Concentrador Solar Cilíndrico Parabólico
Concentrador Solar Cilíndrico Parabólico
Concentrador Solar Cilíndrico Parabólico
Dondo
2022
Docente:
Dondo
2022
Agradecimentos
Resumo
Devido à alta demanda por energia, a utilização de fontes extremante poluidoras e de origem
não renovável se tornou rotineira nas últimas décadas. Atualmente, a utilização de fontes de
energia renováveis está se tornando cada vez mais comum, devido as metas impostas sobre a
emissão de poluentes, principalmente na Europa e na américa do Norte. Dentre as fontes de
energias renováveis (hidráulica, biomassa, eólica e solar), a que mais se destaca é a solar pela
sua disponibilidade principalmente em regiões tropicais, devido aos elevados níveis de
radiação incidente sobre a superfície terrestre. Com base nesse fato, a presente proposta
consiste na construção de um concentrador solar parabólico, tendo como o objetivo principal
a análise de sua eficiência térmica. Os estudos baseiam-se na utilização de duas configurações
de tubos concentradores: tubo de cobre sem pintura seletiva e tubo de cobre com pintura
seletiva. Além da eficiência térmica do concentrador, uma análise de regressão linear visará
determinar a influência das variáveis controláveis e incontroláveis no comportamento do
dispositivo. Os experimentos envolvendo a configuração de tubo concentrador sem pintura
seletiva obtiveram uma eficiência térmica média de 28,99%, enquanto que a eficiência
térmica do dispositivo, utilizando-se da configuração de tubo concentrador com pintura
seletiva foi de 36,69%. Os níveis de temperatura e o horário de operação relacionam-se de
forma inversamente proporcional com a eficiência térmica do concentrador, enquanto que a
radiação solar incidente apresenta uma relação diretamente proporcional com a eficiência
térmica do dispositivo.
𝑁 Dia do ano
𝑁𝑢 Número de Nusselt do ar
1. INTRODUÇÃO
O homem, ao longo dos anos, modificou seu padrão de vida utilizando a tecnologia para
viver melhor, o que implicou em um maior consumo de energia. Os elementos não renováveis
são os principais combustíveis utilizados pela sociedade, o que agrava ainda mais a condição
futura de disponibilidade de energia, dado que são produtos finitos (SÁLES, 2008).
Dessa forma, o aumento de consumo aliado à crise de petróleo na década de 70, acirrou a
corrida por novas fontes alternativas de energia, surgindo a necessidade de intensificar as
pesquisas e investimentos na busca por soluções energéticas.
Além disso, as tecnologias não renováveis de energia não são ecologicamente apropriadas e
podem provocar sérias e irreversíveis mudanças climáticas, o que torna inevitável o
direcionamento às fontes renováveis.
1.1 OBJETIVOS
O presente trabalho tem como objetivo principal projetar, construir e avaliar o desempenho
de um concentrador solar parabólico, por meio da análise da eficiência térmica de Primeira e
de Segunda Lei da Termodinâmica.
1.2 JUSTIFICATIVA
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Toda energia proveniente do sol pode ser utilizada de forma direta ou indireta. Dessa forma, a
energia solar pode ser empregue tanto para a iluminação e aquecimento de ambientes, como
para o aquecimento de fluidos, os quais poderão ser utilizados na geração de trabalho
mecânico.
O aproveitamento da iluminação e do calor natural para aquecimento e iluminação de
ambientes é denominado de aquecimento solar passivo, o qual é proveniente da incidência
direta da radiação solar. Desse modo, há uma redução na necessidade de se utilizar
iluminação artificial e de sistemas de aquecimento, uma vez que essa radiação solar pode ser
aproveitada com a ajuda de técnicas provenientes da arquitetura.
A utilização da radiação solar para o aquecimento de fluidos pode ser realizada por meio de
coletores e concentradores solares. Os coletores solares são mais utilizados em aplicações
residenciais e comerciais onde se necessita de água aquecida em médias temperaturas. Os
concentradores solares já são mais voltados a aplicações que necessitam de elevadas
temperaturas, como na secagem de grãos e na produção de vapor, o qual pode ser utilizado em
uma turbina, e por meio dessa movimentar um gerador produzindo-se assim energia elétrica
(ALVES, 2013).
