Teoria e Percepção - Vol.1, 1ed. 2019 - Livro Do Aluno
Teoria e Percepção - Vol.1, 1ed. 2019 - Livro Do Aluno
Teoria e Percepção - Vol.1, 1ed. 2019 - Livro Do Aluno
Sumário
Nível I
O presente trabalho foi idealizado pensando no aluno de música que procura aprimorar seus
conhecimentos, e também no que está realizando seu primeiro contato com o universo musical.
Esperamos que esse material seja de grande utilidade para que você alcance seus objetivos, que
ele contribua para o seu conhecimento e amadurecimento musical. Tenha paciência para vencer as
dificuldades que irão aparecer no caminho, perseverança para não desistir, e humildade para
reconhecer suas dificuldades.
Em caso de dúvidas não hesite em perguntar ao seu professor, lembre-se que ele sempre estará
torcendo para que você tenha sucesso em seu aprendizado. Procure trocar informações com os seus
colegas de turma e pesquise mais sobre os assuntos que você esteja sentindo dificuldades.
Lucas Souza
Organizador
Bruno Py, Fabiano Lemos, Frederico Cnop, Marcelo Pfeil, Raul Lavor, Thaís Muniz
Colaboradores
Apoio
5
NÍVEL I
4. Timbre – pela indicação da voz ou instrumento que deverá executar a música. A alternância e
a combinação de timbres diferentes resultam em instrumentação.
Exercícios:
Relacione as Colunas:
Os sons musicais são representados graficamente por sinais chamados notas, e a escrita da
música chama-se notação musical.
As notas são 7: dó – ré – mi – fá – sol – lá – si.
Essas 7 notas ouvidas sucessivamente formam uma série de sons que chama-se escala.
Quando essa série de sons segue sua ordem natural (dó – ré – mi – fá – sol – lá – si) temos uma
escala ascendente, e seguindo em ordem inversa (si – lá – sol – fá – mi – ré – dó) temos uma escala
descendente. A escala estará completa se for terminada a série ascende ou descendente com a nota dó.
dó ré mi fá sol lá si dó dó si lá sol fá mi ré dó
dó
si si
lá lá
sol sol
fá fá
mi mi
ré ré
dó dó
7
Exercícios:
Complete a sequência na ordem ascendente:
8
Agora iremos aprender a identificar as notas na pauta, e quais são os seus nomes, e veremos
novos sinais da escrita musical, as claves.
As notas são escritas no pentagrama, ou pauta, que são o conjunto de 5 linhas e 4 espaços.
As notas são escritas nas linhas e nos espaços. Se a nota for escrita na linha, ela ocupa metade
dos espaços vizinhos, se a nota for escrita no espaço, ela ocupa todo o espaço.
Quando nós tivermos notas fora da pauta, dizemos que estão nas linhas e nos espaços
suplementares. Nós temos linhas e espaços suplementares inferiores e superiores.
certo errado
As linhas suplementares são individuas
e apenas um pouco maior que a cabeça da nota:
As claves são sinais usados no começo de cada pentagrama para assim darmos nomes as notas
e sabermos sua altura exata.
9
Existem três tipos de claves, a de Sol, Dó e a de Fá, mas focaremos nossos estudos nas claves
de Sol e na de Fá na quarta linha.
O ponto indica onde está a nossa nota referência em cada clave, é a partir dela que acharemos
todas as outras notas. Nas claves de sol e de fá o ponto está no início da grafia da clave, por isso usamos
como referência, e na clave de dó a nota referência se encontra centralizada. Estudaremos a clave de
dó no nível II.
Usaremos como exemplo as claves de sol e de fá. Sabendo onde ficam as notas referenciais,
podemos identificar quais são as outras notas.
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol
Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
A clave de sol começa na segunda linha da pauta, vai até a terceira linha, depois desce até a
primeira e sobe até o segundo espaço suplementar superior, desce e faz a curva no final.
Exercício:
Faça claves de Sol.
