Apostila de RLM
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ARGUMENTAÇÃO LÓGICA
Conceitos iniciais
Toda argumentação lógica nasce de uma tal de Proposição. Trata-se de uma frase
afirmativa, ou seja, uma sentença declarativa – que pode ser classificada como verdadeiro
ou falso.
Então, se eu afirmar “a Terra é maior que a Lua”, estarei diante de uma proposição cujo
valor lógico é verdadeiro.
Fica claro que quando falarmos em valor lógico estaremos nos referindo a um dos dois
possíveis juízos que atribuiremos a uma proposição: verdadeiro (V) ou falso (F).
E se alguém disser: “Feliz ano novo!”, será que isso é uma proposição verdadeira ou
falsa? Nenhuma, pois não se trata de uma sentença para a qual se possa atribuir um valor
lógico.
Concluímos, pois, que...
... não serão estudadas. Somente aquelas primeiras – sentenças declarativas – que podem
ser imediatamente reconhecidas como verdadeiras ou falsas.
Normalmente, as proposições são representadas por letras minúsculas (p, q, r, s, etc). São
outros exemplos de proposições:
p: Pedro é médico.
q: 5 > 8
r: Luíza foi ao cinema ontem à noite.
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Professor Adriano Barreto
Proposições podem ser ditas simples ou compostas. Serão proposições simples aquelas
que vêm sozinhas, desacompanhadas de outras proposições. Nada mais fácil de ser entendido.
Exemplos:
Todavia, se duas (ou mais) proposições vêm conectadas entre si, formando uma só
sentença, estaremos diante de uma proposição composta. Exemplos:
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Proposições compostas em que está presente o conectivo “e” são ditas CONJUNÇÕES.
Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “∧”. Então, se temos a sentença:
Como se revela o valor lógico de uma proposição conjuntiva? Da seguinte forma: uma
conjunção só será verdadeira, se ambas as proposições componentes forem também
verdadeiras.
Então, diante da sentença “Marcos é médico e Maria é estudante”, só poderemos concluir
que esta proposição composta é verdadeira se for verdade, ao mesmo tempo, que Marcos é
médico e que Maria é estudante.
Pensando pelo caminho inverso, teremos que basta que uma das proposições
componentes seja falsa, e a conjunção será – toda ela – falsa. Obviamente que o
resultado falso também ocorrerá quando ambas as proposições componentes forem
falsas.
Essas conclusões podem ser resumidas em uma pequena tabela. Trata-se da tabela-
verdade, de fácil construção e de fácil entendimento.
Retomemos as nossas premissas:
Se tivermos que ambas são verdadeiras, a conjunção formada por elas (Marcos é médico
e
Maria é estudante) será também verdadeira. Teremos:
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Professor Adriano Barreto
Se for verdade apenas que Marcos é médico, mas falso que Maria é estudante, teremos:
Por outro lado, se for verdadeiro que Maria é estudante, e falso que Marcos é médico, teremos:
Marcos é médico Maria é estudante Marcos é médico e Maria é estudante
p q p∧q
F V F
Ora, as quatro situações acima esgotam todas as possibilidades para uma conjunção.
Fora disso não há outras! Criamos, portanto, a tabela-verdade que representa uma conjunção,
ou seja, a tabela-verdade para uma proposição composta com a presença do conectivo “e”.
Teremos:
p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F
É preciso que a informação constante da terceira coluna (em destaque) fique guardada
em nossa memória: uma conjunção só será verdadeira, quando ambas as partes que a
compõem também forem verdadeiras. E falsa nos demais casos.
Uma maneira de assimilar bem essa informação seria pensarmos nas sentenças simples
como promessas de um pai a um filho: “eu te darei uma bola E te darei uma bicicleta”. Ora,
pergunte a qualquer criança! Ela vai entender que a promessa é para os dois presentes. Caso
o pai não dê nenhum presente, ou dê apenas um deles, a promessa não terá sido cumprida.
Terá sido falsa! No entanto, a promessa será verdadeira se as duas partes forem também
verdadeiras!Enquanto a variação das letras (V e F) para a premissa p ocorre de duas em duas
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linhas, para a premissa q é diferente: “vês” (V) e “efes” (F) se alternando a cada linha,
começando com um V. Assim:
p q
V V
V F
F V
F F
p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F
Recebe o nome de DISJUNÇÃO toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ou. Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “∨”. Portanto, se
temos a sentença:
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Seremos capazes de criar uma tabela-verdade para uma proposição disjuntiva? Claro!
Basta nos lembrarmos da tal promessa do pai para seu filho! Vejamos: “eu te darei uma bola
OU te darei uma bicicleta”. Neste caso, a criança já sabe, de antemão, que a promessa é por
apenas um dos presentes! Bola ou bicicleta! Ganhando de presente apenas um deles, a
promessa do pai já valeu! Já foi verdadeira! E se o pai for abastado e resolver dar os dois
presentes? Pense na cara do menino! Feliz ou triste? Felicíssimo! A promessa foi mais do que
cumprida. Só haverá um caso, todavia, em que a bendita promessa não se cumprirá: se o pai
esquecer o presente, e não der nem a bola e nem a bicicleta. Terá sido falsa toda a disjunção.
