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Anatomia Do Aparelho Genital Feminino

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APARELHO GENITAL FEMININO

CONCEITO

Tal como no sistema genital masculino, o sistema genital feminino e o conjunto


de órgãos encarregados da reprodução na mulher. Na verdade, o sistema genital
masculino, o sistema genital feminino e o sistema tegumentar, este principalmente por
incluir as mamas, constituem o aparelho reprodutor.
O sistema genital feminino compõe-se de órgãos gametógenos (produtores de
gametas) e órgãos gametóforos (por onde transitam os gametas), e de um órgão que vai
abrigar o novo ser vivo em desenvolvimento. Do ponto de vista da reprodução, o
organismo feminino e mais complexo que o do homem, pelo fato de possuir mais um
órgão e, consequentemente, mais uma função, ou seja, a de abrigar e propiciar o
desenvolvimento do novo ser vivo.
Assim, os órgãos do sistema genital feminino desempenham as funções de
fornecer os gametas femininos, de copula, de fecundação, de receber, alojar e manter o
produto conceptual em desenvolvimento e da expulsão no parto. Além disso, as mamas,
embora pertencentes ao sistema tegumentar, são anexadas a esse sistema devido a sua
função de lactação para nutrir o lactente.
ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS

B Descrição: Anatômica e fisiologicamente, assim podemos distribuí-los:


a. Gônadas ou órgãos produtores de gametas: São os ovários, que
produzem os óvulos.
b. Vias condutoras dos gametas: São as tubas uterinas.
c. Órgão que abriga o novo ser vivo: É o útero.
d. Órgão de cópula: Representado pela vagina.
e. Estruturas eréteis: São o clitóris e o bulbo do vestíbulo.
f. Glândulas anexas: Glândulas vestibulares maiores e menores.
g. Órgãos genitais externos, no conjunto também conhecidos pelas
expressões: Pudendo feminino ou vulva: Monte do púbis, lábios maiores, lábios
menores, clítoris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares.

B Comportamento do peritônio na cavidade pélvica: Antes de descrever os


órgãos genitais femininos, é interessante fazer uma breve descrição do peritônio ao
nível da cavidade pélvica. Os ovários, as tubas e o útero estão situados nesta cavidade
entre a bexiga - que e anterior a eles, e o reto - que é posterior a eles.

O peritônio, após recobrir a bexiga, reflete-se do assoalho e das paredes laterais da