10
A clave de Fá na quarta linha começa na quarta linha, vai até a quinta linha e desce até a segunda
linha, e para finalizar colocamos um ponto no terceiro espaço e outro no quarto.
Exercício:
Faça claves de Fá na quarta linha.
Como no exemplo, devemos contar cada linha e cada espaço para identificarmos as notas. Se
estamos subindo, iremos pela ordem ascendente da escala: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Se estamos
descendo, vamos pela ordem descendente da escala: si, lá, sol, fá, mi, ré, dó.
Cada linha e cada espaço suplementar também devem ser contados para indentificarmos as
notas que ali estiverem.
Exemplo na clave de sol:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol
Sugestão de como realizar os próximos exercícios:
As notas alvos são Fá e Ré, para mais ficar mais fácil de começo e para evitar se perder na
contagem, sugiro que faça bolinhas pretas nas notas que “fazem o caminho” de uma nota alvo até a
outra, para depois ir nomeando mentalmente, colocando os nomes apenas nas notas alvos.
No exemplo (1) tomei como nota de partida a nota fá, primeiro espaço da pauta na clave de sol,
e a nota alvo se encontra na quarta linha da pauta. No exemplo (2) coloquei as bolinhas pretas no
caminho, contando as linhas e os espaços que entre as notas alvos. No (3) as notas entre parênteses são
as que devem ser nomeadas mentalmente, deixando apenas como no (4), as notas alvos nomeadas e as
bolinhas no caminho.
(1) (2)
(3) (4)
11
Exercícios:
Nomeie as notas na clave de fá:
.
12
Diapasão normal
Chama-se diapasão normal a nota lá que se escreve no 2° espaço da pauta na clave de sol, e
que funciona como base de afinação para os instrumentos em geral.
Dipasão normal (lá 3):
Escala geral
Chama-se escala geral o conjunto de todos os sons musicais que o ouvido pode classificar e analisar.
Compreende 97 sons, sendo o mais grave o 5° Dó abaixo do diapasão normal e o mais agudo,
o 4° Dó acima do mesmo diapasão.
Para que se possa designar a altura exata dos sons, sem auxílio da pauta e das claves, dá-se a
cada nota um número de ordem. Para essa numeração usa-se o seguinte processo:
a) Dá-se um número a cada nota Dó da escala geral. Assim o 5° Dó abaixo do diapasão normal
(o som mais grave dessa escala) é designado da seguinte forma: Dó-2 (lê-se Dó menos 2). O
Dó imediatamente superior a este será o Dó-1, e os subsequentes: Dó1, Dó2, Dó3, Dó4, Dó5,
Dó6 e Dó7 (o som mais agudo da escala geral).
b) Cada uma das 8 oitavas da escala geral recebe um número, correspondente à nota Dó a qual ela
começa.
Teremos, então, as oitavas assim numeradas:
8a –2 (do Dó-2 ao Dó-1)
8a –1 (do Dó-1 ao Dó1)
8a 1 (do Dó 1 ao Dó 2)
8a 2 (do Dó 2 ao Dó 3)
8a 3 (do Dó 3 ao Dó 4)
8a 4 (do Dó 4 ao Dó 5)
8a 5 (do Dó 5 ao Dó 6)
8a 6 (do Dó 6 ao Dó7)
c) Todas as notas compreendidas dentro de cada 8 a, serão designadas pelo seu nome seguido do
número correspondente à 8a dentro da qual se encontram. As notas contidas dentro da 8a 3, por
exemplo, serão assim numeradas: Dó3, Dó#3, Ré3, Ré#3, Mi3, Fá3, etc.
13
O Dó3 é chamado de Dó central por ser a nota que se acha exatamente no meio da escala geral.
De acordo com a altura dos sons, a escala geral se divide em cinco regiões:
Grave Dó 1 Dó 2
Média Dó 2 Dó 4
Aguda Dó 4 Dó 5
Super-aguda (agudíssima) Dó 5 Dó 7
Como vimos, as regiões sub-grave, média e super-aguda percorrem duas oitavas; as regiões
grave e aguda, percorrem apenas uma oitava.
