24/03/2021

FORMAÇÃO DO PROCESSO

1. Inércia da Jurisdição:

Princípio do impulso oficial.

Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por

impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.

Também se relaciona com o princípio da primazia da decisão de mérito.

Ex: Intimação pessoal.
Exceção: obrigações de pagar quantia.

2. Formação gradual da relação jurídica processual:

A partir da propositura da ação por meio de protocolo da petição inicial, já existe uma
relação jurídica processual, ainda que linear, entre autor e juiz.

Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for

protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos
mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.

Fenômeno da perpetuação da jurisdição. Fixação de competência,

Exceção. ECA. Art. 147. Domicilio dos pais ou responsável.

a) Momento da propositura da ação vs. Prescrição:

CPC/73.
A partir da distribuição. Foros com mais de uma vara.
A partir do primeiro despacho do juiz. Vara única.

STJ.
A partir do protocolo da petição inicial.

CPC/2015.
 Consagra o entendimento do STJ de que ocorre a partir do protocolo da
petição inicial.

3. Fenômeno da estabilização da demanda

Significa que em regra os elementos da ação não podem ser alterados após a citação.

Art. 329.
Até a citação válida. Aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir. (independe de
consentimento do réu).
Até o saneamento. Aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do
réu, assegurado o contraditório.

Exceções: Art. 108. No curso do processo, somente é lícita a sucessão voluntária

das partes nos casos expressos em lei.

 Sucessão intervivos - transmissão de bens, cessão de crédito e etc.

 Sucessão causa morte -

Direitos transmissíveis: Espólio

Direitos intransmissíveis (personalíssimo): não admitem sucessão.

OBS: Dano moral. Direito personalíssimo. Indenização pecuniária.

Desistência após oferecida a contestação.

Possibilidade de alteração dos elementos da ação mesmo após o saneamento do

processo. Princípio do incentivo a autonomia da vontade. Clausula geral de
negociação processual atípica (art. 190 e 191).

31/03/2021
SUSPENSÃO DO PROCESSO
 1. Suspensão do procedimento

Duração razoável do processo. CF/ art. 5º LXXVIII.

Causas de ordem física, logica e jurídica.

2. Suspensão própria e impropria

Própria. Ex: Embargos de terceiro.

Impropria. Ex: Morte.

3. Decisão de suspensão do processo

a) Conteúdo da decisão de suspensão

Doutrina majoritária: meramente declaratória.

Doutrina minoritária: Constitutiva.
STJ. Eficácia ex tunc.

b) Impugnabilidade da decisão de suspensão do processo:

Não está no rol do 1.015 CPC.

Exceções: liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de
execução e no processo de inventário.
Tecnicamente seria matéria de apelação ou contrarrazões.
STJ. Mandado de segurança contra ato judicial.

4. Hipóteses de suspensão

I - Pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu
representante legal ou de seu procurador;
a) A extinção da pessoa jurídica é equivalente a morte da parte.

b) Hipótese de direito transmissível. Incidente de habilitação do espólio.

c) A suspensão do processo nos casos de morte so devem ser considerados validos nos
casos em que foi respeitado o contraditório.

d) Caso de morte sem habilitação:

Regra geral: 485 CPC.

Exceção: perda do interesse recursal. Caso já tenha tido sentença e a parte que recorreu
foi quem morreu.

e) Morte do advogado ou representante: 15 (quinze) dias para sanar o vício.

Efeitos:
Do autor. 485.
Do réu: Revelia.

II - Pela convenção das partes;

Hipótese de gestão de conflito.

Negócio jurídico processual típico.

III - pela arguição de impedimento ou de suspeição;

Nos casos de MP e auxiliar da justiça não ocorre a suspensão.

Relator poderá receber com ou sem efeito suspensivo.
Tutela de urgência.
enquanto não for declarado o efeito: substituto legal.
com efeito suspensivo: substituto legal.
sem efeito suspensivo: juiz da causa.

IV- Pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas; IRDR

litigiosidade em massa.
Coerência nas decisões.
Métodos de formação de precedentes obrigatórios.
Prazo de 1 (um) ano, podendo ser prorrogada por decisão fundamentada de relator.
 V - Quando a sentença de mérito:
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência
de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente;
Prejudicialidade.
 PETIÇÃO INICIAL

1. Inércia da jurisdição:

Instrumento em que o autor formula a demanda que virá a ser apreciada pelo juízo, na
busca de um provimento final que lhe conceda a tutela jurisdicional pretendida.

