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Resumo Toda A Matéria de Biofísica

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Biofísica

Membranas Biológicas

Todas as células apresentam um envoltório – a membrana celular 


O Modelo aceito desde 1972 – É o Mosaico Fluido - proposto por Singer e Nicolson, foi
descoberto baseado em experiências:

Segundo os autores, essa membrana é formada por uma bicamada fosfolipídica onde
as proteínas se distribuem. Os fosfolipídios que formam a membrana apresentam duas
regiões distintas: uma cabeça polar (hidrofílica) e uma cauda apolar (hidrofóbica). Eles
organizam-se de modo que sua cabeça fique voltada para a superfície aquosa e as
caudas para o interior da dupla camada.

Os fosfolipídios mantêm-se em constante movimento, mas nunca perdem o contato


uns com os outros. As proteínas também se movem, conferindo um grande dinamismo
a essa membrana. Graças a essa constante movimentação das proteínas e fosfolipídios,
diferentes mosaicos surgem, por isso o modelo recebeu o nome de mosaico fluido.
Funções da membrana: 

● Proteção da célula
● Permeabilidade seletiva (ela é uma barreira, mas não é um muro, ela permite
a passagem de íons, pequenas moléculas...fagocitose de pequenas moléculas,
exocitose, pinocitose)
● Organização dos constituintes (o que tem dentro da célula)
● Comunicação com outras células porque tem receptores de
membrana (estruturas que reconhecem sinais químicos)
● Reconhecimento celular (presença de receptores) (reconhecimento do que
está fora da célula)
● Permite a mobilidade celular ( movimento) porque a membrana está
acoplada ao citoesqueleto
- tal citoesqueleto permite que a célula assuma uma estrutura diferente
● Crescimento celular
● É um sítio para várias reações químicas

OBS: As membranas tem a mesma estrutura básica ( bicamada de fosfolipídios,


proteínas integrais e periféricas, colesterol , além de açúcar voltado para o meio
extracelular- carboidratos) 
Entretanto há variação de acordo com a função da membrana, assim, dependendo,
varia o tipo de fosfolipídio e proteína predominante!!

A membrana é composta por:

● Uma bicamada de fosfolipídios (Fosfoglicerídios como a fosfatidilcolina,


esfingolipídeos)

● Moléculas de colesterol intercalados 


● Proteínas periféricas ou integrais 

● No lado extracelular- há a ligação de carboidratos à proteínas e à lipídios


No lado intracelulares - interação da membrana com o citoesqueleto

A membrana tem função integradora do meio extracelular com o intracelular


Ela é uma estrutura dinâmica, apresenta movimento

OBS: Caso haja lesão na membrana:

* se for pequena - a célula repara 


* se for muito grande - célula morre ( necrose ou apoptose) porque perde a
homeostasia.

OBS 2: a membrana é assimétrica

Lipídios 
● Os lipídios mais abundantes da membrana são os fosfolipídios
Tipo de fosfolipídio mais presente: Fosfatidilcolina
● (1 glicerol, fosfato, radical (ex: colina) , cauda Apolar ( duas) ) 
Uma das caudas apresenta instauração
● Ele é anfipático (propriedade hidrofílica e hidrofóbica )
Ligações entre fosfolipídios é fraca, não precisa de enzimas para ser desfeita
● Tem= um radical, fosfato, glicerol, 2 caudas apolares
● Podem ser organizar como uma bicamada ou monocamada 

Podem formar micelas ou bicamadas


Se organizam em monocamada ou bicamada. Naturalmente se organizam em
bicamada e tendem a se celar( forma uma estrutura esférica que reveste ) isso é
o modo de menor gasto de energia

OBS: Depende da quantidade de água do ambiente para eles se organizarem e


do tipo de lipídio

O fosfolipídio garante a fluidez da membrana através do seu grau de insaturação


Quanto + insaturado + fluidez
Quanto + temperatura + fluidez
- gorduras e óleos 
( 1 molécula de glicerina e 3 ácidos graxos) 
-ceras  ( grande cadeia de hidrocarbonetos)
- esteroides 
● OBS: A fosfatidilserina fica na porção citosólica ( meio intracelular)
A Flipase ( enzima) que acelera o tempo para o fosfolipídio fazer o movimento de flip
flop, mantêm a fosfatidilserina no meio citosólico, caso em uma célula, a
fosfatidilserina esteja no meio extracelular, isso é um indicativo de que a flipase foi
inibida e a célula está em necrose

Colesterol

É um lipídio, presente nas células eucariontes, ficam intercalados com os fosfolipídios


na membrana
● Aumenta as propriedades hidrofóbicas e de impermeabilidade da barreira da
camada lipídica

● É um regulador da fluidez (modulador da fluidez) ou seja, estabiliza a


membrana

QUANTO + COLESTEROL - FLUIDEZ DA MEMBRANA

● Tem uma porção polar pequena que interage com a cabeça polar dos
fosfolipídios e uma região rígida (anéis de esterol) que interage com os
hidrocarbonetos próximos à cabeça polar dos fosfolipídios e há uma cauda
apolar ( hidrofóbica )

● OUTRAS FUNÇÕES DELE, SEM SER NA MEMBRANA:


- Ele compõe os ácidos biliares ( importantes para a digestão da gordura ) e é
precursor da vitamina d e dos hormônios esteroides 

OBS: Sem colesterol, a membrana se rompe 

O colesterol é bem Apolar , ele sozinho não é transportado pelo sangue


ele precisa de um complexo, que leva colesterol para células e traz
No fígado que o colesterol é sintetizado, além de ingerirmos colesterol com a
alimentação ( produtos de origem animal ) 

O colesterol é absorvido e levado pelo :

● Complexo LDL ( estrutura de monocamada de fosfolipídios que tem uma


proteína presente na membrana, ancorada)( essa estrutura é uma vesícula) 
dentro dessa estrutura o colesterol e os triglicerídeos são transportados,
levados para a célula.
O LDL fica em contato com as paredes do vaso e em excesso gera uma resposta
inflamatória e obstrui a luz do vaso, comprometendo o aporte sanguíneo
Gera uma Aterosclerose ( placas de ateroma na artéria)

● O excesso de colesterol é levado pelo HDL para o fígado 

É necessário um equilíbrio alimentar !!!!!!! ( HDL e LDL em equilíbrio)

❌ PASSAGEM DE SUBSTÂNCIAS POR ESSA BICAMADA QUE É LIPÍDICA


Coeficiente de partição óleo e água:
Quanto maior, mais solúvel em óleo e menos em água
Quanto + Apolar, mais facilidade a substância passa pela bicamada fosfolipídica (que é
apolar)  logo, percebe-se que não tem tanta relação com tamanho da molécula.

* um anestésico local é altamente Apolar, então ele passa muito bem pela
bicamada
* a glicose é altamente polar, ela não passa na bicamada sem a ajuda de uma
macromolécula ( proteína transportadora )

PROTEÍNAS- aminoácidos ligados uns aos outros via cadeia


peptídica
São macromoléculas que se apresentam de formas variadas na membrana. Cada tipo
de proteína tem uma família própria. São sintetizadas pela própria célula (RNA) e
transportadas para seu sítio de atuação. 
Exemplo: proteína de membrana é inserida na membrana plasmática
Quando se olha o perfil de aminoácidos da proteína, percebe-se se uma proteína é de
membrana ( possui aminoácidos apolares ) de citosol...
Proporção nas membranas da maioria das células : 50% proteínas e 50% de lipídios

*Periféricas = Associadas à superfície da membrana, fraca ligação com ela


modo de extração delas : solução salina, alterações de ph ( é mais fácil)

* Integrais
- Possuem forte ligação com a membrana plasmática ( lig covalente )
- modo de extração delas : uso de detergentes ou solventes orgânicos 
Tipos:
1) Transmembranas : atravessam toda a bicamada, são anfifílicas
2) Associadas a uma monocamada – estão ancoradas à monocamada citosólica via
sua própria cadeia polipeptídica
3) Ligadas por meio de lipídios : proteínas solúveis em meio aquoso podem se
associar à membrana por âncoras lipídicas
Função das proteínas:
● Fazem transportes
● Medeiam a sinalização química
● São enzimas 
● São receptores
● Relacionadas ao citoesqueleto

Movimentação das proteínas:

Para comprovar essa movimentação, fez-se uma experiência com células humanas e de
camundongos. Essas células apresentam proteínas de membrana que pode ser possível
produção de anticorpos contra elas
Então produziram anticorpos contra proteínas das duas células 
os anticorpos para a célula do camundongo ( foram corados de verde ) e os anticorpos
humanos (corados de vermelho)
criou- se um heterocário (vírus) que fundiu as duas membranas
Então tem-se uma célula com dois núcleos  
Observou-se que antes o anticorpo vermelho estava de um lado e o anticorpo
verde estava de outro, com o tempo estavam misturados. Isso mostrou que há fluidez
no plano da membrana.
Algumas proteínas funcionam para restrição da mobilidade da membrana- algumas
proteínas restringem o movimento, a partir de :

-proteínas podem se auto grupar


podem ser presas por interação com agregados de macromolécula fora da célula
dentro da célula
-interagir com proteínas da superfície de outras células 

Açúcares 

Localizados no meio extracelular


-Proporção de 2-10% na membrana de cada célula
- compõem o glicocálix 
-ligados covalentemente a proteínas e lipídios ( glicoproteínas e glicolipídios
respectivamente )

Glicocálix : revestimento de carboidrato que recobre a superfície da célula


importante para proteção contra agressões mecânicas e químicas
importante para a facilitar as interações entre as células

Modelos antigos de membrana:


Gorter e Grendel ( 1925) 
Davson e Danielli (1935) ( modelo do sanduíche) 
lipídios no meio, e proteínas nas pontas 
1960 - Robertson - 
1972- modelo mosaico fluido 

Balsas lipídicas ou Rafts Lipid – Plataformas de sinalização


Regiões da membrana plasmática especialmente ricas em colesterol ,
esfingolipídios e tem também receptores proteicos. Estas balsas promovem a
sinalização eficiente porque servem como sítios nos quais as moléculas
sinalizadores se reúnem e interagem, mas sua importância na sinalização
permanece controversa. Esta região de membrana tende a ser mais rígida, graças à
presença do colesterol e mais espessa devido à presença do esfingolipídio ( calda
maior que a do fosfolipídio )

Permite a integração de sinais extracelulares com as respostas que essa célula vai
produzir. Media esse tipo de resposta.

As balsas lipídicas se movimentam como uma unidade !!!


Como a membrana plasmática é um mosaico fluido , esse mecanismo é
desenvolvido para que proteínas/ receptores que necessitam ficar confinados não
se movimentem
EX: o receptor de CD4 fica em região de balsa

1- Qual a importância da membrana plasmática para a homeostasia celular?

RESPOSTA:

● Delimita o conteúdo celular


● Apresenta permeabilidade seletiva, faz um filtro do que entra e sai da célula
● Permite a mobilidade da célula através da integração com o citoesqueleto
● Sinalização química ( reconhecimento celular )
● Comunicação com outras células
● A membrana não é uma barreira, ela tem função de integração, essencial
para a fisiologia da célula !

2- Como evoluiu o modelo de membrana até os dias de hoje?

RESPOSTA: A primeira coisa que sabiam era que existia uma bicamada de fosfolipídio
Depois foram inseridas proteínas na membrana, inseridas como monocamada dentro
e monocamada fora da célula. Esse foi o Modelo do Davison. Depois tal modelo foi
questionado e então foi-se aceito o modelo do Singer:

Bicamada fosfolipídica
Proteínas integrais, periféricas, açúcares na face externa, colesterol
Houve evolução do modelo
Agora é o modelo mosaico fluido, há movimentação, dinamismo. As macromoléculas
não ficam paradas, elas interagem.

3- Por que o modelo de Davidson e Danielle não teve sustentação científica?


Porque as experiências mostraram que era inviável
Como os íons, as moléculas passariam pela bicamada de fosfolipídio com as proteínas
recobrindo?

4- Faça um esquema do modelo de membrana proposto por Singer e Nicolson.


➡️Bicamada fosfolipídica
➡️Proteínas integrais e periféricas
➡️Açúcares na parte extracelular
➡️Colesterol
5- Quais as macromoléculas formadoras das membranas biológicas. Como elas se
organizam?
-Proteínas
-Lipídios
-Colesterol
-Açúcares

Se organizam :
* tipos de ligações

As ligações entre os fosfolipídios é fraca. As ligações entre os fosfolipídios e as


proteínas é fraca e em alguns momentos há ligações covalentes também. Os açúcares
se ligam tanto às proteínas quanto aos lipídios.

6- O que significa dizer que macromoléculas têm características anfipáticas?


Significa dizer que a macromolécula tem afinidade tanto com moléculas lipossolúveis
quanto com hidrossolúveis. É a capacidade de se comunicar/ se combinar
simultaneamente com a água e com substâncias apolares.
Exemplo de substâncias anfipática : detergente

É bom o fosfolipídio ser anfipático : Porque pode haver integração com o ambiente
extracelular e com o intracelular !

7- Quais os lipídios mais abundantes nas membranas plasmáticas?


São os fosfolipídios

8- Defina fosfolipídeos:
É uma molécula de lipídio com a constituição : radical ( ex: serina, colina,
etalonamina ) fosfato, glicerol e caudas apolar

9- Qual a implicação biológica da assimetria observada na bicamada lipídica.

Assimetria é que não é igual. Por exemplo : os fosfolipídios predominantes de uma face
são diferentes da outra. Isso está relacionado à função da estrutura.
Não é igual, porque os fosfolipídios de uma face da membrana são diferentes, devido às
diferenças de funções.

10- Que tipos de proteínas estão presentes nas membranas?


Proteínas integrais e periféricas. São produzidas pela própria célula.
11- Que tipo de função está relacionada às proteínas?
➡️Transporte
➡️Sinalização
➡️Reconhecimento
➡️Modulação do citoesqueleto
➡️Atuam como enzimas
12- Que tipos de açúcares são encontrados nas membranas? A que outras
macromoléculas eles se encontram conjugados?
Açúcar simples ou complexo
Desde oligossacarídeos até polissacarídeos
Formam o glicocalix ( função de reconhecimento...)
Se ligam à proteínas e lipídios

13- Defina fluidez. Qual a importância deste fenômeno?


Capacidade de movimentação das moléculas no plano da membrana

➡️Importância : garante a homeostasia da célula, permite o desempenho de


determinadas funções.
Ex: Em algumas células o mecanismo de endocitose é em um determinado polo, então
há migração para esse polo.

14- O que regula a fluidez da membrana?


➡️ colesterol, instauração dos fosfolipídios, temperatura. Quanto + insaturado + fluidez
15- Porque a manteiga e a margarina apresentam diferenças quanto à textura à
temperatura de 4°C?

Devido a diferença de ligação. A manteiga é saturada e a margarina é insaturada.


Em baixa temperatura, quanto + insaturado + fluido e vice versa, então a
margarina fica fluida, cremosa e a manteiga não

16- Qual a contribuição do colesterol para a fluidez da membrana?


O colesterol é modulador da fluidez
+ colesterol – fluidez
Com tal regulação ele mantém a integridade da membrana

17- Em que alimentos podemos encontrar o colesterol?


Alimentos de origem animal

18- Por que o excesso de colesterol pode causar danos ao organismo?


