Apostila de Precificacao
Apostila de Precificacao
Apostila de Precificacao
FAÇA SUA
PRECIFICAÇÃO
COMO USAR
AUTO CONSULTORIA:
FAÇA SUA PRECIFICAÇÃO
Você deu o primeiro passo
PARABÉNS! Você acaba de adquirir um guia passo a passo para você desenvolver sua
própria precificação. Ao longo desse manual você receberá diversas dicas, verá exemplos
práticos e terá a ajuda de várias de nossas ferramentas para montar sua precificação.
Realizará a precificação
Então fique atento, que ao longo da leitura desse documento você terá diversos insights e
ajuda para dar cada passo necessário. A ideia aqui é fazer um pouco mais da sua
precificação a cada passo que você der.
POR QUE
PRECIFICAR?
Entendendo o porquê da precificação
Além disso, a forma de estipular o preço pode ser o diferencial do seu negócio, ou seja, se
você cobra de uma forma diferente, você pode se destacar. Às vezes a inovação pode estar
na forma de precificar.
DEFININDO
CUSTOS
“Empreender sem saber seus custos é como
fazer dieta sem ter balança”
Guilherme Lito
Vocabulário LUZ
Vale lembrar que os termos que utilizamos aqui nesta autoconsultoria são adotados para
facilitar sua compreensão. Por exemplo, para a linguagem contábil, gastos de uma
empresa dividem-se em despesas e custos, mas aqui utilizaremos somente o termo custo.
Organizando a casa
Antes de você colocar um preço em seu produto/serviço, é preciso saber os custos fixos e
variáveis. Para isso, você precisa primeiro organizar o financeiro da sua empresa, ou seja,
fazer um plano de contas e ter um fluxo de caixa.
Para fazer a sua precificação dar certo, você precisa entender seus custos. Nossas
planilhas de Formação de Preços para Produtos e para Serviços podem te ajudar com
essa questão.
Antes de definir se são custos fixos ou variáveis, você precisa ter em mente que a
classificação dos custos pode variar de acordo com a realidade de cada empresa e que
você pode escolher como quer identificar esses custos.
Como assim?
Os custos podem ser fixos ou variáveis dependendo de como funciona a empresa, por
exemplo, se o negócio é uma consultoria, que utiliza um escritório, os custos com energia
serão fixos, porque não variam muito mensalmente. Já se a empresa produz bombons, a
energia que utiliza é um custo variável, porque de acordo com a produção de bombons,
será gasto mais ou menos energia.
Além disso, você pode escolher se os custos serão fixos ou variáveis de acordo com a sua
realidade. Um exemplo que se aplica mais a serviços é o seguinte: Você tem uma empresa
de consultoria em que os custos fixos são R$10.000, sendo que desse valor, R$5000 são
gastos com RH (salários de funcionários).
Se desse valor, você contrata 2 consultores apenas para prestar serviços específicos, o
gasto com eles deve ser considerado variável, enquanto o resto da sua equipe, que você
paga mensalmente independentemente de prestar serviços ou não se enquadram como
custos fixos.
Agora que você já sabe que custo fixo ou variável depende de como você o interpreta,
vamos à classificação mais tradicional.
Definindo custos fixos
Para definir os custos fixos, liste o que sua empresa vai precisar independentemente do
aumento ou diminuição da produção, ou seja, quais gastos sua empresa vai ter se estiver
ou não produzindo?
Basicamente, sempre que você tiver custos mensais, mesmo que esses sofram uma
pequena variação de mês pra mês, eles serão considerados como gastos fixos. Isso quer
dizer que mesmo que a sua conta de internet varie de R$100 para R$120 de um mês para
outro, ele ainda será considerado um custo fixo.
Depois que você já sabe seus custos fixos, precisa levantar os custos variáveis, ou seja,
aqueles que vão variar de acordo com a produção/atividade.
