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Aula Sistema Esquelético-3

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Sistema Esquelético

nathalia.victo@fmu.br
Objetivos de
Aprendizagem:
1. Identificar e diferenciar as células do tecido ósseo e
elementos da matriz óssea;
2. Conhecer estruturas pertencentes ao sistema esquelético;
3. Descrever o processo de crescimento do osso longo em
comprimento e espessura.
TECIDO ÓSSEO
variedades de tecido conjuntivo especializado

Conjuntivo = células separadas por abundante material intercelular =


matriz óssea (calcificada ou mineralizada)

Funções:
→ apoio e sustentação do corpo (esqueleto) – grande resistência com
mínimo peso
→ reserva de íons e minerais = cálcio e fosfato = homeostase mineral
→ aloja e protege a medula óssea vermelha = hematopoiese / amarela
→ proteção aos órgãos nobres (vitais) = cérebro, medula espinal e coração
→ sistema de alavancas para os músculos, acentuando a contração
possibilitando os movimentos
Matriz extracelular mineralizada (calcificada): matriz óssea
• 70% parte inorgânica: principalmente cálcio e fosfato
• 30% parte orgânica: colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas

Células:
• OSTEOPROGENITORAS: células
indiferenciadas
• OSTEOBLASTOS: sintetizam a parte
orgânica da matriz e se localizam em sua
periferia
• OSTEÓCITOS: se situam em cavidades
ou lacunas no interior da matriz
• OSTEOCLASTOS: células gigantes,
móveis e multinucleadas que reabsorvem
o tecido ósseo
Parte orgânica
95% colagéno tipo I;
Glicosaminoglicanos e proteoglicanos semelhantes aos da cartilagem;
Glicoproteínas adesivas com, por ex. a osteonectina que faz a ligação ao colágeno e
aos proteoglicanos.

Parte inorgânica
Os íons mais encontrados são o fosfato e o cálcio que formam cristais de
hidroxipatita, bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato.

Se o osso perder a porção inorgânica da matriz torna-


se rígido, porém altamente quebradiço e se perder a
porção orgânica torna-se flexível como um tendão.
Portanto, é a associação da hidroxiapatita com as fibras
colágenas e glicoproteínas que traz as características
deste tecido: dureza e resistência, porém com grande
capacidade de se remodelar conforme as pressões
externas.
Células
Osteoprogenitora
• células mesenquimais podem
se diferenciar e proliferar em
células formadoras de tecido
ósseo, os osteoblastos.
• são encontradas em quase
todas as superfícies livres dos
ossos (endósteo, periósteo,
trabéculas de cartilagem
calcificada).
• possuem capacidade de
autorrenovação, assegurando
a persistência de um estoque
de células osteogênicas para o
crescimento e reparo dos
ossos.
Osteoblasto
• células jovens com intensa atividade metabólica e responsáveis pela produção da
parte orgânica da matriz óssea.
• também participam da mineralização da matriz.
• são cúbicas ou cilíndricas e
são encontradas na superfície
do osso periósteo e endósteo.
• fazem a regeneração óssea
após fraturas.
• osteoblastos originam os
osteócitos (células maduras)
Osteócito
• células maduras, achatadas e menos ativas.
• localizadas nas lacunas da matriz óssea.
• recebem nutrição dos vasos sanguíneos através dos canalículos (junções
comunicantes).
• manutenção da matriz óssea.
• sua morte leva à reabsorção da matriz.
Osteoclasto
• células muito grandes que resultam da fusão de várias células do sistema
fagocitário mononuclear (monócitos e os macrófagos).
• participam dos processos de reabsorção e remodelação do tecido ósseo.
CONSTITUINTE DO OSSO

OSSO IMATURO OSSO MADURO

- Fibras colágenas dispostas - Fibras colágenas organizadas.


irregularmente. - minerais.
- minerais.
-  osteócitos.
OSSO IMATURO
Osteócitos (ressaltados em azul) distribuídos de maneira irregular no interior da
matriz extracelular.

Observe osteoblastos na superfície do tecido ósseo, ressaltados em amarelo


OSSO MADURO
Osteócitos (ressaltados em azul escuro) organizados em fileiras entre lamelas ósseas
(ressaltadas em azul claro).

Osteoblastos na superfície do osso ressaltados em amarelo.


PERIÓSTEO E ENDÓSTEO
As superfícies externas e internas dos ossos são recobertas por tecido conjuntivo,
com a presença de células osteogênicas (precursoras de células ósseas), constituindo
respectivamente o periósteo e o endósteo. As funções destas camadas de
revestimento são a nutrição do tecido ósseo e fornecimento de novos osteoblastos,
para o crescimento e recuperação do osso.

endósteo

periósteo
Periósteo: revestimento externo dos
ossos. É uma membrana de tecido
conjuntivo que possui duas camadas: a
mais superficial é densa, muito fibrosa e
que confere certa resistência aos
impactos. A camada mais interna é
celular e vascularizada, contendo células
osteoprogenitoras, que se diferenciam
em osteoblastos,
com importante papel no crescimento
dos ossos durante a reparação de
fraturas.

Endósteo: formado por células


osteogênicas que revestem as cavidades
dos ossos esponjosos, o canal medular,
os canais de Havers.
CLASSIFICAÇÃO MACROSCÓPICA/OLHO NU:
Osso esponjoso:
• Encontrado na extremidade dos ossos longos (epífises) e região central dos ossos
chatos e irregulares;
• Apresenta muitas cavidades intercomunicantes;
• Constituído por trabéculas de matriz óssea, cujos espaços são preenchidos pela
medula óssea vermelha (tecido hematopoético).

