Operacoes Aritmeticas 2021
Operacoes Aritmeticas 2021
Operacoes Aritmeticas 2021
FUNDAMENTAIS
Suas implicações na expansão dos conjuntos numéricos e
os números racionais não negativos
Cuiabá-MT
2021
Reitor da UFMT
Evandro Aparecido Soares da Silva
Vice-Reitora
Rosaline Rocha Lunardi
Produção Gráfica
Secretaria de Tecnologia Educacional - SETEC/UFMT
Diagramação
Fiama Bamberg
OBJETIVOS DO CURSO
Apresentar ao leitor quais são as operações aritméticas diretas e inversas, relacionan-
do-as com a expansão dos conjuntos numéricos hoje estruturados, bem como os respec-
tivos algoritmos. Apresentaremos também – embora de maneira muito sucinta - frações e
decimais no conjunto dos números reais não negativos.
CONTEÚDO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................................................4
FINALIZANDO:.............................................................................................................................................................50
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA..........................................................................................................................51
A matemática está presente nas atividades diárias de todo indivíduo, desde a mais ten-
ra idade e, assim, uma das funções da escola é preparar matematicamente seus alunos
para se adaptarem à sociedade em que estão inseridos. Por diversas razões, nem sempre
a escola dá conta dessa formação para a vida. Talvez uma das razões seja o fato de que,
de acordo com Thompson (apud D’AMBRÓSIO, 1993), a maioria dos indivíduos conside-
ra que a matemática é uma disciplina que se utiliza de procedimentos infalíveis para obter
resultados precisos. Sendo assim, definem conteúdos e os apresentam prontos e acaba-
dos, sem espaço para a criatividade, conjecturas e refutações. A força com que esta ideia
vem dirigindo o ensino de matemática é a da dinâmica gerada por uma visão absolutista
da matemática: os alunos devem acumular conhecimentos.
número.
Ao longo de minha vida profissional, por diversas vezes, ouvi depoimentos de pro-
fessores dos anos iniciais do ensino fundamental que diziam não entender como uma
criança consegue acertar todas as “continhas” e não consegue diferenciar quando um
determinado problema se resolve com continha de “mais”, de “menos”, de “vezes” ou de
“dividir”.
Assim, julgo importante que os professores trabalhem em sala de aula com situações
diversas que utilizem as operações aritméticas. Tão importante quanto conhecer o que
significam as operações aritméticas é conhecer as diversas ideias básicas que podem ser
expressas por elas, pois isso é o que nos ajudará a resolver e propor problemas diversos.
Observação
Ao fazer referência aos dois termos ao mesmo tempo: adicionando e adicionador, po-
demos dizer parcelas.
Sejam a e b dois números naturais, com a ≥ b (a maior ou igual a b). Definimos subtra-
ção entre os números a e b a operação que permite obter, a partir desses, um outro nú-
mero c, obtido quando:
a
Representações: Na forma horizontal a − b =c ou na forma vertical −b
c
• Juntar quantidades análogas. Exemplo: Júlia tem três bonecas na estante e duas
enfeitando a cama. Quantas bonecas Júlia tem?
• Juntar quantidades que devem ser classificadas numa categoria mais geral.
Exemplo: Quantas flores existem em um vaso com três cravos e duas rosas?
• Acrescentar uma quantidade à outra já existente. Por exemplo: Tenho três bo-
necas na estante. Se eu ganhar outras duas de aniversário, com quantas bonecas eu
ficarei?
• Somar valores negativos (restaurar). Por exemplo: Saí de casa para fazer com-
pras. Gastei R$ 13,00 na padaria e R$ 37,00 na farmácia. Quanto gastei ao todo?
Cada ideia básica utiliza um tipo de raciocínio diferente da criança. A situação da soma
de valores negativos é a que exige maior capacidade de elaboração do pensamento.
• Retirar ou ideia subtrativa. Por exemplo: José tinha dez balas e deu três para
João. Com quantas balas ficou?
