Universidade Lúrio Faculdade de Ciências de Saúde Licenciatura em Administração e Gestão em Saúde
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Furanzima Chantal
Introdução……………………………………………………………………………………...3
Conceito……………………………………………………………………………………….4
Fluxo contabilístico……………………………………………………………………………7
Conclusão…………………………………………………………………………………….15
Referências bibliográficas……………………….……………………………………………………16
Introdução
1. Objectivo geral
Compreender o uso do método de apuramento de custos por processos.
Objectivos específicos:
O método de custeio define quais os custos que devem fazer parte do custeio dos produtos e
como estes custos serão apropriados. Portanto, cada método produzirá informações
diferenciadas. É importante que, ao escolher um método, sejam considerados os objectivos a
serem alcançados, a estrutura organizacional e as características operacionais da empresa.
No cálculo dos custos de produção podem ser utilizados dois métodos diferentes,
correspondentes a situações diferentes. Numa dada empresa podem ser utilizados
simultaneamente os dois métodos, um para uns produtos e outro para outros, bem como um
método numa dada fase de fabrico e o outro noutra fase, naturalmente se as situações
específicas conduzirem a esses métodos. O mais normal é a utilização em cada empresa de
um só dos métodos.
Nas empresas em que a produção se desenrola de forma contínua ou ininterrupta ou por séries
de produtos homogéneos, não é economicamente viável a individualização dos produtos
durante as fases de fabrico, pelo que o custo industrial dos produtos fabricados é feito de
acordo com o método indirecto ou de custeio por processos.
Por este método, as matérias-primas vão sendo consumidas e tranformadas ao longo dos
períodos por cada ordem de fabricação, pelo que se aguarda o final do mês para se
conhecerem os respectivos custos que, divididos pelos produtos fabricados no mesmo
período, se obtém o custo unitário.
Pelo sistema de custeio por processos, procede-se à acumulação mensal por produtos dos
custos industriais. E para apurar o custo de cada produto é necessário:
De acordo com os autores, este método consiste na determinação dos custos suportados pela
produção de todos os bens e/ou prestações de serviços similares, verificados num certo
período, obtendo-se um custo médio ou unitário.
De acordo com Horngren et al. (2002) o método indirecto para ser aplicado deverá seguir as
seguintes etapas:
3. Determinar os custos totais suportados até ao final do período contabilístico, ou seja, além
dos custos suportados no mês, acrescer os custos acumulados no ínicio deste;
4. Repartir os custos totais suportados pelos produtos e/ou serviços em vias de fabrico no
final do mês e os produtos acabados e/ou serviços concluídos durante o mês.
O método indirecto é caracterizado essencialmente pelo facto de o produto e/ou serviço não
ser identificado ao longo do processo produtivo, devido à produção de um elevado número de
bens e/ou serviços homogéneos durante um período; a valorização dos produtos e/ou serviços
é determinada indirectamente pelo custo médio que tem em conta a acumulação dos custos
suportados e as unidades produzidas durante um período; além disto, o período de
apuramento dos custos de cada objecto de custo corresponde ao definido para efeitos de
acumulação dos custos, normalmente um mês (Franco et al., 2015). Em concordância com
isto, Ferreira et al., 2014, acrescenta ainda que este método permite a determinação dos
custos em cada fase ou processo, quer dos semi-produtos, quer o custo dos produtos
acabados.
O fluxo contabilístico deste método, considerando que envolve duas fases sequenciais na
produção, faz com que haja uma transição de um semi-produto da fase nº 1 para a fase nº 2
onde será concluído, e transitado posteriormente para o armazém dos produtos acabados.
Quando no período em análise ainda se encontram produtos por acabar em cada uma das
fases, estes são considerados contabilisticamente como sendo os produtos em vias de fabrico
(Ferreira et al., 2014).
Armazem de MP
Fase no 1 PVF
MOD
Fase no 2 Armazem de PA
GGF
A actividade em cada fase ou processo, pode ser controlada através do mapa que se segue.
Este mostra que a partir das matérias-primas, da mão-de-obra directa e dos gastos gerais de
fabrico, tem-se como output a produção acabada na fase, que poderá ter dois destinos: no
caso de se tratar de um semi-produto, transita para a fase seguinte de produção, no caso de ser
o produto final, transita para o armazém de produtos acabados (Ferreira et al., 2014).