Osso compacto:
• Encontrado na periferia dos ossos longos,
chatos e irregulares;
• Denso, sem cavidades visíveis a olho nu;
Parece sólido, mas ao microscópio de luz
são observados os Canais de Havers e de
Volkmann;
• Osso compacto forma um envoltório
rígido externo, o qual resiste à deformação.
QUAL A FORMA DE CRESCIMENTO DOS OSSOS?

A deposição contínua de osso na


extremidade do disco afasta a epífise
da diáfise resultando no crescimento
longitudinal da diáfise e, portanto,
do osso.
A ossificação pode se realizar por dois processos diferentes:
ossificação intramembranosa ou ossificação endocondral. Em ambos
os casos, o primeiro tipo de osso a ser formado é do tipo primário,
sendo gradativamente substituído por tecido secundário.
Ossificação intramembranosa: quando o tecido
ósseo é formado no meio de uma camada
conjuntiva de células não diferenciadas, o
mesênquima.

Contribui para o crescimento dos


ossos curtos e para o aumento da
espessura dos ossos longos. O local
em que há início da formação do
osso é o centro de ossificação
primária, onde células mesenquimais
se diferenciam em grupos de
osteoblastos. Os osteoblastos, por
sua vez, sintetizam o osteóide (matriz
ainda não mineralizada), que logo se
mineraliza e engloba os osteoblastos,
que se diferenciam em osteócitos.
Ossificação endocondral: quando o tecido ósseo se
desenvolve sobre um molde cartilaginoso, sendo
esta modalidade observada na maioria dos ossos
longos e curtos do corpo.

Neste tipo de ossificação, há substituição do tecido cartilaginoso pelo ósseo e consiste de dois
processos:

i) perda gradual da cartilagem hialina: ocorre hipertrofia (aumento de tamanho) dos


condrócitos (células de cartilagem), reduzindo a matriz cartilaginosa a finos tabiques,
mineralização desta matriz e morte dos condrócitos;

ii) ocupação da cartilagem antes presente por tecido ósseo: as cavidades ocupadas pelos
condrócitos são invadidas por capilares sanguíneos e células osteoprogenitoras, que se
diferenciam em osteoblastos e depositam matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem
calcificada, diferenciando-se finalmente em osteócitos.
COMO FUNCIONA A REPARAÇÃODE FATURAS?
Células do periósteo e do endósteo são responsáveis pela reconstituição dos ossos
quando fraturados, pois são ricas em células osteoprogenitoras.
O reparo ósseo envolve eventos de ossificação intramembranosa e de ossificação
endocondral. O tecido ósseo apresenta alto grau de regeneração. Ele pode recompor-se
totalmente após uma fratura; neste caso, ocorre na região hemorragia devido à ruptura de
vasos do periósteo.
Os restos celulares e coágulos sanguíneos são removidos pela ação de macrófagos.
O periósteo e o endósteo adjacentes respondem com intensa proliferação, gerando grande
quantidade de células osteoprogenitoras, formando um colar de tecido conjuntivo em torno da
fratura. Após calcificação, forma-se o calo ósseo, que une os fragmentos originados pela lesão,
através de ossificação endocondral e intramembranosa. O tecido ósseo do calo é primário ou
imaturo. Durante a remodelação, o tecido ósseo primário da ossificação intramembranosa é
substituído por tecido ósseo secundário, reforçando ainda mais a região da fratura; ao mesmo
tempo, o calo é reabsorvido. O processo de remodelação ocorre em resposta às tensões
aplicadas sobre ele.
No rosto, durante o envelhecimento, ocorre a reabsorção
óssea.
ANATOMIA DO SISTEMA ESQUELÉTICO
Número de Ossos do Corpo Humano: 206
Cabeça = 22 Membro Superior = 32 x 2 = 64
• Crânio = 08 • Cintura Escapular = 2
• Face = 14 • Braço = 1
• Antebraço = 2
Pescoço = 8 • Mão = 27

Tórax = 37 Membro Inferior = 31 x 2 = 62


• Costelas = 24 • Cintura Pélvica = 1
• Vértebras = 12 • Coxa = 1
• Esterno = 1 • Joelho = 1
• Perna = 2
Abdômen = 7 • Pé = 26
• Vértebras lombares = 5
• Sacro = 1 Ossículos do Ouvido Médio = 3
• Cóccix = 1
Classificação quanto a forma:
Divisão do esqueleto:
Avaliação do Aprendizado
1. O exame de idade óssea abaixo é um exame de Raio X da mão e punho
esquerdo com a finalidade de avaliar a maturação dos ossos indicando o
potencial que o indivíduo ainda tem para crescer em estatura. Desenhe
uma mão em crescimento ósseo e circule no desenho as regiões nas quais
ainda podem ser observadas as cartilagens epifisiais.

2. Ordene os indivíduos abaixo de maneira crescente em relação a idade.


3. Na imagem abaixo você observa os ossos longos da mão de uma criança
mais jovem (à esquerda) e de crianças mais velhas (à direita). Veja que à
medida que a criança envelhece há fusão da diáfise e da epífise, com
selamento da cartilagem epifisial.

Sendo assim, responda:


a. O que é diáfise?
b. O que é epífise?
c. Onde se localiza a cartilagem epifisial?
d. Qual tecido forma a cartilagem epifisial?
Nosso esqueleto é dividido
em:
▪ Esqueleto Axial
▪ Esqueleto Apendicular
▪ Cíngulo (cintura) Superior e Inferior

Os ossos são classificados:


▪ quanto ao seu formato e segundo a
predominância de umas de suas
dimensões (comprimento, largura ou
espessura)

Encontre os Estranhos......

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