Processos Estocasticos Unopar
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Fernando Mori
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Diogo Ribeiro Garcia eGTB
Editora
Mori, Fernando
M152p Processos estocásticos / Fernando Mori. – Londrina:
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. 152
p.
ISBN 978-85-8482-530-1
2017
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
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CEP: 86041-100 — Londrina — PR e-mail:
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Sumário
43
Seção 1 - Cadeias de Markov
1.1 | Definição de cadeias de Markov e propriedades 47
47
61
61
Seção 3 - Exemplos de aplicações
3.1 | Exemplos gerais de aplicação das cadeias de Markov 67
67
Seção 4 - Aplicação a curvas de sobrevivência
4.1 | Curvas de sobrevivência 77
77
131
131
135
∞∞ 135
∞∞ 140
Apresentação
A disciplina de Processos Estocásticos é de fundamental importância para o engenheiro
de produção e para alguns ramos da Administração.
A maioria dos processos que ocorrem na indústria ou empresas são aleatórios, ou seja,
de uma certa forma, imprevisíveis. Sendo assim, usamos as ferramentas de análise dos
processos estocásticos com a finalidade não de controlar esses processos, mas sim de
realizar previsões quantitativas.
Com base na observação de padrões pode-se obter as distribuições de probabilidades
que controlam um processo aleatório e, de posse dos modelos desenvolvidos nessa
disciplina, realizar previsões que permitam fazer análise de comportamento de sistemas
produtivos ou administrativos.
Os processos estocásticos ocorrem não só na engenharia de produção, conforme o
aluno poderá ver na Unidade 1, mas também em diferentes áreas das ciências, como
biologia, fenômenos elétricos ou crescimento de populações. Sua principal aplicação para
o engenheiro, por exemplo, é na construção de modelos que possam fornecer algum tipo
de previsão.
Na Unidade 2 serão apresentados os princípios da modelagem de processos
estocásticos por meio das cadeias de Markov. Uma cadeia de Markov é um tipo específico
de processo estocástico, que por ter algumas propriedades especiais permite a construção
de um modelo simples, facilmente aplicável a uma enorme quantidade de casos. Iremos
criar modelos de processos de manutenção e, inclusive, um caso particular de análise de
sobrevivência de máquinas e equipamentos.
Os processos de Poisson serão discutidos na Unidade 3. Eles são importantes como
processos de chegada usados em teoria das filas e são obtidos a partir das cadeias de
Markov. Portanto, uma análise completa será desenvolvida para melhor compreensão.
Na Unidade 4 aprenderemos sobre a teoria das filas, que consiste na modelagem
analítica de processos ou sistemas que resultam em espera e tem como objetivo
determinar e avaliar quantidades denominadas medidas de desempenho, que expressam
a produtividade desses processos. O estudo dessas quantidades é importante para a
tomada de decisão quanto à modificação ou manutenção da operação de sistemas em seu
estado atual, ou possíveis modificações. Trata-se de um capítulo de fundamental
importância por permitir que, com base em alguns conceitos simples, possamos obter
modelos que nos fornecem previsões sobre o comportamento de filas com um ou vários
postos de serviço. Nesta unidade realizamos algumas aplicações para problemas reais
envolvendo situações que surgem em empresas.
Assim, é comum encontrar no dia a dia da empresa inúmeras situações em que
processos aleatórios estejam ocorrendo. Com base na modelagem desenvolvida a partir da
análise desses processos estocásticos, obtemos ferramentas de previsão que, sempre
quando utilizadas corretamente, promovem grande impacto na produtividade da empresa.
8 Processos estocásticos
Processos estocásticos 9
10 Processos estocásticos
U1
Seção 1
Processos estocásticos
Introdução à seção
Entenderemos por processo aleatório aquele cuja evolução no tempo não é completamente
previsível.
De maneira um pouco formal, definimos um processo estocástico como sendo uma
família de variáveis aleatórias {xθ} indexadas por um parâmetro θ em que este pertence a
um conjunto qualquer finito de índices.
Processos estocásticos 11
Suponha que você esteja antecipando o que irá ocorrer quando se formar como engenheiro
e trabalhar em uma grande empresa. Sabe-se, por experiência passada, que nessa empresa
aplica-se a política de redistribuir os funcionários novos a cada seis meses, com o intuito de que
estes conheçam as fases mais importantes do negócio. Existem três setores mais importantes:
distribuição, transmissão e geração.
Não há nenhum modelo para a rotação, realmente nunca se sabe em que setor alguém irá
trabalhar no próximo semestre. É possível, inclusive, ficar no mesmo setor em que se trabalhou
no último semestre. Por outro lado, nem todas as possibilidades são igualmente prováveis. Para
onde alguém será deslocado depende, de certo modo, de onde estava antes.
Desse modo, algumas questões para esse processo podem ser as seguintes:
Essas perguntas são interessantes para avaliar sua satisfação pessoal com a posição na
empresa.
Algumas dessas questões terão probabilidades como resposta e, outras, valores esperados.
Algumas delas dizem respeito à probabilidade de estar em um setor particular em um instante
especificado e outras à probabilidade de atingir um dado setor num dado tempo.
A primeira nova designação ocorrerá no fim daquele intervalo de modo que o intervalo
seguinte será representado por 1 e assim por diante.
12 Processos estocásticos
Desde que isso seja verdade para qualquer intervalo de tempo especificado, uma forma de
descrever o futuro com um processo integral é dizer que é dado por uma sequência de valores
que a variável aleatória pode assumir:
Processos estocásticos 13
I. A frequência ou periodicidade com a qual as observações são feitas no tempo.
Exemplo 2 – Por outro lado, quando um médico conta as vezes que um paciente teve
uma mesma infecção, o estado pode ser definido como o número total de infecções
sofridas pelo paciente. Neste caso, cada evento é o mesmo, uma infecção, e o que
interessa é o tempo entre os eventos. Com a perda muito grande de informação, isto
poderia ser reduzido a tempo discreto, armazenando somente as infecções ocorridas em
intervalos de tempo igualmente espaçados.
14 Processos estocásticos
Em um ponto qualquer no tempo, um processo está em algum estado. Isto é normalmente
observado registrando o valor de uma variável de resposta em um instante t. Como sempre
ocorre em modelagem estatística, o conjunto de todos os possíveis estados em um modelo deve
ser definido de maneira a responder à pergunta ou ao problema que estamos tentando resolver.
É interessante saber que, apesar de termos definido o estado como algo que está sendo
observado, certos modelos assumem um segundo estado de estados não observados ou estados
ocultos.
Se uma variável resposta fosse realmente contínua, todo dado armazenado seria um evento,
pois nenhum par de eventos poderia ser o mesmo. No entanto, isto é empiricamente impossível,
pois nenhum processo observado poderia permanecer no mesmo estado em um ou mais pontos
de observação consecutivos.
