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Dicas para Interpretação de Textos

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Dicas para Interpretação de

Textos em Concursos,
Vestibulares e ENEM:

A postura do candidato: Dicas Gerais.


Uma das preocupações do candidato, no momento da prova, é o tempo. Por
isso, na maioria das vezes, ele lê rapidamente o texto e vai direto as questões.
Não se deve fazer isso. O tempo gasto com a leitura é compensado na hora das
respostas. Segue algumas dicas:

✓ Ler o texto de 02 a 03 vezes antes de fazer as questões:

Embora a primeira vista pode parecer que é perda de tempo (o tempo é


realmente escasso), o candidato irá ganhar tempo quando for fazer as questões,
evitando a todo momento o pingue pongue entre leitura da questão e leitura de
parte do texto, sem falar também que irá compreender melhor o sentido e as
nuanças do texto, o que evita ser surpreendido depois por pegadinhas.
“Lembre-se, mais importante do que ler e fazer rapidamente as questões é ler
mais devagar e fazer acertadamente as questões, mesmo que demore um pouco
mais de tempo”

1º) Leitura: Leitura preliminar, mais rápida, procurando apenas ter uma noção
geral e para aguçar a criatividade.

2º) Leitura: Aqui, será uma leitura mais devagar e pausada, onde já se pode
fazer algumas marcações de pontos ou ideias importantes, o que auxiliará na
resolução das questões. Nessa segunda leitura, o candidato deve procurar
entender ou compreender melhor as ideias e pontos de vista abordados, antes
de partir para as questões.

3º) Leitura: Caso não se sinta ainda seguro, ou sentindo que não entendeu
determinado trecho do texto, recomenda-se uma terceira leitura, principalmente
focando nos pontos do texto que foram marcados e nas partes que ainda não
foram compreendidas.

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Mais uma vez reforçamos, o ideal é que o candidato compreenda bem o texto
antes de fazer as questões, embora diversas leituras podem parecer perca de
tempo, a chance de fazer de forma correta as questões é bem maior, e o tempo
gasto inicialmente nas 03 leituras será posteriormente compensado, visto que
evitará que o candidato fique retornando ao texto a todo momento.

✓ Ler o texto de forma mais devagar, isso aumenta a compreensão,


captação e fixação de informações para responder corretamente as
questões.

✓ Procure não perder a concentração durante a leitura. A falta de


concentração atrapalhará a leitura e consequentemente a compreensão
e interpretação do que está sendo lido. O ideal é que o candidato não
perca e concentração em nenhum momento da prova, por isso é
recomendado de 01 a 02 pausas de 10 minutos durante a prova.
Recomendamos que a matéria de Língua Portuguesa e
principalmente os textos, sejam lidos e resolvidos em primeiro lugar,
pois o candidato estará no início da prova e com um maior nível de
concentração.

✓ Leia 02 vezes o comando da questão, para se entender o que está


sendo pedido. Tão importante quanto ler o texto com atenção, é também
ler de forma cuidadosa o enunciado que informa o que a banca
examinadora quer saber, para evitar erros que possam no final
desclassifica-lo.

✓ Leia 02 vezes as alternativas. O mesmo vale para as alternativas,


fazendo uma leitura cuidadosa e atenta, você já poderá eliminar duas ou
três alternativas absurdas, o que diminui a chance de erro e perda de
pontos.

✓ Destaque as ideias centrais apresentadas no texto.

✓ Faça anotações nas bordas ou margens, bem como sublinhar trechos


também auxilia na compreensão de determinadas ideias dentro do texto.

✓ Preste atenção ao título do texto, sempre o título nos dará uma ideia
geral do texto que está por vir, e também poderá dar a visão do autor com
relação ao tema abordado.

✓ Se o comando da questão pedir a ideia principal (tema ou ideia central),


esta se encontra no primeiro parágrafo. Se pedir a argumentação, está
nos parágrafos intermediários (desenvolvimento). Caso peça a síntese,
está no último parágrafo.

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✓ Amplie o seu vocabulário, dessa forma, aumentará sua compreensão
dos textos lidos, visto que às vezes o entendimento não vem por conta de
uma ou duas palavras.