Como exemplos:
matérias-primas
comissões de vendas
comissão de cartão
impostos
gastos com fornecedores de produtos
Para definir os preços, você precisa verificar a taxa de perda do seu produto/serviço. Isto
quer dizer que você precisa ver se há alguma perda na produção ou realização do produto/
serviço, porque você pode dizer que para fazer um bombom custa R$1,00, mas na verdade,
há bombons que não saem no formato que você quer, ou na consultoria que você deu o
consultor ao invés de 3h, trabalhou 5h para resolver a questão do cliente e isso gera um
custo escondido.
I C A LU Z!
D
Se seus custos forem avaliados por hora trabalhada, é
interessante fazer uma planilha que mostra a quantidade
de horas que a pessoa trabalhou.
Agora que você já entendeu como funcionam seus custos, você está preparado para
analisar a concorrência!
PASSO 02
AVALIANDO A
CONCORRÊNCIA
“Aprender com os concorrentes é a chave
para o sucesso da empresa”
Richard Branson
Comparando preços
Antes de qualquer passo, é preciso conhecer seus concorrentes, saber seus produtos ou
serviços, onde vendem, que preficicação têm e, para isso, o Formulário de Análise da
Concorrência pode te ajudar.
Faça uma pesquisa de preços dos produtos ou serviços das empresas que você considera
concorrente. Para determinar quem é seu concorrente, investigue qual a oferta de valor
deles e veja se é parecida com a sua. Para entender mais sobre oferta de valor, veja nosso
livro o Analista de Modelo de Negócios.
Vale lembrar que o preço praticado pela concorrência é apenas uma referência e que de
acordo com a oferta de valor você pode estipular preços maiores, como o Cirque Du Soleil,
que ofereceu uma novo conceito de circo, saindo da tradicional utilização de animais para
espetáculos de acrobacia.
Agora, se você não conseguir encontrar um diferencial para seu serviço, o preço não pode
ser muito mais alto do que seus concorrentes.
Encontrando um diferencial
Não basta saber a quanto seus concorrentes estão vendendo, pois se você quiser o que os
outros têm, só chegará no máximo aonde estes concorrentes chegaram. E você quer algo
a mais, certo?
É preciso ir além e pensar em oferecer algo que saia da caixa, que ofereça algum benefício
diferente para criar um novo mercado e sair da concorrência. Como falado no item
anterior, busque uma oferta de valor única!
Tendo entendido o que é uma oferta de valor, você precisa saber se essas ofertas serão um
diferencial para seus clientes. Para saber, utlize a nossa Planilha de Curva de Valor.
A curva de valor é um gráfico criado pelos autores W. Chan Kim e Renee Mauborgne no
livro A Estratégia do Oceano Azul. Segundo os autores, hoje em dia a maioria das
empresas navega em oceanos vermelhos – mercados muito competitivos e
ensanguentados com milhares de empresas matando umas as outras por diferenciações
mínimas, sufocando-se por tentar oferecer commodities com preços cada vez mais baixos.
Porém, algumas empresas sabem criar um novo mercado, onde navegam sozinhas e
conseguem viver em paz com o sucesso. Esses são os oceanos azuis. Empresas, como o
Cirque du Soleil, fazem parte dos exemplos citados no livro. Ao invés de tentar competir
da mesma forma como os circos convencionais, em oceanos vermelhos, eles criaram sua
própria forma de atuar e consequentemente, seu próprio oceano azul.
“Desenvolver uma estratégia de preço
começa em determinar o verdadeiro valor de
suas ofertas para seus clientes.”
Lee Gimpel
Porém, algumas empresas sabem criar um novo mercado, onde navegam sozinhas e
conseguem viver em paz com o sucesso. Esses são os oceanos azuis. Empresas, como o
Cirque du Soleil, fazem parte dos exemplos citados no livro. Ao invés de tentar competir
da mesma forma como os circos convencionais, em oceanos vermelhos, eles criaram sua
própria forma de atuar e consequentemente, seu próprio oceano azul.
Na tabela comparativa abaixo você pode entender essa diferença entre os dois tipos de
oceanos e todas as vantagens de um oceano azul para sua empresa.
TIPOS DE
PRECIFICAÇÃO
“Tudo o que tem valor tem um preço.”
