Alimentos e Bebidas para Eventos
Alimentos e Bebidas para Eventos
Alimentos e Bebidas para Eventos
para Eventos
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.ª Fabiana Roeder
R712a
Roeder, Fabiana
ISBN 978-85-515-0418-5
CDD 658
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático da disciplina de
Alimentos e Bebidas para Eventos! Na hora de organizar um evento, são
tantos detalhes aos quais temos que estar atentos, que, às vezes, deixamos em
segundo plano o que será oferecido aos nossos convidados. Afinal, oferecer
uma pausa durante o evento para que os convidados possam descansar e
ampliar sua rede de contatos, o famoso networking, é parte crucial para o
sucesso do evento.
III
novas tendências da sociedade já discutidas na Unidade 1, alguns aspectos
essenciais, como controlar custos e melhorar a qualidade dos serviços, serão
discutidos na Unidade 2.
Fabiana Roeder
IV
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
UNI
V
VI
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
VII
VIII
Sumário
UNIDADE 1 – GASTRONOMIA E EVENTOS....................................................................................1
IX
3.5 MONTAGEM.....................................................................................................................................86
3.6 PREPARO...........................................................................................................................................87
4 FICHA TÉCNICA: IMPORTÂNCIA E ELABORAÇÃO................................................................88
4.1 ORÇAMENTOS PARA EVENTOS.................................................................................................90
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................94
AUTOATIVIDADE..................................................................................................................................96
X
3 CATERING DE EVENTOS.................................................................................................................160
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................162
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................163
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................185
XI
XII
UNIDADE 1
GASTRONOMIA E EVENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA
GASTRONOMIA
1 INTRODUÇÃO
No setor econômico de eventos, para atingirmos o objetivo principal,
não podemos perder o foco no cliente, promovendo sensações marcantes, para
tornar o evento inesquecível. No cenário competitivo que estamos vivendo, saber
distinguir alimentação da gastronomia, é essencial para o gestor de eventos.
3
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
NOTA
GASTRONOMIA
=
GASTER (grego) → VENTRE, ESTÔMAGO
4
TÓPICO 1 | HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA
FONTE: <https://heraldodemexico.com.mx/gastrolab/gastronomia-mexicana-para-amar-lo-
nuestro/>. Acesso em: 3 ago. 2019.
6
TÓPICO 1 | HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA
FONTE: <https://gastronomos.fr/pt/cultura/gastronomia/gastronomia-francesa-cozinha-
patrimonio-cultural-unesco/>. Acesso em 3: ago. 2019.
NOTA
7
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
E
IMPORTANT
8
TÓPICO 1 | HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA
FONTE: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/
noticias/19383-dividir-para-conhecer-as-diversas-divisoes-regionais-do-brasil>. Acesso em: 3
ago. 2019.
9
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
FONTE: <https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/y85wcnpWvzuQZC6ypr44gwRPnq5
ZcCQtZ9ZUkqBwFuXBvCu5A4FZFyP7UGXx/contextualizacao>. Acesso em: 3 ago. 2019.
• O Ofício das Baianas de Acarajé (BA): o ofício está inscrito no Livro dos
Saberes desde 2005 como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. É uma
prática tradicional de produção e venda, em tabuleiro, das chamadas comidas
de baiana, feitas com azeite de dendê e ligadas ao culto dos orixás, amplamente
disseminadas em Salvador. O bolinho de Acarajé, preparado artesanalmente,
tem origem no Golfo de Benim, na África Ocidental e chegou ao Brasil com
o saber dos negros escravizados. A receita manda moer o feijão fradinho em
pilão de pedra – que dá nome ao quitute: a pedra de acarajé. A iguaria está
ligada ao culto dos orixás do candomblé, Xangô e Oyá, o que implica um modo
de fazer específico e ritualizado. Para o recheio dessa comida sagrada são
utilizados vatapá, caruru e camarão seco. E no tabuleiro da Baiana do Acarajé
também pode se encontrar abará, mingaus, lelê, cocadas, pé de moleque e
outras especialidades da culinária de origem afro-brasileira.
10
TÓPICO 1 | HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA
FONTE: <https://correionago.com.br/portal/regulamentacao-municipal-ao-oficio-de-baianas-
sofrera-atualizacoes/>. Acesso em: 9 nov. 2019.
11
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
12
TÓPICO 1 | HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA
13
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
14
TÓPICO 1 | HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA
DICAS
Para saber mais sobre a história da gastronomia, você poderá realizar a leitura
do livro Gastronomia no Brasil e no Mundo (2015), das autoras Dolores Freixa e Guta
Chaves. O livro apresenta a gastronomia como patrimônio cultural, desde a sua pré-história
até a contemporaneidade.
15
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
Riccetto (2013, p. 151) define o festival gastronômico como “um evento que
tem como principal oferta uma gastronomia específica. Essa gastronomia pode
ser de um país, uma região, uma época, um ingrediente etc.”, como mostramos
no quadro:
16
TÓPICO 1 | HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA
DICAS
Desde o dia dois de dezembro de 2014, Florianópolis integra um seleto grupo, o Brasil
possui apenas cinco cidades na Rede Mundial de Cidades Criativas da UNESCO. Além da
capital catarinense e Belém, na gastronomia, Curitiba integra a Rede na categoria Design,
Salvador na categoria Música e Santos em Filmes. A Rede Mundial de Cidades Criativas
da Unesco, que reconhecem e apoiam a criatividade como estratégia impulsionadora do
desenvolvimento sustentável, por meio de parcerias mundiais, abrange sete áreas criativas:
artesanato e arte popular, design, cinema, gastronomia, literatura, música e artes mídia.
FONTE: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/sc/noticias/florianopolis-
cidade-unesco-da-gastronomia,f4bac74b0f71f410VgnVCM1000004c00210aRCRD>.
Acesso em: 3 ago. 2019.
Para saber mais sobre a Rede de Cidades Criativas da UNESCO, a plataforma internacional
que conecta cidades para compartilhar experiências, ideias e melhores práticas no campo
das indústrias criativas e do desenvolvimento urbano, você poderá assistir ao filme
REDE DE CIDADES CRIATIVAS DA UNESCO, disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=1Lr5rd-DaSU. Acesso em 3 ago. 2019.
17
RESUMO DO TÓPICO 1
18
• O setor da restauração engloba não apenas restaurantes, mas todos os
estabelecimentos comerciais que são destinados a alimentar pessoas.
• No Brasil de Norte a Sul, cada cultura tem a sua culinária específica, com suas
influências e ingredientes típicos de cada região.
19
AUTOATIVIDADE
3 Cada região tem a sua culinária específica, com suas influências e ingredientes
típicos. De acordo com o mapa do IBGE, o Brasil está dividido em cinco
grandes áreas sociopolíticas.
20
Indique o número que corresponde a cada região apresentada no mapa:
a) ( ) Sudeste.
b) ( ) Norte.
c) ( ) Centro-Oeste.
d) ( ) Sul.
e) ( ) Nordeste.
21
22
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O segmento de Alimentos e Bebidas, mais conhecido pela sigla A&B,
em qualquer estabelecimento, seja ele um restaurante ou um hotel, geralmente
dispõe de espaços para banquetes e centro de convenções, é imprescindível a
preocupação com o espaço e a performance dos profissionais.
23
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
QUADRO 2 – CUIDADOS BÁSICOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS PARA QUEM PRETENDE
ABRIR UM NEGÓCIO NA ÁREA DE A&B
Reúna o máximo de informações antes de se decidir pelo local e tipo de negócio.
Converse com comerciantes das redondezas e os moradores, se puder, faça uma
pesquisa sobre o potencial de demanda e concorrência.
Frequente cursos sobre técnicas culinárias, de manuseio e conservação de
alimentos e também na área de gestão.
Leve em conta que sua jornada diária de trabalho não será inferior a 12 horas,
incluindo fins de semana e feriados. No início, ela poderá chegar a 18 horas.
Conscientize-se de que, durante os primeiros dois anos, você não poderá fazer
grandes retiradas da empresa.
Saiba que um restaurante nasce de um cardápio e não do inverso. Com um menu
na mão, instale a cozinha e todos os equipamentos necessários. Em seguida,
defina a equipe de trabalho.
Incentive, prestigie, motive e trate com consideração seu pessoal, pois
dele depende o bom atendimento à freguesia, fator de sucesso de qualquer
empreendimento.
Treine sempre. Invista na formação de pessoal.
Selecione seus fornecedores levando em conta qualidade, agilidade e adequação
às suas necessidades diárias. Jamais faça a escolha só com base nos preços.
Esteja sempre atento a todos os detalhes relativos ao atendimento da mesa,
sobretudo nas horas de maior movimento. Uma alface mal lavada pode
prejudicar todo o investimento.
24
TÓPICO 2 | ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
E não se esqueça!
NOTA
25
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
E
IMPORTANT
26
TÓPICO 2 | ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
27
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
NOTA
Caixa de primeiros socorros: todo espaço para eventos deve ter o material necessário
para casos de emergência. Junto dela devem constar telefones do médico da empresa e
dos hospitais mais próximos.
Equipamentos: devem estar em perfeito estado de funcionamento e a manutenção deve
ser periódica. O profissional de A&B deve aprender a usar todos os equipamentos. Qualquer
defeito deve ser comunicado ao seu superior.
Extintores de incêndio: devem ficar em local visível e apropriado. Todos os profissionais
devem saber como utilizá-los. Prazos de validade devem ser checados.
Circulação: as vias de circulação devem estar sempre desimpedidas, especialmente a saída
de emergência e as entradas e saídas da cozinha para o salão. Mobiliário, equipamentos e
utensílios devem estar em seus devidos lugares para não provocarem tropeções.
Iluminação: cozinha, escadas, corredores, despensas, câmaras frigoríficas, todos os setores
devem ser bem iluminados – o que não significa luz em excesso, que desperdiça energia e
leva custos. Lâmpadas queimadas devem ser trocadas imediatamente.
Instalações elétricas: quadros de luz, cabos e fios, interruptores e tomadas devem ser
mantidos em perfeito estado. Qualquer defeito deve ser imediatamente comunicado ao
superior.