Uma resposta categórica se refere a um conjunto finito de estados possíveis diferentes que
podem ser observados. No entanto, quando somente um tipo de resposta for de interesse
particular, esta pode ser registrada como binária, indicando a presença (código 1) ou ausência
(código 0) da resposta. Essa resposta, em particular, com uma resposta em estado binário, é
chamada de evento pontual ou evento recorrente; e aqui evento se refere a um dos estados e à
variação destes..
Em algumas situações, o estado pode ser definido por mais do que uma variável resposta, ou
seja, pode ser um vetor contendo tipos distintos de valores. Poderia ser um valor categórico, tal
como um indicador binário de chove ou não chove, acompanhado por um valor quantitativo,
por exemplo, a quantidade de chuva que caiu em uma certa região.
Um vetor yt é necessário quando existem variáveis endógenas, ou seja, que são influenciadas
pelos estados prévios daquela resposta. Suponha, por exemplo, que a condição de um paciente,
medida de maneira apropriada, seja a resposta de interesse direto. Se a dose de medicação que
o paciente recebe depende de sua condição prévia, então a dose e a condição devem ser
medidas simultaneamente. Elas, em conjunto, definem o estado e variam de forma estocástica
independente, se um modelo razoável para esse processo for construído.
Um processo pode também envolver variáveis exógenas, ou seja, variáveis que não são
influenciadas pelos estados anteriores do processo. A variabilidade estocástica desse processo
não é de interesse, de modo que a probabilidade do estado pode ser tomada como sendo
condicional aos valores observados, como nos modelos de regressão usuais.
Processos estocásticos 15
Em um processo determinístico podemos prever a sequência exata de resultados (estados),
com base nas condições iniciais, apesar de que em sistemas caóticos a sensibilidade a pequenas
variações dessas condições iniciais é muito grande. Por outro lado, em um processo estocástico,
há uma componente de aleatoriedade completamente imprevisível. Em observações empíricas,
a aleatoriedade está em relação direta com o desconhecido ou com a informação incompleta.
Para lidar com essa situação é usada a teoria da probabilidade. Assim, as previsões que envolvem
processos estocásticos não fornecem resultados específicos ou determinísticos, mas somente
probabilidades de ocorrência de possíveis resultados diferentes.
Um processo estocástico pode envolver muitas formas de aleatoriedade. Um número pode
ser resultado de imperfeições nas observações e do modelo proposto.
Os tipos de aleatoriedades que precisam ser levadas em consideração ao modelar um
processo estocástico podem ter várias fontes, dentre as quais podemos citar:
I. A variabilidade, que não pode ser medida, está presente em muitos sistemas físicos.
Isto é verdadeiro para a mecânica quântica, por exemplo, mas também é verdadeiro para a
maioria dos processos sociais e biológicos.
II. Invariavelmente é impossível levar em conta todos os fatores determinando um
processo, por isso, ele se torna aleatório.
III. As condições inicias podem ser muito difíceis de serem determinadas com precisão.
Tradicionalmente e essencialmente, por simplicidade matemática, as distribuições de
Poisson, Binomial e Normal, são as mais usadas para modelar a aleatoriedade dos processos
estocásticos. Uma grande variedade de outras distribuições pode ser mais adequada em
circunstâncias específicas.
A série de respostas de um processo estocástico normalmente não será independente. Para
que os modelos possam ser usados, devemos introduzir procedimentos que nos permitam
identificar as dependências apropriadas.
Distribuições de probabilidades multivariadas (TAHA, 2008) fornecem a estrutura geral para
especificar maneiras de determinarmos a interdependência entre as respostas. Infelizmente, no
contexto dos processos estocásticos, esse recurso será de pequena valia, pois para uma série de
R observações será necessária a manipulação de uma matriz de covariância R x R, que
tecnicamente é de difícil manipulação.
É importante observar que embora um processo possa não ser estacionário, quando se inicia,
ele pode alcançar o equilíbrio após um tempo suficientemente longo, independentemente das
condições inicias. Em outras palavras, se um equilíbrio foi alcançado, a probabilidade de que o
processo esteja em um dado estado, ou a quantidade de tempo gasto naquele estado, converge
para uma constante que não depende das condições iniciais. Isto quer dizer que o processo se
aproxima de uma situação estacionária de equilíbrio para os estados.
16 Processos estocásticos
Ao se estudar um processo estocástico, duas maneiras de obter informações adequadas
podem ser consideradas:
Ambas as maneiras podem criar problemas. O fenômeno em estudo pode não ser estável o
suficiente durante um longo período de tempo, e fica difícil analisá-lo mesmo levando em conta
a possibilidade de considerar a replicação em intervalos de tempo menores.
Uma classe importante de processos simples assume forte hipótese sobre a dependência em
relação ao tempo, reduzindo assim a quantidade de informação empírica necessária para
modelar o fenômeno. Uma série de repostas no tempo discreto tal que
Ou seja, cada estado depende apenas daquele que o precede imediatamente. Este é um
processo de Markov. Em outras palavras, o estado no instante t depende apenas do estado no
instante t – 1, e é independente de todos os anteriores. Observe que a
Processos estocásticos 17
M M
18 Processos estocásticos
Processos estocásticos 19
20 Processos estocásticos
U1
Seção 2
Definições formais e exemplos
Introdução à seção
Um sistema que tem essa propriedade é chamado sem memória, pois a realização futura
depende apenas do estado atual, ou seja, não há dependência do passado. Para um processo
estocástico no tempo discreto com estados discretos, a probabilidade condicional do
próximo estado (Xt + 1 = j), dado o estado atual (Xt = i) e todos os estados anteriores ao estado
atual, é idêntica à probabilidade condicional para um próximo estado específico, dado um
estado atual. Isto pode ser escrito como:
P = P (Xt + 1 = j / Xt = i)
t = 0, 1, 2, ..............
Para compreendermos melhor o que é um processo estocástico, vamos analisar
atenciosamente um exemplo completo que enfatiza as diferenças entre processos
determinísticos e estocásticos.
Exemplo 3:
Processos estocásticos 21
Consideremos um sistema industrial no qual partes individuais chegam em uma célula de
montagem robótica com um minuto de intervalo. O robô necessita de 0,75 minuto para
executar o trabalho na parte que chega e realiza essa tarefa sempre que
22 Processos estocásticos
0 para t <1 min
P =
a
1 para t ≥1 min
Processos estocásticos 23
0 para t < 075
, min
P ts t = 06
, para 07 , t ,min
5
1 para t ≥15
, min
24 Processos estocásticos
O estado do sistema é representado graficamente a seguir para uma realização
do processo. A sequência particular e o tempo dos eventos que geram este gráfico
foram determinados por um modelo de simulação discreta. Se a simulação for
executada novamente, uma realização diferente provavelmente irá ocorrer.
Exemplo 5:
Processos estocásticos 25
26 Processos estocásticos
Processos estocásticos 27
28 Processos estocásticos
Processos estocásticos 29
U1
Seção 1.Seção 3
Exemplos de processos estocásticos
Introdução à seção
O objetivo desta seção é fornecer alguns exemplos para que você compreenda um pouco
melhor os processos estocásticos e, também, as mais diversas situações em que ele pode
ocorrer. Assim, apresentaremos os exemplos com seus respectivos modelos matemáticos.
