
- É construída de macho vazado em forma de "T", "L" ou "X" tendo 3 ou 4 bocais
de ligação. Normalmente fabricados em diâmetros de 4".
• CARACTERÍSTICAS:
- São válvulas de regulagem, seu emprego se dá em sistema cujo fluido seja
liquido ou gasoso onde se deseja regulagem ou bloqueio;
44
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• VARIANTES:
a) VÁLVULA ANGULAR:
- Possui bocais na entrada e saída formando um ângulo de 90º;
- Apresenta perda de carga inferior a da válvula globo;
- São pouco utilizadas, pois em função de sua construção absorvem esforços da
tubulação;
- Aplicação: Extremidades de linha.
45
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
c) VÁLVULA EM "Y":
- Sua forma construtiva basicamente forma um ângulo de 45º entre a haste e o
corpo;
- Apresentam pequena perda de carga;
- Sua principal aplicação é em sistemas de bloqueio regulagem a vapor.
d) VÁLVULA EM AGULHA:
- Sua forma construtiva é similar aos das válvulas globo, porém o tampão é
substituído por peça cônica denominada agulha.
- Apresentam preciso controle de fluxo;
- São indicadas para sistemas líquidos ou gasosos de diâmetro nominal até 2"onde
se deseja um controle fino de fluxo.
• CARACTERÍSTICAS:
- Permitem o fluxo em um só sentido;
- Seu fechamento é automático por diferença de pressão;
- Casos típicos de emprego: Linhas de saídas de bombas centrífugas em paralelo;
Linha de alimentação de reservatórios situada em ponto elevada em relação à
alimentação.
- Devem ser instalados de forma em que seu funcionamento seja a favor da
gravidade;
- Possui modelos diferentes quando instalados na posição horizontal ou vertical.
46
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• TIPOS:
47
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
•VARIANTES:
VÁLVULA DE PÉ:
- São similares as de levantamento, porém possuem disco de material resiliente
(ex: couro, borracha e etc) no tampão para melhorar a vedação;
- Possui grade de proteção externa a fim de evitar danos causados por objetos
estranhos;
- São indicadas em tubulação de sucção de bomba, a fim de manter a escorva.
48
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- Seu funcionamento é automático. Abre-se quando a pressão a montante
ultrapassa o valor de calibragem;
- Seu fechamento é feito por mola ou contrapeso, possui sistema de regulagem;
- Sua construção é similar a da válvula globo angular.
• TIPOS:
- Válvulas de segurança - trabalha com gases e deve ter abertura rápida;
- Válvulas de alívio - trabalha com líquidos, pode ter abertura gradual.
OBS:
- A diferença entre os tipos apresentados acima se dá no perfil do tampão e da
sede.
49
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- São empregadas para controlar a vazão ou a pressão de um fluido;
- Sua operação é motorizada, sendo comandada por instrumento automático que
administra a pressão do ar e varia a abertura da válvula;
- São geralmente construídas com tampões duplos balanceados;
- A operação pelo diafragma se dá em sentidos opostos ao da mola de regulagem;
- Cada válvula possui gráfico próprio: entre o percentual de abertura e o fluxo
permitido;
- O perfil do tampão e da sede pode ser especialmente desenhado em função da
aplicação.
50
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- Regula a pressão a jusante;
- Seu funcionamento é automático. Este se dá através de pequena válvula piloto
integral com a válvula principal e atuada pela pressão a montante que dá ou não
passagem ao fluido para operação da válvula principal.
• CARACTERÍSTICAS:
- São válvulas utilizadas para bloqueio e regulagem, sua vedação não é
considerada estanque;
- No Brasil são fabricadas em diâmetros nominais de 2" a 48", sendo sua maior
faixa de aplicação a partir de 20".
- São indicadas para serviços de baixa pressão e fluidos líquidos com sólidos em
suspensão, água, materiais pastosos, ar e gases;
- Sua sede pode ser substituída e podem ser fabricadas em materiais metálicos e
plásticos;
- Basicamente existem dois tipos: Lug e wafer.
• CARACTERÍSTICAS:
- São indicadas para serviços corrosivos, tóxicos e que representem algum tipo de
risco ao meio ambiente.
51
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- Sua função é admitir ar na tubulação a fim de evitar colapso na mesma, pela
ação da pressão atmosférica, quando nesta é interrompido o fluido.
4.11.1 - ETAPAS
- Seleção de tipo geral;
- Especificação de características e detalhes.
