E Book+Treinamento+de+Ciclismo+Para+Auto+Performance+
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O que treinar?
Você pode estar resistente, mas se não tiver força não vai tão rápido quanto
quer, pode ser muito forte, mas se não estiver resistente não vai tão longe.
Por:
Cristiane Pereira da Silva
Nascimento: 1982
Naturalidade: Ilha Solteira – SP
Modalidade: Ciclismo de Estrada, Ciclismo de pista e MTB
Formação: Graduada em Educação Física
CREF: 102778-G/SP
1º - Pegue papel e caneta e anote todas as informações que você vai colocar em prática, todos
da forma como você compreendeu, isto é fundamental para sua evolução.
2º - Todo este conteúdo e o tempo que irá passar lendo ele só irá fazer sentido se aplicado,
então leia hoje e já coloque em prática, não existe depois, existe o agora e este é o momento de agir.
SUMÁRIO
Esta sequência não tem como ser alterada, se inverter uma destas variáveis o
resultado será comprometido e se tirar uma delas do processo o resultado também
estará comprometido.
Todo processo de treinamento que você fizer irá gerar um determinado stress
e evolução específica para aquele estímulo que realizou, por isto a importância do
objetivo e da especificidade, você treina para algo específico que terá uma resposta
específica de seu corpo.
Nesta especificidade é onde se torna necessário a divisão do treinamento por
zonas de intensidade, considerando que cada intensidade que você pedala gera
uma adaptação, ou seja, se você pedala em uma única intensidade você terá
apenas um tipo de adaptação.
Caiu a ficha neste momento de por que você deve variar a intensidade dos
treinos?
R: Para gerar diversos tipos de adaptações que são necessárias para você
pedalar de maneira forte e sustentável!
Por isso, mais adiante iremos te explicar detalhadamente todas as zonas de
intensidade de treinamento e como obter as suas.
“O objetivo do treinamento é aumentar as habilidades do atleta e sua
capacidade de trabalho de modo a otimizar o seu desempenho.” (Bompa; 2012; pg
15).
Dentre tantos objetivos existe um que todos nós mais queremos:
• Aumento da capacidade
• Melhora na eficiência.
Apesar de aumentar nossa capacidade de pedalar cada vez mais forte ser o
principal, nós só conseguimos isto após nos tornarmos eficientes.
Te explico:
A prática do ciclismo é norteada por intensidades, quando se quer pedalar
mais rápido logo você tem que pedalar mais forte e é impossível dissociar isso.
Logo, temos intensidades de pedalada e que são correspondentes a sistemas
de energias, para cada intensidade que pedalamos temos um sistema energético
predominante. Estas intensidades podem ser divididas em zonas de intensidade ou
limiares, sendo mensuradas pela percepção de esforço, frequência cardíaca e/ou
potência.
Quando definimos as zonas de intensidades que vamos pedalar estamos
querendo otimizar as adaptações dos sistemas energéticos, deixá-los mais
eficientes e logo aumentar sua capacidade.
Aí vem o pulo do gato, e no final desta leitura te convido a colocar nos
comentários PULO DO GATO, assim saberei que você entendeu o que eu quis te
dizer.
Voltando.... Temos então 5 zonas de treinamento (irei usar como exemplo as
zonas de frequência cardíaca) e cada uma tem um sistema energético
predominante. Quando você treina de forma consistente em cada uma delas
aumenta sua eficiência e consequentemente tem um aumento de capacidade
pedalando nela.
Um detalhe muito importante é que estas zonas são interligadas, e se você
quer passar para a próxima zona e pedalar nela de forma consistente você tem que
na zona de intensidade mais baixa já estar adaptado (a), subindo de forma gradativa
a intensidade e consequentemente o nível de seu ciclismo, porém o que vejo na
prática é justamente o contrário.
Vejo a maioria das pessoas querendo começar de cima para baixo e não de
baixo para cima, ou seja, o sistema de fornecimento de energia de seu corpo para
pedalar não é eficiente ao pedalar em zonas 2, 3 e 4, e o ciclista já quer pedalar lá
na zona 5 o dia todo.
Mas aí você me diz: "mas Cris eu quero que minha FC fique mais baixa, mas
não consigo. Em qualquer esforço maior que faço já estou na zona 5". Simmmm,
isto ocorre porque você ainda não é eficiente ao pedalar nas zonas mais baixas e
está pulando fases.
Se você respeitar seu limite atual, buscando aumentar este limite, trabalhando
em cada zona de intensidade de forma consistente e aumentar a intensidade de
seus treinos de forma progressiva, irá perceber que para andar na velocidade que
hoje você está na zona 4 ou 5, daqui a algum tempo nesta mesma velocidade você
estará na zona 2 ou 3, por quê? Pq seu corpo ficou mais eficiente, e se é mais
eficiente é mais sustentável e se é eficiente e sustentável logo terá o aumento
de capacidade que você busca.
Não tem como aumentar a sua capacidade sem seguir a ordem anterior.
PEGOU O PULO DO GATO?
E tem mais um detalhe, tem ciclistas que me relatam cansaço ao pedalar de
forma consistente e contínua na zona 2. Sim, a zona 2 na teoria não traz a
velocidade que você quer e é uma zona que ao pedalar consistentemente nela gera
uma fadiga considerável.
Então: Primeiro ganhe eficiência, depois você aumenta a intensidade.
LIMIARES FISIOLÓGICOS
Curiosidade:
Agora vem o pulo do gato - ao treinar seus limiares você empurrará para
frente.
ANÁLISE ESTES DOIS GRÁFICOS ABAIXO.
Se fosse para dentro dos limiares definir as 5 zonas de FC, assim ficaria;
Veja que temos as 5 tradicionais zonas de intensidade e que logo adiante irei
te explicar em detalhes o que cada uma delas treinar, como treinar cada zona e
fundamentalmente como definir suas zonas de intensidades, seja na FC ou na
potência.
EFEITOS DO TREINAMENTO
Após uma sessão e uma sequência de treino nosso corpo tem algumas
respostas.
Estas são importantes para você se identificar e treinar de acordo com estas
respostas. (Bompa; 2012; pg 29).
➢ Efeito Imediato
➢ Efeito retardado
➢ Efeito cumulativo
Estes efeitos do treinamento são muito importantes para que você esteja
consciente, porque muitas vezes os ciclistas confundem cansaço com perda de
rendimento (desempenho), afetando diretamente o psicológico do ciclista e o
induzindo a erros na sua carga de treino.
Cansaço ou Fadiga
TREINAMENTO FÍSICO
TREINOS ESTRATÉGICOS
TREINO TÉCNICO
Resistência aeróbia
Resistência anaeróbia
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Dentro destes 3 princípios quero
enfatizar com você algo que poucos se
atentam.
O treino de força tem que ser
transferível para ganhos na bicicleta, por
isso deve ser específico.
Para entender que tipo de treino e
especificidade devemos realizar no
treino de força precisamos analisar o
movimento que realizamos ao pedalar.
Esta é a forma no qual temos para tirar o nosso corpo da zona de conforto e
estimular ele a adaptação e consequente evolução.
Carga de treino é a somatória do tempo e intensidade de seus treinos.
1) Faça o seu treino, você quer melhorar na subida? Treine para subir
melhor.
2) Você quer melhorar sua técnica? Treine sua técnica.
3) Você quer melhorar sua potência máxima? Treine ela.
4) Você treina o que você precisa melhorar?
5) Ou você faz o que todo mundo faz?