E como ampliar o vocabulário?

1º) Dica: Leia diversos tipos de texto, bem como textos relacionados a assuntos
e temas diversos (economia, história, atualidades, esportes, política etc.).
2º) Dica: Estude o significado das palavras, principalmente as palavras e seus
sinônimos e antônimos, por meio de uma boa gramática, isso aumentará
consideravelmente o seu vocabulário.
3º) Dica: Ao praticar interpretação de textos, tenha sempre em mãos um bom
dicionário, para que possa buscar o significado de determinada palavra, além de
também poder estudar por ele sobre as palavras e seu significado, bem como
palavras antônimas e sinônimas, ou ainda palavras parecidas.

✓ Entenda o contexto. O texto não é uma simples reunião de frases


isoladas, para se entender qualquer uma de suas passagens, é
necessário confrontá-las com as demais partes que o compõem, pois do
contrário, pode-se chegar a um significado oposto ao que o texto
realmente tem.
A leitura crítica exige o conhecimento da pertinência dos conteúdos do texto,
com base no ponto de vista do autor, e não do leitor, e a relação contida
entre esse ponto de vista e os tópicos frasais. Com isso, observa-se a
subordinação entre a ideia principal e as que a subsidiam.
Numa prova de concurso, a banca examinadora pode fazer questões de
compreensão ou intelecção de texto ou questões referentes à interpretação
do texto. Qual a diferença?

1º) Compreensão ou intelecção de texto (Pressuposição ou Pressuposto):


exigem do candidato uma análise do que realmente está escrito, ou seja, ele
deve COLETAR OS DADOS DIRETAMENTE DO TEXTO, com leitura seletiva e
crítica.
Os comandos das questões desse tipo são:
➢ O autor afirma que...
➢ De acordo com o texto...
➢ Tendo em vista as ideias do texto...

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➢ Segundo o texto está correta a afirmação...
➢ O autor sugere ainda que...

2º) Interpretação de texto (Inferência): já as questões de interpretação de texto


dependem da LEITURA INTERPRETATIVA. Elas exigem do candidato o
conhecimento do que se infere do texto, a informação que se busca não está
escrita no texto, devendo o leitor entender e compreender algo que foi
depreendido do texto, geralmente a opinião do autor. Na elaboração desse tipo
de questão, os examinadores seguem praticamente o mesmo procedimento:
➢ Em conformidade com as ideias e estruturas do texto julgue os itens que
se seguem...
➢ Considerando o texto acima e com base nos processos de coesão textual,
concordância e regência, julgue os itens a seguir...
➢ A partir do texto acima e considerando as múltiplas implicações do tema
por ele abordado, julgue os itens seguintes...
➢ Tendo o texto acima por referência inicial e considerando a amplitude do
tema por ele focalizado, julgue os itens seguintes...
➢ Assinale a inferência que não está coerente com a argumentação do
texto...
➢ Assinale o item que está de acordo com as ideias desenvolvidas no
texto...
➢ Julgue se as substituições sugeridas para elementos do texto provocam
erro gramatical...

✓ Tenha conhecimento de alguns assuntos importantes como:

1º) O que é conotação e denotação.


2º) Tipos de texto: narração, descrição e dissertação.
3º) Estudar significação das palavras: sinônimos (sinonímia) e antônimos
(antonomínia).
4º) Estudar palavras parecidas: homônimos homógrafos e homônimos
homófonos.
5º) Estude os sinais de pontuação. Muitas vezes, uma pontuação pode mudar
totalmente o sentido de um texto.
6º) Estudar Coesão Textual.
7º) Estudar sobre Paráfrase (Escrever a mesma frase com outra sequência
lógica e/ou com outras palavras).

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8º) Estudar sobre o uso de conectores (conjunção, preposição) que têm a função
de ligar e tornar coerentes as frases, parágrafos e outros elementos textuais. As
bancas organizadoras gostam muito de saber qual a função que esses
conectores estão tendo dentro do texto.
9º) estudar sobre o uso de pronomes demonstrativos dentro do texto, e suas
funções.