Daí, concluímos: uma disjunção será falsa quando as duas partes que a compõem forem
ambas falsas! E nos demais casos, a disjunção será verdadeira! Teremos as possíveis
situações:
Te darei uma bola Te darei uma bicicleta Te darei uma bola ou te darei uma bicicleta
p q pVq
V V V
Ou:
Te darei uma bola Te darei uma bicicleta Te darei uma bola ou te darei uma bicicleta
p q pVq
V F V
Ou:
Te darei uma bola Te darei uma bicicleta Te darei uma bola ou te darei uma bicicleta
p q pVq
F V V
Ou, finalmente:
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Te darei uma bola Te darei uma bicicleta Te darei uma bola ou te darei uma bicicleta
p q pVq
F F F
p q pVq
V V V
V F V
F V V
F F F
Há um terceiro tipo de proposição composta, bem parecido com a disjunção que acabamos de
ver, mas com uma pequena diferença. Comparemos as duas sentenças abaixo:
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Cada um de vocês pode adaptar essa frase acima à sua realidade: troque Fortaleza pelo
nome da sua cidade natal, e troque cearense pelo nome que se dá a quem nasce no seu Estado.
Por exemplo:
O que interessa é apenas uma coisa: a primeira parte da condicional é uma condição
suficiente para obtenção de um resultado necessário.
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Percebam, pois, que se alguém disser que: “Pedro ser rico é condição suficiente para Maria ser
médica”, então nós podemos reescrever essa sentença, usando o formato da condicional.
Teremos:
“Pedro ser rico é condição suficiente para Maria ser médica” é igual
a: o “Se Pedro for rico, então Maria é médica”
Por outro lado, se ocorrer de alguém dizer que: “Maria ser médica é condição necessária para
que Pedro seja rico”, também poderemos traduzir isso de outra forma:
“Maria ser médica é condição necessária para que Pedro seja rico” é igual
a: o “Se Pedro for rico, então Maria é médica”
Pois bem! Como ficará nossa tabela-verdade, no caso da proposição condicional? Pensaremos
aqui pela via de exceção: só será falsa esta estrutura quando houver a condição suficiente,
mas o resultado necessário não se confirmar. Ou seja, quando a primeira parte for
verdadeira, e a segunda for falsa. Nos demais casos, a condicional será verdadeira.
A sentença condicional “Se p, então q” será representada por uma seta: p q.
Na proposição “Se p, então q”, a proposição p é denominada de antecedente, enquanto a
proposição q é dita conseqüente. Teremos:
p q p q
V V V
V F F
F V V
F F V
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A estrutura dita bicondicional apresenta o conectivo “se e somente se”, separando as duas
sentenças simples. Trata-se de uma proposição de fácil entendimento. Se alguém disser:
o “Se Eduardo fica alegre, então Mariana sorri e se Mariana sorri, então Eduardo
fica
alegre”.
.
São construções de mesmo sentido!
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A bicondicional é uma conjunção entre duas condicionais. Haverá duas situações em que
a bicondicional será verdadeira: quando antecedente e conseqüente forem ambos
verdadeiros, ou quando forem ambos falsos. Nos demais casos, a bicondicional será
falsa.
Sabendo que a frase “p se e somente se q” é representada por “p↔q”, então nossa tabela-
verdade será a seguinte:
p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
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Reparemos que caso a sentença original já seja uma negativa (já traga a palavra não), então
para negar a negativa, teremos que excluir a palavra não. Assim:
p ~p
V F F V
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Já sabemos negar uma proposição simples. Mas, e se for uma proposição composta, como
fica? Aí, dependerá de qual é a estrutura em que se encontra essa proposição. Veremos, pois,
uma a uma:
E só!
Daí, a questão dirá: “Não é verdade que João é médico e Pedro é dentista”, e pedirá que
encontremos, entre as opções de resposta, aquela frase que seja logicamente equivalente a
esta fornecida.
Analisemos: o começo da sentença é “não é verdade que...”. Ora, dizer que “não é verdade
que...” é nada mais nada menos que negar o que vem em seguida. E o que vem em seguida?
Uma estrutura de conjunção!
Daí, como negaremos que “João é médico e Pedro é dentista”? Da forma explicada acima:
~(p ∧q) = ~p V ~q
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Como fomos chegar à essa conclusão? Ora, por meio da comparação entre as tabelas-verdade
das duas proposições acima. Vejamos como foi isso. Primeiro, trabalhemos a tabela-verdade
do ~(p ∧ q).