MÉTODOS DE TREINO QUE UM CICLISTA DEVE FAZER
TREINOS CONTÍNUOS
TREINOS INTERVALADOS
FARTLEK
Qual o melhor.
Hoje vou te explicar qual dos métodos de treinos é melhor e por quê!
Uma sessão de treino intervalado traz ganhos excelentes a curto prazo, além de
te tornar mais rápido(a), também melhora sua recuperação
entre os esforços, permitindo com que você possa replicar esforços em alta
intensidade sem perder a qualidade.
O treinamento contínuo em baixa intensidade te trará ganhos a médio e longo
prazo, melhorando sua capacidade cardiovascular, todo seu sistema periférico,
capilares sanguíneos, mitocôndrias sua capacidade de metabolizar gordura para gerar
energia e utilizar o mínimo possível de carboidratos como fonte de energia, poupando
os mesmos para momentos mais intensos do seu pedal, treino ou competição. Tudo
isto você só consegue pedalando em baixa e moderada intensidade, aquela famosa
zona 2, NÃO TEM COMO FUGIR.
Uma coisa é muito importante que você entenda e vai cair a ficha, as
capacidades treinadas nos intervalados não são treinadas nos treinos contínuos, até
são, mas não de forma direta, vou te explicar isto melhor!
Por exemplo: Você consegue melhorar o seu vo2 max (vo2 max é a capacidade
que você tem de captar, transportar e utilizar o oxigênio para gerar energia em alta
intensidade) realizando treinos contínuos em baixa intensidade, porém vai chegar uma
hora que sua evolução irá ficar limitada e você terá que começar a fazer treinos
intervalados.
Da mesma forma que, se você é um ciclista com pouco tempo para treinar e uma
sessão de treino intervalado de trás a evolução que busca, vai chegar uma hora que
você precisará fazer treinos contínuos em baixa intensidade e de preferência que seja
longo.
Ponto de ouro: Se você não sabe organizar seus treinos pega está!
❖ Faça 2 treinos intervalados na semana
❖ 1 treino longo (caso não possa fazer 1 por semana faça pelo menos 1 a
cada 10 dias)
❖ Se fizer academia! Faça no máximo 2 dias na semana.
Treinos de zona 2
Como o treino de baixa intensidade vai te ajudar a pedalar em alta intensidade e
por mais tempo?
Os treinos em baixa intensidade, ou seja, de endurance melhoram sua
capacidade de metabolizar gordura para gerar energia e utilizar o mínimo possível de
carboidratos como fonte de energia, poupando os mesmos para momentos mais
intensos do seu pedal, treino ou competição.
Quanto mais rápido você conseguir pedalar utilizando a gordura como fonte de
energia melhor. E tem um detalhe, isto é treinável! Como?
Passar o maior tempo possível na zona 2 e 3, além de melhorar sua capacidade
oxidativa, este tipo de treino também irá te ajudar a melhorar seu VO2.
Mas Cris, como que andar em baixa intensidade irá ajudar a melhorar seu VO2?
O treino de VO2 de forma direta é realizado na zona 5, nele você treina a bomba
injetora, seu coração, aumentando a capacidade de seu coração em bombear sangue
para os músculos.
Aí pensamos: "então vou treinar só na zona 5, porque ela é quem faz meu Vo2
melhorar de verdade";
Tá, mas de que adianta seu coração estar treinado, se seu músculo não tem
capacidade de absorver e utilizar o oxigênio que seu coração manda para ele? Caiu a
ficha?
Treinando em baixa intensidade você capacita seu sistema periférico, ou seja,
aumenta a capacidade de transportar, absorver e transformar o O2 em energia, e
treinando em alta intensidade você capacita seu sistema central a mandar uma
quantidade maior de sangue com oxigênio para o músculo, os dois treinos (alta e baixa
intensidade) na dose certa irão e levar aonde você quer e tão rápido quanto você
busca.
Cuidado se você é um ciclista que está treinando o tempo inteiro com giro do seu
motor alto!
FIXANDO O CONTEÚDO
É fato que quando queremos fazer uma média de velocidade alta, temos que
imprimir alta intensidade, mas o que os treinos de baixa intensidade tem a ver com
pedalar em alta intensidade?
Por sua vez, a produção de lactato está sob controle. Ao contrário da crença
popular, o ácido láctico não é uma substância desagradável. O ácido lático é na
verdade um combustível criado na reação química que ocorre em seus músculos
quando eles estão queimando oxigênio para produzir energia.
Dentro das células musculares existem mitocôndrias e estas são as estações de
energia do seu corpo. É dentro dessas mitocôndrias que o ácido lático é queimado e a
energia é produzida. Quando as mitocôndrias nos músculos atingem sua capacidade
em termos de quanto de ácido lático podem processar, o ácido lático adicional vai para
a corrente sanguínea para ser tratado em outras partes do corpo.
Ou seja, aumentar as mitocôndrias musculares é uma forma de retardar a fadiga
e pedalar na intensidade de zona 2 traz um aumento de mitocôndrias e logo um
aumento na sua capacidade de processar o ácido lático, e retardar a fadiga.
É válido ressaltar que o ácido lático por si só não desencadeia a fadiga, o que
desencadeia a fadiga muscular é o aumento dos íons de hidrogênio e alteração no Ph
da musculatura que o acúmulo de ácido lático desencadeia.
Quando o treinamento de endurance é feito corretamente, o nível de ácido
láctico no sangue não é elevado. Isso significa que as mitocôndrias em seus músculos
são capazes de processar todo o ácido lático que está sendo produzido e não precisam
passá-lo para a corrente sanguínea para processamento em outro lugar.
Ao pedalar em baixa intensidade, você está exercitando suas mitocôndrias,
ensinando-as a processar o ácido lático, mas também as estimula a se tornarem
melhores e mais eficientes na queima de gordura como combustível.
Os treinos na zona 2 melhoram nosso sistema periférico.
Muitos ciclistas quando querem fazer média de velocidade, considera que devem
fazer apenas treinos intensos para fazer uma boa média de velocidade, mas não é bem
assim que funciona.
Um dos preditores de nosso desempenho na bike é a capacidade de utilizar o
oxigênio que respiramos.
Fixe esta palavra UTILIZAR, o oxigênio que inspiramos.
Existem dois mecanismos importantes para que possamos utilizar todo O2
inspirado, a bomba injetora e o receptor.
Como assim?
Na prática, o coração injeta O2 e os músculos recebem, para realizarem o
trabalho (aplicação da intensidade que desejamos).
Os treinos intensos trabalham o coração, melhoram a capacidade dele de
bombear sangue, e os treinos de baixa intensidade, que são os treinos de zona 2,
melhorar o receptor, que são os vasos sanguíneos e mitocôndrias, quando realizamos
treinos na zona 2 de forma consistente, estamos aumentando os vasos sanguíneos e o
número de mitocôndrias.
MAIS UM PULO DO GATO, realizar treinos apenas em alta intensidade, não
desenvolve o sistema periférico, que é a capacidade dos músculos em utilizar este O2,
então do que adianta o coração estar em condições de bombear muito oxigênio, se os
músculos não conseguem utilizar…
VO2 MÁXIMO
➢ Sistema cardiovascular
➢ Sistema pulmonar
➢ Sistema venoso
Estas são capacidades que determinam o nível do ciclista, e para você evoluir
tem que treinar para aperfeiçoá-las.
Em alto rendimento estas capacidades são importantes, mas mais importantes
ainda é o cruzamento destas informações.
Vou citar um exemplo rápido para seu entendimento, mas não vou me
aprofundar muito, meu objetivo é apenas deixar você consciente que existem estes
detalhes.