Funções da PI:
a) Instauração do processo;
b) Identificação da demanda.

Efeitos: princípio da congruência.

Verificação de litispendência, coisa julgada ou conexão.
Fixação da competência – relativa e absoluta.
Possibilita ao juiz verificar a ausência de condições da ação.

2. Requisitos:

a) EXTERNOS:

Forma: Escrita. Regra geral.

Exceção: É possível a oralidade. Juizados especiais. Pedidos de

medidas urgentes em favor da mulher vítima de violência
doméstica. Procedimento especial de alimentos.

b) INTERNOS:

 Endereçamento: Fixação da competência. Relativa e absoluta.

Obs. Não é correta a indicação pessoal do juiz,

Ex. distribuição por dependência e comarcas um apenas um
juiz.
Mera irregularidade.

 Indicação das partes e sua qualificação: Indicação de nome

completo, estado civil, profissão, domicilio e residência, CPF,
endereço eletrônico e a existência ou não de união estável.
 Citação do requerido.

Individualização dos sujeitos parciais do processo – fixas os

limites subjetivos da demanda
Ausência de informações x nulidade.
Necessidade de comprovação de ocorrência de prejuízo para
uma das partes.
Aplicação do principio da instrumentalidade das formas.

 Indicação do endereço eletrônico

 Indicação do estado civil. Ações reais imobiliárias.

 Autor pode indicar locais onde a pessoa poderá ser encontrada.

 Indicação de apelido

 Réu deverá complementar sua qualificação na contestação

 Requerimento de busca ao juiz. Acesso à justiça.

 Ações possessórias decorrentes de esbulho por grupos de pessoas. Não será exigido do
autor a qualificação de todas as partes em razão do princípio do acesso à justiça

Valor da causa
Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo
econômico imediatamente aferível.
Reflexos do valor da causa no processo:
a. Determinação de competência
b. Definição de rito
c. Recolhimentos de taxas judiciais
d. Critério para fixação de multas.
e. Inventários e partilhas
f. fixação de sucumbência. Regra geral.

Regras para calculo do valor da causa. Art. 292.

I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal,

dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de
propositura da ação;
No caso concreto, havendo juros compensatórios, estes serão utilizados para
fins de definição do valor da causa.
Juros compensatórios quando devidos como remuneração pela utilização de
capital pertencente a outrem, (ex. empréstimo de dinheiro).
Juros moratórios decorrem do inadimplemento ou retardamento no
cumprimento de determinadas obrigações ou contratos e são calculados a partir da
constituição em mora.

II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a

modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato
ou o de sua parte controvertida;
Admito pela jurisprudência antes do CPC 2015.

III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo

autor;

IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação

da área ou do bem objeto do pedido;
Buscou prestigiar valor mais próximo do real.
Contudo, criou uma dificuldade porque sugere que cabe ao autor a contratação
de perito para avaliação. Violação do princípio da economia processual, porque o
laudo unilateralmente elaborado violará o contraditório.
O valor será corrigido após avaliação judicial.

V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor

pretendido;

VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma

dos valores de todos eles;
Cumulação própria. O autor poderá receber todos os pedidos.

VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;

Cumulação imprópria. Autor so poderá receber um dos pedidos formulados.

VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.

Provas com que o autor pretende demonstrar a veracidade dos fatos alegados

Julgamento antecipado. Alegação de cerceamento de defesa.

Opção do autor quanto a realização ou não da audiência de conciliação e mediação

Cabe ao autor demonstrar o interesse ou desinteresse na petição inicial.

Ausência de manifestação - irregularidade.

Os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido

DO PEDIDO
 1. Conceito
O pedido é o núcleo da petição inicial; a providência que se pede ao Poder
judiciário; a pretensão material deduzida em juízo (e que, portanto, vira a pretensão
processual);4s a consequência jurídica (eficácia) que se pretende ver realizada pela
atividade jurisdicional.

2. Efeitos

Princípio da congruência – vedação de prestação extra, ultra ou infra/citra

petita.
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-
lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige
iniciativa da parte.

Vedações:
Extra – diversa do pedido pela parte
Ultra – provimento além do pedido
Infra/Citra petita – Juiz não pode silenciar ao que foi pedido.

Elemento de identificação da demanda - conexão, litispendência ou coisa

julgada.
Fixação de valor da causa.