Porque o colesterol é uma molécula altamente apolar, logo ele não é transportado
livremente no sangue
Existe uma vesícula que transporta = LDL
Proteína de baixa densidade, ela transporta o colesterol para a célula
Caso haja excesso de LDL há um acúmulo dele nas paredes das artérias, há indução de
resposta inflamatória o que acaba formando placas de ateroma que obstruem a
artéria ( Aterosclerose ) . Se isso ocorre em vasos principais, o aporte sanguíneo
comprometido pode levar a situações de isquemia , que pode ser de menor ou
maior grau.
Esse aumento de colesterol ocorre por condição genética, ou por má alimentação e
falta de exercícios físicos

19- Como é possível demonstrar a fluidez das membranas?


Analisar o movimento das proteínas ( experimento de marcar uma célula humana
e de camundongo, fusão das duas e perceberam que os receptores se
misturavam) e analisar o dos fosfolipídios

20- A constituição de macromoléculas de uma membrana pode indicar que tipo de


função ela desempenha? Justifique.
Sim, a membrana da mitocôndria tem uma quantidade de proteínas maior que
outras membranas, devido a necessidade de transporte de elétrons ( função
respiratória)
Outro exemplo, uma proteína. Se observarmos os tipos de aminoácidos que a compõe
podemos saber sua função. Se for uma proteína de membrana, os aminoácidos que a
constitui serão apolares.

21- O que são os lipid rafts? Qual a importância funcional dessas regiões de
membrana? São segmentos especializados na membrana, ricos em colesterol e
esfingolipídios e proteínas receptoras. São plataformas de sinalização. Deixam a
região especializada para uma determinada função.
AULA 2 - TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA

As funções da membrana são importantes para manter a homeostasia da célula.


Uma dessas funções é o transporte de substâncias.
Para qualquer íon ou molécula conseguir passar pela membrana, ela precisa ter
compatibilidade com a estrutura, que é apolar devido a presença dos fosfolipídios.
Assim, moléculas apolares tem facilidade para atravessar a bicamada, entretanto, íons
e moléculas polares passam pela bicamada apenas através de proteínas, que podem
ser :
• Proteínas transportadoras
• Proteínas canais

Proteínas Transportadoras: também são conhecidas como carregadoras ou


carreadoras, ligam o soluto específico a ser transportado e sofrem uma série de
mudanças conformacionais para transferir o soluto ligado através da membrana.

Proteínas canais: em contraste, interagem muito fracamente com o soluto a ser


transportada e formam poros aquosos que se estendem através da membrana. Elas
emitem resposta da sua função somente na presença de íons ou moléculas específicas.
- Passagem de íons

Tipos de canal:
● Ligante dependente: precisa do ligante para se abrir
● Voltagem dependente: sensível à variação de voltagem na interface da
membrana (+ ou -)
● Sensível a estiramento mecânico

TIPOS DE TRANSPORTE:
Passivo: É o transporte caracterizado pelo pouco (ou nenhum) gasto de energia. Não
há gasto de energia proveniente do atp, a única energia usada é a do gradiente de
concentração.
Ele pode dividir-se em três: Difusão simples, Difusão facilitada e Osmose.

- Difusão Simples: É a passagem de soluto do meio mais concentrado para o meio


menos concentrado, de modo que não depende de uma proteína para ser realizado. O
soluto (apolar) passa entre a dupla camada da membrana.
Ex: Gases como o: Oxigênio, Gás carbônico, ácido nítrico e pequenas moléculas
apolares.
*Para isso ocorrer, as moléculas devem ser muito pequenas e é um processo
relativamente rápido.
**Exemplo prático: Hematose

P.S.: A palavra “Difusão” está sempre referente ao soluto. Importante não confundir
com Osmose, que se refere à água.
- Difusão Facilitada : É caracterizada pelo auxílio de proteínas (proteínas canais e
transportadoras) para que esse transporte aconteça. Ex: Glicose( que é altamente
polar) têm as proteínas transportadoras GLUT

O canal é bem seletivo. Ex: o canal de sódio não passa cloreto


A célula regula a produção desses canais, podendo fechá-los ou não.

- Osmose: É a passagem de água (solvente) de um meio menos concentrado para o


meio mais concentrado, pois ela tende a diluir a maior quantidade de soluto possível.
É a passagem de água através das membranas. Seja pela bicamada ou pelas
aquaporinas , que são proteínas que transportam a água. Deve haver um equilíbrio da
quantidade de água e íons, se não a célula incha ou murcha.
● Se há uma grande concentração de ureia no sangue, a ureia entra na hemácia
e leva água com ela, a hemácia tende a inchar e pode ocorrer lise. Pessoas
com falência renal, que não consegue depurar a ureia, pode ter problemas. Por
isso é fundamental checar os valores de ureia no sangue.

Transporte Ativo : É o transporte cujo principal aspecto é o gasto de energia, que vem
do atp, o qual pode dividir se em Primário e Secundário. Nesse transporte, o soluto
tende a ir do meio menos concentrado para o meio mais concentrado, ou seja, contra
o gradiente de concentração.
P.S.: A Bomba de Sódio e Potássio é o principal exemplo pratico de transporte ativo.

- Primário: Este está acoplado a quebra de uma ligação covalente de uma molécula
de ATP, no momento em que este está ligado a uma proteína transmembrana,
transformando-se em ADP+P, o que muda a conformação dessa proteína, abrindo o
canal e permitindo o fluxo de íons. Ex: Bomba de Sódio e Potássio

- Secundário: Este transporte também depende desta mesma energia do


transporte primário, no entanto, ela é obtida através de um transporte primário que
está ocorrendo paralelamente à este. EX: passagem do iodeto para as células
foliculares da tireoide. Ele passa através da NIS, mas quem gasta a energia é a bomba
de sódio e potássio.

Outro tipo de transporte ativo, porém, mais simples é a Endocitose. Esta pode
dividir-se de duas formas: Pinocitose e Fagocitose. Ambas irão se diferenciar apenas
pelo tipo de molécula que estará sendo endocitada no momento ( Pinocitose é a
passagem de líquido e fagocitose a passagem de solutos) ou pelo movimento realizado
pela membrana.

• Pinocitose : Absorve moléculas que estão diluídas no meio extra para o meio
intracelular, através da invaginação da membrana.
• Fagocitose : Absorve grandes moléculas circulantes do meio extracelular para o meio
intracelular, de modo que haja a projeção da membrana sobre a molécula.
Além disso, esses transportes se dão de diferentes formas, as
quais podem ser: Simporte, Antiporte e Uniporte:

• Uniporte : Passagem de uma molécula


A molécula em questão é específica de um transportador o qual permitirá que
apenas ela passe por ele em um único sentido.
• Simporte : Duas moléculas diferentes “dividem” um mesmo transportador. O qual
permitem-nas passarem juntas em um mesmo sentido. Ex: absorção gástrica de
glicose.
Para a glicose ser transportada precisa do transporte do sódio também. Esse sódio
que entra na célula, depois sai através da bomba de sódio e potássio.
• Antiporte : Duas moléculas diferentes em direção oposta também “dividem” o
mesmo transportador, que permite o efluxo e o influxo dessas moléculas. Ex: Bomba
de sódio e potássio.

Obs: coeficiente de partição óleo e água:


Quanto + , + permeabilidade com a bicamada ( + apolar)
Não está relacionado com o tamanho da molécula
Ex: a dietilureia passa mais facilmente que a ureia

OBS 2 =
Glutamato- É excitatório
Gabaérgico ou GABA - célula inibitória
-Se eu inibo a inibição, eu estou excitando

❌Bomba de Sódio / Potássio ATPase


- presente em todas as células. Faz todo o mecanismo que :
-Coloca Sódio de dentro para fora
-Coloca Potássio de fora para dentro

➡️ potássio + concentrado dentro do que fora


➡️sódio + concentrado fora do que dentro
Transporte transcelular - absorção de glicose

➡️Na região apical da célula há os transportadores de glicose que dependem dos íons
sódio
Depois a glicose sai pelo transportador que não precisa mais do sódio
➡️O sódio sai da célula através da enzima sódio / potássio ATPase
OBS : O soro caseiro : Água + Sal + Açúcar
Se não tiver sal, o açúcar não é absorvido, porque é um sistema simporte, precisa das
duas moléculas

CONCLUSÃO:
ED 2:
Como ocorre a passagem de substâncias hidrofóbicas através da membrana?

R : Substância hidrofóbica é apolar, não se mistura com a água. Como a bicamada


também é apolar essas substâncias atravessam por meio de difusão simples. Elas fluem
do meio mais concentrado para o menos através da bicamada de fosfolipídios.

Qual a importância do coeficiente de partição óleo e água para a passagem de


substâncias através da membrana? Nesse contexto qual a influência do tamanho da
molécula nesse transporte.
R: O coeficiente de partição óleo e água significa que quanto mais solúvel no óleo,
maior esse coeficiente. Quanto maior esse coeficiente, mais facilmente a molécula
passa pela bicamada de fosfolipídio. Nesse sentido o tamanho da molécula não é
importante, o que comanda a passagem é o coeficiente. Mas se tiver diferentes
moléculas com o mesmo coeficiente, a de menor tamanha passa mais facilmente.

Defina difusão simples

R : É um transporte passivo, ou seja, que não há gasto de energia proveniente do atp.


A molécula passa livremente pela bicamada e ocorre de acordo com o gradiente de
concentração.

Como podemos definir o transporte facilitado. Quais as macromoléculas estão


envolvidas nesse transporte?
R: É um transporte mediado por proteínas, que podem ser de canal ou carreadoras. A
ausência da proteína faz com que o transporte cesse.

O que caracteriza o transporte ativo?


R: Transporte que necessita da energia proveniente do atp para acontecer.

Como podemos demonstrar a existência de um transporte ativo na célula?


R: Colocar um inibidor da produção d do atp

Como ocorre a passagem de íons através da membrana?

R: Canais e bombas que são proteínas carreadoras

Como ocorre o transporte de glicose através da membrana?

R: É um transporte simporte, via proteína transportadora . A proteína pode estar na


membrana, ou ser inserida na membrana pela estimulação dos receptores de insulina.
É necessário a presença do sódio.

Qual o papel da insulina no processo de captação da glicose?


R: Ela é um hormônio produzido pela célula beta pancreática que tem um sensor para
os níveis de glicose. Caso haja aumento do nível, há liberação dessa insulina. Ela atua
no tecido adiposo, muscular, ela faz com que os transportadores da glicose sejam
inseridos na membrana e permitam o transporte da glicose para dentro da célula.

Porque o soro caseiro é feito com glicose e cloreto de sódio?

R: Porque o transportador de glicose depende do gradiente do sódio. Se não, não há


absorção da glicose. É um sistema simporte ( glicose e sódio )

-Como a célula pode regular o transporte através da membrana?


R: Pode fechar um canal, não produzir as proteínas transportadoras, pode ter uma
deficiência na sinalização.
-Como funciona a proteína transportadora glicoproteína P
R: É uma proteína que normalmente faz o transporte de moléculas apolares. Ela
transporta as moléculas para fora da célula.
-Defina osmose? Qual a sua importância.
R: É a passagem do solvente ( água) de um meio menos concentrado para um mais
concentrado. Do meio hipotônico para o meio hipertônico. Ela se dá em menor
quantidade pela bicamada e na maior porte pelas aquaporinas. Mantêm o nível de
osmolaridade ( volume necessário normal de água )
O que são aquaporinas?
R: São proteínas que transportam a água. Há uma família grande delas. Faz o
transporte de onde tem mais água e menos soluto para onde tem menos água e mais
soluto.
-Porque os níveis de ureia aumentados no sangue levam a lise das hemácias?
R: Porque a ureia quando entra na hemácia, ela carrega consigo a água. Com isso há
inchaço celular que se continuar pode causar lise. Se ocorre hemólise, perde-se a
capacidade de transporte de oxigênio , por isso é imprescindível a regulação dos níveis
de ureia do paciente.
SINALIZAÇÃO QUÍMICA

É essencial para a homeostasia da célula!


Quanto mais complexo um indivíduo maior a necessidade da regulação da sinalização!

A sinalização é importante porque permite o reconhecimento célula a célula,


caso tal mecanismo falhe, observa-se um ataque do sistema imunológico que
reconhece uma célula do organismo como não própria

A sinalização química é importante para a intercomunicação entre as células de


um organismo.
A partir dela as células recebem mensagens que tem por objetivo, atribuir uma função
a um grupo de células, a fim de se obter algum tipo de resposta.

Para que isso ocorra é necessária a presença:

● De um emissor (uma célula)


● Um receptor (reconhece o estímulo )
● Uma mensagem (um elemento químico)
● Uma resposta (inibição ou ativação de algum processo bioquímico).

Toda célula estimulada, caso tenha a capacidade de reconhecê-lo, ela recebe uma
transformação bioquímica e então irá gerar uma resposta/ sinal que é liberado

Estimula e colhe resposta !

Resposta da sinalização:

● Sobrevivência da célula
● Crescer e dividir
● Diferenciar (mais comum na vida embrionária)
● Morte (célula apoptótica)

P.S.: Um mesmo sinal pode desencadear mais de uma reação, ou seja, mais de uma
resposta numa mesma célula.

Tipos de receptores:

Quem estimula o receptor é o ligante e ele é seletivo porque ele induz a melhor
resposta na menor concentração desse ligante

O receptor fica inativado sem a presença do ligante e também pela presença de uma
proteína inibitória. Quando há ligante há alteração da conformação, outras proteínas
vão interagir e então ocorre transcrição. O receptor não sinaliza o tempo todo.

• Receptor de membrana plasmática, existe quando o sinal/ ligante tem natureza


hidrofílica e não atravessa a membrana plasmática por Difusão.

Moléculas hidrofílicas geram resposta citoplasmáticas e nuclear, mas são respostas


secundárias.

O mediador químico hidrofílico se liga no receptor, altera a conformação proteica ( do


receptor) regula funções enzimáticas e controla a transcrição gênica.

• Receptor Nuclear: quando o sinal/ ligante tem natureza hidrofóbica e atravessa a


membrana plasmática. O receptor pode estar no núcleo ou no citoplasma

Moléculas hidrofóbicas, primeiramente, induzem uma resposta nuclear. Controle da


transcrição gênica que irá gerar a tradução de uma proteína
Ex: cortisol, vitamina d, tiroxina.

O mediador químico hidrofóbico passa livremente pela bicamada, encontra o receptor


e age diretamente no dna, reconhece sequências e induz a transcrição gênica.

Propriedades / Mecanismos de regulação:

Integração de sinais : Ocorre quando uma única célula recebe diferentes sinais
simultaneamente.
OBS: Nesse caso a célula pode gerar uma única resposta que seja capaz de atender
todos os sinais.

Dessensibilização/Adaptação : Ocorre quando um determinado sinal acopla-se a um


receptor. (Geralmente, receptores transmembrana) os quais gerarão uma resposta de
feedback que, por sua vez bloqueia ou retira esse receptor da superfície da célula.
Porém, isto ocorre por diferentes vias.
• Sequestro de Receptor: O receptor será endocitado pela célula,
permanecendo armazenada, de modo que, com o tempo, poderá ser
reinserido à superfície da membrana, voltando assim à sua atividade
ótima.
• Down-regulation : O receptor em questão é internalizado
subsequentemente, é degradado, forçando a célula a produzir um novo
para ficar em seu lugar.
• Inativação : O receptor da membrana sofre uma mudança
conformacional, fazendo assim, com que ele perca sua capacidade de
ação do sinal.
• Produção de uma via Inibitória : A célula em questão, produz uma
proteína que inibe a via de transdução de sinal, devido a uma ação
prolongada.

