ADM05025 - Ebook Marketing Digital
ADM05025 - Ebook Marketing Digital
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Curso:
Graduação em Administração
Marketing Digital
Professor Elaborador:
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Sumário
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5.3 Criação De Conteúdos ....................................................................................... 62
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1. INTRODUÇÃO AO MARKETING DIGITAL
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consideráveis. Nesse sentido, pode-se dizer que as vantagens da conectividade pelo
mundo estariam sendo desperdiçadas ou mesmo subestimadas, uma vez que o
acesso ao conhecimento, informação e até mesmo entretenimento fica
comprometido pelo isolamento digital. Todo o movimento global de inclusão digital
permitirá que uma quantidade considerável de pessoas participe da construção de
um mundo mais equilibrado e desenvolvido.
Observando especificamente a realidade brasileira, ainda conforme a We Are
Social e Hootsuite (2019), a quantidade de cidadãos conectados é de cerca de 150
milhões em todo o território nacional. Em termos de penetração de acesso pela
população, esse número representa quase 70% dos brasileiros. Tendo em vista as
questões do macroambiente (i.e., política, economia, sociedade e natureza), é
possível afirmar que as atividades on-line do brasileiro representam boa parte de
seu dia a dia. Para se ter uma ideia, a média de conexão diária fica em torno de
nove horas, sejam elas para o consumo ou mesmo produção de informações nos
mais variados aparelhos (i.e., desktop, smartphones ou tablets). No ranking mundial,
o Brasil está na terceira posição de tempo diário de consumo.
Em meio às informações, conteúdos, jogos e mensagens de natureza pessoal
estão as empresas, suas marcas e ofertas. Não há claramente uma separação, na
realidade, dos limites entre as relações pessoais das de consumo. Apenas como um
exemplo, ao rolar o feed do Instagram, o usuário verá posts de amigos, outros de
influenciadores e alguns anúncios. Ou seja, o impacto do universo digital faz com
que a separação do público com o privado, da pessoa física com a jurídica, do
consumidor com a empresa fique cada vez mais complexa de ser compreendida.
Não cabe aqui, obviamente, propor uma resposta única ou solução para eventuais
questões envolvendo esses pontos, mas cabe a discussão sobre dois impactos
fundamentais no que tange à administração de empresas.
Como primeiro ponto, vale ressaltar o que muda para os modelos de negócios
e o processo de construir e entregar valor para um determinado consumidor.
Atualmente, um dos tópicos mais debatidos sobre os rumos da gestão nessa Era
tecnológica é a Transformação Digital. Em um contexto como esse, é inegável que
as tecnologias digitais redefinem diariamente dinâmicas de consumo, negócios e
boas práticas de mercado, o que pressupõe uma especial atenção por parte dos
administradores de uma empresa ao que está acontecendo. É possível sugerir,
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nesse contexto, que empresas criadas antes da década de 2000 precisem de
adaptação tão ágil quanto as nativas digitais dada velocidade de desenvolvimento
de recursos tecnológicos.
Como uma proposição para a Transformação digital, que não tem
exclusivamente relação com práticas de marketing digital, Rogers (2017) sugere que
sejam consideradas cinco dimensões. São elas:
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Transformação Digital de Rogers (2017) é tido como ponto central de todo o
processo, é fundamental que se apresente, ainda que brevemente, o papel da
Inteligência Artificial (IA). Este é o segundo impacto que cabe mencionar no que se
refere à administração de empresas.
Ainda que de recente popularização por filmes, seriados, como Black Mirror da
Netflix, e mídia não especializada, a IA é uma tecnologia de origem na década de
1950. Ao longo de seu desenvolvimento, foram diversas fases e, no ano de 2003,
por exemplo, a DARPA, um setor do departamento de defesa dos EUA, criou os
primeiros assistentes pessoais inteligentes. Seriam similares a Siri da Apple, Alexa
da Amazon e Bixby da Samsung em tempos atuais.
Se considerado o cenário apocalíptico mostrado por filmes, um gestor jamais
faria a escolha de implantar um sistema para controle financeiro baseado nessa
tecnologia. Por outro lado, consideravelmente afastado do fim do mundo, toda a
Transformação Digital de uma empresa e, consequentemente, um melhor
desempenho na internet deve levar em conta sistemas com algum nível de IA. No
atual estágio, de maneira massificada pelo mercado, o que se encontra são
soluções de weak AI, ou seja, aquela capaz apenas de raciocinar e tomar decisões
baseadas em programações prévias (ou rotinas) pelo modelo IFTTT (if this then that
– se isso, então aquilo), por exemplo. Aqui, uma possível aplicação são os chatbots
encontrados em diversos sites de companhias aéreas para autoatendimento ou em
aplicativos de bancos, como a BIA do Bradesco.
Sem dúvida, há outras aplicações e modelos de IA pelo mercado, tendo, em
alguns casos, alto nível de sofisticação no que se refere à interação social.
Possivelmente, uma das mais avançadas é a Sophia, um robô criado pela Hanson
Robotics, cujo objetivo é explorar as experiências entre humanos e máquinas em
contextos de serviços e entretenimento. Para conhecer mais sobre o projeto, faça
uma visita ao site da empresa pelo link: https://www.hansonrobotics.com/sophia/
Os desafios para os administradores de empresas são, certamente, grandes.
Indo do conhecimento sobre a penetração de internet pelo mundo, passando pelas
características do brasileiro altamente conectado a até mesmo mudanças nos
negócios pela Transformação Digital. Há muito a ser discutido e feito.
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Certamente, tudo pode mudar em um contexto de alto dinamismo como o
atual. Nesse sentido, o acompanhamento das preferências do consumidor,
movimentos de concorrentes, dinâmicas de mercado são fundamentais para a
correta criação e captura de valor por meio de relacionamentos consistentes.
Possivelmente, uma das principais lições ou fundamentos que se deve ter em mente
é de que não há controle na internet, apenas influência. O volume de informações é
imenso e descentralizado, conforme ilustrado pela figura 1.
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Fonte: adaptado de Lewis (2019).
Tradução – 60 segundos:
Tendo em vista todo esse panorama, deve-se ter especial atenção para o mix
de marketing (i.e., Produto, Preço, Praça e Promoção) no que se refere ao impacto
das tecnologias digitais em estratégias e táticas. De que maneira, então, é possível
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seguir nesse cenário aparentemente caótico? Ainda que não exista uma única
resposta, o papel do gestor é relacionar as atividades que ocorrem na internet com
os recursos que possui na empresa para a garantia de resultados satisfatórios. Aqui,
cabe um alerta: ainda que parte das discussões envolvendo marketing digital
estejam voltadas para a comunicação, seu escopo deve ser compreendido de
maneira mais ampla.