3. Elementos do pedido

Mediato: bem da vida – resultado prático.

Imediato: provimento jurisdicional. Ex. a condenação, a expedição de ordem, a

constituição de nova situação jurídica.

Exceção. Tutela declaratória. O pedido imediato se confunde com o mediato.

Obs. Possui relevância porque define se a demanda seguirá para a fase de execução.
4. Requisitos
 Certo/Explícito – Identificável materialmente.
Determinado – relação a qualidade e quantidade.
Exceção. Art. 324. Possibilidade de formulação de pedido genérico.

I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;

II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato

ou do fato;

III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender

de ato que deva ser praticado pelo réu.

Claro – Inteligível.
Coerente – Consequência com a causa de pedir.

5. Cumulação de pedidos

A cumulação ocorre quando na petição inicial há mais de um pedido

formulado para exame pelo juiz.

a. Classificação
Quanto ao momento
Inicial – Surge com a propositura da ação.
Ulterior – Surge ao longo da marcha processual. Ex. alimentos
com alegação de não paternidade. Possibilidade de aditamento da inicial.

6. Requisitos da cumulação de pedidos. Art. 327.

I - os pedidos sejam compatíveis entre si;

Ex. revisão e nulidade contratual.

II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;

III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.

Se os pedidos corresponderem a procedimentos diversos, ainda assim a

cumulação será possível, se puderem ser processados pelo procedimento
comum.
 Ex. divorcio com alimentos.

7. Cumulação própria e imprópria.

Própria – pretende receber todos os pedidos
Simples. Não há um vínculo de dependência entre os pedidos. Pedidos
autônomos entre si. Ex. Danos materiais e morais.
Sucessiva. Há relação entre os pedidos. Ex. Investigação de paternidade
com alimentos. Declaração de inexistência de dívida com danos morais.

Impropria – formulação de vários pedidos, mas para apenas um deles sejam

atendidos.
Eventual/subsidiária. Somente um será atendido atendida a ordem de
preferência estabelecida pelo demandante. Ex. anulação contratual.
Alternativa. Pretende na cumulação um pedido ou outro, não há ordem
de preferência.

INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL

 1. Conceito
É uma forma de decisão liminar, ocorre no início do processo, impede o
prosseguimento do processo em razão da existência de um defeito grave.
Reconhecimento da falta de um pressuposto processual.
Para maior parte da doutrina so haverá indeferimento se esta decisão for tomada
antes da citação, porque se for após será extinção sem análise do mérito.
Somente poderá haver indeferimento se o vício não for sanado.

2. Indeferimento total e parcial

Se for parcial, o juiz vai continuar o julgamento com relação aos demais
pedidos.
Natureza jurídica da decisão de indeferimento.
Juiz 1 grau:
Decisão interlocutória – indeferimento parcial. – Agravo.
Sentença – indeferimento total. – Apelação.

Tribunal:
Acórdão: total ou parcial. Extraordinário para STF ou especial STJ.
Decisão monocrática: total ou parcial. Agravo interno.

3. Hipóteses de indeferimento da petição inicial

a. Inépcia da petição da petição inicial. Art. 330.

Falta de pedido ou causa de pedir
O pedido for indeterminado. Exceção de admissão de pedidos genéricos.
Consequência lógica entre a causa de pedir e o pedido.
Incompatibilidade de pedidos. Não se aplicável na cumulação imprópria.

b. Ilegitimidade da parte

c. Ausência de interesse de agir

d. Ausência de emenda da Petição inicial
 CITAÇÃO

1. Momento em que o polo passivo é chamado a integrar a relação jurídica

processual.

Ex. reconhecimento jurídico do pedido pelo réu.

Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o
interessado para integrar a relação processual.

2. Pressuposto de validade e existência

Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do
executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de
improcedência liminar do pedido.

3. Citação ≠ intimação
Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos
termos do processo.

Duplo objetivo
a) Dar ciência dos autos ou termos do processo; e
b) Convocar a parte para fazer ou abster-se de alguma coisa.

4. Efeitos da citação

a. Indução à litispendência:

 Causa pendente para o réu.

 Doutrina: Manter o processo que se deu primeiro a citação válida.

 STJ: Entende que deve prosseguir a primeira causa que foi proposta.

b. Estabilização da demanda:
 Possibilidade de alteração das partes, causa de pedir e pedido.

c. Tornar a coisa litigiosa:

Significa dizer que a coisa ou o direito estarão vinculadas ao resultado do

processo.
Torna-se litigiosa para o demandado.

d. Constituição em mora do devedor:

Exceção.
No momento do inadimplemento - Art. 397 CC.