Especificidade : O receptor será responsável por responder e gerar resposta a apenas


um tipo de sinal específico.
Amplificação : Enzimas são capazes de ativar outras enzimas, fazendo com que a
quantidade de moléculas afetadas aumente geometricamente, gerando uma cascata
enzimática. Ex: Proteína G

Feedback positivo: o produto estimula os estimuladores


Feedback negativo: o produto inibe os estimuladores
Sensibilização : aumento o número de receptores
Dessensibilização : reduz o número de receptores
TIPOS DE SINALIZAÇÃO:

- Autócrina : A célula sinalizadora emitirá um sinal que atuará nela mesma.


- Parácrina : A célula sinalizadora emitirá um sinal que atuará em células alvo
próximas, na redondeza, conhecido como mediador local.

EX: a célula delta pancreática produz a somatostatina que atua nas células alfa e
beta, também da ilhota, inibindo-as.
- Endócrina : A célula sinalizadora emitirá um sinal, comumente chamado de
Hormônio que irá atuar em células alvo ( distantes) , através da corrente sanguínea.
- Neuronal/Sináptica : Célula sinalizadora (geralmente um neurônio) emite um sinal (
neurotransmissor ) que atuará pela fenda sináptica em sua célula alvo ( neurônio,
células musculares ou glândulas )
- Dependente de contato ( Sinalização Justácrina) : O receptor está na ceúla alvo e o
ligante preso na membrana. Proteínas ligadas à uma membrana plasmática,
interagem com receptores de uma células adjacente. Ex: Fatores de crescimento
epidérmico EGF *Formam junções comunicantes
OBS : um único ligante pode ter respostas diferentes
Ex : neurotransmissor acetilcolina, tem respostas diferentes devido receptores
diferentes
Nas celulas musculares esqueleticas – receptores nicotínicos ( canal iônico que abre a
partir da ligação de um neurotransmissor)
Na glândula salivar e na célula muscular cardíaca- receptores muscarínicos ( receptor
metabotrópico associado à proteína G)

Receptores de membrana para moléculas hidrofílicas:


Ionotrópicos, Metabotrópicos e enzimáticos

Receptores Ionotrópicos:

São receptores formados por proteínas canais que permitem a


passagem de fluxo de íons e são ativadas por um determinado ligante.
O receptor ionotrópico é aquele que quando é ativado
pelo seu ligante seletivo, permite a passagem de um canal
iônico e vai permitir o fluxo dos íons segundo o gradiente
de concentração de cada íon.

O ligante é um neurotransmissor!!!
São abertos a partir da ligação com o ligante
Esse ligante regula um canal iônico que quando aberto, os íons fluem a partir
do gradiente de concentração
São caracterizados por produzirem uma resposta rápida e direta, sem muitas
cadeias de reações após a ativação. Porque é um fluxo de íons.

*Via primária de resposta ou primeiros mensageiros.

Como os receptores permitem a passagem de íons, que tem cargas, essa


carga gera respostas elétricas da célula em questão.

Tipos de neurotransmissores : acetilcolina, glutamato ( excitatório ) ,


Gaba ( inibitório) – abre um canal para cloreto, hiperpolariza a célula e deixa a
célula com dificuldade para gerar uma resposta excitatória.
O etanol age no receptor do Gaba, potenciando a ação do Gaba.

Os primeiros receptores ionotropicos são : AMPA, NMDA, GABAA, e Nicotinicos


de Acetilcolina.

• AMPA: É um receptor tetrâmero, ou seja, formado por quatro


subunidades.
Seu agonista endógeno é o GLUTAMATO.
Permeável a Sódio e Potássio, dependendo da composição
das subunidades, é permeável também ao cálcio.
É excitatório.
P.S.: Sem a subunidade GluR2, o receptor AMPA se torna
permeável a íons cálcio.

• NMDA: É um receptor tetrâmero.


Seu agonista endógeno é o GLUTAMATO.
Permeável a Sódio, Potássio e Cálcio.
É excitatório.
É dependente de ligante e despolarização previa.

• GABAA: É um receptor pentâmero.


Seu agonista endógeno é o GABA.
Permeável a íons Cloreto
É Inibitório.
P.S.: Propriedades do GABAA
Benzadiazepinicas: aumentam a afinidade do GABA pelo
receptor GABAA
Barbitúricos: aumentam a duração da abertura do receptor
GABAA (Não depende do GABA)

• Nicotinicos de Acetilcolina:
Quando a acetilcolina se liga no receptor, ela abre um canal e permite
um fluxo de íons variando a resposta elétrica dessa célula
É um pentâmero.
Pode ser Homomérico (subunidades iguais) ou
Heteroméricos (subunidades diferentes).
Seu agonista endógeno é Acetilcolina.
Permeável a Sódio ( tende a entrar) Potássio ( tende a sair ) e
Cálcio.
É Excitatório.
Receptor Metabotrópico
São aqueles que quando ativados, ativam uma proteína G trimérica
Precisa do seu ligante seletivo e da proteína G, dependendo da família de
receptor, tem uma família G correspondente

Obs1: Se houver bloqueio da transdução da proteína G em


uma célula, os receptores metabotrópicos não funcionam mais
Obs2: Tem esse nome - proteína G - porque ela se liga à
derivados de guanina
Obs3: Uma das importâncias desse receptor : processos
sensoriais de ativação do SN

O receptor metabotrópico está relacionado à regulação do metabolismo.


Quando são ativados, ativam uma proteína g que normalmente está ligada a complexos
de guanina ( GDP- guanina difosfato- ou GTP- guanina trifosfato)
Quando a proteína G está ligada à GTP ela está ativada, à GDP, inativa.

O ligante se liga no receptor metabotrópico, ele muda sua conformação e então se liga
à proteína G ( ocorre acoplamento e ativação da proteína G ) ela ativa outra proteína
de membrana , desencadeando uma cascata de reação que irá regular entre outras
coisas o metabolismo. Enquanto houver ligante o sistema estará ativado, quando não
houver mais liganete, o sistema fica inativo.

OBS: Agonista ativa um receptor que está na membrana


O agonista é uma substância que faz o mesmo efeito que uma substancia
natural
Ele é o ligante

A proteína G tem um alvo – algo que ela ativa


Dessa ativação há a síntese ou mobilização de um segundo mensageiro
O primeiro mensageiro é o ligante
Com o segundo mensageiro há ativação de processos (cascata de eventos de
sinalização)
Os receptores Metabotrópicos:
● Tem um tempo de resposta um pouco mais demorado
porque há uma cascata de ativação e há a geração de
segundos mensageiros
● Passa sete vezes pela membrana plasmática
● Tem uma porção extracelular que tem uma região que
reconhece o ligante
● Porção intracelular, tem partes que podem ser moduladas por
enzimas e uma porção também interage com a proteína G

Proteína G:

É trimérica (três subunidades - alfa, beta e gama)


As proteínas G ficam ligadas aos fosfolipídios de membrana por ligação
covalente
O nucleotídeo de guanina fica ligado à subunidade alfa e há também a
subunidade beta-gama.

A proteína G fica inativada – quando ligada ao GDP


Proteína ativa – a subunidade alfa fica ligada à GTP
Libera GDP e entra o GTP
Proteína inativada – a subunidade alfa fica ligada à GDP

O ligante se liga ao receptor metabotrópico (através de uma ligação fraca) que


sofre uma alteração conformacional, há então associação do receptor à
proteína G. Com isso o gtp se liga à subunidade alfa. Há dissociação da
subunidade alfa, ligada agora a GTP, da subunidade beta-gama.
A subunidade alfa, ligada a GTP, ativa um efetor, que faz algo na célula (dá
continuidade à cascata de sinalização)
A subunidade alfa é uma gtpase, ela se liga ao gtp, tem um X tempo, depois
ela hidrolisa o GTP à GDP. Quando isso ocorre há a parada da sinalização-
inibição. Então a subunidade alfa retorna a se associar à subunidade
beta-gama, porque ficou inativada.
Se houver outro ligante, se ligando no receptor, a subunidade alfa se dissocia
novamente.

SEGUNDOS MENSAGEIROS:

AMP CÍCLICO:

A proteína G alfa s (estimulatória), ela estimula a adenilatocilase


(efetor-proteína integral de membrana)
Essa G alfa então estimula a produção do amp cíclico que é o segundo
mensageiro
Ela aumenta os níveis intracelulares de amp ciclico

O amp cíclico é produzido pela adenilatociclase a partir do atp, e então


ele ativa a kinase a (PKA)

A proteína Kinase A tem dois sítios catalíticos e dois regulatórios, quando


há aumento do amp cíclico intracelular
Ele se liga na regulatória que se dissocia, assim as subunidades
catalíticas da kinase a ( PKA) fosforilam os resídios de serina e creonina
das proteínas alvos
Ela transfere o fosfato do ATP para os resíduos de aminoácido que tem
OH ( serina, creonina e tirosina)
A proteína onde esse aminoácido que foi fosforilado está, sofre uma
conformação e com isso a informação é passada.

Para cada kinase tem a fosfatase (para que não fique ativo forever)

A adenilatociclase tira dois fosfatos do atp (que antes era trifosfato e


passa a ser monofosfato) e permite que ela vire cíclica (amp cíclico ).

Fosfodiesterase – enzima que inativa o amp cíclico formando a molécula


5` amp, que não ativa a PKA.É uma forma de inibição dessa via. Assim há
estímulo e ativação (sinalização)

Se inibir a fosfodiesterase há aumento de amp cíclico (estimulação!),(


inibiu a inibição)

A PKA pode fosforilar proteínas que são fatores de transcrição( CREB) (


resposta nuclear )

OBS: O atp é usado para a produção do amp ciclico e para que haja a
fosforilação das proteínas alvo.

OBS 2: Tem a G alfa i (inibitória) – via que diminui a quantidade de amp


ciclico intracelular

CÓLERA-

Vibrião colérico presente em águas sem saneamento –contaminação por


ingestão dessa água, ou alimentos contaminados com o vibrião. Na luz
intestinal essa toxina produzida pelo microorganismo, faz com que a
proteína G fique o tempo todo ativada- impede a atividade gtpase dela.
Como resultado há a perda de muita água e eletrólitos intestinal. Diarreia
volumosa , há um quadro de falência múltipla de órgão devido
desidratação profunda.

A proteína G pode ser determinante para que muita água e íons ( cloreto )
seja secretado. A adenilatociclase fica sendo então ativada o tempo todo.

Diacil glicerol ( DAG), INOSITOL TRIFOSFATO(IP3) E CÁLCIO

Proteína G alfa q – ativa a fosfolipase C (efetor), que a partir de um


precursor lipídico ( lipídio que constitui a membrana) vai produzir o DAG e
o IP3 ( ambos segundos mensageiros )
O IP3 (solúvel ) age no retículo endoplasmático, induzindo a liberação do
cálcio
Ele se liga no receptor ionotrópico presente no RE, pelo gradiente, esse
cálcio sai e vai para o citoplasma
Esse cálcio que foi mobilizado se torna um segundo mensageiro também
E o DAG (continua ancorado na membrana) vai ser importante (com ou
sem o cálcio) para ativar a proteína kinase C, que gera uma cascata de
fosforilação.
A proteína kinase C (PKC), ligada ao cálcio, encontra o DAG (fica ativa) e
fosforila seus substratos ( nos resíduos de serina e treonina )

Uma proteína alvo da PKC é uma proteína responsável pela transcrição


gênica!

Cálcio

Função dele como segundo mensageiro: apoptose, regulação gênica,


liberação do neurotransmissor, contração muscular

Como pode haver aumento de cálcio: através de canais que permita a


entrada dele do meio extra para o meio intracelular
Liberar da mitocôndria ou do retículo (maior reservatório de cálcio )

Ele age se ligando na Calmodulina (proteína) não tem atividade enzimática


– ela interage com o cálcio, muda a conformação e ativa uma kinase
Ela tem quatro sítios de ligação com o cálcio
Quando tem um aumento do nível intracelular dele, a calmodulina muda
de conformação, essa nova, ela é capaz de ativar( se ligando) um efetor (
cálcio calmodulina kinase ) – CAM Kinase ( essa proteína que tem atividade
kinase- enzimática)

A Cam kinase fosforila suas proteínas alvo


Tem mecanismo que reduz o nível de cálcio – via de inibição

MEDIADORES TRANSECULARES – MOLÉCULAS, GASES, QUE SÃO


MEDIADORES DESSAS RESPOSTAS

ÓXIDO NÍTRICO – PEQUENO – PASSA FACILMENTE PELA BICAMADA


VIDA ÚTIL PEQUENA
MECANISMO DE SINALIZAÇÃO RÁPIDO

ELE É PRODUZIDO PELAS ENZIMAS OXIDO NITRICOSINTASE- A PARTIR


DA ARGININA ELAS PRODUZEM O OXIDO E CITRURINA

Vias:

Natural ( presente nas células )


Induzida ( por um estímulo )
Endotelial

Ele está relacionado ao relaxamento da musculatura lisa presente nas


paredes dos vasos, foi descoberto em estudo de medicamentos.
Vasodilatação generalizada

Ele (óxido nítrico) tem como alvo a enzima guanilil ciclase (


citoplasmática ou relacionada a receptor ) Ele age nela, que produz GMP
ciclico a partir do gtp.
O GMP cíclico ativa uma proteína kinase G, regula canais iônicos, regula
mecanismos de agregação plaquetárias, neurotransmissão, várias
funções fisiológicas.
Há um estímulo na célula endotelial, esse estimulo leva à produção
do oxido que se difunde de uma célula para outra, ativa a guanililciclase,
que produz o gmp ciclico e levar a um relaxamento da musculatura lisa do
vaso, estase, o que leva a uma diminuição do aporte de sangue para o
coração
Mecanismo útil para medicação que reduz a sobrecarga cardíaca

Receptores Catalíticos/Enzimáticos

São aqueles cuja primeira resposta é a ativação de uma


enzima, seja ela qual for.
Induz uma resposta enzimática, que é mais duradoura.

Ou eles têm na sua própria estrutura uma sequência de


aminoácidos que funciona como uma enzima ou eles, por
alteração conformacional, vão ativar uma enzima que esteja
presente na face interna da membrana
-Tem respostas mais complexas
-Regulam funções vitais (manutenção da homeostasia, geração
de processos patológicos)
Área da farmacologia se interessa nesse tipo de sinalização
-Estes receptores estão ligados a uma série de eventos
intracelulares

Os receptores estão inativos. Os ligantes se aproximam, os receptores sofrem


dimerização (os dois monômeros se juntam) e na sua estrutura interna( citoplasmática)
há enzimas que são ativadas, como por exemplo, a tirosinakinase.
Resumindo : a estrutura do receptor tem atividade enzimática

Ou o receptor não tem atividade enzimática, mas ativa uma enzima que está presente
na face interna da membrana.

A primeira resposta é a ativação de uma enzima , que terá atuação fosforilando (


enzima kinase que pega o fosfato do atp e transfere para o aminoácido serina, treonina
ou tirosina de uma proteína) e desfosforilando.