Nesse sentido, o Produto, seja um bem de consumo, serviço, conteúdo ou
experiência, pode ter seu desenvolvimento, por exemplo, financiado por usuários em
sites de crowdfunding. Em plataformas com esse modelo de negócios, é possível
colocar uma ideia e receber investimentos de interessados na proposta em troca de
exclusividade de compra ou mesmo descontos no lançamento. Nesse link, é
possível conhecer um pouco mais sobre financiamento coletivo:
https://exame.abril.com.br/pme/8-sites-de-crowdfunding-para-voce-tirar-sua-ideia-do-
papel/
Com relação ao P de Preço, há diversas maneiras de se observar o impacto
do digital. Assumindo, em um primeiro momento, a transação comercial pautada em
dinheiro, as ferramentas de comparação de preço, como Buscapé, por exemplo,
mexem diretamente na dinâmica competitiva de uma empresa. Uma outra maneira
de realizar o pagamento por uma oferta pode ser entendida como uma
recomendação feita por influenciadores em mídias sociais. Em alguns casos, eles
recebem produtos, experimentam e postam algo relacionado à sua experiência,
identificando, em muitos casos, com a hashtag #recebidos. Seu poder de influência
acaba sendo o “pagamento” pela oferta.
Para a Praça, terceiro P, a relação deve ir além da criação de um e-
commerce. Conforme já mencionado, não há distinção entre o ambiente on-line e
off-line, pois a experiência do consumidor é algo que deve acontecer de maneira
fluida, integrada, o mais natural possível. Nesse contexto, ferramentas de realidade
aumentada podem gerar um impacto positivo em uma simples ida ao supermercado,
por exemplo. Para se aprofundar no tema, é possível ter acesso ao caso da
Starbucks pelo link:
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/07/15/starbucks-at-home-leva-
realidade-aumentada-para-supermercados.htm
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Por fim, quando observadas as práticas de comunicação integrada de
marketing (CIM), ou do P de Promoção, as mídias digitais são as responsáveis pela
manutenção do processo comunicacional multilateral. Ou seja, aquele não mais
centralizado em um único emissor, conforme exemplificado pela figura 2.
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1. Assimilação: diariamente, os consumidores são expostos a um considerável
número de marcas e propostas. Portanto, é importante que o primeiro contato
com a mensagem publicitária ocorra no tempo e lugar adequados;
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Figura 3: Modelo dos cinco As.
Ainda que boa parte das ferramentas de CIM sejam as mesmas utilizadas por
consumidores, como o Facebook, por exemplo, a atuação e plena presença de uma
marca nas mídias digitais demanda conhecimento específico. Nesse ponto, cabe
ressaltar a importância de tratar cada um desses canais de maneira profissional e
alinhada aos objetivos estratégicos da empresa, pois seu uso como pessoa física é,
certamente, diferente da utilização como pessoa jurídica.
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como esses há uma única resposta: depende. Estar na internet e aproveitar suas
possibilidades pressupõe claro entendimento dos objetivos da empresa e a função
de cada plataforma digital nesse planejamento. Do ponto de vista empresarial,
assim, o conceito de presença digital pode ser estabelecido como um conjunto de
decisões estratégicas que objetivam inserir uma marca nas plataformas digitais, de
maneira que promova o aumento da geração e captura de valor nos
relacionamentos com seus públicos de interesse. Uma vez entendida a importância
do correto estabelecimento de presença pela internet, os gestores podem realizar
esforços de marketing digital de maneira passiva ou ativa.
A presença digital passiva tem seu foco no que é falado, veiculado, produzido
em termos de conteúdo sobre uma marca, ofertas ou mesmo concorrentes. Por essa
abordagem, o gestor apenas monitora essas informações, como feito em projetos de
inteligência competitiva, de maneira que seja possível antecipar eventuais investidas
da concorrência ou movimentos de migração de usuários para novas mídias sociais.
Como exemplo, a empresa XYZ constatou que há conversas sobre suas ofertas na
Hello Network. Com o objetivo de um melhor entendimento sobre o cenário, seus
gestores fizeram a inscrição na plataforma rapidamente de maneira a evitar que um
perfil não oficial seja criado e o oficial não seja facilmente encontrado ou lembrado.
Assim, por essa forma de atuação, não há criação de conteúdo e interação, somente
monitoramento do que acontece pela rede.
Já para a presença digital ativa, pode-se ter a entrada da marca em uma
plataforma, criação de plano de conteúdo, estratégia de interações, processos de
monitoramento e mensuração de resultados. Como exemplo, após a etapa de
diagnóstico inicial, a empresa XYZ detectou a necessidade de se estabelecer em
alguns canais digitais para se relacionar com os seus clientes. Portanto, criou um
site, páginas e perfis nas mídias sociais e iniciou campanhas de links patrocinados
no Google.
Certamente, a decisão de estar presente de alguma forma na internet é
importante e delicada, principalmente em alguns segmentos. A escolha por uma
atuação mais proativa ou mais de observação depende do dinamismo do mercado e,
principalmente, das posturas que o público adota frente às proposições de valor
feitas pelas empresas. Do ponto de vista prático, é importante assegurar que o
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gestor tenha conhecimento sobre as naturezas de mídias digitais, ilustradas pela
figura 4, e, somente após isso, inicie um planejamento efetivo de ações na internet.
A mídia própria tem relação com todos os canais de comunicação que são da
empresa e, por isso, todo o conteúdo produzido tende a beneficiar diretamente seus
projetos e ofertas. Aqui, podem ser usados o site institucional, as mídias sociais nas
quais a empresa possui algum tipo de perfil estruturado e o e-mail marketing
disparado periodicamente, por exemplo. Já a mídia paga tem ligação com os canais
nos quais há o pagamento pela veiculação de conteúdo, como um anúncio na
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Globo.com. O objetivo, nesse caso, é a disseminação de uma mensagem publicitária
para o maior número de pessoas qualificadas possível.
Por fim, a mídia conquistada pode ser compreendida como um conjunto de
canais ou indivíduos que mencionam espontaneamente uma determinada marca.
Neles, a comunicação boca a boca é o fio condutor dos fluxos comunicacionais,
promovendo a propagação da mensagem por toda uma rede de conexões sociais na
internet. Como exemplos desse caso, podem ser citados blogs especializados,
youtubers que produzem conteúdo falando sobre um produto e os próprios
participantes de uma comunidade virtual, como um grupo no Facebook, quando
mencionam e compartilham posts de uma empresa.