Pisos: devem ser revestidos com material antiderrapante. Os pisos não podem ter desnível.
Ventilação: a saúde dos funcionários também depende de um ambiente bem ventilado.
Sem renovação do ar, o ambiente favorece o contágio de doenças e ainda causa sonolência.
28
TÓPICO 2 | ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
NOTA
29
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
Vejamos agora algumas funções que podem ser desempenhas pela brigada
de cozinha (SENAC DN, 2014, p. 27):
30
TÓPICO 2 | ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
31
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
FIGURA 11 – MAÎTRE
32
TÓPICO 2 | ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
33
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
NOTA
34
TÓPICO 2 | ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
O enófilo: o sufixo filo também tem sua raiz na língua grega e se refere àquele que quer
algo ou que é amigo de algo. Sendo assim, o enófilo é aquela pessoa que gosta muito
de vinhos e que pode até ter um conhecimento avançado sobre rótulos, história, sabores
e outras curiosidades, mas que nunca se inseriu na produção, nem no comércio da
bebida. Para o enófilo, o vinho é um entretenimento.
O sommelier: palavra de origem francesa, sommelier passou a ter o significado
que conhecemos nos dias de hoje a partir do século XIX. Antigamente,
os sommeliers eram transportadores de animais de carga, depois passaram
a provadores de vinhos da realeza e hoje se tornaram especialistas em bebidas de um
restaurante. Atualmente, esse profissional é o responsável pela escolha e pela compra
dos vinhos, cervejas artesanais, sakes e outras bebidas, além de receber e armazenar
adequadamente as garrafas. Ele também elabora as cartas de vinho, dá sugestões
aos clientes, e inclusive, recomenda harmonizações. Dependendo do restaurante, o
próprio sommelier é quem abre a garrafa, indica as taças mais adequadas e serve as
bebidas na temperatura ideal.
O escanção: não estranhe se você ouvir um português chamando pelo escanção de um
restaurante. Em Portugal, essa é a maneira de se referir ao sommelier dos restaurantes.
FONTE: <https://blog.famigliavalduga.com.br/enologo-enofilo-e-sommelier-fique-por-
dentro-das-diferencas/>. Acesso: 3 ago. 2019.
35
RESUMO DO TÓPICO 2
36
AUTOATIVIDADE
37
38
UNIDADE 1
TÓPICO 3
MOMENTO GASTRONÔMICO EM
EVENTOS
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico! Não há como negar, todos nós brasileiros somos resultado
de misturas. Uma combinação única entre raças, etnias e tradições que fizeram o
nosso país fascinante. Desde o início da história do Brasil, a gastronomia se fez
presente mostrando todas as faces dessa miscigenação cultural. Por meio dela,
unimos extremos. De Norte a Sul, a gastronomia conquista, domina o ambiente e
é uma excelente maneira de unir as pessoas.
39
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
que surgem em todo o mundo e também de olho nos concorrentes, para avaliar o
que estão fazendo” (FREUND, 2011, p. 17). Mantenha em mente que a criatividade
e a atenção aos pormenores podem enaltecer o seu trabalho.
NOTA
40
TÓPICO 3 | MOMENTO GASTRONÔMICO EM
E
IMPORTANT
• Café da manhã
FONTE: <https://www.opopular.com.br/noticias/ludovica/casa/evento-matinal-brunch-ou-
caf%C3%A9-da-manh%C3%A3-1.1091764>. Acesso em: 16 ago. 2019.
• Brunch
41
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
FIGURA 14 – BRUNCH
• Almoço ou jantar
ᵒ O almoço acontece entre 12h e 15h e o jantar, por volta das 19h30min.
ᵒ Pode ser ao estilo americano (self-service), em que cada participante se serve;
ou francês, em que cada prato é servido por garçons aos participantes, que
aguardam sentados;
ᵒ O cardápio e a forma do serviço determinam o tempo necessário para
degustação de todo o menu.
FONTE:<http://salegrillchurrascaria.com.br/blog/almoco-corporativo-o-que-nao-pode-faltar-no-
seu-evento/>. Acesso em: 16 ago. 2019.
42
TÓPICO 3 | MOMENTO GASTRONÔMICO EM
• Banquete
FIGURA 16 – BANQUETE
• Coffee break
43
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
• Coquetel
ᵒ Evento de curta duração, que não ultrapassa uma hora e meia.
ᵒ Pode ser com garçons circulando no salão e servindo os convidados ou com
as comidas e bebidas dispostas em uma mesa, para que os convidados se
sirvam.
ᵒ Composto por pratos leves, como canapés e frios, pequenos sanduíches e
bebidas.
FIGURA 18 – COQUETEL
FONTE: <https://www.arteinventos.com.br/blog/coquetel/coquetel-para-festas-tudo-precisa-
saber-evento-seja-sucesso/>. Acesso em: 16 ago. 2019.
• Happy hour
FONTE: <https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1085203604-happy-hour-convite-virtual-
animado-para-festas-e-eventos-_JM?quantity=1>. Acesso em: 16 ago. 2019.
44
TÓPICO 3 | MOMENTO GASTRONÔMICO EM
DICAS
45
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
NOTA
46
TÓPICO 3 | MOMENTO GASTRONÔMICO EM
47
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
3.1 ENOGASTRONOMIA
Para que esse mundo de sabores seja totalmente aproveitado, é preciso
levar em conta que para qualquer tipo de harmonização, de acordo com
Novakoski; Freire (2005, p. 30) “são considerados quatro sabores principais – o
doce, o salgado, o amargo e o ácido”.
FONTE: <http://www.malgarimvinhos.com.br/banco_img/1466106698-lingua_sabores.jpg>.
Acesso em: 16 ago. 2019.
48
TÓPICO 3 | MOMENTO GASTRONÔMICO EM
Para você que está iniciando no mundo dos vinhos, é provável que já
tenha pensado: por que há tantas taças diferentes? Utilizar uma taça correta é tão
complicado quanto escolher o vinho. Então, para compreender por que há tantas
taças com formatos diferentes e tirarmos o melhor proveito de uma garrafa de
vinho também é necessário escolher a taça ideal (PACHECO, 1999).
1ª Taça de Champanhe
2ª Taça de Água
3ª Taça de Vinho Tinto
4ª Taça de Vinho Branco
5ª Taça de Licor
FONTE: <https://www.organizandoeventos.com.br/artigos/10-sugestoes-de-como-diferenciar-
tacas-para-cada-ocasiao.htm#!>. Acesso em: 9 nov. 2019.
Acidez Fresco
Um dos componentes fundamentais de um Característica de um vinho que apresenta
vinho equlibrado. Provoca a sensação de acidez agradável, trazendo a sensação de
salivação na boca. refrescância.
Ácido Frutado
Característica que evidencia desequilíbrio Vinho com aromas e/ou sabores que
em um vinho e dá a sensação de azedo (que remetem a frutas.
incomoda o paladar). Neste caso, há um
excesso de acidez.
Agressivo Harmonização
Atribuição dada a um vinho quando um Combinação entre os componentes
de seus componentes está sobressaindo aos do vinho e da comida para garantir o
demais. Pode ser tanino, acidez ou álcool, equilíbrio ideal entre eles.
por exemplo.
Alcoólico Herbáceo
Traço de um vinho que apresenta bastante Exemplar com aromas e/ou sabores que
álcool, perceptível no nariz e/ou na boca. remetem a vegetais, ervas verdes.
É possível que ocorra pela adição, no caso
dos fortificados, ou por uvas colhidas em
regiões quentes.
Amadeirado Intenso
Vinho que apresenta notas destacadas de Vinho com concentração e força de
madeira devido ao amadurecimento em aromas e de sabores.
barricas de carvalho, o que é perceptível no
nariz ou na boca.
Amanteigado Lágrimas (pernas)
Característica mais comum entre os vinhos Assim são chamadas as finas camadas
brancos, que dá sensação de textura macia de líquido que escorrem nas bordas das
e de untuosidade. Pode vir de fermentação taças que contêm o vinho – relacionam-
malolática e/ou do carvalho. se ao teor alcoólico do vinho, e não à
qualidade.
Aromático Leve
Qualifica-se desta forma um vinho Vinho que apresenta pouco corpo, pouco
perfumado, com boa intensidade de odores. peso, geralmente em exemplar fácil de
beber.
Austero Ligeiro
Um vinho que não mostra sutiliza, com Um vinho com pouca persistência após
alguns componentes que podem sobressair, engolido, “some” rápido.
como muito tanino, alta acidez, álcool. É
uma característica que tende a diminuir
com o tempo de envelhecimento.
Aveludado Límpido
Peculiaridade de um vinho com Um vinho sem sólidos em suspensão,
taninos macios, sedoso, sem excessos translúcido.
de componentes ou exagero tânico, e,
principalmente, sem demasiada acidez.
50
TÓPICO 3 | MOMENTO GASTRONÔMICO EM
Brilhante Macio
Um vinho bem límpido, que revela reflexos. Vinho com adstringência discreta e
Ausência total de turbidez. taninos aveludados, sem aspereza no
paladar.
Buquê Maduro
Termo relacionado à complexidade de Um exemplar que atingiu o auge da sua
aromas desenvolvida mais facilmente em evolução.
vinhos envelhecidos (em barricas e/ou
garrafas).
Complexo Persistente
Diz-se de um vinho com diversidade de Um vinho que se prolonga na boca após
aromas e sabores, que mudam no decorrer ser engolido. Os sabores permanencem
da degustação. no paladar.
Concentrado Pesado
Vinho com aromas e sabores intensos, que Vinho com características bem
enche a boca quando bebido, encorpado. marcantes, como corpo, taninos, álcool,
acidez, madeira.
Corpo Potente
Refere-se ao peso do vinho na boca, à Vinho encorpado, com muita presença
densidade – podendo ser leve, de leve para gustativa.
médio, médio, de médio para encorpado e
encorpado.
Denso Rascante
Vinho encorpado, que enche a boca, com Termo utilizado para designar um
peso. vinho muito adstringente, cujos
taninos estão sobrando em relação aos
outros componentes, ou mesmo não
amadurecem bem.