52
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• DADOS OBRIGATÓRIOS:
- Tipo;
- Diâmetro nominal;
- Classe de pressão nominal;
- Tipo de ligação corpo castelo;
- Tipo de movimentação da haste;
- Tipo de mecanismo interno;
- Tipo de extremidade (especificação completa);
- Tipo de engaxetamento da haste e da ligação corpo castelo;
- Especificação dos materiais do corpo e internos;
- Norma dimensional;
- Teste de inspeção e condições de aceitação;
- Condições especiais, se houver.
• DADOS FACULTATIVOS:
- Fluido circulante;
- Pressões: mínima, normal e máxima de operação.
5 - JUNTAS DE EXPANSÃO
• DEFINIÇÕES:
- São peças não rígidas que se intercalam na tubulação com a finalidade de
absorver totalmente ou parcialmente as dilatações provenientes das variações de
temperatura e também impedir a propagação das vibrações.
• CASOS DE USO:
a) Quando o espaço disponível é insuficiente para um trajeto adequado de tubulação;
b) Para tubulações com diâmetro igual ou superior a 20". Neste caso cabe uma avaliação
de custo;
c) Quando o material da tubulação é considerado nobre;
d) Quando por exigência do serviço (o trajeto tem que ser retilíneo);
54
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- Sua instalação devera ser obrigatoriamente entre dois pontos fixos, e neste
espaço só poderá haver uma única junta de expansão;
- Sempre devera ser feito um estudo de viabilidade econômica;
- Normalmente são fabricadas sob encomenda.
• DESVANTAGEM:
- É o ponto fraco da tubulação. A falha desse acessório pode provocar vazamento,
acidentes e até paralisação do sistema.
• TIPOS:
1) Telescópica;
2) Fole ou sanfona.
• TIPOS:
1°) Juntas com extremo rosqueado de diâmetro até 3";
2°) Juntas com extremo flangeado e pé de ancoragem com diâmetro 3".
• CARACTERÍSTICAS:
- São formadas por tubos concêntricos deslizantes;
- Seu sistema de vedação é através de gaxetas;
- Só admitem movimentos axiais em dimensões acima de 3", possuem guia a fim
de evitar deslizamento;
- Exigem dispositivos limitadores de curso;
- São fabricadas em aço carbono fundido, ferro fundido e bronze com diâmetro até
24".
• EMPREGOS:
- Serviços de baixa responsabilidade (pressões inferiores a 40 Kgf/cm²) e curso até
30 cm.
56
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
• CARACTERÍSTICAS:
- São fabricadas de chapa finas flexíveis, normalmente não possuem sistema de
engaxetamento;
- Permitem movimentos axiais angulares e laterais;
- São empregadas para serviços severos;
- Não são completamente drenáveis quando na posição horizontal;
- Suas principais desvantagens são: baixa resistência à fadiga, e são bastante
suscetíveis à corrosão e a erosão.
• TIPOS:
a) JUNTAS SIMPLES:
- São fabricadas apenas com um fole;
- Podem ter dispositivos limitadores como os tirantes que evitam a distensão
excessiva do fole quando submetido a um esforço de tração, o qual é
proporcional a pressão;
- Admitem movimentos axiais, angulares e pequenos movimentos laterais.
b) JUNTA COM ANÉIS DE EQUALIZAÇÃO:
- Evitam a compressão excessiva;
- Distribuem os esforços por igual;
- Normalmente possuem camisa de proteção contra erosão;
- Admitem injeção de fluido de lavagem;
- Admitem movimentos axiais, angulares e pequenos movimentos laterais.
• MATERIAIS DO FOLE:
- Aço carbono, aço inox, cobre, latão, monel e materiais não metálicos.
57
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
6 - SUPORTES DE TUBULAÇÃO
• DEFINIÇÃO:
- Os suportes de tubulação são os dispositivos destinados a suportar os pesos e
os demais esforços feitos pelos tubos ou sobre os tubos, transmitindo esses
esforços diretamente ao solo, às estruturas vizinhas, a equipamentos ou, ainda, a
outros tubos próximos.
• CLASSIFICAÇÃO:
⇒ SUPORTES DESTINADOS A SUSTENTAR OS PESOS:
- Fixos;
- Semimóveis;
- Moveis (suportes de mola e suportes de contrapeso)
• PESOS:
- Peso próprio dos tubos, válvulas e outros acessórios da rede de tubulações;
- Peso do fluido contido;
- Peso do isolamento térmico, se houver;
- Sobrecargas diversas exercidas sobre a tubulação, tais como: peso de outros
tubos, pessoas, plataformas, estruturas, etc., apoiadas na tubulação;
• FORÇAS DE ATRITO:
- Provenientes dos movimentos relativos entre os tubos e os suportes.
