Lei Orgânica Das Eleições Gerais de Angola
Lei Orgânica Das Eleições Gerais de Angola
Lei Orgânica Das Eleições Gerais de Angola
ASSEMBLEIA NACIONAL
Lei n.º____/2021
de ______ de ______
TÍTULO I
Disposições Gerais
Artigo 1.º
(Objecto)
Artigo 3.º 2
(Convocação e marcação da data das eleições gerais)
1 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Série n.º
2 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Série n.º
2
4. A convocação e a marcação das eleições são feitas por
Decreto Presidencial, nos termos da Constituição.
Artigo 4.º
(Direito e dever de votar)
Artigo 6.º
(Contencioso eleitoral)
3
Artigo 7.º
(Observação eleitoral)
Artigo 7.º-A3
(Administração eleitoral no exterior do país)
TÍTULO II
Capacidade Eleitoral
CAPÍTULO I
Capacidade Eleitoral Activa e Passiva
SECÇÃO I
Capacidade Eleitoral Activa
Artigo 8.º 4
(Capacidade eleitoral activa)
1. São eleitores os cidadãos angolanos maiores de 18 anos,
residentes em território nacional ou no exterior do País,
regularmente registados como eleitores, desde que não
estejam abrangidos por qualquer das incapacidades
previstas por lei.
2. Revogado5
3. Revogado6
3 Aditado pelo artigo 2.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro –
Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de … de
... I Série
4Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro –
4
Artigo 9.º
(Incapacidade eleitoral activa)
SECÇÃO II
Capacidade Eleitoral Passiva
Artigo 10.º
(Capacidade eleitoral passiva)
Artigo 11.º 7
(Inelegibilidades para o mandato de Deputado à Assembleia
Nacional)
7Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro –
Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de … de
... I Série
5
2. Estão impedidos de concorrer a Deputado à Assembleia
Nacional, enquanto estiverem no activo:
a) Os Magistrados Judiciais e do Ministério Público de
todos os níveis;
b) Os juízes do Tribunal Constitucional e do Tribunal de
Contas;
c) O Provedor de Justiça e o Provedor de justiça
Adjunto;
d) Os membros dos órgãos da administração eleitoral
independente;
e) Os militares e os membros das forças militarizadas;
3. Os cidadãos que tenham adquirido a nacionalidade
angolana apenas são elegíveis decorridos 7 anos desde
a data da aquisição.
CAPÍTULO II
Capacidades Eleitorais Especiais
Artigo 12.º
(Capacidade eleitoral para o cargo de Presidente da
República)
6
Artigo 13.º8
(Elegibilidades, inelegibilidades e impedimentos para o cargo
de Presidente da República)
Artigo 14.º
(Capacidade eleitoral passiva para o mandato de Deputado
à Assembleia Nacional)
8Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro –
Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de … de
... I Série
7
TÍTULO III
Sistemas Eleitorais
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Artigo 15.º
(Princípio electivo)
O Presidente da República, o Vice-Presidente da República e
os Deputados à Assembleia Nacional são eleitos por sufrágio
universal, igual, directo, secreto e periódico.
Artigo 16.º
(Princípio da unicidade do voto)
8
3. Na linha correspondente a cada candidatura figura um
quadro em branco que o eleitor preenche para assinalar
a sua escolha.
4. Cabe à Comissão Nacional Eleitoral aprovar o modelo de
boletim de voto, bem como a sequência dos aspectos
que dele devem constar.
Artigo 18.º 9
(Dia da eleição)
1. As eleições gerais realizam-se no mesmo dia em todo o
território nacional e no exterior do país, sem prejuízo da
votação antecipada, nos termos da presente lei e das
regras a definir pela Comissão Nacional Eleitoral.
2. Revogado.10
3. Deve ser decretada tolerância de ponto para o dia da
votação quando este for um dia normal de trabalho.
CAPÍTULO II
Sistema Eleitoral para a Eleição do Presidente da República e
do Vice-Presidente da República
SECÇÃO I
Sistema Eleitoral para a Eleição do Presidente da República
Artigo 19.º
(Círculo eleitoral único)
9 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Série
10 Revogado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
9
Artigo 20.º
(Modo de eleição)
O Presidente da República é eleito por sufrágio universal, igual,
directo, secreto e periódico exercido pelos cidadãos eleitores,
nos termos da Constituição e da lei.
Artigo 21.º11
(Eleição)
É eleito Presidente da República e Titular do Poder Executivo o
cabeça de lista, pelo círculo nacional, do partido político ou
coligação de partidos políticos mais votado no quadro das
eleições gerais.
SECÇÃO II
Sistema Eleitoral para a Eleição do Vice-Presidente da
República
Artigo 22.º
(Norma remissiva)
CAPÍTULO III
Sistema eleitoral para a Eleição dos Deputados à Assembleia
Nacional
11 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Série
10
Artigo 24.º12
(Círculos eleitorais e número de mandatos)
12 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Série
11
a seguir de acordo com a ordem de precedência
mencionada no número 1.
Artigo 27.º 13
(Sistema de representação proporcional)
1. Os Deputados à Assembleia Nacional são eleitos
segundo o sistema de representação proporcional,
obedecendo-se, para a conversão dos votos em
mandatos, ao critério e regras previstas nos números
seguintes.
2. Para a conversão dos votos em mandatos relativos a
cada círculo eleitoral provincial é aplicado o método de
Hondt, nos seguintes termos:
a) apura-se em separado o número de votos
validamente expressos e recebidos por cada lista no
respectivo círculo eleitoral provincial;
b) o número de votos apurados por cada lista é
dividido, sucessivamente, por um, dois, três, quatro
e cinco, sendo os quocientes alinhados pela ordem
decrescente da sua grandeza numa série de cinco
termos, correspondentes ao número de mandatos
de cada círculo eleitoral provincial;
c) os mandatos pertencem às listas a que
correspondem os termos da série estabelecida pela
regra anterior, recebendo cada uma das listas
tantos mandatos quantos os seus termos na série;
d) no caso de restar um só mandato para distribuir e
de os termos seguintes serem iguais aos das listas
diferentes, o mandato cabe à lista que tiver o menor
número de votos não transformados em assentos.
3. A conversão dos votos em mandatos relativos ao círculo
eleitoral nacional é feita pela aplicação dos seguintes
critérios:
a) apurado o número total de votos validamente
expressos de todo o País e no exterior, divide-se este
número total apurado por 130, que é o número de
Deputados a eleger e obtém-se o quociente;
13 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Série
12
b) divide-se o número de votos obtidos por cada lista
pelo quociente obtido nos termos da alínea anterior
e apura-se o número de Deputados de cada lista,
por ordem de apresentação da lista de cada
partido político ou coligação de partidos
concorrentes;
c) no caso de restarem alguns mandatos, os
Deputados são distribuídos em ordem do resto mais
forte de cada partido político ou coligação de
partidos políticos concorrentes.