Como funciona o cruzamento destes dados:
Um ciclista tem um bom ou ótimo Vo2 max. e um bom ou ótimo limiar, o que
passa a ser muito importante é a porcentagem na qual o limiar atinge o seu vo2, e
quanto maior essa porcentagem mais o atleta consegue render, lembrando que, todos
temos uma determinada capacidade de tempo no qual sustentamos cada intensidade.
Se temos uma capacidade limitada para andar em intensidades altas, como
podemos melhorar então?
R: Elevando seus níveis, elevando seus limiares, por exemplo, se o seu limiar
funcional hoje é atingido no plano a 30 km/h (estou colocando velocidade e não
intensidade para que fique mais clara a visualização) o treinamento irá criar adaptações
em seu corpo para que nas mesmas condições daqui a 2 ou 3 meses a velocidade de
seu limiar seja atingido a 32 km/h, deu para visualizar a evolução?
A grande maioria dos ciclistas querem melhorar treinando acima de seus limiares
acima de sua capacidade atual, isto gera um dano muscular e fisiológico alto, e com o
passar do tempo seu corpo passa até a bloquear as possíveis adaptações devido ao
dano causado.
A forma mais segura para sua saúde e para ter a evolução que você quer não é
treinando acima e sim logo abaixo de seus limiares, desta forma você causa um dano
menor ao seu corpo e a musculatura e cria adaptações crônicas.
Quando você treina logo abaixo
de seu limiar você consegue “passar o
sarrafo” debaixo para cima e elevar o
mesmo.
Percepção de esforço
Tal é utilizada para mensurar de acordo com suas sensações a taxa de trabalho
realizado, assim como as sensações de acordo com o aumento da taxa de trabalho e a
resposta do corpo.
Abaixo estamos colocando a tabela referente a escala de Borg atualizada.
Frequência cardíaca
Para escolher qual adquirir depende muito do quanto se quer investir, porque
temos muitos modelos e com valores variados, o que muda? Pequenas funcionalidades
que vão te trazer mais comodidade no dia a dia. Um modelo tem conectividade via wifi,
outro não, um tem a tela colorida e o outro não, mas as funcionalidades são muito
semelhantes e vai te levar ao mesmo lugar.
O xx da questão, que mais luxo ele tem, mais caro é.
O que um dispositivo precisa ter?
➢ Garmin - EDGE
➢ Polar
➢ Bryton
➢ Existem outros tbm...
➢
Tem que ser GPS? NÃO... como citei depende do que você pretende investir,
pode ser um relógio simples para você monitorar sua FC e vc pode improvisar uma
forma de fixar ele no guidão da bike para facilitar a leitura, ou pode ser garmin Edge
1030 que é o modelo mais top de todos, ou seja, veja quanto quer investir e procure
modelos com as funcionalidades que citei, do mais simples ao mais top, ele será
suficiente.
Medidor de potência
Abaixo estou listando o passo a passo para você definir suas zonas de FC.
➢ FC
➢ POTÊNCIA
➢ PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO
Para cada objetivo existe uma intensidade e temos limitação para andar por
certo tempo em determinadas intensidades.
Pensando em treinamento e melhora do nosso desempenho em cima da bike,
precisamos entender o que cada uma destas zonas treina.
Zonas de treinamento são 5 divisões de escala que determinam a faixa de
esforço – sendo a 1 a mais leve e a 5 a mais intensa. Em poucas palavras, elas ajudam
a determinar quando o esforço é leve, moderado ou forte. Cada uma dessas zonas
possui características específicas que serão discutidas logo mais.
Já sabemos o que são zonas de treinamento e os meios para trabalhar com elas,
vamos conhecer agora quais são cada uma delas e suas características.
ESFORÇO PERCEBIDO DE CADA ZONA DE INTENSIDADE
ZONA 2 – Endurance
Descrição
Zona de extrema importância onde o atleta trabalha o uso da gordura como fonte
de energia. Esforço de leve a moderado onde o atleta consegue manter uma conversa
curta. Zona utilizada muito em períodos de base, longões e provas longas.
ZONA 3 – Tempo
Descrição
Um pouco mais intensa que a Z2, utilizando as reservas de glicogênio.
Esforço considerado moderado onde o atleta começa a ter dificuldades em
manter uma conversa.
Utilizadas em provas de média distâncias.
ZONA 5 – VO2max
Descrição
Zona de esforço muito alto. Intensidade sustentável de 3 a 8 minutos no máximo.
É nessa zona que você treinará para melhorar o seu VO2 Máximo.
TESTES PARA DEFINIR AS ZONAS
E os 220 - a idade?
Esqueça este cálculo, é um cálculo básico criado como segurança para pessoas
sedentárias praticar atividade física, com uma margem de erro muito grande.
Se você é um ciclista, está liberado para prática esportiva por seu médico.
Aquecimento
● Gire por 10 a 15 minutos.
● 3x 1 min x 1 min: gire por 1 minuto em alta cadência e com baixa força.
Descanse por 1 minuto girando levemente. Repita 3 vezes.
● Gire por 5 minutos.
Série principal
o 20 minutos de esforço máximo. Lembre-se de registrar sua frequência
cardíaca ou potência durante a série.
o Desaquecimento
o Gire por 10 a 15 minutos fácil.
o Feito o teste de FTP/FTHR, agora é o momento de definir suas zonas de
intensidade.
✓ z 1 – até 81%
✓ z2 – 81 a 88%
✓ z 3 – 90 a 93%
✓ z4 – 94 a 99%
✓ z5 – 100 a 106%
CÁLCULO PARA POTÊNCIA
Número a ser colocado no limiar de potência é sua média de potência do ftp -5%.
E as porcentagens:
✓ Z 1 – até 55%
✓ Z 2 56 a 75%
✓ Z3 76 a 90%
✓ Z4 91 a 105%
✓ Z5 106 a 120%
✓ Z6 121 a 180%
✓ Z7 acima de 180%
Intensidade leve
#Dica - Ciclistas profissionais passam cerca de 80% de seu tempo de vida útil no
esporte pedalando nesta intensidade. Intensidade leve e moderada
2 – Qual intensidade você precisa treinar para ter a melhora que quer?
COMO SABER SE ESTOU EVOLUINDO usando a FC como parâmetro
Será que meu corpo está respondendo da forma que é esperada para o tipo de
treino que estou fazendo?
Então todas as vezes que você for considerar média de velocidade não deixe de
considerar fatores climáticos. Vocês sabiam que até a umidade do ar mais alta reduz a
velocidade de deslocamento do nosso corpo? Isso influencia diretamente e se você
não tem essa noção e não correlaciona a sua média de velocidade com esses
detalhes, começa a entrar em paranoia.
Se a sua frequência cardíaca está alta e sua média de velocidade mais baixa,
isso é sinal de uma perda de condicionamento cardiovascular, perda de condição física
que você teve.
A frequência cardíaca não pode ser usada como verdade absoluta para
mensurar seu esforço durante a pedalada.
Você deve estar se perguntando, mas então por que você fala tanto de treino
baseado na FC?
Cito isto porque a FC é uma das formas com melhor custo-benefício de
mensurar o seu esforço, mas definitivamente não é a melhor.
Pergunta 2 que você deve estar fazendo: Então qual a melhor forma?!
Vou te contar isto no final, mas primeiro quero te explicar por que a FC não pode
ser utilizada como verdade absoluta ou como único parâmetro.