• Completar ou ideia aditiva. Por exemplo: Numa página de álbum, caberiam cinco
figurinhas. Eu já tenho duas delas. Quantas faltam para completar a página?
• Comparar. Por exemplo: Beatriz tem onze anos e Breno tem cinco. Quantos anos
Beatriz tem a mais que Breno?
Pensou? Conseguiu chegar à conclusão que o conjunto dos Números Naturais é fe-
chado em relação à adição? É isso mesmo, você concluiu corretamente seu pensamento.
Para quaisquer dois números naturais, a diferença entre eles é um número na-
tural?
Durante o processo de criação dos diversos sistemas de numeração, surge o zero que,
hoje, integra todos os conjuntos numéricos estruturados, com exceção dos Irracionais
que apresentaremos mais adiante.
https://pt.khanacademy.org/math/arithmetic-home/multiply-divide
Observação
Para ficar mais claro o significado da divisão, assista, no vídeo abaixo, o item:
O conceito de Divisão: https://pt.khanacademy.org/math/arithmetic- home/mul-
tiply-divide
Muitas vezes a divisão não é exata, ou seja, distribuímos a quantidade a para b objetos
ou pessoas e ainda sobram elementos. A sobra é chamada de resto da divisão.
Assim como a multiplicação pode ser interpretada como adição de parcelas iguais, a
divisão pode ser interpretada como subtrações sucessivas do mesmo valor. A quantida-
de de vezes que subtrairmos esse valor será o resultado a divisão. Por exemplo:
12 ÷ 3
Podemos fazer:
12 − 3= 9, 9 − 3= 6, 6 − 3= 3, 3 − 3= 0 . Fizemos 4 subtrações, então 12 ÷ 3 =4 .
r a r
Representações: Na forma horizontal a ÷ b = c + , na forma vertical = c + ou
b b b
ainda na forma de chave:
D para o dividendo; d para o divisor, q para o quociente e r para o resto. Podemos en-
tão escrever que: D = d × q + r . Se r = 0 , dizemos que a divisão é exata.
• Ideia combinatória. Por exemplo: Uma padaria oferece quatro tipos de recheios e
dois tipos de pães. Quantos lanches diferentes posso criar sem misturar os recheios?
• Distribuir. Por exemplo: Vou distribuir igualmente quinze balas entre cinco crian-
ças. Quantas balas cada criança receberá?
• Agrupar. Por exemplo: Quantas caixas com uma dúzia de ovos precisarei para em-
balar 96 ovos?
Percebe-se com facilidade que o produto de dois números naturais resulta sempre em
outro número natural, então, podemos dizer que o conjunto dos Números Naturais é fe-
chado em relação à multiplicação, mas reflita sobre a questão:
Para quaisquer dois números naturais, a divisão entre eles é sempre um núme-
ro natural?
Por exemplo, 2= 1,4142135... não pode ser escrito na forma de fração porque não
a
existem dois números naturais a e b tais que = 2= 1,4142135.... Esses números são
b
chamados de Irracionais não negativos e representados por I+.
Por exemplo:
De maneira geral, potência se define assim: b = an, onde a é o fator que se repete e n é
o número de vezes que o fator se repete. Assim, na potência b = an, a chama-se base e n
chama-se expoente.
Exemplos:
Assim, −25
= (25) × ( −=
1) 25 × −
=1 5.i .
a
Q = b , onde a, b ∈ Z e b ≠ 0 : Conjunto dos Números Racionais;
Z = {... , -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ... }: Conjunto dos Números Inteiros;
Cada um desses conjuntos tem suas operações e propriedades com a seguinte rela-
ção entre eles: N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R ⊂ C , podendo ainda representar a relação assim:
QUESTÕES DE AUTOAVALIAÇÃO
1. Considerando a igualdade: 19 = 3 x 5 + 4 podemos obter uma divisão com:
a) Resto 4 e divisor 3;
b) Resto 4 e divisor 5;
d) Resto 3 e divisor 5;
e) Resto 5 e divisor 3.
a) q = 0 e r = 3;
b) q = 4 e r = 0;
c) q = 0 e r = 4;
a) 3; combinatória
c) 12; combinatória
d) 15; combinatória
Gravura em madeira que orna a Margarita Philosophica de Gregorius Reish (Freiburg, 1503):
a Aritmética (simbolizada pela mulher de pé ao centro) parece decidir o debate que opõe
“abacistas” e “algoristas”.