5. Modalidades de citação:

a. Correios: Regra geral.

 Exceção ao princípio da aderência ao território. Celeridade e

economia processual.

 STJ: Casos de PJ. Aplicação da teoria da aparência.

b. Oficial de justiça:

Art. 247. Ações de estado. Citando incapaz. PJ de direito público. Citando

residir em local não servido pelos correios.

 STJ: Ausência do prazo de resposta no mandado gera nulidade.

 Fé pública.

c. Edital – Exceção.

Hipótese mais onerosa, complexa e com mais custos.

I - Quando desconhecido ou incerto o citando;

 II - Quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o
citando;

III - nos casos expressos em lei.

d. Meio eletrônico

 Preferencial para União, Estados e Municípios.

 AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO:

1. Conceito

 Exceção: Matérias que não admitem autocomposição.

 O juiz deverá indicar com o método mais adequado para ser utilizado na
demanda.

2. Conciliador e mediador

Art. 165 CPC:

Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos,
responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e
mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar,
orientar e estimular a autocomposição.

3. Conciliação e mediação:

Conciliação. Sem vínculo anterior.

Conflito causado por situação eventual. Ex. Acidente de trânsito, Relação
de Consumo.

Mediação. Vínculo anterior.

Conflitos decorrentes de uma relação continuada. Ex. Ações de família.
Reestabelecer o diálogo

 Número de sessões

o Há a possibilidade de ser designada nova audiência, desde que se mostre

necessária para autocomposição das partes.

o Não havendo acordo entre as partes, o processo seguirá seu andamento.

 o Prazo de 2 meses. As partes podem concordar em esperar.

 Casos em que a Fazenda Pública seja parte.

Enunciado 24 da I Jornada de direito processual civil:

Havendo a Fazenda Pública publicizado ampla e previamente as hipóteses em
que está autorizada a transigir, pode o juiz dispensar a realização da
audiência de mediação e conciliação, com base no art. 334, § 4º, II, do CPC,
quando o direito discutido na ação não se enquadrar em tais situações.

 Possibilidade de representação por terceiro.

Art. 334 § 10. A parte poderá constituir representante, por meio de

procuração específica, com poderes para negociar e transigir.

4. Redução a termo da homologação por sentença:

Regra geral: Será realizada por conciliador ou mediador.

 A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.
 Possibilidade de acordo sobre parte da controvérsia.
 Homologação por decisão interlocutória. Art. 356 CPC.
1. Respostas do réu

Citação e intimação
Angularização da relação jurídica processual.
Fenômeno do contraditório

a. Espécies de respostas do réu

Reconhecimento jurídico do pedido
Impugnação a concessão de AJG
Impugnação ao valor da causa

2. Contestação

a. Prazo

 Art. 335 inciso I. – A partir da audiência de conciliação ou da última

sessão.
 Ausência da parte e/ou advogado não impedem intimação para início
do prazo
 Data do protocolo do pedido de cancelamento. Independe de
intimação para prática do ato. Obs. Litisconsórcio passivo terá
prazo inicial autônomo.

2.1. Matérias de defesa

a. Defesas processuais:

 Dilatórias – Art. 337.

 Inexistência ou nulidade de citação

Alegar inexistência de citação. Prazo poderá ser devolvido.

 Incompetência do juízo
 Absoluta
Matéria de ordem pública.

Juiz deverá intimar autor antes de decidir mesmo nos casos de

incompetência absoluta. Obs. Enunciado 04 ENFAM.

Na declaração de incompetência absoluta não se aplica o

disposto no art. 10, parte final, do CPC/2015.

 Conexão/continência
Reunião dos processos. Aumento do tempo de duração do
processo.

 Peremptórias

 Inépcia da petição inicial

Ex. ausência de pedido. Pedido indeterminado. Narração dos

fatos não decorrer logicamente a conclusão.

 Perempção

Difere de prescrição e decadência.

Ex. Ação de cobrança extinta 3 vezes por abandono. Devedor

eventualmente ingressa com ação de cobrança, poderá haver
compensação. (direito de crédito).

 Litispendência
Economia processual
Possibilidade de decisões conflitantes.