Duro Redondo
Diz-se sobre um exemplar que apresenta Dizer que um vinho é redondo é o
arestas, em que algum componente mesmo que dizer que se trata de um
incomoda, por excesso de tanino e/ou de exemplar macio.
acidez.
Elegante Retrogosto
Vinho equilibrado, que equaliza acidez, Sabor sentido na boca após o vinho ser
taninos, álcool e açúcar em harmonia. Nada engolido.
se destaca de maneira exagerada.
Encorpado Tânico
Vinho que apresenta sensação de volume, Refere-se a um vinho adstringente, com
peso e densidade na boca. sobra de taninos, que aparecem mais que
os outros componentes. Trata-se de um
termo sinônimo de rascante.
Equilibrado Tostado
Exemplar que revela harmonia entre seus Chamamos assim a nota aromática e /ou
componentes, como álcool, acidez, açúcar, e gustativa que remete à queima ocorrida
taninos, no caso dos tintos. nas barricas de carvalho.
51
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
Evoluído Turvo
Vinho que passou do seu auge, do Vinho que não está límpido e que
melhor momento para consumo, cujos apresenta componentes sólidos, que não
aromas e sabores podem dar a sensação é translúcido.
de “passado”, mas que ainda não está
estragado.
Fechado Untuoso
Um exemplar cujos aromas ainda não Vinho com textura viscosa, que pode
revelam todo seu potencial – um tempo estar relacionada à alta porcentagem de
em contato com o oxigênio ajuda a abrir as álcool.
notas olfativas.
Floral Vívido
Vinho com aromas e/ou sabores que Vinho expressivo, com boa acidez, que se
remetem a flores. mostra ainda em plena evolução.
FONTE: <https://www.wine.com.br/winepedia/dicas/na-lingua-do-vinho/>. Acesso em: 16 ago.
2019.
A lógica das sequências dos vinhos seguem alguns critérios que variam
no peso, intensidade ou nos dois agindo simultaneamente:
52
TÓPICO 3 | MOMENTO GASTRONÔMICO EM
DICAS
Alguns tipos de alimentos são considerados parceiros ideais dos vinhos. Pode-
se dizer que há uma completude de parte a parte no momento do casamento dos sabores
da comida e da bebida. E, simultaneamente plena manutenção das características originais
tanto do alimento quanto do vinho, o que torna a harmonização, especialmente nesse
caso, um processo rico e interessante (NOVAKOSKI; FREIRE, 2005, p. 32).
ALIMENTO VINHO
SABOR ÁLCOOL
AROMA PERFUME
GORDURA ADSTRINGÊNCIA
DOÇURA MACIEZ
53
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
NOTA
ALIMENTOS VINHOS
Para escolher o rótulo ideal entre vários vinhos para adequar melhor
ao prato, deve-se observar algumas características da comida. Pratos muito
condimentados ou gordurosos, por exemplo, combinam com vinhos de acidez
marcante. Essa acidez do vinho limpa o paladar e o prato se mostra mais leve,
além de destacar algum aroma específico da receita.
54
TÓPICO 3 | MOMENTO GASTRONÔMICO EM
NOTA
Vinhos gastronômicos
Chamamos assim os rótulos versáteis, os vinhos que combinam com diversas receitas,
apesar de não haver conceito formalizado sobre o tema. Podem ser brancos, tintos, rosés
ou espumantes, e geralmente têm boa acidez e médio corpo, sem serem muito alcoólicos,
nem pouco alcoólicos.
É importante saber que existem algumas orientações básicas para que esta
combinação seja possível. Destacamos algumas dicas de combinações possíveis
na harmonização de comida e vinho para iniciantes:
VINHOS COMIDA
Peixes e frutos do mar, aperitivos, risoto com
BRANCO
camarão, carnes brancas.
BRANCO DOCE Sobremesas, Cheesecake, Foie gras, queijos
maturados de massa semidura.
Aperitivos, peixes e frutos do mar, carnes brancas
BRANCO SECO grelhadas ou com molho leve, queijo de cabra,
fondue de queijo.
Queijos de massa branca como brie e camembert,
ESPUMANTE peixes como salmão, carnes gordas assadas, aves
assadas, entradas, aperitivos e embutidos.
Carnes magras grelhadas, frango assado, verduras
ROSÉ gratinadas, massas italianas, charcutaria, tortilhas,
omeletes, entradas.
Carnes e vários tipos de pratos, os tintos
TINTO
conseguem ser versáteis.
TINTO LEVE Massas com molhos leves, pizzas, vitelas, fígado,
carpaccio, fondue de chocolate.
TINTO ENCORPADO Queijos duros como provolone, risoto de cordeiro.
Massas com molho de tomate, molho de ervas
TINTO SECO ou molho condimentado, queijos amarelos, como
parmesão, gouda e frios em geral.
55
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
FONTE: <https://www.wine.com.br/winepedia/harmonizacao-de-a-a-w/harmonizacao-de-
vinhos/>. Acesso em: 16 ago. 2019.
56
TÓPICO 3 | MOMENTO GASTRONÔMICO EM
A arte de harmonizar vinho e comida nos leva a entender o que estes dois
parceiros têm a oferecer de melhor. Juntos, com algum cuidado e atenção, são
capazes de tornar a experiência muito interessante.
DICAS
FONTE: <https://www.saraiva.com.br/enogastronomia-a-arte-de-harmonizar-cardapios-
e-vinhos-192014/p>. Acesso em: 9 nov. 2019.
57
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
DICAS
FONTE: <https://blog.famigliavalduga.com.br/otimos-filmes-sobre-vinhos-para-assistir-
com-a-taca-na-mao/>. Acesso em: 9 nov. 2019.
58
TÓPICO 3 | MOMENTO GASTRONÔMICO EM
LEITURA COMPLEMENTAR
1. Cabernet Sauvignon
A Cabernet Sauvignon é uma das uvas mais democráticas e populares que
existem. Sua origem é francesa, mais especificamente da tradicional região de
Bordeaux. Apesar disso, são diversas as áreas ao redor do mundo que conseguem
produzir essa uva com sucesso – basta estarem localizadas em regiões temperadas
e quentes.
Considerando sua qualidade, é fácil entender por que ela é conhecida
como a rainha das uvas tintas, servindo também como um termômetro para
avaliar a qualidade das vinícolas – muitos acreditam que se determinado rótulo
for bom, vale a pena experimentar o restante dos vinhos locais.
Trata-se de uma plantação de frutificação média a tardia, e é exatamente
essa variação de tempo para que ela se torne madura que traz diferentes
aspectos e sabores à bebida. Em locais mais frios, por exemplo, os traços de
pimentão costumam ser mais acentuados. Já as regiões quentes tendem a
gerar vinhos com resquícios de amoras silvestres e ameixas.
Em geral, a uva Cabernet Sauvignon produz vinhos de mesa, ou seja,
aqueles que acompanham bem as refeições. Eles podem ser tintos ou brancos,
sendo a maioria de tom escuro. Independentemente da coloração, esses vinhos
são secos e com um equilíbrio bastante característico de amargor e aroma.
Seu corpo estruturado e taninos discretos os tornam excelentes bebidas
para se harmonizar com pratos de sabor intenso, como a carne bovina, o bacalhau e
os queijos fortes.
2. Cabernet Franc
Como você pode perceber pelo nome, o Cabernet Franc é de origem
francesa. Sua união à Sauvignon Blanc deu origem ao Cabernet Sauvignon, sendo
a grande diferença entre essa casta e a anterior o tempo de amadurecimento da
uva e, consequentemente, o corpo da bebida.
Quando exposta às temperaturas e ao regime de chuvas corretos,
a Cabernet Franc floresce e amadurece cedo. No entanto, ela é bastante delicada
no que se refere às variações climáticas locais. Isso porque, quando há frio em
excesso, as bebidas ficam pobres e não fazem jus ao potencial da casta. Por outro
lado, muito calor pode fazer com que elas amadureçam ainda mais cedo que o
previsto, gerando bebidas com aromas excessivos de vegetais e ervas.
Ao ser cultivada corretamente, seus cachos ficam pequenos e numa cor
de violeta profunda. Os bagos são delicados, redondos e bastante suculentos. A
consequência dessas características é a produção de bebidas mais suaves, embora
não tenham açúcar residual suficiente para serem classificadas dessa forma.
Seus vinhos podem ser formados exclusivamente com essa uva. Como
bons varietais, possuem corpo leve ou médio, com uma coloração tinta suave. Os
59
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
3. Tannat
As uvas Tannat são francesas, mas foram adotadas pelas vinícolas
uruguaias que, atualmente, apresentam excelentes rótulos dessa casta. No Brasil,
são produzidas com excelência nas regiões da Serra Gaúcha e Campanha Gaúcha,
que não deixam a desejar em nenhum aspecto.
Apesar de serem da mesma espécie de planta, os vinhos produzidos
com a Tannat na França são bastante distintos dos nossos exemplares sul-
americanos. Isso se dá por causa das temperaturas das chuvas, mais baixas e mais
intensas, respectivamente, no Uruguai e no Brasil. O resultado são vinhos mais
frescos e finos vindos das terras latinas.
Seu nome já indica uma de suas características mais marcantes: a presença
de taninos intensos. Por esse motivo, no passado, ela foi uma casta bastante
desprezada para a produção de vinhos varietais. Foi daí que surgiu a tradição de
adicioná-la como um elemento importante das bebidas de corte.
Mas, a verdade é que as Tannat são uvas que envelhecem bem. Quando
tratadas com carinho, nas barricas corretas e com o tempo necessário, se
tornam vinhos excelentes e afloram suas melhores qualidades.
Sua bebida é extremamente saborosa, redonda, volumosa e com um
retrogosto bastante agradável. É apresentada em um tom de vermelho escuro,
com aromas de morango, ameixa, baunilha e geleia de framboesa.
Todas essas características tornam os vinhos da uva Tannat excelentes
acompanhamentos para comidas gordurosas e ideais para serem harmonizados
com churrascos, carnes assadas, ovelhas e outros pratos condimentados.
4. Merlot
Os vinhos do tipo Merlot são os preferidos de quem quer trazer elegância
à degustação. Suas principais características são a suavidade e a longevidade
variada - ou seja, podem ser de igual qualidade tanto jovens, quanto envelhecidos.