As 3 regiões, grave, média e aguda, formam a região central. Esta região abrange assim, quatro
oitavas (inicia-se no Dó 1 e termina no Dó 5) e dentro dela se enquandram a extensão de todas as vozes
e a extensão dos principais instrumentos de cordas.
Toda a escala geral pode, também, ser escrita apenas na clave de Fá na quarta linha e na clave
de Sol, com o auxílio de linhas suplementares e com a linha de oitava.
O instrumento que percorre toda a escala geral é o grande órgão.
O instrumento que emite com maior clareza o Dó 7 (última nota da escala geral) é o flautim.
14
Exercícios:
Em música existem sons longos e sons breves. Há também momentos quando se interrompe a
emissão do som: os silêncios. A duração é a maior ou a menor continuidade de um som. A relação
entre as durações de sons define o ritmo.
O ritmo é a organização do tempo. O ritmo não é, portanto, um som, mas somente um tempo
organizado. A palavra ritmo designa “aquilo que flui, aquilo que se move”.
Antigamente eram as palavras que indicavam, mais ou menos, o tempo de duração de cada
nota. No princípio do século XIII surgiram as figuras mensurais para determinar a duração dos sons.
As mais antigas eram a Máxima, a Longa, a Breve, a Semibreve, a Mínima e a Semínima. Eram
originalmente pretas, posteriormente brancas. No início do século XVI desapareceram as neumas e no
século XVII a notação redonda substituiu a notação quadrada antiga.
Na notação musical atual, cada nota escrita na pauta informa a altura (posição da nota na linha
ou no espaço da pauta), e também a duração (formato e configuração da nota). A duração relativa dos
sons é definida pelos valores (os valores definem as proporções entre as notas). A duração absoluta é
dada pela indicação do andamento.
Valor é o sinal que indica a duração relativa do som e do silêncio. Os valores positivos ou
figuras indicam a duração dos sons e os valores negativos ou pausas indicam a duração dos silêncios.
Figuras e pausas são um conjunto de sinais convencionais representativos das durações. São
sete os valores que representam as figuras e as pausas no atual sistema musical. Para cada figura existe
uma pausa correspondente.
6) Quando existe a sucessão de várias figuras com colchetes, estes podem ser unidos com uma
barra de ligação:
Esses valores são imutáveis quando Nome Figura de som Figura de silêncio Duração
estivermos em um compasso com o
denominador 4, o que iremos entender
Semibreve 4
mais para frente. Importante agora é
que se decore esses valores e suas
figuras
Mínima 2
representativas. Quando você está
ouvindo uma música, e por exemplo,
começa a bater o pé junto com o Semínima 1
andamento dela, essa batida que você
está dando no ritmo certo equivale a
uma pulsação, nesse caso um tempo. Colcheia 1/2
Fusa 1/8
Figura Positiva
2 3
1 Proporção 4 2 1 1/2 1/4
Denominador de indicação 1 2 4 8 16
17
Exercícios:
Quantas para uma ? __2__ Quantas para uma ?_____ Quantas para uma ? _____
Quantas para uma ? _____ Quantas para uma ? _____ Quantas para uma ? _____
Quantas para uma ?_____ Quantas para uma ?_____ Quantas para uma ?_____
Quantas para uma ?_____ Quantas para uma ? _____ Quantas para uma ? _____
Modelo: =
V FÓRMULA DE COMPASSO
Compasso
Compasso é a divisão regular do tempo em um trecho musical, que podem ser agrupados de
diversas formas; é a divisão da música em pequenas partes de duração iguais ou variáveis.
Os compassos são separados por uma linha vertical, chamada barra de compasso ou travessão.
Obs. 2: Não se usa barra antes da clave quando a música é escrita em um só pentagrama.
Quando são usados dois pentagramas para o mesmo instrumento (por exemplo piano) ou
para um grupo de instrumentos ou vozes, os pentagramas são unidos por chave no início da pauta.
As barras são comuns para os dois pentagramas e, antes da clave, é grafada mais uma barra.