pelve sobre o útero, formando uma ampla prega transversal denominada ligamento largo
do útero. Após recobrir quase todo o útero, o peritônio reflete-se sobre o reto. O
ligamento largo divide a cavidade pélvica em um compartimento anterior e outro
posterior. O anterior fica entre a bexiga e o útero, escavação vésicouterina, e o posterior,
entre o útero e o reto, escavação retrouterina. O útero, pois, fica envolvido pelo
ligamento largo, o mesmo acontecendo com as tubas uterinas, que ficam incluídas na
margem superior do ligamento. Já os ovários prendem-se a face posterior do ligamento
largo por uma prega denominada mesovário e, desta forma, projetam-se na escavação
reto-uterina.
O ligamento largo do útero, juntamente com o ligamento redondo do útero, são os
principais meios de fixação do útero. Em virtude de sua arquitetura e disposição, o
ligamento largo e extremamente distensível e acompanha o útero quando este aumenta
de volume na gestação. Como as tubas uterinas estão incluídas no ligamento largo e os
ovários, fixados a sua face posterior, também, tubas e ovários acompanham o útero na
gravidez.
B Ovários: Produzem os gametas femininos, ou óvulos, ao final da puberdade.
Além desta função gametogênica, produzem também hormônios, como os estrógenos e
a progesterona, os quais controlam o desenvolvimento dos caracteres sexuais
secundários e atuam sobre o útero nos mecanismos de implantação do ovulo fecundado
e início do desenvolvimento do embrião. Como já foi descrito, os ovários estão fixados
pelo mesovário a face posterior do ligamento largo do útero, mas não são revestidos
pelo peritônio. O ligamento próprio do ovário, outro meio de fixação do órgão, contem
tecido conjuntivo e fibras musculares lisas, estendendo-se da extremidade uterina do
ovário até o útero. Além deste, existe também o ligamento suspensor do ovário,
constituído de vasos e nervos ováricos e tubários, com tecido conjuntivo e fibras
musculares lisas. Reconhecem-se no ovário faces media e lateral, extremidades tubaria e
uterina, e margens livre e mesovárica. Na margem mesovárica, a área onde entram ou
saem vasos e nervos e denominada hilo do ovário. Antes da primeira ovulação
(expulsão do ovulo através da superfície do ovário), o ovário e liso e rosado no vi-
vente, mas depois torna-se branco-acinzentado e rugoso devido as cicatrizes deixadas
pelas subsequentes ovulações. Na velhice, diminuem de tamanho. Por volta dos 50 anos,
não há mais formação de óvulos pelo ovário.
B Trompas de Falópio ou tubas uterinas : Transportam os óvulos que
romperam a superfície do ovário para a cavidade do útero. Por elas passam, em direção
oposta, os espermatozoides e a fecundação ocorre habitualmente dentro da tuba. A tuba
uterina está incluída na borda superior do ligamento largo do útero. E um tubo de luz
estreita, cuja extremidade medial (óstio uterino da tuba) se comunica com a cavidade
uterina e cuja extremidade lateral (óstio abdominal da tuba) se comunica com a
cavidade peritoneal. O óstio abdominal da tuba permite a comunicação da cavidade
peritoneal com o meio exterior (através da tuba, da cavidade uterina, da vagina e da
vulva), comunicação esta inexistente no sexo masculino, onde a cavidade peritoneal e
dita fechada. A tuba e subdividida em quatro partes, que, indo do útero para o ovário,
são: uterina (na parede do útero), istmo, ampola e infundíbulo.
O infundíbulo, a primeira porção e a mais lateral da tuba uterina, e semelhante a
parte alargada de um funil, em cuja base se encontra o óstio abdominal da tuba e é
dotado, em suas margens, de uma série de franjas irregulares — as fimbrias da tuba
uterina. Entre as fimbrias merece destaque a fimbria ovárica, situada ao longo da
margem livre do mesossalpinge, a qual adere com sua face lateral, alcança a
extremidade tubaria do ovário e termina a pouco milímetros desta.
A ampola da tuba uterina, considerada a parte principal do órgão, com
aproximadamente 7 centímetros de comprimento médio, tem um trajeto tortuoso e
possui parede delgada.
O istmo da tuba uterina e a continuação da ampola, apresentando-se curta e
estreitada. Com trajeto retilíneo, dirige-se para o corpo do útero, que alcança no nível do
angulo súperolateral deste, onde se continua com a última porção da tuba uterina. A
parte uterina da tuba uterina e intramural, isto e, está contida na espessura da parede do
útero. Tem 1 centímetro de comprimento médio e abre-se na cavidade uterina pelo óstio
uterino da tuba uterina.
A parte uterina da tuba uterina e intramural, isto e, está contida na espessura da
parede do útero. Tem 1 centímetro de comprimento médio e abre-se na cavidade uterina
pelo óstio uterino da tuba uterina. Supõe-se que contrações rítmicas da tuba uterina
podem realizar um movimento tipo sanfona, com as fases alternadas de encurtamento e
alongamento/distensão. Esta ação e mais acentuada na parte da ampola e da fimbria
ovárica, onde a espiralidade da túnica muscular e mais pronunciada, o que favoreceria a
captação do ovulo expulso do ovário na ovulação.
A ovulação é mensal e ocorre, em mulher com ciclos menstruais regulares, do 10º