2.1.1.1Aquecimento solar
A conversão direta pode ocorrer por meio da transferência de energia proveniente da radiação
solar a um fluido, normalmente água, a qual é aquecida e armazenada. A circulação de água
dentro do sistema pode ser realizada utilizando-se bombas ou por meio do princípio de
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Os coletores solares do tipo tubo evacuados (Figura 3a) são os que apresentam a melhor
eficiência e maior custo. Dentre os mais convencionais existem os coletores evacuados do
tipo U. Esse tipo de coletor é constituído de um tudo de cobre no formato de U inserido em
um tubo de vidro externo de parede dupla. Entre eles há uma região com vácuo que visa
reduzir as perdas térmicas (Figura 3b), além de uma aleta cilíndrica com pintura seletiva. Esse
tipo de coletor é normalmente utilizado em processos de pré-aquecimento industrial e também
para o aquecimento de água.
(a) (b)
Fonte: Kalogirou (2009), Avallone (2017).
A energia solar fotovoltaica é obtida através da conversão direta da radiação solar em energia
elétrica. Seu funcionamento baseia-se na diferença de potencial gerada entre dois matérias
semicondutores, quando estes absorvem a radiação solar. As células fotovoltaicas que compõe
os módulos comerciais apresentam uma eficiência máxima de 25% (SINGH, 2008). Um
sistema fotovoltaico funciona por meio de módulos contendo várias células solares, por onde
a radiação solar é captada. Os módulos podem possuir diversos tamanhos, os quais interferem
diretamente na potência gerada e na sua eficiência. Outro equipamento necessário ao sistema
é o inversor de frequência, que é responsável por converter a corrente continua gerada pelos
módulos em corrente alternada, permitindo assim o uso da energia gerada. Pode se utilizar
também baterias para se armazenar a energia gerada.
Dentre as aplicações mais comuns de tal sistema são: iluminação pública e privada, irrigação,
indústria aeroespacial e em campos solares para produção de energia em grande escala.
A primeira placa fotovoltaica foi desenvolvida em 1877 por Charles Fritts, sua célula era
constituída por três materiais (selênio, aço e ouro), já a sua eficiência era inferior a 1%. A
primeira célula fotovoltaica moderna fabricada a partir do silício foi desenvolvida apenas em
1954, apresentando uma eficiência de 6% (SZABO, 2017).
A eficiência de conversão de energia das placas fotovoltaicas começou a evoluir apenas a
partir da década de sessenta e setenta devido à corrida aeroespacial. Já o interesse por tal
tecnologia para sua aplicação em solo terrestre se iniciou-se apenas em 1973, devido à crise
do petróleo.
Atualmente a capacidade mundial instalada corresponde a 402 GWel, já no Brasil a
capacidade instalada se encontra em 1,1 GWel (REN21, 2018).
A conversão indireta se deve ao fato da energia solar não ser convertida diretamente na forma
desejada de energia, necessitando-se de etapas intermediárias de conversão. Na conversão em
grande escala o dispositivo mais utilizado é o concentrador solar, o qual é utilizado para
aquecer um fluido, normalmente água, glicol ou óleo térmico.
19
O fluido aquecido segue a um trocador de calor que realizará a troca de calor entre o fluido
de trabalho dos concentradores e o fluido de trabalho do sistema de conversão intermediário,
normalmente um ciclo Rankine. Através desse ciclo a energia térmica é convertida em
mecânica, através de uma turbina, a qual é acoplada a geradores, produzindo-se assim energia
elétrica.
Os sistemas de conversão por serem baseados em uma máquina térmica, apresentam uma
eficiência térmica limitada. Já a eficiência dos concentradores é diretamente relacionada com
a temperatura de seu fluido de trabalho, logo cria-se a necessidade de se encontrar um ponto
de equilíbrio entre o ciclo térmico e o sistema de concentradores solares, de modo a obter a
máxima eficiência do ciclo de conversão de energia.
Além disso, as usinas podem contar com sistemas de armazenamento térmico ou
queimadores auxiliares, os quais visam manter a estabilidade na geração de energia. A Figura
4 apresenta quatro configurações possíveis para os sistemas de conversão indireta utilizando
concentradores solares.
O Brasil por sua vez não possui nenhuma usina de conversão indireta que se utiliza da
energia solar. As únicas usinas instaladas no país utilizam a biomassa para geração de energia
elétrica.
Os concentradores solares possuem uma superfície refletora, a qual tem a função de captar a
radiação solar incidente e concentrá-la em uma pequena área receptora, aumentando assim o
fluxo de radiação. Uma das características geométricas mais importantes do concentrador é a
sua razão de concentração, que é definida como sendo a razão entre a área de abertura do
coletor pela área do absorvedor.