Fótons são pequenas partículas de luz. Em algumas circunstâncias, uma fonte de luz
emite fótons de forma aleatória (de acordo com o que chamamos de um processo de
Poisson). Fótons individuais são muito fracos para serem detectados pelo olho humano, mas
detectores eletrônicos de fótons podem detectar um único fóton de cada vez. No entanto,
existe um problema com essas máquinas. Imediatamente após terem detectado um fóton,
existe um intervalo de tempo bem curto, conhecido como tempo morto, durante o qual
nenhum fóton que chega ao detector pode ser detectado.
30 Processos estocásticos
de que a infecção seja transmitida durante um desses contatos. Esses modelos
servem para compreender os fatores que determinam se uma epidemia vai se
espalhar e afetar uma grande parte da população ou se é mais provável que
afete uma pequena parte e depois desapareça. Os modelos também servem
para determinar o efeito de intervenções: como a epidemia será afetada se
vacinarmos 50% da população?
rt = a(t) + ruído
Neste caso, rt se torna uma variável aleatória indexada no tempo t.
Considere agora uma gota de tinta (que é feita de uma grande quantidade de
pequenas partículas) que está sofrendo um processo de difusão no líquido. Cada
uma das pequenas partículas de tinta realiza uma trajetória aleatória no líquido. Seja
Processos estocásticos 31
p(x,t) a densidade de partículas que chegam no ponto x no instante t. Após algum
tempo de difusão, as regiões escuras do líquido representam as regiões com alta
densidade P(x,t), enquanto as mais claras correspondem a uma densidade menor de
p(x,t). Conhecendo a densidade p(x,t), temos controle sobre a dinâmica do processo
de difusão e esta pode ser usada para encontrar a probabilidade de uma partícula de
tinta atinja certa região.
dCdt( )t = a C( 0 −C t( ))+bE
+
Essa equação, a longo prazo, tende à saturação do nível de colesterol C0 bE a
virtude de erros de medida na quantidade de gordura ingerida, a equação com um
termo estocástico se transforma em:
dC ( )t
dt = a C( 0 −C t( ))+bE + ruído
Essa equação pode ser resolvida usando cálculo estocástico. Com essa solução
podemos encontrar a probabilidade de que o nível de colesterol está acima de um
certo limite.
No início do jogo, tempo (t0), o jogador tem somente R$ 2,00. De acordo com as
regras do jogo, o jogador deve apostar apenas R$ 1,00 por vez. Com probabilidade
‘p’, o jogador ganha mais R$ 1,00, e com probabilidade ‘p-1’, o jogador perde R$ 1,00.
32 Processos estocásticos
O jogo acaba, sem direito a empréstimos ou prorrogações, quando o jogador tem R$ 4,00 ou
perde tudo.
‘Xt’ = {0, 1, 2, 3, 4}
Processos estocásticos 33
34 Processos estocásticos
é 0,92, enquanto a probabilidade de se tornar instável é 0,08. A probabilidade de que uma
famíliana na situação instável passe para a situação estável é de 0.03, enquanto a probabilidade
de que ela permaneça dessa maneira é 0,97 (WINSTON, 2004).
Chamando por
P = 0,92 0,08
0,03 0,97
Processos estocásticos 35
36 Processos estocásticos
Processos estocásticos 37
U1
38 Processos estocásticos
088
, 012
,
085
, 015
,
088
, 085
,
012
, 015
,
085
, 012
,
088
, 015
,
088
, 015
,
012
, 085
,
085
, 012
,
015
, 088
,
09
, 01
,
02
, 08
,
01
, 09
,
02
, 08
,
09
, 01
,
08
, 02
,
09
, 08
,
02
, 01
,
02
, 01
,
09
, 08
,
Processos estocásticos 39
U1
0 3, 0,4 0 0 3,
0 0 1 0
0 0 0 1
0 2, 0 5,
e) A matriz de transição do processo é 0 3, 0 4,
40 Processos estocásticos
0 5, 0 3, 0 a)
0 7, 0 5, 0 0
1, 0 0,9
Processos estocásticos 41
05
, 05
, 0
01
, 03
, 0
07
, 0 0, 9
01
, 05
, 0
07
, 03
, 0
05
, 0 0, 9
05
, 05
, 0
07
, 03
, 0
01
, 0 09
,
05
, 0 05,
07
, 03
, 0
09
, 0 0,1
04
, 09
,
01
, 06
,
01
, 09
,
04
, 06
,
42 Processos estocásticos
Processos estocásticos 43
44 Processos estocásticos
Cadeias de Markov 47
Cadeias de Markov
Cadeias de Markov 49
U2
Seção 1
Cadeias de Markov
Introdução à seção
Será estudado e definido o que é uma cadeia de Markov, suas principais propriedades e
exemplos de aplicações.
O tempo em uma certa cidade pode mudar de maneira rápida. Entretanto, as chances
em termos de tempo seco (sem chuvas) amanhã são ligeiramente maiores, caso esteja seco
hoje, do que se chover hoje. Particularmente, a probabilidade de termos tempo seco
amanhã é de 0,8, caso hoje esteja seco, porém é de apenas 0,6, caso amanhã chova.
A evolução do tempo, dia a dia, é um processo estocástico. Começando em dado dia
inicial (chamado dia 0), o tempo é observado em cada dia t, para t = 0,1,2,...... O estado do
sistema no dia t pode ser: Estado = 0, dia t é seco
Estado = 1, dia t com chuva
Cadeias de Markov
Xt = 1, se o dia t estiver chuvoso
O processo estocástico {Xt} = { X0, X1, X2,...} fornece uma representação matemática de como
o estado do tempo na cidade evolui ao longo do tempo.
Definição 1:
As probabilidades condicionais P (Xt+1 = j/Xt = i) para uma cadeia de Markov são chamadas
de probabilidades de transição (uma etapa). Se para cada i e j
P X( t+1 = j X/ t = i)= P X( 1 = j / X0 = i)
então, as probabilidades de transição (uma etapa) são ditas estacionárias. Portanto, ter
probabilidades de transição estacionárias implica que as probabilidades de transição não
mudam ao longo do tempo. A existência de probabilidades de transição estacionárias também
implicam nisto para cada i, j e n (n = 0,1,2,....).
P X( t n+ = j X/ t = i)= P X( n = j / X0 = i)
condicional de que o sistema estará no estado j após exatamente n etapas (unidades de tempo),
dado que ele inicia no estado i a qualquer instante j.
Como
P (n) são probabilidades condicionais, elas têm de ser não negativas e já que o
ij
processo deve realizar uma transição para algum estado, elas devem satisfazer as seguintes
propriedades:
Cadeias de Markov 51
pij( )n ≥ 0, para todo i,j;n=0,1,2,......
