Relatório 1 - Química Orgânica 2
Relatório 1 - Química Orgânica 2
Relatório 1 - Química Orgânica 2
CARLOS -
CAMPUS SOROCABA
Centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade -
CCTS
Curso de Química Licenciatura Noturno - CQLN - So
EXPERIMENTO 1 - Polímeros
SOROCABA - SP
2022
1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO _____________________________________________________2
2. OBJETIVO _______________________________________________________5
3. MATERIAIS E MÉTODOS ____________________________________________5
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES _______________________________________6
5. CONCLUSÃO _____________________________________________________11
6. REFERÊNCIAS ____________________________________________________12
2
1. INTRODUÇÃO
Fonte: [1].
3
Essas alterações podem acontecer em uma ou várias etapas. As uniões entre as cadeias
são reação de reticulação, também denominadas curadas [4].
A preparação e as estruturas químicas destas resinas influenciam o mecanismo de
cura e afetam diretamente a qualidade do produto final. Nos polímeros com ligações
cruzadas, as cadeias lineares adjacentes estão unidas umas às outras em várias posições,
por meio de ligações covalentes (durante a síntese ou por uma reação química irreversível)
e a cura destes polímeros afeta suas propriedades reológicas, conferindo propriedades
mecânicas e térmicas distintas: parte deste grupo são os epóxis, as poliuretanas e os fenol-
formaldeído [4].
O primeiro polímero sintético que foi usado em escala comercial foi a resina fenol-
formaldeído (fenólica), desenvolvida em 1900 pelo químico belga Leo Baekeland, conhecida
comercialmente como baquelite [5].
As resinas fenólicas são produzidas através da reação de polimerização entre fenóis
e aldeídos ou vários de seus derivados. A formação de resinas poliméricas a base de fenol
e formaldeído compreende três etapas distintas [6]:
1. Adição do formaldeído ao fenol juntamente com o catalisador ácido ou
básico.
2. Crescimento da cadeia polimérica ou formação de um pré-polímero (em
temperaturas inferiores a 100°C).
3. Ocorrência da reação de cura ou reticulação.
Figura 2: Possíveis mecanismos de reação para a formação de resinas fenólicas (A) reação
Fonte: [6].
4
(compensados e particulados). Cerca de 75% da resina fenólica produzida é consumida na
indústria da madeira, isolamento térmico e de compostos de moldagem [7].
A resistência mecânica, os compósitos a base de resinas fenólicas se comportam
semelhantes ao alumínio e ao aço, entretanto os valores de resistência à deformação e à
elongação são superiores [7].
A facilidade de queima é, geralmente, uma desvantagem para os polímeros
orgânicos, entretanto, polímeros termorrígidos, como resinas fenólicas, apresentam maior
dificuldade de combustão e, por isso, são amplamente utilizadas na confecção de peças de
uso elétrico, especialmente para materiais de isolamentos térmicos, compostos de
moldagem, coberturas e materiais compósitos. Quando o polímero apresenta anéis
aromáticos e ausência de cadeias parafínicas, há um autoretardamento da sua
inflamabilidade, sem manutenção da chama; forma-se resíduo negro, grafítico, com
liberação de pouca fumaça. Assim, são materiais importantes nas aplicações de alta-
tecnologia, oferecendo alta confiabilidade, possuem excelentes propriedades ablasivas,
integridade estrutural, estabilidade térmica e resistência a solventes [2].
As resinas à base de fenol e formaldeído são designadas para atender a demanda
de mercado, onde a segurança contra o fogo é o principal objetivo a ser atingido. Estes
materiais são utilizados basicamente na construção de grades de piso para plataformas de
petróleo (offshore) em alto mar e refinarias de petróleo em terra; peças e partes internas e
externas de veículos de passeio, transporte e de trabalho; peças e partes internas e
externas de aeronaves; prédios públicos; túneis industriais e de processamento; barcos e
outras embarcações de pequeno, médio e grande porte; entre outros [6].
5
2. OBJETIVO
Sintetizar uma resina utilizando dos compostos fenol e formaldeído e a partir desta
resina, obter um polímero termorrígido. Estudar possíveis aplicações deste polímero, além
de determinar algumas de suas propriedades como análise mecânica, determinação da
solubilidade da resina obtida e o pH da amostra.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.2. Metodologia
6
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura 3: Mecanismo proposto para a primeira etapa de reação catalisada por ácido.