Os concentradores solares podem ser distinguidos em função do seu sistema de
posicionamento, o qual pode ser estacionário ou não estacionário. Nos sistemas estacionários
a concentração da radiação independe de seu ângulo de incidência, já nos sistemas não
estacionários o sistema de posicionamento dos concentradores deve garantir que a radiação
incidente atinja a sua área de abertura perpendicularmente.
Os concentradores são formados por uma superfície parabólica reflexiva, sendo o receptor
posicionado ao longo da linha focal da parábola (Fig. 9). O receptor normalmente é
constituído por um tubo metálico escuro, afim de aumentar sua absortividade e reduzir sua
emissividade, ou seja, aumentar a absorção de energia e reduzir as perdas. O tubo absorvedor
pode ainda ser recoberto por um tubo de vidro externo, entre o tubo metálico e o vidro realiza-
se vácuo, reduzindo-se ainda mais as perdas de energia. Entretanto, o tubo de vidro passa a ser
um obstáculo entre o tubo receptor e a radiação solar concentrada.
A seguir será disposto um breve histórico das pesquisas e dos avanços tecnológicos
envolvendo os concentradores solares do tipo cilíndrico parabólico, o qual é o foco do
presente
trabalho.
2.2.2.1 Histórico
Ericsson durante sua vida nunca patenteou ou forneceu dados de seus experimentos a
ninguém. Desse modo, em 1889 com sua morte seus projetos acabaram sendo descontinuados.
Porém, em 1907 Wilhelm Maier e Adolf Remshardt patentearam um projeto parecido com o
de Ericsson, a qual fazia referência a um concentrador solar cilíndrico com geração direta de
vapor em seu tubo concentrador (Fernández-García et al., 2010).
Entre 1906 e 1911, Frank Shuman, outro engenheiro americano, construiu e testou inúmeros
concentradores solares, os quais eram sempre acoplados a motores a vapor, sendo alguns
deles empregados para o bombeamento de água para sistemas de irrigação. Com a experiência
adquirida na área, Shuman e Charles Vernon Boys desenvolveram e instalaram um grande
sistema de bombeamento para irrigação. Durante o desenvolvimento da planta foi sugerido
por Vernon a construção de um tubo concentrador envolto por um tubo externo de vidro,
porém, sem utilizar-se do vácuo como isolante térmico. A planta desenvolvida apresentava
cinco fileiras de concentradores, os quais possuíam 62,17 m de comprimento, 4,1 m de
largura e o tubo concentrador apresentava um diâmetro de 8,9 cm (Figura 11). A planta
apresentava uma área de abertura de 1250 m 2, a qual produzia vapor saturado a uma pressão
de 100 kPa com uma eficiência máxima de 40,7% (Fernández-García et al., 2010).
Em 1936 C.G. Abbot construiu um concentrador solar o qual atingia sua pressão de trabalho
em apenas cinco minutos, produzindo vapor saturado a 374ºC. O sistema era acoplado a um
motor de 370W. A eficiência do sistema era de 15,5%. Um dos diferencias de seu projeto foi
a utilização de um tubo concentrador evacuado (Fernández-García et al., 2010).
Apesar de diversas pesquisas realizadas na área, a utilização dos concentradores solares
sempre foi negligenciada até a década de 60. Com o surgimento da crise do petróleo a fontes
de energia renováveis tomaram a atenção de todos, devido a necessidade de substituir a
utilização dos combustíveis fósseis. Desse modo, uma série de pesquisas na área começaram a
ser patrocinadas para o desenvolvimento de concentradores solares para fins comerciais.
Um dos principais patrocinadores da época foi o governo americano, por meio da Sandia
National Laboratories e da Honeywell International Inc, as quais foram responsáveis pelo
desenvolvimento de dois concentradores. Ambos apresentavam características similares e
foram desenvolvidos para operarem em temperaturas inferiores a 250ºC. Posteriormente, mais
uma companhia foi adicionada ao programa, Westinghouse (Fernández-García et al., 2010).
Em julho de 1975, os três concentradores solares foram construídos e estavam sendo
testados nos laboratórios da Sandia. Os concentradores apresentavam um comprimento de
3,66 m e uma largura de 2,13 m. O tubo absorvedor era composto por um tubo evacuado de
ferro-carbono envolto por uma camada de cromo preto, com um anel evacuado de 1 cm. As
calhas concentradoras foram fabricadas utilizando-se de compensado de madeira ou de fibra
de vidro. A superfície refletora foi recoberta por uma camada de alumínio anodizado seguido
de uma camada de vidro. Durante a década de 80 tais tecnologias já estavam no mercado por
meio de algumas empresas.