Jacinto Benavente
Escolhendo a precificação
Agora que você já entendeu o que são custos fixos, variáveis e já analisou a concorrência, é
hora de ver as diferentes maneiras com as quais você pode precificar.
Por custo - avaliam-se os custos fixos e variáveis, sendo colocada uma margem
de lucro
Por variável - identifica-se um benefício que o produto/serviço oferece ao cliente
e o transforma em uma variável, cobrando então de acordo com essa variável.
Colaborativa - precificação que conta com a colaboração dos clientes para definir
o preço
Por Valor - o preço é determinado baseado no valor gerado para o cliente. Em
geral são produtos/serviços diferenciados.
Dinâmica - o preço é determinado de acordo com demanda e estoque.
Por Assinatura - é estipulada um valor periódico (mensal/trimestral) a ser pago
Vale lembrar que não existe uma maneira certa de precificar, pois em geral você pode
variar o tipo de precificação de acordo com o que for mais interessante para sua empresa.
Tendo em vista essas considerações, vamos ver mais a fundo as formas de precificação:
Por custo
A precificação por custo é aquela utilizada em negócios com produtos normalmente sem
diferenciação, negócios sociais ou empresas que queiram testar como seus produtos/
serviços estão no mercado.
A primeira opção são as empresas cujos clientes veem valor em preço baixo, e precisam
ficar atentas ao menor preço que podem cobrar. Normalmente elas vivem no mercado
sangrento de produtos sem diferenciação, que são commodities e o limite do preço é o
custo. Alguns exemplos de empresas que valorizam precificação por custo são as Casas
Bahia e a Ricardo Eletro, que estão sempre em busca do menor preço e costumam atuar
em mercados sangrentos, onde há muita concorrência por preço e o limite é o custo.
Já a segunda opção são os negócios sociais, ou seja, empresas que querem gerar impacto
social positivo através da resolução de um problema da sociedade.
Essas empresas não querem ganhar o máximo de dinheiro possível, pois o importante
para ela é que seus preços sejam baixos para que mais pessoas possam ter acesso a seus
produtos/serviços. Com isso, cada vez mais gente é beneficiada e a sociedade pega carona
nessa onda.
Se você quer saber mais sobre negócios sociais pode assistir ao webinar de Negócios
Sociais. Este webinar é um dos cursos da Universidade do Empreendedor e vai te dar uma
ideia do que são negóçios sociais, sua importância.
A terceira opção é de empresas que queiram testar como seus produtos estão no
mercado, sendo uma forma de precificar a de leilão reverso.
Nesses leilões, o cliente precisa comprar um item, como uma televisão, por exemplo, e
não quer ficar pesquisando preço. Por isso, ele anuncia que precisa de uma televisão e diz
o valor máximo que pretende pagar e o prazo para o fim das negociações. Logo, as
empresas que vendem televisão vêm atrás dele, dizendo seu preço.
Para fazer isso, a empresa precisa saber seus custos, para saber até onde pode abaixar
seu preço e ganhar a compra do cliente.
Com esses exemplos você agora pode refletir se é o caso do seu negócio disputar preço ou
se quer oferecer produtos/serviços a preços baixos para aumentar o número de pessoas
beneficiadas por ele ou querem testar seus produtos para ver como estão no mercado. Se
sua empresa não se encaixa nesses exemplos, vamos olhar as outras opções de
precificação.
Se seus clientes valorizam preços
baixos, a precificação por custo pode
ser interessante para seu negócio
Por variável
A precificação por variável é aquela onde a empresa para de olhar só para os custos e
começa a identificar um benefício que seu produto/serviço oferece ao cliente e depois vê
o resultado que isso gera para o cliente e o transforma em variável.
Essa forma de precificar é interessante porque torna as barreiras de vendas aos clientes
menores, porque fica mais fácil de explicar a ele o quanto vale o produto/serviço e até
mesmo melhora a negociação.
Por que?
Esse site de leilões utiliza a variável número de lances e funciona da seguinte forma. Nele
são ofertados produtos que começam com valor zero (R$0,00) e são feitos lances durante
determinado período de tempo. Para o cliente fazer um lance precisa pagar R$1,00 por
lance ou comprar pacotes com lances.