Σp ij
( )n
=1 para todo i;n=0,1,2,...... j=0
estado 0 1 2 . . . M
0 p00( )n p01( )n p02( )n . . . p0M ( )n
Cadeias de Markov
Propriedade dos sistemas sem memória:
Dado o estado atual, o próximo estado só depende desse estado e de nenhum outro em que
o sistema tenha estado no passado (ausência de memória espacial).
O tempo em que o sistema se encontra no estado atual não é relevante para se determinar
o próximo estado (ausência de memória temporal). Já foi visto que para especificar uma cadeia
de Markov, deve-se:
As letras i e j são usadas para representar o estado atual e o próximo. No caso de sistemas
com tempo discreto, representam-se os instantes pelo conjunto de números inteiros, sendo k
a variável utilizada para representar esses instantes discretos.
Probabilidade de transição:
tempo k:
Cadeias de Markov 53
P(Xk+n = j / Xu = r, Xk = i) = P(Xk+n = j/Xu = r) = Prj(u, k + n) em que:
Definição 2:
Quando as probabilidades de transição forem independentes do tempo k, para todo i,j, tem-
se uma cadeia de Markov homogênea.
Exemplo 2:
Considere uma máquina que pode estar em um dos dois estados: up e down.
Cadeias de Markov
Considere o conjunto de estados (0,1) para representar os estados dessa máquina, sendo 0
para up e 1 para down.
O estado dessa máquina é observado (verificado) a cada hora. Esses instantes de observação
são representados pela sequência k=0,1,2,3,...... .
Dessa maneira, temos uma cadeia estocástica, em que o estado da máquina está na k-ésima
hora de observação.
- Se a máquina estiver no estado up, a probalidade de falhar na próxima hora é dada por
a.
em que 0 ≤ a ≤ 1 e 0 ≤ b ≤ 1.
A matriz de transição será dada por:
β β1−
α α1−
Uma maneira conveniente de representar uma cadeia de Markov é por meio de um
diagrama de transição de estados, conforme já vimos anteriormente. Neste caso, o diagrama
será bem simples: Figura 2.1 | Diagrama de transição do exemplo 2
Cadeias de Markov 55
p10 = a = 1 – γk p11 = 1 – a = γk para 0 < γ < 1 e k = 0, 1, 2,.... Essa nova cadeia de Markov não
é mais homogênea.
No máximo, uma chamada telefônica pode ocorrer no time slot com o seguinte modelo: se
o telefone estiver ocupado, a chamada é perdida (não há transição de estado), se não, a
chamada é processada.
Uma chamada sendo processada pode ser encerrada dentro de um time slot com o seguinte
modelo: se ocorrer a chegada de uma nova chamada e o término de uma outra dentro de um
mesmo time slot, a nova chamada será aceita e o seu processamento iniciado.
Assume-se que a chegada ou o término das chamadas são independentes entre si.
Seja Xk a representação do estado desse processo estocástico no k-ésimo time slot, o qual
pode assumir valor 0 (telefone livre) ou 1 (telefone ocupado).
p00 = 1 – a: o telefone permanece livre se nenhuma chamada chega no time slot. p01 = a: o
p10 = b. (1 – a): o telefone fica livre se uma chamada é completada e não chega
nenhuma nova chamada no time slot.
1−α α
Cadeias de Markov
P β.(1−α) (1−β α) + .β
Dados dois estados i e j, uma trajetória de i para j é uma sequência de transições que iniciam
em i e terminam em j, de tal maneira que cada transição na sequência tem uma
probabilidade positiva de ocorrência.
II) Um estado j é acessível a partir do estado i se existir uma trajetória que leva
0 4,
0 5,
0
Cadeias de Markov 57
0
0,4 06
, 0 0 0
Figura 05
, 0 0 0
0 03
, 07
, 0
0 05
, 04
, 01
,
0 0 08
, 02
,
Cadeias de Markov
2.4 | Diagrama de transição de uma cadeia ergódica
Para definir a evolução dos estadoscom base na matriz de transição, de maneira simples,
vamos recapitular algumas definições e chegar ao importante teorema que permite realizar
previsões com uma cadeia de Markov.
Vimos que:
Os processos de Markov ocorrem sempre em uma base de tempo que depende do problema
analisado.
Para uma cadeia de Markov com n estados (n é um número inteiro), a matriz n x n formada
pelas probabilidades de transição é a matriz estocástica associada ao processo.
O valor pij representa a probabilidade de que o processo, quando no estado i, faça uma
transição para o estado j.
Cadeias de Markov 59
p00 p01 p02 . .
Os estados de um processo de Markov são armazenados em uma matriz linha que possui
tantas colunas quantos forem os estados do processo de Markov.
A evolução do processo se faz por meio da multiplicação da matriz de estados pela matriz
de transição.
X(n) = [ p , p , p ...]
1 2 3
X(n+1) = X(n) . P
Exemplo 4:
U2
Cadeias de Markov
Fonte: elaborada pelo autor.
0 92 0 08 P 0 03 0 97
estado inicial
=
0
X
X ( )1 = . 0 920 03 0 850 08
= 092
,
X ( )1 0 08,
X ( )2 =0,8488 0,1512
U2
Cadeias de Markov 61
Conheça um pouco mais sobre cadeias de Markov. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeias_de_Markov>. Acesso em: 4 set. 2016.
Cadeias de Markov
Cadeias de Markov 63
Probabilidade de estado em fase de regime estacionário
Introdução à seção
Os processos de Markov apresentam a propriedade do estado de equilíbrio após a evolução
em um grande número de ciclos. Iremos usar essa propriedade para obter previsões em
sistemas que atingem esse equilíbrio.
0 3, 0 7,
0 3, 0 7,
=[0,593
0 2,
0 7,
= X P . =[0,575 0,425].
( )3 ( )2 0 8,
X
0 3, 0,407]
X ( )4 = X P( )3 . =[0,587 0,413].
0 8,
0 3,
0 7,
=[0,587 0,413]
0 2,
Cadeias de Markov
Verifica-se, portanto, que o processo atinge uma fase de regime com as seguintes
características:
Π=Π.P
Com a condição óbvia de que os elementos da matriz linha somem 1.
Π=[Π0 Π1 Πn ]
Exemplo 5:
0 3, 0 2, 0 5,
P= 0 1, 0 8, 0 1,
0,6 0 0 4,
Calcule o estado estacionário ou longo prazo para essa situação.
Cadeias de Markov 65
fundamental Π Π Π0 + + +1 2 ..........+ 0 4,
=Πn 1.
0 2, 0 5,
0 3,
0 8, 0 1,
Π Π= .P→[Π0 Π1 Π2]=[Π0 Π1 Π2] 0 1,
0 4,0 2,
Π0 = 0 3, Π0 +0 1, Π1 +0 4, Π2
Π1 = 0 2, Π0 +0 8, Π1 +0 4, Π2 Π2 = 0 5, Π0 +0 1, Π1 +0 2, Π2
Π0 = 0 2,
Π1 = 0 6,
Π2 = 0 2,
Exemplo 6:
Uma companhia aérea com um voo às 7:15h da manhã entre São Paulo e Rio de
Janeiro não quer que o voo se atrase na partida em dois dias seguidos. Se o voo sair
atrasado num dia, a companhia faz um esforço adicional no dia seguinte para que o
voo cumpra o horário e é bem-sucedida em 90% das vezes. Se o voo não sair
atrasado num dia, a companhia não toma providências especiais para o dia seguinte
e o voo cumprirá o horário em 60% das vezes. Qual a porcentagem de vezes que o
voo parte atrasado (WINSTON, 2004)?
