Apostila - Projeto de Engrenagens para Redutores
Apostila - Projeto de Engrenagens para Redutores
Apostila - Projeto de Engrenagens para Redutores
Março / 2011
1- INTRODUÇÃO
Esta apostila tem como principal objetivo oferecer um material para apoio
didático no que se refere ao conhecimento básico de projeto de engrenagens para
aplicação em redutores de velocidade, necessário as disciplinas de Elementos de
Máquinas II e Construção de Máquinas II, do Curso de Tecnologia em Projetos
Mecânicos da Faculdade de Tecnologia de Sorocaba.
2 – REDUTORES DE VELOCIDADE
2.1.2 Rendimento
rendimento de engrenagens cilíndricas entre 95 a 99%
rendimento total considerar todos os rendimentos mecânicos
ηt - rendimento total
ηe - rendimento de pares de engrenagens
ηa - rendimento de acoplamento
ηr - rendimento de rolamento
ηt = ηe × ηa × ηr
n1 – rotação do pinhão
n
i= 1 n2 – rotação da coroa
n2
v = n× D (m/s)
p
19100
m= D i=
z D n
=2
= 2 1 D + D m × (z + z )
z z D n a= 1
=2 1 2
1 1 2 2 2
z ≥ 12 - vp pequenas: 0 - 2 m/s
z ≥ 14 - vp médias: 2 - 10 m/s
z ≥ 18 - vp altas: >10 m/s
Fo Fo --- 4 150
1045 normalizado 13 170
1045 têmpera total 15 250
1045 têmpera superficial 13 170 - 450
4340 têmpera total 25 300
4340 têmpera superficial 18 170 – 450
8620 cementado 15 600
8640 têmpera total 20 350
8640 têmpera superficial 14 170 – 500
• critério de desgaste (pressão, contato, “pitting”) – tem como objetivo garantir que
não haja desgaste no flanco do dente, dentro de uma vida útil pretendida.
• critério de resistência (quebra) - tem como objetivo garantir que não haja quebra
durante sua vida útil.
4,5 × 10 × N × (i ± 1)
6
(mm3)
B×D ≥ 2
k ×n×i
A pressão “k” é representada por uma expressão que contém: dureza do flanco
do dente, o tipo de material, a rotação e a vida da engrenagem
8,7 × HB 1 1 2
k= + (kgf/mm2)
( n × h) E E
1/ 3
1 2
n – rotação da engrenagem
h - vida da engrenagem (horas)
E - módulo de elasticidade do material (kgf/mm2)
Eaço = 21.000 kgf/mm2
Esse critério utiliza a resistência dos materiais para sua análise. O esforço no
engrenamento “PN” causa, na base do dente, momento fletor, forças cortante e
normal, tal que a tensão máxima deverá ser menor que a tensão admissível do
material:
1,4 × 10 × N × q
6
σ = ≤σ (kgf/mm2)
max
B ×m×e× D×n adm
Engrenamento externo:
z 12 13 15 17 20 30 40 50 > 60
q 4,5 4,3 3,9 3,6 3,3 3,1 2,9 2,7 2,6
Engrenamento interno:
No contato entre os dentes, num engrenamento, a força normal “FN” tem uma
direção que forma com a tangente às circunferências primitivas um ângulo “α“. Essa
força normal, para facilidade de tratamento, é decomposta em duas forças ortogonais:
tangencial (FT) e radial (FR).
FT α
FR
FN
1,4 × 10 × N 75 × N 2 × M
6
(kgf)
F = = = t
T
n× D v D p
F = F × tgα = 0,36 × F
R T T
(α = 20o)
(kgf)
M = 716200 × N (kgf.mm)
T
n
Vantagens:
• Menor volume necessário para os mesmos parâmetros de solicitação
• Menor ruído em operação
• Transmissão de movimento e força de maneira mais homogenia
Desvantagens:
• Maior custo de fabricação
• Projeto mais complexo
• Surgimento de uma força axial “FA”
mf
1,2mf
β
1,2mn
mn
mn - módulo normal
mf - módulo frontal
β - ângulo de hélice
m =D mf =
mn z = z
z
f
cos β
i
cos β
3
i=
z D n
=
2
= 2 1 D + D (z + z ) × m
z D n a= 1
= 2 1 2 f
1 1 2 2 2
• Critério de desgaste
4,5 × 10 × N × (i ± 1) 6
(mm3)
B×D ≥ 2
k × n ×i ×ϕ p
• Critério de resistência
1,4 × 10 × N × q
6
σ = ≤σ (kgf/mm2)
max
B × m × e× D × n ×ϕ
n R
adm
Onde ϕR é um fator de correção que depende do ângulo de hélice e “q” é função de zi:
formulário:
1,4 × 10 × N 6
F = (kgf)
T
n× D
0,36 × F
F = T
(kgf)
R
cos β
(kgf)
F = F × tgβ
A T