Como visto pelas naturezas de mídias digitais, as possibilidades de uma
empresa se estabelecer na internet são diversas. No entanto, para facilitar o início
das discussões, independentemente do tipo de projeto, a presença digital é
sustentada por alguns pilares que serão discutidos de maneira não exaustiva ao
longo desta apostila. Dada a natureza do marketing digital, nada é definitivo ou está
acabado. A transformação é a constante. Por isso, como pilares para uma plena
presença digital, devem ser considerados inicialmente: a mídia on-line, o mobile
marketing, o marketing de busca, as mídias sociais e, sem dúvida, métricas digitais.
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2. MÍDIA ON-LINE
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É um ambiente dinâmico, de natureza ágil e flexível;
A tecnologia envolvida possibilita segmentações mais precisas, otimizando
verbas e resultados pela veiculação das campanhas publicitárias;
É altamente mensurável.
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Fonte: IAB (2019).
Sem dúvida, cada plataforma poderá seguir ou não a formatação sugerida pelo
IAB. É possível, ainda, que sejam criados novos formatos de acordo com o objetivo
do projeto. Os veículos de comunicação possuem um documento denominado mídia
kit, o qual contempla as características da audiência, possíveis formatos, projetos,
tipos de negociação comercial, métricas e outras informações relacionadas ao
processo de criação das peças publicitárias. No da Globo.com, por exemplo, há
diversas possibilidades, conforme mostrado pela tabela 1.
20
SUPER LEADERBOARD HTML5 / .swf 970 x 90 80 2 dias úteis
RETÂNGULO MÉDIO
HTML5 / .jpg / .gif / .swf 300 x 250 40 1 dia útil
SUPERIOR
RETÂNGULO MÉDIO 1 HTML5 / .jpg / .gif / .swf 300 x 250 40 1 dia útil
RETÂNGULO MÉDIO 2 HTML5 / .jpg / .gif / .swf 300 x 250 40 1 dia útil
RETÂNGULO MATÉRIA HTML5 / .jpg / .gif / .swf 300 x 250 40 1 dia útil
BANNER MEIA PÁGINA HTML5 / .jpg / .gif / .swf 300 x 600 40 1 dia útil
INSERT DE MARCA .ai .eps .psd .png logotipo vetorial 3 dias úteis
até 300 x
250
FLOATING HTML5 / .swf 40 2 dias úteis
(8s de
duração)
MID BANNER HTML5 / .jpg / .gif / .swf 300 x 100 40 1 dia útil
PREMIUM BANNER HTML5 / .jpg / .gif / .swf 300 x 100 40 1 dia útil
720 x 480
COMERCIAL 30" .jpg (frame) / .avi (vídeo) (até 30s de - 2 dias úteis
duração)
WIDGET PREVISÃO DO
HTML5 / .jpg / .gif / .swf 280 x 50 20 1 dia útil
TEMPO G1
21
O banner é o primeiro formato publicitário criado para a internet. Em sua
essência, mimetizava as mesmas característica dos impressos em lona, por
exemplo. Com o passar do tempo e consequente desenvolvimento tecnológico, as
peças ficaram cada vez mais criativas de maneira a evitar o que se conhece como
banner blindness, ou seja, algo similar a atenção seletiva, o desviar dos olhos como
mecanismo de defesa inconsciente. Boa parte do aprimoramento dos processos de
criação e comercialização dessas mídias vem de estudos de comportamento do
usuário, como mapas de calor, gravações de sessão e questionários.
No mercado, existem diversas soluções que auxiliam os gestores da tomada
de decisão, seja para a veiculação de mídia em sites de notícias ou mesmo
alteração de peças pela baixa interação. Com o objetivo de ilustrar o processo, a
figura 6 apresenta um mapa de calor realizado com a ferramenta Hotjar, que pode
ser acessada pelo link: https://www.hotjar.com
22
Na figura 6, as áreas de cor quente são as mais clicadas e, consequentemente,
as de maior interesse pelo usuário. As de cor fria ou sem cor podem representar um
baixo nível de aderência ao esperado pelo público. Uma decisão nesse caso poderia
ser mudar o conteúdo da peça publicitária ou mesmo sua localização.
O conhecimento sobre o desempenho de formatos e posicionamento na tela é
fundamental para que a correta mídia seja comprada pelo anunciante. Nesse
sentido, os veículos de mídia, em boa parte, já iniciam o processo de negociação
tendo essas informações como base para a estruturação do mídia kit.
Tradicionalmente, a compra pode acontecer de maneira direta ou não-programática,
ou seja, sem a intervenção de inteligência artificial, principalmente se o anunciante e
veículos em questão forem de pequeno porte. Por esse modelo, as operações são
realizadas diretamente entre as partes.
No Brasil, os modelos de venda e compra mais comuns podem ser resumidos
em:
CPM – Custo por mil (impressões): valor usado como referência para
calcular o custo relativo de uma campanha ou peça publicitária em um dado
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meio on-line, onde é considerado um montante de visualizações do anúncio.
Em vez de um custo absoluto, o CPM estima o custo por 1.000 impressões;
CPA – custo por aquisição: é uma forma de cobrança como o CPC, porém
calculada em cima das conversões realizadas, e não dos cliques.
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Nesse modelo de compra de mídia, o anunciante não vai direto ao veículo.
Novamente, toda a negociação acontece de maneira automatizada para garantir a
maior relevância possível na entrega da mensagem. Para contribuir com o melhor
entendimento sobre esse fluxo, a tabela 2 resume os principais termos e
componentes do processo.
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Publisher Site proprietário do inventário.
Ainda que o processo programático seja mais complexo é, sem dúvida, mais
efetivo. Ao invés do anunciante comprar um espaço publicitário para que sua peça
possivelmente seja vista por seu consumidor, pela via programática o anúncio vai
ser exibido somente para o público definido independente do veículo. Há alguns
anos, o IAB do Reino Unido criou um vídeo explicativo sobre o processo e pode ser
acessado pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=1C0n_9DOlwE&t=116s
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diversas plataformas deve ser bem estruturado. Mesmo em um canal pago, onde
teoricamente o controle do ambiente seria um pouco maior, há riscos associados.
De maneira a minimizar situações como essa, é fundamental compreender, como já
dito, a função dessa mídia no planejamento de marketing digital da empresa, bem
como sua capacidade de atingir os resultados esperados.