Fonte: [4]
7
Figura 4: Resinas do tipo a. termofixas e b. termoplástticas.
a) b)
Fonte: [4].
Fenol 1,7 g
TOTAL 7,554 g
Fonte: Próprio Autor.
Tivemos uma resina final de massa igual a 4,635 g, e com isso, é possível
calcularmos o rendimento total da reação:
Rendimento( %)=61,35 %
8
Em sua reação completa de polimerização, tivemos um rendimento de 61,35%, isso
nos dá indicios de que grande parte dessa massa perdida (38,64% da massa total) é do
formaldéido que estava em excesso, justamente para deixar em condições ideias para
termos a resina termofíxa, e esse excesso não sofreu polimerização, sendo descartada e
causando um rendimento menor.
Observando a tabela de solubilidade das resinas fenólicas na figura 5, podemos
tirarar algumas concluções da resina obtida em nosso experimento.
Figura 5: Solubilidade de resinas fenólicas em vários solventes distintos, onde “S” indica a solubilidade e “N” a
insolubilidade em cada solvente.
Fonte: [6].
9
O processo de deformação na qual a tensão e a deformação são proporcionais é
chamado de deformação elástica; um gráfico de tensão em função da deformação resulta
em uma relação linear. A inclinação (coeficiente angular) deste segmento corresponde ao
módulo de elasticidade. Esse módulo pode ser considerado como sendo uma rigidez, ou
uma resistência ao material à deformação elástica [13].
Na figura 6 podemos observar um modelo de gráfico de carga (kN) pela deformação
do corpo de prova.
Fonte: [11].
Quanto maior for esse módulo, mais rígido será o material ou menor será a
deformação elástica que resultará da apliação de uma dada tensão. O módulo de Young
está diretamente relacionado com a rigidez do polímero, ou seja, quanto maior for o valor do
módulo maior será a rigidez do polímero [12]. O módulo elastico pode ser calculado pela
seguinte fórmula na figura 7:
10
Quadro 2: Propriedades da resina de fenol-formaldeído obtido em nosso experimento.
Resina Fenol-Formaldeído
pH 7,5 - 8,5
11
5. CONCLUSÃO
Com esse procedimento foi possível sintetizar uma resina utilizando-se dos
compostos fenol e formaldeído, e a partir desta resina, obter um polimero termorrigido. Com
isso, podemos observar as diferentes aplicações para este polímero, além de podermos
determinar algumas propriedades tais como: a análise mecânica da resina, definir a sua
solubidade, pH e etc. Ressaltamos que os objetivos iniciais foram alcançados, onde os
conceitos propostos foram esclarecidos ao decorrer do trabalho, de modo que foi permitido
determinar e caracterizar os compostos orgânicos por meio da síntese.
Destacamos também o alto potêncial de estudos da resina fenólica como
compósitos utilizando a aplicação de reforços sintéticos, como fibra de vidro por exemplo,
ou naturais, como fibras de celulose ou até mesmo os nanocristais de celulose, estudar a
influência dos reforços nas propriedades mecânicas, térmicas e da absorção de água desse
compósito muito utilizado na indústria madereira.
12
6. REFERÊNCIAS
[1] CANEVAROLO, S. V. J., Ciência dos Polímeros: Um texto básico para tecnólogos e
engenheiros. 2º edição. São Paulo, Artliber Editora Ltda., 2006.
[2] MANO, E. B. Polímeros como Materiais de Engenharia. São Paulo: Editora Edgar
Blücher, 1991.
[4] RENDA, C. G., Estudo da resina fenólica fenol/formaldeído e sua aplicação como
matriz na preparação de nanocompósitos polímericos contendo nanotubos de
carbono. Dissertação de Mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais - Universidade
Federal de Alfenas (UNIFAL). Alfenas, 2015.
[8]https://www.merckmillipore.com/BR/pt/product/Formaldehyde-solution-about-370-
0,MDA_CHEM-104002
[9]https://www.farmacia.ufmg.br/wp-content/uploads/2018/10/fispq-Am%C3%B4nia-24-25-
5.pdf
[11]https://www.researchgate.net/figure/Grafico-carga-vs-deformacao-em-cada-nivel-
instrumentado_fig4_330640822
[12] TRUSDELL, C. – The Rational Mechanics: Of flexible or elastic bodies. Vol. 10, 1638-
1788.
[13] CALLISTER JR, W.D. - Ciência e engenharia e materiais: uma introdução. 5 ed.; LTC,
Rio de Janeiro, 2000. 82p
13