66 Cadeias de Markov
Cadeias de Markov 67
Cadeias de Markov
U2
Cadeias de Markov 69
Cadeias de Markov
088 12
P=
015 85
(0)
0,6 0,4
X ()1 = XP()0 .
Cadeias de Markov 71
BH MM MH
0.5 0.4 0.1
Cadeias de Markov
0.3 0.4 0.3
0,4
Cadeias de Markov 73
Matriz de transição
0 5, 0 4, 0 1, P= 0 3, 0 4, 0 3,
0 2, 0 3, 0 5,
Estado inicial
X ( )0 =[1 0 0]
X ( )1 = X P( )0 .
0 5, 0 4, 0 1,
X ( )2 = X P( )1 .
0 5, 0 4, 0 1,
X ( )2 =[0 5, 0 4, 0 1, ]. 0 3, 0 4, 0 3,
0 2, 0 3, 0 5,
=
X ( )2 [0 39, 0 39, 0 22,]
A probabilidade de estar de mau humor daqui a 2 dias é de 22%
3) Suponhamos que uma indústria produza dois tipos de produtos: tipo 1 e tipo 2. Se uma
pessoa comprou o tipo 1, existe 90% de chance de que sua próxima compra seja o tipo 1. Se
uma pessoa comprou o tipo 2, existe 80% de chance de que na próxima compra seja o tipo 2.
Se uma pessoa comprou o tipo duas, qual a probabilidade de ela comprar o tipo 1 num
intervalo de 2 compras? Se uma pessoa comprou o tipo 1, qual a probabilidade de ela comprar
tipo 1 num intervalo de três compras (WINSTON, 2004)?
Cadeias de Markov
P=
X ()0
X ()1 0 9,0 1,
()1
0 2,0 8,
()1
a) Início
=[01]
X ()2
Primeira compra = X P( )0 . X =[0 1]. 0 9,
X ()2
0 1,
X ()2
0 2, 0 8, X =[0 2, 0 8, ]
Segunda compra = X P( )1 .
b) Início
X ()1
=[01]
Primeira compra = X P( )0 .
X ()2
X ()2 [ ] 0 9, 0 1,
=1 0.
X ()2
0 2, 0 8,
Cadeias de Markov 75
=[0 9, 0 1, ]
Segunda compra
= X P( )1 .
=[0 9, 0 1, ]. 0 9,0 1,
0 2, 0 8,
X ( )3 = 0,781 0,219
4) Em uma cidade, sabemos que 90% de todos os dias ensolarados são seguidos por outro
dia ensolarado, e 75% de todos os dias nublados são seguidos por outro dia nublado. Construa
a matriz de transição e calcule a probabilidade de daqui a três dias termos um dia nublado, sendo
que hoje está um dia ensolarado (WINSTON, 2004).
0 9, 0 1,
P
0 25, 0 75,
Cadeias de Markov
X ( )0 =[1 0]
Primeiro dia
X ( )1 =[1 0]. 0 9, 0 1,
0 25, 0 75,
X ( )1 =[0 9, 0 1, ]
] 0 9, 0 1,
0 1, .
0 25, 0 75,
0,1650]
] 0 9, 0 1,
0,1650 .
0 25, 0 75,
= 0,7928 0 2073]
Cadeias de Markov 77
A
X (2 ) =[09
,
X ()3 [
1 1 1
Cadeias de Markov
probabilidade de termos dia ensolarado é de 20,73%
24 4
Cadeias de Markov 79
Cadeias de Markov
uma boa condição. Considerando que essa tendência se mantém se a empresa for contratada, determine a
condição dos apartamentos sob a administração dessa firma esperada em longo prazo (WINSTON, 2004).
Cadeias de Markov 81
Cadeias de Markov
U2
2. Uma empresa de cartões de crédito cobra uma taxa anual de 40,00 u.m. de seus
associados. A empresa está discutindo dois novos métodos para obtenção de
novos clientes e para manter os existentes. Um método envolve “Mala direta” para
os clientes em potencial. Sabe-se que, com isso, 7% daqueles que recebem a
correspondência e não eram clientes tornarse-ão clientes. Um segundo método
envolve “Visita pessoal” ao cliente. Espera-se, com isso, que 35% dos visitados, que
não eram clientes, tornem-se clientes. Para os dois métodos, dos que eram
clientes, 85% continuam clientes. O custo do primeiro método é de 3,50 u.m. e o
do segundo é de 14,00 u.m. Qual o método deve ser adotado? Faça a análise para
longo prazo.
Cadeias de Markov 83
n
Vk = P (T >=
t k) ≅ k
n
0
Vi
Pi =−
1 V
i−
1
≤ ≤
Cadeias de Markov
idade idade 0 idade 1 idade 2 idade 3 idade idade 5 idade 6 . . . idade n
idade 0 P1 q1 0 0 0 0 0 . . . 0 idade 1 P2 0 q2 0 0 0 . . . 0
idade 2 P3 0 0 q3 0 0 0 . . . 0
idade 3 P4 0 0 0 q4 0 0 . . . 0
idade 4 P5 0 0 0 0 q5 0 . . . 0
.
idade 5 P6 0 0 0 0 0 q6 . . . 0 idade 6 P7 0 0 0 0 0 0 . . . 0
. . . . . .
. .
Cadeias de Markov 85
Cadeias de Markov
idade n Pn+1 0
P ≥ 0 se j = 0 e j = +i 1 P = se j ≠ 0 e j
≠ +i 1
Cadeias de Markov 87
Cadeias de Markov
Vamos substituir:
1 π0 8
= π1
= π2
= π3
= π4
= π5
Cadeias de Markov 89
Cadeias de Markov
Cadeias de Markov 91
Cadeias de Markov
a) 29%.
b) 47%.
c) 71%.
d) 87%.
e) 95%.
Dias Unidades
0 90 3 74 6 59
9 38
12 24 15 13
18 0
Esperamos, então, que para 1.000 unidades instaladas, tenhamos um número médio
de substituições por período:
a) 300.
b) 400.
c) 500.
d) 250.
e) 130.
Cadeias de Markov 93
e) Não é possível determinar a melhor solução.
2
3
3
4
1
2
Cadeias de Markov
1
.
2
2.
1 9
.
3
4.
9
Cadeias de Markov 95
Cadeias de Markov
Processos de Poisson
Processos de Poisson 101
U3
Seção 1
No entanto, algumas modificações devem ser feitas, pois em cada instante infinitesimal
pode ocorrer uma transição. Nessa situação, não tem muito sentido o conceito de matriz
de transição de um passo ou etapa, porque o tempo não é medido em passos.