As uvas desse tipo são facilmente reconhecidas por uma aparência de
veludo azulado e também por bagos grandes. Esse último aspecto é o que faz com
que os vinhos tenham taninos médios, muito apreciados pelos enólogos.
Elas são cultivadas em países com características climáticas diferentes,
sendo o resultado disso certamente percebido em seus vinhos. Quando produzidas
em regiões quentes, eles são bastante frutados e com menos taninos, podendo ter
mais estrutura se forem envelhecidos em carvalho.
60
TÓPICO 3 | MOMENTO GASTRONÔMICO EM
5. Malbec
A história das uvas Malbec é parecida com a das Tannat. Isso porque
elas também são francesas, mas produzidas na Argentina com excelência. Na
realidade, os portenhos são responsáveis por mais da metade da produção
de vinhos desse tipo em todo o mundo.
Graças à união do clima, da geografia e das características singulares do
solo argentino, esse se tornou o vinho assinatura dos nossos vizinhos. A variação
brusca de temperatura ao longo de um único dia – muito quente durante a manhã
e bastante frio durante a noite – é ideal para que as uvas cresçam e amadureçam
no tempo correto.
O resultado dessa combinação são bebidas com taninos maduros e
bastante arredondados. Sua textura aveludada também é um ponto que merece
destaque, assim como o sabor intenso e os aromas que trazem tons de ameixas,
figos e cerejas. Também é possível notar traços de baunilha, café, tabaco e cacau
em alguns exemplares.
Se envelhecido em barris de carvalho, sua estrutura agrega ainda mais
força e prazer ao paladar. Nesses casos, podem surgir também aromas de couro e
notas torradas adicionais à bebida.
Sua coloração é tinta e intensa, com tons entre o vermelho e o violeta
escuro – embora existam exemplares de rosés e até de espumantes feitos a
partir das uvas Malbec. Por esse motivo, a harmonização é bastante ampla, indo
desde carnes vermelhas com temperos marcantes até receitas leves e refrescantes,
com vegetais e ervas.
6. Pinot Noir
No que se refere ao cultivo, a uva Pinot Noir é o extremo oposto
das Cabernet Sauvignon. Isso porque elas necessitam das condições perfeitas
para que a colheita gere bons vinhos. Quando plantadas em regiões que não
apresentam equilíbrio de clima e temperatura, eles se tornam vinhos muito
adocicados e considerados sem graça.
61
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
7. Riesling Itálico
A Riesling Itálico é uma uva muito importante para a produção brasileira,
cultivada com excelência na Serra Gaúcha e responsável pela maioria dos vinhos
brancos e espumantes nacionais. Apesar de carregar um nome que faz referência
à Itália, não é possível precisar a origem dessa casta, que também é produzida em
abundância na Croácia.
O motivo por trás do sucesso dessa uva em território nacional é a sua
boa acidez, o que faz com que seus vinhos fiquem perfeitos quando resfriados.
Essa é uma combinação ideal para regiões com temperaturas majoritariamente
altas, como acontece no Brasil.
O frescor e o corpo leve da bebida são bastante característicos, e seu aroma
varia entre tons frutados e cítricos. Essas são as razões pelas quais ela é bastante
usada em cortes de espumantes.
Outra boa forma de aproveitar o potencial da Riesling Itálico é usá-la
na produção de vinhos de sobremesa: o equilíbrio entre a acidez e a doçura da
bebida a torna um acompanhamento ideal para doces - sobretudo aqueles feitos
com frutas cítricas, como laranjas e limões.
8. Chardonnay
Inúmeras foram as vezes em que os vinhos Chardonnay foram mencionados
na literatura e no cinema. Trata-se de uma das uvas que produzem vinhos
brancos mais conhecidas no mundo - muitas vezes até confundidas com o nome
da bebida em si.
Elas têm origem na França, sendo também cultivadas nos Estados Unidos,
na Austrália, na Nova Zelândia, no Chile, na África do Sul, na Argentina e, claro,
no Brasil.
Checar a procedência dessas uvas é um ponto importante para quem
deseja experimentar vários rótulos diferentes, uma vez que a casta é extremamente
maleável, ou seja, sofre de maneira mais acentuada as consequências das variações
de temperatura, regime de chuvas e qualidade do solo.
Isso significa que os vinhos terão características diferentes ligadas
ao seu país de origem e também ao perfil de cada vinícola. No geral, quando
cultivadas em regiões quentes, as bebidas são encorpadas e com baixa acidez. Se
a temperatura local for ainda mais alta, é possível notar aspectos de frutas mais
adocicadas, como melão e pêssego.
62
TÓPICO 3 | MOMENTO GASTRONÔMICO EM
9. Gewurztraminer
O nome pode até parecer complicado de pronunciar: fala-se
"gaverztramener", o que, em alemão, quer dizer "uva de tempero". No entanto,
essa é uma uva que produz vinhos fáceis de amar, sendo possível identificar
rapidamente no paladar suas características mais marcantes.
O tempo de maturação das Gewurztraminer é relativamente rápido.
Sendo assim, o clima ideal para seu cultivo é o das regiões mais amenas. Isso
porque, quando expostas ao calor excessivo, elas tendem a amadurecer muito
rapidamente. Quando isso acontece, todas as nuances florais e de especiarias são
perdidas e o vinho é considerado sem graça.
Os vinhos dessa uva são brancos e rosés, que geralmente carregam um
sabor bastante peculiar. A diferença para os outros que já estamos acostumados
está nos aromas muito associados à lichia e às pétalas de rosas, sendo também
possível notar toques de canela, gengibre, damasco e abacaxi.
Essas bebidas estão entre as mais aromáticas de todas as classificações
existentes. Apesar de extremamente frutadas, elas podem ser doces ou secas, mas
sempre com uma doçura especial, independentemente da quantidade de açúcar
residual. No geral, possuem também bastante corpo e densidade.
Como todo branco ou rosé, esses vinhos são melhores degustados quando
em temperaturas baixas, por volta dos 9°C. Por serem bastante aromáticos, são
melhores harmonizados com pratos que têm sabores marcantes de condimentos.
Uma boa dica é escolher os Gewurztraminer para acompanharem a gastronomia
indiana.
10. Semillón
Apesar de não compartilharem a fama das Chardonnay ou das Sauvignon
Blanc, as Semillón estão entre as uvas brancas mais cultivadas na região de
Bordeaux, na França.
Seu cultivo é relativamente simples, com brotamento demorada e maturação
rápida. O momento certo para a colheita é quando os tons rosados e acobreados
começam a aparecer na pele da uva. Nesses casos, os vinhos de Semillón serão
frutados com aromas de pera, maçã, nectarina, uva, melão, limão e figo.
Em algumas vinícolas, elas são deixadas para sofrerem os estágios
iniciais de uma podridão nobre, causada por um fungo bastante específico:
63
UNIDADE 1 | GASTRONOMIA E EVENTOS
12. Barbera
A Barbera é uma uva de origem italiana. Por esse motivo, é também muito
popular no Brasil, já que foi trazida pelos colonos que migraram para o nosso
país.
Outro motivo por trás de sua fama é a capacidade de se transformar em
bebidas bastante diferentes: desde vinhos leves até os mais complexos e com
grande potencial de envelhecimento sadio.
64
TÓPICO 3 | MOMENTO GASTRONÔMICO EM
Até os anos 80, essa uva era usada para produzir vinhos grosseiros.
Entretanto, com uma série de melhorias aplicadas ao seu cultivo, ela se mostrou
capaz de gerar rótulos extremamente nobres e reconhecidos.
O segredo para aumentar ainda mais a qualidade da bebida é fazer o
plantio em regiões quentes e com solo pobre. Destacam-se nessas características a
própria Itália e a Califórnia, nos Estados Unidos.
Seus tintos são de coloração escura, entre o vermelho e o vinho forte, e
têm acidez e levada, o que os tornam excelentes candidatos ao envelhecimento.
Com o passar dos anos, ficam ainda mais redondos, macios e mantêm seus aromas
originais de frutas vermelhas.
Esse é um dos poucos vinhos tintos que harmonizam perfeitamente com
o salmão defumado, formando também um par ideal com as carnes de cordeiro e
molhos à base de brócolis e anchovas.
13. Moscato
As uvas do tipo Moscato podem ser verdes ou escuras, estando entre as
mais antigas cultivadas em todo o mundo. Além disso, elas são conhecidas por
produzirem vinhos brancos, rosés e tintos de alta qualidade.
De maneira geral, têm potencial para originar vinhos adocicados e
com baixo teor alcoólico. Essas bebidas trazem aromas frutados de pêssego,
tangerina e flor de laranja, acompanhadas de um perfil bastante refrescante. Por
esse motivo, a Moscato gera também ótimos espumantes moscatéis.
Seu aroma é tão peculiar, que os entendidos do assunto conseguem
reconhecê-la com muita facilidade. Essa característica é bastante aproveitada para
produzir vinhos tintos de sobremesa, devido aos açúcares residuais pronunciados
- sobretudo quando cultivada em regiões quentes.
Por fim, os vinhos Moscato podem ser harmonizados com uma variedade
grande de doces: desde uma simples salada de frutas ou um creme de papaia, até
bolos de baunilha, mousses de chocolate ou um petit gateau.
Agora que você já conhece a fundo os diferentes tipos de uvas - que
produzem vinho branco, vinho tinto, rosés e espumantes - certamente já está
preparado para degustar novos rótulos, compreendendo suas classificações e
mantendo um registro pessoal das percepções que cada um provoca ao paladar.
FONTE: <https://blog.famigliavalduga.com.br/uvas-mais-tradicionais-na-producao-de-vinho/>.
Acesso em: 16 ago. 2019.
65
RESUMO DO TÓPICO 3
• A busca por novas experiências está entre os principais movimentos que vem
moldando o segmento de A&B nos últimos anos.
66
• O consumidor está cada vez mais conectado e globalizado, buscando produtos
que agucem novas sensações, se aventurando por meio dos sabores inusitados
(como os botânicos, étnicos e exóticos), oportunizando novas experiências de
consumo.
