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Provimento N 30 de 04 de Outubro de 2021

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PROVIMENTO Nº 30, DE 04 DE OUTUBRO DE 2021.

Altera a Seção IV, do CAPÍTULO IV, do TÍTULO III, do


Provimento CGJ/AL nº 15 de 02 de setembro de
2019.

O CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOAS, no uso de suas atribuições


legais,
CONSIDERANDO as diretrizes decorrentes dos princípios da eficiência, albergados no caput do
art. 37 da Constituição Federal de 1988;
CONSIDERANDO as determinações contidas na Resolução CNJ nº 233, de 13 de julho de 2016;
CONSIDERANDO, por fim, o que consta nos autos do Processo Administrativo nº 2021/10193,

RESOLVE:
Art. 1º A Seção VI, do CAPÍTULO IV, do TÍTULO III, do Provimento CGJ/AL nº 15 de 02 de
setembro de 2019, passa a vigorar com a seguinte redação:

“TÍTULO III
DOS OFÍCIOS DE JUSTIÇA EM GERAL
[...]
CAPÍTULO IV
DO ACESSO E CONSULTA AOS AUTOS DO PROCESSO POR SERVIDORES, PARTES,
REPRESENTANTES E TERCEIROS
[...]
Seção VI

Do Acesso e Consulta pelo Perito, Tradutor e Intérprete

Subseção I

Das Disposições Gerais


Art. 247. A Corregedoria-Geral da Justiça, por meio da Secretaria-Geral,
manterá o Banco de Peritos, Tradutores e Intérpretes no âmbito do Tribunal de
Justiça do Estado de Alagoas.
Art. 248. Não havendo profissional ou órgão detentor da especialidade
necessária com cadastro ou quando indicado conjuntamente pelas partes, o Juiz
poderá nomear profissional ou órgão não cadastrado.
§ 1º Na hipótese do caput, o profissional ou órgão será notificado, no
mesmo ato que lhe der ciência da nomeação, para fins de proceder ao cadastro,
no prazo de 30 (trinta) dias, do recebimento da notificação, sob pena de não
processamento do pagamento pelos serviços prestados.
§ 2º O perito consensual, indicado pelas partes, na forma do artigo 471 do
Código de Processo Civil fica sujeito às mesmas normas e deve reunir as mesmas
qualificações exigidas do perito judicial.
Subseção II
Do Credenciamento
Art. 249. O credenciamento dos profissionais será instituído, por meio de
cadastro eletrônico, em ferramenta disponibilizada no endereço eletrônico da
Corregedoria.
Art. 250. Cada profissional a ser credenciado deverá preencher os seguintes
requisitos:
I – ser bacharel;
II – comprovar a especialidade na matéria sobre a qual deverá opinar;
III – estar devidamente cadastrado no Instituto Nacional de Seguro Social –
INSS, declarando, inclusive, que já é contribuinte e que se encontra regular com
suas contribuições previdenciárias, não havendo necessidade de futuras retenções
quando demostrado que já realiza o recolhimento pelo teto previdenciário.
IV – comprovar, por meio de certidão, a regularidade perante a entidade
profissional a que estiver vinculado;
V – ter certificado digital, preferencialmente;
VI – comprovar, por meio da apresentação de certidões negativas, a sua
regularidade fiscal, nos âmbitos federal, estadual e municipal.
VII – apresentar certidões negativas cível e criminal, no âmbito estadual e
federal.
§ 1º As certidões a que se referem os incisos IV, VI e VII deste artigo,
deverão ser expedidas no máximo 30 (trinta) dias antes do credenciamento.
§ 2º O requisito previsto no inciso I deste artigo não se aplica aos
Corretores de Imóveis habilitados no Cadastro Nacional de Avaliadores
Imobiliários – CNAI.
§ 3º No ato de credenciamento, os profissionais deverão anexar curriculum
vitae profissional, bem como cópia do documento de identificação com foto e
comprovante de Cadastro de Pessoa Física (CPF).
Subseção III
Da Designação
Art. 251. A designação de perito, tradutor ou intérprete é competência
exclusivamente do Juiz da causa, conforme os profissionais credenciados no
Tribunal de Justiça, sendolhe vedado nomear cônjuge, companheiro(a) e parente,
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
§ 1º A regra contida no caput deste artigo também deverá ser observada
em relação aos servidores do juízo.
§ 2º Poderá o Juiz, ainda, substituir o perito, tradutor ou intérprete, desde
que o faça de forma fundamentada.
Art. 252. Quando nomeados para atuar em processo, os peritos judiciais
serão cadastrados no SAJ como “Perito”, devendo suas manifestações serem
protocoladas no processo através do portal “e-SAJ”, mediante assinatura
eletrônica.
Subseção IV
Do Descredenciamento
Art. 253. O profissional já cadastrado, poderá pedir sua exclusão do
cadastro a qualquer tempo.
Art. 254. A Corregedoria-Geral da Justiça poderá descredenciar os
profissionais nas seguintes hipóteses:
I - desinteresse da Administração;
II - práticas de atos ou omissões lesivas às partes e ao Poder Judiciário,
assim como das atividades correlacionadas à perícia quando informado pelo Juiz
titular da causa; ou
III - descumprimento do contido nesse Código e demais normas que regem a
matéria.
Subseção V
Dos Honorários Periciais
Art. 255. O pagamento dos honorários periciais, de tradutor ou intérprete,
nos casos de justiça gratuita, será efetuado mediante determinação do Presidente
do Tribunal de Justiça, após requisição expedida pelo Juiz do feito, mediante
Processo Administrativo, observando-se a ordem cronológica de apresentação
destas e as deduções das cotas previdenciárias e fiscais, sendo o valor líquido
depositado em conta bancária indicada pelo perito.
§ 1º Para fins de deduções das cotas previdenciárias a que refere o caput
deste artigo, o perito deverá informar eventual contribuição que tenha realizado
junto ao Regime Geral da Previdência Social – RGPS, sob pena de dedução
integral.
§ 2º Para fins de regularidade fiscal quanto à prestação de serviços, ficam
dispensados da emissão de Nota Fiscal de Serviços os profissionais autônomos
com situação regular junto às municipalidades.
Art. 256. As requisições serão formalizadas mediante processo
administrativo, por intermédio do Sistema Administrativo Integrado – SAI, ou
outro que o substitua, e deverão conter:
I - o número do processo;
II - o nome das partes e respectivos números de inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas – CPF ou Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ;
III - o valor dos honorários, especificando se de adiantamento ou se finais;
IV – os dados bancários para crédito;
V - a natureza e característica da perícia;
VI - declaração expressa de reconhecimento, pelo magistrado, do direito à
justiça gratuita;
VII - certidão do trânsito em julgado e da sucumbência na perícia, se for o
caso;
VIII - endereço e telefone do perito, intérprete ou tradutor;
IX - inscrição no Instituto Nacional de Seguro Social - INSS do perito,
intérprete ou tradutor;
X - certidões negativas válidas comprovando a regularidade fiscal, nos
âmbitos federal, estadual e municipal.
Subseção VI
Do Impedimento e da Suspeição
Art. 256-A. Quando da nomeação de peritos, tradutores e intérpretes
deverão ser observadas, no que couber, as regras contidas nos arts. 144 a 147 do
Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015), em obediência ao disposto no art. 148,
II do mesmo diploma legal.”
Art. 2º Este Provimento entra em vigor na data de sua publicação.

Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.

Maceió, 04 de outubro de 2021.

FÁBIO JOSÉ BITTENCOURT ARAÚJO


Corregedor-Geral da Justiça

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