ao 14º dia (mais frequente no 14º dia) após o início do fluxo menstrual precedente. O
óvulo liberado e captado, passa pelo óstio abdominal da tuba uterina e inicia seu
percurso na luz da tuba uterina.
Se não encontrar espermatozoide, o ovulo começa a degenerar, torna-se estéril e é
transportado ao útero para ser expelido com a menstruação. O ovulo é fecundado, isto é,
penetrado pelo espermatozoide, com formação do ovo, geralmente, no terço lateral da
tuba uterina, no nível da ampola, dentro de aproximadamente 6 a 12 horas, após a
ovulação. O ovo forma a mórula, seguida do blastocisto. No 7ºdia após a fecundação, o
blastocisto faz contato direto com a túnica mucosa do útero (endométrio) e a ele adere.
No 12º dia, o embrião completa sua implantação, ou seja, a nidação.
O ovulo já fecundado pode ocasionalmente fixar-se na tuba uterina e aí dar-se o
início do desenvolvimento do embrião, fato conhecido com o nome de gravidez
tubaria, que exige intervenção cirúrgica.
B Útero: É o órgão que recebe os óvulos e, em caso de gravidez, aloja o embrião
que aí se desenvolve até o nascimento. A cavidade uterina e a cavidade da vagina, pelas
quais o feto, após a vida intrauterina, no fim da gestação, passa para ser liberado,
formam juntas o canal do parto. O útero situa-se na pelve, entre a bexiga urinária e o
intestino reto. Trata-se de um órgão muscular, oco, com cerca de 8 centímetros de
comprimento, 5 centímetros de largura e 3 centímetros de espessura.
Envolvido pelo ligamento largo, tem em geral a forma de uma pera invertida e
nele se distinguem três partes: corpo, istmo e colo.
O corpo comunica-se, de cada lado, com as tubas uterinas, e a porção que fica
acima da desembocadura das tubas uterinas e o fundo do útero, ladeado pelos cornos do
útero, direito e esquerdo, que são os ângulos súperolaterais do corpo do útero,
correspondentes as entradas das tubas uterinas. O corpo e a porção principal e estende-
se até uma região estreitada inferior que é o istmo. Este e muito curto (1 centímetro ou
menos) e a ele segue-se o colo do útero, que faz projeção na vagina e com ela se
comunica pelo óstio do útero, em forma de fenda, e que apresenta dois lábios, anterior e
posterior. Entretanto, a forma do óstio do útero, e mesmo a de seus lábios, sofre
variações com a idade e com a fase funcional do órgão. Na sua porção principal, o útero
apresenta as faces, anterior e posterior, e duas margens, direita e esquerda, grossas e
arredondadas no sentido ântero-posterior. O útero varia de forma, tamanho, posição e
estrutura. Estas variações dependentes da idade, do estado de plenitude ou vacuidade da
bexiga e do reto e, sobretudo, do estado de gestação. Quando visto lateralmente, o útero
está curvado anteriormente sobre si mesmo, de modo que o corpo angula em relação ao
colo uterino: diz-se que o útero está em anteflexão. Por outro lado, versão e o
movimento de rota9ao do corpo do útero ao redor de um eixo que passe pelo istmo e
que permita ao corpo deslocar-se em direção diferente da do colo, sem que mude o
angulo entre o corpo e o colo. Se esta rotação for ao redor do eixo transversal, haverá
anteversão ou retroversão, conforme o fundo do útero se incline para frente ou para trás.
Na posição típica, o útero da mulher virgem ou nultípara está em anteversão e
anteflexão, além de discretamente deslocado para a direita (dextroposição). Com relação
ao eixo da vagina, o eixo do útero faz com ele um angulo de cerca de 90°. O útero
ganha muito do seu suporte por uma inserção direta na vagina, auxiliada por inserções
indiretas. Entre os meios de fixação do útero, devem ser citados o ligamento redondo do
útero e o ligamento transverso do colo do útero:
 O ligamento redondo e uma faixa de tecido fibroso, estreita e achatada, que
se prende ao útero imediatamente inferior a desembocadura da tuba uterina. Ele corre
entre as laminas do ligamento largo, cruza os vasos ilíacos externos e penetra no canal
inguinal pelo anel inguinal profundo. As vezes ele pode ser seguido através do canal
inguinal até a tela subcutânea dos lábios maiores, onde se fixa. Outras vezes, no entanto,
o tecido de que se compõe se funde com o do canal e o ligamento se perde dentro do
canal inguinal.
 O ligamento transverso do colo do útero e uma lâmina fibrosa formada pela
fáscia subserosa e por tecido adiposo, de cada lado do colo e da vagina. As fáscias das
paredes anterior e posterior do colo e da vagina unem-se na margem lateral destes
órgãos e constituem uma lamina que se estende no soalho da pelve como extensão
profunda do ligamento largo. A artéria uterina corre sobre a face superior do ligamento
transverso do colo do útero. Parte deste ligamento corre em direção posterior na prega
reto- uterina e prende-se a face anterior do sacro, formando, assim, o ligamento útero-
sacral.
A flacidez dos meios de fixação do útero, particularmente devido as gravidezes
múltiplas, provoca a “queda” do útero na vagina, uma condição conhecida como
prolapso do útero e que é corrigida cirurgicamente.
Na sua estrutura, o útero apresenta três camadas:

a. Endométrio ou camada interna: Que sofre modificações com a fase do ciclo


menstrual ou na gravidez.
b. Miométrio ou camada media: De fibras musculares lisas e constituindo a
maior parte da parede uterina.
c. Perimétrio ou camada externa: Derivada do peritônio e constituída por uma
túnica serosa e pela tela subserosa.

As paredes do útero são espessas em razão da musculatura, mas a cavidade uterina


e relativamente es- treita no útero não gravido. Mensalmente, o endométrio se prepara
para receber o ovulo fecundado, ou seja, o futuro embrião. Para tanto, há um aumento
de volume do endométrio com formação de abundantes redes capilares, além de outras
modificações. Não ocorrendo a fecundação, isto e, na ausência de embrião, toda esta
camada do endométrio que se preparou sofre descamação, com hemorragia, e
consequente eliminação sanguínea através da vagina e da vulva, fenômeno conhecido
com o nome de menstruação.

Diversas teorias tentam explicar a disposição das fibras musculares do miométrio,


a camada media e a mais espessa da parede do útero. O desafio está em compreender
como o útero sofre aumento considerável na gravidez e, após o parto, volta praticamente
as suas dimensões normais. Primeiramente, suas fibras musculares foram descritas
como tendo disposição complexa em três estratos, ou seja, dois longitudinais, externo e
interno, e um circular, médio, muito mais espesso. Posteriormente, as fibras foram
consideradas como estando organizadas em dois grupos de espirais, um direito e outro
esquerdo, provenientes das tubas uterinas respectivas, entrelaçadas no corpo do útero
(teoria espiral de Goerttler). Atualmente, a teoria mais aceita descreve as fibras do
miométrio dispostas em laminas concêntricas (teoria laminar de Fumagalli e
Piovanelli) a semelhança de uma cebola. Por meio de deslizamento das lamelas
musculares, o volume da cavidade uterina aumentaria, com redução da espessura da
parede. Após o parto, ocorreria o inverso, isto e, diminuição da cavidade com aumento
da espessura da parede.
B Vagina: É o órgão feminino da copula, recebe o sêmen, serve para o
escoamento do sangue menstrual e as secreções uterinas e, no parto, da passagem ao
produto conceptual. O termo vagina vem do latim e significa “bainha”, nome dado a
esta estrutura por analogia funcional, pois a vagina vai atuar como uma bainha ao ser
penetrada pelo pênis durante a cópula. Estende-se do vestíbulo da vagina até o colo do
útero e atravessa o soalho pélvico. A vagina é um tubo cujas paredes normalmente se
tocam (isto e, estão “colabadas”) e no seu exame clínico (ou no exame do colo do
útero) o médico coloca um aparelho para afastá-las. Comunica-se superiormente com a
cavidade uterina através do óstio do útero e inferiormente abre-se no vestíbulo da
vagina através do óstio da vagina. Chama-se fórnice ao fundo da vagina, cuja
extremidade superior envolve o colo do útero. E esta relação uterovaginal que permite
dividir o colo do útero em porção supravaginal, acima da vagina, e porção vaginal,
dentro da vagina, onde proemina. Neste recesso, o fórnice da vagina, reconhecem-se
partes anterior, posterior e laterais, direita e esquerda.