Alguns desses assuntos serão abordados mais abaixo dentro desse mesmo
arquivo. Para ver sobre sinais de pontuação, significação das palavras ou sobre
palavras parecidas, consultar outros arquivos na matéria de Gramática.

✓ Praticar. Após compreender e internalizar as demais dicas, somente o


treinamento, com provas e questões anteriores das diversas bancas
organizadoras, fará com que você adquira prática e aperfeiçoamento ao
se deparar com textos onde se faz necessário a correta
compreensão/interpretação, por isso, busque provas anteriores e parta
para a ação. Mãos à obra !!!

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Fatores e aspectos importantes para a Compreensão e
Interpretação de Textos:

Entenda o que é:

1º) Denotação e Conotação (sentido real e sentido figurado)

Quando uma palavra é empregada no seu sentido real, com função objetiva,
sem carga emotiva, diz-se que está em denotação.
No sentido figurado, de forma abstrata e com emotividade, diz-se que a palavra
está em conotação.
Nota-se portanto, que qualquer palavra, a depender do contexto, pode ter sentido
real ou figurado (indicar denotação ou conotação).

Exemplos:
O fumo faz mal à saúde. (Denotação)
Não estudei e levei fumo na prova. (Conotação)
Aquele sujeito é um porco. (Conotação)
Não gosto de comer carne de porco. (Denotação)

2º) Tipologia Textual:

No estudo da interpretação de textos, se faz necessário conhecer as diferenças


entre os tipos de texto.

Quais tipos de textos podemos encontrar?


Textos descritivos, narrativos ou dissertativos. Para a elaboração de uma
redação ou de uma questão discursiva em prova, o tipo de texto elaborado
deve ter características típicas de uma dissertação.

• Texto Descritivo:

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Descrever é colocar uma fotografia na mente do leitor. É detalhar uma cena,
pessoa, objeto, movimento, destacando-lhe características peculiares, de modo
a passar uma imagem ais próxima possível daquela que mentalizamos, como se
fosse uma fotografia.

Exemplos:
➢ Nossa viagem de final de semana foi maravilhosa, primeiro fomos apreciar
a natureza, andamos a cavalo por lindas florestas com muito verde e
diversas espécies de pássaros nos rodeando. No meio do caminho,
encontramos um riacho lindo com água azul celeste, e uma linda queda
d’água. Depois, fomos de volta ao restaurante do hotel onde almoçamos
um delicioso peixe frito, com arroz, salada e legumes....

➢ Por onde andei, a paisagem da cidade era de destruição após os


confrontos: casas e apartamentos destroçados, pessoas mortas por todos
os lados, canhões de guerra em algumas esquinas, e os poucos
sobreviventes sem abrigo e passando fome.

• Texto Narrativo:

Narrar é relatar um ou mais fatos ou acontecimentos reais ou fictícios. Numa


narração, haverá sempre o desenrolar de um fato, uma história, um enredo com
a presença de personagens, do lugar onde o fato ocorre e do narrador. Por
exemplo: Romances, novelas, entrevistas, reportagens, biografias, charges,
histórias em quadrinhos, notícias, contos, crônicas, anedotas etc.

Exemplos:
➢ Narrador Observador ou Externo: Cientistas dos Estados Unidos
acharam os fósseis mais antigos de uma espécie de baleia que vivia
somente na água, com cerca de 46 milhões de anos. Na revista Natures
de hoje, Philip Gingerich, da Universidade de Michigan, diz que encontrou
a Rhodocetus Kasrani no Paquistão. Em janeiro, a mesma equipe revelou
os fósseis de uma baleia que andava e nadava (Folha de S.Paulo,
28/04/1994).

➢ Narrador Personagem: Passamos três dias de chuva e eu tinha


improvisado um jirau onde nos escondíamos. Estava ficando desanimado
com o estado de saúde de Joana e procurava comida pelas redondezas.

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No segundo dia, consegui matar uma garça. (Márcio Souza – Galvêz –
Imperador do Acre)

Tipos de Discurso:
➢ Discurso Direto: O narrador transcreve a fala dos personagens TAL
QUAL ELES FALARAM.