Durante a década de 90 os principais concentradores disponíveis no mercado apresentavam
um comprimento que variavam entre 39,5 e 6 m e com uma largura entre 3,05 e 1,3 m. A área
de abertura compreendia entre 108,52 e 7,8 m 2, com um fator de concentração entre 25,48 e
16,42. A eficiência ótica máxima declarada de tais dispositivos era entre 82,7 e 70,8%
(Fernández-García et al., 2010).
Com a introdução comercial de tais dispositivos, as pesquisas na área se voltaram a analisar
três principais pontos: a eficiência térmica e as perdas de energia que ocorrem durante a
operação, a distribuição do fluxo de radiação no tubo absorvedor e o comportamento de tais
dispositivos durante a geração direta de vapor em seus tubos concentradores. A geração direta
de vapor é o principal tema abordado atualmente.
Thomas e Thomas (1993) realizaram um estudo avaliando a eficiência dos concentradores
solares. Os principais parâmetros analisados foram: a temperatura de operação do tubo
25
conversão indireta de energia não se mostrou viável, apesar de apresentar um menor custo de
implementação (Gharbi et al., 2011).
Em 2013 pesquisadores avaliaram a implementação de um sistema de conversão indireta de
energia. O sistema utilizava o ar como fluido de trabalho que era aquecido, apresentando
temperatura de entrada de 250ºC e saída de 650ºC. A eficiência do sistema proposto foi de
35%, na conversão da energia térmica para elétrica (Good et al., 2013).
Em 2014 estudos avaliando a influência da cobertura de vidro sob o tubo absorvedor na
distribuição do fluxo de energia sobre sua superfície foram conduzidos. O estudo mostrou que
devido a difração dos raios solares a distribuição do fluxo de energia no tubo absorvedor é
alterada, de modo a gerar elevados gradientes. Desse modo, foi proposto utilizar uma
cobertura de vidro em formato elíptico. Essa geometria promoveu uma redução de 32,3% na
variação do fluxo da radiação concentrada (Fuqiang et al., 2014).
Com a intenção de otimizar a troca de calor dentro dos tubos absorvedores, realizou-se em
2015 um estudo envolvendo a utilização de um nanofluido como fluido de trabalho do
sistema. O fluido utilizado era composto por óleo sintético com partículas de Al 2O3. A
eficiência da troca de calor foi melhorada entre 35 e 76%, dependendo da porcentagem de
nanopartículas utilizadas no fluido (Mwesigye et al., 2015).
Em 2017 com a mesma intenção de otimizar a troca de calor, foi proposto a utilização de um
tubo absorvedor internamente aletado. As aletas têm a função de promover a turbulência no
escoamento, além de aumentar a superfície de troca de calor. As geometrias analisadas foram
capazes de aumentar em até 9% o número de Nusselt e até 12% a eficiência global da troca de
calor (Xiangtao et al., 2017).
MATERIAIS E MÉTODOS
O concentrador solar parabólico apresenta uma seção transversal na forma de uma parábola.
O dispositivo apresenta uma linha focal, a qual é formada pela interligação dos pontos focais,
29
de suas seções transversais (Fig. 13). Para o perfeito funcionamento do dispositivo, a radiação
solar deve incidir de forma normal à linha focal, de forma que seja refletida ao tubo
absorvedor.
Linha Focal
Tubo Absorvedor
Parábola
A Figura abaixo apresenta a seção transversal do concentrador solar, onde estão dispostas as
principais variáveis que compõe sua geometria. A parábola que forma a superfície refletora do
concentrador, pode ser modelada utilizando-se da Equação 2. Sendo f a distância focal da
parábola, x a distância horizontal em relação ao eixo da parábola e y refere-se a distância
vertical em relação a base da parábola.
𝑦= 4𝑓𝑥 (2)
O dimensionamento do tubo absorvedor deve ser realizado de modo que toda a radiação solar
refletida seja absorvida, mesmo durante os períodos em que a radiação solar incidente
apresente uma inclinação em relação a linha focal. A inclinação entre os raios incidentes e a
linha focal é denominado de meio ângulo aceitável (θ m), o qual depende da precisão do
sistema de rastreamento solar utilizado. Desse modo, para se estimar o diâmetro do tubo
concentrador pode-se utilizar a Equação 3, onde rr refere-se ao raio máximo da parábola.