• O termo fusion quer unir cozinhas típicas de vários países ou tendências com
uma forte associação às culinárias orientais.
67
AUTOATIVIDADE
Pratos: Vinhos:
1º Entradas 1º __________
2º Doces ou frutas 2º __________
3º Peixes e frutos do mar 3º __________
4º Carnes assadas 4º ___________
68
UNIDADE 2
ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE
ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
69
70
UNIDADE 2
TÓPICO 1
SERVIÇOS DE RESTAURANTE
1 INTRODUÇÃO
A definição para restaurante é bem simples: “estabelecimento que
oferece ao público, em troca de pagamento, uma série de opções gastronômicas
para serem consumidas no local”, segundo Venturi (2010, p. 17). Portanto, todo
negócio dedicado a preparar e servir alimentos e bebidas mediante pagamento,
se assemelha a um restaurante.
71
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
E
IMPORTANT
72
TÓPICO 1 | SERVIÇOS DE RESTAURANTE
73
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
74
TÓPICO 1 | SERVIÇOS DE RESTAURANTE
Para Fonseca (2000 p. 11), “Esses anseios podem gerar uma demanda
espontânea, ou seja, aquela que existe pela própria situação em que se encontra
o público, criada muitas vezes por circunstâncias adversas”. Um restaurante por
peso (a quilo) que atende um público-alvo que necessita de uma alimentação
prática, rápida, de baixo custo e próxima de seu local de trabalho, define que a
necessidade da escolha do consumidor pelo restaurante se dá pela circunstância
de seu trabalho.
75
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
76
TÓPICO 1 | SERVIÇOS DE RESTAURANTE
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UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
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TÓPICO 1 | SERVIÇOS DE RESTAURANTE
DICAS
79
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
NOTA
80
TÓPICO 1 | SERVIÇOS DE RESTAURANTE
• Diretoria.
• Gerência-geral.
• Assessorias.
• Marketing e Relações Públicas.
• Gerência de Alimentos e Bebidas (A&B).
• Gerência Administrativo-Financeira.
• Departamento Financeiro.
• Departamento de Pessoal.
• Departamento de Contabilidade.
• Departamento de Suprimentos.
• Departamento de Informática.
• Salão.
• Copa / cambuza.
• Bar.
• Cozinha.
• Refeitório de funcionários.
• Manutenção.
• Limpeza e conservação.
• Rouparia.
• Lavanderia.
82
TÓPICO 1 | SERVIÇOS DE RESTAURANTE
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UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
E
IMPORTANT
84
TÓPICO 1 | SERVIÇOS DE RESTAURANTE
85
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
Valor – R$ 1.000,00.
Valor – R$ 100,00.
3.5 MONTAGEM
Quando falamos em montagem, estamos nos referindo aos pratos que não
precisam ser fabricados antes de serem servidos. Exemplos de montagem são:
um café, um sanduíche, uma caipirinha, um sorvete etc. Agora, vamos fazer uma
simulação com a venda de um sorvete (SENAC DN, 2006):
86
TÓPICO 1 | SERVIÇOS DE RESTAURANTE
3.6 PREPARO
Muitos estabelecimentos de A&B elaboram seus produtos pensando em
fazer parte do cardápio, o restaurante é um exemplo. O cálculo do preço de venda
de produtos é semelhante ao cálculo do preço de produtos montados, este vai
constar no cardápio e é de fundamental importância para o equilíbrio financeiro
do estabelecimento. Também vai depender de alguns fatores e deve ter como
principal base a ficha técnica. Agora, vejamos uma simulação com a venda de
fatias de pizza (SENAC DN, 2006):
87
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
Preparo da massa: peso da farinha de trigo, fermento, sal, óleo etc. Imaginem
que chegamos ao valor de R$ 0,50.
Preparo do molho: tomates, azeite, sal, temperos etc. Imaginem que encontramos
o valor de R$ 0,50.
NOTA
E
IMPORTANT
89
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
Ficha Técnica
Verso (operacional)
Referência: Risoto de Linguiça Rendimento:
2 porções
Refogar no azeite e manteiga o alho e cebola.
Colocar o arroz, refogando um pouco e adicionar água para o Foto do prato
cozimento. montado
Depois de cozido, adicionar a linguiça defumada, cortada em
cubos. Reserve.
Faça uma mistura com o azeite, o vinagre balsâmico, o mel e as ervas.
Misture em uma travessa de inox.
Arrume no prato o arroz no centro e fatias de linguiça dispostas em volta,
formando uma estrela.
Adornar com salsinha crespa.
FONTE: Adaptado de Fonseca (2000)
Recepção de Casamento
Número de convidados: 100
Duração: 4 horas
Subtotal R$ 1400,00
90
TÓPICO 1 | SERVIÇOS DE RESTAURANTE
Subtotal R$ 790,00
Gelo R$ 50,00
Aluguel salão/louças R$ 1.000,00
Decoração (flores e velas) R$ 200,00
Serviço de 5 garçons (100,00 R$ 500,00
cada)
Pessoal da Limpeza (2 pessoas R$ 100,00
a 50,00 cada)
91
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
Para que o seu evento alcance o sucesso, além dos aspectos ligados ao
planejamento, organização e execução, o orçamento precisa chegar a um ponto
de equilíbrio. Braga (2012, p. 137) define que,
92
TÓPICO 1 | SERVIÇOS DE RESTAURANTE
DICAS
93
RESUMO DO TÓPICO 1
• Para elaboração dos orçamentos para eventos é importante ter o cálculo dos
custos disponível.
95
AUTOATIVIDADE
( ) Restaurante vegetariano.
( ) Restaurante francês.
( ) Fast-food.
( ) Nouvelle cuisine.
( ) Buffet.
96
decorados de maneira muito elegante e uma brigada bem treinada.
III. O slow food é um movimento que se iniciou na Itália, em defesa da cozinha
regional e da tradição à mesa.
IV. O comfort food mistura técnicas culinárias e ingredientes de várias partes
do mundo, o que propicia refeições que dão conforto ao organismo.
97
98
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O serviço deve estar invariavelmente à altura do evento, um aspecto ao
qual você jamais poderá se descuidar é que, além da boa gastronomia, é essencial
pensar no acolhimento e no serviço adequados. Para tomar a decisão certa, é
fundamental que você conheça os tipos de serviços que podem caracterizar o
local do evento, antes de optar pela forma que este será prestado.
99
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
100
TÓPICO 2 | SERVIÇOS DE SALÃO E MESA
[...] de fato, será ele mesmo a personalizar o prato, com base no seu gosto
e experiência. O prato pode tornar-se mais precioso pela utilização de
cloches (ou campanas) de prata, colocadas sobre os pratos; isso, além
de ser muito cenográfico, serve para manter quente o prato durante o
percurso da cozinha à mesa. Via de regra, os pratos são transportados
pelo commis de rang, que os coloca sobre um guéridon. O chef de rang,
depois, serve diretamente o prato, retirando a cloche e apresentando-a
ao cliente (BECK et al., 2005, p. 121).
101
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
NOTA
102
TÓPICO 2 | SERVIÇOS DE SALÃO E MESA
NOTA
103
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
104
TÓPICO 2 | SERVIÇOS DE SALÃO E MESA
105
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
DICAS
• Taste-vin: taça de prata especial que serve para controlar o vinho antes de
servi-lo. Este faz parte do uniforme do sommelier, nos jantares de gala, é usado
pendurado no pescoço por meio de uma correntinha.
• Saca-rolhas: existem vários modelos, porém o mais utilizado é o de alavanca
que tem uma espiral metálica, um cabo rígido e uma faquinha para incidir a
cápsula.
• Termômetro: existem vários modelos de termômetros, dentre os quais, o
clássico em forma de caneta, o eletrônico, a laser etc. Podem ser utilizados
no gargalo da garrafa ou diretamente na taça, é útil para leituras rápidas das
temperaturas dos vinhos.
• Balde do gelo (glacette): para resfriamento da temperatura dos vinhos.
• Porta-garrafas: serve para transportar garrafas que têm sedimentos,
diretamente da adega ao restaurante para manter a garrafa inclinada, de forma
que os sedimentos permaneçam no fundo.
• Porta-rolhas: é um pequeno barbante provido de pontas metálicas nas
extremidades, serve para espetar a rolha e mantê-la pendurada na garrafa,
para deixa-la à vista.
• Decanter (jarro): utilizado na decantação dos vinhos, podendo ser de vidro ou
cristal e de formas variadas (ânfora, pato).
106
TÓPICO 2 | SERVIÇOS DE SALÃO E MESA
3 MISE EN PLACE
A mise en place surge justamente para agilizar os serviços de A&B no
momento do atendimento. A nomenclatura mise en place significa “o conjunto de
operações ao preparar a abertura e o funcionamento do restaurante que deve ser
executada diariamente, coordenada pelo maître com a participação de todos os
funcionários do salão” (CÂNDIDO, 2010, p. 97).
107
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
Guardanapo.
FONTE: Adaptado de Cândido (2010, p. 101)
108
TÓPICO 2 | SERVIÇOS DE SALÃO E MESA
Guardanapo.
FONTE: Adaptado de Cândido (2010, p. 103)
FONTE: A autora
FONTE: A autora
109
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
4 A BRIGADA DE ATENDIMENTO
Para o atendimento de um evento tipo coquetel, de acordo com os padrões
tradicionais, sem prato quente, Cândido (2010, p. 208), adota como referencial a
seguinte tabela:
110
TÓPICO 2 | SERVIÇOS DE SALÃO E MESA
111
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
Serve-se o molho.
FONTE: Adaptado de Beck (2005, p. 117)
112
TÓPICO 2 | SERVIÇOS DE SALÃO E MESA
• Barba malfeita.
• Cabelos longos, despenteados e revelando falta de cuidado e higiene.
• Não lavar as mãos no início do serviço, quando tiver contato com objetos ou
após ter frequentado o banheiro.
• Mau hálito e transpirar odores desagradáveis.
• Unhas longas ou sujas.
• Usar perfume ou desodorante com odor muito forte que desagrade outras
pessoas.
• Usar uniformes sujos, com manchas, amarrotados ou desbotados.