OBS: Esse tipo de sinalização é importante para a célula crescer, diferenciar, sobreviver
e proliferar
São importantes porque fatores de crescimento agem nesses receptores. Tem
função na reposição de células, desenvolvimento e processos patológicos

Ativação por via citoplasmática( fosforilação do receptor) ou disponibilização


do ligante no meio extracelular

SUBTIPOS:

1. Os receptores tirosina-quinase apresentam atividade tirosina


quinase intrínseca.
2. Os receptores associados à tirosina-quinase se associam com
proteínas intracelulares que possuem atividade tirosina-quinase.

3. Os receptores tipo tirosina-fosfatases removem grupos fosfatos


de tirosinas de proteínas sinalizadoras intracelulares específicas
(são chamados “receptores tipo” porque os ligantes presumidos
ainda não foram identificados, de forma que sua função
receptora ainda não foi demonstrada).
4. Os receptores serinatreonina-quinases apresentam atividade
serina treonina quinase intrínseca.
5. Os receptores guanilil-ciclases catalisam, diretamente, a
produção GMP cíclico no citosol.
6. Os receptores associados à histidina-quinases ativam uma via de
sinalização de “dois componentes” na qual a quinase fosforila
suas próprias histidinas e transfere o fosfato imediatamente para
uma segunda proteína sinalizadora intracelular.
ALGUMAS VIAS:

Via Proteína Ras (gtpase) é uma proteína G monomérica, só tem a subunidade


alfa. Quando ligada à gtp, está ativa, quando hidroliza, fica inativa. Essa família
tem uma atividade enzimática lenta, hidroliza devagar, isso faz com que ela
fique ativa por um período de tempo maior. Elas podem estar envolvidas em
vários tipos de respostas.

Para ser ativada, precisa do GTP


Proteína GEF dá o GTP para a Ras. A proteína gap acelera a hidrólise do GTP,
para ela ficar inativa. Tumor pode atuar na proteína gap, que não funciona
adequadamente e a proteína fica ativada por muito tempo. A via que iria vir
logo em seguida é o crescimento e proliferação.
Um receptor tirosina kinase pode ativar a via dessa proteína RAS, que leva à
proliferação, sobrevida, crescimento.

Proteína adaptadora adapta a resposta, interage para passar o sinal

Via da MAPK:

A proteína Ras ativa a MAPKKK (RAF), que fosforila a MAPKK (MEK), que fosforila MAPK
(ERK), que fosforila alvos citosólicos ou fatores de transcrição.

Via PI3 kinase – ela é uma enzima que fosforila o fosfatidilinositol na posição 3.
Muitos tumores têm mutação nessa via. Via importante do PI3 para se estudar
o processo patológico
● Duas proteínas na célula reconhece a fosforilação do
fosfatidilinositol e então fosforila outra proteína, que então
permite fosforilação de outra, e então há o impedimento da
apoptose.
Enquanto uma proteína está fosforilada, ela impede que a célula morra
(sofra apoptose)
Esse mecanismo então leva à sobrevida da célula!

● PI3 é diferente do inositol (IP3), este age no receptor do


retículo e permite a liberação do cálcio
Via JAK – nessa via há a fosforilação de um fator de transcrição= esse fator é
uma proteína que reconhece uma sequência de DNA bem definida e inicia a
transcrição gênica. ( resposta ligada ao controle da transcrição)
As citocinas realizam esse tipo de sinalização
Não tem atividade no receptor, mas tem proteínas tirosinkinase associada ao
receptor, quando ocorre a dimerização, uma JAK ativada fosforila a outra, a
outra JAK fosforila a primeira e cada uma delas reconhece sítios no receptor
que são fosforilados, a partir então, o fator de transcrição reconhece essa
estrutura, é novamente fosforilado, dimeriza, vai para o núcleo e começa a
transcrição.

OBS: Simplificação da sinalização:

Enzimas que regulam

Kinase: transfere o radical fosfato de um atp para um resídio de um


aminoácido (serina, treonina e tirosina)
A kinase fosforila e isso pode ativar ou inativar uma enzima

Fosfatase: retira o fosfato. É oposta à kinase.

GTPase: quando ligadas ao gtp ---- estão ativadas


Quando o GTP solta delas, ou seja, é hidrolisado, a gtpase fica inativada

A proteína G na sua subunidade alfa é uma gtpase

Qual a importância da sinalização química?

R:. A sinalização regula a homeostasia por meio do controle de comunicação


entre as células , dentro da própria célula, sendo responsável pelas respostas
mediante estímulos, A importância está na alteração comportamental da
célula.
Que respostas celulares são geradas pelos mecanismos de sinalização química?
R: sobrevivência da célula, crescimento e divisão, diferenciação e morte

Qual a importância da sinalização química em processos patológicos? Exemplifique.

R: Em processos patológicos as células devem agir coordenadamente via sinalização


para gerar resposta inflamatória, para combater agentes nocivos ao organismo, para
ser fagocitada e sofrer apoptose. Sem homeostasia, ocorre processos patológicos. A
sinalização permite o reconhecimento entre as células, e se isso não ocorrer, ocorrerá
ativação do sistema imune e levando ao aparecimento de doenças

Como ocorre o mecanismo de sinalização química de moléculas apolares?

R: A molécula é carreada no sangue por proteínas que são seletivas. Ao encontrar a


célula alvo, vai haver uma dissociação da molécula sinalizadora da proteína. Ela vai
permear pela membrana e encontrar o seu receptor que estará no citoplasma ou no
núcleo.

Como as moléculas apolares são carreadas na corrente sanguínea?

R: Através de proteínas plasmáticas

Defina receptor de membrana:


É uma estrutura proteica que atua no reconhecimento celular , se ligando ao seu
ligante específico e gerando uma resposta celular.

O que são proteínas adaptadoras?


R: são uma ampla categoria de proteínas transportadoras que possuem domínios com
sítios de ligação, formando complexos com outras moléculas e desempenham, assim,
papel na transdução de sinal

Como ocorre a ativação da proteína G? Como ocorre a inativação da proteína G?


R: Quando são ativados, ativam uma proteína g que normalmente está ligada
a complexos de guanina ( GDP ou GTP)
Quando está ligada a GTP está ativada, GDP inativa.
O ligante se liga no receptor metabotrópico, ele muda sua conformação e
então se liga à proteína G ( ocorre acoplamento e ativação da proteína G ) ela
ativa outra proteína de membrana , desencadeando uma cascata de reação
que irá regular entre outras coisas o metabolismo. Enquanto houver ligante o
sistema estará ativado, quando não houver mais liganete, o sistema fica
inativo.
Explique as diferentes formas de sinalização intercelular (contato direto, parácrina,
sináptica, autócrina e endócrina).

Contato direto é o simples reconhecimento mútuo de proteínas


transmembrana de células em contato (que servem de receptor e ligante um do outro).

Parácrina é a sinalização para células vizinhas exclusivamente, pois a célula


produtora da substância sinalizadora produz e a liberação somente ao seu redor, não
atingindo circulação sanguínea. A produção e liberação podem até ocorrer por
estímulos específicos e pontuais, mas é comum que sejam mais ou menos constantes e
não há potenciais de ação (exclusividade da sináptica) induzindo esses processos. Não
atinge células distantes, por causa da dificuldade da difusão e dos mecanismos naturais
de recaptação e/ou degradação do sinalizador químico (quando presentes)

A autócrina é muitas vezes tida como um tipo de parácrina. Ocorre quando a


célula produtora tem receptores para a substância que ela mesmo libera no meio ao
seu redor. Isso gera, muitas vezes, uma alça de feedback positivo.

Endócrina é quando a liberação da substância sinalizadora ocorre em vasos


sanguíneos, permitingo que ela atinja o corpo inteiro. Nesse caso, a substância é
chamada de hormônio.

Sináptica é a típica de neurônios, deflagrada por potenciais de ação. A liberação


da substância (neurotransmissor) ocorre na fenda sináptica e a célula pós-sináptica
está obrigatoriamente em uma proximidade muito grande da célula pré-sináptica (por
conta da anatomia das sinapses).

1. Como podemos classificar os receptores presentes na célula?

Metabotrópicos, ionotrópicos e enzimáticos. Além de receptores intracelulares ou


nucleares que podem atuar diretamente como fatores de transcrição.

1. Qual o papel das cinases e fosfatases nos processos de sinalização celular.

A fosforilação (reação catalisada pelas quinases) e a desfosforilação (catalizada pelas


fosfatases) induzem alterações  conformacionais nas proteínas alvo dessas reações, o
que altera suas função (muda a cinética das reações, aumenta a afinidade por algum
ligante etc). Também pode gerar sinalização, pois os fosfatos inorgânicos podem acabar
servindo como domínio de reconhecimento para outras enzimas e proteínas, que
mudam suas funções e atividades após se ligar/reconhecer esses domínios.

As proteínas cinases atuam fosforilando outras proteínas adicionando fosfato as suas


proteínas uma vez ativadas pelo amp cíclico

As proteínas fosfatases atuam desfosforilando outras proteínas retirando fosfato das


estruturas proteicas.

1. Descreva a sinalização mediada por receptores ionotrópicos.

Forma-se um canal que permite passagem de íons e o canal se abre mediante a ligação
ligante- receptor
Receptor interage com o ligante, induzindo a abertura do poro central do receptor
ionotrópico. Isso aumenta a condutância, que antes estava nula, e permite a passagem
de uma corrente iônica pelo receptor. O resultado disso depende da intensidade da
corrente, da carga da corrente (que por sua vez depende do sentido de movimento, da
intesidade da corrente e da carga líquida de cada um dos íons que compõem a
corrente) e de qual íon é (Cálcio, por exemplo, além de medir uma despolarização,
pode atuar como segundo mensageiro e ativar proteínas dependentes de cálcio, como
a sinaptotagmina).

O resultado posterior, ou seja, o que acontecerá com a célula, depende da natureza da


célula e dos efeitos da corrente. Pode ser uma despolarização, hiperpolarização,
liberação de vesículas por efeito do cálcio etc.

1. Defina segundo mensageiro e liste os estudados em sala de aula.

Moléculas que agem no citoplasma para “continuar e traduzir” a sinalização


extracelular. Logo, surgem em resposta a uma sinalização extracelular (ligante sendo
reconhecido por receptor específico) que ou desencadeia a ativação de enzimas (como
nos casos do AMPc, GMPc e NO) ou permite a entrada do segundo mensageiro
presente em outros compartimentos (como no caso do cálcio).

O papel do segundo mensageiro é transmitir e amplificar, dentro da célula, a


sinalização extracelular.

1. Quais são as características de um receptor metabotrópico?

Regulam o metabolismo ativando a proteína G quando ocorre interação


ligante-receptor. Ocorre a ligação, o receptor sofre uma alteração conformacional,
ativa outras proteínas para a geração de um segundo mensageiro

Como esta proteína G trimérica atua nos mecanismos de sinalização intracelulares?


Descreva as vias de sinalização ativadas por estes receptores através dos segundos
mensageiros:

a. AMP cíclico

Receptor metabotrópico se liga ao ligante, sofre uma mudança conformacional (que


permite que sua terceira alça intracelular interaja com a subunidade alfa de uma
proteína G trimérica) e isso ativa a subunidade alfa de uma proteína G trimérica. Para
cascatas com AMPc, essas proteínas G serão inibitória ou excitatória. Essa classificação
é feira com base no efeito da subunidade alfa da proteína G trimérica sobre a
Adenil-Ciclase (AC), enzima que converte ATP a AMPc. Assim, receptores
metabotrópicos alteram os níveis citosólicos de AMPc. Isso altera a sinética da proteína
quinase AMPc dependente (PKA), que só fica ativa acima de uma certa concentração
mínima de AMPc. PKA pode fosforilar várias proteínas, dentre elas a CREB, que age
como fator de transcrição a partir da interação com a CREB binding (CRB).

b. Cálcio (Ca2+)

Até o momento da intereção com a proteína G, tudo é igual ao caso acima. Só muda
que aqui será uma Proteína Gq, ou seja, com uma subunidade alfa que ativa fosfolipase
C (PLC) e não AC. A PLC irá catalisar a hidrólise de PIP2 em IP3 e DAG. O IP3 ficará livre
no citosol e, eventualmente, se ligará a receptores de cálcio IP3 dependentes presentes
na face citosólica da membrana do retículo endoplasmático agranular. Assim, haverá
influxo de cálcio. O DAG servirá, junto do cálcio, de sinalização para a ativação da
proteína quinase dependente de cálcio (PKC). A PKC poderá fosforilar vários alvos.
Além disso, o cálcio poderá se ligar à calmodulina (uma proteína intracelular) e formar
o complexo cálcio-calmodulina(CaM). Esse complexo se liga a uma proteína quinase
dependente de cálcio-calmodulina (CaMK, geralmente CaMKII nos neurônios). Ela pode
fosforilar vários alvos, inclusive o CREB.

1. Sabe-se que o íon cálcio é um segundo mensageiro importante para a célula.


No entanto, seu excesso no citoplasma pode ser prejudicial à célula. Quais são as
maneiras de que a célula dispõe para retirar Ca2+ do citoplasma?

Bombas de cálcio, proteínas quelantes/tamponantes de cálcio, sequestro para dentro


do retículo, transportadores de cálcio (por simporte e antiporte), com ênfase o Na/Ca
exchanger.

1. O NO é um gás que se difunde através da membrana. Explique como ele pode


ser formado e qual via de sinalização pode ser ativada por ele.

NO é formado pela NO sintetase a partir de uma reação simples envolvendo


aminoácidos (Arg) e catalisada por essa enzima. Ele pode ativar, indiretamente, a via do
GMPc, pois há uma Guanosil-ciclase intracelular sensível a NO.

1. Receptores catalíticos são proteínas que têm função de enzima quando


ativados. Tendo isto em mente, responda:

a. Como os receptores tirosina cinase são ativados?

Ligante induz a oligomerização dos receptores, que começam a se transautofosforilar.


Os resíduos de tirosina fosforilados nos receptores servem como sítio de
ancoragem/sinalização para proteínas com o domínio SH2.

b. Descreva as diferentes vias de sinalização ativada por esses receptores.

Via das MAPK: Ras ativa MAPKKK (RAF), que fosforila MAPKK (MEK), que fosforila
MAPK (ERK), que fosforila alvos citosólicos ou fatores de transcrição.

Via IP3K/AKT(PKB): A IP3K se ativa pela interação dos resíduos de tirosina fosforilados
com seu domínio SH2. Ela fosforila PIP2 a PIP3 e isso serve de sinalização para a
ancoragem de PDK1 e AKT (PKB). PDK1 fosforila AKT, ativando-a. PDK2 fosforila AKT
ativada, deixando-a livre no citosol.

Via PKC: Simplesmente existe outra fosfolipase C que não a ativada por subunidade alfa
de proteína G (essa se chama PLC beta). A outra que não a beta que me refiro tem
domínio SH2, interage com os resíduos fosforilados de tirosina e isso a ativa. O resto é
igual à via por PTNGq.

1. Defina proteína Ras e explique com ocorre sua ativação


Ras é uma proteínas G monomérica que ativa a partir da GEF, uma proteína que induz a
liberação do GDP ligado à Ras e permite assim que ela se liga a um GTP, o que a ativa. A
GEF se ativa por sinalização por meio de resíduos de tirosina fosforilados, pois tem
domínio SH2. A Ras se ativa indiretamente pela GEF, pois interage com o domínio SH1
dela.