Na partitura de uma música para conjunto ou para orquestra completa, a primeira barra de
compasso une, geralmente, todos os pentagramas. E todas a barras de divisão são alinhadas.
Ritmo
É a maneira como se sucedem os valores na música.
A melodia: O ritmo
desta melodia:
A fórmula de compasso, colocada no começo de cada peça musical, indica, geralmente por
números em forma de fração, o tamanho do compasso e também sugere as possíveis interpretações. O
numerador indica quantos tempos cabem no compasso, e o denominador determina a duração de cada
figura.
4 Quantidade de tempos/valores
=
4 Duração/valores da figuras
20
Compasso:
leia-se dois por quatro (compasso binário)
Observações:
2) A fórmula de compasso é escrita uma única vez no início da música, e vigora até o seu final
ou até uma mudança de compasso:
Exercícios:
Marque com um (x) os compassos que estiverem incorretos:
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
Obs.: o compasso incompleto não entra na contagem, é como se ele fosse o compasso
“zero”
3. Ritmo acéfalo ou decapitado: o início do primeiro compasso é ocupado por uma pausa:
Exercícios:
Analisar o começo dos seguintes trechos e dizer se são téticos, anarústicos ou acéfalos:
Obs.: a unidade de compasso formada por figuras compostas (pontuadas) é chamada por alguns
teóricos de “unidade de som”.
Unidade de tempo (U.T)
A Unidade de Tempo (U.T) é o valor que se toma por unidade de movimento, é a figura que
equivale a uma pulsação. Em teoria, qualquer nota musical pode ser utilizada para determinar a unidade
de tempo do compasso. Na prática, porém, as notas musicais mais utilizadas são: mínima, semínima e
colcheia. O tempo se divide em partes de tempo. Conforme o número de tempos os compassos são
classificados da seguinte forma:
6 4 9
8 8 8
3 4 6
4 2 4
24
Leitura rítmica é quando “cantamos” o ritmo escrito, sem necessariamente entoarmos a nota,
por isso nesse exercício não usaremos nenhuma clave.
Nesses exercícios cada batida do metrônomo equivale a semínima, que tem a duração de um
tempo. Se uma figura vale dois tempos, então será duas batidas e uma nota só.
B = boca P = pé
B B B B B B B
P P P P P P P P P P P P
Ta - - - Ta - Ta
25
1)
2)
3)
4)
5)
26
6)
7)
8)
9)
10)
27
11)
12)
13)
14)
15)
28
16)
17)
18)
19)
20)
29
Para facilitar a correção dos excercícios, escreva as figuras de som no primeiro espaço da
pauta, como no exemplo acima; e quando for figuras de pausas não se esqueça que as pausas de 4
tempos e a 2 tempos são escritas no mesmo espaço (terceiro espaço da pauta), sendo a de 4 tempos
escrita na parte de cima e a de 2 tempos na parte de baixo do espaço; e centralize as pausas de 1 tempo.
Obs.: ditados com valores inteiros e sem uso de pausas.
Leitura métrica significa cantar o ritmo escrito, parecido com a leitura rítmica, só que ao invés
de usarmos alguma sílaba para cantar o ritmo, nós iremos falar os nomes das notas escritas.
1)
2)
3)
6)
7)
10)
31
11)
12)
13)
14)
32
15)
16)
17)
18)
33
VIII SOLFEJO I
Chama-se solfejo ao processo e ao resultado de solfejar. Este verbo, por sua vez, refere-se a
entoar uma canção/melodia pronunciando os nomes das notas no tempo certo.
O solfejo, por conseguinte, é uma forma de treino que se desenvolve com o objetivo de aprender
a entoação da nota enquanto se lê uma partitura. Deste modo, não só se pratica a entoação, como
também se ganha destreza para ler partituras de forma mais eficaz.
Solfejo por graus em Dó maior até o III grau.