Nas virgens, o óstio da vagina e fechado parcialmente pelo hímen, membrana de


tecido conjuntivo forrada por mucosa interna e externamente. Possui uma pequena
abertura central. Durante a primeira relação sexual vaginal da mulher, o hímen
normalmente é rompido. O hímen e variável em forma e tamanho, e frequentemente e
anular ou em crescente. Geralmente tem abertura única, mas pode ser cribriforme, isto
e, com múltiplos orifícios.

Condições raras são a imperfuração, em que o hímen fecha completamente o óstio


da vagina e que exige intervenção cirúrgica, e agenesia (ausência) do hímen. As vezes o
hímen pode persistir após a copula ou, em casos de hímen complacente, extensível e
elástico, limitando óstio amplo, pode haver penetração do pênis sem ruptura do hímen.
A presença do hímen não garante o estado de virgindade, fato que de ser levado em
consideração em casos que requeiram pericia médico-legal. Pode também ocorrer a
existência de hímen grosso e resistente, dificultando, ou mesmo impossibilitando, a
penetração do pênis, exigindo correção cirúrgica para a realização normal e completa do
ato sexual. A ruptura do hímen (defloração) após o coito (ou devido a manipulação ou
durante exame da vagina) provoca lacerações que respeitam a margem aderente, com
divisões da margem livre em fragmentos irregulares, a formação de linguetas ou
pequenas elevações, as carúnculas himenais. Por se tratar, em geral, de membrana de
pequena espessura e de vascularização reduzida, o rompimento do hímen durante a
copula não e doloroso e nem provoca profusas hemorragias como erroneamente tem
sido divulgado. Pode ocorrer, quando muito, uma sensação de ligeiro desconforto nas
primeiras relates sexuais, em virtude de músculos e outras estruturas vizinhas do óstio
da vagina não terem ainda sofrido um necessário relaxamento.
A superfície interna da vagina, na mulher adulta, e lisa na parte superior
(proximal), mas apresenta pregas ou rugas vaginais, transversais, na parte inferior
(distal), formadas por espessamentos da túnica mucosa e pela presença de muitas
pequenas veias subjacentes. As pregas ou rugas vaginais dirigem-se para as colunas das
rugas, anterior e posterior, que são relevos longitudinais, próximos do piano mediano
das paredes anterior e posterior e que, quando a vagina está fechada, ficam em contato
uma ao lado da outra. As colunas iniciam-se no nível do óstio da vagina e terminam na
parte media, ou pouco acima, da vagina. A coluna anterior, maior do que a posterior,
apresenta um pouco atrás e abaixo do óstio externo da uretra uma pequena dilatação, a
carina uretral da vagina. As colunas são determinadas pela presença de tecido
cavernoso, erétil. Descreve-se uma área erógena da vagina, pequena superfície da
vagina cuja estimulação pode resultar em satisfação sexual.
ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS

Os órgãos genitais externos da mulher são denominados, em conjunto, de


pudendo feminino, ou vulva. Deste fazem parte o monte do púbis, lábios maior e
menor, vestíbulo da vagina, bulbo do vestíbulo, óstio vaginal, glândula vestibular maior,
glândulas vestibulares menores, clitóris e uretra feminina.

