TD ENEM Justiniano AULA 03 Prof DANILO
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TD ENEM Justiniano AULA 03 Prof DANILO
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara
Mas se você achar
Que eu tô derrotado
c) hipérbole: é o exagero na expressão de ideias.
Saiba que ainda estão rolando os dados
Ex: Estou morrendo de fome. Ela morreu de rir daquela
Porque o tempo, o tempo não para
piada.
Dias sim, dias não Não vivo um segundo sem você.
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta d) ironia: Consiste no emprego de palavras, expressões
ou períodos que querem dizer o contrário do que está
A tua piscina tá cheia de ratos
sendo dito.
Tuas ideias não correspondem aos fatos
Ex: Que bonito, Pedrinho! Tirou nota zero em cinco
O tempo não para
matérias.
Eu vejo o futuro repetir o passado “Bebeu e está dirigindo? O testamento está pronto?”
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não para e) Prosopopeia: Também chamada de personificação, é
Não para, não, não para a figura que atribui ações, atitudes ou características
humanas a seres inanimados.
Eu não tenho data pra comemorar Ex: “Agora agüenta coração! Já que inventou essa
Às vezes os meus dias são de par em par paixão (...)”
Procurando uma agulha num palheiro
Nas noites de frio é melhor nem nascer f) Sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão,
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
E assim nos tornamos brasileiros Ex: A sua voz áspera intimidava a plateia.
Esse perfume tem um cheiro doce.
COLÉGIO ESTADUAL JUSTINIANO DE SERPA 3
PREPARATÓRIO ENEM: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Prof. Danilo Rodrigues.
g) eufemismo: é o emprego de palavras ou expressões
que visam atenuar ou suavizar palavras muito fortes ou Questão 01 (ENEM)
negativas.
Ex: Ele ganha muito dinheiro se apropriando de coisas Cidade grande
alheias.
Roberto está com uma indisposição estomacal. Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
ficou urbe tão notória,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.
(Carlos Drummond de Andrade)
Entre os recursos expressivos empregados no texto,
destaca-se a:
METONÍMIA: TROCAS OU SUBSTITUIÇÕES A) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem
referir-se à própria linguagem.
A metonímia é uma das figuras de linguagem mais B) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora
comuns, principalmente em textos publicitários. Consiste outros textos.
em utilizar um termo no lugar de outro para designar C) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se
algo. Seu estudo deve ser feito a parte, pois existem pensa, com intenção crítica.
diferentes tipos, como veremos agora: D) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em
a) Autor pela obra; seu sentido próprio e objetivo.
Nunca li José de Alencar, prefiro Machado de Assis.
Solange só ouve Fábio Júnior e Djavan.
Apreciamos bastante Picasso e Van Gogh.
b) Continente pelo conteúdo;
Ex: Maria, me dá um copo d’água, por favor!
Neste carnaval, bebi dez latas de cerveja.
Ele me negou um prato de comida.
c) A marca pelo produto;
Ex: “Neste natal, dê um vivo a quem você ama”.
“Faça a revisão do seu Volkswagen com os doutores em
Volkswagen”. E) prosopopeia, que consiste em personificar coisas
inanimadas, atribuindo-lhes vida.
Questão 02 (ENEM)
Oxímoro (ou paradoxo) é uma construção textual que
agrupa significados que se excluem mutuamente. Para
Garfield, a frase de saudação de Jon (tirinha abaixo)
expressa o maior de todos os oximoros.
Nas alternativas abaixo, estão transcritos versos
retirados do poema “O operário em construção”. Pode-
se afirmar que ocorre um oximoro em:
A) "Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão."
B) "... a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão."
C) "Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
d) Parte pelo todo; Um mundo novo nascia
Ex: Não temos um teto para morar. De que sequer suspeitava."
Não faltam braços no Brasil a fim de trabalhar.
D) "... o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário."
E) "Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão."
MORAES, Vinícius de. Antologia Poética. São
Companhia das Letras, 1992.
Questão 03 (ENEM)
EXERCÍCIOS
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PREPARATÓRIO ENEM: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Prof. Danilo Rodrigues.