34
Os números dentro dos retângulos equivalem aos graus. O retângulo que possui a linha curva
de um para o outro quer dizer que o som daquele grau (número) durou mais que um tempo, no primeiro
exemplo durou dois tempos. Se fosse um som durando 3 tempos, por exemplo, a linha curva iria
abranger mais retângulos:
Nesse caso o segundo 1 que aparece está valendo
3 tempos. Identifique o tipo de compasso (binário,
ternário ou quaternário), e faça os exercícios como
no modelo.
Nesse capítulo serão apresentadas algumas regras básicas que são de suma importância para uma
grafia musical correta.
Colchetes
Quando a nota é escrita da terceira linha para baixo, o colchete é escrito para cima,
quando ela for escrita da terceira linha para cima, o colchete é escrito para baixo; na terceira
linha é facultativo a escrita para cima ou para baixo, nesse caso se observa o movimento
musical.
Ligadura de frase
Na música vocal, quando uma silaba se prolonga por diversas notas, estas notas serão
abrangidas por uma ligadura, a ligadura de frase.
Linhas suplementares
Havendo muitas linhas suplementares, facilita-se a leitura escrevendo linhas de oitava.
Compasso
Certo:
Errado:
Errado:
Errado:
Preferível:
37
Evitado:
Exceções:
Preferível: Evitado:
Preferível:
Evitado:
Preferível: evitado:
38
As cifras são letras que representam os acordes de forma mais rápida que a partitura, mas deixa
a desejar sobre onde esse acorde tem que ser feito, se não for indicado pelo compositor. Outro ponto
que a cifra deixa a desejar e por não indicar o ritmo da música, como cada acorde terá que ser tocado
naquele momento, e para tocar determinada música, é preciso ter um conhecimento prévio da mesma.
Com o uso da cifra, podemos indentificar um acorde rapidamente, e assim monta-lo de forma mais
ágil.
CIFRA ACORDE
C DÓ
D RÉ
E MI
F FÁ
G SOL
A LÁ
B SI
X SOLFEJO II
Solfejo por graus em Dó maior até o IV grau.
40
41
NÍVEL II
XI SEMITOM, TOM, ALTERAÇÕES E ENARMONIA
Semitom Tom
semitons
Semitom, ou meio tom, é o menor intervalo entre duas notas no sistema musical ocidental (no
sistema temperado). Abrevia-se st ou mt. Tom, abrevia-se t, é igual a soma de dois semitons.
O menor intervalo entre dois sons é, na verdade, a diferença de uma vibração (por exemplo
uma nota com setenta e outra com setenta e uma vibrações por segundo). O sistema musical ocidental
utiliza somente uma seleção semitonal dos sons existentes.
Algumas culturas orientais (japonesa, chinesa, árabe, hebraica, indiana, etc.) utilizam em seu
sistema musical frações menores que um semitom (um quarto de tom, um oitavo de tom, etc.)
Cada instrumento tem a sua forma de executar a distância de semitom e tom entre as notas,
procure saber como realiza-lo com o seu professor de instrumento, pesquisando, lendo mais sobre a
execução de acordo com o instrumento.
Existem dois semitons naturais, são assim chamados por não possuírem acidentes (que iremos
ver a seguir), são eles: mi para fá, e de si para dó. Entre as outras notas temos a distância de um tom.
Alterações são sinais que irão alterar a nota do seu estado natural, fazendo com que elas fiquem
mais agudas ou mais graves de acordo com o acidente usado. As distâncias das alterações dos acidentes
descritas abaixo se referem sempre a nota no seu estado natural, e caso a nota já possua alguma
altareção seu efeito será outro, como descrito na “escada” com as alterações no exemplo abaixo.
( # ) sustenido – ele eleva a nota um semitom. Se temos uma nota na 1a casa na 1a corda, a nota fá, e
colocamos o # ela vira fá sustenido, nesse caso a nota será tocada na 2 a casa.
( b ) bemol – ele abaixa a nota um semitom. Se temos uma nota na 3a casa na 1a corda, a nota sol, e
colocamos o b ela vira sol bemol, nesse caso a nota será tocada na 2a casa.