Tudo começa com aquele formato básico, que já é nosso conhecido:
p q
V V
V F
F V
F F
p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F
Por fim, construiremos a coluna que é a negativa desta terceira. Ora, já sabemos que com a
negativa, o que é verdadeiro vira falso, e o que é falso vira verdadeiro. Logo, teremos:
p q p∧q ~(p ∧ q)
V V V F
V F F V
F V F V
F F F V
Guardemos, pois, essa última coluna (em destaque). Ela representa o resultado lógico da
estrutura ~(p ∧ q). Agora, construamos a tabela-verdade da estrutura ~p v ~q, e comparemos
os resultados. No início, teremos:
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p q
V V
V F
F V
F F
Faremos agora as duas colunas das duas negativas, de p e de q. Para isso, conforme já
sabemos, quem for V virará F, e vice-versa. Teremos:
p q ~p ~q
V V F F
V F F V
F V V F
F F V V
Agora, passemos à coluna final: ~p v ~q. Aqui nos lembraremos de como funciona uma
disjunção. A disjunção é a estrutura do ou. Para ser verdadeira basta que uma das sentenças
também o seja. Daí, teremos:
p q ~p ~q ~p V ~q
V V F F F
V F F V V
F V V F V
F F V V V
Finalmente, comparemos a coluna resultado (em destaque) desta estrutura (~p ∨~q) com
aquela que estava guardada da estrutura ~(p ∧ q). Teremos:
~(p ∧ q) ~p V ~q
F F
V V
V V
V V
Resultados idênticos! Daí, do ponto de vista lógico, para negar p e q, negaremos p, negaremos
q, e trocaremos e por ou.
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Já sabendo disso, não perderemos tempo na prova construindo tabela-verdade para saber
como se faz a negativa de uma conjunção! Esse exercício que fizemos acima, de comparar as
colunas-resultado das duas tabelas, serviu apenas para explicar a origem dessa equivalência
lógica.
Ou seja, para dizer se uma proposição é, do ponto de vista lógico, equivalente a outra,
basta fazer uma comparação entre suas tabelas-verdade.
3. Trocaremos OU por E.
E só!
Se uma questão de prova disser: “Marque a assertiva que é logicamente equivalente à
seguinte frase: Não é verdade que Pedro é dentista ou Paulo é engenheiro”.
Pensemos: a frase começa com um “não é verdade que...”, ou seja, o que se segue está sendo
negado! E o que se segue é uma estrutura em forma de disjunção. Daí, obedecendo aos passos
descritos acima, faremos:
~(p V q) = ~p ∧~q
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p q
V V
V F
F V
F F
p q pVq
V V V
V F V
F V V
F F F
p q pVq ~(p V q)
V V V F
V F V F
F V V F
F F F V
Guardemos essa coluna resultado para o final. E passemos à segunda parte da análise: a
estrutura ~p ∧~q. Teremos, a princípio, o seguinte:
p q
V V
V F
F V
F F
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p q ~p ~q
V V F F
V F F V
F V V F
F F V V
p q ~p ~q ~p ∧~q
V V F F F
V F F V F
F V V F F
F F V V V
Concluindo, comparemos a coluna resultado (em destaque) desta estrutura (~p ∧~q) com
aquela que estava guardada da estrutura ~(p ∨q). Teremos:
~(p V q) ~p ∧~q
F F
F F
F F
V V
Resultados idênticos! Daí, do ponto de vista lógico, para negar “p ou q”, negaremos p,
negaremos q, e trocaremos ou por e.
Por exemplo, como seria a negativa de “Se chover, então levarei o guarda-chuva”?
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~(p q) = p ∧~q
Na sequência, apresento duas tabelas que trazem um resumo das relações vistas até o
momento. Vejamos:
~p p é falso p é verdade
Negativa de (p e q) ~p ou ~q
Negativa de (p ou q) ~p e ~q
Negativa de (p q) p e ~q
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# Tabelas-verdade
Tabelas-verdade para p e q:
E a próxima coluna (ou próximas colunas) da tabela-verdade dependerá dos conectivos que
estarão presentes na proposição composta.
Já sabemos construir, pelo menos, cinco tabelas-verdade de proposições compostas! A tabela-
verdade da conjunção, da disjunção, da disjunção exclusiva, da condicional e da
bicondicional. Com este conhecimento prévio, já estamos aptos a construir as tabelas-verdade
de qualquer outra proposição formada por duas proposições componentes (p e q).
Designaremos tal proposição composta da seguinte forma: P(p, q).
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Suponhamos, pois, que estamos diante da seguinte proposição composta: P(p, q)=~(p v ~q) e
desejamos construir a sua tabela-verdade. Como seria? O início da tabela é, conforme
sabemos, sempre o mesmo. Teremos:
p q
V V
V F
F V
F F
Agora olhemos para a proposição que estamos trabalhando [~(p v ~q)] e comparemos o que
já temos na tabela acima com o que ainda precisamos encontrar. Já temos o ~q? Ainda não!