CAPÍTULO I
Estatuto dos Candidatos e Apresentação das Candidaturas
SECÇÃO I
Estatuto dos Candidatos
Artigo 28.º
(Direito de dispensa de funções)
13
Artigo 29.º
(Suspensão do exercício da função e passagem à reserva)
1. Os Magistrados Judiciais e os Magistrados do Ministério
Público que pretendam candidatar-se a Presidente da
República, a Vice-Presidente da República ou a
Deputado à Assembleia Nacional devem solicitar
suspensão do exercício das funções.
2. A suspensão referida no número anterior tem efeitos a
partir da data da apresentação da candidatura.
3. O período de suspensão conta, para todos os efeitos,
como tempo de serviço efectivo.
4. Os militares e membros das forças militarizadas em
serviço activo que pretendam candidatar-se a
Presidente da República, a Vice-Presidente da República
ou a Deputado à Assembleia Nacional devem
apresentar prova documental da sua passagem à
reserva ou à reforma.
5. Os órgãos de que dependem os militares e membros das
forças militarizadas referidos no número anterior devem
conceder a respectiva autorização, sempre que para tal
sejam solicitados.
Artigo 30.º 14
(Imunidades)
1. Nenhum candidato pode ser detido ou preso, sujeito a
investigação criminal ou procedimento disciplinar,
desde a aprovação da candidatura pelo Tribunal
Constitucional até à publicação dos resultados eleitorais
definitivos, a não ser em caso de flagrante delito por
crime doloso, a que caiba pena de prisão superior a três
anos.
2. Revogado15.
14 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
15 Revogado pelo artigo 1º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
14
3. Movido procedimento criminal contra algum candidato
que não esteja em regime de prisão preventiva e
indiciado por despacho de pronúncia ou equivalente, o
processo só pode prosseguir seus termos após a
publicação dos resultados eleitorais definitivos.
SECÇÃO II
Apresentação de Candidaturas
SUBSECÇÃO I
Legitimidade e Princípios
Artigo 31.º
(Legitimidade)
15
Artigo 33.º 16
(Denominação, sigla e símbolo de candidatura)
1. A denominação das candidaturas propostas por partidos
políticos, isoladamente ou em coligação, corresponde,
consoante os casos, à denominação do partido político
respectivo ou à denominação da coligação, nos termos
da lei e de acordo com os respectivos estatutos.
16 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
17 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
16
3. Os partidos políticos que realizem convénios de
coligações para fins eleitorais devem, até à
apresentação efectiva de candidaturas e em
documento assinado conjuntamente pelos órgãos
competentes dos respectivos partidos políticos,
comunicar o facto ao Tribunal Constitucional que verifica
os requisitos legais.
4. Da decisão judicial prevista no número anterior cabe
recurso para o Plenário do Tribunal Constitucional.
5. A comunicação prevista no número 3 deve conter:
a) a definição precisa do âmbito da coligação;
b) a denominação, sigla e bandeira da coligação;
c) a designação dos titulares dos órgãos de direcção
ou de coordenação da coligação;
d) o documento comprovativo da aprovação do
convénio da coligação.
Artigo 36.º 18
(Apreciação da denominação, sigla e símbolos)
18 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
17
SUBSECÇÃO II
Apresentação de Candidaturas para Presidente da República
e para Vice-Presidente da República
Artigo 37.º
(Prazo de apresentação de candidaturas)
1. As candidaturas a Presidente da República e a Vice-
Presidente da República são apresentadas até ao 20.º
dia após a convocação das eleições gerais.
2. As candidaturas são apresentadas ao Tribunal
Constitucional.
19 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
18
3. Do requerimento de apresentação de candidaturas
deve constar o seguinte:
a) Nome completo do candidato, idade, filiação,
naturalidade, profissão, residência, número e data de
emissão de bilhete de identidade e, facultativamente,
o número do cartão de eleitor;
b) certificado de registo criminal do candidato;
c) cópia do bilhete de identidade.
Artigo 39.º
(Declaração dos candidatos)
Ao requerimento referido no artigo anterior devem ser
anexadas as declarações dos candidatos, com assinatura
reconhecida por notário, onde o mesmo faça expressamente
constar que:
a) aceita a candidatura apresentada pela entidade
proponente;
b) concorda com o mandatário da lista;
c) não se encontra abrangido por qualquer inelegibilidade;
d) aceita vincular-se ao Código de Conduta Eleitoral.
SUBSECÇÃO III
Apresentação de Candidatura a Deputado à Assembleia
Nacional
Artigo 40.º
(Prazo)
19
Artigo 41.º
(Requerimento de apresentação de candidatura)
Para a apresentação das candidaturas, os partidos políticos ou
coligação de partidos políticos devem submeter ao Tribunal
Constitucional um pedido em forma de requerimento,
acompanhado das listas de candidatos.
Artigo 42.º 20
(Lista de candidatos e declaração de candidatos)
1. A lista de candidatos deve conter o nome completo, o
número do bilhete de identidade e, facultativamente, o
número do cartão de eleitor de cada candidato e ser
acompanhada dos seguintes documentos:
20 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie n.º...
21 Revogado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
20
CAPÍTULO II
Verificação e Publicação das Candidaturas
Artigo 43.º
(Mandatários das candidaturas)
1. As candidaturas devem designar, de entre os eleitores
inscritos, um mandatário para os representar em todas as
operações do processo eleitoral, cuja representação
seja permitida, nos termos da lei.
2. Deve ser sempre indicado, no processo de candidatura,
o endereço do mandatário para efeitos de notificação.
3. O mandatário da candidatura representa também os
candidatos a Presidente da República e a Vice-
Presidente da República.
4. As notificações às candidaturas são feitas por intermédio
do respectivo mandatário.
Artigo 44.º
(Publicação inicial)
Findo o prazo para a apresentação das candidaturas e antes
da sua apreciação pelo Plenário do Tribunal Constitucional, o
Presidente do Tribunal Constitucional manda afixar, no prazo
de 48 horas, à porta do Tribunal cópias das listas de candidatos
ou relação de candidatos com identificação dos mesmos e
dos mandatários.
Artigo 45.º 22
(Impugnação pelos mandatários)
Os mandatários das candidaturas podem, no prazo de 72
horas, após a publicação inicial referida no artigo anterior,
impugnar a regularidade do processo ou a elegibilidade de
qualquer candidato.
Artigo 46.º
(Verificação das candidaturas)
A verificação da regularidade do processo e da autenticidade
dos documentos juntos, bem como das inelegibilidades dos
candidatos, compete ao Plenário do Tribunal Constitucional,
nos termos do artigo seguinte.