Obs¹.: também teremos o dobrado sustenido ( x ) e o dobrado bemol ( bb ).
Obs².: pronunciamos o nome do acidente depois do nome da nota, mas na escrita ele vem sempre antes
da mesma.
( ) bequadro – anula o acidente. O bequadro também só irá aparecer na partitura.
Para ficar mais fácil de assimilar o uso dos acidentes, vamos utilizar a escada ao lado como um meio
de associação; de um degrau para o outro é um semitom.
x
Ex.: se eu tenho um mibb e quero que ele suba 1st eu tenho que usar o bemol; se #
eu tenho um dó# e quero que ele desça 1st eu tenho que usar o bequadro; se eu
tenho láb e quero que ele suba 1st eu tenho que usar o bequadro – o bequadro faz b
o caminho inverso quando anula o acidente. bb
45
Exercícios:
Elevar as notas um semitom:
Enarmonia
Enarmonia é a substituição de uma ou mais notas por outras que, muito embora de nomes
diferentes, representam os mesmos sons.
Notas enarmônicas são notas de nomes e grafia diferentes, porém com o mesmo resultado auditivo.
46
Exercícios:
Escreva as possibilidades enarmônicas das seguintes notas:
Exercícios:
Escreva ou menos uma possibilidades enarmônica total das seguintes notas:
47
Execução: 1, 2, 3, 4, 5, 1, 2, 3, 4, 5.
Execução: 1, 2, 3, 4, 5, 3, 4, 5.
Casas de 1a e de 2a vez
Utilizadas quando uma música ou trecho se repetem, mas com o final diferente
Execução: 1, 2, 3, 1, 2, 4, 5.
Execução: 1, 2, 3, 1, 2, 3, 4, 5, 1, 2, 3, 4, 5.
48
Quando fazemos o D.C. não fazemos o ritornello, só se estiver escrito “(com repetições)” em baixo
do D.C.
Execução: 1, 2, 3, 1, 2, 3, 4, 5, 1, 2, 3, 1, 2, 3, 4, 5.
Execução: 1, 2, 3, 1, 2, 4, 5, 1, 2, 4, 5.
Fine/F (Final)
Indica onde a música termina, pois seu final não coincide com o final da partitura, geralmente
seu uso vem junto com o D.C.
Execução: 1, 2, 1, 2, 3, 4, 5, 1, 2, 3.
Segno (Sinal)
Indica o local de onde será efetuada a repetição.
49
Execução: 1, 2, 3, 3, 4, 5, 2, 3, 4.
Coda
Sinal de salto para a finalização de uma música (ou parte de uma)
Execução: 1, 2, 1, 2, 3, 4, 5, 1, 2, 3, 6, 7.
Fade-out
Indica que um pequeno trecho deve ser repetido várias vezes, diminuindo gradativamente de
intensidade, até desaparecer.
Execução: 1, 2, 3, 4, 5, 4, 5, 4, 5, etc.
Fade-in: ao contrário do Fade-out, indica que um pequeno trecho deve ser repetido várias
vezes, aumentando gradativamente de intensidade.
50
Exercícios:
Indique a execução:
1)
Execução: ________________________________________________________________________
2)
Execução: ________________________________________________________________________
51
Ligadura de prolongamento
A ligadura é uma linha curva que une duas notas, ou mais, pela cabeça. O resultado dela
quando entre notas de mesma altura é a soma dos tempos, essa é a ligadura de prolongamento.
Ligadura de expressão
Ligadura entre notas de alturas diferentes, cada instrumento
tem sua forma de execução desse tipo de ligadura. O princípio
básico é que se tenha um som contínuo, sem interrupções.
Ligadura de frase
Indica os limites da frase musical, está
mais ligada ao estudo da interpretação e
execução musical que ao campo teórico.
Ponto de aumento
O ponto de aumento é um sinal que colocamos à direita da nota, e ele aumenta o valor da
nota em sua metade, ou se soma o valor da figura com a próxima de menor valor. A nota que
recebe o ponto é chamada de “nota pontuada”, e as pausas também podem levar o ponto de
aumento.