Então, é nosso próximo passo: construir a coluna da negação de q. Teremos:
p q ~q
V V F
V F V
F V F
F F V
p q ~q p v ~q
V V F V
V F V V
F V F F
F F V V
Por fim, concluindo a análise desta proposição composta, resta-nos construir a coluna que é a
própria proposição: ~(p v ~q). Ou seja, faremos a negação da disjunção acima. Para isso, quem
for VERDADEIRO vira FALSO e vice-versa. Teremos:
p q ~q p v ~q ~( p v ~q)
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V V F V F
V F V V F
F V F F V
F F V V F
É este, portanto, o resultado final da tabela-verdade para a proposição ~(p v ~q). Uma
coisa muito importante que deve ser dita neste momento é que, na hora de construirmos a
tabela-verdade de uma proposição composta qualquer, teremos que seguir uma certa ordem
de precedência dos conectivos. Ou seja, os nossos passos terão que obedecer a uma
seqüência. Começaremos sempre trabalhando com o que houver dentro dos parênteses. Só
depois, passaremos ao que houver fora deles. Em ambos os casos, sempre obedecendo à
seguinte ordem:
3. Faremos a condicional;
4. Faremos o bicondicional.
1º passo: Negação de q
p q ~q
V V F
V F V
F V F
F F V
2º passo: Conjunção
p q ~q p∧~q
V V F F
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V F V V
F V F F
F F V F
3º passo: Negação de p
p q ~p
V V F
V F F
F V V
F F V
4º passo: Conjunção
p q ~p q∧~p
V V F F
V F F F
F V V V
F F V F
5º passo: uma vez trabalhados os dois parênteses, faremos a disjunção que os une.
p∧~q q∧~p (p∧~q)V(q∧~p)
F F F
V F V
F V V
F F F
Se quiséssemos, poderíamos ter feito tudo em uma única tabela maior, da seguinte forma:
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simples (p, q e r)? Como é que se faz essa tabela-verdade? A primeira coisa é definir o número
de linhas que esta tabela-verdade terá. Conforme já aprendemos, este cálculo será dado por
Nº linhas = 2 Nº de proposições. Logo, haverá oito linhas (23=8) numa tabela-verdade para
três proposições simples. Para duas proposições, a tabela-verdade se inicia sempre do mesmo
jeito. O mesmo ocorrerá para uma tabela-verdade de três proposições. Terá sempre o mesmo
início. E será o seguinte:
p q r
A coluna da proposição p será construída da seguinte forma: quatro V alternando com quatro
F; a coluna da proposição q tem outra alternância: dois V com dois F; por fim, a coluna da
proposição r alternará sempre um V com um F. Teremos, portanto, sempre a mesma estrutura
inicial:
p q r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Saber construir esta tabela acima é obrigação. Ela corresponde à estrutura inicial de uma
tabela-verdade para três proposições simples.
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Suponhamos que uma questão de prova peça que construamos a tabela-verdade da proposição
composta seguinte: P(p,q,r)=(p ∧ ~q) (q v ~r). A leitura dessa proposição é a seguinte: Se p
e não q, então q ou não r.
Vamos fazer esse exercício? Começaremos sempre com a estrutura inicial para três
proposições. Teremos:
p q r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Daí, já sabemos que existe uma ordem de precedência a ser observada, de modo que
trabalharemos logo os parênteses da proposição acima. Começando pelo primeiro deles,
faremos os seguintes passos:
1º passo: Negação de q
p q r ~q
V V V F
V V F F
V F V V
V F F V
F V V F
F V F F
F F V V
F F F V
p q r ~q p ∧ ~q
V V V F F
V V F F F
V F V V V
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V F F V V
F V V F F
F V F F F
F F V V F
F F F V F
3º passo: Negação de r
p q r ~q p ∧ ~q r
V V V F F F
V V F F F V
V F V V V F
V F F V V V
F V V F F F
F V F F F V
F F V V F F
F F F V F V
p q r ~q p ∧ ~q ~r q V ~r
V V V F F F V
V V F F F V V
V F V V V F F
V F F V V V V
F V V F F F V
F V F F F V V
F F V V F F F
F F F V F V V
p q r ~q p ∧ ~q ~r q V ~r (p ∧ ~q) ( q V ~r)
V V V F F F V V
V V F F F V V V
V F V V V F F F
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V F F V V V V V
F V V F F F V V
F V F F F V V V
F F V V F F F V
F F F V F V V V
Pronto! Mais uma etapa concluída. Estamos aptos a construir tabelas-verdade para proposições
compostas de duas ou três proposições componentes.
Chegou o momento de passarmos a conhecer três outros conceitos: Tautologia, Contradição
e Contingência.
Tautologia
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
Tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das
proposições p, q, r, ... que a compõem. Em palavras mais simples: para saber se uma
proposição composta é uma Tautologia, construiremos a sua tabela-verdade! Daí, se a última
coluna da tabela-verdade só apresentar verdadeiro (e nenhum falso), então estaremos
diante de uma
Tautologia. Só isso!
Exemplo: A proposição (p ∧ q) (p V q) é uma tautologia, pois é sempre verdadeira,
independentemente dos valores lógicos de p e de q, como se pode observar na tabela-verdade.
Observe que o valor lógico da proposição composta (p∧q) (pVq), que aparece na última coluna,
é sempre verdadeiro. Passemos a outro exemplo de Tautologia: [(p V q) ∧ (p ∧ s)] p.
Construa a tabela-verdade e demonstre que se trata de uma tautologia.