Ela olha na direção do calculador que usa os algarismos arábicos (com os quais sua roupa está
enfeitada) simbolizando assim o triunfo do cálculo moderno na Europa ocidental (IFRAH, 1989,
p. 319).
O ensino das operações aritméticas na maioria de nossas escolas fica tão restrito ao
ensino das “continhas” que, no momento em que a criança se vê com um daqueles pro-
blemas tradicionais para resolver, ela pergunta à professora: “Com qual conta eu resolvo?”
Não estamos sugerindo a abolição dos algoritmos, mesmo porque foram e são impor-
tantíssimos, por exemplo, para o desenvolvimento de máquinas de calcular, pois o algo-
ritmo nada mais é que uma rotina que poderá ser maquinizada. O que estamos tentando
mostrar é que existe um exagero no uso de algoritmo a ponto de prejudicar a aprendiza-
gem do que realmente importa das operações aritméticas.
Identificar a matemática com o “fazer contas” é reduzi-la a um aspecto sem valor for-
mativo, que não exige raciocínio, podendo ser realizada utilizando instrumentos (compu-
tadores e calculadoras). Dizer que a matemática ensina raciocinar pode ser uma falácia!
Cuidado com a matemática que se ensina, pois ela poderá apenas treinar as crianças
para fixar conceitos por tempo determinado: até a avaliação!
Já dissemos que compreender as operações vai muito além do “fazer contas”, exige a
compreensão do significado das mesmas para decidir em que situações elas se aplicam.
A partir de agora, tentaremos justificar porque os algoritmos que utilizamos funcionam
bem na prática. Para isso, é preciso ter compreendido as regras básicas do sistema de
numeração decimal.
Se houverem outras ordens, procede-se da mesma forma. Assim, fica claro o “vai um”.
Atenção!
Vejamos, por exemplo, como encontrar o produto de 25 por 13 pelo referido método:
https://pt.khanacademy.org/math/arithmetic/arith-review-multiply-divide/arith-re-
view-place-value-area-models/v/more-ways-to-think-about-multiplying
O algoritmo da multiplicação utilizado nos dias de hoje nada mais é do que “um resu-
mo” das sequências necessárias de passos para realizar a operação.
6 × 15 = 15 + 15 + 15 + 15 + 15 + 15 = 90 , ou pelo algoritmo.
2°) 13 25
O Processo Curto nada mais é do que fazer a subtração mentalmente, sem represen-
tá-la no papel:
1°) 869 ÷ 5
• 1° passo: “Ao repartir 8 centenas por 5 pessoas, quantas centenas cada uma rece-
berá?” “Sobram centenas? ” Cada pessoa receberá 1C, que multiplicada por 5 resulta
5C ou 500U, que devem ser retiradas de 869. Sobram 3C, 6D e 9U.
• 3° passo: “Ao repartir 36 dezenas por 5 pessoas, quantas dezenas cada uma rece-
berá? ” “Sobram dezenas?”. Cada pessoa receberá 7D, que multiplicadas por 5 resulta
35D ou 350U que devem ser retiradas de 369. Sobram 1D e 9U.
• 5° passo: “Ao repartir 19 unidades por 5 pessoas, quantas unidades cada uma re-
ceberá?” “Sobram unidades?”. Cada pessoa receberá 3U, que multiplicadas por 5 re-
sultam 15U que devem ser retiradas de 19. Sobram 4U. Assim, podemos escrever que
869 = 5173 + 4 .