Para isso, é importante explorar dois possíveis objetivos de campanha:
branding e performance. Como mostrado pela pesquisa AdSpend 2019 (IAB, 2019),
há um certo equilíbrio na distribuição de investimentos totais dos anunciantes, sendo
54% para performance e 46% restante para branding. Isso significa dizer que, sem
dúvida, o digital contribui de certa forma para vendas, mas cumpre papel importante
para lembrança de marca e construção de reputação. Uma possibilidade para os
gestores iniciarem um planejamento de campanha pode estar vinculado ao ciclo de
vida do projeto ou mesmo da oferta, conforme ilustrado pela figura 8.
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Nesse exemplo, uma campanha de mídia on-line poderia ser veiculada em
grandes portais de conteúdo genérico, como Globo.com e UOL, uma vez que a
marca ou oferta estejam em fase de introdução no mercado e precisam ser
conhecidas. Dado alto volume de impressões entregues por esses veículos,
possivelmente, o objetivo de branding seria alcançado. Do ponto de vista criativo, o
botão com o comando ou call-to-action (CTA), assim como o site de destino devem
ter aspecto mais experiencial e/ou institucional.
Na sequência, a fase de crescimento somente é sustentada se ocorrer a
conversão de vendas. Aqui, o objetivo e abordagem criativa devem convergir para a
performance. Ou seja, devem ter um comando mais claro e objetivo no botão, como
um “compre agora”. Na medida em que o gestor tenha cada vez mais conhecimento
sobre o comportamento de seu consumidor, a possibilidade de segmentação
aumenta e, consequentemente, a qualidade dos resultados. A figura 9 exemplifica as
duas naturezas de objetivos de uma campanha de mídia on-line e sua
materialização nas peças.
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Fonte: elaborado pelo autor.
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3. MOBILE MARKETING
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Fonte: E-bit (2019).
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De maneira a contribuir para um melhor entendimento das possibilidades que
o mercado oferece em termos de plataformas, há todo um ecossistema de soluções
mobile que pode ser considerado em projetos de marketing digital, como ilustrado
pela figura 11.
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preciso considerar a lógica do mobile first, o que, neste caso, reforça a necessidade
de construção de sites para consumo em telas pequenas.
Com o objetivo de promover uma melhor experiências para os usuários, em
2015, o Google passou a não mais exibir em seus resultados de pesquisa sites não
amigáveis ao celular. Ou seja, minimamente, é importante que o site seja responsivo
- que se adapte de maneira amigável ao tamanho variado das telas. Quando há
experiência mais aprofundada de navegação, como no caso de um m-commerce,
onde todo o processo de compra é realizado no smartphone, é necessário que seja
criado um site mobile.
Ainda muito utilizadas, campanhas de SMS promovem respostas
interessantes quando pautadas por relevância e frequência correta. O envio de
mensagens deve seguir um conjunto de boas práticas instituídas pela MMA - Mobile
Marketing Association (2017), como as descritas abaixo:
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De certa forma, o processo de adoção de uma nova tecnologia tem relação
com a percepção de que a solução, de fato, contribui com algo para a vida do
usuário. Nesse sentido, pode-se dizer que uma empresa que objetive sucesso nesse
processo, necessita compreender profundamente como seus consumidores usam
produtos e serviços nas mais variadas experiências vividas por eles ao longo de um
dia.
A experiência do consumidor pode ser entendida como um somatório de
ativações que ocorrem ao longo de contatos com uma empresa e suas ofertas, o
que pode ser percebido de maneira positiva ou negativa. Aprofundando-se, uma
experiência de consumo é iniciada com o pré-consumo que envolve a procura por
algo, o planejamento para possuir, sonhar com a oferta, imaginar como será o uso.
A experiência de compra deriva de uma escolha, do pagamento, do empacotamento
e dos demais serviços, processos e pessoas envolvidas no ambiente de compra.
Ainda, neste processo, são consideradas as sensações, satisfação ou
insatisfação, irritação ou afeto, a transformação e, por último, uma memória sobre a
experiência. Este último ponto é de extrema importância, pois tem relação com o
que será transmitido para outras pessoas em formato de conversa no Messenger,
posts no Facebook, stories no Instagram ou mesmo áudios no Whatsapp.
O conceito de jornada do consumidor é bastante amplo e possui diversas
definições, como a oferecida pela consultoria McKinsey (2013) que a define como
um processo iterativo e circular em que os consumidores realizam quando
consideram, avaliam, compram e fazem o feedback. Independente da definição
considerada, como o modelo dos cinco As de Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017), é
fundamental ter em mente que os consumidores estão vivendo seu dia a dia
baseando-se em interações e respectivos resultados que surgem nas telas de seus
aparelhos.
Todo esse cenário, então, reforça a necessidade de uma nova abordagem no
estabelecimento da jornada de consumo das marcas. Toda a jornada deve
considerar a utilização destas plataformas em suas etapas, o que, segundo Solis et
al. (2015) não é sempre realizado. Como exemplo, os autores pontuam as seguintes
falhas em estratégias que consideram a mobilidade de maneira equivocada:
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1. Criação de campanhas que considerem direcionar o usuário para outra
plataforma ou tela que não tenham relação com a jornada;
2. Desenvolver páginas de sites sem que se considere a próxima etapa da
jornada;
3. Desenvolver um e-commerce sem que seja considerado seu uso nos
smartphones e demais aparelhos móveis;
4. Desenvolvimento de aplicativos que não tenham relação direta com as
necessidades de seus usuários;
5. Falta de habilidade na integração com soluções físicas em ponto de venda,
como realidade aumentada, beacon ou outras ativações baseadas em
geolocalização.
35
3. Momento "Eu quero fazer": possuir uma estratégia de conteúdo que
contemple atividades explicativas sobre como fazer um penteado, por exemplo,
não necessariamente é suficiente. É importante que ocorram movimentos de
co-construção de valor, como um feedback em tempo real por meio de chat,
como feito pela L'Oréal na ação Bad Hair Day de Elseve, na qual os usuários
utilizavam o Whatsapp para conversar com um especialista em cabelos;
3.3 Aplicativos
A variedade de aparelhos no mercado faz com que o perfil dos usuários seja
bastante heterogêneo, mesmo o Android respondendo por mais de 84% do market
share brasileiro em 2018, seguido de 8% do iOS (STATISTA, 2019). Nesse cenário,
quando considerado o desenvolvimento de um aplicativo, deve-se ter em mente que
cada um consome um determinado volume de dados, demanda a utilização de um
ou mais dedos, requer mais ou menos brilho de tela e, sem dúvida, possui uma
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lógica de navegação diferente. Pela perspectiva do comportamento, o download e
uso continuado do aplicativo devem fazer sentido para o usuário, pois caso a
experiência não seja pautada por senso de utilidade e conveniência, ele é deletado
em uma primeira necessidade de aumento de espaço ou performance.