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Contradição
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
contradição se ela for sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições
p, q,r ... que a compõem. Ou seja, construindo a tabela-verdade de uma proposição
composta, se todos os resultados da última coluna forem FALSOS, então estaremos
diante de uma contradição.
Exemplo: A proposição “ p ↔ ~p ” é uma contradição, pois sempre é falsa independentemente
do valor lógico de p, como é possível observar na tabela-verdade abaixo:
p ~p p ↔ ~p
V F F
F V F
Contingência
Uma proposição composta será dita uma contingência sempre que não for uma tautologia ou
uma contradição. Somente isso! Você pegará a proposição composta e construirá a sua tabela-
verdade. Se você verificar que aquela proposição nem é uma tautologia (só resultados V), e
nem é uma contradição (só resultados F), então, pela via de exceção, será dita uma
contingência!
Exemplo: A proposição “p ↔ (p∧q)” é uma contingência. Por que essa proposição é uma
contingência? Porque nem é uma tautologia e nem é uma contradição. Só por isso! Vejamos
sua tabela-verdade a seguir.
p q p∧q p ↔ (p∧q)
V V V V
V F F F
F V F V
F F F V
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ANÁLISE COMBINATÓRIA
TABELA DE FATORIAIS DE 0 a 10
0!= 1
1!= 1
2!=2×1=2
3! = 3×2×1= 6
4! = 4×3×2×1= 24
5! = 5×4×3×2×1=120
6! = 6×5×4×3×2×1= 720
7! = 7×6×5×4×3×2×1= 5040
8! = 8×7×6×5×4×3×2×1= 40.320
9! = 9×8×7×6×5×4×3×2×1= 362.880
10! =10×9×8×7×6×5×4×3×2×1= 3.628.800
Nota: A notação de fatorial afeta apenas o primeiro número antes do sinal de exclama-ção. Por
exemplo:
2×3! = 2×(3×2×1) = 2×6 =12 (2×3)! = 6! = 720
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL
DE CONTAGEM
QUESTÕES
Questão 01
Uma moça tem 3 saias e 4 blusas. Durante quantos dias poderá sair usando saia e blu-sa sem
repetir o mesmo conjunto?
R: 12 dias
Questão 02
Se uma pessoa possui 2 pares de sapatos, 5 calças compridas e 4 camisas, de quantas
maneiras diferentes poderá se vestir? R: 40
Questão 03
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De quantas maneiras diferentes pode se vestir uma pessoa que tenha 5 camisas, 3 calças, 2
pares de meia e 2 pares de sapa-
to? R: 60
Questão 04
Uma sorveteria fornece sorvetes nos dois sabores: abacaxi e baunilha, e três cobertu-ras:
chocolate, caramelo e chantily. Com uma bola e uma cobertura, quantos sorvetes diferentes
podemos formar? R: 6
Questão 06
Num restaurante há dois tipos de salada, 3 tipos de pratos quentes e 3 tipos de sobre-mesa.
Quantas são as possibilidades para se fazer uma refeição contendo 1 salada, 1 prato quente e
1 sobremesa?
R: 18
Questão 07
Numa lanchonete há 5 tipos de sanduíche, 4
tipos de refrigerante e 3 tipos de sorvete. De
quantas maneiras podemos tomar um lan-
che que contenha 1 sanduíche, 1 refrigeran-
te e 1 sorvete?
R: 60
Questão 08
De quantas maneiras você pode retirar 2
cartas de um baralho completo de 52 cartas,
sem reposição?
R: 2652
Questão 09
Ao lançarmos sucessivamente uma moeda e um dado, quantas são as possibilidades pa-
ra o resultado? R: 12
Questão 10
Ao lançarmos sucessivamente 3 moedas, quantas são as possibilidades de resultado? R: 8
Questão 11
Existem 2 vias de locomoção de uma cidade A para uma cidade B e 3 vias de locomoção da
cidade B a uma cidade C. De quantas maneiras podemos ir de A a C, passando
por B? R: 6
Questão 12
Para irmos da cidade A até a cidade C, obri-gatoriamente passamos pela cidade B. Três
companhias de ônibus cobrem o percurso entre A e B e 2 companhias de aviação li-gam B e C.
De quantos modos diferentes é
possível viajar de A até C? R: 6
Questão 13
Três companhias de ônibus e 2 companhias de aviação cobrem o percurso entre as cida-des A
e B. De quantos modos diferentes po-demos viajar entre essas duas cidades?
R: 5
Questão 14
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Para ir de uma cidade A a outra cidade B dispomos de quatro empresas de ônibus, três de
aviões e duas de navios. De quantos modos podemos viajar de A até B? R: 9
Questão 15
Oito caminhos conduzem ao cume de uma montanha. De quantos modos uma pessoa pode
subir e descer por caminhos diferen-tes? R: 56
Questão 16
Num hospital existem 3 portas de entrada que dão para um saguão no qual existem 5
elevadores. Um visitante deve se dirigir ao 6º andar utilizando-se de um dos elevadores. De
quantas maneiras diferentes poderá fa-
zê-lo? R: 15
Questão 17
Se um quarto tem 5 portas, determine o nú-mero de maneiras de se entrar nele e sair dele por
uma porta diferente? R: 20
Questão 18
Se os números de telefone de uma localida-de têm 7 algarismos, quantos telefones no máximo
podem ser instalados, sabendo-se que os números de telefones dessa locali-dade não podem
começar com zero? R: 9.000.000
Questão 19
Numa cidade os números dos telefones tem 6 dígitos e começam por 6. Quantos telefo-nes
podem ser instalados, nas condições dadas?
