Trabalho de Rochas Ornamentais e Industriais
Trabalho de Rochas Ornamentais e Industriais
Trabalho de Rochas Ornamentais e Industriais
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Tecnologia de fabricação do cimento
Cimento Portland
Fabricação e composição
Na indústria cimenteira, calcário, argila e minérios de ferro são usados como matérias-
primas para a produção do cimento Portland, para tal estes materiais são misturados em
proporções controladas e moídos de modo a formar o Cru (Raw meal), que é calcinado a
altas temperaturas, entre 850-1500oC, obtendo-se o clínquer. Depois de esfriado, o
clínquer é moído com um regulador de presa (geralmente gesso) e com adições de
substâncias que contribuem para as suas propriedades ou facilitam o seu emprego tais
como, escórias de altoforno, materiais pozolânicos e materiais carbonáticos; na
realidade, são as adições que definem os tipos de cimentos gerando-se assim o produto
final, o cimento.
Os componentes básicos do cimento Portland são: cao, sio2, al2o3 e fe2o3. Estes
componentes interagem uns com os outros formando compostos complexos, uma
mistura de silicatos e aluminados de cálcio que compõem o clínquer, que são
responsáveis pelas propriedades físicas do cimento. O cimento contém também, como
óxidos menores, mgo, so3, na2o, k2o e tio2 (idem.,pág. 50).
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O cimento: basicamente de argila, calcário, areia e uma pequena quantidade de
compostos contendo ferro que são aquecidos num forno robusto e de grande porte, a
altas temperaturas, durante tempo suficiente para reagirem quimicamente e se
transformarem em pequenas bolas chamadas clínquer.
Processo de fabricação
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O cimento é preparado com 75-80% de calcário e 20-25% de argila. A matéria-prima é
extraída das minas ou pedreiras britada e misturada nas proporções correctas. Esta é
colocada em moinho de matéria-prima (moinho de cru) e posteriormente cozidos em
forno rotativo a temperatura de 1450ºc. (Oliveira, 2010).
Em casos especiais onde se necessite de cimento com características diferentes das que
são produzidos se faz o pedido por encomenda. No mercado existe diversos tipos de
cimento.
O calcário
Origem e características
Segundo Cílek (1989), calcário é uma rocha sedimentar contento o mineral calcite como
seu componente principal, cuja fórmula química teórica é carbonato de cálcio (CaCO3).
O Calcário é uma rocha predominantemente formada por carbonato de cálcio, sendo que
ele pode aparecer na forma de calcite ou aragonite. A aragonite (CaCO3) possui a
mesma composição química da calcite (CaCO3), entretanto, difere na estrutura
cristalina.
O calcário é uma rocha sedimentar, sendo a 3ª rocha mais abundante na crosta terrestre
e somente o xisto e o arenito são mais encontrados. O elemento cálcio abrange 40% de
todo calcário, é o 5º mais abundante após o oxigénio, silício, alumínio e o ferro. No
calcário sedimentar do tipo fossilífero, é comum a presença de minerais tais como:
calcite, quartzo, micas e argilo-minerais (Holanda et al. 1987).
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Giz: Calcário poroso de coloração branca formado pela precipitação de
carbonato de cálcio com microrganismos.
Travertino: São calcários densos encontrados em grutas e cavernas compostas
por calcite, aragonite e limonite.
Dolomítico: quando o mineral predominante é a dolomite.
Recifal: é um calcário de edificação que resulta da fixação de carbonato de
cálcio por seres vivos, nomeadamente os corais, que contêm minerais com
quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio (aragonite ou calcite).
A magnesita
MICAs
Mica, do latim micare (brilho), é um termo genérico aplicado ao grupo dos minerais
constituído por silicatos hidratados de alumino, potássio, sódio, ferro, magnésio e, por
vezes, lítio, cristalizado no sistema monoclínico, com diferentes composições químicas
e propriedades físicas.
O grupo das micas possui mais de 30 minerais classificados em micas ditas verdadeiras,
micas frágeis e as de intercamadas deficientes. Os minerais de mica mais conhecidos
são: moscovita, biotita, lepiodolita, glauconita, paragonita, flogopita, dentre outros.
Como se observa, o grupo das micas é composto de inúmeros minerais, portanto, neste
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trabalho, propõe-se fazer uma abordagem da moscovita, por ser o mineral mais
conhecido e com maior número de usos industriais.
Calcário e Dolomito
Talvez não haja outras rochas com uma variedade de usos tão ampla quanto calcário e
dolomito. Essas rochas são usadas na obtenção de blocos para a indústria da construção,
material para agregados, cimento, cal e até rochas ornamentais. As rochas carbonatadas
e seus produtos são também usados como fluxantes, fundentes, matéria-prima para as
indústrias de vidro, refratários, carga, agentes para remover enxofre, fósforo e outros na
indústria siderúrgica, abrasivos, corretivos de solos, ingredientes em processos
químicos, dentre outros.
Em qualquer parte do mundo, o quartzo é usado nas diferentes áreas que de certa forma
estão ligadas ao nosso dia a dia, tais como o computador que usa o chip, a fibra óptica
usada nas comunicações (Zdunczyc e Linckous, 1994); sem falar no vidro, o primeiro
uso industrial da sílica, há mais de 4.000 anos (Davis e Tepordei, 1985), atualmente a
principal utilização da areia de quartzo.
Figura
3:Calcá
r io
1.9 Os
usos
1.9.1.
Uso do
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O cimento é feito a partir de uma mistura de calcário com argilas, numa proporção de
4:1 ou mais, que posteriormente é moída e calcinada em fornos rotativos horizontais,
que atingem altas temperaturas (1.450 ºC). O resultado é a produção do clinquer, um
produto intermediário, ao qual são adicionadas pequenas quantidades de gipsita,
calcário e outros materiais, dependendo do tipo de cimento a ser produzido. O clinquer e
os aditivos são então moídos até obter um pó fino, que é o cimento (Souza, 2006).
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d) Uso do Calcário na Indústria Cerâmica
A aplicação do calcário calcítico ou dolomítico, na composição das massas cerâmicas,
fornece ao produto final uma redução nas expansões térmica e por humidade. O CaCO3
reage com a sílica livre amorfa resultante da queima dos componentes da mistura e
forma uma fase cristalina cálcica.
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3. Conclusões
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Bibliografia
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Delboni Jr., H., 2008. Cominuição, Parte II, Capítulo 2, in Tendências Tecnológicas
Brasil, 2015.
LUZ, A.B., LINS, F.A.F., PIQUET, B., COSTA, M.J., COELHO, J.M., “Pegmatitos do
Nordeste: dianóstico sobre o aproveitamento racional e integrado”, publicação do
CETEM, Série Rochas e Minerais Industriais, 2003.
TANNER JR., J. T., "Mica", Industrial Minerals and Rocks, 6ª edição, Ed. Donald D.
Carr, 1994.
http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriaDocumento/AMB2006/substancia%20f-m.pdf
http://www.redeaplmineral.org.br/noticias/destaque-1/serido-e-a-maior-produtora-do-rn/
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