➢ Discurso Indireto: O narrador É QUEM INFORMA A FALA DA


PERSONAGEM.

➢ Discurso Indireto Livre: O narrador é onisciente, nesse tipo de discurso,


NÃO HÁ MUDANÇA DE LINHA, TRAVESSÃO, ASPAS OU DOIS
PONTOS, indicando que houve mudança de interlocutor.

• Texto Dissertativo:

O texto dissertativo discute ideias a respeito de um tema, com base em


raciocínios e argumentos. O objetivo do autor é discutir um tema e defender
sua posição ideológica com coerência, clareza e correta progressão de
ideias.
Por essa razão, sempre que você tiver que fazer uma redação, ou resolver
questões discursivas em um concurso, o tipo de texto a ser produzido será
com base na dissertação. Já os textos que pedem compreensão e interpretação,
podem ser tanto dissertativos, como descritivos ou narrativos.

Exemplos:
➢ A única conclusão a que posso chegar é a que de todos os problemas
brasileiros o que mais sobressai em importância e gravidade é o da
educação. Todos os outros, até mesmo os problemas econômicos e
sociais não podem ser comparados ao problema educacional, quando se
fala em qualquer hipótese de reconstrução nacional. Assim, entendo que,
se o desenvolvimento do sistema cultural do país depende de suas
condições econômicas, não há dúvida de que é possível desenvolver
qualquer tipo de força econômica ou de produção sem o preparo intensivo
dos seus operadores.

➢ A sabedoria edifica uma casa, não meramente o prédio, mas a família e


sua vida bem-sucedida como unidade. Os pais sábios não refreiam a vara
e a repreensão, mas, por meio da disciplina e conselho, protegem os filhos

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da delinquência. A esposa sábia contribui muito para o bom êxito e a
felicidade da família. Os filhos que se sujeitarem sabiamente à disciplina
parental dão alegria e honra à família, defendendo a reputação contra
calúnias e acusações, e dão aos outros prova da sabedoria do pai e do
treinamento que deu.

3º) Coerência e Coesão Textual:

• Anáfora:
É a forma mais usual de coesão, o termo anafórico se refere a um termo ou
palavra que VEIO ANTES no texto.

Anáfora: Se refere ao que vem antes An (antes) áfora

Exemplos:
➢ Ficamos muito preocupados com o que aconteceu. Isso, nosprejudicou
na hora da prova. (ou seja, essa preocupação nos prejudicou. O pronome
isso é o termo coesivo anafórico).

➢ A filosofia teve origem na tentativa humana de escapar para um mundo


em que nada mudasse. Platão, fundador dessa área da cultura, supunha
que a diferença entre o passado e o futuro seria mínima e que essa
ciência não teria evolução. (dessa área de cultura e essa ciência são os
termos coesivos anafóricos).

Importante:
Os pronomes demonstrativos esse (s), essa (s), isso são utilizados para o
que já foi mencionado anteriormente (anafórico) dentro do texto.

• Catáfora:
Nesse caso, o termo catafórico se refere a um termo ou palavra que VIRÁ
DEPOIS no texto.

Exemplos:

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➢ Certos políticos poderiam fazer uma coisa: renunciar ao cargo. (uma
coisa é o um termo coesivo catafórico, nesse caso, se referindo ao que
vem depois: a renúncia do cargo).

➢ Essas foram as palavras de Marechal Deodoro da Fonseca:


independência ou morte. (as palavras de Marechal Deodoro da Fonseca
é o um termo coesivo catafórico, nesse caso, se referindo ao que vem
depois: independência ou morte).

Importante:
Os pronomes demonstrativos este (s), esta (s) isto são utilizados para algo
que vai ser mencionado (catafórico) posteriormente dentro do texto.

• Referência Endofórica:

Como o próprio nome já diz, ocorre esse tipo de referência quando O


ELEMENTO DE REFERÊNCIA ESTÁ DENTRO DO PRÓPRIO TEXTO, de
forma explícita. Tanto os casos de anáfora como os de catáfora sempre serão
referências endofóricas, pois se referem a elementos que estão dentro da frase
ou texto.