1. Explique como ocorre a ativação da PI3 cinase e quais vias são ativadas por
ela?

IP3-quinase tem domínio SH2, logo, reconhece os resíduos de tirosina fosforilados.


Assim, se ativa. Ativado, fosforila PIP2 a PIP3, que serve de ancoragem para a AKT, para
a PDK1 e para a PDK2 (se não me engano, na última edição do Alberts, ele chama a
PDK2 de mTOR, nessa via. Estejam atentos a isso). A PDK1 fosforila a AKT e a ativa, a
PDK2 fosforila-a novamente e isso a faz perder afinidade pelo PIP3 e ficar livre no
citosol para agir sobre seus alvos. Dentre esses alvos estão a BAD, proteína pró
apoptótica que fica inativa quando fosforilada (por isso a ativação de receptor TK é
importante para a sobrevivência celular).

1. Qual a importância da via da MAPcinase e como ela pode ser ativada?

MAPK é ativada diretamente pela Ras (ou outras proteínas G monoméricas) e inicia
uma cascatada de sinalização/fosforilação. MAPKKK fosforila MAPKK, que se ativa e
fosforila MAPK, que se ativa e fosforila alvos próprios (proteínas citosólicas e/ou fatores
de transcrição).

1. De que forma a ativação dos receptores de membrana interferem nos


mecanismos de transcrição gênica?
Através da ativação de fatores de transcrição por cascatas iniciadas pela ativação de
receptores e transmitidas dentro da célula por segundos mensageiros. Ex: PTN Gs,
AMPc, PKA, CREB, Transcrição genética.

ED
Sinalização Química II

1- O que são receptores metabotrópicos? Como podemos descrevê-los?


R: São receptores que quando ativados ativam uma proteína G trimérica. É
uma macromolécula que passa 7 vezes pela membrana. No momento que o
ligante interage com o receptor, há uma alteração conformacional e ativação
dessa proteína G.

2- Quais as características das proteínas G ligadas aos receptores


metabotrópicos?

Elas são triméricas ( tem uma subunidade alfa e uma beta gama) A alfa por
estar ligada ao GTP, ela ativa suas proteínas efetoras, que podem ser enzimas
ou canais iônicos. Ela é uma gtpase ( se auto-inativa, quando hidroliza o gtp a
gdp) Quando isso ocorre, a subunidade alfa volta a se ligar à subunidade
beta-gama.
A estimulação depende do ligante, mas a própria proteína G se auto-inibe,
mesmo ainda na presença do ligante, fazendo que com que a sinalização seja
restrita no tempo.

3- Qual o papel da proteína G na sinalização dos receptores


metabotrópicos?

Ela ativa os efetores ( enzimas ou canais iônicos)


Se faltar o efetor, acaba a sinalização, que é em série

4- O que são segundos mensageiros?

O cálcio que pode ser mobilizado ou moléculas produzidas a partir da


estimulação dos seus efetores. São elementos intermediários no processo de
sinalização química, eles podem ativar proteínas kinase, podem regular canais
iônicos, tem várias funções dentro da célula.

5- Descreva a via bioquímica que leva à produção do AMPc. Que vias são
ativadas por este segundo mensageiro?

Vai ter um receptor metabotrópico que vai ser ativado a partir do seu ligante,
vai sofrer uma alteração conformacional, ativar a proteína G, a subunidade
alfa vai se dissociar, e ativar a adenilatociclase que vai produzir o amp
cíclico a partir de atp. Esse amp cíclico vai ativar a proteína kinase a que
fosforila as suas proteínas alvo

6- Como ocorre a via de sinalização que envolve o íon cálcio?

O cálcio se liga à calmodulina (não tem atividade enzimática). Após essa


ligação, há uma alteração conformacional e a partir disso a calmodulina
consegue ativar uma enzima que é a calmodulina kinase (CAMKINASE) ela se
autofosforila- se ativa- e então ela fosforila as suas proteínas alvo (ativando-as)
com isso segue-se uma cascata de sinalização.

7- Qual a via bioquímica que leva `a produção do GMP cíclico? Descreva


um sistema sensorial que utiliza o GMPc como segundo mensageiro?

A partir da enzima guanililciclase (solúvel ou parte de um receptor)


O GMP cíclico ativa a proteína kinase G.
O óxido nítrico que ativa a guanililciclase.
Na musculatura lisa dos vasos faz uma vasodilatação periférica, por exemplo,
para não sobrecarregar um coração que está sofrendo um infarto.
8- Como os segundos mensageiros podem regular os canais iônicos?

Eles podem regular diretamente- o segundo indo e regulando, ou pode regular


a partir de uma proteína kinase que controla o canal.

9- Descreva a via de sinalização que leva à produção de IP3 e de DAG.


Nos receptores metabotrópicos são produzidos pela fosfolipase c beta que
pega o inositol- fosfato 4,5 bifosfato e produz o DAG que fica na membrana e o
IP3 que é solúvel e age no RE para liberar o cálcio. DAG e cálcio ativam a
proteína kinase c, que translocada para a membrana, ativa a via da
MAPKinase.

10-Quais as vias que possibilitam a ativação da proteína kinase C (PKC)?


Normalmente as vias que levam à produção do DAG e do cálcio

11- Qual a importância da proteína kinase C nos eventos de sinalização


química?

Ela quando ativa a via da MAP pode regular a transcrição gênica e ela mesma
pode se deslocar para o núcleo e fosforilar os fatores e regular resposta gênica.

12-Como ocorre a produção do óxido nítrico (NO)? Que vias de


sinalização são por ele ativadas? Que respostas celulares são
mediadas pelo NO?

Através da oxidonitricosintase (enzima)


Elas pegam arginina e transforma em citrurina e oxido nítrico (ativa a
guanililciclase e produz gmpciclico que por sua vez age sozinho ou ativa a
proteína kinaseG (PKG)
O óxido é importante para as respostas celulares (vasodilatação da
musculatura lisa)
Bom para a memória, está relacionado ao neurotransmissor glutamato.

13-Que são fatores de transcrição, como eles são ativados e que função
desempenham?

São proteínas que reconhecem sequências do DNA e levam a leitura desse


DNA. Produzem RNA mensageiro, que vai ser lido, formado uma nova proteína
que vai ter uma função, ou será outro fator de transcrição que vai reconhecer
outra sequência

14-De que maneira à ativação de receptores metabotrópicos leva à


alteração da expressão gênica?

Através da ativação dos fatores de transcrição

ED- receptores catalíticos


1- O que são receptores catalíticos?
São aqueles cuja primeira resposta gerada
São aqueles cuja primeira resposta gerada é a ativação de enzima. São os
receptores mais complexos e que regulam funções vitais das células e do
organismo. Ex : receptor de insulina

2- Que respostas celulares podem ser controladas pelos


receptores catalíticos?

Sua repostas regulam o crescimento, diferenciação, proliferação, o movimento


da célula, e a transcrição gênica, para gerar cascatas de sinalização. Suas
respostas podem se relacionar tanto com os processos patológicos como com
a homeostasia

3- Qual a diferença principal entre a sinalização dos


receptores metabotrópicos e catalíticos?

No Rm, o receptor ativa a proteína G, que vai ativar uma enzima para formar
segundo mensageiro. No RC , o receptor ativa diretamente a enzima ( Kinase)

4- Como são classificados os receptores catalíticos?

Podem ser receptores tirosina-kinase ( receptor de insulina) ,


serina-treonina-kinase, tirosina-fosfatase, associados a tirosina-kinase,
guanililciclases e associados à histidina- kinase

5- O que são receptores tirosina cinase?

Os receptores tirosina Kinase são glicoproteínas transmembranares ativados


durante a ligação com o ligante e sinalizam para o interior da célula por meio
da fosforilação de resíduos tirosina de regiões deles mesmo.

6- Como ocorre a sinalização dos receptores catalíticos do


sub tipo tirosina cinase?

Ele tem a enzima na sua estrutura e cada monômero vai ser fosforilado pelo
outro. ( Transfosfotilacao )
Existem as que ativam a tirosina-kinase citoplasmática, você deve ter os
receptores, o ligante e então ela será ativada

7) Defina proteína adaptadora

Não tem atividade enzimática, mas transmite sinais interagindo com uma
proteína que sofreu alteração conformacional , muda sua conformação e ativa
uma terceira proteína . É como se fosse um lego, vai se encaixando.

Defina proteína ras. Como se dá a sua ativação.


A proteína Ras, é uma proteína G monomérica que só tem a subunidade alfa.
Ela se ativa quando se liga ao GTP e inativa quando ligada ao GDP. A via da
proteína Ras é proliferativa. A proteína GEF é quem da o GTP para ficar ativa.

Como ocorre a ativação da enzima PI3 cinase? Que vias são ativadas por
ela?

Ela se ativa pelos receptores tirosina-kinase kinase ativados. A fosforilação


desses receptores, numa determinada sequência de aminoácidos com radicais
de tirosina faz com que ela seja ativada. Ela vai fosforilar um fosfolipídio de
membrana na posição 3 , e ela vai ativar outras proteínas que vai levar a
ativação da proteína AKP, que vai inibir uma proteína de morte celular. Ela
participa de uma via inibitória da apoptose entre outras coisas.

Qual a importância da via da MAP cinase? Como ela pode ser ativada?

Ou pela via da proteína kinase C ou pela via da proteína RAS, e está


relacionada à proliferação. Ela vai regular fator de transcrição, regulando a
produção de proteínas do ciclo celular. É uma via essencial para proliferação e
ativada por receptores catalíticos quando estão ativos. Que leva à cascata de
sinalização Map Kinase Kinase Kinase , que vai ativar a MAP Kinase Kinase,
que vai ativar, por fim, a MAP Kinase , levando a uma resposta

De que maneira os receptores catalíticos controlam a expressão gênica?

Através de fatores de transcrição que podem ser ativados por ele seja através
de mecanismos de fosforilação , de proteínas adaptadoras , eles vão regular
transcrição gênica.

Que tipo de patologias podem estar ligadas a uma disfunção na


sinalização dos receptores catalíticos?

Proliferação inadequada, surgimento de tumores, processo de metástase do


tumor, processo de angiogênese ( ele gera vasos para dar suporte de que
precisam para se manter vivo )
Bioeletrogênese- Ciência que estuda a atividade
elétrica da célula

Potencial de Repouso (PR- é a diferença de potencial entre as interfaces


da membrana.
Repouso – é quando a célula não está gerando potencial de ação
Toda célula tem um valor de PR, que é uma referência para a célula. A célula pode ter
variações nesse valor, mas depois ela precisa retornar ao estado normal.

A membrana plasmática é um meio de se controlar o fluxo de substâncias ou íons de


uma célula (Função de barreira seletiva).

● No caso dos íons, são utilizados canais iônicos ( proteína integral-


inserida na bicamada) e bombas iônicas, os quais permitem esse
fluxo.

*Esses canais oferecem diferentes permeabilidades aos íons da membrana, em que


dois principais fatores influenciam esse quesito:
- Quantidade de canais existentes
- Facilidade que os íons passam por eles

Os íons passam pelo canal de acordo com o gradiente de concentração


O íon quando flui, transfere uma carga. Quando passa pelos canais, ele transfere uma
carga, alterando o PR da membrana.
Capacidade da nossa célula de gerar respostas elétricas é a bioeletrogênese
Se não houver uma corrente de íons, não há uma ddp.
OBS: Quanto maior o número de canais e a afinidade dos íons por ele, maior e mais
rápido será o potencial de repouso, que tende ao equilíbrio.
Esses canais podem ser de diferentes tipos:
Aberto = permitem o fluxo livre dos íons permeáveis.
Fechados =dependem de um estímulo para abrir (mecânico, elétrico ou químico)

Íons importantes:
• Potássio - maior concentração dele é INTRACELULAR- a tendência é ele sair da célula.
Quando isso ocorre, sai uma carga positiva, a tendência é dentro ficar menos positivo
ou mais negativo
Apesar de a tendência ser sair, ele só vai sair se houver canais que permitam essa
passagem, uma vez, que o íon, não atravessa livremente a bicamada.
• Sódio - maior concentração EXTRACELULAR- a tendência dele então é entrar na
célula (através de uma proteína transportadora, ou abertura de um canal de sódio)
Quando entra, entra uma carga positiva (fica mais positivo)

Outros íons presentes:


• Cloreto - maior concentração EXTRACELULAR. Quando entra, ele transfere uma carga
negativa para dentro da célula. Mas, só entra se houver estrutura favorável para sua
entrada.
• Cálcio - maior concentração EXTRACELULAR- a tendência é entrar na célula ou ser
liberado do RE (onde fica armazenado). Tem carga positiva.
• Magnésio- maior concentração EXTRACELULAR
• Ânions orgânicos - não atravessam canais

OBS: Há uma distribuição assimétrica dos íons, assim tais diferentes gradientes de
concentração (um lado tem mais e um tem menos) permitem o fluxo de íons, que
não depende de ATP, mas sim, do gradiente.
Se, por exemplo, um íon está saindo, depois ele tem que voltar. Se há um fluxo, tem
que garantir que não varie. Para isso existe a enzima sódio potássio atpase que
mantêm as concentrações iônicas. Ela traz de volta o potássio que saiu e leva o sódio
que entrou. Ela não gera o PR, mas ela é importante para manter condições básicas
para gerar um PR. Condição: concentrações iônicas corretas, fixas (sódio mais fora e
potássio mais dentro). Mantêm o gradiente, regula o volume.
Bomba Sódio/Potássio ATPase.
- Transporte ativo (contra o gradiente de concentração e há o uso de ATP)
- Transporta 3 Sódios para fora e 2 Potássios para dentro

Potencial -> capacidade - energia acumulada


Potencial Elétrico = capacidade que um corpo energizado tem de realizar trabalho
Potencial de Membrana = diferença de potencial elétrico em Volts através da
membrana
Potencial de Repouso =É a diferença de potencial elétrico que as fases internas e
externas na mesma membrana de um neurônio que não está transmitindo impulsos
nervosos.

=====Na célula vai ter canais voltagem-dependentes de cálcio, potássio, sódio e


cloreto. Vão ter sensores em sua estruturas, que vai fazer com que se abram ou fechem
de acordo com a detecção da voltagem.

Tipos de canais: ligantes dependentes, voltagem dependentes e de vazamento

Canais voltagem dependente de sódio e cálcio estão relacionados à geração de PA


Canais voltagem - dependente de potássio estão relacionados com a regulação da
duração do PA
Canais de cloreto- inibição do PA
Canais ligantes dependentes de neurotransmissores- relacionados à processos
sinápticos
Canais de vazamento= estão relacionados ao PR

OBS: canais de vazamento: aqueles que frequentemente estão abertos. Na célula tem
uma maior quantidade de canais de vazamento de potássio. Permite constantemente a
passagem do potássio de acordo com o gradiente. Ele é mais importante para o PR do
que o sódio.
Obs 2: a enzima sódio/potássio atpase tem como função manter o gradiente de
concentração para que o PA possa ser gerado a cada momento que for estimulado!
Potencial de Ação: É a despolarização, tudo ou nada, que acontece em
células excitáveis (células nervosas e musculares)
Para ter PA a célula tem que ter canais dependentes de voltagem (ativados e inibidos
por uma determinada voltagem)

O potencial de ação é a rápida inversão de polaridade de uma célula, a qual, em


repouso, está com o citoplasma carregado NEGATIVAMENTE em relação ao meio
extracelular.
Ou seja, no potencial de ação haverá uma inversão a qual o meio intracelular ficará
MAIS POSITIVO que o meio extracelular.
P.S.: Esse evento é momentâneo.
1- P.A. é constante
2- P.A. é unidirecional
3- P.A. de um boi e de um coelho será igual

Fases
1 - Membrana em repouso
2 - Fase ascendente ou Despolarização - Influxo de Sódio (entrada)
3 - Fase descendente ou Repolarização - efluxo de Potássio (saída)
4 - Pós hiperpolarização - canais de Potássio abertos e Sódio inativados.