22 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
21
Artigo 47.º 23
(Suprimento de irregularidades ou deficiência)
1. Verificando-se a existência de irregularidades,
deficiências processuais ou de candidatos inelegíveis, o
Tribunal Constitucional notifica o partido político ou a
coligação de partidos políticos concorrentes, no mínimo
com quatro dias de antecedência, para que sejam
supridas as irregularidades, deficiências ou substituídos os
candidatos inelegíveis até ao 10.º dia subsequente ao
termo do prazo para apresentação de candidaturas.
2. No caso de inelegibilidade do cabeça de lista ou do
segundo da lista pelo círculo nacional, o Tribunal
Constitucional notifica o mandatário da candidatura, no
mínimo com três dias de antecedência, para que seja
substituído o candidato a Presidente da República ou a
Vice-Presidente da República até ao 10.º dia
subsequente ao termo do prazo para apresentação de
candidaturas.
3. Findos os prazos previstos nos números anteriores e
conforme os casos, o Presidente do Tribunal
Constitucional, nos dois dias imediatos, manda proceder
às rectificações ou aditamentos decididos na sequência
do requerido pelos mandatários.
4. O não suprimento das irregularidades previstas no
número 2 do presente artigo determina a recusa da
candidatura do partido político ou coligação de partidos
políticos às eleições gerais.
Artigo 48.º 24
(Publicação da decisão)
A decisão a que se refere o artigo anterior é imediatamente
publicada por edital e afixada à porta do Tribunal, do que se
lavra acta no processo respectivo, bem como deve ser
publicada no Diário da República, após decisão do Tribunal
Constitucional.
23 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
24 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
22
Artigo 49.º 25
(Reclamação)
Artigo 50.º
(Divulgação das candidaturas)
25 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
23
2. Um exemplar da lista a que se refere o número anterior
deve ser afixado à porta do Tribunal Constitucional e
outro enviado aos mandatários das candidaturas.
Artigo 51.º
(Listas de candidatos)
24
Artigo 52.º
(Sorteio das listas)
CAPÍTULO III
Desistência, Incapacidade e Substituições das Candidaturas
SECÇÃO I
Legitimidade e Tramitação
Artigo 53.º
(Direito de desistência)
25
Artigo 54.º
(Processo de desistência e substituição)
26
Artigo 55.º
(Publicação)
SECÇÃO II
Incapacidade e Morte de Candidato a Presidente da
República ou a Vice-Presidente da República
Artigo 56.º
(Morte ou incapacidade)
27
4. Nos casos de substituição de candidatos referidos nos
números anteriores, podem ser utilizados os mesmos
boletins de voto, cabendo aos proponentes e à
Comissão Nacional Eleitoral e seus órgãos, realizar o
trabalho de esclarecimento necessário junto dos
eleitores.
SECÇÃO III
Substituição de Candidatos a Deputados à Assembleia
Nacional
Artigo 58.º
(Substituição de candidatos)
b) desistência do candidato.
Artigo 59.º
(Nova publicação da lista)
28
TÍTULO V
Campanha Eleitoral
CAPÍTULO I
Âmbito e Princípios
Artigo 61.º
(Definição e objectivos)
Artigo 62.º
(Abertura e termo da campanha)
Artigo 63.º 26
(Promoção e âmbito da campanha)
26 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
29
2. A campanha eleitoral é desenvolvida em igualdade de
circunstâncias e condições para todas as candidaturas,
em todo o território nacional e no exterior do país.
Artigo 64.º
(Princípio da igualdade de tratamento)
27 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
30
Artigo 66.º
(Liberdade de reunião e de manifestação)
31
Artigo 67.º 28
(Responsabilidade civil)
Artigo 68.º29
(Proibições)
28 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
29 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
32
3. A violação do disposto no número anterior configura acto
de corrupção eleitoral, nos termos do artigo 193.º da
presente lei.
Artigo 69.º 30
(Locais interditos ao exercício de propaganda política)
CAPÍTULO II
Propaganda Eleitoral
Artigo 70.º
(Definição)
Artigo 71.º
(Propaganda sonora)
30 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
33
Artigo 72.º
(Propaganda gráfica)
34
b) Televisão: 5 minutos diários entre as 18 e as 22 horas.
35
Artigo 74.º
(Deveres das publicações informativas)
1. As publicações periódicas, informativas, públicas e
privadas devem assegurar igualdade de tratamento aos
diversos concorrentes.
2. O disposto no número anterior não é aplicável às
publicações partidárias.
Artigo 75.º 32
(Publicações das candidaturas)
1. Durante a campanha eleitoral, os candidatos e as
respectivas candidaturas podem, para além da sua
propaganda corrente, publicar livros, revistas, panfletos
entre outros meios, nos termos da presente lei.
2. Toda a propaganda eleitoral deve identificar a
candidatura emissora.
Artigo 76.º 33
(Utilização em comum ou Troca)
2. Revogado34.
Artigo 77.º
(Esclarecimento cívico)
32 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
33 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
36
Artigo 78.º
(Proibição de propaganda eleitoral)
Artigo 79.º
(Proibição de utilização de publicidade comercial)
Artigo 80.º 35
(Fontes de receitas da campanha eleitoral)
35 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
37
2. É proibido o financiamento das campanhas eleitorais por:
Artigo 81.º 36
(Financiamento feito pelo Estado)
36 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
38
Artigo 82.º
(Administrador eleitoral)
Após a aprovação das candidaturas pelo Tribunal
Constitucional, os partidos políticos e as coligações de partidos
políticos devem, no prazo de 15 dias, indicar o administrador
eleitoral, o qual é responsável pela recolha de fundos, pela
contabilidade das receitas e despesas, pela movimentação
da conta da campanha e pela apresentação do relatório
financeiro.
Artigo 83.º37
(Contabilização de receitas e despesas)
1. As candidaturas às eleições gerais devem contabilizar
discriminadamente todas as receitas e despesas
efectuadas com a campanha eleitoral, no prazo
máximo de 30 dias após a proclamação oficial dos
resultados do escrutínio, indicando com precisão a
origem das receitas e o destino das despesas.
2. Todas as verbas atribuídas pelo Estado, nos termos da
presente lei, que não sejam utilizadas ou tenham sido
utilizadas para fins distintos do estabelecido na presente
lei devem ser devolvidas à Comissão Nacional Eleitoral,
no prazo de 30 dias, após a proclamação oficial dos
resultados eleitorais definitivos, integrando-se estas
verbas no Orçamento Geral do Estado.
3. As candidaturas são responsáveis pelo envio das contas
da campanha eleitoral a que se refere o presente
capítulo.
Artigo 84.º 38
(Fiscalização e prestação de contas)
1. As entidades concorrentes às eleições devem, no prazo
máximo de 45 dias após a proclamação oficial dos
resultados do escrutínio, prestar contas discriminadas da
sua campanha eleitoral à Comissão Nacional Eleitoral e
publicar os mesmos num dos jornais diários mais
divulgados no País.