Uma TV começa a ser vendida valendo R$0,00 e depois de um determinado período de
tempo aberto a lances, a TV pode chegar a R$100, que é o resultado somatório dos valores
oferecidos pelo cliente a cada lance.
Desta forma, o preço final é atingido através da quantidade de lances e do tempo em que o
produto ficou disponível para lances.
O ganho mais relevante para a empresa é que a receita será gerada a partir da quantidade
de lances que os clientes derem, já que cada lance que a pessoa faz é pago e custa R$1,00,
como falado anteriormente.
A segunda forma é que a empresa ganhará em cima do valor final atingido do produto, ou
seja, além de ganhar com os lances pagos pelos clientes, recebe o valor final do produto,
que será pago pelo cliente que conseguiu arrematar o mesmo.
A terceira, menos significativa, é que além de cada lance ser pago, cada vez que ocorre um
lance, pode ser acrescido uma pequena quantia, R$0,01 por exemplo, ao valor final do
produto.
Assim, a vantagem é que se a empresa conseguir escalar esses lances, ou seja, conseguir
muitos lances, vai poder ter um lucro considerável.
E para o cliente?
A vantagem é que ele pode levar um produto por um preço muito menor que a média do
mercado, já que as ofertas são por tempo limitado.
Assim, ganha a empresa, que consegue um ganho maior do que se fosse vender uma TV
pelo preço de mercado e ganha o cliente que consegue a TV por um preço mais barato.
Nesse mundo das variáveis existem diversas outras utilizadas para você dar uma olhada:
Nesse caso seria interessante a empresa de eventos identificar que benefício que ela gera
para o cliente e como isso se transforma em um resultado para o cliente. Com esses
dados ela poderia pensar em uma variável e precificar de acordo com ela.
Colaborativa
Nesse tipo de precificação as empresas contam com ajuda dos clientes para gerar sua
receita. A empresa pode pré-estipular um preço para seus produtos ou o cliente pode
dizer o quanto quer pagar pelo serviço.
Empresas que utilizam esta forma de precificação são aquelas que querem, de forma um
pouco semelhante a negócios sociais, proporcionar maior acesso das pessoas aos seus
produtos.
Além disso, este modo de precificar permite uma ressiginifcação da relação do cliente
com o produto, porque ele vai dizer o quanto quer pagar, o quanto vale aquele produto/
serviço. Para que isso seja possível, é preciso que os clientes estejam mais predispostos
a fazer esse tipo de reflexão e abertos a essa nova forma de relação.
Este bar localizado em São Paulo funciona, como o próprio nome sugere, como uma bolsa
de valores. Nele, os clientes acompanham as cotações das bebidas e podem fazer seus
pedidos através de um sistema presente em cada mesa. De acordo com a disponibilidade
de estoque e a demanda do produto, o preço sobe ou desce.
O site da livraria Cultura também funciona de acordo com este tipo de precificação e as
ofertas de produtos acompanham demanda, estoque e preços da concorrência.
Por Assinatura
Um outra forma de precificar é a por assinatura, método cujo objetivo é gerar uma fonte
de receita relativamente fixa, através da receita recorrente.
Como assim?
Exemplos:
A LUZ criou a Universidade do Empreendedor, site que oferece cursos online sobre
diversos temas relevantes para uma empresa na área de Estratégia, RH, Marketing,
Finanças, Operações, Filosofia Empresarial, Gestão, dentre outros. Para ter acesso a
esses cursos, as pessoas podem pagar por cada curso ou fazer uma assinatura mensal,
tendo direito a assistir a todos os cursos que já existem e os que estão por vir.
A Dollar Shave Club oferece assinatura de lâminas de barbear e certa quantidade de refis
de acordo com o plano escolhido pelo cliente.
Na mesma lógica da empresa anterior, esta oferece assinatura de preservativos.
Assinatura de filmes
Como o próprio nome já diz, a empresa vende assinatura de calcinhas. As clientes
recebem um kit com 2 calcinhas por mês.
