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Metodologia para o Ensino de Ciências - Larissa Rodrigues Zacharias

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Atividade 1 - Resenha

Nome: Larissa Rodrigues Zacharias RA: 760604

Ao falar das ciências e educação, é importante ressaltar sobre a sala de aula e suas várias
influências pela sociedade. A relação de que a sala de aula agora é aberta à influências
externas em comparação com as escolas de antigamente, em que acreditava-se que a
escola detinha o conhecimento completo. Atualmente, os alunos em sua grande maioria
apresentam um saber que muitas vezes ultrapassa os professores pelo maior acesso à
informação, o que faz com que a escola não seja mais a única “detentora” do saber. O fluxo
do saber é do mundo para a escola.
A partir desse momento se entra então no saber científico, que foi durante muito tempo (e
ainda é) baseado no decorar. Se decorava termos técnicos das matérias e esses eram
usados para as provas e logo depois esquecidos, sendo os professores os responsáveis por
transmitir para os alunos, que eram vistos como papéis em branco - educação bancária (o
professor mais eficiente era aquele que passava mais páginas de matérias para os alunos).
Há uma diferença entre a ciência da escola e a ciência da universidade, e um dos desafios
na formação de professores é como desenvolver essa ciência escolar que visa não só
conteúdo mas também o social dos alunos. O conhecimento científico é universal,
entretanto o quanto se aprende nas universidades não é o mesmo que se passa nas
escolas.
A alfabetização científica é um dos meios para que se tenha uma educação em ciências
ainda mais relevante e comprometida, conhecendo as várias manifestações do universo. O
autor descreve a ciência como uma linguagem para a compreensão dos fenômenos da
natureza, e instiga que essa alfabetização científica é importante para que se entenda
esses fenômenos assim como é possível entender textos em outras línguas quando se
aprende um novo idioma, e isso é importante para que se possa contribuir e entender os
fenômenos que ocorrem no dia-a-dia. A educação, sociologia, etc., assim como a biologia,
física e etc. são ciências no seu âmbito total, visto que são construções humanas. A
compreensão dessa linguagem é a alfabetização científica.
Apesar de toda a compreensão da ciência, o mundo natural existe apesar dela. O que se
faz com a alfabetização científica é a tentativa de se entender esse mundo natural e tentar
aplicar os conhecimentos para testar novas tecnologias ou aplicações diversas para a
humanidade. Essa linguagem pode ser mostrada como algo impositivo ao ser obrigado a
fazer ou dizer, ou seja, estabelecer uma ciência apenas positivista que visa regras e
detalhamentos que às vezes não contribui para o conhecimento do mundo em que a
sociedade se insere, este mundo que é não só racional mas emocional, social, etc.
.De fato, entender a ciência de uma forma que seja possível fazer uma inclusão social,
inserir a população nos debates, nos âmbitos científicos é essencial, uma vez que a ciência
tem compromisso com a sociedade. Mas há vários impedimentos para que esse saber
chegue à população, pois a ciência muitas vezes é elitizada (relações de poder) e há um
forte esoterismo. Um dos papéis do docente, então, é trazer esses conhecimentos o mais
próximo possível da escola, com aspectos populares e étnicos científicos, fazendo a
alfabetização científica mais significativa.
Mas para que esse ensino ocorra é importante pensar a ciência como algo mutável e sem
dogmas, o que muitas vezes não ocorre no meio acadêmico, o mesmo ambiente em que se
formam esses docentes. Nesse sentido, a alfabetização científica, o pensar ciências de uma
forma crítica deve ser incluída não só nas escolas como na graduação e além,
estabelecendo as dimensões sociais, éticas, mas também as consequências negativas do
desenvolvimento científico no mundo e na sociedade.

Referência:
CHASSOT, Attico. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social.
Revista brasileira de educação, p. 89-100, 2003.

Questões:

● A ciência da escola e a ciência da universidade - na formação de professores, o


quanto é preciso para que se chegue a um saber social que vise não só o
conhecimento pelo conhecimento, mas que inclua as perspectivas sociais dos
alunos?
● O conhecimento das ciências da escola é um conhecimento filtrado das ciências da
universidade? Como os professores em formação podem conceber esses
conhecimentos agregando o social dos alunos?
● Já que as ciências, assim como a linguagem, tem sua relação de poder, quem
estamos ajudando com a alfabetização científica?
● A ciência como linguagem pode trazer algum viés que se oriente na visão científica
acrítica? Estabelecer a ciência como linguagem para apenas a compreensão do
mundo natural pode deixar de lado as interferências humanas e sua criticidade?

Problematizações:

“A proletarização dos profissionais da educação os faz excluídos dos meios que


transformam o planeta, onde a quantidade e a velocidade de informações o fazem parecer
cada vez menor. Esse é o lado trágico em não poucas das contemplações da escola hoje
(Chassot, 1998b)” (Chassot, 2003).
Não concordo com essa frase totalmente. O maior acesso à informação pode ser perigoso
por conta de informações falsas ou incompletas, porém é também muito importante que
mais pessoas consigam ter esse acesso em sua maior plenitude. Não acredito que
prejudique o trabalho do professor, mas pode ajudar ou auxiliar. A ideia da escola guardar
esse conhecimento parece muito com a ideia do professor detentor do conhecimento, e eu
não gosto dessa visão.

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