Q – Quantidades terminadas
Se não excluirmos o montante que transitou da fase anterior, os autores afirmam que é
possível obter-se o custo unitário acumulado da fase, ou seja, por outras palavras, o custo
unitário do produto em fabrico até à fase em análise.
2.5 Método das unidades equivalentes
A aplicação do método das unidades equivalentes, como afirmam os autores, segue 5 passos
sequenciais em cada fase: a configuração contabilística da fase, o cálculo da produção
efectiva, o cálculo do custo unitário por elemento de custo (MP, MOD e GGF), a valorização
dos inventários finais, e por fim a valorização da produção acabada.
A empresa BETA dispõe de uma linha de montagem de equipamentos de rega, sendo que no
final do mês “n-1” ficou por terminar na linha de montagem 5 equipamentos de rega, aos
quais faltava incorporar os seguintes elementos de custo:
MP 15%
MOD 50%
GGF 60%
O custo atribuído a estes 5 equipamentos de rega foi de 1.250,00 com a seguinte composição:
MP 895.00
MOD 170.00
GGF 185.00
Durante o mês “n” deram entrada no armazém de produtos acabados 135 equipamentos de
rega, e ficaram em linha de montagem no final do mês 10 equipamentos de rega, os quais já
incorporavam as seguintes percentagens de custos:
MP 55%
MOD 50%
GGF 60%
Os custos de produção do mês foram distribuídos da seguinte forma:
MP 28.250.00
MOD 5.925.00
GGF 5.875.00
Tendo em consideração que a empresa adopta o critério valorimétrico FIFO (first in- first
out/PEPS), pretende-se calcular o valor da produção acabada e o valor da produção em vias
de fabrico (Ferreira et al., 2014).
Resolução:
Fabricação
li (pvf) 1250.00 CIPA ?
MP 28250.00
MOD 5925.00 lf (pvf) ?
GGF 5875.00
41300.00 41300.00
MP MOD GGF
UF
GAca UE GAca UE GAca UE
+ PA 135 100% 135 100% 135 100% 135
+ If (pvf) 10 55% 5.50 50% 5 60% 6
- Ii (pvf) 5 85% 4.25 50% 2.50 40% 2
= Pef 136.25 137.50 139
Nota:
UF – Unidade Física;
UE – Unidade Equivalente;
MP 28250.00
207.34
136.25 UE
MOD 5925.00
43.09
137.5 UE
GGF 5875.00
42.27
139 UE
Total 292.70
4. Valorização das existências finais (pvf)
Uma vez calculado o custo das existências finais dos produtos em vias de fabrico, facilmente
se chega ao valor da produção acabada.
Ou seja:
Outro exemplo:
A empresa Hoholo Mista iniciou suas actividades no dia 02/10/20X2. Ela produz
embalagens para 100g de talco infantil. Nos dois primeiros meses do ano, incorreu
nos seguintes custos (em meticais):
Janeiro Fevereiro
Matéria – prima 750.00 1.368,00
Mão de Obra Directa 500.00 552.00
Custo Indca 700.00 720.00
Solução:
i. Pelo PEPS:
Janeiro
Volume de produção:
Unidades iniciadas e terminadas: 760
+ semiacabadas: 40 un. *50% = 20
Total = 780 un.
Fevereiro
Volume de produção:
Unidades iniciadas em Janeiro e terminadas em Fevereiro: 40 * 50% = 20
Unidades iniciadas e terminadas: 860 – 40 = 820
+ semiacabadas: 80 un * 50% = 40
Após a elaboração do trabalho, constatou-se que o controle de custos permite que a formação
do preço de vendas seja feito com mais exactidão, garantindo a lucratividade; também auxilia
na tomada de decisão de manter ou não uma linha de produção, evitando, assim, que a
empresa mantenha a produção de um produto ou serviço, operando com prejuízo.
Silva, F. V. G. (1991). Contabilidade industrial (9ª ed.). Lisboa: Augusta Sá da Costa, Lda.
Franco, V., Oliveira, A., Morais, A., Oliveira, B., Lourenço, I., Jesus, M., Major, M.,
Serrasqueiro, R., (2005). Contabilidade de gestão. Lisboa, Publisher Team, 1 Volume.