• Referência Exofórica:

Ocorre quando os elementos de referência NÃO ESTÃO EXPLÍCITOS DENTRO


DO TEXTO, ou melhor, estão nas entrelinhas do texto, naquilo que se infere das
afirmativas do autor. Aqui, NÃO HÁ QUE SE FALAR EM TERMO COESIVO
CATAFÓRICO OU ANAFÓRICO.

Exemplos:
➢ Você não se arrependerá de ter dado aquele conselho, pois tudo se
resolveu conforme o que você disse. (aquele conselho e o que você
disse se referem a elementos que não foram especificados dentro do
texto, logo, um dos participantes do mesmo fez uma referência exofórica).

➢ Platão julgava que a Filosofia não mais tivesse modificações. Não foi o
que aconteceu. (não foi o que aconteceu quis dizer que a Filosofia sofreu
modificações ao contrário do que pensava Platão, informação essa que
não estava presente antes na oração, ou seja, o termo em vermelho fez
uma referência exofórica, fez referência às modificações da Filosofia).

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4º) Informações Implícitas: Pressuposição e Inferência.

Quando lemos um texto, não podemos nos basear apenas nas informações que
estão claramente afirmadas nele. Afinal, sempre há ideias implícitas, essenciais
para a compreensão dos enunciados.

• Pressuposição ou Pressuposto:

O pressuposto é uma ideia implícita que pode ser recuperada a partir de


elementos gramaticais do texto, a partir de uma leitura mais atenta. Nesse caso,
a informação que se busca SEMPRE ESTÁ DENTRO DO TEXTO.

• Inferência:

Uma inferência é recuperada não a partir de um dado linguístico, mas de uma


informação contextual. Assim, nada no texto indica haver uma ideia implícita,
que só pode ser inferida se o leitor tiver determinado conhecimento de mundo
exterior à leitura.
Dessa forma, a resposta para o que o enunciado da questão quer saber NÃO
ESTÁ DIRETAMENTE IMPLÍCITO DENTRO DO TEXTO, devendo o leitor
depreender a partir do texto o que o autor do mesmo ou outros por ele
citados estão querendo dizer (seus pontos de vista).

5º) Paráfrase:

Parafrasear é reescrever um texto com outras palavras, sem alterar-lhe as


ideias originais.

Exemplos:
➢ Texto original: Uma das constantes do telejornalismo é transformar as
notícias em pequenos capítulos de um melodrama interminável. O que
vale é o sentimentalismo: é preciso comover a plateia pois como se sabe,

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público emocionado é público cativo. Por isso, na TV, emoção é mais
importante que informação.

Texto Parafraseado: A dramatização das notícias. Como se fossem novelas


folhetinescas, tem sido a tônica dos atuais noticiários de televisão. A
necessidade de se manter uma conotação emocional, com a finalidade de cativar
o público telespectador, é essencial. Logo, o maior peso é dado às emoções, e
não às informações.

Repare que no texto parafraseado a ideia do primeiro texto foi novamente


expressa, só que com outras palavras. Esse tipo de conteúdo é um prato cheio
para as bancas examinadoras. Aqui não tem segredo, é fazer diversas questões
de concurso referentes ao tema.
O uso dos conectores, que será visto mais abaixo, é um instrumento
importantíssimo na resolução de questões de paráfrase, visto que na maioria
dos casos, a alternativa incorreta é a que apresentou os conectores errados.
Iremos passar para duas questões de concursos e depois falaremos mais acerca
desses conectores (grifados nas questões).

1º) (ESAF) Assinale a opção em que o segundo texto apresenta uma


paráfrase textual e gramaticalmente correta do primeiro:
A) 1. Cumpre associar o indivíduo no processo de autoridade, isto é, o
trabalhador no poder industrial. A exclusão de alguém de uma parcela do poder
é, forçosamente, a exclusão daquele dos benefícios deste.
2. Cumpre associar o indivíduo ao poder industrial, ou seja o trabalhador ao
processo de autoridade, inobstante excluir alguém de uma parcela do poder é
forçosamente excluí-lo dos benefícios deste poder.