𝐷 = 2𝑟 sin 𝜃 (3)
Linha Focal
O raio da parábola (r) é descrito pela Equação 4. Sendo raio máximo da parábola calculado
em seu extremo, local onde o ângulo φ é máximo (rim angle).
2f
r= (4)
1+cos φ
A abertura da parábola pode ser calculada por meio do rim angle e da distância focal da
parábola, conforme descrito na Equação 5.
φ
w=4 f tan (5)
2
A área de abertura do concentrador pode ser calculada por meio da Equação 6, sendo L o
comprimento do concentrador solar.
𝐴 =𝑊𝐿 (6)
31
w
C= (7)
πD
O comprimento da parábola (S) trata-se de uma importante variável para o projeto, visto que
fornecerá a quantidade de material necessário para a construção do dispositivo. Desse modo, o
comprimento da parábola pode ser calculado utilizando-se a Equação 8, onde 𝐻 representa a
abertura da parábola em seu ponto focal.
𝐻 𝜑 𝜑 𝜑 𝜑
𝑆= sec tan + ln sec + tan (8)
2 2 2 2 2
Para o projeto da calha concentradora utilizou-se como base as dimensões da chapa de aço de
inox a ser utilizada (1,22 x 0.92 m). O projeto resultou em uma parábola com comprimento de
arco de 1,2 m e largura de 0.60m (Wa), sendo seu foco localizado a 0,15 m de sua base (f) e o
ângulo máximo de abertura é de 76,18º (𝜑 ).
Porém, foi necessário a realização de reforços estruturais na calha, os quais não estavam
previstos no projeto inicial, tais reforços foram necessários para garantir a calha uma melhor
rigidez torcional.
Em seguida, iniciou-se a montagem de sua estrutura principal. Para isso, foram utilizadas
tubos cortados nos comprimentos de 2920, 2500, 950 e 750 mm, as quais foram soldadas
utilizando-se eletrodo revestido. Os suportes dos mancais foram construídos utilizando
cantoneiras com 355 mm de comprimento com suas extremidades fechadas para que
pudessem ser parafusadas na estrutura principal, permitindo-se assim a inclinação da calha
concentradora.
O tubo de aço responsável pela sustentação da calha concentradora, foram soldados
de maneira concêntrica ao foco da parábola, permitindo assim que o tubo concentrador fique
posicionado estaticamente no foco da parábola.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 EXPERIMENTO
4.2 RESULTADOS
(a) (b)
Os cálculos foram baseados na maior temperatura alcançada pelo sistema (86º C). Com os
valores acima, determinou-se a eficiência óptica, térmica e útil do concentrador solar.
Também foi determinado o fator de concentração do mesmo. Os resultados seguem abaixo:
CONCLUSÃO
Por meio da análise estatística, pode-se determinar que os níveis de temperatura do fluido de
trabalho, temperatura de entrada e de saída, apresentam uma relação inversa com a eficiência
do concentrador, visto que o tubo concentrador não apresenta um isolamento térmico. Desse
modo, como o aumento dos níveis de temperatura maiores serão as perdas de energia na
forma de calor para o ambiente.
A análise de regressão linear também apresentou uma relação inversa entre a eficiência do
concentrador e o horário de operação do dispositivo. Sendo esse fato associado às
características construtivas do equipamento, o qual apresenta uma baixa rigidez torcional.
Desse modo, com a operação do sistema de rastreamento solar, o concentrador solar apresenta
uma torção em relação a sua linha focal, modificando assim o foco do dispositivo e o fluxo de
calor sob o tubo concentrador.
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Como sugestão para trabalhos futuros sugere-se uma análise de uma configuração de tubo
concentrador: tubo concentrador com pintura seletiva concêntrico a um tubo de vidro
evacuado. Nessa nova configuração pode-se avaliar a redução das perdas de energia térmica
para o ambiente.
40
REFERÊNCIAS
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d) FUQIANG, Wang; JIANYU, Tan; LANXIN, Ma; et al. Effects of glass cover on heat flux
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f) PEREIRA, E. B.; MARTINS, F. R.; ABREU, S. L. DE; RÜTHER, R. (2006). Atlas
Brasileiro de Energia Solar. Divisão de Clima e Meio Ambiente – DMA.
g) POULLIKKAS, Andreas; HADJIPASCHALIS, Ioannis; KOURTIS, George. A
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