37 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
38 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
39
2. A Comissão Nacional Eleitoral analisa a regularidade das
receitas e despesas e publica a sua apreciação num dos
jornais diários mais divulgados no País, até 30 dias após o
termo do prazo previsto no número anterior.
40
TÍTULO VI
Constituição das Assembleias e das Mesas de Voto
Artigo 86.º 39
(Âmbito e tipos de assembleias e mesas de voto)
39 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
41
Comissão Nacional Eleitoral e à Comissão Provincial
Eleitoral, sendo entregue cópia a todos os delegados dos
partidos políticos e coligações de partidos políticos
concorrentes presentes na assembleia de voto, bem
como afixada na respectiva assembleia de voto.
10. A remessa das actas-síntese deve ser feita pela via mais
rápida disponível, nos termos definidos pela Comissão
Nacional Eleitoral.
11. As actas-síntese das assembleias de voto que funcionam
no exterior do País são remetidas à Comissão Nacional
Eleitoral, pela via mais rápida, nos termos por esta
definidos.
Artigo 87.º 40
(Locais de funcionamento)
1. Compete à Comissão Nacional Eleitoral elaborar e
aprovar, ouvido o Executivo, o mapa de localização e a
quantidade das assembleias e das mesas de voto,
respectivamente, por áreas administrativas e geográficas,
até 45 dias antes da data marcada para as eleições.
2. Compete à Comissão Nacional Eleitoral assegurar a
divulgação dos locais em que funcionam as assembleias
e mesas de voto até 30 dias antes da data marcada para
as eleições.
3. As mesas de voto funcionam em edifícios públicos, de
preferência escolares e na falta ou insuficiência destes,
em edifícios particulares requisitados para o efeito ou em
locais precários, devendo oferecer condições
adequadas de acesso, localização e segurança dos
eleitores.
4. Não é permitida a constituição e funcionamento de
mesas de voto em:
a) unidades policiais;
b) unidades militares e militarizadas;
c) residências de autoridades tradicionais;
d) edifícios onde funcione qualquer partido político,
coligação de partidos políticos ou organização religiosa;
e) locais onde se vendam bebidas alcoólicas;
40 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
42
f) locais de culto.
5. Para o caso do voto no exterior as mesas de voto
funcionam nas instalações das missões diplomáticas e
consulares.
6. Para efeitos de distribuição espacial dos eleitores o país é
dividido em áreas eleitorais, onde são estabelecidas as
assembleias de voto.
41 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
42 Revogado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
43
Artigo 89.º 43
(Mesas das assembleias de voto)
1. Em cada assembleia de voto deve haver mesas de voto
necessárias à eficiência do processo de votação, às
quais compete promover e dirigir a votação e o
apuramento dos resultados do escrutínio.
43 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
44 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
44
por motivo de força maior, devidamente justificado e
apreciado pelas instâncias judiciais competentes ou por
acordo escrito entre a entidade municipal da Comissão
Nacional Eleitoral e os delegados de lista dos partidos
políticos e coligações de partidos políticos presentes na
mesa de voto e salvaguardada a comunicação prévia
aos eleitores.
3. Os membros das mesas de voto devem estar presentes
no local de funcionamento da respectiva mesa, 3 horas
antes do início da votação, nos termos previstos na
presente lei.
4. Se a Comissão Municipal Eleitoral verificar que uma hora
antes do início da votação não há possibilidade de
constituição das mesas por ausência de membros
indispensáveis, designa, após acordo com os delegados
de lista presentes, os substitutos dos ausentes de entre os
cidadãos eleitores de reconhecida idoneidade,
considerando-se sem efeito a designação daqueles que
não tenham comparecido.
5. Os membros designados para integrar as mesas de voto
são dispensados do dever de comparecer no respectivo
local de trabalho, enquanto durar a sua actividade e nos
2 dias úteis seguintes.
6. A dispensa prevista no número anterior não afecta os
direitos e regalias de que seja titular, devendo, contudo,
fazer prova bastante da qualidade de membro da mesa
da assembleia de voto.
7. O bom desempenho das funções de membro da mesa
de voto é elemento a considerar nos processos de
avaliação de desempenho ao nível da administração
pública, nomeadamente para ingresso ou progressão na
carreira administrativa.
8. O disposto no presente artigo aplica-se à constituição das
mesas de voto no exterior.
45
Artigo 91.º 45
(Inalterabilidade das mesas)
1. As mesas de voto, uma vez constituídas, não podem ser
alteradas, salvo ocorrência de causas justificativas de
impedimento de alguns dos seus membros, devendo as
Comissões Municipais Eleitorais dar conhecimento
público da alteração.
2. A presença de três membros da mesa de voto é
suficiente para se considerarem válidos a votação e os
resultados do escrutínio.
Artigo 92.º46
(Meios de trabalho da mesa)
1. A Comissão Nacional Eleitoral assegura, em tempo útil, o
fornecimento de todo o material necessário ao
funcionamento de cada mesa de voto, nomeadamente:
a) cópia válida dos cadernos eleitorais referentes aos
eleitores colocados na respectiva mesa de voto;
b) Livro de actas da mesa de voto;
c) livro das actas-síntese da assembleia de voto;
d) os boletins de voto;
e) urnas de votação;
f) as cabines de votação;
g) frascos de tinta indelével;
h) selos de segurança, envelopes e outros meios para
a votação;
i) Um kit para produção de energia eléctrica, sempre
que necessário.
2. Compete à Comissão Nacional Eleitoral garantir as
condições necessárias e indispensáveis à guarda,
transportação, conservação, segurança e
inviolabilidade dos materiais referidos no número anterior,
podendo solicitar apoio ao Executivo.
45 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
46 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
46
3. O apoio do Executivo referido no número anterior não
pode significar interferência nem substituição da
Comissão Nacional Eleitoral nas suas responsabilidades.
4. A aquisição dos materiais referidos no n.º 1 do presente
artigo é da competência da Comissão Nacional Eleitoral.
Artigo 93.º47
(Delegados de lista)
1. Em cada mesa de voto pode haver um delegado
efectivo indicado por cada uma das listas concorrentes,
podendo ser substituído pelo seu suplente nas suas
ausências ou impedimentos.
2. Os delegados de lista não são membros das mesas de
voto, não podendo inviabilizar nem perturbar o
funcionamento da mesa de voto.
Artigo 94.º 48
(Designação e registo dos delegados de lista)
1. A Comissão Nacional Eleitoral informa aos partidos
políticos e coligações de partidos, até 45 dias antes da
votação, o número de cadernos eleitorais e de mesas de
voto que funcionarão em cada assembleia de voto.
2. Os partidos políticos e as coligações de partidos políticos
comunicam às Comissões Municipais Eleitorais, para
efeitos de identificação e credenciamento, até 30 dias
antes da data das eleições, os nomes dos respectivos
delegados de lista e seus suplentes para cada assembleia
de voto.