B) 1. Todos deviam e devem, portanto, ter direito a uma parte dos resultados da
vida social. E as diferenças devem existir somente quando necessárias ao bem
comum.
2. Portanto, todos deviam e devem ter direito a uma parte dos resultados da vida
social por que, somente quando necessário, deve haver diferenças no bem
comum.

C) 1. Impõe-se, pois, uma igualdade econômica maior, porque os benefícios


que um homem pode obter do processo social estão aproximadamente em
função do seu poder de consumo, o que resulta do seu poder de propriedade.

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Assim os privilégios econômicos são contrários à verdadeira sociedade
democrática.
2. Os privilégios econômicos são contrários à verdadeira sociedade democrática
conquanto os benefícios que um homem pode obter do processo social, em
função de seu poder de consumo – o que é resultado de seu poder de
propriedade.

D) 1. O próprio conceito de liberdade redefine-se através dos séculos, de acordo


com as circunstâncias históricas e o desenvolvimento das forças econômicas. E
a liberdade, no mundo atual, só existirá de fato quando assentada na segurança
e em função da igualdade.
2. De acordo com as circunstâncias históricas, o próprio conceito de liberdade
redefine-se através dos séculos, segundo o desenvolvimento das forças
econômicas, e aquela, só existirá quando baseada na segurança e na igualdade.

E) 1. Para que a liberdade realmente exista, é preciso que a sociedade se


estruture sobre cooperação e não sobre exploração. E assim os homens serão
livres.
2. É necessário que a sociedade se estruture não sobre a exploração, mas
sobre a cooperação, a fim de que a liberdade exista realmente e os homens
sejam, de fato, livres.

Alternativa correta: Letra E.

Comentários:
✓ O item A não apresenta paráfrase porque o texto diz que é “a exclusão
de alguém” e não “apesar de excluir” (inobstante excluir).
✓ No item B não há paráfrase, pois o texto diz que as diferenças devem
existir somente quando necessárias ao bem comum e não que deve haver
diferenças no bem comum somente quando necessário.
✓ O texto do item C diz que os benefícios do processo social estão
aproximadamente em função do poder de consumo e que são contrários
à sociedade em função de seu poder de consumo.
✓ No item D, segundo o texto, o conceito de liberdade redefine-se de acordo
com as circunstâncias históricas e o desenvolvimento das forças
econômicas e não que de acordo com as circunstâncias históricas o
conceito redefine-se segundo o desenvolvimento das forças econômicas.
✓ Na letra E houve a correta paráfrase da oração inicial, visto que tal como
esta, a segunda nos diz que a sociedade não pode se estruturar sobre a

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exploração, e sim sobre a cooperação, para que os homens possam ser
livres.

2º) (FAURGS) Observe o texto:

Quem entra em todos os lares precisa ser mais responsável. A mídia precisa ter
consciência de seu compromisso social, não podendo deixar de assumir como
verdadeira missão de ser um veículo de resgate da cidadania.

Nos itens abaixo, foram feitas reescrituras do texto acima:


I. A mídia precisa ter consciência de seu compromisso social; portanto, não pode
deixar de assumir como verdadeira missão ser um veículo de resgate da
cidadania.
II. A mídia precisa ter consciência de seu compromisso social, e não pode deixar
de assumir como verdadeira missão ser um veículo de resgate da cidadania.
III. A mídia nem precisa ter consciência de seu comportamento social, nem pode
deixar de assumir como verdadeira missão ser um veículo de resgate da
cidadania.
Quais NÃO contrariam o sentido do texto original?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e II.
(E) I, II e III.

Alternativa Correta: letra D.

Comentário:
As reescrituras I e II não contrariam o sentido do texto original que é positivo,
embora I traga um nexo explicativo (portanto) e a II um nexo adversativo (e). Na
III, o sentido é negativo com o nexo aditivo nem (=e não).

6º) Uso de conectores:

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Conectores são elementos presentes no texto e que ligam frases, orações e
ideias dentro desse texto.

Quais os tipos de conectores aparecem nos textos e que desempenham


essas funções?
Conectivos das classes:
✓ Conjunções;
✓ Preposições.