Consideremos um exemplo para melhor compreensão.
Exemplo 1
Processos de Poisson
I. O processo satisfaz a propriedade de Markov.
Quando supomos que o processo satisfaz a propriedade de Markov, queremos dizer que em
qualquer instante sabemos que a máquina ou está operando ou está parada, podemos
determinar todas as probabilidades associadas com o processo desse instante em diante.
Não nos interessa a sequência de estados que se sucederam antes do atual e quanto tempo
o processo passou em cada um desses estados ou mesmo quanto demora o estado atual.
Essa propriedade é conhecida como ausência de memória.
O processo será estacionário se as paradas e os tempos de reparo não dependerem do
particular instante do dia. Não será estacionário se o operador executar mais vagarosamente
em certos períodos de tempo durante o dia.
No nosso exemplo vamos considerar a hipótese da proporcionalidade, levando em conta os
seguintes valores: p01( )∆t =4∆t p10( )∆t =3∆t
Considerando que o valor da função P01(t + ∆t) seja a probabilidade de a máquina estar no
estado 1 no instante t + ∆t, dado que estava no estado 0 no instante 0.
Nesse caso, ou a máquina estava sendo reparada no instante t e foi colocada em operação
durante o intervalo ∆t ou estava operando no instante t e continuou a operar no pequeno
intervalo ∆t.
()
dpdt00 t =−4p00 ( )t +3p01( )t
()
dp10 t =−4p10 ( )t +3p11( )t
dt
()
dpdt11 t = 4p10 ( )t −3p11( )t
Processos de Poisson
p01( )t = −74 74 e−7t
p10 ( )t = −3 3 e−7t
7 7
p11( )t = +4 3 e−7t
7 7
Devemos observar que essas funções se comportam de forma adequada para representar
probabilidades.
Elas estão todas no interior do intervalo [0,1] para todos os valores de t ≥ 0, a soma sobre o
segundo índice iguala a 1 para todos os valores de t ≥ 0 e as condições iniciais são satisfeitas.
O limite de cada função, à medida que t → ∞, tem um valor bem definido e as funções com
o mesmo segundo índice convergem para o mesmo valor.
A solução está completa, porém não temos ainda uma interpretação para as taxas que seja
suficiente para que possamos obter as taxas em uma situação real.
Imagine que o processo começa com um reparo no instante t = 0 e fica no estado 0 até que
o reparo seja executado, e então muda e permanece no estado 1.
)t =−4p00(t)
Essa equação diferencial tem solução imediata desde que tenhamos a condição inicial
P00(o) = 1. Assim: p00 ( )t = e−4t
Desde que não se permitam quebras, esse evento pode ser descrito como o tempo de reparo
excede t.
Desse modo, a probabilidade de que o tempo de reparo seja menor ou igual a t é 1 – e–4t.
Para a variável aleatória, tendo a função de distribuição dada por 1 – e–λt , mostrase que o
valor esperado é .
No nosso exemplo, a distribuição de tempo de reparo tinha λ = 4, de forma que o tempo
operação seria .
Definição: processo contínuo
Processo estocástico com tempo contínuo ou simplesmente tempo contínuo, é uma família
infinita de variáveis aleatórias indexadas pela variável contínua real t.
Para qualquer t fixo, X(t) é uma variável aleatória e a coleção de todas essas variáveis
aleatórias é um processo estocástico.
Se para todos tn, tn – 1, ........ , t0 satisfazendo tn > tn – 1 > ........ > t0 tivermos:
Processos de Poisson
Definição: processo de Markov estacionário
Como:
0,i ≠ j pij ( )0 1,i = j
Chamamos λij de taxa de transição de i para j. Essa terminologia é consistente, pois λij é a
derivada em relação ao tempo da função de transição.
O resultado é uma equação diferencial de primeira ordem com coeficientes constantes λki.
Reconhecendo essa somatória como uma multiplicação matricial, podemos expressar todas as
equações diferenciais na forma matricial:
dP( )t = P t( )Λ dt
( )t
Em que dP é a matriz cujo elemento (i, j) é dpij ( )t
,P(t) é a matriz cujo elemento
dt dt
(i, j) é Pij(t) e Λ é matriz cujo elemento (i, j) é λij.
Pode-se mostrar que cada elemento da diagonal principal é não negativo, o elemento da
diagonal principal λii é igual em módulo e, portanto, de sinal oposto à soma dos outros
j i≠
Se você lembrar agora do exemplo 1 desta seção, as equações diferenciais poderiam ser
obtidas novamente de forma mais rápida, pois naquele caso tínhamos λ = 4 e λ10 = 3. Nesse
caso, a matriz Λ será dada por:
44 3 −3
E as quatro equações diferenciais seriam obtidas da equação diferencial dada na forma
matricial obtida anteriormente.
Processos de Poisson
Vemos, então, que os elementos λij para i ≠ j podem ser interpretados e assim medidos
como os parâmetros de distribuições exponenciais.
Para um particular λij, a distribuição a que nos referimos é a do tempo gasto no estado i
quando j é o próximo estado.
Nenhuma outra família de distribuições pode ser considerada como candidata para
descrever os tempos entre os eventos.
Devemos lembrar que em muitas aplicações os tempos podem ser melhor analisados se as
funções de distribuição forem a Gama ou a Weibull.
Ao se utilizar o modelo exponencial, adota-se que os tempos próximos de zero são os mais
prováveis e que os tempos muito longos são cada vez menos prováveis.
Se porventura essa característica for incompatível com o problema que está sendo
analisado, talvez deva ser escolhido outro modelo, pois o exponencial não pode ser usado neste
caso.
Uma outra característica da distribuição exponencial que precisa ser lembrada é a ausência
de memória, para isso, considere o exemplo 2:
Exemplo 2
−5 5
Λ=
7 −7
dpij ()t
lim
t →∞ dt
= lim
t Σ pik ()t λ kj
→∞ k
( )
d
lim pt ( ) = Σ pik (t )λ kj
dt t →∞ ij k
dt ( ) Σk
d
= λ kj
0 = Σ πλk kj
k
ΠΛ= 0
Processos de Poisson
Em que 0 é o vetor linha de zeros, Π é o vetor linha das probabilidades de estado
estacionário e Λ é a matriz das taxas de transição.
A equação adicional para determinar uma solução única é como no caso discreto:
Σπ =1j
j
Exemplo 3
Considerando novamente o exemplo 1 da seção anterior, podemos encontrar as
probabilidades de estado estacionário a partir de sua matriz de transição:
4 4
3 −3
Assim:
4π π0 +3 1 = 0
4π π0 −3 1 = 0
Como essas equações são linearmente dependentes, usaremos uma delas e a equação
fundamental para encontrar uma solução:
4π π0 +3 1 = 0
π π0 + 1 =1
Que será:
= 74
Todos os casos simples de teoria das filas a serem considerados na próxima unidade são
casos especiais do processo nascimento-morte.