3. A comunicação mencionada no número anterior deve
conter, obrigatoriamente, o nome, o número de registo
eleitoral e a assembleia de voto em que o delegado de
lista vai exercer a respectiva função.
4. A Comissão Nacional Eleitoral através da Comissão
Municipal Eleitoral deve remeter a cada candidatura, até
10 dias antes da eleição, uma lista confirmando a
47 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
48 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
47
identificação e registo dos delegados de lista, efectivos e
suplentes, e as respectivas credenciais a utilizar no dia da
eleição.
5. A Comissão Nacional Eleitoral publica em três dos jornais
mais lidos do país, durante três dias, e no seu Portal, os
nomes dos respectivos delegados de lista indicados para
cada município.
6. A Comissão Nacional Eleitoral afixa, no local da votação,
72 horas antes dessa votação, os nomes dos respectivos
delegados de lista e disponibiliza, na mesma altura, os
respectivos sinais de identificação a utilizar no dia da
eleição.
7. As autoridades tradicionais, os militares e os membros das
forças militarizadas no activo não podem ser delegados
de lista.
8. A falta de indicação de delegados previstos nos números
anteriores ou a não comparência de qualquer delegado
de lista devidamente credenciado presume-se imputável
à candidatura respectiva e não afecta a validade do
trabalho da mesa de voto.
9. O disposto nos números anteriores é aplicável, com as
necessárias alterações, à designação dos delegados de
lista para as assembleias de voto constituídas no exterior
do País.
Artigo 95.º49
(Direitos e deveres dos delegados de lista)
1. O delegado de lista goza dos seguintes direitos:
a) estar presente no local onde funcione a mesa de
voto e ocupar os lugares mais próximos, por forma
que possa fiscalizar todos os actos relacionados
com a votação e a contagem dos votos;
b) verificar, antes do início da votação, os meios de
trabalho da mesa, referidos no n.º 1 do artigo 92.º.
49 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
48
c) solicitar à presidência da mesa de voto,
informações sobre actos do processo de votação e
contagem dos votos que considere necessários;
d) ser ouvido em todas as questões que se suscitarem
durante o funcionamento da mesa de voto, quer
durante a votação, quer durante a contagem dos
votos;
e) fazer consignar, na acta da mesa de voto,
observações das suas preocupações que não
tenham sido solucionadas durante a votação e
contagem;
f) rubricar a acta da mesa de voto, em que tenha sido
designado e dos actos que haja presenciado;
g) consultar a todo o momento os cadernos eleitorais;
h) Receber uma cópia da acta da respectiva mesa de
voto e, no caso dos delegados de lista da mesa n.º1,
assinar e receber a acta-síntese da assembleia de
voto.
2. O delegado de lista tem os seguintes deveres:
a) exercer uma fiscalização conscienciosa, objectiva e
responsável da actividade das mesas de voto;
b) cooperar para o desenvolvimento normal da
votação, da contagem de votos e da actividade
das mesas de voto;
c) evitar intromissões injustificáveis na actividade das
mesas de voto, que perturbem o desenvolvimento
normal da votação, da contagem de votos e da
elaboração da acta da mesa de voto;
d) assinar as actas relacionadas com as funções
eleitorais para que tenha sido designado.
3. O não exercício, pelos delegados de lista, de qualquer
dos direitos ou deveres previstos no presente artigo, não
afecta a validade da votação e os resultados da mesa
de voto.
49
Artigo 95.º-A50
(Mesas de voto no exterior)
Aplicam-se ao voto no exterior as disposições dos artigos
anteriores, sem prejuízo das seguintes excepções:
a) Os membros das mesas de voto são selecionados dentre
cidadãos nacionais residentes no exterior, podendo ser
funcionários das missões diplomáticas e consulares, nos
termos a definir pela Comissão Nacional Eleitoral;
b) Os delegados de lista devem ser, necessariamente,
cidadãos angolanos, designados pelos partidos políticos
e coligações de partidos concorrentes, devendo ser
credenciados pelas missões diplomáticas e consulares.
TÍTULO VII
Eleição
CAPÍTULO I
Direito de sufrágio
Artigo 96.º51
(Pessoalidade, presencialidade e unicidade do voto)
1. O direito de voto é exercido pessoal e presencialmente
pelo cidadão eleitor, nos termos da presente lei.
2. Cada eleitor só pode votar uma vez.
50 Aditado pelo artigo 2.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
51 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
50
Artigo 97.º52
(Exercício de direito de voto)
1. O direito de voto é exercido em todo o território da
República de Angola e no exterior do país.
2. No exterior do país, o direito de voto é exercido nas
missões diplomáticas e consulares, nos termos definidos
na presente Lei e pela Comissão Nacional Eleitoral.
Artigo 98.º
(Direito a dispensa)
Os eleitores que trabalham no dia da votação têm direito de
ser dispensados pelo tempo necessário ao exercício do direito
de voto.
Artigo 99.º
(Liberdade e confidencialidade do voto)
1. O exercício do direito de voto é livre.
2. Ninguém pode ser obrigado ou obrigar outrem a revelar em
que sentido vai votar ou votou, sem prejuízo da sua
admissibilidade para a recolha de dados estatísticos não
identificáveis.
Artigo 100.º53
(Requisitos do exercício do direito de voto)
1. Para que o eleitor seja admitido a votar é necessário que:
a) esteja regularmente inscrito como eleitor no caderno
eleitoral da respectiva mesa de voto;
b) seja portador de bilhete de identidade válido ou de
cartão de eleitor;
c) não tenha ainda exercido o seu direito de voto.
2. Para o exercício do direito de voto no exterior do País, é
necessário que o cidadão eleitor:
a) Tenha actualizado com base no registo consular o seu
registo eleitoral, junto da missão diplomática ou consular
do Estado em que se encontra;
52 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
53 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
51
b) esteja regularmente inscrito como eleitor, num caderno
eleitoral específico;
c) seja titular de bilhete de identidade, cartão de eleitor ou
passaporte angolano;
d) não tenha ainda exercido o seu direito de voto;
e) não esteja abrangido por incapacidade eleitoral activa,
nos termos da lei.
Artigo 101.º
(Local de votação)
54 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
52
e) Agentes dos serviços de emergências médicas e
equiparados;
f) Médicos e outros profissionais de saúde em serviço
e os doentes internados em estabelecimentos
hospitalares e impedidos de se deslocar às
respectivas mesas de voto no dia da votação;
g) Trabalhadores das companhias de exploração
diamantífera que estejam impedidos de se deslocar
à sua mesa de voto no dia da votação;
h) Trabalhadores das companhias petrolíferas que
estejam offshore no dia da votação;
i) Trabalhadores dos sectores marítimo, aeronáutico,
ferroviário e rodoviário, que por força da sua
actividade se encontrem impedidos de exercer o
direito de voto no dia da votação;
j) Cidadãos que tenham necessidade de se deslocar
ao estrangeiro por razões de doença, trabalho e
similares;
k) Cidadãos que se encontrem detidos ou presos e
que não estejam privados do exercício de direitos
políticos;
l) Atletas de alta competição que tenham
necessidade de se deslocar ao estrangeiro em
representação de seleções nacionais ou clubes em
competições oficiais por altura do dia da votação;
3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, ponderadas
as circunstâncias de cada caso, pode a Comissão
Nacional Eleitoral alargar a outros eleitores a
possibilidade do exercício de votação antecipada.