113
RESUMO DO TÓPICO 2
114
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Á inglesa direto.
b) ( ) À inglesa indireto.
c) ( ) À francesa.
d) ( ) À americana.
e) ( ) À La carte.
115
• São acrescentados e retirados talheres colocados à direita do cliente:
____________ .
• São servidos os pratos complementares ao principal, já servido, como
saladas, pão e acompanhamentos: ___________ .
• São retirados os pratos e os talheres colocados à esquerda do cliente:
______________ .
• Serve-se o molho: _______________ .
116
UNIDADE 2 TÓPICO 3
SERVIÇOS DE COZINHA
1 INTRODUÇÃO
A composição dos pratos do cardápio adequado a cada tipo de evento
consiste em não somente compor ou dimensionar, mas elaborar cada prato
singularmente, escolhendo entre as propostas a serem oferecidas. Cândido (2010)
define que a composição dos pratos de um evento deve estar alinhada com as
preferências e características pessoais do cliente.
117
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
E
IMPORTANT
118
TÓPICO 3 | SERVIÇOS DE COZINHA
119
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
120
TÓPICO 3 | SERVIÇOS DE COZINHA
Para cada evento, deve haver pelo menos de três a quatro opções de menus,
do mais simples ao mais sofisticado, com preços diferenciados, para facilitar na
escolha do cliente. Quanto à elaboração, cada cardápio deve estar associado
ao tipo de evento e ao perfil dos convidados, para tanto, há um conjunto de
recomendações comuns a serem seguidas (FREUND, 2014, p. 115):
3 GLOSSÁRIO GASTRONÔMICO
Visando ressaltar a importância do conhecimento do glossário técnico
do setor de A&B, apresentaremos alguns termos comumente utilizados na
gastronomia brasileira. Para tanto, identificamos o seguinte glossário usual em
alimentos e bebidas para eventos:
121
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
Belle meuniére: o prato contém filés de peixe passados na farinha de trigo, fritos
na manteiga e servidos com manteiga derretida, limão, alcaparras e salsinha
verde picada.
Beurre blanc: trata-se de um molho com uma emulsão temporária similar ao
vinagre, e acompanha muito bem peixes e vegetais. É leve e tem uma cor pálida
e brilhante ao mesmo tempo. Pode ser aromatizado com limão ou com pimenta
rosa. Existem duas versões: com vinho branco, o beurre blanc e com vinho tinto, o
beurre rouge.
Boulangerie: padaria.
122
TÓPICO 3 | SERVIÇOS DE COZINHA
Carré: designa a peça das costelas em francês. É uma peça de carne com uma
sequência de ossos; termo utilizado principalmente para a peça de carne do
cordeiro e do porco. O carré é normalmente servido assado, com molhos
preparados com os próprios sucos de seu cozimento.
Chiffonade: tipo de corte que consiste em enrolar a folha bem apertada e cortar
em tiras as folhas de alface, espinafre, repolho ou couve. O método também pode
ser utilizado para ervas frescas como o manjericão. Este corte é muito usado para
fazer a couve da feijoada.
Chef de partie: responsável por uma determinada área de produção (praça), faz
parte da brigada de cozinha.
Fouet: utensílio de cozinha feito de fios de aço ou plástico. São curvos e entrelaçados,
formando o desenho de uma grande gota. Usado para bater ingredientes como
cremes, clara em neve, molhos e ovos.
124
TÓPICO 3 | SERVIÇOS DE COZINHA
Maître de chais: termo francês que designa o mestre de adega. Em algumas regiões
francesas, o maître de chais é o responsável pela vinificação e envelhecimento do
vinho numa cantina ou empresa vinícola. Também chamado na França de caviste.
125
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
Paella: termo espanhol que designa risoto. O arroz é feito com carnes e frutos do
mar (a composição varia a cada região do país) e temperado com açafrão, alho,
cebola e tomates. Originalmente a paella leva esse nome pela larga frigideira de
dois cabos em que é feito o prato.
Panna cotta: termo que se refere ao creme cozido, em italiano. Espécie de pudim
originário da região do Piemonte (Itália), confeccionado com creme de leite e
açúcar, além de leite, gelatina e ingredientes para dar sabor (baunilha, café etc.).
126
TÓPICO 3 | SERVIÇOS DE COZINHA
Pastiera di grano: nome dado ao doce italiano de ricota e trigo típico de Napoli.
Antigamente, era preparado antes da Páscoa.
Polpettine: nome dado aos bolinhos de carne, peixe ou verdura, preparados com
diferentes receitas regionais na Itália. Podem ter ingredientes crus ou já cozidos,
geralmente ligados com ovo, podem ser fritas, assadas ou cozidas.
Ruibarbo: de origem asiática, designa a planta cujos talos, de sabor ácido, são
cozidos com açúcar para a confecção de doces, compotas e recheio de tortas.
127
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
Satay: designa o molho tailandês que combina, entre outros ingredientes, leite de
coco, curry, amendoim e açúcar. Também nomeia o prato de carnes previamente
marinadas e depois grelhadas (frango, galinha e boi), servidas com este molho.
Sorbet: esta espécie de sorvete que não contém leite na sua composição, pode ser
feito com bebidas alcoólicas e frutas. Utilizada para limpar o paladar entre pratos
salgados e como sobremesa.
Spätzli: este prato tem sua origem no sul da Alemanha São pequenas porções de
massa de farinha cozidas em água fervente, servidas assim mesmo ou passadas
na manteiga. Costuma acompanhar carnes assadas com molho.
Tabule: designa a salada da cozinha árabe e libanesa cuja base é o trigo fino. O
trigo fino é obtido a partir dos seus grãos previamente passados por um rápido
cozimento e depois quebrados. O tabule é uma mistura deste trigo (o mesmo
utilizado em quibes) com tomates, cebola, salsinha, hortelã, azeite e suco de limão.
128
TÓPICO 3 | SERVIÇOS DE COZINHA
Tempura: este prato japonês consiste na fritura rápida, por imersão, de legumes
ou pescados envoltos em massa de farinha.
Trou normand: designa o hábito de tomar uma dose de alguma bebida destilada
no meio de uma refeição, para estimular o apetite para os pratos que se seguirão.
Na Normandia, usa-se o calvados, destilado de maçãs típico da região. Hoje o
termo se aplica também para sorbets banhados em destilados e servidos entre os
pratos da refeição.
129
UNIDADE 2 | ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM EVENTOS
Zabaione: nome do creme denso e espumoso feito com gema de ovos, açúcar e
vinho marsala (ou outro vinho fortificado, como Madeira, Porto etc.). É utilizado
como acompanhamento ou ingrediente de doces, de mousses e pudins.
Zeste: o termo designa a parte externa da casca das frutas cítricas, onde se
concentram cor, perfume e óleos aromáticos. Para sua utilização, deve ser retirada
com faca pequena ou com um descascador apropriado, de forma a não trazer
junto a parte branca e amarga da casca.
FONTE: https://santagastronomia.wordpress.com/category/principal/glossario-da-gastronomia/.
Acesso em: 4 out. 2019.
130
TÓPICO 3 | SERVIÇOS DE COZINHA
LEITURA COMPLEMENTAR
• Pela composição.
• Pela coloração – a maioria dos champanhes tradicionais apresenta uma
coloração pálida, amarelo-dourada.
• Pela safra – os vinhos que entram na mistura dos champanhes da safra são
todos produzidos com uvas do mesmo ano. Os melhores vinhos e anos de
safras são todos produzidos com uvas do mesmo ano. Os melhores podem ser
selecionados para produção de champanhes especiais.
• Pela dosagem – a quantidade de açúcar adicionado determina o tipo do
champanhe: extra brut, brut, extra dry, sec, demi-sec, doux.
A refrigeração para consumo deve ser feita com cautela; a bebida deve ser
colocada na parte inferior da geladeira e jamais no freezer, pois o frio excessivo
pode causar o estouro da garrafa.
O modo de servir:
Segurar o corpo da garrafa com uma das mãos e a rolha com a outra.
Manter o polegar sobre a rolha e os outros dedos em torno da extremidade do
gargalo.
Girar a rolha para que esta se desprenda sem ruído, ou seja, para que o
gás saia suavemente.
132
RESUMO DO TÓPICO 3
• Cardápio ou Menu, como também é conhecido, se refere aos pratos que podem
ser oferecidos no evento.
• Para cada evento deve haver pelo menos de três a quatro opções de menus, do
mais simples ao mais sofisticado, com preços diferenciados, para facilitar na
escolha do cliente.
CHAMADA
133
AUTOATIVIDADE
134
4 Champanhe é uma denominação de origem, ou seja, denomina um vinho
elaborado com as uvas de certa região, seguindo uma técnica determinada.
Portanto, esta denominação só cabe à bebida produzida na de região de
Champagne, originária de três variedades principais de uvas: Quais são
elas?
135
136
UNIDADE 3
SEGURANÇA ALIMENTAR EM
EVENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
137
138
UNIDADE 3
TÓPICO 1
BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO DE
ALIMENTOS
1 INTRODUÇÃO
Como vimos na Unidade 2 deste livro didático, os alimentos passam por
algumas etapas importantes, para que o prato não demore demais para chegar à
mesa dos clientes e com a preocupação de sempre agradar. Uma dessas etapas
é a utilização da Ficha Técnica, que uniformiza a quantidade e a qualidade dos
ingredientes necessários para elaboração do prato. Além de assegurar que os
clientes sejam atendidos em termos de fidelidade à receita proposta, não podemos
ser negligentes em termos de higiene e segurança na produção e na manipulação
dos alimentos servidos.
NOTA
139
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
DICAS
140
TÓPICO 1 | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO DE
E
IMPORTANT
141
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
NOTA
142
TÓPICO 1 | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO DE
Número da Revisão: 00
Restaurante UNI Manual de Boas Práticas Data: 22/22/22
Identificação do Estabelecimento Seção: 01
Página: 1/1
1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
1.1 Razão Social
Restaurante UNI
CNPJ: 00.000.000/0001-01
1.2 Endereço
Estrada do Bom Sucesso, 88 – Centro
Indaial – SC
Cep: 00.000-000
Tel: 00-1111-1111
E-mail: contato@restauranteuni.com.br
143
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Resolução RDC 275, de 21/10/2002 – Anvisa e a Portaria 326 – SVS/MS, de
30/07/1997.