A condução do P.A. é unidirecional, pois existe um PERIODO REFRATÁRIO que o impede


de voltar.
Período refratário absoluto - muitos canais de Sódio estão fechados.
Período refratário relativo - muitos canais de Sódio estão fechados e canais de Potássio
ainda estão abertos.

Fatores que influenciam a velocidade do P.A.


- Quando mais longo o caminho, mais rápida a condução.
- Diâmetro do axônio.
- Bainha de mielina.
- Densidade de canais de Sódio dependentes de Voltagem.

Tipos de respostas elétricas:


● Respostas de potenciais receptores
● Repostas sinápticas
● Respostas potencial de ação
RESUMO:

O Potencial de Repouso (PR) devido à predominância de proteínas no


interior da célula, o meio intracelular se mantém carregado negativamente em
relação ao meio extracelular que se mantém carregado positivamente. Esta
diferença de potencial é chamada de PR.
Podemos dizer que, a membrana está polarizada e ao ser estimulada,
uma pequena região da membrana torna-se permeável ao Na+ (abertura dos
canais de sódio). Como a concentração desse íon é maior fora do que dentro
da célula, o Na+ atravessa a membrana no sentido do interior da célula. A
entrada de Na+ é acompanhada pela pequena saída de K+. Esta inversão vai
sendo transmitida ao longo do axônio, e todo esse processo é
denominado onda de despolarização. Os impulsos nervosos ou potenciais
de ação (PA) são causados pela despolarização da membrana além de um
limiar (nível crítico de despolarização que deve ser alcançado para disparar o
PA).
Os potenciais de ação assemelham-se em tamanho e duração e não
diminuem na medida em que são conduzidos ao longo do axônio, ou seja, são
de tamanho e duração fixos. A aplicação de uma despolarização crescente a um
neurônio não tem qualquer efeito até que se cruze o limiar e, então, surja o
potencial de ação. Por esta razão, diz-se que os potenciais de ação obedecem
à "lei do tudo ou nada". Imediatamente após a onda de despolarização ter-se
propagado ao longo da fibra nervosa, o interior da fibra torna-se carregado
positivamente, porque um grande número de íons Na+ se difundiu para o
interior. Essa positividade determina a parada do fluxo de íons Na+ para o
interior da fibra, fazendo com que a membrana se torne novamente
impermeável a esses íons. Por outro lado, a membrana torna-se ainda mais
permeável ao K+. Devido à alta concentração desse íon no interior, muitos íons
se difundem, então, para o lado de fora. Isso cria novamente
eletronegatividade no interior da membrana e positividade no exterior –
processo chamado repolarização, pelo qual se restabelece a polaridade
normal da membrana. A repolarização normalmente se inicia no mesmo
ponto onde se originou a despolarização, propagando-se ao longo da fibra.
Após a repolarização, a Na+_ K+ ATPase bombeia novamente os íons Na+ para
o exterior da membrana, criando um déficit extra de cargas positivas no interior
da membrana, que se torna temporariamente mais negativo do que o
normal. A eletronegatividade excessiva no interior atrai íons K+ de volta para
o interior (por difusão e por transporte ativo). Assim, o processo traz as
diferenças iônicas de volta aos seus níveis originais.
Para transferir informação de um ponto para outro no sistema nervoso, é
necessário que o PA, uma vez gerado, seja conduzido ao longo do axônio.
Um PA iniciado em uma extremidade de um axônio apenas se propaga em
uma direção, não retornando pelo caminho já percorrido. A velocidade com a
qual o potencial de ação se propaga ao longo do axônio depende de quão longe
a despolarização é projetada à frente do PA, o que, por sua vez, depende de
certas características físicas do axônio: a velocidade de condução do potencial
de ação aumenta com o diâmetro axonal. Axônios com menor diâmetro
necessitam de uma maior despolarização para alcançar o limiar do potencial de
ação. Nesses axônios, a presença de bainha de mielina acelera a
velocidade da condução do impulso nervoso. Nas regiões dos nódulos de
Ranvier, a onda de despolarização "salta" diretamente de um nódulo para
outro, não acontecendo em toda a extensão da região mielinizada (a mielina é
isolante). Ocorre um movimento saltatório, e via de conseqüência, um aumento
da velocidade do impulso nervoso. O percurso do impulso nervoso no neurônio
é sempre no sentido dendrito, corpo celular e axônio.

Obs:
Há canais de vazamento de potássio, permitem a saída do potássio pelo
gradiente de concentração, vai ser atraído pelo gradiente elétrico.

OBS:
Canais de vazamento- PR- POTÁSSIO
Canais dependentes de voltagem – PA- SÓDIO

Excitabilidade celular = capacidade de uma célula de gerar um PA (Potencial de ação


que é propagado até seu alvo)

Células excitáveis 🡪 capazes de gerar PA e assim há a geração de uma resposta contrátil

MÚSCULO MÚSCULO MÚSCULO


LISO ESQUELÉTICO CARDÍACO
São elas os neurônios- tem vários tipos e as células musculares, que podem ser:
🡺 O PA é gerado pelos neurônios no prolongamento axonal – cone de implantação. A
partir dele a célula distribui esses canais homogeneamente nessa fibra e isso permite
que o PA seja gerado

OBS: todas as células do organismo têm PR, só serão células excitáveis aquelas que possuem
canais voltagem dependentes que podem ser ativados (e são elas os neurônios e as células
musculares)

🡺 O PA é uma onda tudo ou nada, uma despolarização abrupta da membrana - tem a


mesma amplitude e duração e é uma resposta elétrica que se propaga até o alvo

🡺 Limiar de excitabilidade = é a voltagem na qual os canais voltagem dependente se


abrem. É um valor fixo para cada célula. Indica se vai ou não gerar um PA

Se um estímulo não atinge o limiar, não há geração do PA!!!

Atividade Elétrica cardíaca – PA (potencial de ação) do tecido cardíaco

PA – São variações do potencial de repouso da fibra muscular cardíaca


Causadas pela abertura de dois tipos de canais: sódio voltagem dependente e lento de
cálcio voltagem dependente
Esse potencial de ação é dividido nas fases: Despolarização, potencial de Platô e
repolarização

O PA PRECEDE A CONTRAÇÃO, LOGO

PARA DIMINUIR A CONTRAÇÃO DO MUSCULO CARDÍACO USA-SE SUBSTÂNCIAS QUE HAJAM


NOS CANAIS DE CÁLCIO VOLTAGEM DEPENDENTES E DIMINUE O APORTE DE CÁLCIO E A FORÇA
DE CONTRAÇÃO DO MÚSCULO CARDÍACO
Hiperpolarizar- saída de potássio e entrada de cloreto – sinapses inibitórias

🡺 Potássio acelera a repolarização, que acontece só com o fechamento do canal de sódio,


mas ocorre mais rápida com a saída de potássio

OBS:

Toxina TTX 9 Tetrodo toxina- extraída do baiacu

🡺 Ela se liga aos canais de sódio dependentes de voltagem de forma irreversível,


bloqueando o PA

Anestésico local – cocaína – bloqueia os canais de sódio dependente de voltagem

Se aloja e impede a abertura do canal (forma reversível, com o tempo perde-se o bloqueio)

Perigo = cair na circulação sanguínea – só se for pouco, mas se for muito, afeta o coração, pode
ter parada cardíaca.

Se tiver um processo inflamatório, o local é muito ácido (Ph) o anestésico então não consegue
se dissociar para bloquear o canal de sódio

Doença desmielinizante= vai ter problema na condução do PA, alteração na excitabilidade da


célula. Paciente vai ter alteração na sensibilidade, porque ele vai ter uma condução passo a
passo

ED
1) Defina PA= uma onda despolarizante tudo ou nada, também conhecida como impulso
nervoso. Nós captamos os estímulos sensoriais, esses geram um potencial receptor
que quando ativa o limiar de excitabilidade, gera o PA que se propaga e vai para o
córtex onde a informação converge e há a percepção.

2) Requisito para que uma célula gere um PA: canais voltagem dependentes que possam
ser ativados.

3) Limiar de excitabilidade = a voltagem na qual os canais de sódio se abrem, e aí gera o


PA. Se o limiar não for atingido não há geração do potencial de ação.

4) Como podemos gerar o PA experimentalmente= aplicar um pulso de corrente que


atinja o limiar. PA fisiologicamente= através dos potencias receptores e dos potenciais
sinápticos

5) Como podemos registrar o potencial de uma célula


O de repouso= experimentalmente, isolando a célula e registrando
O de ação = isoladamente ou de Grupamentos celulares na superfície do corpo (ECG,
EEG...)

6) Quais as características e as propriedades do PA:

Uma fase de despolarização- inversão de polaridade

Uma fase de repolarização e podendo ou não ter uma de hiperpolarização pós potencial

Propriedade= levar a informação, seja visual, sonora, tátil, para que o SN receba, processe e
gere uma resposta

7) Bases iônicas= sódio e potássio. Dependendo das células, pode ser de cálcio
8) Canais= voltagem dependente
9) A partir do cone de implantação do axônio
Fibra mielinizada- nos nódulos
Amielinizada- toda a estrutura

10) Em que se baseia a técnica= mantém a voltagem fixa e assim mede as correntes, a fim
de saber como a corrente é gerada e como se interfere nessa corrente. Na área de
Farmacologia usa essa técnica nos estudos
11) Canal de sódio = de fechado vai para aberto, inativado, depois fechado de novo
Canal de potássio = só tem dois estágios, ou aberto ou fechado

12) Bloquear os canais de sódio, estimula, mas continua com a linha reta, não vai ter
resposta, não tem PA.
13) Se bloqueia canal de potássio, há estimulo, gera potencial de ação, mas a repolarização
vai ser mais lenta, porque não vai ter potássio acelerando
14) Capacitância X Voltagem da membrana = quantidade de carga que passa pela
membrana. É muito pouco, nove ordens de grandeza. O importante não é a
quantidade, mas sim a carga carregada que despolariza ou repolariza
15) Papel da enzima = ela não tem papel para gerar PA, pode bloquear, que o PA e PR vão
continuar serem gerados. Ela mantêm o gradiente de concentração.
Os neurônios são a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso
Os neurônios são células individuais, que não se comunicam por continuidade
citoplasmática (líquido intracelular) com outros neurônios

Os neurônios possuem três regiões, que são: o corpo celular ou soma, os dendritos e o
axônio. São envoltos pelas células de Schwann no SNP e oligodendrócitos no SNC

 A condução do estímulo elétrico ocorre dos dendritos ao corpo celular e do corpo ao axônio,
até o terminal Axonal que faz contato próximo com os outros neurônios.

Transmissões sinápticas 🡺
Termo sinapse introduzido em 1897, mecanismo de comunicação entre os neurônios e as suas
células alvo (outros neurônios ou células musculares)

Vocabulário grego: união ou vínculo; ¬ Sinapses, como definição, são mecanismos de


comunicação entre neurônios e suas células-alvo (neurônios, células musculares);

🡺 São fundamentais para muitos processos, dentre eles: a percepção, os movimentos


voluntários, a contração muscular e o aprendizado;

🡺 Arranjos sinápticos:

Arranjos sinápticos mais comuns: Axodendríticas, axoaxônicas ou axosomática (axônio de


um neurônio e o corpo de outro)
Axodendritica- sinapse que ocorre entre um axônio de um neurônio e os dendritos do outro.

Axossomática- sinapse que ocorre entre um axônio de um neurônio e o soma/corpo celular de


outro.

Axoaxônica- sinapse que ocorre entre um axônio de um neurônio e o axônio de outro.

-Também existe o arranjo sináptico que ocorre entre um axônio de um neurônio motor e a
fibra muscular esquelética.

🡺 Sinapses podem ser: elétricas ou químicas


🡺 Elétricas=

- Lagostim usado como modelo de estudo da sinapse elétrica

Usaram eletrodos para colocar corrente dentro do axônio pré-sináptico e pós-sináptico e assim
registrar a transmissão sináptica elétrica

⇨ Com o experimento percebeu se que a sinapse elétrica ocorre quase que


instantaneamente entre as células pré e pós sinápticas. Porque quando é injetado um
pulso de corrente dentro do axônio pré-sináptico e a resposta é registrada pelo micro
eletródio de registro no axônio pós sináptico, podemos observar uma geração de um
Potencial de ação pré sináptico e logo após, quase que ao mesmo tempo, ocorre a
resposta na células pós sináptica.

As sinapses elétricas permitem o fluxo direto de corrente iônica de um neurônio para o


outro. Como isso ocorre?  As membranas dos neurônios pré e pós-sinápticos estão
extremamente próximos e isso só é possível pela presença das junções Gap/canais
comunicantes. O fluxo direto de corrente iônica irá mudar o Potencial de membrana
pós-sináptica.

🡺 As junções Gap são canais formados por poros chamados de conexos. Estes ficam pareados
na membrana pré e pós-sináptica e são formados por subunidades denominadas
conexinas. A gap são canais hidrofílicos que permitem a passagem de íons e outras
substâncias como o ATP, que podem difundir se no citoplasma da célula pós e
pré-sinápticas. Existem diferentes conexinas no sistema nervoso e elas podem ser divididas
em 4 grupos: alfa, beta, delta e gama e dentro de cada grupo tem diferentes isomorfos.

×As junções Gap podem ser heteroméricas ou homoméricas e ambas podem ser encontrados
homotípicas ou heteronímicas. As heteromericas são formadas por conexons compostos por
diferentes conexinas e as homomericas são formadas por conexons compostos por conexinas
do mesmo tipo.

Cada conexinas atravessa a membrana 4 vezes, e as regiões amino terminal e carboxi


terminal estão voltadas para o meio extracelular e são similares entre os tecidos e estão
relacionados com as ligação de conexinas em membrana opostas. Já as regiões citoplasmáticas
variam de tecido em tecido e, por isso, diferentes tecidos são sensíveis à diferentes fatores
moduladores que controlam a abertura e fechamento dos canais.

A maioria das junções fecham em resposta ao Ph citoplasmático mais ácido ou a elevação do


níveis de Ca.

×Durante a embriogênese as células estão mais alcalinas e isso leva a abertura das junções
Gap, permitindo o acoplamento elétrico q é fundamental durante o desenvolvimento. E
também na morte celular, o citoplasma fica amistoso, ácido devido a destruição de organelas
citoplasmáticas que liberam hidrolases ácidas deixando o citoplasma mais ácido

Além disso quando a célula está passando pelo processo de morte celular ocorre o aumento
dos níveis de íon Ca intracelular, levando ao fechamento das junções Gap, diminuindo o
acoplamento elétrico que é importante para proteger as outras células do processo de morte
celular.

🡪 Qual a importância das sinapses elétricas?

-Importante para conectar grandes grupos de neurônios. Essa característica é muito


importante para sincronizar a atividade elétrica entre populações de neurônios.