53
7. Exercido o direito de votação antecipada a Comissão
Provincial Eleitoral adopta as medidas necessárias para
que se dê baixa nos respectivos cadernos eleitorais.
8. O apuramento da votação antecipada é feito pela
Comissão Nacional Eleitoral.
9. É proibida a realização de votação antecipada no
exterior do País.
CAPÍTULO II
Votação
Artigo 103.º
(Início da votação)
Artigo 104.º
(Ordem da votação)
54
Artigo 105.º55
(Continuidade das operações eleitorais e encerramento da
votação)
55 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
55
3. Caso não se possa realizar a eleição prevista no número
anterior, procede-se ao apuramento nacional, sem ter
em conta a votação em falta.
4. Cabe à Comissão Nacional Eleitoral e seus órgãos tomar
todas as medidas necessárias à realização da eleição
referida no número 2 do presente artigo, podendo,
entretanto, dispensá-la se o resultado for indiferente para
a atribuição de mandatos.
Artigo 107.º
(Garantia de ordem pública)
Artigo 108.º56
(Proibição de propaganda)
Não é permitido qualquer tipo de propaganda dentro das
assembleias de voto ou fora delas, no dia da votação, num
raio de 250 metros.
Artigo 109.º
(Presença de não eleitores)
56 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
56
ii. É permitida a presença dos órgãos de comunicação social
nas assembleias de voto, devendo os seus agentes:
Artigo 111.º 57
(Modo de votação)
57 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
57
3. Em seguida, o presidente da mesa de voto entrega ao
eleitor um boletim de voto, indicando-lhe a cabine onde
vai votar.
Artigo 112.º
(Voto de eleitores portadores de deficiência)
Artigo 113.º
(Voto de eleitores que não saibam ler nem escrever)
58
2. O sigilo do voto dos eleitores que não saibam ler nem
escrever deve ser especialmente garantido pelos agentes
eleitorais.
Artigo 114.º 58
(Votos em branco e nulos)
59
2. A mesa não pode recusar-se a receber as reclamações,
devendo rubricá-las e apensá-las às actas, junto com a
respectiva deliberação, cujo conhecimento será dado
ao reclamante.
3. As reclamações têm de ser objecto de deliberação da
mesa que a pode deixar para o final, se entender que isso
não afecta o andamento normal da votação.
4. Todas as deliberações da mesa são tomadas por maioria
dos membros presentes e fundamentadas, tendo o
presidente voto de desempate.
TÍTULO VIII
Apuramento
CAPÍTULO I
Apuramento das eleições gerais
SECÇÃO I
Apuramento nas Mesas de Voto
Artigo 116.º
(Transparência e segurança tecnológica)
60
4. A estrutura, a organização e o funcionamento dos centros de
escrutínio são definidos em diploma da Comissão Nacional
Eleitoral, devendo a sua composição atender a natureza da
mesma.
Artigo 117.º
(Escrutínio)
61
Artigo 120.º
(Abertura das urnas)
1. Encerrada a votação, o presidente da mesa, na presença
dos restantes membros, procede à abertura da urna
seguindo-se a operação de contagem por forma a verificar
a correspondência entre o número de boletins de voto
existentes na urna e o número de eleitores que votaram
naquela mesa de voto.
2. Caso haja discrepância entre o número de boletins de voto
existentes na urna e o número› de votantes, e havendo
reclamações, o assunto é resolvido no âmbito do contencioso
eleitoral.
Artigo 121.º
(Contagem)
1. O presidente da mesa de voto manda proceder à
contagem dos boletins de voto, respeitando as seguintes
regras:
a) o presidente abre o boletim, exibe-o e faz a leitura em voz
alta;
b) o primeiro escrutinador aponta os votos atribuídos a
cada lista numa folha de papel branco ou, caso exista,
num quadro grande;
c) o segundo escrutinador coloca em separado e por lotes,
depois de os exibir, os votos já lidos correspondentes a
cada uma das listas, os votos em branco e os votos nulos;
d) o primeiro e o terceiro escrutinadores procedem à
contagem dos votos e o presidente da mesa à
divulgação do número de votos que coube a cada lista.
2. Terminada a operação a que se refere o número anterior, o
presidente da mesa de voto procede ao confronto entre o
número de votos existentes na urna e a soma do número de
votos por cada lote.
3. Os delegados de listas têm direito a verificar os lotes sem,
contudo, alterar a ordem da disposição dos boletins de voto,
podendo reclamar em caso de dúvida para o presidente da
mesa que analisa a reclamação.
62
4. Caso a reclamação não seja atendida pela mesa, o boletim
em causa é colocado em separado, para apreciação pela
respectiva Comissão Municipal Eleitoral.
Artigo 122.º
(Destino dos boletins de voto)
63
a) A identificação completa dos membros da mesa e
dos delegados de lista, incluindo o número do
bilhete de identidade ou do cartão de eleitor;
b) A hora da abertura e do encerramento da votação,
bem como a indicação precisa do local da mesa
de voto total de votantes;
c) O número de votantes;
d) O número de votos obtidos por cada lista, o número
de votos em branco, o número de votos nulos, o
número de boletins de voto objecto de
reclamação;
e) as divergências de contagem, se as houver, o
número de reclamações e as deliberações
tomadas pela mesa;
f) outras ocorrências que a mesa considere
importante mencionar.
3. As cópias das actas a que se refere o número anterior são
entregues aos delegados de lista.
SECCÇÃO II
Apuramento Municipal e Provincial
(Revogado)61
SECÇÃO III
Apuramento Nacional
Artigo 131.º62
(Competência para o apuramento)
1. Compete ao presidente da mesa n.º 1 a elaboração da
acta-síntese da assembleia de voto e o envio à Comissão
Nacional Eleitoral.
61Revogado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
62 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
64
2. Compete à Comissão Nacional Eleitoral a centralização
de todos os resultados obtidos e a distribuição dos
mandatos.
3. À Comissão Provincial Eleitoral cabe centralizar os
resultados eleitorais obtidos na totalidade das mesas de
voto constituídas dentro dos limites territoriais sob sua
jurisdição, para efeitos de acompanhamento e
verificação de conformidade.
Artigo 132.º63
(Elementos do apuramento nacional)
1. O apuramento nacional é realizado com base nas actas-
síntese e demais documentos e informações recebidas
das assembleias de voto.