• CARGAS:
- Conseqüentes das dilatações dos tubos;
- Devidos a ações diversas, tais como: golpes de aríete, acelerações do fluido
circulante, vibrações, ações do vento, etc.
59
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
Chamam-se suportes fixos os que não se deslocam verticalmente, não permitindo assim,
nenhuma liberdade de movimento vertical aos tubos. São comuns de todos os tipos de
suportes. Estes suportes podem ser apoiados ou pendurados, conforme transmitam os
pesos para baixo ou para cima.
60
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
Para os suportes de tubos leves e pouco importantes (até Ø 1 1/2"), tanto horizontais
como verticais, é freqüentemente mais econômico o emprego de ferragens compradas
prontas no comércio, principalmente no caso de tubos que correm isoladamente.
Há uma grande variedade dessas ferragens: braçadeiras, grampos, colares,
pendurais, etc.
Deve ser sempre deixada a maior liberdade possível de movimentos aos tubos, e por
esse motivo, os grampos, braçadeiras, etc., não devem ser apertados contra os tubos.
61
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
62
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
Fig. 6.7 - Suporte de mola de carga variável. Fig. 6.8 - Suporte de mola de carga
constante.
aumenta, exigindo maior esforço para comprimir a mola. Desta maneira a capacidade de
suporte fica praticamente constante ao longo de todo o curso de deflexão da mola. Esses
dispositivos são bem mais caros e complicados dos que os suportes de carga variável, e,
por isso mesmo, de uso mais restrito.
a) Ancoragens→ são pontos de fixação total, isto é, são suportes que restringem
completamente todos os movimentos dos tubos.
b) Guias→ são dispositivos que impedem os movimentos laterais dos tubos. Existem
também guias transversais que impedem os movimentos longitudinais e guia de
pinos que permitem somente os movimentos angulares e longitudinais.
c) Batentes → impedem somente o movimento longitudinal, em um sentido ou em
ambos os sentidos.
d) Contra-ventos → são dispositivos que o rigor não deveriam estar incluídos entre os
suportes de tubulação porque não suportam os pesos exercidos pelos tubos,
limitando apenas movimentos laterais dos mesmos.
64
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
65
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
c) Evitar interferências, isto é, evitar que os tubos ao se dilatarem esbarrem uns contra os
outros ou contra paredes, estruturas, equipamentos, etc.;
7 - DESENHOS DE TUBULAÇÃO
1) Fluxogramas;
2) Plantas de tubulação;
3) Desenhos isométricos;
4) Folhas de dados de tubulação.
66
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
7.1 - FLUXOGRAMAS
67
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
a) Número de ordem;
b) Classe ou tipo de fluido;
c) Diâmetro nominal;
d) Sigla indicativa da especificação de materiais;
e) Extremidade de linha, isto é, de onde a linha vem e para aonde a linha vai;
f) Velocidade e/ou vazão do fluido;
g) Perda de carga unitária;
h) Temperatura e pressão de operação;
i) Temperatura e pressão de projeto;
j) Pressão de teste hidrostático;
k) Necessidade ou não de isolamento térmico; tipo de isolamento;
l) Necessidade ou não de aquecimento da linha.
68
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
69
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
70
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
71
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
73
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
74
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
76
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
8 - INSPEÇÃO DE TUBULAÇÕES
8.1 - DEFINIÇÕES
- Alteração de projeto:
Qualquer intervenção que resulte em alterações no projeto original, inclusive nos
parâmetros operacionais da tubulação.
- Classe de tubulação:
Grau de importância dos sistemas de tubulações, em classes, de forma a enquadrá-
los em função dos efeitos à segurança das pessoas, às instalações e ao meio ambiente,
decorrentes de um eventual vazamento provocado por falha do sistema.
- Lista de linhas:
Documentos que contém a listagem de todas as tubulações da unidade de processo,
com seus dados técnicos (identificação, diâmetro, origem e destino, fluido, pressão e
temperatura de operação e projeto, pressão de teste hidrostático, tipo de isolamento e
espessura).
- Inspeção de tubulação:
Conjunto de ações de monitoração e acompanhamento das condições físicas de
tubulações, com o uso de técnicas, procedimentos e métodos que visem a garantia de
operação segura e confiável do sistema dentro de prazos definidos.