A decisão do tipo de aplicativo a ser desenvolvido passa por uma série de
critérios, indo, portanto, do seu planejamento até sua manutenção em uma loja,
como a App Store da Apple. Do ponto de vista técnico, conceber algo para ser
instalado no aparelho do usuário ou ser acessado por meio de um atalho na tela,
possivelmente, seja o ponto de partida ideal. Para fundamentar a discussão, a tabela
3 apresenta as diferenças entre aplicativos em versão web e completamente
instalados.
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ligação e mensagens.
Uma vez definido o tipo de projeto a ser desenvolvido, é válido ressaltar que o
sucesso de um aplicativo não necessariamente tem relação com o número de
downloads que recebeu, pois os usuários podem baixar e apagar na sequência ou
mesmo deixar instalado e não usar. Aqui, é importante ter em mente as seguintes
questões.
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Acquisition (aquisição) - tem relação com o volume de usuários que chegou
até o site ou mesmo aplicativo, fez algum tipo de inscrição, registro e download
em um determinado período;
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Fonte: adaptado de McClure (2007).
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publicitários do mundo, possui diversos exemplos interessantes de aplicativos e
seus recursos de realidades alternadas. Acessando o link, é possível conhecer
alguns vencedores e detalhes de suas criações:
https://www.canneslions.com/about/news/award-winning-vr-and-ar-branded-content
Sendo fortemente incentivada pela Microsoft, a realidade mista (RM) pode ser
definida como a possibilidade de visualizar objetos do mundo físico ao mesmo
tempo em que se vê os virtuais, como na realidade aumentada. No entanto, a ideia é
que seja possível inserir e manipular objetos virtuais no mundo físico, misturando,
assim, os dois universos. Um dos projetos de maior aposta da empresa é o Hololens
– os óculos especiais capazes de projetar hologramas no ambiente e permitir
interações. Acessando o link, é possível conhecer mais sobre o projeto:
https://www.youtube.com/watch?v=J-C6GE2gFYw
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4. MARKETING DE BUSCA
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que, ao acessar um dispositivo conectado à internet, uma pessoa não venha a
realizar uma busca na plataforma.
Nesse cenário, o marketing de busca ou search engine marketing – SEM
pode ser compreendido como uma estratégia, que pode ser adotada por empresas
dos mais diversos tamanhos, de maneira que se obtenha maior visibilidade nos dos
principais mecanismos de pesquisa como Google, Bing e Yahoo. As empresas
interessadas em ter um bom posicionamento nos mecanismos de pesquisa devem
analisar o que está sendo feito dentro e fora do seu site para, assim, alcançar o bom
posicionamento e, consequentemente, recebendo um maior volume de acessos
qualificados.
Os dados apresentados somente reforçam a necessidade de um profundo
conhecimento sobre as necessidades, desejos e, claro, comportamentos dos
consumidores. É fundamental compreender não só a evolução dos mecanismos de
pesquisa e sua representatividade no mercado, mas também como os usuários
buscam. Um ponto de extrema importância é que muitas alterações e melhorias nos
sistemas são feitas periodicamente com o objetivo de entregar resultados cada vez
mais baseados nas preferências dos usuários a cada search engine result page -
SERP ou páginas de resultado dos mecanismos de busca.
Basicamente, existem duas formas para se trabalhar com marketing de
busca: (1) resultados naturais, orgânicos e não pagos; (2) os resultados da parte
superior e inferior em destaque nos buscadores que são anúncios pagos. Nestes
espaços, estão as campanhas de links patrocinados, isto é, as que anunciantes dos
mais diversos segmentos de mercado pagam aos buscadores por cada clique
recebido em suas peças publicitárias.
Independente da estratégia adotada, os buscadores possuem uma lógica de
funcionamento muito particular, não sendo, em primeiro momento, aplicada a outras
mídias digitais. Aqui, se afastando um pouco da perspectiva envolvendo algum tipo
de linguagem de programação, a grande referência para uma melhor compreensão
dessa dinâmica é a observação do conceito de Cauda Longa. O termo, em tradução
direta para o inglês Long Tail, se tornou conhecido após Chris Anderson, editor-
chefe da revista Wired, uma publicação importante para o mercado digital, ter
lançado um livro sobre o assunto em 2006.
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A aplicação do conceito pode ser vista da seguinte forma: em espaços físicos,
há uma limitação real, tangível, o que não permite grande variedade de itens muito
específicos. Nesse sentido, o que ocorre é a concentração de muitas ofertas de um
mesmo tipo, como um livro famoso, por exemplo. Já na internet, dada a ausência de
restrições físicas, há a possibilidade de, além dos itens mais famosos, oferecer
outros de natureza bastante específica e lucrar com isso. Em seu livro, Chris
Anderson aponta que, na internet, a soma da audiência de milhares de filmes não
tão famosos poderia ser maior do que a soma da audiência dos filmes mais
famosos. Esse fenômeno ocorre porque na internet é possível chegar a milhões de
pessoas que possuem interesses muito específicos (os nichos), ao invés de focar
nos interesses de grande parte do público. Ainda que o mercado de livros esteja
passando por grandes mudanças, o exemplo a seguir ilustra a ideia.
Imagine um gestor de uma loja que precise decidir sobre seu inventário de
produtos e, consequentemente, o investimento em propaganda. Seu espaço para
exibição de livros é limitado e, portanto, deve escolher se vai atender ao grande
público, de gosto mais genérico, ou se trabalhará com nichos. Para contribuir com
sua decisão, recorre ao Google e verifica o volume de buscas para os autores Paulo
Coelho e Margaret Atwood. A figura 14 apresenta o resultado.
Figura 14: Volume de buscas por Paulo Coelho e Margaret Atwood de 2016 até
2019.
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Em vermelho, está o resultado para Paulo Coelho e, em azul, para Margaret
Atwood. Ao pensar sobre os riscos associados e possíveis resultados de suas
decisões, o que é uma boa prática de todo gestor, optou por concentrar seu
inventário em hits e autores mais conhecidos, como Paulo Coelho, para uma maior
chance de vendas, o que não está errado. É apenas uma opção.
Novamente, é totalmente compreensível, pois em uma loja física existe a
dificuldade e limitação de estoque e o lojista necessita vender o que já está
armazenado. Na internet isso não ocorre, uma vez que a loja virtual não precisa ter o
produto em estoque na hora da venda, necessariamente. Ela pode deixar o item em
um centro de distribuição e fazer a entrega de acordo com a demanda. Ou seja, em
um e-commerce seria possível vender os brilhantes livros da escritora Margaret
Atwood para um público, em teoria, de nicho sem perder a oportunidade de atender
ao público geral.