QUESTÕES AUTOAVALIAÇÃO
1. Nas adições abaixo, substitua as letras pelos algarismos adequados para que a
operação fique correta.
a) 9, 8, 7, 6, 6, 7, 8, 9, 4
b) 9, 9, 7, 6, 6, 6, 8, 9, 4
c) 9, 8, 7, 6, 7, 6, 8, 9, 4
d) 9, 8, 6, 6, 6, 6, 8, 9, 4
e) 9, 8, 7, 6, 6, 6, 8, 9, 4.
2. Quais são, respectivamente, o quociente (q) e o resto (r) das divisões 16.838 ÷ 48 e
48.476 ÷ 69?
a) 1) q = 35 e r = 38 e 2) q = 702; r = 38;
c) 1) q = 35 e r = 38 e 2) q = 72; r = 38;
3. Segue abaixo a população das cinco cidades mais populosas do estado de Mato
Grosso, em 2013:
CIDADE POPULAÇÃO
Cuiabá 580.489
Várzea Grande 268.594
Rondonópolis 215.320
Sinop 129.916
Tangará da Serra 94.289
a) 365.169 e 140.864;
b) 311.895 e 140.864;
c) 365.169 e 140.964;
d) 311.895 e 140.964;
a
De acordo com Lima e Vila (2003), podemos interpretar , com b ≠ 0 de formas dife-
b
rentes:
• Tomando a partes de uma unidade que foi dividida em b partes iguais. Por exemplo:
1
1 parte de 3 e representamos por ; ou ainda:
3
3 partes de 9 e representamos por 3 .
9
• Como uma forma de representar a divisão de a por b. Por exemplo: Se tenho que
repartir 3 pães entre 5 pessoas, posso dizer que cada pessoa receberá 3 dos pães.
5
• Para expressar razões: Meu carro gasta 2 litros de álcool em 12 quilômetros que
pode ser representado por 2 .
12
3.1.1 EQUIVALÊNCIA
Consideremos unidades como esta
Dividiremos cada unidade em um número par (não nulo) de partes do mesmo tama-
nho e forma, e indicaremos suas metades em amarelo.
Esta unidade foi dividida em 2 partes (meios), e “to-
mada” uma: a amarela, chamada de um meio.
Podemos verificar que, em todos os casos, a parte amarela de cada unidade ficou do
mesmo tamanho, embora as unidades tenham sido divididas em número diferente de
partes.
1 2 3 4 5 6
Isto significa que as frações 2 , 4 , 6 , 8 , 10 , 12 , representam o mesmo tamanho na uni-
cada numerador pelo seu respectivo denominador, obteremos números iguais, ou seja:
1 2 3 4 5 6 .
= = = = = = 0,5
2 4 6 8 10 12
Descubra a regra que permite obtermos todas as frações equivalentes a uma fração
dada e escreva com suas palavras:______________________________________________
___________________________________________________________________.
Já afirmamos que:
1 4
a) as frações e são equivalentes;
2 8
2 6
b) as frações e são equivalentes;
5 15
2 8
c) as frações e são equivalentes;
3 12
2 6
d) as frações e são equivalentes.
4 12
Tem-se aí uma forma de verificar quando duas frações são ou não equivalentes:
Pois bem, você descobriu a regra para obter uma fração que seja equivalente à outra?
Caso queiramos obter infinitas frações que sejam equivalentes a uma já conhecida,
basta que façamos, para cada fração, as multiplicações pela sequência dos números na-
turais.
3 3 3 6 9 12 15 18
2°) Obter a Classe de Equivalência da fração : 4 = 4 , 8 , 12 , 16 , 20 , 24 ...
4
Todo número inteiro pode ser representado como uma fração de denominador 1.
O zero pode ser representado por uma fração de numerador zero e qualquer nume-
ral diferente de zero no denominador.
4 35 0 0 0
=4 ;=
35 =; 0 = ; 0 = ; 0
1 1 1 5 123
Fazendo todas as simplificações possíveis, obtém-se uma fração que não pode mais
ser simplificada. Esta fração é chamada de Fração Irredutível.
24
Exemplo: Tornar a fração irredutível:
18
é irredutível.