R: 100.000
Questão 20
Dez times de futebol participam de um cam-peonato. De quantas formas diferentes se pode ter
os três primeiros colocados? R: 720
Questão 21
Cinco cavalos disputam um páreo; qual o número de resultados possíveis para os 3
primeiros lugares? R: 60
Questão 22
s: diretoria de uma firma, concorrem 4 candidatos à presidência e 5 à vice-presidência. Quantas
chapas distintas podem ser formadas com um presidente e um vice? R: 20
Questão 23
A diretoria de um clube é composta de 10 membros, que podem ocupar a função de Presidente,
Secretário ou tesoureiro. De quantas maneiras possíveis podemos for-mar, com os 10
membros, chapas contendo Presidente, Secretário e Presidente? R: 720
Questão 24
Numa eleição de uma escola há três candi-datos a presidente, cinco a vice-presidente, seis a
secretário e sete a tesoureiro. Quan-tos podem ser os resultados da eleição? R: 630
Questão 25
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Em um ônibus há cinco lugares vagos. Duas pessoas tomam o ônibus. De quantos mo-dos elas
podem se sentar? R: 20
Questão 26
Uma prova consta de dez testes do tipo ver-dadeiro ou falso. De quantos modos um alu-no que
se submete à prova poderá respon-der todos os testes?
R: 1.024
Questão 27
Quantos números de 3 algarismos podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6? R: 216
Questão 28
Quantos números de 3 algarismos distintos
podemos formar com os algarismos 1, 2, 3,
4, 5 e 6?
R: 120
Questão 29
Quantos números de 3 algarismos podemos formar com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e
7? R: 448
PERMUTAÇÀO:
ARRANJO: é o tipo de agrupamento em que um grupo é diferente do outro pela ordem ou pela
natureza dos elementos componentes.
n!
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n!
CONJUNTOS
Exemplos:
1) A = conjunto das vogais de nosso alfabeto.
2) B = conjunto dos dias da semana.
3) C = Conjunto das raízes reais da equação x² - 6x + 8 = 0.
Exemplos:
1) A = { a, e, i, o, u }
2) B = { segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado, domingo}
3) C = { 2, 4}
Um conjunto também pode ser dado através de sua lei de formação. (que indica como
deve ser formado ou é a própria definição dos seus elementos.)
Exemplos:
1) A = { vogais do nosso alfabeto }
2) B = { dias da semana}
3) C = { x Є R │ x² - 6x + 8 = 0 }
Um conjunto pode ser finito, quando tem número limitado de elementos. Caso
contrario é um conjunto infinito. Obs. Não confundir o que é difícil de ser contado
(incomensurável) com infinito.
RELAÇÃO DE PERTINÊNCIA
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RELAÇÃO DE INCLUSÃO
CONJUNTO UNIVERSO
Exemplo: Se A = {1, 2, 3 }, então P(A) = {{}, {1}, {2}, {3}, {1,2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3}}
Para sabermos quantos subconjuntos tem um conjunto, basta calcular pela fórmula:
N(P(A)) = 2 n , onde n é o número de elementos do conjunto.
Exercícios:
1) Dê o conjunto das parte de cada um dos conjuntos abaixo:
a) A = { } b) B = {a} c) C = {a, b} d) D = {a, b, c} e) E = {a, b, c, d}
Obs.: Convencionalmente, a relação entre elementos e conjuntos deve ser feita através da
relação de pertinência ou . E a relação entre conjuntos devem ser feitas através da relação
de inclusão ou ou ou ou suas negações.
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UNIÃO
A união entre conjuntos é um outro conjunto formado pela junção de todos os elementos
dos conjuntos a serem unidos.
Matematicamente, se x AB, então x A ou x B. Se x A, então x AB e se x
B, então x AB.Exemplos de diagramas:
B A A
B B B B
INTERSECÇÃO
A
A B A
B
B B B
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ELEMENTO NEUTRO
Uma operação num conjunto tem elemento neutro se, existir um único elemento desse
conjunto que operado com qualquer outro elemento desse mesmo conjunto tem como
resultado esse elemento qualquer.
PROPRIEDADE ASSOCIATIVA
Uma operação num determinado conjunto é associativo ou tem a propriedade
associativa, se ao operarmos três de seus elementos o resultado não se alterar, para qualquer
ordem que façamos as operações.
PROPRIEDADE COMUTATIVA
Uma operação num determinado conjunto é comutativo, se na operação entre dois
elementos, se trocarmos a ordem (comutarmos) de seus elementos na operação o resultado
não se altera.