A FC durante o esforço e em repouso sofre influência direta de algumas
variáveis como calor, desidratação, ansiedade e stress. Na prática tem mais um
detalhe: Existe um tempo de resposta para a FC, já que a FC é uma resposta do corpo
ao trabalho que está sendo realizado. Você já deve ter observado que após iniciar uma
aplicação de força máxima (exemplo para ficar mais fácil o entendimento) a FC demora
para subir e dependendo do tempo de esforço máximo ela nem chega nos números
máximos possíveis de serem atingidos, algumas vezes você já nem está fazendo força
mais e a FC ainda está subindo ou baixa bem, bem devagar.
Em uma competição, por exemplo, a ansiedade tem influência direta na FC, é
comum passarmos a maior parte da prova na zona 5, mas não significa que você fez
força na zona 5 todo aquele tempo.
É relevante saber que a FC alta condiz com um gasto energético maior, então se
você é um ciclista muito ansioso controle a ansiedade porque isto consome uma parte
da energia que você poderia despender aplicando força nos pedais.
Considerando todos estes fatores, quando for controlar o esforço que você está
fazendo na bike você deve também levar em conta a sua percepção de esforço, esta
na minha opinião, é uma das melhores formas de mensurar e controlar o esforço que
realizo, porém requer um autoconhecimento sobre as reações de seu corpo em cada
momento e assim um entendimento se você pode aumentar, diminuir ou manter a
intensidade aplicada em cada metro pedalado.
Leia, estude mais sobre percepção de esforço durante a pedalada, isto é
fundamental para sua evolução, pode ser o seu diferencial.
Inclusive recomendo aos meus atletas que em competições, rachões ou desafios
nem olhem a FC, controle seu esforço através da percepção subjetiva de esforço e
usamos os dados de FC para análises posteriores.
Uma outra forma de mensurar e controlar seu esforço e a intensidade aplicada
no pedal é através da potência. Potência é o “resultado” final da força que você aplica a
sua cadência (vezes por minuto que você gira o seu pedivela). A potência é o trabalho
realizado em si, que será gerado através da força e velocidade aplicada nos pedais.
Uma curiosidade: o fato de você colocar uma marcha bem pesada e cadência
baixa não significa que você está gerando potência, usar marcha pesada literalmente
não é igual a desenvolver velocidade, porque muitas vezes a potência gerada é baixa.
Expostos todos os argumentos e entendido os por quês, use sempre a
percepção de esforço mesmo tendo os melhores parâmetros e métricas, as vezes os
números nos enganam e você pode deixar de fazer força ou forçar demais por confiar
"cegamente" nos números e esquecer de "ouvir" suas sensações.
FASES DO TREINAMENTO
Você até então aprendeu que para cada capacidade física que quer melhorar
tem uma intensidade específica de treino a ser treinada, já aprendeu os tipos de treino
e a definir suas zonas de treinamento.
Agora irei te explicar as fases de treino.
Sim, tem fases para você treinar cada intensidade que te expliquei acima.
➢ Preparação Geral
➢ Preparação Específica
➢ Período pré competitivo/ Polimento
➢ Transição
VOCÊ PODE E DEVE - Inserir trabalho de força fora da bike e alguns estímulos,
isto irá otimizar seu período de treinamento.
Para que o ciclista fique apenas rodando em baixa intensidade, é necessário de
12 a 20 hs semanais para se ter as adaptações necessárias para estas fases, nem
todos tem este tempo disponível, então a inserção de um trabalho de força e estímulos,
irá otimizar os resultados encurtando o período de adaptação.
➢ Força e Resistência.
- QUANDO FAZER
Por que se usa final de ano e começo para fazer os treinos de base?
E se eu não fizer?
Além de chegar um momento em que você não vai mais evoluir, corre-se o risco
de um overtraining do meio para o final da temporada seguinte.
Este período deve ser longo o suficiente para ver o tipo de ganho que vem com
uma base sólida e se você estiver treinando corretamente, deverá ver um aumento
constante na velocidade / potência média com que você pedala, mas com a mesma
intensidade. Você também deve notar que se sente cada vez mais confortável na
bicicleta e chega em casa cada vez menos cansado.(https://roadcyclinguk.com/).
Ou seja, você ao final deste período irá perceber que seu desgaste é menor, FC
mais baixa, capacidade de imprimir potência com uma FC mais baixa e
consequentemente velocidade média melhor.
- PRÓS E CONTRAS
O treinamento de base é essencial para que seu corpo tenha suporte para carga
de treinamento de alta intensidade, porém é um período em que os ciclistas não
sentem uma evolução robusta.
A evolução decorrente do treinamento de base não vem durante ela, e sim após
ela, que é na preparação específica e ou competitiva.
ABRE ASPAS - Preparação específica é a fase de treino que você vai treinar o
que quer melhorar de forma efetiva, subidas, xco, ataques (alguns exemplos).
- COMO FAZER
1- Definir metas - Este passo irá ditar os treinos na base, por exemplo, se você
quer melhorar na subida, você começará a fazer treinos em subidas, já na fase de
preparação geral, em baixa intensidade, sem pensar em média de velocidade, focando
apenas no volume e subida acumulada, se você quer melhorar seu sprint, irá inserir
este tipo de trabalho desde o início, se quer melhorar no xco, será a fase perfeita para
começar a aprimorar sua técnica de pilotagem, tudo isto sem pensar no resultado final,
não é momento ainda.
O que você quer melhorar deve estar inserido desde o início de sua preparação
no seu cenário de treinamento.
3 - Intensidade
Caracterizado por treinos em baixa e moderada intensidade, os treinos nesta
fase não devem ser extenuantes, os treinos longos geram um desgaste natural, mas
que não te deixe absolutamente incapaz de fazer o mesmo no dia seguinte, se durante
esta fase de treino você se sente absolutamente cansado, algo pode estar errado com
a intensidade que está imprimindo.
PREPARAÇÃO ESPECÍFICA
Outro Exemplo:
Esta é uma fase que antecede as competições ou o desafio que você escolher
para estar em ótima forma física.
Você tem um desafio ou uma competição pela frente e quer descansar nela, a
fase que antecede é esta, então você terá que treinar menos.
Mas não vou perder rendimento se diminuir meus treinos?
Não, desde que faça de forma correta.
Os treinos devem começar a serem diminuídos mais ou menos 10 dias antes da
data escolhida, mas veja, não é parar de treinar, você vai apenas reduzir a qualidade
de intensidade que você vinha aplicando em seus treinos.
Em um treino intervalado que você fazia 6 tiros de zona 5, você vai fazer apenas
3 ou 4 tiros, se fizer 10 sprints, vai fazer 5 ou 6 sprints.
Isto irá permitir que você se mantenha treinado, e que toda carga de treino e
stress neuromuscular e mental dos treinos que estava fazendo.
Este é o momento que você diminui a carga e vai sentir seu desempenho dar um
bummm!
DICA - Toda melhora só é percebida quando você reduz sua carga de treino.
Tem ciclistas que treinam muito, ficam cansados e passam a treinar mais ainda,
ficando cada vez mais cansados.
TRANSIÇÃO
Como identificar:
PONTOS POSITIVOS
A bike de estrada torna o uso de sua energia mais eficiente devido a maior
pressão e tração dos pneus devido ao terreno e ao fato do quadro ser mais rígido,
andar em uma bike de estrada permite que a intensidade seja mais consistente, o que
te proporciona ganhos no condicionamento cardiovascular e resistência muscular geral.
A mtb exige muito dos membros superiores, nos dias que você realiza os treinos
na speed, seus braços e core estão “descansando”, estando prontos para o próximo
treino na mtb.