 Coisa julgada

Imutabilidade e indiscutibilidade da decisão de mérito trânsito

em julgado.
Segurança jurídica

 Carência da ação por ausência de interesse de

agir/ilegitimidade
  Dilatórias potencialmente peremptórias

 Incapacidade da parte, defeitos de representação ou falta de

autorização

 Falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como

preliminar.

 Incorreção do valor da causa

 Indevida concessão de AJG

3. Princípios

a. Princípio da impugnação especifica dos fatos

Não é permitido ao réu, via de regra, formular defesa genérica. Devendo

impugnar todas as matérias trazidas pelo autor, sob pena de presunção relativa
de veracidade dos fatos narrados na inicial.
Exceções. Defensoria Pública. Curador especial.

b. Princípio da eventualidade

Toda a matéria de defesa deve ser alegada por ocasião da contestação sob pena
de preclusão, ou seja, no momento da contestação o réu deve alegar tudo aquilo
que for possível e cabível em sua defesa, ainda que as alegações possam ser
contraditórias do ponto de vista lógico, sob pena de preclusão.
4. Reconvenção

a. Conceito

A reconvenção no Novo CPC é uma das modalidades de resposta do réu. Por

meio dela, o réu formula uma pretensão em face do autor da demanda, sem a
necessidade de ingressar com um novo processo.

 O exercício do direito de ação do réu dentro do processo em que

inicialmente o autor originário tenha exercido o seu direito de ação.

 Ampliação objetiva ulterior do processo. Obs. Não se trata de pluralidade

de processos.

 Mera faculdade processual.

b. Pressupostos processuais

 Litispendência

 Identidade procedimental

 Competência

 Conexão com a ação originária ou com os fundamentos de defesa

c. Procedimento

Formas de ingresso
 Como tópico da contestação
  De forma autônoma quando o autor não contestar

Autonomia em relação a ação originária

 Ação originária extinta por desistência não afetará a reconvenção.

Prazo de resposta do autor será de 15 (quinze) dias

Obs. Reconvenção sucessiva

Admitida pelo STJ e pela doutrina.
Contudo o STJ entende que a questão que justifique a reconvenção sucessiva
tenha surgido na contestação ou na primeira reconvenção.

Poderão ser inadmitidas no caso concreto com fundamento na economia e

celeridade processual
 REVELIA

Uma espécie de inatividade processual, no que se refere a apresentação de defesa.

Ausência de apresentação de contestação.

Contestação intempestiva
STJ. Contestação endereçada e protocolizada em juízo diverso e distinto não evita a
revelia.

Possíveis Efeitos da revelia

a. O prosseguimento do processo independentemente de novas intimações do

réu que não tenha advogado constituído nos autos.

Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão
da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.

b. Simplificação procedimental. Aplicável nos casos de efeito material da

revelia.

Julgamento antecipado do mérito.

Obs. Não ocorrerá se o réu requereu tempestivamente a produção de provas.

c. Efeito processual. Preclusão do réu poder alegar matérias de defesa excluídas

as exceções legais do art. 342.

Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações

quando:

I - relativas a direito ou a fato superveniente;

II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;

III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer

tempo e grau de jurisdição.
Efeito material

Gera presunção relativa de veracidade dos fatos narrados na inicial. Pode ser afastada
caso haja evidencias em sentido oposto.

a. Se o réu foi citado por edital ou por hora certa, será nomeado por curador
especial.

b. Litisconsórcio. Depende do tipo de litisconsórcio.

Obs. Teoria do regime de tratamento de litisconsortes.

Teoria do regime de tratamento de litisconsortes.

Unitário –
Determinantes – prejudicam – somente produzirão efeitos se todos os litisconsortes
tiverem praticado
Alternativos – beneficiam – produzirão efeito desde que qualquer dos litisconsortes
tenha praticado.

Simples –
Cada parte é tratada como independente.
Exceção. Quando os fatos e provas forem comuns a ambos.

Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte

adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em
que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão
beneficiar.

c. Se o direito está na categoria dos indisponíveis

d. A petição não estiver acompanhada do instrumento que a lei considere
indispensável a prova do ato

Ex. Direito de propriedade.

e. as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em

contradição com prova constante dos autos.

Matérias a serem alegadas pelo réu revel

Alegações preliminares. Condições da ação. Pressupostos processuais.

Alegação de fato impeditivo, modificativo ou extintivo de direito

Alegações de exceções substancias. Podem ser alegadas a qualquer tempo.

Ex. prescrição.