Suturas - Tipos
Suturas - Tipos
Suturas - Tipos
Índice
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Profilaxia antitetânica
7.
Índice
Índice
Suturas são o conjunto de manobras realizadas para unir tecidos com a finalidade de restituir a
anatomia funcional.
A sutura é definida pela aproximação das estruturas teciduais através da disposição ordenada de
inúmeros nós cirúrgicos e exige conhecimento da técnica, dos fios e de suas aplicações em cada tipo de
tecido.
promover a hemostasia;
As suturas devem ser realizadas em feridas limpas, feridas com contaminação recente e feridas sem
infecção.
Para se realizar uma boa sutura, algumas normas básicas são necessárias:
Assepsia adequada: infecções podem fazer deiscência de sutura, por que enfraquecem e destroem os
tecidos.
Boa captação das bordas: bordas bem alinhadas e coaptadas facilitam o processo de cicatrização, reduz
formação de queloides e contribui para uma melhor estética.
Realizar por planos: promove bom confrontamento das bordas e evita o espaço morto.
Realizar a técnica adequadamente: adequar a sutura ao tecido, com relação a tensão, tipo de fio e
espaçamento correto entre os pontos.
Feridas/lesões infectadas;
Mordidas de animais;
Perfurações profundas;
Pinças de dissecção
São instrumentos de apreensão dos tecidos, favorecendo sua manipulação. Podem ser atraumáticas
(anatômica) ou traumáticas com “dente de rato”, que são usadas na confecção de pontos na pele.
Porta agulhas
Agulhas
Podem ser curvas (mais usadas) ou retas; traumáticas, quando o fio não vem montado e há um orifício
para sua colocação ou atraumáticas, ou seja, já montadas com o fio.
Fios cirúrgicos
Podem ser de origem sintética ou orgânica e monofilamentares (levam à menor reação inflamatória) ou
multifilamentares. Se fossemos pensar em fio ideal, ele deveria ter as seguintes características: ter a
resistência tênsil igual a dos tecidos, ser fino, regular, flexível, ter pouca reação tecidual e baixo custo.
Os fios não absorvíveis, na maioria das vezes, não precisam ser retirados e levam à menor reação
inflamatória.
O calibre dos fios varia de nº 0 até nº 12.0. Quanto menor o número de zeros, maior é o calibre do fio,
portanto, um fio 2.0 (dois zeros) é mais calibroso que o fio 4.0 (quatro zeros).
Isso é importante por que cada calibre do fio exerce uma tensão na sutura, sendo necessária a escolha
do calibre adequado.
Além disso, cada calibre tem sua aplicação: oftalmologia e microcirurgia (7.0 – 12.0); face e vasos (6.0);
face, pescoço e vasos (5.0); mucosa, tendão e pele- abdome e tronco (4.0); pele- extremidades e
intestino (3.0); pele- extremidades-, fáscia e vísceras (2.0); parede abdominal, fáscia e ortopedia (0-3)
Na sutura descontínua os fios são fixados separadamente, podendo variar a tensão de acordo com a
necessidade em cada ponto. É considerada mais segura, já que o rompimento de um ponto não
inviabiliza a sutura toda.
É menos isquemiante, confere maior permeabilidade à ferida e consegue força tensil maior e de modo
mais rápido. Como desvantagens, possui uma elaboração mais lenta e trabalhosa.
Na sutura contínua, o fio é passado do início ao fim sem interrupções. É uma sutura de execução mais
rápida que a descontínua. É mais hemostática, tendo a mesma tensão em todo percurso da sutura.
Pontos descontínuos
Ponto Simples: É um dos mais utilizados, sendo considerado ponto universal. É ótimo para sutura de
pele.
Ponto simples invertido: Variação do ponto simples, onde o nó fica oculto dentro do tecido. É um ponto
de sustentação permanente que tem a finalidade de reduzir a tensão na linha de sutura.
Donatti ou U vertical: É a associação de dois pontos simples. Cada lado da borda é perfurado duas vezes.
A primeira transfixação ocorre há até 10mm da borda e inclui pele e camada superior do subcutâneo. A
segunda perfuração é transepidérmica, há cerca de 2mm da borda. Esse ponto é também conhecido
como “longe-longe, perto-perto”.
É um ponto que promove boa hemostasia, sendo mais utilizado quando há hemorragia subdérmica e
dérmica. Reduz tensão e promove boa coaptação das bordas, evitando sua invaginação, entretanto, o
resultado estético é inferior.
Ponto em X: Executado para que fique duas alças cruzadas. Esse ponto aumenta a superfície de apoio de
uma sutura para hemostasia ou aproximação. É usado em fechamento de paredes e suturas de
aponeurose, músculos, e até em couro cabeludo.
Pontos contínuos
Chuleio simples: É o tipo de sutura de mais rápida e fácil execução e pode ser aplicada em qualquer
tecido com bordas não muito espessas. É muito usada em suturas de vasos, por que faz boa hemostasia
e pode ser usada também em peritônio, músculos aponeurose e tela subcutânea.
Chuleio ancorado: É uma variação do chuleio simples. Aqui o fio passa externamente por dentro da alça
anterior, fazendo uma âncora, antes de ser tracionado. É mais hemostática que a anterior e por isso
mais isquemiante. Atualmente é pouco utilizada.
Intradérmica: É um tipo de sutura que tem um ótimo resultado estético. Nessa técnica a agulha passa
horizontalmente através da derme superficial, paralelo à superfície da pele, aproximando as bordas. Por
isso não deixa impressões de sutura no tecido externo. Deve ser usado em feridas com pouca tensão.
Imagem que ilustra um Ponto intradérmico de suturas
Subcutâneo Nenhuma, pontos simples ou chuleio Absorvível em tempo curto ou médio 3-0 a 5-
0
Musculatura Pontos simples, em U ou X sem apertar Absorvível em tempo médio ou longo 2-0 ou
3-0
Profilaxia antitetânica
A profilaxia do tétano acidental é extremamente importante, por isso devemos ficar atentos à situação
vacinal de cada paciente que chega com um ferimento e ao tipo de ferida.
Ferimentos com baixo risco: Ferimentos superficiais, limpos, sem corpos estranhos ou tecidos
desvitalizados
Ferimentos com alto risco: Ferimentos profundos ou superficiais sujos; com corpos estranhos ou tecidos
desvitalizados; queimaduras; feridas puntiformes ou por armas brancas e de fogo; mordeduras;
politraumatismos e fraturas expostas.
MARQUES, R. G. Técnica Operatória e Cirurgia Experimental. 1 ed. São Paulo. Guanabara Koogan, v.
único, 2005
Mélega JM. Cirurgia Plástica Fundamentos e Arte; Princípios Gerais. Rio de Janeiro: Médisi; 2002.
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