-Permitem a transmissão de sinais metabólitos, como IP3 e o AMPc (segundos mensageiros)

-Geram respostas rápidas


×A plisia (animal marinho) libera uma nuvem de tinta quando se sente ameaçada. Essa
liberação só é possível graças às resposta sinápticas elétricas, que permitem que vários
neurônios disparem de maneira sincronizada e rápida. O estímulo é percebido na calda da
plisia por um neurônio sensorial, ele faz sinapse com 3 neurônios motores q inervam a
glândula da tinta. Esses 3, são interconectados por sinapses elétricas então qd alcança o limiar
do Potencial de ação, eles disparam juntos e assim permite a liberação da tinta de uma vez só.
Se não tivesse a sinapse elétrica entre esses neurônios motores e se ação não disparassem
juntos a tinta ia ser liberada aos poucos.

×Podem ocorrer mutações miogenicas da conexina 32, está relacionada ao surgimento da


doença Chacot Marie tooth. Esta é um conjunto de neuropatias hereditárias que apresentam
grande heterogeneidade genética e envolvem a degeneração progressiva e lenta de nervos
periféricos com manifestações motoras e sensoriais. A doença  ligada ao cromossomo X está
relacionada com a mutação do gene da conexina 32 que está localizada no cromossomo X. A
conexina 32 está envolvida na formação das junções Gap em camadas sucessivas de mielina
formadas por uma única células de Shwann. A conexina é IP para organização da bainha de
mielina. A doença leva a uma disfunção da bainha de mielina, levando a uma desmielinizeação
e isso leva a uma disfunção na condução do Potencial de ação. A doença é caracterizada por
atrofia e fraqueza distal dos membros inferiores, mas também pode afetar os membros
superiores distal mente. Leva a um prejuízo sensório motor, deformidades e dor. O tratamento
é feito de drogas para controlar dor, fisioterapia.

Permitem um fluxo direto de corrente iônica de um neurônio para outro porque as


membranas dos neurônios pre e pos estão extremamente próximas, graças à presença das
junções gap. São canais formados por poros chamado conexons, ficam localizados na
membrana pré e pós, ficam pareados permitindo a formação das junções gap que são canais
hidrofílicos que permite a passagem de várias substâncias além dos íons

Importância dessa sinapse= conectar grandes grupos de neurônios, sincronizar a atividade


elétrica entre populações de neurônios. Permite a transmissão de sinais metabólicos, garante
velocidade de transmissão (geram respostas rápidas)

🡺 Químicas= maioria nos vertebrados.


🡺 Liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica. É um mecanismo
dependente dos íons cálcio
Esse neurotransmissor na fenda se liga aos seus receptores
(ionotrópico ou metabotrópico) na membrana pós sináptica. Leva à abertura
ou fechamento dos canais iônicos relacionados aos receptores, essa corrente
pós sináptica leva o potencial pós sináptico excitatório ou inibitório que vai
moldar a excitabilidade da célula alvo.
🡺 Vantagem = permite a modulação da transmissão

🡺 Em um experimento foram usados dois corações de sapo, o primeiro foi preenchido com
solução salina e teve uma estimulação elétrica do nervo vago que levou a uma diminuição
da contração e dos batimentos cardíacos. Se a solução salina fosse transferida para o
segundo coração que não tinha estimulação do nervo vago, com o tempo as contrações
diminuíam e os batimentos tb. A substância era a acetilcolina, primeiro neurotransmissor
observado, ela converge o sinal a partir do nervo vago.

🡺 Na Sinapse química, a informação que viaja na forma de impulsos elétricos ao longo de um


axônio é convertida, no terminal axonal, em um sinal químico que atravessa a fenda
sináptica. Na membrana pós sináptica, este sinal químico é convertido em sinal elétrico.

🡺 Características das sinapses químicas:

🡺 -Nessas sinapses não tem as junções  Gap, mas possui as vesículas sinápticas dentro do
terminal sináptico, elas contém os neurotransmissores. Quando os neurotransmissores são
liberados, eles se ligam aos seus receptores na membrana pós sináptica.
🡺 Presença da fenda, espaço entre a membrana pré sináptica e pós sináptica q contém
proteínas.
🡺 Ocorre diferenciação de membrana que são a zona ativa presente no terminal pré sináptico
( região que contém um maio acúmulo de vesículas sinápticas) e densidade pro sináptica 
(localizado na membrana pós sináptica e contém os receptores dos  neurotransmissores ).
No terminal temos 2 zonas ativas: regiões de ancoramento e liberação de vesículas
sinápticas.
🡺 Nas sinapses químicas ocorre a amplificação do sinal. A liberação de uma única vesícula
pode levar a abertura de mts canais iônicos relacionados aos receptores de
neurotransmissores, pq uma única vesícula pode conter mts neurotransmissores.

🡺 Os neurotransmissores são sintetizados e armazenados em vesículas sinápticas, e com a


chegada do Pot de ação no terminal pré sináptico levando a uma despolarização, assim a
abertura dos canais de Ca dependentes de voltagem e consequentemente um fluxo de Ca
pro citoplasma do terminal pré sináptico. Levando a fusão da vesícula sináptica com a
membrana. O Ca se liga a uma ptn Snars, envolvida na fusão da vesícula sináptica com a
memb. Após a fusão, ocorre a liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica e assim
os neurot se ligam aos seus receptores na memb pós sináptica. A ligação entre eles leva a
abertura dos canais iônicos, permitindo então o fluxo de íons e gera uma corrente pós
sináptica q gera um Pot pós sináptica q podem ser inibitórios ou excitatórios. As
membranas das vesículas sinápticas são recicladas.
🡺 A liberação de neurotransmissores depende do influxo do Ca no terminal pré sináptico. As
ptns Snars são aquelas envolvidas na fusão das vesículas sinápticas com a membrana pré
sináptica e esse processo depende do Ca. Na membrana da vesícula tem 2 ptns
snars(sinaptobrevina e sinaptotagmina) e na memb plasmática tem outras 2( sintaxina e
Snap25). A sinaptobrevina forma um complexo com a sintaxina e Snap25 levando a
aproximação da vesícula sináptica da memb bb plástico.  Qd ocorre o influxo de ions Ca, ele
se liga a sinaptotagmina e leva a inserção dessa snar na memb plástica. Isso leva a fusão da
vesícula com a membrana e a liberação dos neurot na fenda sináptica.

🡺 As membranas das vesículas sofrem reciclagem: por endoxitose as memb das vesículas
fundidas são recuperadas e levadas de volta pro citoplasma do terminal pré sináptico. Esse
processo da uma rapidez na geração de nvs vesículas e tb fornece um suplemento continuo
de vesículas sinápticas. As ptns Clatrinas são fundamentais para o processo de reciclagem,
elas cobrem a vesícula.

🡺 Ciclo da vesícula: após a fusão da vesícula com a memb ocorre o brotamento da vesícula e
isso depende das ptns Clatrinas. Os triceres das ptns se associam a superfície da vesícula e
a cobre, formando uma gaiola q é resp pelo brotamento da vesícula apartir da memb
plasmática. A fissão do broto é feita pela dinamina(gtpase) e posteriormente as Clatrinas
são removidas pela Hsc70(atpase) e por ptns como a Auxilina q funciona como um cofator.
Após isso, as vesículas são endereçadas pro endossomo pra reciclagem e dps de saírem,
ptns sinapsinas se ligam as vesículas formando um aglomerado de vesículas q estão
prontas pra acoplar na memb plástica e iniciar o processo de difusão e o ciclo da vesícula.

🡺 RESUMO

🡺 Sinapse: São os sinais levados de um neurônio a outro

A transmissão mais frequente é o terminal axonal de um neurônio


com os dendritos de outro neurônio.

🡺 As estruturas envolvidas na sinapse química são:

🡺 ►Terminal pré–sináptico: Apresenta-se na forma de botão,


contém numerosas vesículas com substâncias neurotransmissoras.
🡺 Ex: Acetilcolina e Noradrenalina.

🡺 ►Fenda sináptica: Situada entre o terminal pré-sináptico e a


membrana pós–sináptica.
🡺 ►Membrana pós-sináptica: Nestas existem receptores
específicos de neurotransmissores.

🡺 Um terminal pré-sináptico está separado por uma fenda


sináptica e contém mitocôndrias e vesículas preenchidas
com neurotransmissor, um medidor químico que altera a
permeabilidade da membrana. A chegada do impulso nervoso ao
terminal pré-sináptico faz com que o Cálcio entre na célula
fazendo com que as vesículas sinápticas se unam ao terminal
pré-sinático (exocitose), levando a descarga do neurotransmissor
para dentro da fenda sináptica. As vesículas dos botões
pré-sinápticos que contém milhões de neurotransmissores podem
exercer ações inibidoras ou excitadoras na
membrana pós-sináptica.

🡺 Além disso, não é raro que a ação de um determinado


neurotransmissor seja excitadora em algumas sinapses e inibidora
em outras.

🡺 Quando um determinado neurotransmissor passa por difusão


através da sinapse, ele é ligado a uma proteína receptora presente
na membrana pós-sináptica e desta combinação resulta a abertura
de canais iônicos.

🡺 Quando se abrem canais de Na+, este penetra na porção


pós-sináptica e determina uma despolarizacão. Esta
despolarização caracteriza o potencial Pós-Sináptico
Excitatório (PPSE), que é um potencial local. A despolarização
aproxima o potencial da membrana do seu limiar que poderá
acompanhar o Potencial de Ação (PA). Pode ocorre também que
o neurotransmissor aumente a permeabilidade do K+. Este sairá
do interior da célula e fará com que este se torne mais negativo
determinando uma hiperpolarização da membrana.

🡺 A hiperpolarização caracteriza um Potencial Pós-Sináptico


Inibitório (PPSI) que, como o excitatório, também é potencial
local. A hiperpolarização afasta a membrana de seu limiar
diminuindo portanto a excitabilidade.
 
🡺 Sinapse na junção neuromuscular:

🡺 É um tipo de junção especializada, em que um neurônio faz contato com a


membrana da célula muscular. Apresenta os três elementos estruturais,
sendo que:
►O terminal pré-sináptico é o axônio de um neurônio;
►A membrana pós-sináptica pertence à célula muscular;
►A membrana pós-sináptica apresenta dobras que aumentam a área da fenda
sináptica. Esse mecanismo faz com que o neurotransmissor (ACh) fique mais
tempo na fenda;

Junção neuromuscular (JNM)

🡺 Junção neuromuscular é uma sinapse química periférica. As sinapses que acontecem no


cérebro são principalmente químicas (complexas) porque um único neurônio central pode
receber milhares de aferências sinápticas a partir dos terminais pré-sinápticos e as
aferências podem ser excitatórias ou inibitórias. A junção neuromuscular ocorre entre
axônios de neuro motores inferiores presentes na medula espinal e as fibras músculo
esqueléticas.
🡺 A JNM se tornou um bom modelo de estudo da sinapse química porque é de fácil acesso e
relativamente simples quando comparadas às sinapses centrais (a fibra muscular é
inervada por um 1 axônio do neuro motor); permite a acomodação de 2 microeletródios
pra mensuração elétrica; a liberação de ACh na fenda sináptica a partir do terminal axonal
do neuro motores leva a abertura de um único tipo de canal iônico, relacionado ao
receptor nicotínico de ach na membrana muscular pós sináptica.
🡪Os neuro motores inferiores estão na raiz ventral da medula espinal. O axonio do neuro motor
na intumescencia cervical da medula inervado a musculatura distal.

🡪A unidade motora consiste em um neuro motor e todas as fibras musculares por ele inervado.

🡪A placa motora é uma região especializada na membrana musculo, onde os axônios do neuro
motor inervam o músculo e forma a JNM. Na JNM, o axônio do neuro motor perde a bainha de
mielina e se divide em vários ramos, cujas extremidades formam múltiplas expansões
chamadas de Botões Sinápticos, a partir dele o neuro libera o neurotransmissor acetilcolina na
fenda sináptica.

🡪A membrana muscular pós-sináptica ela tem invaginações pós sinápticas, e nelas temos
aglomerados de receptores nicotínicos de ach. Temos a presença da lâmina basal na fenda
sináptica, ela tem proteínas (colageno, glycoprotein).

🡪Diferenciação da Junção neuromuscular: o cone de crescimento do axonio, esse cone se


aproxima da memb musc pós sináptica, q estabelece um contato sináptico q leva a uma
diferenciação da junção neuromuscular. O cone de crescimento começa sua transformação e a
membrana muscular oposta começa a adquirir suas próprias especializações q é caracterizada
pelo aumento da expressão de genes de ptrns pós sinápticas e tb de receptores nicotínicos de
ach. A medida que a diferenciação segue, o terminal pré  sináptico irá ?? as vesículas sinápticas
contendo os neurotransmissor ach, tem a presença da lâmina basal e tb começa a surgir as
invaginações na membrana muscula pós sináptica. Inicialmente múltiplos axonios convergem
sob um único sítio sináptico e dps apenas um permanecerá. Assim a diferenciação se completa
e a junção neuromuscular adquiri sua forma madura, a sinaptogênese se deve a molécula
secretada pela celular musc e tb pelo terminal pré sináptico. Quando a ach é liberada na fenda
sináptica a partir do terminal pré sináptico do ach onion do neuro motor, ela se liga nos
receptores pós sináptica q estão na memb pós sináptica, eles são nicotínicos, a ligação permite
o influxo dos ions sódio e efluxo dos ions potássio. 

O influxo e efluxo leva uma despolarização que gera um Potencial de placa motora, a
despolarização irá levar a ativação dos canais de sódio dependentes de voltagem e mais influxo
dos íons sódio que vai levar a despolarização que leva a geração do Potencial de ação e a
contração muscular. O potencial pós sináptico excitatório na cel muscular é chamado de Pot de
placa motora e leva a contração muscular. Tem um leve atrasado e é smp supra linear, infalível
e smp gera o pot de ação. A corrente de placa motora é causada pelo somatório da abertura de
mts canais iônicos,  esse efeito pode ser demonstrado pela técnica patch clamp, q permite
estudar a atividade elétrica de um único tipo de canal iônico presente na membrana, no caso o
receptor nicotínico de ach, usada p/ mensurar a corrente que flui através  do receptor
nicotínico após a ligação de 2 moléculas de ach ao receptor.  Quandor um único canal é aberto
a corrente de placa motora é bem pequena, quando alguns canais são abertos a corrente é um
pouco maior e qd tds os canais são abertos a corrente é mt grande,levando a geração de placa
motora.

🡺 A ach, seus receptores e a enzima de síntese e degradação da ach fzm parte do sist
colinergico. Então a molécula de ach é formada pela transferência de um gp acetil da
molécula de Acetilco-a pra uma colina através de reação catalisada por uma enzima colina
acetiltransferase? A ach recém sintetizada é armazenada em vesículas sinápticas pelo
transportador vesicular e com a chegada do Pot de ação no terminal pré sináptico e a
despolarização e consequentemente a abertura de canais de Ca,leva o influxo do Ca e a
fusão da vesícula na memb plástica.
🡺 Levando a liberação da ach na fenda sináptica e a partir daí ela pode ser hidrolisada pela
acetilcolinesterase em acetato e colina. A colina é recuperada pelo Chp1 q é um
transportador de colina de alta afinidade pra então fzr uma nv síntese da ach. Na fenda, a
ach vai se ligar aos seus receptores:  muscarinicos (metabotrópicos) e
nicotínicos(ionotrópicos). Este último está presente na memb musc, são pentamericos q
formam um poro central, 2 subunidades alfa- 1 gama-1 beta e 1 delta. Qd a ach n está
ligada ao receptor nicotínico, o poro permanece fechado e qd duas moléculas de ach se
associam as junções da subunidades alfa, levam a abertura do canal iônico permitindo o
influxo dos ions Sódio e efluxo de potássio. Uma única subunidade do recp nicotínico
possui 4 alfa hélices transmembranas, denominadas do M1 até M4, o M2 tem suas
subunidades voltadas pro interior do poro e formando um revestimento pro canal e
aminoácidos carregados negativamente em cada segmento formam 3 anéis de seletividade
ao redor do poro. Os anéis intra e extracelular funcionam como um pre filtro q ajudam a
repelir anions e o anel do meio permite seletividade ao ion.