Seguindo o exemplo apresentado, ao realizar a estruturação de seus projetos
de marketing de busca, o gestor deveria, portanto, focar em palavras-chave que
sejam mais favoráveis para os itens à venda. O funcionamento de toda a lógica da
Cauda Longa é, assim, baseado na ideia ilustrada pela imagem 15.
45
Fonte: Adaptado de Anderson (2006).
46
Como já mencionado, o SEO é a sigla para search engine optimization, ou
seja, otimização de sites para mecanismos de busca. Seu foco é o bom
posicionamento em uma SERP – leia-se primeiras posições nas primeiras páginas
exibidas no Google, por exemplo. Para se ter uma ideia da importância dessa
dinâmica, em uma pesquisa realizada pela Forrester Research (2019), foi
identificado que aproximadamente 40% dos usuários que utilizam os mecanismos de
busca acham que as empresas nas primeiras posições são as líderes de seu
mercado.
Essencialmente, a otimização é realizada no site da empresa ou em uma
página específica focando em palavras-chave relacionadas a um determinado
mercado e comportamento do consumidor, uma vez que possuam alto volume de
buscas. No entanto, a simples inclusão de palavras do código do site não irá garantir
a tão desejada primeira posição. O processo vai além.
Nesse sentido, para alcançar os objetivos estabelecidos, o profissional de
marketing digital deve desenvolver diversas atividades e aplicar técnicas dentro e
fora do site para melhorar o posicionamento nos buscadores. Atualmente, existem
aproximadamente 200 fatores que os buscadores utilizam para fazer o
ranqueamento e escolha de quais páginas ou sites serão exibidos em uma SERP.
Nem todos os fatores que utilizam são conhecidos, alguns, inclusive, são critérios
que são questionados, mas alguns profissionais já testaram e comprovam resultados
eficientes. Como um guia inicial para o trabalho de SEO, o link a seguir contém uma
série de recomendações feitas pelo Google:
https://www.youtube.com/watch?v=CIZAZYsKM84
47
O HTML é um acrônimo para HyperText Markup Language, isto é, o HTML é
uma linguagem de marcação ou formatação de HiperTextos utilizada na
estruturação de páginas web. Os navegadores da internet fazem a leitura da
linguagem HTML e interpretam os comandos linha por linha para apresentarem
como resposta ao usuário, o conteúdo visto nas mais diversas telas. Sua lógica é
baseada em tags ou comandos que representam os diversos elementos de uma
página, como imagens, títulos, textos e links. Ao acessar uma página web por meio
de um navegador, como o Safari, Chrome ou Firefox, por exemplo, há a leitura do
código e apresentação de forma compreensível para o usuário final. Na sequência,
há um exemplo de estrutura básica de HTML.
<HTML>
<HEAD>
<TITLE> Título da página </TITLE>
<META name="description" content="Apenas um exemplo de uma estrutura básica
de uma página HTML que vai ajudar a entendermos sua relevância para o trabalho
de SEO">
</HEAD>
<BODY>
<H1> Título interno da página </H1>
<H2> Subtítulo da página </H2>
<P> Espaço para o texto de parágrafo </P>
<IMG SRC=”Handmaids_Tale_Serie.jpg” alt=”imagem da June olhando
pela janela para anúncio de nova temporada”>
</BODY>
</HTML>
48
<TITLE>: informa ao navegador que deve ser colocado um título na barra de
títulos do navegador. Em um trabalho de SEO, é mandatório que a palavra-
chave selecionada esteja presente no título, preferencialmente sendo a
primeira. Ainda, é importante considerar algo em torno de 50 caracteres para
esse componente;
<H1>, <H2> e assim por diante: são os títulos de páginas, assim como no
caso do <TITLE>. O buscador utiliza esse elemento para identificar do que se
trata a página e/ou suas variações;
<IMG SCR=” ... “ alt=”>: deve ser usado como um descritivo da imagem em
questão. Para potencializar, por exemplo, a navegação e acessibilidade é um
elemento fundamental para o sucesso do projeto;
49
Diferentemente do SEO que é um esforço não pago para o buscador, como o
Google, os Links Patrocinados normalmente ficam no topo das SERP, logo acima do
resultado orgânico e são anúncios menores, com uma quantidade limitada de
caracteres. Como apontado por Loureiro, Lima e Benedetti (2018), a dinâmica dos
links patrocinados funciona da seguinte maneira:
50
Principais
Formato Descrição
vantagens
É possível alcança
clientes quando eles
Texto Somente palavras.
pesquisarem no
Google.
Anúncios responsivos
ajustam
automaticamente o Em questão de
próprio tamanho, minutos, crie
aparência e formato anúncios que se
Responsivo para caber nos encaixam em
espaços de anúncio praticamente
disponíveis. Eles qualquer espaço de
podem se transformar anúncio disponível.
em anúncios gráficos
ou de texto.
Mostra o produto ou
Gráficos estáticos ou
serviço de maneira
interativos. É possível
visual. Alcança
Gráfico usar anúncios
clientes em sites que
animados em formato
fazem parceria com o
.gif e Flash.
Google.
Estímulo de
Envia clientes para
downloads de
fazer o download do
Anúncios de aplicativo e
aplicativo em uma
promoção de engajamento com os
loja ou inclua um link
aplicativo anúncios de
direto para o
promoção de
aplicativo.
aplicativo.
Em vídeo Anúncios em vídeo Oferecer uma
51
exibidos on-line. Exibir experiência avançada
anúncios em vídeo e atraente para os
autônomos ou clientes.
inserção em conteúdo
de streaming de
vídeo.
Os anúncios do Exibição de um
Shopping mostram anúncio com o seu
Anúncios do aos usuários uma foto produto para pessoas
produto no do seu produto, título, que desejam comprar
Shopping preço, nome da loja e esse ou outros
mais informações produtos
sobre ele. relacionados.
Impulsiona ligações
telefônicas para a
empresa com
anúncios que incluem
Somente palavras e
Anúncios só para seu número de
um número de
chamadas telefone. As pessoas
telefone.
podem clicar nesses
anúncios e ligar para
sua empresa
diretamente.
52
De maneira resumida e prática, o gestor deve considerar as seguintes etapas
em sua construção de campanhas:
3. Orçamento: qual o valor máximo pode ser gasto no período? Haverá uma
pausa no sistema ao atingir o valor? Será pago com cartão de crédito ou boleto
bancário?