Alguns exemplos de conjunções:

➢ Aditivas: e, nem, mas também, mas ainda.


➢ Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto,
conquanto, não obstante, nada obstante, inobstante.
➢ Conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, por isso, pois (depois do
verbo).
➢ Explicativas: que, porque, porquanto, pois (antes do verbo).

Alguns exemplos de preposições: a, ante, até, após, contra, de, desde.

Para ver mais sobre preposições e conjunções, acessar os arquivos na pasta


MORFOLOGIA.

7º) Pronomes Demonstrativos:

Este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo.

Importante:
Os pronomes demonstrativos podem indicar a posição dos elementos em
relação a três hipóteses distintas: texto, espaço e tempo.

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• No Texto:

1º Caso:
Apontam para uma informação que virá adiante no texto. Pronomes
utilizados: este (s), esta (s), isto.
Exemplo:
➢ Este número é o que ela me informou como sendo o de sua casa.

2º Caso:
Indicam uma informação que já aconteceu no texto. Pronomes utilizados:
esse (s), essa (s), isso.
Exemplo:
➢ Hitler matou e exterminou muitos judeus, isso até hoje é lembrado como
um dos piores massacres da história da humanidade.
O pronome isso retoma uma informação prévia do texto, o fato de Hitler ter
matado e exterminado muitos judeus.

3º Caso:
Quando se faz referência a dois antecedentes no texto: usa-se este para o
mais próximo e aquele para o mais distante.

Exemplo:
Isabelle e Cecília estudaram muito. Esta foi aprovada, aquela ficou no cadastro
de reserva.
Esta foi aprovada: refere-se a Cecília.
Aquela ficou no cadastro reserva: refere-se a Isabelle.

• No Espaço:

1º Caso:
Para se referir ao que está perto do falante. Pronomes utilizados: este (s),
esta (s), isto.

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Exemplo:
➢ Este livro aqui é meu.

2º Caso:
Para se referir ao que está perto do ouvinte. Pronomes utilizados: esse (s),
essa (s), isso.
Exemplo:
➢ Esse livro ai é meu.

3º Caso:
Para se referir ao que está distante de ambos. Pronomes utilizados: aquele
(s), aquela (s), aquilo.
Exemplo:
➢ Aquele livro ali é meu.

• No Tempo:

1º Caso:
Para indicar tempo presente ou futuro próximo. Pronomes utilizados: este
(s), esta (s), isto.
Exemplo:
➢ Esta semana tem sido bastante agradável. (Presente)
➢ Nestas férias viajarei. (Futuro próximo)

2º Caso:
Para indicar passado próximo. Pronomes utilizados: esse (s), essa (s), isso.
Exemplo:
➢ Nesse sábado comi hambúrguer com fritas e bebi muita coca cola.
(Passado não distante)

3º Caso:

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Para indicar passado distante ou futuro distante. Pronomes utilizados:
aquele (s), aquela (s), aquilo.
Exemplos:
➢ Aquela final da Copa do Mundo de 1994 foi inesquecível. (Passado
distante)
➢ Aquelas férias de 2020 onde planejamos ir a Fernando de Noronha será
maravilhosa. (Futuro distante)

Importante:
As palavras mesmo, próprio, tal e semelhante também podem aparecer
como pronomes demonstrativos.
Exemplos:
➢ Ela mesmo terminou a tarefa;
➢ Ele próprio concluiu todo o trabalho do grupo;
➢ Tal atitude por parte dele é muito perigosa.

Importante:
Os artigos o (s), a (s) são classificados como pronome demonstrativo
quando equivale a aquele (s), aquela (s), aquilo e isso. Normalmente, vem
antes do pronome relativo QUE ou da preposição DE.
Exemplos:
➢ Também quero o QUE você pediu. (O nesse caso é pronome
demonstrativo, pois equivale a aquilo. Observe que o mesmo veio antes
do pronome relativo que).
➢ Prefiro o ingresso DO setor azul. (O nesse caso é pronome demonstrativo,
pois equivale a aquele. Observe que o mesmo veio antes do pronome
relativo DE).

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