Processos de Poisson
λ λ λ λ λ λ
..... .....
µ µ µ µ µ µ
λ µ
λ µ
λ λ00 01
λ λ10 11 λ12 0
λ λ21 22 λ23
λ λ32 33 λ34
λ λ43 44 λ45
. . .
. . .
0 . . .
. . .
. .
λ00 λ01
Processos de Poisson
λ21 −(λ21 +λ23) λ23
. . .
. . .
0 . . .
. . .
. .
λ λ λ λ
Λ
−λλ
−λλ 0
−λλ
−λλ
−λλ
Λ=
. .
. .
0 . .
. .
.
Processos de Poisson
Desde que as aplicações normalmente envolvam a contagem de ocorrências e a contagem
comece normalmente no zero, assumimos que o estado inicial é zero.
As equações diferenciais que determinam os Poj(t) são:
( )t
dpdt00 =−λp00 ( )t
p00 ( )t = e−λt
Processos de Poisson
λ
λi i, +1 = para i = 0 1 2, , ,,.....,199
1 1
3 3
1 −8 1
5 15 3
1 − 3 17 1
5
.
5 5 3
. .
. . .
. . .
Processos de Poisson
1 1
17 5 3
3 −
− 5
5
1 4
5 5
.
.
II. Tempos de chegada sucessivos são variáveis aleatórias que obedecem a uma
distribuição exponencial. Quando o sistema está no estado n, a variável aleatória
exponencial tem parâmetro λn.
λ0 λ0 0 0 0 0 0 . . .
µ µ1 −( 1 +λ1) λ1 0 0 0 0 . . .
0 0 µ3 −(µ λ3 + 3) λ30 0 . . .
.. . . . . . . .
.
.. . .
. . . .
]
Π=[p0, p1, p2,...., pn
Essa equação matricial nos dá o sistema de equações:
Processos de Poisson
λ0 0p +µ1 1p = 0
=0
. . .
.
Essas equações são chamadas de equações de balanço, pois elas mostram o balanço entre
as taxas médias de entrada e saída para cada estado. O sistema é equivalente ao seguinte
sistema de equações lineares:
p1 = λ 0 p0
µ1
p2 = λ1 p1 = λλ01 p0
µ2 µµ
12
p3 = λ 2 p2 = λλ012 λ p0
µ3 µµ
123 µ
.
.
.
pn = λ n −1 pn −1 = λλ01 λ 2
.......λ n −1
p
µn µµ123 µ
.......µ n 0
Processos de Poisson
Processos de Poisson 129
Processos de Poisson
λ µ
p = 1 e −12/
3
83.!
p = 1 e−32/
3
84.!
p = 1 e−53/
3
63.!
p = 1 e −910
/
3
34.!
p = 1 e −813
/
3
25.!
−λλ0 0
0
Λ= µµ
1 −−1 λλ
1 1
0 µ2 −µ 2
(λλ0 µ1 ) t
p01 ()t = e −++ 1
1) 1)
e −+λ 0 λ 1 +µ1 )t
p01 ()t = −
1 1
Processos de Poisson
Processos de Poisson 133
Processos de Poisson
Teoria da renovação e aplicações à teoria das filas 137
138 Teoria da renovação e aplicações à teoria das filas
Teoria da renovação e aplicações à teoria das filas 139
≥
[
µ = EX n ], n ≥1
F ()x = PXx
( ≤ )
n
Tn =Σ Xi , ∈
nN
i =1
∞
N t = Σ 1(Tn ≤ t )
n =1
P X( n ≤ =x) −e−λx, ≥
Os tempos entre chagadas obedecem a uma distribuição exponencial com parâmetro r. O
tempo médio entre chegadas é λ = 1/r. A distribuição exponencial é a única com a propriedade
de ausência de memória. O processo de contagem tem incrementos independentes e
estacionários e Nt tem a distribuição de Poisson com parâmetro rt para t ∈ [ 0 ,∞ ].
Exemplo: suponha que temos um processo de renovação cujo valor médio da função é dado
por m(t) = 2t, qual a distribuição do número de renovações ocorrendo no instante 10?
Solução: desde que m(t) = 2t é o valor médio de uma função de um processo de Poisson com
taxa 2, segue que N(10) tem uma distribuição de Poisson com parâmetro 20:
Padrões de chegada
O padrão de chegada dos clientes é especificado pelo intervalo de tempo entre chegadas
consecutivas de clientes ao local de prestação de serviços.
Padrões de serviço
O padrão de serviço é específico pelo tempo de serviço, tempo necessário para um
atendimento do cliente.
Capacidade do sistema
A capacidade do sistema é o número máximo de clientes (incluindo tanto os que estão sendo
atendidos como os que aguardam na fila de espera) permitidos no local de prestação de serviços
ao mesmo tempo.
Um sistema que não tenha limite no número permitido de clientes dentro do
estabelecimento tem uma capacidade infinita, um sistema com um limite tem capacidade finita.
Notação de Kendall:
Para o estudo de teoria das filas devemos analisar seis fatores:
(a b c// ) (: d e// f )
a: como são as chegadas ou distribuição de chegadas. b: tempo
de atendimento. c: número de atendentes. d: disciplina de
atendimento.
e: espaço para espera. f: população que
usa o sistema.
U4
Suponhamos que a variável aleatória T represente o tempo entre chegadas ou o tempo de serviço.
Quais são as implicações de supormos que T tenha uma distribuição exponencial para um modelo de
filas? Para analisar isso precisamos discutir cinco propriedades-chave da distribuição exponencial.
Para quaisquer valores estritamente positivos de ∆t e t. Isto decorre do fato de que essas
probabilidades são a área sob a curva fT( )t dentro do intervalo de comprimento ∆t indicado, e de que
a altura média da curva é menor para a segunda probabilidade do que para a primeira.
2) Falta de memória
Essa propriedade pode ser definida matematicamente como:
P T( > +t ∆t /T >∆t)
) ( )
P T( > +∆tt T/ >∆t)= P T( >∆P T( t T,>∆> +∆tt)t = P TP T ( > +>∆t ∆t)t
= e−eα− ∆(αt+∆t t) = e−αt
Para tempos entre chegadas, essa propriedade descreve a situação comum em que o tempo até a
chegada seguinte não é influenciado por quando tenha ocorrido a última chegada.
( ) (αt)n e−αt
P X t( ) = n = , para n = 0 1 2, , ,... n!
Isto é, X(t) tem uma distribuição de Poisson com parâmetro at. Por exemplo, com
P X( ( )t −0)= e−αt
E X( ( )t )=αt
De modo que o número esperado de incidentes por tempo unitário é a. Assim, dizemos
ser a taxa média com a qual os incidentes ocorrem. Quando os incidentes são contados em
uma base contínua, o processo de contagem {X(t) / t > o} é chamado de processo de Poisson
com parâmetro a (a taxa média).
5) Para todos os valores positivos de t, P(T ≤ t +
∆t / T > t) ≈ ∆t para ∆t pequeno.