3 CAMPO DE APLICAÇÃO
Todas as áreas do restaurante.
Materiais necessários:
• Escada;
• Produto químico específico da empresa contratada;
• Luvas e máscaras de proteção.
Periodicidade Mensal.
Antes e após a aplicação dos produtos químicos são realizados procedimentos
que evitam a contaminação dos alimentos. Como:
• Retirada de material em desuso nas áreas externas.
• Vedação de buracos, frestas, vãos, nas paredes e calçamento.
• Fechamento automático das portas externas.
• Uso de ralos sifonados.
• Uso de lixeiras movidas a pedal.
• Faça a limpeza das instalações, utensílios e equipamentos adequadamente
e no período necessário.
5 MONITORIZAÇÃO
O QUE QUANDO QUEM DOCUMENTO
MONITORAR ENVOLVIDO
145
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
DICAS
146
TÓPICO 1 | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO DE
147
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
E
IMPORTANT
148
TÓPICO 1 | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO DE
149
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
NOTA
150
TÓPICO 1 | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO DE
151
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
NOTA
152
TÓPICO 1 | BOAS PRÁTICAS NA PRODUÇÃO DE
NOTA
153
RESUMO DO TÓPICO 1
154
• Os estabelecimentos que oferecem serviços de A&B devem dispor do Manual
de Boas Práticas (MBP) e de Procedimentos Operacionais Padronizados (POP).
Estes documentos devem estar acessíveis aos colaboradores envolvidos e
disponíveis à autoridade sanitária, quando requisitados.
• A contaminação ocorre por qualquer elemento estranho que não faça parte
do alimento, por meio de contato direto ou condições inadequadas de
temperaturas, instalações, utensílios e equipamentos.
155
AUTOATIVIDADE
156
UNIDADE 3
TÓPICO 2
BOAS PRÁTICAS NO TRANSPORTE E
ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS
E BEBIDAS
1 INTRODUÇÃO
A qualidade dos alimentos, que chegam até nós consumidores, tem grande
parcela de responsabilidade nos processos de armazenamento e transporte
destes produtos. Assis (2013) evidencia alguns critérios de segurança que
devem ser levados em consideração, após o preparo de alimentos prontos para
consumo. Dentre os quais destacamos os parâmetros que devem ser seguidos no
armazenamento e na distribuição que fazem parte do fluxograma dos serviços
em A&B. Estes parâmetros observados pela autora estão presentes nas legislações
de âmbito federal, estadual e municipal, como veremos a seguir.
157
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
158
TÓPICO 2 | BOAS PRÁTICAS NO TRANSPORTE E
NOTA
• Tenha-se atenção para que o compartimento dos veículos que transporta a carga esteja
fechado ou que seja coberto por lona e sempre bem conservado e limpo.
• Os alimentos perecíveis crus ou prontos para o consumo sejam transportados em
condições que garantam, na sua entrega, a temperatura adequada dos produtos.
• Os meios de transporte do alimento preparado devem ser higienizados, a fim de garantir
a ausência de vetores e pragas urbanas.
• Os veículos também não devem transportar outras cargas que comprometam a
qualidade higiênico-sanitária do alimento preparado (ASSIS, 2013).
E
IMPORTANT
• Avaliar as condições do veículo de entrega que deve estar em boas condições de higiene
e conservação e, os produtos que necessitam de refrigeração acondicionados em
câmara refrigerada (aproximadamente 4 a 7 ºC) e os produtos congelados em veículo
com unidade frigorífica (temperatura com tolerância de -12 ºC, nunca superior).
• Avaliar a apresentação pessoal dos entregadores, que deverão estar com uniforme
adequado e limpo.
• Conferir a entrega e o peso, comparando com o pedido e a nota fiscal.
• Dispor de carrinhos e estrados para transporte, evitando contato com o chão.
• Reduzir ao máximo o tempo de espera sem refrigeração para alimentos resfriados e
congelados. Levar para armazenamento primeiro os alimentos refrigerados, somente
depois os congelados, por último, os alimentos de temperatura ambiente.
• Conferir as datas de validade e fabricação e as demais informações do órgão oficial de
fiscalização.
• Verificar as condições sensoriais, levem em conta a aparência, o odor, a textura e a cor.
• As embalagens de um modo geral devem se apresentar íntegras e os alimentos enlatados
não devem estar com as embalagens amassadas, abauladas, estufadas, com vazamento
ou enferrujadas.
• Verificar se as embalagens estão protegidas de contaminação pelo ambiente ou pela
forma de transporte.
• Medir as temperaturas dos produtos no recebimento, conferindo as recomendações que
constam no rótulo (BERTIN; MENDES, 2011; ASSIS, 2013).
159
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
3 CATERING DE EVENTOS
Como já aprendemos no conteúdo anterior, sobre o correto transporte e
armazenamento dos alimentos até o local do evento, vamos entender do que se
trata o serviço de catering. Acadêmico, você com certeza já ouviu falar sobre o
assunto e deve saber que o catering se trata de um tipo de serviço de fornecimento
de refeições e bebidas para eventos, certo?
Esta modalidade tem vantagens que norteiam o seu serviço, por se tratar
de um eixo da área de eventos onde a empresa contratada é responsável por toda
logística, ambientação, equipamentos e inclusive, a brigada de trabalho. Quando
contratamos um serviço de catering, tudo que envolve o preparo do alimento,
o transporte, a montagem dos pratos, a disponibilidade para resolver eventuais
problemas durante o evento e, ainda, a limpeza ao final, são responsabilidade da
empresa contratada.
160
TÓPICO 2 | BOAS PRÁTICAS NO TRANSPORTE E
161
RESUMO DO TÓPICO 2
• A qualidade dos alimentos, que chegam até nós consumidores, tem grande
parcela de responsabilidade nos processos de armazenamento e transporte
destes produtos.
162
AUTOATIVIDADE
164
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Com o aumento do número de eventos, vem a preocupação com a
qualidade sanitária dos alimentos servidos. No último tópico deste livro didático,
vamos aliar as técnicas e práticas adequadas que compreendem a infraestrutura
que deverá ser disponibilizada em eventos. Essa intervenção conjunta tem o
intuito de prevenir os riscos à saúde do público participante, bem como, dos
profissionais da brigada de trabalho envolvidos nas operações.
165
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
166
TÓPICO 3 | BOAS PRÁTICAS NOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM EVENTOS
NOTA
167
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
168
TÓPICO 3 | BOAS PRÁTICAS NOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM EVENTOS
FONTE: <http://subvisaalimentos.blogspot.com/2013/04/voce-sabe-qual-e-importancia-da.
html>. Acesso em: 20 out. 2019.
170
TÓPICO 3 | BOAS PRÁTICAS NOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM EVENTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Objetivo
Art. 1º Esta Resolução tem como objetivo estabelecer regras sobre a prestação
de serviços de alimentação em eventos de massa, incluindo requisitos mínimos
para avaliação prévia e funcionamento de instalações e serviços relacionados
ao comércio e manipulação de alimentos e definição de responsabilidades.
Art. 2º Esta Resolução se aplica aos eventos, públicos ou privados, que envolvam
diariamente um contingente superior a 1.000 (um mil) pessoas e onde for
realizada alguma das seguintes atividades da manipulação de alimentos:
I- recebimento;
II- preparo;
III- acondicionamento;
IV- armazenamento;
V- transporte;
VI- distribuição;
VII- exposição ao consumo; e
VIII- comercialização.
Parágrafo único. Esta Resolução pode ser aplicada a eventos com quantitativo
inferior a mil pessoas, conforme determinação da autoridade sanitária local,
no âmbito de sua competência e considerando as características do evento e as
peculiaridades de sua localidade.
171
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
Seção II
Das Definições
172
TÓPICO 3 | BOAS PRÁTICAS NOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM EVENTOS
CAPÍTULO II
DOS REQUISITOS GERAIS E ESPECÍFICOS PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
DE ALIMENTAÇÃO EM EVENTOS DE MASSA
Seção I
Dos requisitos gerais e das responsabilidades
173
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
Seção II
Da avaliação prévia dos documentos, das instalações e dos serviços relacionados
à manipulação de alimentos
174
TÓPICO 3 | BOAS PRÁTICAS NOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM EVENTOS
Seção III
Dos requisitos específicos de Boas Práticas para instalações e serviços relacionados
à manipulação de alimentos
175
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
176
TÓPICO 3 | BOAS PRÁTICAS NOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM EVENTOS
Art. 28. Quando não for possível dispensar a água servida, proveniente da área
de manipulação de alimentos e da higiene das mãos, em rede de esgoto ou fossa
séptica, as instalações ou serviços deverão dispor de reservatório adequado para
armazenamento desta água, para posterior dispensação em rede de esgoto.
Art. 29. Os manipuladores de alimentos devem:
a) manter asseio pessoal, manter as unhas curtas, sem esmalte ou base, não usar
maquiagem, perfumes e adornos, tais como anéis, brincos, dentre outros;
b) usar cabelos presos e completamente protegidos por redes, toucas ou outro
acessório apropriado para esse livre fim;
c) utilizar uniformes apropriados, conservados e limpos, calçados fechados e
equipamentos de proteção individual (EPI);
d) evitar hábitos de higiene inadequados durante a manipulação de alimentos, tais
como falar desnecessariamente, falar ao celular, fumar, cantar, comer, assobiar,
espirrar, cuspir e tossir;
e) adotar procedimentos que minimizem o risco de contaminação dos alimentos
por meio da higiene das mãos e pelo uso de utensílios próprios; e
f) estar livres de afecções cutâneas e em condição de saúde compatível com a
atividade desenvolvida, a fim de não comprometer a qualidade do alimento.
Parágrafo único. As roupas e objetos pessoais dos manipuladores devem ser
guardados em local adequado e reservado para esse fim.
Art. 30. Todos os manipuladores de alimentos envolvidos no evento devem ser
capacitados em higiene pessoal, manipulação de alimentos e doenças transmitidas
por alimentos.