Menor desgaste de seu equipamento, aumentando a vida útil de sua bike e dos
componentes.
PONTOS NEGATIVOS
Se de um lado você tem ganhos no condicionamento físico geral, por outro sua
pilotagem é deixada de lado, e se você fica muito tempo sem treinar na mtb perder o
feeling da pilotagem e isto compromete o seu desempenho.
Você pode usar a bicicleta de estrada para esforços mais longos (tiros longos),
na fase de treinamento de base ou preparação geral.
Tiros curtos, com esforço máximo o ideal é que faça na MTB, porém é
importante deixar claro que este tipo de esforço não deve aparecer na fase de
preparação geral e sim na preparação específica.
A bike de estrada é uma grande aliada para ciclistas que tem como objetivo
principal o MTB, ciclistas profissionais treinam com frequência na mesma, e
recentemente vimos até ciclistas que tem como especialidade o ciclismo de estrada
com excelente desempenho na Mtb.
CADÊNCIA IDEAL X CADÊNCIA EFICIENTE
Muita coisa mudou no ciclismo nos últimos 30 anos, bikes mais rápidas, pneus
mais leves, tudo feito em detalhes para que possamos desenvolver mais velocidade em
cima da bike.
As mudanças não vieram apenas no equipamento, a forma como pedalamos
hoje é totalmente diferente do que há 3 décadas, onde era comum encontrar ciclistas
subindo montanhas com uma cadência extremamente baixa, amassando os pedais e
algumas vezes até se lesionando por isto.
Hoje estudos e imagens mostram que pedalar em uma cadência relativamente
mais alta é mais eficiente do que amassar o pedal para girar o pedivela. Cabe ressaltar
que não podemos generalizar números de cadência para todo e qualquer ciclista, já
que o biotipo influência na eficiência da cadência, fazendo com que alguns ciclistas
consigam performar melhor a 75 rpm (rotação por minuto) e outros conseguem render
mais com uma cadência de 95 rpm, falaremos sobre isto adiante.
SABEMOS QUE:
A cadência alta desgasta menos a musculatura e consome menos oxigênio.
A cadência baixa gera um desgaste maior da musculatura, fazendo com que
depois de longas pedaladas seja desencadeado uma fadiga neuromuscular, o que na
prática é um grande indicador de cãibras.
“…descobriu que os músculos estavam muito menos cansados a 100 RPM do
que a 60 RPM enquanto pedalava a 360 Watts. Esse achado corrobora um estudo
japonês que aborda a “fadiga neuromuscular”experimentada pelos ciclistas. O que eles
descobriram é que, ao final de uma longa jornada, os nervos que enviam impulsos para
os músculos ativos ficam cansados, e isso os torna menos excitáveis, de modo que os
músculos não conseguem se contrair com tanta força.” (fonte: trainingpeaks.com)
Um ciclista mais musculoso e pesado tende a pedalar com uma cadência mais
baixa, onde o consumo metabólico é mais baixo, e ele aceita ou se adapta mais
facilmente a fadiga neuromuscular.
Ciclistas mais leves tendem a ter uma cadência mais alta, evitando a fadiga
neuromuscular, o que exige mais do sistema cardiovascular, ou seja, tende a andar
com uma frequência cardíaca mais alta.
O perfil atlético de cada ciclista pode mostrar uma tendência relativa que será
mais eficiente para você, porém através do treinamento você pode e consegue
melhorar sua cadência, preparando sua musculatura para uma ótima resposta em
diversas situações, como uma escalada longa e contínua onde pedalar com uma
cadência estável acima de 80 rpm é recomendado ou em uma sprint final quando
mesmo com a musculatura já fadigada você precisa pedalar por 10 ou 15 segundos
com esforço máximo e alta potência (geralmente acima de 100 rpm).
Se você tem uma pré-disposição para andar com uma cadência alta insira em
seus treinos trabalhos de média e alta intensidade com uma marcha pesada. E caso
tenha um perfil para andar com uma cadência mais baixa, exigindo mais de seus
músculos, em alguns momentos de seus treinos ande com uma cadência mais alta e
eficiente, isto irá aumentar a eficiência de sua cadência, diminuir a fadiga e garantir que
vá para o final com as pernas mais cheias para fazer força.
SUBIDA
● Tipos de subidas
● Biotipo de cada ciclista
● Capacidade Física predominante
● Características da subida do ciclista
● Exigências gerais
Subidas curtas
Vamos começar com subidas mais curtas, rampadas de mais ou menos 500mt
duram até 1 minuto e meio, você passa mais embalado.
Exigem uma alta potência, algo muito importante é ter essa potência alta em um
curto espaço de tempo.
Quanto mais você conseguir ativar as fibras musculares, mais potência você vai
ter.
Subidas médias
A subida média é a que tem em mais ou menos 2 quilômetro, leva em cerca de
10 minutos, se tiver em torno de 7 a 8 de inclinação, ou pode ter uma quilometragem
maior com a inclinação mais baixa.
O que prevalece é a resistência muscular, você consegue atacar esse tipo de
subida ela não exige tanta potência máxima, tanto controle de ritmo.
Podendo oscilar mais o ritmo.
Subidas Longas
Acima de 15 a 20 minutos, serras, montanhas.
O tempo é uma média, mas o tempo depende muito da condição física.
As subidas longas exigem um limiar funcional bem treinado.
O peso e potência fazem muita diferença nessa subida.
Existem alternâncias de posição, controle de respiração cadenciada.
Ectomorfo
Atleta mais magro, dificuldade de ganhar peso e massa muscular, fibras
musculares vermelhas, com mais facilidade para subidas longas.
Mesomorfo
Um atleta com mais massa magra. Fibras brancas predominantes.
Mais facilidade para subidas curtas e médias de provas curtas, atleta de provas
curtas de no máximo 2 horas.
XCO ou até XCM que não sejam longas e provas e provas de critérios provas de
estradas. Provas altamente explosivas a cada volta é um sprint.
Endomorfo
Fibras brancas, fibras vermelhas é um atleta adaptável.
Precisa de trabalho e exige muito foco.
Dito isso, podemos trabalhar em atletas mesomorfo com potência mais curta, e
passar para um atleta de perfil a longas distâncias.
Porém o contrário o atleta ectomorfo não é tão simples não é possível fazer essa
troca pra conseguir se sobressair, acaba perdendo o ponto forte que é o limiar.
EXERCÍCIOS
3 - Concluindo o seu perfil, hoje você está treinando para ser realmente bom no que você é
predisposto?
COMO MELHORAR NA SUBIDA
ESFORÇOS EM SUBIDA
Subidas curtas- tiros de 30’’ a 2’ min, sempre esforço máximo, faça um trabalho
intervalado, você irá perceber que todo treinamento é baseado em um trabalho
intervalado, ele serve para principalmente otimizar o seu tempo em cima da bike.
Se você é um ciclista que tem 6 a 7h para treinar por dia, esse é o cenário de
um ciclista profissional, o treinamento intervalado ele é complementar não é o principal,
mas se você é um ciclista que tem pouco tempo para treinar, 90 min a 2h durante a
semana principalmente o trabalho intervalado é essencial para otimizar seu trabalho
em cima da bike.
Trabalho intervalado consiste em fracionar seu tempo em cima da bike em alta e
baixa intensidade, às vezes até em esforços máximos, que é no caso quando você
quer melhorar para subidas curtas.