Artigo 133.º64
(Apreciação de questões prévias do apuramento nacional)
No início dos seus trabalhos, a Comissão Nacional Eleitoral
decide sobre os boletins de voto em relação aos quais tenha
havido reclamação e que não tenham sido resolvidos pelas
respectivas Comissões Provinciais Eleitorais, verifica os boletins
considerados reclamados e reaprecia-os segundo um critério
63 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
64 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
65
uniforme, podendo desta operação resultar a correcção do
apuramento feito em cada assembleia de voto, sem prejuízo
do disposto em matéria de recurso contencioso.
Artigo 134.º
(Operações de apuramento nacional)
Artigo 135.º65
(Publicação dos resultados nacionais)
65 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
66
3. O Presidente da Comissão Nacional Eleitoral, no prazo
máximo de 15 dias contados a partir da data do
encerramento da votação, anuncia os resultados definitivos
do apuramento nacional, mandando-os divulgar pelos
órgãos de comunicação social e fixar, por edital, à porta das
suas instalações, imediatamente após a conclusão do
apuramento nacional.
Artigo 136.º
(Actas do apuramento nacional)
1. Das operações do apuramento nacional é imediatamente
lavrada acta, onde constem os resultados apurados, as
dúvidas e reclamações apresentadas e as decisões que,
sobre elas, tenham sido tomadas.
2. O Presidente da Comissão Nacional Eleitoral envia um
exemplar da acta do apuramento nacional ao Presidente
da República em funções e ao Presidente do Tribunal
Constitucional, imediatamente após a conclusão deste.
3. Cópia da acta a que se refere o presente artigo é
igualmente entregue às candidaturas.
Artigo 137.º
(Destino da documentação)
As actas das Comissões Provinciais Eleitorais, os cadernos
eleitorais e demais documentos são entregues à Comissão
Nacional Eleitoral que os conserva sob sua guarda e
responsabilidade.
Artigo 138.º
(Mapa oficial das eleições)
TÍTULO IX
Órgãos da Administração Eleitoral Independentes
(Revogado)66
TÍTULO X
Contencioso e Infracções Eleitorais
CAPÍTULO I
Contencioso Eleitoral
Artigo 153.º
(Recurso contencioso)
Artigo 154.º
(Conteúdo da reclamação)
66Revogado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
68
Artigo 155.º
(Objecto do recurso e tribunal competente)
Artigo 156.º
(Legitimidade para recorrer)
Artigo 158.º
(Efeito suspensivo do recurso)
67 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
69
Artigo 159.º 68
(Tramitação)
Artigo 160.º
(Decisão final)
68 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
de ... I Serie
70
CAPÍTULO II
Infracções Eleitorais
SECÇÃO I
Cumulação de Infracções
Artigo 162.º
(Concorrência com infracções mais graves)
Artigo 163.º
(Concorrência com ilícito disciplinar)
A aplicação das medidas penais previstas na presente lei não
exclui a sanção disciplinar, desde que o infractor seja um
agente sujeito a esta responsabilidade.
Artigo 164.º
(Circunstâncias agravantes especiais)
Além das previstas na legislação penal geral, constituem
circunstâncias agravantes especiais das infracções eleitorais
as seguintes:
a)- serem os seus agentes membros da Comissão Nacional
Eleitoral, das Comissões Provinciais Eleitorais, das Comissões
Municipais Eleitorais ou membros das mesas de voto;
b)- serem os seus agentes mandatários de partidos políticos e
coligações de partidos políticos ou delegados de lista;
c)- ter o facto influência no resultado do escrutínio.
Artigo 165.º
(Punição da tentativa e do crime frustrado)
71
Artigo 166.º
(Efectividade das penas)
Artigo 167.º
(Suspensão de direitos políticos)
69 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
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72
SECÇÃO III
Infracções Relativas à Campanha Eleitoral
Artigo 171.º70
(Violação do dever de igualdade de tratamento)
Artigo 172.º
(Utilização indevida de nome, sigla ou bandeira)
Artigo 173.º
(Uso abusivo do tempo de antena)
70 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
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Artigo 174.º 71
(Suspensão do direito de antena)
1. Compete à Comissão Nacional Eleitoral aplicar a sanção
prevista no número 1 do artigo anterior, por requerimento
fundamentado pelo ofendido com o facto.
2. As estações de rádio e televisão devem sempre registar e
arquivar as comunicações referidas no número 1 do artigo
anterior e facultá-las à Comissão Nacional Eleitoral, se
requeridas, para efeitos de eventual prova.
3. A Comissão Nacional Eleitoral decide até ao momento em
que esteja prevista nova emissão em qualquer estação de
rádio ou televisão para o candidato, partido ou coligação de
partidos a que este pertence, excepto se tomar
conhecimento da infracção pelo menos 24 horas antes, caso
em que deve decidir dentro deste prazo.
4. A Comissão Nacional Eleitoral, antes de decidir ouve,
reduzindo a escrito, o partido político, coligação de partidos
políticos, contendo a audição, em resumo, a matéria da
infracção, sem prejuízo da possibilidade de o acusado
responder por escrito dentro do prazo de 24 horas .
5. Só é permitida a prova documental que deve ser entregue à
Comissão Nacional Eleitoral dentro do prazo fixado para a
resposta.
6. A decisão da Comissão Nacional Eleitoral é tomada por
maioria absoluta dos seus membros.
Artigo 175.º 72
(Violação da liberdade de reunião eleitoral)
Aquele que impedir a realização ou o prosseguimento de
reunião, comício, cortejo ou desfile de propaganda eleitoral,
organizados nos termos da lei, é punido com pena de prisão
de um a dois anos e multa de kz 500 000 00 a kz 1 000 000 00.
71 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
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72 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
74
Artigo 176.º
(Reuniões, comícios, desfiles ou cortejos ilegais)
75
cartazes ou outro material de propaganda eleitoral e o
desencaminhar, furtar, destruir ou dar-lhe outro destino não
acordado com o dono, é punido com pena de prisão de um
a dois anos e multa de kz 500 000 00 a kz 1000 000 00.
Artigo 181.º 75
(Propaganda depois do encerramento da campanha
eleitoral)
Artigo 182.º
(Não contabilização de despesas e receitas)
Artigo 183.º
(Não prestação de contas)
75 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
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SECÇÃO IV
Infracções Relativas às Eleições
Artigo 184.º
(Violação do direito de voto)
1. Aquele que, não possuindo capacidade eleitoral activa, se
apresentar numa mesa de voto, é punido com multa de Kz 10
000 00 a Kz 30 000 00.
2. A pena de prisão até um ano e multa de Kz 50 000 00 a Kz
300.000,00 é aplicada ao cidadão que, não possuindo
capacidade eleitoral activa, exercer efectivamente o voto.