BICHO URBANO
Se disser que prefiro morar em Pirapemas Questão 05 (ENEM)
ou em outra qualquer pequena cidade do país O termo (ou expressão) destacado que está empregado
estou mentindo em seu sentido próprio, denotativo ocorre em
ainda que lá se possa de manhã A) “(....) É de laço e de nó/ De gibeira o jiló/ Dessa vida,
lavar o rosto no orvalho cumprida a sol (....)”
e o pão preserve aquele branco (Renato Teixeira. Romaria. Kuarup Discos.Setembro de 1992.)
sabor de alvorada.
..................................................................... B) “Protegendo os inocentes/ é que Deus, sábio demais,/
A natureza me assusta. põe cenários diferentes/ nas impressões digitais.”
Com seus matos sombrios suas águas (Maria N. S. Carvalho. Evangelho da Trova. /s.n.b.)
suas aves que são como aparições C) “O dicionário-padrão da língua/ e os dicionários
me assusta quase tanto quanto unilíngües são os tipos mais comuns de dicionários. Em
esse abismo nossos dias, eles se tornaram um objeto de consumo
de gases e de estrelas obrigatório para as nações civilizadas e desenvolvidas.”
aberto sob minha cabeça. (Maria T. Camargo Biderman. O dicionário-padrão da língua.
(GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Alfa (28), 2743, 1974 Supl.)
Janeiro: José Olympio Editora, 1991)
D)
Embora não opte por viver numa pequena cidade, o
poeta reconhece elementos de valor no cotidiano das
pequenas comunidades. Para expressar a relação do
homem com alguns desses elementos, ele recorre à
sinestesia, construção de linguagem em que se
mesclam impressões sensoriais diversas. Assinale a
opção em que se observa esse recurso
A) "e o pão preserve aquele branco / sabor de
alvorada."
B) "ainda que lá se possa de manhã / lavar o rosto no
orvalho" (O Globo. O menino maluquinho. agosto de 2002.)
C) "A natureza me assusta. / Com seus matos
sombrios suas águas" E) “Humorismo é a arte de fazer cócegas no raciocínio
D) "suas aves que são como aparições / me assusta dos outros. Há duas espécies de humorismo: o trágico e
quase tanto quanto" o cômico. O trágico é o que não consegue fazer rir; o
E) "me assusta quase tanto quanto / esse abismo / de cômico é o que é verdadeiramente trágico para se fazer.”
gases e de estrelas" (Leon Eliachar. www.mercadolivre.com.br. acessado em julho
de 2005.)
Questão 04 (ENEM)
QUADRO SÍNTESE
Amor é fogo que arde sem se ver; (Figuras de Linguagem)
é ferida que dói e não se sente; Metáfora Associação de ideias
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer; Antítese Ideias opostas / antônimos
É um não querer mais que bem querer; Hipérbole Exagero
é solitário andar por entre a gente; Eufemismo Suavização de ideias
é nunca contentar-se de contente;
é cuidar que se ganha em se perder; Ironia Dizer o contrário do que se afirma
É querer estar preso por vontade; Prosopopeia Humanização de seres / ideias
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata lealdade. Sinestesia Sentidos / impressões
INTERTEXTUALIDADE E APROPRIAÇÃO
e) Tradução - a tradução está no campo da
Todo texto que lemos é intertextualidade porque implica em recriação de um
resultado de outro anterior texto.
assim como o nosso discurso.
Essas relações entre os textos
ou idéias expressas pelo ser
humano é um dos temas mais
abordados na prova do ENEM.
Sendo assim, a constante
leitura e o conhecimento de
mundo são imprescindíveis para o candidato. Essa
relação entre os textos é conhecida como
intertextualidade, que se manifesta não só na literatura,
como também na pintura, arquitetura, escultura, cinema,
música, publicidade, linguagem falada.
INTERTEXTUALIDADE
É a influência de um texto sobre outro que o toma
como modelo ou ponto de partida, e que gera a
atualização do texto citado. Pode ser ainda a utilização
de uma multiplicidade de textos ou de partes de textos
preexistentes de um ou mais autores, de que resulta a
elaboração de um novo texto literário.