Você precisa inserir treinos de tiros de 30 seg a 2min de esforços máximos,
incluindo Sprint de 10 seg também você também precisa melhorar o limiar que é um
trabalho intervalado de Z4 e melhorar o endurance.
Vocês vão perceber que todos os tipos de subidas temos que ter um bom
endurance que é uma boa resistência, aquele trabalho de longa distância em Z2.
E porque é tão importante o treinamento de endurance?
Quando você anda na Z2 é ali que se otimiza o uso da gordura como fonte de
energia durante o pedal e otimiza o uso do oxigênio como fonte de energia isso em Z2
alta e baixa, o fato de fazer com que esses substratos sejam utilizados como fonte de
energia durante a pedalada faz com que você retarde o uso do glicogênio reservando
esta fonte energética para que use apenas quando se está em altíssima intensidade ou
em esforços máximos.
Glicogênio muscular é a cereja do bolo, todo mundo gosta dele só que ele é
pouco, então quanto menos se utilizar o glicogênio muscular em baixa intensidade mais
ele vai ficar reservado e mais se terá para andar em alta intensidade é por isso que
insistimos tanto no trabalho de Z2
Subidas médias- Você deve se esforçar de 3 a 15 min, é importante inserir tiros
de esforços máximos de 1 min de 30 seg, mas o que deve prevalecer são treinos
intervalados de 3 a 15 min em Z5 e Z4 que é um treino para melhora de VO2 máximo e
melhora do limiar.
Subidas longas- Você deve treinar esforços longos, ou seja, tiros acima de
10/15min subindo de preferência melhorar muito seu limiar funcional ou FTP.
Treinar endurance para melhorar seu limiar funcional, é preciso fazer tiros de
esforços máximos de 1 min, tiros de 3 a 5 min na Z5, isso é muito importante para
melhora do seu FTP e limiar funcional para
subidas longas aquelas, porém o treino intervalado que deve prevalecer são os
tiros mais longos.
Ex: Pode-se começar um trabalho intervalado de Z4 10min é o mínimo com 5min
de intervalo, você pode fazer esse treino 1 vez na semana e no próximo treino
intervalado da semana 4 tiros de 3min na Z5 por 3 min de intervalo na Z2 esse é um
trabalho que pode ser feito na semana, só que importante acrescentar nesse treino a
variação e a progressão. De que forma?
Se nessa mesma semana você fez 3 tiros de 10min na Z4, semana que vem
você pode até fazer 3 tiros de 10min na Z4 também, porém, tente fazer na outra
semana 3 tiros de 15min na Z4.
Existe uma progressão a cada semana ou a cada bloco de 10 dias você vai
aumentando pouco tempo de tiro, se aumentar 5 min de tiro você aumenta 2min de
intervalo, ou seja, se começar o treino intervalado na Z4 fazendo em uma sessão de
treinamento 3 tiros de 10min na Z4 por 5 min de intervalos na Z2, na semana seguinte
você faça 3 tiros de 15min na Z4 o seu intervalo não vai ser mais de 5min, seu intervalo
será de 7 a 8 min.
Quando estiver fazendo tiros de 20 min você estará fazendo intervalo de 10min,
perceba que dobrou o tempo de tiro e também dobrou o tempo de intervalo no contexto
geral neste tipo de treino de Z4 você tem que colocar na metade do tempo de tiro como
intervalo.
Quando fizer treino de Z5 deve-se colocar a mesma quantidade de tempo de tiro.
Ex: Você vai fazer 5 min de tiro na Z5 tem que colocar 5min de intervalo também não
menos do que a mesma quantidade de tempo.
O fato é que existe uma variação muito grande de intervalo entre os tiros,
muitas vezes esses intervalos mudam o objetivo do tiro.
CADÊNCIA EM SUBIDA
Cadência na subida
A perda de peso corporal (de forma saudável) pode fazer grande diferença no
desempenho, principalmente em situações onde temos uma maior resistência à
gravidade, como em subidas ou competições onde você roda no limite o tempo todo.
Vamos dar um exemplo prático de como um corpo mais leve pode render muito
melhor: Vejamos um ciclista que pesa aproximadamente 81,5 kg e consegue sustentar
uma potência de 200 watts em uma subida de 9,5 km. Ele faria uma velocidade média
de 18,5 km/h.
Agora se esse mesmo ciclista perde 2,5 kg, chegando a 79 kg, nesta mesma
subida sustentando os mesmos 200 watts ele faria uma velocidade média de 18,8
km/h. Isso significa que no topo da subida ele teria economizado 30 segundos.
E quanto maior for o grau de % da subida, mais tempo ele consegue ganhar!
Assim como também, quanto mais em forma, dentro de um peso ideal o ciclista tiver
mais eficiente ficará numa escalada.
É importante lembrar que dá para perder peso de forma saudável, mantendo sua
imunidade sempre em alta. E o ciclista precisa entender até que ponto vale a pena
essa perda. Se o atleta perceber que sua potência vem diminuindo com o passar dos
km de subida, isso pode ser um sinal de que está na hora de segurar o peso.
POSICIONAMENTO NA BIKE NA SUBIDA
Quando atacamos em uma subida é muito importante que saiba equilibrar o seu
peso em cima do quadro da bike, muitos atletas relatam que deram um Sprint em
subida e a roda traseira derrapa e acha que em função disso está muito forte, mas digo
com todo certeza de que não, isso não acontece porque você está forte, isso acontece
porque você não distribuiu seu peso corporal de forma equilibrada em cima da bike e
sua roda traseira perdeu tração.
Para não acontecer seu tronco pode até flexionar à frente, mas a base da linha
do seu corpo tem que estar em cima do eixo da bike. É o primeiro ponto na questão de
posicionamento em cima da bicicleta quando se vai pedalar em pé.
No caso de estar pedalando sentado na subida, sugiro que chegue um pouco à
frente em seu selim, isso irá fazer com que sua pedalada fique mais poderosa, irá
utilizar mais o quadríceps femoral, sendo que este é o maior e mais forte músculo do
corpo humano. Essa posição não é tão
sustentável pois ela traz uma tração para a articulação do joelho, então logo
você deve chegar um pouco para trás devido a sobrecarga no quadríceps.
Mas você pode alternar principalmente em subidas longas chegando um pouco
mais para frente no selim e pouco mais para trás. esta posição é eficiente tanto para
MTB quanto para SPEED.
Aerodinâmica
De forma geral, a posição correta para subir sentado no selim seja no mtb ou
speed é com o peito um pouco mais aberto, se for na speed não pegue o drop inferior
pegue em cima, desta forma respiramos melhor deixamos os pulmões livres , mas esta
posição não é tão aerodinâmica, então se for desenvolver uma velocidade maior seja
atacar ou acelerar para finalizar uma subida, procure ficar em uma posição mais
aerodinâmica, flexionando os cotovelos, isso diminui o arrasto do vento e faz uma
grande diferença em sua média de velocidade.
ESTRATÉGIA DE RITMO EM SUBIDAS
ESPECIFICIDADE
● Seu ponto forte é o que vai fazer você se destacar.
● Treine seu ponto fraco apenas para se defender.