Quando tivermos que juntar pedaços de tamanhos diferentes (terços com meios), an-
tes precisaremos transformar os pedaços em um único tamanho. Veja a adição: 2 + 1 =
?
3 2
As flechas indicam multiplicação entre os termos ligados por elas. As flechas oblíquas
cruzadas sobre um dos sinais + ou – entre as frações nos dizem para efetuar a operação
indicada e colocar o resultado na ponta da flecha.
4 3
De maneira análoga à adição, faremos a subtração de frações: − . Veja a represen-
5 5
tação geométrica:
3
Em seguida, tomemos meio de :
4
1 3 3
de = : as células quadriculadas representam a metade de três quartos, que
2 4 8
2 1
Façamos agora × (obter dois terços de um quarto).
3 4
1
Representemos 4 :
2 1 2
de = : as células quadriculadas representam dois terços de um quarto,
3 4 12
2 2 1 2
que passa a ser , logo, × = .
12 3 4 12
Se nos atentarmos para os resultados obtidos, podemos obter a regra para a multipli-
cação de frações:
1 1
Consideremos o inteiro e representemos e :
2 6
Exemplo 2. 1 ÷ 1 =
?
6 2
Podemos perceber que em cada inteiro cabem 2 meios, logo em 3 inteiros cabem 6
meios, assim: 3 ÷ 1 = 3 ÷ 1 = 6 = 6 .
2 1 2 1
2 4
Exemplo 4. ÷ =? A pergunta é: “Quantos quatro quintos cabem em dois terços”?
3 5
Para verificar quantos quatro quintos cabem em dois terços, neste caso, será preciso
dividir os terços em quintos e os quintos em terços e obter frações equivalentes, ou seja,
para termos pedaços do mesmo tamanho e poder compará-los:
Sejam a, b, c e d números naturais, com b≠0 e d≠0 .Vejam a regra da divisão de frações:
a c a×d .
÷ =
b d b×c
Assim, em 25,378 temos que 25 é a parte inteira e 378 é a parte não-inteira. A parte
inteira pode ser qualquer número inteiro, inclusive o zero e a parte não-inteira poderá ser
1 2 1 4 1 8 1 16
b)= = 0,2 ;= = 0,04 ; = = 0,008 =
; = 0,0016
5 10 25 100 125 1000 625 10000
1 4
c)=1 5 ; 1
= 0,05=
25
; 1
= 0,025 ;= = 0,004=
125
= 0,0125
20 100 40 1000 250 1000 80 10000
Como pode ser obtida a 2a fração a partir da 1a? Você se lembra da equivalência de
frações?
CONCLUSÃO
Uma dízima é finita quando o denominador da fração que a gera tem como
fatores 2, 5 ou 2 e 5, ou seja, pode ser transformado adequadamente em potência
de 10 (10, 102, 103, 104,...).
Para transformar uma fração ordinária a , com b≠0, em dízima finita, multiplica-se a
b
k
fração dada por outra fração da forma , com k≠0 , de forma que kb=10n , com n natu-
k
12 6 4 1 0,008 8 1 16 1
b) 1,2
= = ; 0,04
= = ; = = ; 0,0016
= =
10000 625
10 5 100 25 1000 125
Ora, já vimos que 0,7 = 7 . Então estamos falando de “décimos” e lê-se “sete déci-
10
mos”.
Como 2,27 = 227 , estamos falando de centésimos, então lemos “duzentos e vinte e
100
27
sete centésimos” ou 2,27 =
2 + 0,27 =
2+
100 e lemos “dois inteiros e vinte e sete centé-
simos”.