PROPRIEDADE DISTRIBUTIVA
Um conjunto com duas operações , no caso dos conjuntos União e intersecção, quando
temos os conjuntos A, B e C, e:
A (B C) = (A B) (A C) distributiva da união em relação a intersecção.
Ou
A (B C) = (A B) (A C) distributiva da intersecção em relação a união.
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A A
A
B
B
B
B
U
U
Nos conjuntos complementares, quando usamos o símbolo A’, estamos supondo que o conjunto
universo dos conjuntos que estamos trabalhando seja de conhecimento de todos.
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Lógico que não podemos falar em conjunto complementar sem a existência desse conjunto
universo.
Probabilidade
Exemplos:
a) Lançamento de uma moeda: Ω = {c, k} sendo c = cara e k = coroa
b) Lançamento de duas moedas: Ω = { c c, c k, k c, k k }
c) Lançamento de um dado: Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6 }
d) Retirada de uma carta do baralho:
Ω = { A 2 3 4 5 6 7 8 9 10 J Q K ()
A 2 3 4 5 6 7 8 9 10 J Q K ()
A 2 3 4 5 6 7 8 9 10 J Q K ()
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A 2 3 4 5 6 7 8 9 10 J Q K () }
e) Vida útil de um componente eletrônico: Ω = { t = IR t 0 }
2. Evento
A cada experimento está associado um resultado obtido, não previsível, chamado evento.
Um evento é qualquer subconjunto de um espaço amostral, sendo representados por letras
maiúsculas A, B, C, D, etc.
Exemplo:
Lançam-se dois dados. Enumerar o espaço amostral e depois os seguintes eventos:
A: saída de faces iguais
B: saída de faces cuja soma seja igual a 10
C: saída de faces cuja soma seja menor que 2
D: saída de faces cuja soma seja menor que 15
E: saída de faces onde uma face é o dobro da outra
F: saída de faces desiguais
Solução:
O espaço amostral desses eventos (todos os resultados possíveis de serem obtidos no
lançamento dos dois dados) está descrito na tabela a seguir:
D1/D2 1 2 3 4 5 6
1 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6
2 2,1 2,2 2,3 ,2,4 2,5 2,6
3 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6
4 4,1 4,2 4,3 4,4 4,5 4,6
5 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 5,6
6 6,1 6,2 6,3 6,4 6,5 6,6
Eventos:
A = {(1,1), (2,2), (3,3), (4,4), (5,5), (6,6)}
B = {(4,6), (5,5), (6,4)}
C = { } (evento impossível)
D = Ω (evento certo)
E = {(1,2), (2,4), (3,6), (2,1), (4,2), (6,3)}
F=D-A
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Quando o espaço amostral for finito ou infinito enumerável, todo subconjunto poderá ser
considerado um evento. Pode-se demonstrar que se contiver n elementos , existirão
exatamente 2n subconjuntos (eventos).
Exemplo:
Considere um espaço amostral finito: = {A, B, C, D}. Os subconjuntos do espaço amostral
são: {, A, B, C, D, (A,B},{A,C}, {A,D}, {B,C}, {B,D}, {C,D}, {A,B,C}, (A,B,D}, {A,C,D}, {B,C,D},
{A,B,C,D}. Observa-se que 24 = 16 é o número de total de eventos extraídos de .
3. Princípios de contagem
A notação n(A) será usada para dar o número de elementos distintos de um conjunto A
(cardinalidade de A). Alguns autores utilizam #A ou card(A) ao invés de n(A). Um conjunto
é finito quando contém exatamente m elementos distintos, m IN.
Exemplo:
Em um cesto há 6 bolas de vôlei, sendo 3 brancas e 3 vermelhas. Desse cesto são retiradas
sucessivamente 3 bolas. Calcular o número de elementos dos seguintes eventos:
A: As três bolas são da mesma cor.
B: Duas bolas são brancas
C: As três bolas são vermelhas
D: O número de bolas brancas é igual ao número de bolas vermelhas.
E: O número de bolas brancas é maior do que de bolas vermelhas
Solução:
Espaço amostral do experimento:
{BBB, BBV, BVB, VBB, BVV, VBV, VVB, VVV}; n (Ω) = 8
A = {VVV, BBB}; n(A) = 2
B = {BBV, BVB, VBB}; n(B) = 3.
C = {VVV}; n( C) = 1
D = ➔ n (D) = 0
E = {BBB, BBV, BVB, VBB}
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b) Sejam os conjuntos
A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}
B = { 0, 3, 5, 6}
B A, pois todos os elementos de B estão contidos em A
• Conjunto vazio: é conjunto que não contém elementos. Representa-se por { } ou por .
O conjunto vazio, , também é um subconjunto de ou de outro qualquer subconjunto
de .
Exemplo: Lançamento de um dado e obter a face com número 7 (D):
D = { } ou D = .
5. Tipos de eventos
a) Evento certo
É aquele que ocorre em qualquer experimento aleatório
Exemplo: No lançamento de uma moeda , com certeza sairá sempre as faces “cara” ou
“coroa”.
b) Evento impossível
É aquele que nunca ocorrerá em um experimento aleatório
Exemplo: Sair a face 7 no lançamento de um dado.
c) Evento complementar
O evento complementar de A é formado pelos elementos de Ω que não
pertencem a A (escreve-se Ā).