PLANO DE AÇÃO ATÉ AQUI
Vamos iniciar a jornada de Toda vez que você for ler algo
aplicação do conhecimento adquirido no sobre treinamento, você irá se deparar
e-book em 4 passos. com zonas de intensidades, sejam elas de
percepção subjetiva de esforço,
O treinamento de ciclismo quando
frequência cardíaca ou potência.
se pensa em desempenho envolve 4 tipos
de treinos mais a alimentação. Nesta pirâmide acima
representamos as zonas de intensidades
da frequência cardíaca (FC), e cada uma
delas tem um sistema que fornece um tipo
específico de energia enquanto está
pedalando, denominadas como zona 1, 2,
3, 4 e 5, e cada zona tem um sistema que
fornece energia específica, sendo
gorduras ou carboidratos e/ou lactato,
Quando estamos pedalando temos glicogênio entre outros.
estas 5 variáveis em ação e todas estão
interligadas. Estas são energias QUÍMICAS,
para transformar em energia MECÂNICA
Diante de todas elas são que vai ser transformada em energia
importantes ser entendido que não CINÉTICA que é a velocidade que
precisamos de coisas mirabolantes, o que desenvolvemos.
precisamos é fazer o básico bem feito,
muitos não fazem nem o básico bem feito Observe que cada zona tem um
e ficam atrás de fórmulas incríveis. Foque tamanho, e conforme vai subindo a
no básico, atinja a excelência no básico, pirâmide, ou seja, conforme vai
somente então pense em agregar algo. aumentando a intensidade a zona muda e
o sistema de energia, e este sistema vai
Você treinando a parte física, ficando cada vez "curto".
estratégica, técnica, emocional e
alimentação terá autonomia, e você pode Logo entende-se que, quanto maior
ter o melhor treinador do mundo, ainda a intensidade, menos tempo dura o
assim você precisa ter autonomia nos fornecimento de energia para aquela
treinos, saber o que deve ser feito para ter intensidade e menos tempo conseguimos
a evolução que você quer e ficar pedalando nesta, e ao contrário
consequentemente o resultado. também ocorre, quanto menor a
intensidade, mais tempo conseguimos
Quando pensamos em treinamento passar pedalando nela porque a fonte de
físico, evoluindo nossa capacidade física, energia para tal é maior.
é importante ser entendido que todo ato
de pedalar seja em baixa ou alta
intensidade é norteado por sistemas Encontramos uma resposta do
energéticos. porquê foram criadas as zonas de
intensidade:
As zonas de intensidades foram
criadas para treinar e mensurar o
treinamento de cada sistema
energético.
om
As zonas de intensidade também tem que na zona de intensidade mais
nos permitem treinar algumas baixa já estar adaptado (a), subindo de
capacidades físicas como resistência forma gradativa a intensidade e
(zona 2 e 3), força (zona 3, 4 e 5 com consequentemente o nível de seu
marcha pesada). ciclismo, porém o que vejo na prática é
justamente o contrário.
Vamos entender qual o objetivo do
treinamento sabendo que temos que Vejo a maioria das pessoas
treinar nossos sistemas de fornecimento querendo começar de cima para baixo e
de energia. não de baixo para cima, ou seja, o
sistema de fornecimento de energia de
Dentre tantos objetivos existe um
seu corpo não é eficiente ao pedalar em
que todos nós mais queremos:
zonas 2, 3 e 4, e o ciclista já quer pedalar
● Aumentar nossa lá na zona 5 o dia todo.
capacidade de pedalar mais e cada vez
Mas aí você me diz: "mas Cris eu
mais forte.
quero que minha FC fique mais baixa,
Mas de forma indireta tem outro mas não consigo. Em qualquer esforço
objetivo que é aumentar nossa maior que faço já estou na zona 5".
eficiência ao pedalar em determinadas Simmmm, isto ocorre porque você ainda
intensidades, principalmente em alta não é eficiente ao pedalar nas zonas mais
intensidade. baixas e está pulando fases.
Em um cenário ideal de
treinamento, consideramos 6 dias
disponíveis para treinos.
Caso não tenha 6 dias de treino na
Para cada zona de intensidade semana priorize os treinos específicos
existe uma forma de treinar. (intervalados) meio de semana em dias
alternados, ou seja, não faça treinos
Vejamos abaixo o tempo de esforço
intervalados em dias seguidos, coloque 1
para cada uma das zonas de
dias regenerativo ou off total entre
intensidades.
eles, e no final de semana faça um
treino mais longo em baixa
intensidade.
Caracterização de um treino
longo.
A quantidade de oxigênio que você puxa pra dentro do seu corpo é menor quando
trabalha só o peito.
Por isso é importante utilizar toda a capacidade.
Existe sim algo errado que todos fazemos ou tendemos a fazer quando pedalamos
em alta intensidade, a famosa respiração "cachorrinho".
Ela não é tão eficiente quanto uma respiração profunda.
Respiração Profunda
Puxar o ar e soltar ele todo pra fora.
Seca seu pulmão, faça força para jogar o ar para fora.
Você vai sentir seu corpo puxando o ar para dentro.
E dessa forma vai fazer força em apenas um movimento na respiração, apenas
para jogar para fora, pois para puxar vai ser automático.
Faça isso quando estiver pedalando principalmente baixa e moderada intensidade,
pois quando estiver em alta intensidade essa respiração já vai ser automática na sua
pedalada, e dessa forma vai levar mais ar para seu pulmão.
Eu particularmente prefiro respirar pela boca, mas não temo certo ou errado, existe
o que for melhor para você.
Quando nós respiramos o ar entra em nosso pulmão e o oxigênio vai para nossa
musculatura através da circulação do sangue.
Quando é realizado todo esse processo o oxigênio sai sujo, ou seja, sai o gás
carbônico, por isso que existe essa troca de gases.
Quando se pedala em baixa intensidade essa troca de gases tem uma velocidade,
quando a pedalada é alta a troca de gases tem uma outra velocidade por isso a
respiração tende a ficar mais acelerada.
O principal objetivo da respiração é fornecer oxigênio para ser transformado em
energia.
Por isso a importância da respiração, quanto mais eficiente nossa respiração, mais
energia você leva para dentro do seu músculo.
Isso faz com que você consiga através de uma respiração eficiente ou ineficiente
adiantar ou retardar sua fadiga.
Você atleta amador, que tem trabalho, filhos, amigos e uma série de outras coisas
que dependem de você para funcionar, já aconteceu, em um dia que algum problema ou
ansiedade está tomando conta e parece que você está sem forças?
Toda ação muscular depende de um estímulo para que ocorra, quem envia este
estímulo é o seu cérebro, que envia um comando à musculatura para que realize o
movimento que você quer e na intensidade que você quer.
A intensidade da ação que você quer realizar é enviada para a musculatura através
de sua medula que fica alojada no interior de sua coluna, quem comanda a intensidade do
estímulo é o seu encéfalo, ou seja, ele capta o comando que você “conscientemente”
envia, processa e transporta esta mensagem para musculatura.
- Ah, minha cabeça está em outro lugar.... (muito comum isto em nosso dia a dia)
Pois então, se a sua cabeça não está ali naquele momento, logo a intensidade do
comando que você envia para sua musculatura realizar a pedalada também não será
como você queira, por que a sua mente está dividida entre o problema e enviar o
comando com a intensidade que você deseja pedalar.
É importante você saber disso, para nos dias difíceis em cima da bike, onde você
não consegue deixar o problema em casa, você saiba por que seu corpo não está
respondendo da forma habitual, assim você não volta para casa triste ou ainda mais
“putooo” porque o treino não rende.
COMO MONTAR SEU CALENDÁRIO DE COMPETIÇÕES
➢ Quando já se sente segura (o) para andar em grupo, para não se colocar em
risco e não colocar outras pessoas em risco.
➢ Ter feito o que vai fazer na corrida, exemplo:
➢ Percorrido um percurso semelhante ao que você vai fazer na corrida, isto vai
te dar mais segurança mental para ir à corrida e completar ela.