3. Se, para exercer aquele direito, utilizar fraudulentamente
identidade de outro cidadão regularmente registado, a pena
de prisão é de seis meses a dois anos e multa de Kz 100 000 00
a Kz 500 000 00.
Artigo 185.º76
(Admissão ou exclusão abusiva de voto)
Aquele que, conscientemente, permitir ou concorrer para
que o direito de voto seja exercido por quem não o tem, ou
para a exclusão de quem o tiver é punido com pena de
prisão de três a oito anos, a privação do exercício de cargo
público durante 5 anos e multa de kz 1500 000 00 a kz 3 000 000
00.
Artigo 186.º 77
(Abuso de autoridade no sufrágio)
76 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
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77 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
77
2. Na mesma pena incorre o agente da autoridade pública
ou o cidadão que, nas circunstâncias previstas no
número anterior, impedir que algum cidadão saia do seu
domicílio ou do lugar onde se encontrar, a fim de exercer
o direito de voto.
Artigo 187.º78
(Voto plúrimo)
Aquele que votar mais do que uma vez, é punido com pena
de prisão de seis meses a dois anos e multa de kz 500 000 00 a
kz 1000 000 00.
Artigo 188.º79
(Acompanhante infiel)
Artigo 189.º80
78 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
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79 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
78
ou induzir a votar em determinada candidatura ou a abster-
se de votar, é punido com pena de um a dois anos de prisão
e multa de Akz 1000 000 00.
2. A mesma pena é aplicada àquele que, com conduta
prevista no número anterior visar obter a desistência de
algum candidato.
3. A pena prevista nos números anteriores é agravada, nos
termos do direito, se a ameaça for praticada com uso de
arma ou a violência for exercida por duas ou mais pessoas.
Artigo 191.º82
82 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
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83 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
79
Artigo 193.º84
(Corrupção eleitoral)
Aquele que, para persuadir alguém a votar ou a deixar de
votar em determinada candidatura, oferecer ou prometer
emprego público ou privado ou qualquer vantagem
patrimonial a um ou mais eleitores, ainda que por interposta
pessoa, mesmo que as coisas oferecidas ou prometidas
sejam dissimuladas a título de ajuda pecuniária para custear
despesas de qualquer natureza, é punido com pena de
prisão de três a oito anos e multa de kz 500 000 00 a 1000 000
00.
Artigo 194.º85
(Não exibição da urna)
1. O presidente da mesa de voto que não exibir a urna no acto
da abertura da votação, é punido com pena de prisão até um
ano e multa de kz 250 000 00 a kz 500 000 00.
2. Quando se verificar que na urna não exibida se encontravam
boletins de voto, é o presidente da mesa condenado com
pena de prisão até dois anos e multa de kz 300 000 00 a kz
750 000 00.
Artigo 195.º
(Fraudes com boletins de voto, desvio de urna ou de boletins)
84 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
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85 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
80
Artigo 196.º86
Artigo 197.º 87
(Obstrução à actividade da mesa de voto e dos delegados
de lista)
1. Aquele que se opuser a que qualquer membro da mesa
de voto ou delegado de lista exerça as funções que lhe
cabem nos termos da presente Lei ou a que saia do local
onde essas funções foram ou estão sendo exercidas, é
punido com pena de prisão de três meses a dois anos e
multa de kz 300 000 00 a kz 500 000 00.
2. A pena de prisão referida no número anterior não é
inferior a seis meses de prisão se a infracção for cometida
contra o presidente da mesa.
Artigo 198.º88
86 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
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87 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
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Artigo 199.º
(Obstrução da assembleia por candidato ou delegado de
lista)
Artigo 200.º
(Perturbação das mesas de voto)
Artigo 201.º89
(Não comparência de força policial)
Se, para garantir o regular decurso da operação de votação
for competentemente requisitada uma força policial, nos
termos previstos no n.º 2 do artigo 110.º da presente Lei e esta
não comparecer e não for apresentada justificação idónea
no prazo de 24 horas, o comandante da mesma é punido
com pena de prisão de três a seis meses e multa de kz 500 000
00 a kz 1000 000 00.
89 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
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Artigo 202.º90
(Não cumprimento do dever de participação)
1. Aquele que, tendo sido nomeado pela entidade
competente para fazer parte de uma mesa de voto,
sem motivo justificado, não assumir nem exercer tais
funções é punido com pena multa de kz 300 000 00 a
kz 500 000 00.
Artigo 203.º91
(Falsificação)
Aquele que, por qualquer forma, dolosamente viciar,
substituir, destruir ou alterar os cadernos eleitorais, actas da
mesa, actas sínteses ou quaisquer documentos respeitantes
à eleição, é punido com pena de três a oito anos de prisão,
a privação do exercício de cargo público durante 5 anos e
multa de kz 500 000 a Kz 1000 000 00.
Artigo 204.º 92
(Denúncia caluniosa)
Aquele que imputar a outrem, sem fundamento, a prática
de qualquer infracção prevista na presente lei, é punido com
pena de prisão de um mês a um ano e multa de kz 300 000 00
a kz 500 000 00.
90 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
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91 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
83
Artigo 205.º 93
Artigo 206.º 94
(incumprimento de obrigações)
Aquele que, injustificadamente, não cumprir quaisquer
obrigações impostas pela presente lei ou omitir a prática de
actos administrativos necessários à sua pronta execução,
bem como demorar infundadamente o seu cumprimento é
punido com pena de multa de kz 300 000 00 a kz 500 000 00.
Artigo 206-A95
(Aplicação de multas)
As multas referidas nos artigos anteriores se se mostrarem
ineficazes em concreto, podem ser elevadas até ao triplo.
93 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
– Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário da República n.º …, de …
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94 Alterado pelo artigo 1.º da Lei n.º…, Lei que Altera a Lei n.º36/11, de 21 de Dezembro
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TÍTULO XI
Disposições Finais e Transitórias
Artigo 207.º
(Revogado) 96
Artigo 208.º
(Divulgação de sondagens)
Artigo 209.º
(Revogado) 97
Artigo 210.º
(Isenções)
Artigo 211.º
(Transferência da custódia e gestão do FICRE)
96 Revogado pelo artigo 5.º da Lei n.º 9/14, de 30 de Julho, Lei de Alteração à Lei
n.º36/11, de 21 de Dezembro – Lei Orgânica sobre as Eleições gerais, publicada no Diário
da República n.º140, I Serie
97 Revogado pelo artigo 5.º da Lei n.º 9/14, de 30 de Julho, Lei de Alteração à Lei
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2. A transferência referida no número anterior é precedida
de uma auditoria a ser realizada por uma entidade
especializada independente e contratada pela
Comissão Nacional Eleitoral.
Artigo 212.º
(Revogação de legislação)
Artigo 213.º
(Dúvidas e omissões)
Artigo 214.º
(Entrada em Vigor)
Publique-se.
O Presidente da República,
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