No exemplo abaixo a mínima está valendo 3 tempos: 2 tempos do valor da figura + a sua
metade, que é 1 tempo, devido ao ponto de aumento.
A semibreve nesse exemplo está valendo 6 tempos: 4 tempos da figura + 2 tempos do ponto.
Ponto de diminuição
O ponto de diminuição é colocado em cima ou embaixo da nota, próximo a sua cabeça, e divide
a figura em duas partes iguais, sendo primeira parte de som, e a segunda de silêncio.
Exercícios:
Substitua as figuras pontuadas por figuras ligadas:
Fermata
Observações:
Ligaduras
prolongar a última
sílaba executada
59
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
60
8)
9)
10)
11)
12)
13)
61
14)
15)
16)
17)
18)
62
Para facilitar a correção dos excercícios, escreva as figuras de som no primeiro espaço da
pauta, como no exemplo acima; e quando for figuras de pausas não se esqueça que as pausas de 4
tempos e a 2 tempos são escritas no mesmo espaço (terceiro espaço da pauta), sendo a de 4 tempos
escrita na parte de cima e a de 2 tempos na parte de baixo do espaço; e centralize as pausas de 1 tempo.
Obs.: ditados rítmicos com metade da pulsação com uso de pausas e semínima pontuada.
63
XVI LEITURA MÉTRICA II CLAVE DE SOL (DÓ3 – DÓ5) COM METADE DO PULSO
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
64
9)
10)
11)
12)
13)
65
XVII SOLFEJO IV
66
67
68
Exercícios:
Ditado melódico com valores inteiros, com uso de pausas, até o 5° grau.
69
1)
2)
3)
4)
70
5)
6)
7)
8)
9)
71
10)
11)
12)
72
XIX LEITURA MÉTRICA III – CLAVE DE FÁ (SOL1 – MI3) COM METADE DO PULSO
1)
2)
3)
4)
5)
73
6)
7)
8)
9)
10)
74
Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá
A clave de Dó foi usada por muito tempo para escrita vocal, porém hoje em dia se usa mais a
clave de Sol e a de Fá; a clave de Dó também é conhecida como Clave de Viola, por esse instrumento
ser escrito nessa clave até hoje.
A clave de Dó (na terceira linha) será feita da seguinte forma:
Devido a sua dificuldade de ser feita à mão, podemos faze-la da seguinte forma:
Aqui foram feitas as barras, a primeira mais grossa e a segunda mais fina, e depois foi feito
um 3 de forma proporcional ao tamanho da pauta, e de forma centralizada, o que facilita muito a sua
escrita.
Exercícios:
Faça claves de Dó na terceira linha:
Transcrição
Transcrever uma melodia significa escrever a mesma melodia, na mesma altura, usando um
sistema diferente, uma outra clave, por exemplo. O que é diferente de transpor, que é quando se altera
a altura das notas, mudando sua tonalidade para ficar mais grave ou mais agudo.
A mesma nota pode ser escrita nas três claves, como
exemplo temos o Dó3, conhecido como Dó central.
Iremos utilizar o Dó central como referência para realizar nossas transcrições. Na transcrição
devemos manter as notas na mesma oitava; exemplo: se eu tenho um Si 2 na clave de Sol, e for
transcrever para a clave de Fá, devo manter o Si 2, mas agora na nova clave.
Exercícios:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, Cacilda Borges. Estudos de ritmo e de som – preparatórios. 7a. ed. Rio de Janeiro.
Zoomgraf-K, 1994.
NASCIMENTO & SILVA, Frederico do; José Raymundo da. Método de Solfejo; vol. 1. Rio de
Janeiro. Rircordi Brasileira.
PRIOLLI, Maria L. M. Princípios básicos da música para a juventude; vol. 1. Rio de Janeiro.
Casa Oliveira. 1983.
WILLEMS, Edgar. Solfejo: curso elementar. Adaptação portuguesa de Raquel Marques Simões.
São Paulo. Fermata do Brasil, 1994.