Por valor
Esse tipo de precificação é utilizada por empresas que querem posicionar seus produtos
como diferenciados no mercado. São aqueles negócios cujo valor está na experiência
gerada para o cliente e isso é refletido no preço. Valor é o que se leva e preço é o que se
paga e neste caso, o preço é elevado.
Como exemplos podemos citar empresas como Apple, grifes de alta costura (Louis Vuitton,
Hermés, Chanel, Versace), todas esses empreendimentos trabalham com o valor agregado
que geram, com preços elevados e clientes dispostos a pagar por essa experiência.
Outro caso interessante de precificação por valor é o leilão. Com este método o objetivo é
que o preço final seja elevado e se consegue isso através de lances. Durante determinado
período de tempo, quem der o maior lance leva o produto. Essa precificação é utilizada
quando temos produtos escassos ou raros, e que, portanto se tornam cobiçados. Assim, os
clientes estão mais dispostos a pagar preços elevados por esses produtos.
COMO
PRECIFICAR
“No momento em que você comete um
engano na precificação gera consequências
ou para sua reputação ou para seus lucros”
Katharine Paine
Agora que você já sabe também os tipos de precificação, olhe para seu negócio e veja o
tipo de precificação que você quer seguir no momento.
Escolhido tipo de precificação, você precisa verificar qual o preço mínimo pelo qual você
pode vender seu produto/serviço sem levar prejuízo, ou seja, para pagar seus custos fixos
e variáveis.
Para isso, utilize nossa Planilha de Formação de Preços para Produtos e Para Serviços
para te ajudar a verificar o valor total de custos fixos e variáveis por produto/serviço que
você tem. Esse valor é o preço mínimo de venda.
Margem de Contribuição
Ok, você já sabe o preço mínimo de venda, agora precisa definir o quanto quer ganhar
depois que pagar os custos do produto. Esse valor definimos como margem de
contribuição.
Vamos usar o exemplo da Dollar Shave Club, empresa que vende assinatura de lâminas de
barbear.
Digamos que o custo variável dela por assinatura é R$10/mês e que ela queira ganhar R$
20/mês por assinatura. Essa quantia (20 - 10 = 10) será a margem de contribuição. Com
esse valor ela precisará pagar os custos fixos e o que sobrar será o lucro dela.
Agora quantos produtos ela precisará vender para pagar esses custos fixos? É o que
vamos ver a seguir.
Ponto de equilíbrio
Agora que você já sabe o quanto quer ganhar, e qual o preço cobrar, precisa descobrir
quantos produtos ou serviços sua empresa precisa vender para ficar no zero a zero, ou
seja, para o dinheiro que entrar ser igual ao que sair.
Simples: a conta é
Entrou = Saiu
PV.Q = CF + (CV.Q)
Onde:
PV é o preço de venda
Q é o número de produtos/serviços vendidos
CF são os custos fixos
CV são os custos variáveis
Assim, você primeiro precisa ver qual o preço de venda (deve ser maior que o preço
mínimo de venda visto anteriormente) e multiplicar por quantos produtos você precisa
vender. Esse resultado deve ser igual a soma dos seus custos fixos e dos seus custos
variáveis, estes multiplicados pelo número de produtos.
Exemplo:
A Dollar Shave Club precisa saber quanto precisa vender essa assinatura para se pagar,
não tendo lucro, nem prejuízo.
Na equação:
30.Q = 10000 + (10.Q)
30.P - 1O.Q = 10000
20.P= 1000
P=50
Logo, a Dollar Shave Club precisa vender 50 assinaturas para ficar no zero a zero.
Lucro
Depois que a empresa atingir o ponto de equilíbrio, ela começará a ter lucro. No entanto,
vale lembrar que do dinheiro que ela lucrar, ela precisará descontar os custos variáveis,
pois a cada produto/serviço que ela vende, há custos para produzir esse produto.
Assim, no caso da Dollar Shave Club, todas as assinaturas que ela vender depois das 50
serão o lucro dela.