- Inspetor de tubulação:
Profissional com formação na área de inspeção de equipamentos de Refinarias e
Plantas Petroquímicas, capacitado para avaliar o estado de deterioração e evolução de
danos em tubulações, solicitar reparos e substituições, bem com determinar vida útil residual
de sistemas de tubulação.
- Intensidade de deterioração:
Grau de comprometimento de um determinado componente ou sistema em relação a
um critério de integridade pré-estabelecido para esse componente ou sistema.
- Isométrico de inspeção:
Desenho de tubulação em perspectiva isométrica, sem escala, contendo as
seguintes informações: orientação geográfica, sentida de fluxo, número da linha,
identificação dos pontos de medição, pontos de origem e destino, drenos, vents e outros
78
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
- Linha:
Parte integrante de um sistema de tubulações e que interliga geralmente dois
equipamentos, um equipamento e uma linha ou duas linhas diferentes entre si.
- Potencial de risco:
Fator atribuído à tubulação em função das conseqüências de uma eventual falha da
mesma sob o ponto de vista de segurança, continuidade operacional e proteção ao meio
ambiente.
- Probabilidade de falha:
Fator atribuído à probabilidade de que ocorra uma ou mais falhas na tubulação ou
sistema em função do nível de deterioração existente.
- Reclassificação:
Mudança na temperatura de projeto ou na máxima pressão de trabalho admissível de
um sistema de tubulação. A reclassificação pode consistir em um aumento, decréscimo ou
em combinação de ambos.
- Relatório de inspeção:
Documento destinado ao registro permanente de informações coletadas durante a
inspeção de tubulação, e que deve propiciar rastreabilidade do sistema ao longo de toda sua
vida útil, indicando sua medição de espessura, inspeção visual externa e resultados dos
demais ensaios definidos nessa rotina.
- Reparo:
Qualquer intervenção que vise estabelecer a operacionalidade após a falha ou
corrigir não conformidades com relação ao projeto original.
79
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
- Sistema de tubulação:
Conjunto de tubulações usadas para conduzir fluidos, interligadas entre si e/ou a
equipamentos estáticos ou dinâmicos e sujeitas às mesmas condições de projeto
(temperatura e pressão).
- Taxa de corrosão:
Número que indica a perda de espessura da tubulação ocorrida em determinado
período de tempo num ponto ou conjunto de pontos de controle e expressa em mm/ano.
- Tubulação:
Conjunto de tubos e acessórios (válvulas, flanges, curvas, conexões, etc.) destinados
ao transporte de fluidos entre diversos equipamentos de processo, transferência, estocagem
e utilidades.
- Tubulações de utilidades:
Tubulação que transporta fluidos auxiliares, necessários ao processo e
armazenamento.
- Zonas mortas:
Componentes ou regiões de tubulação que normalmente não apresentam fluxo
significativo. São enquadradas como zonas mortas: conexões com flange cego, sistemas de
desvio (by-passes) de tubulação de válvulas de controle com pouco uso, vents e drenos de
equipamentos (inclusive tubulações), conexões para instrumentação e serviços auxiliares,
conexões de entrada de válvulas de segurança, etc.
80
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
81
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
a) Relatórios anteriores;
b) Isométricos de inspeção;
c) Alteração de projeto;
d) Mudança de parâmetros operacionais;
e) Ferramentas de inspeção;
f) Procedimento específico (ex: medição de espessura por ultra-som).
82
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
Este roteiro de inspeção deve ser utilizado para linhas de quaisquer bitolas, inclusive
as de pequeno diâmetro. Ele aborda, basicamente, a inspeção visual dos componentes.
Deverão ser verificados os seguintes itens como indicado a seguir:
8.6.1.1 - OCORRÊNCIA
83
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
8.6.1.3 – PINTURA
8.6.2.2 – PINTURA
84
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
85
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
86
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
b) Acesso → Locais de fácil acesso, direto ou com auxílio de uma escada, sem necessidade
de montar andaimes.
d) Experiência → Locais onde, por experiência anterior, espera-se taxa de corrosão mais
elevada (por exemplo, geratriz inferior de tubulações de alívio para flare).
87
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
- As espessuras encontradas devem estar acima dos valores mínimos, sem risco
de atingir o valor mínimo durante a campanha seguinte, considerando-se que a
taxa de corrosão anterior se mantenha.
88
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
89
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
8.11 – ANEXOS
NPS (in) DIÂM. EXT. (in) SCH 40 (mm) SCH 80 (mm) ESP. MÍN. (mm)
90
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
91
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
(frente)
92
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
(verso)
93
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
94
Curso de Inspetor de Equipamentos
Tubulações
95
Curso de Inspetor de Equipamentos