Conforme já foi dito anteriormente, T pode representar tanto tempos entre chegadas
quanto tempos de serviços nos modelos de filas. Por isso, essa propriedade oferece uma
aproximação conveniente da probabilidade de que o incidente em questão (chegada ou
conclusão do serviço) ocorra no intervalo ∆t de tempo pequeno seguinte. A propriedade
também mostra que essa probabilidade é essencialmente proporcional a ∆t para valores
pequenos de ∆t.
1)
2)
∞ ∞
Fonte:
elaborada
pelo autor.
−µ t
At() =−
1 e
−λ t Bt() =−
1 e
λ µ
λ µ
tempo.
U4
λ0 λ1 λ2 λn- 1 λn λn + 1
µ1 µ2 µ0 µn µn + 1 µ
A condição básica para que um sistema de filas seja estável é que a taxa de chegada λ
seja menor do que a taxa de serviço, ou seja, tem que ser menor que 1. Essa fração
µ
será denominada de fator de utilização da fila e será denotado por ρ.
Seja Pn(t) = P(N(t) = n) a distribuição de probabilidade do número no sistema no instante t; sua
respectiva distribuição estacionária será Pn.
Vamos escrever as equações de equilíbrio do sistema usando o procedimento conhecido como
balanço de fluxo e, com base nelas, obter a distribuição estacionária.
Definimos o fluxo como o produto da probabilidade estacionária pela taxa de transição. Vamos
admitir que em regime estacionário o sistema permanece uma fração do tempo Pn no estado n. Dessa
maneira, se chegam λ usuários por unidade de tempo, a taxa de fluxo médio que entra em n + 1
proveniente do estado n é λPn. Se condições de equilíbrio existem, então para cada estado e fluxo que
sai deve ser igual ao fluxo que entra nesse estado. Para determinar o total que sai do estado n, notamos
que o sistema vai a n + 1 se uma chegada ocorre e a n – 1 se acontece o fim do serviço. O fluxo total
que entra no estado n vem a partir de n + 1 com um fim de serviço ou, então, a partir de n – 1 pela
ocorrência de uma chegada, enquanto o fluxo que entra vem do estado 1 por causa do fim do serviço.
As equações de balanço são as seguintes:
P1 =λµP0 λ
P2 =µ2P0
P3 =µλ3P0
Pk =µλkP0
Então:
λ n λ n−1
(λ µ+ ) P0 =µ λPn+1 P0
Temos:
λ n+1
Σ∞ Pn =1→Σ∞ λµ n
P0 =1→Σn∞=0ρnP0 =1→P0 = Σ∞1ρn
A soma realizada é a série geométrica de razão ρ que converge se |ρ| < 1. Como λ e µ são
estritamente positivos, essa condição equivale a 0 < ρ < 1. Note que nessa condição a taxa
média de serviço por unidade de tempo é maior do que a taxa média que os fregueses estão
chegando. Portanto, independentemente do quanto crescer a fila, se esvazia de tempos em
tempos e o processo de Markov será recorrente positivo com uma única distribuição de
equilíbrio. Efetuando a soma da série anterior ficamos com:
Pn =ρ ρn (1− )
Com base nos cálculos dos valores esperados obtemos:
a) Pn é a probabilidade de termos v clientes no sistema.
Pn =ρ ρn (1− ) =ρnP0
Ls =
Lf =
(µ λ− )µ
Ws =
Wf = (µ λ−λ )µ
Exemplos
1) Suponhamos que o tráfego de 1.500 veículos/hora que se aproxima de um túnel divide-
se igualmente para passar pelos postos de pedágio (existem três) que estão na entrada do túnel.
Cada posto tem uma capacidade de serviço máxima de 600 veículos/hora. Nessas condições,
λ 500
ρ = = = 0,833 µ 600
a) A probabilidade do atendente estar ocioso é:
P0 = 1 – ρ = 1 – 0,833 = 0,167
b) A probabilidade de ter fila = 1 – probabilidade de não ter fila.
P1 = ρ1 (1 – ρ) = 0,139
P0 = 0,167
E L( s ) =µ λλ− = 600500−500 = 5
500
λ = 0,0083h= 29,8 segundos
2) A seção masculina de uma grande loja emprega um alfaiate para consertar roupas compradas pelos
clientes. O número de clientes cujas roupas necessitam de consertos segue uma distribuição de Poisson
com uma taxa média de chegada de 24 por hora. Os clientes são atendidos por ordem de chegada, estando
dispostos a esperar pelo atendimento do alfaiate, já que os consertos são gratuitos. O tempo gasto para
atender um cliente é exponencialmente distribuído com média de 2 minutos (WINSTON, 2004):
1 cliente
2 minutos
λ
µ λ
µ λ
λ
µ
∞∞
λ →
µ →
3) µ →
1
30 – 24 6
= 1 – 0,8 = 0,2
clientes ou unidades).
µt =µ1
4) S ≥ 2 é o número de atendentes.
λ
5) Definindo: ρ= , então chamamos de fator de utilização da fila a quantidade:
µ
λ
γ=
Sµ
P0 n ΣS=−01 ρnn!
ρ
1 s . −1γ
S! 1
Pn ρn n ! .P0 ⇒ ≤n S
Lf =
(S −1 !( .ρµ)S Sλµ P0−λ)2
=L S
10) WS é o tempo médio gasto por um cliente no sistema: WS λ
L
11) Wf é o tempo médio gasto por um cliente na fila: Wf = λf
Exemplos
λ
ρ
µ
λ
γ
.µ
Σ
ρ ρ 1
γ 0,833
E(Ls) = E(Lf) + ρ
6,0078
E(Ls)
E(Ws) = = = 0,0040h = 14,418 segundos λ 1500
2) O departamento de estradas tem três equipes que são chamadas constantemente e cujo
trabalho é analisar as condições das estradas nas proximidades de cada acidente fatal. As
equipes são igualmente eficientes, cada uma trabalha em média dois dias para investigar um
acidente e produzir o respectivo relatório, sendo o tempo exponencialmente distribuído. O
número de acidentes fatais nas estradas segue um processo de Poisson com uma taxa média de
300 por ano. Determine:
λ
ρ
µ
λ
γ
µ
Lf
Wf =
λ
3
L f = (.1 644)( 182.)5 300(.0 1775) = 0.35244
(31− )!((3 182.)5 −300)
2
Ls
Ws =
λ
s =
LL f ρ
+= 0.35244 +1.644 =1.9964
Ws = 1.9964 = 0.006654 (36 )(24 ) = 5829
. h
300
3)
Opção 1:
1 pessoa 1
µ= = = 6 pessoas/hora
P0 = 2 = 0.5083
1+0 633.+ 1( .0 633)3 1
Ws = Lλs
Ls = Lf +ρ
Ls = 0.00728+0.633 = 0.64028
a) $675,00.
b) $235,00.
c) $345,00.
d) $890,00.
e) $975,00.
a) $10,00.
b) $18,00.
c) $5,00.
d) $14,00.
e) $20,00.