Quadro
décimos centésimos milésimos milionésimos
décimos centésimos décimos centésimos
milio-
décimos centésimos milésimos de milési- de milési- de milionési- de milionési-
nésimos
mos mos mos mos
3 3 3 3 3 3 3 3
10 100 1.000 10.000 100.000 1.000.000 10.000.000 100.000.000
0,3 0,03 0,003 0,0003 0,00003 0,000003 0,0000003 0,00000003
três dé- três centé- três décimos três centésimos
três déci- três centési- três milési- três milionési-
cimos de simos de de milionési- de milionési-
mos mos mos mos
milésimos milésimos mos mos
Adição e Subtração
Como você aprendeu fazer a adição 5,23 + 2,34 ? E a subtração 85,57 - 10,24 ? Acre-
dito que tenha sido assim:
1° passo: colocar um número abaixo do outro, de modo que fique vírgula embaixo de
vírgula:
Multiplicação
Vejamos 2,35 x 1,2 ; 8,4 x 1,5 e 820 x 0,5
2° passo: Contar quantas casas decimais tem cada fator e somar as quantidades. A
quantidade obtida será o número de casas decimais no resultado da multiplicação.
• Se desejarmos que o quociente tenha apenas uma casa decimal, dizemos que a
aproximação é de 0,1 (décimos);
• Se desejarmos que o quociente tenha duas casas decimais, dizemos que a aproxi-
mação é de 0,01 (centésimos);
• Se desejarmos que o quociente tenha três casas decimais, dizemos que a aproxima-
ção é de 0,001 (milésimos); e assim por diante.
Vejamos, então, como efetuar a divisão: 0,58 ÷ 0,4 , com aproximação 0,01 (duas casas
decimais ou centésimos).
Na Dízima Periódica Simples, a parte não inteira possui um numeral que se repete
infinitas vezes. O numeral que se repete chama-se PERÍODO.
Na Dízima Periódica Composta, a parte não inteira é composta por um numeral que
não se repete (chamado ANTEPERÍODO) seguida de um numeral que se repete infinitas
vezes (denominado PERÍODO).
Consideremos os casos:
1°) d = 0,666..
10d = 6,666... 6
⇒ 10d − d = 6 ⇒ 9d = 6 ⇒ d =
d = 0,666... 9
2°) d = 2,353535...
Como temos dois (2) algarismos no período nenhum (0) no ante período, multiplica-
-se a igualdade por 102+0 e 100 e resolve-se o sistema subtraindo-se as novas igualdades,
membro a membro:
3°) d = 8,453333...
4°) d = 0,124535353...
Como temos dois (2) algarismos no período e três (3) no anteperíodo, multiplica-se
membro a membro por 105 = 2+3 e também por 103 e resolve-se o sistema subtraindo-se as
novas igualdades, membro a membro:
QUESTÕES AUTOAVALIAÇÃO
1. Você precisa alugar um carro. As tarifas praticadas por cinco locadoras de veículos A,
B, C, D e E são:
Se você rodar 123 km por dia, qual são as agências com melhor preço?
a) A e C;
b) A e E;
c) B e E;
d) D e E;
e) B e C.
2. Ester comprou adubo para preparar a terra e plantar flores no jardim de sua casa nova,
mas o adubo acabou antes que fosse possível preparar todo o jardim, por isso somente
3 do jardim recebeu adubo. As flores não nasceram em apenas 1 da parte do jardim
5 3
que não foi adubado. Qual alternativa representa a fração do jardim na qual as flores nao
nasceram?
3 7
a. 2 ; b. 2 ;
2
c. ; d. ; e.
5 3 15 15 15
a) R$ 57, 20.
b) R$ 59, 00.
c) R$ 60, 80.
d) R$ 62, 60.
e) R$ 64, 40.
IFRAH, G. Os números: história de uma grande invenção. Trad. de Stella Maria de Freitas
Senra. Rio de Janeiro: Globo, 1989.
LIMA, Reginaldo Naves de Souza; VILA, Maria do Carmo. Matemática: Contatos Mate-
máticos do Primeiro Grau. Fascículos 2, 3, 4 e 5. Cuiabá: EdUFMT, 2003.
NUNES, T.; BRYANT, P. Crianças fazendo matemática. Trad. de Sandra Costa. Porto Ale-
gre: Artes Médicas, 1997.
1 c
Unidade III 2 c
3 b
Assim, por meio deste curso, espero poder também contribuir na sua formação mate-
mática.