(Dicionário Eletrônico Houaiss)
COLÉGIO ESTADUAL JUSTINIANO DE SERPA 3
PREPARATÓRIO ENEM: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Prof. Danilo Rodrigues.
REVISÃO: PERÍODOS LITERÁRIOS (SÉCULO XVI AO XIX)
QUINHENTISMO REALISMO
Literatura informativa – descritiva, objetiva, sem Machado de Assis – certamente o grande nome
propósitos artísticos. da Literatura Brasileira. Seus romances são
“A Carta” de Caminha. classificados em duas fases: romântica e realista.
Literatura jesuítica- religiosa, doutrinária, No caso do Realismo, Machado explora temas
pedagógica e artística (mesmo que parcialmente) como o adultério, o jogo de interesses, a loucura e
Poesia e teatro de José de Anchieta. o pessimismo humano, além de traçar um perfil
feminino completamente diferente dos românticos.
BARROCO Características
Racionalismo, linguagem objetiva;
Gregório de Matos (“Boca do Inferno”) – Análise psicológica dos personagens;
primeiro poeta genuinamente brasileiro, possuía Crítica à sociedade burguesa e ao idealismo
varias temáticas: o amor, a fé católica, a crítica romântico;
social e as reflexões filosóficas.
Padre Antônio Vieira – português, escreveu NATURALISMO
diversas cartas e salmos. O caráter religioso e
pedagógico de seus textos é evidente. Aluísio Azevedo – maior nome do Naturalismo
Características brasileiro, seus romances (O Mulato e O Cortiço)
Linguagem rebuscada (complexa), uso de figuras exploram o determinismo nos destinos e ações
de linguagem (antítese, paradoxo e hipérbole); dos personagens, os temas de suas obras são
Dualismos (a fé x o pecado, céu x inferno etc.); polêmicos e nela, a análise psicológica e moral
Subjetivismo e religiosidade católica; dos personagens são relevantes.
Características
ARCADISMO Cientificismo e determinismo;
Análise do ambiente da obra. Preferência por
Tomás Antônio Gonzaga – produziu poesia lírica ambientes coletivos e corrompidos moralmente;
(Marília de Dirceu) e prosa satírica (As Cartas Exploração de Patologias sociais;
Chilenas).
Cláudio Manoel da Costa – cultivou PARNASIANISMO
principalmente o soneto, sua poesia também
possui caráter lírico. Olavo Bilac (“Príncipe dos Poetas”) – poeta de
Características grande talento e prestígio no Brasil do fim do
Linguagem equilibrada, racional (sem os século XIX e início do XX. Sua poesia caracteriza-
exageros barrocos); se pela perfeição formal, o racionalismo e culto do
Bucolismo (valorização do ambiente campestre); métrica. Será um dos poetas mais atacados pelos
Valorização da cultura clássica (mitologia greco- modernistas durante A Semana de 22.
romana); Características
“Arte pela Arte, valorização da forma do poema;
ROMANTISMO Valorização da cultura clássica;
Linguagem rebuscada (complexa),
Gerações poéticas distintas – cada uma delas Versos metrificados e rimas raras;
possui temáticas variadas: Impessoalidade do eu-lírico;
1ª geração ou geração indianista (Gonçalves Dias)
2ª geração ou geração ultrarromântica (Álvares de SIMBOLISMO
Azevedo)
3ª geração ou geração condoreira (Castro Alves) Cruz e Sousa (“O Cisne Negro”) – sua poesia
Prosa romântica – José de Alencar foi o maior caracteriza-se pela musicalidade, aliterações e
romancista romântico, suas obras são temas como o culto do vago amor espiritualizado e
classificadas através de quatro tendências a cor branca.
(indianista, regionalista, urbana e histórica) Características
Características Espiritualismo e misticismo;
Sentimentalismo e individualismo; Abstracionismo (culto do vago)
Escapismo e pessimismo; Musicalidade (aliterações e assonâncias);
Literatura de caráter nacional e regional; Linguagem metafórica (sinestesias e metáforas);
A idealização do amor, do casamento e da
mulher;