Alguns atletas querem se preparar para competir, mas é interessante saber que
uma das melhores formas de se preparar para competir é competindo.
Desde que você tenha os dois princípios acima, você deve começar a competir. É a
melhor forma de se preparar, porque nada que a gente falar ou que você imaginar será
igual uma competição.
Imaginamos o que vamos fazer, mas chega na hora é tudo diferente, porque na
competição tem variáveis que não estão sob nosso controle, você não tem controle sobre
as pessoas que estarão na prova, sobre o clima, vento ou percurso. Então você quer
começar a competir?
COMECE…. e a cada prova que você for, estará mais bem preparado.
Um atleta da Vivi foi para uma competição que ele já tinha ido antes e sua expectativa era
melhorar sua classificação anterior, ele melhorou sua classificação, mas não como ele
queria, voltou para casa muito frustrado.
Quando chegou em casa foi analisar seus dados de corrida e tempos de estrada,
tinha batido todos os recordes possíveis…
Na sua conclusão, ele andou melhor ou pior do que na participação anterior?
A classificação não pode ser o único parâmetro de comparação.
Antes de comparar seus dados, olhe para o seu desempenho pessoal, ele sim irá
ditar o resultado final na classificação.
Sim, isto ocorre porque você vai criando um lastro, o que propicia colocar mais
carga de treino nas pernas e você vai ficando mais capaz e forte.
Após um pico de performance, que geralmente leva-se 3 a 4 meses de treinamento
para atingir, deve-se diminuir a carga de treinamento para que seu corpo se recupere
(descanse) e possa absorver os treinos realizados na sequência. Não é possível alcançar
2 picos de performance sem passar pela fase que chamamos de transição.
ERRO:
Nós ciclistas sempre queremos mais e mais, porém temos que tomar muito cuidado
com este querer quando estamos em um pico de performance, porque muitos ciclistas
não conseguem identificar-se em um pico e colocam carga e mais carga, quando menos
percebem exageraram, o pico passou. O que era para durar cerca de 20 a 30 dias, durou
15 e começou uma queda devido ao excesso.
Um atleta ao atingir seu pico de performance deve entrar em uma fase que
chamamos de manutenção, seus treinos passam a ser apenas para estimular suas
capacidades e mantê-las no estado atual pelo maior tempo possível.
Pico de performance é algo tão importante, que atletas profissionais vivem de picos
de performance, basta analisar resultados de campeonatos mundiais e olimpíadas. O
campeão geralmente “tira o pé” meses antes do seu foco principal para estar 100% no
evento principal da temporada ou do ciclo olímpico.
VOCÊ SABIA…
Que ciclistas que têm mais anos de treinamento e experiência, criam um “lastro”
que facilita a absorção da carga de treino?
Sim, um ciclista avançado ou profissional para atingir seu pico de performance
pode levar 2 meses, ao contrário de ciclistas iniciantes, que por não terem este lastro
precisam de mais repetições de treino para adaptação e evolução.
ESTÍMULO (stress) - RECUPERAÇÃO - ADAPTAÇÃO = EVOLUÇÃO
Iniciante
Não está relacionado a quanto tempo você pedala e sim a quanto você já pedalou,
ao lastro muscular, as experiências vividas e o conhecimento de como seu corpo
responde em situações diversas.
• De quanto em quanto tempo deve se alimentar;
• Quando você pode acelerar ou deve tirar o pé para recuperar;
• Até que ponto você pode acelerar que não irá quebrar.
Intermediários
Ciclistas avançados
Definir o calendário entre provas A e B.
Provas A são as principais do ano, B são provas menos importantes e até mesmo
provas que serão usadas como treino.
Uma prova A ou B não condiz com o tamanho da prova, mas sim com a
importância dela para você, pode ser um evento muito grande e bem-organizado, mas
você irá utilizá-la para treinar, visando a prova que é o foco principal.
Uma prova para treinar? É aquela que você não reduz a carga de treino ou não
reduz tanto, e vai competir com o intuito de preparação para a prova A.
Detalhes importantes:
2 a 3 provas seguidas, onde na primeira você não estará no melhor ritmo ainda,
mas ao competir 2 ou 3 finais de semanas seguidos, na segunda e terceira prova você
estará muito bem, desde que esteja bem treinado.
Competir mais do que 3 provas em 3 finais de semana seguidos é arriscado para
ciclistas intermediários e iniciantes, tendem a ter uma queda significativa na quarta prova.
3 meses de preparação;
Prova dia 25 de setembro
Início da preparação 25 de junho ou um pouco antes (dependendo do nível do
ciclista).
Dentro destes 3 meses tenha 2 ou 3 provas, consideradas B, para serem utilizadas
como preparação (importante que estas provas sejam com a mesma exigência da prova
alvo do dia 25 de setembro).
A última prova é importante que seja 15 dias antes do dia 25 de setembro.
As outras duas provas você pode colocar como encaixar melhor para você, mas é
importante evitar que sejam as 3 provas de preparação nos últimos 45 dias.
PS - Esteja consciente de que as provas nestes 3 meses serão usadas como parte
de preparação e você não estará no seu 100%, o que também não quer dizer que você
não vai andar bem, pelo contrário, se você estiver treinando certinho, você irá performar
bem também nestas provas de preparação.
RECUPERAÇÃO PÓS PROVA
Competir é o "treino" de maior estímulo que podemos fazer. Por isso, após a prova
e depois de bem recuperado do stress físico e emocional, o ciclista está mais forte.
Provas de 2 a 3 dias;
Iniciantes mais ou menos 5 a 7 dias
Intermediário mais ou menos 5 a 6 dias
Avançados 3 a 4 dias
Provas de 5 a 7 dias;
Iniciantes mais ou menos 15 a 20 dias
Intermediário mais ou menos 10 a 15 dias
Avançados 7 dias
Agora você tem todo conhecimento necessário para montar seu calendário de
competições de forma assertiva e colher bons resultados de seus treinos.
Não deixe de colocar tudo em prática para otimizar ainda mais seu
desempenho e resultados.
MONTANDO UMA PROGRESSÃO DE TREINAMENTO FÍSICO PARA CICLISTAS
Princípios;
➢ Especificidade E adaptação
➢ Volume
➢ Intensidade
➢ Progressão
➢ Supercompensação ou descanso
➢ Variação
➢ Repetição
Especificidade e adaptação.
Ter um objetivo.
O treinamento de ciclismo é o foco principal e deve gerar as adaptações de acordo com o
objetivo que busca.
Volume
Horas de treino disponíveis para os treinos e as horas de treinos necessárias para que
tenha os resultados esperados.
Intensidade
Progressão.
Supercompensação ou descanso
Este é o treino mais importante na minha concepção. Dias ou semanas de treino leve ou
descanso passivo (off total da bike) são os dias que seu corpo irá se recuperar da carga de treino
dos dias anteriores e absorver para nos dias seguintes estar mais forte.
Variação
Repetição = Adaptação
Repita sessões de treino dentro de uma progressão por 6 a 8 semanas, este é o tempo
necessário para que ocorram adaptações e ganhos.
Fases de treino.
Dentro deste planejamento de treino você pode inserir competições e desafios de acordo
com o seu objetivo, seguindo as diretrizes do capitulo COMO MONTAR SEU CALENDÁRIO DE
COMPETIÇÕES.
Este e-book foi criado com base em nossa experiência prática e teórica,
adquiridas ao longo de 14 anos como atletas profissionais e 7 anos como
treinadoras.
Bons treinos!
Cris Silva
Viviane Lourenço