53
Esse ponto, propositalmente deixado por último, tem relação com a ideia de
que é possível comprar a primeira posição ou página do buscador. Mesmo que o
anunciante pague um valor altíssimo pelo clique em seus anúncios, outros critérios
também são considerados para a exibição nas SERPs ou pela rede de parceiros do
Google. Ou seja, o que ocorre é uma estimativa da qualidade dos anúncios,
palavras-chave e páginas de destino. Anúncios de melhor qualidade podem resultar
em preços mais baixos e melhores posições (GOOGLE, 2019). Para ter uma ideia
geral de como funciona o sistema, Hal Varian, Economista Chefe do Google, explica
a lógica do sistema nesse link
https://www.youtube.com/watch?v=tW3BRMld1c8&t=30s
54
5. MÍDIAS SOCIAIS
55
possível exemplificar esta lógica a partir da figura dos influenciadores. Quando
ocorre a recomendação de um produto por um Instagrammer, por exemplo, os
seguidores podem ter mais confiança em uma possível compra, pois acreditam e
confiam em suas recomendações.
No ecossistema de redes sociais, existem os top influenciadores, como os
famosos Felipe Neto e Kondzilla, e os micro-influenciadores, aqueles com três mil,
dez mil, 30 mil seguidores no Instagram, por exemplo, mas com alto poder de
influência em função da proximidade com sua audiência. De perfil menos
midiatizado, é tido como um influenciador de nicho e visto por muitos como um
especialista em pequenas coisas e temas pontuais. Nesse caso, de maneira
resumida, diversas são as possíveis categorizações de influenciadores digitais.
Como mostrado por Ishida (2016), os perfis podem ser classificados da seguinte
forma:
Broadcasters: influenciadores que possuem uma grande concentração de
seguidores, alcance vasto e geram muitas interações. Podem ser usados em
projetos que tenham como objetivo gerar conhecimento sobre algo
(awareness). Exemplo de influenciador: Whindersson Nunes para temas mais
genéricos;
56
entre influenciados e influenciadores, podendo, nesse caso, ser classificadas como
centralizadas, descentralizadas e distribuídas, como apresentado na figura 16.
57
5.2 As mídias sociais
No período conhecido como web 1.0, não era possível a interação entre os
usuários e as empresas, pois a lógica era pautada pela concentração de
informações em páginas estáticas onde somente o editor tinha autonomia para
edição de conteúdo. Nesta fase, os sites tinham a função de fornecer dados simples
e realizar consultas em suas bases de dados. Fazendo um paralelo com essa
perspectiva, é possível retomar a ideia de comunicação unilateral já apresentada, na
qual há apenas um emissor com uma mesma mensagem para diversas pessoas.
Em contraste, o que se conhece como web 2.0 viabilizada por novas
tecnologias digitais possibilita que informações sejam trocadas de maneira
multilateral, o que promove, assim, o processo de co-construção da rede e
respetivos valores. Como exemplo, há a Wikipédia, uma versão on-line da
enciclopédia que é construída baseando-se no conhecimento dos próprios usuários.
No site, é possível que cada pessoa contribua escrevendo sobre um tópico de
domínio ou faça a correção de uma informação errada, o que pode gerar senso de
pertencimento e proximidade entre os membros.
Há diversos exemplos da evolução das fases da web 1.0 para a 2.0, mas a
grande quebra de paradigma está baseada na perspectiva participativa e
colaborativa, como no exemplo da Wikipédia. Considerando a característica de
interação entre pessoas, atualmente, muitas das relações em rede sociais na
internet são viabilizadas pelas mídias sociais, onde usuários compartilham suas
vidas e interagem livremente. De maneira mais integradora, o conceito de mídias
sociais pode ser compreendido como uma ferramenta de comunicação que
possibilita a emergência das redes sociais na internet (SOLOMON; TUTEN, 2017).
São plataformas desenvolvidas a partir das premissas de interação da web 2.0 e
que, por isso, possibilitam a criação de vínculos afetivos entre os membros de uma
determinada rede.
Partindo para olhar mais direcionado para plataformas, o conceito de mídia
social pode ser entendido como um conjunto de novas fontes on-line de informação,
como sites de redes sociais, blogs, chats, hospedagem de vídeos e fotos que
tenham propósitos variados, incluindo discussões sobre marcas e produtos. Não há,
no entanto, uma única forma de categorizar o enorme universo desses canais
58
digitais, mas, sem dúvida, uma das propostas mais interessante é a de Solis (2019).
Para a autor, existe um ecossistema de mídias sociais e que sua categorização é
dada em 29 diferentes tipos, sendo baseada nos seguintes pilares:
Escuta;
Aprendizado;
Engajamento;
Co-criação.
59
Fonte: Solis (2019).
60
Com relação aos comportamentais, a pergunta norteadora é: qual a função dessa
mídia social na vida do meu consumidor? Ou seja, qual a função da plataforma no
dia a dia do público-alvo da empresa em questão. Somente após essas definições é
possível estabelecer uma guia de gestão da presença nas mídias sociais, conforme
exemplificado pela tabela 5.
Papel na comunicação
Plataforma Principais características integrada de marketing
(CIM)
Dialogar com o
Grande alcance, segmentação
Facebook consumidor final de forma
precisa e interação.
consistente.
Posicionamentos da
Informação instantânea,
empresa, suporte ao time
Twitter conteúdo simples e ágil.
de imprensa, plataforma
Funciona como segunda tela.
de real-time marketing.
Grande apelo visual, foco em Apresentar o produto com
Instagram público mais jovem, necessidade boa estética e de forma
de conteúdo melhor produzido. inspiradora.
Maior plataforma de vídeos do Vitrine para conteúdos
YouTube mundo e segundo maior site de em vídeos sobre a
buscas. empresa e produtos.
Maior plataforma de
relacionamento profissional do
mundo. Plataforma de conteúdo Estimular, buscar e reter
LinkedIn
com foco em carreira, talentos
desenvolvimento profissional e
corporativo.
61
usadas também são as de melhor estrutura para a presença de marcas e, como
características, podem ser destacadas:
62
Moeda social: tudo o que é postado contribui para a construção de imagem do
usuário, o que, sem dúvida, implica em querer repassar conteúdos que
reforcem a ideia de ser antenado, engraçado, inteligente ou culto, por exemplo;
63
Conteúdos planejados: Também conhecidos como pauta fria, são conteúdos
produzidos com muita antecedência, similar ao que ocorre por vezes no
jornalismo tradicional. Normalmente, com o prazo de pelo menos uma semana
antes de serem publicados, uma vez que demandem aprovação de diferentes
gestores ou mesmo revisões. Tradicionalmente, são conteúdos que falam mais
sobre a marca, projetos e ações planejadas. Nesse caso, dessa forma, há uma
linha editorial e todo um planejamento para a construção de imagem desejada.