Exemplo: Se Ω = (1, 2, 3, 4, 5, 6} e A = { 1, 3, 5} então Ā = {2, 4, 6}.
A A
Ā={x Ω|xA}
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A B = { x Ω | x A ou x B}
Exemplo:
Se A = { 1, 2, 5, 6} e B = {4, 5} então A B = {5}.
A B = { x Ω | x A e x B}
Exemplo:
Se A = {1, 2, 5, 6} e B = {4, 7} então A B = { }.
Exemplo:
a) conjunto finito A = { a, b, c }; n(A) = 3
conjunto finito B = { d, e, f, g }; n(B) = 4
n(A B) = n(A) + n(B) = 3 + 4 = 7
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c) Uma urna contém 10 bolas numeradas de 1 a 10. Retira-se uma bola ao acaso e observa-
se o número indicado. Descrever os seguintes conjuntos e dar o número de elementos
de cada um.
a) o espaço amostral Ω
b) O evento A: o número da bola é ímpar
c) O evento B: o número da bola é maior que 6
Solução:
a) Ω = { 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}
O número de elementos desse conjunto é n(Ω) = 10
b) A = { 1, 3, 5, 7, 9)
n(A) = 5
c) B = { 7, 8, 9, 10}
n(B) = 4
o sem reposição
uma bola retirada não é devolvida à urna.
Exemplo:
1. De um baralho de 52 cartas tiram-se sucessivamente, sem reposição, duas cartas.
Determinar:
a) a probabilidade de tirar dama na primeira carta
b) a probabilidade de tirar dama na segunda carta
c) a probabilidade de tirar naipe de ouros na segunda carta
solução
a) número de cartas do baralho na 1a extração: n() = 52
número de damas no baralho na 1a extração: n(Q) = 4
n(Q) 4
P(D1 ) = =
n() 52
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8. Leis da Probabilidade
a) Probabilidade de um evento (A) não ocorrer
Se P(A) é a probabilidade do evento A ocorrer, então P(Ā) = 1 – P(A)
Esse evento é o complementar ao evento A . Logo P(A) + P(Ā) = Ω = 1
Exemplo:
Qual a probabilidade de não se pegar um “A” de um baralho de 52 cartas.
P(Ā) = 1 – P(A) = 1 – 4/ 52 = 48 / 52 = 12 / 13
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Exemplo
Retirando-se uma carta do baralho, qual a probabilidade
a) que a carta seja de ouros ou de espadas
b) que a carta seja de ouros ou seja um “A”
Solução
a) Uma carta de ouros e uma carta de espadas não podem ocorrer ao mesmo tempo.
Os eventos são, portanto, mutuamente exclusivos
A: retirada de uma carta de ouros
B: retirada de uma carta de espadas
P(A) = 13/52 = 1/ 4
P(B) = 13/52 = 1/ 4
P(A ou B) = P(A) + P(B)
P(A ou B) = 1 / 4 + 1 / 4 = 1 / 2
b) Seja.
A: retirada de uma cartas de ouros
B: retirada de um “A “
P(A) = 13/52
P(B) = 4/52
Existe uma carta no baralho que é tanto um “A “ quanto de ouros. Nesse caso, A e B
não são mutuamente exclusivos
P(A ou B) = P(A) + P(B) – P(A B)
P(A ou B) = 13/ 52 + 4/ 52 – 1/ 52 = 16/ 52 = 4/ 13
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Exemplo:
Foram retiradas duas cartas do baralho.
a) qual a probabilidade que saiam duas cartas de ouros?
b) Se a primeira carta de ouros foi devolvida, qual a probabilidade que a segunda seja
também de ouros?
Solução:
Seja A: retirada de uma carta de ouros
Seja B: retirada da segunda carta de ouro
a) A primeira carta de ouros tem P(A) = 13/ 52 = 1/ 4
A segunda carta de ouros tem P(BA) = 12/ 51
Os eventos não são independentes
Então P(A e B) = P(A) * P(BA) = 1/ 4 * 12 /51 = 12/ 204 = 3/ 51
r r!
Cr,p = =
p p!(r − p )!
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15 12
.
P(A) =
3 2
27
5
Exemplo: Num lote de 12 peças, 4 são defeituosas; duas peças são retiradas
aleatoriamente. Calcule:
a) A probabilidade de ambas serem defeituosas
b) A probabilidade de ambas não serem defeituosas
c) A probabilidade de ao menos uma ser defeituosa.
Solução:
a) A = (ambas são defeituosas)
4 4! 4.3.2!
A pode ocorrer = = = 6 vezes
2 2!(4 − 2)! 2.2!
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6 1
Logo, P(A) = =
66 11
8 8! 8.7.6!
B pode ocorrer = = = 28 vezes
2 2!(8 − 2)! 2.6!
28 14
Logo, P(B) = =
66 33
10 5
P(A) = =
32 16
49