Parágrafo único. A capacitação deve ser comprovada documentalmente.
Art. 31. As instalações e os serviços relacionados à manipulação de alimentos
em eventos devem dispor de equipamento e estrutura para a higiene das mãos
dos manipuladores, incluindo sabonete líquido inodoro antisséptico ou sabonete
líquido inodoro e produto antisséptico, e toalhas de papel não reciclado ou outro
sistema higiênico e seguro para secagem das mãos.
Parágrafo único. Na impossibilidade de dispor de equipamento ou estrutura
acessível para a higiene das mãos dos manipuladores, é permitida apenas a oferta
e o comércio de alimentos embalados e prontos para o consumo.
Art. 32. As matérias-primas e os insumos utilizados para o preparo dos alimentos
devem ser de origem comprovada e transportados e armazenados de forma
adequada, conforme recomendações do fabricante, sendo observada a temperatura
correta de conservação, mediante monitoramento.
Parágrafo único. As matérias-primas e os insumos devem estar dentro do prazo
de validade e suas embalagens devem estar íntegras.
Art. 33. As matérias-primas e os ingredientes caracterizados como produtos
perecíveis devem ser expostos à temperatura ambiente somente pelo tempo mínimo
necessário para a preparação do alimento, a fim de não comprometer a qualidade
higiênico-sanitária do alimento preparado.
Parágrafo único. Quando as matérias-primas e os ingredientes excederem a
quantidade a ser usada na preparação, os mesmos devem ser fracionados,
garantindo que sejam expostas à temperatura ambiente somente as porções que
serão completamente utilizadas.
177
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
Art. 34. Alimentos prontos devem ser armazenados separadamente dos alimentos
semiprontos e crus.
Art. 35. No preparo de alimentos por meio de cocção, deve-se garantir que todas
as partes do alimento atinjam a temperatura de, no mínimo, 70 ºC (setenta graus
Celsius).
Art. 36. Deve-se garantir que o óleo e a gordura utilizados na fritura não constituam
uma fonte de contaminação química do alimento preparado.
§ 1º Os óleos e as gorduras utilizados devem ser aquecidos a temperaturas não
superiores a 180 ºC (cento e oitenta graus Celsius) e substituídos imediatamente
sempre que houver alteração evidente das características físico-químicas ou
sensoriais, tais como aroma, viscosidade, cor e sabor, e formação intensa de espuma
e fumaça.
§ 2º Os óleos e as gorduras usados devem ser descartados conforme normas vigentes
relativas à destinação final ambientalmente adequada.
Art. 37. No caso de alimentos e ou matérias-primas congelados, antes da cocção,
deve-se proceder ao descongelamento, a fim de garantir adequada penetração do
calor, salvo nos casos em que o fabricante recomenda que o alimento seja cozido
ainda congelado, devendo ser seguidas as orientações constantes da rotulagem.
§ 1º O descongelamento deve ser efetuado em condições de refrigeração à
temperatura inferior a 5 ºC (cinco graus Celsius) ou em forno de micro-ondas,
quando o alimento for submetido imediatamente à cocção, ou ainda segundo
orientações do fabricante.
§ 2º Os alimentos submetidos ao descongelamento devem ser mantidos sob
refrigeração se não forem imediatamente utilizados, não podendo ser recongelados.
Art. 38. Os alimentos pré-preparados e preparados que forem armazenados sob
refrigeração ou congelamento devem ser identificados com, no mínimo, as seguintes
informações: denominação, data de preparo e prazo de validade.
Art. 39. Os alimentos preparados, após a cocção, devem ser mantidos à temperatura
superior a 60 ºC (sessenta graus Celsius) por, no máximo, 6 (seis) horas e, quando
resfriados, mantidos à temperatura inferior a 5 ºC (cinco graus Celsius) por no
máximo 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Alimentos preparados, após cocção, mantidos abaixo de 60 ºC
(sessenta graus Celsius), devem ser consumidos em até 60 (sessenta) minutos.
Art. 40. As frutas, os legumes e os vegetais a serem consumidos crus devem ser
submetidos a processo de higienização a fim de reduzir a contaminação superficial.
Parágrafo único. Os produtos utilizados na higienização dos alimentos devem
estar regularizados na ANVISA e serem aplicados de forma a evitar a presença
de resíduos no alimento preparado.
Art. 41. Os alimentos proteicos de origem animal a serem consumidos crus devem
ser manipulados em área climatizada entre 12 ºC e 18 ºC (doze e dezoito graus
Celsius), além de armazenados e distribuídos à temperatura inferior a 5ºC (cinco
graus Celsius).
Art. 42. Os alimentos pré-preparados e preparados devem ser transportados
em veículos limpos, dotados de cobertura para proteção da carga, não devendo
transportar outras cargas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária do
alimento preparado.
178
TÓPICO 3 | BOAS PRÁTICAS NOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM EVENTOS
§ 1º Os veículos citados no caput deste artigo devem atender aos requisitos definidos
em legislação sanitária local, quando houver.
§ 2º Os alimentos de que trata o caput devem ser transportados em temperatura
adequada, a ser conferida na recepção.
§ 3º Os alimentos transportados de forma inadequada não devem ser recebidos
ou, quando recebidos, devem ser identificados e armazenados em local separado
dos demais até sua destinação final.
Art. 43. Os alimentos preparados fora do local do evento devem possuir identificação
(denominação do produto, nome do produtor e endereço), data e hora de preparo,
além da temperatura ideal de conservação e validade.
Art. 44. Não é permitida a reutilização de restos e sobras de alimentos durante os
eventos de massa.
Art. 45. Os equipamentos necessários à exposição e à distribuição de alimentos
preparados sob temperaturas controladas devem ser devidamente dimensionados
e estar em bom estado de higiene, conservação e funcionamento.
Parágrafo único. A temperatura dos alimentos mantidos nesses equipamentos
deve ser monitorada.
Art. 46. As bebidas não devem ser armazenadas em contato direto com o piso.
Art. 47. O gelo utilizado no preparo e na conservação dos alimentos e bebidas deve
ser fabricado com água potável e em condições higiênico-sanitárias satisfatórias,
devendo atender aos seguintes requisitos:
I - ser transportado e armazenado de forma a evitar a sua contaminação; e
II - ser adquirido de estabelecimento licenciado.
Art. 48. Os utensílios utilizados para o consumo de alimentos e bebidas, tais como
pratos, copos e talheres devem estar limpos, em bom estado de conservação e ser
armazenados em local protegido.
Parágrafo único. As instalações e os serviços relacionados à manipulação de
alimentos que não dispõem de estrutura de higienização com água corrente devem
utilizar utensílios pré-higienizados para reposição ou descartáveis, sendo proibida
a sua reutilização.
Art. 49. Os funcionários responsáveis pela atividade de recebimento de dinheiro,
cartões e outros meios utilizados para o pagamento de despesas não podem
manipular alimentos preparados, embalados ou não.
Art. 50. Os responsáveis pelas instalações e pelos serviços relacionados à
manipulação de alimentos devem coletar e manter amostras dos alimentos
preparados que forem ofertados aos consumidores, usando o seguinte método:
I - identificar as embalagens higienizadas, ou sacos esterilizados ou desinfetados,
com o nome do estabelecimento, nome do produto, data de preparo, horário e data
de coleta, e nome do responsável pela coleta;
II - proceder à higienização das mãos;
III - abrir a embalagem ou o saco sem tocá-lo internamente nem soprá-lo;
IV - colocar a amostra do alimento (mínimo de cem gramas);
V - retirar o ar, se possível, e fechar a embalagem;
VI - manter as amostras sob refrigeração pelo período mínimo de 72 (setenta e
duas) horas.
179
UNIDADE 3 | SEGURANÇA ALIMENTAR EM EVENTOS
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
180
RESUMO DO TÓPICO 3
181
• Após os alimentos serem preparados, estes devem ser mantidos em condições
de tempo e de temperatura que não favoreçam a multiplicação microbiana.
Para conservação a quente, os alimentos devem ser submetidos à temperatura
superior a 60 ºC por, no máximo, 6 horas.
182
AUTOATIVIDADE
183
a) ( ) Fica a cargo da autoridade sanitária federal estabelecer a necessidade
e a frequência das inspeções das instalações e dos serviços relacionados à
manipulação de alimentos nos eventos, quer sejam prévias ou concomitantes.
b) ( ) Os funcionários responsáveis pela atividade de recebimento de dinheiro,
cartões e outros meios utilizados para o pagamento de despesas podem
manipular alimentos preparados, embalados ou não.
c) ( ) Os equipamentos necessários à exposição e à distribuição de alimentos
preparados sob temperaturas controladas devem ser devidamente
dimensionados e estar em bom estado de higiene, conservação e
funcionamento. A temperatura dos alimentos mantidos nesses equipamentos
deve ser monitorada.
d) ( ) É permitida a reutilização de restos e sobras de alimentos durante os
eventos de massa.
e) ( ) Os alimentos pré-preparados e preparados devem ser transportados em
veículos limpos, dotados de cobertura para proteção da carga, não devendo
transportar outras cargas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária
do alimento preparado.
184
REFERÊNCIAS
ABNT. Boletim ABNT. Maio 2012. Volume 10. Nº 217. Disponível em: file:///C:/
Users/Win10/Documents/ALIMENTOS%20E%20BEBIDAS/PESQUISAS/Maio-
2012.pdf. Acesso em: 20 out. 2019.
BECK, H. et al. Arte e ciência do serviço. São Paulo: Editora Anhembi Morumbi,
2005.
185
BRAGA, R. M. M. Gestão da gastronomia: custos, formação de preços,
gerenciamento e planejamento do lucro. São Paulo: Editora Senac São Paulo,
2012.
KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 3.0: as forças que estão
definindo o novo marketing centrado no ser humano. Rio do Janeiro: Elsevier,
2010.
186
LEITE, A. Finger food: sabor e sofisticação em miniporções. Rio de Janeiro:
Senac Nacional, 2014.
187
SENAC, DN. Bares e restaurantes: gestão de pequenos negócios. Rio de Janeiro:
Senac Nacional, 2006.
188