🡪A via de sinalização agrina/Musk leva a formação de aglomerados de receptores nicotínicos


de ach na memb musc. O receptor Musk é do tipo tirosina quinase presente na memb musc
pós sináptica e a agrina é uma glicoproteina sintetizada e liberada por moto neurônios, a
liberação ocorre qd o cone de crescimento estabelece um contato com a fibra sináptica. A
agrina se liga ao seu receptor Musk na memb musc pós sináptica e ativa a via de sinalização
responsáveis pela formação dos aglomerados dos receptores nicotínicos de ach.

Distúrbios na JNM podem ser causados por fármacos e toxinas

🡺 Os fármacos e toxinas podem atuar inibindo a síntese da ach, inibindo o transportador


vesicular e inibindo a recapitação da colina no terminal pré sináptico, além de bloquearem
os canais de Ca. Na membrana pós sináptica podem atuar como agonista ou antagonista
nos receptores muscarínicos e inibir a acetilcolinesterase. O sistema colinérgico segue uma
sequência e se quebrar qualquer passo da sequência não tem como continuar.
🡺 Toxina do botulismo causa o botulismo q é uma forma de intoxicação alimentar de baixa
ocorrência  mas de alta fatalidade. Causado pela bactéria Clostrudium botulinum q é um
bacilo gram-positico presente no solo, fezes e alimentos. A toxina é uma neurotoxina q
afeta as ptns Snars, qd a toxina botulínica esta presente, ela possui duas cadeias-pesada e
leve- a pesada se liga ao receptor na memb pré sináptica do axônio do neuro motor e é
então endossitada jt com o seu receptor pra dentro do terminal pré sináptico. A cadeia leve
vai pro citoplasma e cliva as ptns Snars, n tendo como fundir a vesícula sináptica com a
memb plástica,  então os neurot(ach) ficam acumulados dentro das vesículas sinápticas,
dentro do terminal pré sináptico e a ach n pode ser liberada na fenda e n pode exercer seu
efeito na cel musc (n promove a contração musc), a sinalização da ach se encontra
defeituosa.

Logo, funções que dependem da contração são prejudicadas. O tratamento é feito com soro
anti botulinico. O botulismo é apresentado em 3 diferentes formas: 1°- botulismo alimentar é a
forma mais comum, decorrente da ingestão de alimentos contaminados ou sem esterilização
ex: alimentos em conserva, uma vez q a bactéria é anaeróbia n precisam de O2 pro
desenvolvimento. Qd abrimos um pote e escuta um barulho=intoxicação pq bactéria é capaz
de produzir gases. 2°- botulismo das feridas  ocorre pela contaminação através das feridas na
pele. 3°botulismo do lactante se manifesta nos primeiros meses por causa da ingestão de
esporos da bactéria,o intestino do bb n consegue combater esses esporos por ainda estar
imaturo. Análises dizem que pode se encontrar esporos em amostras de mel.

*Uso estético: a toxina botulínica do tipo A é utilizada pq leva ao relaxamento dos músculos
faciais por inervação temporária. O Botox é marca mais comercializada.

🡪 O tétano é causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostrudium  tetani,

A toxina é a tétano spamming q bloqueia a liberação de gliconeogenese através da clivagem


das ptns Snars. A glicina é um neurot inibitório presente na medula espinal e é liberada por
interneurônios inibitórios, q limitam a ativação de neuro motores e possibilitam o relaxamento
muscular. Se a glicina n consegue exercer o efeito inibitório do neuro motor q libera mais ach
do que era pra liberar levando a espasmos musculares. A bactéria penetra no organismo
através de um corte feito por objetos contaminados, contato com poeira,terra, fezes.
Tratamento : soro antitetanico, UTI.

🡪Estricnina e glicina: utilizada como pesticida pra matar ratos, antagonista da glicina. Em doses
relativamente baixas de Estricnina, os neurônios motores se tornam hiper excitaves e ocorre
contração musc excessiva e em doses maiores a Estricnina induz a convulsão e morte.

🡪 Curare (veneno de flexa) é uma mistura de toxinas extraídas de plantas e o agente ativo é a
tubocurarina q é o antagonista competitivo reversível dos receptores de ach. O uso do curare
faz com que se iniba o pot pós sináptico e consequentemente a geração do Pot de ação na fibra
musc, limitando as contrações. Tem aplicações clínicas, utilizado em cirurgias abdominais e
torácicas pra relaxar a musculatura abdominal e diminuir a pressão, os pacientes têm q estar
entubados pq os músculos da respiração vão estar relaxados tb.

🡪 Organofosforados são inibidores de acetilcolinesterase(enzima de degradação da ach) e assim


n ocorre a hidrólise da ach em acetato e colina. Consequentemente, ha uma maior quantidade
de ach na fenda sináptica, isso leva a uma excitação maior dos receptores nicotínicos de ach,
causando uma contração muscular excessiva. Em um segundo momento, ocorre a
dessensibilização do receptor, causando uma parada da contração musc; a ach se liga mas
como o receptor tá dessensibilizado levando a essa parada.

*A alta sensibilidade dos insetos a inibidores de acetilcolinesterase fazem os organofosforados


inseticidas populares. Tb utilizados como armas químicas

🡪 Doenças que podem levar a anormalidades morfológicas da junção neuromuscular.

-Miastenia Gravis auto-imune: ocorre a produção de anticorpos contra receptores nicotínicos


de ach da JNM, os anticorpos se ligam à subunidade alfa do receptor impedindo a ligação da
ach no receptor. Ocorre a redução no número de receptores nicotínicos funcionais, porque ele
é internalizado e degradado, dificultando a sinalização da ach. Consequentemente, a
transmissão sináptica falha na JNM da MG auto-imune. A doença leva ao enfraquecimento
muscular q  possui características próprias: afeta quase sempre músculos cranianos, o
enfraquecimento é tiver tido por drogas q  inibem acetilcolinesterase, há variações  na
severidade dos sintomas, essas variações podem ocorrer em um único dia, de um dia pro
outro. N há  nenhum sinal clínico convencional e nem evidência eletromiografica  de
denervação.

-Síndrome de Lambert Eaton: relacionada com carcinoma de pequenas células de pulmão,


embora outros tipos de cânceres também estão relacionados. Doença auto imune, com
anticorpos contra os canais de Ca, reduzindo o número de canais de Ca q reduz a quantidade
de neurotransmissores liberados. Tratamento feito com imunossupressores.

ED
1- Defina sinapse=
É um mecanismo de comunicação entre neurônios e suas células alvo
(pode ser outro neurônio ou uma célula muscular – esquelética, cardíaca
ou lisa)

2- Defina sinapse química= Liberação dos neurotransmissores na


fenda sináptica. É um mecanismo dependente dos íons cálcio
Esse neurotransmissor na fenda se liga aos seus receptores (
ionotrópico ou metabotrópico) na membrana pós sináptica. Leva à
abertura ou fechamento dos canais iônicos relacionados aos
receptores, essa corrente pós sináptica leva o potencial pós
sináptico excitatório ou inibitório que vai moldar a excitabilidade da
célula alvo.
Vantagem = permite a modulação da transmissão
3- Sinapse elétrica= permite o fluxo direto de corrente iônica de
um neurônio para o outro devido a presença das junções
comunicantes ou gap.

Vantagem = transmite uma informação rápida

Importância = Permite a transmissões de sinais metabólicos,


conecta grandes grupos de neurônios, sincroniza a atividade
elétrica entre populações de neurônios

4-Diferencie sinapse química e elétrica=


Sinapse Elétrica Sinapse Química

X
Velocidade + rápida + lenta
Neurotransmissores Não tem Tem
Junções Gap Tem Não tem
Distância entre as Menor Maior, de 20 a 40
membranas de 2 a 4 nn nn pq tem a
fenda sináptica
Direção da Bidirecional Unidirecional
transmissão
Vesículas
sinápticas- no
terminal pre
sináptico
zonas ativas- na
Componentes ultra Junções Gap ou membrana
estruturais comunicantes plasmática do
terminal
sináptico,
receptores pós
sinápticos- na
membrana pós
sináptica
Agente transmissor Correntes iônicas Neurotransmissor
Atraso sináptico Ausente De 1 a 5
milisegundo

5- Defina junção neuromuscular =


É uma sinapse química entre uma fibra muscular esquelética e o
seu terminal axonal
Nessa junção há um terminal axonal e a fibra muscular inervada
por ele. Só tem uma sinapse.

6 – Determine as características morfológicas da junção neuromuscular =


o axônio do neurônio motor perde a bainha de mielina fornecida pela
célula de Schawn e se divide em vários ramos, cujas extremidades
formam os botões sinápticos, que está posicionado na membrana
muscular. Essa membrana contém invaginações pos sinápticas, e nessas
invaginações tem aglomerados de receptores nicotínicos de acetilcolina.
(São os receptores ionotrópicos das junções neuromusculares.)

7-Como podemos caracterizar a unidade motora = consiste de um


axônio de um neurônio motor e todas as fibras musculares por ele
invervadas.

8- Como o potencial de placa gera o potencial de ação na fibra


muscular esquelética
Levando ao limiar de excitabilidade na fibra muscular esquelética
O potencial de placa é supralimiar

9- Como ocorre a síntese e a degradação da acetilcolina ( sem


acetilcolina não há contração muscular)

A acetilcolina é formada a partir de uma enzima de síntese


No terminal pre sináptico pela transferência de um grupo acetil da
molécula de acetilcoenzima A para uma molécula de colina através
da ação da colina acetiltrasnferase – ChAT ( presente no citoplasma
do terminal pre sináptico)

Degradação – Ocorre na fenda sináptica


Precisa de uma enzima de degradação( acetilcolinesterase)
Nesse processo é gerado o acetato e a colina.

10- Qual o mecanismo de ação da toxina do botulismo

A toxina afeta as proteínas Snares, impedindo a fusão da vesícula


sináptica com a membrana plasmática, impedindo assim a
liberação da acetilcolina na fenda sináptica, levando ao
enfraquecimento/ relaxamento muscular, porque não há
contração muscular, causando uma paralisia

11- Qual o mecanismo de ação do curare. Qual a sua aplicação


clínica?

Curare é o antagonista competitivo reversível dos receptores


nicotínicos de acetilcolina

Aplicação clínica = usado pelos anestesistas em cirurgia. Facilita a


incisão porque os músculos abdominais ficam relaxados.

12- Que tipos de respostas são encontradas após o tratamento


com anticolinesterásticos
Esses medicamentos inibem a enzima de degradação da
acetilcolina. No primeiro momento há uma maior excitação dos
receptores nicotínicos levando a uma contração muscular
excessiva , no segundo momento há uma dessensibilização dos
receptores devido excesso de acetilcolina levando à parada da
contração.

13- Quais as alterações que ocorrem na placa motora em um paciente


que apresente miastenia gravis auto-imune ? Como esses pacientes são
tratados?
Fraqueza muscular grave, onde tem-se anticorpos contra os receptores
nicotínicos da acetilcolina na placa motora ( são internalizados e
degradados). A pessoa tem uma fraqueza progressiva. Doença não tem
cura, só tratamento ( Combinação de imunossupressores e
anticolinesterases)
Redução no número de receptores nicotínicos da acetilcolina.

ED BIOELETROGÊNESE:

Considerando dois compartimentos idênticos, separados por uma membrana


semi-permeável e apresentando concentrações distintas de cloreto de potássio
como abaixo descrito:
Membrana é permeável apenas ao íon potássio. Concentração de KCl
no compartimento 1 (100mM) e no compartimento 2 (1000mM).
Membrana é permeável apenas ao íon potássio. Concentração de KCl
no compartimento 1 (10mM) e no compartimento 2 (100mM).

Responda:
Qual o valor do gradiente de concentração em cada uma das condições
experimentais? Em que situação este gradiente será maior?

A: 1000-100=900miliM
B: 100-10=90miliM

Qual a direção dos gradientes de concentração e elétrico em cada


uma das condições acima?
GC= compartimento 2---) 1
GE =compartimento 1---) 2

Qual o valor do potencial de equilíbrio nas duas situações?


-61mV
Como estes potenciais serão mantidos?
Mantendo a mesma temperatura ao longo do tempo
O que aconteceria se a temperatura fosse alterada?
O potencial iria variar. Se diminuir a temperatura, há redução dos choques dos
íons e é mais difícil achar o canal
Se aumenta a temperatura, aumenta-se a probabilidade de encontro do canal

O que aconteceria se o íon permeável fosse o cloreto?


Nada, não iria gerar gradiente de elétrico, ia passar um cátion e um ânion e as
concentrações iriam se igualar, não teria DDP

Como pode ser obtido o valor do potencial de membrana de uma


célula?
É possível fazer este registro num consultório? Para que serve esta
medida?

Para medir, é necessário estar em um laboratório de pesquisa, pois precisa


introduzir o microeletródio para medir a ddp. Não pode se medir no consultório,
mas pode medir o potencial de ação extracelular.

Quais as condições necessárias à geração do potencial de


membrana em uma célula?
Permeabilidade seletiva para íons passar, distribuição assimétrica dos íons (
gradiente químico) , constância das concentrações.
Quais os canais iônicos envolvidos na geração do potencial de
repouso?
Os canais de vazamento são os que estão envolvidos no potencial de repouso.

Defina potencial de repouso.


É uma diferença de potencial entre as interfaces da membrana

Defina despolarização e hiperpolarização. Que íons podem gerar


mecanismos de despolarização e hiperpolarização através de uma
membrana?
Despolarização= é variar o Potencial de membrana até o valor zero.
Hiperpolarização é ficar mais negativo em relação ao potencial de repouso de
membrana. Os íons podem ser sódio, potássio, cálcio

Proponha um protocolo experimental que permita avaliar o papel de


determinados íons no potencial de repouso.
Para saber qual o íons mais importante é só variar a concentração desse íon
no lado extracelular. Se o potencial variar , é porque ele é importante e
vice-versa.

Defina potencial de equilíbrio de um íons. Que célula apresenta o


potencial de repouso igual ao potencial de equilíbrio do potássio?

Potencial de equilíbrio é um valor referente a um estado de equilíbrio entre o


gradiente de concentração e gradiente elétrico. O vetor do gradiente de
concentração fica igual em módulo ao vetor de gradiente elétrico. A célula é o
astrócito.

O que aconteceria com o registro do potencial de membrana em


uma célula que fosse tratada com um inibidor dos canais de potássio
voltagem dependentes?

Não haveria alteração no potencial de repouso, porque esse canal não


participa do potencial de repouso.

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