A figura 18 exemplifica um post pensado para uma data específica do
calendário promocional do comércio.
64
Pauta do dia ou hot trend: no mercado, também são conhecidos como pauta
quente, ou seja, conteúdos produzidos no dia da publicação. Normalmente se
engajam em algum assunto do dia que gerou muita visibilidade e conversa nas
redes sociais. O risco, no entanto, é a ausência de consistência com o que a
marca se propõe a ser ou entregar como valor e a publicação se transformar
em uma crise. Um lembrete: na internet não há controle, somente influência. A
figura 19 exemplifica uma postagem que reflete essa estratégia de “pegar uma
carona no assunto”.
65
Live ou real-time: conteúdos produzidos na hora da publicação e que
abordam temas que aconteceram naquele exato momento. É como se fosse
uma transmissão ao vivo de algum evento ou programa de TV. No Instagram,
por exemplo, há diversos profissionais que fazem transmissões de suas
palestras ao vivo, assim como influenciadores que assumem temporariamente
contas de seus patrocinadores para gerar conteúdo inédito e inusitado,
eventualmente. Por essa abordagem, há a necessidade de altíssimo
profissionalismo pois o gestor deve estar preparado para imprevistos. A figura
20 exemplifica um live no Facebook para a marca Reserva durante o SPFW.
66
sociais, seja consistência e relevância. Acima de tudo, é fundamental que a
estratégia de conteúdo esteja alinhada com o propósito da empresa e que, sem
exceção, não agrida a qualquer indivíduo, ideias ou direitos não importando a
situação ou mesmo posicionamento do gestor. O trabalho deve ser profissional e
não pessoal.
67
6. MÉTRICAS DIGITAIS
Nesse cenário, há quatro tipos de análises que podem ser realizadas e seus
dados transformados em gráfico de acordo com a necessidade da empresa. A figura
21 ilustra as possibilidades.
68
Fonte: elaborado pelo autor.
69
identificado. Nesse modelo, além de aumentar os investimentos para otimizar os
acessos ao e-commerce no Natal, por exemplo, o gestor poderia definir outras ações
para minimizar problemas e maximizar resultados nos projetos de marketing digital.
Se levada em consideração a observação de um e-commerce ou mesmo um
site institucional, diversas seriam as possíveis métricas para observação e
acompanhamento de resultados. Uma das ferramentas mais utilizadas no mercado,
é o Google Analytics. Nesse caso, conforme mostrado pelo IAB (2017), as principais
métricas para um gestor acompanhar suas ações de marketing digital seriam:
KPI: do inglês Key Performance Indicator, são indicadores usados para avaliar
o desempenho das ações, alcançando a meta determinada durante seu
planejamento;
70
Pageviews ou Visualizações de Página: é o número correspondente ao total
de vezes que uma página é visualizada pelos usuários que a acessaram.
Atenção: pageviews são diferentes de visitas. Para ficar claro: em uma visita,
você pode ter mais de um pageview numa mesma página, isso vai apenas
depender de quantas vezes o usuário entrou nela;
71
Fonte: Google Analytics (2019).
72
Clique: quando alguém clica no anúncio, como no título azul de um anúncio de
texto, o Google Ads contabiliza essa ação como um clique. Um clique é
contabilizado mesmo que a pessoa não acesse o site, talvez porque ele esteja
temporariamente indisponível. Como resultado, é possível ver a diferença entre
o número de cliques no anúncio e o número de visitas ao site;
Aprovado: status atribuído aos anúncios que foram revisados e podem ser
exibidos;
73
Conversão: uma ação que é contabilizada quando alguém interage com o
anúncio (por exemplo, clica em um anúncio do texto ou visualiza um anúncio
em vídeo) e, em seguida, realiza uma ação definida como valiosa, como uma
compra on-line ou uma ligação para a empresa a partir de um celular;
Custo médio por clique (CPC médio): trata-se do valor médio cobrado por
um clique no anúncio. O custo médio por clique (CPC médio) é calculado
dividindo o custo total dos cliques pelo número total de cliques;
74
exibido: cliques ÷ impressões = CTR. Por exemplo, se houve cinco cliques e
cem impressões, o CTR seria de 5%.
75
Tabela 6: Framework simplificado para SEM.
Objetivos e metas:
76
6.2 Métricas para mídias sociais
77
Fonte: SCUP (2019).
78
plataforma. Nesse sentido, novamente, deve-se levar em consideração a natureza
do projeto de presença nas mídias sociais e, então, tomar a decisão de contratação.
Levando em conta os tipos de métricas que podem ser encontradas nas mais
variadas mídias sociais, é interessante levar em consideração os seguintes pontos
relacionados à maturidade da empresa e, sem dúvida, do projeto em si:
Nível avançado: as mídias sociais passam a não apenas servir de ponte entre
empresa e público, mas ela se torna também ambiente para a construção da
identidade da marca, por si, um ambiente colaborativo e de co-criação. É
esperado que a classificação se torne mais complexa, assumindo o
cruzamento de variáveis em grupos de tagueamentos e também por meio das
métricas que se tornam ainda mais acionáveis e representativas no contexto.
Aqui, podem ser criadas métricas próprias (e.g., correlação entre impressões e
curtidas com o impacto em vendas) ou mesmo algumas propostas pela
Socialbakers. Nesse link, é possível conhecer um pouco mais sobre a proposta
da empresa: http://socialbakers.com
79
contribuem para a tomada de decisão. Há uma grande discussão sobre o assunto
em diversos veículos de comunicação e marketing, como o Youpix. Nesse link, há
uma matéria que trata da dificuldade na gestão do Instagram sem a exibição de
curtidas: https://medium.youpix.com.br/instagram-sem-like-como-selecionar-
influenciadores-agora-fe89c3b17f97
80
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7.1. Básica
7.2. Complementar
BERGER, J. Contagious: Why things catch on. New York: Simon and
Schuster, 2016.
81
E-BIT. Relatório Webshoppers. Disponível em:
https://www.ebit.com.br/webshoppers. Acesso em: 22/09/2019.
82
_____. Google Ads. Disponível em; < ads.google.com>. Acesso em:
24/09/2019.
83
MEIO & MENSAGEM. Live o novo desafio das marcas. Disponível em: <
https://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2017/06/22/live-o-novo-
desafio-das-marcas.html>. Acesso em: 20/09/2019.
84
TUTEN T.; SOLOMON, M. Social media marketing. Londres: Sage, 2017.
85