B Monte do púbis: É uma elevação mediana, anterior a sínfise púbica e


constituída principalmente de tecido adiposo, que se continua posteriormente com duas
pregas proeminentes, os lábios maiores do pudendo. Apresenta pelos espessos após a
puberdade, com distribuição característica, que também cobrem a superfície externa dos
lábios maiores do pudendo.
B Lábios maiores: São duas pregas cutâneas, alongadas ântero-posteriormente,
que se estendem do monte do púbis ao períneo e delimitam entre si uma fenda, a rima
do pudendo. Na face lateral, a pele, parecida com a do escroto, e pigmentada e, após a
puberdade, coberta de pelos. Já as faces mediais dos lábios maiores são róseas, úmidas,
sempre lisas e glabras (sem pelos). A face lateral, convexa, dos lábios maiores está
separada da face medial da coxa pelo sulco gênitofemoral.
B Lábios menores: São duas pequenas pregas cutâneas, localizadas medialmente
aos lábios maiores. No vivente, a pele que os recobre e lisa, úmida e vermelha. Ficam
escondidos pelos lábios maiores, exceto nas crianças e na idade avançada, quando os
lábios maiores contêm menos tecido adiposo e consequentemente menor volume. Cada
lábio menor apresenta abundante tecido conjuntivo elástico, sem gordura, com
fascículos de células musculares e numerosas veias calibrosas, o que lhe confere, no
conjunto, as características de tecido erétil: na excitação sexual os lábios menores
tornam-se turgidos. O espaço entre os lábios menores e o vestíbulo da vagina, onde se
apresentam o óstio externo da uretra, o óstio da vagina e os orifícios dos ductos das
glândulas vestibulares.
B Estruturas eréteis: Como no sexo masculino, são formadas por tecido erétil,
capazes de dilatar-se como resultado de ingurgitamento sanguíneo. O clitóris e o
homólogo do pênis ou, mais exatamente, dos corpos cavernosos.

Possui duas extremidades fixadas ao ísquio e ao púbis, os ramos do clitóris, que


depois se juntam formando o corpo do clitóris, e este termina por uma dilatação, a
glande do clitóris. O clitóris e uma estrutura rudimentar quando comparada ao pênis e
apenas a glande do clitóris e visível, no local onde se fundem anteriormente os lábios
menores. O clitóris, e mais particularmente sua glande, e estrutura extremamente
sensível e ligada a excitabilidade sexual feminina. O bulbo do vestíbulo e formado por
duas massas pares de tecido erétil, alongadas e dispostas como uma ferradura ao redor
do óstio da vagina. Não são visíveis na superfície porque estão profundamente situadas,
recobertas que são pelos músculos bulboesponjosos. São os homólogos rudimentares do
bulbo do pênis e, portanto, adjacente do corpo esponjoso. Quando cheios de sangue,
dilatam-se e, desta forma, proporcionam maior contato entre o pênis e o orifício da
vagina. O ingurgitamento sanguíneo das estruturas eréteis da mulher confere-lhe a
sensação de edema e de peso na região pudenda.
B Glândulas de Bartholin ou glândulas vestibulares maiores : Correspondem
às glândulas de Cooper no homem, e situam-se na porção inferior dos grandes lábios,
desembocando seus ductos entres os pequenos lábios e o hímen. Tem o tamanho de um
caroço de feijão. Sua função é auxiliar na lubrificação da vagina. São em número de
duas, situadas profundamente e nas proximidades do vestíbulo da vagina, onde se abrem
seus ductos. Durante o coito são comprimidas e secretam um muco, que serve para
lubrificar a porção inferior da vagina.
B Glândulas vestibulares menores: As glândulas vestibulares menores, em
número variável, tem seus minúsculos ductos se abrindo no vestíbulo, entre os óstios da
uretra e da vagina. De modo geral, as glândulas da pele da região do vestíbulo e as
glândulas da mucosa da vagina produzem secreção nos momentos preparatórios e
durante o coito, visando a tornar as estruturas úmidas e propícias a relação sexual. As
glândulas de Skene acompanham o trajeto da uretra feminina, são homólogas a
próstata, sem função definida.

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