Se ela vender 60, 10 serão as que gerarão lucro. Isso significa que ela terá:
30.10 = R$300
Desse dinheiro, se ela descontar os custos variáveis por produto que valem R$10, ela terá
(30 -10).10 = R$200 de lucro
Observações
COMO VENDER
“Todo mundo vive pra vender alguma coisa.”
Robert Louis Stevenson
Existem algumas formas que você pode utilizar para vender como:
Freemium
Isca e Anzol
CrossSelling
UpSelling
Não existe jeito certo, estratégia certa, mas através da forma de venda que você escolheu,
você pode perceber se o preço que escolheu foi o melhor para sua empresa no momento.
Isto porque se você através da estratégia de venda consegue vender consideravelmente, é
sinal de que seus clientes estão satisfeitos com o preço que usou ou pelo menos estão
comprando.
Freemium
Muitos sites adotam esse forma de venda que é quando você tem algum produto/serviço
de graça (free) e outro pago (premium).
Por exemplo, você pode ter um serviço de graça por um determinado período de tempo e
depois você começa a pagar. Um exemplo é o:
Esse site de gerenciamento de newsletters é gratuito, mas a partir de 2000 pessoas
cadastradas na sua lista, você precisa pagar pelos serviços.
Você tem um número de gb gratuitos para usar e a partir de um certo número você precisa
pagar.
Isca e Anzol
Nesse tipo de venda, a empresa oferece um produto que pra ela não gera lucro, mas para
compensar atrela esse produto a outro que o cliente precisará comprar.
A Nespresso vende máquinas de café expresso a determinado preço, mas ganha mesmo
com as cápsulas para se fazer café.
Para se ter ideia, um saquinho de café de 500g custa em média R$8. No caso das
cápsulas Nespresso, cada uma com 8g, custa R$1,6. Se o cliente fosse comprar 500g de
Nespresso seriam R$100.
A Playstation vende videogames a um preço que não é vantajoso para ela, mas ganha com
os jogos que vende, que em geral têm um valor elevado.
As impressoras hoje em dia têm um preço em média de R$200 reais, mas seus cartuchos
tem um preço em média de R$ 75, que é elevado em relação a quantidade de ml, que é
pouca. Se a pessoa comprar 3 cartuchos, já pagou o mesmo preço da impressora, o que
mostra que as empresas de impressoras ganham muito em cima desses cartuchos.
Este é um método que tem o objetivo de aumentar vendas de produtos que, em geral,
podem estar correlacionados. Um exemplo é nos supermercados, onde produtos como
macarrão e molho de tomate, pipoca e refrigerante, ficam posicionados próximos. Ou
então outro exemplo são os combos que existem em redes fast food. Neles, a empresa
tenta vender refrigerante com sanduíche.
Esse modo de venda acontece da seguinte maneira. A empresa vende um produto e vai
aumentando seu preço de acordo com a quantidade de itens a mais no produto. Um
exemplo é o mercado de carros, que oferece o carro básico a um preço e de acordo com os
itens adicionais vai aumentando o preço.
PASSO 06
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
“As vendas dependem mais da atitude do
vendedor do que do consumidor”
W. Clement Stone
Depois que você já viu as estratégias de venda, vale a pena refletir sobre as seguintes
questões: desconto e parcelamento.
Políticas de desconto
É importante tomar cuidado com a frequência de descontos que você oferece aos seus
clientes. Se você ˜banalizar˜ a oferta de descontos, ou seja, dá-los frequentemente, seus
clientes podem ficar mal acostumados, querendo sempre desconto.
Parcelamento
Parcelamento é uma questão de ter ou não ter caixa para suportar esse tipo de
pagamento.
Por isso, fique atento e veja seus custos fixos e variáveis antes de sair parcelando suas
vendas.
Sucesso
Pronto, agora você está preparado para precificar seus produtos e serviços. Saber como
precificar é uma das partes importantes para estruturar seu negócio e agora você já tem
as ferramentas necessárias para definir seu preço.
Lembre-se que a forma como você cobra seu negócio pode ser o diferencial dele!
Vamos quebrar a cabeça e pensar em uma precificação inovadora!